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    1 ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO

    1.1 - OBJETIVOS DO ESTADO

    Para a promoo do bem comum o Estado pratica as seguintes atividades :

    I) Obteno de Recursos - Receita Pblica;II) Utilizao dos Crditos Pblicos Emprstimos;III) Gerenciamento dos recursos e dos gastos efetuados Oramento Pblico;IV) Aplicao dos Recursos ( GASTOS) Despesa Pblica.

    1.2 - DIREITO FINANCEIRO

    Ramo do direito pblico que estuda aAtividade Financeira do Estado..

    1.3 - LEGISLA0 APLICVEL

    Lei 4.320/64Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaborao e controle dos oramentos e balanos da Unio,dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal.

    Lei Complementar 101/2000- Lei de Responsabilidade FiscalEstabelece normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal, com amparo noCaptulo II do Ttulo VI da Constituio.

    1.4 - ORAMENTO PBLICO

    1.4.1. Conceito: instrumento de planejamento que contm a discriminao da receita e despesa pblica deforma a evidenciar a poltica econmica, financeira e o programa de trabalho do governo para um perodo(exerccio financeiro).

    Art. 34 da Lei 4.320/64: O exerccio financeiro coincidir com o ano civil.

    1.4.2. Natureza Jurdica: LEI, em sentido formal, pois se submete ao processo legislativo

    Art. 165 da Constituio Federal :

    Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecero:I - o plano plurianual;II - as diretrizes oramentrias;III- os oramentos anuais.

    1.4.3. Caractersticas da Lei Oramentria Anual:

    a) Lei Ordinria - aprovada por maioria simples;b) Processo Legislativo peculiar tramitao diferenciada, restries propositura de emendas e

    existncia de prazos para a sua elaborao, apreciao e aprovao.

    c) Lei de Vigncia Temporria vigora no exerccio financeiro a que se refere.

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    1.5 - CICLO ORAMENTRIO

    O ciclo oramentrio o perodo em que se efetivam as atividades inerentes ao processo oramentrio, a saber:

    1 Etapa :

    ELABORAO da proposta oramentria pelo Poder Executivo. Durante esta etapa o Poder Executivo recebedos demais Poderes, do Ministrio Pblico e do Tribunal de Contas as suas propostas oramentrias parciais

    para a devida consolidao da proposta oramentria do Ente, a ser enviada ao Legislativo.

    Nesta fase tambm so realizadas as consultas populares (oramento participativo);

    2 Etapa:

    APRECIAO E VOTAO dos projetos de leis oramentrias pelo Poder Legislativo;

    3 Etapa:

    EXECUO do oramento com a arrecadao de receitas e realizao de despesas. A etapa da execuocorresponde ao exerccio financeiro;

    4 Etapa:

    CONTROLE, avaliao interna e exame das contas pelos rgos competentes: Poder Legislativo, com o auxliodo Tribunal de Contas e o Controle Interno.

    1.6 - TIPOS DE ORAMENTO

    Determina a maneira como o oramento elaborado, segundo o regime poltico vigente. O Brasil j vivencioutrs tipos de oramentos Legislativo, Executivo e Misto.

    Hoje, o tipo utilizado no pas o Misto, sendo sua elaborao e execuo de competncia do Poder Executivo,cabendo ao Poder Legislativo sua aprovao e controle (CF de 1934, 1946, 1967 e 1988).

    1.7 - ESPCIES DE ORAMENTO

    O Oramento pblico sofreu, ao longo dos anos, uma evoluo conceitual, adotando-se algumas tcnicas para asua elaborao, conforme relacionadas a seguir:

    Oramento Clssico ou Tradicional: constitua-se em um instrumento contbil, onde sediscriminavam as receitas e despesas, tendo por base o oramento do exerccio anterior, sem qualquer

    preocupao com o atendimento das necessidades da coletividade ou com o planejamento dos objetivosa atingir.

    Oramento de Desempenho ou de Realizaes: uma evoluo do oramento Tradicional na medidaem que passa a se preocupar com o resultado dos gastos, buscando-se a definio dos propsitos eobjetivos para os quais os crditos se faziam necessrios, considerando-se as unidades de desempenho,os custos, etc.

    Oramento-Programa: A palavra programa revela um atributo, uma qualidade do oramentomoderno. O oramento-programa um instrumento de planejamento que permite identificar os

    programas, os projetos e as atividades que o Governo pretende realizar, alm de estabelecer os

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    objetivos, as metas, a responsabilidade, os custos (inclusive planejando para mais de um exercciofinanceiro), os resultados e oferecer maior transparncia aos gastos pblicos.

    A principal diferena em relao ao Oramento Tradicional e ao Oramento de Desempenho que noOramento-Programa (moderno) h uma clara interligao do SISTEMA ORAMENTRIO com o SISTEMADE PLANEJAMENTO.

    Neste tipo de oramento as despesas so classificadas por Funo do Estado e por Programas de trabalho -Classificao Funcional Programtica. A Classificao Funcional-Programtica apresenta-se com a estrutura deFuno, Sub Funo, Programa, Projeto, Atividade e Operaes Especiais

    Funo, considera-se o maior nvel de agregao das diversas reas de despesa que competem ao setorpblico.

    Exemplos: Legislativa;Segurana Pblica;Educao;Sade;Gesto Ambiental.

    Programa: o instrumento de organizao da ao governamental visando concretizao dos objetivos

    pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual;

    Exemplos : Iluminao pblica;

    Erradicao do trabalho infantil;

    Limpeza Pblica;

    Projeto: um instrumento de programao para alcanar o objetivo de um programa, envolvendo umconjunto de operaes, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansoou o aperfeioamento da ao de governo;

    Exemplos : Projeto Orla;Projeto Capibaribe melhor;Projeto Comunidade do Pilar

    Atividade: um instrumento de programao para alcanar o objetivo de um programa, envolvendo umconjunto de operaes que se realizam de modo contnuo e permanente, das quais resulta um produtonecessrio manuteno da ao de governo;

    Exemplos : Promoo da sade da Criana e do AdolescenteControle de Riscos a Sade

    Operaes Especiais: as despesas que no contribuem para a manuteno das aes de governo, dasquais no resulta um produto, e no geram contraprestao direta sob a forma de bens ou servios.

    Exemplos : Encargos da Dvida Interna;Compromissos decorrente de sentenas judiciais.

    Oramento Base Zero ou por Estratgia: constitui-se em uma tcnica para a elaborao dooramento-programa, que exige do administrador a justificativa detalhada dos recursos a seremutilizados a cada incio de um novo ciclo, sem compromisso com o montante de dispndios do exerccioanterior, partindo-se de uma nova base, ou seja, a base zero. Alm disso, dever haver uma anlise ereviso de todas as despesas propostas, com a criao de alternativas para facilitar a escala de

    prioridades na alocao dos recursos.

    Oramento Participativo: trata-se da participao da comunidade na proposta oramentria comoforma de descentralizar as decises, discutir as questes locais e gerar conscincia de participao docidado na coisa pblica. O artigo 48, da LRF, estabeleceu a obrigatoriedade da realizao dasaudincias pblicas durante a elaborao dos planos oramentrios.

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    2 - PRINCPIOS ORAMENTRIOS

    2.1. PRINCPIO DA UNIDADE

    Este princpio est prescrito no art. 2, da Lei 4320/64, que estabelece que o oramento se constituir numapea nica por Ente da Federao, ou seja, A Unio, cada Estado, cada Municpio e o Distrito Federal devemelaborar suas prprias leis oramentrias e, da, possuir um oramento nico.

    Com a existncia da multiplicidade de oramentos, houve uma reconceituao deste princpio que passou a serchamado pela doutrina de Princpio da Totalidade, de forma que permitisse a existncia das vrias peasoramentrias, com a obrigatoriedade de consolidao em cada esfera de governo, com o objetivo de se obteruma viso geral.

    A CF de 88 ratificou esse entendimento determinando que a Lei Oramentria Anual seja integrada peloOramento fiscal (OF), Oramento de Investimento das estatais (OI) e pelo Oramento da Seguridade Social(OSS), constituindo-se um oramento nico (nico documento).

    ART. 165, 5 DA CONSTITUIO FEDERALA lei oramentria anual compreender:

    I - o oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administraodireta e indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico;

    II - o oramento de investimento das empresas em que a Unio, direta ou indiretamente, detenha a maioriado capital social com direito a voto;

    III - o oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos a ela vinculados, daadministrao direta ou indireta, bem como os fundos e fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico.

    LOA = OF + OI + OSS

    Ainda, sob a tica deste princpio, o conjunto das leis oramentrias existentes: PPA Plano Plurianual, LDO Lei de Diretrizes Oramentrias e LOA, a unidadesignifica harmonia e compatibilidade;

    2.2. PRINCPIO DA UNIVERSALIDADE

    No oramento devem constar TODAS as receitas oramentrias e TODAS as despesasoramentrias da administrao pblica.

    ARTS. 3 e 4 da Lei 4.320/64Art. 3 A Lei de Oramentos compreender todas as receitas, inclusive as de operaes de crdito autorizadasem lei.

    Art. 4 A Lei de Oramento compreender todas as despesas prprias dos rgos do Governo e daadministrao centralizada, ou que, por intermdio deles se devam realizar, observado o disposto no artigo 2.

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    *****EXCEES :

    ***** 1 - Despesas e receitas extra-oramentrias, quais sejam:

    Art. 3 A Lei de Oramentos compreender todas as receitas, inclusive as de operaes de crdito autorizadasem lei.

    Pargrafo nico. No se consideram para os fins deste artigo as operaes de credito por antecipao dareceita, as emisses de papel-moeda e outras entradas compensatrias, no ativo e passivo financeiros .

    a) Receitas extra-oramentrias: As receitas extra-oramentrias compreendem os recursos que ingressaramna entidade pblica que no so recursos previstos no oramento, a saber:

    Antecipao de receitas oramentrias (ARO): So considerados AROS os emprstimos tomados paraequilibrar o fluxo de caixa das entidades pblicas, pois devem ser liquidados (pagos) dentro do prprioexerccio financeiro.

