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Agenda maio e junho 2015

Palestra: A importância do contas a pagar e receber Sivaldo Dal Ry18 de maio19h às 21h• Realizaçãodaanálisedecadastroe

análisefinanceira• Alimentaçãodofluxodecaixacom

ovalordostítulosemitidoscontraocliente

• Recebimento,conferênciaeagendamentodepagamentodosdocumentosdecobrançaemitidosporfornecedores

• Conferênciadovalordosdébitosreferenteatarifasbancáriaseencargosfinanceirosetributáriosdeoperaçõesdecrédito

Nãoassociados:R$ 80,00Associadoseestudantes:R$ 47,00

Workshop: Intensivo em estratégias de vendasNatasha Bacchi25, 26 e 27 de maio19h às 22h

MÓDULO I – Atendimento25demaio• Aabordagem• Cuidadocomocliente• Valorizandooquevocêfazporele

MÓDULO II – Vendas26demaio• Ospassosdavenda• Investigaranecessidadedocliente• Vendedorconsultor

MÓDULO III – Metas27demaio• Definindometas• Comoatingirmetas• PlanejamentodiárioNãoassociados:R$ 250,00Associadoseestudantes:R$ 195,00

Intensivo em analista de departamento pessoal – 2ª EdiçãoMário Sérgio27, 28 e 29 de maio19h às 23h• Procedimentosparaadmissão• Contratoejornadadetrabalho• Folhadepagamentosesuas

especificidades• IncidênciaecálculodosimpostosNãoassociados:R$ 300,00Associadoseestudantes:R$ 250,00

Motivação e comprometimento de equipes de vendasSilvana Oliveira03 de junhoDas 08h às 12h e das 14h às 18h• Oquefaçocomdedicaçãoxsatisfação• Transponhoobstáculos?• Os7hábitosdaspessoasmuitoeficazes• Atitude–fazeracontecerNãoassociados:R$ 167,00Associadoseestudantes:R$ 91,00

Palestra: Relacionamento e fidelização de clientes Natasha Bacchi09 de junho19h às 21h• Diferenciarsatisfaçãodefidelizaçãode

clientes• Comofidelizarclientes• Identificar,diferenciareinteragir• PersonalizarparafidelizarNãoassociados: R$ 80,00Associadoseestudantes:R$ 47,00

Intensivo em formação e atualização de gerente comercial Milton Betoni09, 10 e 11 de junho19h às 23h• Responsabilidadesdogerentede

vendas• Recrutamentoeseleçãodeequipede

vendas• Estruturaçãodaforçadevendas• GestãoderesultadosNãoassociados: R$ 300,00Associadoseestudantes:R$ 250,00

Operador de Caixa Sivaldo Dal Ry17 e 18 de junho19h às 23h• Aberturaefechamentodecaixa• Recebimentosepagamentos• Identificandoeprevenindofraudes• Identificandodocumentoseconferindo

chequesecartõesNãoassociados:R$ 167,00Associadoseestudantes:R$ 91,00

Qualidade de serviços em recepção e secretaria Silvana Oliveira05 e 06 de maio19h às 23h • Desenvolvimentopessoaleprofissional• Perfileposturaprofissional• Superaçãonoatendimentoaosclientes• TécnicasderecepçãoeatendimentoNãoassociados:R$ 167,00Associadoseestudantes:R$ 91,00

Prepare-se para vender maisSheila Dal Ry06 e 07 de maio19h às 23h• Passoapassodavenda• Estratégiasdeumvendedorconsultor• Pré-venda,vendaepósvenda• TécnicasdefechamentodevendaNãoassociados:R$ 167,00Associadoseestudantes:R$ 91,00

Custos nas importaçõesMilton Gato06 e 07 de maio 19h às 23h• Custosadministrativosnaimportação• Documentosutilizadosnasimportações• Principaisimpostosetaxasexistentes• MultasedemaispenalidadesNãoassociados:R$ 250,00Associadoseestudantes: R$ 195,00

Chefia e Liderança Filomena Regina Storti Minetto15 e 16 de maio Dia 15 – das 19h às 22hDia 16 – das 8h às 17h • Acomunicaçãocomofontede

conflitoouprodutividade(FeedbackeAssertividade)

• Liderançagerencial(Característicaseestilosdeliderança)

• Oprocessodetomardecisões(Diferentesmodalidades)

• DelegaçãodeatribuiçõeseautoridadeNãoassociados: R$ 188,00Associadoseestudantes: R$ 110,00

LANÇAMENTO

REGI

ONAL

NORTE

FINANÇAS GESTÃO DE RH DIVERSOSMARKETINGATENDIMENTO E VENDAS WEB

Palestra: Transforme seu atendimento em vendasRegina Nakayama23 de junho19h às 21h• Asleisdoatendimentoaocliente• Osmomentosdaverdade• Comocriaremanterrelacionamentos

comclientesNãoassociados:R$ 80,00Associadoseestudantes:R$ 47,00

Intensivo de faturamento e emissão de notas fiscaisRosangela da Silveira24 e 25 de junho19h às 23h• Transmitirnoçõesgeraisnalegislação

doICMSeIPI• Apresentarosrespectivostratamentos

fiscaisconferidospelalegislação• Demonstraraemissãodenotase

documentosfiscais• Vendaaordem,aentregafutura,

demonstrações,industrialização,exposiçãoemfeiraseretornodemercadoriasnãoentregues

Nãoassociados: R$ 250,00Associadoseestudantes:R$ 195,00

Saiba mais:[email protected] ou3374.3082 com Mariana Reche:[email protected]

Associação Comercial e Industrial de Londrina Rua Minas Gerais, 297, 1º andar, Londrina, PR

Av. Saul Elkind, 1820 | Regional Nortewww.acil.com.br

Workshop: Criando estratégias para sua empresaSheila Dal Ry22 e 29 de junho19h às 23h

MÓDULO I – Facebook 22 de junho• Criando um plano de marketing no

facebook• Criando sua página no facebook• Configurações profissionais de uma Fan

Page• Os diversos tipos de conteúdo e seu uso

no facebook e os tipos de anúncios

MÓDULO II – Google29 de junho• Como utilizar as ferramentas do google

para sua empresa• Drive, places e G+• Introdução ao analytcs e ao adwords• Google meu negócioNão associados: R$ 250,00Associados e estudantes: R$ 195,00

Compras públicas – FornecedoresMauro Anici22, 23 e 24 de junho19h às 23h• Licitação: uma nova oportunidade para

o seu negócio• A MPE na licitação pública – Conhecer

as leis para controlar os riscos• Aprender a licitar sem riscos – Parte I e II• Encontrando novas oportunidades para

o seu negócioNão associados: R$ 80,00Associados e estudantes: R$ 50,00

Compras públicas – CompradoresMauro Anici23 de junhoDas 08h às 12h e das 13h30 às 17h30• A preparação para a licitação• Instrumentos indispensáveis na

montagem dos editais que promovam os benefícios da Lei 123/2006

• Alimentação escolar com aplicação dos 30% do recurso do FNDE na agricultura familiar

Inscrição Gratuita * Vagas Limitadas

ABRASEL NORTE DO PARANÁ

CURSO DE BOAS PRÁTICAS E HIGIENIZAÇÃO NAS MANIPULAÇÕES DE ALIMENTOS26,27e28deMaioe23,24e25deJunho13h30às17h30Local:BlueTreePremiumAv.JuscelinoKubtischek,1356Informações:33270202Nãoassociados:R$100,00AssociadosACIL:R$70,00

EDITORIAL

Mercado em Foco é uma publicação da Associação Comercial e Industrial de Londrina. Distribuição gratuita. Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da Associação ou pelo e-mail [email protected]

DIRETORIA DA ACIL – GESTÃO 2014/2016

Fundada em 5 de junho de 1937

Rua Minas Gerais 297 – 1º andarEd. Palácio do ComércioLondrina (PR) – CEP 86010-905Telefone (43) 3374-3000Fax (43) 3374-3060E-mail [email protected]

Valter Luiz OrsiPresidenteRogerio Pena ChinezeVice-PresidenteFabricio Massi SallaDiretor SecretárioAlexandra de Paula Yusiasu dos Santos2º Diretor SecretárioRodolfo Tramontini ZanluchiDiretor FinanceiroAngelo Pamplona da Costa

2º Diretor FinanceiroFernando Mauricio de MoraesDiretor ComercialMarcus Vinicius GimenesDiretor IndustrialMarcia Regina Vieira Mocelin ManfrinDiretor de ServiçosClaudio Sergio TedeschiDiretor de Comércio InternacionalLuigi Carrer FilhoDiretor de Produtos

Adelino Favoretto JuniorDiretor Institucional

CONSELHO DELIBERATIVOAry SudanCarlos Alberto Dorotheu MascarenhasEduardo Yoshimura AjitaFlávio Montenegro BalanGeorge HiraiwaHerson Rodrigues Figueiredo Jr.

José Augusto RapchamKatsumi Sergio OtaguiriLuiz Carlos I. AdatiNivaldo BenvenhoOswaldo PitolPaulo Fernando OzelameWilson Geraldo Cavina

CONSELHO FISCAL

TitularesAdoniro Prieto MathiasMarcus Vinicius Bossa GrassanoRafael de Giovanni Netto

SuplentesCarlos Alberto de Souza FariaRafael LopesRogério Silvano da Silva

Paulo BriguetCoordenaçãoSusan NaimeEdiçãoJosoé de CarvalhoFotografiaThiago MazzeiProjeto gráfico

Diego Rigon MenãoSuperintendenteClaudia Motta PechinGerente ComercialBarbara Della LiberaAnalista de Marketing

ColaboradoresFernanda BressanJuliana MasteliniLoriane Comeli

Michelle Aligleri Muriel AmaralPauline Frank de Almeida

ImpressãoMidiografTiragem8 mil exemplares

NOSSO PAÍS, NOSSOS FILHOSSempre há comparações entre a administração pública e a gestão empresarial. Sem a menor dúvida, nós empresários temos muito a contribuir para o aperfeiçoamento do setor público, principalmente quanto à produtividade, à inovação e à meritocracia.

No entanto, seria interessante se os governos precisam urgentemente tomar como modelo outra instituição de nossa sociedade: a família. A administração pública deveria ser algo bem mais parecido com a educação de um filho. Tudo aquilo que, no dentro de nossas casas, exigimos de um filho também pode ser exigido das autoridades políticas.

Todo mundo quer o respeito de seus filhos. O mandamento bíblico ensina: “Honrar pai e mãe”. Como todo poder emana do povo, as atitudes dos homens públicos devem honrar o conjunto da população brasileira, que em sua maioria absoluta trabalha para garantir a sobrevivência. A corrupção do governo é, antes de tudo, uma falta de respeito com as pessoas e famílias.

De um filho, você quer responsabilidade. Desde pequenas, nossas crianças são orientadas a assumir tudo aquilo que fazem. Não podem se apropriar do que é alheio. Devem zelar pelo que lhes é confiado e prestar contas do que recebem. Da arrumação do quarto ao cuidado com os outros, especialmente os mais fracos, aprendem o que é ser responsável. Com o governo não deveria ser diferente.

A gente exige transparência de nossos filhos. O que fazem, onde estiveram, com quem conversaram, por que saíram, por que chegaram depois do horário combinado, por que o dinheiro da mesada acabou: tudo isso um bom filho deve deixar muito claro para os pais. Caso contrário, haverá consequências.

Justiça é outro valor básico dentro de casa. Se o filho fez errado, tem que pagar. Se agiu mal, tem que pedir desculpas. Se tirou notas ruins, vai ficar em casa estudando. Um filho deve obedecer às regras do lar, assim como uma autoridade ou servidor público deve obedecer às leis do País. Valter Luiz Orsi

Presidente da ACIL

Da mesma forma, você quer verdade de um filho. Desde a primeira infância, aprendemos que mentir é uma coisa feia. Crianças descobrem muito cedo o valor e a importância de dizer a verdade. Por que seria diferente com os homens públicos nas campanhas eleitorais e nos pronunciamentos à Nação?

Respeito, responsabilidade, transparência, justiça, verdade. São esses os valores que defendemos no movimento cívico Brasil Mostra Sua Garra. E assim é o País que queremos deixar para os nossos filhos.

Associação Comercial e Industrial de Londrina 5

GANHOS CONJUNTOSParcerias, estratégia para crescimento ............................. 12

ARTIGOPor uma cultura ética nas organizações ............................. 15

DIAS PARADOSQuanto custa um feriado? .................................................. 16

VAREJO Nesta data querida .............................................................. 28

PERFILWaldomiro, o amigo de Londrina ....................................... 32

NÚCLEOS SETORIAIS Unindo forças pelo bem comum ........................................ 34

BEM-ESTARSaúde, um bem a ser preservado ........................................ 38

COLUNA DA ACILBom Negócio capacita 12ª turmade empreendedores ........................................................... 40

COLUNA DO ASSOCIADOMóveis Brasília inaugura lojana região Leste .................................................................... 41

ÍNDICE

18

FRANCO DESENVOLVIMENTOZona Leste: a cidade cresce para lá

22

CONTRA A CORRUPÇÃOCinco valores para mudar o Brasil

26

ENTREVISTA Onde mora a corrupção

SOLUÇÕES Você sabe o que a ACIL faz por você?

