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POLÍTICA 3 COMÉRCIO 4 SAÚDE 5 ELEIÇÕES 6 PERFIL 7 INVESTIMENTO 8-9 TECNOLOGIA 10 INOVAÇÕES 11 NEGÓCIO 12 COMUNIDADE 13 LIVROS 14 EVENTOS 15 HISTÓRIA HOJE 16 13 6 Rumo a uma zona de investimento da SADC OS PAÍSES da África Austral estão optimistas de que uma crescente economia regional e estabilidade política são os ingredientes certos para o aumento dos fluxos de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) e uma integração regional mais profunda. Motivados por previsões de um crescimento económico de seis por cento em 2006, os Estados M e m b ro da SADC têm vindo a fortificar a competitividade da região como um destino de investimentos. A economia dos 14 Estados Membro da SADC expandiu em cinco por cento em 2005 e espera-se que esse ano seja muito melhor devido o forte desempenho de países tal como Angola. A Angola alcançou o mais alto crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real em 2005 com 15.6 por cento, seguido por Botswana com 8.3 por cento, Moçambique com 7.7 por cento e a República Unida da Tanzânia com 6.9 por cento de crescimento. A mais forte economia regional, África do Sul, registou um modesto crescimento do PIB de cinco por cento no ano passado, de acordo com números apresentados em Agosto na Cimeira da SADC em Maseru, Lesotho. O impressionante crescimento de Angola tem sido dirigido pela estabilização dos pre ç o s internacionais do petróleo, e uma subsequente competição por parte dos investidores pelos seus depósitos de petróleo. Em Madagáscar está a ocorrer uma competição similar pelos depósitos petro l í f e ros, com um número de empresas internacionais de extracção do petróleo, ambicionando as vastas reservas do “ouro negro” da ilha do Oceano Índico. As estatísticas do Comité dos Governadores dos Bancos Centrais da SADC mostram que há um grande potencial para o investimento dentro da SADC. Um dos indicadores são as poupanças nacionais brutas como proporção do PIB, tendo os países como o Botswana, o Lesotho e as Maurícias registado uma média de poupança de mais de 20 por cento anualmente desde 2000. por Joseph Ngwawi continua na pagina 2

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POLÍTICA 3

COMÉRCIO 4

SAÚDE 5

ELEIÇÕES 6

PERFIL 7

INVESTIMENTO 8-9

TECNOLOGIA 10

INOVAÇÕES 11

NEGÓCIO 12

COMUNIDADE 13

LIVROS 14

EVENTOS 15

HISTÓRIA HOJE 16

13

6

Rumo a uma zona deinvestimento da SADC

OS PA Í S E S da África Austral estão optimistas deque uma crescente economia regional e estabilidadepolítica são os ingredientes certos para o aumentodos fluxos de Investimento Directo Estrangeiro(IDE) e uma integração regional mais pro f u n d a .

Motivados por previsões de um crescimentoeconómico de seis por cento em 2006, os EstadosM e m b ro da SADC têm vindo a fortificar acompetitividade da região como um destino deinvestimentos.

A economia dos 14 Estados Membro da SADCexpandiu em cinco por cento em 2005 e espera-seque esse ano seja muito melhor devido o fortedesempenho de países tal como Angola.

A Angola alcançou o mais alto crescimento doProduto Interno Bruto (PIB) real em 2005 com 15.6por cento, seguido por Botswana com 8.3 porcento, Moçambique com 7.7 por cento e aRepública Unida da Tanzânia com 6.9 por cento decrescimento.

A mais forte economia regional, África do Sul,registou um modesto crescimento do PIB de cinco

por cento no ano passado, de acordo com númerosapresentados em Agosto na Cimeira da SADC emMaseru, Lesotho.

O impressionante crescimento de Angola temsido dirigido pela estabilização dos pre ç o sinternacionais do petróleo, e uma subsequentecompetição por parte dos investidores pelos seusdepósitos de petróleo.

Em Madagáscar está a ocorrer uma competiçãosimilar pelos depósitos petro l í f e ros, com umnúmero de empresas internacionais de extracçãodo petróleo, ambicionando as vastas reservas do“ouro negro” da ilha do Oceano Índico.

As estatísticas do Comité dos Governadore sdos Bancos Centrais da SADC mostram que háum grande potencial para o investimentod e n t ro da SADC. Um dos indicadores são aspoupanças nacionais brutas como proporção doPIB, tendo os países como o Botswana, oLesotho e as Maurícias registado uma média depoupança de mais de 20 por cento anualmentedesde 2000.

por Joseph Ngwawi

continua na pagina 2

Através do protocolo, osEstados Membro facilitarão ecriarão condições favoráveispara atrair o investimento nosseus países através de medidasadministrativas apropriadas erápidas aprovações de projectos.

Segundo informações f o r n e c i d a spelas agências nacionais dep romoção do investimento, leva-se actualmente entre dois à quatrosemanas para se ter a apro v a ç ã ode um projecto de investimentona re g i ã o .

Alguns países tais como aRepública Unida da Ta n z â n i aincorporaram funcionários detodos os departamentos chaved e n t ro do Centro deInvestimentos da Tanzânia parafornecer informações que ajudamaos investidores a obtere ma p rovações e licenças. Estaunidade de balcão único asseguraque os investidores não tenhamque se mover de umdepartamento governamentalpara o outro .

No interesse de criar umambiente favorável para oinvestimento, os EstadosM e m b ro da SADC tambémc o n c o rdaram não emendar oumodificar arbitrariamente - emdetrimento dos investidores - ostermos, as condições e todos osbenefícios especificados nosdocumentos de autorizaçãodados aos investidores com aaprovação dos projectos.

Os governos tambémc o n c o rdaram em apoiar odesenvolvimento de empresárioslocais e regionais e melhorar acapacidade produtiva re g i o n a lcom o desenvolvimento dashabilidades, desenvolvimento depequenas e médias empresas e oa p ropriado investimento eminfra-estruturas de apoio.

Está em vista um maior papelpara as parcerias público-privadas (PPPs). Os EstadosMembro resolveram cooperar empolíticas e questões relacionadasque incentivarão e facilitarão ouso das PPPs para assegurar odesenvolvimento regional.

O conceito das PPP s e r ác rucial na implementação deprojectos de infra-estruturas. Opapel do sector privado foi

Em termos de fontes do IDE naSADC, há que ter em conta ocrescente papel que a África doSul joga como um investidor naregião, especificamente nasindústrias e serviços.

Desde os meados da décadade 90, particularmente após 1997,houve uma distinta tendênciapara a “internacionalização” dascompanhias sul-africanas, tendosido feitas incursões para outrosm e rcados da África A u s t r a l ,particularmente no sector devenda a retalho.

Para sustentar o ro b u s t oc rescimento económico, os lídere sdo bloco económico dos 14Estados Membro aprovaram oP rotocolo da SADC sobreFinanças e Investimento, que visaharmonizar políticas financeiras ede investimento dos EstadosM e m b ro e assegurar que asmudanças nas políticas num paísnão afecte outros países.

O protocolo é um importantepasso para uma região que temcomo uma de suas metasestabelecer uma área de comérc i ol i v re em 2008, e uma uniãoaduaneira dois anos mais tard e .

Foi assinado por sete EstadosM e m b ro - África do Sul, Lesotho,M a d a g á s c a r, Maurícias, Moçambique,República Democrática do Congoe República Unida da Tanzânia.

O u t ros Estados Membrore q u e rem certos pro c e s s o sinternos tais como as aprovaçõesdos seus parlamentos ou o avaldos seus Procuradores Gerais daRepública antes de assinaracordos internacionais.

O protocolo da SADC sobreFinanças e Investimento entraráem vigor 30 dias após aratificação por pelo menos noveEstados Membro.

O protocolo facilitará acriação dum ambiente favorávelao investimento dentro daSADC; a consecução duma

estabilidade e convergênciam a c r o e c o n ó m i c ;

cooperação em matériasde impostos; ec o o rdenação ecooperação em políticasde controlo das trocascomerciais.

2 SADC HOJE Outubro 2006

continuação da página 1

DESDE A data da entrada emv i g o r, os Estados Membroconcordam dar passos v i s a n d o :o C o n v e rgir sobre políticas

económicas estáveis;o Cooperar em matérias fiscais

e coordenar seus regimes deimposto dentro da região;

o Cooperar e coord e n a rpolíticas de controlo dastrocas comerciais;

o Harmonizar as estru t u r a slegais e operacionais dos seusrespectivos bancos centrais;

o Cooperar ao nível dos seusbancos centrais em re l a ç ã oaos pagamentos, liquidação eaos sistemas de pensões;

o Harmonizar padrões epráticas de supervisão dasoperações bancária;

o Estabelecer uma Rede deInstituições de Finanças deDesenvolvimento para

aumentar os fluxos trans-fronteiriços de capitais;

o Fortalecer os mercados decapital e financeiros domésticoscom a intenção de criar umimportante mercado financeiroregional;

o Fortalecer a cooperação paratrocas comerciais;

o Cooperar para impedir alavagem de dinheiro;

o Estabelecer um Fundo paraaP re p a r a ç ã oeD e s e n v o l v i m e n t ode Projectos para fornecerapoio técnico paraai d e n t i f i c a ç ã ode projectos, selecção e estudosde viabilidade. O Fundo seráusado também para financiarp rojectos seleccionados; e

o Estabelecer um Painel deRevisão que se reunirá umavez por ano para levar a cabo amonitoria e fiscalizaçãom a c ro - e c o n ó m i c a .

identificado em alguns dosprojectos de infra-estruturas daSADC tais como a Facilitação deTransporte e Comércio noP rojecto dos Corre d o res Tr a n sCaprivi da Baía Walvis.

Este projecto visa, entre outro s ,desenvolver directrizes sobre acriação de postos de fro n t e i r acomum dentro dos doisc o r re d o res e desenvolver as infra-e s t ruturas. Será executado pelogoverno da Namibia, pelo Gru p odo Corredor da Baía de Walvis epor operadores dos transportes.

No que re f e re à protecção dosinvestimentos, o protocolodefende que os Estados Membronão nacionalizarão neme x p ropriarão os investimentos, anão ser que seja “para finalidadepública, de acordo com a lei, numabase não discriminatória e sujeitaao pagamento imediato de umacompensação adequada e e f e c t i v a ” .

Os Estados Membrodispuseram-se para eventualmenteharmonizar as suas respectivaspolíticas e legislações domésticasd e n t ro do espírito da nãodiscriminação dos investidores.

“Os Estados prosseguirão coma harmonização com o objectivo

Rumo à uma zona de investimento da SADCde tornar a região numa zona deinvestimento da SADC, que deve,entre outros , incluir aharmonização de regimes deinvestimento, incluindo políticas,leis e práticas de acordo com asmelhores práticas dentro daestratégia global para a integraçãoregional,” assim consta no pro t o c o l o .

Os Estados Membro lutarãopara alcançar a converg ê n c i am a c ro-económica, um dosprincipais blocos de edificaçãona busca do estabelecimento deuma Zona de Livre Comércio e aUnião Aduaneira na SADC.

O desafio para os EstadosM e m b ro será promover e estabelecerp rognósticos, confidência, confiançae integridade aderindo ereforçando políticas abertas et r a n s p a rentes, práticas, re g u l a m e n t o seprocedimentossobreoinvestimento.

Os países da SADC tambémreconhecem a necessidade deaderir às melhores práticas paraa protecção da saúde doméstica,segurança ou medidasambientais e concordaram emnão negligenciar tratadosinternacionais que ratificaram,com o propósito de atrair maisinvestimento.

Destaques do Protocolo sobre Finanças eInvestimento

Outubro 2006 SADC HOJE 3

A SADC estabeleceu um grupode trabalho ministerial pararecomendar acções sobre umarápida implementação depolíticas acordadas para expor opotencial da comunidadeeconómica regional.

O grupo de trabalhoc o m p reende os ministros dasfinanças, do desenvolvimentoeconómico, do planeamento e daindústria e comércio, de todos osEstados Membro da SADC.

Os Chefes de Estado e deGoverno da SADC estabeleceramo grupo de trabalho ministerial,na sua Cimeira em Lesotho emAgosto, para trabalhar com oSecretariado e definir um roteiropara “a erradicação da pobreza ep ropor medidas para o rápidoseguimento da implementação.”

