aflllfinatl'ba ii lulbol -...

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Page 1: AflllfiNATl'BA II LUlBOl - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1884-04-16/j-1244-g_1884-04-16_item2/j...—Noticia de que f*lleceu na ci- dade de S. Joào da Barra Anto nio Cardoso Balerioue,

13.° anno

AflllfiNATl'BA II LUlBOl

1 mes .. 300 réii AnnuncioB, linha 20 réis.

8 meies. 900 ■ Ditos na 1.* pagina 100 réis.

Avulso.. 10 « Corpo do jornal 40 réis.

No eorpo do jornal sera signal de pago s*-

rio contratados unicamente Da administração.

Quarta feira IB de Abril de 1884

Expediente

0 iHBero telephonico'd'es-

U jornal ê481

• •

Pedimas aes dossos assi-

nantes qne estão em debito,

t especial fineza de mandarem

satisfazer a importaacia das

sus assinaturas.

Lembramos qae o melhor

neie de realisar analauer pa-

gamento é oor vales ao eor-

reio, pedindo a qnem mandar

estampilhas oobseqBi# de re-

gistar a carta dirigida ao

aetual administrador Rodrigo

Hello Carneira Zagallo, para

qne elo possa haver extra-

vie.

SSCCÁQ DÍSL

ALUANACH

ABRIL (30 MAS)

Terça feira

Quarta feira ira .|~2

8

9

Quinta feira

15-22 29

16

8 1017

Sexta feira 411

Btbbado i 5 12

Domingo

Bcgunda

6,13 * i i _,i i

feira. \ 7l!4liJ28

2330

-!-u

-PU 20 27

PHA8BB DA LUA

Quarto creacen e a 2. — Lua

oheia a 10. — Quarto minguante a

18.—Lua nova a 25.

CHRONICA 06 01»

Quarta feira 16.—Santa Engra-

cia. virgem e martyr, Dortugu<za.

S. Fructuoso, arebir-po de Braga. Paramentos brancos.

Lausperenne na ca jella de Nos-

sa Senhora da Conceição, do pa-

lacio dos srs. condes da Paria e

de Monforte, ao Rato,

Principio da aurora, 3 h. e 51 m.

Nascimento do sol, 5 h. e 25 m.

Occasç, 6 h. e 35 m.

Primeiro preamar. 2 h. e 5 m. m.

Segundo preamar, 2 h. e HO m. t.

Primeira oaixamar, 8h. 18 m. m.

8egunda baixamar, 8 h. e 42 m. t.

DIÁRIO DO GOVERNO

N.° 84—15 de abril de 1884.

BSTRAMOEIKOS

Noticia de que em 14 do cor-

rente, pelas doz« «• meia boras do

dia, se dignou Sua Majestade

El-Rei dar h primeira audiência

ao sr. D. Saturnino Alvarez Bu- gallal, enviado extraordinário e

ministro plenipotenciário de sua

magestade catholica. Discurso do

sr. Bugallal e resposta de sua ma- gestade.

—Testamento de Joaquim José

da Cruz Trorisqu» ira, natural da fraguezia de Gavião.

—Noticia de que f*lleceu na ci-

dade de S. Joào da Barra Anto

nio Cardoso Balerioue, natural

da ilha Graciosa, deixando em testameato 5:0005000 réis a sua

irmã Maria de Jesus, e por morte

d'esta a seus filhos.

FAZENDA

Arreiuataçõos perante o gover

nador civil, no dia 15 de maio,

de bens situados no concelho de

Gouveia.

—Idem, idem, no dia 1<, de

bem situados nos concelhos de Amarante. Fmfe, e Seixal.

—Portarias aoprovando proje-

ctos de lanços de estrada. —Balancete do banco Commer-

cial, Agricula e Industrial de Vil-

la Real, em fevereiro.

CONCURSOS

£it& a concurso o partido de

medicina • cirurgia do concelho

d« Torres Novas. Ordenado

2505000 réis pagos pela camara,

e 120£000 pela misericosáia.

RECEITAS

L1V

Ratafia di a*i9

Semente de anis

verde 7,5 gram.

Semente de herva-

doce 31 «

Assucar 500 «

Álcool a 60.® 2 litros

Deixa se macerar 6 ou 7 dias, e

filtra-se.

TEiPO

Conforme o boletim do Obser-

/fctorio do infante D. Luis, a

temperatura maxima ante-hontem

em r^isboa foi de 14,2; a minima

10,2.

O tempo provável hoie é:

Vento fresco d'entre NW. e NE.

Ceu dalgumas nuvens.

Com respeito ao estade gersl

do tempo diz o seguinte:

Elevou-se um pouco a pressão,

diminuiu a temp« ratura e o vento

ri domina do quadrante NW.

resco em alguns pontoa e ainda

com chuva.

O traçado das isobaras continua

a indicar pressões mais fracas pa-

ra o NE. de Lisboa.

Faltam boletins do França.

I

ESTAÇÃO TEIEGRÍPHO-POSTU

Despachos em deposito chega-

dos hontem:

Meyrelles — endereço insuffi

ciente.

Florno—espera na estação.

Ricardo Vilardido, hotel Euro-

pa—ausente.

Mr. Rion—espera na estação.

BOLSA CE LISBOA

Venderam-se hontem:

Divida interna 3 p. e. assent.

52,20.

Acções do banco Ultramarino,

435000.

Acções, Minas Coronada, a rs.

815000.

Obrigações da comp.* das Aguas,

coud., 795100.

Obritrações da Comp.' Credi- to Pr-dial 5 p. c. assent., a

865700.

Obrigações da Comp. do Credito

Predial, coupons, 5 p. c. a

855000.

Obrigações da cidade de Lis-

boa, coup. 905000.

Obrigações da Comp.4 Minas

Huelva, 895500.

•WHDQIKNTO DA AUASDBGA DE LISBOA

Rendeu até 14

Em 15

239:3755845

34:7295519

Total... 274:1055364

JUNTA DO CREDITO PUBLICO

Pela contadoria geral da junta

do credito publico se annuncia

que o pagamento dos juros do 2.*

semestre do corrente anno dos tí-

tulos de divida interna se deverá

effeetnar .Quanto as relações de

juros que se acham numeradas, no

dia constante da seguinte tabel-

Dia 16 de abril

2003

20% 2020

2021

2023

2025

2043

2045

2056

2058 a

2071

2073

2091

2096

2101

2104

2120

2122

2123

2 25

2155

2157

2165

2167

2168

2170

a

2172

2174

2175

2177

2178

2180

2196

3

Outrosim se an* uncia que nos

dias 24 de abril, 15 de maio e 19

de junho próximos futuros, serão

adinittidas a sorteio as relações

ue deixarem de ser apresentadas

urante o praso indicado no an-

nuneio de 12 de fevereiro ultimo,

as qnaea terão pagamento depois

do ultimo dia comprehend ido n'es-

te annuncio, conforme for desi-

gnado.

As relações de coupons Berão

pagas nos proprios dias destina-

dos pelo sorteio.

Os juros em atrazo pagam-se áa sextas-feiras.

O pagamento começa ás dez ho-

ras da manhã e acaba ás duas ho-

ras e meia da tarde.

Contadoria geral da junta do

credito publico, 24 de março de

18*4.

O contador geral interino

Joêé Pedr$60 Gomes da Milv.

ESPECTÁCULOS

8 k. — D. Mabia— O wdcãl de

Richelieu.

8 h. — Tbihdade—A gata bran-

ea.

8 h. — Gtmhasio — A filha do mar.

8 1/4 h. — Pbmcipk Real — A

princeza dos cabellos de ouro.

N. B. — Os srs. accionistas e

sub'Criptores dos Recreios teem

entrada com 50 por cento de aba-

timento.

além d'uQtras distracções nio me-

QOS valiosas;

O Diário Illustradê, registan-

do estas ligeiríssimas notas bio-

graphíca* do joven coisul poria-

guez em Barcelona, houra se de

poder dar hoje o seu retrato, e

sente não publicar ao lado d'elle,

por abao uta falta de espaço, mais

larga e desenvolvida biographia.

Não queremos saber de desgra-

ças! A Gala branca que só tem o

defeito de nào ser um dos leões de

mr. Seetb, volta hoje á scena em

quinta representação. E é bem

mais formosa do que qualquer dos

animalejos d'aquelle domador, e

bera mais digno de ser visto. Se a

casa de hoje corresponder, como é

de esperar, ás anteriores, nào ha

razão de queiva.

Na Gollegà realisaram-se com

pompa, este anno, as festas da se-

mana santa. Os officios foram os

do fallecido Casimiro Junior, exe-

cutados a grande instrumental.

JOSÉ JUZARTE WRÀM

8 h.—Chalet—(Na rua dos Con-

des)— Vistorias... do diabo!—

Revista do anno de 1883, amplia-

da com dois quadros novos.

8 1/2 h — Colybeo dob Ruçamos

—Companhia franceza de opera

oomica—A Mascotte.

Exposição das Irmãs Gigantes ■

Rua Augusta, 187 e 189—Entra-

da 100 réis.

José Juzarte >Yram

José Juzarte Wran, actual con

sul portuguez em Barcelona, é fi

lho do antigo consul ha pouco

fallecido. e de quem dêmos o re-

trato n'um dos «ossos últimos nú-

meros.

LVsde 1870 que este sympathi-

co muço exercia, por nomeraçào

regia, 4$ fuucções de vice-consul

de Portugal n'aquella cidade hes

panhula, ao lado de seu pae, cuja

nobreza de caracter herdou. Eu)

1880 foram lhe concedidas as hon

ras de consul de 2 ■ classe, cooo

galardão a valiosos serviços que

prestou aos portuguezes; e por de

creto de 20 de aezembro de 1883

obteve a nomeação de consul em

Barcelona.

José Wram é um rapaz muito

novo ainda, e bastante iatelligente

e illustrado.

Os seus actos, como ci dadào e

funccionario teem merecido sempre

0 louvor dos governos portugue-

ie% que concederam ao joven di-

plemat*, em 1870, • habito da

. Torre e Espada, e dez annos de-

1 pois, a commenda de Christ*,

AIIIONATUBl NAC PBOTT1VC1AS

8 meies, pagamento adiantado. . 1*150 réis

A correspondência sobre administraoá* a Ro-

drigo de Mello Carneiro Zagal lo, T. da Qa*

nd* * •

Os artistas encarregados do des-

empenho são de Lisboa, e houve-

ram se de um modo digno de elo-

gio .

Ha seis annos que estas festas

nào se realisavam na Gollegã com

tanto luzimento.

Roubo— priftão

Manuel Rodrigues Bello, cobra-

dor do Diário da Manha, desap-

pareceu ha dias, com 1705000 réis,

importaneia de valles portencen

tes aquella redacçào que elle fôra

receber.

