agenda jayanti de bhagavan o nascimento de grande luz · simples agricultor da mais bai- ......

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O Encontro Jayanti, 2014 A Luz no Caminho - Associação Espiritualista - Distribuição gratuita Bhagavan Sri Ramana Maharshi Agenda A Luz está sempre disponível a todos nós, mas como crianças que precisam ser guiadas, necessitamos que alguém generosamente nos abra os olhos e nos guie, enquan- to ainda não somos capazes de contemplar tamanha luminosidade. O nosso Mestre, Bhagavan Sri Ra- mana Maharshi nos guia amoro- samente, Ele afirma “tudo que se pede é uma firme determinação”. A nós, cabe executar apenas o possí- vel, o impossível é responsabilidade do Guru. Conta-se que o Senhor Shiva, na forma de Nataraja, especialmente reverenciado no Templo de Chi- dambaram (Índia), revelou-se a um simples agricultor da mais bai- xa classe social (um dalit), dando origem a um importante feriado religioso. Nandanar trabalhava du- ramente todos os dias e, sendo um dalit, apesar de sua fervorosa devoção, lhe era negado o direito de ir ao templo receber o Dar- shan (benção através do olhar) do seu Senhor. Depois de muito pedir ao “patrão”, dono das terras, cer- ta manhã ele pôde ir ao templo, porém, foi impedido de entrar por causa de sua posição social inferior. Ele tentou, de fora do templo, ter um vislum- bre do Senhor, mas o touro, Nandhi, veícu- lo de Shiva, bloqueva sua visão. O Senhor, então, pediu a Nandhi que se move-se para que Nandanar pudes- se ter seu Darshan. O pobre agricultor fundiu-se ao Senhor e, para o espanto de todos alcançou ali a iluminação. Assim é o nosso Senhor Ramana, que veio ao mundo afastar os obs- táculos que nos impedem de vê-Lo, e fazer por nós o impossível. No ano de 1879, durante a celebração do Arudra Darshan, a Imagem de Shiva Nataraja era reconduzida ao Templo de Bhuminatha em Tiru- chuzhi, no sul da Índia, à uma hora da manhã, quando o primeiro choro de um bebê foi ouvido em uma casa próxima. Era Venkatara- man recebendo o sopro da vida na bendita forma humana que trouxe até nós, em carne, a divindade que reconhecemos como Bhagavan Sri Ramana Maharshi. E que data significativa para a vinda do senhor de toda a Luz. Hare Ramana, Hare Ramana O Arudra Darsham comemora a manifestação de Shiva na forma de Nataraja, o Senhor da Dança Cós- mica. O festival ocorre em uma data móvel e seu ápice coincide com a noite mais longa do ano (o solstício de inveno), a partir da qual os dias (a Luz), serão maiores do que as noites (as trevas). Em 2015 em nosso Calendário Gregoriano o Arudra Darshan será celebrado no Ramanasraman no dia 6 de Janeiro. Vamos agradecer a Graça do Guru em nossas vidas. Os seus 108 sagrados nomes constam da próxi- ma página. Editado por Lêda Maria Fraga a partir de http://www.sriramanamaharshi.org/ramana- maharshi/early-life/., http://devaboomi.com/ chidambaram-thillai-natarajar/ e fontes di- versas. Jayanti de Bhagavan O Nascimento de Grande Luz

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O EncontroJayanti, 2014A Luz no Caminho - Associação Espiritualista - Distribuição gratuita

Bhagavan Sri Ramana Maharshi

Agenda

A Luz está sempre disponível a todos nós, mas como crianças que precisam ser guiadas, necessitamos que alguém generosamente nos abra os olhos e nos guie, enquan-to ainda não somos capazes de contemplar tamanha luminosidade.

O nosso Mestre, Bhagavan Sri Ra-mana Maharshi nos guia amoro-samente, Ele afirma “tudo que se pede é uma firme determinação”. A nós, cabe executar apenas o possí-vel, o impossível é responsabilidade do Guru.

