agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

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Agroecologia urbana e práticas sustentáveis Agroecologia urbana e práticas sustentáveis

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Page 1: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

Agroecologia urbanae práticas

sustentáveis

Agroecologia urbanae práticas

sustentáveis

Page 2: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

ÍndiceÍndice

2 Agroecologia urbana e práticas sustentáveis Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 3

3 Expediente

4 Como usar o zine

6 Nasce um fanzine

10 Beneficiamento e armazenamento de sementes

14 Espiral de ervas

16 Produção de húmus de minhoca

20 Resgatando a vida e a fertilidade da terra

24 Desidratador Solar

26 Sabão ecológico

30 Composteira

34 Aproveitando a água da chuva

36 Assento ou sofá feito com material descartáveis

38 Horta vertical e Canteiro Suspenso

42 Uma experiência de agricultura urbana

44 Nossos quintais são Farmácias Vivas

45 Glossário

47 Bibliografia

ExpedienteExpediente

Projeto Bacias Irmãs - BrasilDireção

Miriam DuailibiProf. Dr. Oswaldo Massambani

CoordenaçãoElizabeth Lima

Coordenação AcadêmicaProf. Dr. Dalcio Caron

Prof. Dr. Pedro R. JacobiGerência Executiva

Debora TeixeiraLiviam Cordeiro Beduschi

Mariana Ferraz DuarteGerência Administrativa

Amanndha Pina ScrepantiEstagiários

Bárbara Carvalho GonçalvesBruno Cavalcante

Cristiano Gomes PastorJoyce Brandão

Luis Gustavo Maia Pamela Morimoto

Projeto Bacias Irmãs - Canadá Direção

Prof. Ellie patricia PerkinsProf. Paul Zandbergen

Coordenação Andrea Moraes

Organização da Publicação Textos

Bárbara Carvalho GonçalvesBruno Cavalcante

Cristiano GomesPastor

Textos Coletivo EPARREHAndré Luis Gomes

Angélica M. Pino BustamanteCaio Yamazaki Saravalle

Fernanda Gonçalves SilvaJohn Herbert Badi Zappala

Lucas Blaud CiolaSilvana Maria Ribeiro

IlustraçõesAngélica M. Pino Bustamante

Caio Yamazaki SaravalleLucas Blaud Ciola

Caetano Gonçalves

CapaPaula Coelho

Projeto gráficoGabrielle Navarro

Page 3: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

Como usar o fanzine!Como usar o fanzine!

Benefícios Materiais testados

Aproveitando a água da chuva

Economia na conta de água;

Captação direta da água da chu-va para utilizar no jardim, lavarquintal, roupa, carro;

Para o tubo de captação: gar-rafa pet, bambu, pvc, manguei-ra;

Em média o serhumano gasta

140 litrosde aguapor dia.

Você sabia?

Primeiramente você encontraráo título de cada prática.

Em seguida você encontra os BENEFÍCIOSque ela proporciona e os MATERIAIS TES-TADOS previamente.

Fique sempre atento às DICASe LEMBRETES espalhados aolongo desta publicação. Eles po-dem ser muito úteis!

4 Agroecologia urbana e práticas sustentáveis

HABILIDADESFácilMédioAvançado

GASTOSAté R$30,00Até R$60,00Acima de R$60,00

Manutenção

Implantação

Custo TempoTrabalho

Passo a passo

Você pode aproveitar a água da chuva captada pelas ca-lhas e reservar em baldes, pequenas piscinas, ououtro recipiente que sirva como reservatório;

Cubra a saída do cano com uma redede trama.

Você pode regar a sua horta vertical, canteiro instantâ-neo, composteira, espiral de ervas.

TEMPORápidoUma manhãUm diaMais que um dia

Conexões

Ao longo desta publicação você encontraráalguns símbolos. Eles representam:

Aqui você encontra o PASSO APASSO, explicando como mon-tar ou construir a prática.

Aqui, você encontra as CONEXÕES que estaprática tem com o restante do fanzine e comoutros temas interesantes.

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Page 4: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

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Nasce um FANZINEOs parceiros

O Projeto Bacias Irmãs surgiude uma parceria firmada entre a Uni-versidade de São Paulo; a Universi-dade de York no Canadá e do Institu-to Ecoar para Cidadania. Teve inicioem meados de 2003 e conta com re-cursos da Canadian InternationalDevelopment Agency (CIDA). Estenome foi escolhido por marcar o de-safio de desenvolver ações de inter-venção e pesquisa-ação que não serestringisse somente ao Brasil, mastambém o Canadá. Para a escolhadas bacias hidrográficas piloto o cri-tério utilizado foi à proximidade comos campus universitários: o rioPirajuçara correspondendo aocampus da USP em São Paulo; oPiracicamirim correspondendo aocampus da ESALQ/USP emPiracicaba e o Black Creekcorrespondendo ao campus da Uni-versidade York em Toronto .

Seu principal objetivo foi o de for-talecer a capacidade das entidadesenvolvidas, em construir parceriascom a sociedade civil, visando esti-mular a participação popular nas ins-tâncias de decisão das políticas pú-blicas ambientais e contribuindo as-sim, para o aperfeiçoamento e de-mocratização do gerenciamento dosrecursos hídricos no Brasil. Nestaperspectiva o projeto atuou basica-mente em três frentes prioritárias:

•Caracterização Socioambiental ePesquisa-ação;•Intercâmbio de Estudantes;•Trabalho de intervenção junto aosgrupos comunitários.

Com o intuito de construir umabase de dados mais sólida sobreas bacias, foi desenvolvida umacaracterização socioambiental nasbacias brasileiras, contendo dadosquantitativos e qualitativos (sócio-econômicos, geográficos, etc.),bem como, uma pesquisa de per-cepção socioambiental voltadapara diagnosticar a consciênciaambiental e demandas socio-ambientais das comunidades lo-cais das bacias hidrográficas pilo-to no Brasil.

O trabalho de intervenção nasbacias visou estabelecer parceriascom instituições comunitárias, as-sociações locais, lideranças, agen-tes multiplicadores e poder local.Formaram-se grupos com perfisdiferenciados e com eles foramdesenvolvidas várias atividades deeducação ambiental incluindo cur-sos, palestras, oficinas, caminha-das diagnósticas, visitas técnicase planos de ação a serem coloca-dos em prática na comunidade.Um dos principais objetivos do pro-jeto foi o desenvolvimento de téc-nicas, métodos e materiais peda-gógicos inovadores capazes deestimular a participação comunitá-ria e a educação ambiental, passí-

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vel de serem utilizadas por diferen-tes instituições em diferentes pro-cessos educacionais, além de ex-perimentar e desenvolver ferra-mentas e recursos pedagógicos.

O desenvolvimento deste manu-al de práticas sustentáveis é umaforma de contemplar este objetivo,já que é um material didático ela-borado pelo projeto em parceiracom o coletivo EPARREH. Estematerial visa à apropriação para adisseminação destas técnicas nascomunidades envolvidas ou nãocom o projeto.

