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Agenda março e abril 2017

Chefia e LiderançaFilomena Regina Storti Minetto10 e 11 de MarçoDia 10 – 19h às 23hDia 11 – 08h às 17h • Acomunicaçãocomofontedeconflitoou

produtividade(FeedbackeAssertividade)• Liderançagerencial(Característicaseestilosde

liderança)• Oprocessodetomardecisões• Delegaçãodeatribuiçõeseautoridade• Comoidentificareadministrarconflitosna

empresaNãoassociados:R$ 188,00Associadoseestudantes:R$ 110,00

Atendimento e vendas: Atitudes que fazem a diferençaSilvana Oliveira19h às 22h30

MÓDULO IAtendimento13deMarço• Comoseuclientequerseratendido?• Personalizeoatendimentoaoseucliente• Construindorelaçõesduradourascomo

cliente

MÓDULO II Vendas e motivação14deMarço• Asfasesdavenda• Vendedorconsultivoxvendedortradicional• Negociandocomocliente• Benefíciosdeumaequipemotivada

Nãoassociados: R$ 167,00Associadoseestudantes:R$ 91,00

Análise de crédito e cobrança Sivaldo Dal Ry21, 22 e 23 de Março19h às 23h• Normasdecrédito• Análisedecrédito• Métododecobrançaeficiente• PolíticaseprocedimentosdecobrançaNãoassociados:R$ 188,00Associadoseestudantes:R$ 110,00

Intensivo em tributos e regimes especiais nas importações Ana Flávia Pigozzo25 de Março08h30 às 12h e das 13h às 17h30• Tratamentoadministrativonasimportações• Tributosincidentesnasimportações:II,IPI,PIS/

PASEP,COFINSeICMS• Legislaçãofiscalaplicadanasimportações• Cálculodostributosnasoperaçõesde

importação

• ExercíciopráticodeemissãodeNFenaimportação

• Regimesaduaneirosespeciaisaplicadosasimportações

Nãoassociados:R$ 250,00Associadoseestudantes:R$ 195,00

Telemarketing: Faça diferenteCarmen Benedetti27, 28 e 29 de Março19h às 23h• Vantagenseaplicaçõesdotelemarketing• Comofazerumscript• Operigoda“automatização”• FazendoumtelemarketingdiferenteNãoassociados:R$ 188,00Associadoseestudantes:R$ 110,00

Palestra A influência das redes sociais nas vendasSheila Dal Ry28 de Março19h às 21h• Casesdesucessodevendas• Relacionamentonasredessociais• Comportamentodoconsumidoronline• PrincipaiserrosquenãogeramengajamentoNãoassociados:R$ 80,00Associadoseestudantes:R$ 47,00

Palestra Transforme seu atendimento em vendasRegina Nakayama10 de Abril19h às 21h• Asleisdoatendimentoaocliente• Osmomentosdaverdade• Comocriaremanterrelacionamentoscom

clientesNãoassociados: R$ 80,00Associadoseestudantes:R$ 47,00

Redes Sociais como estratégia de posicionamento da empresa Sheila Dal Ry11 e 12 de Abril19h às 22h• Cenáriodeinfluênciadigital• RedesSociaiseobjetivosdeinteração• Estratégiasdeanúncios• PlanodecomunicaçãoNãoassociados:R$ 145,00Associadoseestudantes:R$ 80,00

PROGRAMA DE CAPACITAÇÃOESPECIAL MULHER

PalestraSeu tempo vale ouroRegina Nakayama15 de Março19h às 21h• Quantovaleseutempo?• Desperdiçadoresdotempoeralosdeenergia• AimportânciadoNÃOnatomadadedecisões• Dicasetécnicasparagestãodotemponavida

pessoaleprofissionalNãoassociados:R$ 80,00Associadoseestudantes:R$ 47,00

Palestra Liderança que faz a diferençaMaria Cristina Consalter16 de Março19h às 21h• Conceitodeliderança• Opapeldolíder• Oimpactodaliderançanodesenvolvimento

doscolaboradores• Estilosdeliderança• LiderançasituacionalNãoassociados:R$ 80,00Associadoseestudantes:R$ 47,00

Workshop Comportamento e imagem corporativa Silvia Rocha17 de Março19h às 23h• Aimportânciadaconsistênciaecoerênciade

imagem• Comportamentoeposturaprofissionaldentro

dasempresas• Vestimentaprofissionaleseusníveisde

formalidade• Oqueémoda?• Identificaçãodoscódigoscontemporâneosdo

vestuárioprofissional• Dresscodeedresscodeparaeventos

corporativos• Comportamentoeredessociais• Casosreaisdesucessoeinsucessoatravésda

construçãodeumaimagemconsistenteNãoassociados: R$ 100,00Associadoseestudantes:R$ 60,00

*Programadecapacitaçãoexclusivoparamulheres.

VALOR PROMOCIONAL PARA O PROGRAMA COMPLETO:Nãoassociados–R$ 205,00Associadoseestudantes– R$ 125,00[ [

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CURSO DE BOAS PRÁTICAS E HIGIENIZAÇÃO NAS MANIPULAÇÕES DE ALIMENTOS28,29e30deMarçoe25,26e27deAbril14hàs17hLocal:MercadoGuanabaraR.Assunção,189Informações:33270202Nãoassociados:R$100,00AssociadosACIL:R$70,00

Assistente de Departamento Pessoal: Aprenda sobre rotinas trabalhistasMario Sergio Curti25 e 26 de Abril19h às 23h• Procedimentosdaempresanaadmissãode

empregados• Contratosdetrabalho• Jornadadetrabalho• Folhadepagamento• Demissãodeempregados• IRRF,INSSeFGTSNãoassociados:R$ 250,00Associadoseestudantes:R$ 195,00

Gerente Comercial: Como montar e reestruturar o comercial de uma empresaMilton Bettoni25, 26 e 27 de Abril19h às 23h• Responsabilidadesdogerentedevendas• Recrutamentoeseleçãodeequipe• Estruturaçãodaforçadevendas• GestãoderesultadosNãoassociados: R$ 300,00Associadoseestudantes:R$ 250,00

Visual de loja e vitrine para vender maisTatiana Medina18 e 19 de Abril19 às 23h• Oclienteealoja• Tiposdevitrine• Funçõeseestilosdevitrine• AimportânciadailuminaçãoNãoassociados:R$ 167,00Associadoseestudantes:R$ 91,00

Neurovendas: Por dentro da mente do consumidor Murilo Gomes18 e 19 de Abril19h às 23h• Comoinfluenciaratomadadedecisãodo

clientepormeiodaneurociência?• Comovenderparaocérebro?• Amentedoconsumidorem2017• Oprocessodeneurovendaseconceitosde

neurociênciaaplicadoavendas• Amentedovendedordealtaperformance• Gatilhosmentaiseoutrasferramentaspráticas

deneurovendasNãoassociados:R$ 167,00Associadoseestudantes:R$ 91,00

Palestra Atitudes e comportamentos que geram diferencial em sua carreiraSilvana Oliveira25 de Abril19h às 21h• Autoconhecimento• Empatia–percepçãoecompreensãodooutro• Negociaçãonasrelações• Oshábitosdaspessoasmuitoeficazes• Qualéoseudiferencialcompetitivo?• Vocêéasuamelhormarca• Atitude–fazeracontecerNãoassociados:R$ 80,00Associadoseestudantes:R$ 47,00

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EDITORIAL

Mercado em Foco é uma publicação da Associação Comercial e Industrial de Londrina. Distribuição gratuita. Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da Associação ou pelo e-mail [email protected]

DIRETORIA DA ACIL – GESTÃO 2016/2019

Fundada em 5 de junho de 1937

Rua Minas Gerais 297 – 1º andarEd. Palácio do ComércioLondrina (PR) – CEP 86010-905Telefone (43) 3374-3000Fax (43) 3374-3060E-mail [email protected]

Claudio Sergio TedeschiPresidenteFernando Maurício de MoraesVice-presidenteFabricio Massi SallaDiretor SecretárioAlexandra de Paula Yusiasu dos Santos2º Diretor SecretárioRodolfo Tramontini ZanluchiDiretor FinanceiroRogério Pena Chineze 2º Diretor Financeiro

Angelo Pamplona da CostaDiretor ComercialMarcus Vinicius GimenesDiretor IndustrialMarcia Regina Vieira Mocelin ManfrinDiretor de ServiçosOlavo Batista JuniorDiretor de Comércio InternacionalAdelino Favoretto JuniorDiretor de ProdutosElias Lombardi de OliveiraDiretor Institucional

Luigi Carrer FilhoDiretor de AgronegóciosMarco Aurélio KumuraDiretor de Tecnologia e InovaçãoRicardo Beraldi RodriguesDiretor Micro e Pequeno EmpresárioAndré Gradia Gomes YuiDiretor Jovem EmpresárioMarisol ChiesaPresidente do CME ACIL

CONSELHO DELIBERATIVOAry Sudan Carlos Alberto Dorotheu MascarenhasDavid ConchonFlávio Montenegro BalanGeorge HiraiwaHerson Rodrigues Figueiredo JúniorJosé Augusto RapchamKatsumi Sérgio OtaguiriNivaldo BenvenhoOswaldo Pitol

Valter Luiz OrsiWeber GuimarãesWilson Geraldo Cavina

CONSELHO FISCALTitularesAdoniro Prieto MathiasMarcus Vinicius Bossa GrassanoRafael de Giovanni NetoSuplentesMario Nei PacagnanMarcelo Quelho FilhoEduardo Ajita

Susan NaimeCoordenaçãoLúcio Flávio MouraEdiçãoGiovana Nogueira CorreiaEstagiária de ComunicaçãoFernando CremonezFotografiaThiago MazzeiProjeto gráfico

Diego Rigon MenãoSuperintendenteClaudia Motta PechinGerente ComercialBarbara Della LiberaSupervisora de Marketing

ColaboradoresCelso Felizardo Fernanda Bressan

Michelle Aligleri Milene Pascoal Paulo Briguet Thamiris Geraldini

ImpressãoMidiografTiragem8 mil exemplares

TRANSFORMAÇÃO PELO CONSENSOAcreditamos no processo democrático

para que as melhores ideias prevaleçam e sejam implementadas pelas autoridades públicas.

Muitas vezes, este processo não se desenrola da forma como desejamos ou como a luz dos propósitos mais bem intencionados aponta. Eis um desconforto típico do jogo democrático. É bom lembrar, contudo, que é consideravelmente melhor estarmos desapontados neste ambiente iluminado pela discussão do que eventualmente satisfeitos sob as trevas da arbitrariedade.

Durante a campanha das eleições municipais do ano passado, a ACIL se posicionou claramente sobre quais são as transformações aguardadas pelo setor produtivo em relação ao governo municipal no quadriênio que acaba em 2020.

Na pauta, as instituições que formularam as propostas pensaram em medidas que contemplassem ao mesmo tempo a transversalidade e a efetividade. Colocadas em práticas, temos a convicção de que o ambiente de negócios melhora, o município ganha competitividade na atração de

investimentos, a atividade econômica acelera, ampliando o mercado formal de trabalho e encolhendo os problemas sociais.

Queremos o empenho do prefeito e dos vereadores na implementação das seguintes ações: o combate à burocracia, a integração dos processos através de uma base comum para toda a administração (direta e indireta) e a elaboração de um masterplan, ou um plano estratégico de desenvolvimento, com a adoção de metas e prazos para o avanço nos indicadores sócio-econômicos.

Vamos lutar para que este conjunto de propostas se torne um consenso também na esfera política e que saiam do papel para engrandecer Londrina.

A Mercado em Foco vai acompanhar de perto o avanço das discussões. Esta edição é apenas um ponto de partida.

Temos ainda uma ótima entrevista com o novo presidente da Faciap, meu amigo Marco Tadeu, uma reportagem sobre o salutar toque feminino nos negócios, o craque da gastronomia e dos negócios, a economia de compartilhamento, o design thinking e muito mais!

Boa leitura!

Claudio Sergio Tedeschi Presidente da ACIL(gestão 2016-2019)

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 5

CLUBE DE LEITURAA volta ao mundo em 20 livros ......................................... 10

SERVIÇOS DELIVERYQuando a montanha vai a Maomé ...................................... 22

INOVAÇÃOVocê sabe o que é design thinking? ..................................... 26

ARTIGOO que o mundo dos negócios está proporcionandopara motivar os colaboradores ......................................... 29

PERFIL24 horas de dedicação ao empreendedorismo ................... 34

BEM-ESTARQuando a ansiedade prejudica seu rendimento profissional ...................................................... 36

COLUNA DA ACIL80 anos da ACIL ................................................................. 38

COLUNA DO ASSOCIADOInvestir para crescer .......................................................... 40

ÍNDICE

18

TENDÊNCIACompartilhamento, um conceito a caminho da massificação

14

ENTREVISTA“Acredito muito ainda no associativismo para o País”

30

ESPECIAL MÊS DA MULHERMulheres de negócios

TRÊS PASSOS ADIANTE Como a sociedade, o Executivo e o Legislativo querem mudar Londrina

6

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março e abril de 2017 | www.acil.com.br6

UNIÃO POR LONDRINA

Prefeito Marcelo Belinati na Câmara: Executivo e Legislativo

trataram os temas com intensidade logo após a posse

Por Lúcio Flávio Moura O resultado de um debate que começou

no segundo semestre do ano passado no âmbito da sociedade civil já está nas mesas de discussão da equipe de governo do prefeito Marcelo Belinati e das comissões temáticas da Câmara Municipal.

Formulado através de um processo de depuração de prioridades liderado pela ACIL, as principais entidades do setor produtivo entregaram aos candidatos a prefeito três propostas prioritárias para melhorar o ambiente de negócios da cidade e desencadear um novo ciclo de desenvolvimento local (ver quadro).

