apresentação: adaptação de lc rígida esféricas e tóricas

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Apresentação Prof. Luis Alberto Perez Alves - Curso ÓTICA REVISTA Tema: Adaptação de LC rígida esférica e tóricas

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ADAPTAÇÃO DE LC RÍGIDAS

ESFÉRICAS E TÓRICAS. COMO CALCULAR CORRETAMENTE PARA EVITAR

PROBLEMAS DE TENTATIVA DE ERRO E ACERTO.

(06/05/12)

Luis Alberto Perez Alves

www.perezalves.com.br

11-7644.4746

LENTES RGP

HISTÓRIA

As primeiras lentes de contato fabricadas em

vidro sopradas eram adaptadas sem que o técnico

pudesse obter medidas objetivas da córnea ou da

área escleral onde a lente apoiava-se.

Vários métodos foram idealizados, porém o mais

utilizado era o que se obtinha um molde da

superfície do olho, pelo mesmo método utilizado

pelos dentistas e através deste molde

reproduzisse as formas para as lentes de vidro ou

para se prensar as lentes em plásticos.

HISTÓRIA

APARELHOS

Com o surgimento dos oftalmometros e queratrometros que

possibilitam a medida dos raios de curvatura da córnea, a adaptação

tornou-se mais objetiva, principalmente para as lentes corneanas e

micro-corneanas.

APARELHOS

Com o advento da fluoresceina tornou-se muito mais

prático avaliar a adaptação das lentes rígidas. Ela foi usada

pela primeira vez nas L.C., em 1938.

PRINCIPIO BÁSICO DA FLUORESCEINA

MATÉRIAS-PRIMAS

As principais qualidades de uma matéria-prima

para lentes de contato, segundo Dr.

Gumpelmayer devem ser:

Qualidade óptica total;

Elasticidade;

Não deve conter elementos tóxicos;

Deve ser neutra biologicamente (pH fisiológico);

Deve ser permeável aos gases;

Deve ser facilmente limpa e esterilizada.

PMMA

O PMMA é um material que permite a fabricação

de excelente lente de contato, pois tem resistência

(memória de material ótima), índice de refração

bom (1.49) além de não atrair impregnações.

Infelizmente em função de sua estrutura

química, ela é totalmente impermeável aos gases

e não pode ser hidratada.

SILICONADAS E

FLUORCARBONADAS

Em compensação as lentes a base de silicone e

fluorcarbono, são bastante permeáveis aos

gases podendo atingir níveis muito altos, sendo

que é desta sua característica principal que

advem o seu nome de gás permeável.

O transporte de oxigênio pela lente siliconada

pode variar, por alteração das unidades de

siloxana, por exemplo: uma alta porcentagem de

unidades de siloxana, resulta em um produto

mais capaz de transportar o oxigênio.

CARACTERISTICAS

Outras características dessas lentes são:

“Dureza” e “Módulo de tração de elasticidade”

(estão relacionados com o conforto das lentes);

“Ângulo de umectação” (espalhamento de um

líquido sobre uma superfície rígida, lisa e limpa.

Quanto maior o ângulo menos umectável a superfície

e vice-versa);

Condutibilidade térmica (é muito importante, pois

se o material for isolante térmico irá influenciar

negativamente no consumo de oxigênio da córnea);

Permeabilidade ou DK (é a capacidade da lente

transportar O2 pelo seu material).

DK/L

É determinado multiplicando-se o coeficiente de

difusão O2 do material da lente (D) pela

solubilidade do O2 no material da lente (K);

A tensão de O2 sobre uma lente de contato

medida em mmHg, é uma função da equação

DK/L, onde L é igual a espessura da lente;

As lentes siliconadas são assim chamadas

porque são elaboradas a partir do silicone.

SILICONE

O silicone é elaborado a partir de um mineral da

natureza chamado silício misturado com oxigênio

(Os dois são os elementos mais fartos na

natureza).

Como resultado obtém-se uma borracha chamada

caucho de silicona.

Essa borracha tem uma qualidade indesejável

para as lentes de contato que é a hidrorepelência.

É por este motivo que ele é misturado com outros

materiais.

PARÂMETROS

Para se efetuar a adaptação das atuais lentes

rígidas, passou-se a utilizar o queratometro

para medir-se as curvas da córnea.

Atualmente o desenho da lente e os métodos de

controle de adaptação, permitem um uso rápido e

seguro.