O grupo EPARREH (Estudose Práticas Agrícolas e oReencantamento Humano) foi cri-ado em 2004 por jovens que come-çaram a se perguntar, “será que adestruição da natureza tem algu-ma coisa a ver com a falta de amorentre as pessoas?”.

Talvez por morar num lugarcomo São Paulo, todos estavam in-comodados com a distribuição in-justa das riquezas, fome, violênciae também com a poluição do ar,dos rios, a falta de árvores e o ex-cesso de lixo. Resolvemos entãofazer reuniões semanais para es-tudar o caso e começamos peloassunto que parecia mais urgente:a fome.

Descobrimos que a agriculturaque chamam de moderna (com ve-nenos, químicos, tratores etransgênicos) não conseguia aca-bar com a fome e também prejudi-

cava os outros seres vivos da natu-reza.

Para nossa alegria, descobrimostambém que o ser humano já plan-tava muito antes de inventar o vene-no e que havia muitas técnicas sau-dáveis de plantio que começavam aser lembradas, resgatadas e aprimo-radas dentro de um movimento quechamamos de agroecologia.

De repente foi dando uma grandevontade de plantar e assim resolve-mos criar o Projeto Sementes, “Hor-ta Escolar e Alfabetização Ecológicana Escola Estadual Rodolfo José daCosta e Silva” em Embu. Desde en-tão, nunca mais paramos de trocarconhecimentos com todos aquelesque se alegram de plantar seus ali-mentos, colher e partilhar os frutosdesta atividade.

A partir disto, começamos a verque não era só a agricultura que de-via ser ecológica, mas tudo que pre-cisamos para sobreviver deve serecológico: a construção das casas,a energia elétrica, o banheiro queusamos, a relação que temos comas outras pessoas.

Ainda hoje o EPARREH mantématividades regulares de hortas esco-lares e comunitárias em cinco comu-nidades da grande São Paulo, alémde uma horta terapêutica num cen-tro de atenção psicossocial e deze-nas de oficinas em diversos lugaresdo Estado de São Paulo, onde tro-camos nossos saberes.

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A Agroecologia

Mais do que nunca, vivemos ummomento de nossa história no qualo desenvolvimento de práticas agrí-colas sustentáveis se apresentacomo um desafio global. O atualmodelo predominante denominadoagricultura industrial, ou moderna, sedesenvolveu no último século, prin-cipalmente após a segunda guerramundial. Tal modelo agrícola é base-ado no princípio de alta produção vi-sando maior lucratividade. Nessaconcepção não há nenhuma preocu-pação com os prejuízos causadosao meio ambiente, à saúde e aoequilíbrio da vida dos seres humanos,animais e plantas. O uso excessivode adubos e fertilizantes químicossintéticos e agrotóxicos contaminaas águas, os solos, os alimentos econseqüentemente todos os seresvivos causando diversas doenças eum enorme desequilíbrio ecológicoem todo o planeta.

Para corrigir este modelo preda-tório surge a agroecologia, ou agri-cultura ecológica, um novo conceitode agricultura, que contempla os co-nhecimentos das comunidades cam-ponesas tradicionais desprezadaspela agricultura convencional e o quehá de mais avançado em termos deciência e tecnologia para criaragroecossistemas sustentáveis.

Um agroecossistema é um am-biente em que convivem tanto plan-

tas e animais domesticados comoas pessoas que trabalham com opropósito de produzir alimentos eoutros produtos agrícolas saudá-veis para o ser humano e o plane-ta. Assim, a concepção de que aprodução agrícola só é possívelatravés de processos de degrada-ção ambiental é superada.

Com a agroecologia adota-secomo princípio a conservação e aampliação da diversidade dos cul-tivos nas propriedades agrícolascomo base de um sistema de con-vivência chamado de sustentável -ou seja, em que as necessidadeshumanas atuais não impliquem adestruição de recursos naturaisque são vitais para garantir umavida de qualidade para as geraçõesfuturas. Na concepção agroecoló-gica estão presentes várias práti-cas sustentáveis que surgiram apartir de movimentos contrários àagricultura industrial, entre elas:Agricultura Orgânica; Permacul-tura; Agricultura Biodinâmica; Agri-cultura Natural, Bioconstrução etc.

A Agricultura Urbana

As práticas agroecológicas nãose limitam ao ambiente rural. Oambiente urbano apresenta umasérie de possibilidades para a prá-tica da Agricultura Urbana (AU).Consideramos a AU, o conjunto depráticas agrícolas e pecuárias nasáreas urbanas e peri urbanas das

cidades, que compreende tantoáreas com elevado grau deadensamento urbano, como tam-bém áreas com características ru-rais e urbanas.

Dentre as atividades em AU po-demos citar a produção deinsumos: sementes, mudas, adu-bos orgânicos, húmus etc; produ-ção agrícola e pecuária: hortaliças,frutas, plantas aromáticas e medi-cinais, ornamentais, pequenos ani-mais etc; beneficiamento: doces,geléias, temperos, cremes, poma-das, extratos medicinais etc;comercialização: direta, feiras,merendas escolares, restaurantespopulares, entrega em domicílio,supermercados, outras formas deeconomia solidária etc; artesana-to; turismo ecológico.

A AU pode ser praticada em pe-quenos e grandes espaços comoquintais, varandas, terrenos deso-cupados no bairro, pátios de colé-gios, de hospitais, chácaras, sítiosetc. A produção pode ser tanto fa-miliar como coletiva. Um exemplode produção coletiva são as hor-tas comunitárias, nas quais váriosintegrantes da comunidade partici-pam gerando alimentos para suascasas e comercializando o exce-dente.

Para que os potenciais da AUsejam plenamente alcançados énecessária sua inserção no plane-jamento das cidades, tornando-a

uma política pública. Muitos municí-pios já estão seguindo este caminho,como pôr exemplo São Paulo atra-vés da lei que criou o PROAURP(Programa de Agricultura Urbana ePeriurbana do município).

Os benefícios oferecidos pela AUsão múltiplos, entre eles, ambientais:gestão de resíduos urbanos, reflores-tamento das cidades, educaçãoambiental, aumento da permea-bilidade do solo e das áreas verdes,limpeza dos terrenos baldios etc;combate à pobreza: autoprodução dealimentos, geração de renda; segu-rança alimentar e combate à fome;gestão territorial: controle das áreasde risco, cidade produtiva e ecológi-ca etc; construção da cidadania; re-laxamento físico e psicológico etc.

Frente aos desafios e oportunida-des apresentadas, o Projeto BaciasIrmãs e o Coletivo EPARREH firma-ram uma parceria para a elaboraçãodeste material visando à dissemina-ção de diversas práticas que podemser facilmente aplicadas nas áreasurbanas por serem de simples exe-cução e baixo custo. Assim, estematerial é destinado a qualquer pes-soa que, individualmente ou em gru-po, tenha vontade de colocar em prá-tica algumas das alternativas para aconstrução de um planeta sustentá-vel.

