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MIDSA Endereçando a Migração Irregular e Mista na Região da SADC: Protecção à Criança Migrante Não- Acompanhada Victoria Falls, Zimbabwe 7- 9 Julho 2015 Republic of Zimbabwe

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MIDSA

Endereçando a Migração Irregular e Mista naRegião da SADC:

Protecção à Criança Migrante Não- Acompanhada Victoria Falls, Zimbabwe

7- 9 Julho 2015

Republic of Zimbabwe

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MIDSAEndereçando a Migração Irregular e Mista na Região da SADC:

MIDSAEndereçando a Migração Irregular e Mista na Região da SADC:

ÍndiceSumário Executivo

Declaração Ministerial

DIA 1

Sessão de Abertura

Em Direcção à Implementação do Projecto do Plano de Acção Regional para Endereçar a

Migração Irregular e Mista

A Protecção ás Crianças Migrantes Não-Acompanhadas na Região da SADC

Experiências Regionais na Protecção ás UMC

DIA 2

Planeando o caminho a seguir

Trabalho de grupo: Input para a Declaração dos Ministros sobre a protecção das UMC

Esforços Complementares para a Implementação do Projecto do Plano de Acção Regional

Actualização em Assunto Auxiliares

Preparação da Declaração Ministerial

DIA 3

Sessão de Abertura

Revisão da Declaração Ministerial e Sumário da Apresentação das Deliberações

Debate e Aprovação da Declaração Ministerial

Sessão de Encerramento

Anexos

Anexo 1: Programa do MIDSA

Anexo 2: Participantes do MIDSA

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Endereçando a Migração Irregular e Mista naRegião da SADC :

Protecção à Criança Migrante Não- Acompanhada

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MIDSAEndereçando a Migração Irregular e Mista na Região da SADC:

MIDSAEndereçando a Migração Irregular e Mista na Região da SADC:

Declaração Ministerial

Os Ministros e os Vice-Ministros da Administração Interna/Interior dos Estados Membros da SADC, reunidos na 30 Conferência Ministerial do MIDSA sobre o Endereçamento da Migração Irregular e Mista na Região da SADC: Protecção à Criança Mirante Não-Acompanhada realizado em Victoria Falls, Zimbabwe, a 9 de Julho de 2015 e precedida por uma reunião preparatória de dois dias dos Oficiais Superiores :

Relembrando que na Conferência Ministerial do MIDSA de 2013 realizada no Maputo, Moçambique, os Ilustres Ministros e Vice-Ministros da Administração Interna/Interior e do Trabalho/Emprego identificaram a necessidade para, e recomendaram o desenvolvimento de, uma estratégia compreensiva para abordar o fenómeno crescente da migração irregular e mista na região da SADC;

Notando que, como um seguimento das recomendações acima citadas, um Workshop Técnico do MIDSA sobre a Migração Irregular e Mista foi convocado em Lilongwe, Malawi, em Julho 2014 no qual os oficiais superiores fizeram um balanço dos esforços na implementação das provisões do Plano de Acção de Dar Es Salaam que foi adoptado em 2010;

Reconhecendo as conclusões dos Oficiais Superiores que notaram que o conteúdo do Plano de Acção de Dar es Salaam continuava válido e que recomendaram a elaboração de um plano de acção de acompanhamento que irá continuar/sustentar os esforços iniciados durante o Plano de Acção de Dar es Salaam;

Tendo sido aconselhado que o projecto actual do Plano de Acção Regional sobre Migração Irregular e Mista foi preparado pelo Secretariado do MIDSA segundo a recomendação feita pelos Oficiais Superiores no Workshop Técnico de Lilongwe e foi revisto e reexaminado pelos Oficiais Superiores em Decembro de 2014;

Notando que o Projecto do Plano de Acção tem seis pilares maiores, como se seguem:

(a) Revisão Legislativa evde Política

(b) Capacitação

(c) Operações

(d) Comunicação e Alcance

(e) Colheita de Dados, e

(f) Coordenação e Cooperação.

SuMáRIo ExECutIvo

O terceiro Diálogo de Migração a nível-Ministerial para a África Austral (MIDSA) foi realizada em Victoria Falls, Zimbabwe, de 7-9 Julho 2015. MIDSA foi estabelecido em 2000, com o objectivo de facilitar o diálogo e cooperação entre os Estados Membros da SADC e contribuir para uma melhoria na gestão da migração regional. MIDSA é uma plataforma para migração a ser debatida de uma forma informal, não-vinculativa que encoraja os participantes a identificar, modelar e trabalhar com o fim da obtenção de metas partilhadas. Posteriormente, MIDSA aumenta a sensibilidade sobre os desafios e melhores práticas, e até agora tem colocado aspectos diferentes da gestão de migração na agenda regional, incluindo a protecção a migrantes vulneráveis, refugiados e requerentes de asilo que viajam em fluxos migratórios irregulares e mistos.

A reunião do MIDSA 2015 abordou tópicos múltiplos relacionados com a gestão da migração , com um foco particular na protecção das crianças migrantes não-acompanhadas (UMC). O objectivo desta reunião foi o de encorajar o diálogo entre os Ministros responsáveis pelo Interior na região da SADC na melhoria da resposta coordenada da região à migração irregular e mista. Sobre este objectivo geral, o MIDSA colocou uma atenção particular na necessidade de melhorar a protecção a crianças migrantes não-acompanhadas, que foram identificadas como uma área prioritária na reunião dos oficiais superiores em Decembro 2014.

Oficiais de todos os 15 Estados Membros da SADC participaram na reunião, representando: Angola, Botswana, República Democrática do Congo (RDC), Lesotho, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Moçambique, Namíbia, Seichelles, África do Sul, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia, e Zimbabwe. Os oficiais superiores assistiram aos dois primeiro dias da reunião, que incluiram apresentações e debates produtivos relacionados com as recomendações que levaram seguimento para os Ministros para uma aprovação formal. Ministros, Vice-Ministros e outros oficiais superiores participaram no terceiro dia da reunião para debater e aprovar a Declaração Ministerial que afirma a recomendação dos governos da SADC para que o plano de acção regional sobre a migração irregular e mista seja submetido formalmente ao Secretariado da SADC para adopção e implementação subsequente pelos Estados Membros. Além disso, a Declaração recomenda dar prioridade a secções do plano de acção relacionadas com a protecção de crianças migrantes não-acompanhadas e de iniciar a implementação das acções propostas assim como prosseguir no trabalho preliminar sobre os apátridas, alternativas à detenção e retorno.

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responder aos desafios de fornecer protecção ás crianças migrantes não-acompanhadas. Estas acções devem ser baseadas no �melhor interesse da criança�, como estipulado pelos instrumentos regionais e internacionais.

SuStENtABILIDADE Do MIDSA

Consistente com o nosso apoio em curso para, e reconhecimento do valor do Processo do MIDSA acreditamos que é necessário e importante tomar os passos apropriados para assegurar a sua sustentabilidade e para alinhar o Proceso do MIDSA mais intímamente com as estruturas e processos formais da SADC. Por isso, reiteramos as recomendações seguintes apresentadas na 2� Conferência Ministerial do MIDSA :

(a) que o Secretariado do MIDSA deve continuar os seus esforços para obter um alinhamento mais próximo do Processo do MIDSA com as estruturas formais e iniciativas da SADC e em particular, para evitar duplicação;

(b) que o arranjo estrutural actual no qual o Presidente da SADC é o anfitrião do MIDSA durante o seu mandato e apoia o Secretariado do MIDSA na organização dos eventos do MIDSA, incluindo o fornecimento de apoio financeiro na medida do possível, deve ser mantido e reforçado ;

(c) que todos os Estados Membros da SADC forneçam apoio financeiro ao Processo do MIDSA na medida do possível. Por isso, elogiamos os Estados Membros que deram e continuam a fornecer apoio financeiro ao Processo do MIDSA.

ASSuNtoS ADICIoNAIS

1. Elogiamos o Secretariado da SADC pelo progresso feito na implementação do Plano de Acção Regional sobre a Migração Laboral ;

2. Tomamos nota da Iniciativa de Migrantes de Países em Crise (MICIC) e da próxima consulta regional relativa a esta iniciativa.

FINALMENtE,

Insistimos para todos os Estados Membros da SADC, o Secretariado da SADC, o Secretariado do MIDSA, e Parceiros de Cooperação Internacional fazerem todos os esforços na continuação e implementação das recomendações concordadas e apresentadas nesta declaração, incluindo o compromisso dos processos necessários para assegurar que recursos suficientes sejam mobilizados para uma implementação com sucesso do Plano de Acção Regional.

Reconhecendo que cada um dos pilares do Plano de Acção é elaborado posteriormente em termos de acções específicas, indicadores, prazos e participantes identificados, assim como orçamento de implementação indicativo; e,

Elogiando os esforços dos Estados Membros da SADC, o Secretariado da SADC, o Secretariado do MIDSA, e os Parceiros de Cooperação Internacional em resposta ás recomendações feitas durante a Conferência Ministerial do MIDSA de 2013 .

Por este meio:

Aprovar o Plano de Acção Regional como uma estrutura viável e relevante para desenvolver uma aproximação regional comum para responder a, e endereçar os desafios complexos da migração mista e irregular;

Recomendamos que

• O Presidente actual da SADC comunique o Plano de Acção Regional ás estruturas adequadas da SADC, e o alinhe com as iniciativas existentes da SADC, incluindo as iniciativas do Comité Ministerial do Orgão, com o fim deste Plano de Acção Regional ser formalmente adoptado a nível regional.

• Os Estados Membros da SADC implementam individualmente e colectivamente o Plano de Acção Regional ;

• Os Estados Membro da SADC individuais conideram o desenvolvimento dos Planos de Acção Nacional consistente com a estrutura fornecida pelo Plano de Acção Regional;

• Os Estados Membros da SADC individualmente ou colectivamente dão prioridade ás secções do Plano de Acção relacionadas à protecção de crianças migrantes não-acompanhadas e ao começo da implementação das acções propostas, assim como ao prosseguimento do trabalho preliminar sobre os apátridas, alternativas à detenção e retorno, pendente da adopção formal pela SADC;

• Os Estados Membros da SADC individualmente e colectivamente desenvolveram e implementaram uma estrutura de política regional e estruturas de política nacional, incluindo o desenvolvimento de directrizes de Identificação e Referência e um Sistema de Gestão de Casos, e empreenderam um aumento da sensibilização e de actividades de treinamento para

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DIA 1

Sessão de Abertura

Sr. Melusi Matshiya, Secretário Permanente do Interior do Governo do Zimbabwe, deu as boas-vindas aos ilustres convidados e agradeceu aos Estados Membros da SADC , ao Secretariado da SADC, à Organização Mundial para a Migração (IOM), e agências das Nações Unidas (UN) por conduzirem a conferência do MIDSA na abordagem das necessidades de protecção das UMC na região . Ele pediu aos participantes para reflectirem na violação dos direitos humanos e nos riscos associados com contrabando e tráfico de pessoas (TIP), particularmente os perigos que as crianças migrantes são expostas durante o processo de migração. É encorajador que a maioria dos Estados da SADC decretaram legislação para criminalizar TIP e contrabando humano. Zimbabwe aprovou uma lei de combate ao tráfico em 2014, que vai ajudar a nação a abordar com mais eficácia o TIP e melhorar a protecção das UMC vulneráveis. Sr Matshiya apelou ao grupo para desenvolver uma abordagem regional para tratar das necessidades de protecção das UMC, notando que o compromisso de alto nível deve ser traduzido em resultados concretos. MIDSA deve resultar num conjunto de recomendações e numa estrutura de protecção para consideração dos Ministros da SADC para reforçar a resposta regional ás necessidades de protecção dos migrantes vulneráveis.

