agroecológico maio 2012

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Ano 4 | Edição nº 20 | Maio de 2012 www.sinter-mg.org.br Bio Dicas: Inseticidas Caseiros 02 Formação e Manejo de Bancos-de-Proteína pág. 03 DESTAQUE OUTRAS NOTÍCIAS Informativo Técnico do Sindicato dos Trabalhadores em Assistência Técnica e Extensão Ruraldo Estado de Minas Gerais Bancos-de-Proteína Fotografia da internet

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Page 1: Agroecológico Maio 2012

Ano 4 | Edição nº 20 | Maio de 2012

www.sinter-mg.org.br

Bio Dicas: Inseticidas Caseiros02

Formação e Manejo de Bancos-de-Proteínapág. 03

DESTAQUE

OUTRAS NOTÍCIAS

Informativo Técnico do Sindicato dos Trabalhadores em Assistência Técnica e Extensão Ruraldo Estado de Minas Gerais

Bancos-de-ProteínaFotografia da internet

Page 2: Agroecológico Maio 2012

Como muitas vezes um atleta profissional necessita de uma alimentação especifica para um programa de exercícios físicos ou para uma determinada competição, a vida animal também carece de uma dieta rica, para se manter saudável e externar todo o seu potencial produtivo.

Todavia, dependendo da estação, os animais não conseguem se alimentar/nutrir adequadamente, necessitando de uma complementação alimentar, assim dos bancos de proteína. Os bancos de proteína tem a capacidade de fornecer uma dieta mais rica em momentos que os animais não conseguem adquirir os nutrientes com a sua alimentação normal.

Os bancos de proteína são uma solu-ção barata com relação ao uso de ra-ções especiais, podendo ser plantados e processados na propriedade onde os animais se encontram. Plantas legumino-sas como a acácia, leucena, guandú, e amendoim-forrageiro servem para esta suplementação alimentar, além de enri-quecerem o solo, e passarem os precio-sos recursos para os animais que consu-mirem essa vegetação. A criação ainda dos bancos de proteína, além de propor-cionar uma cultura rotativa, preservando e repondo os minerais do solo, evita o uso de adubos químicos, baixando rela-tivamente o custo da produção do banco de proteína e da alimentação do animal.

Antônio DominguesDiretor de Comunicação do Sinter-MG

Inseticidas Caseiros

Quebrarão

Material: ¼ litro de água, ¼ litro de querosene, 100g de sabão em pe-dra e 1 vasilha de 2 litros.

Como fazer: Cortar o sabão em fatias bem finas e colocar para ferver junto com a água, mexendo sempre até total dissolução. Retirar do fogo e acrescentar o querosene lentamente, sempre mexendo, até virar uma pasta.

Como usar: • Pulgão: Dissolver a pasta em 7 litros de água e colocar no pulverizador. Aplicar na horta e pomar.• Cochonilha: Dissolver a pasta em 5 litros de água e colocar no pulveri-zador. Aplicar na horta e pomar.• Cochonilha Escama (Citros): Dissolver a pasta em água suficiente para ficar líquida de forma a poder ser passada com uma brocha no tronco das laranjeiras (+ ou – ½ litro d’água).

Observações: Esta pasta pode ser usada até 03 dias após a sua fabrica-ção, pois ela começa a degradar-se (querosene separa da água).

Fumacol

Material: 10 a 15cm de fumo em corda, ½ litro de álcool, ½ litro de água, 100g de sabão em pedra e 1 vasilha com tampa.

Como fazer: Picar o fumo em pedacinhos e juntá-lo com a água e o álcool numa vasilha. Fechar bem a vasilha e deixar curtir por aproxima-damente 15 dias.

Como usar: • Pragas de Horta em geral: Dissolva o sabão em 10 litros de água e junte à mistura já curtida de fumo e álcool. Pode regar as plantas com pulverizador ou regador.

Observações: O sabão somente é misturado na hora do uso.

