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Tópico 4
•Classificações da despesa pública
•Estágios/Etapas da despesa pública
•Restos a Pagar
•Despesas de Exercícios Anteriores
Professor Giovanni Pacelli
1
Professor M. Sc. Giovanni Pacelli
2
1.Classificação econômica despesa orçamentária
1.1.Classificação da despesa quanto à categoria econômica visão 4320/1964
1.2.Classificação da despesa quanto à categoria econômica visão Manual Técnico do Orçamento (MTO)
2.Classificação da despesa quanto aos efeitos sobre o patrimônio público: efetivas e não efetivas (por mutação)
3.Etapas/Estágios da despesa
4. Restos a pagar
5. Despesas de Exercícios Anteriores
CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA
DESPESA ORÇAMENTÁRIA
Professor M. Sc. Giovanni Pacelli
3
DICAS do subtópico:
1)Identificar e diferenciar as despesas correntes e das
despesas de capital.
1.Despesas correntes e de capital
Professor M. Sc. Giovanni Pacelli
4
Despesas correntes
As que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.
Despesas de capital
As que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.
Professor M. Sc. Giovanni Pacelli
5
1.Classificação econômica despesa orçamentária
1.1.Classificação da despesa quanto à categoria econômica visão 4320/1964
1.2.Classificação da despesa quanto à categoria econômica visão Manual Técnico do Orçamento (MTO)
2.Classificação da despesa quanto aos efeitos sobre o patrimônio público: efetivas e não efetivas (por mutação)
3.Etapas/Estágios da despesa
4. Restos a pagar
5. Despesas de Exercícios Anteriores
Classificação conforme a lei 4320/1964
Professor M. Sc. Giovanni Pacelli
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Despesa Corrente
Despesas de Custeio
Aquelas dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis.
Transferências Correntes
Aquelas dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público ou privado.
Classificação conforme a lei 4320/1964
Despesa de
Capital
Investimentos
As dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro.
Inversões Financeiras
I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; II - aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; III - constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
Transferências de Capital
São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública.
Classificação conforme a lei 4320/1964
Despesa Corrente
Despesas de Custeio
Pessoa Civil, Pessoal Militar, Material de Consumo, Serviços de Terceiros, Encargos Diversos.
Transferências Correntes
Subvenções Sociais, Subvenções Econômicas, Inativos, Pensionistas, Salário Família e Abono Familiar, Juros da Dívida Pública, Contribuições de Previdência Social, Diversas Transferências Correntes.
Despesa de
Capital
Investimentos
Obras Públicas, Serviços em Regime de Programação Especial, Equipamentos e Instalações, Material Permanente, Participação em Constituição ou Aumento
de Capital de Empresas ou Entidades Industriais ou Agrícolas.
Inversões Financeiras
Aquisição de Imóveis, Participação em Constituição ou
Aumento de Capital de Empresas ou Entidades Comerciais ou Financeiras, Aquisição de Títulos
Representativos de Capital de Empresa em Funcionamento, Constituição de Fundos Rotativos, Concessão de Empréstimos, Diversas Inversões Financeiras.
Transferências de Capital
Amortização da Dívida Pública, Auxílios para Obras Públicas, Auxílios para Equipamentos e Instalações, Auxílios para Inversões Financeiras, Outras Contribuições.
Questão 1 1. (FCC/MPE-SE/2009/Analista) Considere as afirmativas a seguir. I. Despesas de custeio são dotações destinadas à manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive para atender obras de adaptação em bens imóveis. II. Transferências correntes são dotações destinadas à inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar. III. Despesas correntes são aquelas realizadas para o funcionamento dos serviços públicos prestados pela própria administração ou transferidos para outras pessoas físicas ou jurídicas. Está correto o que se afirma APENAS em a) II e III. b) I. c) I e II. d) I e III. e) II.
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Professor M. Sc. Giovanni Pacelli
Professor M. Sc. Giovanni Pacelli
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1.Classificação econômica despesa orçamentária
1.1.Classificação da despesa quanto à categoria econômica visão 4320/1964
1.2.Classificação da despesa quanto à categoria econômica visão Manual Técnico do Orçamento (MTO)
2.Classificação da despesa quanto aos efeitos sobre o patrimônio público: efetivas e não efetivas (por mutação)
3.Etapas/Estágios da despesa
4. Restos a pagar
5. Despesas de Exercícios Anteriores
Classificação quanto à natureza/MTO 2012
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Classificação quanto à natureza/MTO 2012
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Classificação quanto à natureza: categoria
econômica e grupo natureza da despesa
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Despesas correntes/MTO 2012
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Pessoal e Encargos Sociais
Despesas orçamentárias com pessoal ativo, inativo e pensionistas, relativas a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência, conforme estabelece o caput do art. 18 da Lei Complementar 101, de 2000.
Juros e Encargos da Dívida
Despesas orçamentárias com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária.
Outras Despesas Correntes
Despesas orçamentárias com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria econômica "Despesas Correntes" não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa.
Despesas de Capital/MTO 2012
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Investimentos
Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.
Inversões Financeiras
Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis neste grupo.
Amortização da Dívida
Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária.
