almanaque de práticas sustentáveis

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  • 1. Copyright2009, by Thomas Enlazador 3 edio Recife, 2010 Edio IndependenteContedo sob licena Creative Commons para Atribuio e Compartilhamento pela mesma licena (bysa, 3.0Brasil)O contedo deste livro pode ser copiado, no todo ou em partes, compartilhado, distribudo e modificado sob asseguintes condies:1. Sejam dados os crditos ao autor original, da forma especificada na licena2. Caso a obra seja alterada, transformada, ou derivada em outra, a obra resultante s poder ser distribudasob uma licena idntica a esta3. Qualquer outro uso, cpia, distribuio ou alterao desta obra, que no obedea os termos previstos nestalicena, constituir infrao aos direitos autorais, passvel de punio na esfera civil e criminalOs termos desta licena tambm esto disponvveis em www.creativecommons.org/licenses/bysa/3.0/brEste almanaque foi totalmente produzido com Software Livre.Durante o processo de elaborao foram utilizados: Ubuntu, Slackware, Mozilla Firefox,OpenOffice.org, Scribus, GIMP e Inkscape.574 Enlazador, ThomasE56a Almanaque de Prticas Sustentveis / Thomas Enlazador contribuies de Adriana Ayubcoautoria de Adriana Ayub, Pedro Jatob e Kalinne Ribeiro. 3. ed. Recife: autores, 2010. 82 p.1. Sustentabilidade. 2. Consumo Sustentvel. I. Ayub, Adriana. II. Jatob, Pedro. III. Ribeiro,Kalinne. IV. Ttulo.CDU 574Bibliotecria responsvel: Caroline FerreiraCRB 4 / p1603

2. FICHA TCNICAThomas Enlazador | [email protected] tor e organi zad orMestre em Gesto e Polticas Ambientais pelo Prodema UFPE, Cientista Jurdicocom foco em legislao e educao ambiental. Escritor, Palestrante Internacional,Educador Ambiental h mais de 10 anos, articulador de redes sciosolidrias eculturais. Desenvolvedor de polticas pblicas e consultor nas reas de EconomiaSolidria e Cultura da Sustentabilidade. Coordenador do Ponto de CulturaSustentvel Ciranda Solidria Minc e do Centro Ecopedaggico Bicho do Mato,membro da organizao do Frum Social Mundial e idealizador das Aldeias da Paznos FSMs. Curador do Eixo Sustentabilidade na Expoidea.Adriana Ayub | ayub.adriana@gmailprod u o colaborati va: prti cas permacu ltu rai sBacharel em Cincias Biolgicas, educadora em Permacultura, educao ambientale cidad e consumo sustentvel. Scia fundadora da ecoempresa CASA CriaesAlternativas pela Sustentabilidade Ambiental , artes em cosmticos naturais eassessora em gesto de negcios.Pedro Henrique Jatob | [email protected] u o colaborati va: prti cas em Software Li vreBacharel em Cincia da Computao, pesquisador nas reas de ambientes colaborativos e cultura digital. Integra o Instituto Intercidadania como Diretor deCultura e contribuiu na concepo do projeto iTEIA, onde atua na coordenao deFormao e Articulao.Kalinne Ribeiro | [email protected] u o colaborati va: bebes ecolgi cos e sagrad o femi ni noMusicista, compositora e autora do CD "Vo Mgico", licenciado em CreativeCommons. Militante do Parto Natural Ecologizado, faz formao em PedagogiaWaldorf e Coordena o Circulo de Mulheres no Ecocentro Bicho do Mato.Marcelo Soares | [email protected] | marcelosoares.orgprod u o colaborati va: xi lografi aXilogravador, poeta cordelista e arteeducador h 35 anos. Mora em Timbaba,Pernambuco. 3. Pedro Pereira dos Santos | [email protected] u o colaborati va: revi soProfessor licenciado em matemtica e atuante na rea de projetos e trabalhos acadmicos, tanto como orientador quanto como corretor da lngua portuguesa e daABNT.Clia Menezes | [email protected] | encontrolivre.orgprod u o colaborati va: proj eto grfi coGraduanda em Letras pela UFPE, possui pesquisas nas reas de gnero, mdia etecnologias livres. Organiza o Encontro Livre Disseminando Cultura e Conhecimento, evento realizado em Recife que se prope a abordar a Cultura Livre.Gustavo Sousa | [email protected] | jeporu.comprod u o colaborati va: proj eto grfi coDesenvolvedor web, trabalha com Software Livre h trs anos. Organiza o EncontroLivre Disseminando Cultura e Conhecimento, evento realizado em Recife que seprope a abordar a Cultura Livre.Mart Pet Comunicao | [email protected] u o colaborati va: capa 4. ndiceA terceira edio 06Introduo071. Conceitos e princpios da sustentabilidade 102. Prticas sustentveis142.1. Reeducao sustentvel no dia a dia152.2. gua: bem comum da comunidade202.3. Transporte coletivo e carros 252.4. O lixo como soluo292.5. Alimentao saudvel 332.6. Bebs ecolgicos (Ecobebs)402.7. Solues alternativas para limpeza e higiene pessoal 442.7. A reconexo das mulheres com a Me Terra 492.8. Reforme e construa sua morada de forma sustentvel 512.9. Voc j plantou uma rvore?532.10. Conduta consciente em ambientes naturais552.11. Dicas para a cidadania planetria 572.12. Permacultura: caminho para a sustentabilidade em ao 612.13. Economia solidria: um instrumento para o consumo crtico e sustentvel652.14. Software Livre & Economia Solidria: uma unio pela susten tabilidade 67Sugestes 71Anexos76 5. A TERCEIRA EDIO O ALMANAQUE DE PRTICAS SUSTENTVEIS, agora na 3 edio, traz um aumentode prticas e uma novidade: xilogravuras do um tom regional a esta obra produzida em Pernambuco. Com o passar dos anos, ele vem se consolidando e ocupandouma demanda latente ao apontar novos caminhos para uma mudana comportamental, paradigmtica e metamorfoseante: a transformao individual! Ofereceferramentas para cidados e cidads que acreditam na mudana florescendo dedentro para fora. A simplicidade voluntria torna o ALMANAQUE um instrumento dirio para aprxis da sustentabilidade. Este material, escrito colaborativamente com a participao de educadores, autores annimos, donas de casa e sugestes de rgos ambientais dopoder pblico e de ONGs, prope um reorientar de prticas que fomentem valorescomo solidariedade, sustentabilidade, paz, amor, cooperao, conscincia, igualdade, cuidado ao prximo e ao Planeta Terra. So discutidas aqui aes cotidianase experincias bemsucedidas aplicadas em prticas ecopedaggicas, solidrias,individuais, familiares e comunitrias. Ampliamos os 3 erres e chegamos a 7: Refletir, Recusar, Reduzir,Reutilizar, Reciclar, Repensar e Radicalizar. Nos ltimos quatro anos de publicao e difuso, milhares de indivduos acessaram dezenas de portais e baixaram, divulgaram e aplicaram as aespropostas. Este , sem dvida, mais um milagre da criao e organizao de umaobra com licena livre e aberta, onde todos podem baixar, copiar, utilizar,reformular e metareciclar as informaes e aes nela contidas. Convido os leitoresa se apropriarem, enviarem novas dicas, criticarem, indicarem e ajudarem aincrementar o guia e suas prticas. Outra novidade a abertura para uma produo colaborativa. Novoscompanheiros e companheiras escreveram aes prticas valiosas e contriburamcom diagramao, ilustrao e difuso. Essa ajuda foi e continua sendo fundamental para melhoria e alcance do propsito do Guia de Prticas Sustentveis:chegar a 999 dicas at 2012. Inserimos captulos sobre Software Livre e Permacultura que ampliaro o conceito e a viso de uma Cultura Sustentvel. O ALMANAQUE foi produzido para ser metaculturalmentereciclado. Adaptese, recriese e difunda novas prticas sustentveis pela cura do planeta. Boa leiturae faa voc mesmo a diferena! Thomas Enlazador6 Prticas Sustentveis 3 edio 6. INTRODUOA chegada do novo milnio trouxe uma nova onda de reflexo e ao. O momento que nosso planeta vive mpar, crucial e sem precedentes na histria da humanidade. Somos parte dessa epopeia e possumos a rara oportunidade de mudar o rumo da nossa nave e ajudar na preservao das geraes presentes e futuras. No temos mais tempo, a contagem regressiva j comeou... Nossa atitu de deve mudar: reciclar, renovar e transcender. O comprometimento individual no AQUIAGORA vai favorecer a corrente pela sustentabilidade, e essa ao forte em rede sensibilizar a tod@s que ainda no acordaram do sono profundo e continuam maltratando nossa me natureza (Gaia, Pachamama).As Mudanas Climticas Globais e Locais (glocais) j so eminentes no so meros dados, estatsticas acadmicas e probabilidades matemticas. A cada ms temos novos furaces, novas enchentes, secas e doenas causadas por super bactrias e vrus mutantes. A necessidade de uma ao contnua e participativa, buscando solues imediatas e em longo prazo, chegou. Finalmente, a hora da implementao bateu na porta. AGORA ou AGORA!A parceria entre sociedade civil, poder pblico e setores privados a tnica principal para o enriquecimento e a materializao dos debates. Todos podem e devem se envolver com a temtica socioambiental. O meio ambiente, ecologicamente equilibrado, um bem de uso comum do povo e fundamental para a qualidade de vida dos seres vivos do Planeta. Assim diz o artigo 225 da nossa Constituio Federal que impe ao poder pblico e a coletividade o dever de defen der o meio ambiente e preservlo para as geraes presentes e futuras. Alis, voc j leu ou utilizou a Constituio Federal para pleitear seus direitos?O tempo voa e as mudanas se acu mulam. Os padres de consumo so insusten tveis. Se consumssemos como os norte americanos, precisaramos de pelo menos trs planetas para suprir essa grande demanda. Fomos e estamos direcionados a consumir, a buscar o que mais prtico, rpido, descar tvel, barato enfim, nos tornamos, de certo modo, compulsivos pelo consumo e isso causou um efeito danoso ao meio ambiente e nossa sociedade. Vivemos a Era da Artificializao, das mentes pasteurizadas, dos hbitos hamburguerizados e da ao normalizada.Prticas Sustentveis 3 edio 7 7. Cuidar do meio ambiente cuidar de ns mesmos!A obrigao e a responsabilidade so coletivas, difusas, pertencentes scidads e aos cidados coerentes na prxis ambiental: atuando, contratando,consumindo e produzindo aes produtos e servios que faam parte de umUniverso Solidrio e Sustentvel.Espalhem essa semente, pois ela florescer em plena abundncia,sincronizada com uma fora superior universal que nos impulsiona a agir de formatica e solidria. So pequenos passos que nos levam a uma grande e virtuosajornada rumo Cidadania Planetria e a construo de uma Cultura Sustentvel.8Prticas Sustentveis 3 edio 8. 