A implantação de um programa municipal de desburocratização, a integração sistêmica dos órgãos da administração direta e indireta da prefeitura, além da adoção de uma masterplan (plano estratégico) como guia permanente para políticas públicas (com o monitoramento de indicadores socioeconômicos utilizando metas e

prazos) são as ações que teriam o peso de melhorar a imagem de Londrina como destino de investimentos até o fim da década.

“A escolha foi consensual e buscou elencar questões transversais, que causem impacto positivo no ambiente de negócios e reforcem o compromisso da cidade em modernizar a relação da sociedade com o poder público”, afirma o presidente da ACIL, Claudio Tedeschi.

Nos primeiros movimentos do novo governo, houve sinais claros de que o prefeito está engajado em tratar de forma prioritária estes temas, ainda que o discurso sobre o enfrentamento às dificuldades financeiras predominasse nas primeiras entrevistas.

Ronaldo Ribeirete, que nos primeiros meses de governo acumulava as presidências do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel) e do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul), foi destacado pelo prefeito para comandar um grupo de

trabalho sobre dois dos três temas.“A questão do masterplan vamos

abordar mais à frente”, informou, lembrando que o debate sobre a nova diretriz deve ser simultâneo ao da revisão do Plano Diretor, onde haveria “entraves importantes” para os investimentos em alguns setores.

Para ele, o primeiro desafio foi envolver o corpo técnico no “mutirão” montado

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 7

pelo prefeito para avaliar a revogação de leis e decretos que “causam transtornos” para a vida econômica de Londrina. Fazem parte também desta espécie de “limpeza legal” as secretarias de Fazenda, Obras e Pavimentação, de Ambiente, de Governo, de Gestão, além do Sebrae, que coordena a assessoria técnica, identificando os gargalos que devem ser enfrentados. “É um trabalho difícil. Temos 2,2 mil leis municipais”, avisa Ribeirete. Outras ações articuladas nestas reuniões também devem resultar em mais rapidez na tramitação de processos na Sala do Empreendedor ainda este ano, prevê o presidente da Codel.

Sem resistência no LegislativoNa Câmara, as comissões já estão

examinando os temas. O trabalho mais avançado está em Finanças e Orçamento, presidida por Felipe Prochet. Com apoio do Sindicato dos Contabilistas de Londrina (Sincolon) e outras entidades, o vereador articulou uma reunião para discutir o excesso de regulamentação e os pontos que devem ser revistos no Plano Diretor.

De acordo com Geraldo Sapateiro, presidente do Sincolon, o grupo planeja também propor a consolidação do Código Tributário, ação que daria mais clareza e segurança para os potenciais investidores. “Nossa ideia é colocar todas as reformas em pauta ainda este ano, inclusive tentar antecipar a revisão do Plano Diretor”, afirma Prochet. “Vamos ter que aproveitar todo o gás inicial do novo prefeito e dos novos vereadores para tornar este processo mais ágil”, lembra Sapateiro.

O presidente da Câmara, Mario Takahashi, informou que será realizado um trabalho de compilação de leis. “Muitas vezes o conjunto de leis que rege a atividade produtiva está esparsa. Em alguns setores, há diretrizes legais em 10 textos diferentes. Isso desestimula o investimento porque gera insegurança. É preciso consolidar as regras de forma mais clara. E vamos nos dedicar concluirmos este ano”, promete o parlamentar.

Takahashi ventila, inclusive, a possibilidade da Câmara contratar uma empresa que tenha a expertise de vasculhar toda a legislação através de um software, que aponte quais textos devem prevalecer, disciplinados por tempo e clareza.

Takahashi também informou que o Legislativo deve passar por uma reforma administrativa interna, que deve contemplar a informatização total dos procedimentos e facilitar a integração com o sistema operacional da prefeitura. “O ideal é que todos os procedimentos feitos na Câmara possam ser checados pelo Executivo e vice-versa. Isso é possível. É um avanço fundamental para melhorar a gestão e para facilitar a vida do cidadão”.

AutoestimaO presidente da Comissão de

Política Urbana e Meio Ambiente, Ailton Nantes, lembrou que as ações que tentem recuperar a atratividade de Londrina servem também para combater uma espécie de autoestima

O presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, Felipe Prochet: “Nossa ideia

é colocar todas as reformas em pauta ainda este ano, inclusive tentar antecipar

a revisão do Plano Diretor”

Presidente da Câmara, Eduardo Takahashi: “Em alguns setores, há

diretrizes legais em 10 textos diferentes. Isso desestimula o investimento porque

gera insegurança”

que a comunidade conquistou a partir do interesse dos forasteiros. “Sou londrinense e lembro que havia gente do Brasil e do mundo inteiro escolhendo aqui para fazer a vida, prosperar”, recorda o vereador. “Ainda temos um povo trabalhador, mas que hoje carece de oportunidades por falta de investimentos. Vivemos uma época em que muitos vão tentar a vida em outros centros e alguns outros sucumbem à tentação da criminalidade”.

Para o vereador, há urgência nesta mudança de imagem e um dos primeiros passos é tornar a cidade mais competitiva na geração de empregos formais. “A revisão de leis é fundamental. Já estou tratando desta iniciativa no meu gabinete e pretendo levar o tema para plenário. Temos a consciência que não se trata de um processo rápido porque deve ser feito com muito cuidado”, avisa Nantes, lembrando que a elaboração do recém-instituído Plano Diretor – que já apresenta muitos pontos com grande rejeição - é uma lição de que todos os aspectos devem ser observado.

Na visão do presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Eduardo Tominaga, os três avanços propostos pela sociedade civil deve ser obtido ao longo de toda a legislatura. Ele acredita que a atual composição da Câmara e as intenções do novo prefeito Marcelo Belinati estão em sintonia e por isso o momento torna-se tão propício para as reformas. “Temos que cobrar o Executivo para que

O presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Eduardo

Tominaga: “Como empresário, sei muito bem das dificuldades com a papelada. Temos muitas leis desconexas, muita

legislação que não serve para nada. Além disso, as secretarias não dialogam”

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março e abril de 2017 | www.acil.com.br

maiores desafios do governo municipal para os próximos anos, o alinhamento dos diversos órgãos da administração direta e indireta da Prefeitura na troca, envio e recebimento de informações.A desarticulação existente hoje influencia diretamente na morosidade dos procedimentos e, muitas vezes, na baixa resolutividade nos atendimentos aos empresários.Portanto, solicitamos uma urgente modernização deste fluxo, com a implantação de softwares de gerenciamento e a capacitação do funcionalismo para operá-los.A implantação deste sistema inteligente, no qual o procedimento em um órgão seja acessível a todos os outros via online, permitirá avanços ainda mais importantes, como a implantação da Casa do Empreendedor, uma central de atendimento ao setor produtivo em um único espaço físico.No mesmo endereço, com infraestrutura adequada e instalações funcionais, o empresário poderá fazer vários procedimentos burocráticos em uma única repartição.

Subscrevem: Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL)Sindicato da Habitação e Condomínios de Londrina (Secovi)Sindicato das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações, Pesquisas e de Serviços Contábeis de Londrina e Região (Sescap)Sindicato do Comércio Varejista de Londrina e Região (Sincoval)Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Londrina (Sindimetal)Sindicato da Indústria da Construção Civil do Norte do Paraná (Sinduscon)Sociedade Rural do Paraná

Também participaram da iniciativa as seguintes entidades:Associação Médica de Londrina (AML)Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina (Ceal)Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep)Londrina Convention BureauObservatório de Gestão Pública de LondrinaServiço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Londrina)Sindicato dos Corretores de Imóveis de Londrina e Região (Sincil)Sindicato Rural Patronal de Londrina

PRIMEIRA AÇÃO

PLANO MUNICIPAL DE DESBUROCRATIZAÇÃO

A sociedade civil de Londrina entende que há lentidão excessiva no trâmite de documentos, causado por excesso de guias e de autorizações exigidos nos procedimentos mais rotineiros da atividade empresarial.As consequências deste quadro são decisivas para a perda de competitividade, o que afeta tanto as empresas já aqui instaladas, quanto às chances de investidores escolherem a cidade para instalar novas empresas.A formulação e a operação de um Plano Municipal de Desburocratização dependem da revisão das legislações tributária, de ocupação urbana e ambiental, no sentido da simplificação do trâmite; do fortalecimento de programas que substituam a presença física pelo acesso digital e a qualificação do corpo técnico do funcionalismo para aumentar a agilidade e a resolutividade dos atendimentos.

SEGUNDA AÇÃO

FORMULAÇÃO E ADOÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO

A sociedade londrinense avalia que o município carece de um grande plano estratégico que balize as políticas de desenvolvimento como ações de Estado e não de apenas como ações de governo.Na avaliação das entidades signatárias deste documento, falta empenho do governo municipal em combater a visão imediatista na esfera pública.A consequência é uma descontinuidade de políticas municipais nos mais diversos setores, o que afeta a efetividade de programas oficiais em diversos setores.A solução para este problema está na elaboração de um plano estratégico de desenvolvimento que estabeleça metas e prazos para a melhoria de indicadores de forma transversal.Com isso, o desempenho do governo fica mais acessível ao monitoramento e, portanto, mais transparente sob o ponto de vista do cidadão.

TERCEIRA AÇÃO

INTEGRAÇÃO DE PROCESSOS

As entidades signatárias deste documento avaliam de maneira consensual como um dos

AS TRÊS AÇÕES PRIORITÁRIASDE ACORDO COM A SOCIEDADE CIVIL

simplificar e articular os processos. Como empresário, sei muito bem das dificuldades com a papelada. Temos muitas leis desconexas, muita legislação que não serve para nada. Além disso, as secretarias não dialogam”, avalia Tominaga, com a desenvoltura de quem sente os entraves na vida prática. “Acredito que todos aqui querem mudar este quadro e espero que isso prevaleça sobre interesses partidários. Temos o dever de deixar este legado para o município”.

A adoção de um plano estratégico ainda é o que menos se ouve falar na Câmara, embora todos os entrevistados tenham se manifestados simpáticos a ideia. No Executivo, há uma sensação de que o documento pode ser viabilizado apenas a médio prazo. Ainda assim, sua pertinência começou a ganhar corpo após ser incluído no caderno de propostas das entidades durante a campanha. Para Takahashi, o masterplan seria um antídoto contra a descontinuidade das políticas públicas, “um dos maiores males da administração pública”, enquanto Tominaga lembrou do valor da “visão de longo prazo”. Nantes acredita que esta deve ser uma iniciativa do Executivo.

Nantes, presidente da Comissão de Política Urbana e Meio Ambiente:

“A revisão de leis é fundamental. No entanto, temos a consciência de que não

se trata de um processo rápido porque deve ser feito com muito cuidado”

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março e abril de 2017 | www.acil.com.br10

CLUBE DE LEITURA

Por Paulo Briguet

“Nós não explicamos os clássicos, eles é que nos explicam”, dizia o saudoso professor José Monir Nasser (1957-2013). Sob inspiração do mestre paranaense, a ACIL realiza a partir de março um ciclo de palestras sobre 20 obras literárias que ajudam a explicar o mundo em que vivemos e a estrutura da realidade em que nos movemos. Os livros foram selecionados pelo sociólogo e editor Silvio Grimaldo e por este cronista que vos escreve. Cada obra será apresentada e analisada em forma de palestra, seguida de debate, no Auditório David Dequech, com participação aberta a todos os interessados, mediante inscrições.

O projeto Volta ao Mundo em 20 Livros tem como objetivo ampliar o horizonte intelectual dos participantes e mostrar que a alta cultura, a realidade político-social e a nossa vida cotidiana (no meio empresarial, por exemplo) estão essencialmente interligadas por relações de causa e efeito que atravessam a História. A viagem que

Embora a leitura completa dos livros seja recomendada, não é obrigatória. A nossa meta é fazer com que os participantes se interessem em ler as obras dos autores escolhidos, mesmo sem a obrigatoriedade de fazer isso

Silvio Grimaldo, sociólogo

“A VOLTA AO MUNDO EM 20 LIVROSProjeto da ACIL apresenta obras clássicas e faz uma viagem pela grande literatura de todos os tempos. Você está convidado a navegar conosco (mesmo que seja marinheiro de primeira viagem)

pretendemos fazer obviamente não é uma circum-navegação geográfica, como a empreendida pelos companheiros de Fernão de Magalhães no século XVI, mas uma jornada literária de retorno à realidade concreta. “Embora a leitura completa dos livros seja recomendada, não é obrigatória”, diz Silvio Grimaldo. “A nossa meta é fazer com que os participantes se interessem em ler as obras dos autores escolhidos, mesmo sem a obrigatoriedade de fazer isso”, completa o sociólogo.

Nossa viagem começará quatro séculos antes de Cristo, na Atenas do período clássico, com a tragédia “Antígona”, de Sófocles (498-406 a.C.). Considerada uma das mais perfeitas criações teatrais de todos os tempos, a peça narra a luta de Antígona, uma das filhas do Rei Édipo, para que seu irmão Polinices seja enterrado conforme os rituais sagrados na cidade de Tebas, e não tenha seu corpo abandonado aos cães e às aves de rapina. Em seu intento, Antígona encontra veemente oposição do governante de Tebas, seu tio Creonte. A tragédia

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 11

REVISTA MERCADO EM FOCO | MARÇO E ABRIL DE 2017 WWW.ACIL.COM.BR

de Sófocles — terceira parte da trilogia iniciada com “Édipo Rei” — mostra uma situação de conflito entre as leis humanas e as leis divinas, com meditações altamente significativas para os dias atuais.

Ainda na Grécia antiga, analisaremos a “Apologia de Sócrates”, uma das mais importantes obras de Platão (428-348 a.C). Ao narrar o julgamento que condenou seu mestre Sócrates à morte, o mestre Platão nos torna espectadores do nascimento

da filosofia ocidental. A “Apologia”, a par de sua beleza literária, traz à tona temas como a eternidade da alma, a liberdade de expressão e a arte de morrer. Como disse o filósofo americano James V. Schall, no ensaio “A Morte de Platão”: “Todo verdadeiro filósofo, quando morre, morre a mesma morte. Todo verdadeiro filósofo, quando morre, morre na mesma cidade”.