A policia da 2" divisão poz-se

em campe e conseguiu agarral-o

era casa do conhecido gatuno Pe-

tiz na rua Nova da Palma.

Ainda lhe fui encontrada a.quan-

tia de 90 e tantos mil réis.

Rodrigues únh* optimo compor-

tamento; parece que despezas ex-

cessivas motivadas por uns amo-

res bem correspondidos o levaram

a commetter este crime.

Tentativa de aaaaaalnfto

New- York, 15, m.

Houve uma tentativa de assas-

sinato contra o presidente da re-

publica de Guatemala, o qual fi-

cou ligeiramente ferido. (Servis).

Foi nomeado director da alfan-

dega da ilha do Príncipe o sr. Mi-

guel Francisco Pessoa d'Amorim,

que durante 9 annos serviu exem-

plarmente como official de exer-

cito, no ultramar.

Na seguoda feira resou-se na

egreja da Lapa uma missa manda-

da dizer pela senhora t^ndessa do

Porto Covo de Bandeira para suf

fragar a alma de seu fallecido ma-

rido o conde do mesmo titulo, á

qual assistiram muitas pessoas da

intima amisade da s* condessa,

entre as quaes nos lembra ter vis-

to as senhoras:condessas da Ponte;

da Silva Sanches, da Foz. viscon-

dessas do Calhariz de Bemfica, e

de S. Thiago do Cacem, D. Izabel

da Camara Aranha, D. Joaquina

Saldanha da Gama e filhas, D

Constança Saldanha da Gama, D.

Margarida d'Almeida Costa, D

Guilhermina Marques dos Anjos

Jardim, D. Christina Teixeira, D.

Maria José Lobo, D. Vicencia de

Freitas Tallaia, D. Maria Adelaide

Tallaia Lapa e filha, D. Catharina

Paes d'Albergaria, D. Catharina da

Fonseca Mello e Carvalho e filha.

D. Maria Amelia de Mello Correia,

D Maria das Dores de Mello Correia

D Maria da Madre Deus de Mello

Correia, D. Ursula Rebello de Mel-

lo Correia, D. Margarida Berqnó,

D. Maria Carlota Berqnó da Ca-

mara e filha, D. Leopoldina Mello

e Carvalho, D. M iria Alexandrina

de Moraes Pinto Doutel, D. Jose-

pha Telles de Vasconcellos e filha,

D. Antónia de Moura Valdez Men-

donça, D. Maria José Pinto Mal-

donado Passanba e filha, D. Maria

Christina Maldonado Passanha de

Lemos Vieira, D Gertrudes da Cos-

ta Folque, D. Georgina Alves Ca-

bral Fava, etc., etc. Entre os ca-

valheiros que estavam vimos os

sr. visconde do Calhariz de Bem-

fica, conselheiro Barros e Sá. cora-

mendador Joaquim Maria Ozono,

generaes José Xavier de Moraes

Pinto e Luciano da Cunha Doutel,

dr. Luiz Jardim, Jorge Satyro da

Cruz, João Maria de Magalhães,

Francisco de Paula Mendonça Pes-

sanha. João Gualberto d'Oliveira,

coronel Justino Duarte Fava, Cae-

tano Mazziotti etc., etc.

A senhora condessa depois da

missa foi ao cemiterio dos Praze-

res visitar os restos mortaes de

seu marido que se achara deposi-

tados no jazigo da familia da mes-

ma senhora.

Numera 3:934

Fazem

HIGH-LIFE

hoje annos as ex.

(D. Jose*

r.M:

Condessa pha).

D. Maria da Gloria Zamithe

Bastos.

D. Luiza Burnay.

D. Ernestina Lixa Iglesias.

D. Philomena Christina Barro-

to da Veiga.

D. Anna Leonor da Gama Sa-

lema.

E os srs.:

GHANDt BAHAÍtzÀ

alta NovioanF

Sempre variedade e bom gos-

to. menos 25 0|0 dos preços

conhecidos

OURIVESARIA

C7 V SOAREI k F.° fX

J/BUÃ AUBEAUt

E' esplendido o typo de Cesar

de Lima no drama A filha do mar

actualmente em scena no theatro

do Gymnasio.

O publico applaude todos ts

aotos da peça, especialmente os

três últimos que são magníficos.

Cesar de Lima conserva o pu

blico em constante hilaridade.

A peça repete-se esta noite e é

sabido que a teremos repetidas

noites visto que caiu no agrado

do publico.

O Principe Real e o Infante

D. Affonso foram hontem caçar a

Samora Correia.

TAl fAS

Este Moreira de Rey^

Nào é homem, é t-ovào. Desespera se, arrebenta,

Estala tomo um vulcão!

Os seus grandes estilhaços

Chegam de Litboa ao tíosphoro,

Faz elle o mundo era pedaços

Basta sóchegar-lhe um photphoro!

Falia de tudo, de todos,

Com pose e maneira franca,

Té fal laudo das reformas

Vae buscar a roupa branca!

Ora é um par terrível

Fazendo enorme inferneira,

Ora cita auctor't latinos,

Ora fax de lavadeira!

Joào Bettencourt de Vasconcel- los Correia de Avila.

Reynaldo Ferreira Pinto Basto. José Augusto Lacueva.

Está em Villamendo o sr. via-

conde de Penalva do Castello. #

Casa-se no dia 24 do corrente a

ex.Ba 8r D. Laura de Paiva Ra-

poso filha do sr. Ignacio José de

Paiva Raposo e da ex."* sr.* D.

Carlota de Paiva Raposo com o

sr. John Pitt Hornung.

-—Esteve em Évora com sua ex."* esposa o sr. Antonio Fra-

goso de Sousa Cabral, das Alcá-

çovas.

—Esteve em Évora o sr. Jesé de Sousa Cabral Faria e Mello,

de Vianua do Alemtelo,

—Está em Lisboa o nosso ami-

o sr. Francisco Xavier Rosa-

o, d Evora.

—Chegou a Lisboa o sr. Pedro

Canavarro, digno governador ci-

vil substituto ao districto de San-

tarém.

Estiveram hontem no theatro

de S. Carlos, asssisti ido á festa

artística de Borghi-Mamo:

Sua Magestade a Kaiuha, El-

Rei o sr. D. Luiz, El-Rei o sr. D,

Fernand», o Principe D. Carlos,

e os Infantes D Augusto, D.

Affonso e a sr.* condessa d'Ldla.

E as ex.®*" sr.al: viscondessa de

Sacavém, madame Cunha Vianna,

D. Maria Manuela de Brito, D.

Victoria Daun e Lor« na, D. Lu-

ciana Moreira, D. Perpetua Mon-

teiro, D. Maria Perpetua Valdez,

madame Luciano a Castro e fi-

lhas, condessa de Rio Pardo, D.

Guilhermina Anjos Jardim, vis-

condessa de Taveiro, viscondessa

de Penalva d'Alva, D. Maria das

Dores Mendonça Pessanha, D.

Virginia Bomfim, duqueza de Pal-

mella, marquezado Fayal, D. Ma-

ria de Mello (Ficalho), D. Joanna OrtaEnnes e suas filhas D. Chris-

tina e D. Joauna, madnme Maia

Cardoso, D. Adelaide Rollin, D.

Maria Luiza Braameamp Freire,

vÍ8Cond- asa de Calhariz de Bem-

fica, D. Sophia de Oliv-ira, D,

Amelia Tinoco Barcellos, D. An-

gelica Loureiro Barcellos, viscon-

dessa de Fa (carreira e suas fi-

lhas, D. Laurinda Alves da Fon-

seca, D. Maria Camilla de Men-

donça Vellado, D. Alice Munró

dos Anjos, D. M »ria Emilia Bran-

dão Palha, D. Julia de Brito, ma-

dame Teixeira ae Queiroz. D. Ju-

lia de Macedo, D. Lucinda de

Macedo, condessa da Silva San-

ches e suas filhas, D. H nriqueta

Pires, D. Leonor Mascareuhas

Atí a, D. Guilhermina Pires, D.

Sophia Pitta e suas filhas, con-

dessa da Foz (D. Marianna), con-

dessa da Foz (D. Christina), D.

Maria Emilia Cabral de Fontes

Ganhado, condessa da Azambuja

e suas filhas, D. Maria das Do-

res de Mello e Castro Calheiros,

D. Laura Ricca, madame Bensau-

des, madame Araujo, D. Th»'reza

do Rego Freitas, D. Beatriz de Vasconcellos, D. Elina de Araujo

da Silva Pereira, D. Maria Do-

mingas e D. Maria Luiza de Sou-

sa Coutinho, D. Eugenia Burnay

de Sousa Coutinho, I). Izabel

Coimbra Guimarães, D. Maria

Augusta José de Mello, viscon-

dessa da Ribeira do Paço. D. Ca-

pitolina Pinto da Fonseca, D.

Eugenia Vianna, D. Rita de Car-

valho, madame Machado, D.Chris-

tina Schwalbach e sua filha, D-

Anna Franco Ferreira e suas fi-

lhas, D. Delmira Dulac e sua fi-

lh, D. Julia de Sousa e Almeida,

etc. I ■ ' I 9 ■ ••••••»• *•

Deve realisar-se ámaahl a inau-

guração dos assensoret da calfa-

da do Lavra.

Page 2: AflllfiNATl'BA II LUlBOl - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1884-04-16/j-1244-g_1884-04-16_item2/j...—Noticia de que f*lleceu na ci- dade de S. Joào da Barra Anto nio Cardoso Balerioue,

DIÁRIO ILLGS7RAD0

k discussão

da reforma penal

Não podemos, não devemos de-

morar-nos com o que hontem se

passou na camara dos senhores

deputados.

O illustre deputado, o sr. Arou-

ca. relator da conjmissão, respon-

deu ao fastidioso discurso de tres

dias pronunciado pelo sr. Mana°l

d'Arriaga.

Foi uaia exhautoração, com-

tleta. Foi uma lição, merecida,

oi um correctivo, necessário.

Uma exhautoração ao dogma-

tismo impertinente. Uma lição ás

inconveniências. Um correctivo ás

impertinências deseonchavadas.

O sr. Arriaga, com uma inge-

nuidade primitiva, foi para a ca-

mara de carro descoberto, em pas-

seió das suas vaidades. Ia sorri-

dente, satisfeito com a sua pessoa,

suppondo-se alvo de olhares, jul-

gando-se centro de attenções.

Um ideal... para ser posto em

musica da Trindade!

Pois mal pensava s. ex.' qae ia

sujeitar se a um julgamento. Pois

com effeito o sr. Corrêa Arouca,

singelamente, intelligentemente,

com boa eloquencia parlamentar

despiu aquellas vaidades, poz a

nú aquelle doutrinarismo deri.ago-

gico, reduziu a zero aquella paroli-

ce, castigou alguns descuidos me-

nos proprios do parlamento, tole-

rados pela maioria—em verdade

benigna em demasia.