6

SOLUÇÕES

maio e junho de 2015 | www.acil.com.br6

Associação Comercial e Industrial de Londrina 7

FÁCIL IMOBILIÁRIO DESCOMPLICA A COMPRA E LOCAÇÃO DE IMÓVEIS

Por Susan Naime Quanto vale a sua satisfação? Um bom atendimento, a consulta aos maiores bancos de dados da América Latina ou a capacitação profissional da sua empresa? A ACIL reúne todas essas soluções em dois endereços. São 78 anos de história e engajamento por ideias e ações que possam trazer avanço para a economia e para a sociedade londrinense. Atenta à evolução do conhecimento, competitividade e mercado, a Associação Comercial caminhou para se tornar uma moderna organização empresarial, focada no atendimento das necessidades de seus associados, empresas e todo cidadão de bem. Para se ter ideia, através do telefone (43) 3374-3000, a entidade recebe mais de 100 mil ligações todos os anos de pessoas que desejam buscar informações, tirar dúvidas e saber mais sobre os produtos e serviços oferecidos. As portas também estão sempre abertas para aqueles que preferem o atendimento pessoal e personalizado. Propositalmente, a ACIL está localizada no coração de Londrina, na Rua Minas Gerais, 297, 1º andar, e também mantém um escritório na Avenida Saul Elkind, 1820. Isso mostra o por que mais de 30 mil pessoas passaram pela instituição ao longo de 2014. Praticidade e agilidade também fazem parte do dia a dia da ACIL. É por isso que a entidade dispõe de uma série de ferramentas de comunicação com o objetivo de manter toda a sociedade muito bem informada sobre assuntos que são relevantes ao seu segmento. Basta estar conectado na web e acessar o portal www.acil.com.br ou a página ACIL Londrina no Facebook, Twitter e Linkedin. Para os associados da entidade, a informação chega ainda mais rápida através do e-mail marketing. Mas os benefícios não param por aí. A ACIL possui parceria com diversas empresas e prestadoras de serviços de Londrina – e quem desfruta dessa vantagem é o associado e seus colaboradores. São descontos especiais em escolas, faculdades, escolas de idiomas, planos de assistência em saúde entre outros segmentos. Sem falar nos serviços de apoio à tomada de decisões, que são gratuitos aos associados ACIL. É o caso da Assessoria Jurídica e Assessoria em Comércio Exterior. Quer saber o que mais a ACIL pode oferecer a você e sua empresa? Conheça a seguir os principais produtos e serviços que garantirão segurança, agilidade e competitividade no mercado.

SPC - Serviço de Proteção ao Crédito

Manter a adimplência dos clientes e garantir a saúde financeira da empresa são fatores que toda companhia vislumbra para alcançar o sucesso. Simples e prático, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da ACIL é uma ferramenta eficiente para obter informações estratégicas e seguras durante transações de venda à vista ou a prazo. A parceria do serviço com a Serasa e SPC Brasil amplia a cobertura para o território Nacional. Através do SPC é possível consultar informações sobre Pessoa Jurídica, Pessoa Física, cheques e veículos. “O SPC cria uma estrutura sólida para que empresários possam vender com segurança”, explica a gerente comercial da ACIL, Claudia Pechin. No atual cenário econômico, a venda à vista depende de um bom preço ou uma excelente promoção. O consumidor está culturalmente habituado a comprar a prazo. “O crediário, por exemplo, sempre será um atrativo para o comerciante, mesmo com a utilização dos cartões de crédito. Por isso a importância dos Serviços de Proteção ao Crédito”, enfatiza a gerente. A ACIL também conta com uma ferramenta de auxílio na recuperação da inadimplência, a negativação no SPC. Através da inclusão do devedor no cadastro nacional, ele ficará impossibilitado de ter acesso ao crédito. “Também funciona como um sistema de cobrança. O inadimplente receberá uma carta de cobrança com o prazo de 10 dias para fazer contato e regularizar a dívida. Se isso não ocorrer, a informação será disponibilizada para visualização”, explica Cláudia Pechin.

Nota Fiscal Eletrônica

Houve um o tempo em que a Nota Fiscal era feita à mão; depois, passou a ser impressa pelo computador; e, finalmente, tornou-se eletrônica, garantindo agilidade, economia de custo e confiabilidade. Os associados da ACIL podem contar com um emissor de Nota Fiscal eletrônica (NF-e) e Conhecimento de Transporte Eletrônico, e cumprir a determinação de emitir o documento por meio virtual. Qualquer computador que tenha acesso à internet poderá utilizar o sistema. Mas, afinal, quais vantagens de utilizar esse serviço? Muitas! Para começar, a eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de mercadorias, a redução de custos de armazenagem de documentos fiscais e a redução de erros de escrituração devido à eliminação de erros de digitação nas notas fiscais. Com a opção da emissão da NF-e, todas as partes envolvidas garantem benefícios relativos ao seu uso, pessoas jurídicas,

maio e junho de 2015 | www.acil.com.br

agentes contábeis, os órgãos do governo e a sociedade como um todo. “Não existe uma mensalidade para este serviço. O associado da ACIL pagará apenas pela NF-e emitida. Outra vantagem diz respeito às atualizações do sistema, que são gratuitas e não precisam de instalações. Sem falar na praticidade, mobilidade e autonomia. Tudo isso é exclusivo para o associado ACIL”, pontua o executivo comercial da ACIL, Sandro Moda.

Fácil Imobiliário

O aquecimento do mercado imobiliário, impulsionado pela facilidade na disponibilização de linhas de crédito, é uma realidade em Londrina. No entanto, antes do fechamento do contrato, seja para quem compra ou vende, é essencial a busca de documentos para a confirmação de informações no intuito de garantir mais segurança à transação. Dependendo dos meios recorridos, essa busca pode se tornar burocrática e adiar, senão até interromper todo o processo. Na ACIL, o Fácil Imobiliário informa em apenas um documento sobre consultas de SPC, cheques devolvidos em nome da pessoa ou empresa, protestos, ações judiciais, entre outras pendências financeiras. O serviço vai intermediar a comunicação entre a imobiliária e o locatário, e facilitar o processo de locação ou compra, já que toda a documentação exigida pelas imobiliárias é retirada em um só local. “A certidão emitida traz benefícios para os dois lados porque simplifica todo o processo e garante segurança”, explica Sandro Moda. As empresas do setor podem orientar os clientes a se dirigirem até a ACIL. “A pessoa que procurar a associação, antes de ir até a imobiliária, já saberá se está apta ou não a adquirir aquele imóvel. Isso evitará desgastes e constrangimento, caso exista alguma restrição”, pontua. Para obter mais informações sobre o Fácil Imobiliário, basta entrar e contato com a ACIL pelo telefone (43) 3374-3000.

Centro de Capacitação

Investir alto na capacitação e profissionalização de funcionários e colaboradores não é uma missão tão viável para todas as empresas. Através do Centro de Capacitação Empresarial e de Pessoas, a ACIL oferta todos os meses cursos de atualização e capacitação, treinamentos in company personalizados, workshops e palestras. Todos os temas são atualizados de acordo com o mercado e ministrados por facilitadores renomados de Londrina. São cerca de 1.100 pessoas capacitadas profissionalmente todos os anos na ACIL. A analista de produtos e serviços da entidade, Mariana Reche, explica que para a escolha dos cursos oferecidos são analisados alguns fatores com o objetivo de garantir variedade na temática e atendimento segmentado ao público que busca profissionalização. “São avaliadas datas sazonais para ofertas de cursos personalizados e os questionários de participantes de treinamentos. Também é feito um levantamento com os facilitadores de treinamentos e palestras sobre as novas tendências para ofertar novidades.”Alguns temas são oferecidos sistematicamente por sua grande procura. Por exemplo, vendas com foco no cliente. “É uma necessidade do mercado. A maioria dos nossos associados é do varejo e trabalha com a venda direta”, justifica Mariana Reche. Os associados da ACIL pagam um valor diferenciado para participar dos treinamentos oferecidos pelo Centro de Capacitação. Mais informações pelo telefone (43) 3374-3082.

Estrutura

A ACIL possui estrutura planejada para a realização de eventos, convenções, reuniões e treinamentos com o objetivo de atender as necessidades dos empresários e seus colaboradores, contando com um complexo de espaços de eventos com capacidade para 280 pessoas. O Auditório David Dequêch tem capacidade para acomodar 140 pessoas em poltronas fixas com ambiente climatizado, microfones sem fio, tela translúcida para reprodução de imagens, flipchart, 2 monitores de 22”, além de projetor multimídia disponível para locação. A locação do auditório David Dequêch dá direito ao uso dos ambientes do saguão anexo. O auditório João Alfredo Menezes possui ambiente climatizado e capacidade para 60 pessoas com infraestrutura de palco, microfone, tela para reprodução de imagens, flipchart, projetor multimídia (locação à parte) e espaço para coffee break. A ACIL ainda dispõe de duas salas que são ideais para a realização de treinamentos. A primeira tem capacidade para 20 pessoas

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(cadeiras móveis), projetor multimídia (locação à parte), tela para reprodução de imagens, flipchart e espaço para coffee break. A segunda sala comporta 30 pessoas em cadeiras móveis, possui ar-condicionado, projetor multimídia (locação à parte), flipchart, e espaço para coffee break. Informações e orçamentos podem ser solicitados pelo telefone (43) 3374-3082.

Cidade na Vitrine

Qual empresário não gostaria de facilitar a vida de seus clientes, ampliando a divulgação de sua marca e produtos e, como recompensa, ganhar a fidelização do público consumidor? Do outro lado, não é difícil encontrar pessoas que sonham ter em um único espaço uma diversidade de mercadorias, com todas as suas especificações, inclusive o preço. O Cidade na Vitrine é um portal na web e aplicativo para celular smartphone e tablet, lançado pela ACIL para facilitar a vida dos associados da entidade e a de seus clientes. Através dessa tecnologia, os associados da ACIL podem divulgar gratuitamente produtos, serviços, lojas, pesquisa de empresas associadas e promoções. “O projeto está em constante inovação para que seja possível divulgar de maneira completa as informações de nossos associados, além de atender com maior eficácia as necessidades do consumidor, que hoje busca informação rápida, prática e a qualquer momento”, explica o superintendente da ACIL, Diego Menão.Mais de 10 mil produtos já estão disponíveis no Cidade na Vitrine. Também é possível sincronizar o GPS para levar o consumidor até o endereço da loja física. E para os empresários que desejam obter mais um canal de comunicação com seus clientes, a ferramenta ainda disponibiliza esse mecanismo. “Estamos falando de uma ferramenta que reúne as principais informações do setor empresarial da cidade. Acreditamos que a internet é um canal crescente na busca pela informação e na busca pela relação de compra e venda. Sem dizer que é um produto gratuito, fruto da união dos próprios empresários”, enfatiza Menão. Para inserir a empresa no Cidade na Vitrine, basta o associado entrar em contato com a ACIL pelo telefone (43) 3374-3003. A entidade fornecerá todas as instruções necessárias para o processo e já prepara oficinas gratuitas sobre gestão da loja virtual. O endereço na web é www.cidadenavitrine.com.br.

Programa Compra Londrina

Nas diferentes áreas de trabalho o mercado exige qualificação técnica, foco nos resultados e espírito empreendedor. E quando se trata de união, cooperativismo, confiança e oportunidade, a ACIL é especialista no assunto. A entidade oferece gratuitamente aos seus associados a possibilidade de apresentar a sua marca à sociedade, oportunizando estratégias de mercado e o aquecimento dos negócios. É o caso do programa Compra Londrina, uma parceria entre ACIL, Sebrae, Observatório de Gestão Pública de Londrina, Codel, Fiep, Prefeitura de Londrina, Sincolon, Sescap LDR, Sincoval e Sinduscon. O programa oferece grandes oportunidades para o empresário local fomentar o seu produto, além de alavancar a competitividade das empresas por meio da participação em licitações, pregões eletrônicos e outras modalidades de compras públicas definidas por lei. O Bureau de Informações é um importante instrumento nesse mecanismo. Sediado na ACIL, o escritório coloca em contato os fornecedores e os compradores do poder público. “Além do crescimento econômico, as empresas que participam do Compra Londrina são apresentadas a este mercado, podendo tornar-se referência em seu setor”, avalia a analista de negócios da ACIL, Valéria Sitta. Outra ferramenta é o site Compra Londrina, que reúne informações sobre o setor. Basta acessar o endereço eletrônico www.compralondrina.com.br.

Programa Bom Negócio

Para fazer jus ao nome, o programa Bom Negócio tem a missão de capacitar micro e pequenos empresários e empreendedores nas áreas Comercial, Financeira, Negócios, Pessoas e Estratégia, e propiciar vida longa às empresas, com a possibilidade de taxas subsidiadas em microcrédito. A Fomento Paraná libera empréstimos com juros de 0,67% ao mês e carência de três meses para o início do pagamento.

SOCIEDADE GARANTIDORA FACILITA ACESSO AO CRÉDITO COM JUROS BAIXOS

Associação Comercial e Industrial de Londrina 9

maio e junho de 2015 | www.acil.com.br

O recurso pode ser usado para investimento fixo (obras, móveis, utensílios, instalações, aquisição de máquinas e equipamentos), capital de giro ou investimento misto. “É a oportunidade perfeita para os empreendedores que buscam aprendizado e crescimento”, garante Valéria Sitta.

