aguardente de cana

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  • Srie Perfil de Projetos)iEULFDGHDJXDUGHQWHGHFDQDGHDo~FDU

    9LWyULD'H]HPEUR

  • 6805,2

    Pgina

    1- Apresentao 3

    2- Introduo 4

    3- Enquadramento Tcnico do Negcio 5

    4- Projeto 65- Mercado 12

    6- Detalhamento dos Investimentos 14

    7- Aspectos Econmicos e Financeiros 17

    8- Resultados Operacionais 23

    9- Incentivos e Fontes de Financiamento 26

    10- Fontes de Referncias 28

  • 3$35(6(17$d2Iniciar uma atividade empresarial requer do investidor o pleno domnio da atividade quese prope a iniciar. Neste sentido, to importante quanto o conhecimento do ambienteeconmico no qual est inserido, sua capacidade gerencial um fator de fundamentalrelevncia para o bom desempenho do negcio.

    A 6pULH3HUILOGH3URMHWRV tem como objetivo suprir de informaes o empreendedordisposto a realizar um novo investimento. Trata-se de um instrumento de auxlio aoinvestidor na elaborao de um plano de negcios que deve ser adaptado para cadasituao. E este o objetivo do SEBRAE/ES: auxiliar as micro e pequenas empresas edar as condies necessrias ao surgimento de novos empreendimentos que sejam bemestruturados e capazes de enfrentar os desafios do mercado.

    Este trabalho contm informaes sobre o mercado, investimentos necessrios atividade, previso de resultados operacionais, fontes de financiamento e diversasinformaes relevantes que, em conjunto com outras literaturas sobre o mercado que sepretende atuar, contribuir com eficincia maior para uma tomada de deciso segura ecom considerveis perspectiva de sucesso.

  • 4 ,1752'8d2As oportunidades para se investir em um bom negcio no acontecem normalmente aoacaso. Elas podem ser buscadas ou mesmo construdas a partir de informaeslevantadas e conhecimentos adquiridos com o tempo. Sempre, no entanto, necessrioque o investidor faa os seus clculos sobre o quanto ele vai distender imobilizar esobre os resultados esperados do empreendimento. Mesmo no meio da incerteza que ocerca e conseqentemente do risco do negcio, fazer clculos sobre os ganhos esperadosda aplicao dos recursos tarefa indispensvel. Esse exerccio de prospeco de umnegcio chamado de projeto.

    Na verdade, um projeto procura sistematizar informaes, trabalh-las e analis-las detal forma a permitir concluir se determinada deciso de investimento vivel ou no.Enquanto tal, o projeto pode ser elaborado obedecendo diferentes nveis decomplexidade e detalhamento. A idia bsica de perfil de projeto que servir deorientao para o presente trabalho busca simplificar a tarefa de sistematizao deinformaes e dos clculos econmicos que serviro de subsdio concluso finalsobre a viabilidade do investimento.

    O perfil aqui apresentado, uma fbrica de Aguardente de Cana de Acar, obedece osroteiros tradicionais de projeto, sem no entanto aprofundar em detalhes tcnicos. Serve,dessa forma, como orientao metodolgica e de gesto do processo de tomada dedeciso. H uma preocupao com os pr-requisitos necessrios para um bom negcio,como alguns atributos do empreendedor, o conhecimento do mercado, a visoprospectiva, alguns aspectos dimensionais do negcio (tamanho, montante de recursos,etc.) e projeo de resultados.

    bom deixar claro que os nmeros refletem momentos, situaes e locais especficos, oque permite afirmar que para cada local ou conjuntura, existiria um projeto. Isso noinvalida o processo de clculo e concluses decorrentes. O perfil de projeto reflete umasituao e local genricos. O tamanho, por exemplo, definido pela quantidade mnimade produo necessria para viabilizar um empreendimento de uma fbrica deAguardente de Cana de Acar, Alambique, com as caractersticas tcnicas eoperacionais aqui definidas.

    O presente perfil tem por finalidade mostrar a viabilidade de se estruturarcomercialmente uma fbrica de Aguardente de Cana de Acar, considerando-se osrecursos necessrios, condicionantes existentes e perspectiva de mercado. A primeiraparte faz o enquadramento do negcio (dados gerais e conceito do projeto); em seguida feita uma abordagem sobre o mercado potencial, principalmente em termos deorientao sobre quais variveis ou fatores a serem analisados. J a parte econmica efinanceira centra ateno nos aspectos de receitas e custos. A viabilidade do projeto definida pela taxa interna de retorno, tempo necessrio para a amortizao doinvestimento e o valor presente lquido do fluxo de caixa.

    Considerando os 16 municpios pesquisados na primeira fase, a indicao danecessidade de uma Fbrica de Aguardente de Cana foi detectada com maior nfase nomunicpio de So Roque do Cana. Isso no invalida, no entanto, a adequabilidade doprojeto para outros municpios ou localidades. As adaptaes que porventura se fizeremnecessrias ocorrero por conta das especificidade de cada localidade.

  • 5(148$'5$0(1727e&1,&2'21(*&,2 7,32'(1(*&,2

    Fbrica de Aguardente de Cana de Acar

    6(725'$(&2120,$Secundrio

    5$02'($7,9,'$'(Industrial

    352'8726$6(5(02)(57$'26Aguardente de Cana de Acar Cachaa.

    ,19(67,0(17235(9,672Investimento Total R$ 118.097,29Investimento Fixo R$ 96.000,00Capital de Giro R$ 16.473,61Reserva Tcnica R$ 5.623,29

    )$785$0(172$18$/(63(5$'2R$ 172.845,00 (cento e setenta e dois mil, oitocentos e quarenta e cinco reais)

    1',&(6'($9$/,$d2Ponto de Equilbrio 33,39%Valor Presente Lquido (a 15%) R$60.405,44Taxa Interna de Retorno (anual) 26,96%Pay-Back Time (anos) 5,18ndice de Lucratividade das vendas 15%

  • 62352-(722%-(7,92O objetivo do presente perfil de projeto sistematizar e trabalhar um conjunto deinformaes que permita ao investidor potencial analisar a oportunidade de implantaode uma fbrica de Aguardente de Cana de Acar, popularmente conhecida comoalambique, cujo produto final a cachaa destinada ao consumo humano.