Depois dos clássicos gregos, a Viagem passa pelos mares sombrios do totalitarismo político, um dos principais flagelos da era contemporânea. Analisaremos os romances “A Revolução dos Bichos” e “1984”, do autor britânico George Orwell (1903-1950), impressionantes metáforas da revolução comunista e do controle estatal como forma de escravidão. Em “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley (1894-1963), a utopia às avessas é apresentada com a roupagem do prazer sexual irrestrito, do consumo de drogas e da dissolução familiar. Dois outros livros, no entanto, mostram a que ponto a utopia ideológica já atingiu a sociedade humana, no caso da União Soviética. São eles o romance “O Zero e o Infinito”, de Arthur Koestler (1905-1983), e a narrativa histórica “Sussurros — A Vida Privada na Rússia de Stálin”, de Orlando Figes (1959-). “A Brincadeira”, romance do autor tcheco Milan Kundera (1929-), também nos será útil para analisar o contexto das sociedades revolucionárias.

Na literatura brasileira, um destino inevitável é a novela “O Alienista”, de Machado de Assis (1839-1908), em que o nosso mais importante escritor conta a incrível história do médico psiquiatra que resolve aplicar suas teorias cientificistas

na população de uma pequena cidade, esgarçando os limites entre loucura e sanidade. Uma metáfora tão poderosa quanto o romance “O Processo”, de Franz Kafka (1883-1924), escritor tcheco de expressão alemã. O enredo do livro é um dos mais estarrecedores da literatura universal: um homem que é julgado, preso e condenado sem ao menos conseguir saber o crime que cometeu. Com uma clarividência miraculosa, Kafka profetiza o funcionamento da sociedade totalitária e da dominação ideológica. “O Rinoceronte”, peça teatral do autor romeno Eugène Ionesco(1909-1994), também vai aos limites do absurdo para mostrar os males que o coletivismo e o espírito de rebanho podem causar nas sociedades contemporâneas.

Se Machado de Assis não poderia faltar porque somos brasileiros, William Shakespeare não poderia faltar porque somos humanos. As duas peças analisadas — difícil escolha! — serão as tragédias “Macbeth” e “Otelo”, duas obras-primas que atacam problemas fulcrais da existência humana: a inveja, o ciúme e a sede de poder. Reler Shakespeare é tentar saber em que medida, como diz o crítico Harold Bloom, o Bardo é o inventor da consciência humana moderna.

Por falar em consciência, não podemos nos esquecer daqueles que ajudaram a formar a própria identidade civilizacional brasileira. O filósofo Olavo de Carvalho (1947-) aborda de maneira brilhante esse tema na obra “O Futuro do Pensamento Brasileiro”, em que utiliza a sua teoria dos quatro discursos de Aristóteles (imaginativo, retórico, dialético e lógico)

Silvio Grimaldo e Paulo Briguet farão análise das obras em forma de palestra, seguida de

debate, no Auditório David Dequech, na ACIL

Ciclo de palestras contará com 20 obras literárias que ajudam a explicar o mundo em que vivemos e a estrutura da realidade em que nos

movemos

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para falar sobre a importância da alta cultura no destino da nação brasileira. Na mesma obra, Olavo mostra a importância de quatro intelectuais para a nossa sobrevivência enquanto país. São eles o filósofo Mário Ferreira dos Santos (1907-1968), o sociólogo Gilberto Freyre (1900-1987), o jurista Miguel Reale (1910-2006) e o crítico literário Otto Maria Carpeaux (1900-1978).

A grande literatura russa do século XIX não poderia faltar em nossa circum-navegação literária. As obras escolhidas — novamente, uma dificílima seleção... — foram “Pais e Filhos”, de Ivan Turguêniev (1818-1883), “Crime e Castigo”, de FiódorDostoiévski (1821-1881), e a “A Morte de Ivan Ilitch”, de LievTolstói(1828-1910).

No dilema contemporâneo entre o indivíduo e a massa, entre a integridade pessoal e a fragmentação social, a peça “Um Inimigo do Povo”, do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen (1828-1906), ilumina a questão da lucidez individual versus a ilusão coletiva. Afinal, um homem que fala a verdade continua tendo razão, mesmo que dez mil digam que ele está mentindo. O mesmo conflito inspirou duas obras que, apesar de terem sido escritas em épocas diferentes, parecem gêmeas: “A Rebelião das Massas”, do filósofo espanhol José Ortega y Gasset(1883-1955), e “A Invasão Vertical dos Bárbaros”, do já citado Mário Ferreira dos Santos.

Pretendemos encerrar o ano discutindo três obras magistrais que tematizam a base de nossa civilização: o cristianismo. Os romances “O Poder e a Glória”, do inglês Graham Greene (1904-1991), e “Sob o Sol de Satã”, do francês Georges Bernanos (1888-1948), mostram homens santos em situações de confronto de vida e morte com as forças do Mal. Para terminar a nossa viagem, ancoraremos nossa barca nas palavras eternas de Jesus Cristo no “Sermão da Montanha”, comentadas por um gênio do pensamento e doutor da Igreja, Santo Agostinho de Hipona(354-430).

Se você quer fazer parte desta navegação, entre em contato com a ACIL. Já vamos zarpar.

1. Antígona, de Sófocles

2. Apologia de Sócrates, de Platão

3. A Revolução dos Bichos, de George Orwell

4. Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley

5. 1984, de George Orwell, e Sussurros, de Orlando Figes

6. O Processo, de Franz Kafka

7. O Alienista, de Machado de Assis

8. A Brincadeira, de Milan Kundera

9. O Rinoceronte, de Eugène Ionesco

10. Macbeth, de William Shakespeare

11. Otelo, de William Shakespeare

12. O Poder e a Glória, de Graham Greene

13. O Zero e o Infinito, de Arthur Koestler

14. O Futuro do Pensamento Brasileiro, de Olavo de Carvalho

15. Um Inimigo do Povo, de Henrik Ibsen

16. Crime e Castigo, de Fiodor Dostoievski

17. Pais e Filhos, de Ivan Turgueniev

18. Sob o Sol de Satã, de Georges Bernanos

19. A Invasão Vertical dos Bárbaros, de Mário Ferreira dos Santos, e A Rebelião das Massas, de José de Ortega y Gasset

20. O Sermão da Montanha, comentado por Agostinho de Hipona

Sófocles

George Orwell

Orlando Figes

Machado de Assis

Eugène Ionesco

Graham Greene

Olavo de Carvalho

Platão

Aldous Huxley

Franz Kafka

Milan Kundera

William Shakespeare

Arthur Koestler

Mário Ferreirados Santos

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ENTREVISTA

Marco Tadeu: Deposito minha confiança na capacitação e na preparação que as associações comerciais podem fornecer aos empresários, industriais e empreendedores, preparando as empresas para o mercado.

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“ACREDITO MUITO AINDA NO ASSOCIATIVISMO PARA O PAÍS”

Eleito presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap) para o biênio 2017-2018, Marco Tadeu Barbosa, 49 anos, aponta como principal desafio de sua gestão fortalecer as pequenas associações comerciais com o propósito de transformar o Estado em um grande polo

associativista. A partir daí, segundo o empresário, será possível vencer entraves políticos e econômicos que impedem o setor produtivo de avançar. Casado com Maria Carolina e pai de Mariana, Manuela, João Henrique e Guilherme, Marco Tadeu é formado em Direito e trabalha há mais de 30 anos no mercado

imobiliário. Esteve à frente da Associação Comercial e Empresarial de Maringá nas gestões 2012/2014 e 2014/2016 e foi vice-presidente para assuntos de desenvolvimento regional da Faciap entre 2014 e 2016. Atualmente é também diretor da regional noroeste do Secovi-PR.

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REVISTA MERCADO EM FOCO | MARÇO E ABRIL DE 2017 WWW.ACIL.COM.BR

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As empresas estão preparadas para o desenvolvimento, mas ficam com o pé no freio por conta do quadro econômico e político que o País vivencia. Não há como não dizer que o arranjo político afeta diretamente a economia. Por isso penso que 2017 é um ano de desafios para o Brasil

Marco Tadeu Barbosa, presidente da Faciap

Por Susan Naime Mercado em Foco: Como sua gestão deve conduzir a Faciap para agir perante a realização das reformas estruturais do País, especialmente, a tributária que impacta diretamente o desenvolvimento do setor?

Marco Tadeu Barbosa: A primeira coisa a se fazer é marcar o espaço da Federação, mostrar a importância dela, suas ideias, seus projetos e levar essa discussão para toda a sociedade. E para poder levar essas demandas e se obter sucesso no trabalho é fundamental fortalecer a base. Precisamos da força das associações comerciais, inclusive das associações menores. Temos com a Faciap quase 300 municípios e isso por si só nos dá muita força. Esse é nosso grande trunfo. Então, nosso desafio é fortalecer a base dentro das 12 coordenadorias que estão divididas nas diversas regiões, fortalecer especialmente o interior do Paraná, para aí sim, de forma forte e consistente, trabalhar as demandas sobre as reformas tributária, política, trabalhista. Vamos caminhar nessa linha e com o apoio de Londrina. MF: Qual o principal desafio das associações comerciais para um ano que se espera ser o início de um caminho de melhoras?

MTB: As associações comerciais, por menores que sejam, são referências para o setor produtivo na cidade. São guarda-chuvas das empresas. É um desafio, mas precisamos fazer com que as associações levem as empresas para dentro delas. Precisamos continuar sendo guarda-chuvas, proteger essas empresas e abrigar outros setores produtivos também. Não é fácil, mas estamos plantando essa semente com todas as mudanças que estão ocorrendo no Estado. Temos o privilégio de ter no Paraná uma sociedade civil muito atuante. Nosso associativismo é muito

forte e, inclusive, é um modelo copiado por outros estados. Eu acredito muito que o caminho para um País melhor está sendo através da sociedade. A sociedade que é transformadora e por isso acredito no crescimento e fortalecimento dessas entidades. É papel da Faciap atuar para esse fortalecimento e acredito que iremos avançar nesse processo. MF: Como a Faciap está trabalhando para pensar numa política estadual voltada ao comércio e à indústria, tendo em vista que o Paraná possui regiões e realidades tão diferentes?

MTB: Temos inclusive realidades culturais e econômicas bem distintas. Sem identificar a vocação social e econômica de cada região seria impossível trabalhar e criar um modelo associativista. Hoje estamos divididos no Estado em 12 coordenadorias, cada uma lidando com o perfil social e econômico da sua região. Então, através dessa atuação e em conjunto com as associações mais fortes, conseguiremos avançar numa política pujante.

MF: Quais as perspectivas para a indústria e comércio paranaense em 2017?

MTB: Dependemos mais da gente do que lá de fora. Precisamos fazer com que as instituições funcionem e os poderes estabelecidos também precisam funcionar. Daí o setor produtivo faz o resto. Hoje, as empresas estão preparadas para o desenvolvimento, mas ficam com o pé no freio por conta do quadro econômico e político que o País vivencia. Não há como não dizer que o arranjo político afeta diretamente a economia. Por isso penso que 2017 é um ano de desafios para o Brasil. Acredito muito que a gente consiga avançar, apesar das políticas contrárias. O agronegócio é muito forte no Paraná e isso também é um fator importante. Claro que precisamos seguir com o pé no chão, mas estou otimista.

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MF: O que será preciso priorizar para a saúde financeira das indústrias e do comércio do Estado?

MTB: O planejamento. As associações comerciais têm esse papel de orientação. Existem parceiros para isso como o Sebrae, as cooperativas de crédito. Temos outra ferramenta que são as Sociedades Garantidoras de Crédito (SGC). Elas não só viabilizam recursos para as micro e pequenas empresas, mas também trabalham em cima da ambientação. Através dessas estruturas montadas, além da própria expertise das associações comerciais, podemos construir um País mais dinâmico e seguro. Deposito minha confiança na capacitação e na preparação que as associações comerciais podem fornecer aos empresários, industriais e empreendedores, preparando as empresas para o mercado. Sem falar na contribuição para o desenvolvimento, em especial das pequenas empresas que fazem uma grande diferença para a nossa economia. Temos a ferramenta. Agora, precisamos utilizá-la mais. MF: Como será seu trabalho para unir os empresários em busca do desenvolvimento das regiões do Paraná?

MTB: Cada região tem uma característica, o que deixa esse processo um pouco mais difícil. A busca pelo desenvolvimento tem aproximado muito o setor produtivo do poder público. Isso acaba motivando os empresários e as entidades a participarem também do desenvolvimento de suas cidades através da criação dos conselhos de desenvolvimentos e até mesmo de observatórios sociais, que têm um papel muito grande na fiscalização das contas públicas. Além do mais, precisamos ativar os conselhos de segurança. Está comprovado que cidades seguras se desenvolvem mais. A própria sociedade tem demonstrado que deseja

participar mais. Não tenho dúvida de que o caminho para o Brasil avançar é a sociedade civil puxando para si a responsabilidade que muitas vezes a gente só coloca para o poder público, deixando de fazer a nossa parte. Na Faciap, nossos grandes desafios estão relacionados à questão da economia do País, à aproximação dessas entidades e ao trabalho com planejamento, com associativismo forte. Acredito muito ainda no associativismo para o País e acredito mais ainda no Paraná.

MF: A Faciap e as associações comerciais levantaram a bandeira contra a corrupção, especialmente na ação que marcou a coleta de assinaturas para o projeto 10 Medidas Contra a Corrupção. Em sua opinião, qual é o papel do empresário no combate à corrupção?