Sr. Stephen Sianga, Director do Desenvolvimeno Humano e Social e Programas Especiais do Secretariado da SADC, deu as boas-vindas aos participantes e expressou a sua apreciação ao Governo do Zimbabwe pela ralização do MIDSA 2015 focado na protecção ás UMC. Também agradeceu ao IOM, Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), e ao Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (UNHCR), pelas suas cooperações com a SADC e Estados Membros na apresentação deste diálogo. A Migração não é nova na região mas está a sofrer mudanças e inclui agora um número maior de mulheres e crianças. As tendências da migração estão a ficar mais complexas por isso o debate sobre a migração irregular e mista é oportuno. Existem nitídamente consequências positivas e negativas da migração e os governos devem maximizar os benefícios de forma a apoiar os esforços de desenvolvimento nacional.

A Gestão da migração não é mais apenas sobre o controle e restrições, mas também inclui a facilitação do movimento para melhorar o desenvolvimento social e económico. A migração gerida pobremente tem efeitos destabilizantes potenciais e pode levar a tensões entre os migrantes e comunidades hospedeiras, enquanto que a migração bem gerida pode criar desenvolvimento através de remessas e de experiência de diáspora assim como através de contribuições dos migrantes no sector laboral que leva a um crescimento económico. A ênfase deve ser na criação de um ambiente que é favorável para uma migração produtiva que é impulsionada por escolha, não desespero . Sr. Sianga reiterou o compromisso da SADC em realizar o seu papel neste processo e na sua expectativa de que os delegados vão melhorar a abordagem da região da SADC a assuntos de migração e de integração regional.

MIDSAMigration Dialogue for South Africa

DIA 1

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Sra. veronica Irima Modey-Ebi, Representante Regional Substituta da uNHCR para a áfrica Austral, deu as boas-vindas aos particiantes da conferência e expressou a sua gratidão pela oportunidade de fazer parte de uma plataforma importante na abordagem da migração irregular e mista na África Austral. Em nome do Representante Regional da África Austral para UNHCR, ela agradeceu aos governos da SADC por se reunirem para abordarem uma necessidade comum de uma aproximação regional para tentarem resolver os desafios da migração irregular e mista. Os fluxos migratórios mistos incluem pessoas viajando juntas mas com necessidades diferentes e por razões diferentes, tais como crianças, refugiados e requerentes de asilo.

Actualmente existe uma emergência para crianças migrantes, que perfazem mais de metade do número total de refugiados. A submissão de 24,000 aplicações de refugiados para crianças realça a necessidade de proteger os direitos das crianças e assegurar que tenham acesso aos processos de asilo. O MIDSA 2014 concluiu que o plano de acção de Dar Es Salaam continua aplicável e que o Plano de Acção Regional (RAP) deve ser seguido como um mecanismo em direcção a uma migração irregular e mista na região. Sra. Modey-Ebi agradeceu aqueles que estiveram comprometidos no processo do MIDSA e que ajudam pessoas vulneráveis nas nossas comunidades, e agradeceu também IOM e SADC por organizarem MIDSA, UNODC e Save the Children pelas suas contribuições valiosas, e os oficiais superiores pelo seus empenhos neste processos. Finalmente, Sra. Modey-Ebi agradeceu ao Governo do Zimbabwe por realizar a reunião e fez lembrar a todos os participantes a ajudarem na criação de um ambiente acolhedor, focado na produção para os migrantes vulneráveis.

Sra Zhuldyz Akisheva, Representante Regional uNoDC para áfrica Austral, deu as boas-vindas aos participantes e observou que é um privilégio fazer parte de uma reunião regional para discutir migração mista e irregular, um assunto de importância crítica. UNODC é a agência líder contra o crime internacional e agora que a protecção das UMC foi colocada no centro da agenda regional, UNODC vai criar ligações dentro do seu trabalho. UNODC publicou um relatório indicando que a África Sub- Saariana é a região com a incidência mais elevada em tráfico de crinças , muitos deles de natureza doméstica. Muitos países da SADC aprovaram o protocolo contra o contrabando de migrantes por terra, mar, e ar, mas a implementação deve ser reforçada . Para este fim, MIDSA deve resultar em recomendações e um plano de acção que ajudarão a realizar medidas preventivas contra o contrabando de migrantes . A fechar, a Sra. Akisheva agradeceu à IOM e SADC pela coordenação da conferência e ao Governo do Zimbabwe pela sua hospitalidade .

Sr Bernardo Mariano, Director Regional da IoM na áfrica Austral, deu as boas-vindas aos participante como migrantes, e observou que este era o seu quinto e último MIDSA antes de emigrar para a Europa. Agradeceu os participantes pelos seus esforços continuados no trabalho da IOM e elogiou os compromissos feitos pelos Estados Membros na abordagem dos assuntos de migração na região. O sr. Mariano fazendo referências aos MIDSA anteriores, observou que o diálogo é cada vez mais reconhecido como um fórum valioso para seguimento das questões

de migração , tais como a saúde, TIP, e trabalho, através de uma abordagem regional. Existe um conhecimento alargado que muitos migrantes estão a dirigir-se para o sul, de outras regiões no continente, usando rotas tradicionais ou recentemente estabelecidas. Existe um alarme crecente que as UMC estejam dentro desses fluxos, o que levou a preocupações sérias e chamadas para acção. Os MIDSA Ministeriais prévios resultaram em um plano de acção para a migração laboral que foi aprovado pelos Estados Membros da SADC. IOM tem trabalhado em estreita colaboração com os governos para implementar este plano, transformando-o assim o MIDSA em resultados accionáveis . O plano de acção de Dar Es Salaam em 2010 foi revisto no MIDSA de 2014 e aprovado pelos Estados Membros para continuação com algumas modificações a reflectir as realidades actuais.

Sr. Mariano agradeceu aos parceiros pelas suas coordenações, SADC por servir como um vaso de ligação entre o MIDSA e as estruturas formais de SADC, o Governo do Zimbabwe pelo seu compromisso contínuo e entusiasmo , Namíbia, Maurícias, Moçambique, e Malawi por terem organizado MIDSAs recentes, África do Sul pelas suas contribuições financeiras generosas e o Departamento do Estado do Estados Unidos pelo seu apoio contínuo. Outros parceiros, incluem a Cooperação de Desenvolvimento Internacional da Suécia (SIDA) e Save the Children, também contribuiram mas a sustentabilidade do MIDSA permanece um assunto crítico. Antes de deixar a região, o maior desejo do Sr. Mariano é ver estruturas operacionais postas em prática através da aprovação do plano de acção, que vão ajudar a transformar as recomendações do MIDSA numa acção de implementação.

Ilustre Z. Ziyambi, vice Ministro do Interior do Governo do Zimbabwe agradeceu aos oficiais do Governo do Zimbabwe pela organização do MIDSA e deu as boas-vindas aos distintos convidados e participantes. Ele expressou a sua honra em ter a possibilidade em abordar um grupo importante e diverso de especialistas de migração no tópico de protecção ás UMC, reconhecendo que muitas constituições dos países representados promovem os melhores interesses da criança. Ele reconheceu que existem riscos associados com a detenção e falta de protecção de migrantes irregulares e assuntos que requerem análise durante a conferência. Enquanto que a SADC deixa o cuidado das UMC aos estados membros, os governos devem adoptar uma aproximação regional a uma abordagem mais eficaz ás necessidades de protecção das crianças, incluindo facilidades de recepção adequadas e serviços de rasteio familiar.

O Ilustre Vice MInistro lembrou os delegados que no MIDSA técnico no Malawi em Julho de 2014, os países da SADC reveram o plano de acção de 2010 e concluiram que ainda era um plano relevante e que devia ser incorporado nos planos regionais futuros . Os oficiais superiores debateram o assunto das UMC e pediram ao Secretariado do MIDSA para coordenar o projecto de uma estrutura regional; ele encorajou todos os participantes a partilhar experiências boas e más durante o processo de modo a construir uma estrutura de protecção robusta que vai ser aprovada a nível ministerial. Expressou a sua gratidão à SADC, IOM, UNHCR, e UNODC pelas suas colaborações com o Governo do Zimbabwe na organização do evento. Esta colaboração

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deve continuar para assegurar continuidade dos objectivos partilhados.

Em Direcção à Implementação de um Projecto do Plano de Acção Regional para Endereçar a Migração Irregular e Mista

Sr. Bernardo Mariano, Director Regional Director da IoM na áfrica Austral, apresentou os resultados esperados do MIDSA 2015. Era esperado os oficiais superiores presentes nos dois primeiros dias da reunião comunicarem aos ministros no terceiro dia as medidas concretas para dar seguimento à agenda da abordagem da migração irregular e mista . A plataforma do MIDSA vai também permitir aos participantes deliberar em estratégias orientadas-acção que levam em conta as necessidades de protecção das UMC assim como os assuntos levantados durante os MIDSAs prévios. Novos tópicos, tais como migrantes em crise, vão também ser abordados. Como parte do esforço de sustentabilidade do processo do MIDSA, os delegados também vão debater um mecanimo de financiamento para o MIDSA. A declaração ministerial preparada por delegados é suposta capturar a implementação do Plano de Acção Regional e de facilitar as ligações a estruturas pertinentes da SADC, incluindo o comité ministerial do orgão e inclui passos a serem tomados para melhorar a protecção das UMC. Os delegados vão também partilhar desafios enfrentados durante a implementação e aprender com a experiência regional de participantes tanto estatais como não-estatais. Recomendações vão ser sumarizadas e apresentadas para aprovação ministerial no terceiro dia.

Yitna Getachew, Especilista temática Regional da IoM, forneceu uma actualização no estado do projecto do Plano de Acção Regional para endereçar a migração irregular e mista na África Austral com foco na protecção das UMC. Depois de realçar a cronologia do seu desenvolvimento e passos dados até ao momento, Sr. Getachew ofereceu algumas opções para levar em frente este plano de acção. Resumindo, o projecto inicial, que foi baseado na investigação do estudo de �Busca de um Sonho Austral�, foi revisto e revisado pelos Estados Membros em 2014. Em Março de 2015, o projecto RAP foi finalizado e transmitido ao Presidente da SADC para iniciar o processo de aprovação formal. Os estados Membros concordaram que enquanto se espera a a formalização do plano de acção completo, os governos devem começar a implementação com o foco na secção de protecção das UMC. Um par de opções para o caminho em frente incluem a adopção do projecto RAP com ou sem alterações, a recomendação para aprovação formal no seio da SADC, e alinhamento do plano com iniciativas do Comité Ministerial do Órgão (MCO) para evitar redundância e continuidade da ou para segurar a implementação aguardando aprovação formal. Sr. Getachew lembrou os delegados dos seis pilares do plano—legislação e política, capacitação, operações, comunicação e alcance, colheita de dados, e cooperação e coordenação —e do orçamento calculado para implementação, calculado aproximadamente a 15 milhões USD para o período 2015-18.

O delegado da Namíbia propôs apresentar o projecto RAP aos ministros dos países da SADC com a compreensão que modificações adicionais podem ser feitas no documento antes da sua

finalização. As recomendações feitas durante o MIDSA vão servir como as melhores práticas que podem ser talhadas num contexto nacional. Os Estados Membros alcançaram um consenso no avanço do RAP para aprovação pela SADC e alinhamento com as decisões da MCO, reconhecendo que o MIDSA serve como um terreno fértil para ideias e iniciativas que podem ser traduzidas em acção formal. Os assuntos que os participantes devem considerar quando o plano avança incluem coordenação, finança, cidadania, compromisso da diáspora, bem como a forma de integrar o MIDSA em estruturas existentes da SADC.

Plenário. Os delegados proposeram que o RAP seja apresentado aos Ministros para aprovação e submitido formalmente à SADC. A mobilização de recursos para o RAP vai ser um esforço conjunto entre os parceiros de desenvolvimento e os Estados Membros da SADC, sobre a liderança da IOM. O assunto dos apátridas foi levantado e os delegados tomaram conhecimento dele como parte do pilar de revisão legislativa e política do RAP; o projecto actual do plano inclui medidas e referências de instrumentos internacionais existentes. UNHCR está liderando uma campanha de 10 anos para acabar com os apátridas. Embora o alinhamento com o Orgão da SADC para Políticas, Defesa e Segurança seja um passo importante, os delegados debateram a necessidade de reforçar a abordagem regional à migração através de canais tanto infomais como formais.