    5(48,6,726'2(035((1'('25O empreendedor geralmente um agente econmico especial, as vezes sonhador, quetem a capacidade de transformar boas idias em um negcio rentvel. importantelembrar que ningum nasce com todas as habilidades desejveis de um empreendedor,ou seja, muitas das caractersticas pessoais positivas so adquiridas ou lapidadas com opassar do tempo, seja pela vivncia, seja por estudo e observao daquilo que aconteceno mundo em sua volta. No entanto, sempre aconselhvel que se disponha de ummnimo de conhecimentos gerenciais e tcnicos para levar frente um empreendimento;

    Dentre os aspectos fundamentais da personalidade desejados de um empreendedordestacam-se:

    - &ULDWLYLGDGH : aceitar desafios e buscar solues viveis para o equacionamento deproblemas.

    - /LGHUDQoD capacidade de inspirar confiana, motivar, delegar responsabilidades,formar equipe, criar um clima de moral elevado, saber compartilhar idias, ouvir ,aceitar opinies, elogiar e criticar construtivamente pessoas.

    - 3HUVHYHUDQoD: capacidade de manter-se firme num dado propsito, sem deixar deenxergar os limites de sua possibilidade, buscar metas viveis at mesmo emsituaes adversas.

    - )OH[LELOLGDGH: poder de controle dos seus impulsos para ajustar-se quando asituao demandar mudanas, rever posies estar aberto para estudar e aprendersempre.

    - 9RQWDGHGHWUDEDOKDU: dedicao plena e entusiasmada ao seu negcio com tempoe envolvimento pessoal, lembrando-se sempre que um negcio tocado cominspirao mas tambm com muita transpirao.

    - $XWRPRWLYDomR: vontade de encontrar a realizao pessoal no trabalho e seusresultados.

    - )RUPDomR SHUPDQHQWH: capacidade de buscar um processo de permanenteatualizao de informaes sobre o mercado no qual ele se insere, tendnciaseconmicas em todos os nveis, e atualizao profissional sobre novas tcnicasgerenciais.

  • 7- 2UJDQL]DomR: compreender as relaes internas para ordenar o processo produtivo eadministrativo de forma lgica e racional , entender as alteraes ocorridas no meioambiente externo de forma a estruturar a empresa para melhor lidar com estasmudanas.

    - 6HQVR FUtWLFR: capacidade de se antecipar aos problemas principais, analisando-osfriamente atravs de questionamentos que levem a indicaes de possveisalternativas de soluo.

    O empreendedor necessita possuir um viso global do negcio, que implica tanto oconhecimento do mercado fornecedor, quanto do mercado consumidor final, canais eregras de convivncia com o mundo dos negcios. importante que o empreendedordefina a sua estratgia de atuao de tal modo a garantir de um lado o fornecimento desua matria-prima e insumos indispensveis, e de outro, os canais de comercializao.

    importante, que o futuro investidor no seja levado pelo excesso de otimismo eentusiasmo com expectativas de rpido retorno financeiro, deixando de lado a realnecessidade de um aprofundamento bsico do negcio que se quer atuar eprincipalmente sobre a tecnologia mais apropriada (fundamental o apoio de umprofissional especializado) para o desenvolvimento desse negcio, volume deinvestimento necessrio e recursos humanos para sua operacionalizao.

    &21',&,21$17(6/2&$&,21$,6A viabilidade da implantao de uma fbrica de Aguardente de Cana de Acar, comode qualquer outro negcio, est condicionada a uma anlise detalhada dos aspectoslocacionais mais importantes para esta geolocalizao.No caso especfico de uma fbrica de Aguardente de Cana de Acar, seu local deinstalao apresenta certas exigncias especficas, alm daquelas condies mnimaspara o funcionamento de qualquer atividade industrial, ou seja, boa disponibilidade degua, e existncia de uma infra-estrutura mnima composta de boa rede de energiaeltrica; estradas de acesso em bom estado de conservao. Sua localizao deverpreferencialmente acontecer em rea rural, prximo a reas que tenham tradio deplantio de cana de acar. importante ainda que se disponha de um terreno depreferncia plano e que possua rea suficiente para a montagem de um estabelecimentoindustrial com rea de manobras que facilite o processo de descarga da cana de acarassim como o carregamento do produto final por caminhes, e/ou outros veculos. Outroaspecto importante a ser observado diz respeito s normas de controle de poluioambiental. Nesse caso fundamental a observncia da lei de zoneamento municipal enormas de controle das Secretarias de meio ambiente estadual e municipal, quando for ocaso.

  • 8 352&(662352'87,92 2)/8;2*5$0$

    5(&(3d2(3(6$*(0'$&$1$

    35e/,03(=$

    3,&$*(0

    02$*(0

    )(50(17$d2

    '(67,/$d2

    (19(/+(&,0(172

    (19$6$0(172

    $50$=(1$*(0

    '(6&5,d2'2352&(662O processo de fabricao de Aguardente de Cana de Acar pode ser explicado a partirdas seguintes etapas: Recepo e Pesagem da Cana, Pr-limpeza, Picagem, Moagem,Fermentao, Destilao, Envelhecimento, Envasamento e Armazenagem.Ainda que a fabricao de Aguardente de Cana de Acar possa parecer a primeira vistaum processo simples, esse requer como qualquer outro processo industrial uma prticaintensa e largos conhecimentos tcnicos. Dessa forma aos iniciantes aconselha-seprimeiro a busca de um auxiliar qumico que possa orientar o processo, ao mesmotempo em que deve-se ir testando em laboratrio, ou em pequenas escalas o processo defabricao, e suas vrias outras composies de mistura possveis e tempos de diferentesde processo e maturao.

    RECEPO E PESAGEM DA CANA o incio do processo. Nessa etapa a cana de acar, quando comprada deve ser pesadapara que se possa garantir o pagamento exato e a rentabilidade do empreendimento.Matria prima bsica para o fabricao da aguardente, a cana de acar deve estar

  • 9madura, limpa e com menos de 24 horas de corte, para evitar a sua fermentao(azedamento) ainda no campo. Assim, no se aconselha a formao de estoque de canade acar, pois a produo de aguardente a partir da cana azeda resulta uma quantidademenor de aguardente que a feita com a cana nova, menos de um dia.Como a qualidade da aguardente depende do teor de sacarose presente no caldo da cana,denominado sacarose, aconselhvel que a compra e a recepo da cana sejamacompanhadas por testes para se medir o teor de acar do caldo, utilizando-se para issode um aparelho de fcil utilizao chamado de sacarmetro.A cana estar considerada madura para a colheita e conseqente processamentoindustrial quando os teores de acar no meio e na base da cana forem basicamente osmesmos, sendo que o incio da cana tem sempre teor menor que o final. Para que serealize essas medidas devem-se adotar os seguintes procedimentos:a- pegue algumas canas aleatoriamente e corte-as;b- limpe as canas e passe-as numa moenda limpa;c- recolha o caldo tambm em vasilha bem limpa;d- encha um recipiente com o caldo de cana bem pimpo e sem bagacilhos, utilizando

    como recipiente de medida um tubo de PVC de 4cm de dimetro e 30 cm decomprimento fechado em uma das pontas;

    e- aps alguns minutos de descanso, retire as impurezas que vierem superfcie. Casoo nvel do caldo baixe coloca-se mais caldo at que o recipiente fique cheio at aborda;

    f- introduza o sacarmetro no tubo de PVC com o caldo mantendo-o na posiovertical; e

    g- o teor de acar no caldo ser encontrado pela leitura na escala da haste dosacarmetro que coincidir com a superfcie do lquido.