Zona Positiva

Zona Negativa

PARÂMETROS

PARÂMETROS

PARÂMETROS

R1 – Curva base ou curva interna, é aquela determinada pelo técnico de acordo com as medidas queratométricas. Ela deve ser calculada como uma média das medidas, porém, a última palavra pertence às observações pessoais de cada técnico.

REX – Curva externa, é aquela que vai determinar o poder dióptrico das lentes.

R2 e R3 – são as curvas periféricas primárias e secundárias.

Elas são produzidas na área periférica da lente, partindo da borda em direção ao centro.

Para produzi-las são usados moldes convexos que efetuarão um desgaste da face interna em um raio maior, de modo a facilitar o intercâmbio de lágrimas entre lentes e córnea e fazer com que ela estabilize sua flutuação, adaptando-se suavemente ao aplanamento periférico da córnea em direção ao limbo.

O raio dessas curvas periféricas dependem da curva base, do diâmetro total da lente e do diâmetro da zona óptica que se deseja.

PARÂMETROS

D1 - O diâmetro total da lente é determinado pelo técnico de acordo com as medidas por ele realizadas e observações pessoais. Essas devem ter os seguintes critérios.

A pupila medida contra a luz deve ser maior no mínimo 4mm.

A córnea deve ser medida no seu diâmetro horizontal e a lente não deve ultrapassar 2/3 do seu tamanho.

Considerar a abertura palpebral.

Considerar o raio K da córnea.

As observações pessoais do técnico sobre a mobilidade, estabilidade da lente e a área da córnea coberta por ela é que darão a resposta final.

Bordas – São feitas bem arredondadas seguindo uma angulação que una as curvas internas e externas, de modo a proporcionar uma passagem das pálpebras sem muito atrito.

Atualmente muitos técnicos recorrem ao modelo cônico para formação e polimento.

As angulações variam de 60º, 90º e 120º. Esse acabamento requer certa experiência afim de concluí-lo satisfatoriamente.

ADAPTAÇÃO DE LENTES DE CONTATO

RÍGIDAS

Avaliação visual do pólo anterior

Medir diâmetro horizontal visível da íris (DHVI)

Medir abertura palpebral

Medir queratometria em seus dois principais meridianos e sua posição de eixo

Medir acuidade visual com sua correção atual

Calcular lente de teste baseado nas medidas realizadas e na RX

Selecionar lente de teste na caixa de provas, o mais próximo do calculo (de preferência a CB exata e o grau o mais próximo possível).

Esclarecer cliente sobre sintomas e seu comportamento quanto a eles

Higienizar lentes

Adaptar lentes

Deixar cliente aproximadamente 40 minutos com lentes

Avaliar curva base com fluoresceina e lâmpada de Burton

Avaliar visão com sobre refração

Baseado em suas observações e medidas calcular lentes definitivas

Encomendar lentes definitivas ao laboratório

Ensinar cliente a adaptar e manipular lentes

Orientar sobre higienização das lentes, procedimentos e horário de uso.

Agendar revisões de controle

MEDIDAS NECESSÁRIAS

Refração

DV

Queratometria

DHVI

CÁLCULOS

Antes de iniciarmos os cálculos propriamente ditos vamos verificar a prescrição óptica do cliente, pois normalmente elas são para uso de lentes oftálmicas (óculos), e precisão passar por algumas transformações para lentes de contato.

TRANSPOSIÇÃO

Ex.:

AO -3,00 Di esf = + 1,00 Di cil X 90º

Poder Cilíndrico: Sempre que a prescrição óptica tiver correção cilíndrica, esta deverá estar em sua forma cilíndrica negativa, caso contrario é necessário fazer a transposição.

REGRAS PARA TRANSPOSIÇÃO DE

CILÍNDRICO POSITIVO PARA NEGATIVO.

AO -3,00 Di esf = + 1,00 Di cil X 90º

Para obter o novo esférico some algebricamente o

esférico com cilíndrico. Novo esf = Esf + (Cil)

Esf – 3,00

Cil + 1,00

N.Esf – 2,00

REGRAS PARA TRANSPOSIÇÃO DE

CILÍNDRICO POSITIVO PARA NEGATIVO.

Para obter o novo cilíndrico basta inverter o seu

sinal e manter o valor. Novo Cil = Cil * (-1)

+ 1,00 cil * (-1) = Novo cil - 1,00

Para obter o novo eixo basta ver sua posição, se

for menor ou igual a 90º basta somar mais 90º.

