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Direito Administrativo – LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. Título I – Capítulo Único – Das Disposições Preliminares Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais. Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público. Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão. Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei. Título II – Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição Capítulo I – Do Provimento Seção I – Disposições Gerais Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público: I – a nacionalidade brasileira; II – o gozo dos direitos políticos; III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais; IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; V – a idade mínima de dezoito anos; VI – aptidão física e mental. §1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei. §2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. §3º As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.515, de 20.11.97) Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder. Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. Art. 8º São formas de provimento de cargo público: I – nomeação; II – promoção; III – (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) IV – (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) V – readaptação; VI – reversão; VII – aproveitamento; VIII – reintegração; IX – recondução. Seção II – Da Nomeação Art. 9º A nomeação far-se-á: I – em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira; II – em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos. Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade. Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade. Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública Federal e seus regulamentos. Seção III – Do Concurso Público Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas. Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. §1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circulação. §2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado. Seção IV – Da Posse e do Exercício Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. §1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento. §2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo será contado do término do impedimento. §3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica. §4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação. §5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública. §6º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo previsto no §1º deste artigo. Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial. Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.

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Direito Administrativo – LEI Nº 8.112, DE 11 DEDEZEMBRO DE 1990Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis daUnião, das autarquias e das fundações públicas federais.

Título I – Capítulo Único – Das Disposições Preliminares

Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores PúblicosCivis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, edas fundações públicas federais.

Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmenteinvestida em cargo público.

Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições eresponsabilidades previstas na estrutura organizacional quedevem ser cometidas a um servidor.Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos osbrasileiros, são criados por lei, com denominação própria evencimento pago pelos cofres públicos, para provimento emcaráter efetivo ou em comissão.

Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casosprevistos em lei.

Título II – Do Provimento, Vacância, Remoção,Redistribuição e SubstituiçãoCapítulo I – Do ProvimentoSeção I – Disposições Gerais

Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:

I – a nacionalidade brasileira;II – o gozo dos direitos políticos;III – a quitação com as obrigações militares e eleitorais;IV – o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;V – a idade mínima de dezoito anos;VI – aptidão física e mental.

§1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outrosrequisitos estabelecidos em lei.§2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direitode se inscrever em concurso público para provimento de cargocujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que sãoportadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte porcento) das vagas oferecidas no concurso.§3º As universidades e instituições de pesquisa científica etecnológica federais poderão prover seus cargos com professores,técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e osprocedimentos desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.515, de 20.11.97)

Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato daautoridade competente de cada Poder.

Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

Art. 8º São formas de provimento de cargo público:

I – nomeação;II – promoção;III – (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)IV – (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)V – readaptação;VI – reversão;VII – aproveitamento;VIII – reintegração;IX – recondução.

Seção II – Da Nomeação

Art. 9º A nomeação far-se-á:

I – em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado deprovimento efetivo ou de carreira;II – em comissão, inclusive na condição de interino, para cargosde confiança vagos. Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou denatureza especial poderá ser nomeado para ter exercício,interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo dasatribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deveráoptar pela remuneração de um deles durante o período dainterinidade.

Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado deprovimento efetivo depende de prévia habilitação em concursopúblico de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem declassificação e o prazo de sua validade.Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e odesenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção,serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema decarreira na Administração Pública Federal e seus regulamentos.

Seção III – Do Concurso Público

Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos,podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a leie o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada ainscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital,quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipótesesde isenção nele expressamente previstas.

Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos,podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.

§1º O prazo de validade do concurso e as condições de suarealização serão fixados em edital, que será publicado no DiárioOficial da União e em jornal diário de grande circulação.§2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidatoaprovado em concurso anterior com prazo de validade nãoexpirado.

Seção IV – Da Posse e do Exercício

Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, noqual deverão constar as atribuições, os deveres, asresponsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, quenão poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer daspartes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.

§1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados dapublicação do ato de provimento. §2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicaçãodo ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V doart. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII,alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o prazo serácontado do término do impedimento. §3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica.§4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo pornomeação. §5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens evalores que constituem seu patrimônio e declaração quanto aoexercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.§6º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse nãoocorrer no prazo previsto no §1º deste artigo.

Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeçãomédica oficial.Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgadoapto física e mentalmente para o exercício do cargo.

Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargopúblico ou da função de confiança.

§1º É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargopúblico entrar em exercício, contados da data da posse. §2º O servidor será exonerado do cargo ou será tornado semefeito o ato de sua designação para função de confiança, se nãoentrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado odisposto no art. 18. §3º À autoridade competente do órgão ou entidade para onde fornomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exercício. §4º O início do exercício de função de confiança coincidirá com adata de publicação do ato de designação, salvo quando o servidorestiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo legal,hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término doimpedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação.(Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício doexercício serão registrados no assentamento individual doservidor.Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará aoórgão competente os elementos necessários ao seu assentamentoindividual.

Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que écontado no novo posicionamento na carreira a partir da data depublicação do ato que promover o servidor.

Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município emrazão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ouposto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo,trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para aretomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo,incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamentopara a nova sede.

§1º Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ouafastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo serácontado a partir do término do impedimento. (Parágraforenumerado e alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)§2º É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos nocaput. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada emrazão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos,respeitada a duração máxima do trabalho semanal de quarentahoras e observados os limites mínimo e máximo de seis horas eoito horas diárias, respectivamente. (Redação dada pela Lei nº8.270, de 17.12.91)

§1º O ocupante de cargo em comissão ou função de confiançasubmete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observadoo disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre quehouver interesse da Administração. §2º O disposto neste artigo não se aplica a duração de trabalhoestabelecida em leis especiais. (Incluído pela Lei nº 8.270, de17.12.91)

Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo deprovimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por períodode 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão ecapacidade serão objeto de avaliação para o desempenho docargo, observados os seguinte fatores:

I – assiduidade;II – disciplina;III – capacidade de iniciativa;IV – produtividade;

V- responsabilidade.

§1º 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágioprobatório, será submetida à homologação da autoridadecompetente a avaliação do desempenho do servidor, realizada porcomissão constituída para essa finalidade, de acordo com o quedispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo,sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatoresenumerados nos incisos I a V do caput deste artigo.§2º O servidor não aprovado no estágio probatório seráexonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormenteocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. 29.§3º O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquercargos de provimento em comissão ou funções de direção, chefiaou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somentepoderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargosde Natureza Especial, cargos de provimento em comissão doGrupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS, de níveis 6, 5e 4, ou equivalentes.§4º Ao servidor em estágio probatório somente poderão serconcedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81,incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participarde curso de formação decorrente de aprovação em concurso paraoutro cargo na Administração Pública Federal.§5º O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e osafastamentos previstos nos arts. 83, 84, §1º, 86 e 96, bem assimna hipótese de participação em curso de formação, e seráretomado a partir do término do impedimento.

Seção V – Da Estabilidade

Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e empossadoem cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviçopúblico ao completar 3 (dois) anos de efetivo exercício. (Alteradopela EC 19/98)

Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude desentença judicial transitada em julgado ou de processoadministrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampladefesa.

Seção VI – Da Transferência

Art. 23. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Seção VII – Da Readaptação

Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo deatribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação quetenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada eminspeção médica.

§1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando seráaposentado.§2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins,respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade eequivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência decargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente,até a ocorrência de vaga.

Seção VIII – Da Reversão

Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:

I – por invalidez, quando junta médica oficial declararinsubsistentes os motivos da aposentadoria; ou II – no interesse da administração, desde que: a) tenha solicitado a reversão; b) a aposentadoria tenha sido voluntária; c) estável quando na atividade;

d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores àsolicitação; e) haja cargo vago.

§1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultantede sua transformação. §2º O tempo em que o servidor estiver em exercício seráconsiderado para concessão da aposentadoria. §3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, oservidor exercerá suas atribuições como excedente, até aocorrência de vaga. §4º O servidor que retornar à atividade por interesse daadministração perceberá, em substituição aos proventos daaposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer,inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebiaanteriormente à aposentadoria. §5º O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventoscalculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menoscinco anos no cargo. §6º O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo.

Art. 26. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de4.9.2001)

Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tivercompletado 70 (setenta) anos de idade.

Seção IX – Da Reintegração

Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável nocargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de suatransformação, quando invalidada a sua demissão por decisãoadministrativa ou judicial, com ressarcimento de todas asvantagens.

§1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará emdisponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.§2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupanteserá reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenizaçãoou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto emdisponibilidade.

Seção X – Da Recondução

Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargoanteriormente ocupado e decorrerá de:

I – inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;II – reintegração do anterior ocupante.

Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, oservidor será aproveitado em outro, observado o disposto no art.30.

Seção XI – Da Disponibilidade e do Aproveitamento

Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuiçõese vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará oimediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vagaque vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da AdministraçãoPública Federal.Parágrafo único. Na hipótese prevista no §3º do art. 37, o servidorposto em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidadedo órgão central do Sistema de Pessoal Civil da AdministraçãoFederal – SIPEC, até o seu adequado aproveitamento em outroórgão ou entidade.

Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada adisponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazolegal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.

