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EDITORIAL

Mercado em Foco é uma publicação da Associação Comercial e Industrial de Londrina. Distribuição gratuita. Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da Associação ou pelo e-mail [email protected]

DIRETORIA DA ACIL – GESTÃO 2019/2021

Fundada em 5 de junho de 1937

Rua Minas Gerais 297 – 1º andarEd. Palácio do ComércioLondrina (PR) – CEP 86010-905Telefone (43) 3374-3000Fax (43) 3374-3060E-mail [email protected]

Fernando Mauricio de MoraesPresidenteMarcia Regina Vieira Mocelin ManfrinVice-PresidenteFabricio Massi SallaDiretor SecretárioRonaldo Couza2º Diretor Secretário Rodolfo Tramontini ZanluchiDiretor FinanceiroRicardo Beraldi Rodrigues2º Diretor Financeiro

Angelo Pamplona da CostaDiretor ComercialMarcus Vinicius GimenesDiretor IndustrialSheila Alves Dal-Ry IssaDiretora de ServiçosKarina Enisia Turbay Polonio Feldmann de SchnaidDiretora de Comércio InternacionalAdelino Favoretto JuniorDiretor de Produtos

Olavo Batista JuniorDiretor InstitucionalLuigi Carrer FilhoDiretor de AgronegóciosMarco Aurélio KumuraDiretor de Tecnologia e InovaçãoHélio TerzoniDiretor Micro e Pequeno EmpresárioFernanda BoechatDiretora Jovem EmpresárioMarisol ChiesaPresidente do CME ACIL

CONSELHO DELIBERATIVOAry SudanCarlos Alberto Dorotheu MascarenhasCarla Fernanda Sonoda Flávio Montenegro BalanGeorge HiraiwaClaudio Sergio TedeschiJosé Augusto RapchamFabio Yoshimura AjitaValter Luiz OrsiNivaldo BenvenhoOswaldo Pitol

Marcelo Paganucci OntiveroWilson Geraldo Cavina

CONSELHO FISCALAdoniro Prieto MathiasMarcus Vinicius Bossa GrassanoRafael de Giovanni Netto

CONSELHO FISCAL SUPLENTEMario Nei PacagnanMarcelo Masso Quelho FilhoEduardo Yoshimura Ajita

Susan NaimeCoordenaçãoLúcio Flávio MouraEdiçãoJuliana FelisEstagiária de ComunicaçãoFernando CremonezFotografiaThiago MazzeiProjeto gráfico

Rodrigo GearaSuperintendente Claudia Motta PechinGerente de MercadoBarbara Della LiberaCoordenadora de Marketing

ColaboradoresFernanda Bressan Francismar Lemes Marco Feltrin

Ranulfo PedreiroSamara Rosenberger

ImpressãoMidiografTiragem8 mil exemplares

2019 FOI UM ANO DE APRENDIZADONesta época, é muito comum ouvir

pessoas dizendo que o ano passou “voando” e que já é preciso pensar nas festas de fim de ano. Para nós da ACIL, isso significa que a intensidade do trabalho e o aproveitamento máximo do tempo acabam trazendo esta sensação de que a engrenagem da vida está cada vez mais veloz.

Um ano de muito aprendizado, de evolução, com desafios vencidos, mas também com pendências que adentram 2020 cobrando nosso empenho. A principal dela é construir uma interface que conecte nossa base ao mundo novo regido pelas transformações digitais. Em breve, o novo projeto digital ficará mais claro e visível.

Na última edição da temporada, a Mercado em Foco cumpre o seu papel de ser uma publicação que revela o rico painel do nosso setor produtivo. Assim como foi o Lidere, nosso maior evento, mais maduro na terceira edição, cada vez mais abraçado pela cidade e pelos parceiros.

É como tenho dito: dividimos todos os méritos com a força econômica e com o DNA empreendedor da nossa terra. E o

contato direto com o associado nos eventos é um dos maiores ativos que temos para melhor representá-lo.

Tem muito Lidere nesta edição, inclusive com textos específicos sobre o exitoso evento destinado ao debate da inovação aberta e sobre as ideias que circularam e que influenciaram o público no Villa Planalto.

Mas também tem muito mais: a tendência de mais ousadia dos investidores no novo cenário econômico, no qual juros e inflação persistem com viés de queda; a decisão do governo estadual de dotar o Paraná de um banco de projetos para infraestrutura; louvável busca do poder público pelo planejamento estratégico; a Lei Geral de Proteção de Dados, prevista para entrar em vigor em 2020, é um assunto que deve ser tratado com muito cuidado pelas empresas. Um exemplo de como a legislação está buscando se adequar aos desafios da era digital. Aproveitem cada um dos conteúdos!

E que 2020 seja o ano que todos nós esperamos!

Boa leitura!

Fernando Moraes Presidente da ACIL(gestão 2019-2021)

UM APLICATIVO DE PAGAMENTOCOM QR CODE QUE CHEGA PARA

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICADesenhos do futuro ........................................................... 10

MODELOS DE NEGÓCIOSAs boas práticas de gestão por trás dos grandes cases .................................................. 18

ENTREVISTA“Penso na empresa como um conjunto de pessoas” .......... 28

ARTIGOQuero me tornar empresário, a melhor opção é a franquia? ............................................. 30

PERFILVila Rica reabre as portas para a cultura ............................ 34

BEM-ESTARDoar sangue, coloque este compromisso na sua agenda ............................................. 36

COLUNA ACILMissão em Portugal aproxima empresários ....................... 38

COLUNA CMEPresidente do CME é cidadã benemérita ........................... 40

ÍNDICE

Mercado em Foco é uma publicação da Associação Comercial e Industrial de Londrina. Distribuição gratuita. Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da Associação ou pelo e-mail [email protected]

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Associação Comercial e Industrial de Londrina

REVISTA MERCADO EM FOCO | NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2019 WWW.ACIL.COM.BR

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ECONOMIAConjuntura do mercado de capitais estimula comportamento “agressivo”

MAIS SEGURANÇAPrepare-se para a Lei Geral de Proteção de Dados

INOVAÇÃOMentes abertas para uma nova era

LIDERE 2019Do conhecimento à prática

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ECONOMIA

CONJUNTURA DO MERCADO DE CAPITAIS ESTIMULA COMPORTAMENTO ‘AGRESSIVO’Tendência mundial de juros baixos empurra investidores mais moderados para as posições de alto risco, fenômeno que pode romper com uma cultura de cautela que sempre caracterizou o mercado brasileiro

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 7

Por Francismar Lemes

O mundo que conhecíamos desapareceu com as certezas políticas e econômicas. Juros negativos no Japão e Europa beiram o surrealismo. Um movimento coordenado globalmente, que derruba títulos dos governos da Alemanha e da França e outros investimentos tradicionais em países como o Brasil. A tempestade perfeita em que, para proteger o dinheiro, o investidor corre mais risco no mercado financeiro.

Alta volatilidade é sinal também de oportunidades. O fenômeno pode ser assustador, como uma cumulonimbus, as nuvens mais perigosas da Terra. Contudo, quem conhece o clima do mercado pode entender que é hora de pegar a prancha e surfar.

“Desde que o investidor saiba surfar a onda. Para isso, é preciso ter com você alguém que entenda os humores do mercado”, afirma o empresário Henrique Loureiro Gritzback, 41 anos, que investe para pessoas físicas e jurídicas.

Olhe para um campo de futebol e, no gramado, está um time com uma escalação de 11 goleiros. Não é difícil imaginar que essa equipe não tomará gol, mas também não aumentará o placar.

Essa alusão futebolística serve para limarmos a figura do perfil conservador radical dos investidores brasileiros, na avaliação do assessor de investimentos Felipe Bernardes, sócio fundador da SVN, credenciada da XP Investimentos. A SVN é a maior investidora do Paraná e administra R$ 2,1 bilhões.

Para Bernardes, os investidores brasileiros são moderados. Não se importam em correr um pouco de risco, mas querem dormir tranquilos.

São esses moderados que estão migrando dos investimentos em bancos e outros mais tradicionais, buscando a assessoria de corretoras.

Trinta por cento dos investimentos do mundo estão em aplicações de juros negativos. No Brasil, a tendência é de que até o fim de 2019 os juros irão para 5%.

Bernardes estica a linha do tempo sobre esses índices e diz que nas décadas de 1980 e 1990, em cinco anos, o investidor dobrava o seu poder de compra, o que hoje pode demorar entre 35 e 36 anos.

“Se a referência está no menor patamar da história, os títulos mais seguros vão render cada vez menos. O brasileiro que quiser ganhar um pouco mais de dinheiro terá que correr mais risco”, afirma Bernardes.

Mais retorno somente com mais risco

O melhor termômetro para medir a capacidade de risco do investidor moderado é uma noite tranquila de sono.

O assessor de investimentos diz que informações suficientes e o tamanho da carteira que estará em risco são fatores que ajudam bastante nisso.

“Os investidores agressivos entendem muito sobre investimentos e, por isso, podem correr risco. Esse investidor não vai precisar do dinheiro agora. O investimento agressivo precisa de um tempo de maturação. Enquanto em renda fixa, eu estou emprestando o meu dinheiro, em aplicação mais agressiva estou investindo. O meu capital só vai dar certo se, no que eu investi, der certo”, orienta Bernardes.

Há 10 anos, Henrique Gritzback investe recursos próprios e também posiciona ativos da empresa.

“Na pessoa física sou mais agressivo porque o capital é meu. O prejuízo é meu. Enquanto, na pessoa jurídica não entro em nenhum investimento arrojado porque tenho sócios. Na pessoa física o prazo é maior, não precisa liquidez grande e posso esperar dois anos. Na empresa, isso não é possível porque é preciso ter capital de giro”, avalia Gritzback.

Os cortes na Selic estão diminuindo o apetite dos investidores na poupança, CDB, LCI, LCA, preferindo os títulos de créditos privados, como os da Rede D’Or, o maior grupo de hospitais do Brasil com crescimento vertiginoso.

Compreender o mercado é um requisito que vem antes mesmo de buscar um especialista que ajude a surfar a onda.

O empresário Henrique Gritzback: “Na pessoa física o prazo é maior, não precisa liquidez grande e posso esperar

dois anos. Na empresa, isso não é possível porque é preciso ter capital de giro”

Felipe Bernardes, da SVN: “O brasileiro que quiser ganhar um pouco mais de dinheiro

terá que correr mais risco”

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“Os investidores estão indo também para fundos multimercados. Para investir na bolsa tem que começar de leve. Primeiro é preciso acreditar no mercado e aplicar um dinheiro que não vai usar a curto prazo. Porém, se me perguntar qual a melhor aplicação para os três ou quatro próximos anos, eu direi que é a bolsa”, destaca Bernardes.

Sócio da Real Investor, Lucas Moratto afirma que os objetivos do investidor devem anteceder a preocupação com a rentabilidade e aí procurar uma assessoria.

“Nós olhamos para a empresa, o tipo de gestão, o nível de endividamento, cenário, entre outros fatores. Pegamos esse conjunto de dados e confrontamos com o valor de mercado. Se esses números estão se conversando, a gente pode investir”, ressalta.

O Brasil tem um estoque de investimentos de R$ 5,2 trilhões, sendo que em média 9% estão investidos em ações. O auge de 14% foi em 2007. A combinação rentabilidade dos fundos e altas consideráveis das aberturas de capital chamou a atenção de novos investidores naquele ano.

Moratto diz que esses números falam para nós que as pessoas estão cada vez mais investindo em ações, mas que é insignificante se comparados aos dos Estados Unidos em que 50% dos americanos são investidores.

Ainda que esteja tendo um “empurrão” do Congresso Nacional, o Executivo está entregando o que o mercado quer - o que pode dar mais combustível para uma tempestade perfeita pró-investimentos.

Porém, atores políticos mundiais como Donald Trump nos Estados Unidos e sua guerra comercial com a China, além da balbúrdia quase que diária de declarações do governo brasileiro, são ruídos que assustam o mercado.