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Page 6: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

Beneficiamento earmazenamento de sementes

Materiais testados

Passo a passo

Aproveitamento das sementes dosalimentos consumidos no dia-a-diapara plantio em hortas caseiras oucomunitárias;

Multiplicação de árvores frutíferasno seu quintal, na sua rua, seu bair-ro, sua escola e sua cidade;

O aprendizado ocorre desde o pro-cesso de recolhimento da semen-te, passando pelo plantio até a ger-minação e desenvolvimento daplanta, por isso é considerado umprocesso totalmente educativo;

Garantia de sustentabilidade ali-mentar hoje e para as futuras ge-rações.

Benefícios

Beneficiamento earmazenamento de sementes

Sementes diversas (frutas, legu-mes, vagens etc.);

Papel toalha ou alternativos;

Garrafa PET;

Tinta Preta;

Caixas de leite, pequenos vasosou alternativos;

Terra e areia;

Carvão e cinzas.

Manutenção

Implantação

Custo TempoTrabalho

Recolhendo as sementes:

Abra o fruto com uma faca tomando cuidado para nãodanificar as sementes;

Separe a semente da polpa sem contato com a saliva da boca;

Tire toda a polpa da semente. Não é necessário lavar.

Secando:

Coloque as sementes em um pedaço depapel toalha, guarde na sombra por 15 dias;

Elas estarão secas para armazenarou plantar.

Armazenando:

Coloque as sementes em garrafa PET pintadas depreto com um pedaço de carvão dentro ou cinzas;

Guarde em local seco, arejado e protegidodo sol ou na geladeira (locais frios);

Separe as sementes por tipo (fruta,legume, vagem etc.).

Facilite plantios futuros: organize assementes, colocando nome e data.

Se liga!

Caso a polpa da semente seja difícilde sair, use uma peneira parafacilitar sua retirada.

Se liga!

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Page 7: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

ConexõesPlantando:

Faça furos no fundo da caixa de leite cor-tada pela metade;

Coloque 1 cm de areia;/ Preencha comterra boa, húmus de minhoca ou compos-to orgânico, até 2 cm da borda;

Abra um berço para a semente e coloque-a;

Cubra com terra até 2x seu diâmetro maior,facilitando sua sustentação e seu crescimen-to em direção ao sol;

Cubra a terra com mato seco, pois ajuda a man-ter a umidade necessária para a semente;

Regue e mantenha a umidade da terra;

Quando a planta estiver com 15 cm de alturavocê já poderá colocar em seu quintal, na pra-ça de seu bairro ou doar para uma escola oupara seus vizinhos.

Passo a passo (continuação)

Em locais muito quentes, plante assementes em outros recipientes. Acaixa de leite aquece demais a terrapor ser metalizada internamente.

Se liga!

* Agradecimentos: Da. Eliete Portugal de Mello, moradora do bairro do Embu e partici-pante do Projeto Bacias irmãs. Plantou abacate, mexerica, limão, mamão entre outrasfrutas nas praças do bairro e na escola.

Através desta prática é possível realizar atividades educativasnas escolas, creches, ONGs etc.

Sensibilização ambiental através dos benefícios que as plantastrazem à nossa vida.

A produção de alimentos em casa ou na escola garante umasegurança alimentar e ajuda a recuperar áreas degradadas denossa cidade com o plantio de árvores frutíferas.

É possível também mostrar a reutilização de materiaisdescartáveis para armazenar sementes.

Para plantar pode-se utilizar composto orgânico* e húmus deminhoca* tanto nas embalagens individuais como nos canteirosou berços das mudas de árvores.

*vide prática desta publicação.

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Page 8: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

Espiral de ervas

Benefícios

Manutenção

Implantação

Custo TempoTrabalho

Passo a passo

Farmácia viva: cultivo de remé-dios, temperos e ervas aromáti-cas;

Espanta insetos em casa ou emespaços pequenos;

Aproveita o microclima do seujardim ou outro pedaço de terraonde se plantará para cultivaruma maior diversidade de plan-tas;

Permite a utilização mais efici-ente dos pequenos espaços eo aproveitamento do entulho daregião.

Espiral de ervas

Construa perto da casapara facilitar o acesso àespiral.

Existem plantas quegostam mais de sol eoutras mais de sombra.

Procure observar em qualnível do espiral é maisiluminado e em qual émais sombreado.

Você pode pedirmudas para seusvizinhos e/ou amigospara montar a suaespiral.

Se liga! Utilize um graveto e um pedaço de barbantepara construir um compasso;

Utilize o compasso para limitar o espaçoda base da espiral;

Coloque terra escura no círculo no for-mato de um cone;

Utilize pedras para desenhar a espiralno cone e segurar a terra para que aslaterais não caiam;

Plante as mudas conforme assuas necessidades de água eluminosidade;

ConexõesSe liga!

Pode ser desenvolvida comoatividade educativa relacio-nada ao relevo, clima,biodiversidade, interaçõesbiológicas.

Cubra com matoseco para evitar quea chuva lave todos osnutrientes do solo.

Realize podas regularespara evitar que um tipode planta predomine.

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Page 9: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

Produção de húmus de minhoca

Materiais testados

Passo a passo

Benefícios

Manutenção

Implantação

Custo TempoTrabalho

Produção de húmus de minhoca

Nomes populares

Minhocário, minhocultura, verme-cultura.

Aumenta a fertilidade do solo, tra-zendo mais produtividade e quali-dade aos alimentos cultivados;

Possibilita a geração de renda coma comercialização de seu exce-dente, como venda em floricultu-ras e lojas de jardinagem de seubairro;

Reduz a produção de lixo orgâni-co enviado para os lixões ou ater-ros;

O húmus aumenta a resistênciada planta às doenças e insetos,antecipa e prolonga os períodos deflorada e frutificação, podendo sercolocado diretamente em raízes ebrotos delicados.

Minhocas;

Composto orgânico;

Caixa de madeira;

Caixotes;

Peneira de pedreiro;

Folhas para cobertura.

Escolha um local plano, com pouco sol, umida-de média e perto de uma fonte de água para cons-truir seu minhocário;

Construa uma caixa de madeira que possa serdividida em dois compartimentos: 50cm de altu-ra, 1m de largura e 3m de comprimento ( podeser adaptado ao espaço disponível), ou use cai-xotes de feira;

Após sua construção, adicione o compos-to orgânico em metade do minhocário, dei-xando a outra metade livre;

Adicione as minhocas na superfície, elasse enterrarão rapidamente e iniciarão o pro-cesso de humificação;

As minhocas ingerem diariamenteo composto em quantidadeequivalente ao seu próprio peso e60% disso vira húmus.