MTB: Mostramos força na ânsia em combater a corrupção. Londrina se mobilizou fortemente, o Paraná e todo o Brasil. Eu diria que a grande maioria dos empresários quer um país melhor e quer combater a corrupção. Nós precisamos mudar para querer mudar o país, temos que dar exemplo. É uma pena que ainda existam pessoas que não pensam assim e isso dificulta um pouco. Mas como a maioria quer o melhor, a gente vai continuar lutando contra a corrupção. A nossa parte a gente faz que é ir para as ruas, apresentar projetos, lutar por campanhas como aconteceu com as assinaturas para o projeto das 10 Medidas contra a Corrupção. Londrina foi exemplo, inclusive. Precisamos mostrar que a gente quer realmente essas mudanças. Não só no discurso, mas na prática. Quando a gente encampa uma campanha como as 10 Medidas, estamos mostrando que queremos a transformação. Não é fácil. Essa resistência é cultural desde que o Brasil é Brasil, mas estamos num momento em que a sociedade pede essa mudança. Acho que nos livrarmos 100% da corrupção é impossível,

Vamos puxar para a gente algumas responsabilidades e fazer o que deveria ser papel do Estado. Dessa forma tenho certeza de que será possível transformar a sociedade, transformar o País. Se for cruzar os braços e esperar apenas que o poder público ou o outro faça, vamos avançar pouco

Marco Tadeu Barbosa, presidente da Faciap

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não existe isso em lugar nenhum do mundo. Por isso, insisto em dizer que o melhor caminho para o Brasil está nas mãos da sociedade, dando exemplos e trabalhando muito.

MF: Em um cenário de insegurança política e econômica, qual é a importância de uma liderança eficiente nas empresas?

MTB: A gente tem a péssima mania de apenas cobrar. Vamos puxar para nós a responsabilidade de muitas coisas para mudar esse País. Eu sei que a gente paga muitos impostos e não temos o retorno disso. Mas não podemos esperar que o cenário fique mais difícil ou que uma tragédia maior aconteça. Vamos puxar para a gente algumas responsabilidades e fazer o que deveria ser papel do Estado.

Dessa forma tenho certeza de que será possível transformar a sociedade, transformar o País. Se for cruzar os braços e esperar apenas que o poder público ou o outro faça, vamos avançar pouco. A nossa responsabilidade pelas mudanças é muito grande. MF: Temas polêmicos como a desburocratização e os valores altos praticados nas praças de pedágios do Paraná devem ganhar corpo novamente em 2017 já que são vistos como entraves para o desenvolvimento de empresas e indústrias. Como a Faciap deve atuar diante dessa demanda?

MTB: Nos últimos anos a Faciap já tem cobrado muito por saídas para essas questões. Não somos contra o pedágio,

o que queremos é ter estradas melhores para poder ter competitividade com regiões como a de Ponta grossa e Curitiba, por exemplo, que estão próximas ao Porto de Paranaguá, têm pista dupla e malha ferroviária. Precisamos ter a mesma condição e fazer nossa economia se desenvolver. Essa batalha já estamos travando. A sociedade cobra. É um absurdo a gente ter um setor agrícola muito desenvolvido, tecnologia de ponta, recordes de produção e na hora de escoar essa safra, movimentá-la dentro do Estado, parte dessa produção se perde por conta das estradas ruins, dos pedágios caros e pela falta de uma malha ferroviária adequada. Essas são nossas cobranças. Para o País ser grande precisamos pensar primeiramente nesse desenvolvimento.

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TENDÊNCIA

Por Celso Felizardo

A economia compartilhada, apesar de ainda estar em fase de consolidação, parece ter chegado para ficar. Se antes o conceito que carrega valores como a troca de experiências, otimização de recursos e sustentabilidade parecia abstrato à maioria da população, com exceção aos mais antenados, hoje já se mostra mais palpável. Isso foi possível graças ao Uber. O serviço de carona compartilhada por aplicativo de celular chegou ao Brasil há quase três anos e, desde agosto do ano passado, opera em Londrina.

A lista de iniciativas baseadas na ideia de compartilhamento, no entanto, é muito mais ampla. Você já pensou em morar em um condomínio onde, por meio de um aplicativo no celular, moradores podem compartilhar ferramentas, bicicletas de uso coletivo, organizar caronas, utilizar equipamentos esportivos, além de outros serviços, como reservar espaços da área

de lazer do edifício, churrasqueiras e salão de festas? Isso já é possível. Em dezembro do ano passado, a Yticon inaugurou na zona norte o Norte Park, primeiro empreendimento do Minha Casa Minha Vida do país com conceito de economia compartilhada.

A auxiliar de enfermagem Amanda Bacelar Xavier Pacheco mudou há poucos dias para o apartamento no Norte Park.  Ela baixou o aplicativo e pretende fazer uso frequente dos recursos. “Foi uma coisa que chamou muito a atenção. É uma ideia muito boa, pois não precisamos comprar uma ferramenta cara, por exemplo, para usá-la uma vez na vida”, comenta. “Poder compartilhar bicicletas e combinar caronas também é muito útil, pois melhora o trânsito na cidade e os moradores interagem mais”, acrescenta.

“O aplicativo funciona como um eficiente canal de comunicação entre os moradores, possibilitando ativar uma nova rede de relacionamento, e mais do

Moramos em comunidade, mas muitas vezes não conhecemos todos os vizinhos. Acredito que alguns possam trabalhar na mesma região e poderiam, perfeitamente, compartilhar caronas. Uma alternativa que gera economia, menos poluição, além de conectar as pessoas

Leonardo Yoshii,presidente da Yticon

“COMPARTILHAMENTO, UM CONCEITO A CAMINHO DA MASSIFICAÇÃOSimbolizada pelo Uber, a nova modalidade de negócio se expande, abastecida pelo clamor da redução de custos e pela fome do mercado por soluções criativas

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que isso: é uma plataforma inovadora que nasce do conceito de economia compartilhada, com foco na preocupação com o meio ambiente, economia e em menos consumismo”, explica Leonardo Yoshii, presidente da Yticon.

Yoshii ressalta que uma das premissas da economia compartilhada é buscar soluções criativas e econômicas. “Moramos em comunidade, mas muitas vezes não conhecemos todos os vizinhos. Acredito que alguns possam trabalhar na mesma região e poderiam, perfeitamente, compartilhar caronas. Uma alternativa que gera economia, menos poluição, além de conectar as pessoas”, comenta. Leonardo Schibelsky, gerente da Yticon, ressalta que o compartilhamento é algo que tem uma identificação muito grande com um público mais jovem, cada vez mais preocupado com a sustentabilidade. Apesar de recente, o aplicativo já deu resultado e deve ser adotado nos futuros empreendimentos da empresa.

Flávio Tavares, diretor de marketing e vendas da GolSat, empresa pioneira do ramo de rastreamento de veículos, também aposta no compartilhamento para soluções internas e, em uma escala mais ampla, para toda a cidade. Na empresa, os funcionários têm à disposição uma estação com cerca de dez bicicletas elétricas para percorrer o trajeto de casa para o trabalho. “Além de ser sustentável, a bicicleta faz bem para a saúde e ajuda a desafogar o trânsito”, comenta Willian Kashiwaki, que todos os dias percorre 7 quilômetros no trajeto de ida e volta entre a casa e o escritório, na Gleba Palhano.

Tavares reúne interessados da iniciativa privada para desenvolver um projeto de mobilidade urbana em Londrina. “Em horários de pico, nossas avenidas param. É preciso buscar soluções. Compartilhar carros, criar uma rede de bicicletas de uso coletivo. Hoje o sonho dos jovens não é mais ter um carro. Isso mostra que a economia compartilhada é muito mais

Todos os dias Willian Kashiwaki percorre sete quilômetros no trajeto

de ida e volta entre a casa e o escritório: “faz bem para a saúde e

ajuda a desafogar o trânsito”

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que uma moda passageira. É um processo irreversível”, analisa. Segundo dados do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (IPPUL), a taxa de ocupação veicular na cidade é de 1,47 pessoas por veículo, uma das mais baixas do país.

Para o entusiasta da economia compartilhada, também chamada de colaborativa, Londrina precisa de mais

pessoas pensando o assunto. “A cidade precisa de agentes multiplicadores do pensar compartilhado. Para a nova geração, isso é algo natural, mas pra quem vem de uma era anterior, que são aqueles que, hoje, estão à frente da maioria das empresas, esse processo não é tão natural. A chave é não precisar esperar que os filhos dessas pessoas assumam o negócio para torná-lo sustentável, moderno”, expõe.

Consumo colaborativo

O consultor do Senai, André Turetta, explica que a economia compartilhada pode ser aplicada em diversos segmentos, mas o público-alvo precisa estar aculturado neste movimento. “Quando se fala em compartilhar, alguns torcem o nariz. No entanto, a crise, que tem exigido fazer mais com menos, tem despertado por necessidade a conscientização em muitas pessoas

de que compartilhar pode ser um bom negócio”.

Turetta explica que da economia colaborativa derivam três vertentes principais: o mercado da redistribuição, em que enquadram exemplos como o Uber e o AirBnB (aplicativo de estadia compartilhada); o sistema produto-serviço, onde a indústria passa agregar serviços aos seus produtos, focando na

André Turetta: “A crise, que tem exigido fazer mais com menos, tem despertado por necessidade a conscientização em muitas pessoas de que

compartilhar pode ser um bom negócio”

Flávio Tavares, da Golsat: “A cidade precisa de agentes multiplicadores do pensar

compartilhado”

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experiência do usuário e na entrega dos resultados e não mais apenas na venda simples do bem; e, por fim, o estilo de vida colaborativo, onde se enquadram os conceitos como o coworking (espaços colaborativos onde diferentes profissionais compartilham a estrutura do escritório para reduzir os custos fixos como recepcionista, telefone, internet, água, energia elétrica).

A auxiliar de Enfermagem Amanda Pacheco comemorou a prática adotada no Norte Park:

“Não precisamos comprar uma ferramenta cara, por exemplo, para usá-la uma vez na vida”

Ligada nas novas tendências, há quatro anos a advogada londrinense Alexandra de Paula Yusiasu Santos criou o espaço colaborativo Juntus, no centro da cidade. Em julho do ano passado, ela inaugurou o segundo espaço, na zona sul de Londrina. “Apesar de fantástica, a tecnologia tem feito as pessoas se isolarem cada vez mais. Em um coworking, profissionais de diversas áreas têm o contato olho no olho e trocam experiências, compartilham também o conhecimento”, destaca.

Alexandra lembra que a economia compartilhada vem mudando a relação das pessoas com as coisas. “Estamos descobrindo que não precisamos ser dono de tudo. Um exemplo clássico é o da furadeira, ferramenta que usamos menos de 18 minutos por ano. Se o que queremos, realmente, é o furo na parede, por que não compartilhamos?”, sugere. Segundo ela, as pessoas que trocaram o escritório convencional pelo espaço colaborativo não se arrependem. “São

profissionais atentos às novidades, que compreenderam esse novo movimento e incorporaram valores como a capacidade de dividir. Estão abertos à interação”, frisa.

Como as principais vantagens da economia colaborativa, Turetta cita a redução de custo fixo, rateio de investimento inicial em ativos tecnológicos, otimização do uso dos bens que ficam parcialmente ociosos, angariação de fundos para financiar e viabilizar projetos. “Uma fábrica que depende de maquinário pesado ou de alta tecnologia, pode comprar e utilizar o ativo em parceria com outras empresas. Além de ratear o custo do investimento de acordo com o nível de utilização, as empresas poderão renovar seus ativos com mais rapidez”, exemplifica.

A economia compartilhada também tem ajudado empreendedores e inovadores que nem sempre contam com capital inicial para colocar sua ideia em prática. Por meio de permuta (de recursos ou de talentos) o empreendedor pode estabelecer parcerias e alavancar seu negócio. “Não há dúvidas que a internet e as diversas plataformas de interação online facilitam estas conexões. Exemplo disso tem sido os Laboratórios Abertos que o Sistema Indústria (SESI/SENAI/IEL) criou em âmbito nacional. Os empreendedores podem utilizar estes espaços para desenvolver seus protótipos de forma mais barata e testar suas tecnologias junto à indústria tradicional.”

Sobre as características necessárias ao novo empreendedor da era do compartilhamento, Turetta diz que é preciso gostar de interagir e não ter medo de compartilhar ideias e recursos. “As conexões hoje, para se estabelecerem e se manterem, dependem de meios fáceis, ágeis e seguros. Mas as pessoas precisam mais do que nunca desenvolver a empatia, que é a capacidade de se colocar no lugar do outro para ouvir com humildade e se expressar com assertividade. Economia colaborativa depende de gerar valor para todas as partes interessadas.”

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SERVIÇOSDELIVERY

QUANDO A MONTANHA VAI A MAOMÉNa correria do dia a dia, com trabalho e filhos, o tempo para se dedicar às pequenas atividades do lar acaba ficando apertado. Atentos a esta dificuldade, empreendedores apostam na prestação de serviços na casa do cliente

Por Fernanda Bressan

Ter acesso a serviços e produtos sem sair de casa deixou de ser sonho de consumo para se tornar realidade. Comprar roupas, dar banho no animal de estimação, ter professores de educação física no condomínio e higienizar sofás são alguns exemplos oferecidos em Londrina.

Empresário e educador físico, Fabio Morais de Sousa vislumbrou esse mercado há um tempo, quando não havia nada parecido na cidade no segmento dele. Há 9 anos ele montou a WFit Consultoria Esportiva, especializada em levar atividades físicas para condomínios. “Sempre quis trabalhar com educação física e tinha o sonho de abrir uma academia. Mas vi toda a dificuldade de gerir um negócio, custos com manutenção. À época, começavam a surgir os condomínios e a busca por atividade física.Foi aí que decidi montar uma empresa para atender esse nicho”, recorda Fábio, que na época tinha 24 anos. O modelo já existia em grandes centros como São Paulo. Por que não daria certo aqui? “Estava crescendo o número de condomínios e eles ficavam longe das academias, era um nicho interessante”, completa.