Diferenças entre a lei 4320/1964 e o MTO 2012
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Item Portaria 163/2001 Lei
4320/1964
Aquisição de Software Despesa de capital
investimento Omissa
Subvenções e Contribuições Outras despesas
correntes Transferências
correntes
Contribuições e Auxílios Omissa, porém são despesas de capital.
Transferências de capital
Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades
Industriais ou Agrícolas Inversões Financeiras[1]
Investimentos
Constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros
Inversões Financeiras
[1] Inciso V § 2º Art.7º Lei 12465/2011 (LDO).
3º nível: Modalidade de aplicação
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[1] Inciso V § 2º Art.7º Lei 12465/2011 (LDO).
Estratégia Forma de aplicação
Diretamente
Pela unidade detentora do crédito orçamentário OU, em decorrência de descentralização de crédito orçamentário, por outro órgão ou entidade integrante dos Orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social.
Indiretamente, mediante
transferência
Por outras esferas de governo, seus órgãos, fundos ou entidades ou por entidades privadas, exceto as que forem por delegação.
Indiretamente, mediante delegação
Por outros entes da Federação ou consórcios públicos para a aplicação de recursos em ações de responsabilidade exclusiva da União que impliquem preservação ou acréscimo no valor de bens públicos federais.
3º nível: Modalidade de aplicação
Professor M. Sc. Giovanni Pacelli
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[1] Inciso V § 2º Art.7º Lei 12465/2011 (LDO).
3º nível: Modalidade de aplicação
Professor M. Sc. Giovanni Pacelli
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[1] Inciso V § 2º Art.7º Lei 12465/2011 (LDO).
Modalidade de aplicação: Resumo
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[1] Inciso V § 2º Art.7º Lei 12465/2011 (LDO).
Estratégia Códigos da modalidade
Diretamente. 90 e 91.
Indiretamente, mediante delegação.
22, 32, 42 e 72.
Indiretamente, mediante transferência.
As demais.
Operações intraorçamentárias: MA 91
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Órgãos e entidades integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social
Despesa para a CGU Receita para a ESAF
Despesa com serviços de terceiros- pessoa jurídica.
Receita de serviços.
3.3.91.39 7.6.x.x.xx.xx
Despesa corrente/outras despesas correntes/ Aplicação
Direta Decorrente de Operação entre Órgãos,
Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social/ Serviços de terceiros pessoa
jurídica
Receita intraorçamentária corrente/serviços
Diferenças entre Transferência e Delegação
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Transferência
A designação “transferência”, nos termos do art. 12 da Lei no 4.320/1964, corresponde à entrega de recursos financeiros a outro ente da Federação, a consórcios públicos ou a entidades
privadas, com e sem fins lucrativos, a que não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços.
Os bens ou serviços gerados ou adquiridos com a aplicação
desses recursos pertencem ou se incorporam ao patrimônio do ente ou da entidade recebedora.
Delegação
Entende-se por delegação a entrega de recursos financeiros a outro ente da Federação ou a consórcio público para execução de ações de responsabilidade ou competência do ente delegante. Deve observar a legislação própria do ente e as designações da Lei de Diretrizes Orçamentárias, materializando-se em situações em que o recebedor executa ações em nome do transferidor.
Os bens ou serviços gerados ou adquiridos com a aplicação
desses recursos pertencem ou se incorporam ao patrimônio de quem os entrega, ou seja, do transferidor.
Diferenças entre Transferência e Delegação
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4º nível: elemento da despesa
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4º nível: elemento da despesa
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4º nível: elemento da despesa
Elementos da despesa: gastos não efetivos
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Elemento Descrição conforme a Portaria 163/2001
41-Contribuições
Despesas orçamentárias para as quais não correspondam contraprestação direta em bens e serviços e não sejam reembolsáveis pelo recebedor, inclusive as destinadas a atender a despesas de manutenção de outras entidades de direito público ou privado, observado o disposto na legislação vigente.
42-Auxílios
Despesas orçamentárias destinadas a atender a despesas de investimentos ou inversões financeiras de outras esferas de governo ou de entidades privadas sem fins lucrativos, observado, respectivamente, o disposto nos arts. 25 e 26 da Lei Complementar no 101/2000.
43-Subvenções sociais
Despesas orçamentárias para cobertura de despesas de instituições privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa, de acordo com os arts. 16, parágrafo único, e 17 da Lei no 4.320, de 1964, observado o disposto no art. 26 da LRF[1].
Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras a concessão de subvenções sociais visará a prestação de serviços essenciais de assistência social, médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada aplicados a esses objetivos, revelar-se mais econômica[2].
[1] MTO 2012. [2] Art. 16º da lei 4320/1964.
Elementos da despesa: gastos não efetivos
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Elemento Descrição conforme a Portaria 163/2001
45- Subvenções econômicas
Despesas orçamentárias com o pagamento de subvenções econômicas, a qualquer título, autorizadas em leis específicas, tais
como: ajuda financeira a entidades privadas com fins lucrativos; concessão de bonificações a produtores, distribuidores e
vendedores; cobertura, direta ou indireta, de parcela de encargos de empréstimos e financiamentos e dos custos de aquisição, de produção, de escoamento, de distribuição, de venda e de manutenção de bens, produtos e serviços em geral; e, ainda, outras operações com características semelhantes[1].