Dra. Jane Muita, Representante Adjunta do País para a uNICEF, proporcionou uma visão geral sobre assuntos e iniciativas de protecção à criança. UNICEF reveu o RAP para áreas de possível compromisso. UNICEF debateu a migração em termos de �crianças em movimento� como uma mudança nas tendências migratórias que reflecte agora um número em aumento de crianças. A abordagem ás “crianças em movimento” é considerada mais holística, porque

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inclui todas as pessoas com menos de 18 anos de idade que deixam as suas residências, quer internacionalmente quer dentro do seu país natal, e a sua protecção através do processo de migração. UMC podem migrar pela educação, emprego, ou unificação familiar enquanto que outras fogem da guerra, mas são todas vulneráveis à exploração. Devido a dados insuicientes, UNICEF olha para os indicadores para identificar melhor as necessidades e tendências. Estes incluem a migração Sul-Sul, que não chama tanto a atenção dos meios mediáticos como a migração Sul-Norte, apesar de ser quase tão comuns.

Em 2011, UNICEF apoiou um número de países na documentação de crianças em movimento. Os relatórios resultantes específicos-países ajudaram a informar a programação a nível de país e coordenação a nível regional. As estruturas de política regional são inadequadas em guiar os países a lidarem com crianças em movimento, como evidenciado pela detenção de crianças em estado irregular. Existem instrumentos e exemplos que a região pode ter como referência, tais como as Convenções de Haia, que declara expressamente como lidar com certos desafios relativos a crianças e detenção. A região beneficiaria muito de um estutura de lei pública que equilibraria a necessidade das crianças vulneráveis no contexto de migração maior e que permitiria as crianças participar no processo.

Professor Benyam Dawit Mesmer, universidade de Western Cape, apresentou os resultados preliminários de um estudo sobre UMC conduzido em cinco países—Botswana, Moçambique, África do Sul , Zâmbia, e Zimbabwe. O estudo vai oferecer uma revisão da legislação e política existente e identificar lacunas na protecção ás UMC. Até agora, as práticas prometidas têm sido observadas nos países-alvo. Os direitos imperativos das crianças são apoiados pelo facto de que todos os participantes do MIDSA são partidos estatais da convenção dos direitos da criança. Um ênfase no termo �criança� ou �crianças� é crítica no debate actual porque o uso de �menores� pode ser complicado e nem sempre captura as necessidades diferenciadas entre crianças.

Também deve ser reconhecido que o modo de transporte tem um impacto na vulnerabilidade das UMC através do processo de migração porque representa muitas vezes riscos sérios de saúde para a criança. Enquantoa o ênfase da gestão da migração vai permanecer na aplicação da lei, UMC devem ser vistas primeiro como crianças; o foco penal deve ser sobre os contrabandistas e traficantes. Dados existentes na migração da criança, a maioria dos quais mostram a criança como parte de uma família migrante, são muitas vezes muito limitados, desactualizados, e fragmentados; contudo a quantidade e qualidade da literatura pertinente está a aumentar. As conclusões preliminares indicam que enquanto as crianças são particularmente vulneráveis, elas também demonstram um resiliência forte e capacidade de adaptação. Até agora, a participação das crianças é limitada na resposta e desenvolvimento de política .

Plenário. Os delegados reconheceram que existia uma troca limitada tde informação e lições aprendidas no que diz respeito à protecção das UMC, e também uma falta de dados desagregados. Um exercício de planeamento do participante pode fornecer clareza no que já foi feito e por

quem dentro do espaço de protecção da criança. Outra preocupação expressa pelos delegados é a credibilidade das reividicações dos requerentes de asilo , porque ex-combatentes de países em conflito procuram refúgio entre aqueles com reivindicações legítimas.

A comunidade internacional ainda tem falta de medidas de previsibilidade e muitas vezes só responde quando o problema ou necessidade de protecção é maior. Incorporando medidas de previsibilidade baseadas em indicadores pode melhorar os esforços de resposta. Em termos de estudo, os países foram seleccionados na literatura disponível, financiamento disponível, e presença de pessoal. África do Sul é o maior país de destino por isso as conclusões deste país podem fundamentalmente oferecer um quadro mais completo através da inclusão de crianças de países não-alvo.

A Protecção a Crianças Migrantes Não-Acompanhadas na Região da SADC

Desafios Enfrentados pelos Estados Membro na Protecção das UMC

A delegação do Malawi realçou alguns desafios na abordagem ás necessidades de protecção entre as UMC. Particulamente, o governo tem dificuldade em identificar eficazmente as UMC dentro das suas fronteiras porque muitos migrantes irregulares usam rotas não oficiais e estão só em trânsito através do país. Adicionalmente, constrangimentos financeiros têm resultado em facilidades limitadas para acomodar as UMC uma vez identificadas . Como outros países notaram, a ausência de uma estrutura política compreensiva e uma colheita de dados fraca limitou também a eficácia da resposta.

A delegação da tanzânia também informou que tem mecanismos inadequados para colheita de dados e perfilagem das UMC, assim como uma coordenação fraca entre as entidades governamentais e os provedores de serviço. Actualmente está a ser desenvolvida uma política para melhorar a protecção das UMC.

A delegação de Angola observou que durante os anos de conflito armado, o país notou níveis altos de migração rural-urbana . A migração mista é regulada actualmente através de vários instrumentos legais, que requerem que os menores viajem com aprovação por escrito dos pais e criminaliza TIP. Esta lei é aplicada de forma estrita, aplicável aos adultos/tutores relevantes porque o governo tem mecanismos para identificar documentos. Como resultado muitas crianças migrantes foram impedidas de deixar o país. O instituto nacional para as UMC toma cuidado das vítimas de tráfico assim como de outras crianças vulneráveis, apoiado pelo plano de acção inter-ministerial no combate ao tráfico humano.

Maurícias tem só duas portas de entrada—um porto de mar e o aeroporto—o que torna mais fácil para o Goveno regular a migração. Não existe uma legislação específica para abordar o contrabando de migrantes, mas a estrutura legal existente possibilita as autoridades lidar com casos sob o código civil, o acto de imigração, e o acto de deportação . O delegado das Seichelles

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observou que não tem havido desafios nenhuns registados no que diz respeito á protecção das UMC porque muitos menores chegam com uma escolta à ilha que se responsabiliza pela criança; UMC devem ter uma declaração oficial dos seus pais. Madagáscar é a maior de todas as ilhas do Oceano Índico, com 5,000 quilómetros de linha da costa que permite uma entrada fácil e irregular no país. Não existe um registo oficial de UMC mas o governo está a rever a sua política de migração para expandir os seus elementos de protecção.

A delegação do Lesoto apresentou em nome do Lesoto, África do Sul, e Suazilândia . UMC sofrem de stress e ansiedade e não se integram bem nas escolas como resultado de uma falta de recursos de materiais, o que leva muitas vezes a uma perda dos valores familiares e ocupação em comportamentos negativos e em desistência escolar. Uma falta de compreensão nas comunidades de acolhimento pode levar a tensão e impede as UMC de abordarem as autoridades com pedidos de ajuda.

A delegação de Moçambique, apresentou em nome de Moçambique, Namíbia, e Zimbabwe, identificou os cinco desafios primários relacionados com a protecção ás UMC: primeiro, criação de condições de retenção nos países de origem; segundo, treinamento de autoridades na investigação e provisão de serviços; terceiro, suficiente distribuição de recursos para recepção e aconselhamento das UMC; quarto, coordenação multilateral e bilateral; e quinto, uma falta de conhecimento entre populações vulneráveis sobre os perigos da migração irregular.

A delegação do Zimbabwe observou que os desafios sócio-económicos são um motor da migração irregular o que torna essas crianças que optaram pela migração mais vulneráveis a serem traficadas. Reunião familiar, particularmente para crianças cujos pais são cidadãos nacionais,

continua a ser um desafio. Os programas para proteger as UMC são mais reactivos do que preventivos. Na Zâmbia, a língua é uma barreira para uma provisão de serviço eficaz, porque limita as facilidades para acomodar as UMC. Adicionalmente, as UMC nem sempre cooperam com as autoridades, tornando ainda mais difícil identificar as actividades dos traficantes.

Melinda van Zyl e Gilles virgili de Save the Children da áfrica Austral forneceram uma visão geral do desafios e uma actualização sobre o ponto da situação relativo à protecção das UMC na região. Save the Children está implementado actualmente um projecto para proteger 80,000 crianças em risco da migração não-acompanhada em Moçambique, Zâmbia, e Zimbabwe,onde se pretende reforçar os sistemas de protecção, com foco na integração e retorno das UMC, bem como a melhoria da gestão e resposta . Embora os mecanismos de protecção nem sempre respondem aos mais vulneráveis, o plano de acção do MIDSA deve reconhecer a necessidade de sistemas de protecção reforçados à criança, além de desenvolvimento de políticas. Tem sido observado progresso em mecanismos transfronteiriços, tais como o grupo de trabalho entre Moçambique e Zâmbia. Enquanto a sensibilização dos riscos entre as crianças possa ser um meio eficaz de promover a migração segura, factores impulsionadores permanecem e exigem uma acção urgente .

O estudo “Jozi Lights Study” concentrou-se em seis centros urbanos por um período de oito semanas, com o foco em 96 crianças migrantes de países diferentes. Das UMC inspeccionadas, 29 por cento tinham menos de 15 anos de idade e 41 por cento trabalhavam o dia inteiro. O estudo verificou que as mais novas UMC trabalhavam as horas mais longas e que as raparigas das áreas rurais eram as menos propensas a frequentar a escola. Na África do Sul, o país de destino primário na região, a maioria das UMC não são identificadas ou referidas aos provedores de serviço de protecção. Dada a maneira irregular na qual as crianças entram no país, muitas são invisíves aos serviços sociais. Para aquelas que estão no sistema, a colocação temporária torna-se muitas vezes uma solução a longo-termo . Uma falta de procedimentos nítidos relativos aos limites da documentação de acesso aos serviços, tais como educação, e rasteio familar e reunião é muitas vezes feita numa base ad hoc.

Save the Children forneceu as recomendações seguintes: melhorar a protecção da criança em áreas urbanas e, na medida do possível, prevenir a migração transfronteiriça das crianças; reforçar os sistemas de protecção para a criança, que podem incluir a assistência a crianças trabalhadoras através do compromisso com os patrões; e abordar a vulnerabilidade dos agregados familiares nos países de origem.

Plenário. A delegação da África do Sul observou a ausência do debate na determinação do melhor interesse da criança e observou também que a reunião familiar, normalmente a opção preferida, é feita através dos tribunais de acordo com a legislação pertinente. Angola observou que as UMC chegam muitas vezes ao país em condições degradantes e sem documentos para as poder ajudar nos esforços de retorno. Além disso, algumas UMC cometeram crimes, o que

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representa um desafio extra para o governo . Save the Children observou que os assistentes sociais responsáveis pelo cuidado das UMC não são muitas vezes conhecedores da protecção ao refugiado e perdem oportunidades para referências adequadas. Para crianças não-refugiadas, a documentação é muitas vezes uma barreira aos serviços e embora a reunião é muitas vezes no melhor interesse da criança, nem sempre é possível. Delegados questionaram como os países podem abordar em conjunto e coordenar a reunião familiar e como lidar com casos onde a reunião familiar não é de facto no melhor interesse da criança.

