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BLOQUEIOS NO TRATAMAENTO DA DOR

Rosemeire de Brito Santos

Especialista em Anestesiologia, atuação em área de DOR

INTRODUÇÃO

Contribuem de maneira significativa para o alívio da dor

Associados a outras medidas em diferentes momentos do tratamento

Diminuem o consumo de medicação sistêmica (efeitos colaterais)

Programa multidisciplinar de tratamento da dor

Dor Princ Praticas; Neto AO, 2009

Aumentam a perfusão tecidual

Relaxamento da musculatura estriada

Reduzindo o tônus neurovegetativo

TRATAMENTO DA DOR

BLOQUEIO

Anestésicos Locais Lidocaína Bupivacaína

Corticosteróides Metilprednisolona

Toxina Botulínica A

OBJETIVOS

Terapêutico Fase inicial, até que outra medidas façam efeito Sempre que houver dificuldades para lívio da dor

Diagnóstico Origem: Periférica e Central Diagnóstico diferencial

Prognóstico Antes do bloq neurolítico

Dor Princ Praticas; Neto AO, 2009

BLOQUEIOS TERAPÊUTICOS

Técnicas de injeções simples ou contínuas

Dor Aguda ou Crônica

Variáveis: Concentração e volume da solução (< possível) Localização Técnicas de aplicação

PERIFÉRICOS

Injeção em Pontos-gatilho

Infiltração de Tecido Celular Subcutâneo

Bloqueio de nervos: femural, Supra-escapular, Occipital

Bloqueio Articulação: Temporomandibular, Ombro, Joelho

Bloqueio Gânglio Estrelado

CRITÉRIOS DE INDICAÇÃO

Características da dor

Perfil do paciente

Aceitação do método

Habilidade e familiaridade técnicas do profissional

INDICAÇÕES

Síndrome Dolorosa Miofascial Fibromialgia Cervicalgia Lombalgia Neuralgia Trigêmio Neuralgia pós-herpética Disfunção da ATM SDRC Síndrome do túnel do Carpo Cefaléias Artrite, Bursite, Tendinite Dor Oncológica Infiltração de cicatriz cirúrgica

CONTRA-INDICAÇÕES

Recusa do paciente

Infecções no local

Coagulopatias

Uso de anticoagulantes

Lidocaína Venosa

Anestésico local mais empregado

Ações anestésicas e antiarrítimicas bem estabelecidas

Eficaz no alívio da Dor Crônica Neuropática Periférica e Central

Adjuvante na dor aguda pós-operatória

Lidocaína Venosa

Dependentes de voltagem

Nav 1,8 e 1,9 = nêuronios periféricos sensitivos

Nav 1,7 = nêuronios sensitivos e do SNS

Nav 1,3 = nêuronios periféricos lesados, associado a dor neuropática

Canais de Na+ resistentes a tetrodotoxina = terminações dos mecanoceptores, na medula espinhal e no gânglio da raiz dorsal – hiperalgesia central

AÇÃO CLÁSSICA EM CANAIS DE SÓDIO

RBA; Lauretti, GR; 2008

Lidocaína Venosa

Atua sobre os polimorfonucleares e macrófagos inibindo a liberação de citocinas, leucotrienos, histamina e prostaglandinas; reduzindo a permeabilidade vascular, a secreção de fluidos e o extravasamento de coloides.

Diminui adesividade, motilidade e a migração dos polimorfonucleares para o local da lesão.

Diminui a produção e liberação de oxido nítrico, radicais livres e enzimas lisossomais

Inibe a tradução de sinal após ativação receptores acoplados a PG

ACÃO ANTINFLAMATÓRIA

RBA; Kraychete et al; 2003

Lidocaína Venosa

Diminui a resposta inflamatória à isquemia do tecido (formação de tromboxano A2)

Atenua a lesão tecidual induzida por citocinas endoteliais e vasculares

Por meio de mecanismos envolvendo: liberação de ATP e canal de K+

Reduz a produção de aminoácidos excitatórios

RBA; Lauretti, GR; 2008

AÇÃO ANALGÉSICA

Lidocaína Venosa

Bloqueio de canais de sódio:sensibilidade diferente para bloq tecido lesado

Ação glicinérgica

Bloqueio de receptores NMDA: pós-sinápticos

Redução de substância P

Agonista do receptor M3: pré-sináptico - inibe liberação de ACh Liberação de opióides endógenos

MECANISMOS DE AÇÃO

Fármacos Trat Dor; Giraldes, ALA et al; 2008

RBA; Lauretti, GR; 2008

Lidocaína Venosa

Estabilizador de Membrana: impede a geração de impulsos ectópicos

Diminui a hiperexcitabilidade sem afetar a condução do nervo

Há acúmulo de canais de sódio na região da lesão (neuroma e broto) e em locais de desmielinização