    ART. 38, Lei 101/2000Art. 38 A operao de crdito por antecipao de receita destina-se a atender insuficincia de caixa durante oexerccio financeiro e cumprir as exigncias mencionadas no art. 32 e mais as seguintes:I - realizar-se- somente a partir do dcimo dia do incio do exerccio;

    II - dever ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, at o dia dez de dezembro de cada ano;

    II) Emisses de papel moeda;

    III) Entradas compensatrias no ativo e passivos financeiros (Depsitos, caues, consignaes);

    Depsitos e Consignaes: Valores recebidos ou descontados de servidores ou de terceiros para seremrepassados a rgos pblicos ou mesmo particulares. Ex. Descontos do Imposto de Renda na Fonte;Desconto de penso alimentcia; Desconto da Contribuio Previdenciria; Aluguis e planos de sadedescontados na fonte;

    Caues:Valores descontados de prestadores de servios ou fornecedores para garantia de cumprimentode obrigaes contratuais ou recebido como caues para participao em processos licitatrios.

    b) Despesas extra-oramentrias: So as destinaes (pagamentos) dos recursos recebidos como extra-oramentrios; Logo, o fluxo normal a realizao da receita extra-oramentria para posteriormente ocorrera despesa extra-oramentria.

    ***** 2 - Smula 66 do STF: legitima a cobrana do tributo se houver sido criado aps o oramento, masantes do incio do respectivo exerccio financeiro

    2.3. PRINCPIO DO ORAMENTO BRUTO

    Todas as receitas e despesas constaro do oramento pelos seus VALORES TOTAIS, vedadas quaisquerdedues. As parcelas das receitas que uma entidade deva transferir a outra ser considerada despesa nooramento da entidade obrigada a fazer a transferncia e receita no oramento da entidade que as deva receber.

    Exemplo:FPM Fundo de Participao do Municpio (22,5% do IR e IPI arrecadados pela Unio) consta comodespesa no oramento da Unio e como Receita no oramento do Municpio;

    ART 6 DA LEI 4.320/64Todas as receitas e despesas constaro da Lei de Oramento pelos seus totais, vedadas quaisquer dedues.

    1 As cotas de receitas que uma entidade pblica deva transferir a outra incluir-se-o, como despesa, nooramento da entidade obrigada a transferncia e, como receita, no oramento da que as deva receber.

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    2.4. PRINCPIO DA ANUALIDADE

    O oramento estima receita e fixa a despesa por um perodo de 12 meses (Art. 2 da 4320/64 e Art. 34 da4320/64).

    Art. 34 da Lei 4.320/64: O exerccio financeiro coincidir com o ano civil.

    *****EXCEO: Crditos adicionais (especiais e extraordinrios) com vigncia plurianual

    ART. 167, 2 da CONSTITUIO FEDERALOs crditos especiais e extraordinrios tero vigncia no exerccio financeiro em que forem autorizados, salvose o ato de autorizao for promulgado nos ltimos quatro meses daquele exerccio, caso em que, reabertos noslimites de seus saldos, sero incorporados ao oramento do exerccio financeiro subseqente.

    .2.5. PRINCPIO DE EXCLUSIDADE

    O oramento deve conterApenas matria oramentria, ou seja: estimativa da receita e fixao da despesa

    ART. 165, 8 da CF

    A lei oramentria anual no conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa, no seincluindo na proibio a autorizao para abertura de crditos suplementares e contratao de operaes decrdito, ainda que por antecipao de receita, nos termos da lei.

    ART. 7 DA LEI 4.320/64A Lei de Oramento poder conter autorizao ao Executivo para:

    I - Abrir crditos suplementares at determinada importncia obedecidas as disposies do artigo 43;

    II - Realizar em qualquer ms do exerccio financeiro, operaes de crdito por antecipao da receita, paraatender a insuficincias de caixa.

    1 Em casos de dficit, a Lei de Oramento indicar as fontes de recursos que o Poder Executivo ficaautorizado a utilizar para atender a sua cobertura.

    2 O produto estimado de operaes de crdito e de alienao de bens imveis somente se incluir nareceita quando umas e outras forem especificamente autorizadas pelo Poder Legislativo em forma que

    jurdicamente possibilite ao Poder Executivo realiz-las no exerccio.

    3 A autorizao legislativa a que se refere o pargrafo anterior, no tocante a operaes de crdito,poder constar da prpria Lei de Oramento.

    *****EXCEES: autorizaes para:

    a) Abertura de crditos suplementaresb) Contratao de operaes de crdito, ainda que ARO.

    2.6. PRINCPIO DA ESPECIFICAO (ESPECIALIZAO OU DISCRIMINAO)As receitas e as despesas devem ser especificadas no oramento, no podendo constar rubricas (receitas) oudotaes (despesas) globais ou genricas (Arts. 5 e 15 da 4320/64).

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    *****EXCEES

    *****1- Reserva de Contingncia (dotao global destinada a cobrir passivos contingentes e outros riscosfiscais ao longo do exerccio);

    ART. 5 DA LEI 101/2000O projeto de lei oramentria anual, elaborado de forma compatvel com o plano plurianual, com a lei dediretrizes oramentrias e com as normas desta Lei Complementar:

    III - conter reserva de contingncia, cuja forma de utilizao e montante, definido com base na receita correntelquida, sero estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias, destinada ao:

    b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. 4 vedado consignar na lei oramentria crdito com finalidade imprecisa ou com dotao ilimitada.

    *****2- Programas Especiais de Trabalho

    Art. 20, 4320/64Os investimentos sero discriminados na Lei do Oramento segundo os projetos de obras e de outrasaplicaes.

    Pargrafo nico. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, no possam cumprir-sesubordinadamente s normas gerais de execuo da despesa podero ser custeadas por dotaes globais,classificadas entre as Despesas de Capital.

    2.7. PRINCPIO DA NO AFETAO (NO VINCULAO) DA RECEITA vedada a vinculao da receita de IMPOSTOS a rgos, fundos e despesas Art. 167, IV, da CF.

    *****EXCEES :

    ART. 167, IV DA CONSTITUIO FEDERAL..., ressalvadas a repartio do produto da arrecadao dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, adestinao de recursos para as aes e servios pblicos de sade, para manuteno e desenvolvimento doensino e para realizao de atividades da administrao tributria, como determinado, respectivamente, pelosarts. 198, 2, 212 e 37, XXII, e a prestao de garantias s operaes de crdito por antecipao de receita,

    previstas no art. 165, 8, bem como o disposto no 4 deste artigo;

    I) Transferncias constitucionais de impostos - Art. 158 e 159 da CF;

    II) Aplicao de percentuais mnimos da receita de impostos na manuteno e desenvolvimento do ensino Art. 212, da CF;

    III) Aplicao de percentuais da receita de impostos nas aes e servios pblicos de sade - Art. 198, 2DA CF;

    IV) Prestao de garantias s operaes de crdito por antecipao de receita (ARO) Art. 165, 8;

    V) A Vinculao impostos estaduais e municipais para prestao de garantia ou contragarantia Unio,assim como para pagamento de dbitos para com esta (a Unio) - Art. 165, 4;

    VI) Fundos criados por meio de Emenda Constituio que vinculem receitas de impostos (Ex.: Fundo decombate pobreza Art. 80, do ADCT);

    VII) facultada a vinculao da receita tributria lquida a programas de apoio a incluso e promoo social

    e ao financiamento de programas culturais (at cinco dcimos por cento) - Art. 204, pargrafo nico eArt. 216, 6 , da CF.

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    2.8. PRINCPIO DA PUBLICIDADE ou TRANSPARNCIA

    Todos os atos relacionados ao oramento bem como os relacionados sua execuo devem ser amplamentedivulgados, de maneira clara, simples e legvel, pela imprensa oficial, pela internet, etc. Art. 37, caput, da CF

    ART. 165, 3 , da CFO Poder Executivo publicar, at trinta dias aps o encerramento de cada bimestre, relatrio resumido da

    execuo oramentria.

    Os Artigos 52 e 53 da LRF tambm tratam da publicao do RREO e do RGF.

    ART. 48 DA LRFSo instrumentos de transparncia da gesto fiscal, aos quais ser dada ampla divulgao, inclusive em meioseletrnicos de acesso pblico: os planos, oramentos e leis de diretrizes oramentrias; as prestaes de contase o respectivo parecer prvio; o Relatrio Resumido da Execuo Oramentria e o Relatrio de Gesto Fiscal;e as verses simplificadas desses documentos.Pargrafo nico. A transparncia ser assegurada tambm mediante incentivo participao popular erealizao de audincias pblicas, durante os processos de elaborao e de discusso dos planos, lei de

    diretrizes oramentrias e oramentos.

    2.9 PRINCPIO DO EQUILBRIO

    Este princpio determina que as Receitas e despesas devam ter o mesmo valor, ou seja, no deve haveroramento deficitrio (despesas de valor maior que as receitas) ou superavitrio (receitas de valor maior que asdespesas).

    Art. 4 DA LRF

    A lei de diretrizes oramentrias atender o disposto no 2 do art. 165 da Constituio e:I - dispor tambm sobre:a) equilbrio entre receitas e despesas;

    *****EXCEO

    ART. 166, 8 , da CFOs recursos que em decorrncia de veto, emenda ou rejeio do projeto de lei oramentria anual, ficarem semdespesas correspondentes podero ser utilizados, conforme o caso, mediante crditos especiais ousuplementares, com prvia e especfica autorizao legislativa.

    2.10 PRINCPIO DO ESTORNO DE VERBAS

    ART. 167, VI e VIII, da CFSo vedados:VI a transposio, o remanejamento ou a transferncia de recursos de uma categoria de programao paraoutra ou de um rgo para outro, sem prvia autorizao legislativa;

    VIII a utilizao, sem autorizao legislativa especfica, de recursos dos oramentos fiscal e da seguridade

    social para suprir necessidades ou cobrir dficit de empresas, fundaes e fundos, inclusive dos mencionadosno art. 165, 5 ;

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    2.11. PRINCPIO DA PRECEDNCIA

    A aprovao do oramento deve ocorrer antes do exerccio financeiro a que se refere, conforme prescreve a CF,no Art. 35 do ADCT, que determina que as leis oramentrias sejam encaminhadas, votadas e sancionadas at oencerramento da sesso legislativa de um exerccio financeiro para vigncia no incio do exerccio seguinte.