Experiências Regionais na Protecção das uMC

Sr. Laurence Hart, Director da Divisão de Ajuda ao Migrante na Sede Principal da IoM, forneceu uma visão geral do trabalho da IOM nos assuntos das UMC, fornecendo um modelo que pode ser aplicado e replicado em contextos de vários países. A protecção e assistência aos UMC é necessária, não só em termos de obrigações internacionais mas também devido a custos sociais altos associados com cidadãos recusados que mais tarde serão incapazes de contribuir positivamente para a sociedade. IOM fornece assistência a migrantes abandonados e vítimas de tráfico e entre 2012-2014, 23 por cento dos migrantes ajudados eram UMC. As quatro soluções potenciais disponíveis aos UMC são o retorno ao país de origem, integração local, restabelecimento num terceiro local, ou adopção. Retornos devem ser consistentes com os direitos da criança para assegurar a segurança e acesso à educação e saúde. Quando os retornos não são possíveis, a integração local deve ser baseada em um estado legal como um residente. Restabelecimento é apropriado só como único meio de assegurar a protecção da ciança. Adopção é a última opção e necessita do consentimento parental que não seja induzido por pagamento.

As acções mínimas necessárias para o cuidado e protecção da criança incluiem : identificação, registo (emissão de documentos de identificação e uma entrevista sensitiva-género que é conduzida numa linguagem conhecida da criança), rasteio familiar (começando o mais cedo possível mesmo que a reunião não seja possível imediatamente), nomeação de um tutor, acomodação, acesso a educação de qualidade (mantida através de um ciclo de migração pelas escolas locais e treinamento vocacional), e saúde (mesmo nível de acesso aos serviços de saúde proporcionado às crianças locais). Detenção de crianças migrantes não pode ser justificada sómente pelo seu estado de migração.

Um grupo inter-operacional para crianças em movimento (IGCM) foi criado em 2011 para facilitar a coordenação e colaboração entre os participantes internacionais, apoiar a investigação e colheita de dados, aumentar a visibilidade sobre as crianças em movimento em espaços e eventos de desenvolvimento de políticas chave , promover o desenvolvimento dos mecanismos de protecção à criança em corredores onde a criança está em movimento, e assegurar que as crianças em movimento participem neste processo. Sr. Hart deu um exemplo da Moldávia sobre uma prática melhor para a protecção da criança, onde um sistema de referendum nacional reune competências de muitos participantes para assegurar que as vítimas de tráfico tenham acesso a

uma ajuda compreensiva.

os Esforços do Governo para a Protecção das uMC, Governos da Zâmbia, Zimbabwe, áfrica do Sul

Na Zâmbia, o governo estáa trabalhar intimamente com os parceiros da UN, particularmente no que diz respeito a contra-atacar o tráfico. Um grupo de trabalho técnico foi estabelecido em 2013, compreendendo o governo, UN, e parceiros da sociedade civil. No seguimento de uma série de actividades, a primeira consulta nacional sobre tráfico de crianças foi realizada na Zâmbia em 2014, durante a qual instrumentos para protecção das vítimas de tráfico foram emitidos pelo presidente. Oficiais da linha da frente foram treinados na migração irregular e uma estratégia foi desenvolvida para assegurar que o público em geral receba informação nos assuntos essenciais e a legislação nacional abordando as necessidades das crianças migrantes está a ser revista para a alinhar com os padrões internacionais. Zâmbia organizou uma consulta regional em Maio de 2015, que foi assistida por Angola, RDC, Malawi, Moçambique, África do Sul, Tanzânia, e Zimbabwe. Os resultados imediatos destas consultas regionais e nacionais incluem uma melhor coordenação com os parceiros dentro do país, identificação oportuna das UMC em necessidade de ajuda, resoluções melhoradas com o fim de se obterem soluções duráveis, e uma melhor compreensão das dinâmicas da migração.

No Zimbabwe, o Departamento de Bem Estar da Criança e Serviços de Protecção é encarregado de proporcionar serviços de protecção a crianças vulneráveis. Em conformidade com um número de políticas e actos nacionais e internacionais, o Zimbabwe oferece serviços de protecção ás UMC, apoio de comunicação bilateral, consideração especial durnte a deportação, e recepção durante a provisão de serviço. SOPs servem como linhas de conduta para protecção das UMC e crianças separadas para ajudar a assegurar que os padrões internacionais sejam cumpridos durante a provisão de serviço. O Departamento das Crianças e a Assistência Social são responsáveis pela protecção das UMC e só encerra um caso quando uma criança é reunificada com a família por seis meses.

África do Sul tem um procedimento para lidar com menores, UMC, e crianças refugiadas com o foco em crianças de outras áreas da África do Sul, crianças estrangeiras na África do Sul, e crianças Sul Africanas viajando para o estrangeiro. Foi verificado que nenhuma criança viaja sem a ajuda de um adulto. De acordo com a estrutura legal da África do Sul, as crianças têm o direito a visas e podem viajar com os pais desde que seja apresentados uma certidão completa de nascimento e cópias dos documentos de identificação dos pais. As crianças também têm direito ao estado de requerente de asilo, um processo para o qual é necessário uma referência do Departamento do Interior para o Departamento de Desenvolvimento Social para as UAM terem facilidades através de concessões e acesso a casas seguras.

Plenário. Delegados levantaram um número de perguntas relativas à protecção das UMC, incluindo sobre os instrumentos que são usados para determinar o melhor interesse da criança,

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se a responsabilidade para tutela é da responsabilidade de instituições ou indivíduos, e se os membros das comunidades locais podem adoptar UMC. O factor de impulsão potencial relacionado com o restabelecimento possível em um terceiro país foi realçado em referência aos cidadãos do Burundi que querem restabelecer-se nos US no seguimento de uma recente violência política.

A determinação dos melhores interesses é desafiadora quando influenciada pelas normas culturais predominantes. Uma abordagem multi-disciplinar é a melhor opção; é importante assegurar que toda competência disponível é aplicada. Os casos devem contar com pessoal qualificado que são treinados em assuntos jurídicos e cuidados de crianças e que podem determinar se a UMC é vítima de tráfico mas na prática, o processo de identificação e cuidado é um desafio. Na África do Sul, o tutor nomeado da UMC pode ser um NGO qualificado ou um indivíduo. IOM não tem uma carga alta de casos para restabelecimento mas pode existir um mito que é uma opção realistica. IOM está ansiosa de trabalhar com o governo para encontrar soluções, tais como AVRR, para migrantes abandonados que não são elegíveis de permanecer no país de destino. Apoiando o processo de reintegração é uma opção de política que ajuda a proteger os retornados porque voltando de mãos vazias pode levar a discriminação e estigma.

Zimbabwe recomendou uma só paragem no posto fronteiriço como uma possível solução para evitar duplicação dos processos e forneceu a visa Kasa – um projecto piloto entre a Zâmbia e o Zimbabwe - como um exemplo em como a coordenação transfronteiriça pode ter benefícios bilaterais pois facilita o movimento entre os países.

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Planeando o Caminho a Seguir

Sra. Ingrid Zuniga Menjivar, uma representante do Ministério dos Negócios Estrangeiros de El Salvador, forneceu uma visão geral do Processo Puebla e partilhou os pontos altos da experiência Latino Americana da coordenação multilateral. A Conferência Regional sobre Migração (RCM), também conhecida como o Processo Puebla, foi estabelecido em 1996 e actualmente tem 11 estados membros e diversos observadores, incluindo países de origem, trânsito, e destino assim como parceiros do sector privado. Decisões da RCM não são vinculativas mas fornecem uma estrutura para uma cooperação regional contínua.

A estrutura RCM inclui vice-ministros responsáveis pelo trabalho e negócios estrangeiros a alto nível e um grupo de trabalho regional em migração que compreende secretários principais apoiados por redes de contra-tráfico e consulares. Os três temas centrais da RCM são os direitos humanos, migração e desenvolvimento; os três são ligados intimamente e são aplicados nas áreas de alívio a desastres naturais, igualdade de género, saúde, e protecção das UMC.

O número das UMC nos US é tão alto que o Presidente Obama declarou-a como uma crise humanitária; só em 2014, mais de 52,000 UMC foram interceptados nos US. Não existe ainda uma rede formal de UMC dentro da RCM mas um grupo ad hoc surgiu com umas directrizes regionais para uma perfilagem precoce de crianças migrantes com o apoio da IOM, ILO, HCR, e UNICEF. O próximo passo vai ser a organização da terceira reunião de grupo em Agosto de 2015 para debater um manual de protecção compreensiva para crianças e um curso de treinamento na determinação dos melhores interesses para as crianças migrantes.

Sr. Yitna Getachew informou os participantes no estado da implementação das recomendações do MIDSA e nos planos de sustentabilidade do MIDSA. O plano de sustentabilidade tem dois componentes: o diálogo em si e a implementação das recomendações. Nos 15 anos, desde o seu início, MIDSA produziu um número de recomendações que nem sempre se traduziram em acção e na maneira como o MIDSA interage com estruturas formais é o sujeito de muita discussão. MIDSA ajuda a estabelecer terreno para cultivar ideias mas continua uma RCP de modo que as recomendações não sejam vinculatativas. O benefício da estrutura é que os estados têm uma plataforma para discussão aberta; MIDSA foi um dos poucos fóruns a discutir abertamente o TIP quando era considerado muito sensível e agora muitos estados têm actos contra-tráfico e planos de acção nacional.

As reuniões prévias do MIDSA em Blantyre e Dar Es Salaam levaram ao plano de acção actual do MIDSA. Baseado na migração de trabalho regional, que foi concebido, desenvolvido, e elaborado através do MIDSA e depois aceite pela SADC e agora está a ser implementado, existe um valor claro deste processo mas doadores comentaram na falta de contribuições dos estados membros.

Os participantes do MIDSA precisam assegurar que o compromisso e posse demonstrada durante as reuniões também os conduza a acção. IOM reconheceu as contribuições contínuas por parte da África do Sul durante uma amostra do gráfico que mostrou uma discrepância entre níveis de compromissos/garantias e contribuições actuais. IOM vai continuar a liderar os esforços de mobilização de recursos mas não o pode fazer sózinho e encoraja os estados membros a identificar um mecanismo de financiamento ou a desenvolver uma estratégia de angariação de fundos.

trabalho de Grupo: Input na Declaração dos Ministros sobre a Protecção das uMC

A divisão de grupos gera ideias para input na Declaração Ministerial. O seguinte é um resumo das apresentações de grupo feito no plenário.

Lesoto, África do Sul, e Suazilândia realçaram a necessidade de desenvolver uma estrutura de políticas regionais para guiar as novas políticas relacionadas com a protecção das UMC. Os elementos podem incluir a) benchmarking b) revisão das estruturas existentes c) visão geral das melhores práticas, incluindo um aumento da sensibilização, e d) compromisso do sector de negócios. Os delegados encorajam o uso de agências existentes dentro dos sistemas de protecção para capacitar e melhorar a informação partilhada dentro e entre países. MIDSA deve ser mais alinhada com as políticas e estruturas existentes. Para este fim, os delegados acreditam que a migração deve ser um item permanente na agenda da SADC . Para assegurar sustentabilidade, o país irá assumir responsabilidade financeira da reunião. Deve-se dar seguimento ás recomendações do MIDSA para aprovação pelos ministros e implementação com o apoio de países vizinhos e organizações internacionais.

Malawi, Tanzânia, e Zâmbia realçaram a necessidade de um diálogo contínuo para rever os esforços e progresso feitos até agora na transformação dos planos em acção. Isto pode ser obtido favorecendo a cooperação regional a endereçar desafios especifícos nacionais e desafios transfronteiriços, incluindo factores de impulsão que colocam em perigo as pessoas no geral, e as crianças em particular. Os delegados encorajaram todos os participantes a fazer pressão na SADC para adoptar o RAP como um dos instrumentos de abordagem dos desafios da migração irregular e mista na região. Os Estados Membros são encorajados a fazer provisões nos orçamentos relevantes ministeriais para apoiar a implementação do RAP a nível nacional. Num período de 18 meses, os estados membros devem mobilizar os parceiros essenciais que trabalham nas áreas de protecção ás crianças para formarem equipas de trabalho que vão liderar uma implementação imediata. Os países da SADC podem considerar a adopção do modelo da Zâmbia para o mecanismo de referência.