Programa Empreender

A capacitação direcionada também é um dos gargalos dos empresários que buscam inovação, mas acabam tropeçando em pequenas falhas que muitas vezes são enxergadas por seus concorrentes. O programa Empreender propõe unir empresários de um mesmo setor, tornando parceiros os que antes se viam como concorrentes e buscando soluções para problemas comuns. “É uma contribuição para a melhora da organização de cada ramo profissional. Com o Empreender, o associado da ACIL recebe todo o apoio profissional necessário para encontrar caminhos e formas de desenvolver estrategicamente sua empresa e seu setor, sanar duvidas e solucionar os problemas. Tudo isso tendo como base ferramentas mercadológicas e econômicas”, aponta Valéria. Para que seja possível organizar cada segmento, a ACIL divide os grupos em núcleos setoriais. Afinal, nada melhor que o próprio empresário para falar sobre o ramo em que atua e apresentar as suas dificuldades. Os componentes do novo núcleo participam de reuniões, acompanhados por um consultor mediador. Após identificar os problemas no segmento, é feito um planejamento estratégico para estruturar o negócio. O objetivo é buscar caminhos que levem ao desenvolvimento e crescimento. Atualmente, a ACIL trabalha com os núcleos setoriais Assessores de Eventos, Óticas e Relojoarias, Consultores Empresariais, Revendedores de Gás e Conselho do Jovem Empresário de Londrina. Para mais informações sobre os programas de negócios da ACIL, basta entrar em contato através do telefone (43) 3374-3010.

Certificação Digital

A autenticidade de um documento é assegurada por meio do uso de assinaturas ou rubricas. No caso do mundo digital, são as assinaturas digitais que garantem a integridade de seu conteúdo. Esse sistema de segurança é possível graças à Certificação Digital – um documento eletrônico com informações pessoais que comprovam a identidade física ou jurídica de forma digital. Por meio da internet, as pessoas ou empresas podem se identificar e assinar digitalmente transações online que aceitem esse sistema. Em resumo, o documento equivale a uma assinatura com papel e caneta. Credenciada junto à Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), a ACIL é autorizada a emitir os certificados, proporcionando um leque de vantagens aos seus associados. “Por exemplo, o preço diferenciado e o impacto direto sobre o custo do certificado digital, que chega a ter descontos de até 20% sobre os produtos”, ressalta o consultor comercial da ACIL Wagner Henrique de Souza. Outro diferencial está na equipe altamente qualificada para realizar o serviço. “Temos todo o suporte técnico para tirar dúvidas sobre os tipos de certificados, suas aplicações, uso, documentos necessários para emissão e instalação dos softwares e drives para utilização”, completa Wagner. Para quem está sempre de olho no relógio, a ACIL garante pontualidade e flexibilidade nos horários de atendimento. Para fazer a emissão do Certificado Digital, basta entrar em contato com um dos consultores da ACIL pelo telefone 3374-3007 ou 3374-3023. “Através desse primeiro contato o consultor identifica as necessidades do cliente. Isso faz com que não haja duvidas sobre o certificado a ser adquirido, evitando a escolha equivocada do produto”, explica Wagner.

Linhas de Crédito

Ao perceber a necessidade dos empresários em relação a linhas de créditos compatíveis e acessíveis aos seus negócios, a ACIL disponibiliza este acesso através das instituições financeiras Fomento Paraná e BRDE. São taxas diferenciadas, com o objetivo de apoiar o crescimento e fortalecimento dos negócios, que movimentam a economia. Os valores variam de 0,55 a 1,13% ao mês. Os recursos podem ser usados para investimento fixo (obras, móveis, utensílios, instalações, aquisição de máquinas e equipamentos), capital de giro ou investimento misto.

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Muitas vezes as dificuldades burocráticas dificultam que micro e pequenas empresas tenham acesso ao crédito para investir no sucesso de seus negócios. Um dos entraves pode ser, por exemplo, a insuficiência de bens como garantia às instituições financeiras. Contudo, desde 2013, através de uma parceria entre a ACIL e outras entidades, o empreendedor ganhou uma nova aliada para seus planos de progresso: a GarantiNorte PR – Sociedade Garantidora de Crédito do Norte do Paraná. A SGC funciona como uma espécie de assessoria técnica. Facilita o acesso ao crédito através de cartas de concessão, orienta o empresário sobre as melhores opções de trâmite e como fazê-

lo; identifica taxas de juros e prazos acessíveis no mercado financeiro. Para negociar as melhores propostas financeiras, a Garantinorte mantém convênio com os bancos BRDE e a Fomento Paraná, e com o Sicoob. A Fomento Paraná aplica taxa de apenas 8% ao ano em até 60 meses. Já o Sicoob, para os associados da SGC, possui taxa de 1,40% + CDI para capital de giro (em até 48 meses), e 1,10% + CDI para investimento puro, em até 48 meses. As cartas de fiança são de até 128 mil reais, com garantias de 90 mil reais. “O trabalho da Garantinorte é contribuir para alavancar o desenvolvimento de Londrina e região. É um voto de confiança no talento dos nossos pequenos empresários. Mais de 60% das pequenas empresas fecham as portas nos dois primeiros anos de atividade por falta de recursos e dificuldade de acesso ao crédito. A SGC vai auxiliar esses empreendedores através do crédito orientado e seguro. Venha até a ACIL e saiba o que a SGC pode fazer pelo seu negócio”, convida o presidente da ACIL, Valter Orsi, que também está à frente da SGC GarantiNorte.

GarantiNorte PR – Sociedade Garantidora de Crédito

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GANHOS CONJUNTOS

Por Pauline Frank de Almeida

A busca por novos mercados, tecnologias e formas de negócio para o desenvolvimento de uma empresa não precisa ser uma empreitada solitária. Em tempos de crise financeira, a escolha de um parceiro pode ser uma estratégia para crescer. Porém, planejar e se preparar é fundamental. É preciso estar com a “casa em ordem”, possuir um time de gestão de excelência e estar aberto a uma negociação franca, em busca da construção de um contrato de parceria confiável – para evitar um trauma futuro.Mas o que caracteriza uma parceria? É a junção de uma ou mais empresas para atingir um objetivo que sozinha nenhuma delas conseguiria. Wellington Moreira, da Caput Consultoria, ressalta que “não existe uma parceria clássica se não houver interdependência entre as partes dentro do escopo definido para atuação.”Um exemplo em voga atualmente são as Parcerias Público-Privadas (PPP). Em um contexto em que a administração pública não possui recursos para um determinado serviço e a iniciativa privada não teria segurança em investir sozinha, os setores se unem para desenvolver o projeto.

Por onde começar?Qual é o meu objetivo e como eu posso atingi-lo? Essas são as primeiras perguntas a se fazer ao pensar em uma estratégia de negócio e na parceria não seria diferente. Para o empresário e vice-presidente da Terra Roxa Investimentos, Fernando Kireeff, após a estabilização da moeda, os mercados brasileiros são cada vez mais competitivos e para se sustentar, o negócio tem duas saídas: se especializar ou crescer em escala. “Para você atingir um desses objetivos, as parcerias fazem muito sentido”, declara.Uma alternativa, por exemplo, são os fundos de investimento, em que é possível ter acesso a capital para acelerar o crescimento da empresa. “Essa é uma tendência não muito antiga no Brasil, e no interior muito menos. Para os próximos

Wellington Moreira: “Em Londrina, a gente vê

concorrência de empresas que poderiam se aproximar

e ter ganhos conjuntos. Elas competem localmente quando poderiam competir

nacionalmente se estivessem localmente juntas”

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Há certo temor em buscar investidores internacionais diante da possibilidade de falhar. Porém, essas alianças são possíveis – não apenas para atores estrangeiros que vêm ao Brasil em busca de novos mercados, mas da parte dos brasileiros que internacionalizam suas operações. Uma das coisas que chamam a atenção nas empresas locais é o fato de que conhecem bem o mercado e têm tradição diante dos consumidores e fornecedores, o que é um diferencial na busca de um parceiro internacional.

PossibilidadesA oportunidade de parcerias se estende por toda a cadeia produtiva e vai desde acordos estratégicos à criação de uma joint venture. Elas podem surgir horizontalmente, envolvendo competidores em busca de um mesmo objetivo, quanto verticalmente com clientes e fornecedores. No caso de parcerias horizontais, um exemplo recorrente é de empresas de Tecnologia da Informação (TI) que se unem. Luís Carlos Albuquerque Silva e seu sócio Leandro Martini se conheceram justamente no Arranjo Produtivo Local (APL) de TI de Londrina e se uniram para o lançamento de um novo negócio. Silva é proprietário da Level de Rolândia, que produz softwares para gestão pública, e Martini é dono da DroidTech de Cambé, do setor de automação. Através de um edital do Senai, eles reuniram cerca de R$ 800 mil para abrir a Digiglass em Londrina, com a criação de um equipamento – uma espécie de celular gigante – que pode ser usado para fotos em tempo real em eventos ou provadores em 3D de marcas. “Eu não tinha um sócio há quatro anos e você muda para abrir um negócio em conjunto, passa a compartilhar. Nós tivemos um trabalho bem interessante de gestão com o Sebrae e conseguimos definir bem os papéis de cada um”, diz o empresário.

“NÃO EXISTE PARCERIA CLÁSSICA SE NÃO HOUVER INTERDEPENDÊNCIA ENTRE AS PARTES”

Através de um edital do Senai, Leandro

Martini e Luís Carlos Albuquerque criaram

uma espécie de celular gigante que

pode ser usado para fotos em tempo real

em eventos

anos, isso deve se intensificar. A gente já tem visto a procura desses fundos de investimentos em nossa região de Londrina, onde há potencial”, aponta.

Passo a passo Após decidir que a aliança é um bom negócio, a empresa precisa se preparar para o parceiro. Como? Sua imagem é fundamental, desde a fundamentação de sua vantagem competitiva aos membros da gestão – com pessoas comprometidas de visão estratégica – e a parte financeira. Até mesmo a preparação cultural é importante, especialmente quando envolve um ator internacional. “Dependendo da procedência do país, os executivos são muito fixados em datas, processos, o que foi dito é aquilo e acabou. Nós da cultura latino-americana somos mais do relacionamento com pessoas”, comenta o diretor da KPMG Brazil em Curitiba, Eduardo Navarro. Com a “casa em ordem”, é o momento de avaliar o perfil do parceiro. O consultor da Caput, Wellington Moreira, destaca a importância dos valores das empresas serem semelhantes e de uma empatia entre os envolvidos, principalmente quando as parcerias serão longas, como de empresas de software, que podem durar de três a quatro anos para o desenvolvimento de uma tecnologia. “É importante também que as competências sejam complementares para não gerar concorrência”, lembra.

Riscos devem ser mensuradosEm uma parceria, há riscos para todos os envolvidos e eles precisam ser colocados no papel, como a atração de um parceiro que não vai gerar os benefícios esperados. Sem planejamento, a aliança pode desviar o foco dos gestores das operações. Há ainda a necessidade de saber mensurar exatamente quais informações devem ser repassadas aos parceiros. Em alguns casos, por inabilidade dos gestores, detalhes confidenciais acabam sendo entregues. Na contramão, o gestor pode ser tão centralizador que não permite a sinergia natural, em que é preciso ceder detalhes estratégicos que vão beneficiar o negócio. Empresas familiares, por exemplo, podem ficar temerosas com a possibilidade de uma parceria, justamente porque novas pessoas são adicionadas, com um impacto na cultura da empresa. Porém, hoje, várias delas estão se profissionalizando para fugir do amadorismo e buscar uma cultura executiva de maior impacto.“Elas estão procurando se profissionalizar, estão em linha com o fisco, com controles internos mais robustos. Muitas delas já estão caminhando para a auditoria de empresa internacional porque isso ficou muito mais acessível e dá credencial para falar com investidores internacionais”, observa Eduardo Navarro, da KPMG.

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ESPAÇOS COLABORATIVOS FAVORECEM PARCERIAS

As parcerias não servem apenas para grandes empresas, mas também para as pequenas que estão começando. Espaços colaborativos, como o Arranjo Produtivo Local da Tecnologia da Informação, onde surgiu a DigiGlass, favorecem a união. Em Londrina, o Café Gardênia, inaugurado em novembro de 2014, encontrou uma chance de se desenvolver através do espaço colaborativo Junt.Us.A empresária Tatiana Bittencourt conheceu o parceiro Empório Anastácio no Movimento de Empreendedoras Londrinenses em Ação. A princípio, ele se tornou seu fornecedor, e a convivência gerou a parceria estratégia de um jantar temático sobre o filme “Comer, rezar e amar”. Empório Anastácio entrou com a chefia da cozinha e Café Gardência com o local e organização do evento. “Foi um aprendizado, deu muita gente, aumentou nossa divulgação. Já estamos preparando o próximo”, avalia Tatiana.