    A escala de um sacarmetro, medida em graus Brix, de 0 a 30. Quanto maior o grau,maior o teor de sacarose. Cana de acar com sacarose de 0 a 12o ser consideradacomo cana verde, no aconselhada para a fabricao de aguardente. Para resultadosmais eficientes dever ser usada cana com caldo na faixa de 14 a 16o Brix.

    PR-LIMPEZAPara se conseguir um aguardente de boa qualidade certos cuidados mnimos sofundamentais de serem observados em todo o processo de fabricao. Cana muito suja igual a cachaa de baixa qualidade. Desta forma e de maneira preventiva, aconselha-seque a cana passe por uma limpeza, lavagem com jato de presso de gua, antes de serlevada para o moedor.

    PICAGEMPara um melhor rendimento da cana na produo de caldo, aconselha-se que a canadeve ser picada por um conjunto de facas antes de sua entrada na moenda. Esseprocesso permitir uma maior extrao de sacarose da cana de acar.

    MOAGEMEssa etapa deve ser processada o mais rpido possvel aps o corte, 24 horas nomximo. Com a utilizao de um nico terno de moenda, bem regulado e com canapicada, pode-se chegar a extrao de 65% do caldo. Em destilarias com 2 ou 3 ternos demoenda a extrao bem superior. Uma boa alternativa para pequenas unidades comapenas uma moenda utilizar-se do processo de embevecimento do bagao com gualimpa para submet-lo a novo processo de compresso.

  • 10

    Para garantir a qualidade do produto final, o caldo de cana que sai da moenda devepassar por um coador e/ou numa peneira fina para a retirada das impurezas do processo(bagacilho) e as no retiradas na pr-limpeza (areia e terra), antes de entrar para asdornas de fermentao. Caso o bagacilho v para o destilador junto com o mostofermentado, haver a formao de furfural (aldedo txico que se encontra nos lcoois),que uma substncia indesejvel na cachaa. Da mesma forma, a terra e a areia devemser excludas para no contaminarem o fermento com microorganismos do solo. Apsessa filtragem o caldo dever ir para um depsito bem limpo aguardando o momento deir para as dornas. aconselhvel que a vlvula de sada do caldo fique uns 15 cm acimado fundo para que novamente se aproveite desse processo que por decantao eliminarresduos no retirados na filtragem.

    FERMENTAO a transformao qumica de substncia orgnica, provocada pela presena de umfermento. No caso da fabricao de aguardente de cana, chama-se de mosto a misturade caldo de cana com fermento, matria prima essencial para o processo.A substncia mais importante para o mosto o acar, pois ele que ser transformadoem lcool durante a fermentao. Desta forma, para que o fermento funcione bem, aconcentrao inicial de acar do mosto deve estar entre 14 e 16o Brix . Estando ocaldo com concentrao de acar superior a 16o Brix necessrio adicionar gua deboa qualidade em quantidade suficiente para a equalizao da concentrao de acarque deve ser feita de acordo com os dados da tabela 01 abaixo.

    Tabela 019ROXPHGHiJXDDVHUDGLFLRQDGDDFDGDOLWURVGHFDOGRGHFDQDHPIXQomRGRWHRUGHDo~FDUSDUDVHHTXDOL]DUXPDFRQFHQWUDomRGH %UL[

    *UDXGHDo~FDUQRFDOGR %UL[ 9ROXPHGHiJXDOLWURV17 1318 2019 2620 3321 4022 4623 53

    Fonte: Manual para produo artesanal de aguardente, ReginaLcia Lopes, CETEC, 2a Edio, Braslia, 1994

    Aps a obteno do caldo com o grau Brix desejado, deve-se medir o pH do mesmo,utilizando-se de um peagmetro ou papel indicador de pH. O fermento atua melhor comum pH entre 4,0 e 5,0. Para se obter esse nvel desejado de pH, recomenda-se agregaruma soluo de cido sulfrico (H2SO4) a 10% at o limite de 250 ml para cada 100litros de caldo.O fermento o responsvel pela transformao do acar em lcool, que o principalcomponente do aguardente, e pode ser preparado ou comprado, de acordo com apreferncia e a experincia de cada produtor. Em qualquer desses caso a base dafermentao so os microorganismos chamados de leveduras, que transformam o acarem lcool. Existem basicamente trs tipos de fermento. Fermento caipira, que preparado com caldo de cana e fub. Fermento prensado, produto comercial contendo

  • 11

    clulas da levedura 6DFFKDURP\FHV FHUHYLVDH, mais especfica para caldo de cana, e ofermento misto que uma mistura dos dois outros fermentos.O tempo completo da fermentao, perodo de permanncia do caldo adicionado aofermento dentro das dornas, deve ser de aproximadamente 24 horas. O ciclo evolutivoda fermentao deve ser acompanhado com cautela. A diminuio das bolhas dentro dasdornas denuncia que as atividades de fermentao entraram em ritmo mais lento.Quando o teor de sacarose acusar zero a fermentao estar concluda, e chegado omomento da destilao.O fermento que permanece nas dornas aps o envio do mosto para a destilao utilizado para a prxima fermentao, que pode durar at 3 meses.

    DESTILAOO produto fermentado deve ser retirado preferencialmente por gravidade atravs de umacanalizao situada a uma altura mnima na base da dorna para evitar a sada dofermento decantado, e enviado para o destilador. As substncias que compem essamistura, classificadas de acordo com seu grau de volatilidade em slidas, lquidas egasosas, so transformadas em vapor, condensadas e resfriadas (processo de destilao),passando a formar a mistura que denominamos aguardente. Para atender aos padrescomerciais brasileiros o etanol deve representar entre 38 e 45% da aguardente.