Mostrou ao sr. Arriaga que elle

não conhecia o projecto; que ellé

não tinha uma comprehensão do

seu alcance; que ignorava os pre-

ceitos mais rudimentares do di-

reito criminal moderno; que esti-

vera a forjar sofismas banaes; que

mirára a uma especulação de ga-

larias jacobinas; que fallara du-

rante tres sessões sem que mos-

trasse possuir nma idóa, uma só,

coitado!

Em verdade, chegámos a ter dó

do sr. Arriaga, ao vel-o hontem!

Elie avermelhou-se; cada argu-

mento feria-o, despia-o no realis-

mo da sua insigoificancia de par-

lamentar e de politico; cada phra-

se amesquinhava o, reduzia-o, an-

nullava-o; até que elle, não se

podendo conter, pediu, supplicou

á presidencia que o livrasse d'a-

quelle ferro em braza, a elle, que

durante muitas horas não fizera

mais do que dirigir as maiores ...

injustiças aos homens do passado,

bons servidores da patria, aos ho-

mens do presente, leaes defenso-

res da forma de governo com que

principalmente, pelo equilíbrio eu •

ropeu, se garante a independence

da patria!

. N'este momento solemne a ca-

mara riu-se, e riu muito bam, d'a-

quelle organismo especial, excên-

trico, que se permittira todas as

licenças, todos os excessos, no

meio d'uma tolerancia excepcio

nal, e que ao receber castigo me-

recido se resentia mulherilmente,

pedindo auxilio!

A galeria suja fez murmurio, a

camara protestou, o sr. presidente

interveiu, e a sessão interrompeu-

se.

Coitado do sr. Arriaga!!

Coitado d'elle, que hontem fi-

cou morto parlamentarmente. Per-

deu o seu aplomb, desmanchou o

seu feitio, confessou a sua impo-

tência; e aquella lenda de elo-

quencia lyrica, que criou no meio

coimbrão, quando elle era um vi-

sionário sem relações politicas

com a caxeiragem da baixa, fin-

dou hontem, aos quinze dias do

mez de abril do anno do nasci-

mento de Nosso Senhor Jesus

Christo de mil e oitocentos e oi-

tenta e quatro!

Quasi no fim da sessão ainda

lhe cuube a palavra.

Antes a não tivesse!

Continuou na banalidade; pe-

ríodos sem sciencia, nem senso

commum, que faziam rir alguns

dos seus correligionários, e mais

nada.

E' verdade, mais uma coisa:

lamentações sobre a sua doença—

que muito sentimos, e sobre os

juizos que a historia ha de formar

a seu respeito, de que nos rimos,

e de que a historia nem ha de che-

gar a rir-se.

A discussão

da reforma constitucional

Fallou hontem o illustre rela-

tor da commissão, o sr. conselhei

ro Thomaz Ribeiro, que fez um

discurse a altura do seu nome

laureado.

Começou a responder lhe o sr.

conde de Rio Maior.

Noticias do parlamento

O sr. Luiz de Lencastre apre-

sentou o parecer da commissào de

legislação civil, sobre a substitui-

ção dos juizes presidentes dos tri-

bunaes de commercio de Lisboa e

Porto.

A imprimir.

O sr. Bernardino Machado man-

dou para a meza uma representa-

ção da camara municipal de Gui-

marães, pedindo para ser auctori-

sada a despender do fundo de

viação municipal 6:000£000 réis

para as expropriações e obras ne-

cessárias para a abertura de uma

rua.

E apresentou um projecto de

lei, elevando a 600*000 réis o er-

denado dos professores de dese-

nho da universidade, da escola po-

lytechnica e da academia polyte-

chnica.

Mandou-se publicar a represen-

tação no Diário da Camara.

O sr. Patricio declarou que, se

estivesse presente quando se vo-

tou o projecto n.° 31, tel-o-ia re-

jeitado.

E mandou para a meza uma re-

presentação d? meza da irmanda-

de de Nossa Senhora da Miseri-

córdia da cidade do Porto, e de

outros estabelecimentos de bene-

fi encia e caridade, pedindo que

seja approvado o projecto de lei

revogando o artigo 1.° n.# 4.* da

carta de lei de 3i de agosto de

1869, a fim de serem isentas da

contribuição de registo por titulo

gratuito as misericórdias e mais

estabelecimentos huuianitarios.

O sr. Fonseca Coutinho man-

dou para a meza uma representa-

ção da camara municipal de Mar-

vão, pedindo auctorisação para

vender em hasta publica cinco fo-

ros que possue, avaliados pelo pro-

dueto de vinte pensões e um lau-

demio.

O sr. Manuel de Assumpção

apresentou um parecer da com-

ruissão de administração publica

acerca do projecto de lei que al-

tera as assembléas eleitoraes dos

concelhos de Niza, Portalegre,

Castello da Vide e Marvão.

A imprimir.

Ima rectilieaçío

Sobre as declarações feitas pelo

sr. ministro da justiça na sessão

de segunda feira, e a que hontem

nos referimos, temos a fazer no

tar que uma d'ellas foi feita nos

seguintes termos:

—Se o projecto de reforma pe-

nal for convertido em lei, o go-

verno pedirá ao poder moderador,

antes da sua promulgação, uma

amnistia para os delictos de im-

prensa, commettidos até 14 de

abril, data da declaração de s.

ex.a, quer os processos estejam ou

não pendentes ao tempo em que a

nova lei comece a produzir os

seus efkitos.

Caminho de ferro da Povoa

Recebemos hontem o seguinte

telegramma:

PORTO, 15, ás 4 horas e 26

minutos da tarde.— A' redacção

do Diário IUustrado, Lisboa.'

A assembléa geral do caminho de ferro da Povoa votou por una

nimidade uma proposta do sr.

Ferraz Costa para a nomeação de

uma commissão de tres membros,

a tim de oflicialmente pedir auxi

lio ao governo por não poder con-

tinuar sem elle.

No caso de não ser attendida, suspende a exploração e vae li-

quidar a companhia.

(do nosso correspondente).

Pela nossa parte entendemos

que o governo deve tomar na

maior attenção este assumpto, que

é importantíssimo para os interes

ses do Porto e da rica região que

a lioha atravessa O governo, sem-

pre sollicito para com as conve-

niências do publico, saberá de

certo cumprir o seu dever.

Em todo o caso aguardamos

mais amplas informações, para es-

crevermos desenvolvidamente.

PELO ESTRANGEIRO

Pequenas noticia*

Allemanha. — Triumpha Bis-

marck.

O ministro do interior, mr. de

Puttkamez, que contrariava o

graude chanceller nos seus pla-

nos, sae de Berlim.

Dizem os amigos de Puttkamez

que este vae a Roma acompanhar

sua esposa, affirmando os Íntimos

que deixará a pasta pelo governo

geral da Alsacia Lorena.

Parece, porém, certo que o emu-

lo de Bismarck nem vae a Roma,

nuç está muito longe, nem para

Straeburgo, onde o veterano ma- rechal Mantr ufMd se acha muito

a seu contento: vae, simplesmen-

te, para casa.

E de crer que asaim aucceda.

-Pretendeu-se resuscitar na

Allemanha o abolido conselho de

Estado, e indicou-se, até, que o

principe imperial poderia accei-

tar a presidencia d'aquelle alto

corpo.

O principe, porém, negou-se

terminantemente a isso, e decla-

rou cjue o conselho, pelas suas

amplíssimas attribuiçoes, seria

incompatível com a Constituição

em vigor.

— O Mercúrio de West falia re-

produz o seguinte annuncio, que

o pae de Bismarck fea i*serir na

Gazeta de Fos« de 1 de abril de

1816, participando o nascimento

do filho ás pessoas das suas rela-

ções:

«Pelo presente annuncio, parti-

cipo aos meus parentes o amigos

qne minha mulher dea hontem á

luz, com a maior felicidade, um fi-

lho bem constituído.

Rogo lhes que me não felicitem

por este acontecimento.

Schaenhausen, 2 de abril de

1815.

Fernando de Bismarck.»

Se Bismarck pae podesse ter

adivinhado que esse filho, tão

mal recebido por elle, havia de

illustrar o seu nome, faaer da sua patria a mais poderosa potencia

da Europa, e tornar-se a primeira

individualidade da sua época, por

certo qúe acceitaria de bom gra-

do, em abril de 1815, os parabéns

e as felicitações dos amigos!

França.— Já por mais do uma

vez temos aqui fallado da família

NaundoríF, que chegou da Hollan-

da a Paris, com o fim exclusivo

de reivindicar os seus pretendi-1

dos direitos á coroa de França,

como descendente do delphim, co-

nhecido na historia com o nome

de Luiz XVII.

Assegura se agora, em Paris,

que o pleito não chegará a ter Jo-

gar, por falta de fundos, e por não

se entenderem entre si os herdei-

ros do pseudo-duque da Norman-

dia!

Pobre delphim! Morto aos dea

annos, consumido, ético, escro-

phuloso, aniquilado sob o peso de

mil infortúnios e dos maus tratos

de verdugos cruéis, quem havia

de dizer que a tua personalidade occuparia as attenções durante

quasi um século!

—Por telegrammas recebidos

em Paris, no dia 13, com data do

11, sabe-se que a brigada france-

za commandada pelo g- neral Nc-

grier bombardeou as aldeias si-

tuadas no caminho de Hong Hoa,

a pouca distancia d'esta praça. O inimigo, considerando impos-

sível a defeza de Hong-Hoa, in-

cendiou a, pondo-se logo. em fu-

ga, sem oppor a mais leve resis-

tência.

A brigada do gemral Briére

passou o rio Negro, emquauto os

chiuezes operavam a retirada.

Este general propunha-se to-

mar Hong-Hoa de flanco, pelo

lado das montanhas, e é de crer que já tenha entrado na cidade

com as suas tropas.

—O Temps publicou ha dias um

telegramma de Londres, dizendo

que as auctoridades se haviam

apoderado de documentos impor-

tantíssimos, pelos quaes se prova

á evidencia que os auctores das

explorações, presos em Birmin-

gham, estavam em relações dire-

ctas com os anarchistas de Paria,

formando uma vasta associação

internacional.

Italia—Debutou no theatro Sca-

la, de Milão, na opera Gioconda,

ao lado da celebre Pantaleoni,

um novo tenor de grande mérito,

chamado Puerari.

Esta avis rara tem boa escola,

bella voz, e, sobre tudo,—diz a

critica,—sentimento e calor dra-

máticos.

—O opulento editor de musica,

Ricordi, acaba de construir cm

Milão um soberbo palacio, onde

se estabeleceu com grande faus-

to, estabelecendo ao mesmo tem-

po as suas officinas e escriptorios.

O edificio é de bella architectu

ra. Na sua fachada lê-se a inscri-

pção Ars et labor, tendo por bai-

xo o nome do proprietário.