“O Brasil não vive numa bolha. Se olharmos a rentabilidade que tivemos nos últimos meses é muito parecida com o resto do mundo. O mundo começou a perceber que está desacelerando. Todos os bancos centrais começaram a sinalizar que iam reduzir as taxas de juros. Se acontecer

alguma coisa na economia provocada por Trump e China vai nos afetar. Porém, estamos saindo de uma situação ruim, mas temos muito ainda para melhorar. Por outro lado, a liquidez no mundo está alta. No curto prazo isso é positivo para nós. Ficará cada vez mais complexo alocar dinheiro no mundo. Se o Brasil conseguir concretizar as reformas, desindexar a economia até 2026, poderemos ter de novo um grau de investimentos. O que isso quer dizer? Que teremos muito dinheiro entrando no Brasil”, avalia Moratto.

Igual uma aposta no cassino? Não

A filosofia de investimentos do médico Fábio Leite, 39 anos, diz que na vida temos dois riscos: ficar como está ou dar certo.

“Desde sempre tentei correr o número de riscos com a certeza de que pobre eu já era, mas tenho gosto de estar exposto ao risco de melhorar. Todo mundo corre risco de alguma coisa, mas não sabe disso”, afirma.

Investidor pessoa física, Leite sugere que ao investir em empresas é possível pulverizar os riscos e, para isso, recomenda uma carteira de investimentos diversificada.

“Os investimentos que dão muito certo também dão certo muitas vezes e, com isso, a pessoa que investe R$ 1 milhão pode ter R$ 500 milhões. O que atrai no mercado de ações é ser exponencial”, ressalta o médico.

Fábio diz que a pessoa que pretende investir deve perder o medo e parar de achar que investimento em bolsa é uma espécie de aposta num cassino.

“Hoje tem como saber que está fazendo a coisa certa. Porém, o investidor não pode achar que terá um retorno mágico”, conclui Fábio. Otimismo de investidor de sucesso, que reforça as previsões de tempestade perfeita para quem não teme sair na chuva e se molhar ou de pegar onda para surfar no mercado.

Lucas Moratto, da Real Investor: “Se o Brasil conseguir concretizar as reformas, desindexar a economia até 2026,

poderemos ter de novo um grau de investimentos. O que isso quer dizer? Que teremos muito dinheiro entrando no Brasil”

Fábio Leite, médico: “Desde sempre tentei correr o número de riscos com a certeza de que pobre eu já era, mas tenho gosto de estar exposto ao risco de melhorar. Todo mundo

corre risco de alguma coisa, mas não sabe disso”.

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Por Ranulfo Pedreiro

Palavra-chave no vocabulário empresarial, o planejamento nem sempre é praticado com a devida seriedade na administração pública, especialmente na área de infraestrutura. É corriqueiro correr atrás de problemas emergenciais em vez de se antecipar aos gargalos, comprometendo o desenvolvimento a longo prazo.

A falta de projetos dificulta a obtenção de recursos e, por consequência, um estado com forte escoamento de safra e um dos maiores portos do Brasil, como o Paraná, acaba com a malha rodoferroviária defasada.

Lançado em agosto, o Banco de Projetos é uma tentativa do governo do Estado para reverter essa situação, priorizando o planejamento para obter e aplicar com eficiência os recursos. Com projetos de obras importantes

DESENHOS DO FUTUROGoverno do Estado lança o chamado Banco de Projetos, programa para planejar e acelerar as obras de infraestrutura nos anos 2020

para a infraestrutura em mãos, a execução ganha dinamismo. Em outras palavras, a intenção é parar de correr atrás do prejuízo e antecipar as soluções.

Durante o lançamento, o governador Ratinho Júnior (PSD) anunciou o investimento de R$ 350 milhões em obras nas rodovias, ferrovias e na área de segurança pública. “Esse não é um programa do nosso mandato, mas um banco que vai ficar por muitos anos à disposição dos próximos governadores, deputados e secretários. É um plano diretor de infraestrutura”, ressaltou, segundo a Agência Estadual de Notícias.

A ideia é vista como um avanço da administração pública e bem recebida entre o empresariado. “É uma iniciativa de extrema importância, mostra que o governo está pensando tecnicamente como uma empresa. Sempre foi um sonho nosso que o governo tivesse

um planejamento mais organizado, com investimento em inovação. O Banco de Projetos vem coroar isso, o governo está pensando a curto, médio e principalmente a longo prazo”, comenta Fernando Moraes, presidente da ACIL.

“Quem não tem projeto, não tem obras. O estado tem recursos disponíveis, mas não tem projetos. Temos capacidade de investimento, obtenção de empréstimos. O estado está com a economia sólida, pode pleitear recursos para obras de infraestrutura”, revela Sandro Alex, secretário estadual de Infraestrutura e Logística.

Descompasso

O secretário reconhece o descompasso entre o desenvolvimento do Paraná e a infraestrutura do estado: “Sabemos que os investimentos em infraestrutura não foram suficientes

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DESENHOS DO FUTURO

Boca Aberta Jr.: “Essa medida vem para contemplar, através da indicação

dos deputados, a infraestrutura de cada município ou região”

Cobra Repórter: “A maioria dos problemas vem da falta de projetos”

para suprir a demanda nas últimas décadas. Tivemos um crescimento da economia, da agricultura, do agronegócio, do escoamento da produção e não tivemos estradas que acompanharam esse crescimento”.

Dos R$ 350 milhões anunciados para o banco de projetos, R$ 290 milhões são destinados a pavimentação, construção de trevos, contornos e pontes. A malha ferroviária tem um aporte de R$ 40 milhões para fazer a ligação entre

Foz do Iguaçu-Cascavel e Dourados-Paranaguá, sem obras previstas para a região de Londrina. Outros R$ 20 milhões são destinados à segurança pública. Parte da verba vem do Tesouro Estadual, mas também entram na conta linhas de financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

“É uma ótima iniciativa, o governo quer realizar obras importantes em todas as regiões do estado, que ao longo do tempo acabaram não ocorrendo. Se você não tem boas estradas, cria-se um problema até para o desenvolvimento ao longo das rodovias. O governo verificou que o estado não tem projetos prontos. Mesmo se o governo tivesse dinheiro hoje, não teria como licitar porque não tem projeto”, explica o deputado estadual Tercílio Turini (PPS).

A opinião é compartilhada por outros representantes da região na

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Assembleia Legislativa. “A maioria dos problemas vem da falta de projetos. Uma vez que o governo está lançando este programa, fica mais fácil conseguir o recurso”, assegura o deputado Devanil Reginaldo da Silva, o Cobra Repórter (PSD).

O deputado Tiago Amaral (PSB) também destaca a importância da iniciativa: “O banco de projetos foi criado com o objetivo de planejar o futuro do nosso estado. Obras de infraestrutura têm custo alto, mas sem elas não há desenvolvimento. Para tornar uma região atrativa para a instalação de indústrias e empresas, que vão gerar empregos, precisamos de projetos, de obras e de recursos.”

O consenso é compartilhado por Matheus Viniccius Ribeiro Petriv, o deputado Boca Aberta Jr. (PROS): “Com certeza o banco de projetos irá melhorar a infraestrutura, não somente de nossa região, mas também de todo nosso estado. Considero essa iniciativa do governo muito conveniente e benéfica. Essa medida vem para contemplar, através da indicação dos deputados, a infraestrutura de cada município ou região”.

Planejamento além da política

Caso o banco de projetos se confirme como uma iniciativa que extrapola a esfera política, o legado pode ser positivo para as próximas gestões. “É um projeto importante – não propriamente pelo valor anunciado, que é muito pequeno diante das demandas do estado –, mas, principalmente, por se constituir em uma imprescindível ferramenta de gestão a longo prazo. É um projeto que tende, pelas características apresentadas, a transcender políticas de governo para fixar-se como política de estado. Isso seria, por si só, um

grande feito, já que a administração pública, de modo geral, possui relativo déficit em relação a planejamento de longo prazo”, assegura Clodomiro José Bannwart Júnior, professor de Ética e Filosofia Política da Universidade Estadual de Londrina.

“Nesse sentido, o banco de projetos do Estado do Paraná, além de permitir planejamento estruturado no curto, médio e longo prazo, também tem a aptidão de propiciar abertura democrática para que os projetos sejam pensados a partir das especificidades regionais, por intermédio de setores organizados da sociedade, prefeitos e deputados estaduais, os quais são sempre mais sensíveis às demandas locais”, complementa.

Dentre as obras reivindicadas, a unanimidade para a região de Londrina é a duplicação da PR-445 até Mauá da Serra, que já vem sendo realizada até Irerê. Todos os deputados estaduais que representam a região de Londrina destacam a importância da duplicação.

Por enquanto, ainda não há projeto aprovado para o trecho de Irerê até Mauá da Serra, mas existe a promessa do governo em finalizar a obra. “O estado assumiu o compromisso de tocar a obra até Mauá da Serra. É um projeto que demora porque é um trecho grande. Estamos tentando agilizar antes de um ano para que possamos licitar a obra no ano que vem. Esta é a nossa vontade”, reforça o secretário Sandro Alex.

Outras obras foram encaminhadas pelos deputados estaduais: “O banco de projetos também vai ajudar a PR-170 (Rolândia-Porecatu) e a PR-218 (entre Arapongas e Astorga) com terceiras faixas, e estamos buscando empresas para duplicar até Sabáudia. A PR-323, do Contorno de Rolândia, também está no banco”, enumera o deputado Cobra Repórter.

Tercílio Turini cita ainda a duplicação da rodovia Carlos João Strass, da Av. Saul Elkind até a Warta; a rodovia que liga Mauá da Serra a Pitanga, com revitalização e terceiras faixas; e obras novas, como uma rodovia ligando São Sebastião da Amoreira até Apucarana, com uma nova ponte sobre o Rio Tibagi; e o Contorno Norte de Londrina.

Cadeia pública

Na área de segurança, o deputado Tiago Amaral destaca a construção da Cadeia Pública de Londrina, cujas obras já começaram. “Ao retirar os presos das delegacias, a Polícia Civil pode se dedicar exclusivamente à investigação e solução de crimes, o que deve reduzir os índices de criminalidade”, destaca. A conclusão está prevista para 2020. 

Segundo a Agência Estadual de Notícias, ainda constam no banco de projetos as seguintes instalações: o Instituto de Criminalística de Londrina, a Cadeia Feminina e a 4ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM).

Tiago Amaral: “Obras de infraestrutura têm custo alto, mas sem elas não há

desenvolvimento”

Tercílio Turini: “Se você não tem boas estradas, cria-se um problema até para o desenvolvimento ao longo das rodovias”

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LIDERE 2019

DO CONHECIMENTO À PRÁTICA

Em sua terceira edição, Lidere reuniu aproximadamente 1.200 participantes para apresentar modelos de negócios de sucesso e atualizar as últimas tendências sobre gestão, inovação, liderança e empreendedorismo

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 15

Da Redação

Figuras de destaque do mundo corporativo foram selecionadas para integrar a terceira edição do Lidere 2019, realizado no mês de outubro pela ACIL. O maior encontro empresarial de Londrina e região reuniu cerca de 1.200 participantes para aprofundar reflexões e compartilhar conteúdos atualizados sobre os quatro pilares fundamentais do evento: gestão, inovação, liderança e empreendedorismo.

Lidere 2020 já tem data marcada: 21 e 22 de outubro

O presidente da ACIL, Fernando Moraes, afirma que a edição superou as expectativas e prometeu que as realizações posteriores manterão o alto nível. “O Lidere é para que o londrinense e as pessoas da região não precisem sair daqui e gastar com deslocamento para São Paulo ou outras grandes capitais. Conseguimos palestrantes de alto nível e conteúdos ricos. Então nós estamos trazendo pessoas para Londrina, vem gente de fora gastar nos nossos hotéis e restaurantes. Isso é uma satisfação muito grande”, ressaltou.

