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N 18 | Ano IV Jan | Fev | Mar | 2006 Conselho Regional de Medicina Veterinária / PR Stockxpert Rua Fernandes de Barros, 685 - Alto da XV - Curitiba - Paraná - CEP: 80040-200

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Page 1: Alto da XV - Conselho Regional de Medicina Veterinária do ...18).pdfA 3ª edição do Manual de Orientação e ... A homenagem aos formandos do curso de Medicina Veterinária do Integrado

Nº 18 | Ano IVJan | Fev | Mar | 2006

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CCuuiiddaarr éémmuuiittoo mmaaiiss qquuee

uumm aaffaaggoo......

CRMV-PR zelando pelo bem-estar animal.

Page 3: Alto da XV - Conselho Regional de Medicina Veterinária do ...18).pdfA 3ª edição do Manual de Orientação e ... A homenagem aos formandos do curso de Medicina Veterinária do Integrado

Publicação do Conselho Regional deMedicina Veterinária do Paraná

CRMV-PRR. Fernandes de Barros, 685

Alto da XV - Curitiba - Paraná - CEP: 80040-200Fone: (41) 3263-2511 - Fax: (41) 3264-4085

e-mail: [email protected] EXECUTIVAPresidente: Masaru SugaiVice-presidente: Nestor WernerSecretário-geral: Carlos Leandro HenemannTesoureiro: Oscar Lago PessôaConselheiros efetivos: Ademir Benedito da Luz Pereira, IvoneiAfonso Vieira, José Carlos Calleya, Noemy Tellechea Pansard,Ricardo Maia e Ricardo Pereira Ribeiro.Conselheiros suplentes: Adelaide Marina Schaedler, AiltonBenini, Amauri da Silveira, Carlos Alberto de Andrade Bezerra,Carlos Henrique Siqueira Amaral e Sérgio Toshihiko Eko.Comissão editorial: Carlos Leandro Henemann (presidente),Ademir Benedito da Luz Pereira, Ivonei Afonso Vieira, NoemyTellechea Pansard e Ricardo Pereira Ribeiro.

Edição: Gabriela SguariziJornalista Resp.: Gabriela Sguarizi - DRTPR 5702Estagiária: Luiza Sgobero SchuvesTiragem: 8.500Fotolito e Impressão: MaxigráficaProjeto Gráfico: RDO Brasilwww.rdobrasil.com.br(41) 3338-7054

Designer Responsável: Leandro RothDiagramação: Cristiane Borges

As matérias e artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião da Diretoria do CRMV-PR.

Conselho em açãoPág. 6

EducaçãoResidência Médico-VeterináriaPág. 8

EspecialMaus-tratosPág. 15

EntrevistaAbate humanitário, sanitárioou eutanásia?Pág. 19

ArtigosUm caso de piometra tratadocom homeopatiaPág. 20

Comissão EditorialO que faz o CRMV-PR?Pág. 21

Matéria de CapaZoonoses: Que mal é esse ?Pág. 12

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www.crmmv-ppr.org.br

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XVI Sacavet / III Simpropira De 8 a 13 de abril de 2006 – São Paulo/SPInformações: www.sacavet.com.br

I Encontro Estadual das Inspeções SanitáriasDe 4 a 5 de maio de 2006 – Guarapuava/PRInformações: (42) 3623-2234 ou 3623-2252

II Jornada Grupo Fowler2ª semana de maio de 2006 – Curitiba/PRInformações: (41) 3350-5663 ou [email protected]

XXVII Congresso Brasileiro da AnclivepaDe 31 de maio a 3 de junho de 2006 – Vitória/ESInformações: www.anclivepa2006.com.br

VII Congresso Internacional sobre Manejo de Fauna Silvestrena Amazônia e América LatinaDe 3 a 7 de setembro de 2006 – Ilhéus/BAInformações: (71) 3272-1624 ou www.viicongresso.com.br

XX Congresso Latino Americano de AviculturaDe 25 a 28 de setembro de 2007 – Porto Alegre/RSInformações: (51) 3347-8696 ou www.avicultura2007.com.br

MMaaiiss iinnffoorrmmaaççõõeess:: wwwwww..ccrrmmvv-pprr..oorrgg..bbrr

AAggeennddaa

Opinião

CCaarrttaa aaooss pprrooffiissssiioonnaaiiss

A qualidade do ensino daMedicina Veterinária e da Zootecniasempre deve ser preservada. Essa é umapreocupação que nós, membros doConselho, temos com a abertura de

novos cursos de graduação em todoBrasil e, em especial, no Paraná.Atualmente, o Estado conta com 15cursos superiores de MedicinaVeterinária e oito de Zootecnia.Sabendo, porém, que muitas institui-ções de ensino estão procurando a regu-lamentação das graduações junto aoMEC para conseguir o aval de aberturados cursos. O receio do SistemaCFMV/CRMVs é em relação à quali-dade, pois não somos contra a aberturade novos cursos, mas sim primamospela manutenção desta qualidade doensino. Foi nesse intuito que oConselho Federal de MedicinaVeterinária determinou a realização doExame Nacional de CertificaçãoProfissional, o ENCP. Por intermédiodele, o Sistema CFMV/CRMVs podeavaliar e selecionar os profissionais queingressarão no mercado de trabalho,buscando assegurar para a sociedadeprodutos e serviços com qualidade dos

EEDDIITTOORRIIAALL

médicos veterinários e zootecnistas.

Também é importante ressaltar quenão é de responsabilidade do Conselho aavaliação, o reconhecimento e nem aregulamentação de cursos. Isso cabe aoMinistério da Educação (MEC).

Para discutir a situação do ensinono Estado, o CRMV-PR tem duascomissões permanentes: a de Ensino daMedicina Veterinária e a de Ensino daZootecnia. Nelas, os coordenadores decurso e docentes, em conjunto com osmembros, discutem estratégias e metaspara o aprimoramento da educaçãosuperior, abordando todo planejamentopedagógico.

Masaru Sugaipresidente do CRMV-PR

EErrrraammooss

Diferentemente do que foi publicado na matéria “Avida depois do diploma”, na 17ª edição da RevistaCRMV-PR (páginas 8 e 9), os cursos de especializaçãoda Universidade Estadual de Maringá (UEM) não sãoalvo de falta de interesse. O último curso de especiali-zação em Nutrição de Cães e Gatos não foi aplicadodevido ao alto custo que acarretaria aos alunos, já quea maioria deles não é proveniente da região deMaringá. Wilson Massamitu Furuya, coordenador docurso de Zootecnia da UEM, ressalta que o curso estásendo remodelado e será semipresencial. Ainda na 17ªedição, foram publicados erros de ortografia na matéria“Em pauta, controle parasitário”, (página 18). Oprimeiro erro foi no título, publicado como “Em pauta,controle parasitório”, ainda houve engano na palavrasujeira, publicada com a letra g.

MMaannuuaall ddee RRTT

A 3ª edição do Manual de Orientação eProcedimentos do Responsável Técnico impressa estádisponível em todas as delegacias do CRMV-PR gra-tuitamente. Profissionais com RT ou em processo dehomologação podem apanhar seu exemplar na delega-cia mais próxima.

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(1)*

(2)*

(3)*

(4)*

(5)*

(6)*

Transparência no CRMV-PR

Receitas R$ %%

%%Despesas

Detalhamento das Despesas

R$Itens

Anuidades de Pessoas Físicas

Anuidades de Pessoas Jurídicas

SUBTOTAL

Receitas com Aplicações Financeiras

Receitas com Inscrições

Expedição de Carteiras

Expedição de Certidões

Expedição de Certificações

Receita de Dívida Ativa

Transferências do CFMV

Outras Receitas (*)

Alienação de Bens Móveis

TOTAL (A)

755.682,34

930.914,97

1.686.597,31

120.930,18

66.234,46

14.778,33

169,02

63.744,39

87.546,52

0,00

123.131,66

29.400,00

2.192.531,87

34,46%

42,46%

76,92%

5,52%

3,02%

0,67%

0,01%

2,91%

3,99%

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5,62%

1,34%

100,00%

32,61%

1,89%

1,78%

61,74%

-

1,98%

100,00%

12,34%

Pessoal

Material de Consumo

Serviços de Terceiros e Encargos

Outros Serviços e Encargos

Obras/Benfeitorias e Instalações

Equipamentos e Material Permanente

TOTAL (B)

Superávit Orçamentário (C = A – B)

626.645,66

36.392,17

34.242,78

1.186.570,55

0,00

38.091,00

1.921.942,16

270.589,71

(1)* Salários, Gratificação por Tempo de Serviço, Gratificação de Função, Serviços Extraordinários, 13º Salário, Férias, Abono pecuniário deférias, Gratificação 1/3 - Constituição, Ajuda de Custo Alimentação, Auxílio Creche/babá, INSS, FGTS, PIS, Indenizações Trabalhistas;

(2)* Artigos de expediente, Despesas c/ Veículos, Art. Material Limpeza/Conservação, Gêneros Alimentícios, Mat. Acess. p/ Máq. e Apar.,Vestuários e Uniformes, Outros Materiais de Consumo;

(3)* Prestação de Serviços de Autônomos e INSS s/Serviços Prestados;

(4)* Assessorias: Jurídica Administrativa e Trabalhista, Locação de Móveis e Imóveis, Telefone, Fax, Serviços Postais, Diárias/PassagensDiretoria e Conselheiros, Água/Esgoto, Energia Elétrica, Plano de Saúde, Vale Transporte, Serviços de Informática, Reparos, Adaptação eConservação de Bens, Serviços Gráficos, Serviços de Divulgação e Publicidade, Despesas c/ Fiscalização, Congressos e Convenções, Despesascom Educação Continuada, Convênio com o CIEE/PR, Manutenção Internet e Site, Desp. Abastec. veículos, Outros Serviços de Terceiros eEncargos;

(5)* Benfeitorias, Reformas e Instalações no imóvel da Sede/Delegacias Regionais do CRMV-PR;

(6)* Mobiliário em Geral e Utensílios de Escritório, Materiais Bibliográficos, Utensílios de Copa e Cozinha, Máquinas e Aparelhos deEscritório, Equipamentos de Informática, Aparelhos de Intercomunicações, Veículos e Aparelhos de Foto Cinematográficos e som.

(*) Outras Receitas: Multas p/falta inscrição, Multas p/falta RT, Multas p/ausência a Eleição, Indenizações e Restituições, Multas, Juros e Atual. Monet.s/anuidades PF e PJ, Taxa de Propriedade Rural e Listagens de Empresas registradas no CRMV-PR.