A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções econômicas expressamente incluídas nas despesas correntes do orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito Federal.[2]
As dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros materiais.
As dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais.
81- Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas
Despesas orçamentárias decorrentes da transferência a outras esferas de governo de receitas tributárias, de contribuições e de outras receitas vinculadas, prevista na CF ou em leis específicas, cuja competência de arrecadação é do órgão transferidor.
[1] MTO 2012. [2] Art. 17º da lei 4320/1964.
Características Contribuições Auxílios Subvenção
Social
Subvenção
Econômica
Categoria
Econômica
Despesa
Corrente
Despesa de Capital Despesa Corrente
Entidade
Destinatária
Entidades públicas ou privadas sem
fins lucrativos
Entidades
privadas
sem fins
lucrativos
que exerçam
atividades
nas áreas de
assistência
social,
saúde e
educação
Entidades
privadas
com fins
lucrativos;
concessão de
bonificações
a produtores,
distribuidores
e vendedores
etc.
que não
sejam as
das
subvenções
sociais
Série de
condições
incisos I a X
art. 33º Lei
12465/2011
Deve estar
prevista
LOA Antes em
Lei
Especial
LOA Antes em Lei
Específica
Resumo
30 * Voltar slide 42
Questão 2
2. (Cespe/TRE-ES/2011/Analista Judiciário) Denomina-se
auxílio a transferência de recursos consignados na lei de
orçamento anual de um ente da Federação para outro
para a aquisição de títulos representativos do capital de
empresas já constituídas.
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Professor M. Sc. Giovanni Pacelli
Exemplo de Subvenção Econômica
32
Lei 10973/2004 Lei Específica Art. 19 [...]
§ 2o A concessão de recursos financeiros, sob a forma de subvenção
econômica, financiamento ou participação societária, visando ao
desenvolvimento de produtos ou processos inovadores, será precedida de
aprovação de projeto pelo órgão ou entidade concedente.
§ 3o A concessão da subvenção econômica prevista no § 1o deste artigo
implica, obrigatoriamente, a assunção de contrapartida pela empresa
beneficiária, na forma estabelecida nos instrumentos de ajuste específicos.
§ 4o O Poder Executivo regulamentará a subvenção econômica de que
trata este artigo, assegurada a destinação de percentual mínimo dos
recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico -
FNDCT.
§5o Os recursos de que trata o § 4o deste artigo serão objeto de
programação orçamentária em categoria específica do FNDCT, não
sendo obrigatória sua aplicação na destinação setorial originária, sem
prejuízo da alocação de outros recursos do FNDCT destinados à
subvenção econômica.
Questão 3
3.(ESAF/CGU/2008) Sobre os conceitos e classificações relacionados com Despesa Pública, assinale a opção correta.
a) Segundo a Portaria Interministerial n. 163/2001, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, deverá constar da Lei Orçamentária, no mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa, modalidade de aplicação e elemento da despesa.
b) Os Grupos de Natureza da Despesa podem relacionar-se indistintamente com qualquer Categoria Econômica da Despesa.
c) A Modalidade de Aplicação permite a identificação das despesas intra-orçamentárias.
d) São exemplos de despesas de capital aquelas derivadas do pagamento do serviço da dívida: Juros e amortização da dívida.
e) Toda despesa corrente é uma despesa primária, mas nem toda despesa primária é uma despesa corrente.
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Professor M. Sc. Giovanni Pacelli
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1.Classificação econômica despesa orçamentária
1.1.Classificação da despesa quanto à categoria econômica visão 4320/1964
1.2.Classificação da despesa quanto à categoria econômica visão Manual Técnico do Orçamento (MTO)
2.Classificação da despesa quanto aos efeitos sobre o patrimônio público: efetivas e não efetivas (por mutação)
3.Etapas/Estágios da despesa
4. Restos a pagar
5. Despesas de Exercícios Anteriores
2.CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA QUANTO AOS
EFEITOS SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Professor M. Sc. Giovanni Pacelli
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DICAS do subtópico:
1)Identificar e diferenciar as despesas efetivas das não
efetivas.
Quanto aos efeitos sobre o patrimônio líquido
36 Professor M. Sc. Giovanni Pacelli
Classificação Conceito Exemplo de
receita corrente
Exemplo de receita de
capital
Despesa Orçamentária
Efetiva
Aquela que, no momento de sua realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo.
Despesas de pessoal e encargos
sociais; juros de encargos da dívida.
Despesas com transferências
de capital (despesas com
auxílios).
Despesa Orçamentária não Efetiva
(por mutação patrimonial)
Aquela que, no momento da sua realização, não reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui fato contábil permutativo. Neste caso, além da despesa orçamentária, registra-se concomitantemente conta de variação aumentativa para anular o efeito dessa despesa sobre o patrimônio líquido da entidade.
Despesa como
aquisição de material de consumo.
Despesas com investimentos,
inversões financeiras e
amortização da dívida.