Os líderes pediram ao grupode trabalho para apre s e n t a r

recomendações a uma Cimeiraextraordinária programada para“antes de Novembro” num localainda por se definir.

Os líderes da SADC forammuito críticos sobre o lento ritmono qual os programas regionais eos projectos estão a serimplementados.

As dificuldades causadas pelas o b reposição da afiliação àsComunidades EconómicasRegionais (CERs) podem tercontribuido para os atrasosregistados no alcance das metasde integração regional tais como oestabelecimento da Área deC o m é rcio Livre e da UniãoAduaneira da SADCprogramadas para 2008 e 2010,respectivamente.

A maioria dos Estados Membroda SADC pertencem a mais deuma CER, algumas das quais têm

planos para criar uma uniãoaduaneira. Entretanto, as regras daO rganização Mundial doC o m é rcio, advogam que um paísm e m b ro não deve pertencer a maisde uma união aduaneira.

As sobreposições existem naSADC, na União Aduaneira daÁfrica Austral (SACU), noM e rcado Comum para ÁfricaAustral e Oriental (COmesa), naComunidade da África do Leste( E A C ) e no Fórum para aFacilitação da IntegraçãoRegional (RIFF).

A Cimeira da União Africnaem Banjul, Gâmbia, realizada emJulho emitiu uma moratória sobrereconhecimento de novas CERsreconhecendo a existência desomente oito no continente. NaÁfrica Austral e Oriental, somentea SADC, EAC e o COMESA estãoentre as oito.

A decisão da União Africanatraz uma outra dimensão,adicionando a complexidade naqual os Estados Membro daSADC têm que tomar decisõesu rgentes sobre a questão das o b reposição de afiliação demembros.

Grupo de trabalho ministerial para recomendaracções para uma rápida implementação de políticas

Fundos para rápida implementação de projectosOS ESTA D O S m e m b ro terão quese responsabilizar pelofinanciamento dos programas ep rojectos da SADC se quisere mque a região progrida mais rápidorumo a materialização de umavisão comum.

A estrutura de financiamentoda SADC foi um motivo degrande preocupação durante aCimeira de 2006 em Lesotho,tendo os Chefes de Estado e deGoverno concordado que o actualcenário de financiamento éinsustentável e não demonstratotal compromisso com odesenvolvimento regional.

Actualmente, 61 por cento doorçamento da SADC vêm dosp a rc e i ros de cooperaçãointernacional, e o restante vemdas contribuições dos EstadosMembro.

“Nós necessitamos mostrarc o m p rometimento contribuindomais significativamente com osnossos próprios recursos para os

programas e projectos,” disse op residente Festus Mogae doBotswana, antigo presidente daSADC.

A Cimeira exijiu que oS e c retariado acelere o pro c e s s oque conduzirá ao estabelecimentode um Fundo de Desenvolvimento

Regional da SADC, que financiaráos projectos de desenvolvimentobaseados na mobilização dospróprios recursos dos EstadosMembro tais como os fundos doseguro e das pensões, bem comooutras fontes de financiamentoregional.

SADC aperfeiçoaestruturainstitucionalO CONSELHO DE Ministrosindicou Secretariado da SADC,Tomaz Augusto Salomão, paraaperfeiçoar a estrutura institucionalda organização regional e melhoraro processo de reestruturação ecriação dum organismo maiseficiente e focalizado.

O Secretariado trabalhará emconsultoria com a Troika parap roduzir recomendações sobre oaperfeiçoamento do processo dere s t ruturação que a SADCe m b a rcou há seis anos. Espera-se que ele fale ao conselho nasua próxima reunião emF e v e re i ro de 2007.

Notou-se que no actual estágioda integração regional não hánenhuma necessidade decentralizar e priorizar todas asáreas de cooperação.

A Troika compreende op residente da SADC, o PrimeiroM i n i s t ro Pakalitha Mosisili doLesotho; o vice-pre s i d e n t e ,p residente Levy Mwanawasa daZâmbia; e o anterior pre s i d e n t e ,p residente Festus Mogae doB o t s w a n a .

O Secretário Executivo daSADC, Tomaz A u g u s t oSalomão, indicou as suasprioridades como sendo aestabilização do Secretariado emelhoria da sua capacidade deimplementação das prioridadeschave da SADC.

A C I M E I R A anual da SADCrealizada em Maseru endossou op rocesso do esboço dumP rotocolo da SADC sobre oG é n e ro e indicou o secre t a r i a d oda SADC para assegurar queconsultorias minuciosas sejamlevadas a cabo com os EstadosM e m b ro .O endossamento do processo parao esboço do Protocolo da SADCs o b re o Género irá acelerar as

actividades rumo a consideraçãodo protocolo, que deve sera p resentado à próxima Cimeirada SADC dos Chefes de Estado ede Governo, em Lusaka, Zâmbiaem 2007.Um grupo de trabalho compostopela Unidade do Género daSADC, governos e osre p resentantes da sociedade civil,foi constituído em Março desteano para guiar o processo.

Rumo ao Protocolo da SADC sobreo Género

SADC quer o financiamento da UEseparado das negociações EPAA S A D C estabeleceu um comitétécnico para engajar a UniãoE u ropéia, tendo em vista separara programação dos fundos dedesenvolvimento e asnegociações do A c o rdo deP a rceria Económica (APE).a

A União Européia expressou asua preocupação sobre a afiliaçãodos Estados Membro da SADC adois grupos para as negociaçõesdo APE, e insiste por um rápidop rosseguimento rumo a umaUnião Aduaneira da SADC comouma condição para asnegociações.

O objectivo é fazer com que osEstados Membro da SADCresolvam a questão das múltiplasfiliações `a ComunidadesEconómicas Regionais (CERs), demodo a entrarem nas negociaçõesAPE como um único bloco.

Esta abordagem parou aP rogramação do 10° FundoE u ropeu de Desenvolvimento(FED).

Os Estados Membro comafiliações duplas na SADC e noM e rcado Comum para a ÁfricaAustral e Oriental (Comesa)estão a negociar como o Gru p oRegional da África Austral e

Oriental (ESA). Estes são aRepública Democrática doCongo, Madagáscar, Malawi,Maurícias, Zâmbia e Zimbabwe.

As conversações SADC-UEforam lançadas em Wi n d h o e k ,Namíbia em Julho de 2004, comsete países negociando sob aégide da SADC. Estes sãoAngola, Botswana, Lesotho,Moçambique, Namíbia,Suazilândia e a República Unidada Ta n z â n i a .

A África do Sul participacomo observador, após terconcluído seu próprio acordo decomércio com a UE nos finais dadécada de 90.

O Conselho de Ministros daSADC, reunido antes da Cimeiraem Lesotho em Agosto, resolveuengajar a UE sobre a questão econcluiu que todas as condiçõespostas pela UE devem tomar adevida consideração dos prazosno processo da integração regionalda SADC.

“O Conselho re i t e rou aposição da SADC de que asnegociações APE e a Programaçãodo 10° FED devem ser baseadas naagenda de integração da SADCesboçada no Plano Indicativo

Estratégico de DesenvolvimentoRegional (RISDP) e no PlanoIndicativo Estratégico do Órg ã os o b re cooperação em Política,Defesa e Segurança (SIPO),” disseTimothy Thahane, Presidente doConselho, e Ministro do Lesothodas Finanças e PlaneamentoEconómico.

Os Ministros também notaramque as múltiplas afiliações às CERseram uma questão política e desoberania, sob a qual somente osEstados Membro individualmentepodem tomar decisão e não podemser ditados por outro s .

O FED é o principali n s t rumento da UE de cooperaçãopara o desenvolvimento nos paísesda África, Caraíbas e Pacífico(ACP). Cada período financeiro éconcluído após cinco anos e osciclos geralmente seguem os dosa c o rdos de parceria da UE com ospaíses da A C P desde a conclusão daprimeira convenção de parc e r i aem 1964.

B O T S WANA, ZÂMBIA eZimbabwe assinaram um acordopara a construção de uma pontena sua fronteira comum no rioZambeze.

Os líderes dos três paísesassinaram um Memorando deEntendimento (MoE) em Harare,em Agosto, significando seucompromisso a favor dum maior

c o m é rcio intra-regional e afavor do movimento trans-fronteiriço de pessoas.

Um posto de fronteiracomum será construidona ponte de Kazungulaquando a estrutura legal

O nono FED foi concluído aomesmo tempo que o acordo deCotonou alcançado em 2000 entre aUE e os países da A C P. Os A P E ssubstituirão os capítulos do c o m é rc i odo Acordo de Cotonou e asp referências de comércio de sentidoúnico com os arranjos de comérc i ore c í p rocos entre a A C P e a UE.

Espera-se que as maisnegociações, iniciadas em Janeiro de2005, continuem até Junho de 2007.Estas negociações são sobre o acessoao mercado para produtos agrícolase não-agrícolas e pescados, oc o m é rcio de serviços, a cooperaçãopara o desenvolvimento, outrasquestões relacionadas ao comércio ep rovisões legais.

Uma reunião ministerial entrea Troika da SADC e da UE estáprogramada para 16-17 Novembroem Maseru, Lesotho, sob o lema“Acelerando a Implementação daAgenda de Integração eDesenvolvimento Regional daSADC”.

e administrativa estiverdesenvolvida.

Os países explorarão apossibilidade de umfinanciamento apropriado para aponte, para ser construída na basede um concurso competitivo dea c o rdo com os pro c e d i m e n t o sconcordados.

Segundo o MoE, “as partesfarão contribuições iguais paratodos os custos do pro j e c t o ,incluindo a construção da ponte edo posto trans-fronteiriço”. UmaComissão técnica instaladora seráestabelecida para coordenar oprojecto.

Á F R I C A DO SUL, Botswana eZimbabwe assinaram umMemorando de Entendimentopara o estabelecimento da Área deConservação Trans-fronteiriça doLimpopo-Shashe, que eventualmentecobrirá cerca de 140.000 hectare s .

Há áreas de conservação emtodos os três países naconfluência dos dois rios que dãoforma a um grande parq u einternacional. Grandes áreas dop roposto parque ainda estão emmãos privadas, e foram pre c i s o s

16 anos para se alcançar o acord oi n t e r n a c i o n a l .

As áreas de conservação trans-f ronteiriças constituem um conceitorazoavelmente novo baseado noprincípio de que o fluxo dan a t u reza, incluindo rios, vento,vegetação e animais, não sãolimitados por fronteiras políticas.

Os países vizinhos podem obtergrandes benefícios financeiros dosrecursos naturais que c o m p a r t i l h a m ,num processo que promovatambém a paz e a estabilidade.

4 SADC HOJE Outubro 2006

Ferry-boat será substituído poruma ponte em Kazungula

Limpopo-Shashe terá uma Área deConservação Trans-fronteiriça

O fluxo da natureza não é limitado por fronteiras políticas.

Outubro 2006 SADC HOJE 5

somente três países da ÁfricaAustral alcançaram a meta de“ Três por Cinco”. Estes sãoBotswana, Maurícias eN a m í b i a .

“ A iniciativa ‘Três porCinco’, lançada pela UNAIDS epela Organização Mundial daSaúde em 2003, é uma meta

UM ARRANJO para ump rograma de dois anos com umfinanciamento de US$5.3 milhõespara a luta contra a propagação doHIV e SIDA foi assinado pelaSADC com vários doadores sob aliderança da Agência Sueca para oDesenvolvimento Internacional( A s d i ) .

O Secretariado da SADCtambém assegurou um montantede US$30 milhões do BancoAfricano de Desenvolvimento paraapoiar um programa de luta contratrês doenças transmissíveis,nomeadamente, o HIV, at u b e rculose (TB) e a malária.

O Conselho afirmou que étambém Ministro das Finanças ePlaneamento Económico doLesotho, disse que a SADC estádeterminada a “caminhar em fre n t evisando conter o desenvolvimentoda pandemia através da escaladadas nossas intervenções.”

Ele anunciou a criação de umcomité ministerial para inspeccionar odesenvolvimento do FundoRegional para o HIV e SIDA.