Inibição da atividade ectópica e espontânea de neurônios do gânglio da raiz dorsal e do corno dorsal da medula

Ação central com diminuição da sensibilização medular

Alívio significativo da dor com redução da alodinia e da hiperalgesia

Fármacos Trat Dor; Giraldes, ALA et al; 2008

Lidocaína Venosa

“ Eficácia da infusão contínua de lidocaína durante 5 dias para Tratamento da Síndrome Dolorosa Complexa Regional refratária”

Resposta anti-hiperalgésica em humanos através administração sistêmica, mas não com infiltração local

Bloqueio seletivo dos canais de sódio resistentes a tetrodotoxina, inibindo a despolarização repetitiva

Fibras A-delta e C

Destacou-se ação antialodínica térmica e mecânica

Pain; Schwartzman et al, 2009

Lidocaína Venosa

Tecido Somático (pele): diminuição do campo de recepção de estímulos periféricos nociceptivos, e não diminuiu a resposta dos neurônios espinhais de ampla faixa dinâmica.

SNC (Medula Espinhal): bloqueio da hiperexcitabilidade central pela ação nos canais de sódio ( > duração da analgesia).

AÇÃO DIFERENCIAL DEPENDENTE DO TECIDO LESADO

RBA; Lauretti, GR; 2008

Lidocaína Venosa

O alívio da dor ocorre em 30 min, redução da alodinia em 15 min

Duração do alívio da dor é maior que a esperada pela meia-vida do AL ( 96’)

Várias horas, dias ou semanas

Diminuição da sensibilização medular

DURAÇÃO DO EFEITO

Fármacos Trat Dor; Giraldes, ALA et al; 2008

Lidocaína Venosa

200 a 240 mg

Dose eficaz mínima é 1,5mL/L

Alcançada com 2 a 5 mg/Kg

Infundida em 30 a 60 min

DOSE

Fármacos Trat Dor; Giraldes, ALA et al; 2008

Lidocaína Venosa

Altas doses pode causar ruptura da membrana celular secundária ao “efeito detergente” dos anestésicos locais, semelhante ao surfactante, causando lesão neural irreversível

-Células do gânglio dorsal da medula

Mediada pela ativação específica de proteinocinase mitógeno-ativada p38, porém não pela sinalização extracelular de proteinocinase terminal resultante do sistema c-jun

TOXICIDADE

RBA; Lauretti, GR; 2008

Lidocaína Venosa

Sonolência, tontura, gosto metálico, cefaléia, visão borrada

Parestesia, disartria, euforia e náusea

Zumbido, moleza, tremor e agitação

Prolongamento de PR e QRS no ECG

EFEITOS COLATERAIS

Fármacos Trat Dor; Giraldes, ALA et al; 2008

Lidocaína Venosa

Síndrome Complexa de Dor Regional Fibromialgia Síndrome Miofascial Neuropatias Periféricas: diabética , pós-herpética Lesão de nervo periférico Neuralgia do trigêmeo Neurite traumática Esclerose Multipla Pós-AVC Dor Fantasma

INDICAÇÕES

Fármacos Trat Dor; Giraldes, ALA et al; 2008

Lidocaína Venosa

Insuficiência Hepática

Insuficiência Renal

Bradicardia Sinusal

Bloqueio incompleto de ramo

CAUTELA

Fármacos Trat Dor; Giraldes, ALA et al; 2008

Lidocaína Venosa

Arritmia

Hipersensibilidade ao anestésico local

Insuficiência Cardíaca

Coronariopatia

Bloqueio cardíaco

CONTRAINDICAÇÕES

Fármacos Trat Dor; Giraldes, ALA et al; 2008

Lidocaína Venosa

Verapamil

Amiodarona

Betabloqueadores

Gentamicina

Cimetidina

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

BLOQUEIO CENTRAL

BLOQUEIOS PERIFÉRICOS

Atlas Trat Interv da Dor; Waldman, 2007

NEURALGIA DO TRIGÊMIO

ARTICULAÇÃO DO OMBRO

NERVO SUPRAESCAPULAR

PLEXO BRAQUIAL

COTOVELO

SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO

GÂNGLIO ESTRELADO

JOELHO

NERVO FEMURAL

LOMBALGIAS

ESPONDILARTROSEHÉRNIA DISCAL

SÍNDROME DOLOROSA MIOFASCIAL

PONTOS-GATILHO

MÚSCULO TRAPÉZIO

Pontos-Gatilho; Niel-Asher S, 2008

MÚSCULOS ESCALENOS

ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO

LEVANTADOR DA ESCÁPULA

PEITORAL MAIOR

MÚSCULO DELTÓIDE

ATIVIDADE FÍSICA

ESPONDILOLISTESE

OBRIGADA !rosebrito@globo.com

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