Eixo 90º + 90º = Novo eixo 180º

Se o eixo for maior que 90º basta subtrair 90º

Eixo 100º - 90º = Novo eixo 10º

DISTÂNCIA AO VÉRTICE (DV)

Realizada a transposição, passaremos ao poder

esférico, pois sempre que ele for igual ou maior

que 4 dioptrias devemos compensar a redução da

distância da face posterior da lente oftálmica ao

ápice da córnea, esta distância chama-se

“Distância ao vértice” ou “Distância vertex”

ou simplesmente “DV”, esta distância pode ser

efetuada com um aparelho chamado distômetro

ou então da seguinte forma aproximada

utilizando-se a armação de provas com a fenda

estenopeica ou com o pupilômetro. Esta distância

é considerada como média 12mm para fins de

cálculos e elaboração de tabelas.

DV

CALCULO DV

1.000

DLC =

1.000

- DV

Esf Rx

Onde:

DLC = Dioptria para LC

Esf Rx = Potência esférica da Rx

DV = Distância ao Vértice

DISTÂNCIA AO VÉRTICE (DV)

Rx: - 10,00 Di esf = - 5,00 Di cil X 180º

Como o esférico da Rx é maior que 4,00 Di, é

necessário compensar a redução de distância em

que o meio de correção (LC) ficará dos olhos.

Desta forma, vamos aplicar a fórmula.

1.000mm

DLC =

1.000mm

- 12mm

- 10,00Di

DISTÂNCIA AO VÉRTICE (DV)

Primeiro é necessário determinar qual a

distância focal para -10Di para o óculos.

DLC = 1000

( -10 Di)

Distância focal para óculos = -100mm

DISTÂNCIA AO VÉRTICE (DV)

DLC = (-100mm) – 12mm

Distância focal para LC = 112mm

Agora já podemos reduzir a distância que a LC ficará da córnea da

distância focal do poder para óculos.

DISTÂNCIA AO VÉRTICE (DV)

1000mm

DLC =

- 112mm

Uma vez realizada a operação de compensação

de distância ao vértice, podemos transformar

a distância focal para o poder de LC para

dioptrias.

DISTÂNCIA AO VÉRTICE (DV)

DLC = -8,92857... Di

DLC= – 9,00Di

TABELA DE COMPENSAÇÃO DV

Neg Pos Neg Pos Neg Pos Neg Pos Neg Pos

5.00 4.75 6.62 6.12 8.12 7.50 10.75 9.37 14.00 12.00

5.12 4.87 6.75 6.25 8.37 7.62 11.00 9.62 14.25 12.25

5.37 5.00 6.87 6.37 8.50 7.75 11.25 9.75 14.75 12.50

5.50 5.12 7.00 6.50 8.75 8.00 11.50 10.00 15.00 12.75

5.62 5.25 7.12 6.62 9.00 8.25 11.75 10.25 15.50 13.00

5.75 5.37 7.37 6.75 9.25 8.37 12.00 10.37 15.75 13.25

5.87 5.50 7.50 6.87 9.50 8.62 12.50 10.75 16.25 13.50

6.00 5.62 7.62 7.00 9.75 8.75 12.75 11.00 16.75 13.75

6.12 5.75 7.75 7.12 10.00 9.00 13.00 11.25 17.00 14.00

6.37 5.87 7.87 7.25 10.25 9.12 13.50 11.50 17.25 14.25

6.50 6.00 8.00 7.37 10.50 9.25 13.75 11.75 17.62 14.37

TABELA DE COMPENSAÇÃO DV

Neg Pos Neg Pos Neg Pos

18.00 14.50 21.00 17.00 27.50 21.00

18.12 14.75 22.00 17.50 28.50 22.00

18.50 15.00 23.00 18.00 30.00 23.00

18.75 15.25 24.00 18.50

19.00 15.50 24.50 19.00

19.50 16.00 25.50 19.50

20.00 16.50 26.00 20.00

CONVERSÃO DE DIOPTRIA EM RAIO DE CURVATURA

OU MILIMETROS

CONVERSÃO DE DIOPTRIA EM RAIO

DE CURVATURA OU MILIMETROS

n² - n¹

Di =

R

Onde:

Di = Curva em dioptria

n¹ = Índice de refração do ar

n² = Índice de refração da córnea

R = Curva em raio (mm)

1.000 = Escala métrica em mm

* 1000

CONVERSÃO DE DIOPTRIA EM RAIO

DE CURVATURA OU MILIMETROS

Queratometria:

OD 7,67mm¹80º X 7,50mm90º

Calcular para cada meridiano em separado.