Thahane também anunciou asprimeiras doações dos EstadosM e m b ro. África do Sul eSuazilândia cumpriram suasp romessas de ZAR1 milhão (cerc ade US$139,000) e de US$30,000,respectivamente. Lesotho p ro m e t e ucontribuir com US$100,000 ao fundo,enquanto que Angola contribuiu comU S $ 2 0 0 , 0 0 0 .

“É importante que nóstomemos a dianteira na lutacontra o HIV e SIDA através dadisponibilização dos re c u r s o snecessitados,” disse Thahane,notando que o programa do HIVe SIDA da SADC enfre n t an u m e rosos desafios, tendoresultado em limitados sucessosnas intervenções de prevenção.

“Isto está ligado à feminizaçãodo HIV e SIDA na região, devidoa desigualdade do género, baixoestatuto sócio-económico dasm u l h e res, violência baseada nogénero; e o acesso inadequado aotratamento por parte dasmulheres, na maioria dos EstadosMembro,” disse Thahane.

De acordo com o pro g r a m aconjunto das Nações Unidass o b re o HIV e SIDA ( U N A I D S ) ,

global para fornecer às trêsmilhões de pessoas, que vivemcom a SIDA em países de baixose médio rendimentos, otratamento com A RV para op rolongamento das suas vidas,até finais de 2005, e conciliar asacompanhantes necessidadesn u t r i t i v a s .

O BRASIL PLANEIA lançar umprojecto para reforçar a pesquisana área da saúde pública nospaíses africanos falantes da línguaPortuguesa.

O projecto começará emAngola antes de ser introduzido aMoçambique e outros lugares.Sob o plano, os investigadore sb r a s i l e i ros irão leccionar umcurso de mestrado sobre pesquisaem saúde pública, de dois anos,na Escola Nacional de A n g o l apara Saúde Pública em Luanda, ainiciar em Outubro.

A Fundação Oswaldo Cru z(Fiocruz), um grande centro depesquisa ligado ao Ministério daSaúde do Brasil, está a coordenaro projecto com apoio da AgênciaFederal de Financiamento depesquisas do Brasil, Capes, egoverno Angolano.

Juntas, as três instituiçõesestão a disponibilizar um poucoacima de US$1 milhão para oprojecto.

“Os estudantes de Angola e deMoçambique já estiveram naF i o c ruz para cursos de mestrados e

PhD’s, mas, raramente encontramoportunidades de trabalho nos seuspaíses quando re g ressam,” disseMaria faz Carmo Leal, vice-p residente de educação, i n f o r m a ç ã oe comunicação da Fiocru z .

O objectivo do projecto é ajudaros países falantes da línguaportuguesa a consolidarem a infra-e s t rutura local de pesquisa parap o d e rem absorver investigadore sformados em outros lugare s .

O programa de mestrado nonovo instituto Angolano irá secentrar na pesquisa relacionada àsprincipais questões da saúde

O limitado pro g resso na lutacontra o HIV e SIDA “ éagravado pela falta de umaagenda de pesquisa localmentedirigida nos Estados Membroda SADC e a lenta execuçãodos compromissos nacionais,regionais, continentais eglobais”, disse Thahane.

pública em Angola, tais comodoenças infecciosas.

Os estudantes irão usar trêsmeses do seu segundo ano emBrasil fazendo pesquisa eescrevendo suas dissertações emcolaboração com os supervisoresda Fiocruz.

Serão dados acesso livre à10.000 jornais científicos atravésde um Website actualmente usadopor cientistas Brasileiros.

O projecto também incluiplanos para renovar as faculdadestécnicas de Angola e equipar assuas bibliotecas..

SADC fortifica intervenções na questão do HIV e SIDA

Brasil apoia Angola e Moçambique a fortalecerem apesquisa na área da saúde pública

Timothy Thahane (a esquerda), SADC determinada a conter a escalada da pandemia da SIDA

Consciencialização sobre saúde pública ajuda a reduzir a propagação dedoenças infecciosas.

ronda das eleições pre s i d e n c i a i snesse dia.

Eles haviam argumentado que aConstituição da RDC indica queuma segunda volta das eleiçõesp residenciais deve ocorrer dentro de15 dias após o anúncio dosresultados finais da primeira volta.

Os resultados pre l i m i n a res daeleição foram anunciados a 20 deAgosto e anunciou-se uma segundavolta presidencial após o Pre s i d e n t eJoseph Kabila e seu concorrente maispróximo, antigo líder rebelde, Jean-

U M A S E G U N D A volta daseleições da República Democráticado Congo (RDC) está pro g r a m a d apara 29 de Outubro, e a tomada deposse do presidente-eleito estám a rcada para 10 de Dezembro .

A data para a segunda voltaesteve encoberta de incertezas visto

alguns partidos da oposiçãot e rem submetido uma petição

ao Tribunal Supre m odo país sobre aconstitucionalidade darealização duma segunda

P i e r re Bemba, não terem conseguidoos 50 por cento-mais-um re q u e r i d o sdo total dos votos, para evitar umasegunda ronda eleitoral.

Kabila obteve 44.81 por cento dosvotos contra os 20.03 por cento deBemba. Isto fez com que se marc a s s euma segunda ronda eleitoral naqual, Kabila enfrentará Bemba.

O período rumo à segundaronda eleitoral viu os candidatosp residenciais que perderam naprimeira volta a se aliarem tanto aKabila como a Bemba.

Antoine Gizenga e NzangaMobutu estão ao lado de Kabila,enquanto que outros 15 partidosaliaram-se a Bemba sob a Uniãopara a Bandeira da Nação.

Gizenga ficou em terc e i rolugar na primeira ronda, com 13por cento dos votos, enquantoque Mobutu ficou em quarto.Mobutu é filho do antigop residente Mobutu Sese Sekoque ironicamente foi derru b a d opelo pai de Kabila, Laurent, em1997.

A Z Â M B I A usou um novo ecomputarizado sistema eleitoralpara as eleições de 28 deS e t e m b ro, como parte dasmedidas para melhorar aadministração eleitoral eincentivar a confiancia doseleitores.

O país votou para o Presidenteda República, Membro sparlamentares e para vereadoresdas cidades.

Pela primeira vez, a ComissãoEleitoral da Zâmbia (CEZ) usouum sistema electrónico no qual osdados dos eleitores foram postosnuma base de dados, tornando-osmenos propensos à manipulaçãona sua verificação e identificação.As eleições anteriores foramrealizadas usando-se documentosnacionais de identificação.

O novo sistema usa a“biométrica”, isto é, as impressõesdigitais, impressões das palmasdas mãos ou scan da íris,fornecendo uma identificação everificação exactas de um eleitor.

A CEZ produziu também mapasde Sistemas de InformaçãoGeográfica (SIG) para todos osc í rculos eleitorais. O SIG é umsistema de criação, armazenamento,análises e gestão de dados espaciaise atributos associados.

O uso do sistema da“biométrica” foi complementadopor um quadro de novas medidasde segurança anunciadas a 22 deAgosto pelo Inspector Geral dapolícias da Zâmbia, EphraimMateyo.

As medidas de segurançaincluíram o uso de oficiais depolícias não armados paraguarnecerem os locais de votação.

“A iniciativa irá assegurar queas pessoas votem sem nenhumaintimidação,” disse Mateyo.Os oficiais da polícia também nãoforam autorizados a levar armasde fogo para as suas casas.

Os oficiais responsáveis pelasestações policiais foram permitidosdeferir os requerimentos paracampanhas públicas por parte dospartidos políticos. A n t e r i o r a m e n t e ,somente era permitido aos oficiaisdo comando provinciais autorizarp rocissões políticas em consultoriacom o inspector-geral da polícia.

Mais de 700 candidatosc o n c o r reram para 150 assentosp a r l a m e n t a res eleitos, enquantoque quatro líderes da oposiçãoa p resentaram documentos denomeação para desafiar oP residente Levy Mwanawasa quep rocurava o segundo mandatoapós ter assumido o poder em 2001.

As eleições parlamentare sforam concorridas por 705candidatos das nove pro v í n c i a sdo país.

A província Oriental, celeiro daZâmbia, teve o maior número decandidatos parlamentares, com136 competindo para 19 assentos.A p rovíncia do Cinturão-do-Cobre, que é a base da produçãodo cobre deste país da ÁfricaAustral, somou 100 candidatosque concorrem para 22 assentos.

O MMD é o único partido quecontou com candidatos em todosos círculos eleitorais.

A Zâmbia usa um sistemaparlamentar de câmara única, com150 membros parlamentares eleitospelo voto popular usando osistema de maioria simples ou deganha tudo. Oito membros sãonomeados pelo presidente. Osm e m b ros do parlamento cumpre mmandatos de cinco anos.

O presidente é eleito pelo votopopular directo para um mandatode cinco anos.

A SADC enviou uma equipapara observar as eleiçõesZambianas para assegura quefossem conduzidas emconformidade com os Princípios eD i rectrizes da SADC queGovernam Eleições Democráticas.

Estes incluem, entre outras, anecessidade de tolerância política;intervalos re g u l a res para arealização de eleições como constanas Constituições nacionaisrespectivas; oportunidades iguaispara que todos os partidos políticostenham acesso aos meios decomunicação social do Estado; eoportunidades iguais de exercer od i reito de votar e de ser votado.

AMISSÃO de Observação Eleitoralda SADC descreveu as eleiçõeszambianas de pacíficas,t r a n s p a rentes, bem regidas ec re d í v e i s .

A missão, chefiada pelo Ministrode Boa Governação da RepúblicaUnida da Tanzania, Philip Marmo,disse que o civismo e entusiasmodemonstrados durante o período dacampanha, votação e contagem devotos testemunham o cometimentototal e aderência às leis eregulamentos guiando o pro c e s s oeleitoral zambiano.

“ A SADC orgulha-se dal i d e rença política zambiana e dasautoridades de gestão de eleições,”Marmo disse. Ele elogiou a LeiEleitoral e o Código de Conduta

Eleitoral, afirmando que a legislaçãoestá inteiramente em concord â n c i acom os Princípios e Directrizes daSADC sobre Eleições Democráticas.

A SADC enviou uma missão deobservação consistindo de 49m e m b ros, dos quais 37 homens e 12m u l h e res. A missão foi destacadauma semana antes da eleições ecobriu todas as nove províncias dop a í s .

O Prsidente Levy Mwanawasafoi re-eleito para um novomandato de cinco anos. O seupartido, o Movimento paraa Democrcia Multipartidáriatambém obteve a maioria dosassentos no parlamento, tendoganho em mais de 50 por cento dosc í rculos eleitorais.

Segunda volta das eleições presidenciais na RDC, programadas para 29 de Outubro

6 SADC HOJE Outubro 2006

Zâmbia testa novo sistema eleitoral

Eleições zambianas bem geridas e credíveis: SADC

Alguns dos candidatos à presidência, da esquerda à direita, Mwanawasa,Hichilema e Sata.

Outubro 2006 SADC HOJE 7

O PRIMEIRO MINISTRO doLesotho, Pakalitha BethuelMosisili, é o actual presidente daSADC para o mandato 2006/07.Ele substituiu o presidente FestusMogae do Botswana que liderou àregião desde Agosto de 2005.

Nascido a 14 de Março de 1945,Mosisili, é Primeiro Ministro doLesotho desde 29 de Maio de 1998quando pela primeira vez liderou oseu partido, Congresso do Lesothopara a Democracia (CLD), a umavitória quase total nas eleições.

É membro da Associação dasLínguas Africanas da ÁfricaAustral e da Sociedade Pedagógicada África Austral, e contribuiusignificativamente para odesenvolvimento das línguasafricanas na região da SADC.

Começou como um professorassistente no princípio dos anos70, tendo se tornado mis tardenum docente de línguas africanasem várias instituições do ensinouniversitário na região, incluindoa Universidade Nacional doLesotho, e a Universidade de FortHare, de Transkei e de Zululand,todas na África do Sul.

Mosisili foi eleito comomembro do parlamento para ocírculo eleitoral Nek do Qacha em1993 e tomou posse comoM i n i s t ro da Educação eFormação, Desportos, Cultura eJuventude, que mais tarde passou

O Primeiro Ministro Pakalitha Mosisilié o actual presidente da SADC

Primeiro Ministro Pakalitha Mosisili

Jakaya Kikwete

Lesotho, rico em têxteis e cultura.