    2.12. PRINCPIO DA LEGALIDADE

    ART. 167, I e II, da CFSo vedados:I o incio de programas ou projetos no includos na lei oramentria anual;II a realizao de despesas ou a assuno de obrigaes diretas que excedam os crditos oramentrios ouadicionais;

    *****EXCEO

    ART. 167, 3 , da CF

    So vedados: 3 A abertura de crdito estrordinrio somente ser adminitda para atender a despesas imprevisveis eurgentes, como as decorrentes de guerra, comoo interna ou calamidade pblica, observado o disposto no art.62.

    2.12. PRINCPIO DA PROGRAMAO

    Fundamenta-se na obrigatoriedade de especificar os gastos por meio de programas de trabalho, que consistemem instrumentos de organizao das aes governamentais, permitem a identificao dos objetivos e metas aserem atingidos, sendo mensurados por indicadores estabelecidos no Plano Plurianual.

    3 - ORAMENTO, ELABORAO E APROVAO

    3.1- LEIS ORAMENTRIASA Constituio Federal, em seu artigo 165 estabelece trs leis que tratam dos oramentos pblicos:

    ART. 165 da CF:Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecero:

    I - o plano plurianual;II - as diretrizes oramentrias;III- os oramentos anuais.

    A iniciativa do encaminhamento das peas oramentrias privativa e indelegvel do Chefe do PoderExecutivo, conforme prescrito no artigo 84, da CF.ART. 84, DA CF:Compete privativamente ao Presidente da Repblica:

    XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes oramentrias e aspropostas de oramento previstos nesta Constituio;

    Pargrafo nico. O Presidente da Repblica poder delegar as atribuies mencionadas nos incisos VI, XIIe XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da Repblica ou ao Advogado-Geral daUnio, que observaro os limites traados nas respectivas delegaes.

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    Processo LegislativoA apreciao dos projetos das leis oramentrias ser efetuada pela Cmara e pelo Senado.

    ART. 166. DA CONSTITUIO FEDERALOs projetos de lei relativos ao plano plurianual, s diretrizes oramentrias, ao oramento anual e aos crditosadicionais sero apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

    Os Projetos de Lei relativos ao PPA, LDO e LOA e os Crditos Adicionais sero apreciados pelas duas Casas

    do Congresso Nacional, por uma Comisso Mista de Deputados e Senadores, que tambm exercer oacompanhamento e fiscalizao oramentria.

    As emendas sero apresentadas Comisso Mista, que emitir parecer, sendo que as modificaes dos Projetossomente sero possveis nos termos da Constituio Federal:

    ART. 166, DA CF 5. O Presidente da Repblica poder enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificao nos

    projetos a que se refere este artigo enquanto no iniciada a votao, na comisso mista, da parte cuja alterao proposta.

    Alm disso, no existe um rito especfico para a tramitao da lei oramentria, portanto vale o rito ordinrio:

    ART. 166, 7. DA CFAplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que no contrariar o disposto nesta Seo, as demaisnormas relativas ao processo legislativo.

    3.1.1. PLANO PLURIANUAL (PPA)O Plano Plurianual instrumento de planejamento de longo prazo do setor pblico brasileiro que

    orienta a elaborao da Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) e da Lei Oramentria anual (LOA).

    Conceito

    ART. 165, 1 e 4, DA CFLeis de iniciativa do Poder Executivo estabelecero:

    1 - A lei que instituir o plano plurianual estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos emetas da administrao pblica federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativasaos programas de durao continuada.

    4 - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituio sero elaboradosem consonncia com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.

    Despesas de Capital soaquelas que se destinam a obras (construo de hidroeltricas, hospitais, estradas,escolas), compra de ativos permanentes (imveis, veculos, mveis e utenslios, aes etc.).

    Outras delas decorrentes despesas de manuteno derivadas das despesas de capital como por exemplo :manuteno dos hospitais, escolas e das estradas);

    Programas de durao continuada programas de durao maior que um ano, como por exemplo : Programa deSade da Famlia - PSF e Programa de Erradicao do Trabalho Infantil PETI.

    Vedaes

    ART. 167, DA CF So vedados; 1 - Nenhum investimento cuja execuo ultrapasse um exerccio financeiro poder ser iniciado sem prviaincluso no plano plurianual, ou sem lei que autorize a incluso, sob pena de crime de responsabilidade.

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    Vigncia

    ART. 35, 2, I, ADCT2 o projeto do plano plurianual, para vigncia at o final do primeiro exerccio financeiro do mandato

    presidencial subseqente, ser encaminhado at quatro meses antes do encerramento do primeiro exercciofinanceiro e devolvido para sano at o encerramento da sesso legislativa.

    3.1.2. LEI DE DIRETRIZES ORAMENTRIAS (LDO)

    A Lei de Diretrizes Oramentrias o instrumento de planejamento de curto prazo fazendo a ligao entreo PPA e a LOA:

    ConceitoART. 165, 2, DA CFLeis de iniciativa do Poder Executivo estabelecero: 2 A lei de diretrizes oramentrias compreender as metas e prioridades da administrao pblica federal,incluindo as despesas de capital para o exerccio financeiro subseqente, orientar a elaborao da leioramentria anual, dispor sobre as alteraes na legislao tributria e estabelecer a poltica de aplicao das

    agncias financeiras oficiais de fomento.

    VignciaART. 35, 2, II, ADCT2 o projeto de lei de diretrizes oramentrias ser encaminhado at oito meses e meio antes do enceramentodo exerccio financeiro e devolvido para sano at o encerramento do primeiro perodo da sesso legislativa.

    ART. 57, 2, DA CF2 A sesso legislativa no ser interrrompida sem a aprovao do projeto de lei de diretrizes oramentrias.

    3.1.3. LEI ORAMENTRIA ANUAL (LOA)Instrumento de planejamento que estima a receita oramentria e fixa a despesa oramentria para o

    exerccio financeiro subseqente. Os tpicos que tratam do oramento na Constituio so os seguintes;

    ConceitoART. 165, 5, 6, 7, 8, DA CF 5 A lei oramentria anual compreender:

    I - o oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administraodireta e indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico;

    II - o oramento de investimento das empresas em que a Unio, direta ou indiretamente, detenha a maioriado capital social com direito a voto;

    III - o oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos a ela vinculados, daadministrao direta ou indireta, bem como os fundos e fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico.

    6 O projeto de lei oramentria ser acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitase despesas, decorrentes de isenes, anistias, remisses, subsdios e benefcios de natureza financeira, tributriae creditcia.

    7 Os oramentos previstos no 5, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, tero entresuas funes a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critrio populacional.

    8 A lei oramentria anual no conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa, nose incluindo na proibio a autorizao para abertura de crditos suplementares e contratao de operaes decrdito, ainda que por antecipao de receita, nos termos da lei.

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    Vale ressaltar que a proposta do oramento pode ser alterada ou emendada quando de sua apreciao eaprovao por parte das respectivas Casas Legislativas. Nesse sentido, o art. 166, 3, assim estabelece:

    ART. 166, 3., DA CF 3. As emendas ao projeto de lei do oramento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem seraprovadas caso:

    I - sejam compatveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes oramentrias;

    II - indiquem os recursos necessrios, admitidos apenas os provenientes de anulao de despesa, excludas asque incidam sobre:a) dotaes para pessoal e seus encargos;

    b) servio da dvida;c) transferncias tributrias constitucionais para Estados, Municpios e o Distrito Federal; ou

    III - sejam relacionadas:

    a) com a correo de erros ou omisses; oub) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

    Vedaes A Constituio no art. 167 impe uma srie de vedaes, a saber: O incio de programas ou projetos no includos na Lei Oramentria Anual; A realizao de despesas ou a assuno de obrigaes diretas que excedam os crditos oramentrios ou

    adicionais; A realizao de operaes de crdito que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as

    autorizadas mediante crditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo PoderLegislativo por maioria absoluta;

    A abertura de crdito suplementar ou especial sem prvia autorizao legislativa e sem indicao dos

    recursos correspondentes; A transposio, o remanejamento ou a transferncia de recursos de uma categoria de programao paraoutra ou de um rgo para outro, sem prvia autorizao legislativa;

    A concesso ou utilizao de crditos ilimitados; A utilizao, sem autorizao legislativa especfica, de recursos dos oramentos fiscal e da seguridade

    social para suprir necessidade ou cobrir dficit de empresas, fundaes e fundos; A transferncia voluntria de recursos e a concesso de emprstimos, inclusive por antecipao de

    receita, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municpios.

    3.2 - CRDITOS ADICIONAISA elaborao da Lei Oramentria Anual decorre de um planejamento minucioso dos projetos e

    atividades que o governo pretende realizar para atender e satisfazer as necessidades coletivas.Quando a lei aprovada pelo Poder Legislativo, temos o surgimento da autorizao para

    realizao de gastos dos recursos pblicos, de acordo com os montantes programados e que sero destinados acada rgo. Essa autorizao recebe o nome de crdito oramentrio (inicial ou ordinrio).

    CRDITO ORAMENTRIO RECURSOS FINANCEIROS

    No entanto, durante a fase de execuo do oramento (exerccio financeiro de vigncia da LOA),podem ocorrer diversos fatos que implicam modificaes naquilo que foi planejado e autorizado. Taisocorrncias podem ser de:a) fatos novos ou imprevisveis que ampliam ou reduzem as necessidades coletivas j planejadas;

    b) descobertas de erros e omisses na fase de elaborao do projeto da LOA.

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    Esse mecanismo de retificao viabilizado por intermdio da utilizao dos chamadosCRDITOS ADICIONAIS.3.2.1 - CLASSIFICAO

    ART. 41 DA LEI 4320/64Art. 41. Os crditos adicionais classificam-se em: I - suplementares, os destinados a reforo de dotao oramentria; II - especiais, os destinados a despesas para as quais no haja dotao oramentria especfica;

    III - extraordinrios, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoointestina ou calamidade pblica.

