África - knowledge for development | sardc · programas regionais, bem como o cumprimento de...

16
Á FRICA AUSTRAL HOJE SADC Hoje Vol 19 No. 5 AgoSto 2017 por Kizito Sikuka A 37ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da SADC, que se realizará em Pretória, África do Sul, deliberará sobre uma ampla gama de questões, incluindo a exploração de formas para aproveitar o sector público e privado para trabalhar em conjunto na promoção do desenvolvimento económico sustentável na região. O tema para a Cimeira da SADC, marcada para 19 a 20 de Agosto, é "Parceria com o sector privado no desenvolvimento da indústria e das cadeias regionais de valor ". O tema continuidade a trajectória das três cimeiras anteriores, concorrendo para a concretização do objectivo de industrialização e desenvolvimento sustentável. A Cimeira de 2014 realizada em Victoria Falls, no Zimbabwe, destacou a transformação económica e o desenvolvimento sustentável "através do aproveitamento do valor acrescentado ". A Cimeira de 2015, organizada pelo Botswana, centrou-se na industrialização através da "Transformação das Riquezas Naturais e do Desenvolvimento do Capital Humano", enquanto a cimeira realizada em Ezulwini, Reino da Swazilândia, em Agosto de 2016, prestou especial atenção à promoção da industrialização através da "Mobilização de Recursos para o Investimento Sustentável em Infraestruturas de energia ". A 37ª Cimeira da SADC se concentrará em avaliar a forma como as Parcerias Público-Privadas (PPPs) podem ser aproveitadas para impulsionar a agenda de industrialização da África Austral. As PPP são consideradas como um modelo viável para atrair investimentos para projectos públicos, permitindo que os Governos tenham mais acesso adicional a capital e financiamento. A Cimeira também deverá analisar um relatório do Secretariado sobre o desenvolvimento de um plano de implementação e um roteiro sobre as conclusões do Retiro Ministerial Estratégico sobre a SADC que Queremos que se realizou na Swazilândia, em Março. Entre outras coisas, o retiro orientou o Secretariado a desenvolver um mecanismo eficaz para rastrear o progresso na implementação de programas regionais, bem como o cumprimento de protocolos e instrumentos legais. Solicitou também ao Secretariado da SADC que dê prioridade aos programas, concentrando-se no desenvolvimento da infra-estrutura, na industrialização e na integração do mercado, com a paz e a segurança como pré-requisitos para o desenvolvimento económico. continua na página 2... POLÍTICA 3 COMÉRCIO 4-5 ENERGIA 6-7 ESTRUTURA DA SADC 8-9 FINANÇAS 10 PAZ E SEGURANÇA 11 ÁGUA 12 GÉNERO 13 CHINA-ÁFRICA 14 EVENT0S 15 HISTÓRIA HOJE 16 37ª Cimeira da SADC Explorando as Parcerias Público Privadas

Upload: buiphuc

Post on 13-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ÁFRICA - Knowledge for Development | SARDC · programas regionais, bem como o cumprimento de protocolos e instrumentos legais. Solicitou também ao Secretariado da SADC que dê

ÁFRICAAUSTRAL HOJE

SADC Hoje Vol 19 No. 5 AgoSto 2017

por Kizito Sikuka

A 37ª Cimeira dos Chefes de Estado e de Governoda SADC, que se realizará em Pretória, África doSul, deliberará sobre uma ampla gama de questões,incluindo a exploração de formas para aproveitaro sector público e privado para trabalhar emconjunto na promoção do desenvolvimentoeconómico sustentável na região.

O tema para a Cimeira da SADC, marcada para19 a 20 de Agosto, é "Parceria com o sector privadono desenvolvimento da indústria e das cadeiasregionais de valor ".

O tema dá continuidade a trajectória das trêscimeiras anteriores, concorrendo para aconcretização do objectivo de industrialização edesenvolvimento sustentável.

A Cimeira de 2014 realizada em Victoria Falls, noZimbabwe, destacou a transformação económica e odesenvolvimento sustentável "através doaproveitamento do valor acrescentado ".

A Cimeira de 2015, organizada pelo Botswana,centrou-se na industrialização através da"Transformação das Riquezas Naturais e doDesenvolvimento do Capital Humano", enquantoa cimeira realizada em Ezulwini, Reino daSwazilândia, em Agosto de 2016, prestou especial

atenção à promoção da industrialização através da"Mobilização de Recursos para o InvestimentoSustentável em Infraestruturas de energia ".

A 37ª Cimeira da SADC se concentrará emavaliar a forma como as Parcerias Público-Privadas(PPPs) podem ser aproveitadas para impulsionar aagenda de industrialização da África Austral.

As PPP são consideradas como um modeloviável para atrair investimentos para projectospúblicos, permitindo que os Governos tenhammais acesso adicional a capital e financiamento.

A Cimeira também deverá analisar um relatóriodo Secretariado sobre o desenvolvimento de umplano de implementação e um roteiro sobre asconclusões do Retiro Ministerial Estratégico sobrea SADC que Queremos que se realizou naSwazilândia, em Março.

Entre outras coisas, o retiro orientou oSecretariado a desenvolver um mecanismo eficazpara rastrear o progresso na implementação deprogramas regionais, bem como o cumprimentode protocolos e instrumentos legais.

Solicitou também ao Secretariado da SADC que dêprioridade aos programas, concentrando-se nodesenvolvimento da infra-estrutura, na industrializaçãoe na integração do mercado, com a paz e a segurançacomo pré-requisitos para o desenvolvimento económico.

continua na página 2...

POLÍTICA 3

COMÉRCIO 4-5

ENERGIA 6-7

ESTRUTURA DA SADC 8-9

FINANÇAS 10

PAZ E SEGURANÇA 11

ÁGUA 12

GÉNERO 13

CHINA-ÁFRICA 14

EVENT0S 15

HISTÓRIA HOJE 16

37ª Cimeira da SADC Explorando as Parcerias Público Privadas

Page 2: ÁFRICA - Knowledge for Development | SARDC · programas regionais, bem como o cumprimento de protocolos e instrumentos legais. Solicitou também ao Secretariado da SADC que dê

C O N T I N U A Ç Ã O D A P Ã G I N A 1

O retiro recomendou que apriorização dos programasregionais respeitasse os princípiosde subsidiariedade eadicionalidade. Foi acordado que oSecretariado deveria concentrar-sena coordenação de programas,enquanto os Estados Membrosdeveriam se concentrar naimplementação.

A Cimeira também vai avaliar oprogresso no desenvolvimento doQuadro de Mobilização deRecursos da SADC (FontesAlternativas de Financiamento dosProgramas Regionais da SADC).

Espera-se que o quadro explorefontes alternativas de financiamentopara determinar como o espaçofiscal poderia ser criado parapermitir que os Estados membros daSADC financiassem programas,projectos e actividades regionais.

A agricultura e a segurançaalimentar continuam a ser umaprioridade para a região da SADC eespera-se que a cimeira se centre emmedidas para melhorar a segurançaalimentar na região, em particularcomo fortalecer a implementação daPolítica Agrícola Regional que visamelhorar a produção,produtividade, competitividade e ocomércio no sector agrícola, recursosnaturais e meio ambiente.

De um modo geral, espera-seque a situação de segurançaalimentar 2017/18 em toda a região

A SADC é uma organizaçãoregional que visa promover od e s e n v o l v i m e n t osocioeconómico sustentável eequitativo na África Austral. Assuas operações são centralizadasno Secretariado da SADC, comsede em Gaberone, no Botswana.As decisões políticas e políticassobre o desenvolvimento eintegração regional são tomadaspela Cimeira de Chefes deEstado e de Governo da SADC e/ ou pela Troika da SADC oupelo Órgão da Troika.

melhore significativamente comoresultado das boas chuvasregistadas durante a época2016/17, com exceção das partesocidental e nordeste onde houvechuvas abaixo do normal.

Estimativas preliminares eprojeções indicam um aumento daprodução de cereais na maioria dosEstados membros durante a época2016/17.

Outra questão de tópico que seespera que seja discutida pelacimeira será a nova proposta deestrutura do Secretariado daSADC. (Veja a página 8-9)

Outra questão chave paradiscussão na cimeira é a situaçãopolítica na região.

2 ÁFRICA AUStRAl Hoje Agosto 2017

A situação política e desegurança na região manteve-sepacífica e estável, uma vez que osEstados-Membros continuaram aaderir aos valores e práticasdemocráticas ao realizar eleiçõesnacionais regulares.

Contudo, houve alguns desafiosno Reino do Lesotho e umainsegurança contínua na parteoriental da República Democráticado Congo.

Na cimeira, o Presidente daÁfrica do Sul, Jacob Zuma,assumirá a Presidência rotativa daSADC, actualmente sob aresponsabilidade do Rei Mswati III,da Swazilândia.

Antes da Cimeira da SADC,haverá reuniões de altosfuncionários, seguidas peloConselho de Ministros e umareunião da Dupla Troika a 18 deAgosto. r

37ª Cimeira da SADC Explorando as Parcerias Público Privadas

oS PReSIDeNteS Seretse Khama IanKhama, do Botswana e o seu homólogoangolano, José Eduardo dos Santos, irãodespedir-se dos líderes da África Australdurante a 37ª Cimeira dos Chefes deEstado e Governo da SADC em Pretória,África do Sul

Ambos os líderes estão a concluir os seus últimos mandatos nocargo.

Angola está a preparar-se para realizar as suas eleições gerais a23 de Agosto para escolher um novo governo, e o presidente dosSantos não procurará a reeleição, depois de ter liderado o País desde1979 após a morte do pai fundador do país e primeiro presidente, oDr. Agostinho Neto .

O Botswana vai realizar eleições em 2019. No entanto, conformea tradição do Partido Democrata do Botswana (BDP), o PresidenteKhama deve demitir-se no próximo ano e entregar o poder ao vice-presidente Mokgweetsi Masisi, que liderará o BDP nas eleições de2019.