Capítulo II – Da Vacância

Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:

I – exoneração;II – demissão;III – promoção;IV – (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)V – (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)VI – readaptação;VII – aposentadoria;VIII – posse em outro cargo inacumulável;IX – falecimento.

Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido doservidor, ou de ofício. A exoneração de ofício dar-se-á:I – quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;II – quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar emexercício no prazo estabelecido.

Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa defunção de confiança dar-se-á: I – a juízo da autoridade competente;II – a pedido do próprio servidor.

EXERCÍCIOS

Julgue as assertivas a seguir atribuindo C para as corretas e Epara as erradas:

1 ( ). A lei nº. 8.112/90 institui o regime jurídico dos servidorespúblicos civis da União, dos Estados, DF e Municípios, excluindo osservidores das autarquias em regime especial, que são regidas porlegislação especial.2 ( ). Conforme a Lei n°. 8.112 de 11 de dezembro de 1990,servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.3 ( ). Servidor público é a pessoa que ocupa cargo públicopossuindo vínculo estatutário.4 ( ). Empregado público é a pessoa legalmente investida emcargo público possuindo vínculo contratual com a Administração.5 ( ). Cargo público é o conjunto de atribuições eresponsabilidades cometidas a um servidor. 6 ( ). Os cargos públicos, criados por decreto, são paraprovimento em caráter efetivo ou em comissão.7 ( ). Os cargos públicos, criados por lei, são acessíveis somenteaos brasileiros natos.8 ( ). Tanto o cargo efetivo quanto o cargo em comissão são delivre nomeação e exoneração.9 ( ). Os cargos em comissão poderão ser exercidos somentepara atividades de direção, chefia e assessoramento.10 ( ). Os servidores temporários ocupam cargo público, porémnão é obrigatória a realização de concurso público.11 ( ). A Lei n°. 8.112/90 prevê o provimento de cargos públicospara estrangeiros.12 ( ). Os servidores poderão ser regidos pelo regime estatutárioe trabalhista.13 ( ). Os servidores públicos devem ser regidos por um regimejurídico único.14 ( ). O nível de escolaridade, entre outros, é requisito para ainvestidura em cargo público.15 ( ). São requisitos básicos para investidura em cargo público,entre outros, a nacionalidade brasileira, aptidão física e mental, ogozo dos direitos políticos e a quitação com as obrigaçõeseleitorais.

16 ( ). A nacionalidade brasileira, requisito básico parainvestidura em cargo público, abrange os natos, naturalizados eportugueses equiparados.17 ( ). É assegurado aos portadores de deficiência o direito de seinscrever em qualquer concurso público, na qualidade dedeficiente físico.18 ( ). Aos portadores de deficiência serão reservadas 20% dasvagas oferecidas no concurso.19 ( ). As universidades e as instituições de pesquisa científica etecnológica federais poderão prover seus cargos cora professores,técnicos e cientistas estrangeiros.20 ( ). A investidura do cargo público ocorrerá com o exercício.21 ( ). O provimento de todos os cargos públicos far-se-ámediante ato do Presidente da República.22 ( ). Readaptação não representa forma de provimento, massim de vacância.23 ( ). A Lei n°. 8.112/90 estabelece como formas deprovimento, entre outras, a nomeação, promoção, ascensão,aproveitamento e a readaptação.24 ( ). Nomeação é a forma de provimento originária.25 ( ). O ato de nomeação far-se-á em caráter efetivo paracargos de confiança vagos.26 ( ). A nomeação far-se-á em comissão, inclusive na condiçãode interino, para os cargos de confiança vagos.27 ( ). O servidor ocupante de cargo em comissão ou denatureza especial poderá ser nomeado para ter exercício,interinamente, em outro cargo de confiança, hipótese em quedeverá optar pela remuneração de um deles.28 ( ). O concurso será de provas ou de provas e títulos, e, suavalidade, será de até 2 anos, podendo ser prorrogado uma únicavez, por igual período.29 ( ). O prazo de validade do concurso e as condições de suarealização serão fixados em lei.30 ( ). De acordo com a Lei n°. 8.112/90, não se abrirá novoconcurso enquanto houver candidato aprovado em concursoanterior com prazo de validade não expirado.31 ( ). A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, noqual deverão constar somente as atribuições inerentes ao cargoocupado.32 ( ). O candidato nomeado que não tomar posse seráexonerado.33 ( ). O candidato aprovado dentro do número de vagas temdireito subjetivo a nomeação.34 ( ). O candidato que tomar posse e não entrar em exercícioserá demitido.35 ( ). A investidura do cargo público ocorrerá com a posse.36 ( ). O servidor terá o prazo de 30 dias, contados da data daposse, para entrar em exercício.37 ( ). A posse ocorrerá no prazo de 30 dias, contados da datada publicação do ato de provimento.38 ( ). Segundo a Lei n°. 8.112/90, a posse poderá ocorrer pormeio de procuração específica.39 ( ). Só haverá posse nos casos de provimento de cargo pornomeação, comissão e ascensão.40 ( ). No ato da posse, é facultado ao servidor apresentardeclaração de bens e valores.41 ( ). No ato da posse, o servidor apresentará declaraçãoquanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou funçãopública.42 ( ). A posse independe de prévia inspeção médica oficial.43 ( ). Exercício é o efetivo desempenho das funções do cargo.44 ( ). Em regra, o início do exercício de função de confiançacoincidirá com a data do ato de provimento.45 ( ). O início, a suspensão, a interrupção e o reinicio doexercício serão registrados no assentamento individual doservidor.46 ( ). No ato da posse, o servidor apresentará ao órgãocompetente os elementos necessários ao seu assentamentoindividual.47 ( ). A promoção interrompe o tempo de exercício.