1 . CONCEITOS E PRINCPIOS DA SUSTENTABILIDADEA expresso desenvolvimento sustentvel surgiu em 1980, na Estrat gia Mundial de Preservao, tendo recebido posio de destaque no relatrio Brundtland na Comisso Mundial das Naes Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento. Foi consagrada em 1992 pela Conferncia das Naes Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (ECO 92), realizada no Rio de Janeiro. Agora nos preparamos para o Rio + 20, vinte anos depois da maior reunio global sobre o meio ambiente. O panorama bem diferente. Pesa o compromisso de cada nao refletindo diretamente na vida de mais de sete bilhes de habitantes e em cada canto do Globo Terrestre.A definio oficial das Naes Unidas para o desenvolvimento sustentvel a seguinte: o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidadedas geraes futuras de suprir suas prprias necessidades. Existem algumas linhas que refutam o termo desenvolvimento, alegando que o (des)envolvimento deixa de integrar, e esse conceito no inclui de forma participativa e democrtica todos os envolvidos.Ampliando esse entendimento, Foladori (2005) divide em trs linhas a sustentabilidade: sustentabilidade econmica, sustentabilidade ecolgica e susten tabilidade social. Essas trs dimenses clareiam caminhos para englobar a mirade de vertentes que envolvem a temtica ambiental e podem apontar para solues transitrias e pragmticas pscapitalistas assim como o prprio consumo solid rio, consciente e sustentvel, o comrcio justo, a agroecologia, a economia solidria e outras iniciativas.O conceito de Sustentabilidade, ou melhor, a Cultura da Sustentabilidade, ao contrrio do Desenvolvimento Sustentvel, no desconhece as razes da violncia, injustia social e fome reconhece tambm as disparidades econmicas entre ricos e pobres, os perversos efeitos da poluio do meio ambiente, a explorao dos recursos naturais em detrimento das comunidades locais e a dilapidao da biodiversidade (ENLAZADOR, 2008). Considerando a prtica da sustentabilidade, Sachs (1993) insere cinco princpios que poderiam fundamentla: o social, cujo pressuposto equidade da renda econmica (diminuio da desigualdade social) a ecolgica, para a manu teno dos recursos naturais a econmica, que seria possvel atravs da alocao do gerenciamento mais eficiente dos recursos e de um fluxo constante de investimentos a cultural, o que implica na continuidade das culturas em cada so ciedade, agregando s descobertas cientficotecnolgicas e a espacial, me10 Prticas Sustentveis 3 edio 9. lhorando a distribuio dos assentamentos humanos.Optase, aqui, pela interconexo conceitual no sentido mais amplo e poltico, como vis motivador para um consumo sustentvel, considerandoo uma alternativa eficaz de transio para uma sociedade de baixo carbono, prativa e tangvel para transformar a relao entre produtores e consumidores e, assim, construir uma base terica com novos conceitos, criando uma viso crtica do ato de consumir, subsidiando a construo de politicas pblicas ambientais para o setor, buscandorespostas em referncias tericas que apontam alternativas globalizao hegemnica ou a Globalitarizao (SANTOS, 2000).Dois instrumentos importantes para a implementao de aes susten tveis so a Agenda 21 e a Carta da Terra. Eles foram gerados tambm na ECO 92. A Agenda 21 foi subscrita por 179 pases. A expresso Agenda tem o sentido de planejar a participao de toda a sociedade civil, setor privado e pblico, convo candoos a participar e assumir compromissos que visem solucionar problemas a curto, mdio e longo prazo. O Slogan da Agenda 21 : Pensar Global e Agir Local.Mesmo diante de incontveis evidncias, ainda pequeno o nmero de aes para a concretizao de polticas pblicas slidas e sistmicas e de projetos e diretrizes que fomentem essa nova conscincia.Um passo que buscamos avanar a aplicabilidade da Lei que instituiu a Poltica Nacional de Educao Ambiental.O artigo 1o da Lei 9.795/99 define o conceito de Educao Ambiental: Entendemse por educao ambiental os processos por meio dos quais o indivduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competncias voltadas para a conservao do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.Uma tendncia global na rea ambiental a anlise da nossa pegada ecolgica. So diversos clculos que passam: pelos quilmetros que percorremos em automveis e avies, no uso racional de eletrodomsticos, na compra de alimentos orgnicos, no consumo de menos embalagens e sacolas plsticas, etc. A partir de um clculo sistmico, chegamos a um nmero X de emisso de gases do efeito estufa e a um total de rvores que devemos plantar para sequestrar o carbono emitido. Esse eco X do quanto estamos colaborando ou no para a sustentabilidade planetria e como podemos reverter e aprimorar nossa prxis diria enriquecer nosso horizonte sustentvel.As questes ambientais no so mais vistas como exageros de ONGs, ecologistas apaixonados, hippies visionrios e alternativos. Todos esto convocadosPrticas Sustentveis 3 edio 11 10. para agir e fazer a sua parte nessa jornada evolutiva pela cura do planeta. A adoo de prticas sustentveis pode ser entendida como uma ao ru mo a um consumo sustentvel. O termo consumo sustentvel surgiu tambm, no mbito das discusses da Comisso Mundial sobre o Meio Ambiente, em 1987, quando foi proposta a seguinte definio: Consumo sustentvel o desenvolvi mento que atende s necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das futuras geraes em atenderem s suas. (Relatrio Brundtland, 1987, p.87). Assim, observase que o consumo sustentvel est diretamente conectado s questes que envolvem as prticas cotidianas que podem ou no ser consideradas como compatveis com a capacidade de absoro dos impactos ambientais produzidos pelas atividades antrpicas e de reposio e resilincia (poder de recuperao) do planeta. O Consumo Sustentvel, dentro de uma viso planetria e sistmica de mundo, emerge como ferramenta para atuao polticacidad individual e coletiva dentro de uma sociedade cujos indivduos perderam a dimenso do que significa cidadania. Esta atuao exercida pela maioria das pessoas do planeta, apenas pelas relaes de consumo (produtos ou servios), que contribuem enormemente, direta ou indiretamente, nas condies sociais, ambientais, econmicas e culturais do mundo, sem ao menos estarem cientes de que so responsveis por isso. A responsabilidade aqui no est sendo tirada das grandes empresas, pelo contrrio: o sistema social de produo capitalista j demonstrou sua insustentabilidade em poucas dcadas de funcionamento. A mudana real nas relaes de produo e consumo cabe tambm aos cidados comuns, que so os principais afetados por tal conjuntura e, ao mesmo tempo, so os principais mantenedores de tal estrutura. Essa estrutura movida por tentculos: as Transnacionais Involutivas No Resgatveis (TINRs). Elas incorporam e manifestam o fundamentalismo capitalista. So extremas nas suas aes, no tem escrpulos, tica ou respeito ao Planeta e aos seres vivos que habitam a Biosfera cometem, dentro do seu sistema (anti) social de produo, brutalidades socioambientais, culturais e econmicas (mais informaes: ENLAZADOR, 2010). A Terra vista por muitos como um organismo vivo e em contnua evoluo, segundo a Teoria de Gaia (LOVELOCK, 2006). Ela o nosso endereo e a partir dela que promovemos a educao reeducando nosso olhar para a prtica da Cultura da Sustentabilidade. A preservao do meio ambiente depende da conscincia ecolgica, e a formao da conscincia depende da educao. aqui que entra em cena a Pedagogia da Terra, a Ecopedagogia: Ela a pedagogia de12 Prticas Sustentveis 3 edio 11. promoo da aprendizagem do sentido das coisas a partir da vida cotidiana.(GUTIERREZ CRUZPRADO, 1998). Lanamos aqui o desafio para que cada passo dado nesse sentidocontagie, sensibilize, mobilize, articule, repense, compartilhe, doe e inicie um planode sustentabilidade dentro da sua casa, rua, bairro, empresa, escola e universidade, irradiando valores e sentimentos de amor, solidariedade e respeito pelanossa grande Me Terra Pachamama. 12. 2. PRTICAS SUSTENTVEIS relevante ressaltar a importncia de explorar as novas modalidades de prticas sustentveis, incentivando sua adoo por parte de cidads e cidados, rgos governamentais, associaes, setor privado e grupos que buscam formas de minimizar o impacto de suas aes dirias. Elencase o que encaramos como prticas sustentveis: a) consumo de alimentos orgnicos e agroecolgicos b) consumo de alimentos naturais (vendidos a granel e integrais) c) baixo ou nenhum tipo de consumo de carne d) boicote aos alimentos transgnicos e) fazer uso dos rgos de defesa do consumidor f) consumir produtos de empresas, cooperativas ou grupos informais sem histrico de impactos sociais e ambientais g) participar de movimentos sociais, ambientais, ONGs ou campanhas h) incentivar a economia solidria e o comrcio justo i) consumir produtos com certificado ambiental j) praticar os 7 erres: Recusar, Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Repensar, Resignificar e Radicalizar.14Prticas Sustentveis 3 edio 13. 2.1 . Reeducao sustentvel no dia a diaImpregnar o cotidiano de prticas sustentveis um dos caminhos a se rem percorridos para realizarmos, ao menos, nosso dever de casa. Simples dicas para um manejo menos impactante de lmpadas, equipamentos, meios de trans porte, papis, alimentos, resduos, gua e afins so passos importantes que contribuem para uma slida mudana pessoal, local e planetria. Geralmente ns criticamos as atitu des das outras pessoas sem nos damos conta de que, em primeiro lugar, nosso exemplo individual deve ser dado e reafirmado diariamente. Dicas para uma prxis cotidiana sustentvel01 . Troq u e o ar cond i ci onad o por u m bom venti lad or d e tetoEste consome menos energia do que o arcondicionado e no incomoda como o ventilador de mesa.02 . Raci one o u so d o ar-cond i ci onad oNa maioria das vezes, uma janela aberta resolve o incmodo do calor alm de ajudar na iluminao do ambiente. Quando for usar o arcondicionado, aumente a temperatura em 2 graus em relao mdia utilizada. Com essa pequena atitude, voc evita que 900 kg de dixido de carbono por ano subam para a atmosfera.03 . Troq u e as lmpad as i ncand escentes por verses flu orescentes ou d e LED, mai s econmi casElas podem gastar at 65% menos energia e durar at 10 vezes mais do que as lmpadas de filamento reduzindo, assim, a gerao de resduos. So, por tanto, muito econmicas, mas bom observar o selo Procel (dura de 10 a 15 mil horas contra durao de 800 a mil horas sem o selo). Ateno: essas lmpadas contm mercrio, substncia txica nociva ao ser humano e ao meio ambiente, e precisam ser manuseadas, descartadas e recicladas de forma correta. Para infor maes sobre reciclagem de distintos materiais no Brasil, visite a pgina: www.coletasolidaria.gov.brPrticas Sustentveis 3 edio15 14. 04. Compre apenas eletrod omsti cos q u e tenh am avali ao A no selo ProcelEles ajudam a diminuir sua conta de luz e permitem o uso mais eficiente de energia eltrica. Veja a lista dos eletrodomsticos que tm o selo Procel. 05 . Desli gu e o moni tor d o compu tad or q u and o sai r d a salaA proteo de tela tambm gasta energia que pode ser economizada. 06. N o coloq u e a gelad ei ra perto d o fogo ou d e u ma j anela q u e receba mu i to solEla ter de consumir mais para se manter fria. 07. N o seq u e mei as ou ou tras rou pas atrs d a gelad ei raUtilize o sol para isso. Colocandose peas de roupas nesta parte, o pro cesso de conveco de ar normal do aparelho (retirada de ar quente de dentro da geladeira) cessar ou ser prejudicado, e isto dificultar muito o processo de troca de calor entre o ar e o condensador, pois peas de roupas obstruem a livre passagem do ar. Dessa forma, o interior da geladeira ficar com uma temperatura mais elevada, o que far com que o aparelho trabalhe mais, ou seja, gaste mais energia para manter a temperatura interna adequada. 08. Feche sempre a porta d a gelad ei raQuando aberta h um maior consumo de energia para manter a tempera tura. No deixe a porta aberta enquanto pensa no que vai tirar dela, nem a abra e feche repetidas vezes. 09. Reti re os aparelh os eletrni cos d o stand -byFique atento conta de luz da sua casa e perceba quantos aparelhos ele trnicos ficam no modo de espera (standby) constantemente. Crie o hbito e tire os aparelhos de televiso, DVDs, sons e outros da tomada. Em modo de espera eles consomem de 5 a 10 % de energia. Calcule a economia na conta! 