Portanto, a 37ª Cimeira da SADC, marcada para 19 a 20 de Agosto,será a última para os presidentes dos Santos e Khama e ambosdeverão apresentar notas de despedida.

Khama e Dos Santos despedem-se da SADC

Estrutura de liderançapolítica da SADC

A CIMeIRA da SADC éresponsável pela direção políticaglobal e pelo controlo das funçõesda Comunidade, tornando-se ainstituição suprema de formulaçãode políticas da SADC.

É composta por todos os Chefesde Estado ou Governo dos EstadosMembros da SADC e éadministrado num sistema daTroika que compreende o Presidenteem exercício da Cimeira da SADC, oPresidente seguinte (vice-Presidenteem exercício) e o presidente anterior.

A Troika da Cimeira é compostaactualmente pelo Rei Mswati III daSwazilândia (Presidente emexercícios), do Presidente sul-africano Jacob Zuma (actualvice-presidente e próximopresidente) e do Presidente SeretseKhama Ian Khama do Botswana(anterior presidente).

A Troika da Cimeira mudarádurante a 37ª Cimeira da SADCquando o Presidente Zumaassumirá a presidência daorganização regional. Agora serácomposta pela frica do Sul(Presidente), da Swazilândia(presidente anterior) e um Estadomembro da SADC que será eleitocomo vice-presidente da SADCdurante a cimeira.

O Sistema da Troika atribuiautoridade a este grupo de trêslíderes para tomar decisões rápidasem nome da SADC que sãonormalmente tomadas nas reuniõesde políticas programadas emintervalos regulares, bem comofornecer orientação política àsinstituições da SADC entre asCimeiras regulares da SADC.Outros Estados-Membros podemser cooptados na troika, senecessário.

o ÓRgÃo Político de Defesa eCooperação de Segurança daSADC também é gerido com basena Troika e é responsável por pro-mover a paz e a segurança naregião da SADC. É mandatadopara dirigir e fornecer aos EstadosMembros a direcção dos assuntosque ameaçam paz, segurança e es-tabilidade na região. É coorde-nado a nível da Cimeira ecomposto por um Presidente emexercício, um Presidente sucessore um Presidente Cessante, pre-stando contas ao Presidente daCimeira da SADC.

A Cimeira da SADC e osÓrgãos da Troika são mutuamenteexclusivas, e o Presidente doÓrgão não exerce simultanea-mente a presidência da Cimeira.Como a presidência da Cimeira ea presidência do órgão tem umarotatividade anual e o presidenteJohn Pombe Magufuli, daRepública Unida da Tanzânia, en-tregará a liderança da Cimeira, en-quanto continua sendo membroda Troika por mais um ano.

A estrutura, as operações e asfunções dos órgãos são reguladaspelo Protocolo sobre Política, De-fesa e Cooperação de Segurança.r

Cimeira da SADC

Órgão da Troika da Cimeira

Este sistema foi efetivo desdeque foi estabelecido pela Cimeirana sua reunião anual realizada emMaputo, Moçambique, em Agostode 1999.

O sistema da troika funciona anível da Cimeira, do Órgão, doConselho de Ministros e do ComitéPermanente de FuncionáriosSuperiores. A Cimeira geralmentese reúne uma vez por ano emAgosto / Setembro. r

Page 3: ÁFRICA - Knowledge for Development | SARDC · programas regionais, bem como o cumprimento de protocolos e instrumentos legais. Solicitou também ao Secretariado da SADC que dê

Ministros da Justiça Aprovam Instrumentos Legais

Apelo para finalizar a Universidade de Transformação da SADC

P O L Í T I C A

ÁFRICA AUStRAl Hoje 3

• Projecto de alteração aoArtigo V (1) do Estatuto doTribunal Administrativo daSADC;

• Projecto de Carta para oEstabelecimento do Centrode Coordenação deControlo e Vigilância dePescas;

• Projecto de Protocolo paraa Proteção de VariedadesVegetais;

• Carta que estabelece oCentro de Sementes daSADC; e

• Projecto de Carta da SADCsobre Mulheres naOrganização de Ciência,Engenharia e Tecnologia.Os instrumentos serão

agora encaminhados aoConselho de Ministros daSADC para aprovação finaldurante a reunião, antes da 37ª

A ÁFRICA Austral deve concluir comurgência o processo de criação de umauniversidade da SADC para capacitar oscidadãos na inovação e noempreendedorismo. Isto foi dito pelos Ministros da SADCresponsáveis pela Educação, Formação,Ciência, Tecnologia e Inovação, que sereuniram recentemente numa reuniãoconjunta em Ezulwini, Reino da Swazilândia. "No que diz respeito à Educação eFormação, os Ministros instaram oSecretariado a acelerar o estudo regional sobreo estabelecimento da Universidade deTransformação da SADC", lê em parte de umcomunicado divulgado pelos ministros após areunião realizada nos dias 22-23 de Junho. Já foram feitos progressos notáveis nodesenvolvimento da nota conceitual, bemcomo o roteiro que abrange questões degovernação, gestão, acreditação, registo egarantia de qualidade, propriedade,propriedade intelectual, financiamento,sustentabilidade e linguagem de instrução. Além disso, foi concluído um estudoregional de avaliação de necessidades decompetências para informar a organizaçãoinstitucional, os programas, as infra-estruturase os requisitos legais da universidade.Uma vez operacional, a universidade tem opotencial de abordar a provisão dehabilidades apropriadas necessárias para aadição de valor, nas três cadeias de valoracordadas da Estratégia e Roteiro deIndustrialização da SADC. A Universidade de Transformação daSADC é uma das iniciativas propostas peloPresidente da SADC, Rei Mswati III daSwazilândia, na 36ª Cimeira da SADCrealizada em 2016 como medida paramelhorar a produtividade industrial e

transformar a África Austral num regiãoindustrializada. O Rei Mswati III ofereceu-se para acolhera universidade e disse que o seu Governoofereceria bolsas de estudo para 300 alunospara a ingestão inicial a partir de todos os 15membros da comunidade - que é de 20 alunospor cada país membro. A Cimeira Extraordinária da SADCrealizada na Swazilândia em Março "orientouas estruturas relevantes da SADC parafinalizar a sua implementação e para informara Cimeira em Agosto de 2017." A universidade proposta é umaintervenção oportuna da SADC paraaproveitar sua enorme base de recursoshumanos, que é um dos factores prioritáriospara o aprofundamento da integração epromoção da industrialização na região. Observou-se que uma região da SADCcom uma base de recursos humanosdesenvolvida, conhecedora e qualificada estábem equipada para explorar os seus recursosnaturais, promover o desenvolvimentosocioeconómico e promover a agenda deintegração regional. De fato, o Tratado da SADC, queestabeleceu as bases para o estabelecimento deuma Comunidade partilhada na ÁfricaAustral, reconhece o importante papel dedesenvolver uma base de recursos humanosforte e vibrante para atingir os objectivos delonga data de uma região "próspera, integradae unida". É neste sentido que a região da SADC estáimplementando uma variedade de estratégiaspara desenvolver e melhorar o capital humano,de modo a melhorar o investimento, a eficiênciae a competitividade da região na economiaglobal, além de melhorar a qualidade de vida doscidadãos da sua região. r

Cimeira de Chefes de Estado ede Governo da SADC, que serárealizada em Pretória, Áfricado Sul, em Agosto.

O encontro contou com apresença de Ministros da Justiçae Procuradores Gerais doBotswana, Lesoto, Malawi,M a u r í c i a s , M o ç a m b i q u e ,Namíbia, África do Sul,Swazilândia, República Unida daTanzânia, Zâmbia e Zimbabwe. r

A AgeNDA regional deintegração da África Australdepende da existência deinstrumentos legais vibrantesque captem todas asdimensões de uma parceriainternacional de trabalho.

Este posicionamento foidefendido pelo Primeiro-Ministro do Reino daSwazilândia, Dr. SibusisoDlamini, na reunião dosMinistros da Justiça eProcuradores-Gerais da SADC,realizada nos dias 27 e 28 deJulho na Swazilândia, paraanalisar diversos instrumentosjurídicos regionais.

Ele disse que osinstrumentos devem "sustentara harmonia conceitual e aestratégia acordada",garantindo justiça econsistência na marcha parauma integração regionalabrangente.

Ele acrescentou que odesenvolvimento deinstrumentos jurídicosregionais deve proporcionaruma situação "vantajosa paratodos" os Estados-Membros.

A Secretária Executiva daSADC, Dra. StergomenaLawrence Tax, disse que aregião está enfrentando umasérie de desafios como obranqueamento de capitais e ofinanciamento do terrorismo eo sequestro de crianças e,portanto, requer fortesinstrumentos legais.

Ela disse que erafundamental que a regiãocriasse fortes instrumentoslegais para enfrentar essesdesafios.

Alguns dos instrumentosjurídicos aprovados pelosministros durante a reunião naSwazilândia foram:• Projecto de Acordo que

altera o Protocolo deExtradição;

• Projecto de Acordo quealtera o Protocolo sobreAssistência Jurídica Mútuaem Matéria Penal;

Page 4: ÁFRICA - Knowledge for Development | SARDC · programas regionais, bem como o cumprimento de protocolos e instrumentos legais. Solicitou também ao Secretariado da SADC que dê

4 ÁFRICA AUStRAl Hoje Agosto 2017

T R A D EC O M É R C I O

A decisão de estabelecer o maior mercadointegrado em África representa um movimentoousado pela África para reformar os assuntoseconómicos globais, que estão estruturados detal forma que os países africanos, com umaparcela significativa da reserva natural global,negociam mais com o mundo exterior do queentre países vizinhos.

Isso é causado por vários factores, incluindouma infra-estrutura pobre construída durantea era colonial e não incentiva o movimentosuave de bens, serviços e pessoas entre ospaíses africanos, bem como a existência de umainfinidade de barreiras não pautais quedesencorajam o comércio intra-regional.