Editorial

DIRETORIA COLEGIADA DO SINTER-MGDiretor Geral | Carlos Augusto de Carvalho Diretor Secretário | Ronaldo Vieira de Aquino Diretor de Administração e Finanças | Darci Roberti Diretor de Comunicação e Cultura | Antônio Domingues de Souza Diretor De Assuntos Jurídicos | Pascoal Pereira de Almeida Diretor de Formação Política e Sindical | Lúcio Passos Ferreira Diretor de Assuntos de Agricultura Familiar e Reforma Agrária | Leni Alves de Souza Diretor De Assuntos Dos Aposentados | Elizabete Soares de Andrade

DIRETORES DE BASE Norte | Maria de Lourdes V. Leopoldo Centro | Afrânio Otávio Nogueira Triângulo | Walter Lúcio de Brito Leste | Adilson Lopes Barros Zona Da Mata | Margareth do Carmo C. Guimarães Sul | André Martins FerreiraAlto Paranaíba e Noroeste | Paulo César Thompson

REpRESENTANTES DAS SEçõES SINDICAISJanaúba | Raimundo Mendes de Souza Júnior Januária | Renato Alves Lopes Montes Claros | Onias Guedes Batista Salinas | José dos Reis Francisco da Rocha Barbacena | Tadeu César Gomes de Azevedo Belo Horizonte | Silmara Aparecida C. Campos Curvelo | Marcelino Teixeira da Silva Divinópolis | Júlio César Maia Uberaba | Oeder Pedro Ferreira Uberlândia | Carlos Miguel Rodrigues Couto Patos De Minas | Dener Henrique de Castro Unaí | Dalila Moreira da Cunha Almenara | Ronilson Martins Nascimento Capelinha | Vilivaldo Alves da Rocha Governador Valadares | Maurílio Andrade Dornelas Teófilo Otoni | Luiz Mário Leite Júnior Cataguases | Janya Aparecida de Paula Costa

Manhuaçu | Célio Alexandre de O. Barros Juiz de Fora | Deyler Nelson Maia Souto Viçosa | Luciano Saraiva Gonçalves de Souza Alfenas | Sávio dos Reis Dutra Lavras | Júlio César Silva Pouso Alegre | Sérgio Bras Regina

CONSELhO FISCAL Ilka Alves Santana | Francisco Paiva de Rezende | Marlene da Conceição A. Pereira | Noé de Oliveira Fernandes Filho | Reinaldo Bortone

CONExãO SINTERCoordenação | Antônio Domingues Participação | Diretoria Sinter-MG | André Henriques Edição | Mauro Morais Diagramação | Somanyideas Projeto Gráfico | Somanyideas Jornalista Responsável | Dante Xavier MG-13.092 Circulação | Online

Para sugestões, comentários e críticas sobre o Conexão [email protected]

Bio Dicas

Rua José de Alencar, 738 | Nova Suíça | Belo Horizonte/MG CEP 30480-500 | Telefax: 31 3334 3080www.sinter-mg.org.br | [email protected]

Edição nº 20 | Maio de 2012 | Ano 4 02

Page 3: Agroecológico Maio 2012

Edição nº 20 | Maio de 2012 | Ano 4 03

A suplementação alimentar torna-se indispen-sável visando amenizar o déficit nutricional dos rebanhos e reduzir os efeitos da estacionali-dade da produção de forragem durante o ano. A utilização de leguminosas forrageiras surge como a alternativa mais viável para assegurar um bom padrão alimentar dos animais, notadamente durante o período seco, já que estas, em relação às gramíneas, apresentam alto conteúdo protéi-co, melhor digestibilidade e maior resistência ao período seco. Além disso, face à capacidade de fixação do nitro-gênio da atmosfera, incorporam quan-tidades considerá-veis deste nutriente, contribuindo para a melhoria da ferti-lidade do solo. As leguminosas podem ser utilizadas para a produção de feno, farinha para aves e suínos, como cultura restauradora da ferti-lidade do solo, consorciadas com gramíneas ou plantadas em piquetes exclusivos denominados de bancos-de-proteína.

Na escolha de uma leguminosa para a formação de bancos-de-proteína deve-se considerar sua

produtividade de forragem, composição química, palatabilidade, competitividade com as plantas invasoras, persistência, além da tolerância a pra-gas e doenças. Algumas espécies são recomen-dadas, tais como: amendoim-forrageiro (Arachis pintoi), acácia (Acácia angustissima), guandu (Cajanus cajan), leucena (Leucaena leucocepha-la), pueraria (Pueraria phaseoloides), desmodio (Desmodium ovalifolium), centrosema (Centrosema macrocarpum), stylosantes (Stylosanthes guianen-sis) e calopogônio (Calopogonium mucunoides).