Hoje, Fabio tem 30 funcionários, atende cinco condomínios, com uma média de 1.300 alunos. “Oferecemos tudo relacionado à atividade física: corrida, musculação, atividades recreativas para crianças, natação, ioga, pilates, futsal, zumba. Vou até o condomínio e vejo o interesse daquele público. A partir daí, elaboramos o projeto e busco profissionais para atuar nele”, detalha o empresário.

Ele diz ser grande a procura de moradores de condomínios por serviços especializados como este. “Se eles forem se deslocar para isso, terão um custo muito

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23Associação Comercial e Industrial de Londrina

mais alto, além de ter que se locomover, encontrar lugar para estacionar”, explica. Este é um dos motivos para a WFit estar crescendo ano a ano, uma média de crescimento entre 6 e 8% mesmo nos anos mais difíceis para a economia. “Não tivemos dificuldade nesses anos, nem para reajustar contratos. As pessoas estão buscando esse serviço”, atesta Fabio.

Quando começou, Fabio tinha o objetivo de ter uma grande equipe com ele. “Mas não imaginava ter 30 funcionários!”. Em sua rotina, ele busca caminhos para fazer com que os profissionais cresçam e façam o melhor que puderem. “Tenho uma metodologia de trabalho que passo para todos. A parte técnica, de dar a aula, é obrigação deles saberem, faz parte da formação. Eu ofereço algo além, e tem

Sempre quis trabalhar com educação física e tinha o sonho de abrir uma academia. Mas vi toda a dificuldade de gerir um negócio, custos com manutenção. À época, começavam a surgir os condomínios e a busca por atividade física. Foi aí que decidi montar uma empresa para atender esse nicho

Fábio Morais de Sousa, empresário e educador

físico

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uns 20 profissionais que passaram pela empresa e hoje cresceram e estão em outros lugares. Isso me deixa realizado, minha função é ajudar as pessoas a serem profissionais melhores, quero que todos estejam bem”, acredita.

Tapetes e cortinas

Quem também está satisfeito com o rumo dos negócios é Vicente Neto, proprietário da Tec Tapetes. Há seis anos ele voltou dos Estados Unidos para o Brasil disposto a montar um negócio. Começou pequeno, em casa, e hoje conta com estrutura própria e equipamentos de última geração, como a máquina de limpeza por ultrassom para cortinas e centrífuga de última geração, fundamental para limpeza de tapetes. “Eu tinha um negócio de construir casas aqui no Brasil, por isso voltamos, para proteger o patrimônio que tínhamos conquistado. Mas não gostei do ramo, era um investimento de longo prazo e queria algo que fluísse diariamente. Pesquisando, percebi a carência desse segmento de limpeza especializada e queria ser uma lavanderia especialista no que faz”, recorda.

Com clientela fidelizada, ele acompanha de perto o negócio. Aliás, toda a família põe a mão na massa, um dos fatores que ele acredita ter sido fundamental para o sucesso do empreendimento. “Fomos ganhando a confiança do cliente. Por mais educado que o funcionário seja, ele não vai passar do bom dia e boa tarde com o cliente. Quando estamos presentes, criamos vínculos”, atesta.

Parte do serviço é feito na casa do cliente, para outras, há o serviço de “leva e traz”, tudo para trazer comodidade e para que o cliente não perca tempo. “As cortinas nós buscamos, lavamos a mão e reinstalamos do mesmo jeito que estava antes. Tiro foto do ambiente para montar exatamente como estava. Em muitas casas, a decoração foi feita por arquitetos e nada sai do lugar. Precisamos deixar assim novamente. Já o sofá, lavamos na residência do cliente mesmo”, conta. Para ele, é fundamental unir a praticidade com qualidade no serviço.

A dificuldade de locomover sofás fez com que tudo fosse pensado para atender o cliente na residência. “Ir até o cliente é uma comodidade para ele e uma praticidade para mim também. Já pensou como seria difícil locomover o sofá, passar pela porta, trazer até a empresa e depois levar de volta? O valor seria muito alto”, pontua.

O crescimento da Tec Tapetes foi de passo a passo e segue até hoje. “As coisas foram acontecendo, tudo gradativo. É fundamental ser verdadeiro com o cliente, não prometer o que não pode cumprir, e também ter tecnologia de alto nível para atender. Tem cortinas de R$ 20 mil e com tecnologia, atendemos sem medo”, frisa.

Banho e tosa

Há pouco mais de um ano, Crisleine Ferreira Carraro também resolveu investir no serviço em domicílio: dar banho em pets com tosa higiênica. A dificuldade dos clientes para levar os bichinhos até os petshops devido a correria do dia a dia fez com que muitos deles gostassem da ideia de ter o animal limpo no conforto do lar. Foi assim que nasceu a Bem me Care.

“Deixei minha carreira para trabalhar com animais. Fiz Artes Visuais e trabalhei por quatro anos na área, mas comecei a ver que a empresa estava instável e isso começou a me desmotivar. Pedi demissão e um ano depois a empresa fechou! Isso mostrou que a minha decisão estava certa”, recorda, se orgulhando da própria intuição.“Nesse tempo, fui pesquisando o que ia fazer e uma amiga me ajudou a entrar em um petshop mesmo sem experiência. Fiquei alguns meses lá, mas comecei a pensar em ter algo meu. Percebi a dificuldade do dono levar o cachorro, tinha ainda a preocupação de deixar os animais em gaiolas nas horas de espera. Como não havia condições de abrir espaço físico, tive essa ideia de ir até a casa do cliente”, recorda. “Arrisquei no negócio e entrei no escuro mesmo porque é algo novo ainda. No início, demorou para as pessoas me conhecerem, mas o cliente que quer o bem-estar do animal prefere esse atendimento”, diz.

Vicente Neto: “Ir até o cliente é uma comodidade para ele e uma praticidade para

mim também. Já pensou como seria difícil locomover o sofá, passar pela porta, trazer

até a empresa e depois levar de volta. O valor seria muito alto”

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Há alguns perfis de animais que também se beneficiam do banho em domicílio. “Tutores de cães com idade avançada, diabéticos, cardíacos e com outros problemas de saúde me procuram. Nem sempre é fácil para esses animais ficarem nos petshops. O mesmo acontece com filhotes antes de tomarem todas as vacinas já que o recomendado pelos veterinários é que eles evitem lugares aglomerados e expostos a outros cães. O banho domiciliar atende esse público”, acrescenta.

Banheira, soprador, secador e produtos de higiene são os itens que Crisleine leva para a casa de seus clientes. E é sempre bem recebida por eles. “Fiquei preocupada no início porque animal é igual criança na frente dos pais. Ouvi dizer que poderia ter dificuldade, mas não tenho esse problema, ao contrário, eles ficam relaxados”, descreve.

A decisão de deixar o emprego para se tornar empresária deu a ela a oportunidade

de atuar com o que mais gosta. “Foi um desafio. Tinha uma estabilidade, todo mês tinha meu salário sem imprevistos. Mas como minha família não depende da minha renda, foi mais tranquilo. Me sinto muito melhor hoje, estava com uma carga de estresse muito grande e hoje faço o que eu amo. O melhor de tudo é poder fazer o meu horário.”

Esses são exemplos recentes de serviços em domicílio, mas não é de hoje que recebemos profissionais prestadores de trabalho em casa. Eletrodomésticos com problemas, por exemplo, costumam receber a visita de um técnico para avaliação e conserto. Há também o carro que passa reparando panelas, o sorvete de carrinho na rua, a pamonha! A roda já foi inventada, faltam os segmentos perceberem a demanda para investir nessa linha. Já pensou receber pão francês quentinho em casa? É o mundo voltando às origens e valorizando o tempo, tão escasso na atualidade.

Crisleine Carraro: “Fiquei preocupada no início, animal é igual criança na frente dos pais, ouvi

dizer que poderia ter dificuldade, mas não tenho esse problema, ao contrário, eles ficam

relaxados”

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INOVAÇÃO

Por Thamiris Geraldini

Na sabedoria popular, todos nós sabemos, é a união que faz a força. No campo das boas ideias há também um consenso semelhante: a pluralidade é responsável pelos melhores insights, afinal, nenhuma boa ideia nasce sozinha.

É exatamente isso que o Design Thinking (DT) propõe. Apostando na multiplicidade da discussão dos problemas e na busca por soluções práticas através da coletividade, ele tem incorporado uma nova forma de trabalhar, oferecendo boas estratégias para o campo empresarial.

Em termos gerais, o DT propõe uma forma de agir e pensar muito diferente dos modelos tradicionais de gestão. Ao invés de apresentar soluções de problemas apenas em estudos de mercado e grupos de discussão de empreendedores, ele recomenda que as situações sejam solucionadas por meio de um olhar mais atento às pessoas que utilizarão determinado produto ou serviço, observando o cotidiano desse grupo e trazendo-o para dentro da discussão. É como se as empresas aprendessem a decifrar os anseios dos consumidores se colocando no lugar deles, numa espécie de ‘menos inspiração e mais transpiração’. Assim, ao invés

de buscar soluções com respaldo em planilhas e discussões entre gestores, o trabalho é mais prático e democrático, inclui pesquisas de campo e testes com usuários.

Para a publicitária e idealizadora do Look UpLab, laboratório de experimentação de Londrina com foco em Design Thinking, Natália Franzon Catarino, a grande ‘sacada’ do DT é a ampliação do debate e a fusão de ideias a partir do envolvimento de outras partes no processo, como o próprio usuário e o fornecedor de determinado produto ou serviço.

“Desenvolver algo a partir da

Para a publicitária Natália Franzon Catarino, a grande ‘sacada’ do Design Thinking é a ampliação do debate e a

fusão de ideias a partir do envolvimento de outras partes no processo

VOCÊ SABE O QUE É DESIGN THINKING?Conheça a metodologia que concilia aspectos técnicos, financeiros e emocionais como estratégia de grandes negócios

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 27

Desenvolver algo a partir da perspectiva de quem vai usar é muito diferente de desenvolver algo apenas da perspectiva de quem vai vender. A amplitude no debate aumenta a percepção da empresa em relação ao cliente, assim, você diminui a possibilidade de erro, pois tem um produto desenvolvido a partir do olhar de quem realmente vai utilizá-lo

Natália Franzon Catarino

método, desenvolveram uma bolsa feita com o mesmo material dos chinelos que pudesse ser usada tanto na praia como na cidade. Dezenas de protótipos foram testados em capitais de três continentes, além do litoral brasileiro. Hoje as bolsas são vendidas nos Estados Unidos e na França.

Conheça as fases do método DT

Etapa 1

A observação e o trabalho de campo apontarão o problema ou a necessidade do consumidor. É considerada a fase mais importante, pois envolve imersão no ambiente e a descoberta real do problema sob o ponto de vista do usuário. É a etapa cujo consumidor final entra como parte do processo de desenvolvimento do produto.

Etapa 2

Aqui une-se o máximo de pessoas com o objetivo de se obter o maior número possível de ideias para encontrar uma

perspectiva de quem vai usar é muito diferente de desenvolver algo apenas da perspectiva de quem vai vender”, pondera.“A amplitude no debate aumenta a percepção da empresa em relação ao cliente, assim, você diminui a possibilidade de erro, pois tem um produto desenvolvido a partir do olhar de quem realmente vai utilizá-lo”, explica.“Sem dúvidas isso torna os processos mais acelerados e assertivos”.

A estratégia pode até parecer meio óbvia para muitas pessoas, porém, só quem vive a exigência de soluções rápidas e a cobrança por resultados satisfatórios sabe que, no dia a dia das empresas, muitas vezes a prática pode não ser tão facilmente executável.

Pensando nisso, consultorias e capacitações voltadas para o DT têm ganhado força no mercado, já que, embora o método seja facilmente aplicável, é importante que ele seja desempenhado por profissionais que entenderam bem as etapas do processo.

Afinal, que etapas são essas?

O Design Thinking se sustenta sob três pilares: foco no ser humano, envolvimento de usuários com a co-criação e prototipagem de ideias. Um dos grandes, se não o maior desafio do Design Thinking, é antes de tentar achar respostas para os problemas, definir as perguntas certas, considerando que não existe uma receita única possível para um projeto, mas sempre existirá uma solução.

Para exemplificar uma aplicação real do DT no dia a dia de uma grande empresa, a Havaianas, marca brasileira que comercializa produtos no mundo todo, buscava uma forma de expansão no mercado apresentando um produto novo que não fosse as sandálias, mas que tivesse a mesma visão descontraída e alegre da marca.

Para descobrir qual produto deveria ser comercializado atendendo o desejo do consumidor, a Alpargatas, dona da grife, contratou a agência Ideo, líder em DT no mundo e, após a aplicação do

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prototipagem. Neste momento cabe a possibilidade de se produzir versões físicas de um produto antes dele ser fabricado efetivamente, o que contribui para a execução ideal, já que antes do resultado final é possível testar quantas vezes forem necessárias.

O gestor de design, Gabriel Macohin, explica que há uma série de vantagens em se criar protótipos do produto, entre elas ver a possibilidade de experimentar, avaliar e aperfeiçoar o processo, visando resultados de qualidade. “Nesta etapa conseguimos chegar à solução fugindo do empirismo ou da aplicação às cegas”, revela.“Antes de apresentarmos o produto ou solução final, realizamos testes e experimentos para garantir que a aplicação final será efetiva e atenderá o propósito inicial”, esclarece.“Com a prototipagem temos a garantia de que o produto final será desejável, possível de fazer e fácil de vender”.

Etapa 4

É a fase final, onde a resolução do problema é efetivamente apresentada com a execução da melhor ideia levantada nas etapas anteriores. Nesta ocasião, a dificuldade apontada no primeiro momento deve ser solucionada.