Outro factor importante é a falta de umsector industrializado dinâmico, o que significaque a África permaneceu em grande partecomo uma fonte de matérias-primas barataspara que os países do Norte transformem emprodutos acabados que eles então exportampara o continente.

O estabelecimento da TFTA deverá mudara paisagem económica, impulsionando ocomércio intra-regional em África eaprofundando a integração através deum melhor desenvolvimento de infra-estrutura, fluxos de investimento e maiorconcorrência.

O mercado alargado promoverá o bommovimento dos bens e serviços através dasfronteiras, bem como permitirá aos paísesharmonizar as políticas comerciais regionaispara promover a concorrência.

A harmonização das políticas comerciais ea remoção de barreiras não tarifárias e outras

barreiras comerciais, tais como taxas deexportação e importação punitivas, permitirãoque os países aumentem seus ganhos,penetrem novos mercados e contribuam parao desenvolvimento nacional.

A COMESA-EAC-SADC tambémconcordou em priorizar o desenvolvimentoindustrial e de infraestrutura para garantir queo arranjo tripartido seja um grande sucesso.

O Acordo Tripartido foi iniciado em 2005,com o objectivo geral de contribuir para osobjectivos mais amplos da União Africana, ouseja, acelerar a integração económica docontinente e alcançar o desenvolvimentosustentável.

O acordo também procurou abordaralgumas das inconsistências comerciais edesafios para a integração regional comoresultado de adesões sobrepostas. Comomostrado no diagrama, a maioria dos países daÁfrica Oriental e Austral pertence a mais deum bloco regional.

A COMESA-EAC-SADC concordou emtrabalhar em conjunto na harmonização dassuas programas de integração e naimplementação de programas conjuntosvoltados para o avanço de suas economias,bem como para melhorar o padrão de vida deseus cidadãos.

Em última análise, com uma populaçãocombinada de cerca de 600 milhões de pessoase Produto Interno Bruto de cerca de 1 trilião dedólares norte-americanos, espera-se que oTFTA sirva como um dos blocos de construçãoda comunidade económica africana há muitoprevista.

por Kizito Sikuka

A VISÃo de África de uma economiaintegrada com infraestrutura contínua que ligao continente da costa a costa aproxima-se darealidade.

Isso segue a assinatura do AcordoTripartido de Área de Comércio Livre (TFTA)e Declaração Política por um total de 20 paísesdos 26 que compõem o mercado ampliado.

Estes países pertencem a trêsComunidades Económicas Regionais (CER) -o Mercado Comum para a África Oriental eAustral (COMESA), a Comunidade dosEstados da África Oriental (EAC) e aComunidade para o Desenvolvimento daÁfrica Austral (SADC).

Madagáscar tornou-se o último país daÁfrica Oriental e Austral a assinar o acordo a13 de Julho - alguns dias depois que a Áfricado Sul anexou a sua assinatura a 7 de Julho.

Outros países que assinaram o acordo sãoAngola, Burundi, Comores, RepúblicaDemocrática do Congo, Djibouti, Egito, Quênia,Líbia, Malawi, Namíbia, Ruanda, Seychelles,Suazilândia, Sudão, República Unida daTanzânia, Uganda, Zâmbia e Zimbabwe.

Isto significa que 11 dos 15 Estados-Membros da SADC assinaram o acordo, comBotswana, Lesotho, Maurícias e Moçambiqueainda por assinar, uma vez que solicitarammais tempo para concluir as consultas internas.

Outros membros do grupo tripartidoCOMESA-EAC-SADC que ainda estão porassinar o Acordo TFTA são a Etiópia, Eritreia eSudão.

O maior mercado integrado da África está mais próxi

Page 5: ÁFRICA - Knowledge for Development | SARDC · programas regionais, bem como o cumprimento de protocolos e instrumentos legais. Solicitou também ao Secretariado da SADC que dê

ÁFRICA AUStRAl Hoje 5

As negociações para o estabelecimento doTFTA têm sido inclusivas e foram conduzidasem três fases diferentes, a saber, a fasepreparatória, fase um e fase dois.

A fase preparatória abrangeuprincipalmente o intercâmbio de todas asinformações relevantes, incluindo tarifasnacionais aplicadas, bem como dados emedidas comerciais.

A primeira fase das negociações abrangeuquestões fundamentais de libertação tarifária,procedimentos aduaneiros e simplificação dadocumentação aduaneira, procedimentos detrânsito entre outras questões.

Facilitar o movimento de pessoas denegócios dentro da região foi negociado emparalelo com a primeira fase.

A última etapa das negociações, trata docomércio de serviços e questões relacionadasao comércio, incluindo direitos de propriedadeintelectual e desenvolvimento comercial,cooperação no comércio e desenvolvimento ecompetitividade.

Esta fase de negociações ainda está sendofinalizada, bem como outras poucas questõespendentes desde a fase preparatória e a faseum.

Para apanhar e concluir as negociações nomenor prazo possível, uma proposta que foiadoptada pela Cimeira Tripartida realizada a10 de Junho em Sharm El Sheik, no Egito, é queos países que já pertencem as Áreas deComércio Livre (ACL) das suas respectivasCERs devem ampliar as preferências, primeirona sua ACL regional e, em segundo lugar, asdas outras ACL regionais na tripartida. r

Rumo a um amplo mercado continentalo eStABeleCIMeNto da Área deComércio Livre Tripartida por 26 países daÁfrica Oriental e Austral está sendo seguidode perto pela União Africana, pois considerao acordo como a melhor prática que outrascomunidades regionais devem imitar paraacelerar a harmonização dos seusprogramas e actividades.

De fato, a implementação bem sucedidada Área de Livre Comércio Tripartida (ACL)estabelece as bases para a previstaComunidade Económica Africana.

África destinou-se a lançar uma ACLContinental até 2017 para promover o bommovimento de bens, serviços e pessoas emtodo o continente. Espera-se que a ACLContinental evolua das ACLs existentes nos

blocos económicos sub-regionais, criandoum mercado combinado de mais de 50países africanos, com uma populaçãosuperior a um bilião de pessoas e um PIBcombinado de mais de 3,4 triliões de dólaresnorte-americanos.

As negociações para o mercadocontinental estão em andamento. Uma vezque as negociações começaram em 2016,foram registadas várias realizações e foramcriados grupos técnicos de trabalho (GTT)para apoiar as negociações.

Foram desenvolvidos textos preliminarespara o CFTA.

O roteiro para o ACL Continental aindatem como meta um mercado continental atéo final do ano. r

C O M É R C I O

imo da realidade

CFTA criada até 2017

COMESA-EAC-SADC FTATripartida Criada em 2015

Outras CERs criaam assuas FTA em 2014

Consolidação dos processos regionais de FTA emCFTA 2015-2016

Outros Estados Membros da UAfora das FTAs das 8 CERs

reconhecidas juntam-se a CFTAem 2017

ZimbabweZâmbiaMalawiRDCSwazilândiaMauríciasMadagáscarSeychelles

COMESA

SADC

África do Sul

Botswana

Lesotho

Mozambique

Namíbia

Angola

EgitoLybieDjiboutiEtiópiaEritréiaSudãoComoros

KenyaUgandaRwandaBurundi

Tanzânia

EAC

Page 6: ÁFRICA - Knowledge for Development | SARDC · programas regionais, bem como o cumprimento de protocolos e instrumentos legais. Solicitou também ao Secretariado da SADC que dê

6 ÁFRICA AUStRAl Hoje Agosto 2017

Investimento em infra-estrutuA SADC apresenta projectos p

De acordo com o BAfD, outros componentesdo projecto incluem electrificação rural,construção de infra-estruturas sociais ecapacitação institucional.

O projecto deve ser desenvolvido através douso de uma abordagem de parceria público-privada.

Outros projetos de produção apresentadosforam o Plano da Fase II da Hidroeléctrica doPlanalto do Lesotho e cinco projectos de energiasolar fotovoltaica desenvolvidos pelaCompanhia de Electricidade da Swazilândia. Oplano de hidroeléctrica proposta para o Planaltodo Lesotho está sendo desenvolvidoconjuntamente pelo Lesotho e África do Sul,com um custo estimado de 1,8 bilião de dólaresnorte-americanos.

O projecto envolverá o desenvolvimento deenergia hidroeléctrica que deverá fornecer entre1.000 e 1.200 MW de electricidade para oLesotho e o resto da região.

Os estudos de viabilidade para o projectoforam concluídos, mas estes devem sercomplementados por estudos de mercado emcurso e estudos de opções de compra de energiaque devem ser concluídos até o final de 2017.

Entre os projectos de transmissão de energiaexibidos na conferência estavam a InterligaçãoAngola-Namíbia, a Interligação Moçambique-Malawi e a Interligação de EnergiaZâmbia-Tanzânia-Quênia (ZTK).

As três interligações são importantes namedida em que ligariam as redes de energia de

três membros não-operacionais do Grupo deEmpresas de Electricidade da África Austral(SAPP) - Angola, Malawi e Tanzânia - para arede regional.

O SAPP é um órgão regional que coordena oplaneamento, produção, transmissão ecomercialização de electricidade na ÁfricaAustral em nome dos serviços públicos dosEstados membros.

A interligação Angola-Namíbia envolve aconstrução de linhas de transmissão de energiada central hidroeléctrica de Baynes, no baixoKunene, na Namíbia, para ligar à rede eléctricanacional de Angola.

A interligação Moçambique-Malawi implicaa construção de uma linha de energia dasubestação Matambo, em Moçambique, atéPhombeya, ao norte da capital comercial doMalawi, Blantyre.

A ZTK não só irá ligar a Tanzânia à redeSAPP, mas também ligará a Associação deEnergia da África Oriental ao SAPP, permitindoque os países do leste da África partilhemexcedentes de electricidade com os da ÁfricaAustral.