Questão 4
4.(FCC/MPE-SE/2006/Analista Ministerial/Contabilidade)
São despesas orçamentárias efetivas:
a) Pessoal e encargos, aposentadorias e investimentos.
b) Pessoal e encargos, aquisição de material de consumo
para estoque e aquisição de bens imóveis.
c) Juros e encargos da dívida, diárias e
aposentadorias.
d) Juros e encargos da dívida, diárias e aquisição de
material de consumo para estoque.
e) Aquisição de material permanente, amortização da
dívida e juros da dívida.
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Professor M. Sc. Giovanni Pacelli
Professor M. Sc. Giovanni Pacelli
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1.Classificação econômica despesa orçamentária
1.1.Classificação da despesa quanto à categoria econômica visão 4320/1964
1.2.Classificação da despesa quanto à categoria econômica visão Manual Técnico do Orçamento (MTO)
2.Classificação da despesa quanto aos efeitos sobre o patrimônio público: efetivas e não efetivas (por mutação)
3.Etapas/Estágios da despesa
4. Restos a pagar
5. Despesas de Exercícios Anteriores
Estágios da Despesa pelo Manual da
MCASP – Parte I (2011)
• 1ª Etapa: Planejamento
-Fixação
-Descentralização de créditos orçamentários
-Programação orçamentária e financeira
-Processo de licitação e contratação
• 2ª Etapa: Execução
- Empenho
- Liquidação
- Pagamento
• 3ª Etapa: Controle e Avaliação
Professor Giovanni Pacelli
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Obs: a execução da despesa é realizada de forma descentralizada
Etapas/estágios da despesa
Professor Giovanni Pacelli
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DICAS do tópico:
1)Diferenciar estágios de etapas;
2)Diferencias os estágios e as etapas da despesa entre
si.
Etapa:Planejamento Estágio:Fixação
•A fixação da despesa orçamentária insere-se no processo de
planejamento e compreende a adoção de medidas em direção
a uma situação idealizada, tendo em vista os recursos
disponíveis e observando as diretrizes e prioridades traçadas
pelo governo.
LRF (LC 101/2000)
•Art 16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação
governamental que acarrete aumento da despesa será
acompanhado de:
I– estimativa do impacto orçamentário – financeiro no exercício
em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes;
II – declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem
adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária
anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de
diretrizes orçamentárias.
Professor Giovanni Pacelli
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Etapa:Planejamento Estágio:Fixação
LRF (LC 101/2000)
Art. 16. [...]
•§ 1º Para os fins desta Lei Complementar, considera-se:
I– adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de dotação específica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício;
II – compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias, a despesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não infrinja qualquer de suas disposições.
Professor Giovanni Pacelli
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Etapa:Planejamento Estágio:Fixação
•Portanto, a criação ou expansão da despesa requer
adequação orçamentária e compatibilidade com a LDO e
o PPA.
•Entretanto, despesas imprevisíveis e urgentes, como as
decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade
pública, não estão sujeitas ao comando do artigo 16 da
LRF.
•O processo da fixação da despesa orçamentária é
concluído com a autorização dada pelo poder legislativo
por meio da lei orçamentária anual.
Professor Giovanni Pacelli
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Etapa:Planejamento
Estágio:Descentralização de Crédito
•As descentralizações de créditos orçamentários ocorrem
quando for efetuada movimentação de parte do orçamento,
mantidas as classificações institucional, funcional,
programática e econômica, para que outras unidades
administrativas possam executar a despesa orçamentária.
•As descentralizações de créditos orçamentários não se
confundem com transferências e transposição, pois não:
-modifica o valor da programação ou de suas dotações
orçamentárias (créditos adicionais);
-altera a unidade orçamentária (classificação institucional)
detentora do crédito orçamentário aprovado na lei
orçamentária ou em créditos adicionais (transferência/
transposição).
Professor Giovanni Pacelli
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Relembrando as Etapas de Discussão,votação
e aprovação, e Execução da LOA •Art. 167. São vedados:
VI- a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
Professor Giovanni Pacelli
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Diferenças: Remanejamento, transposições e
transferências a)Remanejamentos são realocações na organização de um ente público, com destinação de recursos de um órgão para outro. Podem ocorrer, por exemplo, em uma reforma administrativa. A extinção de um órgão pode levar a Administração a decidir pelas realocações das atividades, inclusive dos respectivos programas de trabalho, recursos físicos e orçamentários, para outros órgãos, sejam da administração direta, sejam da administração indireta. Nesse caso, não cabe a abertura de crédito adicional especial para cobertura de novas despesas, uma vez que as atividades já existem, inclusive os respectivos recursos não financeiros. Entretanto, se houver a necessidade da criação de um cargo novo, a Administração deverá providenciar a abertura de um crédito adicional para atender a essa despesa;
Professor Giovanni Pacelli
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Diferenças: Remanejamento, transposições e
transferências
b)Transposições são realocações no âmbito dos programas de trabalho, dentro do mesmo órgão. Pode acontecer que a administração da entidade governamental resolva não construir a estrada vicinal, já programada e incluída no orçamento, deslocando esses recursos para a construção de um edifício para nele instalar a sede da secretaria de obras, também já programada e incluída no orçamento, cujo projeto original se pretende que seja ampliado. Nesse caso, basta que a lei autorize a realocação dos recursos orçamentários do primeiro para o segundo projeto;
Professor Giovanni Pacelli
Fonte: Parecer 77/CT/2007 do TCE/MS
47
Diferenças: Remanejamento, transposições e
transferências
c)Transferências são realocações de recursos entre as categorias econômicas de despesas, dentro do mesmo órgão e do mesmo programa de trabalho. Ou seja, repriorizações dos gastos a serem efetuados. Pode ocorrer que a administração do ente governamental tenha que decidir entre realocar recursos para a manutenção de uma maternidade ou adquirir um novo computador para o setor administrativo dessa maternidade, que funciona relativamente bem, ainda que utilizando computadores antigos. A opção por recursos para a manutenção da maternidade se efetivará através de uma transferência, que não se deve confundir com anulações, parciais ou totais, de dotações para abrir crédito adicional especial. Nas transferências, as atividades envolvidas continuam em franca execução; nos créditos adicionais especiais ocorre a implantação de uma atividade nova.