Hespanha—Emilio Castelar en-

viou uma carta ao alcaide de Ca

hors, pedindo desculpa de não po-

der assistir ali á inauguração da

estatua de Gambetta.

—Diz-se em Madrid que Victor

Huço escreveu a Alfonso XII,

pedmdo-lhe o indulto dos 15

membros da Mão Negray aue aca-

bam de ser condemnados á morte.

Monumento a Gambetta

Cahors, J4y t.

Realisou se a inauguração da

estatua de Gambetta. Enorme

multidão.

O sr. Julio Ferry, presidente

do conselho de ministros, e o ge-

neral Campenon, ministro da

guerra, pronunciaram discursos

recordando o patriotismo do Gam-

betta e os serviços prestados á

França pelo celebre tribuno re-

ublicano. Mnitoa vivas á Repu-

"ica e ao exercito:

O sr. Ferry recebeu depois as

auctoridades, vende-se á frente

d'ellas o bispo de Cahors rodeado

pelo clero da diocese. O bispo as-

segurou a sua dedicação respei

tosa ás instituições da França,

acrescentando que o seu clero

era republicano. Respondeu lhe o

sr. Ferry agradecendo as palavras

do prelado e exprimindo o desejo

do governo em manter a concor-

data, que, disse, «è o laço que

une a egreja ao Estado».

(Havas).

pu

bli

Theatres

Gymnaslo

A Filha do Mar

Punhaes, bandidos, tiros de ba-

camarte, naufragies, trovões, raios,

creanças salvas das ondas, auro-

ras boreaes, estrondo da artilhe-

ria, roubos com arrombamento,

navios em perigo, derrocadas, e

velha rhetorica cheia de tirades

contra o predomínio do sangue

azul, de tudo isto tem á farta o

drama que o Gymnasio nos deu

era reprise, para beneficio da actriz

Maria das Dores.

A Filha do Alar lembra-nos os

nossos tempos de estudante; faz-

nos rejuvenescer; traz-nos á me-

moria uma quadra já extiocta, em

que a Probidade de Cesar de La-

cerda fazia as nossas delicias, e o

29, ou Honra e Gloria nos impres-

sionava até ás lagrimas, com a sua

grande scena final do fnsilamento.

Bons tempos eram esses, e boas

libras ganharam as emprezas thea-

traes com essa lilteralura hoje ir-

risorial

Encarando a reprise da Filha do

Mar sob o ponto de vista lucrati-

vo, fez nauito bem o sr. Pinto em

desenterrar o velho drama, porque

lhe ha de dar dinheiro a redos;

encarando-a pelo lado artístico, já

não podemos dizer o mesmo, por-

que a Filha do Mar foi feita pa-

ra outra época de menos exi-

gências, e está eivada de ficelles

anachrenicas, que tocam, por ve-

zes, as raias do absurdo.

Em todo o caso, as classes po-

pulares gostam ainda d'este gene-

ro, e o Gymnasio fca de ter, como

tem tide, enchentes successivas,

quando os cartazes annunciarem

urbi et orbi a exhiçào do especta-

culoso drama.

As scenas de effeito não lhe fal-

tam, e o effeito draniatico é tudo,

quando se representa para as ca-

madas menos rieas de illustração.

Ainda não ha muito que o thea-

tro de D. Maria nos deu uma peça

marítima, com algumas similban-

ças éa Filha do Mar, e os applau-

sos foram sem conto, e as recei-

tas dos espectáculos foram enor-

mes.

O povo gesta: faça-se lhe, pois,

a vontade, embora a arte fique ura

tanto sacrificada.

#

Não especialisafemos nenhum

dos artistas que entraram na peça.

todos elles foram bem, optimamen-

te, mesmo, dado e tour de force

que fizeram, interpretando perso-

nagens pouco em harmonia com

as íuas aptidões artísticas, traba-

lhando n'um genero a que não es-

tão já habituados, e que, até certo

porto, é incompatível com a edu

cação da escolhida troupe do Gym-

nasio, na moderna escola theatral.

Montedonio, o impagavel e ta-

lentoso Montedonio, por exemplo,

náo está á vontade dentro do per-

sonagem que procura definir. Che-

gamos a ter pena de o ver n'aquel-

le papel meio selvagem, e de o ou-

vir cantar umas coplas no prologo

da peça.

Até o fizeram revelar-se como

barytono, a elle, que é uma des-

graça na arte de Cottogni e de De-

voyod I

Tyranos!

Ja que fallámos em musica,

aventuraremos um conselho: pa-

rece-nos bem supprimida a canção

de Montedonio e a preghiera a bor-

do. A priipeira não é necessaria, e

a segunda pode ser substituída

por uma resa em silencio, para

evitar a desafinaçào dos coristas,

pouco dados á especialidade.

De resto, a Filha do Mar está

bem posta em scena. O quadro da

derrocada merece ser visto, e o

do navio está feito com certo rea-

lismo. Penaé que as velas não te-

nham rizes, que se note certa fal-

ta de cordas em scena, que a fai-

na de bordo não seja mais movi-

mentada, e que se não ouça o ma-

rulho das ondas, facílimo de simu-

lar

E' de crer, porém, que estes se-

nões desappareçam nas noites se-*

guintes, e que a peça, habilmente

ensaiada por Leopoldo, vá de foz

em fóra, dando á empreza do

Gymnasio muito dinheiro.

"Maria das Dores saiu se bem da

reprise\ o Pinto ha de sair-se me-

lhor ainda, estamos certos d'isso.

José Soares, fragateiro, foi pre-

so ás 5 horas da tarde de hontem

no caes da Ribeira Velha, por fe-

rir gravemente na cabeça Cypria-

no da Costa, da mesma occupação,

que foi conduzido ao hospital de

S. Jesé, ficando na enfermaria de

Santo Amaro. '

Grevistas de Amin

Parn, J5, m.

Reúnem hoje k noite os dele-

gados dos grevistas de Anzin. E'

provável que resolvam a termi-

nação da gréve.

(Havas).

O sr. governador civil de Bra-

ga convidou algumas pessoas d'a-

quella cidade para lhes ler um re-

latorio sobre a creação d'uma as-

sociação de beneficencia, que tra-

te de promover a fundação de um

asylo da mendicidade, creches e

albergues nocturnos.

Acha-se já policiada toda a rua

Nova da Palma.

Ao respectivo sr. commissario

de policia agradecemos a brevida-

de com que attendeu o nosso pe-

dido. _____

O sr. Rego proprietário do café

do theatro de S. Carlos arrema-

toa o fornecimento do café do Jar-

dim Zoologico, a S. Sebastião da

Pedreira.

CV CP*£otcie ^

)•'/ *

<24t£f+mzs Jao

£aXuízLá Cvr+i o

etvift/ie^o

tio JhoCti/Qi^

G>vyuL<x

Concerto dedicado á real

oeademfta dom amado-

res de musica

Na noite de 20 do corrente rea-

lisa se no salão da Trindade um

espectáculo, digno por muitas ra-

sões, das sympathias do publico;

é ura concerto promovido pela

ex.B" sr.a D. Henriqueta Adelaide

Conselheiro Feio, em que tomam

parte distinctos amadores e notá-

veis artistas, e que por esta senho-

ra é dedicado á Real academia dos

amadores de musica.

A ex.— sr.a D. Henriqueta A.

Conselheiro Feio, uma das mais

notáveis discípulas do nosso Con-

servatório, pretende seguir a car-

reira do professorado, porém, com

a modéstia inherente ao verdadei-

ro talento, entendeu que devia

préviamente apresentar-se peran-

te um publico selecto, para aqui-

latar devidamente os seus mereci-

mentos. Nós que já tivemos a hon-

ra de ouvir a eximia pianista, au-

guramos-lbe desde já um, êxito

brilhantíssimo ao seu concerto,

pois que, tendo sido acceite pela

lieal academia dos amadores de

musica o delicado offerecimento

da ex.m' sr." D. Henriqueta Feio, é

de crer que esta benemerita cor

poraçào concorra com a sua pre

sença e competencia ajulgar dos

merecimentos profissionaes de tão

sympathica e respeitável dama.

Correio do Algarve

Faro—Entrou no 10.® anno da

sua publicação o nosso collega 0

Districto de taro.

—Vae fundar se em Faro uma

sociedade anonyma de responsabi

lidade limitada, para o fabrico e

exportação de conservas de peixe.

—Falleceu em Faro o major re-

formado José Maria de Seixas,

que, por muito tempo, servira no

regimento 4o d'infanteria.

Lagos . Falleceu em Lagos a

ex.™" sr.a D. Clementina Villar, es-

posa do capitão do 15, sr. Augus-

to Alves Pinto Villar.

—Falleceu também a ex.ra» sr.a

D. Elvira Formosinho, mãe do dis-

tincto official da guarda municipal

de Lisboa, sr. Sebastião Formosi-

nho, a quem enviamos o nosso pe-

same sincero.

Tlien Iro dos Recreios

A 18 d'este mez é noite de fes-

ta n'este theatro.

Faz o seu beneficio Marcel lino

Franco, o impagavel actor que

tanta gente tem feito chorar... a

rir.

Marcellino Franco é um d'esses

artistas que não necessita reclame

Dizer se qual é o dia da sua fes-

ta, equivale a dizer que o theatro

enche.

■ N'essa noute é a 1.' representa-

ção do Portugal na pandega, novo

acto que Argus escreveu para a

sua revista.

Tem tido acolhimento animador

para uma estreia o volume de

versos do sr. Guilherme de_ Santa

Rita ha pouco publicado. São trin

ta poesias, divididas em tres par-

tes, e ás quaes o seu auctor deu o

nome de Vacillantes, o que de

certo caracterisa mais a modéstia

do poeta do que a sua obra, que

faz esperar muito do talento que

a produziu.

Está já publicado o 6 ° e ultimo

volume da Historia de Portugal

illustrada, edição da empreza Lxt-

teraria de Lisboa. Esta historia

foi escripta, como é sabido, pelos

srs. Pinheiro Chagas, A. Ennes, E

Vidal, Gervásio Lobato, Luciano

Cordeiro, D. Almeida e A. Pimen-

tel. Os desenhos são de Manoel de

Macedo e as gravuras de Alberto.

E1 uma obra de muito interesse,

que pode até ser considerada co

mo um certame litterario.

A empreza editora, para facili

tar a aquisição d'esta publicação

que representa para elle um sa-

crifício e um arrojo, resolveu con-

tinuar a receber assignaturas aos

fascículos,—que são 92—resultan-

do para quem se aproveitar d'este

ensejo uma difTerença de 2^800,

por isso que a assign^tura importa

em 9^200 réis e o preço avulso é

de 12£000 réis.

ao Jevrujue.

-ôz££4£U> a. Co&>2a

cot*

Exponlção a» ri cola

em Lisboa

Reuniu hontem a commissào

executiva no ministério das obras

publicas.