Entre os projectos de infra-estrutura de águaapresentados aos financiadores estavam o projectode transferência de água do Lesotho-Botswana;Um projecto transfronteiriço para fornecer água esaneamento às cidades fronteiriças de Nakonde,na Zâmbia, e Tunduma, na Tanzânia; e o Projectode Rede de Tratamento e Separação de ÁguasResiduais de Madagáscar.

por Joseph Ngwawi

A ÁFRICA Austral apresentou uma carteira deprojectos prioritários de energia e água paraparceiros internacionais de cooperação e outrospotenciais investidores à medida que a região semove para garantir a segurança de energia e doabastecimento de água, principais factores parauma revolução industrial.

Os 21 projectos prioritários foram exibidosdurante um Seminário Ministerial de AltoNível da SADC e Fórum de InvestimentoEnergético, realizado no Reino da Swazilândia,em Julho.

Os projetos prioritários de produção deenergia incluíram o Sistema ElétricoHidroeléctrico de Batoka Gorge, avaliado em 4biliões de dólares norte-americanos, sendopromovido conjuntamente pela Zâmbia e peloZimbabwe.

O projecto envolverá a construção de duascentrais subterrâneas de energia, uma no ladonorte do rio Zambeze entre os dois países e outrano lado sul.

Cada uma das centrais de produção terácapacidade de geração instalada de 1.200megawatts (MW), perfazendo juntas 2.400MW.

Um estudo detalhado de viabilidade técnicafoi concluído e apresentado aos dois Governos.O plano é encomendar o projecto de Batoka em2023.

Outro projecto prioritário de produção deenergia é o Programa de Desenvolvimento daBacia do Rio Songwe, uma iniciativatransfronteiriça que envolve o Malawi e aRepública Unida da Tanzânia.

Os dois países assinaram um memorando deentendimento em Maio que verá os vizinhostrabalharem juntos para desenvolver oprograma, preparado com o apoio da FacilidadeAfricana para a Água e a Nova Parceria para aInstalação de Preparação de Projetos de Infra-estrutura do Desenvolvimento de África, ambasapoiadas pelo Banco Africano deDesenvolvimento (AfDB).

O projecto, estimado em 760 milhões dedólares norte-americanos, envolve a construçãode uma represa polivalente para coletar águapara uma central hidroeléctrico de 320megawatts, fornecimento de água para umesquema de irrigação que abrange cerca de 3.000hectares em cada país e controlo inundações naparte baixa densamente povoada da bacia.

Page 7: ÁFRICA - Knowledge for Development | SARDC · programas regionais, bem como o cumprimento de protocolos e instrumentos legais. Solicitou também ao Secretariado da SADC que dê

ÁFRICA AUStRAl Hoje 7

ra rioritários de energia e água

O projecto de transferência de água doLesotho-Botswana, estimado em cerca de 1,9bilião de dólares norte-americanos, envolverá atransferência de água do Lesotho para atenderàs necessidades urgentes de água para finsdomésticos e industriais no Botswana.

Também se destina a atender às necessidadesde abastecimento de água em partes do Lesothoe da África do Sul.

O Presidente da SADC, o Rei Mswati III, daSwazilândia, disse que a energia e a águadesempenham um papel vital nodesenvolvimento e no crescimento económicoda África Austral, em particular no actualimpulso de industrialização da região.

"Portanto, a implementação atempada dosprojectos de energia e água identificadosfacilitará a industrialização e o desenvolvimentode outros sectores da economia", disse o ReiMswati III durante o fórum.

Ele disse que o acesso à água potável e aenergia limpa continua a ser um desafio na regiãoda SADC, daí a necessidade de investir em infra-estrutura de energia e água para alcançar osObjetivos de Desenvolvimento Sustentável(SDGs) acordados pela Assembleia Geral dasNações Unidas em Setembro de 2015, citando oSDG 6 sobre o acesso a água potável, SDG 7 sobreenergia e o SDG 9 sobre o desenvolvimento deinfra-estrutura para industrialização.

A Secretária Executiva da SADC, Dra.Stergomena Lawrence Tax, disse que o acessolimitado à electricidade na região da SADCapresenta sérias implicações negativas para aprodutividade e as aspirações da região para seindustrializar, anotando que a falta deelectricidade como motor da industrializaçãoafecta negativamente o trabalho produtivo,habilidades e educação.

"A região deve se mover rapidamente paradesbloquear o seu potencial de energia paraimpulsionar a agenda de industrialização",disse a Dra. Tax.

Observando que os orçamentos nacionaisnão são suficientes para financiar odesenvolvimento de infraestrutura, ela apelouos Parceiros Internacionais de Cooperação(ICPs), as instituições financeiras dedesenvolvimento e o sector privado paracolaborar com a SADC no fornecimento dainfra-estrutura de energia e água.

A reunião contou com a presença deMinistros responsáveis por questões deEnergia e Água nos Estados membros daSADC, representantes de instituições definanciamento de desenvolvimento nacionaise regionais e bancos multilaterais dedesenvolvimento, bem como funcionários deICP, sector privado e outros parceirosestratégicos chave. r

APRoXIMADAMeNte 190 milhões depessoas na SADC não têm acesso àelectricidade, um desenvolvimento descritopelo Presidente da SADC, o Rei Mswati III, doReino da Swazilândia, como uma acção urgentee preocupante para a região e para o alcance dodesenvolvimento económico e erradicação dapobreza.

O Rei Mswati III disse que os estudosmostraram que o acesso à electricidade emalguns Estados-Membros é inferior a 20% eque um número considerável de pessoas naregião da SADC "vivem sem acesso àelectricidade".

"A actual previsão de curto prazo obriga aregião a aumentar a capacidade de produçãoem uma média de 5.000 megawatts (MW)anualmente até 2022 para manter as reservasdesejadas", disse o Rei Mswati III ao Fórum deInvestimento Energético da SADC realizado naSwazilândia em Julho.

De acordo com o Grupo de Empresas deElectricidade da África Austral (SAPP), ospaíses da SADC Continental tinham umacapacidade total de produção instalada decerca de 60.000 MW no final de Abril de 2017,com capacidade de produção operacional de54.397MW, contra a demanda máxima de53.478MW.

Isso deu um excesso de capacidade de919MW, o que foi em grande parte atribuído auma desaceleração da actividade económica naÁfrica do Sul, a maior economia da região.

A capacidade instalada nos Estados-Membros oceânicos era de 782MW, 246MW e106MW para as Maurícias, Madagáscar eSeychelles, respectivamente.

A capacidade total instalada para todos osEstados Membros da SADC é superior a60.670MW.

O excesso é em parte como resultado deuma desaceleração na economia sul-africana,

mas também devido ao impacto de umaabordagem coordenada na implementação doprograma energético da SADC.

Os números do SAPP, que foramdivulgados durante uma reunião dos Ministrosresponsáveis pela Energia na Região da SADCque se realizou antes do fórum deinvestimentos, mostraram que mais capacidadede nova produção foi adicionada ao grupo deempresas de electricidade em 2016 do que eraantecipado anteriormente.

A região excedeu o objectivo de 3.757MWpara o ano e encomendou 4.180MW de novosprojectos de energia e a reabilitação de centraisantigas.

Os Estados Membros do Continente estãoplaneando contratar mais de 7.000MW decapacidade de nova produção em 2017,um desenvolvimento que deveráfortalecer ainda mais a segurança energéticada região. r

Apelo para medidas urgentes para melhorar o acesso à energia da SADC

Page 8: ÁFRICA - Knowledge for Development | SARDC · programas regionais, bem como o cumprimento de protocolos e instrumentos legais. Solicitou também ao Secretariado da SADC que dê

8 ÁFRICA AUStRAl Hoje Agosto 2017

Page 9: ÁFRICA - Knowledge for Development | SARDC · programas regionais, bem como o cumprimento de protocolos e instrumentos legais. Solicitou também ao Secretariado da SADC que dê

ÁFRICA AUStRAl Hoje 9

Page 10: ÁFRICA - Knowledge for Development | SARDC · programas regionais, bem como o cumprimento de protocolos e instrumentos legais. Solicitou também ao Secretariado da SADC que dê

10 ÁFRICA AUStRAl Hoje Agosto 2017

Testado Sistema Regional de Pagamentos transfronteiriços e na redução decustos, uma vez que as transaçõesanteriormente processadas atravésde bancos correspondentes ociden-tais são agora feitas na região. A re-moção de intermediários - queeram muitas vezes Estados Unidosou instituições financeiras eu-ropeias - significava que os expor-tadores de um País recebemrapidamente o seu dinheiro e nãoincorrem em altas comissões. Por conseguinte, a criação doSIRESS facilitou grandemente astransacções transfronteiriças quesão essenciais para impulsionar ocomércio intra-regional entre os Es-tados-Membros da SADC. Os últimos números sobre ovolume de transações são indica-tivos da crescente popularidade dosistema. Este é um grande salto do1 trilião de Rands que foi resolvidonos dois primeiros anos do pro-grama no final de Abril de 2015. O desenvolvimento do SIRESSestá em conformidade com o Pro-tocolo da SADC sobre Finanças eInvestimento, que visa melhorar oclima de investimento regionalatravés de uma cooperação re-forçada entre os Estados Membrosem sistemas de pagamento, com-pensação e liquidação, a fim de fa-cilitar a integração comercial. Para acelerar a realização desteobjectivo, o Comité de Gover-nadores dos Bancos Centrais(CCBG) da SADC foi em maio de2009 obrigado a encabeçar o desen-volvimento do projeCto do sistemade integração de pagamentos daSADC.