Os países do Oceano Índico, Madagáscar, Maurícias, e Seichelles registaram as recomendações dos estados individuais mas observaram que os esforços nem sempre se traduziram numa

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implementação a nível regional, talvez por uma falta de coordenação. Em termos dos próximos passos, os delegados recomendaram a finalização e aprovação do RAP e a sua integração nas estruturas formais da SADC. O RAP deve ser alinhado com os planos da SADC e estados membros e deve honrar os compromissos numa base anual para financiar o plano de acção. Um mecanismo deve ser colocado em prática para identificar e relatar casos das UMC às autoridades pertinentes através de capacitação e de campanhas de sensibilização direccionadas , particularmente em Madagáscar.

Botswana, Namíbia e Zimbabwe encorajaram uma coordenação continua para abordar os desafios da migração e também recomendaram a adopção do plano de acção. O Secretariado da SADC é instigado a integrar os pontos do plano de acção em áreas prioritárias e a usá-los como uma ferramenta para mobilização de recursos. Recomenda-se que a SADC estabeleça uma secretária de migração para melhorar o controlo e esforços de avaliação.

Angola e Moçambique ecoaram com os outros grupos no seu apoio à adopção e implementação deste plano de acção de modo a facilitar o movimento das pessoas. Os países de destino e origem podem e devem partilhar experiências através de um diálogo multilateral e bilateral. Os protocolos para harmonização das políticas de migração entre os estados a nível regional devem ser negociados. Para melhorar a protecção das UMC e reforçar as medidas de protecção , a cooperação entre as diferentes agências na região é crítica, particulamente no que diz respeito ao tráfico de mulheres e crianças. O papel da IOM em coordenar os esforços para mobilizar e atribuir fundos deve ser reconhecido e apoiado.

Resumindo, todos os participantes reconheceram os esforços existentes e recomendaram que o plano de acção seja aprovado e alinhado com as iniciativas e estruturas existentes da SADC. Os delegados também encorajaram os estados membros a incorporar elementos do RAP nos seus planos de acção nacional e concordaram na necessidade de dar prioridade à protecção das UMC, realçando a necessidade de desenvolvimento de estruturas de políticas tanto a nível nacional como regional. Em termos de sustentabilidade, os delegados recomendaram que o MIDSA esteja mais formalmente alinhado com as estruturas da SADC, acrescentando que a migração devia ser um item permanente na agenda da SADC.

Esforços Complementares para a Implementação do Projecto do Plano de Acção Regional

Amanuel Mehari, Oficial de Migração Mista na UNHCR, apresentou o trabalho que está sendo feito pela UNHCR para expandir o espaço de protecção e assegurar que os direitos dos indivíduos sejam protegidos. UNHCR está a ajudar a protecção de 600,000 pessoas de preocupação na região e está a desenvolver um projecto de um plano de acção interno para guiar os escritórios do país num esforço de apoio a uma resposta regional holística. A base da resposta é a lei do refugiado e os dez pontos de acção da organização. O trabalho das UMC é orientado pelo Comité dos Direitos da Criança e outras políticas pertinentes, que incluem a determinação dos melhores interesses. Dentro das medidas legislativas e de política, UNHCR trabalha em seis áreas temáticas que estão ligadas directamente e devem ser alinhadas com os seis pilares do RAP.

Ms. Samantha Munodawafa, Consultora Legal no uNoDC, forneceu uma visão geral das actividades a ser implementadas na região para reforçar os esforços contra-tráfico com foco na investigação e acusação daqueles que beneficiam das actividades de tráfico e contrabando. O relatório sobre tráfico do UNODC em 2014 incluiu inputs de nove estados membros da SADC mas a colheita de dados relacionados com o TIP continua a ser um desafio. Uma descoberta marcante do relatório é de que 73 por cento dos VOTs eram crinças, na maioria raparigas. O tráfico na região é essencialmente de natureza doméstica � rural para urbana � e transfronteiriça dentro da região da SADC, embora VOTs da Ásia e Pacífico do Sul tenham sido identificados.

UNODC da África Austral trabalha sobre uma MOU com o Secretariado da SADC e trabalha essencialmente em nove países servindo como um guardião do crime internacional ajudando os membros a estabelecer a base para acção contra os traficantes. A ajuda chega na forma de um projecto de legislação, consultas com os grupos de parceiros, desenvolvimento de SOPs para referência das vítimas, criação de materiais para guiar as revisões das leis pertinentes, estabelecimento de equipas de trabalho para operações, e apoio ao desenvolvimento de políticas e planos de acção. É difícil medir correctamente a extensão do problema, a análise do qual informa a política mas UNODC está a trabalhar com os governos para melhorar a captura de dados. O UNODC teve um projeto piloto na Suazilândia e Lesoto para colheita de dados e conduz o TOT para os oficiais de cumprimento da lei sobre diferentes aspectos da investigação

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e repressão de crimes TIP. O contrabando de migrantes e a gestão de fronteiras integrada estão intimamente ligadas e devem ser abordados em conjunto. Para este fim, UNODC também reforçou a protecção ao migrante através do apoio das autoridades locais em áreas de população de migração elevada para construir as suas capacidades de resposta positiva e para aumentar o policiamento baseado na comunidade.

Sra. Sikhulile Dhlamini, Coordenadora do Projecto de Migração Irregular da IoM na áfrica Austral, proporcionou uma visão geral dos esforços regionais da IOM para ajudar os migrantes vulneráveis. IOM define os fluxos mistos como movimentos complexos da população incluindo refugiados, requerentes de asilo, migrantes económicos, crianças não-acompanhadas e separadas e outros migrantes. Em essência, fluxos mistos relacionam-se com com movimentos irregulares, envolvendo frequentemente migração em trânsito, onde as pessoas se movimentam sem a documentação necessária, atravessando as fronteiras e chegando aos seus destinos de uma maneira não autorizada. Enquanto IOM implementa um número de projectos na região, incluindo saúde, trabalho, e diáspora, esta apresentação foca um projecto particular com o objectivo de apoiar os governos na região da SADC em gerir a migração de uma maneira ordenada e humana. Os componentes primários deste projecto incluem a capacitação, retorno voluntário assistido (AVR), MIDSA, protecção das UMC, e cooperação entre as agências.

As actividades de capacitação incluem o desenvolvimento de um curriculum de treinamento regional para os oficiais da linha da frente concentrando-se na identificação e referência de migrantes irregulares, incluindo vítimas de tráfico e UMC. AVR ajuda a assegurar que os direitos do migrante sejam protegidos e oferece aos governos uma alternativa à deportação mais humana e económica. A nível regional, MIDSA ajuda a manter e promover a cooperação inter-governamental na região e conduzir a resultados concretos,incluindo planos de acção regional. Através do apoio a fóruns e investigação, IOM está a ajudar no avanço das medidas de protecção regional para as UMC. Finalmente, através de facilidades de cooperação entre agências, IOM é capaz de fornecer verificação da nacionalidade para migrantes vulneráveis e retidos e ajudar o seu retorno aos países de origem, assim como reforçar a capacidade dos oficiais envolvidos na prestação de serviços a migrantes para os identificarem e referirem com eficácia ás autoridades competentes para ajuda. Parceiros neste projecto incluem os governos participantes, UNHCR, UNODC, Save the Children, e outras organizações de serviço a migrantes.

Plenário. Delegados procuraram clarificação do UNODC no que diz respeito aos mecanismos usados para colheita de informação, notando que embora existam instrumentos, a colheita de dados continua a ser um desafio, e perguntaram onde estavam as lacunas no que diz respeito ás tendências identificadas. UNODC notou que os dados para o relatório são colhidos através de missões permanentes em todo o mundo; por isso, as respostas variam e estão dependentes do nível de interesse da pessoa respondendo ao pedido para informação. UNODC tem o objectivo de fornecer números autoritários para a região mas eles inevitávelmente variam. Outro assunto é que os parceiros com informação permanente nem sempre comunicam por isso os dados de

agências diferentes nem sempre são compilados para fins de relatório. Ratificação da convenção internacional adoptada pela Assembleia Geral das UN para abordar TIP e contrabando vem com a obrigação de ser informada em números. Os instrumentos que têm sido desenvolvidos são baseados nas melhores práticas e análise de tratados existentes e fornecem sugestões em como os membros estados podem adoptar aspectos essenciais na legislação nacional.

Actualização em Assuntos Auxiliares

Sr Arnold Chitambo, Oficial Programador Superior da SADC, forneceu os antecedents e uma actualização no plano de acção de migração laboral regional, que tem o objectivo de harmonizar a política de migração laboral regional para proteger os trabalhadores migrantes e melhorar a cooperação regional . No MIDSA de 2012 nas Maurícias , os estados membros recomendaram uma estrutura legal e política para migração laboral que foi projectada e refinada pelo TWG em Decembro de 2012. Em Maio de 2013 os ministros do Interior e Trabalho aprovaram o plano de acção, que foi endossado pela SADC em Julho de 2013 . O plano está agora a ser implementado. Dos 13 resultados esperados, três já foram entregues, marcos significantes foram realizados por oito, e a implementação está planeada para os três restantes em 2015/16. Todos os outputs foram incluidos para entrega dentro do contexto SADC RISDP-2015/2020 revisto e adoptado este ano na cimeira da SADC.

Delegados reconheceram o progresso feito até agora no plano de acção da migração laboral mas perguntaram acerca das maneiras para aumentar a velocidade de implementação. Embora a SADC apoie o plano de acção, em última análise a implementação cabe aos estados membros que

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gerem as actividades ao nível do país e capacidades para os implementar variam muito dentro da região. Foi recomendado pelos delegados incluir o conhecimento das contribuições da SADC aos esforços de migração laboral na declaração ministerial e encorajar a SADC em mostrar o mesmo nível e apoio para o RAP actual.

Sra. Maureen Achieng da Sede da IoM introduziu os Migrantes em Países em Iniciativa de Crise (MICIC) e deu as boas-vindas ao que é um processo interactivo. Nos passados dez anos, o mundo tem visto a ligação entre protecção ao migrante e crise numa larga escala. Dois exemplos recentes incluem a crise da Líbia em 2011, durante a qual 800,000 migrantes, a maioria dos quais eram da África sub-saariana , fugiram do país, e o terramoto e maremoto no Japão em 2012, altura em que 700.000 estrangeiros foram localizados em áreas afetadas. O objectivo do MICIC é o de salvar vidas assegurando um acesso desimpedido e rápido a todas as pessoas nas áreas afectadas indiferentemente do seu estado de migração e o de proteger os direitos humanos. Para alcançar este objectivo, MICIC procura directrizes não-vinculativas e melhores práticas eficazes para ambos os governos e migrantes para melhorar a resposta dos parceiros.

O MICIC foi criado para assegurar que os migrantes afectados recebam ajuda e apoio nos países afectados por conflitos ou desastres naturais particulamente em situações de movimento de massas. MICIC foi estabelecido inicialmente para verificar como os estados podiam estar melhor capacitados para planear e tratar da crise de uma maneira que assegurasse os direitos e dignidade dos migrantes. O foco está nos migrantes pois eles muitas vezes enfrentam vulnerabilidades pré-existentes ou estão impossibilitados ou relutantes em deixar o país da mesma maneira que os cidadãos podem ser capazes, impossibilitados de terem acesso a ajuda humanitária, sujeitos a discriminação, ou são alvo de exploração. A iniciativa é presidida em conjunto pelos governos da Filipinas e dos US. Um grupo de trabalho abrange a Austrália, Bangladesh, Costa Rica, Etiópia , a UE e um número de parceiros não-governamentais e das NU. IOM serve como o Secretariado do MICIC.