Conta-se que o Senhor Shiva, na forma de Nataraja, especialmente reverenciado no Templo de Chi-dambaram (Índia), revelou-se a um simples agricultor da mais bai-xa classe social (um dalit), dando origem a um importante feriado religioso. Nandanar trabalhava du-ramente todos os dias e, sendo um dalit, apesar de sua fervorosa devoção, lhe era negado o direito de ir ao templo receber o Dar-shan (benção através do olhar) do seu Senhor. Depois de muito pedir ao “patrão”, dono das terras, cer-ta manhã ele pôde ir ao templo, porém, foi impedido de entrar por causa de sua posição social inferior.

Ele tentou, de fora do templo, ter um vislum-bre do Senhor, mas o touro, Nandhi, veícu-lo de Shiva, bloqueva sua visão. O Senhor, então, pediu a Nandhi que se move-se para que Nandanar pudes-se ter seu Darshan. O pobre agricultor fundiu-se ao Senhor e, para o espanto de todos alcançou ali a iluminação.

Assim é o nosso Senhor Ramana, que veio ao mundo afastar os obs-táculos que nos impedem de vê-Lo, e fazer por nós o impossível. No ano de 1879, durante a celebração do Arudra Darshan, a Imagem de Shiva Nataraja era reconduzida ao Templo de Bhuminatha em Tiru-chuzhi, no sul da Índia, à uma hora da manhã, quando o primeiro choro de um bebê foi ouvido em uma casa próxima. Era Venkatara-man recebendo o sopro da vida na bendita forma humana que trouxe até nós, em carne, a divindade que reconhecemos como Bhagavan Sri Ramana Maharshi.

E que data significativa para a vinda do senhor de toda a Luz.

Hare Ramana, Hare Ramana

O Arudra Darsham comemora a manifestação de Shiva na forma de Nataraja, o Senhor da Dança Cós-mica. O festival ocorre em uma data móvel e seu ápice coincide com a noite mais longa do ano (o solstício de inveno), a partir da qual os dias (a Luz), serão maiores do que as noites (as trevas).

Em 2015 em nosso Calendário Gregoriano o Arudra Darshan será celebrado no Ramanasraman no dia 6 de Janeiro.

Vamos agradecer a Graça do Guru em nossas vidas. Os seus 108 sagrados nomes constam da próxi-ma página.

Editado por Lêda Maria Fraga a partir de http://www.sriramanamaharshi.org/ramana-maharshi/early-life/., http://devaboomi.com/chidambaram-thillai-natarajar/ e fontes di-versas.