Além do CCBG que concentrasuas actividades numa perspectivaregulatória, a Associação dosBancários da SADC foi estabelecidaanteriormente em 1998 para coor-denar actividades de bancos comer-ciais na região da SADC. Isto é importante para garantir odesenvolvimento da infra-estruturado mercado financeiro e das oper-ações de câmbio regional para apoiara utilização do SIRESS. A moeda de liquidação doSIRESS é o Rand sul-africano, e osistema de pagamento está alojadono Banco de Reservas da África doSul. No entanto, as discussões estãoagora em um estágio avançado paratransformar o SIRESS em um sis-tema de liquidação de múltiplasmoedas em que todas as moedas daSADC, bem como o dólar dos Esta-dos Unidos e o yuan chinês serão us-ados para liquidar transações nosistema. Espera-se que esse desenvolvi-mento aumente a quantidade detransações tratadas pelo sistema àmedida que mais bancos participam. Também há propostas para am-pliar o sistema de pagamento paraatender transações de baixo valorcomo meio de promover a inclusãofinanceira. Estão em curso esforços para queo SIRESS seja registado como o sis-tema oficial de liquidação da SADCna região, à medida que o sistemacresce para incluir outros países. Aeste respeito, um local permanentedo SIRESS será identificado embreve. r

A SItUAÇÃo económica geral da África Austral é estável, com a regiãoesperando registrar um crescimento positivo em 2017. De acordo com as projecções da SADC, espera-se que o crescimento

económico da região represente uma média de 3,3 por cento este ano. Esta é uma enorme melhoria do crescimento de 2,6% registado em 2016. No entanto, nenhum dos 15 Estados-Membros da SADC deverá alcançar

o objectivo regional de crescimento real de sete por cento do Produto InternoBruto (PIB). A República Unida da Tanzânia deverá liderar a região, com a economia

projetada para crescer em pouco menos de sete por cento em 2017. No geral, espera-se que o PIB per capita para a região melhore de 3.602

dólares norte-americanos, registado em 2016, para 3.801 dólares norte-americanos, este ano. r

Previsão de crescimento económico de 3,3%

F I N A N Ç A S

oS BANCoS da África Australfizeram pagamentos avaliados emmais de 238 biliões de dólaresnorte-americanos com base numsistema regional pagamento quefoi testado em quatro países háquatro anos. No final de Março de 2017, asinstituições financeiras da regiãoarrecadaram um total de 712.099operações no valor total de 3,1 tril-iões de Rands (cerca de 238,5 bil-iões de dólares norte-americanos)através do Sistema Regional deLiquidação Eletrónica Integrada daSADC (SIRESS). O SIRESS é um sistema depagamento regional que foi criadoem Julho de 2013 e foi pilotado noLesotho, Namíbia, África do Sul eSwazilândia. O sistema já foi expandido para10 outros Estados membros daSADC, nomeadamente Angola,Botswana, República Democráticado Congo, Malawi, Maurícias,Moçambique, Seychelles,República Unida da Tanzânia,Zâmbia e Zimbabwe. Isto significa que apenasMadagáscar não está participandodo SIRESS, mas estão em curso es-forços para garantir que todos os15 Estados membros da SADC sejuntem ao sistema. Actualmente, um total de 83bancos estão participando daSIRESS nos 14 Estados Membros,incluindo os bancos centrais. O SIRESS é um sistema depagamento eletrónico desen-volvido pelos Estados-Membrospara estabelecer e liquidar facil-mente transações regionais entre osbancos. O sistema melhorou muito a fa-cilidade de fazer negócios na regiãoda SADC. Por exemplo, onde ospagamentos regionais anterior-mente levavam cerca de dois a trêsdias para serem concluídos, eles sãoliberados no prazo de 24 horas. Além disso, as taxas anterior-mente pagas aos bancos de com-pensação de fora da SADC estãosendo salvas e permanecem dentroda região. Os principais benefícios doSIRESS são, portanto, a sua eficiên-cia na aceleração dos pagamentos

Page 11: ÁFRICA - Knowledge for Development | SARDC · programas regionais, bem como o cumprimento de protocolos e instrumentos legais. Solicitou também ao Secretariado da SADC que dê

ÁFRICA AUStRAl Hoje 11

A PAZ e a segurança é umcatalisador essencial para aintegração e desenvolvimentoeconómico regional e continua aser uma prioridade para a SADC.

Isto foi dito pela SecretárioExecutiva da SADC, Dra.Stergomena Lawrence Tax, norecente 19º Comité Ministerial doÓrgão Político (MCO) da SADCsobre Defesa e Segurançarealizado em Dar-es-Salaam,República Unida da Tanzânia.

A Dra. Tax disse que a regiãomanteve-se em grande partepacífica e estável, observandoque é necessário manter aestabilidade e abordar "algunscasos esporádicos" deinstabilidade em alguns Estados-Membros.

"Embora a região permaneçaestável, não podemos nos dar oluxo de ser complacentes, umavez que a paz, segurança eestabilidade política sustentáveisexigem esforços e vigilânciacontínuos", afirmou.

"A este respeito, a SADCpermaneceu ocupada comquestões políticas e de paz naregião, e continuou a apoiar osseus Estados membros".

A Secretária Executiva disseque a região realizou uma sériede missões de avaliação técnica eministerial em países como aRepública Democrática doCongo, que está passando poralguma instabilidade,particularmente nas partesorientais do país.

Essas missõesproporcionaram à SADC aoportunidade de avaliar asegurança e a situação política, seenvolver com as partesinteressadas e conceber formasde garantir o apoio contínuo àRDC.

No Lesotho, a SADCcontinuou a apoiar o Governopara monitorar a situaçãopolítica e de segurança, bemcomo a implementação dedecisões da região para asseguraro retorno da ordemconstitucional no reino.

Afirmou que um Comité deSupervisão da SADC foi criado

em Novembro de 2016 paraservir de mecanismo de avisoprévio para o Lesotho,acrescentando que o comité foifundamental para garantir que aseleições gerais realizadas no paísem Junho fossem um sucesso.

Além disso, disse ela, a regiãocontinua a enviar missões de

observação eleitoral paraobservar eleições em diversosEstados membros da SADC. Asmissões contribuíram bastantepara a consolidação dosprincípios democráticos nar e g i ã o , p r o m o v e n d o aestabilidade e a paz, disse a Dra.Tax.

A reunião do MCO foirealizada a 20 de Julho e é umareunião estatutária realizadaanualmente para avaliar asituação da implementaçãod a s d e c i s õ e s eprogramas do Órgão Político daSADC sobre de Defesa eSegurança. r

SADC e a sua sinergia com aforça de reserva, particularmenteem termos de contribuição para acapacitação desta última atravésda capacitação. Isso fortaleceu acapacidade da SADC departicipar activamente nasoperações de apoio à pazregionais, da UA e das NaçõesUnidas.

O professor Gambari disseque a sua equipa estavarealizando missões de verificaçãosemelhantes para todas ascomunidades económicasregionais. Antes de chegar àSADC, a equipe visitou aComunidade Económica dosEstados da África Central evisitará a Força de Prontidão daÁfrica Oriental e as duas forçasde prontidão na África Ocidentale do Norte. r

UMA eQUIPA de especialistasem operações de apoio à paz daComissão da União Africana,liderada pelo professor IbrahimGambari, visitou o Secretariadoda SADC de 31 de Julho a 2 deAgosto para realizar reuniõesconsultivas com os membros queestão a planificar a Força deProntidão da SADC(PLANELM).

O objectivo da visita eraverificar o estado de prontidãooperacional da Força deProntidão da SADC.

O Secretário Executivointerino, Fafa Avafia, em nome daSecretária Executiva da SADC,Dra. Stergomena Lawrence Tax,reiterou o compromisso contínuoda SADC com iniciativascontinentais, como a de "Silenciaras armas em 2020", que é um dosprincipais destaques da Agendada UA 2063.

Avafia também observou que,em prol do compromisso daSADC e como parte do quadrogeral de segurança, construçãoda paz e da Força Africana deProntidão, a Força de Prontidãoda SADC continua empenhadaem assegurar a efectivaimplementação de seu mandatoprimário.

A equipe da UA recebeu umrelatório da PLANELM, quedestacou as origens da Força deProntidão da SADC, osroteiros e das suas actividadesem curso.

A SADC assegurou a equipaque a Força de Prontidão continuapronta para executar o seumandato a qualquer momento,quando for solicitada a fazê-lo.

A equipa também foiinformada de que a Força de

Prontidão da SADC está no seuquarto roteiro, a saber, a fase pós-operação operacional completa,com uma série de marcosimportantes já alcançados.

Estes incluem a aprovaçãodas Diretrizes Operacionais eProcedimentos para aComponente Civil da Força deProntidão da SADC; Início daoperacionalização dascapacidades de Comunicações,Sistemas de Comando, Controloe Informação, bem como oCentro de Operações Conjuntas eo Centro de Coordenação doMovimento Regional; econstrução do depósito delogística regional da SADCactualmente em curso.

Além disso, destacou-se opapel crítico do Centro Regionalde Treinamento para a Paz da

P A Z E S E G U R A N Ç A

Equipa de verificação da UA visita a SADC

Paz e Estabilidade continuam a ser a principal prioridade para a SADC

Secretária Executiva da SADC, Dra. Stergomena Lawrence Tax (no centro),visitou, em Janeiro de 2017, o armazém logístico da Força Regional de Prontidãono Botswana. O armazém vai albergar equipamento gerais para ascomponentes policiais, militares e civis da Força Regional de Prontidão. Espera-se que o armazém reforce a habilidade regional de gestão e desdobramentodas operações de apoio a paz a luz da Força Africana de Prontidão.