1 0. Sai a por a apagand o tod as as lu zes d esnecessri asEm casa, trabalho, banheiros pblicos, shoppings, restaurantes e afins. A conta em reais nem sempre voc quem paga, mas o nus ambiental reflete em todo o planeta. 1 1 . Reu ti li ze embalagens sempre q u e possvelVrias embalagens que consumimos diariamente, principalmente os vidros de maionese, gelias, azeitonas e afins, podem ser reutilizados para armazenar comida e objetos.16 Prticas Sustentveis 3 edio 15. 1 2 . Reci cle seu li xoMais da metade do que produzimos, tratado pela grande maioria das pes soas como lixo, pode ser reciclado. Lave e seque os resduos para facilitar a vida das cooperativas de catadores e no inviabilizar a reciclagem.1 3 . Separe materi ai s reci clvei s, li xo orgni co e o q u e no pod e ser reci clad oConsulte a prefeitura do seu Municpio ou associao de catadores para saber mais sobre os horrios e condies da Coleta Seletiva na sua cidade.1 4. M antenha a tampa d a panela fech ad aSimples! Assim voc concentra mais calor e economiza gs de cozinha.1 5 . Trabalhe em casa algu ns d i as por semanaSe a sua atividade profissional permitir, claro. Voc gasta menos com bustvel, fica mais prximo da famlia e diminui o estresse dos deslocamentos.1 6. Faa reu ni es pelo comu ni cad or vi a i nternetJ refletiu quantas reunies voc j foi que poderiam ser resolvidas por comunicao prvia, melhor planejamento ou uma simples conversa de 10 minutos pelo comunicador instantneo na internet? Dessa forma, voc economiza tempo e combustvel, poupando alguns quilos de CO2 a serem lanados na atmosfera.1 7. Raci onali ze o u so d e pi lh as, procu rand o u sar pi lh as recarregvei sDessa maneira, voc evita o descarte desnecessrio de pilhas, as quais necessitam de um acondicionamento e encaminhamento especial, alm de eco nomizar.1 8. Deposi te as pi lh as u sad as em cai xas coletoras especfi casAs pilhas contaminam a gua e o solo com metais pesados e a atmosfera com vapores txicos. Verifique em sua cidade os locais de coleta. 1 9. Encami nhe seu li xo eletrni co para locai s especi ali zad osVerifique se o fabricante do aparelho recolhe os produtos descartados. Se no, verifique os locais de coleta de sua cidade.2 0. Envi e compu tad ores e peri fri cos para centrai s d e metareci clagemSaiba mais no site: www.rede.metareciclagem.org.2 1 . Opte sempre pelo papel reci clad oA fabricao de mais papel estimula a derrubada de mais rvores, o que aumenta o aquecimento global e diminui a qualidade do ar e da gua. O cloro usa do para o branqueamento contaminante. Cuidado com os selos Monocultura de Eucalipto e Pinus, pois no significam que os produtos provem de reflorestamentos.Prticas Sustentveis 3 edio 17 16. 2 2 . I mpri ma apenas o necessri o Sempre que puder, imprima no modo econmico e utilize os dois lados da folha. Assim voc economiza papel e tinta da impressora (modo econmico). 2 3 . Boi cote a i nd stri a d os d escartvei s Prefira o coador de pano, os alimentos fora das bandejas de isopor, fraldas de pano, o copo de vidro, a econeca (caneca durvel), as sacolas e guardanapos de pano, enfim. Lave e use novamente os produtos usados, em vez de jogar fora. 2 4. Ad ote u ma caneca 2 5 . Leve sempre su a sacola para fazer compras Avise ao caixa que voc carrega a sua prpria sacola e exera seu direito de reduzir para preservar. Dessa maneira voc deixa de consumir milhares de sa colas por ano. Esqueceu a sacola? Pea uma caixa de papelo e leve suas compras! 2 6. Evi te comprar prod u tos em embalagens d e i sopor Boicote frutas, legumes e verduras no isopor. Este material demora cerca de 400 anos para se decompor e a maioria no reciclado. Prefira compras a granel ou embalagens de papelo que so reciclveis. 2 7. Troq u e a palh a d e ao e a esponj a si ntti ca pela bu cha vegetal para lavar lou a O efeito o mesmo e a bucha, alm de mais barata, biodegradvel. Informaes sobre o projeto da Bucha Vegetal no site: www.nabucha.net. 2 8. Faa seu prpri o ti ra ru d os d as portas Se a porta estiver rangendo, faa uma mistura de raspa de grafite (ponta de lpis) e algumas gotas de leo de cozinha. Coloque aos poucos nas dobradias, fazendo um movimento de abrir e fechar a porta, para que a mistura penetre bem nas dobradias.18 Prticas Sustentveis 3 edio 17. 2.2 gua: bem comum da comunidade Substncia composta por duas partes de hidrognio e uma de oxignio (H2O) que forma os rios, os lagos, o mar e tambm grande parte dos organismos. A gua cobre 70% da superfcie terrestre e dela depende a vida. Mais de 50% do corpo humano constituise de gua. Ela tem vrios usos: mata a sede, cura, refresca, serve agricultura, indstria e meio de transporte. Pela lei brasileira,esses usos dependem de outorga e daclasse dos corpos dgua (Dicionrio deEcologia, Lei Federal 9433/97). Apenas 0,7% do volume totalde gua da Terra so formados porgua potvel, isto , pronta para oconsumo humano. Hoje em dia, quasedois bilhes de pessoas no dispemde gua potvel. Em que bacia hidrogrfica voc mora?2 9. Procu re se i nformar sobre o fu nci onamento d o Comi t d e su a baci a hi d rogrfi ca e sobre as organi zaes d a soci ed ad e ci vi l q u e trabalham com o tema gu a. Entre em contato com essas organizaes para saber como anda a regula mentao e a cobrana pelo uso da gua, como tambm as atividades de preser vao e de recuperao dos recursos hdricos, matas ciliares e despoluio de corpos dgua. Dicas para economizar gua e reduzir a poluio 3 0. N o varra nad a com gu a, e si m com u ma vassou ra 3 1 . Di mi nu a o tempo no banh oCerca de 75% da gua que consumimos em casa gasta no banheiro, sendo que 32% do consumo domstico de gua vem dos chuveiros: um banho de chuveiro gasta cerca de 10 litros de gua por minuto.3 2 . Tenha bom senso no seu banh o: d ei xe a tornei ra aberta somente para se molhar e reti rar o sabonete d o corpo Pense em quantos banhos voc poderia tomar com a gua que desper diada enquanto voc se ensaboa.20Prticas Sustentveis 3 edio 18. 3 3 . Feche a tornei ra enq u anto esti ver escovand o os d entes e fazend o a barbaCom a torneira aberta, so desperdiados de 30 a 50 litros de gua en quanto se escova os dentes ou se faz a barba. Aprenda a utilizar a torneira com menos vazo possvel. Uma torneira aberta deixa correr de 12 a 20 litros de gua por minuto.Segundo a Organizao das Naes Unidas (ONU), a previso de que em 2050 mais de 45% da populao mundial estar vivendo em pases que no podero garantir a quota diria de 50 litros de gua por pessoa para suas necessidades bsicas. O Brasil tem uma posio privilegiada perante a maioria dos pases quanto ao seu volume de recursos hdricos, pois possui 13,7% da gua doce do mundo no entanto, apresenta uma disponibilidade desigual de gua. Mais de 73% da gua doce disponvel do pas encontrase na Bacia Amaznica, que habi tada por menos de 5% da populao. Portanto, apenas 27% dos recursos hdricos brasileiros esto disponveis para 95% da populao (LIMA, 2000).3 4. N o u se o vaso sani tri o como li xei ra.Isso contribui para aumentar o gasto de gua, alm poluir nossos rios e mares com o lixo slido.3 5 . Acu mu le rou pa su j a e u se a mq u i na d e lavar rou pas com a capaci d ad e mxi maVoc economiza em mdia 50 litros de gua por dia, diminuindo ou acio nando dos equipamentos pela metade.3 6. Ao lavar fru tas e vegetai s, u se baci a e escova vegetal para reti rar a su j ei ra3 7. Concerte i med i atamente os vazamentosUma torneira pingando gasta cerca de 45 litros/dia. Em filete, so 180 a 350 litros/dia.3 8. Coloq u e u m prato embai xo d os vasos q u and o reg-losAssim, voc apanha a gua em excesso e pode utilizar essa gua para molhar outras plantas. Ateno para no acumular larvas de mosquitos!3 9. Armazene o leo para d eposi tar em coletores ou locai s especi ali zad osJogar leo no ralo ou na privada (ou na rua, onde acabar chegando ao esgoto) o mesmo que despejlo diretamente num rio ou lago.40. Torne-se u m gu ard i o d a gu aSaia por a fechando torneiras que esto pingando, estimule e mostre aos amigos e parentes a importncia de utilizar esse recurso de forma consciente.Prticas Sustentveis 3 edio 21 19. 41 . Faa xi xi d u rante o banh oAntes de tomar banho, no h a necessidade de fazer xixi na bacia sanit ria e dar descarga, se voc pode fazer no banho. Faa isso e economize milhares de litros dgua por ano. 42 . Para lavar o carro u ti li ze o bald eDesperdiase muito utilizando mangueira. 43 . Cri e u ma estao d e lavagem em casaEsta uma forma simples e efetiva para lavar louas, panelas e afins. Lavar loua gasta muita gua e quando realizamos festinhas, almoos e jantares e convidamos aquela galera toda, essa a maneira mais solidria e econmica de deixar sua cozinha tinindo. Veja a receita abaixo:Coloque trs bacias mdias em uma bancada. Enche-as de gua. Na primeira pingue5 gotas de gua sanitria e na ltima ponha limes j espremidos para dar um odorespecial.Retire todo o excesso de comida em um balde ao lado da estao. Com uma buchavegetal e sabo neutro, esfregue e tire o excesso com a primeira bacia. J com oprato esfregado, tire o excesso de sabo com a segunda bacia e d o toque final coma ltima. As guas das bacias vo sendo substitudas gradativamente da primeirapara a ltima. 44. Evi te o consu mo d e gu a engarrafad a, no contri bu a para a pri vati zao d a gu aAnualmente so consumidos bilhes de toneladas de plsticos para essas garrafas. Antes de sair de casa, leve uma garrafinha de vidro com gua potvel para o seu consumo e reabastea nos bebedouros pblicos. Assita, baixe e difunda o vdeo "A histria da gua engarrafada" em http://miud.in/i83. 45 . Se pu d er, recolh a a gu a d a ch u va em bald es e u ti li ze-a para d i ferentes fi nsEm nossas cidades cimentadas, sem a terra para absorvla, a gua da chuva vai para os bueiros, misturada ao esgoto. Um presente do cu desperdiado. 46. Regu e su as plantas d e manh ced oDurante o dia, a evaporao da gua bem maior, o que aumenta o des perdcio, e, noite, aumenta o risco de proliferao de fungos. 47. Prefi ra plantas nati vas s exti casPlantas nativas consomem 54% menos de gua, so mais saudveis e no esgotam o solo. Alm disso, ao plantar uma extica, contribuise para a perda da diversidade nativa, arriscandose a disseminar uma planta invasora.22Prticas Sustentveis 3 edio 20. 48. Exi j a d o pod er p bli co o saneamento bsi co d e su a regi oA falta de gua tratada combinada com a falta de saneamento bsico (es goto, lixo) vem matando cerca de 12 milhes de pessoas por ano no mundo. Polticas pblicas para minimizar a poluio das guas 49. Exi j a q u e o mu ni cpi o mantenh a u m manej o ad eq u ad o d os resd u os txi cosProponha a instalao de uma estao de recebimento de produtos t xicos domiciliares, tais como restos de tinta, solventes, petrleo e outros.5 0. Exi j a d as au tori d ad es q u e o esgoto sej a tratad o em estaes apropri ad as e no j ogad o d i retamente nos ri os e mares5 1 . Li gu e para o Servi o d e Atend i men- to ao Consu mi d or (SAC) d as empresas prod u toras d e pi lh as, bateri as, lmpad as, pneu s e prod u tos q u mi cos ou txi cosDevese saber se as empresas publicam o Balano Ambiental, que deve conter dados sobre o destino e tratamento de efluentes e de emisses atmosfri cas, entre outras medidas preventivas de responsabilidade integral dos produtores.5 2 . Exi j a d o mu ni cpi o programas d e revi tali zao d os ri os e parti ci pe d os Comi ts G estores d as Baci as H i d rogrfi cas necessrio que as nascentes e calhas dos rios estejam bem protegidas para que continuem a fornecer gua para as cidades.Prticas Sustentveis 3 edio 23 21. 