Jayanti de Bhagavan

O Nascimento de Grande Luz

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O Encontro Jayanti, 2014

Fruto da resplandecência de Mahasena, Ramana, Guru, Corporificação da Consciência Plena, Indivisível, Grande Luz, Predestinado ao nascer, Advento do bem-estar do mundo, Iluminado ao nascer pela Luz de Bhumi-natha ou Tirumeninatha, Jóia da Corôa de Parasara Kula, Fruto da penitência de Sundara Iyer, Inspirador de irrepreensível conduta, Adjutório universal pelo usufruto da compaixão da Mãe Divina, Mergulhado na refulgência de Arunachala, Toque áureo, Iluminado no sacratíssimo Dvadasanta Mahasthala (Madurai), Perfeita e permanentemente desperto pelo Poder Supremo, Realizado pelo Va- lor Supremo e conhecedor da Realidade Última, Intensamente ativo (livre da inércia), Pesquisador da Presença e da Morada do Pai, Filho de Deus coro-ado pela lua Crescente (Shiva), Habitante de Arunachala pela Graça do Pai, Penitência total e imanente, Eterna Presença no Su- premo, Grande Yogi, Amalgamado no Ser, Sublimemente diligen- te, Sutil Intelecto, Livre dos desejos, Instrumento per- feito de realização, Vi-são fulgente e auspiciosa, Sol de Sabedoria – Jnana bhanu, Inamovível, Corporificação do Tapas, Olhar majestoso e brilhante como o Ló- tus, Face iluminada pelo luar do singelo sorriso, Pre- sença serena como no Bosque das Man- gueiras, AniquilA-dor dAs ilusões, Arau- to do significado dos Vedas e do Vedanta, Veículo da supre- ma sabedoria do Silêncio, Transcendente às três gunas, Ha-bitante da Caver- na Virupaksha, Radiante quietude, Brilhante olhar, Perfeito, Instrumen- to da Quietude, Majestoso, Supremo Mestre, Presença – Pura Graça, Libertador do medo, O próprio Dakshinamurti, In- trépido, Imper-turbável, Voltado para a Fonte de Luz, Autônomo, Auto-iluminado, Grande Vidente, Usufru-tário e Doador da Graça Infinita, Senhor de Bha-ga, Deus e divino, Louvável Senhor, que AbençoA Aos que o honrAm, Ver- sado em Bhuma-Vidya, Imaculado, Visão transcen- dente, O mais próxi-mo e mais querido, Revelador do caminho direto, Vidente que somente vê igualdade,unidade e totalidade com olhos imparciais, Visão da verdade, O próprio Satya, Corporificação da realidade, Corpo- rificação da quietude, Pleno de paz, Vitorioso, Sem fronteiras, De incomensurável heroísmo, Fi-lho amável, Muruga, Sempre atento, Justo, essencial e jovem, Perpetuamente abençoado, Homilia doce e gentil, Oceano de com- paixão, Habitante de Skansramam o Coração da Colina de ouro, Mestre de Satdarshan, Revelador da Realidade, Cercado da legião de amantes da verdade, Lótus sobre que sobrevoa a abelha de Ganesa Muni, Libertador das ilusões através de seus versos do Gita, Upadesa Saram e outras obras similares, Transcendente às distinções das castas e dos estados da vida, Fonte de Rasa – a alegria, Corporificação da promessa dobem e da benevolência, O próprio SER Único, Adorado pelos devotos de todas as religiões do mundo, Detentor de todas boas qualidades, Exultante no SER, Dotado dos mais nobres atributos, Provedor da libertação da mãe, Manso e humilde, O Adorado, Brahmana - verdadeiro Brahman, Rei dos Munis, O primeiro dos Ascetas, Chama brilhante de Jnana (sabedoria), Olhar aniquilador de impurezas, Revelador do SER através do silêncio, Presença que faz desabrochar a Paz interior, Libertador da escravidão pela simples invocação, Sol refulgente dispersor da escuridão interior, Guia pelo deserto do Samsara, Revelador dos 5 Hinos de louvor à Arunachala, Revelador da Luz do Coração e da Sabedoria interior, Inseparável da Consciência Pura, Refulgente como a pura consciência, O grande tapasvi por essência, Graça que jorra como água, Portador da cupina branca e pura, Subrahmania, Habitante da ca-verna coração, Guerreiro do exercito da Sabedoria, Pleno de Graça, O melhor dos médicos, Aquele que destrói o ego que é a raiz de toda doença e desconforto, Kumara, a manifestação terrena de Shiva, O melhor dos Deuses, o Deus supremo, Imortal, Comandante dos Exércitos, O Supremo.

O EncontroJayanti, 2014

03Filosofia

Ao dizermos: “Tat tvan asi”*, são eliminados os atributos opostos.

Ao reconhecer que a consciência pura é o caráter essencial tanto do Eterno como do Eu, chega o ilumi-nado à percepção de que o ser de ambos é uno. Assim, em centenas de textos sagrados é asseverada a unidade do Eterno e do Eu, de seu ser indivisível.

Compreendendo a afirmação da escritura, de que “esse Imperecível não é nem grosseiro nem fino, nem curto nem longo” e “em si mes-mo indefinível como o éter”, deves por de lado as falsas conclusões e abandonar teus preconceitos, visto que tudo o que é percebido exte-riormente não passa de miragem; afirmando que “o Eterno sou eu” possas tu com a inteligência purifi-cada, reconhecer o teu próprio Eu como a Luz indivisível.