Page 12: ÁFRICA - Knowledge for Development | SARDC · programas regionais, bem como o cumprimento de protocolos e instrumentos legais. Solicitou também ao Secretariado da SADC que dê

12 ÁFRICA AUStRAl Hoje Agosto 2017

de forma desigual, tantotemporal como espacial. A águaestá amplamente disponível naspartes noroeste da região,principalmente na RepúblicaDemocrática do Congo devido aabundantes chuvas. O projecto de transferênciade água da Bacia do Congo parapaíses com escassez de água naregião da SADC está em carteiradesde a virada do século. Foi um dos projectosapresentados durante aConferência Consultiva daSADC realizada em 2006, emWindhoek, na Namíbia. O principal objectivo doprojeto é determinar aviabilidade de transferir água dorio Congo ou seus afluentes parapaíses da SADC deficientes emágua e fazer o projectopreliminar da opção mais ótima. De acordo com osdocumentos divulgados naconferência consultiva, emboraum estudo de gabinete realizadoem 2002 tenha revelado que épossível mover a água da Baciado Congo, houve necessidade de

uma investigação aprofundadadas opções identificadas. Uma das opções foi apossibilidade de adotar umaabordagem por etapas paraaumentar a oferta no rioOkavango para atender àsdemandas de água para Angola,Botswana e Namíbia. A primeira fase envolveria aconstrução do Sistema Lungue-Bungo, que transferiria água dorio Zambezi para o rioOkavango, enquanto a segundafase envolveria a "substituição"da água no rio Zambeze com ado rio Congo. No entanto, essa abordagemem fases teria implicaçõesfinanceiras devido à perda deenergia hidroeléctrica gerada emKariba (Zâmbia e Zimbabwe) eCahora Bassa (Moçambique)durante o período em que a águaestá sendo transferida doZambeze para o Okavango. Outra opção era investigar apossibilidade de transferir águada Bacia do rio Congo para umtributário superior do rioZambeze através do Estação debombagem de Kassai, na RDC.No entanto, observou-se quehavia necessidade de estudosadicionais para investigarlacunas de dados identificadaspelo estudo anterior. Estesincluíram a necessidade de

mapas topográficos detalhadosdas bacias do Alto Zambeze e doAlto Congo, dentro de Angola,República Democrática doCongo e Zâmbia; Bem comoestimativas dos futurosrequisitos de água nos paísesque podem ser afectados pelastransferências, como Angola,RDC e Zimbabwe. Se implementado, este será osegundo projecto detransferência na região da SADCapós o Projecto de Água dasTerras do Lesotho (LHWP). O LHWP é um projectocontínuo de abastecimento deágua com uma componentehidroeléctrica que foidesenvolvido pelos governos doLesotho e África do Sul. Compreende um sistema devárias grandes barragens etúneis em todo o Lesotho efornecimento de água para osistema do rio Vaal, na África doSul. É o maior esquema detransferência de água em África. O objectivo do projecto éfornecer ao Lesotho uma fontede renda em troca da provisãode água para a província deGauteng, onde a maior parte daactividade industrial e mineiraocorre na África do Sul, bemcomo para gerar energiahidrelétrica para o Lesotho. r

o PRojeCto de transferência de água entre bacias da SADC éum reconhecimento de que a disponibilidade de abastecimentode água adequada é vital para a concretização daindustrialização da região. A disponibilidade de recursos adequados de água e energiafoi identificada como um dos principais factores paraimpulsionar a agenda de industrialização da SADC. Sem água e energia adequadas, o impulso da região para odesenvolvimento industrial não seria bem sucedido.

A SADC revitalizou os esforçospara abastecer a água do rioCongo e direcioná-la para o sulpara Países com escassez deágua, como Namíbia, Botswanae África do Sul. Na reunião realizada emEzulwini, na Swazilândia, emjulho, os Ministros da SADCresponsáveis pelas questões daÁgua repensaram a importânciade explorar formas de procederà transferência de água do rioCongo para as partes estressadaspela água na África Austral. Um estudo de pré-viabilidade realizado peloSecretariado da SADC, em 2002,indicou que havia uma série deopções para transferir a água,mas isso exigiu estudosadicionais. Os ministros apelaram oSecretariado para mobilizarrecursos para realizar um estudode viabilidade sobre comoagilizar o esquema detransferência de água da baciado Congo. Os recursos hídricos naregião da SADC são distribuídos

A SADC iniciou os preparativospara o 8º Diálogo sobre Água quediscutirá questões que afectam osector de água na região, além departilhar experiências sobrediferentes aspectos da gestãointegrada de recursos hídricos. O diálogo, previsto paraOutubro de 2017, deverádestacar a ligação água-energia-alimentação. À medida que os três sectoresestão intrinsecamente ligados,u m d e s e n v o l v i m e n t odescoordenado numa das áreas

tem a capacidade de impactarnegativamente as outras. A produção de alimentos, porexemplo, requer água e energia;Enquanto a extração edistribuição de água requerenergia; e a produção de energiarequer água. O diálogo bienal sobre a águareúne decisores e decisorespolíticos, sociedade civil, sectorprivado, parceiros decooperação internacional einstituições de pesquisa naregião da SADC.

8º Diálogo sobre Água da SADC marcadopara Outubro

Á G U A

SADC revisita Projecto de transferência de água do Congo

Page 13: ÁFRICA - Knowledge for Development | SARDC · programas regionais, bem como o cumprimento de protocolos e instrumentos legais. Solicitou também ao Secretariado da SADC que dê

ÁFRICA AUStRAl Hoje 13

por Nyarai Kampilipili

A ÁFRICA Austral fez progressossignificativos na promoção daigualdade e equidade de génerona região.

No entanto, é necessáriomanter o impulso e até mesmopromover a agenda regional degénero para garantir que a SADCrealize plenamente a igualdade eo empoderamento das mulheres edos homens.

Uma das formas de assegurara promoção da igualdade tantopara mulheres como parahomens, incentivando os paísesda SADC a implementar todos osobjectivos acordados, conforme oProtocolo Revisto da SADC sobreo Género e Desenvolvimento,bem como a capacitação daUnidade de Género da SADCpara efetivamente cumprir seumandato, é promover acapacitação de género.

Falando no encontro dosMinistros Responsáveis pelosAssuntos do Género e dasMulheres da SADC em Ezulwini,o Primeiro-Ministro do Reino daSwazilândia, o Dr. BarnabasDlamini, disse que era hora daregião avançar as suas políticasde integração regional, passandodas meras intenções declaradaspara uma aplicação efetiva.

"A SADC fez avanços naagenda de género", disse ele,acrescentando que a conquistadeve-se em grande parte aodesenvolvimento do ProtocoloRevisto da SADC sobre o Géneroe Desenvolvimento da SADC,que "prevê o empoderamentodas mulheres e a eliminação dadiscriminação". "

"Incentivamos todos osEstados membros, que ainda nãoassinaram o protocolo, assim quepossível, para garantir a plenaimplementação do protocolo".

Até agora, um total de novepaíses assinaram o acordo paraalterar o protocolo,nomeadamente Angola,Botswana, RepúblicaDemocrática do Congo, Lesotho,Madagáscar, Moçambique,

Swazilândia, República Unida daTanzânia e Zimbabwe.

O protocolo revisto foiaprovado pela 36ª Cimeira daSADC realizada na Swazilândiaem Agosto de 2016 e visa alinharo protocolo com as disposiçõesde outros instrumentos, como osrelacionados aos Objetivos deDesenvolvimento Sustentável, aAgenda 2063 e a Estratégia eRoteiro de Industrialização daSADC.

O Secretário ExecutivoAdjunto da SADC paraIntegração Regional, o Dr.Thembinkosi Mhlongo,concordou, dizendo que alcançara igualdade tanto para mulheresquanto para homens continua aser uma prioridade para aagenda de desenvolvimento daÁfrica Austral.

"A SADC está determinada ecomprometida com a plenaimplementação de quadros paragarantir o empoderamentoeconómico das mulheres", disseele.

Sobre as operações daUnidade de Género da SADC noSecretariado e os ministrosdisseram que era fundamentalque a unidade fosse fortalecida.

A s r e c o m e n d a ç õ e senquadram-se no recenteprocesso de reestruturação daSecretaria da SADC, que procuraunir a unidade com outrasdireções.

No figurino actual, conformeacordado pelo Conselho deMinistros da SADC de Agosto de2008, a Unidade de género é umaunidade autónoma que reportadiretamente ao SecretárioExecutivo da SADC.

Este acordo está em linha comas tendências globais e éconsiderado crítico na abordageme promoção da agenda regional depromoção e capacitação daigualdade de género.

No entanto, a Cimeiraextraordinária da SADC de 2015,realizada em Harare, noZimbabwe, recomendou a revisãoda estrutura institucional doSecretariado da SADC para apoiara implementação da Estratégia e oRoteiro de Industrialização daSADC e do Plano novo EstratégicoIndicativo de DesenvolvimentoRegional (RISDP) "dentro de umaestrutura organizacionalabrangente e consolidada ".

Em abril de 2016, umconsultor, Ernst & Young, foicontratado para realizar aEstrutura Organizacional e aRevisão da Organização doSecretariado da SADC, que foiaprovada pelo Conselho deMinistros da SADC em Março de2017 em Ezulwini, Swazilândia.

A nova estrutura propõe quea Unidade de género sejafundida com a Direção deDesenvolvimento Social,Desenvolvimento Humano e

Programas Especiais para formara Direção de Género,Desenvolvimento Humano eSocial e Programas Especiais.

Os Ministros dos Assuntosdas Mulheres e Género da SADCadoptaram uma moção paraapelar ao Conselho de Ministrospara que reconsidere e reverte adecisão de unir a Unidade degénero com a Direcção deDesenvolvimento Social,Desenvolvimento Humano eProgramas Especiais, pois issopode afectar a unidade ao cederefetivamente os seus deveres.

Para o efeito, a reuniãonomeou um comité de seismembros constituído porAngola, Botswana, RepúblicaDemocrática do Congo, África doSul, Swazilândia e Zimbabwepara levantar o assunto noConselho de Ministros da SADC.

Os ministros concordaram emredigir uma submissão aoslíderes da SADC, expressando asua preocupação com areestruturação do Secretariadoda SADC.

A agenda de integração daÁfrica Austral depende da eficáciado Secretariado da SADC paracoordenar e implementarprogramas regionais voltadospara a promoção dodesenvolvimento socioeconómico.

Ter a Unidade de Género daSADC como uma estruturaautónoma está em conformidadecom outros padrões estabelecidospelas comunidades económicasinternacionais, continentais eregionais, bem como com asdisposições do Tratado da SADCque colocam o género no centro daintegração regional.