Méd. Vet. Masaru SugaiCRMV-PR Nº 1797

Presidente

Fernando Manoel AraújoTC-CRC-PR Nº 16.757

Resp. Contabilidade

PPOORR DDEENNTTRROO DDOO CCOONNSSEELLHHOO

Período:: de janeiro a novembbro de 2005

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Na manhã do dia 14 defevereiro, foi realizada na sede doConselho em Curitiba entrega decédulas profissionais a sete médi-cos veterinários. Recepcionadospelo presidente do CRMV-PR,Masaru Sugai; pelo presidente doSindicato dos Médicos Veterináriosdo Paraná (Sindivet-PR), CezarAmin Pasqualin, e pela médica ve-terinária Célia Trentini, da Seab, osnovos inscritos conversaram sobreas condições do mercado de traba-lho, perfil profissional, atitudes éti-cas e agronegócio.

EEnnttrreeggaa ddee CCéédduullaassMedicina Veterinária e Zootecnia se expandem

No ano de 2005, foram inscritos no CRMV-PR 478 profissionais. Com avalorização do estudo e da formação, este número tende a aumentar. Somente nomês de janeiro, quatro novas turmas se formaram. Durante a colação de grau,estiveram presentes representantes do CRMV-PR para prestar homenagem aosformandos, em especial aos primeiros alunos de cada turma.

No dia 13 de janeiro, o conselheiro Ademir Benedito da Luz Pereira par-ticipou da colação de grau da turma de Medicina Veterinária da UniversidadeEstadual de Londrina (UEL), homenageando os formandos e a aluna MicheleLunardi.

A homenagem aos formandos do curso de Medicina Veterinária doIntegrado Colégio e Faculdade (CIES), ocorreu em 26 de janeiro e foi prestadapor Rogério Paulo Tovo, delegado do CRMV-PR de Campo Mourão. O alunoque obteve melhor desempenho durante a graduação foi Joacir Corassa.

Em Curitiba, o secretário-geral Carlos Leandro Henemann, no dia 20 dejaneiro, homenageou os formandos de Medicina Veterinária da PUCPR (Campus S.J. Pinhais) e Sérgio Bertelli Pflanzer Júnior, primeiro aluno da turma. Dia 27, foi avez do presidente, Masaru Sugai, prestar homenagem aos graduandos em Zootecniada PUCPR, ressaltando o desempenho da aluna Fernanda Cattalini Nappa. Em 3 defevereiro, o presidente participou da colação de grau de mais uma turma deZootecnia da PUCPR, prestando homenagem aos formandos e à primeira aluna daturma, Bárbara Boglioli. No dia 17 de fevereiro, Sugai prestigiou a turma deZootecnia da UEM, em Maringá, prestando uma homenagem especial à alunaTarcila de Souza de Castro Silva, que obteve as melhores notas durante a graduação.

Aplicado com a finalidade de assegurar a qualidade doserviço prestado pelo médico veterinário, o Exame Nacionalde Certificação Profissional, ENCP, chegou à 11ª edição. Aprova foi aplicada no dia 29 de janeiro, em Curitiba,Bandeirantes, Arapongas, Palotina, Londrina, Maringá,Umuarama, Guarapuava e Campo Mourão. Os principaisassuntos abordados nas 200 questões foram produção animal,agronegócio, meio ambiente, Medicina Veterinária preventi-va, saúde pública, inspeção e tecnologia de alimentos. A co-ordenadora do exame em Curitiba, Elizete de Oliveira, disse

Formandos são avaliados pelo ENCP

“aqui tudo foi tranqüilo. Apenas alguns alunos chegaramatrasados e não puderam participar”.

Em todo o Paraná, 253 alunos se inscreveram para aavaliação. Para César Augusto Souza, formando pelaUniversidade Tuiuti do Paraná (UTP), o aluno deveria sercobrado ainda na faculdade, para que pudesse haver umacompanhamento no processo de ensino e não uma seleçãodepois de sua graduação. Na opinião do presidente doCRMV-PR, Masaru Sugai, “o exame é um mecanismo doSistema CFMV/CRMVs que busca assegurar a qualidade dosprodutos e serviços oferecidos à população”. O SistemaCFMV/CRMVs acredita que a realização do ENCP é a me-lhor forma para avaliar os recém-formados que entram nomercado de trabalho. A exemplo do que acontece hoje com oExame de Ordem, da OAB.

Para ser aprovado no exame, o estudante deve acertar100 questões. O gabarito foi divulgado no dia 1º de fevereiro.Os alunos que obtiveram um número insatisfatório dequestões corretas dispuseram de três dias para entrar com umrecurso junto ao CFMV ou ao CRMV-PR. Os resultadosfinais serão divulgados no site www.cfmv.org.br após a avali-ação dos recursos e homologação do CFMV.

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Nova diretoriapara a Acapameve

A Acapameve - AcademiaParanaense de Medicina Veterináriaestá com diretoria nova. Eleita e empos-sada dia 10 de dezembro, o corpo dire-tivo vai guiar a Acapameve durante obiênio 2006/2007. “Entre algumas denossas metas para 2006 estão busca dasede própria para o Museu da MedicinaVeterinária, informatização da adminis-tração da Academia e preenchimentodas cadeiras que estão abertas”, adiantao presidente Sylvio Antonio RibeiroDegasperi.

Confira, na próxima edição,matéria completa sobre o planejamen-to da Acapameve - gestão 2006/2007.

Diretoria ExecutivaPresidenteSylvio Antonio R. DegasperiVice-presidenteLuimar Perly1° secretárioAntonio Felipe Wouk2° secretárioSilmar Pires BürerTesoureiroÍtalo MinardiDiretor científicoNatal Jataí de CamargoDiretor de patrimônioJoão Kleiner NetoConselho FiscalCarlos Henrique M. ViannaFridolim SchögelLuimar Carlos KavinskiSuplentesCarmo Oliveira da RochaAurelino Menarim JúniorRuy Santos

Todo dia 31 de dezembro é dia de SãoSilvestre. Além dos atletas de elite, partici-pam corredores de todos as categorias elugares do Brasil e do mundo. Na edição de2005, o CRMV-PR foi representado pelomédico veterinário e professor aposentado,João Marcos Baroni.

Aos 61 anos de idade, Baroni fezbonito e completou todo o percurso de 15km nas ruas de São Paulo em 2h01min. Foio 200° colocado na categoria Veteranos e11.202° na classificação geral. Baroni cor-reu com a intenção de representar toda aclasse médica veterinária e se sentiu “maisforte” ao ouvir as pessoas que acompa-nhavam a corrida gritar “Paraná” quando elese aproximava. Ao todo, o médico vete-rinário já correu em mais de 100 provas,sempre incentivando os colegas de classe apraticar algum tipo de esporte.

“O professor Baroni é um dos exem-plos de colegas dentre vários outros quepraticam algum tipo de atividade física, quetem demonstrado uma preocupação com asaúde, aspecto fundamental na vida de todosnós”, observou o presidente do CRMV-PR,Masaru Sugai.

A responsabilidade técnica nasindústrias de laticínios e frigoríficos aindacontinua num impasse sobre quem tem acompetência de fiscalizar: os CRQs ouCRMVs? A questão, de acordo com as últi-mas decisões da justiça, aponta que o re-gistro das indústrias deve permanecer juntoaos Conselhos de Medicina Veterinária, emvirtude de sua atividade básica, desen-volver produtos de origem animal. “Narealidade, a atividade básica do laticínio éa industrialização do leite que resulta emdiversos derivados. Somente são utilizadasalgumas substâncias químicas como coad-juvantes durante o processo de produção

para a obtenção do produto final. Já nasindústrias químicas, as operações básicassão reações obtidas de várias procedênciase matérias-primas, cujo resultado principalsão produtos químicos como: tintas, áci-dos, detergentes, substâncias de labo-ratórios, derivados de petróleos, etc.”, frisaSérgio Eko, conselheiro do CRMV-PR eadvogado.

Em caso de dúvida, empresários ouprofissionais podem entrar em contato coma Assessoria Jurídica do CRMV-PR.

e-mail: [email protected]

CRMVs X CRQs

Saúde Pública: Natal Jataí é homenageado

CRMV-PR na São Silvestre 2005

A Medicina Veterinária é uma áreaque está intimamente ligada à saúde pública,controlando e prevenindo zoonoses; na áreade higiene e tecnologia de alimentos,inspeção e fiscalização de produtos deorigem animal, planejamento e gestão emsaúde pública. Esse segmento o médicoveterinário Natal Jataí de Camargo conhecebem e há muito tempo. Por todo o trabalhoque Natal realizou no Paraná na área desaúde pública, recebeu homenagem duranteo I Congresso Nacional de Saúde Pública,

em Guarapari (ES), no final de novembro.“Apenas abri caminho”, fala com simplici-dade. Natal, que atualmente comanda oCentro de Saúde Ambiental da Sesa, foi oprimeiro médico veterinário da Secretaria aatuar no segmento de saúde pública.

O objetivo do congresso foi formularum novo modelo de atenção à saúde públicaa partir do intercâmbio das informações dosprofissionais e, também, colocar em práticao papel social da Medicina Veterinária.

CCOONNSSEELLHHOO EEMM AAÇÇÃÃOO

Atletas amadores podem começar ostreinos, pois em 2006 o CRMV-PR pro-moverá a 2ª Corrida e Caminhada daMedicina Veterinária do Paraná!

Aguardem...

Quem nos deixou...Aos 51 anos, o zootecnista

Sebastião Carlos Carolino faleceu.RT da Copacol, em Formosa doOeste, Carolino sofreu um enfarte enos deixou dia 20 de novembro.

É com tristeza que informamoso falecimento do médico veterinárioLineu Aurélio Salgado, 75 anos.Lineu foi diretor do Colégio Agrícolade Castro e também de Palmeira pormuitos anos. Na década de 60, repre-sentou a classe na Câmara Municipalde Castro. Lineu Aurélio Salgado nosdeixou dia 15 de janeiro, vítima deacidente.

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“É a melhor forma de pós-gradu-ação para o jovem profissional recém-formado. Até pela experiência que eutenho na PUC, a residência transformao profissional. Ele entra de um jeito edepois é outro. Muito mais seguro,muito mais capaz de assumir responsa-bilidade.” É assim que o médico veteri-nário Antonio Felipe Figueiredo Wouk,membro da Comissão Nacional deResidência em Medicina Veterinária,comenta a residência na área. Wouk,docente na Universidade Federal doParaná (UFPR) e na PontifíciaUniversidade Católica do Paraná(PUCPR), é um entusiasta do curso. AComissão Nacional de Residência emMedicina Veterinária existe há quasetrês anos com o intuito de nortear asações do treinamento.