Tatiana Bittencourt encontrou

na parceria uma forma

de divulgar o negócio aberto

no ano passado com a família

Setores que devem gerar parcerias em 2015AGRONEGÓCIO

* Tanto para fusões e aquisições quanto para cooperação de tecnologia, no caso de pequenas e médias empresas

CONSTRUÇÃO CIVIL

LOGÍSTICA

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

EDUCAÇÃO

ALIMENTOS

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A confiança é conquistada e mantida pela coerência entre o discurso e as ações da empresa

““

ARTIGO

Por Flávio Moura

O uso amplo do termo “ética” pode despertar muitos entendimentos. Por isso, antes de mais nada é preciso entender o seu correto significado. Para compreendermos esta questão de forma prática, partiremos da perspectiva de que a ética está associada ao estudo e à reflexão sobre os valores que orientam o comportamento humano. São normas morais que fornecem subsídios para a solução de muitos dilemas.Talvez o entendimento sobre o que é ética seja melhorado se lançarmos luz sobre exemplos de sua antítese – da falta de ética. A antiética é um vício da nossa cultura que aparece em pequenos gestos e ações do cotidiano. Não é raro vermos pais que ao buscarem seus filhos no colégio estacionam o carro na faixa de pedestre ou mesmo em faixa dupla sem se darem conta que estão sendo um exemplo negativo para as crianças. Há também o cidadão que esbraveja contra os escândalos de corrupção mas ao pagar uma conta no supermercado percebe que recebeu um valor maior do que deveria de troco e não diz nada. Antiético é qualquer comportamento que rompe com os valores que garantem a boa convivência social.É preciso fazer um esforço para eliminar esse vício de todas as esferas das nossas vidas. No ambiente empresarial, o empenho também é necessário para melhorar o relacionamento com os colaboradores, fornecedores, clientes e a sociedade como um todo. A empresa deve buscar uma interação moralmente correta, criando referências e padrões de boas práticas.Não basta ter uma política interna descrita em códigos de ética e conduta restritos aos colaboradores. Devem ser adotadas iniciativas que disseminem o DNA ético por todos os níveis

hierárquicos da organização. A criação de comitês internos atuantes na apuração de desvios, a abertura de canais de comunicação em que os colaboradores se sintam à vontade para fazer denúncias de irregularidades e um constante alinhamento interno podem contribuir para que a empresa seja de fato ética.No atual contexto, a cultura ética é tão importante quanto os resultados das organizações. Depois da descoberta de tantas ilegalidades no ambiente corporativo, constatou-se que é fundamental

uma grande transformação cultural, voltada a ações que minimizem a desconfiança do mercado.Não podemos esquecer que ser reconhecida como uma empresa ética fortalece a imagem positiva da companhia. Uma boa reputação seguramente resulta em melhoria de resultados já que o mercado – fornecedores e clientes – criam relações de confiança com a organização.A confiança é conquistada e mantida pela coerência entre o discurso e as ações da empresa. Não adianta ter um quadro afixado na parede com lindas palavras e enganar clientes ou dizer que “os nossos colaboradores são nosso maior ativo” se no dia a dia pouco se faz por eles. Em pouco tempo a máscara cairá.Já se sabe que mais do que clientes ou fregueses, o que as empresas desejam e precisam são de fãs. Uma conduta ética é fundamental para conquistar a preferência e a admiração do público que se quer atingir. A conquista do respeito do público e dos fãs pode ser a diferença entre sobreviver ou não no mercado.

– Flávio Moura é consultor empresarial da Caput Consultoria.

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DIAS PARADOS

Por Muriel Amaral

Quem não se lembra dos espetáculos circenses em que o artista gira pratos de cerâmica em finas varetas de madeira e que não pode deixá-los cair? A acrobacia requer atenção e perspicácia para que os pratos não caiam e todo o esforço desprendido seja transformado em cacos. É mais ou menos assim que empresários e comerciários terão que fazer para enfrentar a maratona de feriados para não deixar a peteca cair. Sinônimo de comemoração e descanso para muitos trabalhadores, os vários feriados prolongados que vão ocorrer esse ano no País podem ser traduzidos como medidas e ações para enfrentar os dias em que o comércio e indústrias poderão ficar parados.Ao todo serão nove feriadões que podem prejudicar a economia brasileira, que já não anda em passos firmes quando se fala em aquecimento e poder de compra. O comércio de rua sofre ainda mais os impactos dos dias parados. Segundo informações apresentadas pelo site de notícias G1, 10% de empresas paradas significam R$ 2,36 bilhões que deixam de circular para cada feriado. Se não há como reverter a quantidade de feriados, o que resta é arregaçar as mangas e pensar ações para que o impacto não seja tão grande e o orçamento da empresa não fique no

QUANTO CUSTA UM FERIADO?Com ou sem planejamentos, algumas empresas precisam se orientar para enfrentar os vários feriados de 2015

vermelho. Além de superar os dias parados, os lojistas devem enfrentar a atitude de alguns consumidores, que preferem não usar o dinheiro durante a semana para utilizá-lo durante o feriado.Foi pensando em driblar as consequências dos feriados que Vanda Mara e a filha Jaqueline Rivail pensaram e esquematizaram medidas para enfrentar a situação. Elas comandam duas lojas de presentes e decoração no centro da cidade. “Os feriados prolongados criam despesas para nós. Ainda mais para empresas pequenas como as nossas”, alega Vanda. Para desafiar a maratona de dias parados, a empresária não idealizou nada em longo prazo; as medidas

são tomadas de acordo com o planejamento semanal. “Quando percebermos que o movimento está fraco, dispensamos mais cedo os funcionários no sábado ou nos dias após o feriado. Assim, não temos os custos de hora extra, transporte e alimentação, por exemplo”, explica. Ela lembra que o mês de fevereiro fechou com baixo crescimento por conta do feriado de Carnaval, mas as lojas Puro Aroma estavam de portas abertas no sábado e segunda-feira para quem quisesse fazer compras. “Mesmo com essa situação embaraçosa, não podemos fechar as portas nesses dias porque temos que respeitar o cliente, temos um compromisso com aqueles que vêm à loja nesses dias”, completa.

“Os feriados prolongados criam ainda mais despesas para empresas

pequenas como as nossas” Vanda Mara, da Puro Aroma

“É importante fazer essas pausas na rotina e na vida.

Em longo prazo essa ausência pode ser sanada”

Fábio Ajita, das Casas Ajita

O JEITO É PENSAR AÇÕES PARA QUE O IMPACTO DOS DIAS PARADOS NÃO SEJA TÃO GRANDE

Para Fábio Ajita, sócio-proprietário das Casas Ajita e de outras lojas que atuam no comércio de calçados, as unidades que ficam na rua sofrem com o impacto de dias parados. De acordo com o empresário, o planejamento das lojas não contempla medidas para os feriados, pois as ações são voltadas mais para atender datas comemorativas. Todavia, ele tem um pensamento diferente sobre os feriados no ritmo de trabalho. “É importante fazer essas pausas na rotina e na vida. Logicamente que os feriados criam um ônus porque aquele dia deixamos de vender, mas se a economia estiver aquecida e a pessoa tiver dinheiro e condições de compra, em longo prazo essa ausência pode ser sanada”, explica Ajita. “Pessoas de outras cidades vêm a Londrina para fazer compras, isso contribui bastante para as vendas”, completa o empresário quando fala sobre os feriados municipais.Para se ter uma ideia da dimensão da amplitude da rede de loja, são oito lojas que se encontram em Londrina e região, sendo que algumas ficam em shoppings, mas a

grande maioria se localiza na rua. Sobre a abertura de lojas em shoppings, por ser uma experiência ainda muito recente, o empresário não soube mensurar a diferença entre as vendas realizadas nesses espaços ou nas lojas de ruas. “Preciso de mais um ano para verificar os números das vendas nos dois locais”, afirma.Com outro pensamento empresarial, até porque as condições são outras, a grande quantidade de feriados é algo que consta nos planejamentos da Angelus, indústria londrinense que fabrica produtos odontológicos, pois os dias parados impactam de forma significativa na produção da empresa. Como a Angelus exporta para mais de 80 países, a produção e o atendimento a esses clientes externos não podem parar por conta dos feriados aqui no Brasil. “No último trimestre de cada ano, a empresa realiza um planejamento anual em que são contemplados os dias de feriados e toda a produtividade para o ano seguinte”, conta Ester Falaschi, gerente de RH da

“Empresa realiza um planejamento anual em que são

contemplados os dias de

feriados e toda a produtividade” Ester Falaschi,

da Angelus

empresa. Entre as principais medidas da Angelus está identificar os itens que apresentam maior urgência de produção para que o atendimento desses produtos não seja comprometido nos dias de baixa produtividade. De acordo com Ester, nos dias de baixa produtividade, como é o caso das semanas que têm feriados, a produção da empresa é voltada para composição de um estoque para atender, principalmente, aos mercados do exterior, o que garante um giro de produto e não compromete o abastecimento dos produtos e gargalos na cadeia produtiva.

Tudo mudou. O entorno foi valorizado. A região está crescendo. O desenvolvimento é acelerado. A violência diminuiu

Fábio Segura, gerente do Boulevard

Londrina Shopping

“ “

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FRANCO DESENVOLVIMENTO

ZONA LESTE: A CIDADE CRESCE PARA LÁO boom de crescimento na região onde Londrina começou como cidade, em 1929, é recente, mas acelerado e promissor; para investidores, isso é só o começo

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COMPLEXO MARCO ZERO FOI FUNDAMENTAL PARA DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO

Por Loriane Comelli

Terrenos planos, baixa concentração de empreendimentos comerciais, ausência de construções verticais, localização privilegiada e um complexo comercial, que começou a funcionar a partir de 2012, são os principais ingredientes da receita de crescimento e desenvolvimento nos últimos anos da zona leste de Londrina, região que até o final da década passada ainda era alvo de muito preconceito em razão de habitações irregulares, favelas e criminalidade.Hoje, o cenário mudou bastante. Ainda há problemas, mas imobiliaristas, construtoras e empreendedores avançam para a região, que já tem um grande complexo comercial, com um shopping, três universidades, dezenas de novos prédios e condomínios residenciais e espaço para o futuro teatro municipal. “Até os próprios moradores que já estavam lá antes deste boom investem em melhorias nas suas casas e os comerciantes ampliam e melhoram suas lojas”, diz o presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Londrina e Região (Sincil), Marco Antônio Bacarin.Paulo Costa da Silva é um exemplo de comerciante que montou seu próprio negócio, um petshop na Avenida São João, estimulado pelo progresso da região. Formado em Química, Silva quase se tornou piloto de avião, mas, ao final do curso, na primeira aula prática, pensou: “Aqui em cima não é o meu lugar”, lembra. Ele chegou a cogitar abrir uma loja de produtos de limpeza, mas, diante da concorrência e dos altos investimentos em estoques, preferiu cuidar dos animais. Há cerca de 10 meses, resolveu usar a garagem de sua residência para oferecer serviços de banho e tosa para cães e gatos. Com diferenciais, como ambiente climatizado e possibilidade de o dono assistir aos procedimentos, o negócio vai bem. “Estou muito satisfeito. Desde que abri, não houve um mês que tenha faturado menos que no mês anterior”, relata, afirmando que sempre morou na zona leste. “Aqui tem tudo. Só

faltam mesmo mais algumas agências bancárias.” Na São João, foi instalada recentemente uma agência do Bradesco.Outro morador da região que se entusiasmou com o crescimento do comércio local e viu no grande número de novos moradores dos condomínios e prédios uma oportunidade de negócios foi o advogado André Feijó, 41 anos. Ele não hesitou em deixar a estressante rotina nos fóruns para dedicar-se a um sonho antigo: a culinária. Abriu, há dois meses, uma hamburgueria na Avenida São João.“Aqui é perto da minha casa, e percebi que esta região está numa crescente. A cada dia há mais lojas e áreas residenciais. É um dos últimos lugares para Londrina crescer”, diz Feijó, justificando a escolha do ponto. “Há muito para crescer. Acho que as pessoas ainda não perceberam o potencial da região.”Entre a clientela, que a cada dia se avoluma para experimentar hambúrgueres de carne bovina, suína e de frango recheados com calabresa, queijo ou bacon, além de petiscos variados e chope, Feijó vê principalmente moradores da zona leste. “Cerca de 70% moram aqui”, estima. São moradores dos condomínios próximos, funcionários do comércio e universitários. “Vem muita gente com a família.”

Localização privilegiadaO presidente do Sincil, Marco Antonio Bacarin, diz que a instalação do Complexo Marco Zero foi fundamental para garantir o desenvolvimento da zona leste, mas a infraestrutura prévia ajudou muito. “Não foi preciso levar toda a infraestrutura. Já havia instalação de água, saneamento, energia, asfalto.” Também se trata de uma região cercada por vias de acesso rápido, como as avenidas Dez de Dezembro, Arcebispo Dom Geraldo Fernandes (Leste-Oeste) e Brasília (BR-369). Há projetos para ligar a zona leste até Ibiporã pela Estrada dos Pioneiros. “Outro fator é que a

“Ainda há muito para crescer. Acho que as pessoas ainda não

perceberam o potencial da região” André Feijó, dono de hamburgueria

“Estou muito satisfeito. Desde que abri, não houve

um mês que tenha faturado menos que no mês anterior”

Paulo Costa da Silva, dono de Petshop

região está muito próxima do centro de Londrina”, acrescenta. E também perto da rodoviária e do aeroporto.Bacarin cita ainda um importante atrativo natural: a topografia. “Além dos terrenos planos, o solo é propício a escavações e construções”. O corretor lembra que a região ainda continua crescendo. “Ainda tem muitos terrenos grandes vazios. O potencial é muito bom.”

Visualmente melhorPara o gerente do Boulevard Londrina Shopping, Fábio Segura, o desenvolvimento percebido até agora “é apenas o começo”. “Ainda tem o teatro para ser concluído, as torres comerciais e residenciais e muitos terrenos na região para serem usados”, comenta. “Há também a informação de que o centro de eventos seria construído na zona leste. Isso é só começo.” Segura também comenta sobre os benefícios do complexo Marco Zero. Inaugurado há menos de dois anos, o shopping fechou 2014 com mais de 92% dos espaços alugados, aumento das vendas em relação ao ano anterior e com mais de 2,3 mil empregos diretos. “Visualmente, a gente percebe que tudo mudou. O entorno foi valorizado. A região está crescendo. O desenvolvimento é acelerado. A violência diminuiu”, avalia.Ele destaca que paradoxalmente ao que se possa imaginar, aumentou o número de lojas de rua. “Um estudo da Abrasce demonstra que o comércio de rua cresce quando se instala um shopping. O comércio tradicional se fortalece”, afirma, referindo-se à Associação Brasileira de Shoppings Centers.