A 27ª Cimeira da SADC serárealizada em Lusaka, Zâmbia,no próximo ano, após esteEstado ter se juntado a Troikada SADC na vice presidência.

Depois da sua eleição comovice Presidente, o Pre s i d e n t eLevy Mwanawasa agradeceuos membros da SADC pelaconfiança que têm nele e peloseu país.

A tradição é que a Cimeiraseja realizada no país queostenta o lugar de vicep residência da SADC, durantea qual tomará o lugar dep re s i d e n t e .

Cimeira de 2007 serárealizada na Zâmbia

A R E P Ú B L I C A Unida daTanzânia está compro m e t i d acom a materialização da agendaregional de integração da SADC,P residente Jakaya Kikwetegarantiu na sua primeiraalocução à Cimeira após a suaeleição no ano passado.

O novo líder Ta n z a n i a n oa s s e g u rou aos seus colegas sobre acontínua cooperação sob oc o m p romisso do seu país à SADC.

“Eu gostaria de vos assegurarque entre o povo da Tanzânianão haverá falta de vontade eentusiasmo em trabalhar comseus amigos e familiares daÁfrica Austral para materializaros objectivos e aspirações daSADC,” disse Kikwete.

Ele será o presidente da Tro i k ada SADC sobre Cooperação emPolítica, Defesa e Segurança nopróximo ano, e prometeu darcontinuidade ao legado deixadopelo seu pre d e c e s s o r, BenjaminMkapa, que jogou papel crucial noavanço da integração re g i o n a l .

Notou que algumas pessoasse referiram a ele como “o novoMkapa” durante a sua visita àscapitais regionais para seapresentar pessoalmente. DesdeAgosto, ele visitou nove paísesda SADC desde a sua eleição etomada de posse em Dezembrode 2005.

Mkapa é creditado comreformas macro - e c o n ó m i c a ssignificativas na RepúblicaUnida da Ta n z â n i a .

Deixou também um legadoregional no sector agrícolaatravés da realização dumaCimeira de líderes da SADCs o b re agricultura e segurançaa l i m e n t a r, no seu país, quep roduziu metas e planos dedesenvolvimento, incluindouma reserva regional alimentar.Estava no leme da SADC quandoa organização regional produziuo seu guião de 15 anos, o PlanoIndicativo Estratégico deDesenvolvimento Regional, quefoi lançado em Arusha, e o PlanoIndicativa Estratégica do Órgãos o b re Cooperação em Política,Defesa e Segurança.

A C I M E I R A deferiu umadecisão sobre a readmissão daSeychelles e resolveu engaja-láem mais consultas.

A Seychelles pediu paravoltar a juntar-se a SADC apóster se retirado do bloco regionalem 2004, alegandoconstrangimentos financeiros.

Sua readmissão foire t a rdada por motivos ligadosas negociações sobre quanto opaís deveria pagar antes de serreadmitido. Inicialmente aSADC tinha marcado ummontante de US$2.6 milhõesp reviamente acumulados pelasS e y c h e l l e s .

O Secretariado da SADC foimandatado para engajar aSeychelles em consultoriasadicionais de modo a encontrar ocaminho em frente.

Kikwete “o novo Mkapa”

Deferida a decisãosobre Seychelles

a chamar-se Ministério daEducação e Desenvolvimento daForça de Trabalho.

Foi nomeado vice PrimeiroMinistro em Fevereiro de 1995 emais tarde tornou-se o Ministroresponsável pelos assuntosinternos e governo local, posição

que manteve até as eleições geraisde 1998.

Ele lidera a Troika da SADCnuma altura em que a ÁfricaAustral está a gozar de uma paz eestabilidade política relativas comregisto de alguns sucessos nafrente económica.

A estabilidade políticaretornou à Angola, à RepúblicaDemocrática do Congo e àMoçambique, estando estespaíses a conduzir a ressurreiçãoda economia da SADC nospassados cinco anos.

O vice de Mosisili é opresidente Levy Mwanawasa daZâmbia. A Troika da SADC paraos próximos 12 meses inclui estesdois líderes e o pre s i d e n t ecessante, Presidente FestusMogae do Botswana.

A República Unida daTanzânia irá presidir o Órg ã os o b re Cooperação em Política,Defesa e Segurança no próximoano, com Angola como vice.Namíbia, a presidência cessante,completa o Órgão da Troika.

Tendências do investimento directo estrangeENQUANTO A África A u s t r a laumenta esforços para atrair oInvestimento Directo Estrangeiro(IDE), uma pesquisa sobre osfluxos globais dentro de Áfricarevela algumas questões etendências relevantes àsiniciativas actuais.

Uma das tendências globais,reflectida na região da SADC é ocrescimento dos fluxos do IDE nosector de serviços.

De acordo com a Conferênciadas Nações Unida sobre o Comérc i oe o Desenvolvimento (UNCTA D ) ,as indústrias de serviço contavamcom 49 por cento dos fluxos totaisdo IDE em 1990, tendo cre s c i d opara 60 por cento até 2002.

Um estudo realizado em 2005pela Unidade de Pesquisa sobrePolítica Económica Namibiana(NEPRU) confirma que estatendência global é visível naÁfrica Austral, se bem que comalgumas excepções.

O período que iniciou em 1990viu um grande impulso rumo aliberalização e privatização docomércio. Antes disso, a maioriados serviços de infra-estru t u r atais como o transporte e astelecomunicações eram empresasp redominantemente operadaspelo Estado.

Apesar dos novos esforços porparte dos Estados Membro daSADC, após o período daprivatização, para direcionar oIDE para a manufactura e outrasá reas tais como o sector dasminas, os fluxos do investimentotendem a favorecer o sector dosserviços, com as novas áreas taiscomo as operação bancária evendas a retalho tornando-se cadavez mais populares.

O estudo da NEPRU nota aindauma outra tendência - o papel dascompanhias sul-africanas queaumentam os investimentos naregião, particularmente no sectordos serviços.

A NEPRU diz que o rápidomovimento das companhias sul-

africanas na região poderiaem parte ser explicado pela

“internacionalização dascorporação sul-africanas”como as fábricas decervejas sul-africana, A n g l oAmerican, Old Mutual,

Sasol e outras que agora estãolistadas em Londres, Nova Iorq u e ,Frankfurt e Paris.

“ A experiência comparativada eficiência e experiência denegócio dessas empresas nocontexto da África Austral e emÁfrica no geral, conduziu a umanova era da actividade dascorporações multinacionais emÁfrica - com as empresas sulafricanas a emergirem como asnovas corporaçõesmultinacionais,” diz a NEPRU.

Entretanto, o investimento dosector privado sul-africano emoutros países da região não temsido feito sem criticismo,particularmente no que se refere aextensão de redes de venda aretalho do país em toda a ÁfricaAustral e além.

Por exemplo, em 2002, umaempresa de venda a retalho sulafricana, a armazenista GAME,foi levada a prestar contas perantea Comissão de Concorrência daZâmbia, acusada de práticasinjustas de comércio por umacompanhia local. A C o m i s s ã osentenciou a favor da companhiaZambiana.

8 SADC HOJE Outubro 2006

“Para aqueles países na regiãoque não têm leis de concorrência,políticas e uma agênciacompetente para fazer cumprir alei, tais práticas não serãoverificadas,” diz a NEPRU no seurelatório de estudo.

“Fora isso, os benefícios daintegração regional de taisinvestimentos intra-regionais e osassociados fluxos do comérc i oaumentarão assimetricamente eassim trarão o risco de se re t a rd a ros processos para o pro g resso daintegração re g i o n a l . ”

África do Sul, Angola lideramna atracção do IDEO estudo da NEPRU confirma osdados da UNCTAD que mostramAngola e África do Sul como osdestinos mais importantes do IDEna África Austral.

A maior porção doinvestimento na África do Suladveio da privatização da Te l k o mem 1997, que resultou na comprade uma acção de 20 por cento pelaSBC dos Estados Unidos e daTelkom Malaysia Berhad. Ad e s c a rga de acções partilhadas

Investimento Directo Estrangeiro nos países da SADC, 1997-2003(Milhões de US$)

P a i s 1 9 9 2 - 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3MédiaA n u a l

África do Sul 1 0 4 5 5 6 1 1 , 5 0 2 8 8 8 6 , 7 8 9 7 5 7 7 6 2A n g o l a 3 0 4 1 , 11 4 2 4 7 1 8 7 9 2 , 1 4 6 1 , 6 4 3 1 , 4 1 5B o t s w a n a - 1 0 9 6 3 7 5 7 3 1 4 0 5 8 6República Demcrática do Congo - 6 6 1 * 11 * 2 3 * 8 2 11 7 1 5 8L e s o t h o 2 5 2 7 3 3 3 1 2 8 2 7 4 2M a d a g á s c a r 1 3 1 6 5 8 6 9 8 4 8 5 0 *M a l a w i 1 0 1 2 5 9 2 6 1 9 6 2 3 *M a u r í c i a s 2 7 1 2 4 9 2 7 7 3 2 3 3 7 0M o ç a m b i q u e 4 6 2 3 5 3 8 2 1 3 9 2 5 5 1 5 5 3 3 7N a m í b i a 1 0 6 7 7 2 0 1 8 6 3 6 5 1 8 1 8 4S w a z i l â n d i a 4 5 1 0 9 1 0 0 9 1 5 1 4 7 4 4República Unida da Ta n z â n i a 9 0 1 7 2 5 4 2 2 8 2 4 6 7 2 4 0 2 4 8Z â m b i a 9 3 1 9 8 1 6 3 1 2 2 7 2 8 2 1 0 0Z i m b a b w e 7 2 4 4 4 5 9 2 3 4 2 6 2 0 *To t a l 1 , 8 6 0 3 , 1 3 4 5 , 4 8 6 3 , 0 9 3 1 0 , 4 2 5 3 , 7 2 7 3 , 4 3 9

* = EstimativaFonte: Relatório do Investimento Mundial 2004, UNCTAD

da esquerda à direita, O local onde se realizou a Cimeira (vista de fora), o renovado posto traPrimeiro Ministro Pakalitha Mosisili, actual presidente da SADC.

Outubro 2006 SADC HOJE 9

iro na África AustralFactores que influenciamdecisões sobre o investimento

o Estabilidade económica ep o l í t i c a ;

o M e rcados grandes e eme x p a n s ã o ;

o Taxas de juro e de inflação baixase estáveis;

o Políticas eficazes de concorrência;o Baixos custos de transações e

negócio para regulamentações dotrabalho e do comércio, regras deentrada e de saída;

o Capital humano com habilidadesdiversas e modernas;

o I n f r a - e s t rutura de baixo custo taiscomo, eficientes sistemas decomunicação e dos transportes; e

o L i v re regime de comércio e det roca de moeda estrangeira.

A Fundação BusinessMap

Rápido aumento dos fluxos doIDE Sul-SulEmbora a África esteja a atrairum IDE tão baixo quanto doispor cento do IDE global, há umatendência emergente chavereconhecida pela UNCTAD é adimensão Sul-Sul.

A U N C TAD defende que,durante os últimos 10 anos,houve um rápido aumento dosfluxos do IDE Sul-Sul nos paísesem desenvolvimento, incluindoos de África.

De facto, tendências recentesmostram que “os fluxos Sul-Sulcresceram mais rapidamente doque os fluxos Note-Sul,” deacordo com um outro relatório,intitulado África na EconomiaMundial-Os Desafios Nacionais,Regionais e Internacionais,publicado em Dezembro de 2005.

OS PRODUTORES e exportadore safricanos de têxteis estão a re s s e n t i r-se do impacto das novas regras daO rganização Mundial do Comérc i oque abrem às forças do merc a d ol i v re um sector antes protegido pormais de 30 anos.

J a n e i ro de 2005 marcou o fim dosistema de quotas nas naçõesindustriais que, como efeitosecundário, forneceu um merc a d op ronto para têxteis e vestuário deÁfrica e de outros países emd e s e n v o l v i m e n t o .

O resultado é que em Áfricamais de 250.000 empregos foramp e rdidos, afectando mais de ummilhão de famílias, relata aFederação Internacional dost r a b a l h a d o res de Têxteis, Ve s t u á r i oe Couro (ITGLW F ) .