D8cidiu-se que o dia da Inaugu-

ração e abertura da exposição seja

irrevogavelmente o dia 4 de mai9

proximo.

A exposição de gados será em

duas épocas;-a primeira de 4 a

lá de maio e a segunda nos pri-

meiros oito dias do mez de junho;

isto em consequência de alguns

creadores não poderem apresentar

agora os seus gados pelo mau es-

tado era que se acham.

A classificação e distribuição

dos prémios aos expositores de

gados sera feita depois de termi-

nada a segunda época.

Sua mageatade El-Rei o sr. D.

Luiz mandou pôr á disposição

da commissào, para esta fornecer

aos expositores toda a alimenta-

ção neceessaria para os gados, de

qu-lquer especie, que concorram

a este certame pecuaiio.

Estão-se fazendo algumas ins-

tallações para os gados de diffe-

rentes expositores que já envia-

ram as buas guias.

A commissào não se responsa-

bilisa por qualquer falta de acco-

modaçôes se os expositores não

enviarem as guias ou fizerem os

pedidos de espaço, até ao dia 25

do corrente mez.

O numero de expositores tem

augmentado consideravelmente;

outros teem mandado substituir

ou augmentar as collecções já

existentes

Os agronomos e intendentes de

pecudiia de alguns districtos con-

tiauam percorrendo concelhos para

obter pioductos.

Decidiu se que a commissão

reúna todoá os dias pela 1 hora da

tarde no palacio da exposição, na

real tapada da Ajuda, podendo

funccionar com qualquer numero

de vogaes.

Os expositores que desejarei*

alguns esclarecimentos podem di-

rigir-se á secretaria da commissão

no ministério das obras publicas,

ou ao palacio da exposição.

JLoleria de Hespanha

Relação dos números mais pre-

miados na loteria de hontem:

Pesetas

283 80:000

20:057 40:000

I0:H96 20:000

25 553 5:000

7:307 5.000

1:913 5:000

282 2:000

28 4 2:000

20:056 1:200

20:058 1:200

Com 2:500 pesetas

16:939, 11:214, 13:026, 2:504,

21:982, 17:417, 22:630, 15:464.

*22:315, 23:989, 8:2'i9, 21:717,

12;490, 15:496. 25:100, 1:298,

16:995, 424, 12:318.

Recebemos ante hontem a visi-

ta de mademoiselle Seveste, dama

da companhia franceza de opera

cómica, que hontem se estreiou no

Colyseu.

Acompanhava a gentil cantora

o nosso amigo o sr. Paccini.

Questão do Egypto

Londres, 14y m.

O Times diz que corre o boat#

de haver capitulado Khartum, es-

tando o general Gordon prisio-

neiro dos rebeldes.

(Havat).

Cancioneiro popular

cxxxvm

uanto mais o sol abaixa, ^

Mais e mais a lua alteia;

Quanto mais amores eu tenh#

Mais o juizo vareia.

Page 3: AflllfiNATl'BA II LUlBOl - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1884-04-16/j-1244-g_1884-04-16_item2/j...—Noticia de que f*lleceu na ci- dade de S. Joào da Barra Anto nio Cardoso Balerioue,

DIÁRIO ILL0S9RAD0

S. Carlo»

A festa artística de Borghi-Mamo

Foi uma festa em tado digna

da notável cantora, e se tentásse-

mos descrever-lhe os encantos, fi-

caria, por certo, muito pallida a

descripçào, pouco fiel a narrativa.

Ha, no mando theatral, uns acon-

tecimentos de tal modo grandiosos

e brilhantes que nos deixam as-

sombrados pelo ruido que fazsm,

mas que a penna do chronista

não pode registar em noticias da

ultima hora, ligeiras • sem colo

rido.

A festa de Hermínia Borghi-Ma

mo é um d'esses acontecimentos,

e nào se eonfunde com qualquer

manifestação feita ás vtlgaridades

bafejadas pela reclame misericor-

diosa da imprensa.

Ha muilo qae admirames os ta-

lentos da notável virtuose, mas

nunca ellts nos inspiraram mais

fervorosa admiração que hont«m

Borghi Mamo cantou com um sen-

timento e um mimo inexcediveis;

teve lagrimas na sua voz for-

mosíssima, revelouse-nos como

artista que sabe ser grande, e co-

mo mulher que sabe ser grata.

Rossini disse um dia a madame

Krauss: »rous chant rz avee votre

Ame ma filie, et votre ame est belle.

O mesmo poderíamos hoje dizer

da emula de Krauss: Borghi-Ma-

mo cantou hontem com alma, e a

sua alma é bella, porque sabe ser

reconhecida ás grandes manifes-

tações do publico.

A sympaihica diva estava visi-

velmente impressionada; lia-se-lhe

no rosto uma vaga melancholia,

Jue o perfume das flores nào pou-

e dissipar, que os applausos da

multidão não poderam desvanecer.

Cremos mesmo que esses applau-

sos e essas flores foram a causa

da sua tristeza mal dissimulada

em sorrisos contrafeitos. Borghi-

Mamo consagra ao nosso theatro

lyrico e ao nosso publico um afTe-

cto profundo. A sua festa foi quasi

uma despedida, e quem tem cora-

ção, como a grande artista—que

o tem de sobra—não pode dizer

adeus sem lagrimas, não se des-

pede sem saudades.

Mas, emfim, não estejamos nós

a ser chronista de tristezas, quan-

do se trata de ura successo co no

o de hontem á noite, grandioso,

esplendido, gigante. Façamos tin

petit tour pelo camarim da bella

cantora, e tentemos descrever o

que por lá vimos.

O camarim

Um pequenino boudoir digno de

qualquer duqueza; um ninho de

fadas, muito perfumado e muito

gentil, em que a mão habilíssima

de José Palha fez prodígios. Pelas

paredes, ricas e vistosas colxas da

India; no chão, um magnifico ta-

pete da Persia, digno dos pés que

sobre elie tiuham 1e deslisar.

Ao lado esquerdo da entrada,

um formoso toucador com amplas

cortinas de veludo escarlate bor-

dado a prata. Espelhos italianos,

placas de Sévres, e vários moveis

riquíssimos, á Luiz XIV, comple-

tavam a decoração do pequenino

gabinete.

O camarim da empreza

Um perfeito jardim, onde se

viam as flores mais delicadas e

Í;arridas, desde a rosa chá até ao

orget me not.

A's oito horas e meia da noite

já ali nào havia logar para mais

açafates e corbeilles.

Foi nos inteiramente impossível

tomar nota de todas as pessoas

jue enviaram flores a Hermínia

Borghi Mamo. Lembram-nos aps-

nas as seguintes: Duqueza de Pal-

mella, José Palha, Fernando Palha,

D. Maria Brandão, Podestá, mar-

Siez de Fronteira, D. Magdalena

astos Palha, José Guedes de Quei-

roz, condessa da Foz, Jorge Veiga,

D. Claudia de Campos e Mattos, D.

Maria da Piedade Palha de Faria,

D. Henriqueta Pires, D. Isabel

Lampreia, D. Sophia de Barros

Pitta, D. Elina Araujo da Silva

Pereira, Henrique Burnay, mada

me Augusto Machado, madame

Devoyod, Eugenia Mantelli e Al

meida Carvalho.

Algumas das corbeilles eram do

mais apurado gosto. Vários bou-

rts e cabazes tinham largas fitas

setim e seda pendentes

As flores ofTerecidas por mada-

me Augusto Machado iam dentro

de um bello vaso de prata e oiro,

cinzelado.

Os brindes

Além das muitas flores a que

alludimos, recebeu Borghi Mamo

os seguintes brindes:

Da sr." viscondessa dos Olivaes,

um bello adereço de ouro e pe-

dras; do sr. Fernando Palha, uma

pulseira de oiro e brilhantes; da

sr.a D. Palmyra Folque, uma almo

fada bordada a sedas; de uma ad-

miradora, um annel com uma sa-

phira e vários brilhantes; de Julio

Cesar Machado, um porte bijoux

de prata; de madame Freitas Re-

go, um alamiré de prata oxidada,

tendo gravados os títulos das ope-

ras Lami*ma e Mephistopheles; da

sr.a D. Reg.na Paccini, uma pasta

de seda bordada a oiro; da sr.' D.

Izabel dos Reis Machado, uma co-

roa da rosas arhficiaes com fitas

azues; de El-Rei o sr. D. Fernan-

do, uns esplendidos brinces de

brilhantes; do sr. Antonio Vianna,

um annel de oiro tom tres péro-

las; da sr." D Maria de Campos

Valdez, um lindo ramo de rosas

artificiaes, com fitas azues; da sr.1

D. Maria de Campos e Matos, um

lindo açafate de flores naturaes;

da emprera do theatro, um estojo

com tinteiro e penna de prata e

oiro; de um admirador, uma cruz

de oiro com um grande brilhante,

de madame Bensaude, um rico

adereço de brilhantes.

O ramo offerecido pela sr.1 D.

Maria de Campos Valdez foi en-

tregue em scena á distincta can-

tora por uma interessante filhinha

d'aquella senhora.

Devoyod conduziu ao palco a

gentil creança.

Pelo adiantado da hora, não po-

demos dar noticia d'outros mui-

tos brindes offertados á sympathi-

ca prima donna.

Durante um dos acto, espalhou

se profusamente pela sala a se-

guinte poesia:

A la eminente y celebre artista

A BORGHI-MAMO

en la noche de no beneficio

SONETO

Al fuerte impulso de tu claro acento,

Siente mi pecho un devorante fuego,

Eco de admiraoion, sublime aliento,

Divino soplo que me «nciende luego.

Digo agitado un célico concento,

1 el alma absorta á su delirio entrego;

Estatica embriaguei, pura armonia,

Abrasa mi ferviente fantasia.

Ante esa estátua que se llama çloriav

El mundo sus laurelles te pródiga;

Te consagra una pagina la historia.

El arte tus grandezas investiga,

Pregona ya la fama tu victoria,

El cielo de sus rayos te ilumina.

Lisboa, 15 d'abril de 1884.

Un admirador.

Como já dissemos é ámanhã que i

se realisa no paço de Ajuda a ce-

remonia da imposição do barrete

cardinalício ao sr. patriarcha de

Lisboa.

Findas as ceremonias será ser-

vido um lunch em bufete a mais

de duzentas pessoas.

A' porta do palacio fará a guar-

da de honra uma força de infan-

teria.

Sua eminencia irá do paço de S.

Vicente para Ajuda em coche da

casa real, acompanhado por um

esquadrão de lanceiros.

No préstito irão mais dois co-

ches, com vários dignitários da

Sé, o guarda nobre de sua santi-

dade, portador do barrete, vigário

geral, arcebispo de Mytilene, etc.

Da Ajuda regressará a S. Vicen-

te o préstito pela mesma ordem.

publicadas logo <jue che-

guem todas. Para esse hm sairá

quinta á noite um jornal único

com o titulo do Balão-Pombo.