1.3375 -1

Di =

7,67mm

* 1000

CONVERSÃO DE DIOPTRIA EM RAIO

DE CURVATURA OU MILIMETROS

0,3375

Di =

7,67mm

* 1000

CONVERSÃO DE DIOPTRIA EM RAIO

DE CURVATURA OU MILIMETROS

Di = 0,0440026075619296 M * 1000mm

Di = 44,0026075619296

Di = 44,00Di (7,67mm)

TABELA DE CONVERSÃO DI PARA RAIO

Di Raio Di Raio Di Raio Di Raio Di Raio

36,00 9,38 38,75 8,71 41,50 8,13 44,25 7,63 47,00 7,18

36,25 9,31 39,00 8,65 41,75 8,08 44,50 7,58 47,25 7,14

36,50 9,25 39,25 8,60 42,00 8,04 44,75 7,54 47,50 7,11

36,75 9,18 39,50 8,55 42,25 7,99 45,00 7,50 47,75 7,07

37,00 9,12 39,75 8,49 42,50 7,94 45,25 7,46 48,00 7,03

37,25 9,06 40,00 8,44 42,75 7,90 45,50 7,42 48,25 7,00

37,50 9,00 40,25 8,39 43,00 7,85 45,75 7,38 48,50 6,96

37,75 8,94 40,50 8,33 43,25 7,80 46,00 7,34 48,75 6,92

38,00 8,88 40,75 8,28 43,50 7,76 46,25 7,30 49,00 6,89

38,25 8,82 41,00 8,23 43,75 7,72 46,50 7,26 49,25 6,85

38,50 8,77 41,25 8,18 44,00 7,67 46,75 7,22 49,50 6,82

TABELA DE CONVERSÃO DI PARA RAIO

Di Raio

49,75 6,78

50,00 6,75

50,25 6,72

50,50 6,68

50,75 6,65

51,00 6,62

51,25 6,59

51,50 6,55

51,75 6,52

52,00 6,49

CALCULO SIMPLIFICADO DA CURVA

BASE

Para determinar a curva base (CB) da lente de

contato é necessário determinarmos inicialmente

o valor do astigmatismo corneano apresentado

pelo cliente se ele for igual ou menor que 2

dioptrias faremos o seguinte calculo:

Escolha para CB de LCRGP em

astigmatismo corneano ≤ a 2 dioptrias

AC = K’ - K

CALCULO SIMPLIFICADO DA CURVA

BASE

Para AC ≤ 2Di efetuamos o seguinte calculo para CB:

CK’ - CK

CB =

+ CK

2

Onde:

CB = Curva base da LCRGP

CK = Menor curva da córnea em dioptrias

CK’ = Maior curva da córnea em dioptrias

CALCULO SIMPLIFICADO DA CURVA

BASE

QT: 46,00Di (7,33mm)180º X 48,00Di (7,03mm)90º

AC = 2,00Di

Calculo CB:

48,00Di – 46,00Di

CB =

2

+ 46,00Di

CALCULO SIMPLIFICADO DA CURVA

BASE

2

CB =

2

+ 46,00

CALCULO SIMPLIFICADO DA CURVA

BASE

CB = 1 + 46,00Di

CB = 47,00Di (7,18mm)

CALCULO SIMPLIFICADO DA CURVA

BASE

Escolha para CB de LCRGP em astigmatismo

corneano maior que 3 dioptrias.

Para AC > 2Di efetuamos o seguinte calculo para CB:

CK’ - CK

CB =

3

Onde:

CB = Curva base da LCRGP

CK = Menor curva da córnea em dioptrias

CK’ = Maior curva da córnea em dioptrias

+ CK

CALCULO SIMPLIFICADO DA CURVA

BASE

Qt: 42,00Di (8,03)180º X 45,00Di (7,50)90º

AC = 3,00Di

Calculo CB:

45,00Di – 42,00Di

CB =

3

+ 42,00Di

CALCULO SIMPLIFICADO DA CURVA

BASE

3

CB =

3

+ 42,00

CALCULO SIMPLIFICADO DA CURVA

BASE

CB = 1 + 42,00Di

CB = 43,00Di (7,84)

DETERMINAÇÃO DO PODER DA LENTE

LACRIMAL

As lentes de contato rígidas por não se mondarem

a córnea formam no processo de adaptação um

filme lacrimal cujo formato e poder dióptrico

varia em função da seleção da curva base da lente

e da curva K da córnea, desta forma ele passa a

ter influência na correção final do cliente e

deverá ser levado em consideração na hora de

selecionar as lentes para a realização do teste e

para se calcular a lente de contato definitiva.