Professor Giovanni Pacelli
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Etapa:Planejamento
Estágio:Descentralização de Crédito
•Na descentralização, as dotações serão empregadas
obrigatória e integralmente na consecução do objetivo
previsto pelo programa de trabalho pertinente, respeitada
fielmente a classificação funcional e a estrutura
programática. Portanto, a única diferença é que a
execução da despesa orçamentária será realizada por
outro órgão ou entidade.
•Para a União, de acordo com o inciso III do §1º do art.1º
do Decreto nº 6.170/2007, a descentralização de crédito
externa dependerá de termo de cooperação, ficando
vedada a celebração de convênio para esse efeito.
Professor Giovanni Pacelli
49
Diferença entre Descentralização e
Transferência Voluntária
•As transferências voluntárias realizadas aos
demais Entes da Federação, via de regra, devem ser
classificadas como operações especiais enquanto
que as descentralizações de créditos
orçamentários devem ocorrer em projetos ou
atividades.
Professor Giovanni Pacelli
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Etapa:Planejamento Estágio: Programação
Orçamentária e Financeira
•A programação orçamentária e financeira consiste na
compatibilização do fluxo dos pagamentos com o fluxo dos
recebimentos, visando o ajuste da despesa fixada às novas
projeções de resultados e da arrecadação.
•Se houver frustração da receita estimada no orçamento,
deverá ser estabelecida limitação de empenho e
movimentação financeira, com objetivo de atingir os
resultados previstos na LDO e impedir a assunção de
compromissos sem respaldo financeiro, o que acarretaria
uma busca de socorro no mercado financeiro, situação que
implica em encargos elevados.
Professor Giovanni Pacelli
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Etapa:PlanejamentoEstágio: Processo Licitatório
•Processo de licitação compreende um conjunto de
procedimentos administrativos que objetivam adquirir
materiais, contratar obras e serviços, alienar ou ceder bens
a terceiros, bem como fazer concessões de serviços
públicos com as melhores condições para o Estado,
observando os princípios da legalidade, da impessoalidade,
da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório,
do julgamento objetivo e de outros que lhe são correlatos.
Professor Giovanni Pacelli
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Etapa:PlanejamentoEstágio: Processo Licitatório
CF/88
•“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
[...]
•XXI – ressalvados os casos especificados na legislação, as obras,
serviços, compras e alienações serão contratados mediante
processo de licitação pública que assegure igualdade de condições
a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências
de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações”.
Professor Giovanni Pacelli
53
Questão 5
(Cespe/IPEA/2008)Excepcionalmente, um administrador público pode, desde que motivado, promover o empenho da despesa em volume que exceda os créditos que tenham sido concedidos.
Professor Giovanni Pacelli
54
Etapa:Execução Estágio: Empenho
Lei 4320/64
•Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição.
•Art. 59 - O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos.
Professor Giovanni Pacelli
55
Etapa:Execução Estágio: Empenho
Lei 4320/64
• Art. 59 – [...]
§ 1º Ressalvado o disposto no Art. 67 da Constituição Federal, é vedado aos Municípios empenhar, no último mês do mandato do Prefeito, mais do que o duodécimo da despesa prevista no orçamento vigente.
§ 2º Fica, também, vedado aos Municípios, no mesmo período, assumir, por qualquer forma, compromissos financeiros para execução depois do término do mandato do Prefeito.
Professor Giovanni Pacelli
56
Etapa:Execução Estágio:Empenho
Lei 4320/64
• Art. 59 – [...]
§ 3º As disposições dos parágrafos anteriores não se aplicam nos casos comprovados de calamidade pública.
§ 4º Reputam-se nulos e de nenhum efeito os empenhos e atos praticados em desacordo com o disposto nos parágrafos 1º e 2º deste artigo, sem prejuízo da responsabilidade do Prefeito nos termos do Art. 1º, inciso V, do Decreto-lei n.º 201, de 27 de fevereiro de 1967.
Professor Giovanni Pacelli
57
Etapa:Execução Estágio: Empenho
Lei 4320/64
•Art. 60. É vedada a realização de despesa sem
prévio empenho.
§ 1º Em casos especiais previstos na legislação
específica será dispensada a emissão da nota de
empenho.
§ 2º Será feito por estimativa o empenho da despesa
cujo montante não se possa determinar.