MICIC identifica e examina o assunto e reúne uma base de evidência, realçando os papéis e responsabilidades dos diferentes participantes, incluindo a origem, trânsito e estados de acolhimento. As perguntas que MICIC procura responder incluem: o que está incluindo num contrato de trabalho para proteger os trabalhadores migrantes e qual o papel do patrão no apoio à repatriação em tempo de crise? MICIC não tem a intenção de substituir estruturas de apoio aos refugiados que trabalhem bem. De preferência, é suposta ser aplicada nas fases de pré-, durante e pós-crises pois a ajuda humanitária imperativa deve continuar para impulsionar a resposta. MICIC só agora está em curso; por esse motivo nenhum princípio de orientação foi finalizado. MICIC não é vinculativo mas é um conjunto de sugestões em como os países em crise aguda podem querer actuar para mitigar a vulnerabilidade e sofrimento. Olhando adiante, MICIC vai se comprometer com RECs em todo o mundo, facilitar consultas dos parceiros, realizar seminários da web, publicar sumários, e desenvolver princípios de orientação desenvolvidos e os documentos de práticas eficazes.

Os países que estão interessados em preparação de crise cara a cara na proteção de migrantes podem examinar os procedimentos existentes para terem em conta os não-nacionais e também os nacionais residentes em outros países. A migração está a aumentar por isso os migrantes em particular necessitam de uma atenção especial dentro das estruturas existentes.

Preparação da Declaração Ministerial

Plenário: Explorando a área de Prioridade Seguinte na Implementação do Projecto do Plano de Acção Regional

Devido ao calendário para a próxima MIDSA ministerial, que terá lugar em 2017, os delegados debateram potenciais áreas de foco para prioritização durante a fase seguinte de implementação. O delegado do Zimbabwe sugeriu os apátridas como uma potencial área de foco, notando que os estados membros devem documentar os seus próprios cidadãos nacionais em registos rastreáveis do seu país de origem para ajuda dos serviços de imigração. IOM propôs um número de outras opções para consideração porque a falta de cidadania está incluída no projecto RAP sobre o pilar de revisão político e legislativo e UNHCR está implementado actualmente um plano de dez anos para erradicar a apatridia.

As três áreas temáticas que emergiram do debate incluem a apatridia, detenção e retornos. O assunto dos migrantes em detenção e falta de um processo devido e alternativas limitadas àdetenção, tais como AVR, foi um tema recorrente durante todo o debate. Alguns delegados sugeriram a continuidade de prioritizar o trabalho do migrante para assegurar uma implementação completa porque o plano de acção em vigor expira em 2015. Foi notado que os prazos do plano de acção sobre a migração irregular e mista são baseados no consenso do Workshop Técnico de Decembro de 2014. As actividades podem ser atrasadas porque muitas vezes as acções ficam para trás do diálogo por isso esta oportunidade para identificar outra área de foco não deve ser perdida. Um delegado observou que os delegados podem apoiar uma implementação imediata de algumas recomendações, tais como as relacionadas com a investigação, mas que não têm a autoridade de abordar outras.

Plenário: Apresentação e Revisão do Projecto da Declaração Ministerial sobre a Protecção ás uMC

Vincent Williams, um especialista de migração contratado pela IOM para apoiar este processo do MIDSA, preparou um projecto da declaração para apresentação aos ministros baseado nos debates conduzidos pelas delegações. Os delegados chegaram a um consenso sobre a proposta de pedir aos ministros dos seus países respectivos a aprovação do RAP e a ajuda para garantir a sua implementação. A declaração não vai incluir recomendações específicas em como implementar o plano porque este nível de detalhe vai ser incluído no relatório final. Durante a sessão do plenário, os delegados examinaram o projecto da declaração, linha por linha e forneceram

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MIDSAEndereçando a Migração Irregular e Mista na Região da SADC:

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feedback sobre a lingua, conteúdo, e estrutura para uma revisão imediata. Foi confirmado que os oficiais superiores iriam corrigir o pojecto da declaração antes da sua apresentação aos ministros.

DIA 3

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DIA 3

Sessão de Abertura

Sr. Matshiya, Secretário Permanente do Ministério do Interior do Governo do Zimbabwe, deu as boas-vindas aos Ministros, Secretários Principais, convidados especiais, e parceiros e fez os comentários de abertura para a sessão ministerial do MIDSA 2015. Durante os dois primeiros dias da reunião, os governos da SADC e os parceiros internacionais deliberaram nas necessidades das UMC nos fluxos de migração irregulares e mistos na região, partilhando desafios e lições aprendidos no que respeita a assegurar o melhor interesse da criança e desenvolveu um conjunto de recomendações para aprovação ministerial.

Sr. Stephen Sianga, Director do Desenvolvimento Humano e Social e Programas Especiais do Secretariado da SADC, comunicou a sua gratidão e apreciação ao Governo do Zimbabwe pela realização da conferência do MIDSA com foco na protecção das UMC. Ele agradeceu IOM, UNODC, e UNHCR pelas suas cooperações. Embora a migração não seja nova na região,tendências demográficas em mudança representam um desafio para os governos e devem ser abordadas. Um plano estratégico revisto para 2015-2020 reflectirá isto e também a mudança no debate da migração de controlo/restrição para facilitação/gestão. As consequências de uma migração gerida pobremente incluem mas não são limitadas a ameaças de segurança, relações inter-estatais fracas, e tensão social. Os Estados Membros da SADC devem aproveitar a diáspora e as contribuições dos migrantes para apoiar os esforços de desenvolvimento. Sr. Sianga elogiou as medidas já tomadas por ambos os países de partida e acolhimento na região e reiterou o compromisso da SADC no desempenho do seu mandato em apoiar o MIDSA e os Estados Membros na abordagem aos desafios de migração com o fim de melhorar a prosperidade económica e a integração regional .

Sra. veronica Irima Modey-Ebi, uNHCR Representatnte Regional Suplente do uNHCR para a áfrica Austral deu as boas-vindas aos convidados e reconheceu o significado da abordagem do assunto crítico da migração irregular e mista, especialmente num ano marcado pelo aumento de pessoas fugindo de conflitos e condições desafiadoras. Está ocorrendo uma mudança paradigma durante a qual o deslocamento forçado acontece a níveis sem precedentes. Ela agradeceu aos países representados pelos seus compromissos na protecção aos refugiados e requerentes de asilo. O foco das deliberações que chama a atenção para as necessidades das UMC dentro de um quadro maior é oportuna, dado que as crianças constituem mais de metade da população de refugiados. Existe uma necessidade de equilibrar a protecção com o cumprimento da lei, mas já foi mostrado que restrições duras não trabalham e resultam actualmente em prejudicar os mais vulneráveis enquanto que beneficiam os contrabandistas e os traficantes. Uma abordagem regional compreensiva é necessária porque muitos países na região são países de origem, trânsito e destino. UNHCR continua comprometido em apoiar os Estados Membros no desenvolvimento e implementação de uma resposta regional.

Sra Zhuldyz Akisheva, Representante Regional do uNoDC para a áfrica Regional disse que é uma grande honra falar em nome da UNODC durante estas deliberações e reconheceu o compromisso dos delegados nos debates sobre os fluxos de migração irregular e mista, que abre as portas para o crime, corrupção, e exploração que tratam as pessoas como mercadoria. O relatório bienal do UNODC verificou que 73.5 por cento dos VoTs na África Sub-Saariana são crianças e que a maioria das actividades de tráfico na região são de natureza doméstica. Para melhorar a resposta tanto a nível regional como nacional, deve ser reforçada a partilha de informações e cooperação transfronteiriça entre os departamentos pertinentes. O processo do MIDSA beneficia pelo denvolvimento de redes profissionais e tem esperança que continue a reforçar os esforços a nível de país. Sras. Akisheva agradeceu aos Estados Membros e parceiros pelas suas cooperações na abordagem ao desafio e ao Governo do Zimbabwe pela realização do MIDSA.

Sr. ovais Sarmad, Chefe de Gabinete da IoM, deu as boas-vindas aos participantes, transmitindo saudações do Director Geral da IOM, e partilhou as suas vistas pessoais sobre migração baseadas nos muitos anos de experiência com a IOM. Hoje, a migração está no topo da agenda global mas a comunidade internacional não deve tentar quebrar o fenômeno em declarações ou observações e perder de vista que o debate é, em última instância sobre os seres humanos com expectativas e necessidades. Não é um assunto para ser resolvido mas sim um importante facilitador do desenvolvimento.

O tema da migração irregular e mista não só é oportuna mas também de significado crítico. Existem actualmente um número sem precedente de pessoas em movimento, com uma em sete pessoas no mundo num estado migratório. Muitos fogem de conflitos e crises, levando a fluxos mistos que incluem um número espantoso de crianças.

Existe uma necessidade urgente em endereçar a migração irregular e mista e a IOM trabalha intímamente com os Estados Membros para abordar os desafios operacionais e legislativos. Reconhecendo que os migrantes só empreendem viagens perigosas devido ás oportunidades limitadas para migração regular, os empreendimentos criminosos beneficiam desta procura lucrativa para facilitação dos movimentos. É encorajador ver que a região da África lidera uma abordagem conjunta como apenas um caminho de resposta à escala do problema que ajudará a proteger os migrantes vulneráveis. AIém disso, para apoiar os esforços regionais, o IOM continua disponível no apoio a esforços para endereçar os desafios de migração a nível nacional. Em África, 57 países são membros da IOM, que desenvolvem directrizes com princípios para os Estados Membros para assegurar que a migração seja humana e segura. IOM não cria novos padrões e normas mas baseia-se em compromissos e instrumentos existentes.

O projecto do Plano de Acção Regional está pronto para aprovação e subsequente implementação pois contem os ingredientes principais necessários para uma gestão de migração eficaz. As características de protecção UMC e de que um componente específico do plano de acção já

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está a ser implementado é um desenvolvimento promissor. A Migração é inevitável e de facto desejável se gerida através de políticas responsáveis e humanas. A Migração não é um problema para ser resolvido mas uma realidade a ser gerida através de um equilíbrio de direitos humanos e responsabilidades soberanas.

Ilustre Kembo Mohadi, Ministro do Interior do Governo do Zimbabwe, deu as boas-vindas aos ministros e distintos convidados à terceira reunião Ministerial do MIDSA. Ele reconheceu a importância da conferência em levar em frente o diálogo porque os migrantes vulneráveis têm a necessidade de protecção de todos os participantes. O assunto levanta questões legítimas sobre a soberania e permanência dos migrantes. A migração irregular dá origem a ameaças reais ou percebidas que levam a medidas de apertamento das fronteiras e deportação de migrantes irregulares, medidas que têm tido muito pouco impacto e que podem actualmente resultar num enfraquecimento da protecção para os mais vulneráveis. Os cenários perigosos são muitas vezes piores para as crianças que são forçadas a migrar por um número de factores que as levam a situações de assédio sexual e encarceramento. Um número de iniciativas que reconhecem os direitos das crianças já têm sido conduzidas na região da África Austral.

É encorajador observar que no seguimento das conferências anteriores , os Estados Membros da SADC tomaram as necessidades de protecção das UMC como uma área prioritária. Existe por certo uma falta de conhecimento e investigação nesta área assim como um controlo insuficiente de queixas e uma coordenação fraca. As melhores práticas aprendidas e partilhadas nos primeiros dois dias do MIDSA vão ajudar no avanço do plano de acção regional e actividades que melhoram a protecção das UMC. O Ilustre Ministro realçou a necessidade para uma cooperação regional na protecção das UMC sobre a estrutura concordada e feedback partilhado na conferência. O

processo consultivo deve continuar visto que os governos abordam os assuntos de migração; só através de diálogo e objectivo comum é que a região será eficaz. Nesta nota, o Ilustre Ministro declarou a reunião Ministerial oficialmente aberta.

Revisão da Declaração Ministerial e Sumário das Apresentações das Deliberações

Durante esta sessão, o Director Regional da IOM para a África Austral apresentou a declaração linha por linha para revisão Ministerial e comentários. Todas as modificações pedidas foram feitas a tempo real e as revisões reflectidas num projecto actualizado para futuras considerações .