História

A discussão da proposta de usar a mentalidade do design na estratégia de negócios começou em 2006, durante o Fórum Econômico

Mundial, e passou a ser reconhecida durante a crise financeira de 2008. À época, uma alternativa ao modelo econômico precisava surgir, já que ele parecia insustentável diante de um mundo global e complexo. Google e Apple passaram a ser referências de empresas que adotam o método para administrarem seus negócios.

Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com gestores de Design Thinking apontou que cerca de 80% deles notaram que as empresas geraram soluções mais criativas e mais ágeis ao utilizar o método. O mesmo estudo mostrou também as vantagens nos resultados financeiros: mais de 70% dos gestores entrevistados perceberam melhora nas finanças das empresas.

solução do problema percebido na etapa anterior. O intuito é que o problema seja observado de várias perspectivas e ângulos.

Para a professora, mestre em Comunicação e especialista em Design Thinking, Amanda Larissa Zilli, o segundo estágio permite o surgimento de ideias pra lá de interessantes. “Depois de descobrir o problema também pela ótica do consumidor, buscamos ‘insights’ [ideias] da maior quantidade de pessoas a fim de resolvê-lo. Essa diversidade pode contribuir para o surgimento de soluções inusitadas. Aqui é que as ideias e sugestões fluem de todos os lados, sem nenhum medo de errar. O DT não reprime erros, mas enxerga-nos como experiências que possam ser transformadoras.”

Etapa 3

Todas as possibilidades de resolução do problema devem ser colocadas à prova através do processo de

Amanda Larissa Zilli, especialista em Design Thinking: “O DT não

reprime erros, mas enxerga-nos como experiências que possam ser

transformadoras” Gabriel Macohin, gestor de design: Prototipagem

contribui para o desenvolvimento efetivo de

produtos e resultados de qualidade

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PRESIDENTE DO GREAT PLACE TO WORK® BRASIL

R EALIZAÇÃO

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 29

ARTIGO

Por Thaís Bruschi e Gabriela Guimarães

A grande maioria sabe que profissionais motivados produzem melhores resultados, mas, como promover a satisfação e realização dos colaboradores de forma constante, sustentável e sem amplos investimentos? Esta é a grande dúvida dos gestores.

Zig Zilar, um dos maiores palestrantes motivacionais nos Estados Unidos, dizia que, assim como o banho, a motivação não dura muito e por isso recomenda-se diariamente. Contudo, é impossível a empresa, o líder ou qualquer outra pessoa motivar o colaborador o tempo todo.

A distinção dos tipos de motivação é o primeiro passo para ações mais assertivas. Quanto mais externas aos interesses, vontades e objetivos do indivíduo, maiores as chances de não serem realizadas.

A motivação extrínseca é gerada para satisfazer uma exigência alheia, quando o incentivo para a ação está na obtenção de uma recompensa ou para evitar uma punição - a pessoa faz algo porque TEM que fazer.

Por outro lado, a motivação intrínseca é gerada quando o indivíduo se envolve em atividades que considera interessantes, desafiadoras e prazerosas. A pessoa decide fazer e faz porque AMA fazer sem a necessidade de uma ação externa para estímulo, gerenciamento, ou para a concretização da atividade, pois o indivíduo se engaja e se compromete por si mesmo.

O tipo de motivação afeta não somente a satisfação e o bem-estar, mas os objetivos que o colaborador escolherá priorizar e o grau de comprometimento para alcançá-los e, consequentemente, o resultado na empresa.

Vivenciando esse contexto, as empresas têm percebido que investir em programas de incentivos externos como remuneração, promoção, bônus e oferecimento de brindes corporativos com objetivo de motivar os funcionários pode ser um “caminho sem fim”. Por mais que se esforcem para acertar, dificilmente conseguem agradar a todos e, ainda pior, criam um ciclo interminável de gratificações, tendo que oferecer cada vez mais e investir cada vez mais, com cada vez menos retorno ou satisfação.

Esse tipo de benefício pode ser muito eficaz em ações pontuais em que há a necessidade de um rápido retorno, como uma campanha de vendas, por exemplo, porém, não funciona como motivador ou engajador de comportamentos, uma vez que a recompensa pode tirar o foco do propósito. O colaborador que faz algo visando uma promoção ou um aumento de remuneração será um eterno insatisfeito. Diferente daquele que sabe a importância de sua entrega, se esforça para obter melhores resultados e, consequentemente, é promovido a um cargo com mais responsabilidades e desafios e por

O QUE O MUNDO DOS NEGÓCIOS ESTÁ PROPORCIONANDO PARA MOTIVAR OS COLABORADORES

isso se sente reconhecido.Grandes empresas têm notado que o que efetivamente traz

resultados eficazes e duradouros é o investimento em programas capazes de promover a motivação interna, para que o funcionário seja capaz de renovar os seus desafios e trabalhar o engajamento para atingir seus objetivos.

As empresas têm conseguido isso através de programas que instigam a participação, vivência e reflexão, trazendo à tona a ponderação do próprio colaborador quanto ao seu engajamento, entrega e potencialidades. Esses treinamentos práticos têm sido bastante validados pelos contratantes e participantes por trazerem de forma interessante, lúdica e diferente a discussão de questões rotineiras do trabalho. A inserção de jogos corporativos alinhados aos desafios das organizações promove reflexões individuais e de todo o time, alavancando a responsabilidade e necessidade de mudança para melhoria dos resultados.

Geralmente, ao final de um treinamento de teambuillding, por exemplo, os próprios colaboradores questionam sobre uma continuidade deste rico trabalho que os desafia para o desenvolvimento. E como vimos anteriormente, o desafio, o prazer e o interesse são a base da motivação intrínseca.

A utilização de ferramentas para autoconhecimento – assessments de perfil comportamental, análise 360º, por exemplo – ajudam o colaborador a observar seus comportamentos e o impacto deles nos relacionamentos, na sua imagem profissional, no time, enquanto líder e, consequentemente, nos resultados. Essa reflexão faz com que observe suas potencialidades e o instiga para novas ações, buscando uma melhoria contínua, que poderá ser realizada através de programas de desenvolvimento de liderança, coaching, busca de mentores ou mesmo workshops específicos para aprimoramento de alguma competência.

Esse tipo de processo de desenvolvimento, focado no olhar “de dentro para fora”, tem consequências de longo prazo porque coloca o colaborador no centro do processo de mudança, promovendo o sentimento de ownership, ou seja, trazendo a responsabilidade para si, como “dono do negócio”. Incentivar a busca de propósito, autonomia e domínio – do trabalho, do time e, principalmente, de si mesmo – proporciona um realinhamento de vida e promove significado e relevância no trabalho, gerando resultados positivos e duradouros nas organizações.

Thaís Bruschi e Gabriela GuimarãesCoaches de líderes e empresárias,

sócias-fundadoras da empresaGROOW Coaching &

Desenvolvimento Humano

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ESPECIAL MÊS DA MULHER

O Team Building traz efetivamente integração, motivação e engajamento. As participantes conseguem ver de forma simples a importância da sua pessoa e da sua função no objetivo comum da empresa. Possibilita maior confiança, demonstra as qualidades e desperta a necessidade de melhorar algumas habilidades

Gabriela Guimarães,

Coach de Líderes

“MULHERES DE NEGOCIOSDe insights criativos à leveza de um sorriso, mulheres empreendedoras imprimem características especiais no dia a dia das empresas. Confira na reportagem a seguir exemplos que podem ser inspiração para o seu negócio

Por Susan Naime

Já se imaginou ser convidado para uma reunião de trabalho e ao chegar no local se deparar com panelas, ingredientes culinários e aventais? De tempos em tempos é importante (e necessário) quebrar paradigmas para se obter sucesso no alcance dos objetivos pessoais e profissionais. Essa foi a proposta do “Team Building: Alinhando estratégias e colocando a mão na massa”, projeto promovido e vivenciado pelas empresárias do Conselho da Mulher Empresária (CME) da ACIL, em parceria com a Menu Escola de Gastronomia.

Ao pé da letra, Team Building significa consolidação da equipe e até tem a ver com endomarketing (aquelas estratégias geralmente utilizadas pelo departamento de Marketing para promover informações para o público interno da empresa, mas com recursos que deixam as ações mais atrativas como campanhas, murais, folders etc). Só que no Team Building o objetivo vai muito além de uma simples ação motivacional. Oferecer um caminhão de informações técnicas de

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 31

Conselho da Mulher Empresária da ACIL participou do Team Building, treinamento

que trabalha de forma motivacional conceitos sobre gestão, produtividade do tempo,

criatividade e trabalho em equipe

Marisol Chiesa, presidente do CME: “Nossa proposta foi proporcionar através da

experiência gastronômica uma série de reflexões sobre conceitos e situações que

servem para o mundo pessoal e empresarial das participantes

Ana Paula Lopes, Chef da Menu Escola de Gastronomia: “Cozinhar engloba tomada

de decisão, liderança, trabalho em equipe, criatividade e administração do tempo”

cada área também está fora de cogitação. Nesse método, os conceitos sobre gestão, produtividade do tempo e trabalho em equipe, por exemplo, são aplicados de forma que faça com que os participantes vivenciem e explorem situações de autoconhecimento, entusiasmo, autoconfiança, força, criatividade, perseverança e superação. Lembrando que todo esse processo é dividido com seus parceiros de trabalho.

“Nossa proposta foi proporcionar através da experiência gastronômica uma série de reflexões sobre conceitos e situações que servem para o mundo pessoal e empresarial das participantes como a troca de experiência, verbalização, superar desafios, gerenciar o tempo, visão eficiente, fidelizar o cliente, sem falar no trabalho em equipe, que está fortemente relacionado ao sucesso de uma empresa”, explica a presidente do CME, Marisol Chiesa. “Na rotina do trabalho é necessário ativar o potencial para alcançar metas, despertar o networking, trocar ideias e possibilitar o acesso a informações”, completa.

A experiênciaNa Menu Escola de Gastronomia, as

empresárias do CME foram divididas em dois grupos. Cada um recebeu um kit com ingredientes para desenvolver uma refeição principal e uma sobremesa. O tempo para elaborar os pratos era de 1 hora e 30 minutos. Depois de prontas, cada grupo serve as refeições para o outro. “Foi um treinamento diferenciado, uma capacitação eficiente que possibilitou identificar características como liderança, criatividade, gerenciamento do tempo, coletividade, comprometimento e resultado”, afirma Marisol Chiesa.

Todo o processo foi acompanhado pela Coach de Líderes Gabriela Guimarães. “O Team Building traz efetivamente integração, motivação e engajamento. As participantes  conseguem ver de forma simples a importância da sua pessoa e da sua função (senso de pertencimento) no objetivo comum da empresa. Possibilita maior confiança, demonstra

as qualidades e desperta a necessidade de melhorar algumas habilidades como, por exemplo, comunicação, gestão de tempo e planejamento de ações. Como resultado, podemos perceber um time  realizado e motivado para colocar em prática todas as informações discutidas nas atividades e literalmente vestir a camisa motivando outras pessoas”, ressalta.

Lídia Fuganti Fedrigo, uma das diretoras do CME, garante que o resultado da dinâmica poderá ser levado para outras frentes de trabalho. “Participar de um evento como esse me deu a oportunidade de vivenciar de forma lúdica o valor e a importância de um trabalho em equipe. Agora, uma das minhas metas é levar essa experiência para o Instituto União para a Vitória e trabalhar a equipe como peça fundamental para o sucesso de qualquer empreitada.”

Para a Chef Ana Paula Lopes, da Menu Escola de Gastronomia, nada mais motivador que relacionar gastronomia e negócios. “Nos sentimos privilegiadas quando a diretoria do CME ACIL nos procurou para a parceria na realização desse projeto. Acreditamos que através das vivências nascem as reflexões e criam-se os conceitos”, avalia.  “Cozinhar engloba tomada de decisão, liderança, trabalho em equipe, criatividade e administração do tempo. Alcançamos nosso objetivo: fazer com que essas mulheres saíssem dali com novas ideais, com diferentes conceitos sobre gestão e muita energia para aplicar em suas empresas durante todo o ano de 2017”, explica Ana Paula.

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março e abril de 2017 | www.acil.com.br

Por Milene Pascoal

Executivas ou empreendedoras, não é segredo para ninguém que as mulheres combinam na dose certa a sensibilidade adquirida por natureza e o perfil profissional, promovendo um toque peculiar na rotina do mundo dos negócios

É justamente a visão ampla sobre o desenvolvimento humano no negócio que faz a diretora administrativa e financeira da Auto Peças Londrina, Silvana Martins Cavicchioli, tocar a empresa (de um ramo encarado como estritamente masculino) com tamanha leveza. “A administração feminina é focada! Além disso, percebe e concilia o lado humano no negócio”, revela.

Há mais de 30 anos na empresa familiar, Silvana seguiu a filosofia do pai de “aprender a trabalhar” e o ajudou no sonho de construir e desenvolver o negócio. Aos 16 anos, foi emancipada por ele e já assumiu o departamento financeiro. Fez graduação em Administração e Pós-graduação em Finanças e Recursos Humanos para agregar valor e conhecimento ao legado da família. Hoje está na direção da empresa ao lado do irmão.

Profissional, esposa e mãe, Silvana concilia a rotina da Auto Peças Londrina com as atividades exercidas na administração do lar e da família. Para ela, é justamente essa união de tarefas que proporciona o desenvolvimento de características que podem e devem ser

TOQUE FEMININO MUDA ROTINA NOS NEGOCIOS

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Para Silvana Martins Cavicchioli, da Auto Peças Londrina, se dividir entre as tarefas

do lar e do trabalho proporciona mais sensibilidade para tocar os negócios

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ESPECIAL MÊS DA MULHER

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Associação Comercial e Industrial de Londrina

adaptadas ao ambiente de trabalho. “Essas peculiaridades proporcionam às mulheres facilidades para a gestão de uma empresa, uma forma mais singela e delicada de pensar, o olhar humanizado perante as atividades desenvolvidas e também com seus colaboradores. A mulher deve buscar mais ambientes para conquistar e participar ativamente da sociedade.”