Assim como qualquer recipiente feito de argila é considerado como sendo só argila, assim também tudo o que nasceu do Ser, tendo-o como sua essência, é somente o Ser, pois que nada há além dela. Da verdade: “Isso é o Real, Isso é o Eu”, concluímos que “tu és isso”, o Eterno, pleno de paz, puro, su-premo e não dividido.

Assim como no sonho são irre-ais o espaço, o tempo, os objetos e o que percebe, assim também o mundo do estado de vigília é criado pela nossa ignorância; sendo irreais este corpo, seu alento vital e seus poderes, assim como a ideia de que eles são o “Eu”, segue-se que “tu és isso”, o Eterno, cheio de

paz, puro, supremo e não dividido.

Esse Eterno, que transcende o nascimento, as raças e clãs; que não tem nome, nem forma, nem qualidades, nem defeitos; que mora além do espaço, do tempo e de todas as coisas objetivas, esse Eter-no és tu. Esforça-te por trazê-lo à consciência em teu ser.

Esse Eterno, que não pode ser apreendido pela linguagem, mas que é atingido pela visão pura do iluminado, sendo, como é, uma es-fera de pura consciência e subs-tância sem princípio, “isso és tu”. Esforça-te por trazê-lo à consciên-cia em teu ser.

Esse Eterno, que se eleva acima das seis ondas da fraqueza humana (sofrimento, desilusão, idade, morte, fome e sede); que mora no cora-ção daquele que atingiu a unidade; que não pode ser discernido pelos poderes ou conhecido pelo enten-dimento, em sua perfeição, “isso és tu”. Esforça-te por trazê-lo à cons-ciência em teu ser.

Esse Eterno que, autosuficiente, é o amparo do mundo construí-do pela ilusão; que é diferente do existente e do não existente, pois é indivisível e não pode ser apreen-dido pela comparação, “isso és tu”. Esforça-te para trazê-lo à consciên-cia em teu ser.

Esse Eterno, que além do nasci-mento do crescimento e da muta-ção, como da decrepitude, da do-ença e da morte, sendo, como é, a eterna causa que manifesta, con-serva e destrói o mundo, “isso és

“Tu és Isso”tu”. Procura trazê-lo à consciência em teu ser.

Esse eterno em que desaparecem todas as diferenças, cuja natureza é imutável e impartível, sendo, como é, tranquilo como o oceano sem ondas e para sempre livre de todas as limitações, “isso és tu”. Esforça-te para trazê-lo à consciência em teu ser.

Esse Eterno que, sendo Um, é causa dos muitos, a Causa que so-brepuja todas as outras, mantendo-se, ele próprio à parte do que causa e que é causado, “isso és tu”. Esforça-te para trazê-lo à consciên-cia em teu ser.

Esse Eterno, que é imutável, po-deroso, imperceptível, diferente do que parece e do que não pare-ce, supremo, semiterno, imaculado e alegria permanente, “isso és tu”. Esforça-te por trazê-lo à consciên-cia em teu ser.

Esse Eterno, o uno que aparece como multiplicidade, devido à ilu-são e às mudanças de nome, forma e caráter, sendo ele próprio imutá-vel como o ouro em muitos orna-mentos, “isso és tu”. Esforça-te para trazê-lo à consciência em teu ser.

*“Tat tvam asi”, em tradução literal “Tu és Isso”, resume o credo da filosofia vedan-ta. Nessa afirmação, a Realidade é indicada pelo pronome Tat (isso), que sendo neutro, exclui a dualidade masculino-feminino, suge-rindo o estado de Nirvana, em que se fun-dem os pares de opostos e só a Realidade do Ser é percebida.

Do livro Vivekashudamani, O Diadema da Sabedoria, Shankara Acharya, p. 62-65.

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O Encontro Jayanti, 2014

Casa de Ramana

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