A origem de tudo O Marco Zero – ponto que daria início, em 1929, à futura cidade de Londrina – também pode ser considerado o começo da nova onda de desenvolvimento da

zona leste. Pelo menos assim considera o imobiliarista Raul Fulgêncio, idealizador do complexo que reúne o Boulevard Shopping, a Leroy Merlin e o Ibis Hotel, além das 16 torres residenciais e comerciais que serão erguidas no mesmo terreno de 236 mil metros quadrados, dos quais 20 mil m² são para o Teatro Municipal, que está na primeira fase das obras.Fulgêncio, sócio do shopping, lembra que tudo começou com um telefonema de um amigo de Porto Alegre, que queria um terreno para um supermercado. Sua equipe encontrou a antiga área da Anderson Clayton, que já pertencia à Coimbra, e estava à venda. Era uma área com um “potencial fantástico”: “Estava a 800 metros do calçadão (da Avenida Paraná), uma área plana, virgem, sem empreendimentos”, descreve o imobiliarista, lembrando, porém, que nem todos pensavam assim. “Aliás, quase ninguém pensava assim.”Ele não conseguiu encontrar investidores no mercado imobiliário para comprar a área. Foi um grupo de dez amigos, que não eram do ramo, como médico, fazendeiro e comerciante, que se arriscaram. “O próximo passo era convencer algum shopping a vir para cá, para aquela área”, conta. Os empresários gostavam da ideia, aprovavam o plano de negócios, mas “quando viam o terreno, desanimavam”. “Era muito feio: tinha aquele pó de soja, a linha férrea, tudo era abandonado. E havia muita criminalidade, drogas, prostituição”, relata o imobiliarista.Experiente negociante e com visão no mercado imobiliário, Fulgêncio conseguiu “vender o que a área ia ser e não o que era”. “Pasme: quatro shoppings se interessaram e acabei podendo desenvolver o projeto do jeito que planejava.”Ao ser perguntado sobre o adensamento da região, o empresário não titubeia, dizendo que muitos deixaram de ir ao shopping da região sul e vão a pé para o Boulevard. “Isso equilibra a cidade como um todo. Alivia o tráfego para a região sul. Não se pode ter uma visão míope.”

Sobre o terreno do Complexo Marco Zero, o imobiliarista Raul

Fulgêncio lembra: “Era muito feio e havia muita criminalidade,

drogas, prostituição”

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Ao lado do desenvolvimento comercial e o avanço das áreas residenciais, a zona leste de Londrina também começa a se destacar pela presença de instituições de ensino superior. A região terá, em 2016, sua quarta universidade: um campus do Centro Universitário Cesumar (Unicesumar), de Maringá, será instalado na Vila Santa Terezinha.A Unicesumar comprou, em 2013, área de 33 mil metros quadrados na Avenida Santa Mônica, onde pretende construir, inicialmente, um prédio de 11 mil metros quadrados para oferecer 15 cursos e atender até 4,5 mil alunos. Segundo o vice-reitor, Wilson de Matos Filho, os

investimentos chegam a R$ 40 milhões, incluindo construção e terreno (R$ 9 milhões).“Optamos pela zona leste, que possui grande potencial de crescimento, principalmente com as políticas públicas de financiamento que têm proporcionado o acesso ao ensino superior das classes econômicas C e D”, diz Matos Filho, consciente dos problemas sociais de que ainda padece a região.Entre os impactos positivos esperados, o vice-reitor citou a criação de empregos – mais de 400, sendo a maior parte das áreas administrativa e operacional, o que permitiria que os próprios moradores

da região se candidatassem – e serviços que a universidade poderá prestar, “em especial, para as pessoas carentes do entorno da instituição”, como assistência jurídica e atendimento à saúde nas áreas de fisioterapia, nutrição e psicologia.Além disso, ele citou a vinda de estudantes de outras cidades e estados, que devem optar por morar na zona leste. “Pelos estudos que temos, prevemos que, em média, um terço desses alunos virá de outras cidades e estados. Certamente procurarão residir nas imediações da instituição, para facilitar a sua mobilidade.”

QUARTA UNIVERSIDADE COMEÇA A FUNCIONAR EM 2016

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CAMPANHAPELO BRASIL

Em conjunto com entidades paranaenses, a ACIL lança movimento cívico Brasil Mostra Sua Garra e defende resgate de valores essenciais para a vida pública

GARRA PARA VENCER A CORRUPÇÃO

Associação Comercial e Industrial de Londrina 23

“HOJE COMO ONTEM, VAMOS VENCER O MAL” (Valter Orsi)

Por Paulo Briguet Ou o Brasil acaba com a corrupção, ou a corrupção acaba com o Brasil. Diante do quadro de escândalos e desmandos que assaltam a vida pública nacional, a Faciap – representante maior de 195 entidades empresariais do Paraná – criou o movimento cívico Brasil Mostra Sua Garra.A palavra corrupção vem do latim corruptione – e significa o ato de corromper, estragar, quebrar, destruir. Embora as consequências mais visíveis de um sistema corrompido sejam percebidas no aspecto econômico e financeiro, as causas do processo estão na perda de valores essenciais à vida em sociedade. Por isso, a campanha Brasil Mostra Sua Garra se fundamenta na recuperação de cinco princípios básicos: transparência, respeito, justiça, responsabilidade e verdade. O Brasil perdeu esses valores. E precisa resgatá-los se quiser sobreviver como País.O movimento da campanha cívica Brasil Mostra Sua Garra foi lançado em 21 de março, com atos públicos em diversas cidades do Paraná, promovidos por entidades filiadas à Faciap. Em Londrina, a ACIL realizou um show musical de Kiko Jozzolino e banda, no Calçadão da Avenida Paraná. Seis dias após a marcha cívica que levou 45 mil pessoas às ruas da cidade (proporcionalmente, a maior manifestação contra o governo em todo o País), lideranças da sociedade civil londrinense retomaram o vigor do movimento Pé Vermelho Mãos Limpas, que há 15 anos combateu e venceu a corrupção na Prefeitura de Londrina, e defenderam em praça pública a moralidade e a eficiência administrativas em todos os níveis de governo.

Uma nova atitudeNo ano de 1988, o compositor Cazuza fez sucesso com a música “Brasil”, um rock que denunciava as mazelas da corrupção no governo Sarney. Era uma canção de revolta e indignação, cujos versos iniciais todos lembram: “Brasil, mostra sua cara!” Quase trinta anos depois, o movimento cívico lançado pelas associações comerciais do Paraná utiliza uma frase semelhante para indicar outra atitude: a campanha Brasil mostra sua garra mostra que os cidadãos brasileiros estão dispostos a exigir mudanças efetivas no País. Não se trata apenas de denunciar os crimes contra o patrimônio público – mas de reconstruir uma nação democrática.

Brasil mostra sua garra é um movimento apartidário e propositivo que vem ao encontro dos anseios da população brasileira – em sua imensa maioria, insatisfeita com os rumos do atual governo. O principal objetivo da campanha, segundo o presidente da ACIL, Valter Luiz Orsi, é mostrar as virtudes do povo brasileiro: ética do trabalho, amor ao próximo e espírito de justiça. “Há 15 anos, o movimento Pé Vermelho Mãos Limpas mostrou que Londrina não aceita a corrupção e exige a punição dos corruptos e corruptores. Agora, estamos unidos às outras cidades paranaenses e iniciamos este movimento para combater

a corrupção em nível nacional”, diz Orsi. “Em Londrina, no passado, desviaram milhões da Sercomtel. No Brasil, desviaram bilhões da Petrobras. Hoje como ontem, vamos vencer o mal. O povo brasileiro não permitirá que esse estado de coisas se perpetue.”

Valores manifestosA logomarca da campanha Brasil Mostra a Sua Garra ressalta as cores nacionais: verde e amarelo. São as mesmas cores que ganharam as ruas no Brasil inteiro, mostrando o clima de patriotismo das manifestações populares. Cartazes, adesivos, faixas e banners da Internet estão sendo “viralizados” pela Internet. Mas a principal característica do movimento é estar ancorado em cinco valores positivos e de fácil compreensão. São eles:

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1. TRANSPARÊNCIA

Exigimos que a população brasileira em seu conjunto seja informada sobre todos os atos do governo e investigações em curso. É preciso acabar com a cultura do segredo, que permitiu os escândalos do mensalão, da Petrobras e outros.

2. RESPONSABILIDADE

Exigimos que todos os níveis de governo tenham responsabilidade na administração dos recursos e do patrimônio público.

3. JUSTIÇA

Exigimos que os órgãos da Justiça tenham autonomia para investigar e punir os responsáveis pela destruição do Estado brasileiro. Todo apoio à Operação Lava Jato, que hoje apura os crimes cometidos no coração da pátria e representa a esperança de milhões de brasileiros.

4. RESPEITO

Exigimos respeito ao cidadão brasileiro que trabalha e produz para o País. Ele tem o direito de expressar livremente suas opiniões, manifestar-se democraticamente contra os maus brasileiros e lutar dignamente por uma vida melhor.

5. VERDADE

Exigimos que a verdade seja dita em todas as circunstâncias. A mentira é um crime. É ela o denominador comum entre a corrupção e a incompetência dos nossos governantes. Toda e qualquer autoridade pública, quando faltar deliberadamente com a verdade, deve ser destituída de suas funções.

Vale lembrar que a campanha Brasil Mostra Sua Garra está apenas começando. Periodicamente, as entidades representadas pela Faciap vão promover atos públicos contra a corrupção, a incompetência, a carestia e outros flagelos que atormentam o presente e comprometem o futuro do País. Venha você também mudar o Brasil!

– Visite nossa comunidade no Facebook. – Colaborou José Pires.

Blues da Devolução(Música: Kiko Jozzolino/Letra: Paulo Briguet)

Devolva o meu paísDevolva o meu dinheiroDevolva o meu orgulhoQue você roubou inteiro

Devolva a justiçaDevolva a verdadeDevolva o meu sonhoQue ficou pela metade

Devolva o meu BrasilDevolva, companheiroDevolva a esperançaPara o povo brasileiro

Devolva o mensalãoDevolva a PetrobrásDevolva o da cuecaO da Suíça e muito mais

Eu quero que esse tremVolte logo para o trilhoEu quero um paísBem melhor para o meu filho

Devolva a minha vozDevolva a minha pazDevolva, que um BrasilBem melhor a gente faz Não quero um paísDe petista ou de tucanoEu quero um governoMais leal e mais humano

Devolva o meu BrasilDevolva, ExcelênciaEu quero uma naçãoDe trabalho e de decência

Devolva o meu PaísDevolva o meu dinheiroDevolva o meu orgulhoQue você roubou inteiro

Esse é o Blues da DevoluçãoEsse é o Blues da DevoluçãoNão fique parado aí, meu irmão!Esse é o Blues da Devolução

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Por Susan Naime

A revista Mercado em Foco entrevistou o promotor Cláudio Esteves, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Londrina, para analisar um tema que mexe com a cabeça e o bom senso de todo cidadão de bem: a corrupção. Até que ponto a precariedade no sistema de segurança pública e o comodismo da sociedade em mostrar sua indignação influenciam nas investigações policiais? Confira a entrevista abaixo.

As pessoas cometem fraude por que existem muitas oportunidades?

É cultural no Brasil a história de dar um jeitinho. E dar um jeitinho implica o particular oferecer uma vantagem para resolver um interesse, e assim se cria um sistema. Mas isso não é em decorrência da facilidade. Eu acho que é em decorrência da nossa cultura, que vem mudando. A minha sensação pessoal é que a sociedade está reagindo mais contra a corrupção. Isso vai formando um componente cultural de melhoria, porém num quadro ruim. Ainda temos muito que avançar. O Brasil é muito tolerante com a corrupção.

As recentes manifestações populares proporcionam certa esperança para esse avanço?

Sim, eu acho que tudo isso é um passo dado, mas são passos lentos e difíceis. Basta observar no passado em quantos episódios de nível nacional pensamos que o Brasil fosse mudar. E não mudou. A Lava Jato é uma fonte de esperança de ter um país diferente. Mas será gradativo.

Quais são hoje os gargalos para se atuar no combate à corrupção?

São várias as dificuldades e uma delas é a estrutural. É preciso ter estruturas capazes de enfrentar sistemas de corrupção mais sofisticados. Na investigação que envolve a Receita Estadual, por exemplo, estamos

ONDE MORA A CORRUPÇÃOONDE MORA

A CORRUPÇÃO

ENTREVISTA

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ONDE MORA A CORRUPÇÃO

Associação Comercial e Industrial de Londrina 27

“MOVIMENTO PÉ VERMELHO É UM GRANDE EXEMPLO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL”

contando com uma equipe grande de pessoas trabalhando, desde auditores, técnicos, policiais, promotores e, apesar dessa equipe ser bem maior do que outras que já tivemos no passado, ela ainda está muito aquém das nossas necessidades. Mas esse é apenas um ponto. O sistema legal é muito paradoxal. De um lado temos várias leis muito boas punindo a corrupção e do outro temos leis processuais que favorecem quase que a eternização do processo. E aí o processo não tem um resultado eficiente.

Qual seria a solução para essas dificuldades?

A melhoria legislativa. Para melhorar a corrupção nós temos que ter prevenção. E a transparência absoluta dos gastos públicos pode ser um fator contribuinte. E um controle interno das próprias administrações. Mas as coisas têm que andar juntas, o preventivo com o repressivo, para nós termos uma prevenção boa e, se houver um desvio, que a repressão seja exemplar. Não podemos ter demora de décadas quanto ao processo, porque isso é péssimo.

Por que tantos policiais se envolvem hoje com a corrupção?

É um erro supor que as polícias são mais contaminadas pela corrupção. A corrupção está disseminada em todos os setores públicos.

O Gaeco trabalha meses em torno de uma investigação. Qual é a sensação quando um investigado recebe habeas corpus?

A sensação é de frustração. Nós não fazemos isso e o juiz de primeiro grau não faz isso de uma maneira infundada, exagerada, muito pelo contrário. Então há a quebra dessa prisão e a gente se frustra porque ocasiona um efeito negativo para a sociedade e para a própria apuração dos fatos.