Achamos esta idéa perfeitamente

boa e útil porque satisfaz comple-

tamente a curiosidade publica.

O policia n.# 89 da 2." divisão

apitou ás 4 3|4 da madrugada de

hontem, na rua da Atalaya, para

capturar e conduzir ao governo

civil, dois indivíduos que estavam

em grande desordem no botequim

n.° 47 da mesma rua.

A empreza de S. Carlos, ao col-

locar no camarim de Borghi-Ma-

mo o seu briude—ura estojo com

tinteiro e penna de oiro e prata—

poz-lhe ao lado uma escriptura

em branco, para a época lyrica de

1886 a 1887, que a distincta can

tora assignaria se lhe aprouvesse

Consta-nos que Borghi-Mamo

correspondeu a esta gentileza dos

emprezarios de S. Carlos, firman-

do aquelle documento com o seu

nome laureado.

A banda do theatro tocou va-

rias peças de musica junto do ca-

marim da diva, nos intervallos, e

foi tocar-lhe á porta de casa, de-

pois de findo o espectáculo, acom-

panhada por grande numero de

dilettanti.

#

# #

O publico depois da aria do 4 °

acto da opera Mephistopheles fez

uma grande manifestação á artis-

ta, chamando em seguida sua mãe

duas vezes á scena, e no fim do

acto tanto a distincta cantora filha

como a mãe tiveram chamadas

sem fim.

#

♦ # ,

Mademoiselle Borghi-Mamo of-

fereceu ao maestro Dalmau um

rico estojo com uma escrevaninha

de prata.

#

# ♦

E' ámanhã a festa artística do

tenor Ortisi cantando-se o 1° e e

4.* actos da opera Huguenotti e o

2 0 e 3.° da opera Rei de Lahore.

No sabbado é a festa do sympa

thico baixo Rapp cantando se o 1*

e 3 ° actos da opera Rei de Lahore,

a aria da calumnia e o 3.° acto da

opera Mephistophele.

Domiogo festa artística do ba-

rytono Devoyod e despedida da

companhia lyrica.

Cantam-se os 3 actos da opera

Rei de Lahore e a scena da opera

Carlos VI.

# * *

Já está escripturado para a fu-

tura época lyrica o distincto ba

rytono Sparapani.

Foi uma optima acquisição para

a empreza.

Distribuiu se hontem, e larga-

mente, um impresso intitulado—

Ao paiz e ao partido progressista

Parece proveniente de dissiden

tes d'este partido, que lhe attri-

buem uma direcção errada, que

lhe censuram erros.

Havemos de referir nos ao pa

pel com maior largueza.

E' esperada por toda esta se-

mana em Braga a companhia do

sr. D. Juan Molina.

Associação dom jornalis-

ta* e eacriptores por-

tugueses

E' convocada a assembléa ge-

ral para ámanhã, 17, ás 8 horas

da noite afim de lhe ser apresen-

tado, pela commissào nomeada em

14 do corrente, o parecer sobre a

reforma do codigo penal, na parte

que diz respeito á imprensa.

Casa da associação, 15 de abril

de 1884.

O secretario

Candi io de Figueiredo.

Barreiro

Sr. redactor. — Movido pela

maior satisfação, e pelos repeti

dos obséquios que v. se tem di-

6nado dispensar-me, tomo a li-

erdade de lhe rogar a muito es

pecial fineza de mandar publicar

no seu mui lido e acreditado jor-

nal as linhas seguintes:

As ceremonias religiosss da se-

mana santa, que ha muitos annos

se não faziam, foram, este auno.

feitas com a maior decencia e o

mais profundo respeito.

Ao muito digno prior, de quem

partiu a iniciativa, cabem os

maiores elogios pela sua incança-

vel actividade e pelo zelo que

empregou, para a realisação de

tào santo fim.

Sâo também dignos de louvor os

reverendos parochos da Moita,

Alhos Vedros, Lavradio, e padres

João, da referida Moita, e Fran-

cisco Pimenta, do Barreiro, pela

maueira digna e grave porque

desempenharam os seus deveres.

Prégaram: na quinta feira o di-

gno prior da Moita, e na sexta, da manhã e tarde, o de Alhos Vo-

dros.

A irmandade do Santíssimo Sa-

cramento concorreu a todos os

actos, com o devido respeito e na

melhor ordem possivel.

O numero de senhoras e cava-

lheiros que concorreu aos actos

sagrados foi tão elevado que por

ultimo só a muito custo poude en-

trar no templo.

F. P.

Volta hoje á scena no thea

tro do Príncipe Real a applaudida

magica a Princeza dos Cabellos de

Ouro. Teem entrada n'esta recita

os srs. accionistas dos Recreios.

No dia 18 é a primeira repre-

sentação da peça marítima Brios

de marinheiro, original do sr. Ce-

sar de Lacerda

Ouvimos que o ministério da

marinha, a requisição do ministé-

rio das obras publicas, vae man-

dar proceder a uma vistoria a to-

dos os barcos a vapor da carreira

do rie Sado para conhecer se es-

tão ou não nas condições exigidas

peb serviço a que se destinam.

Incêndio

Hontem pelas 10 hons e meia

da noite manifestou se incêndio

em uma porção de palha da man-

jadoura d'uma barraca na estrada

dos Prazeres, pertencente ao can-

toneiro Joaquim Pereira.

A barraca ficou completamente

destruída. O gado foi salvo. Tra-

balharam as bombas n." 9 e 2 dos

voluntários.

Francisco Villalva

Falleceu em Madrid o distincto

jornalista Francisco Villalva, re-

dactor do El Cronista.

Era um hjoiein altamente sym-

pathico, de boa presença e olhar

insinuante.

De palavra fácil e precisa, se-

não era um grande «rador, era

pelo menos um bom conversador.

Por oceasião da estada de S. M.

El Rei o sr. D. Luiz em Madrid ti-

vemos o prazer de conhecer de

perto tào estimável cavalheiro.

Que os nossos collegas de Ma-

drid recebam os nossos sentimen-

tos pela perda de tão distiucto jor-

nalista.

Kermesse

A commissào encarregada de

organisar esta deslumbrante festa

determinou não mandar bilhetes

para as redacções.

Entendeu e entendeu bem que

a imprensa, que nunca acceitou

bilhetes gratuitos para festa algu-

ma de caridade, poderia ficar me-

lindrada com tal offerta.

#

# #

A vice presidente da commissào

promotora da kermesse na tapada

da Ajuda convida todos os mem-

bros da comtuisj-ào e da direcção

das creches a reunirem-se hoje, á

1 hora da tarde, na creche de Vi-

ctor Minuel, na calçada da Tapa-

da.

2$. Martinho do Porto

Sr. redactor.

Li no sen maito acreditado jor-

nal b.* 3918 de 30 de março pro-

ximo findo, um communicado d'es- ta Villa referindo se ao incêndio

occorrido em a madrugada de 26

do mesmo me* no prédio em que

residia o sr. Theotoni® Augusto

dos Santos, catastrophe que eu

muito lamento pelas deploráveis

eonsequencias que teve e de que

su deu noticia.

N aquelle communicado censu-

rava se a falta de comparência

das auctoridades tanto da capita'

ma do perto oomo da alfandega e

a tal reap ito cumpre-me dizer

que se qualquer das duas aucto-

ridades ah deixou de compare-

cer, so fez representar por al-

guus dos seus subordinados que

conjunctamente com outras pes« soas muito trabalharam e concor-

reram para a iocalisaçáo e extinc-

çào do mesmo incêndio.

Eu, erfectivaincnte não pude

comparecer no logar do sinistro por grande iuctmmodo de saúde,

aliás nào teria deixado de auxi-

liar os beneméritos individuos

que ah trabaluaram.

Estranha o seu correspondente

que estando 10 navios surtos tieste

porto só a tripulação de dois ap-

parecesse no incêndio!

A este respeito, cumpre-me

também dizer que a auctoridade

marítima náo podia, sem exhorbi-

tar gravemente, obrigar as tripu-

lações d'esaes navios a desembar-

car e trabalhar • no iucendio por

isso que nào era em local da ju-

risdição maritima, proximo do

ancoradouro, nem em edificio do

estado, e o que os tripulantes re-

feridos praticaram foi unicamente

por um acto espontâneo e huma-

nitário.

Accre8ce mais que nem a ca-

pitania d'este porto nem a dele-

gação dalfandega podem dispor

de material nem pessoal para si-

nistros de tal ordem porque os

nào possuem.

As providencias para este gene-

ro de occorrencia8 pertence mais

ás resjectivas Camaras munici

paes que a outras auctoridades,

Na lista, publicada ha dias, das

pessoas que compõem a commis-

são promotora da Kermesse, por pÕréin aqui" aem "camara 'úTuuici •

lapso deixaram de figurar os no- > pai sem qualquer corporação par-

mes as ex.m" sr." viscondessa ticular ainda cuidou d'isso e não

dos Olivaes e D. Miria Luiza da é a comparência das auctoridades

Cunha e Menezes Braamcamp, que cita

como consta das respectivas actas. dente <luei

Lisboa 24 de abril de 188i.

O 1.° secretario

Henry Burnay.

#

# #

A inauguração da Kermesse sem-

pre se realisa no proximo sabbi-

do, 19 do corrente, peias 2 horas

da tarde.

A commissão tem recebido nu-

merosos donativos, uns remettidos

para os depostos indicados no

o illustrado correspon-

sem os recursos preci-

sós, pode evitar a catastrophe.

Creia v. que pela inserção d'es-

trs linhas lhe ficará muito grato o

De v. ete.

S. Martinho do

Porto, 14 de abril

de 1884.

Manuel Leocadio de Almeida.

Capitão de fragata da armada e

capitão do porto de S. Martinho.

Sepultou-se hontem no cemite-

rio da Ajuda o cadaver do sr. João

Macario dos Santos Aldim tio da

esposa do nosso amigo o sr. Joa-

quim Pedro Ogueia.

Os nossos pesames.

Francisco Paulo Sousa Leitão e

Mannel Filippe, presos na cadeia

do Limoeiro, queixaram-se ao sr.

commissario da 3." divisão, de que

tendo estado também preso na

mesma cadeia o relojooiro Antonio

Jorge Calixto, haviam confiado a

este, por o terem de boa fé, 3 re-

logios, afim de que elle os concer-

tasse.

Em logar de cumprir o seu de-

ver, segundo a queixa apresenta-

da, o relojoeiro vendera os reio-

gios ficando com o producto da

venda, e nunca mais apparecera

no Limoeiro.

Foi encarregado da diligencia o

zeloso agente o cabo Francisco

Manuel, que, auxiliado pelo guar-

da 36, conseguiu deitar a mão ao

accusado na rua da Cruz em Al-

cantara.