.

DETERMINAÇÃO DO PODER DA LENTE

LACRIMAL

Pode-se calcular o poder da lente lacrimal

formada entre lente de contato e córnea pela

diferença da CB da lente para a curva K da

córnea, pela seguinte formula:

PLL =

Onde:

PLL = Poder da lente lacrimal em dioptrias

CB = Curva base da LCRGP em dioptrias

CK = Menor curva da córnea em dioptrias

CB - CK

DETERMINAÇÃO DO PODER DA LENTE

LACRIMAL

Qt = 43,50Di (7,75)180º X 44,75Di (7,54)90º

CB = 44,00Di (7,67)

Aplicando a formula:

PLL = 44,00Di – 43,50Di

PLL = + 0,50Di

DETERMINAÇÃO DO PODER DA LCRGP

PLC = ( CB – CK) * ( -1) + (DLC)

Onde:

PLC = Poder da LCRGP em dioptrias

CB = Curva base da LCRGP em dioptrias

CK = Menor curva da córnea em dioptrias

DLC = Poder para LC em dioptrias

DETERMINAÇÃO DO PODER DA LCRGP

CB = 42,75Di (7,89)

CK = 42,25Di (7,98)

DLC = - 4,75Di esf

Aplicando a formula:

PLC = ( 42,75Di – 42,25Di) * (-1) + (- 4,75Di)

PLC = + 0,50Di * (-1) + ( - 4,75Di)

PLC = - 0,50 + ( -4,75Di)

PLC = - 5,25Di esf

DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO DA

LCRGP

Como já foi dito anteriormente, o diâmetro da

lente é uma relação entre:

Diâmetro horizontal da córnea;

Diâmetro da pupila medida contra a luz;

Fenda palpebral;

Raio da curva K.

DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO DA

LCRGP

Esta relação de diâmetro é possível ser calculada matematicamente, e veremos estes cálculos abaixo, porém na prática o diâmetro da lente está diretamente ligado a caixa de provas de lentes de teste que você possui.

Esta caixa contém lentes padronizadas pela fabrica que você utiliza, portanto é conveniente que você siga o padrão das lentes que você esta testando e observando os efeitos dela sobre os olhos de seu cliente.

Pois se você mudar a relação curva base / diâmetro sem fazer as devidas compensações poderá estar induzindo a erros no pedido das lentes definitivas.

DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO DA

LCRGP

Calculo:

(RK² * 2) + DHVI²

Ø =

3

Onde:

Ø = Diâmetro da LCRGP em mm

RK = Raio da curva K em mm

DHVI = Diâmetro horizontal visível da íris em mm

DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO DA

LCRGP

(7.67² * 2) + 11,5²

Ø =

3

DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO DA

LCRGP

(58,82 * 2) + 132,25

Ø = 3

DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO DA

LCRGP

117,64 + 132,25

Ø = 3

DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO DA

LCRGP

249,89

Ø =

3

DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO DA

LCRGP

Ø = 83,2966666....

DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO DA

LCRGP

Ø = 9,1367...

Ø = 9,13

TABELA ILUSTRATIVA DE DIÂMETRO DE

LCRGP

Raio K Ø da LCRGP em mm

6,89 7,93

7,03 8,07

7,18 8,22

7,34 8,38

7,50 8,54

7,67 8,71

7,85 8,89

8,04 9,08

8,23 9,27

RELAÇÃO DO DIÂMETRO C/ AJUSTE

O diâmetro da LC

está diretamente

relacionado com o

ajuste da LC no

olho em função de

seu valor sagital

DETERMINAÇÃO DOS RAIOS

PERIFÉRICOS DAS LCRGP

Raio base Raio periférico

primário

Raio periférico

secundário

8,44 12,50 9,50

8,23 12,50 9,40

8,01 12,50 9,30

7,85 11,50 9,20

7,67 11,50 9,10

7,50 11,50 9,00

7,34 11,00 8,90

7,18 11,00 8,80

7,07 10,50 8,70

6,89 10,50 8,60

ESPESSURA DO FILME LACRIMAL ENTRE

LCRGP E CÓRNEA

EFL = S1 – S2

Sendo:

S1 = Valor sagital raio da curva base (RCB)

S2 = Valor sagital raio da curva K (RK)

EFL = Espessura do filme lacrimal entre LC e

córnea

ESPESSURA DO FILME LACRIMAL ENTRE

LCRGP E CÓRNEA

Formula do calculo de Sagita (S):

R² - Ø ²

S = R - 2

Ø = 7mm

Ø = 8mm

Ø = 9mm

Ø = 10mm

ESPESSURA DO FILME LACRIMAL ENTRE

LCRGP E CÓRNEA

Desta forma, para obtermos a espessura do filme

lacrimal entre LC e córnea é necessário que

calculemos o valor sagital para o raio da curva

base da LCRGP e do RK da córnea.

Então é necessário que para levarmos avante

este calculo a LCRGP já precisa estar toda

calculada.

Qt: 44,00Di (7,67mm)180º X 45,00Di (7,50mm)90º

LCRGP: 44,50Di (758mm) -3,00 Ø 8,7mm

ESPESSURA DO FILME LACRIMAL ENTRE

LCRGP E CÓRNEA

Aplicando a formula para S1:

7,58² - 8,7 ²

S1 = 7,58 - 2

ESPESSURA DO FILME LACRIMAL ENTRE

LCRGP E CÓRNEA

7,58² – 4,35²

S1 = 7,58 -

ESPESSURA DO FILME LACRIMAL ENTRE

LCRGP E CÓRNEA

57,4564 - 18,9225

S1 = 7,58 -

ESPESSURA DO FILME LACRIMAL ENTRE

LCRGP E CÓRNEA

38,5339

S1 = 7,58 -

ESPESSURA DO FILME LACRIMAL ENTRE

LCRGP E CÓRNEA

S1 = 7,58 - 6,20

S1 = 1,38mm

ESPESSURA DO FILME LACRIMAL ENTRE

LCRGP E CÓRNEA

Calculando para S2:

7,67² - 8,7 ²

S2 = 7,67 - 2

S2 = 1,36mm

ESPESSURA DO FILME LACRIMAL ENTRE

LCRGP E CÓRNEA

EFL = S1 - S2

EFL = 1,38mm - 1,36mm

EFL = 0,02mm

ALTERAÇÕES NOS PARÂMETROS DAS

LCRGP

Caso haja necessidade de alteração na curva base

devemos nos lembrar que se ajustamos ou

aplanamos, também devemos realizar a alteração

no poder dioptrico da lente, pelo fato de que

estaremos alterando o valor do menisco lacrimal.

Ou seja, o valor em dioptrias que foi ajustado na

CB deverá ser multiplicado por (- 1 ) e somado ao

poder da LCRGP.

ALTERAÇÕES NOS PARÂMETROS DAS

LCRGP

Da mesma forma quando alteramos a curva base

ou o diâmetro da lente, nós alteramos a relação

de estabilidade da lente sobre a córnea, alem de

alterarmos a espessura do filme lacrimal, ou seja,

a relação que determina o equilíbrio sagital da

lente/córnea foi alterado, e para evitarmos

distúrbios, devemos sempre lembrar que a

espessura lacrimal regula a aderência da lente na

córnea. E, além disso, atuam sobre a lente:

Força da pálpebra;

Força da gravidade.

ALTERAÇÕES NOS PARÂMETROS DAS

LCRGP

A força da gravidade será mais sentida quanto

maior for a densidade central da LCRGP.

Esta força provoca o deslocamento da LC em

direção à zona inferior da córnea.

A força da pálpebra atuará mais quanto maior for

a espessura das bordas da LCRGP.

A espessura das bordas está relacionada com a

densidade central e com o diâmetro total.

ALTERAÇÕES NOS PARÂMETROS DAS

LCRGP

Regra:

A densidade do filme lacrimal se manterá

“aproximadamente” constante se, ao reduzir o

diâmetro total da lente de 0,2 mm a CB se

modificar em + 0,12 Di ou – 0,023 mm.

E vice-versa, se ao aumentar o diâmetro em 0,2

mm, a CB se modificar em – 0,12 Di ou + 0,023

mm.