O que acontece depois que o investigado é solto?

Quando o investigado é solto, o processo passa para uma pauta comum, e é muito mais demorado que uma pauta de preso, mas não significa que ele não ande. Em regra, a Justiça Criminal de Londrina tem sido bastante eficiente, apesar das imensas dificuldades. Londrina lida com todo esse volume de casos de crimes comuns e além disso um número expressivo de crimes praticados por agentes públicos. E mesmo assim a gente conserva praticamente a mesma estrutura de varas criminais há 25, 30 anos. Então, apesar dessa dificuldade provocada por um sistema legislativo complexo, trincado e negativo para a celeridade, a Justiça Criminal tem dado uma resposta importante em primeiro grau, e em algum momento há uma solução. O problema é que temos a possibilidade de três outros graus de jurisdição para recurso, então o processo praticamente não acaba. E já vimos vários casos de pessoas que são soltas e voltam a cometer a corrupção.

Como é o processo para recuperar o dinheiro que corruptos conseguiram desviar?

Existem mecanismos que estão se modernizando ao longo do tempo, mas ainda é muito difícil exatamente por não se ter estrutura suficiente para apurar como as coisas aconteceram e demonstrar para onde foi o dinheiro que foi desviado ou recebido como propina. Mas há um aprimoramento e o caminho são as ações de ressarcimento do dano provocado.

Comparando Londrina com outros centros, qual é o grau de corrupção em nossa cidade?

Bastante preocupante. E sempre foi assim. Mas eu não acredito que Londrina tenha uma situação diferente de inúmeras outras cidades do País. Acho que é similar. O que acontece aqui, na minha opinião, é uma confluência de fatores em que há uma sociedade mais vigilante que a média normal, imagino eu, uma imprensa mais atuante, organismos sociais e entidades sociais também mais atuantes e até as próprias instituições públicas mais atuantes, como o Ministério Público e a Justiça, com maior êxito nas suas ações. E isso tudo reunido torna o ambiente mais desfavorável para a corrupção do que os outros locais. O que não impede da gente continuar se preocupando.

Faltam mais movimentos da sociedade para demonstrar indignação?

Sim. Apesar de existirem vários movimentos, a sociedade precisa se manifestar ainda mais, porque é a pressão da opinião pública que exerce o poder sobre aqueles que querem se desviar de sua conduta como agentes públicos. O maior exemplo disso, induvidosamente, foi dado por Londrina em 1999-2000 com o Movimento Pé Vermelho, Mãos Limpas. Aquele é um grande exemplo de uma mobilização social efetiva – e isso é necessário. Então o que a gente percebe é que apesar das inúmeras revelações de corrupção, a sociedade está anestesiada e passa a entender aquilo como comum.

VAREJO

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“FAÇA PERGUNTAS QUE DEMONSTREM INTERESSE AUTÊNTICO PELO CLIENTE”

Por Juliana Mastelini

O Dia das Mães é a segunda data mais movimentada do ano no comércio, perde apenas para o Natal. Um dos ramos que mais se destaca nessa época é o das floriculturas. Na Acácia Flor, por exemplo, a demanda de trabalho para o Dia das Mães faz crescer em 100% o número de empregados internos e de produção, passa de 10 para 20 funcionários. Isso sem contar os 20 entregadores que ficam à disposição da floricultura. Esses funcionários passam por treinamento que os capacita para as funções da floricultura, como montar buquê e fazer os atendimentos. “Além do treinamento desses freelancers, nos reunimos para organizar os serviços e remanejar quem for preciso. Quem fica no site, quem fica no caixa, quem atende telefone”, explica a proprietária Luciene Lombardi. Já os funcionários fixos estão mais habituados ao trabalho que o Dia das Mães e o dos Namorados demandam, cerca de 60% da equipe da Acácia Flor tem mais de dez anos de empresa.Para a consultora Silvana Oliveira, a formação da equipe deve ser preocupação central nos preparativos para datas movimentadas no comércio. “A equipe tem que estar preparada para atender os clientes. Porque de nada adianta fazer campanha para o Dia das Mães, por exemplo, chamar o cliente para a loja, fazer promoções, se o cliente não for bem atendido”, explica. Segundo Silvana, sem tirar o foco no atendimento, é importante também criar atrativos que levem o cliente até a loja. “Para isso, pode-se fazer promoções, brindes. Se a loja tem um cadastro de clientes é interessante também ligar para eles falando das promoções e novidades. Investir nas redes sociais é um bom caminho para divulgar os produtos e chamar o cliente para a loja. As campanhas nessas datas devem ir no sentido de demonstrar o amor a quem se ama, esse deve ser o chamariz. No Dia dos Namorados o movimento é bem menor se comparado ao Dia das Mães, mas também atinge uma parcela significativa

da população”, completa.De olho nas possibilidades da internet, a Acácia Flor adotou a divulgação dos produtos através do site e da rede social Facebook. Mas a proprietária acredita que pela tradição da floricultura, muitas pessoas vão porque conhecem ou por indicação. “Muita propaganda é boca a boca mesmo. As pessoas conhecem a qualidade dos serviços. Nosso padrão é diferenciado, primamos pela qualidade, não pela quantidade, então quem busca algo assim, vem aqui. Nosso florista é o melhor e temos uma equipe forte, a maioria está há mais de 10 anos conosco”, explica Luciene.Nessas datas, a floricultura fica 24 horas aberta. O atendimento é feito até às 22 horas e depois disso a equipe trabalha internamente montando buquês e preparando cestas matinais. No Dia das Mães a loja vende entre 400 e 500 cestas matinais. Outra aposta da floricultura para datas especiais são as rosas colombianas, maiores do que as nacionais. Luciene explica que um buquê de rosas colombianas corresponde a três ou quatro buquês de rosas nacionais.

Com o pé no freio Apesar do aumento no número de funcionários e de todos os preparativos, a estimativa é faturar apenas 70% do que foi faturado no Dia das Mães do ano passado na floricultura. Isso porque as vendas de 2015 estão ficando abaixo das de 2014. Em fevereiro deste ano, por exemplo, houve uma queda de 40% em relação ao mesmo período do ano passado. “Temos que esperar pra ver o que vai acontecer. Mas para o Dia das Mães vamos investir 30% a menos do que investimos no ano passado”, explica Adriano Bicalho, proprietário da Acácia Flor. As projeções da floricultura são feitas em cima de estudos nas planilhas de dados dos anos anteriores. “Com 18 anos no mercado, temos experiência e conhecemos o movimento que costumamos ter”, conta Bicalho. Ricardo Matsumoto, sócio-proprietário

A consultora Silvana Oliveira explica que os preparativos

para datas importantes para o comércio como o dia das

mães devem priorizar o atendimento aos clientes.

Na Acácia Flor, o número de funcionários aumenta em 100%

para atender os clientes no dia das mães, explica a proprietária

Luciene Lombardi.

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das Óticas Matsumoto, explica que os setores do varejo em geral estão preocupados com as vendas. “As expectativas de vendas sempre tem que ser positivas, mas temos consciência que esse ano está mais difícil”, explica.Matsumoto conta que desde dezembro as pessoas já buscavam opções de presentes mais baratos. “Está um clima tenso, as pessoas não querem assumir compromissos financeiros. E existe também a preocupação com a inadimplência, que aumenta”, explica.Em épocas assim, Matsumoto acredita que as áreas que primeiro são atingidas são as de itens supérfluos. “Como aqui no setor de jóias. As classes menos favorecidas não têm condições de comprar, e mesmo as pessoas que podem, ficam receosas”, completa.Na Bolivar Calçados, mesmo num ano confuso, tanto política como economicamente, as expectativas são positivas, explica a gerente de marketing Fernanda Boechat. “Queremos sempre trazer o cliente para perto.” A equipe da loja organiza para o Dia das Mães a segunda maior campanha do ano com novidades nos produtos e campanha de divulgação. “Nossos compradores estão trazendo novidades para essa data. Vamos continuar com a estratégia de divulgação em mídias sociais e na internet. Vamos manter também a parceria com a blogueira Mari Flor, do blog Closet da Mari”, explica Fernanda. Quando lança uma campanha nova, a equipe de 250 funcionários da Bolivar Calçados passa por um treinamento que os capacita a lidar com as necessidades do seu público. “Os vendedores passam por um curso com dicas de moda e de comportamento, porque hoje o cliente quer saber o que combina com

determinado calçado, com o que usar. Então o vendedor tem que estar antenado. Eu digo que uma vantagem que temos em relação às vendas na internet é que você não tem essa assessoria que existe na loja”, explica a gerente de marketing.A preocupação com o cliente é o que, segundo a consultora Silvana Oliveira, deve nortear o trabalho no varejo. “É imprescindível que se mantenha o foco no cliente. Para isso, é importante fazer uma avaliação sobre as questões que o afetam e planejar ações que busquem sua satisfação, com um ambiente diferenciado e uma equipe preparada para se destacar no atendimento. Conquiste novos clientes todos os dias, mas cuide com carinho dos que já possui”, orienta a consultora.Por isso, nas Óticas Matsumoto o treinamento dos funcionários é periódico. “O treinamento não pode parar, tem que ser contínuo. Fazemos um treinamento específico quando vamos lançar uma nova campanha, o que não está previsto para o Dia das Mães desse ano”, explica Matsumoto.

Foco nos clientesPara atender as necessidades dos clientes, primeiro é preciso conhecê-las, explica a consultora Silvana Oliveira. Para isso, uma das melhores ferramentas à disposição do vendedor é a pergunta. “Faça perguntas que demonstrem interesse autêntico pelo cliente. Ouça com atenção, demonstre o produto, suas características e benefícios. Esteja preparado para as possíveis objeções do cliente e trate-as de forma autêntica e utilizando da empatia. Esclareça dúvidas, e mantenha-se sempre à disposição. Seja um vendedor consultor, ou seja, aquele que auxilia o cliente na

Os vendedores têm que estar antenados e prestar uma assessoria,

porque hoje o cliente quer saber o que combina com determinado calçado, com o que usar”, explica a gerente

de marketing da Bolivar Calçados Fernanda Boechat.

tomada da decisão”.Para Silvana, os maiores erros cometidos nas vendas também estão relacionados aos clientes: não atender suas necessidades, desconhecer o produto que está oferecendo, não deixar claro quais os benefícios proporcionados pelo seu produto. “Os clientes têm expectativa de encontrar vendedores simpáticos e solícitos, nunca atendentes mal-humorados. Eles podem comprar de qualquer um, mas certamente preferem comprar de quem confiam. É imprescindível que este profissional seja treinado e esteja preparado para construir um relacionamento com o cliente com base em confiança”, alerta Silvana.A consultora explica que o cliente nem sempre tem razão, mas tem o poder de decisão, por isso todas as suas reclamações devem ser encaradas com profissionalismo. “Portanto, deixe o cliente falar e escute com atenção, mantendo a calma, sem discutir ou ficar na defensiva. Tente descobrir o que o cliente espera e não imponha uma solução, ofereça alternativas. Esta pode ser uma oportunidade para construir um relacionamento com o cliente baseado em confiança, respeito e resultados.”

“As expectativas de vendas sempre têm que ser positivas, mas temos consciência que esse ano está mais difícil”,

Ricardo Matsumoto, sócio-proprietário das

Óticas Matsumoto

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PERFIL

WALDOMIRO, O AMIGO DE LONDRINAEm cinco anos à frente do Observatório de Gestão Pública, o advogado Waldomiro Carvalho Grade ajudou a cidade a economizar recursos públicos e usar com qualidade o dinheiro dos cidadãos. Conheça a trajetória deste cidadão londrinense

Por Paulo Briguet

Presidente honorário do Observatório de Londrina, Waldomiro Carvalho Grade é uma daquelas raras unanimidades que, com o perdão de Nelson Rodrigues, não são burras. Pelo contrário, Waldomiro é unanimidade inteligente – e bem-humorada.

Vou contar uma historinha sobre o pai dele, o alfaiate Georgino Carvalho Grade. No leito de morte, seu Georgino pediu aos filhos que devolvessem uma

trena que ele havia emprestado de um amigo. Correto em tudo que fazia, o alfaiate não queria morrer sem devolver o pequeno objeto ao legítimo dono.Nesse clima familiar, de trabalho e honradez, nasceu Waldomiro Grade. Nasceu em Londrina – e quase com Londrina. A cidade tem 80 anos; ele, 76. Menino, morava na Rua Ceará (hoje Hugo Cabral), ao lado do Colégio Hugo Simas. “De casa eu ouvia o sinal e ia para a escola”, recorda. Também era seu vizinho o advogado Milton Menezes, duas vezes prefeito da cidade. Pergunto

a Waldomiro qual é o seu modelo de homem público. Ele não titubeia na resposta: “Milton Menezes. A impressão que eu sempre tive dele é a de uma pessoa reta, ponderada. Tanto que os resultados de suas duas administrações em Londrina foram muito elogiados”. A admiração de Waldomiro por Milton aumentaria na época da Faculdade de Direito, em que o vizinho se tornou professor: “Ele tinha mais ou menos a idade do meu pai”. Waldomiro se formou em 1964. Foi da terceira turma de Direito em Londrina.

MILTON MENEZES, DUAS VEZES PREFEITO DE LONDRINA, É O SEU MODELO DE HOMEM PÚBLICO

“Minha ligação afetiva com a cidade é extraordinária”, diz Waldomiro, lembrando as pegadas que ficavam no barro das ruas ainda não pavimentadas. Aqueles passos no chão de terra vermelha prenunciavam que o caminho para Waldomiro era mesmo Londrina, sua terra natal. “Acredito que a cidade caminhou bem enquanto os pioneiros ocuparam os principais cargos públicos”, diz Waldomiro, citando os nomes de Hugo Cabral, Milton Menezes, Antonio Fernandes Sobrinho e José Hosken de Novaes. “Depois, por um período, abriu-se caminho para o populismo”, observa.