Você sabia?

É importante que o composto orgânicoesteja pronto, ou seja, quando a terra tivercor marrom café e cheiro agradável.

Lembrete!

16 Agroecologia urbana e práticas sustentáveis Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 17

Page 10: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

Conexões

O composto orgânico para a produção do húmus pode vir dacomposteira.

A ação das minhocas enriquece ainda mais o composto orgâni-co, pois elas se alimentam dele em sua digestão.

Na escola, o minhocário pode ser usado como um exemplo prá-tico para estudar o ciclo de vida das minhocas e dos nutrientesdo solo.

Passo a passo (continuação)

Cubra o minhocário com as fo-lhas para evitar o sol direto emanter a umidade;

Regue periodicamente de manei-ra que o local não fique muitoencharcado nem muito seco,pois as minhocas podem fugir seo ambiente não estiver uniforme-mente úmido;

Após 2 ou 3 meses o material já estará com aspecto de terra;

Então inicie a retirada das minhocas através do peneiramento;

Caso apareçam sangue-sugas deminhoca retire-as manualmente,é fácil distingui-las.

Se liga!

Minhocas tipo californianas sãomais eficientes para decompor amatéria orgânica.

Você sabia?

Coloque as minhocas que estavam no primeiro compartimento da cai-xa e foram retiradas por peneiramento, no segundo compartimento quehavia ficado vazio, e que agora já deve estar preenchido com compostoorgânico descansado (ver prática de compostagem); Utilize o húmusde minhoca em seu terreno (uma parte de húmus para três de solo),guarde, doe ou venda.

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Page 11: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

Resgatando a vida e a fertilidade da terra

Nomes populares

Benefícios

Materiais testados

Implantação

Manutenção

Custo TempoTrabalho

Passo a passo

Vivificação do solo, adubação verde,multimistura, muvuca.

Traz de volta a diversidade de plan-tas, animais e microorganismos,essenciais à fertilidade do solo;

Evita a erosão e o assoreamentodos cursos d’água;

Deixa o solo mais fofo, permite aentrada de ar e mantém a umida-de do solo;

Aumenta a quantidade de matériaorgânica no solo;

Possibilita o controle natural de er-vas espontâneas.

Sementes de fácil aquisição: fei-jão (de corda, carioquinha, bran-co, preto), girassol, gergelim,soja, milho, ervilha, amendoim,trigo, aveia, centeio, cevada,mamona, melancia, mamão,maracujá, abóbora, chuchu, pe-pino, abobrinha etc;

Outras sementes recomenda-das: feijão (de porco, guandu,bravo do Ceará, lab lab), sorgo,mucunas, crotalárias, milheto,azevém, tefrósia, calopogônio,nabo forrageiro, ervilhaca,amendoim-forrageiro entre ou-tras.

Junte todas as sementes num recipiente (bacia oubalde) e misture-as;

Revolva a terra do local escolhido para o plan-tio sem formar canteiros. Se possível, acres-cente ao solo composto orgânico e/ou ester-co curtido e/ou húmus de minhoca;

Semeie à lanço (figura) estas sementes ca-minhando por toda área na proporção de 1punhado de sementes por metro quadrado(ou a cada passo);

Se possível, regue o terreno diariamente nosprimeiros 30 dias;

Após aproximadamente 3 meses da data doplantio, toda a vegetação deve ser roçada/pi-sada e mantida sobre o terreno ou revolvidacom a terra;

Deixe a terra descansar, irrigando-a de vezem quando até que as plantas cortadas se-quem por completo;

Em seguida cultive no local o que julgar inte-ressante, como por exemplo hortaliças, plan-tas de jardim, frutiferas, ervas medicinais etc.,prezando sempre pela DIVERSIDADE!

Resgatando a vida e a fertilidade da terra

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Page 12: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

Conexões

Se liga!

Para auxiliar a resgatar a fertili-dade do solo utilize compostoorgânico*, húmus de minhoca*e esterco curtido.

Para irrigar o local é possível uti-lizar a água coletada da chuva*,como por exemplo com regado-res feitos de garrafa PET com obico “furadinho”.

Semeie em diferentes épocasdo ano e observe as diferençasno ritmo de crescimento dasplantas, na paisagem e no apa-recimento de diversos seres vi-vos.

Aproveite para colher as semen-tes antes de roçar o terreno eutilize as sementes que existemnas frutas e legumes consumi-dos em casa*.

Guarde amostras de solocoletadas antes de semear parao início da vivificação e comparecom outras retiradas após aroçada e outra no momento docultivo. Observe as mudançasna textura, coloração e umidadedo solo agora que o local estáse recuperando.

*vide práticadesta publicação.

Dê preferência àsáreas onde batamais sol e de fácilacesso a água.

Lembrete!

Informe-se sobresproporçõe usadaspara cada tipode esterco.

Evite pisar na área do plantio atéo momento de roçar.

A palhada formada sobre o solo, o manterámais úmido e fresco, disponibilizandonutrientes, estes fatores ajudarão narevitalização do solo.

Se liga!

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Page 13: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

Desidratador solar

Nomes populares

Benefícios

Materiais testados

Implantação

Manutenção

Custo TempoTrabalho

Passo a passo

Desidratador solar e secador de fru-tas.

Redução da necessidade do usoda geladeira para armazenar fru-tas e ervas;

Aumento do sabor e valor comer-cial de frutas e tempeiros;

Diminuição do desperdício de ali-mentos.

1 caixa de frutas;

Tela (metal ou plástico);

Plástico transparente;

Plástico preto;

Barbante;

Tela mosquiteiro.

Desidratador solar

Pegue uma caixa de frutas de madeirae forre com plástico preto;

Preste atenção na ventilação que deve ser feita coma furadeira, ou utilizando os próprios vãos da caixa(como na figura);

Prenda a tela no meio da caixa utili-zando pregos ou com o uso de umgrampeador de pressão. (como na fi-gura);

Cubra a tampa com um plástico transparente (utilize duas camadasquando estiver ventando muito);

Nos furos da ventilação coloque tela mosquiteiro.

Se liga!

Trabalhe com o que você tem.Você pode substituira caixa de fruta por uma gaveta, ou outra caixa,no lugar do plástico transparente pode serutilizado um vidro, no lugar do plástico pretopode ser utilizada câmara de pneu ou caixa deleite pintada de preto.

Conexões

A partir do secador de frutaspode-se estudar vários outrostemas: efeito estufa, energiasolar, segurança alimentar,ação de microorganismos, con-servação de alimentos, valori-zação de produtos alimentícios.

Com o secador você poderáarmazenar frutas e ervas fora dageladeira, ganhando muito sabor.

Se liga!

Lembrete!

