Indústria de aguardente de cana

Universidade Federal de São Carlos

Centro de Ciências Agrárias

DTAiSER - Introdução á Economia

Prof. Caetano Brugnaro

Bianca Simões Schneider R.A: 341355Daniel Bedo Assumpção Castro R.A: 341401Taciani dos Santos Bella R.A: 341584

Grupo

Sumário

Introdução; Histórico; Processos de Fabricação; Produção; Mercado e Demanda Interna; Mercado Externo; Concorrência; Evolução da exportação; Preços; Investimentos Necessários; Perspectivas de mercado; Referências.

Introdução

Atualmente, a aguardente de cana é a segunda bebida alcoólica mais consumida no Brasil. Estima-se uma produção de 1,3 bilhões de litros anuais, sendo 70% desse total consumida em “pontos de doses”, os conhecidos bares de esquina (NOGUEIRA, 2005).

Introdução

Aguardente de cana (cachaça): é a bebida com graduação alcoólica de 38 a 54% em volume, a 20ºC, obtida de destilado alcoólico simples de cana-de-açúcar ou pela destilação do mosto fermentado de cana-de-açúcar, podendo ser adicionada de açúcares até 6g/L (NOGUEIRA, 2005).

Introdução

A fabricação de cachaça ocorre seguindo basicamente os mesmos processos da fabricação do etanol combustível, com diferenças nas etapas a partir de destilação.  

IntroduçãoCachaça industrial Cachaça artesanal

Fonte: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de-acucar/arvore/CONT000fiog1ob502wyiv80z4s473agi63ul.html

Introdução

Cachaça adoçada Cachaça envelhecida

Fonte: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.museudacerveja.com/miniaturas%2520de%2520bebidas/recortadas/PIRASSUNUNGA-51-068.jpg&imgrefurl

Fonte: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.adegaviel.com.br/commerce/images/Figura15.jpbnid=PtBY09MRUyjnOM:&tbnh=121&tbnw=66&prev=/images%3Fq%3Dcacha%25C3%25A7a%2Benvelhecida%26um%3D1%26hl%3

Histórico

Portugueses;

Meados de século XVI até meados de século XVII;

Minas Gerais;

1756 contribui com impostos;

Histórico

Inconfidentes e Conjuração Mineira;

Quentão;

Século passado;

Semana da Arte Moderna.

Processos de Fabricação

Plantio da matéria prima Sudeste, Sul e Centro-

Oeste: Cana de ano e meio (18 meses) e Cana de ano (12 meses).

Ponto máximo de sacarose entre junho e julho;

Grandes culturas, utilização de agroquímicos, colheita mecanizada e uso esporádico de queima da palhada.

Fonte: http://www.agromundo.com.br/?p=4390

Fonte: http://www.paginaunica.com.br/ler-noticia.php?url=zoneamento-da-cana-asfixia-setor-sucroalcooleiro-de-mt-reclama-famato--180920091334

Processos de Fabricação

Recepção e moagem da cana.Foto: Celina Henrique.

Tanque de fermentação.Foto: Celina Henrique.

Processos de Fabricação

Destilador Contínuo para 600 Litros de Álcool ou 1200 litros de Cachaça.Fonte: http://santarosa.olx.com.br/desiladores-de-alcool-e-cachaca-iid-35247029

   

Tóneis de envelhecimento horizontais e verticais.Foto: Rogério Sakai / Celina Henrique

Produção

Importante setor industrial, responsável pela geração de mais de 600 mil empregos, diretos e indiretos. (IBRAC, 2010)

Quando bem implantada e tecnicamente explorada, representa um dos melhores empreendimentos rurais em termos lucrativos.

Rendimento varia entre 150 à 190 litros de bebida por tonelada de cana (SEBRAE, 2001);

Dados oficiais afirmam produzir-se em torno de 1,5 bilhão de litros por ano; cerca de 70% proveniente da fabricação

industrial (COOCACHAÇA).

Produção

Distribuição da produção de cachaça, por estado.

Mercado Interno

 A aguardente de cana é 1ª bebida destilada mais consumida no Brasil.

O país consome quase toda a produção de cachaça, 99% aproximadamente.

Consumo anual gira em torno dos 11 litros por habitante.

Os principais estados consumidores.Fonte: IBRAC

Demanda Interna

Estudo considerando período de 1986 a 2004:Demanda de cachaça foi inelástica ao preço, mas sensível a variações da renda per capita. DADOS:

Coeficiente de elasticidade-preço estimado = -0,13. Um aumento de 10% do preço da cachaça reduziria o consumo per capita em 1,3%.

Coeficiente de elasticidade-renda estimado = 2,39. Pode-se dizer que a cachaça é um bem de consumo normal, ou seja:Uma elevação de 10% na renda dos consumidores aumentaria o consumo de cachaça em 23,9%.