2.3. Transporte coletivo e carrosUm dos grandes responsveis pelo aquecimento global o crescimento da frota automobilstica movida a combustveis fsseis, como o diesel e a gasolina. Com o barateamento da modeobra, o emergente mercado asitico e os financi amentos facilitados, o automvel est mais acessvel. Imaginem se todos inventas sem de ter um veculo movido a combustvel fssil?5 3 . Pressi one e aj u d e a constru i r polti cas p bli cas pela melh ori a no transporte p bli co, cri ao d e ci clovi as e i nvesti mento em novas frotas d e carros com energi as re- novvei s no transporte5 4. Prati q u e o Eco-Dri veA maneira como usamos os veculos contribui para o au mento das emisses de CO2. Por isso, foi criado o movimento Eco Drive, que pretende ensinar os motoristas a dirigir de forma me nosimpactante,diminuindoo consumo de combustvel, as e misses de poluentes e aumentando a segurana no trnsito. O movimento defen de que nos ltimos anos a tecnologia dos motores e a performance dos automveis evoluram rapidamente, mas os motoristas no adaptaram o estilo de direo. A di reo ecolgica se adapta tecnologia moderna dos motores e diminui o con sumo de combustvel de 5 a 10%.5 5 . And e mai s a pAlgumas distncias so curtas demais para ir de carro. Alm de diminuir a emisso de CO2, voc ainda contribui para a promoo da sade fsica e ambiental.5 6. Locomova-se d e bi ci cleta!Sem dvida, a forma mais ecolgica de direo a bicicleta. Sempre que possvel, utilizea.5 7. Opte pelo transporte p bli coCaso haja a impossibilidade de se mover de bicicleta, opte pelo transporte pblico, moto e por ltimo o carro.Prticas Sustentveis 3 edio25 22. Diretrizes para dirigir de maneira Ecoeficiente 5 8. M anter a veloci d ad e sempre com bai xo gi ro, u sand o a mai or march a possvel Portanto, mude para a marcha mais alta assim que possvel. 5 9. M antenha u ma veloci d ad e constante 60. Faa u so d os d i sposi ti vos i nstalad os para pou par combu stvel Como computadores de bordo,econmetros e controladores de velocidade. 61 . Li vre-se d o excesso d e peso d entro d o vecu lo 62 . M u d e as march as d a 1 para a 3 em u m passo 63 . Desli gu e o motor em parad as cu rtas (1 mi nu to) 64. Evi te aceleraes e frenagens d esnecessri as No seja um p de breque! Isso fica mais fcil se voc antecipar o trfego frente. 65 . Li bere o ped al d o acelerad or em d esci d as 66. Cheq u e q u i nzenalmente o leo, fi ltros e a gu a d o rad i ad or 67. Olhe semanalmente os pneu s Manter os pneus calibrados pode diminuir o consumo de combustvel em mais de 3%. Cada litro economizado evita que 3 kg de dixido de carbono subam para a atmosfera. 68. M antenha sempre regu lad o seu carbu rad or ou i nj eo eletrni ca Essa manuteno economiza a vida til do motor, emite menos poluio e o carro fica mais econmico. Procure oficinas e mea a emisso de poluentes que sai do escapamento do seu carro. Caso esteja acima da mdia permitida, revise ou troque o catalisador do escapamento. Ele um importante filtro dos gases pre judiciais ao aquecimento global. importante que o motorista seja consciente de que a maneira como ele dirige refletediretamente no consumo de combustvel, e que dirigir de maneira mais suave umaforma fcil para contribuir com o meio ambiente e com a paz no trnsito.26Prticas Sustentveis 3 edio 23. 69. U se menos o carroA cada quilmetro que deixar de percorrer de carro voc evita a emisso de cerca de 300 gramas de dixido de carbono.70. N o troq u e o leo d o carro na ru a ou em ofi ci nas ond e no sai ba o d esti no d ad o a eleleojogado no chopodese infiltrar no solo e contaminar mananciais. Uma lata de um litro de leo para motor capaz de poluir um milho de litros de gua potvel.71 . Opte por carros com motor flexUtilizando combustveis menos po luentes, como lcool ou gs natural, voc evita que toneladas de CO2 sejam emitidos.72 . Pegu e caronaAo se dirigir ao trabalho, eventos, seminrios, aulas ou viagens, procure saber quem vai de carro. Voc pode criar uma rede de carona solidria. Nas gran des capitais, a grande maioria dos veculos particulares circula com uma ou duas pessoas no mximo. Cadastrese na Rede Carona www.caronas.com.br.73 . N a hora d e abastecer, prefi ra postos d e gasoli na naci onai sAlgumas multinacionais petrolferas so grandes impactadoras ambientais mundo afora e, ainda por cima, financiam guerras.74. Em vez d e pensar em trocar d e carro tod o ano, cu i d e d o seu vecu lo com cari nhoAssim, voc no estimula o aumento da produo automotiva e os im pactos envolvidos nesse ciclo.75 . Tenha sempre u m saco d e li xo no carro e nu nca j ogu e li xo na ru a ou pela j anelaAlm de falta de educao e cidadania, essa atitude contribui para o dese quilbrio de uma cidade com o entupimento dos bueiros e aumento de doenas causadas pelo lixo acumulado.76. Respei te as regras d e trnsi to e sej a cau teloso nas ru asAs ruas esto caticas devido falta de respeito s leis e ao prximo. Este um dos maiores exemplos de falta de coletividade em nossa sociedade. No con tribua para isso. Seja cauteloso e respeitoso!Prticas Sustentveis 3 edio27 24. 2.4. O lixo como soluoQuanto mais rica a populao, maior a produo de lixo. O europeu, por exemplo, gera entre 1 kg e 1,4 kg de lixo por dia. J o norte americano des carta 2 kg por dia em mdia! O morador de grandes capitais brasileiras produz em torno de 900 gramas diariamente. Independentemente do quanto descartado, quase sempre 35% do lixo poderia ser reciclado, e outros 60% virariam hmus mediante compostagem. Segundo dados do IBGE, somente 14% dos municpios brasileiros possuem aterros sanitrios. Os ou tros 86% depositam os resduos em lixes, o que contamina o solo, a gua e tambm o ar por conta da queima de gases. Apenas 1,5% do lixo orgnico domstico vai para as com posteiras, de acordo com a ONG CEMPRE (www.cempre.org.br). Os outros 98,5% so desperdiados. Resduo orgnico? Transforme-o em terra frtil j!Os restos de sobras de alimentos, conhecidos como lixo orgnico ou mi do, so compostos principalmente por gua (98% da massa de uma folha de alface gua, por exemplo). No processo de decomposio nos lixes, parte desta gua escorre para o solo, o que chamado de chorume (aquele lquido que produz um cheiro ftido e fica no fundo do saco de lixo). Este chorume se infiltra no solo, le vando consigo outros materiais que esto naquele meio (venenos, metais pesados, produtos de limpeza, etc.) at atingir o lenol fretico, o qual formar os rios de onde coletamos a gua poluda para beber. Compostagem caseira: qualquer um pode fazer?Sim! Hoje, novas tecnologias e mtodos de compostagem permitem que at um minsculo apartamento receba uma composteira eficiente e sem odores de sagradveis, de maneira higinica e, o melhor, produzindo adubo para seus vasos sem poluir os lenis freticos.77. Composte os resd u os orgni cos em casaA compostagem um processo natural, impulsionado por bactrias aer bicas (que necessitam de oxignio) e micro organismos geradores da vida que uti liza a matria orgnica restos de vegetais (frutas, cascas, pedaos de legumes e verduras, sobras, etc.) e animais (para quem ainda come eles) e a transformaPrticas Sustentveis 3 edio29 25. em hmus atravs do processo da decomposio. s seguir o exemplo da flo resta, onde observamos que cada resduo, seja ele de origem animal ou vegetal, reaproveitado pelo ecossistema como fonte de alimento para as plantas e micro organismos que sustentam a vida no Planeta Terra. Seguindo o fluxo da natureza, compostamos nossas sobras, damos continuidade formao da vida e destinamos corretamente nossos resduos. O uso de composteiras indicado para quintais, varandas de apartamen tos ou garagens, pois ocupam uma superfcie pequena quando comparadas pilha de composto aberta. COMPOSTAGEM = POSTURA + COMPOSTURA "O mais importante em uma composteira, independentemente do tamanho e forma, que ela permita a circulao de ar e comporte cerca de 1 metro cbico de resduos" afirma o professor Marcelo Jahnel, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de So Paulo. Se for muito alta (mais de 1,5 m), o peso do material deixar a base compactada demais, dificultando o revolvimento e impedindo uma aerao adequada. Se tiver menos de 1 metro de altura ou de largura, perder calor e umidade. Se a largura ultrapassar 1,5 metro, o ar no penetrar no interior do composto. Para tornar isso realidade na sua casa ou apartamento, voc pode estudar os inmeros tipos de composteiras e as formas de compostagem que podem ser feitas artesanalmente ou comprados para facilitar quem no quer colocar a mo na terra. Veja um exemplo de composteira domstica no site do Bicho do Mato: www.ecocentrobichodomato.org De acordo com as disponibilidades de materiais e a criatividade de cada um, podem ser construdos outros tipos de recipientes para compostagem. Voc pode descobrir na prtica que outras medidas tambm funcionam. Construindo a prpria composteira, voc economiza dinheiro, contribui para a sade ambiental e aproveita os materiais disponveis ou de fcil acesso na regio. O importante co mear, pois uma vez experimentados os benefcios da compostagem haver um aumento da conscincia da produo diria de resduos e voc se torna um micro produtor de adubo natural. Na prxima pgina voc pode conferir um passo a passo para produzir a sua prpria composteira.30Prticas Sustentveis 3 edio 26. Primeiro, reserve um recipiente para depositar o lixo orgnico. Em seguida, monte a composteira em um canto com sombra, utilizando madeira velha ou tijolos, caixas de plstico duras ou outro material similar disponvel. Deposite em apenas um dos lados da composteira o material separado e o cubra totalmente o com folhas. Regue o monte para umedecer a camada superficial e cubra a composteira para proteg-la da chuva e do sol direto. Uma vez por semana, transfira o monte de lado para arejar. O material deve esquentar, indicando que a decomposio est de fato ocorrendo. Voc pode adicionar mais material a sempre que achar necessrio. Em aproximadamente dois meses, o composto deve estar pronto. A cor deve estar marrom caf e o cheiro agradvel de terra. COMPOSTVELN O COMPOSTVELCascas de Frutas PlsticosFolhas VidrosRestos de comida TecidoMidos de animaisCouroGravetos MetaisPapel ou papelo sem tinta Papel ou madeira com tintaEstercoIsoporBorra-de-cafPilhas, baterias, etcPrticas Sustentveis 3 edio31 27. 