A maioria dos empregos foramp e rdidos no Lesotho, na África doSul, na Suazilândia, na Nigéria, noGhana, nas Maurícias, na Zâmbia,em Madagáscar, na Tanzânia, noMalawi, na Namíbia e no Kenya.

A I T G LWF está a apelar aosgovernos afr icanos paraorganizarem uma urgenteconferência continental sobre ofuturo das indústrias têxteis,vestuários e calçados de modo aque os governos, uniões doc o m é rcio e os pro d u t o res possamdesenvolver planos para re s p o n d e r

à actual crise, aumentar a eficiência,atrair o investimento e melhorar obem-estar dos trabalhadore s .

O Arranjo Multi-Fibra (AMF),criado em 1974, foi desenhadopara proteger os produtores nosm a i o res mercados Mundiais-osE.U, Canadá e a União Europeia(UE) - dos mais eficientes aemergirem na Ásia, no momento.

Durante décadas, havia umlimite à quantidade de têxteis queo u t ros países poderiam exportarpara os maiores mercados. Estelimite afectou principalmente osgrandes pro d u t o res mundiais, taiscomo China, Índia, Hong Kong,Taiwan e a República da Core i a .Mas estas limitações tro u x e r a mvantagens para muitos paísespequenos exportadores de têxteisque entraram para preencher al a c u n a .

As companhias têxteis dosmaiores produtores asiáticoscriaram subsidiários em paísesmenos desenvolvidos tais como oLesotho, um país que gozou doacesso livre de impostos aos EUAsob a Lei do Crescimento A f r i c a n oe Oportunidades, de 2000.

Consequentemente, os têxteis evestuário tornaram-se os mastro seconómicos do Lesotho, e numdado ponto a indústria empre g o u56.000 trabalhadores, cobrindo

virtualmente todos trabalhos demanufactura no país.

Hoje, Lesotho é um exemplo dograve impacto do fim do A M F.

“ A maioria, se não todos, dosnossos investidores estrangeirosvêm da Ásia, principalmente deTaiwan e China,” diz DanielMaraisane, Chefe da principalUnião dos Tr a b a l h a d o res de têxteis.Com o fim do sistema de quota,esses investidores “dizem queagora é mais fácil e mais baratomanufacturar na China e Índia.Assim, estão a começar a re g re s s a rpara os seus países….

Simplesmente, não há como opequeno Lesotho pode competircom tais gigantes.”

Nos finais de 2004, seis das 50fábricas de vestuário foram fechadasem antecipação ao fim do prazo,deixando 6.600 trabalhadores seme m p rego e sem benefícios. A scompanhias sobreviventes, quee n f rentam baixas nas encomendasde exportação, colocaram 10.000t r a b a l h a d o res em contratos a curtoprazo, usando-os somente quandon e c e s s i t a d o s .

“Se as coisas continuare massim,” diz Maraisane, “nósestamos receosos que odesemprego, que está já em 40 porcento, alcance os 70 por cento.”(Africa Renewal)

e n t re a Anglo American, baseadaem Londres, e o afiliadoconglomerado de mineração DeBeers contribuíu s i g n i f i c a t i v a m e n t eno desempenho do IDE na Áfricado Sul.

Em 2005, o IDE da África doSul surgiu através da aquisição deZAR33 bilhões de um bancolocal, ABSA, pelo banco Britânico,Barclays.

O investimento estrangeiro emAngola tem sido feitoprincipalmente através daindústria do petróleo, cujas

operações sobreviveram à décadasde guerra civil. O advento da pazabriu o país para um maciço IDE,particularmente na re c o n s t ru ç ã ode infra-estruturas do sectorm i n e i ro .

Embora na maior parte dosEstados da SADC o IDE é feito nosector dos serviços, nos últimos15 anos, a principal atracção doLesotho foi a sua indústria têxtil.Até recentemente, Lesotho gozoudo acesso preferencial ao mercadodos EUA através das preferênciasc o m e rciais do Crescimento daÁafrica e Oportunidades(AGOA).

E n t retanto, as pre f e r ê n c i a sc o m e rciais terminaram no anopassado, deixando o Lesotho queantes prosperava exposto aosa m a rgos ventos da competiçãointernacional e deixando mais de10.000 trabalhadores das fábricasothos a enfrentar um futuroi n c e r t o .

O actual sistema do comércioglobal não favorece as naçõespequenas e como a NEPRU diz,“… a experiência de Lesothooferece lições à região.”

O relatório diz que a fontechave do investimento Sul-Sulem África é a Ásia re p re s e n t a d apor China, Taiwan e Índia. Oinvestimento é feito emindústrias tais como a indústriamineira, automóvel, do aço e def a r m a c ê u t i c o s .

O relatório diz que a segundaprincipal fonte do investimentoSul-Sul em África são ase m p resas sul-africanas que em2004 desenvolveram cerca de 600p rojectos em todo o continente.

Muito pouco investimentovem do continente SulAmericano, defende o re l a t ó r i o ,notando a contribuição dase m p resa Brasileiras que “estãoa começar a agir activamente…nos países Lusófonos emÁfrica, Angola e Moçambique,p a r t i c u l a r m e n t e . ”

Perda do mercado para têxteis custa o desemprego em África

onteiriço entre Lesotho e África do Sul e o

por Gumisai Mutume

10 SADC HOJE Outubro 2006

ÁFRICA DO SUL lançará umsatélite que ficará em órbitaagindo como um veículo depesquisa para apoiar na gestãode desastres, na segurançaalimentar, no uso da terra e nasegurança nacional.

O satélite que ficará em órbitaperto da terra, foi baptizado com onome SUMBANDILAsat, e serálançado para o espaço a partirdum submarino Russo, emD e z e m b ro .

O aeroplano é parte de ump rograma de desenvolvimentode satélite de três anos,desvendado em 2005 peloMinistro Sul Africano da Ciênciae Tecnologia, MosibudiMangena.

O projecto visa fornecer aÁfrica do Sul o acesso àtecnologia espacial e demonstrar

as potencialidades que opaís tem na área da ciência

espacial.O nome Sumbandila

significa “liderar ocaminho” em Venda, efoi escolhido por mais

de 3.000 pessoas numacompetição das escolas nacionaisiniciada pelo departamento deciência e tecnologia.

SUMBANDILAsat ficará emórbita a aproximadamente 80kmacima da terra. As imagens dealta resolução que este podegerar, entre outros, ajudarão ac o n t rolar os desastres comoderramamentos de petróleo,queimadas e inundações.Ajudará também na monitoriadas colheitas e no planeamentourbano.

O satélite com 1.8m decomprimento recolherá tambémdados sobre a mudança do climatais como medição datemperatura do mar, chuvas,vento, cobertura da vegetação, eníveis das águas do mar.

Os dados serão recebidos noCentro de Aplicação de Satélitesde Hartebeesthoek, que écontrolado pelo Conselho para aOesquisa Científica e Industrial(CSIR). O centro tambémoperará, seguirá e controlará oaeroplano.

A SADC decidiu elevar o papelda ciência e tecnologia na região eestá a esboçar um Protocolo sobreCiência, Tecnologia e Inovação aser colocado na mesa paraconsideração na próxima Cimeira.

Face ao rápido crescimento datecnologia de comunicações,fosso digital e as questões deacesso, o Conselho de Ministrosendossou a decisão dos ministrosresponsáveis pela ciência,tecnologia e inovação parapromover estas questões comoum crucial programa transversalpara a sustentação dos objectivosde desenvolvimento regional.

Um Protocolo da SADC sobreCiência, Tecnologia e Inovação“será formulado, adoptado eentrará em vigor dentro de umano como um instru m e n t ovinculativo para regular asiniciativas conjuntas na região epara apoiar a execução do PlanoIndicativo Estratégico de

Desenvolvimento Regional(RISDP) e o Plano Africano deAcção para a Consolidação daCiência e Tecnologia.”

África do Sul ofereceu-se afornecer os requeridos re c u r s o shumanos e financeiros para orápido acompanhamento dodesenvolvimento deste pro t o c o l o ,se for necessário facilitar que esteseja posto à mesa para aprovação e

assinatura durante o seu próximoe n c o n t ro .

Ciência e Tecnologia sãoc a t a l i s a d o res chave parao desenvolvimento sócio-económico e, através do RISDP, aregião reconhece que a realizaçãoda maioria dos objectivos daAgenda Comum da SADC podeser facilitada por soluçõescientíficas e tecnológicas.

A inovação tecnológica, poro u t ro lado, é um factor importantepara o desenvolvimento ecompetitividade das economiasregionais, conduzindo à criaçãoda riqueza e à melhoria naqualidade de vida dos cidadãosda SADC.

A maioria dos desafios que aSADC enfrentam tal como ainsegurança alimentar, défice deenergia, falta de água, e pobresi n f r a - e s t ruturas de transportee comunicações, re q u e re r ã osoluções científicas etecnológicas.

O RISDP identifica algumasdas áreas fulcrais regionais comosendo o fortalecimento dacooperação; desenvolvimento eharmonização de políticas daciência e tecnologia; impulsionara capacidade de pesquisa naregião; consciencializar opúblico sobre as questões daciência e da tecnologia.

Protocolo sobre ciência e tecnologia na forja

Centro da rede electrónica Pan-Africana podechegar às Maurícas

África do Sul mostra musculaturana tecnologia espacial

AS MAURÍCIAS f o r a mseleccionadas como um dosq u a t ro países africanos capazes deter uma estação centralcontinental que está sendodesenvolvida como parte de ump rojecto Pan-africano da re d eelectrónica financiado pela Índia.O gigante projecto - estimado emmais de US$1 bilhão – irá ligar 53países africanos via satélite, fibrasópticas e outras ligações sem fio.

A “Estação Central Terrestre”em África será o ponto principalde ligação no continente, ligandoos participantes africanos com assuas contrapartes Indianas. Aprincipal localização dos serviçosserá na Índia.

Outros três países listados sãoGhana, Etiópia e África do Sul.O projecto Pan-africano da rede-electrónica foi anunciado pelop residente Indiano, A b d u lKalam, numa Conferência daUnião Africana (UA) emJohannesburg, África do Sul, emSetembro de 2004.

Um memorando deentendimento foi assinado entre

o governo Indiano e a UA emO u t u b ro de 2005, depois doqual a Te l e c o m m u n i c a t i o n sConsultants India Limited(TCIL) foi seleccionada paraexecutar o projecto.

Espera-se que o pro j e c t oseja o maior de infra-e s t rutura de Tecnologia deInformação e Comunicação(TIC) em África. Promoverá aconectividade para a tele-medicina, tele-educação epara o Protocolo de Voz sobrea Internet (Vo I P ) .

VoIP é uma tecnologia quepermite que as chamadastelefónicas sejam feitas usandouma ligação de larga banda daInternet em vez de uma linhatelefónica normal.

Os serviços da saúde-electrónica e da educação-electrónica serão fornecidos porsete universidades - duas naÍndia e cinco em África - e poroito hospitais, cinco dos quais emÁfrica. Os projectos piloto foraminiciados na Etiópia e no Ghana.(Afrol)

Observatório Astronómico de Hartebeesthoek na África do Sul.

Outubro 2006 SADC HOJE 11

O CARTÃO do paciente poderáem breve ser uma coisa dopassado, se um plano ambiciosodo governo sul africano parai n t roduzir o sistema deatendimento electrónico for emfrente.

O cartão clínico do pacientepode um dia ser nada mais doque um curioso artefactohistórico se o plano do governo

OS QUE pagam impostos na Áfricado Sul agora podem submeterpedidos de retorno de imposto viaInternet, após o lançamento de umsistema electrónico de retorno deimposto e de um serviço desubmissão em Junho.

eFiling é um serviço seguro deretorno electrónico de imposto ede submissão oferecido pelosServiços de Rendimento Sul-Africano (SARS) que põe de parteos riscos do retorno manual doimposto. Permite também aos quepagam impostos regularizarem assuas obrigações de impostoelectronicamente.

A introdução do eFiling estáem linha com um Memorando deEntendimento da SADC de 2002(MoE) sobre cooperação emquestões de impostos e emmatérias relacionadas.