Waldomiro Grade trabalhou por mais de 20 anos na Receita Federal, onde ocupou os cargos de fiscal e delegado. Uma carreira absolutamente sem máculas. A atuação no serviço público despertou-lhe o interesse para uma carreira política. Foi candidato a vereador em 1976 – ficou só com a suplência. “Tenho impressão de que foi melhor não ganhar. Acho que me aborreceria muito.”Com a experiência acumulada na Receita Federal, Waldomiro Grade interessou-se pela ideia de criar um Observatório de Gestão Pública em Londrina. Tomando como modelo a experiência de Maringá, juntou-se ao jornalista Fábio Cavazotti e mais alguns cidadãos londrinenses. Apoiado por empresas e instituições como a ACIL, esse grupo fundou o Observatório em setembro de 2009.

Durante cinco anos, Waldomiro esteve à frente do Observatório, de olho nas licitações públicas do Município. A

grande qualidade do Observatório é optar por uma abordagem técnica, em que a legalidade e a eficiência ficam acima da ideologia e da política. “O Observatório não pode ter cor política. Na verdade, nosso objetivo é promover a cooperação com os agentes públicos – e garantir a melhor aplicação dos recursos.”

De 2009 para cá, Observatório gerou uma incalculável economia de recursos públicos para Londrina. “Nosso principal foco é o acompanhamento das licitações. Começamos por casos pequenos. Coisas que pudéssemos contar, pesar e medir”, afirma Waldomiro. Na administração Barbosa Neto, durante a reforma do Calçadão, ficou famoso o caso do banco de pedra orçado em R$ 1.800 – e que na verdade custava R$ 200. Assim, passo a passo, licitação a licitação, o Observatório conseguiu aumentar a qualidade do gasto público na Prefeitura. Hoje os avanços são evidentes.

“Contar, pesar e medir.” Aquela trena que o seu Georgino queria devolver ao amigo simbolizava o futuro de seu filho Waldomiro. O presidente honorário do Observatório vem mostrando a Londrina que há medida nas coisas – e esse trabalho merece respeito. Fábio Cavazotti, que assumiu a Presidência do OGPL no dia 20 de março, sabe disso. “Então, dona Elza, me desculpe, mas a sra. vai ter que ‘emprestar’ o Waldomiro algumas vezes”, avisou o sucessor do amigo de Londrina.

Houve grandes avanços nos últimos anos em Londrina. Por exemplo, o fim dos contratos emergenciais. Mas é natural que às vezes haja visões conflitantes entre o Observatório e os gestores públicos

NÚCLEOS SETORIAIS

Por Michelle Aligleri

empreender em.pre.en.der (em2+lat prehendere)  vtd  1  Resolver-se a praticar (algo laborioso e difícil); tentar, delinear:  Empreender o domínio de si mesmo.  vtd  2  Pôr em execução:  Conseguira empreender um regulamento aos subalternos.vtd  3  Realizar, fazer:  Empreender uma viagem. (Fonte: Dicionário Michaelis online)

É justamente este verbo que dá nome a um projeto de excelência da ACIL. Com o objetivo de estimular a integração entre os empresários, a troca de experiências para solucionar problemas e criar estratégias de mercado, o Programa Empreender volta à ativa. Criado em 1999 e desenvolvido por cerca de dez anos, o programa – que tem como finalidade a formação de grupos de empresários que atuam no mesmo segmento para troca de experiências – chegou a ter vários núcleos atuantes em diferentes setores. De acordo com a analista de negócios da ACIL, Valéria Furlan Sitta,

na época de maior evidência entre 20 e 25 núcleos atuaram simultaneamente. Diante da necessidade de alguns setores, optou-se pela retomada do programa. Atualmente, quatro núcleos já estão em andamento e há previsão de lançar mais seis novos núcleos ainda neste ano.Um consultor acompanha os empresários do grupo e é responsável pelos planejamentos estratégicos que serão seguidos pelos participantes. Junto aos empresários ele define as ações mercadológicas. “Nestas reuniões as empresas participantes discutem a situação atual, as estratégias e as atividades que podem ser desenvolvidas por todos para um melhor desenvolvimento das empresas e principalmente para fortalecimento do setor”, conta Valéria. A criação dos núcleos é definida de acordo com a necessidade do segmento. O programa tem uma metodologia própria em que cada empreendedor tem um importante papel dentro do grupo. “O Empreender é uma importante ferramenta de direção para os negócios, o programa permite que os participantes pensem e busquem soluções juntos para as dificuldades que surgem”, complementa. Valéria explica que o

UNINDO FORÇAS PELO BEM COMUM ACIL retoma projeto que estimula associativismo entre empresários para fortalecer segmentos do mercado

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programa colhe bons frutos porque, além de contar com consultores especializados como moderadores, tem o apoio da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap). Para a analista de negócios, a formação dos núcleos setoriais não beneficia apenas aquele segmento em questão. “As ações refletem em melhora e fortalecimento do mercado – e isso também é importante para todo o município”, destaca.

Quando o concorrente é aliado

O consultor e moderador do Núcleo de Consultores Empresariais, Cristovam Dias Junior, explica que a união de empresários do mesmo setor possibilita a realização de um planejamento e ampliação da competitividade. “Se todos enfrentam o mesmo tipo de problema, fica mais fácil encontrar solução. Empresários unidos ficam mais fortes”, salienta. Segundo ele, um dos grandes desafios iniciais da formação de núcleos consiste em estabelecer parceria e confiança entre os participantes. “Apesar de serem concorrentes da porta para fora, é possível trabalhar em conjunto para que todos saiam ganhando”, aponta. Cristovam ainda destaca que a verticalização e fortalecimento das grandes empresas tendem a esmagar as pequenas que não se unirem estrategicamente, por isso ele considera o trabalho do Programa Empreender tão importante. Com empresários aliados, fica mais fácil divulgar o setor, negociar capacitações, buscar tecnologias e inovação. O consultor acrescenta que o trabalho em equipe abre um leque de condições que muitas vezes o pequeno empresário não consegue alcançar sozinho. “Pensar a empresa de forma estratégica faz diferença nos dias atuais”, ressalta. Para o consultor, o associativismo é um caminho natural para ampliar o mercado das micro e pequenas empresas. “O segredo está em ver o concorrente como aliado em alguns momentos. O Programa Empreender vem para quebrar paradigmas e auxiliar o empresário a ter uma visão diferente da empresa e do mercado.”

Cristovam Dias Junior: “O segredo está em ver o concorrente como aliado em alguns momentos. O

Programa Empreender vem para quebrar

paradigmas e auxiliar o empresário a ter uma

visão diferente da empresa e do mercado.”

Juntos contra a venda clandestina

O Núcleo de Gás é um dos que já estão em andamento nesta nova etapa do Programa Empreender. O empresário Marcelo da Costa viu na iniciativa uma oportunidade de melhorar seu negócio e se aliar a outros empresários do setor para combater o comércio clandestino do produto. Segundo ele, apesar de serem poucos, os empresários participantes estão bastante unidos. “Estamos lutando para combater esta questão e precisamos de mais empresários do setor para auxiliar”, comenta.As reuniões do Núcleo de Gás já começaram há um ano e meio e o principal desafio é encontrar estratégias para disputar o mercado com indivíduos que comercializam o produto de forma irregular. “A fiscalização é muito falha, qualquer pessoa pode comprar uma moto e começar a vender gás. Ela não paga impostos, faz a entrega com veículo inadequado, vai até os clientes e consegue cobrar mais barato. É difícil combater sozinho, mas juntos podemos encontrar saídas para este problema”, ressalta. Marcelo lembra que vender gás clandestino é crime. “Como a fiscalização é deficiente cabe aos empresários se organizarem e dificultarem o trabalho de quem faz este tipo de venda”, observa. Para ele, além das ações estratégicas para combater a clandestinidade do negócio, a participação no Programa Empreender auxiliou na administração da empresa de modo geral. “Comecei a calcular os custos de forma diferente e passei a valorizar pequenas despesas que não eram computadas antes”, afirma. Marcelo considera o trabalho inicial positivo, mas destaca a importância da participação de mais empresários do setor. “Minha esperança é que esta realidade mude, que as pessoas

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Marcelo da Costa: “A fiscalização é muito falha, qualquer pessoa pode comprar uma moto e começar a vender gás. É difícil combater sozinho, mas juntos podemos encontrar saídas para este problema”

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“SE TODOS ENFRENTAM O MESMO PROBLEMA, FICA MAIS FÁCIL A SOLUÇÃO”

busquem se profissionalizar e que os clientes deixem de abastecer com os clandestinos”, destaca. Para ele também é importante que a população se conscientize e não compre gás sem nota fiscal.

Conhecimento dividido enriquece a todosCarmen Benedetti tem uma empresa de consultoria empresarial e decidiu participar do núcleo destinado ao seu setor para trocar experiências com os demais profissionais da área. “Conhecimento é um bem que a gente pode dividir sem ficar mais pobre. Este núcleo só enriquece quem participa, são novos olhares, novas parcerias e conhecemos outras pessoas com a mesma afinidade”, justifica. As expectativas da empresária em relação ao núcleo são as melhores. “São muitos pontos positivos, eu até agora não considero nenhum ponto negativo. O concorrente sempre ensina alguma coisa para nós. Dá para ter uma relação saudável”, garante.Na opinião de Carmen, quem trabalha em grupo tem mais ideias e segue mais longe, mas para alcançar um bom resultado é preciso encarar os outros participantes de maneira diferenciada. “É

enxergar no concorrente uma maneira de aprender. O principal benefício é a troca de experiência, assim todo mundo sai ganhando”, complementa. Para Carmen, as reuniões permitem ainda ampliar a rede de contatos, saber mais sobre fornecedores e agendar treinamentos em grupo, atividade mais difícil para profissionais com este perfil que costumam trabalhar sozinhos.

Carmen Benedetti: “Conhecimento é um bem

que a gente pode dividir sem ficar mais pobre.

São novos olhares, novas parcerias e conhecemos

outras pessoas com a mesma afinidade”

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BEM-ESTAR

Por Fernanda Bressan

Ficar doente é algo que não agrada a ninguém. Mas o que você faz para evitar esse mal? Há alguns anos a medicina no Brasil vem abrindo os olhos para a importância da prevenção – e tentando conscientizar a população de que mais vale mudar de hábitos que adoecer. Ficar doente custa para o paciente, custa para a família e para o sistema de saúde, seja ele público ou particular. Podemos perder até anos de nossa vida se não cuidarmos dela! É por isso que a medicina preventiva vem ganhando espaço.A Unimed de Londrina trabalha com prevenção desde 2002. O foco é o acompanhamento de doentes crônicos. Desde março deste ano, a unidade começou com um atendimento diferenciado, especificamente focado na prevenção. Médicos da família, enfermeiros e técnicos de enfermagem entraram para somar forças e atender os pacientes antes que as doenças se instalem ou ainda auxiliar

aqueles que já estão doentes a não deixar a doença a avançar. Rose Meire Albuquerque Pontes é a médica coordenadora da área de Promoção e Saúde. Ela explica que essa mudança de visão começou com o fato de a população estar vivendo cada vez mais. “Antigamente, o que se tinha eram pessoas morrendo por doenças infecciosas. Depois foram surgindo as doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, isquemias, câncer e doenças pulmonares. As infecciosas foram caindo e essas foram subindo. No Brasil elas ainda coexistem, mas a tendência é que cada vez mais se tenham só as doenças crônicas, e essas nós podemos prevenir”, detalha. A estimativa atual aponta que 70% das mortes no país são em decorrência de doenças crônicas. “O custo com as doenças crônicas é muito elevado, todos os países do mundo estão tentando desesperadamente encontrar maneiras de reduzir isso”, pontua.De acordo com a médica, que é também gastroenterologista, tudo está ligado aos hábitos de vida. “Se você tem um pai

SAÚDE, UM BEM A SER PRESERVADOAtuar na prevenção é muito mais prazeroso e barato que encarar as doenças crônicas

Dra. Rose Meire Pontes: “Se você tem um pai diabético, um avô diabético, não significa que você obrigatoriamente terá diabetes, existe um fator de risco para a

doença, mas podemos mudar hábitos de vida para evitar que ela apareça”

diabético, um avô diabético, não significa que você obrigatoriamente terá diabetes, existe um fator de risco para a doença, mas podemos mudar hábitos de vida para evitar que ela apareça”, exemplifica. Dra. Rose usa como referência dados do Centers For Disease Control, um centro de controle de doenças de Atlanta, nos Estados Unidos. De acordo com os dados, intervenções em

PARA ENCONTRAR O TESOURO DA SAÚDE, É PRECISO CAMINHAR!