TABELA DE COMPENSAÇÃO DIÂMETRO X

CURVA BASE

Ø Total CB (Di) RCK (mm)

Redução – cada

0,2mm

Somar 0,12Di Reduzir 0,023mm

Aumento – cada

0,2mm

Reduzir 0,12Di Somar 0,023mm

Exemplo:

42,00 (8,03) Diâm 8,6mm

42,12 (8,01) Diâm 8,4mm

42,25 (7,98) Diâm 8,2mm

CÁLCULOS PARA LCRGP TÓRICAS

Lente tórica interna (superfície externa esférica e

interna cilíndrica)

Lente tórica externa (superfície externa cilíndrica

e interna esférica)

Lente bi-tórica (superfície externa cilíndrica e

superfície interna cilíndrica)

INDICAÇÃO PARA LCRGP TÓRICAS

LCRGP Tórica de Face Posterior (interna):

Rx: AO -3,00Di esf = -2,00Di cil X 180º

Qt: 44,00Di (7,67mm)180º X 46,00Di (733mm)90º

Se o cilíndrico de córnea corresponder ao da Rx é

porque não haverá cilíndrico residual (adaptar

tórica posterior);

INDICAÇÃO PARA LCRGP TÓRICAS

LCRGP Tórica Face Anterior (externa):

Rx: AO – 4,00Di esf = -3,00Di cil X 90º

Qt: 44,00Di (7,67mm) 180º X 42,00Di (8,03mm)90º

Se o cilíndrico de córnea for baixo e o residual

maior (adaptar tórica anterior);

INDICAÇÃO PARA LCRGP TÓRICAS

LCRGP Bi Tórica (interna e externa):

Rx: AO - 10,00Di esf = -3,00Di cil X 160º

Qt: 41,50Di (8,13mm)180º X 44,50Di (7,58mm) 90º

Se o cilíndrico de córnea e da Rx forem altos, ou

ainda se houver cilindrico residual (adaptar

lentes bi-tórica)

CALCULO CB TÓRICA POSTERIOR

(INTERNA)

Rx: AO -3,00Di esf = -2,00Di cil X 180º

Qt: 44,00Di (7,67mm)180º X 46,00Di (733mm)90º

CB:

1ª Curva = K + 0,25 Di

2ª Curva = K’ – 0,50 Di

CALCULO CB TÓRICA POSTERIOR

(INTERNA)

Rx: AO -3,00Di esf = -2,00Di cil X 180º

Qt: 44,00Di (7,67mm)180º X 46,00Di (733mm)90º

CB :

1ª Curva = 44,25Di (7,62mm)

2ª Curva = 45,50Di (7,41mm)

Ou seja,

CB = 44,25Di (7,62mm) X 45,50Di (7,41mm)

CALCULO DO PODER DA LENTE DE CONTATO

TÓRICA FACE POSTERIOR (INTERNA)

Formula:

PLC = esf Rx + (1ª CB –K * (-1))

Onde:

PLC = poder da lente de contato

Esf Rx = poder esférico Rx após conversão da distância ao vértice

1ª CB = Valor em dioptrias da 1ª curva base da lente de contato tórica de face posterior

K = Valor em dioptrias da curva K (meridiano mais plano da córnea)

CALCULO DO PODER DA LENTE DE CONTATO

TÓRICA FACE POSTERIOR (INTERNA)

Rx: AO -3,00Di esf = -2,00Di cil X 180º

Qt:44,00Di (7,67mm)180º X 46,00Di (733mm)90º

CB = 44,25Di (7,62mm) X 45,50Di (7,41mm)

PLC= -3,00Di esf + (44,25Di – 44,00Di * (-1))

PLC= -3,00Di esf + (0,25Di * (-1))

PLC= -3,00Di esf + (-0,25)

PLC= -3,25Di esf

Lente a ser solicitada a fabrica:

CB =

44,25Di (7,62mm) X 45,50Di (7,41mm) – 3,25Di esf

CALCULO DA LCRGP TÓRICA DE

CB ANTERIOR (EXTERNA).

Rx: AO – 4,00Di esf = -3,00Di cil X 90º

Qt: 44,00Di (7,67mm) 180º X 42,00Di (8,03mm)90º

Neste caso se calcula a CB da mesma forma que

uma LCRGP esférica.