    3.2.2. CONDIES PARA A OCORRNCIA

    ARTs. 42, 43 e 44, DA LEI 4320/64Art. 42. Os crditos suplementares e especiais sero autorizados por lei e abertos por decreto executivo.Art. 43. A abertura dos crditos suplementares e especiais depende da existncia de recursos disponveis paraocorrer a despesa e ser precedida de exposio justificativa.Art. 44. Os crditos extraordinrios sero abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dar imediatoconhecimento ao Poder Legislativo.

    ART. 62, DA CFEm caso de relevncia e urgncia, o Presidente da Repblica poder adotar medidas provisrias, com fora delei, devendo submet-las de imediato ao Congresso Nacional.

    ART. 167, DA CF 3 A abertura de crdito extraordinrio somente ser admitida para atender a despesas imprevisveis eurgentes, como as decorrentes de guerra, comoo interna ou calamidade pblica, observado o disposto no art.62.

    3.2.3. VIGNCIA

    ART. 167, 2, DA CF 2 - Os crditos especiais e extraordinrios tero vigncia no exerccio financeiro em que forem autorizados,salvo se o ato de autorizao for promulgado nos ltimos quatro meses daquele exerccio, caso em que,reabertos nos limites de seus saldos, sero incorporados ao oramento do exerccio financeiro subseqente.

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    RESUMO

    CRDITOS SUPLEMENTARES

    - Objetivo: reforar despesas oramentrias (dotaes);- Autorizados por LEI e Abertos por DECRETO;- A LOA pode conter autorizao parar a abertura de crditos suplementares;- Vigncia: limitada (sempre) ao exerccio financeiro em que foi autorizado

    (31/12);- Improrrogvel;- Necessidade de indicar FONTE DE RECURSOS.

    CRDITOS ESPECIAIS

    - Objetivo: despesas no previstas no oramento;- Autorizados por LEI e Abertos por DECRETO;- Vigncia:

    Regra Geral: at o fim do exerccio financeiro em que foi autorizado (31/12);Exceo: pode ser prorrogado, se houver saldo na dotao em 31/12 e se a

    lei autorizativa tiver sido promulgada nos ltimos 04 meses do exerccio.Neste caso, por meio de decreto, o saldo incorporado ao oramento seguinte;

    - Necessidade de indicar FONTE DE RECURSOS.

    CRDITOS EXTRAORDINRIOS

    - Objetivo: despesas urgentes e imprevisveis, como: guerra, comoo ecalamidade pblica;

    - No precisa de autorizao legislativa prvia;- Abertura: na Unio - MEDIDA PROVISRIA; nos Estados (DF) e

    Municpios - DECRETO ou MP, se houver previso (CE ou LO);- Vigncia:

    Regra Geral: at o fim do exerccio financeiro em que foi autorizado (31/12);

    Exceo: pode ser prorrogado, se houver saldo na dotao em 31/12 e se alei autorizativa tiver sido promulgada nos ltimos 04 meses do exerccio.

    Neste caso, por meio de decreto, o saldo incorporado ao oramento seguinte;

    NO h necessidade de indicar FONTE DE RECURSOS. Os excessos dearrecadao verificados destinam-se sua cobertura.

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    3.2.4. FONTES DE RECURSOS

    ART. 43 da Lei 4.320/64:A abertura dos crditos suplementares e especiais depende da existncia de recursos disponveis para ocorrer adespesa e ser precedida de exposio justificativa.

    1 Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que no comprometidos:I - o supervit financeiro apurado em balano patrimonial do exerccio anterior;II - os provenientes de excesso de arrecadao;III - os resultantes de anulao parcial ou total de dotaes oramentrias ou de crditos adicionais,

    autorizados em Lei;IV - o produto de operaes de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder

    executivo realiz-las. 2 Entende-se por supervit financeiro a diferena positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro,

    conjugando-se, ainda, os saldos dos crditos adicionais transferidos e as operaes de credito a eles vinculadas. 3 Entende-se por excesso de arrecadao, para os fins deste artigo, o saldo positivo das diferenas

    acumuladas ms a ms entre a arrecadao prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendncia doexerccio.

    4 Para o fim de apurar os recursos utilizveis, provenientes de excesso de arrecadao, deduzir-se- aimportncia dos crditos extraordinrios abertos no exerccio.

    1 FONTE

    Supervit Financeiro (SF) apurado no balano patrimonial do exerccio anterior. Entende-se por SF adiferena positiva entre o Ativo Financeiro (AF) e o Passivo Financeiro (PF), conjugando-se, ainda, SEHOUVER, o saldo dos crditos adicionais reabertos (transferidos do ano anterior) (CAR) e o saldo dasoperaes de crdito vinculadas aos crditos reabertos (emprstimos a receber - OCV) e no arrecadadas noexerccio:

    SF = AF PF CAR + OCV

    2 FONTE

    Excesso de Arrecadao (EA) saldo positivo, apurado ms a ms, entre a receita prevista (RP) e a receitarealizada (RR), considerando-se a tendncia do exerccio (no vale o excesso num nico ms, por exemplo),subtraindo-se, ainda, a importncia dos crditos extraordinrios abertos no exerccio (CEA):

    EA = RR RP CEA

    3 FONTE

    Anulao de Despesas anulao parcial ou total de dotaes oramentrias ou de crditos adicionais.

    O CRDITO ADICIONAL ABERTO COM ESTA FONTE NO AUMENTA O VALOR TOTAL DASDESPESAS AUTORIZADAS, POIS DIMINUE UMA DOTAO E AUMENTA OUTRA.

    4 FONTE

    Operaes de Crdito Recursos decorrentes de emprstimos no previstos na lei oramentria. No bastaindicar a fonte; preciso demonstrar a viabilidade jurdica do crdito, como por exemplo, a obedincia aoslimites fixados pelo Senado Federal.

    A Operao de Crdito por Antecipao de Receita (ARO), por destinar-se a evitar dficit de caixa(recebimentos < pagamentos), no serve como fonte para financiamento de novas despesas;

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    5 FONTE

    Supervit Oramentrio Apesar da doutrina no especificar o supervit oramentrio (receita oramentria> despesas oramentrias) como fonte de recurso, a Constituio Federal o considera como tal. Vejamos:

    ART. 166 DA CF Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, s diretrizes oramentrias, ao oramento anual e aos crditos

    adicionais sero apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 8 - Os recursos que, em decorrncia de veto, emenda ou rejeio do projeto de lei oramentria anual,

    ficarem sem despesas correspondentes podero ser utilizados, conforme o caso, mediante crditos especiais ousuplementares, com prvia e especfica autorizao legislativa.

    4 - RECEITAS

    4.1 CONCEITO

    Receitas Pblicas so todos os ingressos de carter no devolutivo auferidas pelo poder pblico, emqualquer esfera governamental, para alocao e cobertura das despesas pblicas. Dessa forma, todo o ingressooramentrio constitui uma receita pblica, pois tem como finalidade atender s despesas pblicas. (definiodo Manual da Receita atravs na Portaria 219 da Secretaria do Tesouro Nacional - STN).

    4.2 CLASSIFICAO DAS RECEITASPodem ser classificadas em:

    4.2.1 Quanto ao Sentido:

    Amplo: toda entrada ou ingresso nos cofres pblicos, independente de contrapartida no passivo; Restrito: toda entrada ou ingresso que se incorpora ao patrimnio pblico, sem compromisso de

    devoluo.

    4.2.2. Quanto Competncia

    Federal:pertencentes ao governo federal; Estadual:pertencentes ao governo estadual ou distrital; Municipal:pertencentes aos municpios.

    4.2.3. Quanto Coercitividade

    Originrias Resultante da venda de produtos ou servios colocados disposio dos usurios ou dacesso remunerada de bens e valores.

    Derivadas so obtidas pelo Estado em funo de sua autoridade coercitiva, mediante a arrecadao detributos e multas.

    4.2.4. Quanto Afetao Patrimonial

    Receitas efetivas: so aquelas que contribuem para o aumento do patrimnio lquido, semcorrespondncia no passivo. Inserem-se no conceito de fatos contbeis modificativos aumentativos.

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    Ex.: Todas as receitas de correntes (exceto o recebimento da dvida ativa) e a receita de capitaldecorrente do recebimento de transferncia de capital.

    Receitas por mutaes patrimoniais: so aquelas que nada acrescem ao patrimnio, pois seconstituem em entradas compensatrias. So fatos contbeis permutativos.

    Ex.: Receita correntes resultante do recebimento da dvida ativa e Todas as receitas de capital (exceto astransferncias de capital)

    4.2.5. Quanto Natureza

    Receita Oramentria Os ingressos oramentrios so aqueles pertencentes ao ente pblicoarrecadados exclusivamente para aplicao em programas e aes governamentais. Estes ingressos sodenominados Receita Pblica. Ex.: Impostos, taxas, aluguis, operaes de crdito, alienao (vendas)de bens etc.;

    Receita Extra-Oramentria Receitas que no integram o patrimnio pblico, sendo o ente umsimples depositrio dos valores. Ex.: Recebimento de ARO, caues, consignaes em folha de

    pagamento (descontos), tributos descontados na fonte, etc.

    Os ingressos extra-oramentrios so aqueles pertencentes a terceiros arrecadados pelo ente pblicoexclusivamente para fazer face s exigncias contratuais, pactuadas para posterior devoluo. Estesingressos so denominados recursos de terceiros. (Definio do Manual da Receita)

    ATENO: Mesmo que a receita no esteja prevista no oramento, a sua classificao depender da suanatureza, conforme descrito abaixo:

    ART. 57 DA LEI 4.320/64Ressalvado o disposto no pargrafo nico do artigo 3 . desta lei sero classificadas como receita oramentria,

    sob as rubricas prprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operaes de crdito, aindaque no previstas no Oramento.

    4.2.4. Quanto Categoria Econmica

    A classificao econmica das Receitas envolve:

    Duas Categorias Econmicas: CORRENTE e

    CAPITAL

    Art. 11 - A receita classificar-se- nas seguintes categorias econmicas: Receitas Correntes e Receitas deCapital.