Conduzido ao commissariado,

declarou o preso ser verdade ter

recebido dos queixosos os relogios,

mas que os dera a um individuo

que nào conhece. Não houve ma-

neira de se lhe arrancar mais es-

clarecimento algum.

Este relojoeiro é muito conhe-

cido da policia. Quando ultima-

mente esteve na cadeia foi por

uma cousa d'estas. Emfim parece

que tem saudades da gaiola.

Regressou de Campolide onde

esteve convalescendo a ex.®' sr.*

D. Rosa de Freitas Queriol Vas-

concellos Porto. S. ex.' vem com-

pletamente restabelecida da peri-

gosa e longa enfermidade que deu

a sua família e aos amigos de seus

paes sérios cuidados.

Sua extremosa e virtuosa mãe

a ex.-' sr.' D. Amelia de Freitas

Queriol que nem um momento dei-

xou ue acompanhar sua filha com

seus d.svelos de mãe e assíduos

cuidados de enfermeira também

recolheu a sua casa por conside-

rar sua filha completamente res-

tabelecida.

D imos osnossos mais sinceros

parabéns ao marido e extremosos

paes que acompanhámos em seus

cuidados e esperanças de restabe-

lecimento de saúde da enferma.

Oa nossos pobres

De diversos anonyraos temos

em nosso pQder esmolas para se-

rem entregues aos seguiutes po-

bres:

Gertrudes da Conceição.. UOOO

Maria da Conceição'Go-

mes 1£300

Velhinha da rua de S. Vi-

cente de Borja 500

Carlota de Jesus 1£000

Total .... 4£000 <

A' commissào executiva da ex-

posição agrícola foi determinado

que faça entrega ao Iostituto Ia- convite publicado nos jornaes, ou- dustrial e Commercial de Lisboa,

tros enviados directamente aos dos armazéns da cordoaria nacio-

membros da commissào. Está-se nal onde estiveram depositados os

orgauisando, para ser publicada, a productos destinados á mesma ex-

lista d'esses donativos com o nome posição afim de ali serem arreca-

dados diversos objectos de serviço

do dito instituto em quanto se pro-

das pessos que os offerecerara.

Colyseu cede ás obras de reparação e re-

10 horas da noite.— O Songe f°rma do respectivo edificio

d'tine nuif d'eté até esta hora tem

tido um enorme êxito. Enchente Augusto Eduardo de Sousa vi

via ha tempo com Maria dos San

completa. Companhia magcitica e , tos, moradora na rua de Vicente

recebida com geral agrado. Cha- Borga 37 2 * Hontem azedaram-se

madas aos prmcipaes artistas e 1 por uma coisa qualquer, e Au-

maestro. Successo completo. i gusto Eduardo, achando se só com

Hoje sobe á scena a Mascotte a mulher era casa, passou das ra-

para estreia de duas cantoras de

opereta, que nos dizem ser ele-

gantes e formosas, e ter muito

chic e verve.

Estão era exposição na rua Au-

gusta 187 e 189 as bellas hara- .. , .

burguezas, que nas expo.-ições de 8ntos de soccorro, arrombou-a e

sões a vias de facto, desancando

Maria dos Santos. Esta pediu soc-

corro, acudindo então o policia 34

da 3.' divisão.

A porta estava fechada, e o po-

licia vendo que continuavam os

Vienna, Paris etc, teem chamado a

attenção de toda a gente:

Estas duas jovens artistas, além

da graça feminil, são dotadas

d'uma força hercúlea A entrada

n^ exposição é apenas de 100 réis.

Balão-Pombo

Amanhã quinta feira effectua-se

na esplanada dos Recreios a as-

cenção aerea que devia ter-se

realisado no domingo, e que o mau

tempo não permittiu Deve ser ex-

cepcionalmente interessante esta

viagem em balão, nào só pelos

distinctos aereonautas que n'ella

tomam parte, como tamb-m pelas

observações que decerto hão de

fazer. Os destemidos viajantes le-

varão comsigo alguns pombos-cor-

reios. que, com intervallos, nos

hão de trazer noticias vindas d'es-

sas immensas altur s. E«tas noti-

cias que serão transmittidas pelos

pombos a intervallos regulares,

agarrou o aggressor junto daja-

nella na oceasião em que preten-

dia atirar a mulher para a rua.

O homem resistiu, agarraudo-se

ao policia e rasgando-lhe a farda.

Afinal lá foi conduzido para o

commissariado e d'ali para a Boa

Hora.

Inauguração do cami-

nho de ferro de Gui-

marães

Couforme dissemos realisou-se

ante-hontem a inauguração do ca-

minho de ferro entre Vizella e

Guimarães.

O enthusiasmo foi grande.

A dire. çào da companhia offe-

receu um lunch aos convidados,

no palacete Arrochella.

O gerente offereceu um jantar

dp quarenta talheres na quinta de

VilU F ôr. ^ *

Toda a cidade de Guimarães es-

teve em festa; á noite houve bri-

lhantes iiluminações.

#

# #

Da esmola de 20£000 réis que

recebemos, e de que dêmos no-

ticia fal a-nos entregar aos pobres

que se seguem:

Gertrudes da Conceição,

Campo de Ourique.. 1£500

Velhinha da rua de Vicen-

te Borja 1£000

Carlota de Jesus 1£000

Maria da Conceição Go-

mes Ii5000

Gertrudes dos Santos M000

Candida Maria d'Assump-

çào 1«5000

Victoria dos Anjos 1£000

Total 7á500

# •

# #

Do anonymo E. M. recebemos a

quantia de 2:000 réis para ser en-

tregue a dois dos nossos pobres

mais necessitados. ,

Agradecemos.

Foram entregues a:

Francisca da Guia, rua das

Rosas, Figueira, pelo

nosso correspondente o

sr. Costa & C.a. i£000

Caetana Joaquina, rua

Nova da Palma, 33.. 1£000

Total.... 25000

#

# #

Foram entregues a Maria da

Conceição Pereira 500 réis que

recebemos do anenymo J. R.

Typographic 4o "Mari# Illisirt/o"

T. da «ftv*a.

Torres Vedras

f) ALMANACH 1LLUSTTA-

DO de Francisco Pastor, es-

tá á venda em casa do sr. Djoni-

sio de Carvalho.

Preço tOO rél»

Page 4: AflllfiNATl'BA II LUlBOl - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1884-04-16/j-1244-g_1884-04-16_item2/j...—Noticia de que f*lleceu na ci- dade de S. Joào da Barra Anto nio Cardoso Balerioue,

O H.mJTHè

BETTONILHAS

LIBERVTO TELLES í C.*

BETTON PLÁSTICO DUCOVNAU

ESTE eystema de trabalho tem applicação para o revestimento de paredes doa tanques ou de quaequer outros depoaitos para lí-

quidos, serve egualmente para pisos de terraços, celleiros, eiras, nu-

las, cosinhas, adegas, cavallariçap, armazéns, átrios, vestíbulos, pai- seios de ruas como se vê na rua Augusta defronte do n • 83, nos pas-

seios feitos recentemente na rua larga, e largo de 8. Roque, na ex-

Eiiçào. agrícola, sala d'abertura d'alfandrga grande do Lisboa na

portanie fabrica de Pinto & Comp.â, Ponte Nova, Alcantara, etc.

Nos átrios e vestibulos. em qualquer applicação que se deseje, pregam-se lindos desenhos, fingindo mármore ou mozaico, vide o

.balho feito no convento das Salleaias e Bolsa de de Lisboa.

Preços reduzidíssimos e obras garantidas

I£scri\>torios

Praça do Campo de Sant Anna

Domingo 20 de abril de 1884

DA PRESENTE EPOCÀ TÀDROMÁCUICA

fORRIDA de 13 touros pertencentes ao abastado U^^r o ex.-9

L sr. Emilio Infante, cavalleiro, Mourisca Jum or ^dar.lheiros

Robertos, Peixinhos, Sancho, Calabaça e Costa. Bilhetes 4 venda na

rua da Bitesga n.» 71 e na rua do Pnnc.pe n.° Dó.

Patent granite concrete

ETON GRAIS1T10 DOS SRS.

W. B. WILMS SON & G.1

BE NEW-CAKTLE «II THJE

A' porta d'Alfandega

cor-

Clui-

em

LUboa

Rua da Prata, 98, 1/

Porto

Rua de St.0 Idefonso, 394, 1.*

berdade"ê Praça"doa Restauradores. . _ .

E universalmente considerado o melhor syatema de pavimento

Sara ruas, cavallariças, adegas, eiras, cosinhas, casas <^ra-

ft, armazéns e para revestimento de tanque» e depoaitou ae

^^de uma duração extraordinaria, de cor agradavel, sem chei- ro algum e perfeitamente impremeavel á humidade.

Preços reduzidos e obras garantidas

Para esclarecimentos na rua da Magdalena. 1.*.

ÈSêÕS cabellos brancos

-t Côr Drímitira, com uma ou duas a^plicações, sem lavagem

uou- Ms ulí a do garantido por mais deSOannoH nem _ Casa salles. fundada em isso.

1 MQltfflETTI S#r de Emilio SALLES FILHO, tti«icft-rau dtM", 73, r« àt Tirkij», PIAIS. TKJDK-SH Xjlí PHHFUMAUlAb M BH CA64 I>t>8 CAB.LUUM.UU*

Depositos: A. R. Pinto, 55 57, rua Nova do Carmov,Madame Emi-

lia Antunes, 101, Praça de D. Pedro, em Lisboa.

cor

se

Por Intervenhas ds

retor de n.* A# O.

marães

QUARTA-FEIRA 16 do,c

rente mez, pelo meio dia »e

promoverá a venda em leilão, com

assistência do agente de seguro,

de 20 peças de cazimira com ava-

ria d'agua do mar, vindas de An- vers, no fardo marca J. N C. n.#

12:311, pelo vapor Ville du Pará,

dividido em lotes.

Novidade sem igual

OOR poucos dias. Pela 1.* vez 1 em Portugal, as afamadas

Irmãs Gigantes. Rua Augusta, 187

a 188.

QUEM precisar de homem de-

cente e capaz, para tratar

de algum doente ou acompanhar

pessoa de edade; dirija-se 4 rua

da Penha de França, 39, 1& se diz.

Cevallos

IfENDE SE uma parelha pre- * ta muito trotadora e perfei-

tamente ensinada e trata-»e d'aius-

te. Rua das Prdras Negras, 28.

Direcção de fiscalisa-

çâo de caminhos

de ferro de Leste

e Norte

CTAZ-SE publico que até 'ás 3

* horas da tarde do dia 29 do

corrente, se recebem na secreta-

ria d'esta direcção, no ministério

das obras publicas, propostas em

carta fechada, para o forneci-

mento de um armario (em tres

corpos), de vinhatico em portas

de vidros.