A residência em MedicinaVeterinária foi criada há mais de 30anos na Faculdade de MedicinaVeterinária da Universidade EstadualPaulista, no Campus de Botucatu, eteve como principal influência aresidência em Medicina. Por possuirum caráter prático, voltada ao treina-mento do profissional ainda com poucaexperiência, a residência em MedicinaVeterinária possui um público específi-co de profissionais recém-formados,com no máximo dois ou três anos deformação. “Esse treinamento profis-sional em exercício nada mais é do queuma tomada de decisão com responsa-bilidade. O residente está tutorado como manto protetor da universidade e porconta disso ele progressivamente vaiassumindo maiores responsabilidades.

Se no início ele apenas auxilia, falandoda minha área em intervenções cirúrgi-cas, a partir de um determinadomomento é ele quem opera e progres-sivamente vai assumindo mais e maisresponsabilidades”, conta Wouk.

Diferente do curso de Medicina, aMedicina Veterinária não aglutina aresidência à grade curricular, o cursoprático é considerado uma pós-gradu-ação lato sensu. “Imagina-se que pelofato de que alguém cursou uma residên-cia em determinada área, ela seja espe-cialista naquela área. O que é uma con-fusão. Do ponto de vista curricular, umaetapa como a residência apenas creden-cia fortemente alguém pretendente aotítulo de especialista. Na minhaopinião, é quase um engodo essa

Residência Médico-Veterinária

Existem, em todo o Brasil, 10 programas de ensino credenciados ao CFMV.

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to na área. Após o início do programa, ainstituição deverá solicitar o credencia-mento junto ao CFMV para se tornarum curso de residência.

Regulamentação

Uma das intenções para melhorara qualidade do ensino do País é a regu-

imagem que se passa de que esses cur-sos de especialização automaticamenteconferem o título de especialista. O quetambém não é verdade”, justifica.

A Comissão Nacional deResidência em Medicina Veterinária járealizou 23 visitas pelo Brasil e creden-ciou 10 programas de ensino. Segundoinformações do CFMV, “algumas insti-tuições tiveram o programa reconheci-do em todas as áreas solicitadas, já ou-tras, o reconhecimento foi deferido emalgumas áreas e indeferido em outras, eainda, houve algumas em que o pedidofoi indeferido completamente”.

Até outubro do ano passado foi adata limite, por resolução, para aquelesprogramas que desejavam a certifi-cação pedirem a visita verificadora.“Isso não quer dizer que a partir deagora ninguém mais possa pedir. Oque não pode acontecer a partir deagora em programas não visitados ounão certificados é usar o termo‘residência’ para qualquer forma detreinamento profissional em exercí-cio”, explica Wouk.

Atualmente no Estado existe ape-nas uma residência em Medicina

Veterinária credenciada pelo CFMV, ada PUCPR. O curso da UniversidadeEstadual de Londrina (UEL) está emfase de finalização do processo de cre-denciamento. Já a UFPR, em 2006,oferece pelo primeiro ano o treinamen-

Diferente do cursode Medicina,

a Medicina Veterinárianão aglutina a

residência à gradecurricular,

o curso práticoé considerado uma

pós-graduaçãolato sensu.

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Nova diretoria no Núcleo de Campo Mourão

Os médicos veterinários de Campo Mourão elegeram eempossaram a nova diretoria do Núcleo de MédicosVeterinários da cidade, no último dia 10 de fevereiro, emsolenidade realizada no Recanto do Criador. Entre os 96 par-ticipantes, estavam profissionais, autoridades e familiares. Opresidente do CRMV-PR, Masaru Sugai, também prestigiouos colegas.

Os novos membros da Diretoria são: Clóvis AntônioBassani (presidente), Márcio Miaki (vice-presidenteAdministrativo); Rogério Folha Bermudes (vice-presidenteTécnico-Científico); Olímpio Batista Giovanelli (vice-presi-dente de Comunicação Social); Carlos Alberto de AndradeBezerra (vice-presidente Política Profissional); Márcia M.ªStangler Bezerra (1ª secretária); Edmilson Trevisan deOliveira (2° secretário); Carlos Roberto Pianho (1°tesoureiro); Luimar Previato Costa (2ª tesoureira). OConselho Fiscal é formado por Elson Segura Junior; EdsonLeite e Sandro Vaz, com os suplentes Zenirso José Basseto;Fabiane Fernandes Tramujas e Edinaldo Moreira da Silva.

lamentação legal da ResidênciaMédico-Veterinária. Por intermédio daregulamentação legal, os cursospoderão receber recursos oriundos dogoverno federal, assim como acontecena residência médica, cujo custeio é porverbas do Ministério da Saúde. Parachegar à regulamentação, existem doiscaminhos: Congresso Nacional ou CasaCivil. As negociações já começaram e“agora, como é um ano político imagi-namos que por conta disso e vencida acrise política a gente tenha, ainda nessesemestre, aprovada a regulamentação”,adianta.

“Quando isso acontecer essacomissão que existe pelo CFMV seextingue, porque o decreto prevê umaComissão Nacional de Residência doMEC e aí o pagamento das bolsas deresidência não mais será ônus das institu-ições, mas sim do governo federal.Enquanto que as bolsas de Medicina sãopagas pelo Ministério da Saúde, nóspoderíamos nos beneficiar do Ministérioda Saúde, do Ministério da Agricultura epelo próprio MEC”, diz o professor.

Gabbriela Sguarizi

Fonte consultada:Antonio Felipe Figueiredo Wouk

Eleita com 100% dos votos, a nova diretoria vai geren-ciar as ações do Núcleo até 9 de setembro de 2007, no intui-to de congregar e representar a classe, promovendo o apri-moramento profissional.

O presidente eleito Clóvis Antônio Bassani ao lado do ex-presidenteRogério Paulo Tovo.

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Carteira de Trabalho

Sindivet

A diretoria do Sindivet-PR, porintermédio de seu presidente, CezarAmin Pasqualin, esteve em audiênciacom o delegado regional do Trabalho,Geraldo Serathiuk, explanando sobre ostrabalhos executados pelo Sindicato eouvindo as ações promovidas pelaDelegacia. Especificamente foi tratadodo 1º Convênio de Cooperação deTrabalho entre as partes, no qual foiproposto o credenciamento do Sindivet-PR, por parte da DRT, para a confecçãode carteiras de trabalho para os médicosveterinários e familiares. Tal medidaagilizará a obtenção da carteira de tra-balho poupando o precioso tempo dosnossos sindicalizados e familiares.

O Sindivet-PR visitadelegado regional doTrabalho do Paraná,Geraldo Serathiuk.

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Sindivet-PRrealiza assembléias

Conforme Edital de Convo-cação no Diário Oficial do Estado, oSindicato dos Médicos Veterináriosdo Paraná realizou, dia 21 de dezem-bro de 2005, a Assembléia GeralOrdinária e Assembléia GeralExtraordinária com a seguinte ordem:

a) Tomada e aprovação de contas dadiretoria;b) Discussão e votação do orçamentoano 2006;c) Definição de valores para aContribuição Sindical e ContribuiçãoConfederativa ano 2006;d) Apresentação e aprovação dorelatório anual de atividades 2005 doSindivet-PR;e) Apresentação e aprovação doplano de ação do Sindivet-PR para oano de 2006;f) Assuntos Gerais.

Os assuntos foram apresenta-dos, discutidos e aprovados pelosmédicos veterinários presentes nasAssembléias.

%Receitas R$

5,94%

73,45%

5,91%

0,76%

13,51%

0,43%

100,00%

Mensalidades

Contr. Confederativa e Contr. Sindical

Repasse SINDASPP

Receitas Diversas

Juros de Investimento

Recuperações

TOTAL (A)

4.028,78

49.832,46

4.009,86

514,05

9.164,76

292,46

67.842,37

OBS: A referida prestação de contas foi apresentada em Janeiro de 2006 para a apreciação eaprovação do Conselho Fiscal do SINDIVET-PR , sendo analisada e aprovada pelos seus membrossem ressalvas.

Antonio Carlos ProhmannCRC-PR Nº 047601/O-2

Contador

Otamir Cesar MartinsTesoureiro do SINDIVET

%Despesas R$21,89%

0,95%

7,55%

0,02%

0,39%

0,32%

15,55%

5,22%

0,19%

1,69%

5,59%

14,39%

0,94%

7,71%

1,12%

4,03%

3,82%

4,82%

2,84%

0,06%

0,00%

0,89%

0,00%

100,00%

51,33%

Sálarios e Encargos Sociais

Energia Elétrica

Telecomunicações

Fretes/Carretos

Reproduções (xerox)

Informática

Seguros

Alimentação

Viagens

Veículos

Correio

Material de Expediente

Limpeza e Conservação

Despesas Gerais

Impostos e Taxas

Despesas Bancárias

Condomínio

Honorários Contábeis

Serviços de Informática

Multas

Depreciação e Amortização

CPMF

Devolução de Pagamentos

TOTAL (B)

Superávit Orçamentário 2005

7.623,13

330,51

2.629,98

7,00

134,90

112,60

5.413,26

1.818,71

65,10

589,25

1.947,83

5.011,58

329,06

2.685,68

390,00

1.402,68

1.331,11

1.680,00

989,50

22,39

-

308,42

-

34.822,69

33.019,68

Cezar Amin PasqualinPresidente do SINDIVET

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Prezados colegas,

Nós, empresários do segmento declínica médica e cirúrgica de pequenosanimais, frustramos-nos quando deixa-mos de fazer um determinado procedi-mento porque alguém realiza o mesmoprocedimento por um preço menor que onosso.

Para minimizar essas discrepân-cias, foi idealizada a Lista Referencial deHonorários Mínimos para os clínicos ecirurgiões de pequenos animais, tambémchamada de “Tabela da Anclivepa-PR”.

Estes valores não foram estabele-cidos ao acaso, porque alguém achouque deveria ser “X”, “Y” ou “Z”. Estesvalores foram definidos baseando-se emregras semelhantes para obtenção devalores para outras profissões. Para taiscálculos são computadas as seguintesvariáveis:

1 - Hora clínica - É o tempo quenormalmente leva-se para realizar umprocedimento. O valor corresponde auma consulta generalista;

2 - Materiais - Corresponde a tudoque é utilizado no procedimento con-tratado, sempre baseado em valores demateriais de primeira, como anestésicos,materiais de sutura, etc;

3 - Depreciação - Desgaste naturaldos materiais e aparelhos utilizados emnosso cotidiano clínico;

4 - Grau de complexidade -Dificuldade inerente ao procedimento;

5 - Custos fixos - Impostos,aluguel, folha de pagamento, água, ele-tricidade, telefone, etc;

6 - Lucro - Mesmo tendo escolhi-do a Medicina Veterinária como profis-são, ela merece remuneração justa, poisem sua maioria possuímos família,veículos, despesas com educação conti-nuada e contas particulares. Comosomos empresas privadas, objetivamos olucro desde que seja adequada e atendaàs necessidades de cada empresa.