    1 - So Receitas Correntes as receitas tributria, de contribuies, patrimonial, agropecuria, industrial,de servios e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito

    pblico ou privado, quando destinadas a atender despesas classificveis em Despesas Correntes.

    2 - So Receitas de Capital as provenientes da realizao de recursos financeiros oriundos de constituiode dvidas; da converso, em espcie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito

    pblico ou privado, destinados a atender despesas classificveis em Despesas de Capital e, ainda, osuperavitdoOramento Corrente.

    3 - O superavitdo Oramento Corrente resultante do balanceamento dos totais das receitas e despesascorrentes, apurado na demonstrao a que se refere o Anexo n 1, no constituir item de receita oramentria.

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    4 - A classificao da receita obedecer ao seguinte esquema:

    RECEITAS CORRENTES

    RECEITA TRIBUTRIAImpostosTaxas

    Contribuies de Melhoria

    RECEITA DE CONTRIBUIOES

    RECEITA PATRIMONIAL

    RECEITA AGROPECURIA

    RECEITA INDUSTRIAL

    RECEITA DE SERVIOS

    TRANSFERNCIAS CORRENTES

    OUTRAS RECEITAS CORRENTES

    RECEITAS DE CAPITAL

    OPERAES DE CRDITO

    ALIENAO DE BENS

    AMORTIZAO DE EMPRSTIMOS

    TRANSFERNCIAS DE CAPITAL

    OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL

    A especificao completa da Receita Pblica0 que consta da Portaria Interministerial 163/01, que em seu anexo

    01, classifica a receita nas categorias econmicas, fonte, subfonte, rubricas, alneas e sub-alneas, contudo,

    no Manual da Receita (4 edio), a fonte e a subfonte foram substitudas pororigem e espcie.

    Exemplo 1 : 1.1.1.2.04.10 Pessoas Fsicas:

    1= Receita Corrente (Categoria Econmica);1 = Receita Tributria (fonte) (Origem);1 = Receita de Impostos ( subfonte) (Espcie);

    2 = Impostos sobre o Patrimnio e a Renda (Rubrica);04 = Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (Alnea);

    10 = Pessoas Fsicas (Subalnea) NVEL EXCLUSIVO DA STN.

    Exemplo 2: 1.1.2.1.40.00 Taxas de Servio de Transporte Martimo de Passageiros:

    1 = Receita Corrente (Categoria Econmica);1 = Receita Tributria (Origem);

    2 = Taxas (Espcie);1 = Taxa pelo Exerccio do Poder de Polcia (Rubrica);40 = Taxas Serv. de Transp. Martimo de Passag. (Alnea) NVEL

    00 = NVEL DE DETALHAMENTO OPTATIVO (Subalnea).

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    RECEITAS CORRENTES

    Tributria: impostos, taxas e contribuio de melhoria; Contribuio: sociais e econmicas; Patrimonial: aluguis, juros de aplicao financeira, dividendos..; Agropecuria; Industrial; Servios: juros de emprstimos concedidos; Transferncias Correntes: recursos recebidos destinados a custear despesas correntes; Outras Receitas Correntes: juros de mora, recebimento da dvida ativa tributria e no-tributria,

    multas, restituies, etc.

    Dvida Ativa o Valordevido ao Estado em razo do transcurso do prazo para pagamento, Logo um direitoda administrao.

    Art. 39 DA LEI 4320/64 Os crditos da Fazenda Pblica, de natureza tributria ou no tributria, sero escriturados como receita do

    exerccio em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas oramentrias.

    RECEITAS DE CAPITAL

    Operaes de Crdito: recursos advindos da emisso de ttulos pblicos ou de emprstimos, inclusiveos emprstimos compulsrios;

    Alienao de Bens: venda de bens; Amortizao de Emprstimos: referem-se ao recebimento de emprstimos (principal) anteriormente

    concedidos pelo Estado; Transferncias de Capital: recursos recebidos de outras entidades pblicas destinados a custear

    despesas de capital; Outras receitas de capital

    4.3- ESTGIOS DA RECEITA

    a) Previso Fasecorrespondente ao momento em que se estima a receita.

    b) Lanamento procedimento administrativo tendente a verificar o fato gerador da obrigao tributria,a matria tributvel, o clculo do montante devido e o sujeito passivo;

    Art. 52 e Art. 53 da lei 4.320/64Art. 52 So objeto de lanamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com vencimento determinado

    em lei, regulamento ou contrato.Art. 53 O lanamento da receita, o ato da repartio competente, que verifica a procedncia do crdito fiscal e

    a pessoa que lhe devedora e inscreve o dbito desta

    O lanamento pode ser: De ofcio: feito unilateralmente pela administrao; Por Declarao: feito pela administrao com a colaborao do contribuinte; Por Homologao: feito pelo prprio contribuinte.

    c) Arrecadao Fase que corresponde a entrega dos recursos aos agentes arrecadadores autorizados.

    d) Recolhimento Fase que corresponde a entrega dos recursos pelos agentes arrecadadores conta nicado tesouro. Atende ao princpio da Unidade de Tesourariaou de caixa.

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    Princpio da Unidade de Tesouraria:

    Para a otimizao dos recursos pblicos imprescindvel que todos os recursos sejam carreados para um slocal, da, a Lei 4.320/64 estabeleceu O Princpio da Unidade de Tesouraria.

    ARTIGO 56 DA LEI 4.320/64O recolhimento de todas as receitas far-se- em estrita observncia ao princpio de unidade de tesouraria,

    vedada qualquer fragmentao para criao de caixas especiais.

    4.4 REGIME CONTBIL DA RECEITA

    Art. 35 da lei 4320/64Pertencem ao exerccio financeiro:

    I - as receitas nele arrecadadas;

    A doutrina unnime ao consagrar o Regime de Caixa como o regime de contabilizao da receita nasentidades pblicas, ou seja, o que definir se uma receita pertencer a determinado exerccio a sua efetivaarrecadao;

    *****EXCEO :

    Inscrio da dvida ativa; A baixa e o cancelamento dos restos a pagar, que dever ser contabilizado como receita oramentria,

    conforme teor do artigo 38, da Lei 4320/64.

    Art. 38 da lei 4320/64Reverte dotao a importncia de despesa anulada no exerccio: quando a anulao ocorrer aps oencerramento deste considerar-se- receita do ano em que se efetivar.

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    4.5 A LRF e a RECEITA PBLICA

    4.5.1. Receita Corrente Lquida RCLO artigo 2 define a RCL, a saber:

    Art. 2, IV, da lei 101/00Receita corrente lquida: somatrio das receitas tributrias, de contribuies, patrimoniais, industriais,agropecurias, de servios, transferncias correntes e outras receitas tambm correntes, deduzidos:a) na Unio, os valores transferidos aos Estados e Municpios por determinao constitucional ou legal, e ascontribuies mencionadas na alnea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituio;

    b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municpios por determinao constitucional;c) na Unio, nos Estados e nos Municpios, a contribuio dos servidores para o custeio do seu sistema de

    previdncia e assistncia social e as receitas provenientes da compensao financeira citada no 9 do art. 201da Constituio. 1 Sero computados no clculo da receita corrente lquida, os valores pagos e recebidos em decorrncia da

    lei Complementar n 87, de 13 de setembro de 1996, e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das DisposiesConstitucionais Transitrias.

    Um resumo do clculo fica assim:

    Receitas Correntes

    (+) Tributrias

    (+) Contribuies

    (+) Patrimoniais

    (+) Agropecurias

    (+) Industriais

    (+) Servios

    (+) Transferncias

    (+) Outras Receitas Correntes

    Subtotal 1

    (-) Transferncias Constitucionais ou Legais

    (-) Contribuies previdncia

    (-) Compensao Lei Hauly (regimes de previdncia)

    (-) Somatrios dos valores em duplicidade

    (-) Cancelamento de restos a pagar

    Subtotal 2

    (+ ou -) Saldo da lei Kandir

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    (+ ou -) Saldo do Fundeb

    (=) RCL

    4.5.2. Renncia de Receita

    O art. 14 da LRF estabeleceu a renncia de receita, compreendendo todos os atos referentes a anistia, remisso,subsdio, crdito presumido, concesso de iseno em carter no geral, alterao de alquota ou modificao de

    base de clculo que implique reduo discriminada, correspondendo a tratamento diferenciado.

    A Lei impe uma srie de condies para a concesso da renncia, como: Estar acompanhada do impacto oramentrio-financeiro; Atender ao disposto na LDO; Demonstrar que a renncia no afetar as metas dos resultados fiscais ou estar acompanhada de medidas

    de compensao no exerccio em que se deva iniciar e nos dois exerccios seguintes.

    5 DESPESAS

    5.1- C0NCEITO

    Conceitua-se como despesa pblica o conjunto de dispndios do Estado, a fim de saldar gastos fixados na lei dooramento ou em lei especial, visando realizao e ao funcionamento dos servios pblicos. Nesse sentido, adespesa parte do oramento, ou seja, aquela em que se encontram classificadas todas as autorizaes paragastos com as vrias atribuies e funes governamentais.

    5.2- CLASSIFICAO QUANTO NATUREZA

    ORAMENTRIA

    So as despesas fixadas e especificadas na lei do oramento e/ou na lei de crditos adicionais, previamenteautorizadas pelo Poder Legislativo.

    EXTRA-ORAMENTRIA

    Consiste na sada de recursos financeiros transitrios anteriormente obtidos sob a forma de receitas extra-oramentrias. So despesas no consignadas na lei do oramento ou em crditos adicionais, tais como:restituio de depsitos; restituio de caues, pagamento de restos a pagar, resgate de operaes de crdito

    por Antecipao da Receita Oramentria (ARO), entre outras obrigaes. As despesas extra-oramentrias,como vimos, no necessitam de autorizao oramentria para se efetivarem, uma vez que no pertencem aorgo pblico, caracterizando apenas uma devoluo de recursos financeiros pertencentes a terceiros.

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    5.3 - CLASSIFICAO QUANTO CATEGORIA ECONMICA

    A classificao econmica da despesa pblica possibilita a anlise do impacto das aes governamentaisna economia como um todo. Proporciona uma indicao da contribuio do Governo na formao bruta docapital do Pas.