§ 3º É permitido o empenho global de despesas
contratuais e outras, sujeitas a parcelamento.
Professor Giovanni Pacelli
58
Etapa:Execução Estágio: Empenho
•Art. 61. Para cada empenho será extraído um
documento denominado "nota de empenho" que
indicará o nome do credor, a representação e a
importância da despesa bem como a dedução desta
do saldo da dotação própria.
Professor Giovanni Pacelli
59
Etapa:Execução Estágio: Empenho
Modalidade
do Empenho
Conceito Exemplo
Ordinário
Valores fixos e previamente
definidos e cujo pagamento
deve ocorrer uma única vez
Aquisição de
material
permanente
Estimativa
Despesas cujo montante não se
possa determinar previamente
Serviços de
água, energia,
lubrificantes,
combustíveis
Global
Despesas contratuais ou outras
de valor determinado sujeitas a
parcelamento
Compromisso
decorrentes de
aluguéis
Professor Giovanni Pacelli
60
Etapa:Execução Estágio: Liquidação
Lei 4320/64
•Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
•§ 1° Essa verificação tem por fim apurar:
I- a origem e o objeto do que se deve pagar;
II- a importância exata a pagar;
III- a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
•§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base:
I- o contrato, ajuste ou acordo respectivo;
II- a nota de empenho;
III- os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.
Professor Giovanni Pacelli
61
Etapa:Execução Estágio:Pagamento
•Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.
•Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga.
Parágrafo único. A ordem de pagamento só poderá ser exarada em documentos processados pelos serviços de contabilidade.
Professor Giovanni Pacelli
62
Etapa: Controle e Avaliação
•Esta fase compreende a fiscalização realizada pelos órgãos de controle e pela sociedade.
•O Sistema de Controle visa à avaliação da ação governamental, da gestão dos administradores públicos e da aplicação de recursos públicos por entidades de Direito Privado, por intermédio da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, com finalidade de:
a)Avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; e
b)Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da Administração Pública, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.
•Por controle social entende-se a participação da sociedade no planejamento, na implementação, no acompanhamento e verificação das políticas públicas, avaliando objetivos, processos e resultados.
Professor Giovanni Pacelli
63
Professor M. Sc. Giovanni Pacelli
64
1.Classificação econômica despesa orçamentária
1.1.Classificação da despesa quanto à categoria econômica visão 4320/1964
1.2.Classificação da despesa quanto à categoria econômica visão Manual Técnico do Orçamento (MTO)
2.Classificação da despesa quanto aos efeitos sobre o patrimônio público: efetivas e não efetivas (por mutação)
3.Etapas/Estágios da despesa
4. Restos a pagar
5. Despesas de Exercícios Anteriores
4. Restos a Pagar
Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli 65
Os restos a pagar se subdividem:
-Restos a pagar processados: despesas empenhadas e
liquidadas e não pagas;
-Restos a pagar não processados: despesas
empenhadas, não liquidadas e não pagas.
Exemplos
a) Gasto 1;
b) Gasto 2;
c) Gasto 3.
Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli 66
Exemplo: Gasto 1
Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli 67
GASTO 1
EMPENHO LIQUIDAÇÃO
01/01/2011 31/12/2012
01/04/2011 01/07/2011 01/10/2011 01/01/2012 01/04/2012 01/07/2012 01/10/2012
PAGAMENTO
Exemplo: Gasto 2
Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli 68
GASTO 2
EMPENHO LIQUIDAÇÃO
01/01/2011 31/12/2012
01/04/2011 01/07/2011 01/10/2011 01/01/2012 01/04/2012 01/07/2012 01/10/2012
INSCRIÇÃO EM RESTOS A PAGAR PROCESSADOS
PAGAMENTO DA DESPESA INSCRITA EM RESTOS A PAGAR PROCESSADOS
Exemplo: Gasto 3
Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli 69
GASTO 3
EMPENHOLIQUIDAÇÃO
EFETIVA
01/01/2011 31/12/2012
01/04/2011 01/07/2011 01/10/2011 01/01/2012 01/04/2012 01/07/2012 01/10/2012
INSCRIÇÃO EM RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS
“LIQUIDAÇÃO PROVISÓRIA”
PAGAMENTO DA DESPESA INSCRITA EM RESTOS A
PAGAR NÃO PROCESSADOS
Questão 6
Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli 70
6.(FCC/ TRT 23ª Região/2011/ Analista Judiciário) São
restos a pagar não processados as despesas
a)empenhadas, mas não liquidadas no exercício financeiro.
b)empenhada, liquidadas e não pagas no exercício
financeiro.
c)de exercícios anteriores.
d)decorrentes de suprimento de fundos.
e)liquidadas, porém não empenhadas nem pagas no
exercício.
Controles sobre os restos a pagar
Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli 71
1) Condições para assumir obrigações a serem pagas em
exercícios seguintes (lei de responsabilidade fiscal);
2) Condições para inscrever restos a pagar não processados
(Decreto 93.872/1986);
2) Condições para dar baixa nos restos a pagar processados
e não processados (Decreto 93.872/1986).
a)Condições para assumir obrigações a serem pagas em
exercícios seguintes (lei de responsabilidade fiscal)
Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli 72
É vedado ao titular de Poder ou órgão, nos últimos dois
quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de
despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro
dele, OU que tenha parcelas a serem pagas no exercício
seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa
para este efeito.[1]
Na determinação da disponibilidade de caixa serão
considerados os encargos e despesas compromissadas a
pagar até o final do exercício[2].