Tabela da Anclivepa-PR 2006

Vários colegas absorvem estasvariáveis, acabando por aniquilar o lucroda empresa e comprometendo sua sobre-vivência no mercado, entrando em auto-fagia econômica. Esta prática geraempresas moribundas e profissionaisdesgostosos a própria profissão e com asua situação econômica.

Exemplificando, ao realizar umacirurgia procuramos o valor correspon-dente na Tabela e passamos para ocliente, sendo que o economicamentecorreto era fazer aos moldes daMedicina, cobrando o valor da aneste-sia/anestesista, o procedimento e omaterial utilizado. É comum o clínicoabsorver as despesas com anestesia,medicação, pós-operatório, curativos ematerial de consumo. Felizmente, hojehá várias clínicas que cobram valoresem separado para cada serviço presta-do, valorizando a classe e o serviçoprestado.

Preço é apenas a quantidade dedinheiro correspondente ao serviço e

quem vende preço sempre vai ter umconcorrente que vai fazer um preçomenor que o seu!

Valor é o que representamos paranosso cliente, é a garantia de um serviçobem prestado, é a responsabilidade sobrenossos atos, o tempo e o dinheiro rein-vestido em educação continuada! Avalorização de nossa classe não dependesomente da Anclivepa-PR, Sindicato,CRMV ou de outra entidade de classe.Cabe a cada um de nós o enaltecimentodesta digníssima profissão!

O objetivo da Tabela não é, e nemnunca foi, promover um cartel, mastornar a concorrência leal, sendo a com-petência o principal fator na escolha doprestador de serviços.

ATabela da Anclivepa-PR será dis-tribuída ainda no primeiro trimestre doexercício de 2006.

Atenciosamente,Diretoria da Anclivepa-PR

EESSPPAAÇÇOO AANNCCLLIIVVEEPPAA

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Page 12: Alto da XV - Conselho Regional de Medicina Veterinária do ...18).pdfA 3ª edição do Manual de Orientação e ... A homenagem aos formandos do curso de Medicina Veterinária do Integrado

Que mal é esse?

Consideradas uma ameaça àsaúde pública, as zoonoses são doençasque podem acometer tanto os homensquanto os animais. “Zoonoses sãodoenças naturalmente transmitidasentre o ser humano e os animais. Têmzoonoses que passam do animal para ohomem, do homem para o animal, asque pegam as duas espécies e as váriasespécies. São vários tipos de doenças.Por exemplo, a teníase ou teniose, cis-ticercose, hantavirose, tuberculose,brucelose, leptospirose, raiva, leish-maniose cutânea, doença de Chagas,leishmaniose visceral, esquistos-somose, febre maculosa e febreamarela, toxoplasmose, encefalite,gripe aviária e influenza. Há, também,uma quantidade muito grande dezoonoses transmitidas por alimentos,como, por exemplo, a salmonelose”,explica Natal Jataí de Camargo, diretordo Centro de Saúde Ambiental, daSecretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Natal ainda destaca a importância eo perigo das arboviroses, viroses transmi-

tidas por artrópodes causadores dedoenças como febre amarela, rocio,oroupoche, caraparu, encefalite eqüinado leste, vírus do oeste do Nilo, dengue,entre outras. Nestes casos, o vírus é man-tido em ciclo silvestre entre o hospedeiroverdadeiro e o vetor artrópode. O homementra acidentalmente no ciclo ao visitar aregião. “As zoonoses compõem umaimportante ameaça à saúde pública e,portanto, devem ser sempre tratadas comseriedade. Um número de zoonoses tam-bém pode causar severa perda na pro-dução e saúde animal. A maioria dosveterinários em nosso meio está poucoinformada de sua importância e mesmoos médicos, quando encontram pacienteshumanos acometidos de zoonoses,muitas vezes falham no diagnóstico dadoença e se concentram basicamente noseu tratamento individual e não no con-trole da doença”, comenta AlexanderBiondo, professor da disciplina dezoonoses da UFPR.

Nessa época, uma das doençasque mais preocupa a Sesa é a hantavi-

rose, causada por um vírus presente naurina, fezes e saliva de ratos silvestres.A hantavirose pode ser fatal e é contraí-da pela inalação de poeiras contami-nadas com vírus ou pela mordida dorato do mato. Segundo informações doBoletim Epidemiológico da Sesa, ahantavirose está associada à “ratada”,aumento exacerbado da população deratos silvestres. A “ratada” é um fenô-meno natural que ocorre a cada 30 anosem decorrência da floração da taquara(espécie de bambu). As sementes pro-duzidas em abundância servem de ali-mento para roedores silvestres. Quandoessa oferta diminui ou termina, os roe-dores tendem a buscar outras fontes dealimento fora do seu habitat, invadindopaióis de armazenamento de grãos, hor-tas e residências rurais.

Partindo do pressuposto que o ani-mal deve permanecer em seu habitatnatural, o Ibama e o Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento,por meio do Departamento de SaúdeAnimal, estão unindo esforços para vetara importação de répteis exóticos destina-dos à estimação. “Precisamos enfatizar anecessidade de desencorajamento damanutenção de qualquer réptil como ani-mal de estimação, sobretudo para cri-anças, idosos e imunodeficientes; hajavista as inúmeras zoonoses possivel-mente transmitidas por esses animaisectotérmicos”, justifica Eduardo deAzevedo Pedrosa Cunha, fiscalagropecuário da Coordenação deTrânsito e Quarentena Animal do Mapa,citando a febre Q, doença transmitida porum ácaro de cobra. Ele fala, ainda, sobreoutras doenças que podem ser transmiti-das por animais exóticos comosalmonelose, campilobacteriose, zigomi-cose e criptosporidiose. Assim como aproibição de importação de répteis parapets, também está barrada a entrada deaves vivas no Brasil. A providência foitomada para evitar a entrada da gripeaviária no território nacional.

Estimativas

No período de 1992 a janeiro de2006, foram registrados 159 casos dehantavirose no Paraná, destes 59

As zoonoses devem ser sempre tratadas com seriedade,pois oferecem ameaças a saúde pública.

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Page 13: Alto da XV - Conselho Regional de Medicina Veterinária do ...18).pdfA 3ª edição do Manual de Orientação e ... A homenagem aos formandos do curso de Medicina Veterinária do Integrado

imediata dos rebanhos para conter ofoco. “Depois, é necessária amanutenção da vacina anualmente”,completa a fiscal.

“Considerando-se zoonoses comotodas as doenças veiculadas entrehomens e animais, o vírus da HepatiteB (que experimentalmente infectachimpanzés), o Dioctophyma renale e oHaemonchus contortus são considera-das zoonoses. Claro que estas e muitasoutras zoonoses são raramente obser-vadas ou possuem pouca relação do seuciclo associado aos animais. No entan-to, considerá-las de menor importânciaseria o mesmo que dizer que oAnisakis, parasita queacomete os peixes(em particular osalmão) e queprovocadiarréia

moderada no homem seria de poucaimportância, até ter causado um surtode diarréia em São Paulo. Ou a febremaculosa, causada pela Rickettsiarickettsii e veiculada pelo carrapatoAmblyoma cajenense de capivaras ecavalos, com notificação e mortes noRio de Janeiro e São Paulo e, maisrecentemente, notificada no Paraná.Assim sendo, cada município deveprocurar se acercar de dados sobre suasprincipais zoonoses e, com base nisso,promover programas específicos paracada uma”, alerta Biondo.

chegaram a óbito. Para Giselia Rubio,chefe da Divisão de Zoonoses eIntoxicações da Sesa, “o veterinário éuma pessoa importante para garantir asobrevida do paciente, pois quanto maiscedo se diagnosticar como sendo sus-peita de hantavirose, melhor para opaciente”, comenta a bióloga, alertandoos profissionais sobre a necessidade dese estar atento às pessoas que trabalhamnas propriedades. Ela afirma que quan-do “o veterinário vai fazer amanutenção dos animais e uma pessoase queixa de muita dor e falar estar compneumonia” o profissional pode alertá-la sobre o perigo de estar com hantavi-rose e encaminhá-la ao Posto de Saúdecom suspeita da doença. “É importanteque o médico veterinário saiba informaras pessoas sobre os riscos de se contrairuma zoonose”, diz o presidente daComissão de Zoonoses e Bem-EstarAnimal do CRMV-PR, Paulo Guerra.

Outros dados alarmantes são emrelação à leptospirose. Apenas em 2006,já foram registrados 8 casos. De 2000 atéos dias de hoje, já somam 1311 casos,dentre esses 169 pacientes faleceram.Outra zoonose inquestionavelmenteimportante é a raiva. “Desde 1987não temos nenhum caso de raivahumana no Paraná, pois tivemosum trabalho muito bom no pas-sado que cortou o ciclo da raivacão-cão. Mas, a raiva pormorcegos é complicada. Osveterinários não estão saben-do”, destaca Paulo Guerra.Em 2005, foram confirma-dos 89 casos de raiva ani-mal. A maioria foi registra-da em bovinos, 63 casos,seguido por morcegosnão-hematófagos (15),morcegos hematófagos(6), eqüinos (3), cães (1)e ovinos (1).

Em Cascavel,região Oeste do Estado,recentemente foi detecta-do um foco de raiva embovinos e eqüinos. “Pelasinformações equivocadaspublicadas a população fi-cou alarmada e começou aligar para a Seab com medoda doença”, conta a fiscal daDefesa Sanitária Animal daSeab, Odete Völz Medeiros, tam-bém representante do CRMV-PRno local. A sugestão que a Secretariafez aos proprietários é a vacinação

Stockxpert

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Tríade

Conhecer as zoonoses, alertarsobre seus riscos e saber como proce-der formam um ciclo que os profi-ssionais da área de saúde pública pre-cisam dominar. Entretanto, muitasvezes, nessa tríade há problemas emalgum dos elementos. “Veja o queaconteceu recentemente. Um colegaestava trabalhando numa propriedadeem Coronel Vivida mexendo com umrebanho para pesquisar listeriose. Nãosabia o que estava acontecendo, cole-tou o material e encaminhou para oRio Grande do Sul e se diagnosticouraiva lá no Rio Grande do Sul, enquan-to que no Paraná nós temos dois labo-ratórios”, comenta Paulo Guerra. Elealerta que muitos profissionais nãosabem para aonde encaminhar o mate-rial coletado para análise. “Dá-sepreferência no Laboratório Central doEstado (Lacen) – órgão ligado à Sesa –a análise de cães e gatos. Já, no Centrode Diagnóstico Marcos Enriette – liga-do à Seab – para análise de animais deprodução”, fala Guerra. Ele informaque, em suspeita de raiva, deve-seenviar a cabeça do animal congeladaou no gelo para manter a conservação.“Nada de formol ou álcool”, salienta omédico veterinário.