Bananas, abacaxis, mangas,tomates secos são muitogostosos e levam só três diaspara secarem ao sol. Oque seca não é o calore sim o fluxo de ar!(como as roupasno varal)

Para Bom funcionamento:

Corte as frutas antes de colocar para secar sobre a tela. Incline o seca-dor para este receber o sol de frente. Não deixe o secador na chuva,evite a entrada de insetos, experimente as frutas e tire quando estivercom um sabor que você gosta.

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Page 14: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

Sabão ecológicoSabão ecológico

Benefícios

Manutenção

Implantação

Custo TempoTrabalho

Baixo custo;

Promove a utilização de produtosreutilizáveis (óleo usado, cinza) ebaratos (soda cáustica), além deserem ecologicamente corretos;

Permite o uso de materiais de lim-peza menos poluentes quando dis-pensados pelos canos de esgoto.

Materiais testados

Óleo de cozinha usado;

Soda cáustica;

Cinzas;

Água;

Pode-se acrescentar essênciasnaturais a receita para obter umcheiro agradável. Para isso, usea água em forma de suco ouchá das seguintes plantas: folhade eucalipto, hortelã, camomila,etc;

Pode-se também usar a mesmareceita para ser usado comosabonete, é só acrescentar ál-cool a receita, na proporção de1 1/2litros de álcool para 350grde soda caustica e 2 litros deóleo.

Passo a passoIngredientes

2 litros de óleo de cozinha usado;

350 g de soda cáustica em escama;

350 ml de água.

Preparo

Dissolva a soda cáustica na água em um balde reforçado ou em umalata de tinta de 18 litros. Reserve;

Coloque o óleo, já coado, em um recipiente e leve ao fogo até aquecerem temperatura aproximada de 60º;

Apague o fogo e, em seguida, acrescente a soda, já dissolvida, e mexacom um pedaço de madeira ou cabo de vassoura até engrossar (cercade 40 minutos);

Após esse período despeje o conteúdo em recipientes e aguarde a se-cagem, até que ele esteja endurecido;

O sabão estará pronto para usar no outro dia.

Que um litro de óleo despejado noesgoto contamina cerca de 1milhão de litros d’água, o queequivale ao consumo de uma pessoano período de 14 anos.

Você sabia?

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Page 15: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

Passo a passo (continuação)

Sabão de cinza: Outra opção é a receita de sabão decinzas, que utiliza menos soda, já que a cinza reage qui-micamente com o óleo, além da cinza ter um alto poderbranqueador:

Ingredientes

5 litros de óleo usado;

2,5 Kg de cinzas;

5 litros de água;

Preparo

Ferver as cinzas juntamente com a água por 4 horas;

Deixe à cinza assentar e use somente a água para juntar com oóleo aquecido a 60º;

Mexer bem;

0,5 Kg de soda cáustica.

Juntar devagar a soda, já fora do fogo, e mexer bem até dissolver;Colocar em recipientes e esperar endurecer igual à receita anterior.

Procure usar recipientesresistentes à ação da soda, comoos materiais de aço inoxidável.

Se liga!

Conexões

Esta prática pode ser utilizada para se trabalhar as rea-ções químicas da soda com o óleo, nas aulas de quími-ca.

Pode-se promover a discussão sobre a poluição daságuas dos rios, do solo e das águas subterrâneas;

Use as ervas aromáticas de seu jardim para dar umcheiro gostoso ao sabão.

Usando este sabão você poderegar sua horta e jardim com aágua que sobrar da limpeza!

O sabão que não faz espumalimpa tão bem quanto os quefazem.

Se liga!

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Page 16: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

Composteira

Benefícios Materiais testados

Transforma os resíduos orgânicosem terra fértil, ecológica e de qua-lidade;

Devolve nutrientes para a terra;

Adicionado ao solo previne a ero-são;

Reduz a produção de lixo orgâni-co enviado aos lixões ou aterros.

Aqui apresentamos dois tipos: apilha no chão e a composteirafeita em galão;

Pilha no chão: ideal para todasas áreas que dispõem de espa-ço com terra;

Composteira de galão: idealpara pequenos espaços que nãopossuem chão de terra comoapartamentos, quintais concre-tados, varandas etc.Você precisará de: galão de plás-tico, cano de PVC e uma facapara cortar o galão;

Matéria (resíduo) orgânica seca:folhas, podas, palha, capim, ser-ragem e cinza;

Matéria (resíduo) orgânica fres-ca: resíduos vegetais da cozinha(cascas de frutas, legumes, bor-ra de café etc.); casca de ovos,esterco de vaca, galinha ou ca-valo e plantas aquáticas.

Composteira

Manutenção

Implantação

Custo TempoTrabalho

Você sabia?O lixo orgânicorepresenta cercade 60% de todo omaterial enviadopara os lixõese aterros.

Passo a passo

Pilha no chão:

Comece a separar os resíduos orgânicos de sua cozinha dos demais.As embalagens ou objetos de plástico, vidro, metais, etc., deverão serdescartados em outro recipiente e encaminhadas para a reciclagem;

A composteira é como uma torta, é feita em camadas. Procure sempreintercalar uma camada de matéria seca com cerca de 15cm com outrade matéria fresca de 5 cm;

Regue a pilha quando uma nova camada for adicionada;

Escolha um local com chão de terra com cerca de 2m² onde será feitaa composteira;

Divida esta área em duas de 1m² cada e escolha uma para iniciar suacomposteira;

A última camada sempre deve ser de matéria seca.

Repita estes passos até que a pilha alcance 1m de altura;

O composto é repleto de seres vivose assim precisa de água, ar e sol.

Se liga!

A proporção dos materiais nacomposteira é de 3 partes de matériaseca para 1 de matéria fresca.

Se liga!

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Page 17: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

Passo a passo (continuação) Lembretes:

Deixe a pilha descansar por quatro dias;

Revolva (misture) a pilha (com ferramenta ou pedaço de madeira) aomenos duas vezes por semana para o local reservado ao lado parapermitir a entrada de ar;

O composto orgânico estará pronto quando a pilha tiver cor marromcafé e cheiro agradável de terra.

Composteira feita em galão:

Com um galão de plástico, de pelo menos 40 litros, faça pequenosfuros em baixo para escape do chorume e ventilação;

Não jogue na composteira restos decomida da panela e do prato e nemcarne.

Se liga!

Nas laterais abra furos circulares para encaixar o cano de PVC paraque o ar possa entrar;

Para iniciar a produção do composto, faça o mesmo sistema de cama-das da pilha no chão: forre em baixo com matéria seca e depois inter-cale pequenas camadas de matéria fresca com camadas maiores dematéria seca;

O material deve ser revolvido uma vez por semana dentro do própriogalão até que o composto fique pronto;

Procure picar os resíduos antes de levá-los para acomposteira.

Em dias de chuva muito forte cubra a composteira paraevitar que os microorganismos morram afogados.

Se a composteira estiver cheirando mal e com moscas, ésinal de que ela precisa de mais matéria seca e ar(revolva mais).

Se não estiver esquentando, é sinal queela precisa de mais matéria fresca.