    De acordo com o art. 12 da Lei no 4.320/64, a despesa oramentria classifica-se nas seguintes categoriaseconmicas, a saber: Despesas Correntes e Despesas de Capital.

    5.3.1 DESPESAS CORRENTES

    So despesas oramentrias destinadas manuteno e ao funcionamento dos servios pblicos prestados pelaprpria Administrao ou transferidos a outras pessoas fsicas ou jurdicas. Esses recursos possuem comocaracterstica o fato de no produzirem qualquer acrscimo patrimonial, gerando por conseqncia diminuiono patrimnio. So divididas nos seguintes grupos de natureza da despesa.

    Despesas de custeio

    So as dotaes destinadas manuteno de servios anteriormente criados,inclusive para atender a obras de conservao e adaptao de bens imveis, pagamento de servios de terceiros,

    pagamento de pessoal e encargos, aquisio de material de consumo, entre outras.

    Transferncias correntes

    So as dotaes para despesas, s quais no corresponda contraprestao direta em bens ou servios, tais como:transferncias de assistncia e previdncia social, pagamento de salrio-famlia, juros da dvida pblica,incluindo as contribuies e subvenes destinadas a atender manuteno de outras entidades de direito

    pblico ou privado. As transferncias podem, portanto, envolver as seguintes operaes:

    - transferncias constitucionais oriundas da repartio das receitas tributrias previstas nos arts. 157 ao 159; e195, da CF/88;

    - as decorrentes de simples autorizao oramentria ou de origem legal, quando criadas por uma lei ordinria;

    - as decorrentes de convnios (transferncias voluntrias), devendo as aplicaes dos recursos obedecerem aodisposto na clusula que dispe sobre o seu objetivo, ou seja, despesa corrente.

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    Ateno

    Subvenes so as transferncias destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas,distinguindo-se:

    - Subvenes sociais: as que se destinam a empresas pblicas ou privadas de carter assistencial ou cultural,sem finalidade lucrativa;

    - Subvenes econmicas: as que se destinam a empresas pblicas ou privadas de carter industrial, comercial,agrcola ou pastoril.

    5.3.2 DESPESAS CAPITAL

    So despesas oramentrias realizadas de forma direta ou indireta pela Administrao Pblica, com a intenode adquirir ou constituir bens de capital que iro contribuir para a produo de novos bens ou servios, e que,ao contrrio das despesas correntes, geram aumento patrimonial resultante de mutao compensatria em razoda incorporao patrimonial do bem ou produto produzido ou adquirido, tais como: edifcios, mveis eutenslios, veculos, computadores, rodovias, praas, parques e jardins, entre outros.

    So divididas nos seguintes grupos de natureza da despesa, a saber:

    Investimentos

    So as dotaes para o planejamento e a execuo de obras, inclusive as destinadas aquisio de imveisconsiderados necessrios realizao destas ltimas, bem como para os programas especiais de trabalho,aquisio de instalaes, equipamentos e material permanente e a constituio ou o aumento do capital deempresas que no sejam de carter comercial ou financeiro.

    Exemplos: construo de escolas, construo de hospitais, aquisio de elevadores, mveis e utenslios,veculos, e, ainda, a criao ou o aumento do capital de empresas industriais, agrcolas, dentre outras;

    Inverses financeiras

    So as dotaes destinadas aquisio de imveis, ou de bens de capital j em utilizao; obteno de ttulosrepresentativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espcie, j constitudas, quando a operao noimporte aumento de capital; e, ainda, a constituio ou o aumento de capital de entidades ou empresas quevisem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operaes bancrias ou de seguro.

    Exemplos: aquisio de imvel j em utilizao destinado a sede de um rgo pblico, aquisio de aes deuma empresa cujas aes j pertenam a terceiros, criao ou aquisio de aes de um banco ou empresa

    comercial e concesso de emprstimos, entre outras;

    Transferncias de capital

    So as dotaes destinadas a investimentos ou inverses financeiras que outras pessoas de direito pblico ouprivado devam realizar, independentemente de contraprestao direta em bens ou servios, constituindo essastransferncias auxlios ou contribuies, segundo derivam diretamente da lei de oramento ou de lei especialanterior, bem como as dotaes para amortizao da dvida pblica.

    Exemplos: transferncias voluntrias para construo de hospitais, escolas, creches e pagamento do principal dadvida pblica, entre outras.

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    5.4 - CLASSIFICAO QUANTO AFETAO PATRIMONIAL

    As despesas pblicas podem ser classificadas em: efetivas e por mutaes patrimoniais ou no-efetivas,conforme o seu efeito na situao lquida patrimonial.

    Despesas efetivas

    So as despesas que alteram a situao lquida do Estado, uma vez que contribuem para o seu decrscimo,

    como a seguir: pessoal e encargos;juros e encargos da Dvida Interna e Externa; outras Despesas Correntes (exceto aquisio de material de consumo para estoque).

    Cabe ressaltar que as despesas de capital destinadas a auxlios e contribuies de capital, bem como osinvestimentos em bens de uso comum do povo, tambm se incluem nessa classificao.

    Despesas por mutaes patrimoniais

    So as despesas que no provocam alterao na situao lquida do Estado (saldo patrimonial), constituindo-se

    em alteraes compensatrias por meio de mutaes nos elementos patrimoniais, por isso so consideradascomo despesas no-efetivas. Exemplo:investimentos;inverses financeiras;amortizao da Dvida Interna e Externa;outras Despesas de Capital (exceto as despesas de capital destinadas a auxlios e contribuies

    de capital, bem como os investimentos em bens de uso comum do povo); Despesa Corrente somente a aquisio de material de consumo para estoque.

    5.5 CLASSIFICAO INSTITUCIONAL

    As despesas so demonstradas por rgos e unidades oramentrias: rgo: o maior nvel de agregao de poderes.

    Unidade Oramentria o rgo (Ministrio ou Secretaria) cujo oramento consta expressamente nalei oramentria, ou ainda, constitui o agrupamento de servios subordinados ao mesmo rgo ourepartio a quem sero consignadas dotaes prprias na lei oramentria.

    Dotao: a consignao dos crditos oramentrios e adicionais, que consiste na primeira etapa dadescentralizao oramentria para as unidades oramentrias.

    Unidade Administrativa o rgo que no estando previsto expressamente na lei de oramento para arealizao de seu programa de trabalho recebe autorizao para gastos por meio de descentralizaooramentria de uma unidade oramentria que o supervisiona ou de rgos diferentes. Adescentralizao ocorre atravs de:

    a) Proviso: consiste na movimentao interna dos crditos oramentrios e adicionais, realizadasdentro da unidade oramentria para as suas unidades administrativas supervisionadas. A contrapartidado lado financeiro e o Sub-Repasse.

    b) Destaque: consiste na movimentao externa dos crditos oramentrios e adicionais, realizadasentre unidades oramentrias diferentes. A Contrapartida do lado financeiro o Repasse.

    Unidade Gestora: a unidade oramentria ou administrativa investida do poder de gerir e movimentarrecursos oramentrios ou financeiros prprios ou decorrentes de descentralizao.

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    5.6 CLASSIFICAO QUANTO NATUREZA DA DESPESA

    Com o propsito de padronizar as contas nacionais para fins de consolidao o Secretrio do Tesouro Nacionale o Secretrio de Oramento Federal, no exerccio da delegao concedida pela prpria LRF regulamentaram anova classificao oramentria da despesa pblica, de adoo obrigatria pela Unio, pelos Estados, DistritoFederal e Municpios, desde o exerccio financeiro de 2002.

    Essa classificao da despesa, segundo a sua natureza, compe-se de:I categoria econmica;II grupo de natureza da despesa;III modalidade de aplicaoIV elemento de despesa.

    A informao gerencial denominada modalidade de aplicao, tem por finalidade indicar se os recursos soaplicados diretamente por rgos ou entidades no mbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente daFederao e suas respectivas entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminao da dupla contagemdos recursos transferidos ou descentralizados.

    Entende-se por grupos de natureza de despesa a agregao de elementos de despesa que apresentam as mesmas

    caractersticas quanto ao objeto de gasto.O elemento de despesa tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagensfixas, juros, dirias, material de consumo, servios de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenessociais, obras e instalaes, equipamentos e material permanente, auxlios, amortizao e outros..

    facultado o desdobramento suplementar dos elementos de despesa para atendimento das necessidades deescriturao contbil e controle da execuo oramentria.

    Assim, de acordo com a legislao em vigor, a codificao foi composta por oito dgitos que revelam aestrutura da natureza da despesa a ser observada na execuo oramentria de todas as esferas de Governo, da

    seguinte forma:

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    Estrutura de Codificao da Despesa

    A descrio e os cdigos que compem a nova estrutura de aplicao obrigatria para todos os entes daFederao, desde 2002, a seguinte:

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    5.7 CLASSIFICAO FUNCIONAL-PROGRAMTICA

    Esta classificao est em sintonia com o princpio do oramento-programa, possibilitando uma viso sobre oque o governo est fazendo, exigido pela Portaria MPOG n 42/99.

    5.7.1 Classificao funcional: composta de um rol de funes e subfunes, j prefixadas, e que serviropara agregar os gastos pblicos por rea de ao governamental.

    Funo: representa o maior nvel de agregao das reas da despesa que competem ao Setor pblico.

    So em nmero de 28.

    Subfuno: representa uma repartio da funo, agregando um determinado conjunto de despesas dosetor pblico. Ressalta-se que as combinaes entre funes e subfunes podem ser diferentes daquelasa que estejam vinculadas.