Proteger-se. “O veterinário precisafazer anualmente a pré-exposição para araiva. São apenas três doses de vacina efazer o acompanhamento do controlesorológico, porque senão ele contrairá adoença. O profissional está susceptível àzoonose e o primeiro passo é se proteger”,lembra Guerra. Para fazer a pré-exposiçãoà raiva, o profissional precisa apenas

procurar um posto de saúde da Sesa.

O docente da UFPR, AlexanderBiondo, finaliza dizendo que “váriosfatores alteram constantemente a fre-qüência das zoonoses. O crescimentoou a reintrodução de populações ani-mais susceptíveis pode criar um ambi-ente adequado para a proliferação dedeterminada zoonose. O senso animal,em particular o senso canino, parece sera melhor forma de controlar o cresci-mento desordenado de populações ani-mais e de se avaliar um programa decontrole populacional efetivo. O estudoepidemiológico das zoonoses em asso-ciação pode ser também uma forma efi-ciente de se avaliar as principaiszoonoses do município, ou seja, fazen-do o inquérito sorológico das principaiszoonoses em animais recolhidos pelosServiços de Vigilância ou Centros deControle de Zoonoses. Finalmente, aeducação em saúde é fundamental parao programa de controle, principalmenteda posse responsável de animais”.

Nas próximas edições da RevistaCRMV-PR de 2006 abordaremos otema zoonoses específicas de interes-se. Para encaminhar sugestões ou críti-cas, envie um e-mail para [email protected].

Gabbriela Sguariz

Fontes consultadas:Natal Jataí de Camargo

Alexander BiondoEduardo de Azevedo Pedrosa Cunha

Giselia RubioPaulo Guerra

Odete Völz Medeiros

Adrianópolis

Antonina

Arapoti

Astorga

Cambará

Campina Grande do Sul

Campo do Tenente

Campo Largo

Carambeí

Catanduvas

Cerro Azul

Coronel Vivida

Curiúva

Entre Rios do Oeste

Foz do Iguaçu

Guarapuava

Ibaiti

Itaperuçu

Jacarezinho

Londrina

Marechal Cândido Rondon

Palmeira

Ponta Grossa

Porto Amazonas

Ribeirão Claro

Rio Bonito do Iguaçu

Rio Branco do Sul

Tibagi

Tupãssi

Ventania

TOTAL

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2

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MMAATTÉÉRRIIAA DDEE CCAAPPAA

Municípios Total

Fonte: SESA/Divisão de Zoonoses eIntoxicações

* Análises processadas pelos laboratórios:

LACEN - Laboratório Central do Estado -SESA/PR

CDME - Centro de Diagnóstico MarcosEnrietti - SEAB/PR

Foram obtidos resultados positivos embovinos, eqüinos, ovinos, morcegos e cães.

Casos confirmados deRaiva Animal no Paraná

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comportamento natural.O médico veterinário João Marcos

Baroni afirma que “alguns aviários cortamas asas ou as penas das asas de diversostipos de aves para evitar que elas voem ouse afastem dos domicílios que irão habitar”.Ele explica que esse tipo de procedimentopermite o encarecimento do animal, já quese torna uma vantagem para seu futurodono, que pode economizar deixando decomprar uma gaiola. “Quem adquire a avenão imagina que esse procedimento prejudi-ca o animal. A mutilação das asas ou a reti-rada de suas penas, diminui o equilíbrio daave, tornando-a mais susceptível a choquescom diversos obstáculos e a quedas, quepodem provocar fraturas ou até levar àmorte. As aves que passam por este tipo de

Maus-tratos

Os animais são um grande alvo demaus-tratos. Vítimas de caça e pesca ilegal,alguns são contrabandeados e acabam nãosobrevivendo às condições precárias detransporte e alimentação. Porém, algo quese torna cada vez mais comum não é o des-cuido de animais somente em regiões próxi-mas a florestas e reservas ambientais, mastambém a falta de cuidado com os animaisnas grandes cidades.

Os maus-tratos ocorrem com animaisde companhia, silvestres e exóticos, que sãotrazidos para a cidade com a finalidade deserem domesticados. Muitas vezes os donosprejudicam a saúde de seus animais des-percebidamente, adotando medidas de segu-rança que podem prejudicar sua saúde e

mutilação, muitas vezes são soltas em casa,sendo carregadas nas mãos de seus donos, oque aumenta o risco do animal sufocar ouadquirir ferimentos. Evitar isso é umaquestão de conscientização, inclusive paraos próprios médicos veterinários”, afirmaBaroni. Na opinião do profissional (quetambém é criador de aves), os responsáveistécnicos de aviários devem ser os principaisdefensores do bem-estar animal, orientandomelhor quem lida com aves sobre os cuida-dos que devem ser tomados.

Posicionamento

Além das aves, animais de compa-nhia, como gatos e cachorros, também sãovítimas da falta de informação a respeito deprocedimentos prejudiciais à sua saúde ebem-estar. Com a intenção de evitar proble-mas decorrentes das mutilações inade-quadas, o Conselho Federal de MedicinaVeterinária (CFMV) elaborou um ofíciodefinindo seu posicionamento sobre cordo-tomia, onicectomia, tenectomia, amputaçãode Ergot e castração. Para o sistemaCFMV/CRMVs, a cordotomia (cirurgia quedesliga as cordas vocais) em cães domésti-cos deve ser evitada, pois a vocalização éuma expressão natural do comportamentocanino, portanto deve ser mantida. Em casosde vocalização excessiva, o médico veteri-nário responsável deve investigar as causase orientar o proprietário sobre os malefíciosdo procedimento. Sobre a onicectomia, reti-rada das unhas através do corte da últimafalange do gato, e a Tenectomia, corte dotendão que possibilita a exposição das unhasdo felino, o ofício define como “práticasinaceitáveis”, justificando como “aexposição das unhas é uma expressão dorepertório comportamental dos felinos, por-tanto necessária”. Outra cirurgia citada é aamputação de Ergot (retirada do dedo rudi-mentar canino, localizado na parte internada pata). Para o CFMV, o Ergot deve serretirado apenas em casos de patogenias,“não sendo aceitável a amputação com ointuito de prevenção de problemas”. Emrelação à castração de animais domésticos,o CFMV acredita que é um procedimentoaceitável em casos de patologia e controlepopulacional.

Gabbriela SguariziLuiza Schuves

Fonte consultada:João Marcos Baroni

Cirurgias mutiladoras prejudicam a saúde e o bem-estar animal.

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Leonardo Zagonel Serafini eCarlos RReinhardt Jr., asses. jurídicos CRRMV-PPRRRRicardo Simon, assessor técnico CRRMV-PPRR

A legislação ambiental brasileiraapresenta um amplo conjunto de nor-mas – federais, estaduais e municipais,as quais promovem a proteção dos ani-mais contra atos de maus-tratos, bemcomo determinam a punição daquelesque promoverem tais atos.

Assim, a Constituição Federal de1988 - norma central no ordenamentojurídico pátrio e fundamento para todasas outras normas – determina expres-samente a vedação da prática de maus-tratos contra animais. Ao garantir atodos o direito a um meio ambienteecologicamente equilibrado, bem deuso comum do povo e essencial à sadiaqualidade de vida, a norma constante noartigo 225 da Constituição Federal eseu §1º, inciso VII determina que paraassegurar a efetividade deste direito,incumbe ao Poder Público proteger afauna e a flora, vedadas, na forma dalei, as práticas que coloquem em riscosua função ecológica, provoquem aextinção de espécies ou submetam osanimais à crueldade.

A norma constitucional, ao vedaras práticas que submetam os animais àcrueldade, incorporou uma nova éticana relação entre os seres humanos e anatureza. A partir da noção de que aseparação homem/natureza é um dosmais equivocados fundamentos damodernidade, a norma acolhe a noçãode que o bem-estar animal é o bem-estar do ser humano. Neste sentido, nãohá que se falar em meio ambiente (emsentido amplo – envolvendo o meioambiente natural, o construído, o cul-tural e o do trabalho) ecologicamenteequilibrado em uma sociedade queaceite práticas cruéis contra animais.Esta nova ética incorporada naConstituição fica ainda mais clara ao seperceber que nos termos de seu artigo3º, um dos objetivos da RepúblicaFederativa do Brasil é a construção deuma sociedade solidária. O artigo 225,

§1º, VII, da Constituição Federal, deixaevidente que esta solidariedade envolvetodas as formas de vida, por isso veda aprática de maus-tratos contra animais.

Mas a norma constitucional falaem vedação na forma da lei. Isto impli-ca na necessidade de leis infraconstitu-cionais que especifiquem ou exempli-fiquem as atitudes consideradas comomaus-tratos, bem como a puniçãodaqueles que a causem. Conforme asnormas de repartição de competênciaslegislativas da própria Constituição,tanto a União, como os Estados e osMunicípios (e o Distrito Federal) têmcompetência para legislar sobre amatéria, devendo a União editar normasgerais sobre a matéria e os Estados eMunicípios suplementarem tais nor-mas, no que couber.

Proteção jurídica dos animaiscontra atos de maus-tratos

Na esfera federal, destacam-se asseguintes normas: Decreto 24.645/1934exemplifica, em seu artigo 3º, as condu-tas consideradas como de maus-tratos.Assim, considera-se maus-tratos:praticar ato de abuso ou crueldade emqualquer animal; manter animais emlugares anti-higiênicos ou que lhesimpeçam a respiração, o movimento ouo descanso, ou os privem de ar ou luz;obrigar animais a trabalhos excessivosou superiores às suas forças e a todo atoque resulte em sofrimento para deles

JJUURRÍÍDDIICCAA//FFIISSCCAALLIIZZAAÇÇÃÃOO

obter esforços que, razoavelmente nãose lhes possam exigir senão com casti-go; golpear, ferir ou mutilar voluntari-amente qualquer órgão ou tecido deeconomia, exceto a castração, só paraanimais domésticos, ou operaçõesoutras praticadas em benefício exclu-sivo do animal (...); abandonar animaldoente, ferido, extenuado ou mutila-do, bem como deixar de ministrar-lhetudo o que humanitariamente se lhepossa prover, inclusive assistênciaveterinária; dentre várias outrashipóteses.