Para a vice-presidente da ACIL, Marcia Manfrin, o Lidere cumpre seu papel de proporcionar ao empresariado acesso aos modelos e técnicas de gestão utilizadas por empresas de grande destaque no mercado nacional e internacional.

“O Lidere 2019 me dá a sensação de dever cumprido. Enche a gente de orgulho no sentido de saber que Londrina recebe um evento dessa envergadura e nos dá a responsabilidade de sonhar o Lidere 2020. A partir de amanhã, é a nossa próxima meta. Ou seja, a cada ano nós estamos nos superando em termos de excelência, de qualidade, de tecnologia, de gestão. E isso é um grande desafio”, confirma a vice-presidente da ACIL, Marcia Manfrin.

Além do admirável painel de conhecimento, o Espaço Villa Planalto foi cenário de muito networking e troca de experiências. A maior realização anual do calendário da entidade contou com a movimentação das Trilhas de Conteúdo, comandadas pela ACIL, Sebrae, Value e Sicredi, que debateram temas como ecossistema de inovação, satisfação do cliente e sustentabilidade, além de apresentar cases inspiradores que inovaram em gestão.

Fotografias: Jéssica Pizza e Lunartty Souta (Núcleo Profissionais de Fotografia/ACIL)

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“O evento superou expectativas tanto para os empresários que vieram buscar conteúdo como também para aquelas pessoas que vieram ampliar a rede de contatos. Muitas pessoas que estiveram aqui, sejam elas lideranças institucionais ou lideranças empresariais, puderam se conectar. E eu percebi que os expositores tiveram muita interação com as pessoas que circularam pelo espaço. Para o Sebrae foi muito importante porque só fortalece a parceria com a ACIL”, destaca Fabrício Bianchi, gerente do Sebrae/PR Regional Norte.

A estrutura moderna com palco num formato passarela, que também se transformou em quatro talks simultâneos onde, por meio de um fone de ouvido, era possível escolher as discussões de maior interesse, viabilizou as palestras com renomados líderes e executivos empresariais.

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ACIL, Sebrae, Sicredi e Value transmitiram conhecimento através das Trilhas de Conteúdo

Outras duas grandes atrações já se tornaram verdadeiros pontos de encontro para firmar novas parcerias e fechar bons negócios: o espaço dos expositores, onde empresas de diversos segmentos tiveram a oportunidade de apresentar seus produtos e serviços ao

Talks simultâneos abordaram tendências nas áreas de gestão, inovação, liderança e empreendedorismo

Cerca de 50 empresas participaram da Rodada de Negócios

Governador Ratinho Junior fez minipalestra sobre o cenário econômico e empresarial do Paraná

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REVISTA MERCADO EM FOCO | NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2019 WWW.ACIL.COM.BR

público, e a tradicional Rodada de Negócios, organizada pelo Sebrae, que reuniu aproximadamente 50 empresas de Londrina e região.

E aos que não querem perder a chance de participar da maior realização da entidade no ano que vem, já pode começar a se programar! O Lidere 2020 tem data marcada: 21 e 22 de outubro.

Premiação GPTW

Durante o coquetel de encerramento do primeiro dia do Lidere, 19 empresas associadas à ACIL foram certificadas através do selo destaque ACIL GPTW como um excelente lugar para se trabalhar.

São elas: Atenas Calçados, Diflex, Globalsat, HS Technology, Petrofan Combustíveis, Terzoni Soluções Empresariais, ACIL, Dialli, Indusbello, Leanwork Tecnologia, Multimetal, Uniware Consultoria, Sicoob Ouro Verde, Hoftalon, Marajó, Tamarana Tecnologia, A Yoshii, Apetit e Integrada.

Através da parceria ACIL GPTW, as empresas que atingiram uma nota igual ou superior a 70 na pesquisa de clima organizacional realizada com os colaboradores em 2019, recebem o selo de certificação que poderá ser utilizado no período de um ano em todo seu plano de comunicação.

O Great Place to Work é uma organização de âmbito global e tem como missão “construir uma sociedade melhor, ajudando empresas a transformar seu ambiente de trabalho”.

Parceria ACIL GPTW certificou 19 empresas como o melhor lugar para se trabalhar

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MODELOSDE NEGÓCIOS

AS BOAS PRÁTICAS DE GESTÃO POR TRÁS DOS GRANDES CASESInspiração e conhecimento não faltaram durante o Lidere 2019. As principais lições de sucesso e tendências de mercado foram divididas com os participantes durante mais de 24 horas de conteúdo

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“É OBRIGAÇÃO DO LÍDER SER OTIMISTA”

Associação Comercial e Industrial de Londrina

“O propósito emerge. Você tem que se guiar pelos seus valores. Porque propósito é vocação de vida. O propósito é onde o negócio

se mistura com a sua vida.”

Rony Meisler (CEO do Grupo Reserva)

“O que a gente fez ao longo do tempo não foi inventar nenhuma roda, nenhum Facebook, nós fomos fazendo pequenas coisas. São coisas muito simples, mas que têm impacto profundo na vida das pessoas.” (Confira a entrevista com Rony Meisler nas páginas 28 e 29)

“Engajamento depende de que faça sentido para as pessoas. O líder tem a responsabilidade de mostrar consistência na sua proposta.”

Eugênio Mussak (Professor, palestrante e empresário)

“Não podemos confundir o líder, a liderança com um cargo de liderança, como vemos em frentes políticas, por exemplo. Nós precisamos de verdadeiros líderes. Todo líder conduz pessoas para algum lugar, este lugar é o futuro, deve ser o futuro. É obrigação do líder ser otimista, não significa que tem que ser cego às dificuldades, mas deve ser otimista. Ele é quem puxa pra si a responsabilidade, é quem vai junto com a equipe porque acredita que dá para melhorar”.

“O líder é observado, é a maneira como se comporta, é como está seu semblante. Liderança é dom e virtude, mas também precisa existir um querer muito grande, uma vontade, uma tendência. Liderança é uma escolha, e a escolha pressupõe

renúncia. Liderança traz mais responsabilidade. Se sua equipe conquista um grande benefício para a empresa, o mérito é da equipe. Mas se ela falha, a responsabilidade é do líder.”

“Inovação, liderança e criatividade todos temos e todos podemos aprender. Se eu posso ensinar, qualquer pessoa

pode aprender, não há idade para isso.”

Rivadávia Drummond (Clinical Professor da WP Carey School of Business da Arizona State University- EUA)

“O seu negócio, hoje, está sendo subtraído por novos concorrentes digitais. Eu preciso trabalhar esse tema em duas dimensões: Qual a extensão da cadeia de valor que você controla? Estou falando de insumo, produto, processo, resultado. E a segunda, para mim talvez a mais importante: qual o nível de intimidade que você tem com seu cliente final? Você é o dono desse relacionamento ou não? Estou falando de entender quem ele é e ter informações estruturadas e formais, e também informações desestruturadas e informais.”

“Profissão do futuro é ser um ser humano melhor, o resto as máquinas vão fazer.”

Geraldo Rufino (JR Diesel)

“Empreendedorismo é comportamento, atitude, é querer fazer a diferença para o outro, é querer ser locomotiva e não vagão. E

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nesse caminho, ainda é essencial conviver com as diferenças. Você precisa ser gente que gosta e cuida de gente. Pare de olhar mais para a planilha do que para as pessoas. Hoje em dia estão se incomodando muito, tudo é um problema, tudo é mimimi. O problema faz parte da vida, você nasceu primeiro, o problema veio depois, então seja mais forte que ele. Antes de reclamar que tem um intenso trânsito pela frente, lembre-se que você tem um carro. Antes de reclamar que está com muito trabalho, lembre-se que você tem um trabalho e milhões de brasileiros não têm. O maior sucesso que o ser humano pode ter é o privilégio de mais um dia”.

“Não estar neste ambiente digital significa sair da prioridade de milhões de consumidores, ser esquecido”.

Everton Muffato (Super Muffato)

“Nossa geração tem um problema ainda de entendimento de algumas coisas. Por exemplo, nossa geração se vangloria quando incorpora tecnologia, quando damos um passo à frente, nós nos impressionamos com o resultado. Para a geração Z isso é apenas o mínimo. A rede de varejo que não tem aplicativo, que não conversa com ele por redes sociais ou por outros canais, é simplesmente descartada. Daqui em diante, as pessoas vão comprar pelo desejo, pelo valor, pela história do produto e pelo propósito dele. Esta geração não está preocupada com aparência, em ter as coisas. Eles querem ser, querem participar.”

“Não há crescimento sem que as pessoas estejam envolvidas neste propósito.”

Marly Vidal (Gestão de Pessoas - SABIN)

“A liderança é muito importante para manter alinhada a balança imaginária que ilustra qualquer negócio. De um lado, o propósito da empresa de dar lucro só faz sentido se o outro lado, a equipe de colaboradores, sentir-se bem, com oportunidades de crescimento, sentir-se valorizada e ‘sócio’ do projeto. Nosso desafio é como fidelizar meu cliente interno, que é o colaborador, para fidelizar o cliente externo. Inspirar as pessoas a cuidar de pessoas” é a frase que define o propósito da Sabin e que mantém sua competitividade no mercado.”

“É preciso que os empresários tenham consciência que evoluir é entregar mais à sociedade. Para chegar a este estágio,

você precisa de significado para o seu negócio.”

Egídio Dias (treinador de executivos):

“Quando uma empresa realiza este processo de autoconhecimento, logo vem uma outra questão quando ela decide se transformar: o que ela está disposta a perder para evoluir. Um time de alta performance se constrói com dinâmica, com diálogos aprofundados, com senso de proteção dos líderes, com valores e com significado”, enumerou o palestrante. Uma empresa que realmente quer fazer sua cultura organizacional evoluir deve contar com líderes que questionam todos estes aspectos”.

Dados refinados valem ouro, sem refinar, não valem nada. As decisões baseadas em feeling fazem você perder competitividade

Everton Muffato,sócio diretor do Grupo Muffato

“ “

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Chegou o Banco da Mulher Paranaense Para quem é dona do seu futuro

Solicite um contato:www.fomento.pr.gov.br

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DIVERSOS

ATENDIMENTO E VENDAS

ATENDIMENTO E VENDAS: ATITUDES QUE FAZEM A DIFERENÇA

SILVANA OLIVEIRA

12 e 13 de Novembro19h às 22h30

MÓDULO 1 – Atendimento• Como seu cliente quer ser atendido?• Personalize o atendimento ao seu cliente• Construindo relações duradouras com o cliente

MÓDULO 2 – Vendas e motivação• As fases da venda• Vendedor consultivo x vendedor tradicional• Negociando com o cliente• Benefícios de uma equipe motivada

Não associados: R$ 197,00Associados e estudantes: R$ 108,00

PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO EU + VENDEDORMURILO GOMES

19, 20, 21, 25 e 26 de Novembro19h às 22h

MÓDULO 1 - Planejamento: Eu + Produtivo • Planejamento de vendas • Agenda de trabalho eficiente• Administração do tempo para vendedores• As lições do planejamento comercial• Não perca tempo e melhore seus resultados

MÓDULO 2 - Prospecção: Eu com + Clientes • Estratégias de prospecção• Prospecção com criatividade• Sistemas de prospecção• Prospectando com sucesso• Onde estão os clientes que você precisa para bater suas metas

MÓDULO 3 - Atendimento: abordagem + eficiente • Atendimento de alta performance• Processo de abordagem • Técnicas e cases práticos• Como aumentar vendas com atendimento eficiente• Repertório comercial para abordagem 

MÓDULO 4 - Negociação: Eu + persuasivo • Como negociar mais e melhor?• Técnicas atuais de negociação• A arte de persuadir clientes• Mundo real: simulação prática de negociação em vendas• Negociar para vender 

MÓDULO 5 - Fidelização: + resultados com pós-venda • A arte de fidelizar e manter clientes• Fidelização é custo?• Fidelizar para vender mais e mais• Passo a passo da fidelização • Como lucrar com a fidelização?