Inspiração e determinação

Determinação e inspiração são essenciais para a formação e o sucesso de uma empresa ou negócio. Isabella Castro Albino Baraldi, gerente de uma das lojas da Duque Escapamentos, sabe bem do que estamos falando. “Nasci e fui criada desde cedo nesse mundo dos negócios. Por vontade própria, vinha colar (selo de) garantia nos carros durante as minhas férias escolares”, lembra. Segundo Isabella, a empresa da família a inspirou a sair em busca de crescimento profissional. Cursou Administração e se preparou para ingressar de vez no ramo empresarial.

Instigada pela ideia de desenvolver as funções do pai e do avô e gerar crescimento do negócio, Isabella implantou a execução de múltiplas tarefas no seu dia a dia. Participa ativamente do atendimento da loja, atua na coordenação da equipe técnica especializada na fabricação e troca de escapamentos e é responsável pelas áreas de cotação, compra, venda e pós-venda. “Inspiração e determinação são fatores que definem o crescimento profissional”, revela Isabella Baraldi.

Dom da multifuncionalidade

Pâmela Duarte Barbosa é outro exemplo de profissional que evidencia a capacidade de gerenciar várias atividades semelhantes e opostas ao mesmo tempo. Aos 23 anos, atua como estoquista em um posto de gasolina em Londrina durante

o dia e há aproximadamente cinco anos trabalha três vezes por semana no período da noite na barraca Ramatis Vargas – Pamonharia Mineira, que oferece chilli, curau de milho e outros alimentos na Feira da Lua. Além dos dois empregos, concilia o terceiro ano de graduação em Engenharia Civil.

Seu bom humor contagiante não permite transparecer sua jornada cansativa. Para ela, o motivo é o toque feminino, que deixa os ambientes mais leves e organizados. “As mulheres sabem administrar bem, são responsáveis e muito comunicativas, sorridentes e carinhosas, o que faz muita diferença”, conta.

Empreendedorismo feminino

Admiradora e investidora do potencial feminino, a presidente do Conselho da Mulher Empresária da ACIL, Marisol Chiesa, acredita que a dedicação intensa da mulher e a facilidade de estabelecer relações interpessoais são pontos que geram resultados positivos para um empreendimento. “A mulher é uma grande protagonista de um futuro e mundo melhor. Por isso, o empreendedorismo feminino é uma oportunidade para um país que precisa inovar e crescer.”

Como empreendedora e empresária, Marisol cita algumas características femininas que podem passar despercebidas aos olhos do mercado de trabalho, mas que promovem uma visão ampla e diferenciada no negócio. “A intuição, o cuidado, a observação e a sensibilidade são da natureza feminina e, por sua vez, dão um toque especial às atividades profissionais.”

Com o ponto de vista de que “quanto mais a mulher mostra suas habilidades, mais ela cresce no mercado”, Marisol Chiesa acredita: “2017 será um ano incrível!”

Pâmela Duarte Barbosa: jornada tripla não é motivo para esconder o sorriso na hora de

atender a clientela na barraca da Pamonharia Mineira, na Feira da Lua

Isabella Castro Albino Baraldi, da Duque Escapamentos: “Inspiração e determinação

são fatores que definem o crescimento profissional”

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PERFIL

Por Michelle Aligleri

Um homem simples, bem humorado e dono de um sorriso sincero. O proprietário do único restaurante 24 horas de Londrina é também um senhor de muita fibra. Pernambucano, Cícero Augusto da Silva chegou ao Paraná aos quatro anos de idade. Cresceu e casou em Francisco Beltrão e veio para Londrina em busca de emprego. A época, 1978, não era muito boa, a geada negra havia acontecido há apenas três anos e a crise tomava conta da cidade. Ele, no entanto, havia ouvido falar bem de Londrina e decidiu arriscar.

O emprego esperado não apareceu de imediato e Cícero acabou montando um pequeno negócio, uma lanchonete na rua São Vicente. Cheio de sonhos, ele não sabia que este seria só o começo de uma longa trajetória no ramo da alimentação. Em 1988, o

24 HORAS DE DEDICAÇÃO AO EMPREENDEDORISMO

Pernambucano, dedicado, talentoso, visionário. Empreendedor por trás da excelência do serviço do Norte Sul, o restaurante da

rodoviária que abriu as portas do sucesso para nunca mais fechar.Está na hora de conhecer Cícero Augusto da Silva

atual terminal rodoviário foi inaugurado e Cícero conseguiu autorização para montar uma lanchonete no local. Um ano depois foi aberta licitação para o restaurante e ele decidiu participar. “Eu tinha apenas noção de lanchonete, nunca havia trabalhado com restaurante. Haviam sete pessoas concorrendo, meu envelope foi o último a ser aberto e ganhar esta concorrência. Foi um grande desafio”, comenta. Assim nasceu o Restaurante Norte Sul, que há 27 anos atende pessoas de todas as regiões do país que passam pela rodoviária de Londrina.

A visão empreendedora e o amor pelo trabalho fizeram com que Cícero se tornasse um grande empresário, um líder respeitado que comanda 173 trabalhadores com carteira assinada. Quase quatro décadas depois de desembarcar ressabiado na Capital do Café, Cícero venceu.

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Os negócios ainda estão em expansão. Além do Restaurante Norte Sul, ele tem quatro lanchonetes no Terminal Urbano, restaurantes em um supermercado de Londrina e um de Maringá, atende três cantinas na Universidade Estadual de Londrina, serve 550 refeições diariamente no Hospital Universitário, conta com uma carteira de cerca de 6,5 mil clientes que pedem comida em casa e neste ano inaugurou mais um empreendimento: o restaurante Norte Sul Rural, na Estrada da Cegonha, KM 3, distrito Espírito Santo.

Para oferecer um serviço de qualidade, Cícero conta que não mediu esforços e comprou equipamentos de ponta para o novo restaurante. Uma das aquisições foi um ultracongelador, que possibilita o congelamento rápido, garantindo a melhor qualidade para a carne. “Temos também um forno especial e funcionários que passaram por treinamentos específicos para operar estes equipamentos. É uma cozinha de primeiro mundo no sítio”, destaca.

Para tocar tudo isso, Cícero conta com a ajuda da filha Fabiana. Formada em administração, ela depois decidiu fazer o curso de nutrição e de chef de cozinha, além de uma pós-graduação em Relações Públicas. As múltiplas formações possibilitam que Fabiana tenha uma visão sistêmica dos negócios do pai. Sua participação é fundamental. A criação dos novos pratos dos cardápios passa pela sua mão e é ela quem dá os toques finais, característicos do restaurante. “As coisas foram acontecendo aos poucos para nós. As pessoas têm a ideia de que na rodoviária só tem restaurante ruim, mas nós conseguimos quebrar este paradigma.” Em 1997 o restaurante ganhou o prêmio de melhor restaurante de rodoviária do país.

Cícero comenta que nestes anos de dedicação foram muitas as histórias que marcaram a família. “No primeiro dia que abrimos o restaurante a cozinheira nos ligou dizendo que não iria mais trabalhar conosco. Tivemos que ir para a cozinha, a gente se virou”, conta. Fabiana lembra outro episódio curioso. “Teve um dia que

eu e meu pai esquecemos de ir embora para dormir. Precisávamos entregar muitos lanches para um evento, ficamos trabalhando e de repente assustamos quando vimos que a cozinheira da manhã já havia chegado novamente”, lembra, rindo.

Um dos maiores desafios apontados por Fabiana está relacionado à mão de obra. Alguns funcionários estão na casa desde o início. Marcelo, o gerente geral, trabalha no restaurante há 27 anos, desde a abertura. Há ainda outros colaboradores com muitos anos, mas ela destaca que, por se tratar de uma empresa 24 horas, que preza pelo padrão e qualidade em período integral, uma das dificuldades é a contratação de nutricionistas. “O próprio Marcelo fez curso de nutrição e nós dividimos a cozinha porque é realmente muito complicado encontrar uma pessoa que se adeque”, justifica.

Prêmio InternacionalEm 2016 Cícero e Fabiana comemoraram outro

reconhecimento. O restaurante ganhou o prêmio Global Leaders Club International Europe Award for Quality. Cícero conta que ficou tão surpreso com a indicação ao prêmio que pensou que se tratava de um golpe. “O convite para participar do prêmio chegou pelo correio e incluía uma viagem a Paris com todas as despesas pagas. Fui verificar a veracidade do prêmio antes de confirmar a nossa presença”, conta.

Participaram em Paris 120 empresários de 35 países e o Restaurante Norte Sul foi premiado nos quesitos empreendedorismo, qualidade e tempo de casa. “São 27 anos vezes três, porque trabalhamos 24 horas”, lembra Fabiana. Para ela, visitar a França era um sonho. “Eu nunca pensei que estaria um dia em Paris recebendo um prêmio de qualidade. É o berço da gastronomia. Aprendi francês em um mês porque precisei fazer a apresentação do restaurante de um dos pratos, o Risoto de Camarão”, comenta. Cícero conta que não sabe quem inscreveu seu restaurante para este prêmio. “Alguém deve ter falado para os organizadores que a gente existia e eles vieram aqui provar, mas não sei quem foi e nem em que dia foi”, garante.

Melhoria contínuaAos 70 anos, Cícero olha para sua trajetória e se sente realizado.

“Não imaginava que um dia chegaria aqui. O que quero deixar de legado para meus filhos é que não sabemos o dia de amanhã. Hoje, graças a Deus, me considero bem-sucedido, amo Londrina, fiz a minha vida aqui, mas tudo é resultado de um trabalho bem feito. Precisamos amar o que fazemos, principalmente se o nosso trabalho está relacionado à alimentação”, destaca. “No dia que eu achar que tudo está perfeito acaba o sentido da vida”, acrescenta Cícero.

Apesar da mensagem, Cícero avisa que ainda tem muita coisa a ser feita. “Tenho muitos planos”, garante, sem revelar os próximos passos de sua trajetória como empreendedor.

Em 2016, Cícero foi com a filha Fabiana até Paris para receber o prêmio conquistado pelo Norte Sul nos quesitos empreendedorismo,

qualidade e tempo de casa

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BEM-ESTAR

Da Redação

Quem nunca se pegou durante o expediente roendo as unhas, apertando sem parar o botão da caneta, girando a cadeira de um lado para o outro ou até mesmo saindo em busca de um chocolate?

Um dos ambientes nos quais a ansiedade se faz presente constantemente é no trabalho, onde as pessoas passam mais tempo e sofrem pressão por resultado, por cumprir prazos e horários e por competitividade.

A ansiedade já é considerada a “doença do século”, atingindo cerca de um terço da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, os números também são preocupantes. A empresa de recrutamento Robert Half realizou uma pesquisa em 13 países, com 1.800 gestores de recursos humanos, sendo 100 brasileiros, e constatou que os profissionais do Brasil são os mais ansiosos do mundo. De acordo com a análise, 52% dos entrevistados reclamaram

Na hora de identificar a ansiedade, alguns comportamentos merecem atenção: enxergar perigo em tudo, consumo abusivo de doce, alteração no sono, tensão muscular, medo de falar em público, excesso de preocupações, conviver com medos irracionais, apresentar inquietação constante, pensamento obsessivo e problemas digestivos.

“QUANDO A ANSIEDADE PREJUDICA SEU RENDIMENTO PROFISSIONALNa era da tecnologia e da informação onde tudo é muito rápido e imediato, a ansiedade se tornou um problema cada vez mais corriqueiro, afligindo boa parte da população

do excesso da carga horária de trabalho e 44% da falta de reconhecimento por seus esforços.

Anualmente, milhares de trabalhadores são afastados de suas funções dentro das empresas devido a este e outros transtornos mentais, como transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno de estresse pós-traumático, fobia social e fobias específicas. Agora, você deve estar se perguntando: afinal de contas, o que fazer com essa tal ansiedade?! Para entender melhor o assunto e descobrir alternativas para aliviar o problema, a reportagem da Mercado em Foco conversou com a psicóloga Beatriz Fátima Rockenbach de Melo, também especialista em terapia individual, de casal e de família. Beatriz explica que a ansiedade, em geral, é classificada como um estado emocional de apreensão, medo, uma expectativa de que algo ruim aconteça. Na maioria das vezes, surge da necessidade do ser humano querer deter controle total sobre a vida e sobre

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as coisas à sua volta, o que é impossível. Segundo a psicóloga, ainda que diferentes, a ansiedade e o medo “são duas faces de uma mesma moeda”. O primeiro refere-se ao processo emocional e o segundo ao processo cognitivo. “O medo é a resposta emocional à ameaça iminente real ou percebida, enquanto que a ansiedade é a antecipação da ameaça futura.”

Para compreender melhor essa diferença e ao mesmo tempo essa semelhança Beatriz de Melo propõe um exemplo: imagine que você tem medo de falar em público e que vai participar de uma reunião importante com a diretoria da empresa. Antes mesmo de chegar o dia da reunião o organismo já revela uma ansiedade excessiva e incontrolável, somada ao pensamento ‘eu não vou conseguir’. Assim, chegado o grande dia, você fica de tal forma ansioso que sua mente ‘dá um branco’ e a fala praticamente some.

A especialista adverte que quando a ansiedade se torna um pesadelo é melhor ficar atento. “Ambientes de trabalho inadequados, tarefas estressantes e a pressão do dia a dia por parte dos gestores podem causar estresse crônico. E esse tipo de estresse tem potencial para causar ansiedade a longo prazo e, com certeza, levar ao desenvolvimento de transtornos da ansiedade.”

Alguns comportamentos podem indicar que o medo ou a ansiedade estão além do normal. São eles: enxergar perigo em tudo,

consumo abusivo de doce, alteração no sono, tensão muscular, medo de falar em público, excesso de preocupações, conviver com medos irracionais, apresentar inquietação constante, pensamento obsessivo e problemas digestivos.