    ENVELHECIMENTOEsse processo opcional e tem por finalidade bsica melhorar a qualidade do produtofinal e como tal agregar valor e esse produto. Dessa forma o produtor, em funo de seumercado especfico ir definir se processo ou no o envelhecimento de seu produto e emcaso positivo em que tipo de tonis e por quanto tempo.A aguardente envelhecida naturalmente em tonis de madeira mais macia e menosseca do que a bebida recm-destilada. Tecnicamente considerada uma bebida de gostoredondo, aveludado em conseqncia das modificaes que ocorrem nos seuscomponentes secundrios. Fatores como a natureza do tonel, a temperatura, a umidadedo ar e a ventilao do ambiente podem provocar uma reduo do volume de aguardenteestocado e assim como a queda de seu teor alcolico durante o envelhecimento. Estestonis no devem estar totalmente cheios para o acesso de oxignio bebida emtratamento.

    ENVASAGEMO produto final ento envasado em garrafas de vidro de 600 ml e/ou em embalagemde vidro de 1.000 ml.

    ARMAZENAGEMEstas garrafas so acondicionadas em caixas de papelo ou em caixas plsticasretornveis, para facilitar o manuseio na rea de armazenagem assim como o seutransporte at o cliente comprador.

    2/$

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    20(5&$'20(5&$'22%-(72O mercado objeto para aguardente de cana de acar em geral concentra-se napopulao com poder aquisitivo abaixo da mdia. um mercado que cresce apesar dacrise econmica, pois para muitos consumidores, a bebida infelizmente um tipo defuga para os problemas oriundos da crise. Desta forma quanto maior for a crise maiorser o consumo de aguardente. Para aguardentes mais elaboradas, a classe deconsumidor muda, porm muda tambm o nvel de consumo representando um mercadomuito mais diminuto e muitssimo mais exigente, em que a qualidade o fatordeterminante da compra e no o preo. O grande mercado para aguardente de massaest ento nas periferias dos grandes centros urbanos e nas regies mais afastadas. importante ressaltar que a entrada de um produto em um mercado, j de certa formaocupado por concorrentes que produzem o mesmo produto ou produtos similares, vairequerer estratgias bem definidas e bem trabalhadas de vendas. Portanto, ter umproduto de caractersticas e qualidade pelo menos igual as j comercializadas nomercado de fundamental importncia.Em segundo lugar, a concorrncia no mercado desses produtos, que no podem teruma grande diversificao ou que, pela escala pequena, no suportariam um grandeinvestimento em marketing, inegavelmente realizada pela via do preo. Neste caso, oconhecimento do mercado concorrente e principalmente das alternativas tecnolgicaspara modificar o processo produtivo e assim reestruturar seu sistema de custos,adaptando-o constantemente realidade do mercado, so condies essenciais para quese viabilize o lado mercadolgico do produto. O grande ganho do produtor somente serobtido com uma firma postura empresarial de se estabelecer uma poltica permanentede busca de ganhos de produtividade e por decorrncia de reduo de custos.

    3(563(&7,9$6'20(5&$'2A primeira pergunta que um potencial investidor precisa fazer a si prprio antes deentrar no mercado de fabricao de aguardente de cana de acar, para quem ele vaivender o seu produto, e principalmente quais as caractersticas, hbitos, e desejos destesconsumidores. Assim, o mercado como sempre, que ir determinar no s o tamanhoinicial do empreendimento como tambm o tipo de produto a ser oferecido e as formasde comercializao.A grande perspectiva do mercado para aguardente de cana de acar est na capacidadede se produzir um produto a preo mais baixo que o oferecido pela concorrncia. Nessemercado a concorrncia normalmente grande e formado por empresas de pequeno,mdio e grande porte, onde as duas primeiras tm na aguardente o seu principal produto,com um bom foco de atendimento ao pequeno cliente. A perspectiva de um bom canalde comercializao, um bom preo e produto de qualidade compatvel com osconcorrentes formam uma necessria trade de operao do novo empreendedor.

    &/,(17(6327(1&,$,6Os clientes potenciais para a comercializao de aguardente de caca de acar soformados por estabelecimentos comerciais em geral (supermercados, mercearias,quitandas), e estabelecimentos de prestao de servios (bares, restaurantes,lanchonetes) entre outros.

  • 13

    )251(&('25(6O maquinrio necessrio para a instalao da unidade industrial, assim como seusequipamentos complementares podem ser adquiridos diretamente com os fabricantes,aps anlise de preo capacidade tcnica e operativa dos mesmos. No caso da matriaprima bsica, a cana de acar, se no for de produo prpria, aconselha-se que acompra seja feita de pequenos produtores mais prximos da fbrica, desde que tenhamproduto de qualidade e preo compatvel com a concorrncia. Deve-se em igualdade decondies dos produtos caminhar para a busca de insumos de produo regional, parareduzir o custo dos fretes.

  • 14

    '(7$/+$0(172'26,19(67,0(1726(63(&,),&$d2'26,19(67,0(1726),;26

    O quadro 01 abaixo lista, quantifica e oramenta o conjunto das obras civis, mquinas,equipamentos, mveis e utenslios necessrios para a implementao de uma fbrica deaguardente de cana de acar. Deve-se atentar para o fato de que na hiptese doinvestidor j possuir alguns destes itens aqui listados, estes deveriam ser retirados parano influir nas anlises de desembolso, ou pelo menos consider-los ao preo demercado para que no seja superestimado o valor do investimento total econseqentemente estes dados adicionais no reduzas os ndices de rentabilidadeapresentados.

    4XDGUR,QYHVWLPHQWRV)L[RVHP5

    (67,0$7,9$'2&$3,7$/'(75$%$/+2O Capital de Trabalho, tambm chamado de Capital de Giro ou Circulante, compreendeo volume de recursos financeiros necessrios para sustentar o processo operacional daindustria, a compreendido desde a compra das matrias primas, seu processamentoindustrial e a sistemtica de comercializao dos produtos finais. o oxignio daempresa. Tecnicamente ele calculado tendo como base premissas a respeito dosvrios itens que geram necessidade de caixa e de outros que geram recursos, calculadospara um perodo de 30 dias.Os clculos dos valores do capital de giro necessrio para o financiamento das vendas, eprodutos em processo de elaborao foram realizados tendo como base o custo totalmenos a depreciao. O Caixa Mnimo est estimado como sendo um volume derecurso suficiente para cobrir 1 (um) dia de faturamento.