2.5 Alimentao saudvel78. Olhe atentamente o rtu lo d e q u alq u er prod u to comprad o no mercad oVeja se voc conhece os ingredientes que esto no rtulo. Na dvida do que ir ingerir, no compre!79. Procu re saber a i d onei d ad e d a empresa q u e voc est comprand o e, conseq u en- temente, fi nanci and oLembrese: a escolha sua! Voc pode votar no ato de consumir, fazendo assim uma enorme diferena sendo um consumidor consciente.80. Se pu d er escolh er, opte por prod u tos e servi os proveni entes d e empresas na- ci onai s e, sobretu d o, locai s81 . Opte sempre por prod u tos no refi nad os.Acar mascavo, sal marinho, arroz e farinhas integrais, alm de serem mais saudveis, ajudam o meio ambiente por no passarem pelo refino e clarea mento qumico. Para permitir a estocagem prolongada, o arroz branco e a farinha branca perdem, durante o processamento, a casca, o farelo e o grmen. Junto com o farelo e o grmen perdemse a vitamina E, do complexo B, fibras e outros ele mentos vitais.82 . Prefi ra mantei ga margari naA margarina um produto muito didtico quando queremos avaliar de que forma o poder da indstria e da mdia ligada cincia mdica consegue fazer de um produto praticamente no alimentar algo que lota as prateleiras dos super mercados e ainda se passa por alimento de incremento sade. Os seus compo nentes vem se modificando com o passar do tempo, mas foi principalmente aps a sedimentao da indstria qumica alimentar, que iniciou uma guerra santa contra a gordura saturada e os produtos de origem animal, que a margarina ganhou a composio mais prxima da atual, baseandose em extratos oleoginosos vegetais.O processo atual inclui o uso de solventes de petrleo (geralmente o hexano, que bem barato), cido fosfrico, soda. Esta mistura d origem em uma substncia marrom e mal cheirosa, que sofre novo tratamento com cidos clordrico ou sulfrico, altas temperaturas e catalisao com nquel, o que deixa o produto parcialmente hidrogenado. O resultado final um produto de timo prazo de conservao, com textura firme mesmo a temperatura ambiente, que no rana, no pega fungos, no atacado por insetos ou roedores. Enfim um no alimento. Portanto, a manteiga bem mais saudvel do que a margarina.Prticas Sustentveis 3 edio 33 28. 83 . Prefi ra azei te a leoSomente o leo extrado mecanicamente, a frio, como o azeite de oliva, conserva o seu valor biolgico. 84. Consu ma ali mentos orgni cos sempre 85 . Freq u ente as fei ras agroecolgi casCrie o hbito de comprar alimentos orgnicos sem agrotxicos. Se o produto orgnico for comprado di retamente com o produtor, ele pode sair mais barato do que o produto convencional contaminado do mercado. Consulte o guia nacional de feira agroecolgicas em: www.agrisustentavel.com/feiras.htm 86. N o pou pe com a su a sa d e ali mentar Os processos modernos de agricultura e trata mento industrial destroem os elementos vitais e adicionam produtos qumicos que mesmo em pequenas doses so txicos. Invista em bons alimentos. 87. Procu re loj as, fei ras e red es q u e comerci ali zam prod u tos com certi fi cad osOs certificados devem garantir o comrcio Justo, produtos agroecolgicos e biodinmicos, e entre outras iniciativas que beneficiam o meio ambiente e respeitam a relao com o trabalhador.88. D prefernci a s q u i tand as, mercad i nh os e armazns d o seu bai rro (eles esto em ri sco d e exti no)Os grandes hipermercados padronizaram o consumo e descaracterizaram o comrcio local tradicional. 88. Evi te o consu mo d e carne bovi na e d escu bra novos sabores 89.Existem vrias razes para no se consumir carne. Se voc ainda no conseguiu abandonla, conhea a campanha mundial Segunda sem Carne. Para produzir um quilo de carne bovina exigese ao longo de todo o ciclo de vida, morte e transporte do boi, cerca de 15 mil litros de gua. Se uma pessoa come 200 gramas de carne bovina por dia, estar consumindo 3 mil litros de gua. Somando com o consumo domstico, chega a 4 mil litros dirios por pessoa. Calculando o consumo de uma pessoa que vive 70 anos,34Prticas Sustentveis 3 edio 29. multiplicamos 4 mil por 365 dias, teremos 1,44 milhes de litros por ano e 100,8 milhes de litros de gua em 70 anos, a mdia de vida brasileira. Muita gua e impacto ambiental para pouco alimento.O consumo de carne bovina um dos grandes viles do desmatamento devido aos milhes de quilmetros de pastos espalhados pelo planeta. Hoje, cerca de 80% da soja produzida na Amaznia destinada para produzir rao para bois. Enquanto a floresta acaba, a soja cresce para alimentar o gado!88. Prati q u e o vegetari ani smo90.O vegetarianismo uma opo sustentvel e pouco impactante.88.. Compre ovos d e gali nh a d e capoei ra ou cai pi ra91Galinhas e ovos de granja so contaminados com antibiticos e hormnios que os animais engaiolados recebem nas indstrias do frango qumico.88.. Troq u e o refri gerante pelo su co natu ral d a fru ta.92Prestigie nossas frutas tropicais frescas e evite as polpas congeladas. A fruta fresca concentra muito mais vida, minerais e vitaminas.88.. Recu se servi os d e fast-food93Alm do excesso de produtos descartveis, como guardanapos, copos, ca nudos, colherzinhas de plstico, pacotes de catchup, maionese, etc., eles fazem mal a nossa sade fsica e ambiental.88. Evi te ali mentos com excesso d e embalagens94.88.. Cu lti ve ali mentos em casa95Mesmo em pequenos espaos, como apartamentos, voc pode cultivar alguns alimentos. Dessa forma, voc pode economizar no bolso, ter um hobby e ainda contribuir para a promoo de sua sade.88. Faa o canu d i nh o permanente96.Sabe aquele mamoeiro atrs de casa ou no terreno do vizinho? Alm de produzir uma deliciosa e saudvel fruta, fundamental para o trato intestinal, seus talos podem ser cortados e serem modelados como canudinhos orgnicos e outros utenslios criativos, com razovel durabilidade. O sabor fica mais gostoso e voc e vita a produo de lixo.97.88. Opte por ali mentos q u e no sej am transgni cos O que um transgnico?Transgnicos, ou organismos geneticamente modificados (OGM), so seres vivos criados em laboratrio a partir de cruzamentos que jamais aconteceriam naPrticas Sustentveis 3 edio 35 30. natureza: planta com bactria, animal com inseto, bactria com vrus, etc. Uti lizando uma tcnica que permite cortar genes de uma determinada espcie e col los em outra, os cientistas criam organismos totalmente novos com caractersticas especficas. A soja Roundup Ready, da Transnacional Monsanto, por exemplo, rece beu genes de um vrus, duas bactrias e uma flor para se tornar resistente ao agrotxico vendido pela prpria empresa. No confunda transgenia com melhoramento gentico. Este um processo utilizado em plantas e animais para a obteno de indivduos ou populaes com certas caracters- ticas desejveis, sendo uma tcnica que desenvolve cruzamentos dentro da prpria espcie, ou seja, milho com milho, soja com soja, arroz com arroz, etc. Que tipos de transgnicos existem hoje no mundo? Desde o incio da utilizao dos transgnicos em larga escala, em 1997, apenas trs tipos foram adotados comercialmente: os transgnicos para resistir a um determinado agrotxico os transgnicos criados para terem propriedades inseticidas e os transgnicos que combinam essas duas caractersticas. Muitas pessoas acreditam que os OGMs foram criados para produzir mais, ou para ter mais nutrientes, ou ainda para resistir a chuvas, secas e temperaturas extremas. No entanto, depois de mais de 10 anos da primeira plantao comercial de transgnicos, nada disso se confirmou. Essas variedades at foram estudadas em laboratrio, mas nunca chegaram a ser comercializadas. Os 7 pecados capitais dos transgnicos 1. Contaminao gentica Agricultores que queiram se dedicar ao cultivo convencional ou orgnico j sabem: se houver alguma plantao transgnica nas redondezas, a contaminao garantida e a misso tornase impossvel. Tem sido assim nos Estados Unidos, onde tudo comeou, na Europa, Argentina e sul do Brasil. Devido contaminao, os agricultores acumulam prejuzos ao perderem o direito de vender suas safras convencionais e/ou orgnicas. 2. Ameaa biodiversidade A contaminao gentica pode ter tambm um efeito devastador na biodi versidade do planeta. Ao liberar organismos geneticamente modificados na nature za, colocamos em risco variedades nativas de sementes que vm sendo cultiva36 Prticas Sustentveis 3 edio 31. das h milnios pela humanidade. Alm disso, eles podem afetar diretamente seres vivos que habitam o entorno das plantaes, conforme indicam estudos cientficos, como o caso das borboletas monarcas, que no so alvo da planta transgnica inseticida mas so atingidas.3. Dependncia dos agricultoresA empresa de biotecnologia Monsanto hoje a maior produtora de semen tes convencionais e transgnicas do mundo. Alm disso, tambm uma das maio res fabricantes de herbicidas, com destaque para o Roundup, muito utilizado em plantaes de soja geneticamente modificada no sul do Brasil. Com essa venda ca sada semente transgnica mais o herbicida ao qual a planta resistente os a gricultores ficam presos num ciclo vicioso, totalmente dependentes de poucas empresas e das polticas de preos adotadas por elas.Outro grande problema verificado nos pases que tm adotado os trans gnicos, principalmente os Estados Unidos e a Argentina, a propriedade intelectual exercida pelas empresas sobre as sementes transgnicas. O agricultor proibido de guardar sementes de um ano para o outro, podendo sofrer pesados processos caso faa isso, e ainda corre o risco de ser processado de qualquer maneira caso a sua plantao sofra contaminao gentica de outra transgnica.4. Baixa produtividade Os argumentos de quem defende os transgnicos como soluo para a crise alimentar que vivemos vm caindo por terra dia aps dia. Os transgnicos j se mostraram pouco competitivos economicamente e recentes estudos promovidos por universidades americanas comprovaram que variedades transgnicas so at 15% menos produtivas do que as convencionais. Confrontadas com os resultados das pesquisas, empresas de biotecnologia admitiram que seus transgnicos no foram criados para serem mais produtivos, mas sim para serem resistentes aos agrotxicos fabricados por elas mesmas. Em um primeiro momento, ocultivo dos alimentos transgnicos podeat ser mais rentvel e produtivo em relao aos cultivos convencionais ouorgnicoecolgicos. Porm, a mdio elongo prazo, visvel uma reduo napruoduo e um aumento significativonos preos dos insumos como o glifosato, principal herbicida usado nestetipo de plantao.Prticas Sustentveis 3 edio 37 32. 5. Desrespeito ao consumidor (rotulagem)O Brasil tem uma lei de rotulagem, em vigor desde 2004, que obriga os fabricantes de alimentos a rotular as embalagens de todo produto que usa 1% ou mais de matriaprima transgnica. No entanto, apenas duas empresas de leo de soja rotulam algumas de suas marcas do produto e apenas depois de terem sido acionadas judicialmente pelo Ministrio Pblico. H milhares de produtos nas prate leiras dos supermercados brasileiros que chegam mesa das pessoas sem a devida informao sobre o uso de substncias geneticamente modificadas, numa afronta direta lei e num claro desrespeito ao consumidor.6. Uso excessivo de herbicidaO caso da Argentina emblemtico: depois que os transgnicos comea ram a ser plantados em suas terras, o consumo de herbicida explodiu. A explicao simples: como os transgnicos so resistentes a um tipo especfico de herbicida, o agricultor o utiliza cada vez mais para proteger sua plantao contra pragas. Com o tempo, no entanto, esse uso excessivo provoca problemas no solo, nos traba lhadores e promove o surgimento de pragas resistentes ao herbicida, exigindo mais e mais aplicaes.7. Ameaa sade humanaNo existem estudos cientficos que comprovem a segurana dos trans gnicos para a sade humana. Apesar de exigidos por governos de todo o mundo, as empresas de biotecnologia nunca conseguiram apresentar relatrios nesse sentido e ainda assim seus produtos so aprovados. Por outro lado, alguns estu dos independentes indicaram problemas srios, como alteraes de rgos internos (rins e fgado) de cobaias alimentadas com milho transgnico MON863 da empresa Monsanto.No Brasil, infelizmente, no existe o mesmo cuidado. A Comisso Tcnica Nacional de Biossegurana (CTNBio), responsvel pela aprovao de transgnicos no pas, vem dando sinal verde para variedades que enfrentam grande resistncia em outros pases, como no caso do milho MON810 da Monsanto, proibido na Europa e liberado no Brasil.38Prticas Sustentveis 3 edio 33. 