Fungos, tatuzinhos, besouros, piolhos-de-cobra, minhocas e trilhões debactérias estarão trabalhando edecompondo o material.

Esses “bichinhos” são inofensivos e não seespalham para além do monte!

Se a pilha estiver muito seca adicione mais água.

Conexões

Este processo imita a decomposição naturalque ocorre no chão das florestas.

Este processo dura cerca de 3 meses.

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Page 18: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

Aproveitando a água da chuva

Benefícios Materiais testados

Aproveitando a água da chuva

Manutenção

Implantação

Custo TempoTrabalho

Economia na conta de água;

Captação direta da água da chu-va para utilizar no jardim, lavarquintal, roupa, carro;

Encher piscinas;

Possibilita o acesso a água emlocais que não tem este recursodisponível.

Para o tubo de captação: gar-rafa pet, bambu, pvc, manguei-ra;

Para a calha: pvc, garrafa PET;

Para o reservatório: barril demadeira, caixa d'água, tonel,balde, piscina, máquina de la-var, cisterna.

Para a manutenção:

Manter a calha limpa; limpar o filtro; na cidade,descartar os primeiros litros de água que caem por

conta da poluição. Prestar atenção àdurabilidade dos materiais utilizados. Lembre-sede manter o reservatório tampado para evitar areprodução do mosquito da dengue.

Passo a passo

Você pode aproveitar a água da chuva capta-da pelas calhas e reservar em baldes, pequenas pisci-nas, ou outro recipiente que sirva como reservatório;

Cubra a saída do cano comuma rede de trama justa, ouum pano para filtrar bem aágua a ser coletada;

Você também pode construir uma calha com garrafaspet: Utilizando uma serra, corte as extremidades e umaabertura ao longo do sentido mais comprido da garrafa;

Encaixe e cole as extremidades das garrafas pres-tando bastante atenção para que o fluxo de águasempre passe a favor dos encaixes, evitando va-zamentos.

Você pode regar a sua horta vertical, can-teiro instantâneo, composteira, espiral deervas.

Reciclar materiais para a construção decalhas, tubo de captação ou reservatório.

Pode ser desenvolvida como atividade es-colar para a temática da reciclagem.

Conexões

Em média o serhumano gasta

140 litrosde aguapor dia.

Você sabia?

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Page 19: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

Assento ou sofá feitocom material descartáveis

Benefícios

Assento ou sofá feitocom material descartáveis

Manutenção

Implantação

Custo TempoTrabalho

Destinação original e reutilizaçãode material descartável;

Opção barata para móveis emcasa, escritório e escola.

Nomes populares

Banco ou pufe de garrafa PET.

Materiais testados

Garrafas plásticas de dois litrospara o pufe serão de 40 a 50;

Tesoura com ponta;

Fita adesiva larga.

Passo a passoMontagem:

Separe uma garrafa limpa, vazia e sem rótulo;

Pegue uma garrafa e corte-a ao meio. Vamoschamar a parte de baixo de peça "b" e a decima de peça "c":

Encaixe a peça "c" dentro da peça "b“;

Encaixe uma garrafa inteira dentro da peça "b+c.

Montando o assento:

Faça 16 peças de resistência e prenda-as, duas a duas,com fita adesiva, formando oito duplas;

Junte novamente os conjuntos de doisem dois, formando quatro grupos de qua-tro peças de resistência;

Mais uma vez amarre de dois em dois, formandodois grupos de oito peças de resistência;

Amarre os dois grupos de oito peças de resis-tência para formar o ASSENTO DA CADEIRA.

Para tornar seu banco maisecológico ainda pode-se substituir afita adesiva, por tiras de borrachasde pneu reutilizáveis.

As garrafas tem que ser do mesmoformato e todas devem ter tampas.

Se liga!

Lembrete

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Como acabamento, encaixe esse conjunto de peças a+b+c comoutra peça b, formando um cilindro com extremidades planas.

Page 20: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

Horta vertical e canteiro suspenso

Benefícios

Horta vertical e canteiro suspenso

Manutenção

Implantação

Custo TempoTrabalho

Materiais testados

Base do vaso: balde, lata, ga-lão, garrafa PET, vaso sanitárioou tambor;

Estrutura do cano: cano de pvcou bambu;

Recomendação de plantio:rúcula, couve, espinafre, alface,hortelã, couve, catalônia,almeirão, agrião e outras plan-tas leves e de raízes pequenas.

Para a manutenção:

Para a manutenção da horta vertical e do canteirosuspenso, é importante lembrar que por serempequenos recipientes de terra, a água retida por elesseca muito rápido. Por isso é fundamental que se regue

essas estruturas todos os dias de manhã ou à noite.Quando isso não for possível, faça um furo natampa de uma garrafa PET, encha-a de água eencaixe de ponta cabeça na estrutura, para haveruma constante rega por gotejamento.

Passo a passo

Misture um pouco de areia na terra queserá usada para que escorra melhor aágua pelo cano vertical.

Se liga!

Horta vertical:

Para construir a horta vertical, é preciso fazer furosno cano de PVC por onde serão plantadas mudas ousementes;

Para cada furo é preciso dois cortes com aserra inclinada de forma que as linhas do corteformem um triangulo com a linha do cano;

É importante que este corte seja de tamanho suficiente para passar otalo das plantas, porém não deve ser muito grande, caso contrário, quan-do o cano estiver de pé a terra irá cair;

Se você quer fazer uma horta verti-cal no formato de um gol, deve aque-cer os extremos do cano paraencaixá-los nos cotovelos;

Depois disto, enterre a base doscanos em vasos grandes (oulatões, galões etc.) e comece aencher de terra tapando com amão os buracos para a terranão cair para fora;

Possibilitam o aproveitamento depequenos espaços para o cultivode alimentos;

Promovem a soberania alimentar;Incentivam a reutilização dos ma-teriais descartáveis;

Bom para apartamentos, sobra-dos e áreas cimentadas.

Quando encher de terra até aaltura do primeiro buraco aper-te a terra no cano para deixá-lafirme no seu andar;

Repita isto até chegar no último buraco;

Agora você pode plantar suas sementes ou mudas nos buracos ena parte superior da horta vertical!

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Page 21: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

Passo a passo (continuação)

No período de calor, são duas regas,uma de manhã bem cedo e outra nofinal da tarde.

Se liga!

Canteiro suspenso:

O canteiro suspenso de garrafasPET deve ser feito com um corte deestilete com a boca de saída da plan-ta não muito grande, pois de outraforma a garrafa entortará quando forenchida de terra;

Para fazer a alça dos canteirossuspensos use qualquer cordão re-sistente ou arame. Amarre-os de umlado na boca da garrafa e do outrofaça furos na parte mais dura do fun-do da garrafa PET para evitar que elarasgue com o peso da terra;

Também é fundamental fazer pe-quenos furos na base da garrafapara evitar que os canteirosencharquem e uma fina camada deareia entre a terra e o fundo do can-teiro suspenso para drenar a água;

Experimente também canteirossuspensos fazendo um corte lon-gitudinal e dependurando bambus,canos de PVC e toda sucata quepuder se transformar em vazo.