A Lei de Crimes Ambientais, porsua vez, determina ser crime punívelcom pena de três meses a um anopraticar ato de abuso, maus-tratos,ferir ou mutilar animais silvestres,domésticos ou domesticados, nativosou exóticos. A pena também é aplicadanos casos de realização de experiênciadolorosa ou cruel com animal quandoexistirem recursos alternativos e éaumentada em caso de morte do ani-mal. Em termos semelhantes, oDecreto 3.179/1999 determina serinfração administrativa, punível commulta, a prática destes mesmos atos,protegendo, em especial, os animaisameaçados de extinção. Destaca-seainda a Lei de Proteção da Fauna -aplicável a animais silvestres, princi-palmente, a Lei 6.638/1979, que tratadas normas para a prática didáticocientífica da vivisseção de animais e aLei 10.519/2002, que trata da pro-moção e a fiscalização da defesa sani-tária animal quando da realização derodeios.

Por fim, além da punição crimi-nal e administrativa dos infratores dasnormas mencionadas, cabe ainda aresponsabilização civil independenteda caracterização da culpa, nareparação dos danos causados aos ani-mais, como determina a PolíticaNacional do Meio Ambiente. As trêsresponsabilidades são independentes,ou seja, quem recebe multa pode sercondenado por crime e obrigado areparar o dano, simultaneamente.

A normaconstitucional,

ao vedar as práticasque submetam os

animais à crueldade,incorporou uma

nova ética na relaçãoentre os seres humanos

e a natureza.

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Page 17: Alto da XV - Conselho Regional de Medicina Veterinária do ...18).pdfA 3ª edição do Manual de Orientação e ... A homenagem aos formandos do curso de Medicina Veterinária do Integrado

No âmbito do Paraná, em 2003 foieditado o Código Estadual de Proteçãoaos Animais. Este Código apresentanormas semelhantes à normativa fede-ral, especificando as condutas de maus-tratos, normas de abate de animais, nor-mas relativas aos animais de labo-ratório, dentre outras. Deixa a lei para odecreto regulamentador a especificaçãodas autoridades competentes para aaplicação da lei. Infelizmente até a pre-sente data tal decreto não foi editado,implicando em grave omissão do PoderExecutivo Estadual. O Estado de SãoPaulo possui também um Código deProteção dos Animais, aprovado recen-temente.

Finalmente, vários municípiosapresentam normas específicas sobre aproteção dos animais. Curitiba, porexemplo, está implantando, por forçade Lei Municipal, o ConselhoMunicipal de Proteção aos Animais,com a participação do Poder Público eda sociedade civil.

Por fim, destaca-se ainda a com-petência para a aplicação das referidasnormas de proteção dos animais. Nostermos do artigo 23 da ConstituiçãoFederal, tanto a União como osEstados, o Distrito Federal e osMunicípios têm competência para pro-mover a proteção da fauna e do meioambiente. A repartição de competênciassomente pode ser especificada por LeiComplementar, ainda não editada peloCongresso Nacional. Assim, todos osentes da federação têm competênciapara promover a proteção dos animaiscontra atos de maus-tratos.

Tratando-se de questão relaciona-da à preservação do meio ambiente, sãocompetentes para aplicar as leis osórgãos componentes do SistemaNacional de Meio Ambiente – Sisnama.Na esfera federal, destaca-se o Ibamapara a apuração de infrações adminis-trativas e a Polícia Federal para a apu-ração de crimes envolvendo maus-tratos no tráfico internacional de ani-mais. No Paraná, têm competência paratanto o Instituto Ambiental do Paraná –IAP e a Polícia Militar Florestal (nocaso de infrações administrativas) e aPolícia Civil, em especial através daDelegacia de Proteção do Meio

Ambiente – DPMA, no caso de crimesde maus-tratos praticados contra ani-mais domésticos e silvestres. No casodos municípios, são competentes assecretarias municipais de MeioAmbiente (caso existam) ou outrosórgãos criados por leis municipais paraa implementação da política municipalde meio ambiente com poderes para afiscalização ambiental.

Assim, resta evidente o amplorespaldo legal para o combate das con-dutas que impliquem em maus-tratoscontra animais. O CRMV-PR, por forçadas suas competências legais, não pos-sui competência legal para lavrar autosde infração tipificados em crimes ambi-entais. No entanto, tem o dever legal decomunicar as autoridades competentesao tomar conhecimento de quaisquercondutas que impliquem em atos decrueldades contra animais. Porém, sem

prejuízo a este fato, poderá o CRMV-PR representar as autoridades compe-tentes acerca de fatos que apurar e cujasolução não seja de sua alçada, comoprevê a Lei Federal 5.517/1968.

Os médicos veterinários e oszootecnistas, tratando-se de profissionaiscom obrigações ético-profissionais, têmo dever ético de não adotar condutas queimpliquem em maus-tratos contra ani-mais, conforme determinam os Códigosde Ética Profissional de cada uma dasprofissões (Resolução CFMV 722/2002 -médicos veterinários; Resolução CFMV413/1982 – zootecnistas). Contudo, osmédicos veterinários e zootecnistaspoderão sofrer sanções éticas e os RTsdos estabelecimentos que infringirem osdispositivos legais poderão pagar multano valor mil reais, chegando ao teto dequatro mil reais, segundo a ResoluçãoCFMV 682/2001.

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Em meio aos problemas decor-rentes da febre aftosa no Paraná e dadecisão pelo sacrifício de cerca 1,8 milanimais da Fazenda Cachoeira, umadúvida foi lançada, qual a diferençaentre eutanásia, abate humanitário esanitário. A decisão de abater os ani-mais infectados paranaenses surgiudurante reunião do Conselho Estadualde Sanidade Animal (Conesa). Dos 23membros presentes na reunião, 17optaram pelo abate sanitário. E oCRMV-PR foi um deles.

Os três métodos possuem amesma finalidade, levar o animal aoóbito, porém cada um deve ser utiliza-do numa situação específica e ampara-do pela justiça. Eutanásia, conformeconsta no Dicionário Aurélio, é a“morte serena, sem sofrimento.Prática pela qual se busca abreviar,sem dor ou sofrimento, a vida de umdoente reconhecidamente incurável”.Essa prática proibida e polêmica naMedicina convencional, é permitidana Medicina Veterinária, porémsomente “nos casos devidamente jus-tificados, observando princípios bási-cos de saúde pública, legislação deproteção aos animais e normas doCFMV”, segundo o Código de Éticado Médico Veterinário. ParaRaimundo Alberto Tostes, coorde-nador do curso de Medicina

Veterinária do Centro Universitário deMaringá (Cesumar), a eutanásia deveser aplicada quando todas as possibil-idades terapêuticas de recuperação dasaúde do animal foram esgotadas.Tostes, doutor em Clínica Veterináriapela Unesp, cita como forma ideal delevar o animal ao óbito o métodohumanitário, no qual há a dessensibi-lização do animal, por meio de seda-tivos, e depois a aplicação de produtosquímicos letais. O professor ressalta,ainda, que é recomendável ao médicoveterinário nos casos de eutanásia quese peça ao dono do animal uma autor-ização por escrito que permita a real-ização do método, evitando problemasfuturos em caso de arrependimento doproprietário. “A eutanásia é umprocesso aplicado para o bem exclusi-vo do animal”, explica.

Sacrifício x Eliminação

O abate sanitário, também conhe-cido como sacrifício, é muitas vezesconfundido com a eliminação (ou exter-mínio). Raimundo Alberto Tostes expli-ca que o sacrifício é o processo aplica-do em prol de um bem maior, paradefender a população do risco de umadoença infecto-contagiosa ou para uti-lizar o animal em estudos e pesquisas.Pode ser tido como exemplo o óbito deanimais portadores de raiva, que são

mortos em prol da saúde e bem-estar doser humano.

A eliminação é uma prática aplica-da com intenções que vão além do bem-estar de uma comunidade, ou seja, elavisa proteger o equilíbrio da população,incluindo a questão econômica. O pro-fessor Tostes utiliza como exemplo umainvasão de coelhos em um vilarejo, “osanimais poderiam causar grandes perdasna produção agrícola, além do incômodopara os moradores, levar estes animais aoóbito seria uma eliminação. O caso daaftosa no Paraná pode ser enquadradocomo uma eliminação”, ressalta Tostes,acrescentando que “se trata de um prob-lema que atinge o setor econômico”.

O abate humanitário, métodomais conhecido, é voltado exclusiva-mente para o consumo. O animal nãopode ser sedado e morto por produtosquímicos, uma vez que a carne seráconsumida. O animal perde os sentidos(dessensibilização) por intermédio depistolas de ar comprimido, inalação deCO2 ou eletrocussão. Após esse proces-so é realizada a sangria do animal.

Gabbriela SguariziLuiza Schuves

Fonte consultada:Raimundo Aberto Tostes

Abate humanitário, sanitário ou eutanásia?

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Proffissssionnaiss que precissamm atualizzar enndereçço

01234.VP LAERTE GOMES DA CRUZ01359.VP GILBERTO ECKEL01383.VP AIRIS MALTA DE CAMPOS01415.VP JORGE LUIZ A. CHERUBINI01418.VP JOSE ROBERTO G.SANTOS01462.VP VALMIQUE DA MATA SOBREIRA01474.VP WALTER ULRICH MEDAGLIA01479.VP ROSANA MARIA B. DE CAMPOS01504.VP PEDRO FREDERICO SEYBOTH01543.VP LUIZ ROBERTO MOSENA01634.VP CESAR AUGUSTO QUAQUARELLI01646.VP PATRICIA F. N. DE OLIVEIRA01701.VP JOAO ALBERTO NAKAMURA01708.VP MAURICIO RAMON P. LOPEZ01803.VP BEATRIZ FLORIANO01848.VP PEDRO A. G. DOS SANTOS01882.VP CESAR AUGUSTO DE BRITO01910.VP HELIO S. AUTRAN DE MORAIS01927.VP OLGA DE ARANTES GENTIL01963.VP ABILIO EDSON SOUZA01970.VP SOLANGE DOS S. PEREIRA02004.VP CLAITON TADEU LOSS STUMPF02026.VP LUCINEIA MARIA M. KONISHI02040.VP PAULO GUERREIRO CARNEIRO02077.VP CARLA WANDERER02198.VP CLAITON FRANCISCO LANGER02210.VP ANTONIO CARLOS R. GOMES02212.VP MARCELO P. DE SOUZA02297.VP ADELMO TEIXEIRA PEIXOTO02320.VP MAURO DOBLER02369.VP ACIR ISRAEL CACCIA02392.VP JOAO RAMIRO DE SOUZA02396.VP ALUISIO ROSA GAMEIRO02404.VP MARIANGELA GUSSO GRALIK02577.VP TIAGO TAMANINI02579.VP ELCIO DE CAMPOS SANVIDO02604.VP ALESSANDRO B. ANDERSON02636.VP PAULO AFONSO DA ROCHA02638.VP LUCIANO GOMES M. DE SOUZA02647.VP FERNANDO R.GONCALVES02656.VP RICARDO R. ODA02695.VP ANTONIO C. DE QUEIROZ02716.VP ALESSANDRO G. M. DE SOUZA02727.VP CLAYTON HILLIG02747.VP DIRCEU G. GORMANNS02748.VS ALEXANDRE A.DE O.GOBESSO02766.VP AVELINO PASQUAL02854.VS ROLF KURT ZORNIG02858.VS RENATO B. DE O. CRITTER02863.VP ANDREA RODRIGUES BARROS02884.VP ALICE SATIKO NISHIDA02928.VP MARCO ANTONIO B. BARREIROS02940.VP JOSE FERNANDES SANCHES03048.VP ALBERTO LUSTOSA R. JUNIOR03068.VP RICARDO VIZIBELLI CHAVES03144.VP RODRIGO MENDONCA MAUAD03155.VP EVANDRA MARIA VOLTARELLI03230.VP KOOJI HORINOUTI03357.VP EDEM CARLOS BRAGHINI03361.VP GLORIA MARIA M. CALDAS03368.VP MARCAL JUNDI ROMAO