2.6 Bebs ecolgicos (EcoBebs)Ao chegar ao Planeta Terra, os bebs j imprimem uma grande pegada ecolgica. O prprio ato de parir/nascer j se descaracteriza do natural. O Brasil possui um triste recorde: o campeo em cesarianas (um parto nada ecolgico e nada natural), atingindo cerca de 90% na rede privada a grande maioria destas desnecessria e com dia e hora marcada. Esse dado reflete o modo como nossa sociedade est inorganicamente se relacionando com o mundo. O imediatismo e a praticidade se tornaram fontes de desconexo com o sagro ato de nascer. No bastasse um nascimento intervencionista, ao longo de ao menos trs anos, o beb j chega fadado a consumir milhares de fraldas descartveis, centenas de quilos de plstico, quilmetros de latas de alumnio e vrias superficialidades empurradas para os papais e mames que vivem hoje em rit mo frentico nas cidades, aumentando os n dices do hiperconsumo insustentvel e des necessrio.Este captulo alerta para o perigo da artificializao da infncia e demonstra alter nativas para que, desde o nascimento, esses pequenos e lindos anjinhos sejam exemplos de ecobebs. 88. Opte por frald as d e pano 98.Dados relevantes sobre as fraldas descartveis: um beb utiliza em mdia 124 fraldas descartveis por ms, totalizando uma mdia de 3.000 (trs mil) fraldas em dois anos de vida. Existem papais e mames que abusam aumentando a mdia para 5.000 (cinco mil) fraldas! S nos EUA, vo para o lixo 18 bilhes de fraldas descartveis por ano. Uma vez utilizadas, cerca de 90% delas entram no ciclo do lixo caseiro e vo parar em lixes ou aterros, criando de imediato um problema de sade pblica.Anualmente, so desperdiadas 100.000 toneladas de plstico e 800.000 toneladas de polpa de rvores (celulose utilizada na fabricao das fraldas descartveis). So necessrios de 400 a 800 kg de pasta de papel (celulose) para sustentar um beb, em termos de fraldas, durante dois anos. Por outro lado, optando pelas fraldas de pano, utilizase 5 kg de algodo para dois anos de fraldas! Esse um meio significativo de reduzir o consumo de petrleo.40 Prticas Sustentveis 3 edio 34. De acordo com a CDC (Cotton Diaper Coalition), so necessrias quantidades macias de gua para transformar a polpa da madeira (celulose) em papel para descartveis. A produo de uma fralda descartvel tem um preo ambiental muito elevado em termos de gua e energia. Pense nisso antes de comprar a prxima! Voc sabia?At o incio dos anos 80 a grande maioria dos bebs utilizava somente fraldas de pano. Hoje, devido busca de praticidade de pais e mes ocupados, as fraldas de pano esto esquecidas e as descartveis correspondem a mais de 90% das vendas no Brasil.O EcoBeb utiliza fraldas de pano. Ele diminui sua pegada ecolgica e contribui efetivamente para a diminuio dos lixes. Lembre-se que um dia, ele ir crescer e no ficar satisfeito com a pegada ecolgica que os papais e mames lhe imprimiram.99.88. Di mi nu a o consu mo d e frald as d escartvei sMesmo que voc no consiga utilizar somente fraldas de pano, faa um esforo e tente usar ao menos 50% para oferecer uma melhor qualidade de vida ao seu beb e ao planeta. As fraldas de pano so a melhor opo para a sua criana porque no h contato da pele com substncias qumicas e at mesmo cance rgenas. O tecido leva 1 ano para se decompor, enquanto o plstico pode demorar at 600 anos. 188. Amamente!00.O aleitamento materno um direito do beb e um dever da me. At os 6 meses alimenteo exclusivamente com o leite materno. Essa atitude o proteger de doenas e o deixar mais esperto e saudvel. Evite o pseudo leite de vaca em p! 188. . I nforme-se sobre os benefci os d o parto natu ral01Se tiver condies, essa a mais linda, segura e mgica forma de trazer seu filho ao mundo. 188. . Ateno aos proced i mentos pad res d os h ospi tai s02Alguns procedimentos so de rotina e foram instaurados h muito tempo atrs. A maioria dos profissionais de sade no questiona a eficcia e pertinncia dos mesmos, submetendo a mulher e o beb desnecessariamente a procedimentos agressivos. A busca de informao pelo casal grvido a melhor alternativa para se evitar procedimentos desnecessrios pelo mdico.Prticas Sustentveis 3 edio 41 35. 188. . Opte por parto natu ral03 A artificializao do parto/nascimento trs diversas consequncias para a me e o beb. Opte pelo nascimento orgnico, sem hora marcada, seguindo os ci clos naturais da relao me e filho. 188. Evi te as comi d as i nd u stri ali zad as04. Faa voc mesmo (a) as papinhas com legumes frescos sem agrotxicos. Use o mnimo de sal e acar, tendo como base o arroz integral e leguminosas (fei jo, lentilha, ervilha, vagem). A sade do seu beb agradece! 188. . Para assad u ras, u ti li ze o ami d o d e mi lh o05 mais barato, natural e mais eficiente que os talcos vendidos nas farm cias repletos de ingredientes artificialmente cheirosos. 188. Prefi ra pomad as natu rai s, como as d e calnd u la ou leos essenci ai s pu ros06. 188. Bu sq u e u m ped i atra homeopata07. Evite medicar seu filho com drogas qumicas. Lembrese de que o organis mo do beb sensvel e qualquer medicao deve ser ponderada. 188. Estu d e e u ti li ze os med i camentos fi toterpi cos08. 188. Evi te fu mar, zangar-se ou d i scu ti r na frente d o seu fi lho09. As crianas so espelhos e refletem as aes dos seus pais. Lembrese sempre disso! 188. Amor, cari nh o, d ed i cao, paci nci a e boa ed u cao so valores fu nd amentai s1 0. para q u e seu fi lho se torne u m ci d ad o consci ente, contri bu i nd o para u m mu nd o melhor 188. . Sai a d a roti na!11 O dia a dia pode desgastar um relacionamento. Passeie, viaje, v ao cine ma, faa trilhas, curta uma praia e entenda que algumas simples vivncias podem imprimir laos de afeto e carinho por toda uma vida.42 Prticas Sustentveis 3 edio 36. 2.7 Solues alternativas para limpeza e higiene pessoalFaa as contas e veja o quanto voc gasta por ms comprando produtos de limpeza. A grande maioria deles no biodegradvel e contamina o solo, a gua e o ar. Alm disso, so prejudiciais sade quando ingeridos acidentalmente, inalados ou em contato com os olhos.Por sua vez, a maioria dos produtos de higiene pessoal tambm no bio degradvel, so testados em animais e possuem diversas substancias prejudiciais. 188. . Prefi ra empresas q u e no u ti li za ani mai s como cobai as12 188. . Faa voc mesmo os seu s prod u tos d e u so d i ri o13 Receitas caseiras ecologicamente corretas de produtos de limpezaAs dicas a seguir so sugestes para a substituio de alguns produtos qumicos vendidos nos mercados por receitas caseiras, econmicas e sustentveis para o planeta e para a sade humana. No comeo, pode parecer estranho, mas com o tempo e com o dinheiro economizado, essas receitas iro fazer parte do seu cotidiano e cada qual adaptar e criar receitas novas e mais ecoeficientes. 188. Li mpa tu d o1 4.Soluo de quatro colheres de sopa de bicarbonato de sdio em um litro de gua fervida. Adicione uma colher de sopa de vinagre branco, ou suco de limo, para dissolver a gordura. 188. . Desentu pi r pi a15Jogue no ralo um punhado de bicarbonato de sdio, algumas colheres de vinagre branco e gua fervente. Aquele conhecido refrigerante a base de cola faz o servio, mas no nada sustentvel. 188. Li mpar vi d ro1 6.Passe uma soluo de gua e vinagre, e depois use jornal para dar brilho. 188. Para encerar1 7.Misture uma parte de leo vegetal, como a linhaa, com outra de suco de limo ou vinagre. Aplique com uma flanela. 188. Para lu strar mvei s1 8.Faa uma soluo de uma parte de suco de limo e duas partes de leo vegetal. D brilho com uma flanela.44 Prticas Sustentveis 3 edio 37. 188. Desi nfetante sani tri o1 9.Misture bicarbonato de sdio com vinagre, gua fervente e cascas de li mo ou laranja. 188. Detergente2 0.Ingredientes: 500 gramas de sabo de coco, suco de dois limes, 4 colheres de amonaco e 4 litros de gua.Modo de preparar: raspe o sabo de coco e dilua em 2 litros de gua quente. Junte a gua restante, coloque o suco dos limes e o amonaco, mexa bem e guarde em garrafas de vidro escuras, tampadas e com identificao. 188. . Ti rar manchas21Gordura: mistura de gua quente com sabo e umas gotas de detergente (de preferncia ao biodegradvel). Lavar e, se restar algum vestgio, polvilhar talco e deixar por algumas horas esfregar um pedao de cebola tambm ajuda.Frutas, doces e tintas: esfregue lcool ou vinagre branco. Manchas de tinta de caneta devem ser lavadas com leite. 188. . Espantar moscas e mosq u i tos22Folhas de louro, eucalipto e manjerico, maceradas em gua ou espalha das pelo ambiente sacos de plstico pendurados transparentes com gua ajudam. 188. . Evi tar traas23Cnfora substitui a txica e mal cheirosa naftalina: to eficiente quanto e mais sustentvel. 188. U mi d ad e no armri o2 4.Colocar um pedao de carvo vegetal em uma tigela de vidro no armrio. 188. . Amaci ar rou pas25Ingredientes: 5 litros de gua, 4 colheres de glicerina, 1 sabonete ralado (quanto mais perfumado, melhor), 2 colheres de sopa de leite de rosas.Modo de preparar: ferver 1 litro de gua com o sabonete ralado at dis solver, acrescentar mais 4 litros de gua fria, as 04 colheres de glicerina e as duas de leite de rosas, mexer bem at misturar e depois engarrafar. Algumas pessoas tm utilizado somente a glicerina, a gua e uma essncia de perfume natural. 188. Repeli r i nsetos2 6.O leo de citronela pode ser utilizado em difusores, tendose o cuidado de apliclo algumas horas antes do ambiente ser ocupado, pois o leo ctrico e pode causar mal estar. Hoje em dia fcil encontrar sprays/incensos base de citronela.Prticas Sustentveis 3 edio 45 38. 188. N o u ti li ze i nseti ci d as aerossi s2 7.Eles so caros, poluentes e prejudiciais sade se inalados. 188. Resgate u m costu me d os nossos avs: troq u e o d etergente pelo sabo d e coco2 8.Alm de poluir menos, verstil na cozinha, no banheiro e na lavanderia. 188. Aposente o sabo em p e experi mente a Bola M gi ca2 9.A Bola Mgica uma descoberta cientfica (nanotecnologia) que atua de forma natural na lavagem de nossas roupas e louas, melhorando a nossa sade, bem estar e a proteo do meio ambiente. um produto cientfico inovador e substitui o sabo em p. Informaes em: www.ecocentrobichodomato.org. Receitas caseiras ecologicamente corretas de produtos de higiene pessoal 188. Experi mente o p d ental como alternati va pasta d e d ente3 0.Misture p de ju com p de menta, canela ou cravo. A proporo de 70% para o ju e os outros 30% ficam conforme o paladar. Essa frmula eco nmica, gostosa, no possui alumnio e flor como as pastas tradicionais. 188. . Sabonete corporal31Ingredientes: base de glicerina slida, ch de ervas (a escolha), essncia (a escolha), frmas para sabonete, panela de gata e esptula.Modo de preparo: na panela de gata, dissolva 250g de base de glicerina em banhomaria. Quando derreter basta acrescentar 10 ml do ch e 3 ml da essncia. Despeje nas frmas, espere secar e desfrute! 