Conexões

Se liga!

Pode-se usar esta prática como incentivo a discussão sobresoberania alimentar, produção de alimentos e a importânciade se produzir em pequenos espaços.

Para enriquecer a terra do canteiro suspenso e da horta verti-cal, podemos usar o composto orgânico produzido nacomposteira.

Se observarmos de perto, veremos que algumas plantas pre-ferem ficar em cima e outras em baixo, do mesmo jeito que oespiral de ervas:

No alto: Alecrim, Salvia, Salsa, Arruda, Coentro.No meio: Cebolinha, Coentro, Malva, Orégano, Mil Folhas.Em baixo: Gengibre, Hortelã, Agrião, Menta.

Observe edescubra qual olugar preferidodas outrasplantas!

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Page 22: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

Uma experiência de Agricultura Urbanaem Araçariguama - SP

Neste texto, relato a experiênciaacumulada por eu e meus pais em14 anos de plantio e manejo deuma horta orgânica, de 1994 atéhoje (2008).

Em 2005, sob a influência daparticipação no grupo Eparreh (Es-tudos e Práticas Agrícolas e oReencantamento Humano), come-cei a fazer algumas experiênciasque ainda não conhecíamos, comoa compostagem e o plantio maisdiversificado, envolvendo plantasde diferentes tipos e tamanhos. Acompostagem proporciona um du-plo benefício, ao mesmo tempo emque deixamos de mandar para olixão do município dezenas de qui-los de resíduos orgânicos por mês,produzimos parte do composto or-gânico utilizado na horta. É impres-sionante como em questão de al-gumas semanas, uma grande va-riedade de restos orgânicos torna-se quase indiferenciada, transfor-mando-se em composto orgânico,além da imensa diversidade de mi-nhocas, formigas, tatuzinhos, pio-lhos de cobra e outras formas devida que aparecem na pilha do com-posto, quando este ainda não atin-

giu a maturidade. Com esta ex-periência percebemos a ligaçãoexistente entre todas as formasde vida: bactérias, fungos, ani-mais, plantas, solo, rochas, água,luz e calor.

Para fazer o composto, mistu-ramos todo tipo de restos orgâni-cos de cozinha (menos carne,frituras, e alimentos preparadoscom óleo), revolvendo a pilha to-dos os dias com uma enxada.Com essa prática, dentro de 3meses obtemos composto pron-to e de boa qualidade. Porém, énecessário, após 2 meses, dei-xar a pilha de composto “descan-sando”, cobrindo-a com palha ecomeçando uma nova, repetindoo processo sucessivamente, poisse continuarmos adicionando res-tos orgânicos sem começar umanova pilha de composto, este di-ficilmente atingirá a condição ne-cessária para aplicação nos can-teiros. O composto bom deveparecer com a terra úmida exis-tente no chão das florestas, pre-ta ou bem escura, com cheiro dematéria orgânica e com minho-cas.

Quanto ao manejo do solo, acobertura dos canteiros com ca-pim seco ou os próprios restosdas podas do quintal é bastanteeficiente para evitar a perda deágua por evaporação, a variaçãoexcessiva da temperatura do soloe a perda dos seus nutrientes.

Há seis meses, semeei algu-mas das culturas da chamadaadubação verde*, como forma deexperimentar seus resultadosnaquele espaço. Porém, de todasas sementes da multimistura*,somente o feijão-de-porco e o fei-jão guandu germinaram; além dis-so, preferi não seguir a indicaçãode alguns praticantes dessa téc-nica, de cortar as plantas após 3meses e mistura-las ao solo. Pre-feri observar o seu crescimentoaté que elas dessem sementes,arrancando-as e incorporando-asao solo somente após a retiradadas sementes. Uma vantagemdessa prática foi que alguns in-setos, como grilos, passaram ase alimentar de suas folhas, di-minuindo o ataque às plantasmais interessantes do ponto devista alimentar, como o alface, opimentão, a couve e o tomate.Além disso, sua presença au-menta a diversidade do local, be-neficiando-o como um todo. Asplantas aromáticas, como o man-jericão, a erva-doce, a erva

cidreira, a salsinha, a cebolinha, ocoentro e a hortelã, por sua vez,inibem a presença de insetos.

É notável também a diversidadedo espaço onde se encontra o can-teiro de hortaliças, o qual divide es-paço, em uma área que não chegaa 30m2, com bananeiras, mamo-eiros, uma goiabeira, umapitangueira, mandiocas, cana-de-açúcar, feijão-de-porco e guandu eas ervas medicinais mencionadas,assemelhando-se a um sistemaagroflorestal.

Nos dias chuvosos, realizamosa captação de água da chuva, demaneira bem rudimentar: pegamostodos os baldes que possuímos eos colocamos sob a borda do te-lhado, de modo que a água que caidele encha os baldes. A água é uti-lizada na privada (evitando o uso dadescarga com água potável), paralavar o quintal (quando necessário)e para regar as plantas de vasos,porém não a utilizamos na irriga-ção da horta, pois como captamosa água em baldes e não possuímosmuitos, eles são rapidamenteenchidos em uma chuva forte e aágua que armazenam é suficientesomente para as utilizações men-cionadas.

* verificar no capítulo ‘Resgatando a

vida e a fertilidade da terra’

Por André Luís Gomes – estudante de geografiana USP e integrante do grupo EPARREH

Uma experiência de Agricultura Urbanaem Araçariguama - SP

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Page 23: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

Nossos quintais são verdadeirasFarmácias Vivas

Para muitos a primeira imagemque vem a cabeça quando se pensaem uma farmácia, é o de um localcom prateleiras abarrotadas de fras-cos e caixas contendo remédios, po-madas e pós, que servem para alivi-ar dores e curar doenças. Para nós,homens e mulheres viventes da mo-derna sociedade do consumo, essacom certeza é a imagem mais co-mum de uma farmácia. Mas será quesempre foi tão simples e fácil obterremédios? Os locais aonde se podi-am encontrar os medicamentos nemsempre eram farmácias, pelo menosnão como as que conhecemos.

Os antigos, já utilizavam as plan-tas como remédios, sabiam atravésdo conhecimento transmitido de ge-ração a geração o valor que os vege-tais tinham na cura de doenças, noalívio de dores e no tratamento de fe-ridas. Quais eram então as farmáci-as dos índios brasileiros, dos povosafricanos, dos romanos, germânicose outros grupos ancestrais que mes-mo sem o conhecimento moderno,conseguiam tratar de seus doentes?A Natureza, com sua vasta diversida-de, era e ainda é a farmácia de mui-tos povos e indivíduos isoladamente.