Não associados: R$ 300,00Associados e estudantes: R$ 250,00

WORKSHOP:A EVOLUÇÃO DO VENDEDOR:

COMO ALAVANCAR MAIS RESULTADOSDENISE FILLA

28 de Novembro19h às 23h

• A evolução do papel do vendedor • Venda consultiva para melhores resultados • Técnica Spin Selling - etapas e aplicação • Como manter a motivação diante da crise

Não associados: R$ 118,00Associados e estudantes: R$ 71,00

ESPECIAL VITRINE: PREPARANDO A LOJA E A EQUIPE PARA O NATAL

TATIANA MEDINA

05 e 06 de Novembro19h às 23h

• O momento em que vivemos• O Natal para o varejo• Entendendo seu cliente• Preparando sua loja• Estratégias para o mix de produtos - foco no Natal• Vitrine que encanta• Estratégias e ferramentas práticas Não associados: R$ 197,00Associados e estudantes: R$ 108,00

WORKSHOP:GESTÃO DO TEMPO E PRODUTIVIDADE

MURILO GOMES

06 de Novembro 19h às 23h

• Conceito da metodologia de produtividade e tempo • Técnicas de coleta e processamento de informações • Metodologia de execução com mais produtividade • Conceito de organização produtiva e revisão periódica • Ferramentas atuais para aumento de produtividade • Produtividade para resultados imediatos

Não associados: R$ 118,00Associados e estudantes: R$ 71,00

TRIBUTAÇÃO PARA O SETOR DE COMPRAS E FATURAMENTOROSÂNGELA APARECIDA DA SILVEIRA

09 de Novembro 08h30 às 17h30

• ICMS/PR• IPI• Documentos fiscais• Operações fiscais• ISS – regrasMais informações no site

Não associados: R$ 295,00Associados e estudantes: R$ 230,00

CRIATIVIDADE PARA INOVAR CARMEN BENEDETTI

11, 12 e 13 de Novembro 19h às 23h

• As múltiplas Inteligências• Habilidades que se destacarão no futuro• Criatividade: o que é e para que serve?• Input / Output• Combinar e não ter preconceitos• O ambiente criativo• Mudar a forma de pensar e ver o mundo• Exercícios práticos e simples para o dia a dia• Como ter o seu Banco de Ideias

Não associados: R$ 222,00Associados e estudantes: R$ 130,00

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WEB

FINANÇAS

GESTÃO DE RH

MÓDULO 2 - Desenvolvimento de Competências• Processo de aprendizagem• Treinamento e desenvolvimento• Trilhas de aprendizagem• Estratégia de aprendizagem no trabalho

MÓDULO 3 – Gestão do Capital Intelectual• Modelos de gestão do capital intelectual• Construção do Plano de Desenvolvimento Individual• Necessidades de desenvolvimento• Cultura do feedback (oficina)

Não associados: R$ 222,00Associados e estudantes: R$ 130,00

WORKSHOP:GESTÃO DE LOJA ONLINE

LUCAS TANIYAMA

28 de Novembro19h às 23h

• Business Plan• Definindo metas do negócio• Planejamento de Compras• Investimentos em mídias digitais• Estratégias de marketing de conteúdo• Experiência do cliente e atendimento humanizado

Não associados: R$ 118,00Associados e estudantes: R$ 71,00

PALESTRA:MOTIVAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO NA VIDA

PESSOAL E PROFISSIONALMURILO GOMES

04 de Dezembro19h às 21h

• Qual é o seu diferencial?• O passo a passo da competência na vida pessoal e profissional• Como realizar uma mudança real na sua vida?• Salto de qualidade x zona de conforto• Como desenvolver concentração competitiva para atingir seus

objetivos• Metodologia didática e criativa 

Não associados: R$ 95,00Associados e estudantes: R$ 56,00

GESTÃO ESTRATÉGICA DE FINANÇASCHARLES VEZOZZO

18, 19 e 20 de Novembro19h às 23h

• Controles financeiros básicos X gerenciais• Demonstrativo de resultados gerencial• Pontos de equilíbrio• Análise de sensibilidade do lucro• Cálculo da necessidade de capital de giro• Outros indicadores financeiros

Não associados: R$ 222,00Associados e estudantes: R$ 130,00

GESTÃO POR COMPETÊNCIAS: COMO IMPLANTAR E POTENCIALIZAR A PERFORMANCE DO SEU TIME

SILVIA ROCHA

25, 26 e 27 de Novembro19h às 23h

MÓDULO 1 – Contexto da Gestão por Competências• O que é Mapeamento de Competências• Interface das competências nas organizações• Etapas do processo de Mapeamento de Competências• Definição das Competências Organizacionais (oficina)

WORKSHOP:COMO DELEGAR DE FORMA EFICAZ

PARA GERAR RESULTADOSNÚCLEO DE PROFISSIONAIS DE COACHING DE LONDRINA

19 de Novembro 19h às 23h

• O que significa delegar• Crenças limitantes à delegação• Benefícios da delegação • Passo básicos  para delegar com segurança• Preparar a pessoa que recebe delegação• Comunicação significativa• Auto avaliação em delegar• Fazer a supervisão e ajudar a aprendizagem

Não associados: R$ 118,00Associados e estudantes: R$ 71,00

PALESTRA:RESILIÊNCIA E

INTELIGÊNCIA EMOCIONALGYSELE ROGO

28 de Novembro19h às 21h

• Mas o que é resiliência?• Resiliência é inata ou aprendida?• Característica de pessoas resilientes• Como lidar com as adversidades• Resiliência atitude proativa e responsabilidade• Superação de pressões e adversidades• Inteligência emocional é gerir emoções?• Competências da Inteligência Emocional• Ator ou protagonista?

Não associados: R$ 95,00Associados e estudantes: R$ 56,00

QUALIDADE DE SERVIÇOS EM RECEPÇÃO E SECRETARIA

SILVANA OLIVEIRA

02 e 03 de Dezembro19h às 23h

• Desenvolvimento pessoal e profissional• Perfil e postura profissional• Superação no atendimento aos clientes• Técnicas de recepção e atendimento

Não associados: R$ 197,00Associados e estudantes: R$ 108,00

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INOVAÇÃO

Por Lúcio Flávio Moura

“Estamos no caminho certo para Londrina se tornar uma referência em termos de articulação do ecossistema e se tornar um grande polo de inovação”. A frase do presidente da ACIL, Fernando Moraes, no discurso de abertura do Redfoot Open Innovation by Lidere, pôde ser comprovada por quem acompanhou o evento no Espaço Villa Planalto.

A realização conjunta da comunidade de startups, do Sebrae e da ACIL mobilizou centenas de pessoas que acreditam em uma ideia: Londrina vai ser um importante polo de inovação antes de celebrar seu centenário. “Toda esta efervescência que vivemos com o desenvolvimento da cultura de inovação e com a própria transformação digital está absolutamente conectado com o espírito do Lidere. São duas forças que crescem juntas”, lembrou.

De acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), Londrina está entre as 20 cidades do País com melhor ambiente para o desenvolvimento de empresas em fase inicial que se dedicam a criar produtos ou serviços inovadores, de base tecnológica e com modelo de negócios facilmente replicável. O mesmo ambiente é vivido em outros municípios do Norte do Estado. A marca que representa esta cena empresarial é a Redfoot, uma comunidade criada em 2016 e que será a base de governança deste ecossistema. A Radiografia do Ecossistema Brasileiro apontou que a região é uma das três melhores do País em termos de apoio aos empreendedores.

O levantamento apontou otimismo neste segmento no País, com 79% dos empresários achando que o mercado consumidor vai melhorar até o ano que vem; 88% acreditando que o acesso ao capital vai melhorar e que o ambiente regulatório vai ficar menos hostil. Outro dado divulgado foi que 41% dos empreendedores ainda buscam tração, aquele estágio que antecede a escalada

MENTES ABERTAS PARA UMA NOVA ERARedfoot Open Innovation by Lidere fortalece os vínculos entre empreendedores e instituições que, unidos, estão construindo as bases de um novo ciclo no setor produtivo

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 25

A integração entre os dois ambientes ajuda a startup a entender um pouco mais sobre como é a experiência nos mercados tradicionais e vice-versa

Lucas Ferreira Lima,

do Sebrae

no mercado (os outros estágios são descoberta, operação e escalada).

Os londrinenses já começam a se familiarizar com expressões típicas deste ambiente, como meetups e hackathons. O open innovation é um deles e tem a função de aproximar a economia tradicional da nova economia. É um exercício que as empresas fazem para enxergarem as soluções além da sua própria estrutura, com o objetivo de modernizarem processos, serviços e produtos. “A cidade passa por um momento no qual o tema ecossistema de inovação está cada vez mais presente”, enfatiza o gestor estratégico de startups do Sebrae, Lucas Ferreira Lima. “Ter um evento como este para discutir a integração das startups com o mercado tradicional de Londrina é tão importante quanto fomentar a criação de novas startups”, compara. “A integração entre os dois ambientes ajuda a startup a entender um pouco mais sobre como é a experiência nos mercados tradicionais e vice-versa. É uma atividade que ajuda a gerar performance em ambos os lados”.

No evento do Villa Planalto, durante o painel que discutiu a inovação aberta na cidade, os participantes destacaram que o fortalecimento do ambiente de inovação depende do foco na criatividade e de que cada uma das partes seja beneficiada com ganhos reais nas parcerias e no desenvolvimento de produtos e serviços. Moderado pelo empresário Luis Carlos de Albuquerque Silva, o debate envolveu André Galleti (Cooperativa Integrada), André

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Piretti (Belagrícola), Marlon Paschoal (representante da comunidade Redfoot) e Rodrigo Barros, consultor ligado ao ISAE INOVA – Programa de Formação de Agentes de Inovação e Transformação com foco em Inovação Aberta e Intercooperação para o Cooperativismo.

A criatividade é sensorial

Barros, aliás, abriu a programação com uma palestra sobre a importância central da criatividade das pessoas. Para ele, a evolução do ambiente onde germinam as startups depende dos “altamente criativos” e lembrou que todos os esforços de organização do ecossistema podem se perder se isso não for observado. “Não se faz inovação com metas, com sobrecargas, com estresse. As pessoas devem estar abertas a experimentar situações novas, olhar o outro, se colocar no lugar dele. Do mesmo modo, as organizações deveriam ser mais inquietas”, afirmou.

O consultor tentou despertar na plateia a valorização de um novo tipo de comportamento, uma lição pertinente também ao ecossistema norte-paranaense. “A criatividade é sensorial. Para que a criatividade aconteça, é preciso estimulá-

la no cotidiano, dentro e fora da empresa. O exercício de fazer coisas que você nunca fez ou de fazê-las de modo diferente induz práticas mais criativas”. Para Barros, a inovação é fruto da criatividade orientada para a utilidade. E defendeu a adoção de uma cultura escolar que não reprima esta característica. “Pesquisas apontam que 98% das crianças são altamente criativas. Então, revelou-se aí que, ao longo da experiência de vida, uma série de fatores vai tirando a força criativa”, comparou.

Um bom exemplo desta nova visão da educação pôde ser conferida pelo público, com a apresentação de cases do laboratório de empreendedorismo da St. James International School, escola bilíngue de Londrina. Os adolescentes apresentaram modelos de negócios inovadores desenvolvidos sob orientação pedagógica.

Aceleração

A StartSe é uma das maiores rede de startups do país, com sede em São Paulo. O Open Innovation incluiu na programação uma palestra de um dos seus líderes, Cristiano Kruel. Para este pensador da nova economia, haverá uma aceleração da transformação digital nas próximas décadas e é preciso entendê-la o quanto

antes para ser competitivo nos anos 2020. Entre outras abordagens, Kruel falou sobre a banalização da inteligência artificial, um fenômeno quase certo e que, por vezes, não é percebido. “Criar artificialmente traços da inteligência humana é uma definição que por si só não diz muita coisa para quem quer entender realmente a extensão desta grande mudança”, brinca Kruel.