As deliberações dos MinistrosResponsáveis pelos Assuntos doGénero e das Mulher da SADC,na reunião anual que serealizaram de 24 a 26 de Junho,serão encaminhadas ao Conselhode Ministros da SADC paraaprovação final na sua reuniãoantes da 37ª Cimeira dos Chefesde Estado e Governo da SADCprevista para Pretória , África doSul, em Agosto. sardc.net r

G É N E R O

Ministros da Género da SADC promovem a Agenda de Género

Page 14: ÁFRICA - Knowledge for Development | SARDC · programas regionais, bem como o cumprimento de protocolos e instrumentos legais. Solicitou também ao Secretariado da SADC que dê

conhecimentos em planeamentourbano, arquitetura, melhoriasm u n i c i p a i s , t r a n s p o r t e s ,comunicações e governação ecultura urbana.

A colaboração entre ascidades também tem acapacidade de criar estratégiasorientadas para a promoção dodesenvolvimento sustentável e aresolução da pobreza urbana.

Além disso, oestabelecimento de acordos degeminação entre alguns dosprincipais parques industriaisda China e cidades africanascom aspirações industriaisajudaria a acelerar a agenda deindustrialização do continente.

A industrialização está naagenda principal da maioria dospaíses africanos, incluindo os daC o m u n i d a d e p a r a oDesenvolvimento da ÁfricaAustral (SADC), que queremtransformar as suas economias debase predominantemente nocomércio de produtos primáriospara o comércio de manufaturas.

Nesse sentido, a geminaçãocom cidades chinesas queindustrializaram as suaseconomias atrairia o necessárioinvestimento necessário paratransformar as cidades africanasem centros de produção.

No Zimbabwe, a cidade deHarare entrou em um acordo degeminação com a cidade deCantão, considerado o centroregional e o centro decomunicação da China, que temum acordo semelhante com acidade de Durban, na África doSul.

Além disso, a província deHarare tem um acordo degeminação com a província deZhejiang, também no sul daChina.

C H I N A - Á F R I C A

14 ÁFRICA AUStRAl Hoje Agosto 2017

importante dos sistemasadministrativos locais napromoção do desenvolvimentosustentável, a China e a Áfricaidentificaram o Governo Localcomo uma área dedesenvolvimento prioritário nasua parceria estratégica.

De acordo com o Fórum deCooperação China-África(FOCAC), Plano de Acção deJoanesburgo (2016-2018),aprovado pela cimeira realizadaem Joanesburgo, África do Sul,em Dezembro de 2015, a China ea África concordaram emtrabalhar em conjunto parareforçar a capacidade dosgovernos locais de contribuirp a r a o c r e s c i m e n t osocioeconómico.

"As duas partes (China eÁfrica) promoverão o intercâmbioe a cooperação entre os governoslocais e apoiarão oestabelecimento de mais relaçõesirmãs / cidades, bem como ainstitucionalização do FórumChina-África de Cooperação entreGovernos Locais", lê-se em partedo Plano de Acção FOCAC deJoanesburgo.

Registaram-se progressossignificativos para promover acooperação entre os governoslocais chineses e africanos,particularmente em geminaçãode províncias e cidades.

A África tem muito abeneficiar desses acordos degeminação, já que as cidadesc h i n e s a s d e m o n s t r a r a mclaramente que podemcontribuir activamente para odesenvolvimento sustentável.

A geminação de cidadesoferece uma série deoportunidades , incluindocomércio e turismo, bem como ointercâmbio de informações e

por Kizito Sikuka

UMA DAS histórias de sucessod a t r a n s f o r m a ç ã os o c i o e c o n ó m i c a c h i n e s acontemporânea é seu sistemaadministrativo local que dáautonomia aos Governos Locaispara se encarregar da sua agendade desenvolvimento.

Cada Governo Local na Chinadeve assumir um papel central eactivo no desenvolvimento da suaprópria economia.

Por exemplo, cidades e vilasrecebem maior autoridade paracontrolar determinados serviçospúblicos, como alocação de terrae crédito, uma vez que osGovernos Locais estão maispróximos das pessoas.

Este sistema criou umacompetição "positiva" entre ascidades chinesas para se superareconomicamente - em últimainstância - transformando osgovernos locais de meros agentesque realizam os objectivos dogoverno central como principaisactores económicos por direitopróprio.

Na verdade, essa abordagemgarantiu que o desenvolvimentoseja incremental, pois ele começano nível local e cresce para outraspartes do país.

Sempre que as cidadesatingem certos níveis dedesenvolvimento, elas devemajudar as cidades menosdesenvolvidas a alcançar ocrescimento económico.

A situação é ligeiramentediferente na maioria dos paísesafricanos, onde os governoslocais devido a vários desafiosparecem desempenhar um papelsecundário no desenvolvimentod a s s u a s e c o n o m i a s .Reconhecendo o papel

Geminação promove a cooperação entre cidades africanas e chinesasA cidade de Gaborone, no

Botswana, também é associada àprovíncia de Zhejiang, enquantooutras cidades da África tambémse juntaram com várias cidadeschinesas.

É importante que os governoslocais em África aproveitem essasoportunidades para melhorar aprestação de serviços, já que osgovernos locais são importantespilares da governança naprestação de serviços básicoscomo estradas, água, saneamentoe habitação.

A China provou que osgovernos locais têm um papel adesempenhar na promoção dodesenvolvimento sustentável,daí que a África deve aprendercom a experiência chinesa.

Mais importante, a Chinademonstrou empenho em ajudara África a desenvolver a suaeconomia.

Para consolidar ainda mais asrelações e promover acooperação entre os governoslocais chineses e africanos, asduas partes criaram o FórumChina-África sobre Cooperaçãoentre os Governos Locais.

O Fórum foi criado emAgosto de 2012 dentro dosquadros do FOCAC. Desde a suacriação, o fórum se reuniu duasvezes com a última reuniãorealizada em Beijing, China em2015.

Na última reunião, o fórumconcordou em cont inuartrabalhar conjuntamente parapartilhar experiências dedesenvolvimento, bem comofortalecer a cooperação nodesenvolvimento de infra-e s t r u t u r a s , c o m é r c i o ,investimento e agricultura eintercâmbios entre pessoas.sardc.net r

Page 15: ÁFRICA - Knowledge for Development | SARDC · programas regionais, bem como o cumprimento de protocolos e instrumentos legais. Solicitou também ao Secretariado da SADC que dê

ÁFRICA AUStRAl Hoje 15

Agosto – Outubro 2017

Agosto31 Julho - 4 Ago, Semana de Industrialização da SADC 2017África do Sul O evento de uma semana destina-se a popularizar a estratégia e o

roteiro de industrialização da SADC aprovados em 2015. Agora noseu segundo ano, o evento anual inclui uma conferência de altonível para discutir formas de acelerar a agenda de industrializaçãoe uma exposição de Governos, empresas, Instituições de pesquisa eoutras partes interessadas.

9-20, 37ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da SADCÁfrica do Sul Os líderes da SADC irão se reunir na sua Cimeira Anual para discutir

questões viradas para o avanço da integração e desenvolvimentoregional. A Cimeira, prevista para 19-20 de Agosto, é precedida dereuniões de altos funcionários e do Conselho de Ministros. OPresidente Jacob Zuma, da África do Sul, assumirá a presidência daSADC, actualmente em poder do Rei Mswati III da Swazilândia. Otema da Cimeira é "Parcerias com o sector privado nodesenvolvimento da indústria e das cadeias regionais de valor ".

23, Angola Eleições Gerais em AngolaOs eleitores angolanos irão às eleições a 23 de Agosto para escolhera sua liderança para os próximos cinco anos. O Presidente emexercício, José Eduardo dos Santos, anunciou que não procuraráoutro mandato.

27 Ago - 1 Set Semana Mundial da Água 2017Suécia A Semana Mundial da Água tem sido o ponto focal anual para as

questões globais da água desde 1991. Comemorado em Estocolmo,Suécia, a cada ano, a Semana Mundial da Água aborda um temaespecífico para permitir um exame mais aprofundado de um temaespecífico relacionado à água. O tema deste ano é "Água e Resíduos- Reduzir e Reutilizar".

23-25, Fórum de Previsão Climática para a África Austral Botswana Especialistas em clima dos Estados membros da SADC reúnem-se

para analisar as previsões climáticas regionais, usando indicadoresde precipitação sazonal para produzir uma previsão regional para aépoca chuvosa 2017/2018.

Setembro 4-8, África do Sul Reunião do Comité de Gestão do SAPP

A reunião é realizada anualmente para reunir líderes de empresas deenergia eléctrica e representantes governamentais nos 12 Estadosmembros do Grupo de Empresas de Electricidade da África Austral(SAPP) para discutir questões importantes de gestão relacionadas àrede elétrica regional e à fontes de energia regional.

12-25, USA 72ª Sessão da Assembleia Geral da ONUO Debate Geral da 72ª Sessão da Assembleia Geral da ONU (UNGA72) ocorre na sede da ONU em Nova York. No primeiro dia, oSecretário-Geral apresentará o relatório das actividades daorganização.

Por indicar Reunião do Grupo Temático de Energia da SADCO Grupo Temático de Energia é uma reunião de coordenação deparceiros, especialistas, SADC e organizações subsidiárias quecolaboraram para analisar a situação energética na região.

Outubro2, Malawi Reunião Executiva do SAPP

O Comité Executivo do SAPP discutirá a situação energética naregião e formas de melhorar a coordenação de assuntos de energiana região. O Comité Executivo é composto por chefe executivos deempresas que produzem, distribuem e comercializam energia paraclientes finais. O Comité Executivo actua como o Conselho do SAPP.

Por indicar 8º Diálogo sobre a Água Os especialistas vão se reunir, num local ainda por indicar, para discutirquestões pertinentes que afectam o sector de água. As discussõesconcentrar-se-ão neste ano na ligação água-alimentação-energia.