Vamos chamar então, as matas eflorestas que forneciam e ainda for-necem remédios para muitos de Far-mácias vivas! A nossa medicina mo-

derna é muito beneficiada pelos mi-lhares de estudos realizados complantas, princípios ativos são isola-dos e a partir de substancias extra-ídas de vegetais milhares de pes-soas são favorecidas. Graças aovasto mundo vegetal e suas inúme-ras propriedades terapêuticas.

Porem, o caminho que o conhe-cimento a respeito das proprieda-des terapêuticas das plantas temque percorrer, às vezes é tão longoque os resultados das pesquisasnão são revertidos como benefíciopara a população. A conseqüênciaé que muitos ficam a mercê dos pre-ços abusivos dos remédios vendi-dos nas drogarias, sem saber, queali no quintal ou num simplesvasinho, pode estar escondida acura para muitos problemas.

Portanto vamos tornar nossosquintais e varandas, os nossos va-sos floridos em espaços para a be-leza da cura que as plantas podemproporcionar. Sem dúvida, em ca-sos emergenciais, devemos recor-rer às farmácias convencionais ehospitais. Porém, enquanto puder-mos evitar os extremos, com cer-teza vamos garantir uma melhorsaúde para o nosso corpo e nossobolso! Afinal, plantar e regar pezi-nhos de camomila, manjericão, hor-telã e outras poderosas ervas me-dicinais custa bem menos que umacartelinha de aspirina!

Nossos quintais são verdadeirasFarmácias Vivas

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GlossárioGlossário

Assoreamento: Acúmulo de areiase/ou de terras que obstruem o per-curso de um rio.

Aterro sanitário: Forma de deposi-ção final do lixo mais eficiente e me-nos poluidora. O terreno recebe umacamada impermeabilizante que pro-tege o solo e as águas da contami-nação com chorume, coletado e tra-tado, além de fazer a coleta de gásproduzido pela decomposição dosresíduos presentes no aterro.

Aterro controlado: Forma de depo-sição final do lixo onde os resíduossão depositados recebendo umacamada de terra por cima ecompactada por máquinas. É menoseficiente que o aterro sanitário, já quenão possui proteção para o solo oupara as águas subterrâneas.

Bacia hidrográfica: É o conjunto deterras onde todas as águas da chu-va, das nascentes, dos rios e seusafluentes correm para um ponto co-mum. Elas tomam a direção do rioprincipal, que determina seu nome.

Berço: Buracos feitos na terra pararealizar o plantio ou cova.

Biodiversidade: Variedade de seresvivos que compõe um ambiente.

Chorume do lixo: É um líquidopoluente, de cor escura e odormuito forte que é originado dos pro-cessos biológicos, químicos e físi-cos da decomposição do lixo. Esselíquido polui as águas subterrâne-as devido a grande quantidade dematéria orgânica que possui.

Câmara de compostagem: Localonde serão armazenadas as fezesdas pessoas no banheiro seco.

Corte longitudinal: Corte realiza-do de um ponto a outro em um de-terminado objeto.

Decomposição: Processo realiza-do por microorganismos que divi-dem sucessivamente a matériaorgânica em pequenas partes atéas transformarem em nutrientespara os outros seres vivos.

Erosão: Desgaste ou arras-tamento da superfície da terra pelaágua, vento, gelo e outros agentes.

Ervas espontâneas: Conjunto deplantas que nascem sem seremcultivadas, de forma espontânea.Ex: picão, serralha, dente-de-leão(vegetação de terrenos baldios).

Evaporação: Processo físico-quí-mico em que um líquido, ao seraquecido, passa para o estado ga-soso. Ex: água transformada emvapor.

Por Filipe Alvarez

Page 24: Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 2008

Glossário - cont.Glossário - cont.

Agroecologia urbana e práticas sustentáveis 4746 Agroecologia urbana e práticas sustentáveis

Excedente: O que sobra.

Florada: Período que as plantas de-senvolvem flores para a reprodução.

Frutificação: Processo em que asplantas desenvolvem frutos.

Interações biológicas: Interaçõesentre seres vivos que vivem no mes-mo ambiente. Ex: minhocas.

Humificação: Transformação dosresíduos orgânicos realizada por mi-nhocas; formação de húmus.

Lixão: É uma forma de disposiçãofinal do lixo onde ele é simplesmentedescartado em um terreno, semmedidas de proteção ao meio ambi-ente ou à saúde pública.

Matéria orgânica: Fração orgânicaque inclui resíduos animais e vege-tais que sofreram decomposição atal ponto que o material original nãoé mais reconhecível.

Microorganismo: Organismo de pe-quena dimensão, que têm funçõesbem definidas no ambiente, comodecompositores no solo e na água.Ex: bactérias, fungos etc.

Microclima: Conjunto de condiçõesnaturais de uma pequena área de-

terminada. Ex: jardim, bairro etc.Mudas: Plantas jovens que aindaserão plantadas em local definitivo.

Nutriente: Substância ou elementoquímico que fornece energia paraum organismo; recurso alimentar.

Patógenos: Organismo que cau-sa doenças. Ex: bactérias, fungos.

PET: Politereftalato de Etila. Tipo deplástico usado para a confecção derecipientes. Ex: garrafas.

Polpa: Parte comestível do fruto.

Princípio ativo: substâncias daplanta que agem como remédio

Resíduo: Todo material descarta-do, que não possui qualquer utili-dade.

Sistema Agroflorestal: Forma decultivo que se combinam árvores(ex: frutíferas) e plantas (ex: horta-liças) interagindo num mesmo am-biente.

Soberania alimentar: Direito daspessoas ao alimento e a sua pro-dução. Todos merecem alimentoseguro e nutritivo.

Transgênicos: Organismos que ti-veram suas características inter-nas originais modificadas pelo ho-mem em laboratório.

BibliografiaBibliografia

ACIESP, Academia de Ciências do Estado de São Paulo; WATANABE,Shigueo (Org.). Glossário de Ecologia. São Paulo: ACIESP, 1997.

BONILLA, José A. Fundamentos da Agricultura Ecológica: sobrevi-vência e qualidade de vida. São Paulo: Nobel, 1992.

GLIESSMAN, Stephen R. Agroecologia: processos ecológicos emagricultura sustentável. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2005.

LEGAN, Lucia. A Escola Sustentável - Eco-alfabetizando pelo ambi-ente. 1ª Ed. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2007.

LEHEN, Johan van. Manual do Arquiteto Descalço. Porto Alegre: Edi-tora da UFRGS,2004.

Núcleo de Hidrometeorologia/SECTAM. Educação Ambiental para Con-servação de Recursos Hidricos: Captação de Água da Chuva. Belémdo Pará: Secretaria de Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente, 2005.

Links:

www.ecocentro.org.br

www.minhocasa.com

www.ufla.br

www.inovação.usp.br/usprecicla

www.ciagri.usp.br/~solaris