AC ≤ 2,00Di cil, CB= K’ – K + K

2

AC > 2,00Di cil, CB= K’ – K + K

3

PODER DA LCRGP TÓRICA DE FACE

ANTERIOR (EXTERNA)

Adapte uma lente esférica da Caixa de provas de

LCRGP segundo curva base calculada e sobre

refracione cuidadosamente com esférico

cilíndrico.

O poder da lente a ser solicitada é o resultado da

sobre refração.

Pedir a LCRGP com Prisma de 1,5 de Base

Inferior para estabilizar a lente.

Algumas vezes pode também ser necessário

truncar a lente na base do prisma para auxiliar

na estabilização.

PEDIDO DA LCRGP TÓRICA FACE

ANTERIOR (EXTERNA)

Exemplo:

Rx: – 3,00 Di esf. = - 1,50 Di cil X 90º

Qt: 43,00Di (7,84mm)180º X 42,00Di (8,03mm)90º

LCRGP esf adaptada =

CB 42,50Di (7,94mm) – 3,00 Di esf.

Sobre refração = - 0,50 Di esf = - 0,50 Di cil X 90º

Pedido da lente:

CB 42,50Di (7,94mm)

Poder – 3,50 Di esf. = - 0,50 Di cil X 90º

prisma de lastro 1,50 Di base inferior.

TRUNCAMENTO:

Procuramos aproveitar, através do prisma de lastro (entre 1 e 2,5 dioptrias

prismáticas) a ação da gravidade, que orienta a base do prisma para baixo,

alinhando-a junto a pálpebra inferior em aproximadamente 6 horas.

Para intensificar esta ação, vários especialistas costumam truncar

(chanfrar) a lente na base prismática para que ela acompanhe a linha

da pálpebra.

LCRGP BI TÓRICA (INTERNA E EXTERNA)

Nesta LCRGP o cil. é dividido entre as duas

superfícies da lente.

Ex.:

Rx: – 10,00Di esf. = - 3,00Di cil X 180º

Qt: 41,50Di (8,13mm)180º X 44,50Di (7,41mm)90º

LCRGP BI TÓRICA (INTERNA E EXTERNA)

CALCULO DA CB

Formula CB =

1ª Curva: K + 0,50 Di

2ª Curva: K’ + 0,50 Di

Aplicando a formula:

1ª Curva: 41,50Di + 0,50Di

2ª Curva: 44,50Di + 0,50Di

Calculando:

1ª Curva: 42,00Di

2ª Curva: 45,00Di

LCRGP BI TÓRICA (INTERNA E EXTERNA)

CALCULO DO PODER

Formula do PLC:

1º meridiano=DV Poder esf + (+0,50 Di * (-1))

2º meridiano=DV Poder cil+ (+0,50 Di * (-1))

Aplicando a formula:

1º meridiano= -9,00 esf + (+0,50Di * (-1))

2º meridiano= -11,25 esf + (+0,50Di* (-1))

LCRGP BI TÓRICA (INTERNA E EXTERNA)

CALCULO DO PODER DA LC

Calculando:

1º meridiano = -9,00Di esf + (-0,50Di esf)

2º meridiano = -11,25Di esf + (-0,50Di esf)

Resultado

1º meridiano = -9,50Di esf

2º meridiano = -11,75Di esf

Pedido da LCRGP Bi Tórica

1º meridiano = 42,00Di (8,03mm) -9,50Di esf

2º meridiano = 45,00Di (7,50mm) -11,75Di esf

Ou

LCRGP BI TÓRICA (INTERNA E EXTERNA)

42,00Di (8,03mm) -9,50Di esf X 45,00Di (7,50mm) -11,75Di esf

Ou ainda:

CB: 42,00Di (8,03mm) X 45,00Di (7,50mm)

PLC: -9,50Di esf = - 2,25Di cil

REFERÊNCIAS

Contact Lens Practice and Patient Management Lirving P. Fildermn e Paul F. White

- Manual de adaptação Danker & Wohlk Contact Lenses

- Contactologia Tomas Pfortner

- Lentes de contato Teoria e aplicações Werner Otto Hoffmannbeck

- Contact Lens Theory and Practice Theodore P. Grosvenor

- Lentes de contato Luis Alberto Perez Alves Ótica Revista nº 199 1.986

- Curso Apostilado de lentes de contato Luis Alberto Perez Alves Edição Alcon/ Prolenns

- Manual Polysil – a opção flexível- Cornealent Waicon sem data

Livros digitais de lentes de contato. Luis A. Perez Alves

OBRIGADO

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11-7644.4746

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