E V E N T O S

ÁFRICAAUSTRALHOJE

SADC HOJE Vol 19 No 5 AGOSTO 2017

AFRICA AUSTRAL HOJEÉ produzido como uma fonte de referência das

actividades e oportunidades na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, e um guião para os

responsáveis pela elaboração de políticas a todos os níveis de desenvolvimento nacional e regional.

Comunidade para o desenvolvimento da África AustralSecretariado da SADC, SADC House,

Private Bag 0095, Gaborone, BotswanaTel +267 395 1863 Fax +267 397 2848/318 1070E-mail [email protected] Website www.sadc.int

ÁFRICA AUSTRAL HOJE é publicado seis vezes por ano pelo Centro de Documentaçãoe Pesquisa para a África Austral (SARDC) para o Secretariado da SADC em Gaberone,

Botswana, como uma fonte credível de conhecimento sobre o desenvolvimentoregional. Os artigos podem ser reproduzidos livremente pelos órgãos de comunicação

social e outras entidades, citando devidamente a fonte.

EDITORMunetsi Madakufamba.

COMITÉ EDITORIAL Joseph Ngwawi, Kizito Sikuka, Egline Tauya, Admire Ndhlovu,

Phyllis Johnson, Danai Majaha, Anesu Ngadya , Tariro Sasa,Nyarai Kampilipili, Tanaka Chitsa, Monica Mutero, Raymond Ndhlovu

TRADUTORBonifácio António

ÁFRICA AUSTRAL HOJE conta com o apoio da Agência Austríaca para oDesenvolvimento, que assiste o Grupo Temático de Energia da SADC co-presidido pela

Áustria.

© SADC, SARDC, 2016

ÁFRICA AUSTRAL HOJE acolhe as contribuições individuais e de organizações dentroda região da SADC em forma de artigos, fotografias, artigos noticiosos e comentários, e

também artigos relevantes de fora da região. Os editores reservam-se o direito deseleccionar ou rejeitar artigos, e editar para se ajustar ao espaço disponível. O conteúdonão reflecte necessariamente o posicionamento oficial ou opiniões da SADC ou SARDC.

ÁFRICA AUSTRAL HOJE é publicado em Inglês, Português e Francês, e estádisponível num formato digital no Portal de Internet www.sardc.net Conhecimento

para o Desenvolvimento, ligado a www.sadc.int

COMPOSIÇÃO & MAQUETIZAÇÃOTonely Ngwenya, Anisha Madanhi

PHOTOS AND ILLUSTRATIONSP1 dailymail.co, sadc.int, pinimg.com, DIRCO; P2 abc.net, wikimedia.com;

P4 sadc.int, cozen.org,; P5 beyondborders.com; P6 imgix.com;P8 sadc.int; P9 sadc.int unomaha.com, jubilantstewards.com, 2.bp.com;

P11 thisisafrica.com, sadc.int; P12 cntraveller.com; P13 nature.com, usaid.org, letsgo.co.zw, sadc.int;

P14 lightingchina.com, i0.wp.com, crf.org; P16 sadc.int, thepatriot.com

Subscreva HojeÁFRICA AUSTRAL HOJE está disponível através de uma taxa de subscrição anualpara seis meses: 55 dólares para fora de África, incluindo o envio; 40 dólares nasrestantes partes de África; e 30 dólares na África Austral. A subscrição permite

receber a publicação via aérea ou por e-mail. Para mais detalhes, contacte o Editor.

A correspondência para esta publicação deve ser dirigida ao [email protected]

Centro de Documentação e Pesquisa para África Austral15 Downie Avenue, Belgravia, Harare, Zimbabwe

Tel +263 4 791 141 Fax +263 4 791 271

www.sardc.net Conhecimento para o Desenvolmento

This document was produced in the context of a project funded by the Austrian Development Agency/the Austrian DevelopmentCooperation. The responsibility of the content of this publication lies entirely with the author; the information and views expresseddo not reflect the official opinion of the Austrian Development Agency/the Austrian Development Cooperation.

sardc.net @sardc.net

Page 16: ÁFRICA - Knowledge for Development | SARDC · programas regionais, bem como o cumprimento de protocolos e instrumentos legais. Solicitou também ao Secretariado da SADC que dê

o PReSIDeNte José Eduardo Dos Santos DeAngola vai demitir-se como líder do país após aseleições de 23 de Agosto de 2017, continuando líder

do partido, o Movimento Popular para aLibertação de Angola (MPLA). Ele é Presidentedesde 1979, após a morte do Presidentefundador, o Dr. Agostinho Neto. Dos Santosnasceu em 1942 e participou, desde jovem, naluta para acabar com o domínio colonialportuguês após a formação do MPLA em1956.

Ele saiu do país em 1961, quando a lutaarmada começou, para coordenar asactividades da liga da juventude do MPLAno exterior, servindo mais tarde comomembro do Comité Central e do Bureau

Político, com responsabilidade para os Negócios Estrangeiros,cargo que ele manteve após a independência em 1975, liderando seupaís para a adesão da OUA e da ONU após a invasão sul-africanade Angola, rejeitada com o apoio de aliados cubanos.

Outra tentativa do regime do apartheid na África do Sul deocupar o país em 1987 foi derrotada com o apoio cubano, comnegociações em 1988 levando à independência da Namíbia eeventualmente a eleições democráticas na África do Sul em 1994.Dos Santos dirigiu pessoalmente a intensa actividade diplomáticaque levou as eleições multipartidárias em 1992 e o reconhecimentodo governo angolano pelos Estados Unidos em 1993. Ele promoveuo estabelecimento de órgãos soberanos eleitos e organizou a defesadas instituições democráticas, forçando os opositores armados aaceitar uma solução negociada para o conflito contínuo, comoincorporado nos Acordos de Lusaka de Novembro de 1994.

A Independência de Angola foi desafiada por uma guerra civilque durou até que Jonas Savimbi foi morto em 2002 e Dos Santosiniciou um processo de integração para acomodar a derrotada UniãoNacional para a Libertação Total de Angola (UNITA) na políticadominante do país. Seu governo desenvolveu a economia atravésdo sector de petróleo e outros recursos naturais e, posteriormente,da agricultura. Ele é um dos fundadores da SADC. r

25Anos1992-2017

FERIADOS PÚBLICOS NA SADCAgosto- Outubro 2017

Um futuro partilhado no seio da Comunidade Regional

H I S T Ó R I A H O J E

o ANo de 2017 Marca 25 anos desde a assinatura da Declaração eTratado da SADC - os dois documentos que marcaram a transformaçãoda então Conferência de Coordenação do Desenvolvimento da ÁfricaAustral (SADCC) para uma Comunidade como a organização éconhecida hoje. A17 de Agosto de 1992, os Chefes de Estado e de Governo de 10Países da África Austral anexaram suas assinaturas à Declaração e aoTratado da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral,criando oficialmente a SADC. Além de estabelecer a SADC, a Declaração e o Tratado definem osobjectivos, as instituições e os sistemas de operação da organização. Com base na experiência da SADCC formada pelos Fundadores em1980, o Tratado reconhece a necessidade de uma integração regionalmais forte em toda a África Austral, a fim de promover odesenvolvimento da região. A Declaração e o Tratado especificam áreas de cooperação para osEstados membros da organização e delineiam as modalidades decooperação regional em áreas como: segurança alimentar, terras eagricultura; Infra-estrutura e serviços; Indústria, comércio,investimento e finanças; Desenvolvimento de recursos humanos,ciência e tecnologia; Recursos naturais e meio ambiente; Bem-estarsocial, informação e cultura; e política, diplomacia, relaçõesinternacionais, paz e segurança. O Tratado e a Declaração foram assinados pelos líderes dos 10 paísesque eram membros da organização regional na época - Angola,Botswana, Lesoto, Malawi, Moçambique, Namíbia, Swazilândia,República Unida da Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe. Os outros cinco Estados-Membros - República Democrática doCongo, Madagáscar, Maurícias, Seychelles e África do Sul - assinaramos documentos mais tarde, à medida que se juntaram à organização. A assinatura do Tratado e da Declaração inaugurou mudanças naforma como a organização regional actua. Antes de 1992, os arranjos organizacionais e institucionais foramdescentralizados, com os Estados membros cada um responsável pelacoordenação de um sector. A assinatura do Tratado viu a coordenaçãodos programas e actividades sendo centralizada num Secretariadosediado em Gaberone, Botswana. O Secretariado é a principal instituição executiva da SADC,responsável pelo planeamento estratégico, facilitação, coordenação egestão de todos os programas regionais. É liderado por um SecretárioExecutivo que é apoiado por dois adjuntos, um para integração regionale outro para administração e finanças. r

Assinatura do Tratado e Declaração da SADC

1 Agosto Dia dos Parentes RDC7 Agosto Dia dos Agricultores Zâmbia 8 Agosto Dia dos Camponeses Nane Nane Tanzânia9 Agosto Dia Nacional da Mulher África do Sul 14 Agosto Dia dos Heróis Zimbabwe15 Agosto Dia das Forças de Defesa Zimbabwe 15 Agosto Dia de Assunção Madagáscar, Maurícias, Seychelles 17 Agosto Dia SADC* Todos26 Agosto Ganesh Chaturthi Maurícias26 Agosto Dia dos Heróis Namíbia

4 Setembro Dia da Dança Umhlanga Reed Swazilândia6 Setembro Dia da Independência Somhlolo Swazilândia7 Setembro Dia dos Acordos de Paz de Lusaka Moçambique17 Setembro Dia dos Heróis Nacionais Angola24 Setembro Dia do Património África do Sul25 Setembro Dia das Forças Armadas Moçambique30 Setembro Dia do Botswana Botswana

4 Outubro Dia da Paz e Reconciliação Moçambique4 Outubro Dia da Independência Lesoto9 Outubro Dia da Mãe Malawi14 Outubro Dia do Mwalimu Julius Nyerere Tanzânia24 Outubro Dia da Independência Zâmbia*O dia da SADC não é um feriado público, mas assinala a assinatura do Tratado da SADC a 17 Agosto de 1992