Debate e Aprovação da Declaração Ministerial

o Ilustre Ministro do Interior do Governo da Namíbia observou que alguns refugiados cometeram crimes sérios e perguntou sobre os requisitos de protecção para estes casos. O Ilustre Vice- Primeiro Ministro daa RDC observou que tais pessoas deviam ser mandadas para os seus países de origem para serem presas porque não se pode permitir que cometam crimes sem impunidade. Reconhece-se que os refugiados são vítimas de prossecução mas criminal se tiverem prejudicado outras pessoas. O Ilustre Ministro do Interior do Governo da Botswana observou que o foco dos esforços da região deve ser na protecção aos refugiados genuínos, não a criminais, porque os criminais devem ser tratados de acordo com a lei nacional. O Governo do Zimbabwe pediu insistentemente aos Estados Membros para melhorarem a triagem dos refugiados em colaboração com a Interpol e através de agentes locais para verificar a validade do estado de requerente de asilo , reconhecendo que alguns migrantes criminais vão inevitávelmente passar despercebidos neste processo de triagem. O Ilustre Ministro também chamou a atenção para um erro nos números do projecto de orçamento do RAP e os delegados concordaram que o Secretariado do MIDSA fizesse as correcções necessárias .

o Ilustre Ministro do Interior do Governo do Malawi expressou a sua sincera gratidão ao Governo do Zimbabwe pela sua hospitabilidade e especificou que o Malawi se une aos outros Estados Membros no apoio a esta declaração. Ele pediu a remoção da palavra �imediatamente� do ponto de implementação. Secundáriamente, ele reiterou que os pontos para uma acção imediata relacionados com a protecção das UMC devem ser prosseguidos antes da adopção do plano de acção regional mas procurou um melhor senso dos esforços de colaboração. Recentemente, o Malawi decretou uma legislação contra o tráfico e está a desenvolver uma política de cidadania e espera ansiosamente com uma futura colaboração dentro da região. Reiterando um ponto feito durante a conferência, ele observou que é de facto importante ver a migração como um factor encorajador do desenvolvimento .

O delegado do Malawi reiterou que o Chefe de Gabinete da IOM, Ovais Sarmad obsevrou nos seus comentários, que a migração não são só números, mas seres humanos com expectativas e necessidades . Os delegados expressaram as suas convicções que o espírito da reunião foi de

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abordar as necessidades imediatas dos mais vulneráveis, especialmente UMC, que não recebem a atenção que elas merecem.

Reconhecendo os esforços dos oficiais superiores, o Ministro da Botswana levantou questões sobre o RAP, incluindo até que ponto ele se relaciona com os protocolos relevantes da SADC e como melhor assegurar que os dois se reforçem mútuamente para uma melhoria do domínio regional. Ele também falou sobre o assunto da sustentabilidade, notando que a SADC recolhe o pagamento devido das quotas anuais de filiação que potencialmente podem apoiar a implementação do plano de acção mas sinaliza as implicações para um ajuste de quotas. Os delegados concordaram que a protecção das UMC deve ser incluida no orçamento da SADC mas como o efectuar ainda continua confuso. IOM confirmou que vai continuar a liderar os esforços de mobilização de recursos em estreita coordenação com os parceiros. Logo que o plano de acção regional seja aprovado, o Secretariado da SADC proporcionará apoio extra como o fez no plano de acção de migração laboral. Os prazos são realizáveis e realísticos mas os governos representados vão ter de acrescenter mais um ano a esses prazos se as actividades forem adiadas pendentes de uma adopção formal. Dentro deste prazo,IOM vai trabalhar na mobilização de recursos e começar a implmentação de certos aspectos, incluindo a protecção das UMC.

Oficiais da SADC reconheceram os pontos levantados pela delegação do Botswana sob a natureza do financiamento, alguns dos quais já tinham sido abordados pela IOM. O Protocolo de Facilitação do Movimento das Pessoas é um instrumento legal assinado no qual a cooperação em assuntos de movimento é baseado; por isso, qualquer instrumento adicional ou iniciativas devem ser implementados dentro desta estrutura. O plano de acção regional deve ser consistente com o instrumento, não de maneira contrária. É por esta razão que os oficiais recomendam que o plano de acção esteja alinhado com as estruturas da SADC. O projecto do orçamento fornece uma estimativa e será investigado mais tarde pelo Secretariado da SADC.

Em conclusão, Ministros, Vice-Ministros e Oficiais Superiores representando os seus governos adoptaram o Plano de Acção Regional sobre Migração Irregular e Mista como uma estrutura plausível para abordar os desafios complexos da migração irregular e mista com a compreensão que as recomendações na protecção a crianças migrantes não-acompanhadas sejam prioritizadas. Além disso, os Ministros recomendaram que o trabalho preliminar sobre apátridas, alternativas à detenção e retorno sejam seguidos. Os Ministros e Vice-Ministros procederam à assinatura da Declaração.

Sessão de Encerramento

Sr. ovais Sarmad, Chief of Staff, IoM, forneceu os comentários finais, observando que é animador ver o nível de compromisso demonstrado durante a conferência do MIDSA e a adopção da declaração Ministerial. Ele pediu prudência aos particiantes no uso de linguagem de criminologia porque já existe um alto nível de xenofobia nos meios mediáticos. Contudo,

os governos devem assegurar que os criminosos não se escondam por trás de mecanismos de protecção.

No que diz respeito ao orçamento, IOM vai fazer tudo o que pode para operacionalizar esta declaração ministerial. A natureza imediata da implementação pelos delegados não implica necessáriamente uma expectativa de ser operacionalizada imediatamente pelos delegados mas que vai ser disseminada em níveis diferentes dos governos representados e organizações. A adopção desta declaração envia uma mensagem alta e clara no compromisso da região em endereçar os assuntos de migração numa forma de colaboração e que a reunião mostrou o caminho para acções concretas na governação da migração de uma maneira mais alargada . Sr. Sarmad reiterou a necessidade para esforços sustentáveis e encorajou os participantes a manterem o momento requerido para levarem isto em frente.

Ilustre Ministro Mohadi proporcionou os comentários finais em nome do Governo do Zimbabwe, reconhecendo que o MIDSA é uma plataforma importante para debater assuntos críticos relacionados com a migração irregular e mista. Durante esta reunião, os participantes souberam dos esforços de colegas da América Latina e se os impactos se sentem em outras partes de África. Dado que os membros mais vulneráveis da sociedade tornaram-se parte dos fluxos migratórios , muitas vezes ajudados por aqueles que beneficiam das suas vulnerabilidades, os governos da SADC devem promover políticas baseadas na evidência. Os Ilustes Ministros cumprimentaram os parceiros de cooperação e agradeceram o apoio contínuo aos Estados Membros nos esforços para obter discernimento sobre estes assuntos essenciais e encorajou os Estados Membros a implementar os programas de protecção ás UMC alinhados com o plano de acção regional.

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ANExoS

Anexo 1: Programa do MIDSA

M I D S ADiálogo de Migração para África Austral

Endereçando Migração Irregular e Mista na Região da SADC : Protecção da Criança Migrante Não-Acompanhada

Victoria Falls, Zimbabwe: 7- 9 Julho 2015PROGRAMA

Julho 6, 2015 - Chegada dos Convidados Recepção de Boas-Vindas ás 19:00 Day 1

08.00 – 08.45 Registo dos Participantes

Sessão de AberturaPresidida pelo Governo do Zimbabwe

09.00 – 09.10 Palavras de boas-vindas Ministério do Interior, Zimbabwe09.10 – 09.20 Intervenção do Secretariado da SADC Sr. Stephen Sianga, Diretor do De-

senvolvimento Humano e Social & Programas Especiais

09.20 – 09.25 Intervenção do Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR)

Sra Veronica Irima Modey-Ebi, ACNUR, Representante Regional para a África Austral a.i.

09.25 – 09.30 Intervenção da Organização das Nações Unidas con-tra Drogas e Crime (ONUDC)

Sra Zhuldyz Akisheva, Representante Regional para a África Austral, ONUDC

09.30 – 09.40 Comentários pela Organização Internacional para a Migração (OIM)

Sr. Bernardo Mariano,Director Regio-nal para a África Austral, OIM

09.40 – 10.10 Alocução de Notas Essenciais Hon. Z. Ziyambi, Vice Ministro, Minis-tro do Interior do Zimbabwe

10.10 – 10.30 Intervalo para Café

Sessão 1: Na direcção de uma Implementação do Projecto do Plano de Acção Regional para abordar a

Migração Irregular e Mista

Presidida pelo Governo da Tanzânia

10.30 – 10.45 Resultados esperados no MIDSA 2015 Sr. Bernardo Mariano, Director Regio-nal para a África Oriental e Austral, OIM Pretoria

10.45 – 11.15Actualização sobre o estado do Plano de Acção Regional : Focalizando na Protecção das Crianças Não-Acompanhadas (UMC)

Secretariado do MIDSA

11.15 – 11.45 Debate PlenárioGoverno da Tanzânia

11.45 – 12.30Descobertas Preliminares baseadas na Literatura no Estudo de Crianças Migrantes Não-Acompanhadas (incluindo considerações de saúde)

OIM & Professor Benyam Dawit Mezmur, Universidade de Western Cape

12.30 – 12.45 Visão Global sobre a Protecção da CriançaDr. Jane Muita, UNICEF Representante Adjunta National

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12.05– 12.15 Assistência aos Migrantes VulneráveisSra. Sikhulile Dhlamini, Coordenadora do Projeto, OIM África Austral

12.15– 12.30 Implementação das recomendações do MIDSA Governo da Namíbia

12.30– 13.00 Debate Plenário Governo da Namíbia

13.00 – 14.00 Almoço

Sessão 6: Actualização em Assuntos SuplementaresPresidida pelo Governo das Maurícias

14.00– 14.15Plano de Sustentabilidade do MIDSA: Primeiro ano de implementação

Sr. Yitna Getachew, Specialista Temati-co Regional, OIM África Austral

14.15– 14.30Actualização e Seguimento do MIDSA 2013 sobre migração de Trabalho

Sr. Arnold Chitambo, Oficial Sênior do Programa, SADC

14.30 – 14.50 Migrantes em Países em Iniciativa de CriseSra. Maureen Achieng, Sede da OIM/MICIC Secretariado

14.50 – 15.15 Debate Plenário Governo das Maurícias

15.15 – 15.45 Intervalo para Café

Sessão 7: Preparação do Comunicado Ministerial Presidido pelo Governo das Botswana

15.45 – 16.15Sessão Plenária: Explorando a próxima área de prioridade na implementação do projecto do Plano de Acção Regional

Delegados

16.15 – 17.30Sessão Plenária: Apresentação e Revisão do Projecto do Comunicado Ministerial na Protecção

Delegados

19.00 Recepção oficial organizada pelo Governo do Zimbabwe

12.45 – 13.45 Almoço

Sessão 2: A Protecção a Crianças Migrantes Não-Acompanhadas na SADC

Presidida pelo Governo da Suazilândia

13.45– 14.45Desafios enfrentados pelos estados membros na Pro-tecção das Crianças Não-Acompanhadas: 4 Apresen-tações de Cáucasos seguidos por Debate

Delegados dos Governos do Malawi, Madagáscar, Lesotho, Moçambique

14.45 – 15.00Visão geral dos desafios e estado actual da protecção das Crianças Não-Acompanhadas

Melinda Van Zyl, Gerente de Projeto e Gilles Virgili, Save the Children Africa Austral

15.00– 15.30 Debate Plenário

Governo da Suazilândia

15.30 – 16.00Intervalo para Café

Sessão 3: Experiências Regionais na Protecção das Crianças Não-Acompanhadas

Presidida pelo Governo de Seychelles

16.00 – 16.15 Visão global do trabalho levado a cabo pela OIM na protecção as Crianças Não Acompanhadas

Sr. Laurence Hart, Chefe da Divisão de Assistência a Migrantes, Sede da OIM

16.15 – 16.45Esforços governamentais em prol da Protecção das das Crianças Não-Acompanhadas

Governos da Zâmbia, Zimbabwe, África do Sul

16.45 – 17.30 Debate PlenárioGoverno de Seychelles

Dia 2

Sessão 4: Mapeamento do Caminho em Frente Presidida pelo Governo de Botswana

08.30 – 08.45 Recapitulação do dia anterior Governo de Angola

08.45 – 09.15 Experiência da América LatinaSra. Ingrid Zuniga Mnejoivar, O Proces-so Consultivo Regional para a América Latina

09.15 – 10.15Grupo de Traballho: Contribuicoes para o Comuni-cado dos Ministros na Protecção as Crianças Não-A-companhadas

Delegados

10.15– 10.45 Intervalo para Café

10.45– 11.45 Apresentação dos trabalhos em grupos Governo do Botswana

Sessão 5: Esforços Complementares para a Implementação do Projecto do Plano de Acção Regional

Presidida pelo Governo da Namíbia

11.45 – 11.55 Expandindo o espaço de protecçãoSr. Amanuel Mehari, Official Regional para Migração Mista, ACNUR

11.55 – 12.05Reforçando as actividades de combate ao Tráfico Humano

Sra. Samantha Munodawafa, Consul-tora Jurídica Regional: o Tráfico de pessoas, ONUDC

Dia 3Sessão Ministerial: Sessão de Abertura

Presidida pelo Secretariado do Zimbabwe

08.15 – 08.30 Chegada dos Convidados08.30 – 08.40 Comentários de Boas-Vindas Ministério do Interior, Zimbabwe08.40 – 08.50 Comentários do Secretariado da SADC Sr. Stephen Sianga, Director do Departamento

Desenvolvimento Humano e Social & Programas Especiais

08.50 – 09.00 Comentários pelo Alto Comissário das Nações Unidas sob Refugiados (ACNUR)

Sra Veronica Irima Modey-Ebi, ACNUR Repre-sentante Regional para a África Austral Southern Africa a.i.