[1] Art. 42º da LRF.
[2] Parágrafo único do Art. 42 º da LRF.
b) Condições para inscrever restos a pagar não
processados
Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli 73
Condição para se
inscrever restos a pagar não
processados “liquidação
provisória” (basta
atender uma delas).
Vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele estabelecida.
Vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em curso a liquidação da despesa, OU seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor.
Se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas
Corresponder a compromissos assumido no exterior.
c) Condições para dar baixa nos restos a pagar
processados e não processados
74
1 Prescreve em cinco anos a dívida passiva relativa aos Restos a Pagar[1].
2
A inscrição de despesas como restos a pagar no encerramento do exercício financeiro de emissão da Nota de Empenho depende da observância das condições estabelecidas na legislação para empenho e liquidação da despesa[2]. A referida inscrição como restos a pagar não processados fica condicionada à indicação pelo ordenador de despesas [3].
3
Restos a Pagar Processados não podem ser cancelados, tendo em vista que o fornecedor de bens/serviços cumpriu com a obrigação de fazer e a Administração não poderá deixar de cumprir com a obrigação de pagar.
4
Os restos a pagar inscritos na condição de
não processados e não liquidados posteriormente terão validade até 30 de
junho do segundo ano subsequente ao de sua inscrição [4], ressalvado:
Despesas executadas diretamente pelos órgãos e entidades da União ou mediante transferência ou descentralização aos Estados, Distrito Federal e Municípios, com EXECUÇÃO INICIADA até 30 de junho do segundo ano subsequente ao de sua inscrição[5].
As despesas relacionadas ao Programa de Aceleração do Crescimento – PAC.
As despesas relacionadas ao Ministério da Saúde.
As despesas relacionadas ao Ministério da Educação financiadas com recursos da Manutenção e Desenvolvimento do Ensino.
5
Após o cancelamento da inscrição da despesa como Restos a Pagar, o pagamento que vier a ser reclamado poderá ser atendido à conta de dotação destinada a despesas de exercícios anteriores[6].
Professor M. Sc. Giovanni Pacelli
75
1.Classificação econômica despesa orçamentária
1.1.Classificação da despesa quanto à categoria econômica visão 4320/1964
1.2.Classificação da despesa quanto à categoria econômica visão Manual Técnico do Orçamento (MTO)
2.Classificação da despesa quanto aos efeitos sobre o patrimônio público: efetivas e não efetivas (por mutação)
3.Etapas/Estágios da despesa
4. Restos a pagar
5. Despesas de Exercícios Anteriores
5. Despesas de Exercícios Anteriores
76
Situação
prevista como
Despesas de Exercícios Anteriores
Detalhamento Exemplo
Situação 1: As
despesas que não se tenham processado na época própria.
Aquelas cujo empenho tenha sido considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício
correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação.
O gestor do exemplo utilizado na Figura 3 cancela o empenho, sendo que o contrato previa que o fornecedor poderia entregar até 28 de fevereiro do exercício seguinte
(2012). Deveria ter ocorrido a inscrição de restos a pagar não
processados em 31 de dezembro de 2011. Como isso não ocorreu e o empenho foi cancelado em 31 de dezembro de 2011, a despesa deverá
ser novamente empenhada, liquidada e paga em 2012 utilizando o elemento da despesa 92.
5. Despesas de Exercícios Anteriores
77
Situação 2:
Restos a Pagar com prescrição
interrompida.
São aqueles cancelados, mas ainda vigente o direito do credor.
Esta situação está em extinção de exemplos, mas
deve ser decorada em teoria. Isso porque os restos a pagar processados não podem ser cancelados (vide seção anterior). Os restos a pagar não processados, mas liquidados no exercício seguinte também não podem ser cancelados (vide seção anterior). Assim,
apenas os restos a pagar não processados e que não foram liquidados no ano subseqüente podem ser
cancelados. Uma exemplo que poderia se encaixar seria a situação de em 2011 o fornecedor assinar o contrato para fornecer computadores até 30 de abril de
2012. Em 2011 foi realizado apenas o empenho. Em 2012 o fornecedor entrega os computadores, porém a liquidação não é registrada no sistema. Na sequência,
o fornecedor esqueceu-se de cobrar seus direitos em 2012 e em 30 de junho de 2013 o restos a pagar não processados e não liquidados (devido a uma falha da administração) é cancelado. Em 2014 o fornecedor realizado sua verificação identifica seus valores recebíveis e retorna à administração; porém, o restos a pagar não processados já havia sido cancelado. Assim, em 2014 a despesa deverá ser
novamente empenhada, liquidada e paga utilizando o elemento da despesa 92.
5. Despesas de Exercícios Anteriores
78
Situação 3: Compromissos reconhecidos
após o encerramento do exercício.
Aqueles cuja obrigação de
pagamento foi criada em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o
encerramento do exercício
correspondente.