    FUNES SUBFUNO

    01 Legislativa031 Ao Legislativa032 Controle Externo

    19 Cincia e Tecnologia571 Desenvolvimento Cientfico572 Desenvolvimento Tecnolgico e Engenharia573 Difuso do Conhecimento Cientfico/Tecnolgico

    20 Agricultura601 Promoo da Produo Vegetal605 Abastecimento606 Extenso Rural607 Irrigao

    28 Encargos Especiais841 Refinanciamento da Dvida Interna842 Refinanciamento da Dvida Externa843 Servio da Dvida Interna

    844 Servio da Dvida Externa845 Transferncias846 Outros Encargos Especiais

    5.7.2 Classificao Programtica: visa a demonstrar os objetivos da ao governamental com o fim deresolver as necessidades coletivas. A Portaria 42/99 estabeleceu que cada ente da Federao dever, por ato

    prprio, elaborar sua prpria estrutura de programas. Os instrumentos de programao so:

    Programa: o instrumento de organizao da ao governamental visando concretizao dosobjetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no plano plurianual;

    Projeto: um instrumento de programao para alcanar o objetivo de um programa, envolvendo um

    conjunto de operaes, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para aexpanso ou o aperfeioamento da ao de governo;

    Atividade: um instrumento de programao para alcanar o objetivo de um programa, envolvendoum conjunto de operaes que se realizam de modo contnuo e permanente, das quais resulta um

    produto necessrio manuteno da ao de governo;

    Operaes Especiais: as despesas que no contribuem para a manuteno das aes de governo, dasquais no resulta um produto, e no geram contraprestao direta sob a forma de bens ou servios.

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    5.8 PROGRAMAO ORAMENTRIA

    A programao oramentria o meio pelo qual o Poder Executivo administra a execuo do oramento e suasalteraes por parte dos rgos componentes da Administrao pblica direta e Indireta, mantendo o equilbrioentre as receitas e despesas. Esta Administrao pode, em determinadas situaes, contingenciar gastos( impedir o empenhamento de despesas).

    A programao oramentria foi estabelecida nos artigos 47 a 50 da Lei 4.320/64, cujo teor o seguinte :

    Art. 47. Imediatamente aps a promulgao da Lei de Oramento e com base nos limites nela fixados, o PoderExecutivo aprovar um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade oramentria fica autorizada autilizar.

    Art. 48 A fixao das cotas a que se refere o artigo anterior atender aos seguintes objetivos:

    a) assegurar s unidades oramentrias, em tempo til a soma de recursos necessrios e suficientes amelhor execuo do seu programa anual de trabalho;

    b) manter, durante o exerccio, na medida do possvel o equilbrio entre a receita arrecadada e a despesarealizada, de modo a reduzir ao mnimo eventuais insuficincias de tesouraria

    Art. 49. A programao da despesa oramentria, para feito do disposto no artigo anterior, levar em contaos crditos adicionais e as operaes extra-oramentrias.

    Art. 50. As cotas trimestrais podero ser alteradas durante o exerccio, observados o limite da dotao e ocomportamento da execuo oramentria.

    5.9 ESTGIOS DA DESPESA

    Na fase de execuo oramentria, devero ser observadas as normas pertinentes execuo da despesapblica, que se desenvolve em trs estgios, de acordo com a Lei no 4.320/64:

    Empenho, Liquidao e Pagamento.

    No entanto, a doutrina majoritria considera mais um estgio anterior aos trs mencionados, que consiste noato de fixao dos crditos ou dotaes oramentrias na Lei Oramentria Anual. Podemos ainda inferir que,em fase anterior ao empenho, devem-se observar os preceitos legais quanto ao procedimento licitatrio,considerado por alguns autores como fase da despesa.

    5.9.1. Fixao

    Estgio considerado pela doutrina em virtude da interpretao de dispositivos constitucionais, como osque vedam a concesso de crditos ilimitados e a realizao de despesas que excedam os crditos oramentriose adicionais (art. 167, II e VII, da CF/88).

    5.9.2 EmpenhoO empenho da despesa o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigao de

    pagamento, pendente ou no de implemento de condio

    ART 58 DA LEI 4.320/64. O empenho de despesa o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigao de

    pagamento pendente ou no de implemento de condio.

    O empenho prvio, devendo preceder a realizao da despesa e est restrito ao limite do crdito oramentrio.

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    ART.. 59 e 60 DA LEI 4.320/64Art. 59 - O empenho da despesa no poder exceder o limite dos crditos concedidos.Art. 60. vedada a realizao de despesa sem prvio empenho.O ato de empenhar deduz o seu valor da dotao oramentria, tornando a quantia empenhada indisponvel paranova aplicao.

    Para cada ato ser emitido um documento denominado nota de empenho, que indicar o nome do credor, a

    especificao e a importncia da despesa, sendo vedada a realizao de despesa sem prvio empenho e emcasos especiais, previstos em legislao especfica, poder ser admitida a dispensa da emisso da nota deempenho, tais como: Pessoal e Encargos Sociais, Juros e Encargos da Dvida e Sentenas Judicirias, entreoutras.

    O estgio do empenho necessita da observncia das seguintes etapas:

    autorizao que consiste na manifestao ou despacho do ordenador de despesas; indicao da modalidade licitatria, sua dispensa ou inexigibilidade; e formalizao comprovada pela emisso da nota de empenho e a respectiva deduo do valor da despesa

    efetuada no saldo de dotao.

    ORDENADOR DE DESPESAS Art. 80 do Decreto-Lei 200/67Os rgos de contabilidade inscrevero como responsvel todo o ordenador da despesa, o qual s poder ser

    exonerado de sua responsabilidade aps julgadas regulares suas contas pelo Tribunal de Contas.

    1 Ordenador de despesas toda e qualquer autoridade de cujos atos resultarem emisso de empenho,autorizao de pagamento, suprimento ou dispndio de recursos da Unio ou pela qual esta responda.

    2 O ordenador de despesa, salvo conivncia, no responsvel por prejuzos causados Fazenda Nacional

    decorrentes de atos praticados por agente subordinado que exorbitar das ordens recebidas. 3 As despesas feitas por meio de suprimentos, desde que no impugnadas pelo ordenador, sero escrituradase includas na sua tomada de contas, na forma prescrita; quando impugnadas, dever o ordenador determinarimediatas providncias administrativas para a apurao das responsabilidades e imposio das penalidadescabveis, sem prejuzo do julgamento da regularidade das contas pelo Tribunal de Contas;

    TIPOS DE EMPENHO

    De acordo com a sua natureza e finalidade, o empenho poder ser emitido em uma das seguintes formas,segundo a classificao legal.

    Empenho ordinrio: Nos casos de despesas com montante previamente conhecido e cujo pagamentodever ocorrer de uma nica vez.

    Empenho global: Quando o objetivo for o de atender s despesas com montante tambm previamenteconhecido, tais como as contratuais, mas cujo pagamento, no entanto, ser parcelado. Exemplos:aluguis, contrato de prestao de servios por terceiros, vencimentos, salrios, proventos e penses,inclusive as obrigaes patronais decorrentes, entre outras.

    Empenho por estimativa: Visa realizao de despesas cujo valor ou montante no seja previamente

    determinado ou identificvel e, geralmente, de base periodicamente no-homognea. Exemplos:servios de abastecimento de gua, fornecimento de energia eltrica e telefone, gratificaes, dirias ereproduo de documentos, entre outras.

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    ART.60 DA LEI 4.320/64 vedada a realizao de despesa sem prvio empenho. 1 Em casos especiais previstos na legislao especfica ser dispensada a emisso da nota de empenho. 2 Ser feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante no se possa determinar. 3 permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a parcelamento.

    A anulao do empenho no decorrer do exerccio poder ser parcial, quando seu valor exceder o montante da

    despesa realizada, e total, nos casos em que o servio contratado no tiver sido prestado, o materialencomendado no tiver sido entregue, ou o empenho tiver sido emitido incorretamente.

    O empenho pode, ainda, ser anulado, no encerramento do exerccio, quando se referir a despesas noliquidadas, salvo aquelas que se enquadrarem nas condies, previstas para a inscrio em Restos a Pagar.

    O valor do empenho anulado reverte dotao, tornando-se, novamente, disponvel, respeitado o princpio daanualidade.

    ART. 38 DA LEI 4.320/64Reverte dotao a importncia de despesa anulada no exerccio, quando a anulao ocorrer aps o

    encerramento deste considerar-se- receita do ano em que se efetivar.

    5.9.3 Liquidao

    Este estgio a comprovao, dada pela Administrao Pblica, de que o credor cumpriu todas as obrigaesconstantes do empenho.

    ART. 63 DA LEI 4.320/64A liquidao da despesa consiste na verificao do direito adquirido pelo credor tendo por base os ttulos edocumentos comprobatrios do respectivo crdito.

    1 Essa verificao tem por fim apurar:I - a origem e o objeto do que se deve pagar;II - a importncia exata a pagar;III - a quem se deve pagar a importncia, para extinguir a obrigao. 2 A liquidao da despesa por fornecimentos feitos ou servios prestados ter por base:I - o contrato, ajuste ou acordo respectivo;II - a nota de empenho;III - os comprovantes da entrega de material ou da prestao efetiva do servio

    Este estgio da liquidao da despesa envolve todos os atos de verificao e conferncia, desde a entrada domaterial ou a prestao do servio at o reconhecimento econmico da despesa.

    Ao realizar a entrega do material ou prestar o servio, o credor dever apresentar a nota fiscal, devendo ofuncionrio qualificado e com competncia para tal atestar o recebimento do material ou a prestao do serviocorrespondente, no verso da nota fiscal e no empenho formalizando, dessa forma, o estgio da liquidao.

    5.9.4 Pagamento

    ltimo estgio da realizao da despesa, o pagamento consiste na entrega dos recursos equivalentes dvidalquida, ao credor, mediante ordem bancria ou ordem de pagamento, caracterizado pelo despacho exarado por

    autoridade competente (ordenador de despesas), determinando que a despesa seja paga, devendo ser observadoo devido processamento dos documentos pelo setor de contabilidade.

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    ART 64 e 65 DA LEI 4.320/64Art. 64. A ordem de pagamento o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesaseja paga.Pargrafo nico. A ordem de pagamento s poder ser exarada em documentos processados pelos servios decontabilidade.

    Art. 65. O pagamento da despesa ser efetuado por tesouraria ou pagadoria regularmente institudos porestabelecimentos bancrios credenciados e, em casos excepcionais, por meio de adiantamento.

    5.10 REGIME CONTBIL DA DESPESA

    ART. 35 da lei 4320/64Pertencem ao exerccio financeiro:

    II - as despesas nele legalmente empenhadas.