00010.ZP DALTON VICENTE V. MARTINS00024.ZP LUIZ C. MACHADO EHLERS00041.ZP LEO AUGUSTO SGARABOTTO00048.ZP AUGUSTO F. T. NUNES00051.ZP ATILIO PIZZATTO00068.ZP JOSE WILSON REIS DA COSTA00072.ZP CLAUDIO DE M. MACHADO00079.ZP EDUARDO E. A. VENDRAMETH00082.ZP SERGIO ISAO MIZOTE00092.ZP NIVALDO T. BOTELHO00103.ZP VLAUMIR BUGHI00110.ZP ILTO MARCHI00172.ZP RENATO CALEFFI DE SOUZA00194.ZP ODAIR APARECIDO SANCHES00235.ZP RENE RODRIGUES DE SOUZA00242.ZP AGNELO F. Q. PINHEIRO00245.VP LUIZA JESUS DE PINA MATTA00255.ZP ANTONIO CARLOS TONIOL00285.ZP MENDELSON H. B. MUNIZ00287.ZP GEISA RIBEIRO LEITAO00305.ZP MAURICIO DE N. A. BORBOREMA00314.ZP JOAO LUIZ DE CASTRO00329.VP JOSE YUJI YAMAGUTI00332.ZP MARCELO SANSON E SOUZA00339.ZP WALTER HUGO C. SUAREZ00341.ZP MOIZES P. DE OLIVEIRA JUNIOR00351.ZP HOSANA B. L. MURASSAKI00373.ZP RUI ARANHA FIGUEIREDO00389.ZP IDALO GIANOTTI NETO00395.ZP LUCIANO SOUZA LIMA00408.ZP CLOVIS ELISEU GENEHR00420.ZP SANDRO MEDRONI00456.VP JOAO A. GARCIA MARTINS00465.ZP ANA P. A. MEGER CAPELASSO00500.VP DORIVAL ROZENDO00500.ZP JOSIMAR DE ROSSI00504.VP ORNILA PEREIRA DA COSTA00512.VP LUIZ CARLOS ROSA00513.ZP SANDRO DALLARMI00536.ZP GIANCARLO D. MARCHESINI00545.ZP PAULO SEGATTO CELLA00564.ZP ANDRE PINHEIRO MORALES00581.ZP LUCIMARA RIBAS BUENO00590.ZP JOSE BATISTA DE O. JUNIOR00610.ZP MYLENE MULLER00655.VP HAROLDO ANTONIO B. CABRAL00661.VP JOSE ANTONIO R. VICENTE00684.ZP ALEXANDRE MURANO MELATO00700.ZP RODRIGO AUGUSTO S. BERTOLI00732.VP CLAUDIO MARCO R. DA SILVA00736.ZP ADRIANO M. C. MUHLSTEDT00798.VP CELSO D. BARANCELLI00856.VP MARIA DULCE DE ALMEIDA00962.VP EDUARDO R. DOS SANTOS00976.VP HUGO JOSE B. ARELLANO00978.VP WILSON DINIZ GIACOMETTI01063.VP ANTONIO EVANIR G. SOARES01118.VP MAURICIO MASSAKI KONISHI01165.VP RICARDO MATSUO01173.VP GILDO W. GORSKI01207.VP TADEU G. KANGUSSU

03382.VP ANGELO WAN03403.VP ARLINDO MAIA ABIUZI03407.VP RICARDO GARCIA BALAROTTI03414.VP ANA MAURICILIA ANCHESKY03420.VP HENRIETTE GRAF03429.VP DEBORA C. A.STOLLMEIER03439.VP RONALDO C. DA COSTA03462.VP URANDIR BARBOZA03474.VP ALESSANDRA FOLADOR03496.VP FRANCINE L. S. M. SUNYE03506.VP LUCIANA HELENA PINTO ROJO03523.VP LUIZ RICARDO VICENTE VIEIRA03530.VP LEONARDO CODA03548.VP JOAO DE A. ANTUNES NETO03594.VP PATRICIA DA F. RODRIGUES03622.VS WAHID RIBEIRO MAKKI03641.VP EDIMAR ZANOTTO03674.VP MIRIAM SUMI SAITO03678.VP ANGELA SANTOS PIEDADE03697.VP ANA LUCIA C. MORESCHI03713.VP RAQUEL C. RODRIGUES03800.VP ADRIANO E. S. E OLIVEIRA03839.VP KATIA CHUBACI03947.VP ALEXSANDER LIMAS03955.VP MURIEL A. MORESCHI03959.VS GEORGEA B. JARRETTA04049.VS ADRIANA FERRAZ04061.VP SIMONI T. B. DE SOUSA04074.VP VALERIA AMORIM CONFORTI04079.VP WALDEMAR RICKLI JUNIOR04145.VP LUCIANA B. DE S. BRISOLA04165.VP ADILSON MASSARU SATO04225.VP ALEXANDRE C. VALENCA04227.VP DANIELA A.UEMOTO04319.VP JUAREZ E. D'AVILA FERRAZ04365.VP GIOVANA A. M.CORDEIRO04371.VP ELIZABETH LEMOS LEAL04438.VP MARCIO A. RAMPAZZO04461.VP SIMONE KERGES BUENO04527.VP RICARDO BOESE04687.VP RODRIGO CAMPANA PEREIRA04766.VP GILNARA MAICA MELLO04960.VP GIOVANA CASSELI DE ABREU05144.VP DURVAL BARAUNA JUNIOR05215.VP OTTO FIGUEIRO05277.VP ODILEI ROGERIO PRADO05407.VP RICARDO ZANATTA05408.VP DIOGO MARTINS DE OLIVEIRA05422.VP LARISSA RYMSZA BARBOSA05428.VP GUSTAVO JOSE VON G. SANTOS05443.VP RODRIGO TOZETTO05470.VP JULIANA CECYN05552.VP DREYKO CEZAR CARLOS TOZZI05698.VP CEZAR RODRIGO DE FAVERI05703.VP FERNANDO SWIECH BACH05773.VP GERHARD WALLER05817.VP DANIELA SALIM NAME05838.VP NARA M. O. E RODRIGUES06029.VP MAURO DE MELLO ZORZATO06049.VP JOSE AUGUSTO C. TRINTIN06073.VP BIANCA CALDEIRA GOMES

CRMV-PR CRMV-PRNOME NOME CRMV-PR NOME

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Vânia Noureley AA. Silveira, médicaveterinária e professora do Centro Brasileirode Homeopatia Veterinária (CBHV))

1) Descrição do caso

8/02/2001 - Vem para consulta Frida,uma Rottweiller do sexo femininonascida em 13/04/1997, apresentandocorrimento vaginal de cor vermelhoescuro, em grandes quantidades.Temperatura 39,4º C, ausculta pul-monar e cardíaca normais. Apática,com perda de apetite. Tem cios a cadaseis meses, sendo o último em15/10/2000 e nunca tendo cruzado.Relatam seus proprietários que é muitodócil, extremamente obediente, muitobrincalhona, faz festa para visitas.Convive com Zefa e Xuxo, dois cãesde porte pequeno. Frida é muitoautoritária, não deixa a Zefa (que émais velha) cumprimentar as visitas enem latir no portão, avança. Na horada comida, come a dela bem depressae vai para o prato da Zefa, que sai e adeixa comer. Com o Xuxo ele avança,ela fica agachada até ele sair da frentedo prato. É alimentada com ração,

Um caso de piometra tratado com homeopatia

carne, arroz e legumes. Adora qual-quer tipo de doce, troca-o pelo salga-do.Tem medo de chuva com trovões erelâmpagos, quer entrar em casa, chorae bate na porta da cozinha.Não podeficar sozinha quando os donos saem,pois fica choramingando no portão.Sente muito frio, no inverno dormecoberta. Avança no namorado da filhada proprietária quando ele chega,porque uma vez ele tirou o osso dela,mas fica perto dele pedindo carinho epara levá-la passear.

2) Prescrição

Lycopodium clavatum CH 30 (½conta gotas três vezes dia, durante cincodias).

3) Evolução do caso

13/02/2001 - Temperatura e auscultanormais. Apetite voltando aos poucos,está comendo arroz com carne. Tevediarréia durante dois dias, mas já estácom as fezes normais. Sede normal ecorrimento vaginal escuro.

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23/02/2001 - Está muito bem, voltou aser como antes. Continua com cor-rimento vaginal em poucas quanti-dades. Temperatura e ausculta normais.Coloração de mucosa oral e ocular umpouco pálida. Coleta de sangue parahemograma, uréia e creatinina. Hemo-grama leucócitos 17.7700 mm3; uréia ecreatinina normais.

16/05/2001 - Temperatura 40,1ºC, aus-culta normal, não controla a urina, não sealimenta. Tomou leite morno, comeu umpedaço de chocolate, sem corrimentovaginal e tomando muita água. Esteveem cio até 20/04/2001. Prescrição:Lycopodium clavatum CH 40 (½ contagotas de duas em duas horas)

17/05/2001 - Temperatura 39ºC. Estáapática e sem apetite, continua commuita sede e não controla a urina.Hemograma: Leucócitos 39.300mm3,uréia e creatinina normais.