O MoE prevê a criação duma basede dados dos impostos da SADC ecomete os Estados Membro paratrabalhar em conjunto em re s p o s t aaos desafios da tecnologia deinformação e digital.

O s Es ta dos Me mbroc o m p rometeram-se a fazer umarevisão das questões que re l a c i o n a m -se ao comérc i o -e l e c t r ó n i c o ,facturamento-electrónico oualfândegas-electrónicas, e oimpacto que isto pode ter nacolecta de rendimento do impostoe no fluxo dos bens e serviços.

A harmonização de políticasde impostos é um dos blocos deedificação para o e s t a b e l e c i m e n t oduma União Aduaneira daSADC em 2010. A u n i ã oaduaneira é um precursor aom e rcado comum da SADCp rogramado para 2015.

O GOVERNO de Madagáscarm o s t rou seu compro m i s s opolítico ao apoio, através dumaconvenção inter-ministerial, damedicina tradicional, apoiandouma comissão para estudarregulamentos sobre a medicinatradicional e sua farmacopeiano país.

Um Comité Conselheiros o b re Medicina Tradicional foicriado em 2002. O comité junta o

público em geral e as partesi n t e ressadas privadas numespírito de parceria, e esboçourecentemente a política nacionals o b re a medicina tradicional,que seguirá em frente para servalidada pela Org a n i z a ç ã oMundial da Saúde (OMS).

O objectivo geral desta políticade medicina tradicional émelhorar o acesso para apopulação, especialmente para as

populações mais vulneráveis, aoscuidados e serviços de qualidade.Madagáscar é dotada com umaflora de importância globaldevido a sua biodiversidade,endemicidade, e usos etnomédicos.

De cerca de 13.000 espéciesexistentes em Madagáscar, cerca de80 por cento são endémicas à Ilha,e reporta-se que mais de 3.500 têmp ropriedades medicinais. ( I KNotes, Banco Mundial)

Hospitais sul africanos introduzirão sistemas deatendimento electrónico

para rever a forma como osre g i s t ros dos pacientes sãoarmazenados for bem sucedido.

O sonho é que um dia cada sulafricano tenha seu próprio“cartão inteligente” contendotodo historial médico e asc i rcunstâncias correntes -informação vital que podesignificar a diferença entre a vidae a morte numa emergência.

O projecto visa a introduçãode um sistema de âmbito nacionalde registro electrónico no sistemade saúde na África do Sul.

O governo sul africano apeloupara que as companhias ligadas atecnologia de informação seofereçam para o projecto, que foiestimado em mais de ZAR500milhões (cerca de US$70 milhões).

Não há nenhum padrãouniforme para a recolha earmazenamento dos dados dospacientes na África do Sul,tornando difícil para que clínicase os hospitais compartilheminformação para reduzir o riscoda duplicação ou falhasdiagnosticas, disse o dire c t o r-geral do departamento da saúde,Thami Mseleku.

Isto também torna difícil que odepartamento da saúde obtenhadados credíveis sobre os padrõesdas doenças do país e sobre aalocação dos recursos.

Os registros do paciente e ossistemas de gestão variam desdeas operações computarizadasavançadas ao simples registro àcaneta e papel.

Até agora, o Hospital Centralde Inkosi Albert Luthuli de 849camas em KwaZulu-Natal é oúnico hospital público que não usao re g i s t ro no papel na África doSul, enquanto que a maioria dasclínicas do país ainda dependemquase inteiramente dos sistemas dere g i s t ro no papel.

Embora uma pro p o r ç ã osignificativa de hospitais públicostenha introduzido o sistemacomputarizado de re g i s t ros dospacientes, seu uso é confinadoge ralm en te às ta re f a sadministrativas.

Retorno electrónico de imposto paraos sul africanos

Política nacional sobre medicina tradicional em Madagáscar

Laboratório de peixespara Namíbia

A N A M Í B I A t r a n s f o r m a r-se-á nosegundo país da África Austral aestabelecer um laboratório parapeixes que fará testes parap ropriedades microbiológicas e apossibilidade de existência detoxinas nos peixes.

O laboratório será construídoem 2007 na baía de Walvis com oapoio da Tailândia.

Somente a África do Sul temdois laboratórios desse género naregião da SADC. Os produtoresde crustáceos da Namíbia têmque enviar o seu custráceo aPretoria ou à cidade do Cabopara testagem antes de exportaro produto, perdendo tempo edinheiro.

Os padrões internacionaisexigem que os crustáceos sejamtestado para toxinas antes daexportação.

A Tailândia se ofereceu aformar uma equipa deNamibianos para operarem olaboratório e o governoNamibiano financiará aconstrução do laboratório.

A Tailândia tem umaindústria pesqueira vibrante,com perícia técnica em assegurare avaliar a qualidade do pescado.

A indústria pesqueira daNamíbia é uma das trêsprincipais fontes de divisas dopaís. O desempenho daindústria, entretanto, estevenuma espiral descendente nosquatro anos passados, resultandono encerramento de diversascompanhias e a redução demilhares de trabalhadores.

LEGISLADORES NA RepúblicaUnida da Tanzânia estão a fazerlobbies junto do governo para seconsiderar a exploração dasreservas do urânio para a geraçãode electricidade.

As reservas do urânio daTanzânia são conhecidas, mas nãoexploradas apesar da adopção dumlei de energia atómica em 2003.

O urânio não foi incluído noplano de acção do sector mineiroporque está ligado ao Ministérioda Ciência e Tecnologia em vez doMinistério da Energia e Minas,dizem os peritos.

Os parlamentares, lideradospor Mohamed Habib Mnyaa,estão a pressionar o Bunge(Parlamento) para emendar o LeiNo. 7 da energia atómica de 2003para colocar a exploração dourânio sob a alçada do Ministérioda Energia e Minas.

A bacia do Rio Mkuju no suldo país possui 2.000 quilómetrosquadrados de terra rica emurânio. Estima-se que um terçodos depósitos de urânioconhecidos do continente

e n c o n t rem-se situadosnesta região. Contudo, a

indústria tanzaniana temsido severamenteafectada por re c e n t e sdéfices de electricidade.

O vice-Ministro da Energia eMinas, Lawrence Masha, disseque o uso da tecnologia nuclearna República Unida da Tanzâniaseria limitado pela baixademanda pela electricidade.

Uma única estação nuclearpode gerar pelo menos 500Megawatts (Mw), enquanto quea mais alta demanda daTanzânia é de a p ro x i m a d a m e n t e400 Mw.

LESOTHO E África do Sulplaneam construir a segundafase do projecto das águas dasterras altas do Lesotho pararesponder às necessidades dassuas crescentes economias.

De acordo com a Autoridadedo Túnel Trans-Caledon, acompanhia de infra-estru t u r adas águas sul-africana, umtratado assinado pelos doispaíses em 1986 prevê quatrofases possíveis para o projecto.

A Fase Um, que custouZAR16.7 bilhões (cerca de US$2.4biliões), terminou em 1998 com ac o n s t rução da barragem de Katse etúneis para levar a água ao sistemado Rio Vaal na África do Sul.

O projecto visa responder àsnecessidades da província deGauteng da África do Sul, quegera aproximadamente 60 porcento da produção industrial dopaís e 80 por cento de suaprodução mineira. A províncianecessita de mais água que suafonte principal - o Rio Vaal - podef o r n e c e r.Um concurso foi lançado emDezembro para um estudo deviabilidade comum para a faseseguinte.

12 SADC HOJE Outubro 2006

da Energia e Minas, o potencialpara a produção é elevado.

“O sector pode contribuir até15 por cento do PIB dentro decinco anos,” disse Rajaoson.

Entre os gigantes petrolíferosque competem por um pedaçodos recursos de Madagáscar estãoos Estados Unidos, Reino Unido,França, Países Baixos, Noruega,China e Coreia do Sul.

Estimativas oficiais defendemque as reservas no alto marchegam a cinco biliões de barris,mas ainda se desconhecesse oexacto tamanho da reserva.

Se o desenvolvimento daindústria petrolífera pro s s e g u i rcomo planeado, Madagáscar sejuntará a Angola como umgigante na indústria petrolífera daSADC. Namíbia também tem

OS CONGLOMERADOSinternacionais do petróleo estão acompetir por uma fatia do sectorpetrolífero de Madagáscar vistoesta ilha do Oceano Índico estar aemergir de forma rápida como opróximo centro de crescimento deenergia em África.

As projecções iniciais são de queMadagáscar poderá produzir60.000 barris por dia em três àq u a t ro anos, com rendimentos embiliões de dólares, que rapidamentefariam com que a indústria dopetróleo se tornasse no principalcontribuinte ao Produto InternoB ruto (PIB) do país. O PIB foi deUS$5.5 biliões em 2003.

O governo começou a leiloardireitos para a abertura de furosde petróleo e, de acordo comHugues Rajaoson do Ministério

vindo a estudar a viabilidade deestabelecer um sector petrolífero.Angola é o segundo maiorprodutor de petróleo na Áfricasub-Sahariana após a Nigéria.

A economia de Madagáscare m e rgiu de um recessão em2002, e alcançou uma taxa dec rescimento de 9.8 por cento em2 0 0 3 .

A outra principal exportaçãodo país é a baunilha, pela qual é omaior produtor mundial. Étambém o segundo maiorprodutor do arroz em África.

Planeada a segunda fasedo Projecto das Águas dasTerras Altas do Lesotho

Parlamentares fazem lobbies com o governo pelo urânio

Madagáscar, próximo centro de petróleo em África

Firmas Indianas irão gerir a rede doscaminhos de ferro da TanzâniaA R A I L India Technical andEconomical Services (Rites)ganhou o concurso para gerir asoperações da Corporação dosCaminhos de Ferro da Tanzânia(TRC) sob um leasing de 25 anosque começa em Setembro.

A Rites deverá pagar US$100.5milhões à Tanzanian RailwayAsset Holding Company duranteo prazo da concessão, e seráresponsável pela reabilitação dasoperações de infra-estruturas e dofuncionamento de comboios depassageiros e de carga.

Espera-se que a companhiaindiana passe 19 por cento dassuas acções à Tanzânia, ficandocom 51 por cento das acções demodo a obter capitais deinstituições financeirasinternacionais como o BancoMundial e o Banco Africano deDesenvolvimento, defende oacordo de uma concessão de 25anos.

A Rites, que é inteiramentepertença do governo indiano, temagora 35 projectos em curso em 13países, maioritariamente nosector dos transportes.

A TRC é uma empre s agovernamental que opera umarede de caminhos de ferro que umavez foi parte da Corporação dosCaminhos da África Oriental quefunciona no Kenya, Uganda, e naRepública Unida da Ta n z â n i a .

A TRC é a maior empresa dostransportes da Ta n z â n i a ,o f e recendo serviços àsmercadorias domésticas e trans-fronteiriças ao vizinho Burundi,Ruanda, Uganda e RepúblicaDemocrática do Congo.

TABELA DE CÂMBIOSPaís Moeda (US$1)Angola Kwanza (100 lwei) 80.37 Botswana Pula (100 thebe) 6.07 RDC Franco Congolês 462.00Lesotho Maloti (100 lisente) 7.11 Madagáscar Ariary 9.275.00 Malawi Kwacha (100 tambala) 137.16Maurícias Rupee (100 centavos) 32.75 Moçambique Metical (100 centavos) 25.86 Namíbia Dólar (100 centavos) 7.19África do Sul Rand (100 centavos) 7.19 Suazilândia Lilangeni (100 centavos) 7.18 Tanzânia Shilling (100 centavos) 1.312.00Zâmbia Kwacha (100 ngwee) 3.887.50 Zimbabwe Dólar (100 centavos) 250.00May 2006

Baunilha e arroz, dois produtos de maior exportação malgaxe.

Outubro 2006 SADC HOJE 13

OS VENCEDORES do concursoMedia 2006 da SADC re c e b e r a mos seus prémios na Cimeira daSADC em Maseru .

Os prémios foram apre s e n t a d o spelas quatro categorias seguintes:meios de comunicação social,televisão, rádio e fotografia. Osv e n c e d o res são de Moçambique,África do Sul e do Zimbabwe.