    ,WHP 'LVFULPLQDomR 4WGH 9DORU8QLWiULR 9DORU7RWDO1 Terreno (500m2) 1 5.000,00 5.000,00 2 Construo Civil Galpo (150m) 1 30.000,00 30.000,00 3 Equipamentos de medio 2 1.000,00 2.000,00 4 Picadeira 1 2.000,00 2.000,00 5 Moenda 1 5.000,00 5.000,00 6 Dornas de fermentao 4 2.000,00 8.000,00 7 Alambique 1 14.000,00 14.000,00 8 Caldeira 1 5.000,00 5.000,00 9 Tonis de madeira 6 1.500,00 9.000,00 10 Balana de Mesa (500kg) 1 500,00 500,00 11 Compressor 1 1.000,00 1.000,00 12 Equipamentos de Escritrio 1 3.500,00 3.500,00 13 Veculo Utilitrio 1 10.000,00 10.000,00 14 Outros 1 1.000,00 1.000,00

    7RWDO 96.000,00

  • 15

    O processo de comercializao proposto para este empreendimento prev um prazomdio de vendas de 20 dias. O estoque est estimado em: 2 dias para matria-prima(cana de acar), 10 dias para outros insumos e embalagens, de 20 dias de produtoacabado e de 2 dias para os produtos em processo de elaborao.No processo operacional tambm so gerados recursos que podem ser assimconsiderados. A compra de matria- prima (cana de acar) dever ser feita com umprazo mdio de 2 dias, enquanto outros insumos e embalagens com 15 dias. A propostabsica para a operao deste negcio a de se evitar o desconto de duplicatas paratambm fugir dos altos custos financeiros. Os itens Impostos, Energia, Mo de Obra eEncargos so pagos com um prazo mdio de 15 dias - considerando que h utilizao demo de obra, energia, vendas, e conseqentemente impostos, do dia primeiro at o dia30, e que os desembolsos correspondentes a estes fluxos econmicos s ocorrem apsesta data final.O valor estimado como Capital de Giro necessrio para a boa operacionalidade doempreendimento nos moldes das polticas de Estoque, Produo e Comercializaopropostas definido pela diferena entre o Subtotal Necessidades e o Subtotal Recursos,conforme Quadro 02 abaixo.

    4XDGUR(VWLPDWLYDGR&DSLWDOGH*LURHP5

    ,WHP 'LVFULPLQDomR 3UD]R0pGLRHPGLDV &DSLWDOGH*LUR1 Necessidade1.1 Caixa Mnimo 1 480,12 1.2 Financiamento das Vendas 20 8.746,67 1.3 Estoque Matria Prima (cana de acar) 2 337,13 1.4 Estoque Outros Materiais e Embalagem 10 1.657,04 1.5 Estoque Produto Acabado 20 8.746,67 1.6 Produtos em Processo 2 874,67

    Sub- Total 20.842,29

    2 Recursos2.1 Fornecedores2.1.1 Matria-prima 2 337,13 2.1.2 Outros insumos 15 2.485,56 2.2 Desconto de Duplicatas - 2.3 Outras Despesas 15 1.546,00

    Sub-Total 4.368,68

    3 Capital de Giro Adicional 16.473,61

    %DVHGHFiOFXORSILQDQFLDPHQWRGHYHQGDHSURGXWRVDFDEDGRV 13.120,00

  • 16

    (67,0$7,9$'$5(6(59$7e&1,&$O presente perfil prope que no clculo dos Investimentos Totais, seja includa umaReserva Tcnica, como garantia de qualquer eventualidade de sub-estimativa denecessidade de capital ( seja de capital fixo ou de trabalho), equivalente a 2% da somado Capital Fixo mais o Capital de Trabalho.

    48$'52'(,19(67,0(172727$/O Investimento Total necessrio para a implantao deste negcio estimado pela somados Investimentos em Capital Fixo, Capital de Giro mais a Reserva Tcnica conformeapresentado no quadro 03 abaixo. importante lembrar, que este investimento umquase mximo, porm no representa necessariamente o desembolso pois na hiptese doempreendedor j possuir alguns destes bens os mesmos no sero obviamenteadquiridos novamente.

    4XDGUR(VWLPDWLYDGR,QYHVWLPHQWR7RWDOHP5,WHP 'LVFULPLQDomR 9DORU7RWDO

    1 Investimento Fixo 96.000,00 2 Capital de Giro 16.473,61 3 Reserva Tcnica 5.623,68

    ,QYHVWLPHQWR7RWDO 118.097,29

  • 17

    $63(&726(&210,&26(),1$1&(,52635(9,62'26&86726A definio de custos trabalhada no presente perfil considera como tal a remuneraode todos os recursos efetivamente utilizados no processo produtivo . Por outro lado,para efeito da classificao dos custos do empreendimento ser utilizada a metodologiaclssica da subdiviso dos custos em custos fixos e custos variveis.

    &86726),;26Sero classificados como custos fixos a remunerao dos recursos efetivamenteutilizados no processo, e que no dependam da quantidade produzida.Como primeiro elemento de conformao dos custos fixos, derivado da remuneraolegal dos investimentos fixos, temos a Depreciao, que calculada de acordo com ospercentuais anuais permitidos pela legislao fiscal. Estes valores aparecem no quadro04 a seguir.

    4XDGUR'HSUHFLDomRDQXDOHP5

    O quadro 05, a seguir, apresenta de forma discriminada todos os itens que compem oscustos fixos mensais do empreendimento, a partir das propostas bsicas defuncionamento do negcio.

    ,WHP 'LVFULPLQDomR 9LGDWLO 'HSUHFLDomR9DORU7RWDO

    'HSUHFLDomR$QXDO

    1 Terreno (500m2) 0 5.000,00 - 2 Construo Civil Galpo (150m) 25 4 30.000,00 1.200,00 3 Equipamentos de medio 10 10 2.000,00 200,00 4 Picadeira 10 10 2.000,00 200,00 5 Moenda 10 10 5.000,00 500,00 6 Dornas de fermentao 10 10 8.000,00 800,00 7 Alambique 10 10 14.000,00 1.400,00 8 Caldeira 10 10 5.000,00 500,00 9 Tonis de madeira 10 10 9.000,00 900,00 10 Balana de Mesa (500kg) 10 10 500,00 50,00 11 Compressor 10 10 1.000,00 100,00 12 Equipamentos de Escritrio 5 20 3.500,00 700,00 13 Veculo Utilitrio 5 20 10.000,00 2.000,00 14 Outros 5 20 1.000,00 200,00

    7RWDO 96.000,00 8.750,00

  • 18

    4XDGUR&XVWRV)L[RV0HQVDLVHP5

    &867269$5,9(,6As premissas bsicas do funcionamento deste negcio e os coeficientes tcnicosutilizados para o estudo de determinao de seus custos variveis sero demostrados aseguir no quadro 06. De acordo com esses dados diariamente a fbrica produzir 1.500litros de aguardente, acondicionadas em embalagens de vidro de 1.000 ml e 600 ml. Oregime de trabalho proposto para o processo produtivo de 8 horas por dia, 20 dias porms, e 8 meses por ano.Por necessidade de clculo da composio do mosto a ser destilado, tomou-se uma canacom padro mdio de teor de acar de 17 graus Brix , com rendimento mdio de 0,35litros de caldo por quilo de cana moda. Desta forma e de acordo com os dados daTabela 01 devero ser adicionados 13% de gua ao caldo da cana para o preparo domosto.