O preparo do solo através da aração e gradagem constituem o melhor recurso para o estabelecimento das leguminosas, além de facilitar as práti-cas de manutenção e manejo. Os métodos de plantio podem ser a lanço, em linhas ou em covas, manual ou mecanicamente. A

profundidade de semeadura deve ser de 2 a 5 cm, pois, em geral, as leguminosas forrageiras apresentam sementes pequenas. A densidade de semeadura depende da qualidade das se-mentes (valor cultural), do método de plantio e do espaçamento utilizado:

Formação e Manejo de Bancos- de-Proteína

“A suplementação alimentar

torna-se indispensável visando

amenizar o déficit nutricional dos

rebanhos e reduzir os efeitos da

estacionalidade da produção de

forragem durante o ano. ”

Leguminosas Resistência à seca

Tolerância ao encharcamento

Exigência em solo Palatabilidade Hábito de

crescimento Leucena alta baixa média/alta alta arbustivo Guandu alta baixa média/alta alta arbustivo Stilosanthes alta baixa baixa alta Ereto/semi- Centrosema média média baixa/média alta prostrado Arachis baixa alta média/alta alta prostrado Pueraria baixa/média média baixa média/alta prostrado Calopogônio baixa média baixa baixa/média prostrado Desmodio alta baixa/média baixa baixa/média decumbente Acácia média/alta baixa/média baixa alta arbustivo

Page 4: Agroecológico Maio 2012

Edição nº 20 | Maio de 2012 | Ano 4 04

A maioria das leguminosas tropicais apresenta alta percentagem de sementes duras, ou seja, não germinam logo após a semeadura. Em ge-ral, a percentagem de sementes duras situa-se entre 60 e 90% e a dormência é devida à pre-sença de uma cobertura impermeável à pene-tração da água, o que impede sua germinação.

Em condições naturais, a co-bertura torna-se gradualmente permeável e ocorre a germi-nação de uma certa proporção de sementes a cada período, o que contribuiu para assegurar a sobrevivên-cia da espécie, pr inc ipa lmen-te, em regiões onde ocorrem secas prolongadas.

A escarificação causa o rompimento da película das sementes, o que irá aumentar a permeabi-lidade à água e, consequentemente, estimular a germinação. Esta ruptura poderá ser obtida por diversos métodos mecânicos, químicos ou físicos, que dependem das características da leguminosa.

A área a ser plantada depende da categoria e do número de animais a serem suplementados, de suas exigências nutritivas e da disponibili-dade e qualidade da forragem das pastagens. Normalmente, o banco-de-proteína deve repre-sentar de 10 a 15% da área da pastagem culti-vada com gramíneas.

Recomenda-se sua utilização com vacas em lactação ou animais destinados a engorda. Em média, um hectare tem condições de alimentar satisfatoriamente 15 a 20 e de 10 a 15 animais adultos, respectivamente durante o período chuvoso e seco.

O período de pastejo deve ser de uma a duas horas/dia, durante a época chuvosa, preferen-cialmente após a ordenha matinal. Gradualmen-te, à medida que o organismo dos animais se adapta ao elevado teor protéico da leguminosa. O período de pastejo pode ser aumentado para duas a quatro horas/dia, principalmente durante o período seco, quando as pastagens apresen-tam baixa disponibilidade e qualidade de forra-gem.

Períodos superiores a quatro horas/dia po-dem ocasio-nar distúrbios m e t a b ó l i c o s ( t i m p a n i s m o ou empanzina-mento), nota-damente du-rante a estação chuvosa, em função dos al-tos teores de proteína da le-guminosa. Dois a três meses antes do final do período chuvoso reco-

menda-se deixar a leguminosa em descanso para que acumule forragem para utilização du-rante a época seca, a qual deve estar em torno de duas a três t/ha de matéria seca. Quando os animais têm livre acesso e o pastejo não é controlado, deve-se ajustar a carga animal, de modo que a forragem produzida seja bem dis-tribuída durante o período de suplementação. Neste caso, o pastejo poderia ser realizado em dias alternados ou três vezes por semana.

1. Eng. Agrôn., M.Sc., Embrapa RondôniaRecomendações Técnicas para a Agropecuária de Rondônia - Manual do Produtor

 

   LeucemaGuandu