09.00 – 09.10 Comentários pela Organização das Nações Unidas contra Drogas e Crime - ONUDC

Sra Zhuldyz Akisheva, Representante Regional para a África Austral, ONUDC

09.10 – 09.25 Comentários de Abertura Sr. Ovais Sarmad, Chefe do Gabinete do Director Geral da OIM

09.25 – 10.05 Notas essenciais e abertura Oficial Hon. Kembo Mohadi (MP), Ministro do Interior, Zimbabwe

10.05–10.35 Intervalo para Café & Fotografia de grupo

Sessão 8: Comunicado Ministerial Presidida pelo Governo do Zimbabué

10.35 – 11.05 Sumário da Apresentação das Deliberações Secretariado do MIDSA

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MIDSAEndereçando a Migração Irregular e Mista na Região da SADC:

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Anexo 2: Participantes do MIDSANome Ministério Posição

República de Angola

Sr. Quintino Ferreira Francisco Ministério do InteriorAcompanhante do Secretário de Estado

Dra. Maria Paula Garcia Ministério do Interior Tradutora/Intérprete

Dr. Coreano Da Costa Canda Ministério do InteriorTécnico Superior dos Serviços de Cooperação e Intercâmbio

Sr. José Paulino Cunha da Silva Ministério do Interior Director Geral dos Serviços de Estrangeiro e Migração

Sr. Moises Domingos Guerra Junior Ministério do InteriorAssistente do Ministro dos Serviços do Interior

Ilustre Dr. José Bamóquina Zau Ministério do InteriorSecretário de Estado para os Serviços de Peniitenciária

República da Botswana

Sra. Pearl MatomeMinistério do Trabalho e do Interior

Secretário Permanente

Ilustre. Edwin Jenamiso Batshu, MPMinistério do Trabalho e do Interior

Gabinete do Ministro

República Democrática do Congo

Sr. Willy MulowaMinistério do Interior e Segurança

Consultor do VPM

Sr. Pero LuwaraMinistério do Interior e Segurança

Adido de Comunicação Social

Sr. Didier BimandjaMinistério do Interior e Segurança

G. Rap. do VPM

Sra. Berthe NdzingaMinistério do Interior e Segurança

Perm. Sec. do CNR

Sr. Jacques Ikwa EkilaMinistério do Interior e Segurança

Director DGM

Sr. Laurent NdayeMinistério do Interior e Segurança

Partes interessadas do VPM

Ilustre Evariste Boshab Mabudj-Ma-BilengeMinistério do Interior e Segurança

Vice-Primeiro Ministro e Ministro

Reino do Lesoto

Sr. Mohlolo LerotholiMinistério do Interior, Segurança Pública e Assuntos Parlamentares

Commissário para Refugiados

Ilustre Adv. Lekhetho RakuoaneMinistério do Interior, Segurança Pública e Assuntos Parlamentares

Ministro

República de Madagáscar

Sra. Yolande Marie Gnor Ah IavilisyMinistério do Interior e Descentralização

Administrador Civil

Hon. Blaise Richard RandimbisoaMinistério da Segurança Pública

Ministro

República do Malawi

Sr. Charles Anthony MphandeMinistério do Interior e Segurança Interna

Auxiliar de Secretário

Ilustre Atupele Muluzi M.P.Ministério do Interior e Segurança Interna

Ministro

República das Maurícias

Sr. Bissoon HeerowaSecretaria do Primeiro Ministro - Interior e Defesa

Secretário Assistente Permanente

11.05 – 12.15Debate e Aprovação do Comunicado Ministerial

Delegados

Sessão 9: Sessão de Enceramento Presidida pelo Governo do Zimbabwe

12.15 – 12.25 Comentários finais Sr. Ovais Sarmad, Chefe de Gabinete do DG, OIM

12.25 – 12.40 Considerações finaisHon. Kembo Mohadi (MP), Ministro da Adminis-tração Interna , Zimbabwe

12.40 – 13.15 Conferência de imprensa Ministério da Administração Interna, Zimbabwe

13.30 Almoço & Partida

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MIDSAEndereçando a Migração Irregular e Mista na Região da SADC:

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Nome Ministério PosiçãoParceiros

Sr. Guedi Absieh HousseinMercado Comum para a África Oriental & Austral (COMESA)

Imigração, Especialista de Trabalho e Movimento Livre

Sra. Alice MotionEmbaixada do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte

Segundo Secretário (Migração)

Sra. Marian FuridzeEmbaixada do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte

Oficial Auxiliar de Migração (África Austral)

Sr. Mikael Tendo Koefoed Bjornsen União Europeia Adido; Secção de Governação

Sra. Maria HorversUnião Europeia para Botswana e SADC

Adido de Cooperação Regional

Sr. Collen ChiutsiNegócios Estrangeiros/ Missão Permanente Zimbabwe

Consultor

Sr. Adolphus ChinomweOrganização Internacional do Trabalho (OIT)

Oficial Superior de Programa

Sra. Ingrid Zuniga MenjivarMinistério dos Negócios Estrangeiros

Coordenador de Vinculação de Salvadorenhos na Europa

Advogado Maemo Machette Secretariado da SADC Oficial Superior de Ligação de Imigração

Sr. Arnold Chitambo Secretariado da SADC Oficial Superior de Programa- Emprego e Trabalho

Sr. Stephen Sianga Secretariado da SADC Director de Desenvolvimento Humano e Social e Programas Especiais

Sr. Ben AliwaSave the Children Internacional

Gerente de Programa Regional

Sra. Melinda Van ZylSave the Children Internacional

Gerente de Projecto: Migração

Sr. Gilles VirgiliSave the Children África do Sul

Gerente do Projecto de Crianças em Movimento

Sra. Valerie Mathathu Save the Children Zimbabwe Consultor- Protecção à Criança

Sr. Ammanuel Tesfayesus Mehari UNHCR Oficial Regional de Migração Mista

Sra. Millicent Mutuli UNHCR Representante do País

Sra- Jane MuitaFundo das Crianças das Nações Unidas (UNICEF)

Vice-Representante

Sra. Veronica Irima Modey-EbiAlto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (UNHCR)

Vice-Representante Regional para a África Austral

Sra. Zhuldyz AkishevaSecretaria das Nações Unidas em Drogas e Crimes (UNODC)

Representante Regional

Dr. Christopher Changwe Nshimbi Universidade of Pretória Assistente de Pesquisa

Dr. Benyam Dawit MezmurUniversidade de Western Cape

Professor, Coordenador e Investigador Superior do Projecto dos Direitos das Crianças, Centro Legal da Comunidade

Sra Devi Chand Anandi Rye SeewooruthunSecretaria do Primeiro Ministro - Interior e Defesa

Secretário Permanente

República de Moçambique

Sr. Lúcio Marciano Da Cruz Ministério do InteriorInspector da Polícia - Assistente do Vice-Ministro

Sr. Mário Jorge Ministério do Interior Director de Relações Internacionais

Ilustre José Do Santos Coimbra Ministério do Interior Vice- Ministro

República da NamíbiaSr. S. Shivute Embaixada da Namíbia Primeiro Secretário

Sr. Nehemia NghishekwaMinistério do Interior e Imigração

Director: Imigração e Controlo de Fronteira

Ilustre Erastus Amutenya UutoniMinistério do Interior e Imigração

Vice-Ministro

República da Seicheles

Sra. Brina Dufresne Ministério do Interior Oficial de Imigração

Sr. Ronald Fock Tave Ministério do Interior Director Geral de Imigração

República da África do Sul

Sr. Sihle Goodman Doctor Mthiyane Departamento do InteriorDirector: Desenvolvimento de Política

Sr. Mandlenkosi Madumisa Departamento do InteriorVice-Director Chefe: Requerente de Asilo

Sr. Lionel Brian Isaacs Departamento do InteriorDirector: Investigação e Redacção de Discursos

Sra. Dkeledi Grace SekgotheEmbaixada da África do Sul - Zimbabwe

Segundo Secretário: Imigração (Serviços Cívicos)

Reino da Suazilândia

Sra. Sibongile Suzette Hlatshwayo Ministério do Interior Vice-Comissário para Refugiados

Sra. Nozipho Alecia Nkwanyana Ministério do Interior Oficial Superior de Imigração

Sr. Anthony Yuduw Masilela Ministério do Interior Secretário Principal

Républica da Tanzânia

Sr. Suleiman Everest Mziray Ministério do Interior Operações O.I.C , BMC - Divisão

Sr. Adullah Khamis Abdullah Ministério do Interior Comissário da Imigraçãon (BMC)

Républica da ZâmbiaSr. Vincent Chibuye Ministério do Interior Oficial Principal de Refugiados

Sr. Japhet Lishomwa Ministério do Interior Vice-Director Geral da Imigração

Dr. Chilese Leonnard Mulenga Ministério do Interior Secretário Permanente

Ilustre Gerry Chanda Ministério do Interior Vice-Ministro

República do Zimbabwe Director Financeiro

Sr. Melusi Matshiya Ministério do Interior Secretário Permanente

Ilustre Kembo Mohadi

Ministério do Interior Ministro

Page 24: Região da SADC - ropretoria.iom.int Relatorio... · na região da SADC na melhoria da resposta coordenada da região à migração irregular e mista. Sobre este objectivo geral,

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MIDSAEndereçando a Migração Irregular e Mista na Região da SADC:

MIDSAEndereçando a Migração Irregular e Mista na Região da SADC:

Nome Ministério Posição

Sr. Guedi Absieh HousseinMercado Comum para a África Oriental & Austral (COMESA)

Imigração, Especialista de Trabalho e Movimento Livre

Sra. Samantha Munodawafai UNODCConsultor Legal Regional : Tráfico de Pessoas

Sr. Vincent Williams Facilitador

Notas

Page 25: Região da SADC - ropretoria.iom.int Relatorio... · na região da SADC na melhoria da resposta coordenada da região à migração irregular e mista. Sobre este objectivo geral,

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MIDSAEndereçando a Migração Irregular e Mista na Região da SADC:

For more information please contact:

International Organization for Migration (IOM)

Regional Office for Southern Africa

Tel: +27 12 342 2789

Fax: +27 12 342 0932

Email: [email protected]

Web: http://southafrica.iom.int

http://www.migrationdialogue.org