    ,WHP 'LVFULPLQDomR 9DORU7RWDO1 Depreciao 729,17 2 Pessoal c/ encargos escrit. 400,00 3 Honorrios Contador 150,00 4 Aluguel - 5 Energia Eltrica 30,00 6 gua 20,00 7 Telefone (aluguel e conta) 100,00 8 Manuteno 192,00 9 Retirada Proprietrio 500,00

    10 Despesas Administrativas 100,00 7RWDO 2.221,17

  • 19

    4XDGUR&RHILFLHQWHVWpFQLFRVDIDEULFDGHDJXDUGHQWHGHFDQDGHDo~FDU

    Os custos variveis podem ser assim desagregados. Primeiro, pessoal (e seusrespectivos encargos) que atende diretamente os setores da produo. Em segundolugar, e item de maior expresso econmica, a matria prima e embalagem que juntosrepresentam dos custos variveis por ano. Considerando a produo de vinte diaspor ms, ou seja, teremos uma situao de custo varivel ms conforme descrita noquadro 07.

    Produo diria de aguardente em litros 2.000Dias de produo por ms 20Produo mensal de aguardente em litros 40.000Meses de operao por ano 8

    5HODo}HVWpFQLFDVHiptese de cana de 17 graus "Brix"Litro de caldo de cana por quilo de cana 0,35ndice de transformao caldo para mosto 1,13ndice de transformao mosto em aguardente 0,5Consumo de fermento prensado em kg por 100 litros de mosto0,2

    Produo diria de aguardente em litros 2.000Consumo dirio de mosto em litros 4.000Consumo dirio de caldo de cana em litros 3.540Consumo dirio de cana de acar em quilo 10.114

    Produo envasada em garrafas de 600 ml 40%Produo envasada em garrafas de 1.000 ml 60%Produo mensal em litros garrafas de 600 ml 16.000Produo mensal em litros garrafas de 1.000 ml 24.000

    Produo mensal em garrafas de 600 ml 26.667Produo mensal em garrafas de 1.000 ml 24.000

  • 20

    4XDGUR&XVWRV9DULiYHLVPrVHP5

    &8672727$/$18$/(81,75,2O custo total mensal do empreendimento e o custo unitrio por litro de aguardente decana de acar produzido est explicitado no quadro 08 pela soma dos custos fixos comos custos variveis. O clculo do custo unitrio foi realizado a partir das seguintespremissas. Produo total de aguardente em litros por ms igual a produo em litrospor dia vezes o nmero de dias no ms em que se produzir aguardente, totalizando30.000 litros por ms. Considerando que essa aguardente ser envasada 60% em vidrosde 1.000 ml e 40% em vidros de 600 ml, o total de embalagens de vidro produzida porms ser de 26.667 de 600 ml e 24.000 de 1.000 ml. Desta forma encontra-se o custounitrio por litro dividindo-se o custo total operacional mensal conforme aqui propostopela produo mensal em litros, fazendo-se posteriormente a converso para garrafas de600 ml.

    ,WHP 'LVFULPLQDomR 4WGH 6DOiULR8QLWiULR&XVWR0HQVDO

    1 Tcnico 1 400 400 2 Ajudante 4 150 600 3 Encargos Sociais(%) 60% 600 3HVVRDO7RWDO

    'LVFULPLQDomR 4WGH &XVWR8QLWiULR&XVWR

    0HQVDOSGLD

    &XVWR0HQVDO

    3RUGLDHP/LWURV R$ R$1 - Cana de acar (kg) 10114 0,025 252,84 5.056,89 2 - Fermento prensado (kg) 8 3,00 24,00 480,00 3 - gua (litro) 180 0,05 9,00 180,00 4 - Energia 1 15,00 15,00 300,00 5 - Garrafas, Litros, Rtulos e Tampas2533 0,05 126,67 2.533,33 9- Caixa de Papelo 211 0,35 73,89 1.477,78

    7RWDO Custo Varivel/ms = 40.000 litros ms em R$

    'LVFULPLQDomR 4WGH &XVWR9DU7RWDO2.000

    Pessoal total e encargos 1.600 Outros custos 10.028 7RWDO

  • 21

    4XDGUR&XVWRV7RWDLV$QXDLVHP5

    35(9,62'$5(&(,7$ '(7(50,1$d2'$60$5*(16'(9(1'$

    O quadro 09, a seguir, apresenta a composio da margem de venda, englobando asdespesas tributrias impostos estaduais e federais as despesas de comercializao e amargem de lucro bruta esperada pelo empreendedor.Considerando-se a faixa de faturamento do empreendimento optou-se por enquadr-lono Sistema Simples de tributao - Estadual e Federal para efeito de determinao dospercentuais de taxao.

    4XDGUR0DUJHQVGH&RPHUFLDOL]DomR

    ,WHP 'LVFULPLQDomR 9DORU7RWDO1 Custos Fixos 2.221,17 2 Custos Variveis 11.628,00 3 Custo Totais Operacionais Mensais 13.849,17

    Produo de aguardente por ms em litro 40.000 Produo envasada em garrafas de 600 ml.em litros 16.000 Produo envasada em garrafas de 1.000 ml. em litros 24.000 Custo mensal de produo envasado em 600 ml em R$ 5.539,67 Custo mensal de produo envasado em 1.000 ml em R$ 8.309,50

    Custo de produo por unidade de 600 ml em R$ 0,21 Custo de produo por unidade de 1.000 ml em R$ 0,35

    ,WHP 'LVFULPLQDomR 3HUFHQWXDO1 Tributos 7,9%

    1.1 Simples Federal 5,4%1.2 Simples ICMS 2,5%

    2 Comercializao 8,0%2.1 Comisses s/ vendas 7,0%2.2 Publicidade 1,0%

    3 Margem de lucro 20,0%7RWDO 35,9%

  • 22

    '(7(50,1$d2'2635(d26%6,&26'(9(1'$Para o clculo do preo de venda do produto final foram considerados os seguintescritrios:a- Os custos unitrios, ou custos mdios por litro;b- A margem de venda definida no quadro 09 ( mark-up);c- Preo de venda nos pontos finais de mercado de produtos semelhantes.Assim, o quadro 10 apresenta como sugesto os seguintes preos de venda para agarrafa de aguardente de 600 ml e o litro de 1.000 ml.