Com exemplos, é possível ficar mais ciente do que isso significa. Kruel usa o modelo de uma imobiliária. Você procura o corretor dizendo que não sabe como calcular o aluguel do imóvel do seu apartamento, nem se o condomínio está com um valor razoável. Isso se resolve com algumas perguntas básicas. Um software chega a um algoritmo e define rapidamente os valores, após ser alimentado com algumas respostas básicas.  “Mas tem uma coisa que chama machine learning, que dispensa estas respostas e que trabalha com uma base de dados volumosa, de anos e anos. Neste caso, os valores já estariam calculados. A máquina já teria aprendido a fazer o algoritmo sem a alimentação do programador”.

Outro tipo de fenômeno que vai estar muito presente na vida das pessoas e das empresas é o deep learning, que é um machine learning com muito mais profundidade, pela qual os computadores são treinados para realizar tarefas muito complexas. “Neste caso, ainda no exemplo da imobiliária, o algoritmo faria os ajustes dos preços apenas analisando as fotos de cada um dos ambientes”.

ACIL mira futuro digital

O superintendente da ACIL, Rodrigo Geara, disse que a ACIL se coloca hoje como um elo entre a economia tradicional e a nova economia, estimulando os associados a serem ativos também neste novo ambiente. Ele lembrou que a ACIL está pensando produtos e serviços para fomentar esta aproximação e, como maior exemplo, apresentou o ACIL Pay. “Uma nova forma de consumir, no qual você adiciona cartões de crédito no aplicativo e paga por produtos e serviços usando apenas o smartphone”, resumiu, antes de apresentar um vídeo explicativo.

O especialista em inovação Cristiano Kruel alerta os empreendedores:

a transformação digital terá ritmo mais acelerado nas próximas

décadas

O consultor Rodrigo Barros: inquietação das pessoas e das organizações geram

criatividade e inovação

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Os varejistas e prestadores de serviço terão como principal vantagem o custo da venda, com taxas menores cobradas pelas operadoras de cartões de crédito. Já o consumidor ganha em praticidade por não precisar carregar cartão ou dinheiro, apenas o smartphone com os dados cadastrados. Há ainda a opção de adicionar dinheiro numa carteira virtual através de boleto ou de transferência de uma carteira para outra. A novidade traz ainda programas de pontos, cashbacks e cupons de descontos. “O aplicativo tem muitos propósitos e todos eles no sentido de trazer nossa base para um ambiente mais próximo do que ele terá que conviver num futuro próximo”, explica o superintendente. “Acreditamos muito que a ACIL está se inserindo nas transformações do nosso tempo para conseguir cumprir o seu papel de sempre: ouvir, orientar, defender, incentivar e influenciar o empresariado. Seremos este farol neste turbilhão fascinante que vive o setor produtivo”, garante.

Fernando Moraes, presidente da ACIL: Londrina é referência na organização de

um ecossistema

O superintendente da ACIL, Rodrigo Geara: instituição está se inserindo

na nova economia para cumprir o seu papel histórico

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ENTREVISTA

Por Susan Naime

Você deixaria seu emprego em uma das maiores consultorias do mundo para vender bermudas na praia? Rony Meisler, sócio-fundador e CEO da grife de roupas Reserva, fez esta escolha e hoje fatura em torno de R$ 400 milhões por ano. Em 15 anos, já são 70 lojas próprias e 22 franquias, além de estar presente em 1,4 mil multimarcas. O jovem empreendedor – ele tem 38 anos, foi uma das mais esperadas atrações do Lidere 2019 para falar sobre as estratégias que o levaram a transformar a pequena marca carioca

Rony Meisler: “Quem gosta do que faz, vai para casa pensando naquilo porque ela quer fazer sempre melhor, ela quer encantar mais o cliente, criar os processos mais inteligentes”

“PENSO NA EMPRESA COMO UM CONJUNTO DE PESSOAS”

Provocador nato de ideias, Rony Meisler, CEO da Reserva, viaja o mundo em busca de tendências e inspirações para sua marca, mas acredita que

o cuidado humano é o segredo para qualquer negócio dar certo

em uma inovadora máquina de vendas. Enquanto aguardava para subir ao palco, aproveitamos para bater um papo com ele e descobrir algumas informações que podem inspirar empresários da nossa região. Confira:

Mercado em Foco: Você tem um estilo diferente e criativo de liderança. Esse é um diferencial para o sucesso da marca?

Rony Meisler: Em nossa vida pessoal temos um ecossistema, um jeito de ser, de agir, nossos valores, nossas missões, nossos propósitos. Penso na empresa

como um conjunto de pessoas, é o coletivo daquilo que a gente vive em casa, mas em outro ecossistema. Nesse ecossistema não há como a longo prazo você sobreviver se a relação das pessoas ali dentro for meramente funcional. Ou até pode sobreviver, mas não será um negócio que vai fazer a diferença na vida das pessoas, a diferença no mundo, no País. Eu e Fernando, meu sócio fundador, somos de origem judaica, e a família judaica é muito parecida com a família italiana onde tudo é ‘muito’, tudo é ‘forte’, funcional, esse é nosso jeito de ser. Acreditamos que as pessoas

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“A ÚNICA FORMA DE SER DIFERENTE É SER DE VERDADE”

Associação Comercial e Industrial de Londrina 29

que entram na empresa para trabalhar precisam se sentir felizes fazendo aquilo, como se fosse uma extensão da casa dela. Na Reserva, temos uma metodologia: todo mundo que começa a trabalhar lá coloca na ficha admissional três sonhos realizáveis. Criamos uma premiação que se chama Bota na Vitrine, onde você só pode colocar na vitrine alguém de um departamento diferente do seu e que tenha feito algo muito legal pra você. Temos um comitê disciplinar que escolhe bimestralmente qual foi a melhor história, e o prêmio é a realização de um sonho que está lá na ficha admissional. A gente registra esse momento, trazemos a família no dia da premiação e todo mundo chora. Então, são pequenas coisas de cuidado e afetividade que as pessoas se esquecem, mas que causam uma enorme revolução.

MF: Na sua visão é impossível separar o Rony em casa na vida pessoal e o Rony empreendedor?

RM: Esse é um velho conceito, né. Antigamente se pensava assim. Quem gosta do que faz, vai para casa pensando naquilo porque ela quer fazer sempre melhor, ela quer encantar mais o cliente, criar os processos mais inteligentes. Eu acredito muito que esse negócio de ter a mente aberta e sensibilidade às pessoas não cria improdutividade e ineficiência, pelo contrário, cria eficiência e produtividade.

MF: É verdade que no início da marca vocês guardavam todas as estratégias de vendas em um caderninho de anotações?

RM: Tínhamos um caderninho em nossa primeira loja, Ipanema. Na época entrevistei 150 candidatos para contratar 5. Tinha uma coisa de baixa autoestima nas pessoas. Infelizmente, nesse país vendedor tem vergonha de ser vendedor. No final do processo seletivo escolhi cinco doidos para trabalhar com a gente, tecnicamente fracos, mas tinham o estado de espírito da marca. No dia a dia da loja, tudo que funcionava bem anotávamos nesse caderninho. O primeiro verbete registrado foi que quando um de nossos

vendedores levava o cliente para se olhar no espelho do salão, e não no provador de roupas, a taxa de conversão de vendas era três vezes maior. Hoje já temos mais de 5 mil verbetes.

MF: Com a transformação do mercado e o aumento da exigência do consumidor, como foram adaptando o trabalho no pós-venda?

RM: Quando alguém entrava na loja, os vendedores anotavam num caderninho (já que o sistema permitia apenas o cadastro de dados como nome, CPF, endereço etc) se havia conversão e qual era o motivo da compra. Uma semana depois eles ligavam para saber se a pessoa estava gostando do produto. Os clientes ficavam muito satisfeitos pelo retorno e, principalmente, pelo fato dos vendedores lembrarem qual era o motivo da compra. Conforme a marca crescia, fomos perdendo esses caderninhos já que eles pertenciam aos vendedores e não a nós. Então, criamos o nosso sistema: quando um CPF era associado à venda, o programa abria um pop up para o vendedor anotar o motivo da venda. Todos os dias de manhã quando o vendedor se logava no sistema, aparecia uma agenda de trás pra frente com os nomes das pessoas (e os motivos de cada compra) para quem ele precisava ligar. Com isso fomos deixando de perder a clientela porque quando um vendedor saía, o sistema auto associava o cliente aos vendedores que ficavam. Hoje, esse sistema evoluiu e eu sei, por exemplo, que desde a última compra do “fulano” chegaram mais 5 camisas xadrez, no tamanho que ele usa, e ele adora camisa xadrez. Então, ligamos para o cliente pra saber se ele está gostando da compra, avisamos que chegaram mais opções no estilo, cor e tamanho que ele gosta. Isso nos fez começar a vender um pouco mais. Mas aí algumas pessoas começaram a dizer que não podiam ir até a loja. Por isso criamos um produto que se chama “Reservado”, onde levamos uma mala de roupas na casa do cliente por três dias úteis para que ele experimente as peças. Hoje, quase 27% do nosso faturamento vem do “Reservado”.

MF: O mercado altamente competitivo preocupa você?

RM: Quando falamos de concorrência está todo mundo olhando para o lado, no que o concorrente está fazendo. Não é tanto tempo, mas o que eu aprendi nesses 13 anos da Reserva é que a única forma de ser diferente é ser de verdade. E você não consegue ser de verdade se estiver olhando para o lado e copiando alguém.

MF: No dia a dia, como você faz com tantas ideias na cabeça?

RM: Eu tenho o melhor time do mundo, e não falo apenas tecnicamente, mas por serem pessoas boas, amigas umas das outras, que se querem bem, que cuidam do outro. E eu sou um provocador. Minha função é atrapalhar, tirá-los da zona de conforto. Mas no final do dia quem toma a decisão de qual ideia vai tocar não sou eu. Meu papel institucional na Reserva é viajar pelo país, pelo mundo, ser provocado por outras referências, outras ideias, e trazer tudo isso na bagagem para que eles possam discernir e decidir quais são as melhores ideias, o momento certo, o lugar certo e qual o custo certo.

MF: Podemos dizer que um empreendedor sempre será um grande sonhador. Qual é o seu grande sonho?

RM: Você descobre que nasce de verdade só depois que tem filhos. Tenho três filhos e todos os dias de manhã acordo para entregar a eles um país melhor do que eu recebi. O ambiente político-empresarial constatou que muitas empresas não cresceram da forma correta, nem necessariamente por mérito, mas sim por ter um amigo poderoso ou pagar um favor a alguém. Do outro lado temos um país que foi lavado a jato, literalmente, e quem for fazer sacanagem irá pensar mais de uma vez. Isso abre espaço para quem trabalha de verdade e cresce por mérito próprio. Eu, enquanto empreendedor, tenho a obrigação de entregar para os meus filhos um país um pouco mais fácil, melhor legendado, mais digno e mais correto. Esse é o meu sonho.

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ARTIGO

Por Paulo Francisco Di Chiara e Alexclair Tamarozzi

Você tem experiência em gestão de negócios e de pessoas? Está tentando se recolocar no mercado de trabalho? Já pensou sobre a oportunidade de ser seu próprio patrão? Ou você já é empresário e pretende expandir suas atividades?

Por muitos motivos, atualmente, as pessoas procuram um negócio próprio e, buscando ideias que “deram certo”, grande parte dos empreendedores está optando por adquirir uma franquia com o objetivo de tornar-se um empresário de sucesso.

Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), no ano passado o segmento faturou 88 bilhões de reais, onde mais de 2 mil marcas ofereceram seus negócios. Com tantas opções, fica difícil escolher a mais viável do ponto de vista de mercado e de retorno do investimento.

Primeiramente, você precisa analisar se quer abrir seu “próprio negócio” ou uma franquia, por meio da comparação. Isso porque em seu “próprio negócio” você não terá que pagar pelo direito de uso da marca e poderá se organizar conforme seu entendimento sobre a atividade que iniciará.

De outro modo, adquirindo uma franquia, você deverá pagar uma pequena porcentagem sobre o faturamento da atividade a título de uso da marca para o franqueador, e esse valor não é deduzido para cálculo de impostos ao governo.

Não é só. Também deverá respeitar normas e procedimentos do franqueador para poder utilizar a marca, pois no sistema de franquias a marca pertence ao franqueador e caberá a ele determinar regras sobre seu uso e a você o cumprimento dessas exigências.

É importante destacar que a franquia não lhe tirará as responsabilidades sobre a gestão do negócio, e mesmo pagando a porcentagem para ter direito ao uso da marca, neste ponto, caberá a você zelar pelo bom desempenho da atividade.

Para que o empreendimento dê certo você deve ter, ou adquirir, habilidade com pessoas, entender de contabilidade e finanças, prever riscos, se decepcionar, tomar decisões e participar junto com seus colaboradores das tarefas diárias - que podem resultar em longos períodos de trabalho.

Aumentará suas chances de sucesso, se além de analisar a viabilidade econômico-financeira do negócio, ter afinidade com o produto ou serviço que será comercializado.

Isso porque a franqueadora lhe passará todos os procedimentos para iniciar um negócio, contudo, a carteira de clientes deverá ser conquistada, renovada e mantida por você. Deste modo, deve-se inovar.

Ainda nesta autoanálise, também deve ser medida a sua capacidade financeira, calculando o valor e tempo necessários para ter retorno do investimento, considerando como você se manterá financeiramente até que possa fazer retiradas da empresa.

Uma excelente opção é investir em negócios de baixo custo, que são considerados promissores. Em recente levantamento da ABF foi possível observar um crescimento de 8% das microfranquias de 2017 para 2018, com investimento inicial de R$ 90 mil.

Após a realização da fase de autoconhecimento e estudo econômico, inicia-se a busca da marca. Conhecendo antecipadamente as características e peculiaridades da franquia escolhida, você estará mais preparado para enfrentar os desafios da atividade econômica.

Paulo Francisco Di Chiara e Alexclair Tamarozzi atuam como consultores de

empresas na Di Chiara & Di Chiara Consultores Associados

QUERO ME TORNAR EMPRESÁRIO,A MELHOR OPÇÃO É A FRANQUIA?

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MAIS SEGURANÇA

Por Marco Feltrin

“Preencha aqui seus dados e concorra gratuitamente…”. Quem nunca se deparou com uma tela dessas na internet? A tentação de ganhar algo apenas repassando algumas informações pessoais é grande. Mas há um risco. Provavelmente aquela ligação indesejada, de um número desconhecido, oferecendo um produto que você não teria demonstrado nenhum interesse em adquirir, tenha vindo desta isca em forma de promoção.

Para evitar casos como este o então presidente Michel Temer sancionou, em agosto do ano passado, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entra em vigor em agosto de 2020. O objetivo é regulamentar o tratamento de dados pessoais de clientes e usuários por parte de empresas públicas e privadas.

O Regulamento Geral de Proteção de Dados, implantado na Europa desde maio de 2018, é a base do texto e é válida para qualquer empresa que tenha arquivado dados de clientes, mesmo que sejam as mais básicas, como nome e endereço de e-mail.

O prazo de dois anos para que a lei entre em vigor serve para que as empresas organizem suas informações e coloquem em prática as ações de transparência. Com pouco menos de um ano pela frente, ainda dá tempo do empresário se preparar. “O primeiro passo é fazer um diagnóstico para descobrir onde estão possíveis vazamentos de dados dentro da corporação. Vai ser preciso rever a política de segurança dos dados da empresa, ter algumas validações e bons serviços de firewall e antivírus. Isso na área técnica. Na questão jurídica, ter documentos que autorizem e protejam uma eventual divulgação de seus clientes”, aponta o presidente da Central de Inovação, Desenvolvimento e Negócios Tecnológicos (Cintec), Ronaldo Couza, que também faz parte da diretoria da ACIL.

A lei vai exigir a presença de uma nova figura dentro das empresas: o encarregado, nome adaptado ao português para

Empresas têm menos de um ano para se adequar à Lei Geral de Proteção de Dados, que visa proteger informações fornecidas por clientes

o que o regulamento na Europa chama de Data Protection Officer (DPO). Ele terá a tarefa de fazer a ponte entre a empresa, os clientes e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados, agência responsável pela fiscalização.

Segundo a advogada e especialista em Direito Digital Renata Capriolli Zocatelli Queiroz Passi caberá ao encarregado utilizar medidas que protejam os dados de acessos não autorizados. “Ele terá que comprovar que implementou estas medidas dentro da empresa, as chamadas boas práticas de segurança. Essa lei foi muito inteligente, porque o encarregado fica como responsável por viabilizar todas as informações para comprovar que estes dados estão armazenados de forma segura”.

A nova lei, no entanto, ainda não é clara com relação à contratação deste encarregado, se ele precisa fazer parte do time de colaboradores da empresa ou se o serviço pode ser prestado de forma terceirizada. “A agência ainda deve regulamentar esta situação. Pode ser que ela edite uma norma e a partir dela seja exigida a contratação apenas para

Renata Passi, advogada e especialista em Direito Digital: “É uma mudança de mindset sobre a

importância do uso de dados. A partir do momento que as pessoas tiverem conscientização sobre a

monetização e o tráfico dos seus dados, elas mesmas vão reivindicar a aplicabilidade da lei

PREPARE-SE PARA A LEI GERAL DE PROTEÇAO DE DADOS

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“NOSSOS DADOS VALEM MUITO”

grandes empresas. O texto, hoje, dá a entender que é válido para todas, independente do porte. O que se espera é que esta pessoa tenha saber jurídico. Por isso, o ideal é procurar orientação em um escritório de advocacia especializado. A partir disso, fazer o diagnóstico de como está a empresa e apontar medidas técnicas de segurança. A consultoria com advogados e um especialista em Tecnologia da Informação vão viabilizar a segurança exigida pela lei”, orienta Renata.

A LGPD estabelece sanções para empresas que não armazenarem de forma segura ou fizerem mau uso dos dados de seus clientes. A primeira delas é uma advertência por parte da Autoridade Nacional de Proteção de Dados com prazo para que medidas de proteção sejam adotadas.

Multa pesada

O próximo passo é uma multa de 2% do faturamento da empresa, com limite máximo da sanção em R$ 50 milhões. Caso as irregularidades continuem, a empresa pode sofrer multas diárias, ser obrigada a tornar pública a informação de que está agindo em desconformidade com a lei e até ter os dados bloqueados. “A gente sabe que a imagem da empresa é fundamental, então essa divulgação seria muito prejudicial. As empresas 100% digitais, que dependem dos dados para viabilizar seu negócio, podem inclusive morrer se não cumprirem as regras e sofrerem esse bloqueio”, alerta a advogada.

O presidente da Cintec, Ronaldo Couza, espera que a fiscalização de fato aconteça, já que mexer no bolso é a melhor forma de fazer o brasileiro cumprir a legislação. “Multa assusta. É uma maneira das empresas se adequarem e terem a ciência de que, se ela não fizer isso, corre o risco de ser multada. É como qualquer infração. Quem passa no sinal vermelho precisa ter a consciência de que pode causar um acidente, ter danos pessoais e materiais. Se não acontecer nada, mas um guarda presenciar, ele vai multar. Quem não seguir a lei tem que ser punido”.

Até mesmo o governo federal poderá sofrer as sanções. Se a lei já estivesse em vigor em abril deste ano, haveria multa para um caso registrado no Ministério da Saúde. O banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS) foi exposto, com dados de 2,4 milhões de usuários como nome completo, endereço, CPF e data de nascimento.

Um relatório divulgado pelo Centro de Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos do Governo (CTIR Gov) mostrou que 9.981 ataques que comprometiam a segurança digital de órgãos federais foram registrados no ano passado. Destes, 20% foram vazamento de dados, quando a informação fica acessível por ter sido mal protegida ou por um hacker ter explorado uma falha de segurança.

Mudança de cultura

A expectativa é de que a nova lei venha acompanhada de uma mudança cultural em relação ao cuidado com os dados pessoais. Para a advogada e mestre em Direito Negocial Taísa Scripes, os consumidores passarão a ficar mais atentos com o destino das informações que eles divulgam por aí. “Nossos dados valem muito. Indicam nossas preferências, o que a gente faz, onde frequentamos. Para uma empresa poder vender algo personalizado, isso vale ouro. A lei vem para que a empresa capte aquilo que ela precisa e para proteger o consumidor de não informar mais que o necessário. Não existe almoço de graça. A gente repassa os dados e alguém ganha dinheiro com isso. O último grande vazamento de dados que teve no Facebook, foram os próprios funcionários que denunciaram. Isso já mostra uma mudança de cultura, e aos poucos a gente vai amadurecer e tratar com cuidado dados tão importantes”, prevê.

Renata Passi também acredita na eficácia da lei. Primeiro porque o regulamento feito na Europa impôs que países sem o mínimo em proteção de dados teriam acordos comerciais com a União Europeia prejudicados. Depois, porque os próprios clientes vão exigir transparência das empresas. “É uma mudança de mindset sobre a importância do uso de dados. A partir do momento que as pessoas tiverem conscientização sobre a monetização e o tráfico dos seus dados, elas mesmas vão reivindicar a aplicabilidade da lei. Aí a efetividade vai ter sucesso. Além disso, as medidas vão ser aplicadas até por conta da força que se deu para a agência. De um modo ou de outro, a lei vai pegar”, conclui.

Ronaldo Couza, da Cintec: “Vai ser preciso rever a política de segurança dos dados da empresa, ter algumas validações e bons

serviços de firewall e antivírus. Na questão jurídica, ter documentos que autorizem e protejam uma eventual divulgação de seus clientes”

Taísa Scripes, advogada e mestre em Direito Negocial: “A lei vem

para que a empresa capte aquilo que ela precisa e para proteger o

consumidor de não informar mais que o necessário”

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PERFIL

Por Fernanda Bressan

Um novo capítulo, um novo contexto, uma nova missão. O Vila Rica está prestes a reabrir as portas do cinema que levou milhares de londrinenses a embarcar na história dos filmes que marcaram época. Inaugurado em 1968 – e fechado em 2001 – o espaço de 1.800 metros quadrados foi remodelado, ganhou novas funções e tem previsão de inaugurar em novembro trazendo mais uma opção cultural para a cidade.

O local é o mesmo, no coração de Londrina, bem no Centro, na galeria conhecida pelos que nasceram antes da virada do milênio. Quando o Vila Rica estava no auge, era comum ver jovens reunidos por ali, esperando a sessão começar, conversando, curtindo a cidade. Havia filas para entrar na sala de cinema, o local chegava a receber 15 mil pessoas por semana para se divertir diante da tela. Nesta época, passear em família no centro era um programa constante, uma opção de compras e lazer.

As portas do novo espaço se abrem justamente no ano em que a sociedade civil e entidades, como a ACIL, embarcam em uma ação para revitalizar o Centro, fazer com que ele volte a ser destino dos moradores para diversão, compras e alimentação.