19/05/2001 - Temperatura e ausculta nor-mais. Sem apetite e apática, tomandosoro via oral em grandes quantidades. Adona acha que logo após a medicaçãofica mais esperta. Prescrição: Lycopo-dium clavatum CH200 em dose única.

23/05/2001 - Alimentando-se melhor,menos sede mais alegre e implicandocom a Zefa (contato telefônico).

5/07/2001 - Está muito bem, apetite esede normais. Sem corrimento vaginal.Voltou a ser como era antes.Hemograma: Leucócitos - 10.600mm3.

7/08/2003 - Veio para consulta por estarmancando da pata dianteira esquerda.Está muito bem e teve outros cios (qua-tro) sem manifestar nenhum sintoma depiometra.

3) Considerações gerais

O tratamento habitual escolhidopara a piometra é a ovarioesterectomia.Este relato de caso pretende alertar oscolegas veterinários sobre a possibili-dade de um tratamento com a home-opatia, como mais uma opção na formade curar.

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O que faz o CRMV-PR?

atual gestão. Além disso, tambémpodemos ressaltar a modernização dasede, da frota de veículos, contrataçãomediante concurso público de fun-cionários administrativos, fiscais, advo-gados, médico veterinário e jornalistapara o quadro efetivo de colaboradores.

Apesar de encontrar maior quanti-dade de estabelecimentos nos grandescentros, empresas que comercializamou prestam serviços médicos veteri-nários, pet shops, casas agropecuárias,consultórios, clínicas e hospitais veteri-nários, o CRMV-PR não está ausenteno interior do nosso Estado, sendo ainteriorização da Autarquia um dos car-ros-chefes da atual gestão.

Carlos Leandro Henemann, secretário-geral do CRMVV-PPR e presidente daComissão Editorial.

Quando nos deparamos com cole-gas de todo o Estado ouvimos as frases:“O CRMV-PR não faz nada!” ou ainda“O que o CRMV tem feito?”.

Dentro da política de orientação efiscalização profissional, o CRMV-PRestá presente em todo Estado. Hoje,contamos com diretores, conselheiros,delegacias e delegados regionais, alémdas comissões permanentes. O CRMV-PR foi criado para assegurar a quali-dade dos produtos e serviços dentro daMedicina Veterinária e da Zootecnia,sendo a população nosso maior benefi-ciário.

Sempre há pelo menos um repre-sentante do CRMV-PR nos principaisfóruns de discussão envolvendo aMedicina Veterinária e a Zootecnia.Como exemplo temos o ConselhoEstadual de Sanidade Agropecuária(Conesa), comissões de Ensino daMedicina Veterinária; Ensino daZootecnia; Zoonoses e Bem-estarAnimal, Meio Ambiente e, ainda,Vigilância em Saúde.

Advogando em disputas judiciaiscontra o CRQ pela defesa de postos detrabalho junto aos laticínios; na açãoimpetrada pelos supermercados paraeximir a necessidade do RT; na ação doSindicato das Casas Agropecuárias(Sindaca), que se não fosse a atuação doCRMV-PR e de sua assessoria jurídicaperderíamos TODAS as anotações deresponsabilidade técnica em aviários epet shops no Paraná. Dentre todas asações movidas pelo CRMV-PR, conti-nuamos protegendo o mercado de tra-balho do médico veterinário e dozootecnista, assegurando à sociedade aqualidade dos produtos e serviços ofer-tados.

A eficiência e a agilidade natramitação de processos administra-tivos, bem como nas atividades de fis-calização são alguns dos resultadospositivos obtidos até o momento pela

Dando continuidade ao trabalhoiniciado na gestão anterior, já reali-zamos inúmeras benfeitorias para aclasse. Dentre as principais em con-tinuidade podemos destacar:

- Fiscalizações: Identificando empresassem registro, das quais muitas visitassão realizadas na mesma semana dainauguração da empresa. Mais de 1,5mil documentos expedidos, entre Autosde Infração e Constatação e Termo deFiscalização. Foram recebidas mais de62 denúncias no último trimestre.

- Processos ético-disciplinares – Hojeestão em fase de instrução 75 proces-sos, relatoria e/ou julgamento.

- Denúncias - Desde que acompanhadascom provas ou indícios são investi-gadas até a exaustão, gerando processosadministrativos, éticos e denúncias ao

CCOOMMIISSSSÃÃOO EEDDIITTOORRIIAALL

Ministério Público (exercício ilegal daprofissão);

- Processos administrativos – Ao anochegam a tramitar mais de 17 mil docu-mentos, sendo 1,5 mil autos, 160 man-dados de segurança, etc;

- Multas - São mais de 380 multas oca-sionadas por falta de registro e ausênciade RT;

- 31 Seminários sobre ResponsabilidadeTécnica - Visando orientação para oexercício da Responsabilidade Técnica,nos encontros são apresentados aosprofissionais exemplos de processos éti-cos-disciplinares e jurisprudências nasáreas cíveis e criminal.

Hoje os problemas enfrentadospelo CRMV-PR são inúmeros, poden-do-se destacar como os principais:exercício ilegal da profissão (charla-tanismo), abates clandestinos e concor-rência desleal praticada por colegas.Com o combate à ilegalidade, oCRMV-PR está buscando garantir aqualidade dos produtos e serviços, alémde abrir mais vagas de trabalho. Emrelação aos abates clandestinos, oCRMV-PR firmou parceria com oMinistério Público para acabar comesse tipo de prática. Sobre a concorrên-cia desleal, o Conselho vem punindo osprofissionais que se utilizam de vanta-gens econômicas para conseguirclientes (ato passível de processo–éticodisciplinar). A concorrência desleal e aspráticas em desacordo com o Código deÉtica estão sendo averiguadas e punidascom o rigor que merecem.

O CRMV-PR faz e tem feito bas-tante, o que não significa que já é osuficiente. Somos, antes de qualquercoisa, inconformados, pois buscamosincessantemente melhorar.

Em virtude de alguns processoscorrerem sob Segredo de Justiça (obri-gatório por força de Lei), os médicosveterinários e zootecnistas não acom-panham o que está sendo realizado,sendo os culpados punidos com o rigorque merecem.

CRMV-PR

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HEIRO5831.VP LUCAS LOPES MOINO6050.VP LINDAMAR PAESANO ORTIZ6337.VP ERIKA ZANONI CURY6363.VP FERNANDA ROBERTA SCHOLTZ

4367.VP GEISA DE OLIVEIRA5075.VP JOAO ANTONIO POZZOBON5209.VP HUMBERTO SCHIFFER CURY5697.VP ALEXANDRA PARISOTTO GESSER5813.VP ANTONIO CARLOS FERNANDES PIN-

6482.VP LUCIANA PAES DE MACEDO MOURA6614.VP LEANDRO HENRIQUE RODRIGUES6780.VP DIOGO CESAR L. OLIVEIRA FARIA

6825.VS ETIANE TANISE SONEGO6833.VS CAMILLA CERATTI DE ALMEIDA

0843.ZP JACQUELINE DE OLIVEIRA MOURA0844.ZP CAROLINA CHARVET MACHADO0845.ZP JUSBERTO MANARA JUNIOR0846.ZP EDSON LASMAR JUNIOR0847.ZP VIVIANE DECZKA SKROBOT0848.ZP RICARDO GARCIA CAZOTTI6826.VP CARLOS ALBERTO MUNDIM JUNIOR6827.VP RAFAEL HADDAD MANFIO

6828.VP EVANDRO SANDRIN6829.VP LORENA ANDRADE DA CRUZ6830.VP FABRICIA DEL VALLE S. PEREIRA6831.VP GISELE OLIVEIRA ROMAO6832.VP FABIOLA ELOISA SOUTO P. PEREIRA6838.VP ANA MARIA CARDOSO6839.VP FERNANDA VILELA CARVALHO COSTA6840.VP LEANDRO HENRIQUE TOPAN

6841.VP MICHELLE TERNOSKI6842.VP KLEBER IMTHON FARAGO6843.VP EDUARDO LOPES MARTINS6844.VP FERNANDO CESAR P. DA SILVEIRA6845.VP RICARDO BELLINTANI LEOCADIO6846.VP HAIDE LUERSEN6854.VP AGATHE HAUSBERGER DE OLIVEIRA

0633.ZP MARINA HITOMI MITSUI0732.ZP ADRIANE GONCALVES MURRAY

0771.ZP MELISSA BUENO DE PALMA4050.VP MARIA CAROLINA VIDAL

5518.VP MARCOS KAZUIUKI YAMAZATO

6849.VS FABIO CRISTIANO VIEIRA6850.VS CRISTIAN GILBERTO PIVETTA

6851.VS ADRIANNE KARLA BONILHA

CRMMV-PPR CRMMV-PPRNNOMME NNOMME CRMMV-PPR NNOMME

0541.VS LEO CARLOS SILVEIRA

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TTrraannssffeerrêênncciiaa CCoonncceeddiiddaa ppoorr TTrraannssffeerrêênncciiaa

1683.VP CARMEN ESTHER G. MACHADO 2572.VP JOSE RUY DE ALMEIDA LEITE FILHO 2981.VP ANDREA DE QUEIROZ BRUNDO

4320.VP SERGIO TIAGO DOS S. COLLODEL5223.VP DENIZE COTRIM BARBOSA6834.VP GRACIELA DE LUCCA E BRACCINI6835.VP VANESSA STORI TURQUETI

6836.VP CESAR FERONATO6837.VP MARCIO BARCIELA VERAS6847.VP LUIS GUILHERME DE OLIVEIRA6848.VP BRUNA DA ROSA CURCIO

6852.VP ANDREIA AZEVEDO DE LIMA WADA6853.VP BRUNO TAMMENHAIN

TTrraannssffeerrêênncciiaa RReecceebbiiddaa ppoorr TTrraannssffeerrêênncciiaa6180.VP GUILHERME ROBERTO SOBRINHO 4472.VP DEISE FERRI

2643.VP LUIZ EDUARDO HELLER2674.VP CRISTYANNE BARBOSA3167.VP SANDRA REGINA BRUNELLI

3238.VP HAMILTON OSSAMU SUGAHARA3335.VP FIDELIS VELASCO PAIXAO4625.VP CLEANDRO PAZINATO DIAS

4688.VP CESAR AUGUSTO NUNES4996.VP MICHELE KEYKO LENZ

Seminários de RT 2006Consulte as datas e

locais dos eventos no sitewww.crmv-pr.org.br

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Práticas ilegais...No alvo da fiscalização CRMV-PR

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Trabalhando 24 horas, 7 dias por semana.Este é o novo site do CRMV-PR,

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