    4XDGUR3UHoRGH9HQGD6XJHULGR

    (67,0$7,9$'$5(&(,7$727$/A receita total, anual, foi calculada levando-se em considerao os preos definidos noquadro 10 e a produo anual de aguardente em litros, obtida conforme quadro 06.A receita total operacional anual ento calculada pela soma do produto do volumeenvasado pelos preos mdios de cada embalagem, conforme quadro 11.

    4XDGUR5HFHLWD7RWDO2SHUDFLRQDO$QXDOHP5

    ,WHP 'LVFULPLQDomR&XVWR8QLWiULR

    2SHUDFLRQDO0DUNXS

    3UHoRGHYHQGDVXJHULGR

    1 Aguardente em garrafas de 600 ml 0,21 0,641 0,322 Aguardente em garrafas de 1.000 ml 0,35 0,641 0,54

    ,WHP 'LVFULPLQDomR4XDQWLGDGH0HQVDO

    3UHoR8QLWiULR

    5HFHLWD0HQVDO

    5HFHLWD$QXDO

    1 Aguardente em garrafas de 600 ml26.667 0,32 8.642 69.138 2 Aguardente em garrafas de 1.000 ml24.000 0,54 12.963 103.707

    7RWDO 21.606 172.845

  • 23

    5(68/7$'223(5$&,21$/$18$/48$'52'(5(68/7$'2O resultado operacional do empreendimento aparece discriminado no quadro 12 abaixo.Deve-se tambm ressaltar que a capacidade de pagamento de um empreendimento encontrada pela soma do resultado lquido operacional aps os impostos adicionados aovalor da Depreciao, pois esta no representa sada de caixa.

    4XDGUR5HVXOWDGR2SHUDFLRQDO$QXDOHP5

    )/8;2'(&$,;$'2(035((1',0(172Os seguintes critrios foram utilizados para a elaborao do quadro 13, que apresenta ofluxo de caixa anual do empreendimento:a- Vida til para a anlise financeira de dez anos;b- O valor total do investimento inicial, dado pela soma dos investimentos fixos,

    investimentos em capital de trabalho e a reserva tcnica.c- Valor residual do investimento fixo ao final de 10 anos, considerando as taxas legais

    de depreciao no quadro 04;d- Resultado lquido anual - capacidade de pagamento -, conforme quadro 12;e- Clculo da produo anual levou em considerao, 8 (oito) meses de operao por

    ano, do ano 1 em diante;f- O saldo lquido anual foi calculado tomando-se como base o resultado lquido mais

    o valor residual do investimento e menos o investimento total;g- Os valores do fluxo de caixa descontado foram encontrados a partir da utilizao de

    uma taxa de juros imputada de 15% ao ano, denominada custo de oportunidade.

    ,WHP 'LVFULPLQDomR 9DORU7RWDO1 Receita Operacional de Vendas 172.844,53

    2 Custos Totais 147.160,29 2.1 Custos Fixos 26.654,00 2.2 Custos Variveis 93.024,01 2.3 Custos de Comercializao 13.827,56 2.4 Custos Tributrios 13.654,72

    3 Lucro Operacional antes IR 25.684,24 4 Imposto de Renda(SIMPLES)* -

    5 Lucro Lquido 25.684,24 6 Depreciao 8.750,00 7 5HVXOWDGRRX&DSDFLGDGHGH3DJDPHQWR 34.434,24

    Na opo pelo Simples, o Imposto de Renda est includo nos custos tributrios

  • 24

    4XDGUR)OX[RGH&DL[DGR(PSUHHQGLPHQWRHP5

    1',&(6),1$1&(,526'2(035((1',0(172

    32172'(1,9(/$0(172O ponto de nivelamento tambm chamado de ponto de equilbrio e ser aqui definidopelo nvel de produo (ou de faturamento) mnimo para que a empresa comece a gerarlucros. Na formulao matemtica este ponto encontrado pela diviso dos custos fixospela diferena entre a receita total e os custos variveis. Para o presente perfil temos queo ponto de nivelamento est estimado em , Quadro 14, mostrando uma boarelao entre os custos fixos e os variveis que permite uma boa flexibilizao doprocesso de produo e comercializao.

    9$/2535(6(17(/48,'2O Valor Presente Lquido foi calculado a partir de uma taxa mnima de atratividade de15% ao ano, ou do chamado custo de oportunidade do capital, representando um desejodo empreendedor de obter nesse negcio um retorno de pelo menos 15% ao ano. Apartir da determinao deste percentual ento calculado o valor atual (presente oudescontado) de todos os componentes do fluxo lquido de caixa, cujos valores so entosomados para encontrar o Valor Presente Lquido. Para o presente perfil o VPL estcalculado em R$ 60.405,44 , conforme Quadro 14, significando que os resultadosobtidos remuneram o valor do investimento feito, em 15% ao ano e ainda permitemaumentar o valor da empresa daquela importncia.

    $QR ,QYHVWLPHQWR7RWDO9DORU5HVLGXDOGR,QYHVWLPHQWR

    5HVXOWDGR/tTXLGR

    6DOGR/tTXLGR

    )OX[RGH&DL[D'HVFRQWDGR

    0 118.097,29 - (118.097,29) (118.097,29) 1 - 34.434,24 34.434,24 29.942,82 2 - 34.434,24 34.434,24 26.037,23 3 - 34.434,24 34.434,24 22.641,07 4 - 34.434,24 34.434,24 19.687,89 5 - 34.434,24 34.434,24 17.119,90 6 - 34.434,24 34.434,24 14.886,87 7 - 34.434,24 34.434,24 12.945,11 8 - 34.434,24 34.434,24 11.256,61 9 - 34.434,24 34.434,24 9.788,36

    10 - 23.000,00 34.434,24 57.434,24 14.196,87

    VPL 60.405,44 TIR 26,96%Custo de Oportunidade (Anual) 15%7HPSRGH5HFXSHUDomRGR&DSLWDO 6,62

  • 25

    7$;$,17(51$'(5(72512 a taxa de desconto que torna nulo o valor atual do investimento, isto , a taxa deremunerao anual do empreendimento. Neste perfil a Taxa Interna de Retorno deao ano,conforme Quadro 14, representando um caso em que o investimento doempreendedor ser remunerado a esta taxa anual. Significa que o empreendimentoapresenta uma taxa de retorno sobre o investimento inicial feito superior a taxa mdia deatratividade do mercado. Em sntese o projeto pode ser considerado vivel.