As condições e desenho respec-

tivo acham-6e patentes na secre-

taria da referida direcção, todos

os dias em que estiver aberta a

do ministério das obras publicas,

desde as 10 horas da manhã até

ás 3 da tarde. O director

L. V. U Coeq. _

Casa de penhores

Rua das Mercês, 106, (Ajiáa)

à VISAM-SE os mutuários em a atraso de tres mezes, para

reformarem os contractos até ao

dia 18 do corrente, sob pena do

se lhes venderem os objectos.

■AGUA SALLES!

IVIontemór-o-Novo

10 TOIROS 10 TOUROS

Quinta feira 1 de maio de 1884

Inauguração da presente época tauromachica

GRANDIOSA corrida de iO touros apartados das vastas manadas

que possue o oppulento lavrador de Coruche o exmo sr. dr. Ma-

nuel Duarte Laranja, lomam parte n'esta grandiosa corrida por espe-

cial obsequio á eropreza os distinctos amadores Alfredo Chaves Tino-

co da Silva e D. Luiz. do Rego da Fonseca Magalhães, assim como os

distinctos bandarilheiros Irmãos Robertos, José Joaquim Peixinho e

João Maria da Costa.

Preços os do costume

Companh ia real dos

caminhos de ferro

portuguezes

viso ao publico

1CHANDO-8E restabelecida a

circulação aa linha hes|>a-

nhola de Barceloaa á fronteira

franceaa (-mpalraede Mataro) po

dem admittir-se expediçõ a em

grande ou pequeaa velocidnde pa

ra as est çoes maia alem de Masnon, ticando por tanto sem

effeito o aviso de 2 de abril cor-

1 Lisboa, 12 4e abril de 1884.

' namKh clã* nênlioran

Bom emprego de capital

MO dia 22 do corrente mrz de abril, ao meio dia, ae hão de ven ^ der em hasta publica, por execução hypothecary no tribunal da

Boa Hora, 3.4 vara, eserivao Junqueira, os prédios livres, abaixo ae-

Bignados^a re(^Q ^ trave88a da Boa Hora, 72, freguezia da Ajuda,

em Belem, construído ha trea annos, e se compoe de rez-do-chao,

com 7 divisões, sendo 5 espaçosas, e l." andar com 8 divisões eguaes,

portão de ferro e escada de pedra,e qumtal mur^o, aja finado tom caramanhão ao centro; anda arrendado por 1123000 .éis e foi avalia-

do tudo em 1:500$000 réis porque vae á praça. 2* Um outro prédio também construído ha tres ^ annos, na ai ta

travêasa e freguezia, com os n." 73 a 77, e se compoe de rústico e

urbano, sendo a parte rústica uma porção de terreno de semeadura,

murado pelo Sul, o qual rende actualmente 12^000 réis e a parte ur-

bana compòe-se de caves que estão por dividir,^ e que com pouco dispêndio se podem arrendar, e 5 casas abarracaaas, contendo rada

uma 6 boas divisões e que andam arrendadas por réis 4o$OOU cada uma, ou réis 202S500 todas. .

Foi tudo avaliado em réis 3:277&>00 porque vae á praça.

3 • Um assento de casas construídas na mesma epoeha, na traves-

sa de D. Vasco, n •• 1 a 4 na dita freguezia, e se compoe de rez-do

chão com 4 habitações, e caia habitaçâ i de 4 compartimentos regu-

lares, rendendo annualmente ÍOWOOO réis, foi avaliado em 1.512^000

réis porque va* á prnça. . .. „

As rendas são muito baixas, assim como as avaliações.

No loeal indicado se mostram as referidas propriedades.

Leilão do espolio da falle-

cida actriz Emilia das

Neves

AUE deve ter logar domingo 20 e sfgunda feira 21 do corrente

" no largo do Carmo n.« 15, 2.*, ás 11 horas, o qual nao se taz na

residencia da fali- cida por a casa ser p. quena, constando, do magni-

fico gu.rda-roupa em setins e veludos de seda, adereços de pedra-

riafl, mobilia estufada de pau santo, coberto de damasco de seda

r iu»iH^^urjebU8 Pereira I azul, ditos de carmezim e dita amarella, reoosteiros, lustre de chrys-

• seusfilhosD Maria da Gloria tal, espelho, alcatifa, grandea guarda-veatidoa de vinhatico, 8<;Creta-

Pereira e Joaquim Pereira proprie rias, .cofre de ferro, e outros objectos que estarão patentes no acto

tario da Adega 24 de Julno, An- I do leilão.

Agradecimento

O PRIOR de S. Thiago, Anto-

nio Maria Bello, profunda

mente reconhecido pelas muitas

provas de amisade e conaideração

que recebeu durante a enfermida-

de de que se está restabelecendo,

agradece por este meio, em quan-

to o não pôde fazer pessoalmente,

a todas as pessoas aue se digna- ram interessar se pela sua saúde.

D. MARIA do Carmo Vallado

e seu marido, José Maria

de Jesus Rangel, Nuno Maximian

no Rangel e suas esposas, D. Lu-

cianna Carolina Rangel de Miran-

da e marid »(ausentes), D. Joanna

Adelaide Pereira, D. Amelia Au-

f usta Banha e D. Marianna Ade-

aide e seus maridos. Joio Eusé-

bio da Camara, D. Virgínia An-

Selica Rangel, Henrique Carlos

langel e D. Anna Joaquina Vas

sallo Crespo, sobrinhos, primos e

testamenteira de D. Kmilia Jose

de Miranda, cumpram o doloroso

dever de participar o seu falleci-

m-nto e d avisar o seu sahimento

quarta feira 16 do conente, pelas

11 horas, d<> sua casa na rua dos

Arameiros, 11.

Phaetom-Breack

4RREIOS para um cavallo só.—

Paço da Rainha, 62.

21 de janeiro de 83

I I o do dia nove pareceu me

■-* que me era dirigido, fiquei com

immenso cuidado, «'lias nada me

dizem por isso nada sei. mas tu

és bom e só em ti confio, dize-me

que nunca olvidarás a tua mana

porque «Ha adora-te apaixonada-

mente. Escreve só por este jor-

nal sim? Oh! como é cruel o nos-

so viver.

Adeus. Adeus. Adeus.

REMÉDIO deAYER

CONTRA SEZÕES

(i3fXR"S AGUE CURE)

CURA BAPUaMEMTl E COM canzA

( as

iFebres Intermittenles

llRcrnittentes eBiliosas; as

Maleitas,os Calafrios. c TODAS AS

[olestias Paludosas. r

; Rim iixo Excíiuirt paia

féc Df.j.CAyCT«aAawiaMiMik

Vende-se nas principaes droga

rias e pbarmacias.

Agentes geraes Jame» Ca»-

neiN C.\ rua das Flores. n,#

130 —Porto i •

1»AKA 1884. A* venda ew L»çoa.

* (Algarve) em oaaa do sr. Do

lintros Farin. Pre«o 241).

Figueira

A ALMANACH ILLU8TRA-

DO de Francisco Pastor está

á venda no estabelecimento dos

■ra. Costa & C.*.

PREÇO 900 RÉIN

tonio José Pereira responsável do

talho municipal, á Pampulha,

João Pereira, agradecem muito

penhorados a todas as pessoas

que se dignaram prestar a ultima

homenagem ao seu faliecido ma-

rldp e irmão Manuel Pereira acom-

panhando o ao cemit- rio Orienta1,1 . , .c°v'

e bem assim áquellas de quem | ?todré< l'

tem recebido affectuosas demons

traçoes de pezar por tão lamen-

tav-1 acontecimento. Na impossi

bilidad«* de a todos agradecer pts

aoalmente, como era o seu dever,

por não aaber as suas moradas e

assim como pedem desculpa de

qualquer falta involuntária nos

convites devido ao estado de cons

temação em que se acham, ser-

vem se d'este nieio para deixarem

consignados os seus linceroa agra |

decimentos.

ttOS NOIVES

ou

CIMENTO HYDRAULICO

VENDE-SE desde 15 kilos até qualquer porção de metros cub»-

cos, no escriptorio de Germano Serrão Arnaud, 84, Cnes ric

Para Hamburgo e Bremen

Setúbal

Almanaeli da» senhora*

PARA 1884. Vende-se em cas»> 1 do sr.rf Althar & C.à, Praça de

Bocage.

1'osto medico

Largo do Intendente*

Soccorros medicos a qualquer

hora; analyses clinicas e vaccina-

çào.

C*nsnltas aos pobres ás 9 da

manhã.

Consultas de Francisco Stromp,

da { ás 3; de A. d'Ordaz das 3 aa

5 tarde.

Empreza Insulana de Nave-

gação

Com mandante

Caclano da Silva

Sae para a Ilha da Madeira,

Santa Maria, S. Miguel, Terceira

e Fayal, no dia 20 de abril, ás 10

horas da manhã.

Para carga e passageiros trata-

se na agencia, Caes do Sodré, 84,

2.* andar. Os agentes

Germano Serrão Arnaud.

0 vapor

The Pacific Steam Navigation Company

Para o Rio de Janeiro, Montevideo

Buenos-Afes, Velparaizo, Ârica, Islayc Callau

0 GLOBO

ALMANACH illuotrado para

** 1884. A' venda eea todas as

livrarias, kiosques, tabacarias, pa-

C* xias e camarotsiroe dos tnoa-

.

SAIBAO OS PAQUETES

Preço «e rél»

AFIòrdosTrigaes

rOMEDIA em um acto, em

verso, original de Augusto de

i^eerda, e actualmente em scena

mo thoatro de D. Maria 2.». A' venda em todas as livrarias.

N. B.—Presta-se para theatros

articularei por ter apenai tres

A crysalida

('OMEDIA em um acto, imita-

^ da do italiano por Guiomar

Torrezão, representada cora ap-

plnuso no theatro de D. Maria.

Esta finissima comedia, que

conta só tres personagens, é mai-

to propria para theatros particu-

lares,

A' venda nas prineipaes livra-

rias e na agencia thentral editora,

rua da Magdalena. 2S0,1.*

Preço HO rél»

PORTUGAL

Chegou e sae hoje, 16 do corrente de tarde.

Para carga e passagens trata-se no Caes

do Sodré, 64, l.°

OS ACEMTE8

1a. Pinto Basto & C.'

I | «Araacanla a 28 de mai*

| «alicia a 13 de junho.

•Paiacon»a a 30 de abril.

Valparaiso a 43 de maio.

•Os paquetes Patagonfla e Araacanla farão ascala por Paf-

nanbuco • Bahia para onde só webem malas • passageiro!

Fax-se abatimento áj família que viajares para os portei éD

Braiil e Rio da Prata.

Na passagem de 3.» olasse por estes magnificou vapora. ws^BI

clnido vinho á hora da comida, cama, roupa, etc.

A bordo ha criados, cosinheiros portugueacs • mediooflé Para carga o passareis trata-se com os

No Porto

Faset Ftrrmra PM* Baste,

Lane im 8* Jofto Novo, Vk