E não é que tem um lado bom?

Mesmo com todo o cenário negativo que permeia a ansiedade, ainda assim é possível encontrar seu lado positivo. A psicóloga descreve a ansiedade como uma emoção normal do ser humano, onde o organismo se coloca em alerta, pronto para uma ação. “Ela pode ser considerada combustível para a busca de crescimento profissional e pessoal. Desde que bem controlada, a ansiedade pode contribuir com o profissional na busca pelo seu aprimoramento e por outras oportunidades.”

Acabar com a ansiedade no meio corporativo não é tarefa fácil, mas segundo a psicóloga também não é uma missão impossível. Apenas é necessário ter um pouco de imaginação e motivação para lidar com o problema no dia a dia.

Se você deseja driblar a ansiedade que está presente em sua rotina, confira seis dicas valiosas elaboradas pela especialista Beatriz de Melo.

1 - RespireFeche os olhos, inspire por cinco segundos, segure e expire pelo nariz contando até dez. Repita algumas vezes. A ação irá ajudar a relaxar os momentos intensos de estresse.

2 - Não tente controlar o incontrolávelNão podemos exercer controle sobre coisas ou pessoas, por isso em vez de reclamar ou tentar mudar quem está à sua volta foque no que você pode controlar. Tente alterar a maneira que você reage diante de um problema.

3 - Depois do trabalho procure se ocupar com coisas prazerosasDo mesmo modo que você reservaria um tempinho para responder e-mails, reserve um tempo para você. Assista a um filme, faça uma caminhada, tome um banho quente ou ouça uma música. São nesses momentos que o corpo descansa e recarrega a bateria.

4 - Cultive bons hábitosPratique exercícios físicos regularmente, faça refeições balanceadas e nutritivas e durma o suficiente para encarar sua rotina diária. Esses hábitos melhoram o condicionamento físico e emocional.

5 - PrioridadesFaça uma lista de prioridades daquilo que você deve executar no dia a dia, assim as chances de você acumular tarefas importantes e ficar ansioso será menor.

6 - Não leve tudo tão a sérioTrate as tarefas do trabalho como se fosse uma diversão – não deixe a monotonia do ambiente de trabalho contagiá-lo.

Beatriz de Melo, psicóloga: “Desde que bem controlada, a ansiedade pode contribuir com o profissional na

busca pelo seu aprimoramento e por outras oportunidades”

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80 anos da ACILO presidente da ACIL Claudio Tedeschi esteve em Curitiba

para apresentar o calendário de eventos dos 80 anos da entidade ao governador Beto Richa. A ACIL comemora oito décadas no dia 5 de junho e está preparando uma série de atividades para proporcionar conhecimento, dinamismo e competitividade a empresas dos mais variados portes e segmentos. Também foi até a capital do Estado o diretor presidente da Sociedade Rural do Paraná, Afrânio Brandão, para divulgar detalhes da próxima edição da ExpoLondrina, que começa em 30 de março. Na foto, os líderes londrinenses estão acompanhados do presidente da Terra Roxa Investimentos, Valter Orsi, do secretário da Casa Civil, Valdir Luiz Rossoni, e do coordenador da Região Metropolitana de Londrina, Victor Hugo Boselli Dantas.

Londrinenses na Faciap A Federação das Associações Comerciais e Empresarias do

Estado do Paraná (Faciap) empossou no dia 17 de fevereiro, em Curitiba, a diretoria para o biênio 2017-2018, com a presença de uma delegação londrinense. O presidente da ACIL, Claudio Tedeschi, ocupa agora uma das vice-presidências do Conselho de Administração (CA). Seu antecessor e atual presidente da Terra

Roxa Investimentos, Valter Orsi, também integra o CA. Além deles, representam Londrina na Faciap, Marcelo Quelho, vice-presidente para o Setor de Empreendedorismo, e Alziro da Motta Santos Filho, vice-presidente para o Setor Jurídico. No Conselho Superior, estão Flávio Montenegro Balan e Farage Khoury, que ocupa cadeira vitalícia no colegiado. “Tenho certeza que teremos um biênio muito produtivo, consolidando o admirável trabalho de articulação entre as entidades associativistas do estado”, comentou o presidente da ACIL.

Capacitação para o mercadoAtenta à evolução do conhecimento, competitividade e

mercado, a ACIL iniciou 2017 com uma grade dinâmica de treinamentos e o propósito de preparar empresas de diferentes portes e segmentos para um cenário em constante transformação. Os temas passam pelas áreas de Finanças, Pessoas, Comunicação, Estratégia, Administração, Serviços entre outros. Todos os assuntos são atualizados de acordo com o mercado e ministrados por facilitadores renomados de Londrina. São cerca de 1.300 pessoas capacitadas profissionalmente todos os anos na ACIL. Para saber quais são os próximos cursos de capacitação e palestras ofertados pela entidade basta acessar o site http://acil.com.br/agenda ou entrar em contato pelo telefone (43) 3374-3082.

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 39

COLUNADO ASSOCIADO

Investir para crescer

A Ricotech Copiadoras e Multifuncionais, empresa que oferece serviços como locação de impressoras, copiadoras e duplicadores em Londrina, almeja novas conquistas para 2017. Os sócios Marcelo Ramos e Fraisa de Lourdes Abucarub Triani procuraram  financiamento com a linha de microcrédito da Fomento Paraná, parceira da ACIL, para investir em equipamentos e em capital de giro. “Optamos pelo financiamento da Fomento Paraná, principalmente pela tarifa ser mais acessível. Nós tínhamos um projeto para reestruturação da parte interna e através do microcrédito conseguimos realizar o planejado, aderimos os equipamentos necessário para melhorar a empresa”, comemora Fraisa.

O financiamento escolhido pela Ricotech é o chamado Banco do Empreendedor Microcrédito – Investimento Misto, que contempla construção, reforma, equipamentos, móveis, construção de sites, aquisição de softwares, além de capital de giro. O limite de aporte deste produto da Fomento é R$ 20 mil, com prazo máximo de 36 meses e taxa de juros entre 1,26% e 1,81%a.m. O microcrédito é destinado a empresas com faturamento anual de até R$360.000,00.

A Ricotech Copiadoras e Multifuncionais fica na Rua Amador Bueno, 158, loja 3A 3B. 

Excelência em gestão

A Indusbello Indústria de Instrumentos Odontológicos, há mais de vinte anos na área de equipamentos e produtos dentários, fechou o último ano comemorando excelentes resultados. Conquistou o segundo lugar do  Prêmio Bem Feito no Paraná, na categoria Pequenas e Médias Empresas. O prêmio é uma iniciativa da Gazeta do Povo, com o apoio do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade que visa reconhecer as companhias com sede no Paraná que atingiram nível de excelência em gestão. O diretor Leonardo Beni conta que receber o prêmio foi gratificante. “Isso é um sinal de que estamos no caminho certo. Além de ser reconhecida através do Bem Feito no Paraná 2016, tivemos um feedback de como a Indusbello tem se saído no mercado ultimamente e, assim, estamos buscando melhorias e meios de inovar e crescer ainda mais.” As empresas participantes passam por três etapas de avaliação. A Indusbello ocupou o segundo lugar na categoria Pequenas e Médias Empresas.

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NOVOSASSOCIADOS

ALIMENTAÇÃOD Raimunda LanchesRod. Celso Garcia Cid PR – 445

ARTIGOS MÉDICOS E ORTOPÉDICOSTottaliRua Mandaguaçu, 534 – Sala 01 Pinhais

Tottali TecnologiaRua Mandaguaçu, 294 – Loja 01 Pinhais

BIJOUTERIAS E SEMIJOIASClassic SemijoiasRua Senador Souza Naves – 441 – Sala 05

COMÉRCIO DE MALHAS E TECIDOSATR MalhasRua Vanderlea Delabibera, 54

COMÉRCIO VAREJISTA DO VESTUÁRIOVai Se CasarRua Roberto Alexandre, 125

COM. VARE. DE PEÇAS DE AUTOAuto VelozRua Pedro Botelho de Rezende, 2583

COSMÉTICOS E PERFUMARIABiocleanRua Espírito Santo, 66

DECORAÇÃOGaleria London DecorAv. Higienópolis, 2600 – Loja 02

London DecorAv. Higienópolis, 2500 – Loja 02

DISTRIBUIDORATerra VivaRua Serra da Taquara, 71

DISTRIBUIDORA DE COMBUSTÍVEISErgy CombustíveisAv. Higienópolis, 70 – Sala 16 A

EQUIPAMENTOS ELÉTRICOSHelio SAv. Jorge Casoni, 602

FERRAGENS E FERRAMENTASTiete ParafúsosRua Tiete, 947 – Sala 03

HORTIFRÚTI GRANJEIROSJM Comércio de Frutas e LegumesAv. Brasília, 10000 – Box 98 e 99 – CEASA

LIVRARIA E PAPELARIADínamus QuintinoRua Quintino Bocaiuva, 120

MADEIRAS E ARTEFATOSGrafnewAv. dos Pioneiros, 1530 – Fundos

Igapó MadeirasRua Serra dos Pirineus, 288

MÓVEIS3A Móveis RústicosAv. Arapongas, 7 Arapongas

Móveis Mais CasasAv. Saul Elkind, 4039

ODONTOLOGIADental ElliteAv. Aracy Soares dos Santos, 777

ÓTICAS, JOIAS E RELÓGIOSÓtica DinizAv. Américo Deolindo Garla, 224 – Loja 81

Ótica Visual do LagoAv. Ayrton Senna da Silva, 400 – Loja L58 1

PANIFICADORA E CONFEITARIAHachimitsuAv. Jucelino Kubitschek, 3190

HachimitsuRua Assunção, 331

PORTAS, BATENTES E DOBRADIÇASFran PortasAv. Dez de Dezembro, 800

RESTAURANTES E SIMILARESForneria PaglianoRua Montevidéu, 610

Gente Boa LanchoneteRua Professor João Cândido, 44

Dedo Doce DelíciasRua Maranhão, 310

AGÊNCIAS DE TURISMO E CÂMBIOAzul ViagensRua Espírito Santo, 1925 – Loja 02

Prima Tour Agência de Viagens e TurismoAv. Higienópolis, 32 – Loja 04

ALOJAMENTOCasa de Repouso MaranathaRua Júlio César Ribeiro, 990

CABELEIREIROSStudio Mulier LondrinaAv. Rio de Janeiro, 285 – Sala 03

COMÉRCIO

SERVIÇOS

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março e abril de 2017 | www.acil.com.br42

Zina Ribeiro CabeleireirosRua Mato Grosso, 434 – Loja 05

COBRANÇAConcred CobrançasRua Taquaritinga, 168

GCM Consultoria EmpresarialRua Lady Diana, 342

PR Promotora de CréditoRua Santa Catarina, 50 – T 04 – Tower Shopping

CONDICIONAMENTO FÍSICO E CAPACITAÇÃOIglesias FitnessRua Alexandre Correia, 125 – Casa Guaratuba

Yoga Weve StudioRua Pio XII, 52 – Apto. 701

CONSULTORIACanaveseRua Goiás, 1328 – Sala 303

Redelo Consultoria e RepresentaçãoRua Senador Souza Naves, 771 – Sala 201

TS ConsultoriaRua Goiás, 563 – Sala Comercial Cornélio Procópio

CONTABILIDADEPersonalityAv. Gabriel Freceiro de Miranda, 410 – Sobreloja Cambé

RJ ContabilidadeTv. Tinguis, 35 – Casa

CURSOS E TREINAMENTOSIdeha SoluçõesRua Santo Amaro, 580 Curitiba

Maria BunitaRua Marnhão, 311 – Sala 19

DESIGN GRÁFICODroopi Agência DigitalAv. Ayrton Senna da Silva, 200 – Sala 902

EVENTOS E FESTASPersonalize EventosRua Jerusalém, 300 – Apto. 1402 – BL 04

FACULDADES E INSTITUIÇÕES DE ENSINOIneplanRua Espírito Santo, 1293

Pré Med. VestibularesAv. Ayrton Senna da Silva, 200 – Loja 09

INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO ELÉTRICAVR TechRua Bruno Próspero Parolari, 830

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOSSSG Serviço a Saúde GlobalRua Senador Souza Naves, 576 – B

RESTAURANTES E SIMILARESEstação Oyama GourmetRua Mato Grosso, 310 – Loja 429 – Royal Plaza Shopping

COMÉRCIO DE PEÇAS PARA ELETRÔNICOSEletrocontroles Full DriveRua Salvador, 741 – Sobreloja

IMPERMEABILIZANTESKapaziAv. Lúcia Helena Gonçalves Vianna, 783 – Loja 01

ODONTOLOGIAImplantareRua Engenheiro Omar Rupp, 555

PISCINASOne Pool Piscinas e AcessóriosRua Vigilato José da Cunha, 284 – Fundos

ALIMENTAÇÃOSalt LimãoRua Fernão de Magalhães, 182 – Térreo

EMBALAGENSDeltaflexRod. Celso Garcia Cid, 1050

ESQUADRIAS DE METALMetal ForteRua Madeira, 630

IND/COM

COM/SERVIÇOS

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Informações para análise de crédito reunidasem um único documento.

43 3374 3000SAIBA MAIS:

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Se o seu caminho é acreditar, a CAIXA acredita com você.

SAC CAIXA – 0800 726 0101(informações, reclamações, sugestões e elogios)Para pessoas com deficiência auditivaou de fala – 0800 726 2492Ouvidoria – 0800 725 7474facebook.com/caixa | twitter.com/caixa | caixa.gov.br

* Crédito sujeito a aprovação.

• Antecipar as vendas a prazo.

• Pagar despesas do dia a dia.

• Pagar salários.

• Reformar ou ampliar espaços.

• Investir em estrutura e modernizar maquinário.

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