A l f redo Lazaru Mueche deMoçambique ganhou o prémio demelhor foto-jornalista da regiãoem 2006.

Houve cinco inscrições paraas categorias de rádio e avencedora foi Fazila Dahall daÁfrica do Sul, cujo trabalhoretrata muitas facetas do HIV eS I D A .

A n d re Smith da África do Sulfoi o melhor jornalista detelevisão pelo seu trabalho queexplora a noção de que o HIV eS I D A é uma doença dos negros ed e s c reveu uma definiçõesestigmatizada dos riscos decontrair a doença. Odocumentário encorajou osbrancos sul-africanos a

re c o n h e c e rem também o seulugar na pandemia.Takawira Musara do Zimbabwefoi premiado na categoria daescrita. Seu trabalho focalizounos efeitos do HIV e SIDA n aÁfrica Austral e na necessidadede uma resposta regional àp a n d e m i a .

O objectivo dos prémios éincentivar os media a jogar umpapel crucial na disseminaçãoda informação na SADC ereconhecer o papel dosjornalistas na promoção daintegração re g i o n a l .

A competição de 2007 para oconcurso dos media da SADC foilançada também durante aCimeira. Não haverá nenhumtema para a competição 2007, oque significa que todas ostrabalhos que promovem aintegração regional serão aceites.

São incentivadas inscriçõesdos editores públicos ou detransmissão das organizações ouagências reconhecidas dos meiosde comunicação social entreJ a n e i ro e Dezembro de 2006.

A implementação não foi alémdo que dividir os guiões paraplanos de 1 ano, 5 anos e de 15anos. Este exercício foi feito noano financeiro 2004/05.

Num debate que ocorre uparalelamente à Cimeira e que foitransmitido em directo pelatelevisão SABC África, osoradores mencionaram a falta deconhecimento sobre o RISDP e oSIPO entre a maior parte dacomunidade regional como umfactor chave que impedecontribuições positivas por partede outras partes interessadas.

O debate, organizado pela Tru s tda África Austral e financiado peloReino Unido e por uma rede deo rganizações não-governamentais,atraiu uma larga gama de partesi n t e ressadas dos meios decomunicação social, da sociedadecivil, negócios, do governo e dep a rc e i ros de cooperação.

O debate notou que a fraquezana execução não é uma indicaçãode falta de vontade e dec o m p romisso político por partedos Estados Membro. Pelocontrário, os Estados Membro têmque responder aos objectivoscompetitivos e balançar asprioridades nacionais com asregionais para conseguirc o m p romissos aceitáveis dentrodos constrangimentos orçamentaisn a c i o n a i s .

A falta de instrumentos deauto-financiamento é um outrofactor que continua a embaraçarinstituições centrais decoordenação da SADC tais comoo Secretariado e os comitésnacionais.

Quando a SADC centralizou asua administração, criou oscomités nacionais que sãosupostos dirigir a implementaçãodos programas da SADC ao nívelnacional. Espera-se que o largoespectro de partes interessadas aonível nacional seja alimentadoatravés dos comités nacionais.

E n t retanto, estes comitéspermanecem não funcionais namaioria dos Estados Membro .

Notou-se que os gru p o sre p resentativos regionais das partesi n t e ressadas podem ainda seengajar com o RISDP e o SIPOcolocando uma pessoa noS e c retariado, um arranjo pro - a c t i v oque funcionou bem para a questãodos negócios.

Herry Mapesi da EscolaSecundária Benjamin W.Mkapa da República Unida daTanzânia ganhou o primeirop r é m i o .

O segundo prémio foi paraB o i t s h w a relo Mokgethi doBotswana enquanto que LorenaChitereka do Lesotho ficou com oterceiro prémio.

A com pe tiçã o vi saconsciencializar a juventudes o b re as actividades e osprogramas da SADC e levar àatenção deles, questões que osafectam.

Presenteados os vencedores doconcurso Media 2006 da SADC

Anunciados vencedores do Concurso deRedacções Escolares

O NÍVEL de consciência econhecimento entre diversosg rupos de interesse sobre asestratégias do desenvolvimento daÁfrica Austral necessita de serintensificado para que osd i f e rentes esforços para aerradicação da pobreza re s p o n d a ma um objectivo comum.

Os líderes da SADC queatenderam a Cimeira de 2006 emM a s e ru foram críticos em re l a ç ã oao lento ritmo de execução dos doisguiões sócio-económicos e políticosdo desenvolvimento re g i o n a l .

Estes são o Plano IndicativoEstratégico de DesenvolvimentoRegional (RISDP) e o PlanoIndicativo Estratégico para oÓ rgão sobre Cooperação emPolítica, Defesa e Segurança(SIPO) que foram desenvolvidascomo parte de um exercício dere s t ruturação que começou em2001.

Rumo à uma visão comum para acabar com a pobreza

Vencedores do Concurso de Redacções Escolares com o Presidente Fe s t u sMogae (à direita)

OS VENCEDORES da doconcurso das escolas da SADCpara 2006 foram anunciadosdurante a Cimeira da SADC eentregues seus prémios.

O tópico para o concurso de2006 foi “Alimentação e Nutriçãona região da SADC tem sidoinsatisfatório por muitos anos atéhoje. Discuta as causas destasituação e sugira as possíveisacções que os povos e os governosda SADC devem levar a cabo paraassegurar que haja uma alimentaçãoadequada disponível para umanutrição apropriada na região.”

Human Rights Monitoring andEnforcement Mechanisms: a PracticalGuide to the United Nations and theAfrican Union Human Rights ProtectionMechanismsPhiliat Matsheza e Leonard ZuluH a r a re, Zimbabwe: SAHRIT, 20061 0 9 p pEste guia procura explicar o que é que a lei dosd i reitos humanos e os principais mecanismosimplementação e aplicação dos direitos humanosdas Nações Unidas e da União Africana significam.O manual foi actualizado e publicado novamentetomando em conta as mudanças nos sistemasinternacionais e regionais de protecção e aplicação.Disponível pela Human Rights Trust of SouthernAfrica (SAHRIT), 12 Ceres Road, Avondale, CaixaPostal 2448, Causeway, Harare, Zimbabwe.E-mail: [email protected] We b s i t e :w w w. s a h r i t . o rg

The Millennium Development Goals:Raising the Resources to Tackle WorldPovertyEditado por Fantu Cheru e Colin BradfordÁfrica do Sul, Cidade do Cabo, Zed Books emassociação com o processo de Helsínquia, 20052 3 8 p p .Fornece uma análise moderna e detalhada dadiversidade de novas propostas e dos mecanismosque estão actualmente a ser discutidos, de forma ase obter os recursos financeiros necessários paratornar realidade o alcance os ODM´s até 2015.Algumas questões chave analisadas incluem aAjuda ao desenvolvimento, o investimento dire c t oe s t r a n g e i ro, as remessas dos emigrantes, os pre ç o sde exportação de produtos e novas idéias paraassegurar um sustentável alívio da dívida,incluindo o cancelamento da dívida, a re a v a l i a ç ã odas reservas do ouro do FMI, arbitragem da dívidae outras propostas. Disponível pela Zed Books, c/oDavid Philip, Cidade do Cabo, 99 Garfield Road,C l a remont 7700, Caixa Postal 46962, Glosderry 7702.E-mail: [email protected] We b s i t e :w w w. z e d b o o k s . c o . u k

que estabeleceu que em Uganda, Kenya eZimbabwe, a redução dos múltiplos parceirossexuais foi o factor que mais contribuiupara o declínio da incidência do HIV.

A reunião observou que as re l a ç õ e ssexuais de alto risco tais como o sexoocasional já não são as principaiscausadoras de novas infecções.

O relatório recomendou que há umanecessidade para o alinhamento depolíticas e programas nacionais aoscompromissos regionais e continentais, eincitou uma monitoria sobre a dinâmica dapandemia na comunidade.

Disponível no Secretariado da SADCemail [email protected], We b s i t ewww.sadc.int.

COM O objectivo de acelerar o passo nap revenção do HIV em África, a SADC, como apoio do Grupo Regional de Prevenção doH I V, organizou uma reunião de pesquisa detrês dias em Maseru, Lesotho em Maio de2006 que se centrou na questão dap revenção do HIV em países com elevadoíndice de prevalência na África A u s t r a l .

No prefácio, o Secretário Executivo daSADC, Tomaz Augusto Salomão, re c o n h e c e uque a escala da epidemia na África A u s t r a ltorna o HIV e SIDA “a maior e únicaameaça” para o alcance dos objectivos dodesenvolvimento e c rescimento sócio-e c o n ó m ico sustentável e equitaval da SADC.

Os resultados e as recomendações dareunião foram compilados num relatório,

PUBLICAÇÕES

Onde estamos agora…Para onde vamos

Relatório de Pesquisa sobre a Prevenção do HIV emPaíses com Alta Prevalência na África Austral

HIV/AIDS and Militaries in Southern AfricaCCR e UNAMCidade do Cabo e Windhoek, 2006O Centro para a Resolução de Conflitos e aUniversidade da Namíbia organizaram umseminário consultivo, de dois dias, do grupo deaconselhamento político em 2006, sob o lema,“Presidência Namibiana do Órgão da SADC:HIV/SIDA e Militares na África Austral”,reunindo um grupo de diversos fazedores depolítica, representantes da sociedade civil, peritosmilitares, proficionais de administração emitigação do HIV e SIDA. Este relatório capturaas suas discussões.Disponível em formato electrónico no Centropara a Resolução de Conflitos, Universidade daCidade do Cabo, 31-37 Orange Street, Cidade doCabo 8000, África do Sul. E-mail:[email protected] Website:http://ccrweb.ccr.uct.ac.za

Global Trade: Past Mistakes,Future ChoicesGreg BuckmanÁfrica do Sul, Cidade do Cabo, Zed Books, 2005294ppO autor aborda sobre futuras possíveis direcçõesdo fornecimento global de energia e dosdesequilíbrios da balança de pagamentos. Eleargumenta que, tanto seja que os actuais arranjosdo comércio tenham sido o produto de decisõesdo passado que emergem de consideraçõesaparentemente não relacionadas, factores taiscomo o futuro custo do combustível fóssil, oaquecimento global, e os desequilíbrioseconómicos entre o Norte e o Sul provavelmentepossam dinamizar uma restruturação radical daOrganização Mundial do Comércio e dosprincípios patentes nos seus acordos, bem como,o Sistema Global do Comércio no general.Disponível ela Zed Books, c/o David Philip,Cidade do Cabo, 99 Garfield Road, Claremont7700. Caixa Postal 46962, Glosderry 7702,E-mail: [email protected] Website:www.zedbooks.co.ukwww.zedbooks.co.uk

A U N I D A D E do Género da SADC publicouuma nova edição do Monitor do Género daSADC, que mostra o pro g resso rumo àigualdade do género na região, e apresenta ospassos que devem ser dados no próximo anoem preparação do Protocolo sobre o género, aser apresentado à Cimeira da SADC emLusaka, em 2007.

A Directora da Unidade do Género daSADC, Magdeline Mathiba-Madibela, dizno prefácio, que “a África Austral registouresultados relativamente bons referentes àimplementação dos compromissos dogénero ajustados pela Plataforma de Beijingpara a Acção e sua Declaração, e pelaDeclaração da SADC sobre o Género eDesenvolvimento (1997) e sua A d e n d a(1998). Entretanto, muito ainda precisa deser feito para se responder inteiramente àspreocupantes áreas críticas e aos gruposalvo especiais tais como os mais pobres dospobres, as mulheres rurais, mulheres comincapacidades e as raparigas.

“O papel do Secretariado da SADC dec o o rdenar e facilitar a implementação dosc o m p romissos sobre o género não deve servisto isoladamente. Como consta no RISDP, opapel de todas as partes interessadas é cru c i a lpara o alcance das metas traçadas para aigualdade do género na re g i ã o . ”

Para a África Austral, “este é ummomento importante para reflexão e criaçãode novas estratégias para o futuro eutilização ampla dos investimentos feitosaté agora visando o alcance da igualdade dogénero na região.”