Rodrigo Fagundes Noceti, gestor do Villa Rica – que agora será Espaço Villa Rica – recorda que o local já recebeu milhares de espectadores na sala que inicialmente tinha capacidade para mais de mil pessoas. “A família Veronese construiu o cinema em 1968, depois passou para a Cinematográfica

Rodrigo Fagundes Noceti, gestor do Villa Rica: “Queremos fazer uma proposta para trazer o Centro de volta à vida e tirar a ideia de ser só

um centro histórico. Podemos fazer um centro cultural”

VILA RICA REABRE AS PORTAS PARA A CULTURACinema que faz parte da história de Londrina será reinaugurado com opções de entretenimento, eventos e educação

Rolândia tocar o espaço, inicialmente era uma sala só com 1.100 lugares. Na década de 80 foi dividido em duas salas de cinema. O Vila Rica foi o último cinema histórico da cidade a fechar, em 2001”, recorda.

De lá pra cá, o local já abrigou um cursinho pré-vestibular, teve algumas utilizações pontuais e, em 2018, um grupo de investidores assumiu o local para reabrir o espaço. “A ideia foi uma junção de tudo, de trazer um pouquinho do centro de volta ao reativar o espaço. Foram apresentadas várias propostas para o Vila Rica e não queríamos que virasse mais um espaço, mas que fosse um espaço cultural para Londrina”, afirma Noceti.

O local passou por muitas adequações (e as obras estavam em andamento no dia da entrevista). Mudanças para atender às exigências do Corpo de Bombeiros e também de acessibilidade foram realizadas. “Tiramos tudo o que era inflamável, terá um elevador e áreas de acessibilidade, banheiro PNE e Família. Da parte da história, conseguimos trazer alguns elementos do Vila Rica antigo, como o corrimão de madeira e as folhas que ficavam na parede, que foram restaurados, além de duas luminárias e os letreiros. Eles serão usados no novo espaço”, conta.

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Vida Nova

A intenção é unir cultura, entretenimento e educação no mesmo lugar. “A ideia é ter um cineteatro com espaço de eventos e espaço cultural. Teremos uma sala cinematográfica e uma sala de eventos, um café e um restaurante. A Sala Londrina ficará aberta todos os dias, haverá exposições, o café estará funcionando o dia todo, é uma opção para quem está no centro, quer ter um local para alimentação”, diz.

Na sala cinematográfica (Sala Villa Rica), com capacidade para 385 pessoas, os filmes, em sua maioria, serão escolhidos fora da rota comercial, tanto nacionais como estrangeiros. “Queremos fazer um roteiro que, quando tem na cidade, é muito pequeno. Tem filme londrinense que foi pra Cannes e não foi exibido aqui”, pontua. A Sala Villa Rica terá esta função, trazer mais opções de filmes para a cidade.

Além do cinema, shows musicais, teatro, oficinas e cursos estão entre as opções no novo Villa Rica. O espaço para eventos será completo. “Teremos tudo, iluminação, sonorização, projetor, estúdio para gravações. Terá tudo em um só local, o que facilita para os produtores

culturais”, antecipa. A Sala Londrina, que terá esta finalidade, terá capacidade entre 150 e 250 pessoas. Palestras, coquetéis, festas e demais eventos terão um espaço de 335 metros quadrados e telas de projeção para usar.

O Espaço Villa Rica vem ao encontro do movimento que busca dar nova cara e nova vida ao Centro de Londrina. Rodrigo Noceti atesta que o grupo de investidores está ativo e participa do movimento de revitalização do Centro, tendo participado da Audiência Pública realizada este ano na Câmara de Vereadores com esta finalidade. “Eu sempre estive no Centro, já morei aqui, trabalho no Edifício Mônaco, e vemos que o Centro perdeu movimento, têm crianças que não conhecem o Centro. Queremos fazer uma proposta para trazer o Centro de volta à vida e tirar a ideia de ser só um centro histórico. Podemos fazer um centro cultural”, ressalta.

Para a inauguração do Espaço Villa Rica, antecipa Noceti, haverá um evento “brincando um pouquinho com todas as artes e algumas surpresas”.

Memória

A produtora artística Zuila de Oliveira realiza este ano o projeto “Preservação da Memória Histórica e Cultural do Vila Rica”. O projeto, que tem o incentivo do PROMIC, encerrará com uma exposição fotográfica mostrando a trajetória deste espaço cultural. Ela está programada para março de 2020 e será no Museu Histórico de Londrina. É uma oportunidade para reviver a história do Vila Rica pelas fotografias de cada época.

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BEM-ESTAR

Por Samara Rosenberger

Dados do Ministério da Saúde indicam que 16 pessoas a cada mil habitantes doam sangue no Brasil. Isso é o equivalente a 1,6% da população brasileira. Embora o percentual esteja dentro das recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) – de pelo menos 1% da população - campanhas visam aumentar o índice. As ações são ainda mais necessárias em períodos de férias e feriados prolongados.

Segundo o diretor do Hemocentro Regional do Hospital Universitário (HU) de Londrina, Fausto Trigo, os estoques de bolsas sanguíneas diminuem cerca de 25% nessas épocas. Nos demais meses do ano, a média de doações gira em torno de 1,2 mil bolsas, conforme levantamento do próprio hemocentro.

“Isso se deve ao fato das viagens dos doadores rotineiros. Paralelamente a isso, temos aumento de demanda de consumo, pois ocorrem mais acidentes de trânsito nesse período, ou seja, são situações que exigem o uso frequente deste material. Apesar disso, temos conseguido uma melhora com campanhas na mídia”, explica o médico.

Homens e mulheres entre 30 e 50 anos são os principais doadores de sangue do Hemocentro do HU. Eles representam 52% do total e elas 48%. Cerca de 30% têm entre 18 e 29 anos, enquanto os acima de 50 representam 15%. “Acredito que o

DOAR SANGUE, COLOQUE ESTE COMPROMISSO NA SUA AGENDAO período de férias seca os estoques dos hemocentros e últimos meses do ano exigem mobilização extra para garantir abastecimento na “estiagem”

londrinense é bastante consciente em relação à necessidade de doar. Nos últimos 20 anos, em especial na última década, o Brasil avançou muito na conscientização. Quando fazemos a chamada, percebo que a procura pelo Hemocentro Regional é grande”, relata Trigo.

Na avaliação do médico, os incrementos nos números de doações são anuais, apesar da crise político-econômica do País que influencia o comportamento do brasileiro. Mesmo assim, percebo que as pessoas têm mais interesse em doar. Estamos diante de uma nova percepção de cidadania. A população mais jovem tem absorvido o conceito de maneira bem efetiva”, comemora.

Datas sazonais como o Dia do Doador Voluntário de Sangue, celebrado em 25 de novembro, e a Quinzena Municipal de Conscientização à Doação de Sangue e o Junho Vermelho, estabelecidos por lei municipal, contribuem para aumentar as gavetas do Hemocentro Regional.

Ação de cidadania

Doar sangue é extremamente necessário porque se trata de material biológico, não manufaturado, impossível de ser produzido artificialmente. Ter um bom estoque de sangue atende às necessidades de pacientes para tratamentos de doenças graves

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“ESTAMOS DIANTE DE UMA NOVA PERCEPÇÃO DE CIDADANIA”

Fausto Trigo, do Hemocentro do HU. “Precisamos despertar nas empresas a necessidade de liberar seus servidores para

doar sangue. Faria uma imensa diferença nos nossos estoques”

e cirurgias de urgência ou não urgência. Doar, por sua vez, é uma ação de cidadania e de responsabilidade da sociedade civil. “Todos os tipos de sangue são necessários. Se a geladeira estiver abastecida com vários tipos sanguíneos, a pressão sobre o O negativo, que é conhecido como doador universal, será muito menor, porque há outros grupos ABO e RH. Todos são importantes, porém, o O negativo pode ser solicitado com mais frequências em urgências hospitalares”, explica o diretor.

Para doar, é preciso ter mais de 18 e menos de 65 anos, no caso da primeira doação. Para idosos que já são doadores, é permitido doar até os 69 anos. Ao ir até o Hemocentro Regional, é necessário levar um documento de identidade oficial com foto e estar em boas condições de saúde. “Há outros critérios que são questionados no momento da doação, como tatuagem, maquiagem definitiva, frequência de atividade sexual ou número de parceiros”, cita o médico.

O Hemocentro Regional fica anexo ao prédio do Hospital Universitário, na rua Cláudio Donizete Cavalieri, 156, no Jardim Tarumã, e funciona de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h30 e aos sábados das 8h às 17h30.

Folga para o trabalhador

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) garante o direito a ausência a um dia de trabalho, sem prejuízo de salário, a cada 12 meses, para doação voluntária de sangue devidamente comprovada. Porém, muitos trabalhadores desconhecem o inciso IV do artigo 473 da legislação.

“Embora tenhamos esse incentivo por lei, infelizmente, é pouquíssimo praticada. Precisamos despertar nas empresas a necessidade de liberar seus servidores para doar sangue. Faria uma imensa diferença nos nossos estoques”, comenta o diretor do Hemocentro. “Acredito que falta engajamento dos empresários em ações sociais e cidadãs como essa. Esse tipo de adesão promove a empresa ao status de cidadã”, opina.

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), que é a rede de coleta de sangue no Estado, é responsável por mais de 90% das transfusões realizadas em leitos do SUS. Por meio dela, as empresas que incentivam a doação de sangue adquirem um selo de “empresa cidadã”. “Nossas parceiras são homenageadas na Câmara Municipal de Vereadores e possuem um respaldo de autoridades importantes, que reconhecem esse apoio. São incentivos importantes que precisam ser ampliados”, diz.

Atualmente, o Hemocentro Regional não trabalha mais com o ônibus que fazia a coleta itinerante devido à falta de recursos humanos e financeiros. Em virtude disso, as doações

Quem não pode doar

- Hemoglobina muito baixa (“anemia”), ou muito alta, no teste realizado imediatamente antes da doação;- Pressão arterial muito baixa ou muito alta no momento da doação;- Ter doença grave pulmonar, cardíaca, autoimune, infecciosa ou histórico de câncer (mesmo curado);- Diabetes em uso de insulina;- Epilepsia (convulsões) em tratamento;- Ter mantido relação sexual com pessoa desconhecida ou parceiro ocasional no último ano;- Ter feito uso de drogas injetáveis;- Ter tido doença sexualmente transmissível no último ano;- História de Hepatites B e C, doença de Chagas, sífilis e AIDS;- Ter contraído malária ou ter visitado área de risco para malária há menos de 12 meses. São considerados área de risco para malária os seguintes estados: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Pará e Tocantins.

coletivas precisam ser organizadas pelos próprios empresários interessados. “Temos uma van de 14 lugares que pode auxiliar no transporte de pessoas que faz a rota origem e destino”, sugere Trigo. “Essas parcerias são bem-vindas pois contribuem para uma sociedade mais consciente e saudável”, finaliza.

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COLUNAACIL

Missão em Portugal aproxima empresários

O presidente da ACIL, Fernando Moraes, integrou a Missão Portugal de Norte a Sul, promovida no fim do mês de setembro pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap). A agenda foi intensa, com muitos encontros em entidades empresariais, como a Associação Industrial Portuguesa, a Confederação Empresarial da Comunidade dos países de Língua Portuguesa e Invest Lisboa, responsável pela captação de investimentos e que coordena o ecossistema de inovação. Moraes falou sobre as potencialidades econômicas de Londrina e a vocação da cidade para receber investimentos na área de tecnologia.

Fórum do Associado debate estratégias de mercado

A ACIL reuniu alguns associados no mês de setembro para debater ideias, sugestões e estratégias que levem a inovar, fortalecer e transformar o mercado e a economia de Londrina. Os empresários foram recepcionados pelo presidente Fernando Moraes e, na sequência, sob o comando do CEO da Litz Consultoria Mario Nei Pacagnan, debateram informações sobre o cenário econômico atual e novos hábitos de consumo. Ao final, os associados foram ouvidos sobre o papel e forma de atuação da ACIL para a cidade e para seus negócios.