188. . Xampu32Ingredientes: 200 ml de base para xampu (ver se natural porque os comerciais so cheios de molculas aritificiais), 1 L de gua destilada, 20 ml de essncia, 5 ml de extrato vegetal, corante base de gua, embalagem de plstico ou de vidro com vlvula.Modo de preparo: coloque no copo graduado a base de xampu e mexa com a gua destilada. Em seguida, acrescente a essncia e o extrato vegetal e mexa bastante. Por fim, adicione o corante aos poucos e continue misturando. Deixe em repouso at que no tenha mais espuma na superfcie. Envase na embalagem.46 Prticas Sustentveis 3 edio 39. 188. . Cond i ci onad or33 Ingredientes: 1 kg de base para condicionador de enxgue, 10 ml de essncia de algas marinhas, 15 ml de extrato vegetal de algas marinhas, gotas de corante cosmtico para condicionador na cor azul, potes para embalar produtos. Modo de preparo: em um recipiente, misture a base do condicionador, acrescente a essncia, o extrato vegetal e o corante (se desejar) e misture bem. Envase em potes apropriados e deixe macerar por trs dias antes de usar. 188. Aromati zante d e ambi ente3 4. Ingredientes: copo graduado de vidro para 1000 ml, basto de vidro, 300 ml de gua destilada, 10 ml de lcool de cereais, 3 colheres de caf (rasas) de essncia de bergamota, 2 colheres de caf (rasas) de essncia de canela, frasco de vidro com vlvula spray. Modo de preparo: coloque a gua e o lcool em um recipiente de vidro. Acrescente as essncias mexendo at o produto ficar homogneo. Ponha no frasco com a vlvula de spray. Deixe descansar por dois dias antes de usar, para que os elementos se incorporem. 188. . leo corporal para massagem35 Ingredientes: 1 ampola de vitamina A, 15 ml de amndoa doce, 10 gotas da essncia de sua preferncia, leo de semente de uva, recipiente de vidro, frasco de vidro. Modo de preparo: num recipiente de vidro, despeje a ampola de vitamina A, acrescente o leo de amndoas doce, a essncia desejada, junte o leo de semente de uva e misture bem, por aproximadamente 30 minutos. 188. Desod orante3 6. Ingredientes: 100 ml de gua deionizada, 20g de bicarbonato de sdio, 20 ml de lcool de cereais, essncia de sua preferncia. Modo de preparo: misture tudo em um frasco e agite bem antes de usar.Prticas Sustentveis 3 edio 47 40. 2.7 A reconexo das mulheres com a Me Terra Por Kali nne Ri bei roO sangue menstrual o sangue da vida, ele irriga todo o tero no mo mento da fecundao do vulo. Ao longo dos tempos, a sociedade patriarcal gerou nas mulheres uma averso ao seu prprio sangue, uma repugnncia ilusria, que se reflete tambm, na atual rejeio social maternidade. Como todas as fmeas mamferas sangram, naturalmente seguimos o fluxo da sabedoria divina do corpo humano. O sangue nos reequilibra e realinha a nossa conexo e comunicao com a Terra.A Me Terra nutre, acolhe e nos fortalece, e como mulheres ns temos o dom de poder devolver Terra, em gratido, um pouco da nutrio oferecida, entregando a Ela o nosso sangue.Os absorventes descartveis, juntandose ao time das fraldas, agravam o problema dos lixes. Certas partes do absorvente podem levar at 100 anos para se decompor. Cada mulher usa em torno de 10 mil absorventes descartveis ao longo de sua vida frtil. Haja lixo e energia para essa produo. S nos Estados Unidos so jogados fora 12 bilhes de absorventes e 7 bilhes de tampes por ano. 188. Ad ote os absorventes reu ti li zvei s, como os abi osorventes ou copo menstru al3 7.Os copos menstruais duram at oito anos, o que representa uma econo mia razovel de dinheiro que iria direto para o lixo na forma de absorventes des cartveis, financiando grandes multinacionais. Seu bolso, sua sade e a natureza agradecem!Os abiosorventes so feitos depano como na poca da vov.So feitos de algodo, comtoalhas internase externas (presas com elstico), que absorvem o fluxo e permite uma nova relao com o corpo e com o sangue menstrual. Para saber mais detalhes, acesse o site www.fiodaterra.wordpress.comO seu uso promove a prtica da ecologia feminina com a renovao do ciclo com a energia da Terra, possibilitando criar, assim, uma conexo mais sau dvel e uma comunicao mais materna com a Terra ao devolver Ela a nutrio que ela nos oferta atravs do nosso sangue.Confira as vantagens de usar abiosorventes:Prticas Sustentveis 3 edio49 41. Para o planeta Reduzi a quantidade de lixo no reciclvel; Nutre a terra com o sangue sagrado do ventre; Boicota indstrias de absorventes descartveis que causam impacto ambiental; Evita a produo de plstico, reduzindo assim o consumo do petrleo; Diminui a pegada ecolgica pessoal.Para a sade da mulher Evita o contato da pele com substncias cancergenas; Diminui o risco de alergias e infeces na pele (devido s substncias qumicas); Reduzindo as clicas menstruais (com uma nova conexo com a Me Terra); Reduzindo a quantidade do fluxo menstrual.188. Experi mente os copos menstru ai s 3 8. J os copos menstruais foram desenvolvidos recentemente e so fabricados com silicone cirrgico, o qual pode ser lavado e secado a cada troca. Superprticos e simples. Conhea e experimente essa tecnologia sustentvel feminina:www.teardoventre.wordpress.com 42. 2.8 Reforme e construa sua morada de forma sustentvel 188. Antes d e reformar ou constru i r, pesq u i se alternati vas, como a Bi oconstru o3 9.Esta forma de construo aproveita os recursos locais e recicla inmeros materiais que, em uma concepo de arquitetura convencional, no seriam aceitos. Estude sempre o fluxo dos ventos, a entrada do Sol e pesquise modelos de casas sustentveis. Pesquise empresas na sua cidade que trabalham dessa maneira. Em Pernambuco existe o Coletivo CASA: www.coletivocasa.blogspot.com 188. Colete a gu a d o telh ad o em u ma cai xa d gu a40.Voc pode utilizar essa gua para diversos fins, como regar plantas. 188. . Exi j a o Selo FSC (Forest Steward sh i p Cou nci l) ao comprar mad ei ra41Este selo comprova que a madeira proveniente de um manejo susten tvel e no do corte predatrio. No site do FSC (www.fsc.org.br) h uma lista com pleta de florestas e empresas certificadas pelo selo, confira. 188. . I nstale u m aq u eced or solar para o ch u vei ro42A economia de energia eltrica proporciona um retorno do investimento, em mdia de 10 anos. 188. . Dei xe reas permevei s no terreno, como gramad os43Isso reduz a necessidade de captao de gua pluvial pela Prefeitura, alm de melhorar a recomposio dos aquferos subterrneos e reduzir os efeitos de enchentes. 188. Ad ote as tornei ras com presso e vlvu las au tomti cas44.Elas economizam gua e limpam com maior presso as mos. 188. . Pi nte os cmod os d a casa com cores claras45Cores escuras absorvem luz, e as claras a refletem, deixando o ambiente mais agradvel. 188. Se possvel, i nstale sensores d e ocu pao nos cmod os46.Assim no h jeito de esquecer as luzes acesas ao desocupar o cmodo. 188. Troq u e a d escarga com vlvu las por aq u elas q u e acompanham cai xas d e 6 li tros 47. d e gu aA descarga de vlvula gasta de 10 a 20 litros quando acionada. 188. I nstale telhas transparentes para a entrad a d e lu z d u rante o d i a48.Assim, voc evita ligar as luzes durante o dia sem necessidade.Prticas Sustentveis 3 edio 51 43. 188. Proj ete a casa com abertu ras para a ci rcu lao d o vento 49. Hoje em dia, as casas so projetadas apenas se pensando no aspectoesttico. No se esquea da funcionalidade.188. Prefi ra ti j olos ecolgi cos, assi m como os d e solo ci mento ou reu ti li zad os 5 0.188. . I nstale u m j ard i m no telh ad o 51 O chamado telhado vivo simplesmente um jardim no topo de sua casa.Muito utilizado mundo afora, possibilita um maior arejamento da parte interna dacasa, com um resfriamento de at 5 graus, alm de dar um timo visual e umarea para se plantar. 44. 2.9 Voc j plantou uma rvore?Uma reflexo e um conviteSe cada brasileiro vier a plantar uma rvore anualmente, sero 190 mi lhes de rvores a mais por ano no pas. Se o mundo todo plantar, sero sete bilhes. Uma rvore em crescimento absorve mais dixido de carbono da atmos fera do que emite, reduzindo os gases responsveis pelo aquecimento global.Comece agora, siga os seguintes passos 1 . QuandoA melhor poca de plantio de mudas no incio da estao chuvosa. Se voc no pode agula, opte por esse perodo. Quando no chove, devese regar de uma a duas vezes ao dia, no incio da manh ou fim de tarde. No inverno, rega se s uma vez ao dia. 2. OndeEscolha um local adequado para a planta. Estude bem a rvore que ir plantar. D preferncia para rvores nativas. As espcies exticas invasoras so a segunda maior causa de perda de biodiversidade no Planeta. Se informe mais sobre as espcies invasoras e nativas no site: www.institutohorus.org.br. 3. ComoFaa uma cova com 60 centmetros de dimetro e igual profundidade. Mis ture a terra que retirou ao composto orgnico (duas partes de terra, para uma de composto) e reserve. Em seguida, rasgue o saquinho onde est a muda (caso con trrio, a raiz no se desenvolver), retirandoa com o torro de terra sem quebrar. Dica: em vez de fazer um nico corte no saquinho, para retirlo, faa vrios, faci litando a retirada do torro. Depois coloque metade da mistura de terra e com posto de volta na cova. No momento do plantio emane energias positivas e menta lize que essa rvore gerar frutos, flores e boa sombra para todos aqueles que ali estiverem. Introduza a muda com o torro na cova e preencha o resto do buraco com a mesma mistura.Para finalizar, pressione um pouco o cho do local plantado para deixar a muda firme. Dica importante: no local da cova, o terreno deve ficar uns dois centmetros abaixo do nvel do solo. Isso facilita regas. A primeira rega j poder ocorrer logo aps o plantio.Uma boa idia cobrir o solo com folhas secas, o que ajudar a manter aPrticas Sustentveis 3 edio 53 45. umidade da terra. Especialmente se o plantio for em rea urbana (numa calada,praa ou jardim) tambm vale colocar uma grade de proteo em torno da rvore,para que ningum quebre a plantinha desavisadamente.Para que a ela cresa reta interessante amarrla a um tutor. Pode atser um cabo de vassoura ou um pedao de madeira reciclado, fixado verticalmenteno cho, logo ao lado da muda. Nunca deixe que o barbante "estrangule" o tronco,atrapalhando o crescimento.188. . Plante o mxi mo d e rvores q u e pu d er, mas sai ba q u al, ond e e como 52 46. 2.1 0 Conduta consciente em ambientes naturais Fonte: M M A (2 003 ) 188. . Vi aj e em gru pos peq u enos d e at 1 0 pessoas53Grupos pequenos se harmonizam melhor com a natureza e causam menos impacto. 188. Evi te vi aj ar para as reas mai s popu lares d u rante feri ad os prolongad os e fri as5 4. 188. . Du rante u ma vi aj em ou passei o, certi fi q u e-se d e q u e voc possu i u ma forma d e55 acond i ci onar seu li xo para traz-lo d e volta 188. Di mi nu a a q u anti d ad e d e li xo, d ei xe em casa as embalagens d esnecessri as5 6. 188. Protej a o patri mni o natu ral e cu ltu ral d os locai s vi si tad os5 7.Respeite as normas existentes e denuncie as agresses observadas. 188. Leve sempre as embalagens d e volta5 8.Embalagens vazias pesam pouco e ocupam espao mnimo na mochila. Se voc pde levar as embalagens cheias na ida, no vai ter dificuldade em trazlas vazias na volta. 