Em novembro de 2011 nasce o filho de servidor e o mesmo pela lei 8112 faz jus ao auxílio natalidade. Por qualquer, motivo (saúde, esquecimento) o servidor somente dá entrada na papelada em 2012. Neste caso, a obrigação deverá ser empenhada, liquida e paga em 2012.
Devido ao recadastramento no sistema de pagamento o auxílio ao custeio do plano de saúde de determinado servidor não foi
recadastrado, apesar do mesmo ter entregado toda a documentação. Ocorre que o servidor
deixou de receber os meses de novembro e dezembro de 2011 e os meses de janeiro e fevereiro de 2012, e só percebeu isso em março.
Os valores referentes aos meses de novembro e dezembro serão pagos como despesas de exercícios anteriores (elemento da despesa 92),
enquanto os valores de janeiro e fevereiro serão pagos como despesas de pessoal (elemento da despesa 93).
Despesas de Exercícios Anteriores (DEA)
Dicas:
•Deve respeitar a categoria econômica (Corrente ou
de capital).
•Basta uma das situações para se enquadrar. As
situações independentes.
Professor Giovanni Pacelli
79
Questão 7
Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli
80
7. (FCC/ TRE AM/2010/ Analista Judiciário) Em 01/12/X8, a Secretaria de
Educação empenhou despesa em dotação orçamentária própria para a
aquisição de microcomputadores. No dia 31/12/X8, os equipamentos ainda
não haviam sido entregues e a administração pública municipal resolveu
cancelar o empenho e não inscrevê-lo em Restos a Pagar. Todavia, no
início do exercício seguinte, o fornecedor entregou a mercadoria conforme
havia contratado com a prefeitura. Neste caso, o ordenador de despesa
deveria
a) solicitar a reversão do registro da anulação da despesa ao setor de
contabilidade.
b) solicitar a inscrição de restos a pagar de exercícios anteriores e,
posteriormente, o pagamento ao credor.
c) empenhar despesa com material permanente e, posteriormente, solicitar
o pagamento ao credor.
d) empenhar despesa de exercícios anteriores no orçamento de capital e,
posteriormente, solicitar o pagamento ao credor.
e) empenhar despesa de exercícios anteriores no orçamento corrente e,
posteriormente, solicitar o pagamento ao credor.
Questão 8
81
(Oficial de Chancelaria/2008/FCC) Despesas de
exercícios anteriores são despesas
(A) contabilizadas pelo regime de caixa, mas pagas
pelo regime de competência.
(B) orçamentárias.
(C) extra-orçamentárias.
(D) inscritas em restos a pagar no exercício anterior e
não canceladas.
(E) para as quais ainda não subsiste o direito do credor
do ente público.
Questão 9
Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli 82
9.(ESAF/CGU/2008) A Despesa Pública segue um ordenamento jurídico, com
requisitos que precisam ser atendidos em uma seqüência específica, predeterminada e
ordenada. No que diz respeito a esse assunto, julgue os itens que se seguem e
marque a opção que corresponde à ordem correta.
I. É vedada a realização da despesa sem prévio empenho, mas em casos especiais,
previstos na legislação específica, poderá ser dispensada a emissão da nota de
empenho.
II. Ao final do exercício, não será anulado o empenho da despesa cujo contrato
estabelecer como data-limite, para a entrega do serviço, dia 31 de março.
III. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo
consignava créditos próprios, com saldo suficiente para atendê-las, que não tenha sido
processadas, na época própria, e cuja obrigação tenha sido cumprida pelo credor,
deverão ser inscritas em Restos a Pagar do exercício e pagas como tal.
IV. O empenho da despesa não poderá exceder o limite dos créditos concedidos,
exceto no caso de créditos extraordinários.
V. Entre os estágios da despesa orçamentária, é somente na liquidação que se
reconhece a obrigação a pagar.
a) V, V, F, F, V
b) V, V, F, V, F
c) F, V, F, F, V
d) V, F, V, F, F
e) V, F, V, V, F
Questão 10
Prof. M. Sc. Giovanni Pacelli 83
10.(ESAF/CGU/2008) Existem ocorrências especiais na execução da despesa pública,
tais como os restos a pagar. No que diz respeito a esse assunto, julgue os itens que se
seguem e marque a opção que corresponde à seqüência correta.
I. Compreendem somente despesas empenhadas, liquidadas ou não, e não-pagas até
o final do exercício.
II. O pagamento da despesa inscrita em Restos a Pagar independe de autorização
orçamentária.
III. A despesa empenhada e liquidada é passível de inscrição em Restos a Pagar -
Processados, enquanto as despesas empenhadas, mas não-liquidadas, somente são
passíveis de inscrição em Restos a Pagar - Não-Processados, se forem atendidas
determinadas condições.
IV. O superávit financeiro do exercício deve ser reservado preferencialmente para
pagamento de Restos a Pagar.
V. As dívidas de exercícios anteriores, reconhecidas na forma da legislação pelo
ordenador de despesa e que não foram pagas no exercício deverão ser inscritas como
Restos a Pagar.
a) V, V, F, F, F
b) V, V, V, F, F
c) F, F, V, F, F
d) V, F, F, V, V
e) F, F, V, V, V
Exercícios Propostos
84
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