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Aos 65 anos, Inês Scalassara faz academia 3 vezes por semana, cuida da alimentação

e participa de grupos com foco na prevenção da saúde

nosso estilo de vida impactam diretamente na mortalidade em 51%, contra 20% de intervenções médicas, 10% relacionado ao ambiente e 19% ligado a fatores genéticos. De acordo com Dra. Rose, nós temos a capacidade de criar ambientes favoráveis à vida. “É preciso manter o peso adequado, fazer atividades físicas, não fumar, alimentar-se de forma correta. Com isso, as chances de se ficar bem aumentam.”A fórmula não é novidade. Mas, como diz a esteticista Inês Scalassara, de 65 anos, “sabemos, mas não colocamos em prática”. Ela é um exemplo de quem investe na prevenção. Com vários parentes diabéticos, decidiu participar de um grupo que tem como meta prevenir ou controlar a doença. “É muito importante cuidar da saúde, não me sinto com 65 anos, a gente tem mais fôlego, vejo muita moçada com moleza”, brinca. Inês faz acompanhamento da saúde há três anos, vai à academia três vezes por semana e cuida do que come. O cuidado começou quando ela descobriu uma leve hipertensão. “O médico orientou

acompanhamento. Participei do grupo de reeducação alimentar e aprendi a controlar essa parte. Em casa abolimos, por exemplo, os líquidos durante as refeições e reduzimos a fritura. Percebemos no grupo que no fundo sabíamos de tudo, mas não aplicávamos nada! Por isso é bacana participar desses grupos, eles ajudam a reavivar esse conhecimento para colocá-lo em prática”, destaca. E é justamente no colocar em prática que está o grande desafio. Temos maus hábitos! Dra. Rose exemplifica que a quantidade de sal recomendada para consumo diário é de 6 gramas, o brasileiro consome em média 12 gramas. “As pessoas se alimentam de forma errada, isso eleva as chances de desenvolverem hipertensão”, pontua.

As regras de ouroPara encontrar o tesouro da saúde, é preciso caminhar! Exercícios estão entre os pontos essenciais nessa busca. Dra. Rose Meire acrescenta ainda a importância de ingerir água, não fumar, controlar o consumo de álcool, preparar pratos coloridos e controlar o estresse. Na regra de ouro da promoção da saúde entram ainda o sexo seguro, a ida regular ao dentista, vacinação em dia, uso de filtro solar e do cinto de segurança nos veículos. “É importante não perder a chance de se lembrar dessas coisas básicas”, orienta a especialista.As idas ao médico variam conforme a faixa etária e as características da pessoa. Logo que nascemos, vamos todos os meses ao pediatra até completar um ano. Depois, essas visitas vão se espaçando até que muitas vezes perdemos o hábito de ir ao médico. “A frequência depende de uma série de fatores. Na juventude, se está tudo bem, pode ser a cada 3, 4 anos. Mas se aparece a obesidade, é importante buscar com mais frequência, aferir a pressão arterial, rastrear diabetes. Está subindo o número de crianças hipertensas ou com diabetes”, alerta.Por volta dos 35, 40 anos, há a recomendação de se checar o colesterol novamente, assim como a pressão e a glicemia. “Se estiver tudo bem, pode-se esperar outros três anos para

checar a saúde, a não ser que apareça algo diferente”, orienta Dra. Rose. Aos 50 anos é interessante buscar novamente seu médico de confiança ou ir a um cardiologista para saber como está o coração. Depois dos 60, aumenta a frequência das visitas ao oftalmologista porque, de forma geral, vamos perdendo a qualidade da visão. “É importante nessa fase também fazer um teste de acuidade auditiva ou mesmo prestar atenção se está tendo alguma dificuldade de ouvir as pessoas”, completa. Para as mulheres, Dra. Rose cita o exame de densitometria óssea como importante após os 65 anos para verificar se há algum indício de osteoporose. Nessa fase da vida, os cuidados vão incluir também mudanças no ambiente. “É importante tirar tapetes que escorregam, colocar barras de apoio no banheiro e cuidar da iluminação para evitar quedas”, diz. Desde a barriga de nossa mãe até o fim da vida, prevenir é a chave para viver bem, com saúde e alegria. “A busca do sistema de saúde deveria ser para manter a saúde e não para tratar a doença. Isso é bem claro, mas difícil de conseguir, principalmente no Brasil em que a saúde é deficitária e infelizmente ainda não está ao alcance de todos”, declara Dra. Rose.Com o programa Unimed Saúde – Atenção Personalizada, a intenção é fomentar os cuidados para evitar a doença. “É um pouco de volta ao passado, quando as pessoas tinham um médico que conhecia a família inteira. Quanto menos pessoas doentes tivermos, melhor será para todos.”

maio e junho de 2015 | www.acil.com.br40

Bom Negócio capacita 12ª turma de empreendedoresMais de 50 empreendedores finalizaram com sucesso a participação da 12ª turma no Programa Bom Negócio. Eles concluíram as cinco etapas da formação – Gestão de Negócio, Gestão Comercial, Gestão Financeira, Gestão de Pessoas e Gestão Estratégica. Agora, os micro e pequenos empresários que receberam a capacitação podem ter acesso ao crédito subsidiado, com juros de 0,55% ao mês e carência de três meses para o início do pagamento. Ao final do curso, os participantes realizaram uma ação solidária com a arrecadação de fraldas geriátricas e produtos de limpeza que foram doados para o Lar dos Vovozinhos.A próxima turma do Bom Negócio está programada para o início do segundo semestre de 2015.

Compra Londrina lança siteO site Compra Londrina é a nova ferramenta para concentrar informações do setor de compras públicas e fomentar o desenvolvimento de Londrina. O lançamento do endereço eletrônico www.compralondrina.com.br ocorreu na ACIL, juntamente com a divulgação de uma pesquisa sobre o potencial da cidade para realizar compras públicas locais. Os dados apontam que o setor pode movimentar cerca de R$ 1,5 bi somente em 2015. A ACIL é umas das entidades mantenedoras do programa Compra Londrina, juntamente com Sebrae, Prefeitura de Londrina e Observatório de Gestão Pública.

COLUNADO ASSOCIADO

Móveis Brasília inaugura loja na região LesteA Móveis Brasília inaugurou uma nova loja, desta vez na Avenida São João, 1.122, região Leste de Londrina. O diretor financeiro da empresa, Marcelo Ontivero, conta que o local foi escolhido após a realização de um estudo que apontou a atratividade para o setor. “A região tem grande potencial para o crescimento. A São João é uma avenida estrategicamente comercial, com agências bancárias e, ao mesmo tempo, com muitos moradores tradicionais. Loja de bairro tem esse perfil: trazer mais comodidade para os clientes. Estamos apostando muito na região”.

Vale Verde e a “Meninas dos Olhos”O treinamento “Menina dos Olhos” reuniu todos os colaboradores de loja – cerca de 420 pessoas, da rede de farmácias Vale Verde e Flora Cosmética, no Auditório David Dequêch, na ACIL. O encontro contou com a presença dos presidentes da empresa, Rubens e Mirian Augusto e teve como objetivo “gerar encantamento e levar os participantes a perceberem a importância da marca própria para a rede”.

Capacitação em Técnicas de cobrançaApostar em capacitação profissional para elevar a qualificação dos colaboradores faz parte do princípio institucional da OnixSat. Cerca de 22 colaboradores da empresa participaram do treinamento “Técnicas de cobrança”, com o facilitar Sivaldo Dal Ry. A OnixSat é especializada em oferecer soluções em rastreamento e comunicação via satélite de alta órbita para os mercados aéreo, terrestre e marítimo. O encontro foi realizado na Sala de Treinamentos, na ACIL.

NOVOSASSOCIADOS

AGROPECUÁRIAVega SementesAvenida Jacob Bartolomeu Minattiv, 620

ALIMENTAÇÃOGela BocaRua Fernando de Noronha, 505

Pescados LondrinaRua Serra das Palmeiras, 122

ARMARINHOS EM GERALArmarinhos CampeãoAvenida Portugal, 766

ARTIGOS DE TAPEÇARIA, CORTINAS E PERSIANASArmazém do TapeceiroAvenida Arcebispo Dom Geraldo Fernandes, 2710

ARTIGOS PARA FESTASPonto das FestasRua Pedro Botelho de Rezende, 1219

BIJOUTERIAS E SEMI JÓIASPratas e CiaRua Piauí, 339, Loja 5

CALÇADOS E ACESSÓRIOSLondon LondonRua Pio XII, 28

COMÉRCIO VAREJISTA DE VESTUÁRIOBruna TodeschiniRua Paranaguá, 333, Sala 2

CONFECÇÕES Bellas Fitness Rua Humberto Nobile, 406

COSMÉTICOS E PERFUMARIASInvertemaxRua Milão, 355

DECORAÇÃOPersianas HayashiRua Nevada, 979

INFORMÁTICAHouse CartuchosRua Edivaldo Contato, 313

Nolimit Informática e Automoção em CFTVRua Inácio Granado de Munhoz, 116

Tudo a BecaRua Maria Vieira Lopes, 59

INSTRUMENTOS MUSICAISJosé Rafael Monteiro da SilveiraRodovia Celso Garcia Cid, KM 377, Loja 47 e 48

Tenda MusicalRua Pernambuco, 120

MATERIAIS HIDRÁULICOSDivama MateriaisRua Araçatuba, 203

MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃOStillo AcabamentosAvenida Tiradentes, 1575, Sala 05

Salete CosméticosRua Senador Souza Naves, 09, Sala 106

MÓVEISManfroi PlanejadosAvenida Ayrton Senna da Silva, 70, Salas 03 e 04

Móveis BrasíliaAvenida São João, 1122

ÓTICAS, JÓIAS E RELÓGIOSOptica LenzopticaRua Mato Grosso, 347 A

PERFUMARIALa Perfumaria Rua Goiás, 935

RESTAURANTE E SIMILARESGold CafeteriaAvenida Presidente Eurico Gaspar Dutra, 55, Loja 2

TAPEÇARIAGaleria do TapeteRua Senador Souza Naves, 1174

TECIDOS E CONFECÇÕESMultitexRua Isaias Canette, 550

ALIMENTAÇÃOFit Life Nutrição EsportivaAvenida Inglaterra, 466, Sala 04

ALINHAMENTO E BALANCEAMENTOJoão Batista dos SantosRodovia Celso Garcia Cid, 2900Cambé

COMÉRCIO VAREJISTA DE EQUIPAMENTOS DE ESCRITÓRIO EM GERALMitalcopyRua Raja Gabaglia, 68

DEFENSIVOS AGRÍCOLAS, ADUBOS E SEMENTESPSA Paranapanema Serv. AmbientaisRua Mario Oncken, 305, apto 304

DESENV. PROGRAMAS DE COMPUTADORESParaná TIRua Pio XII, 214, Sala 04

ELEVADORESE W T Brasil ElevadoresRua Mato Grosso, 927, Sala 04

ENGENHARIA AMBIENTALTema TecnologiaRua Julio Prestes, 249Americana

ENGENHARIA ELÉTRICALegga GeradoresRua Alagoas, 792, Sala 401

ESTOFAMENTO AUTOMOTIVOAlpha Couros Estofamento AutomotivoAvenida Arcebispo Dom Geraldo Fernandes, 2777, Sala 02

GRÁFICA, EDITORA, TRANSPORTADORAIdealiza Gráfica e EditoraRua Serra do Urucum, 33

INFORMÁTICAFerreira Informática e EletroeletrônicaAvenida Henrique Mansano, 500

MATERIAL CONSTRUÇÃO HIDRÁULICOS E AQUECEDOR SOLARTelhare Telhas e AquecimentoRua Gonçalves Ledo, 11, Sala 06

MATERIAIS HIDRAULICOSHidraulica TLVRua das Andorinhas, 59Cascavel

MÓVEISCazza ModularAvenida Higienópolis, 683

PONTO ELETRÔNICO E CONTROLE DE ACESSOEcologic Systems Ponto Eletrônico e Controle de AcessoRua Senador Souza Naves, 441, Sala 24

ADVOGADORibeiro e Sócio Advogados AssociadosAvenida Higienópolis, 70, Sala 53

CONDOMÍNIOS PREDIAISEdifício Prime PiauíRua Piauí, 1369

CONSULTORIALitz Estratégia e MarketingAvenida Juscelino Kubitschek, 1400, Sala 21

Sato Consultoria EmpresarialRua Fernando de Noronha, 1500, Sala 02

CONTABILIDADECarisma Serviços ContábeisRua Piauí, 72, Sala 402

Guilherme Rodrigues Spolador ContabilidadeRua Maranhão, 177, 9º andar

MLC ContabilidadeRua Alagoas, 680, Sala 201

DESENVOLVIMENTO PROGRAMAS COMPUTADORElitesoft InformáticaRua João XXIII, 281

EDUCAÇÃO E ENSINOEscola CecaRua Raposo Tavares, 579

ESCOLA DE IDIOMASProcemp Cursos Profiss e IdiomasRua José de Oliveira Franco, 1710 Curitiba

IMOBILIÁRIAS E CORRETORASJadilson Florencio de CarvalhoRua Rogério Delalibera, 157

MECÂNICAS E FUNILARIAMartelinho de OuroRua Bahia, 980

ODONTOLOGIAOdontologia AlvinoRua Antônio Amado Noivo, 100

ÓTICAS, JÓIAS E RELÓGIOSMMO Comércio e ServiçoRua alagoas, 888, Loja 01

SISTEMAS PARA COMPUTADORESRhede LondrinaAvenida Maringá, 445, Sala 02

TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTOA C CoachingRua Ulrico Zuimglio, 100, apto 403

Líder Coaching Desenvolvimento e LiderançaAvenida Tiradentes, 501, Sala 502

Net BrandingAvenida Maringá, 725, Sala 604

INDUSTRIA DE ARTEFATOS PLÁSTICOS Brazil SaneamentoRua Santa Catarina, 50, Sala 802

FERRAGENS E FERRAMENTASMaxmoldAvenida José Del Ciel Filho, 224

FERRAMENTASLexno IndústriaRua Abelio Benatti, 4710

JOALHERIADesign Of WishRua Serra de Itatiaia, 115

METALÚRGICAGalvesRua Dolores Peralta, 254

COMÉRCIO

INDÚSTRIA

IND/COM

COM/SERVIÇOS

SERVIÇOS