1 5. 9. N o q u ei me nem enterre o li xoAs embalagens podem no queimar completamente, e os animais podem cavar o lixo e espalhlo. 188. N o u se sabo nem lave u tensli os em fontes d e gu a60. 188. . Resi sta tentao d e levar lembranas para su a casa61Deixe pedras, artefatos, flores, conchas, etc., onde voc os encontrou, para que outros tambm possam aprecilos. 188. . And e e acampe em si lnci o62Preserve a tranquilidade e a sensao de harmonia que a natureza oferece. Deixe rdios e instrumentos sonoros em casa. 188. . Ti re apenas fotografi as63Deixe apenas suas pegadas, mate apenas o tempo e leve apenas suas memrias. 188. And e sempre nas tri lh as, sem sai r d elas64.As trilhas esto ali com um propsito. Ao sair delas, voc contribui para o aumento da rea degradada e ainda impacta locais antes intocados.Prticas Sustentveis 3 edio 55 47. 188. . Em U ni d ad es d e Conservao, contrate os servi os d os gu i as locai s 65Alm de contribuir para a gerao de renda local, voc no corre o riscode se perder e de sair das trilhas com prejuzo para o ambiente.188. Colabore com a ed u cao d e ou tros vi si tantes 66.Transmita os princpiosde mnimo impacto sempreque houveroportunidade. 48. 2.1 1 Dicas para a cidadania planetriaPaulo Freire nos ensinou que mudar o mundo urgente, difcil e neces srio. Essa mudana, na construo desse outro mundo possvel lema do Frum Social Mundial passa por uma profunda mudana de conscincia de cada indiv duo. Para transformar preciso entender e ler o mundo politicamente, ao lado de conheclo cientificamente, culturalmente e, sobretudo, intervir organizadamente. A construo da Cidadania Planetria alicerada em valores como a Cultura da Paz, Sustentabilidade e Solidariedade, alm de ser, hoje, um conceito que se con trape propositivamente Globalizao, com a chamada Planetarizao. 188. Cri e o sau d vel h bi to d e su bsti tu i r o elevad or pelas escad as67.Alm de economizar energia, voc far bem para a sua sade. 188. Vote! M as vote consci entemente68.Seu voto um forte instrumento de mudana local e global. Lembrese que elegendo pessoas preocupadas com a causa ambiental voc consegue, por consequncia, uma melhor qualidade de vida. 188. Acompanhe, pressi one e cobre os polti cos q u e esto no pod er69.Para que ajam de forma tica na construo de um mundo ambiental mente sustentvel e socialmente justo. 188. Ao presenci ar u m cri me ambi ental, d enu nci e!70.Ligue para o IBAMA ou rgo ambiental do seu municpio ou estado. Ao calarse voc contribui para que esses crimes continuem acontecendo. No se omi ta, faa sua parte! 188. . I nforme-se sobre a legi slao ambi ental e aj u d e para q u e a lei sej a apli cad a71Saiba mais nos portais www.ibama.gov.br e www.mma.gov.br. 188. . Cri e, reavi va e/ou parti ci pe d e associ aes no governamentai s voltad as ao am-72 bi ente, sa d e, ci d ad ani a, cu ltu ra e d i rei tos soci ai s 188. . Ad ote a Pr-Ci clagem73Escolha produtos que no tem no seu ciclo de produo e comercializao um histrico de agresso aos recursos naturais. Incentive cooperativas, micro empresas autogestionadas e coletivas que atuam pela sustentabilidade social e am biental no seu ciclo de produo.Prticas Sustentveis 3 edio 57 49. 188. Aj u d e a proteger as rvores, d enu nci e o corte i legal74.As rvores so de grande importncia para o planeta: so abrigos de in meras espcies, protegem os solos, reduzem a poluio atmosfrica e sonora. As rvores da sua rua, bairro e cidade, so patrimnios pblicos. Lembrese: para po dlas ou cortlas, necessitase de uma autorizao especial. 188. . Boi cote e d enu nci e a vend a d e ani mai s si lvestres, peles ou q u ai sq u er prod u tos75 extrad os d e ani mai sDesestimule esta prtica criminosa. 188. Exi j a q u e as escolas tratem a ci d ad ani a ambi ental com seri ed ad e76.Ajude a construir um modelo de Escola Sustentvel. 188. I ncenti ve os j ovens a segu i r carrei ras cri ad as no setor ambi ental77.Esta rea profissional auspiciosa, transdisciplinar e fundamental para o planeta. Gera novas oportunidades de trabalho que alm de render frutos financeiros podem ajudar a salvar recursos naturais importantes. 188. Parti ci pe d e au d i nci as p bli cas na su a ci d ad e78.Saiba o que est acontecendo na sua cidade e saiba que voc tem o poder de mudar o que no concorda. Nessa ocasio podemos interferir, questionar e at barrar obras sugeridas por grandes empresas. 188. Sai a d a normose controlad a79.Reduza o tempo na frente da televiso, leia mais livros e programe um fim de semana alternativo. Conhea alguma unidade de conservao perto da sua cidade, faa uma trilha, curta uma cachoeira e reavive a cultura do picnic. 188. Apoi e as ci clovi as80.Alm de promover a sade das pessoas, andar de bicicleta reduz a poluio sonora e atmosfrica dos centros urbanos. 188. . Tenha vi so crti ca com a pu bli ci d ad e e marketi ng81O consumo estimulado pela grande mdia no sustentvel, agride o planeta e atrapalha seu poder de deciso criando necessidades desnecessrias. 188. . Aj a localmente, mas tambm globalmente82A Terra faz parte do cosmos e ns somos um pedao da Terra. Somos parte do universo, do todo. Pense e aja localmente como seres componentes do ecossistema, pois somos a teia e fomentadores da cidadania planetria.58Prticas Sustentveis 3 edio 50. 188. . Ad ote a Ahi msa (no vi olnci a no d i aleto snscri to)83Promova a cultura da paz. Em toda a histria da humanidade, nenhuma soluo feliz se conseguiu por meio de processos violentos. 188. . I nvi sta na su a evolu o espi ri tu al84.83O maior desafio para a sustentabilidade humana na Terra a prtica da tica e dos valores humanos. 188. . Constru a u m forno solar em casa e tenha u ma boa economi a8583Alm de ajudar o meio ambiente, voc no se preocupa se o seu alimento vai queimar ou no. uma tecnologia social e ambiental barata e de fcil acesso a todos. Acesse e veja o passo a passo de como construir um forno solar com um custo pequeno e materiais reciclados no site www.br.geocities.com/fornosolar. 188. . Sai a d o cli ch comerci al: evi te os Sh oppi ngs8386.Quando for dar um presente, use a criatividade e procure surpreender com presentes educativos, ecolgicos e artesanais. 1 83 . Reci cle as energi as: faa d a troca soli d ri a e d a d oao hbi tos constantes 87.Muitas roupas, CDs, DVDs, livros, enfeites e outros objetos parados podem ser de grande valia para outras pessoas e, no entanto, acabam criando traas nos armrios e caixas acumuladas em casa. Estimule as feiras de trocas. 188. . Comece o d i a com pensamentos posi ti vos, repletos d e gestos soli d ri os, hu ma-88.83 ni zad os e ecolgi cos 188. . I ncenti ve a prod u o cu ltu ral local89.83Muitas vezes s damos valor ao que de fora e esquecemos que na bior regioem que vivemos existem artistas maravilhosos que precisam ser valorizados.Prticas Sustentveis 3 edio59 51. 2.1 2 Permacultura: caminho para sustentabilidade em ao Por Ad ri ana Ayu bA Permacultura surgiu nos anos 70 com Bill Mollison e seu aluno David Holmgren, que cunhou o termo como agricultura permanente. Dessa forma, a Permacultura surge como uma crtica alternativa aos mtodos convencionais da agricultura da Revoluo Verde com a prerrogativa de que sem uma agricultura sustentvel (permanente) no h a possibilidade de uma ordem social estvel para as futuras geraes. Com pouco tempo, o termo passou a significar Cultura Permanente, j que a cultura como um todo, seja seus mtodos de cultivo, de construo, de educao, de organizao e administrao reflete e dita relao das pessoas e entre elas e a natureza.Sua filosofia se baseia em trs princpios ticos: o cuidado com o planeta, com as pessoas e seres e a repartio de excedentes e consumo consciente dos recursos.Em termos mais prticos, a Perma cultura um sistema de design para a cria o de ambientes, tendo como objetivo o uso de tcnicas ecologicamente corretas, econo micamente viveis e sustentveis, que su pram necessidades humanas sem explorar ou poluir. uma integrao harmoniosa das pessoas com a paisagem, provendo ali mento, energia, abrigo e outras necessidades materiais ou no, de forma a promover a diversidade, estabilidade e resistncia dos ecossistemas naturais. Visase trabalhar com a natureza e no contra ela um trabalho de observao do mundo natural, com concluses transferidas para o ambiente planejado.Dessa forma, sua metodologia baseada em princpios ecolgicos, para produzir um sistema integrado de plantas, animais, gua, edificaes e energia natural, alm de estar baseada numa tica da terra que traz estmulos e solues sociais gerados dentro das prprias comunidades em um processo de desen volvimento endgeno. Assim, percebemos que a Permacultura permeia todos os aspectos dos sistemas ambientais comunitrios, econmicos, sociais e culturais. Cooperao a chave, e no competio!Prticas Sustentveis 3 edio 61 52. A seguir os princpios de design de David Holmgren:01. Observe e interaja;02. Capture e armazene energia;03. Obtenha sempre ganhos;04. Aplique a auto regulao e aceite a retro alimentao (feedback);05. Use e valorize recursos e servios renovveis;06. No produza resduos ou o faa o mnimo possvel;07. Desenhe e planeje a partir dos padres at os detalhes;08. Interaja ao invs de segregar;09. Use solues pequenas e lentas;10. Use e valorize a diversidade;11. Use bordas e valorize o marginal;12. Use a criatividade e responda s mudanas criativamente. Alm dos princpios de design, a Permacultura baseiase em algumas es tratgias para melhor trabalhar com a natureza. So elas: Imitar a natureza: quanto mais se aproxima dela, menos esforo se faz; Localizao relativa: cada elemento se posiciona em relao a outro de forma quese auxiliem mutuamente; Criar o mximo de conexes possveis entre os elementos do ambiente; Permitir que os elementos exeram funes variadas; Permitir que cada funo importante seja apoiada por muitos elementos; Fechar ciclos: quanto mais se fecha ciclos, mais eficiente e estvel o sistema; Usar energias renovveis: preferncia dos recursos biolgicos aos combustveisfsseis; Reciclar energias (humana e combustvel) e tudo o que for possvel; Produzir mais energia do que consumir; Diversificar visando um sistema produtivo e interativo: garantia da estabilidade; Criar parcerias, principalmente com a natureza; mais barato prevenir emergncias do que enfrent-las; Visar cooperao em vez da competio e a integrao em vez da fragmentao. Dessa maneira, as formas pelas quais podemos implementar a tica de cuidado com a Terra so resumidas nas dicas abaixo:62 Prticas Sustentveis 3 edio 53. 90. 188. . Pensar, em longo prazo, sobre as conseq u nci as d e nossas aes83 188. . Planej ar para a Su stentabi li d ad e9183 188. . U ti li zar si stemas bi olgi cos (plantas e ani mai s) e ambi entai s (sol, vento, gu a) 92 83 d e bai xo cu sto energti co para conservar e gerar energi a93 188. . Aj u d ar as pessoas a se tornarem au to-su fi ci entes e promover a responsabi li d ad e83 comu ni tri a94. 188. . Ver solu es e no problemas83 188. . Prati car a d i versi d ad e poli cu ltu ral (oposta monocu ltu ral)9583Seja de ambientes naturais ou construdos seja de culturas humanas ou de culturas vegetais. Isso traz estabilidade e auxilia a estarmos pront