48 ( ). Um indivíduo aprovado em concurso público deve passarpelas seguintes fases: posse, nomeação e exercício, nesta ordem.49 ( ). O servidor que for removido, redistribuído, requisitado,cedido ou posto em exercício provisório em outro município terá oprazo máximo de 15 dias, contados da publicação do ato, para aretomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo.50 ( ). A duração máxima do trabalho semanal será de quarentae quatro horas, observados os limites diários.51 ( ). O servidor ocupante de cargo em comissão ou função deconfiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço.52 ( ). Em regra, o servidor não aprovado em estágio probatórioserá exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargoanteriormente ocupado.53 ( ). Estágio probatório é o período em que se avalia a aptidãoe a capacidade do servidor para o exercício do cargo.54 ( ). A produtividade do servidor não será objeto de avaliaçãopara o desempenho do cargo.55 ( ). Durante o estágio probatório, o servidor será avaliadoapenas pela assiduidade, pontualidade, responsabilidade edisciplina.56 ( ). Seis meses antes de concluir o período do estágioprobatório, a avaliação de desempenho do servidor serásubmetida à homologação da autoridade competente.57 ( ). O servidor reprovado em estágio probatório será demitidose não for estável.58 ( ). Não é permitido ao servidor em estágio probatórioexercer função de direção, chefia ou assessoramento.59 ( ). O período de estágio probatório ficará suspenso, emtodos os casos, quando o servidor for afastado para estudo oumissão no exterior.60 ( ). Ao servidor em estágio probatório poderá ser concedidalicença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro.61 ( ). O servidor em estágio probatório poderá ser afastadopara exercício de mandato classista.62 ( ). No estágio probatório, poderá ser concedido ao servidor,afastamento para participar de curso de formação decorrente deaprovação em concurso para outro cargo na Administração PúblicaFederal.63 ( ). Conquistará estabilidade no serviço público, o servidorque completar 2 anos de efetivo exercício.64 ( ). O servidor estável perderá o cargo somente em virtudede sentença judicial, sendo assegurada ampla defesa.65 ( ). A investidura de servidor em cargo compatível comlimitação, mental ou física, sofrida denomina-se readaptação.66 ( ). A readaptação será efetivada em cargo de atribuiçõesafins, podendo sofrer alterações nos vencimentos; e inexistindocargo vago, o servidor ficará em disponibilidade.67 ( ). Aproveitamento é uma das formas de vacância queconstitui o retorno do servidor que estava em disponibilidade.68 ( ). Reversão é o retorno do servidor demitido injustamente.69 ( ). No interesse da Administração, o servidor poderá serrevertido desde que, entre outros requisitos, tenha solicitado areversão e estável quando na atividade.70 ( ). A reversão do servidor aposentado poderá ocorrer desdeque o servidor tenha no máximo setenta e cinco anos de idade.71 ( ). A reversão ocorrerá no mesmo cargo ou no cargoresultante de sua transformação.72 ( ). Quando declarado por junta médica oficial que os motivosda aposentadoria são insubsistentes, o servidor será revertido.Encontrando-se provido o cargo, o servidor ficará emdisponibilidade até a ocorrência de vaga.73 ( ). Reintegração é uma forma de provimento que consiste nareinvestidura do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado,quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa oujudicial.74 ( ). Quando ocorrer a reintegração e o cargo tiver sidoextinto, o servidor exercerá suas atribuições como excedente.75 ( ). A reintegração é a reinvestidura do servidor estável nocargo anteriormente ocupada Encontrando-se provido o cargo, oseu eventual ocupante será revertido ao cargo de origem.