O Monitor do Género da SADC éproduzido para a SADC pelo ProgramaConsciencialização sobre a Mulher noDesenvolvimanto na África Austral

(WIDSAA), do Centro de Documentação ePesquisa para a África Austral (SARDC).Disponível pela SADC re g i s t r y @ s a d c . i n t

or SARDC widsaa@sard c . n e tTodo o texto em formato

electrónico na Biblioteca Virtual daÁfrica Austral www.sardc.net

14 SADC HOJE Outubro 2006

Outubro 2006 SADC HOJE 15

DIÁRIO DE EVENTOS 2006

Outubro3-6 Namíbia Turismo 2006

Este é o terceiro duma série de reuniões de promoção dei nvestimento realizadas sob os auspícios do Programa dePromoção do Investimento entre UE e a SADC (ESIPP). OTurismo 2006 é um fórum único visando incentivar os 14 paísesda SADC a se engajarem na colaboração internacional,financeira, técnica e comercial para o desenvolvimento doturismo e da hospitalidade na região.

17-19 África do Sul Cimeira sobre a Energia em ÁfricaA Cimeira, a ser realizada na cidade do Cabo, irá providenciarum fórum para todos os principais actores do sector de energia(Governos, ONGs e companhias de energia) para debaterem epropor recomendações orientadas ao sector africano de energia.

18-19 África do Sul Fórum Africano dos Líderes de NegócioO fórum visa identificar e propor a execução de soluçõessustentáveis para os desafios de desenvolvimento do continente.O quarto fórum terá como partcipantes líderes dos sectorespúblicos e privado para discutir questões críticas tais como aentrega de serviços, o desenvolvimento das infra-estruturas e aerradicação da pobreza.

25-27 Itália Congresso Mundo sobre Comunicação para o Desenvo l v i m e n t o( C M C D )O CMCD visa analisar e avaliar novos desenvolvimentos nocampo da comunicação para o desenvolvimento. O congressocentrar-se-á na importância da comunicação para odesenvolvimento e tecerá recomendações de como aplicá-la empolíticas de desenvolvimento.

TBA Lesotho Cimeira Extraordinária da SADCA Cimeira extraordinária irá tecer considerações sobre o relatóriodum grupo ministerial de trabalho criado durante a 26ª Cimeira daSADC dos Chefes de Estado e de Governo em Maseru, em A g o s t o .O grupo de trabalho tinha a tarefa de desenvo l ver recomendaçõessobre a sobreposição de afiliação de membros das ComunidadesEconómicas Regionais, quadro do pessoal do Secretariado da SADCe sobre a implementação dos programas e projectos da SADC.

Novembro16-17 Bélgica Fórum de negócios UE-África

O primeiro Fórum de Negócios UE-África ocorrerá em Bruxelaspara oferecer uma oportunidade aos negócios africanos deimpulsionarem o desenvolvimento do sector privado e deincentivarem investidores europeus a consideraremoportunidades em África.

29-1 Dec. Zâmbia Minas 2006Minas 2006 é a quarta duma série de reuniões sectoriais deparcerias financiadas pelo programa de promoção doinvestimento entre UE e a SADC (ESIPP). Centra-se no sectormineiro nos 14 países da SADC encorajando parceriasfinanceiras, técnicas e comerciais internacionais.

Dezembro4-5 Suíça Implementação e prosseguimento da reunião de WSIS Como

prosseguimento das reuniões da conferência de WSIS realizadaem Novembro de 2005, um encontro de peritos será realizadasob o tema “Usando TICs para alcançar o crescimento e odesenvolvimento”. A reunião discutirá o impacto que as TICstem sobre os aspectos do desenvolvimento tais como nossectores industriais, comércio internacional e emprego.

3 Madagáscar Eleições Presidenciais de MadagáscarEstas serão as oitavas eleições presidenciais realizadas desde 1965.O presidente é eleito pelo voto popular directo para um mandato decinco anos e o sistema eleitoral do país prevê a realização dumasegunda volta em caso de não haver um claro vencedor naprimeira.

A CO M U N I D A D E PA R A O DE S E N V O LV I M E N T O

D A ÁF R I C A AU S T R A L HO J ESADC Hoje, Vol 9 No 4 Outubro 2006

SADC HOJE é produzido como uma fonte de referência das actividades e oportunidadesna Comunidade de Desnvolvimento da África Austral e um guia para os decisores a todosos níveis de desenvolvimento nacional e regional. Os artigos podem ser reproduzidoslivremente nos mida e outras publicações, citando a fonte.

EDITORMunetsi Madakufamba

COMITÉ EDITORIALBayano Valy, Eunice Kadiki, Mukundi Mutasa,

Chenai Mufanawejingo, Patson Phiri, Joseph Ngwawi,Chipo Muvezwa, Alfred Gumbwa, Maidei Musimwa,

Phyllis Johnson

ASSESSORA EDITORIALeefa Penehupifo Martin

Chefe da Unidade das Corporações de Comunicação da SADC

TRADUTORFigueiredo Araújo

SADC HOJE é publicada seis vezes ao ano pelo Centro de Documentação e Pesquisa daÁfrica Au s t ral (SARDC), para o secretariado da SADC em Gaborone, Botswana como umafonte de conhecimentos fiável sobre a Comunidade de Desenvolvimento da África Au s t ral. Oconteúdo considera os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (MDGs) e a Nova Pa rc e r i ap a ra o Desenvolvimento da África, como essenciais ao desenvolvimento da região.

© SADC, SARDC, 2005

SADC HOJE recebe de bom grado contribuições individuais e de organizações na região daSADC sob a forma de artigos, foto, notícias e comentários, bem como artigos relevantes def o ra da região. É pago um montante padrão pelos artigos, fotos e ilustrações usados napublicação. O editor reserva-se ao direito de seleccionar ou rejeitar artigos, e a editar segundoo espaço disponível.Os conteúdos não reflectem necessariamente as posições e opiniõesoficiais da SADC ou SARDC.

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COMPOSIÇÃO E MAQUETIZAÇÃOTonely Ngwenya

Arnoldina Chironda

FOTOS & ILUSTRAÇÕESp1, Copyright Turismo-África do Sul; 4,D Martin, P Johnson, DEAT;

4, 16 CDFF; 5,(top left),7,8,13,SARDC; 6, Mackson Wasamunu;9, HartRAO (África do Sul);12,IRIN

ORIGEM & IMPRESSÃODS Print Media, Johannesburg

A correspondência deve ser endereçada à:O Editor, SADC TODAY

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SADC Hoje é apoiada pelo governo belga, sob o projecto Informação 21 daSADC, cujo objectivo é reforçar a integração através da Informação e partilha de

conhecimento, baseada nas relações e afinidades históricas, sociais e culturais e ligaçõesentre os povos da região, e na promoção da agenda da SADC para o século 21.

A g radecimentos ao Banco de Desenvolvimento da África Au s t ral pelo apoio generoso a estaedição especial da SADC Hoje

A g radecimentos às seguintes Linhas Aéres por ajudarem na distribuioção da SADC Hoje:Air Botswana, Linhas Aéreas de Moçambique, Air Namíbia, South African Air ways, TA AG ,

Zambian Air ways and Air Zimbabwe.

A Á F R I C A Austral irácomemorar em Outubro o 20°anniversário da morte deSamora Moisés Machel,p r i m e i ro presidente deMoçambique e líder da Frentede Libertação deMoçcambique (FRELIMO).

Machel e mais 34 pessoas,incluindo alguns dos seusajudantes e conselheiros maispróximos, morreram quandoo avião presidencial no qual viajavam, regressando de umaCimeira na Zâmbia, despenhou em Mbuzini, na África doSul, a 19 de Outubro de 1986.

A causa do desastre aínda não foi oficialmenteconfirmada, embora evidências circunstanciais apontempara uma falsa torre de controlo colocada pelo antigosistema do “apartheid” na África do Sul para desviar o aviãoda sua direcção.

O Presidente Armando Emílio Guebuza, que presidiu oinquérito Moçambicano em 1986, que não teve o inteiroacesso aos materiais em posse da África do Sul, disse que oseu governo não descansará até que as circunstâncias damorte do primeiro presidente do país estejam inteiramenteesclarecidas.

Inaugurando um monumento em memória de Machel,Guebuza descreveu-o como “um líder presciente e umpolítico visionário.”

Ele estava a falar numa cerimónia no norte do país, emPemba, para marcar o dia das forças armadas, o aniversáriodo início a 25 de Setembro de 1964, da luta de libertação paratornar o país independente do colonialismo Português.Este ano, a data marca o início dum mês de comemoraçõesdo 20° aniversário da morte de Machel, incluindo umacerimónia em Mbuzini.

O memorial em Mbuzini está situado numa montanhaisolada, e foram colocados 35 pilares de ferro verticais numabase de cimento, cada um para cada pessoa que morreu.Estes fazem longas sombras sobre a base, e o vento causa umsom permanente ao passar pelos pequenos orifícios nascolunas.

O monumento foi projectado pelo bem conhecidoarquitecto moçambicano, José Forjaz, que é o Director dafaculdade de arquitectura da Universidade Eduard oMondlane em Maputo. Forjaz diz que o memorial “temi n ú m e ros significados - simbólicos, estéticos, e mesmoacústicos…”Machel foi o líder da Frelimo, que derrubou a administraçãocolonial portuguesa através ds guerrilla.

Machel tornou-se no primeiro presidente deMoçambique a quando da independência a 25 de Junho de1975, e o seu governo acomodou os lutadores da libertaçãoda África do Sul e do Zimbabwe que ainda lutavam paraderrubar o “apartheid” e os regimes de Rhodesianos.

UM CENTRO cultural em honra ao primeiro presidente de Angola elíder da luta de libertação pela independência, António Agostinho Neto,está sendo construído na sua zona natal, na província nortenha do Bango.O centro, em construção num espaçco de 19.000 m_ na vila de Catete,onde Neto nasceu, compreenderá um museu, sala de exibição das artes,salões de conferência, quiosques, um auditório e palcos.

Feriados nacionais na SADCOutubro – Dezenbro 2006

1 de Outubro Feriado público Botswana2 de Outubro Feriado público Botswana4 de Outubro Dia da Independência Lesotho4 de Outubro Dia da Reconciliação/Dia da Paz Mozambique9 de Outubro Dia da Mãe Malawi14 de Outubro Dia Mwalimu Nyerere e o Culminar da

“Corrida da Chama da Liberdade Tanzânia21 de Outubro Divali Maurícias24 de Outubro* Eid-Ul-Fitr Maurícias e Tanzânia24 de Outubro Dia da Independência Zâmbia

1 de Novembro Dia de Todos os Santos Madagáscar2 de Novembro Dia de Todos os Santos Angola2 de Novembro Chegada dos trabalhadores contratados Maurícias11 de Novembro Dia da Independência Angola

9 de Dezembro Dia da Independência Tanzânia10 de Dezembro Dia Internacional dos Direitos Humanos Namíbia16 de Dezembro Dia da Reconciliação África do Sul22 de Dezembro Dia da Unidade Nacional Zimbabwe25 de Dezembro Natal Toda a SADC26 de Dezembro Dia do Boxe Botswana, Lesotho,

Suazilândia e Malawi26 de Dezembro Dia da Família Namíbia26 de Dezembro Dia da Boa Vontade África do Sul26 de Dezembro Feriado Público Zimbabwe26 de Dezembro Dia do Boxe

* Depende da visibilidade da lua

Um futuro comum na comunidade regional

NÓS RECORDAREMOSO avião que transportava o Presidente Samora Moises Machel daRepública de Moçambique e 34 dos seus compatriotas e colegas,

que despenhou aqui em Mbuzini, em circunstâncias inesperadas, a19 de Outubro de 1986.

SAMORA MOISES MACHELNascido a 29 de Setembro de 1933 Falecido a 19 de Outubro 1986“Ao longo deste dia choramos contigo o desaparecimento de umgrande soldado, um filho corajoso e um nobre homem de estado.Devemos acreditar que a sua morte virá fortificar a vossa e nossa

resolução em sermos finalmente livres… A nossa luta estevesempre ligada e junto seremos vitoriosos.”

(Mensagem de condolência de Nelson Rolihlahla Mandela, aindana prisão, à viúva do Presidente Machel, Graça Machel)

Declarado, Conselho de Monumentos Nacionais, 1998

Recordando Samora Machel

Centro Cultural em honra a Neto