Convênio com Sinam beneficia associados

ACIL, Associação Médica do Paraná e Associação Médica de Londrina assinaram um convênio para que o Sinam (Sistema Nacional de Atendimento Médico) seja oferecido a funcionários e colaboradores de empresas associadas. O Sinam permite o acesso mais facilitado a atendimentos particulares em consultas, exames, diagnósticos e procedimentos, sempre com valor diferenciado e mais acessível. Na foto, o presidente da AMP, dr. Nerlan Carvalho, o presidente da ACIL Fernando Moraes, a presidente da AML, dra Beatriz Tamura, o presidente da Universidade Corporativa da AMP, dr José Fernando Macedo, e o superintendente da ACIL Rodrigo Geara.

Fotografia: Lunartty Souta(Núcleo Profissionais de Fotografia/ACIL)

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 39

Feira na Praça movimentaDia das Crianças

A última edição da Feira na Praça teve um gostinho ainda mais especial. O evento ocorreu no mês de outubro para comemorar o Dia das Crianças e aumentar o fluxo de consumidores no Centro da cidade, aquecendo as vendas do comércio

local. A Praça Gabriel Martins, no Calçadão de Londrina, foi decorada com cordão de luz para receber uma programação lúdica e divertida como escultura com balões, pintura facial e oficina com desenhos para colorir. As charmosas barraquinhas

com expositores locais agradaram o público com produtos naturais, geleias, granolas, coocks, queijos, vinhos, pães, bolos, sucos, massas artesanais e castanhas. Outra atração que fez sucesso foi a estação de Food Trucks. Todas as atividades foram embaladas

por música ao vivo no estilo voz e violão. Confira alguns momentos.

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COLUNA CME

Presidente do CME é cidadã benemérita

Marisol Chiesa é a nova cidadã benemérita de Londrina. A presidente do Conselho da Mulher Empresária da ACIL foi reconhecida pelo seu trabalho no mundo corporativo, no associativismo e em ações filantrópicas. A sessão solene que marca a homenagem – proposta pelo vereador Tio Douglas, ocorreu no mês de setembro na sede do Legislativo. A honraria é a mais importante concedida para londrinenses natos. “O reconhecimento do valor do seu trabalho é uma das coisas mais gratificantes que alguém pode sentir. Esta homenagem se estende ao CME e a todas as pessoas que acreditam na força do empreendedorismo feminino, na benemerência e no associativismo”, ressaltou Marisol.

Banco da Mulher Paranaense é lançado em Curitiba

Um novo programa da Fomento Paraná, instituição financeira do governo do Estado que é parceira da ACIL na concessão de créditos a juros subsidiados, pretende impulsionar o empreendedorismo. O Banco da Mulher Paranaense foi lançado no final de setembro no Palácio Iguaçu, em Curitiba, pelo governador Ratinho Junior. A solenidade foi prestigiada por uma delegação do Conselho da Mulher Empresária. O novo programa da Fomento oferece financiamentos com taxas de juros mais baixas para apoiar pequenos negócios que tenham mulheres como proprietárias ou sócias. O crédito varia de acordo com o porte do empreendimento e vai de R$ 1 mil a R$ 500 mil, com taxas de juros a partir de 0,98% ao mês no microcrédito e a partir de 0,48% ao mês para micro e pequena empresa.

Meetup debate soluções para o varejo

O Meetup Varejo, uma realização ACIL, Redfoot, Londrina Women Startup Weekend Londrina e Techstars, reuniu dezenas de pessoas interessadas em discutir problemas, ideias e soluções do segmento em Londrina. O evento é realizado num modelo informal, através de depoimentos do dia a dia de empresários e empreendedores. Estiveram presentes para contribuir com suas experiências profissionais a presidente do CME, Marisol Chiesa, e as diretoras Sheila Dal-Ry e Fernanda Boechat.

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 41

NOVOSASSOCIADOS

MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃOJanelas LuzaAv. Celso Garcia Cid – 1333Gilmarmore MarmorariaAv. Lucílio de Held – 705

RESTAURANTE E SIMILARESPiede Rosso Comércio de CaféRua Tenente João Maurício Medeiros – 300 – Loja 07/08

PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA VEÍCULOSW Tronic InjeçãoRua Vitória Régia – 307

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOSMoutinho Assistência Técnica de PlottersRua Sergipe – 587 – Sala 09

CARNES E PRODUTOS DERIVADOSCompanhia Brasileira de SuínosAv. Antônio Capello – 727

COMÉRCIO VAREJISTA DO VESTUÁRIOMorelli Store Moda FemininaRod. Celso Garcia Cid – 5600 – Sala 309 – KM 377Anny Modas e AcessóriosRua Serra da Graciosa – 581Patrícia Menezes ConsultoriaIzolírio Corrêa de Oliveira – 30 – BL 08 – APTO 03

ARTIGOS INFANTISRei dos CarrinhosAv. Saul Elkind – 1630 – Sala 05

ALIMENTAÇÃOPop DougClementino Ettore Luvisotto – 126 – Casa

DECORAÇÃOHome DepotAv. Saul Elkind – 731

MADEIRA E ARTEFATOSCompensados IdealRua Rutilo – 505

ARTIGOS DE COLCHOARIARemi ColchõesRua Tomé de Souza – 157Pato Branco – PR

ELETRODOMÉSTICOS E EQUIPAMENTOS DE ÁUDIO E VÍDEOBenmaxRua Augusto Guerino – 953

TINTASImperial TintasRua Duque de Caxias – 3823

COMÉRCIO DE VEÍCULOSMoneycar Brasil Comércio de VeículosRua Piauí – 1362

COMÉRCIO DE ROUPASGarota ElétricaRua Brasil – 177 – Loja A

MERCADORIAS EM GERALBeck ArisAv. Gines Parra – 26 – Q 04 – LT 10

EMBALAGENS E ALIMENTOSMape Distribuidora de Embalagens e AlimentosRua Café Moca – 344 – FDS

COSMÉTICOS E PERFUMARIASLiberty Comércio de CosméticosRua Goiás – 1186RB Cosméticos e CiaRua Benjamin Franklin – 300 – APTO 304 – BL 05

CONFECÇÕESMamu Kids StoreRua Santos – 322Momento Moda ÍntimaRua Mato Grosso – 48

MERCADORIAS EM GERALMercado Cinco CoraçõesAv. Garibaldi Deliberador – 837

PRODUTOS ALIMENTÍCIOSIngretechAv. Tiradentes – 4 – Conj K2Multi CestaRua Diamante – 32

BOLSASCouros BolsasRua Mato Grosso – 310 – Loja 241 – Royal Plaza Shopping

BIJOUTERIAS E SEMI JOIASNobre Semi JoiasRua Piauí – 72 – Sala 601 – 6º Andar

COMÉRCIO VAREJISTA DE BRINQUEDOS E ARTIGOS RECREATIVOSBrilhar Monteiro e Asher MóveisAv. Brasília – 7680

ROUPAS PARA USO PROFISSIONAL E DE SEGURANÇAAlfaseg EpisRua São Salvador – 1350

PRODUTOS DE LIMPEZAGalata QuímicaAv. Portugal – 150

COMÉRCIO DE DOCESKei do BrasilRua Juracy Huga Cabral Messias – 763

MATERIAIS ELÉTRICOSToled IluminaçãoRod. Carlos João Strass – 585 – BOX 23

ENGENHARIA AMBIENTALRotercanoRua Tiete – 1600

SERVIÇOS DE ESCRITÓRIOPessan ServiçosRua Jerusalém – 180 – Apto 1502State Escritórios CompartilhadosAv. Ayrton Senna da Silva – 200 – Loja 11 – Torre IIBaggio CorporateRua José Domingos de Oliveira – 799

EVENTOS E FESTASCharlene Reis Assessoria de EventosRua São Jerônimo – 177 – APTO 404 – BL 02PA EventosRua Belo Horizonte – 1126 – APTO 203Vacario DecoraçõesAv. Juvenal Pietraroia - 510

CONSULTORIAFreitas ConsultingRua José Roque Salton – 250 – Torre 4 – APTO 604Gmaster ConsultoriaAv. Madre Leônia Milito – 1377 – SALA 1505 – PALHANO PREMIUMUnion Prime Assessoria TributáriaAv. Sete de setembro – 4995 – Loja 1Curitiba – PR

COBRANÇAC A BatistaAv. Higienópolis 32 – Sala 1002

ESTACIONAMENTOSCenter ParkingRua Professor João Cândido – 432

SERVIÇOS PARA CONSTRUÇÃOM G C InstalaçõesRua Euclides Machado – 228

ESTÉTICA E IMAGEM PESSOALVanitaRua Paranaguá – 274

EDUCAÇÃO E ENSINOAtalaiaRua Montese – 40Centro de Educação Infantil AvancarRua Otávio Cesário Pereira – 200

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGASInpagasRua Antônio de Carvalho Lage Filho – 1700 – B

CONSTRUÇÃO CIVILPolitécnicaRod. Celso Garcia Cid – 1755

IMOBILIÁRIAS E CORRETORASImobiliária Londrina NorteAv. Saul Elkind – 4029Imobiliária EuropaRua Morretes – 211

ESCOLA DE IDIOMASJumper LondrinaAv. Saul Elkind – 1450

COMÉRCIO

SERVIÇOS

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LOCAÇÃO DE AUTOMÓVEISLondrimotorsAv. Arcebispo Dom Geraldo Fernandes – 1142Amax – Aluguel de CarrosAv. Colombo – 5133Maringá – PR

FISIOTERAPIADoutor HérniaAv. Juscelino Kubitschek – 1400 – Ed. Com. Trianon

TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTOOtimiza Cursos LivresAl Elias Tosetti – 30 – SBRLJ – SOBRADO

SERVIÇOS AUTOMOTIVOSAuto Mecânica 3 ARua das Corruíras – 760Oficina MendonçaRua Santa Terezinha – 865

DESENTUPIDORAVietze Prestadora de ServiçosRua Luiza Betti – 287

DESENV. PROGRAMAS DE COMPUTADORCoffee e CoffeeRod. Celso Garcia Cid – 2500 – SALA AINTEC – CAMPUS UNIVERSITÁRIO

FOTOGRAFIASH3 FilmesRua Governador Valadares – 634

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGASMudanças MudnópolisRua Desembargador Clotário Portugal – 191

COMUNICAÇÃO MULTIMÍDIALondrinet TelecomunicaçõesAv. Presidente Eurico Gaspar Dutra – 1117 – SALA 04

SERVIÇOS ADVOCATÍCIOSFrizzo e Feriato Advocacia EmpresarialAv. Madre Leônia Milito – 1377

ACUMULADORES ELÉTRICOSInterbatRua do Pavão – 277

ELETRÔNICAIconnect Indústria de Produtos EletrônicosRua Gomes Carneiro – 22 – SBRLJ

MÁQUINAS INDUSTRIAISTop Solar AquecedoresTv Dalva de Oliveira – 505 – BRCAO 01

RESTAURANTES E SIMILARESSilvan Cult RestauranteAv. Juscelino Kubitschek – 2286

BUFFETCentro de Eventos TsuruRua Inhambuxororo – 56

PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA VEÍCULOSCasa da MotoAv. Duque de Caxias – 3488

PNEUS, ACESSÓRIOS E SERVIÇOS EM SUSPENSÃOA R Rogério VendasAv. Henrique Mansano – 2160 – Sala B

EMBALAGENSJPL EmbalagensAv. Lucílio de Held – 463DesplastifiqueRua Pará – 1531 – Sala 804

PANIFICADORA E CONFEITARIAPanificadora Du PãoRua Sebastião Roberto – 400

PRODUTOS ALIMENTÍCIOSAngraAv. Presidente Castelo Branco – 248 – Sala 03

GERADORES DE CORRENTE CONTÍNUA E ALTERNADAGMX EnergiaRua Walter Pereira – 320

RECUPERADORA DE PLÁSTICOSK M P PlásticosAv. Dez de Dezembro – 7720

COM/SERVIÇOS

IND/COM

INDÚSTRIA

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