    3$

  • 26

    ,1&(17,926()217(6'(),1$1&,$0(172,1&(17,926),6&$,6327(1&,$,6Para credenciar-se aos recursos do FUNRES e portanto receber recursos do FUNRES -Fundo de Recuperao Econmica do Esprito Santo, comumente chamado de IncentivoFiscal, necessrio que a empresa seja constituda sob a forma de sociedade annima,requerendo para tanto procedimentos legais mais custosos, no compatveis com estetipo de empreendimento. A disponibilidade de recursos FUNRES para micro e pequenasempresas para financiamentos, conforme explicado em seguida.

    )217(6'(),1$1&,$0(172327(1&,$,6As linhas de financiamento direcionadas s micros e pequenas empresas geralmente noapresentam muita variao. No caso especfico do Esprito Santo elas tem como fontebsica recursos do FUNRES, relativamente limitados, e do BNDES, que so repassadospor bancos credenciados sejam eles pblicos ou privados. As condies apresentadasno diferem muito. Todas usam a TJLP Taxa de Juros de Longo Prazo como taxabsica de juros, acrescida de uma taxa fixa que pode variar de 4 a 6 por cento ao ano.

    A linha do BNDES mais difundida chamada de BNDES/ AUTOMTICO que operada pela maioria dos bancos pblicos( Banco do Brasil, Banestes e Bandes) etambm pelos bancos privados.

    No Esprito Santo, o Bandes opera tambm a linha FUNRES/ PROPEN/MIPEQ,orientada para pequenos investimentos, no podendo o financiamento ultrapassar ovalor de R$ 25.000,00.

    A seguir so apresentadas duas linhas bsicas de financiamento.

    %1'(6$87207,&2Agente OperadorOperado por Bancos Comerciais e de Desenvolvimento devidamente credenciados.

    ObjetivoFinanciamento a investimentos, inclusive aquisio de mquinas e equipamentos novosde fabricao nacional, importao de mquinas e equipamentos, e capital de giroassociado ao investimento fixo.

    Beneficirios Empresas privadas, pessoais fsicas residentes e domiciliadas no Pas, entidades daadministrao pblica direta e indireta, e demais entidades quecontribuam para os objetivos do Sistema BNDES.

  • 27

    Itens Financiveis

    Ativos fixos de qualquer natureza, exceto: terrenos e benfeitorias j existentes;mquinas e equipamentos usados (no caso de microempresas e empresas de pequenosporte podero ser apoiados mquinas e equipamentos de qualquer natureza); animaispara revenda, formao de pastos em reas de Preservao Ambiental. Capital de giroassociado ao investimento fixo. Despesas pr-operacionais.

    Condies OperacionaisLimite Mximo:: Investimentos limitados a R$ 7 milhes, por empresa, por ano.Participao: Equipamentos nacionais ou importado: at 100%.Outros itens: - microempresas e empresas de pequeno porte e programas dedesenvolvimento regional: at 90% e demais casos: at 70%. A participao estlimitada a 50% do ativo total projetado da empresa ou do grupo empresarial ou a 5% doPatrimnio Lquido Ajustado do BANDES, o que for menor.No caso de Bancos privados no h esta limitao. Neste caso, o financiamento seranalisado de acordo com os interesses e reciprocidades apresentados pelo Banco.

    Prazo:O prazo total ser determinado em funo da capacidade de pagamento doempreendimento, da empresa ou do grupo econmico.

    Taxas de Juros:Micro e Pequena Empresas: 6% a.a. + TJLP.Mdia e grande empresas: 7,5% a.a. + TJLP.IOF: Cobrado na forma legal, descontado no ato da liberao.Custo de Anlise de Projeto: Isento.

    Garantias Reais: Equivalentes, no mnimo, a 1,5 vezes o valor financiado. Os bens dados comogarantia devero ter seguro.Pessoais: Aval ou fiana de terceiros.Fundo de Aval

    )815(63523(10,3(4Subprograma de Apoio s Micro e Pequenas Empresas

    Agente OperadorSomente o Bandes.

    ObjetivoApoio financeiro, assistncia tcnica e gerencial a micros e pequenas empresas dossetores industrial, agroindustrial, de comrcio e servios, visando implementar polticade gerao de empregos e renda.

    Beneficirios Empresas existentes, classificadas com base na receita operacional lquida anual,relativa ao ltimo exerccio social, e empresas novas, classificadas com base na previso

  • 28

    da receita, da mesma forma, verificadas, em ambas situaes o nmero de empregados,observados os seguintes parmetros:

    a. 0LFURHPSUHVDV: cujas receitas operacionais lquidas sejam de at 250.000 UFIR, etenham at 19 empregados, no caso de indstria, e 9, no caso de comrcio eservios;

    b3HTXHQDV HPSUHVDV: cujas receitas operacionais lquidas sejam acima de 250.000 eat 750.000 UFIR, e tenham de 20 at 99 empregados, no caso de indstria, e de 10 a49, no caso de comrcio e servios.

    Itens FinanciveisInvestimentos fixos e mistos, limitado o apoio para capital de giro a 20% do total doinvestimento fixo financivel: pequenas reformas e instalaes fsicas; mquinas eequipamentos novos e usados; mveis e utenslios novos e usados.

    Condies OperacionaisLimite Mximo: R$ 25.000,00, por tomador.Participao: At 80% do total financivel, condicionado poltica de risco doBANDES.Prazo: At 48 meses, incluindo a carncia de at 12 meses.Taxa de Juros: 6% a.a. (seis por cento ao ano) + TJLP.Obs: O BANDES poder cobrar Custo de Anlise de Projeto, conforme Tabela deRessarcimento de Custos, com exceo das micro empresas.IOF: Isento.

    Utilizao do CrditoEm uma ou em vrias parcelas peridicas, fixadas em funo do cronograma fsico-financeiro do empreendimento.

    Forma de PagamentoAmortizao mensal, juntamente com os encargos financeiros, pagos no perodo dacarncia, trimestralmente.

    GarantiasReais e Pessoais, preferencialmente, definidas na ocasio da anlise da operao. Osbens dados em garantia devero ter seguro.

    )217(6'(5()(51&,$PLANEJAMENTO ORAMENTRIO David Lord Tuch (SENAC/CEATEL)