(SILVA, 2005)

Mercado Externo

Em 2009 foram exportados 10,83 milhões de litros;

Receita = US$ 15,58 milhões. (IBRAC) Principais estados exportadores em 2009:

São Paulo Pernambuco Rio de Janeiro Minas Gerais Ceará Rio Grande do Sul.

Concorrência

Cerca de 30 mil produtores de cachaça e 5 mil marcas registradas (ABRABE);

Cachaça 51 (SP) lidera as vendas em todas as regiões do País, exceto nos estados do Ceará (Ypioca), Pernambuco (Pitu) e zona urbana do Rio de Janeiro (Caninha da Roça).

Mercado interno de cachaça é altamente pulverizado, com inúmeras marcas de presença regional e poucos produtos com distribuição nacional.

Evolução da exportação

Fonte: Instituto de Economia Agrícola.

Preços

Custo de produção unitário Garrafa de cachaça industrial ~ R$0,46 a R$0,48 Garrafa de cachaça artesanal ~ R$1,20 (dados

fornecidos por produtores e principais representantes de instituições do setor).

Preço de venda para o exterior Cachaça industrial ~ US$0,60/litro Cachaça artesanal ~ US$3,50/litro (FENACA)

(Valor agregado de aproximadamente de 480%)

Investimentos Necessários - Estimativa

Fonte: Sebrae

Investimentos Necessários - Estimativa

Fonte: Sebrae

Custos Anuais Totais - Estimativa Custos fixos (independem

da produção e vendas): salários + encargos

sociais (mão-de-obra indireta);

“pró-labore”; contabilidade; depreciação; Aluguéis; Manutenção; material de expediente; outros (3% sobre a

soma).

Custos variáveis (variam proporcionalmente ao volume de produção e vendas): matérias-primas; mão-de-obra direta e

encargos; materiais secundários; embalagens; Insumos; Impostos; fretes; comissões sobre

vendas.

Perspectivas de mercado

Sabendo-se que somente cerca de 1% do total

de cachaça produzida no Brasil é exportada e

as ações de marketing da bebida são recentes

no mercado externo, pode-se afirmar que o

destilado de cana tem espaço a conquistar no

comércio internacional.

Perspectivas de mercado

É com essa perspectiva positiva que o setor

estima que a bebida tem potencial para chegar

a 50 milhões de litros exportados até 2010.

Referências

ARAUJO, Fernanda Borges De et al. A INFLUÊNCIA DA INCIDÊNCIA DO IPI NA FORMAÇÃO DO PREÇO DA CACHAÇA ARTESANAL. Disponível em: <http://www.congressousp.fipecafi.org/artigos102010/363.pdf>. Acesso em: 15 set. 2010.

ARAÚJO, J. M. A.; COELHO, S. R. M.; MACÊDO, J. A. B.; SALINAS, E. S. S.; Alcoóis superiores em aguardente de cana-de-açúcar (Saccharum oficinarum L.) por cromatografia de fase gasosa em coluna capilar. Arq. Ciênc. Saúde Unipar. 4(3): 243-246, 2000.

Cachaça Artesanal, - Estudos de Mercado SEBRAE/ESPM 2008, Relatório Completo , disponível em <http://201.2.114.147/bds/BDS.nsf/32D45A5E7EE50293832574DC004574B0/$File/NT0003905A.pdf >, acesso em 17 set. 2010.

Exportações brasileiras de cachaça, disponivel em http://www.iea.sp.gov.br/out/verTexto.php?codTexto=8920, acesso em :16 set. 2010.

HISTÓRIA DA CACHAÇA (MUSEU DA CACHAÇA -PERNANUCO-BRASIL). Disponível em: < http://comidasbebidasereceitas.blogspot.com/2009/07/historia-da-cachaca.html> Acessado em 13 de setembro de 2010.

http://www.portalclick.com.br/portalclick/2009/10/01/receita-de-exportacao-da-cachaca-mineira-aumenta-62/ http://www.sebrae-rs.com.br/central-noticias/agencia-noticias/cachaca-brasileira-na-prateleira-mundial/

1135.aspx http://www.ibrac.net/ NOGUEIRA, A. M. P.; FILHO, W. G. V.; “AGUARDENTE DE CANA.” Botucatu, 2005. PERFIS INDUSTRIAIS, disponivel em <http://www.indi.mg.gov.br/perfis_industriais/cachaca.pdf >, acesso em

16 set. 2010. PRODUÇÃO DE CACHAÇA NA ÁREA DE JURISDIÇÃO DO BNB: MERCADO E ESTRUTURA DA CADEIA PRODUTIVA. Disponivel em < http://www.sober.org.br/palestra/9/151.pdf>, acesso em 17 set. 2010. SILVA, Cláudia Brito; GUIMARÃES, Diego Duque; LIMA, João Eustáquio. CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE

DA CADEIA PRODUTIVA DA CACHAÇA BRASILEIRA. Disponível em: <http://www.sober.org.br/palestra/2/503.pdf>. Acesso em: 16 set. 2010.

Obrigado (a)!