    Neste caso, o regime da despesa o de Competncia, ou seja, a despesa mesmo que venha a ser paga noexerccio seguinte, pertence ao exerccio anterior.

    5.11 RESTOS A PAGAR

    5.11.1. Conceito

    Restos a Pagar, ou, resduos passivos, soas despesas empenhadas e no pagas dentro do exerccio financeiroda emisso dos empenhos, ou seja, at 31 de dezembro.

    Art. 36 da lei 4.320/64

    Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas no pagas at o dia 31 de dezembro,distinguindo-se as processadas das no processadas.

    Pargrafo nico. Os empenhos que sorvem a conta de crditos com vigncia plurianual, que no tenhamsido liquidados, s sero computados como Restos a Pagar no ltimo ano de vigncia do crdito.

    O regime de competncia exige que as despesas sejam contabilizadas conforme o exerccio a que pertenam ouno exerccio em que foram empenhadas.

    5.11.2. ClassificaoConforme a sua natureza, os Restos a Pagar podem ser classificados em:

    ProcessadosDecorrentes das despesas liquidadas, em que o credor j cumpriu as suas obrigaes, isto , entregou o material,

    prestou os servios ou executou a etapa da obra, dentro do exerccio. Tem, portanto, direito lquido e certo,faltando apenas o pagamento;

    No-processados

    Decorrentes de despesas no-liquidadas ou aquelas que dependem da prestao do servio ou fornecimento domaterial, ou seja, cujo direito do credor no foi apurado. Representam, portanto, despesas economicamente norealizadas.

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    5.11.3. Inscrio

    No Governo Federal, os empenhos no-anulados, bem como os referentes a despesas j liquidadas e no-pagas,sero automaticamente inscritos (registrados contabilmente) em Restos a Pagar no encerramento do exerccio,

    pelo valor devido, ou, caso seja este, desconhecido, pelo valor estimado.

    5.12 DESPESAS DE EXERCCIOS ANTERIORES

    5.12.1 Conceito

    As despesas de exerccios anteriores so as dvidas resultantes de compromissos gerados em exercciosfinanceiros anteriores queles em que ocorreram os pagamentos.

    O regime de competncia exige que as despesas sejam contabilizadas conforme o exerccio a que pertenam, ouseja, em que foram empenhadas. Se uma determinada despesa teve origem, por exemplo, em 2002 e s foireconhecida e paga em 2004, a sua contabilizao dever ser feita conta de dotao oramentria especfica,denominada Despesas de Exerccios Anteriores, para evidenciar o regime contbil de competncia do exerccio.

    importante mencionar que a especificao e a classificao na dotao Despesas de Exerccios Anteriores sooramentrias.

    5.12.2 Ocorrncia

    Podem ser pagas, segundo a legislao em vigor, conta de despesas de exerccios anteriores:

    a) as despesas de exerccios encerrados, para as quais o oramento respectivo consignava crdito prprio comsaldo suficiente para atend-las, que no se tenham processado na poca prpria; assim entendidas aquelas cujo

    empenho tenha sido considerado insubsistente e anulado no encerramento do exerccio correspondente, masque, dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigao;

    b) os restos a pagar com prescrio interrompida; assim considerada a despesa cuja inscrio como Restos aPagar tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor; e

    c) os compromissos decorrentes de obrigao de pagamento e reconhecidos aps o encerramento do exerccio.

    ART. 37 DA LEI 4.320/64

    As despesas de exerccios encerrados, para as quais o oramento respectivo consignava crdito prprio, com

    saldo suficiente para atend-las, que no se tenham processado na poca prpria, bem como os Restos a Pagarcom prescrio interrompida e os compromissos reconhecidos aps o encerramento do exercciocorrespondente podero ser pagos conta de dotao especfica consignada no oramento, discriminada porelementos, obedecida, sempre que possvel, a ordem cronolgica.

    5.13 SUPRIMENTO DE FUNDOS5.13.1 ConceitoO suprimento de fundos ou adiantamento consiste na entrega de numerrio a servidor para a realizao dedespesa que no se processa da forma regular.

    Art. 68 DA LEI 4320/64O regime de adiantamento aplicvel aos casos de despesas expressamente definidos em lei e consiste naentrega de numerrio a servidor, sempre precedida de empenho na dotao prpria para o fim de realizardespesas, que no possam subordinar-se ao processo normal de aplicao.

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    So passveis de realizao por meio de suprimento de fundos, as despesas:

    1. com servios que exigem pronto pagamento em espcie;

    2. despesas eventuais, extraordinrias e urgentes;

    3. que devam ser feitas em carter sigiloso;

    4. de pequeno vulto, assim entendida aquela cujo valor no ultrapasse aos limites estabelecidos pelalegislao, que pode variar de acordo com o ente que o estabelea.

    5.13.2 Vedao

    ART. 69 DA LEI 4.320/64.No se far adiantamento a servidor em alcance nem a responsvel por dois adiantamentos.

    Servidor em alcance aquele que no prestou contas do adiantamento anteriormente recebido, no prazo

    regulamentar, ou que no teve aprovadas as contas em virtude de desvio, desfalque, m aplicao verificada naprestao de contas de dinheiro, bens ou valores confiados sua guarda.

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    QUESTES DE CONCURSOS PBLICOS 1 e 2

    1-(audcontmemsp1999) As previses de receitas e fixao das despesas sempre se referem a um perodo limitado detempo. Esse enunciado definido pelo princpio da:A) Universalidade;B) Anualidade;C) Especificao;D) Exclusividade;

    E) n.d.a.2-(audcontmemsp1999)As despesas so classificadas, como um nvel de desdobramento tal que facilite a anlise porpartes das pessoas. Esse enunciado relativo ao princpio da:

    A) Universalidade;B) Unidade;C) Especificao;D) Exclusividade;E) n.d.a.

    3-(audcontmemsp1999) - O Oramento aprovado deve conter todas as receitas e despesas relativas aos Poderes daUnio, Estados e Municpios, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta, inclusive as fundaes

    institudas e mantidas pelo Poder Pblico. Esse enunciado defendido pelo princpio da:A) Universalidade;B) Unidade;C) Especificao;D) Exclusividade;E) n.d.a.

    4- (audcontmemsp1999) - O Princpio do equilbrio aquele em que:A) Todas as receitas e despesas devem estar previstas no Oramento;B) Todas as receitas e despesas devem ser detalhadas para que as pessoas possam entender o Oramento;C) Todas as receitas e despesas sejam previstas para um determinado perodo de tempo e que esse perodo seja igual

    ao ano civil;

    D) O montante da despesa fixada no pode ultrapassar ao montante da receita prevista;E) n.d.a.

    5-(FCC-ANALISTA-CONTAB/TRE-PB-2007) O princpio oramentrio que resta excepcionado quando o Parlamentoautoriza, na lei oramentria, a contratao de operaes de crdito por antecipao da receita (ARO) :(A) unidade.(B) exclusividade.(C) universalidade.(D) oramento bruto.(E) no-afetao de receitas.

    6-(FCC/ANALISTA-CONTBIL/TRE-SP)Em relao ao projeto de lei oramentria anual, correto afirmar que(A) dever conter sumrio geral da receita, por funes, e da despesa, por fontes.(B) a receita pblica da Unio dever ser registrada pelo seu valor lquido, j deduzidas as transferncias constitucionais.(C) consignar dotaes globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material,servios deterceiros, transferncias ou quaisquer outras.(D)) deve obedecer aos princpios de unidade, universalidade e anualidade.(E) no precisa contemplar os gastos com a seguridade social.

    7-(FCC-ANALISTA-TRT-2004)O princpio da anualidade estabelece que as autorizaes oramentrias e,conseqentemente, o exerccio financeiro no Brasil deve corresponder a doze meses e coincidir com o ano civil. Contudo,constitui EXCEO ao princpio mencionado(A)) a autorizao para os crditos reabertos.

    (B) as receitas vinculadas.(C) o processamento das despesas oramentrias de exerccios anteriores.(D) o processo dos fundos especiais.(E) os restos a pagar no processados.

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    8-(FCC-ANALISTA-TRT-22R) A identificao de cada receita e despesa pblica, de forma que no figuremglobalizadas no oramento, obedece ao princpio oramentrio da(A)) Especializao.(B) Unidade.(C) Universalidade.(D) Anualidade.(E) Exclusividade.

    9-(FCC-ANALISTA-TRT-22R) O oramento deve conter todas as receitas e despesas. Esta regra obedece ao princpiooramentrio(A) da Anualidade.(B) do Oramento bruto.(C) do Equilbrio.(D) da No-afetao.(E)) da Universalidade.

    10- (Analista Oramento/MARE/1999) - A Lei no 4.320/64 aplicvel s(A) sociedades de economia mista(B) empresas pblicas.

    (C) fundaes em geral.(D) autarquias.(E) subsidirias de estatais

    11-(AFCE/TCU/1999) - Assinale a nica opo correta pertinente ao conceito de oramento-programa.

    a) A estrutura do oramento enfatiza os aspectos contbeis de gesto.

    b) O principal critrio de classificao o funcional-programtico.

    c) O controle visa avaliar a honestidade dos agentes governamentais e a legalidade no cumprimento do oramento.

    d) O processo oramentrio dissociado dos processos de planejamento e programao.

    e) As decises oramentrias so tomadas tendo em vista as necessidades das unidades organizacionais.

    12(TCU/1996)(ADAPTADA)- Em relao aos procedimentos no processo oramentrio, no nvel federal, julgue ositens abaixo.(1) Cada um dos trs poderes responsvel pela elaborao da proposta oramentria a ser encaminhada ao Congresso

    Nacional.(2) A lei das diretrizes oramentrias deve ser elaborada em conjunto com a lei oramentria anual, de forma a orientar

    a execuo das despesas relativas ao exerccio financeiro seguinte.

    13(AFC/1992) - As despesas e receitas dos trs Poderes da Unio, as dotaes relativas aos investimentos das empresasfederais e o oramento das entidades e rgos do sistema de seguridade social fazem parte do (da)a) PPA;

    b) LDO;c) LOA;d) Oramento fiscal da Unio;e) Plano nacional de investimentos

    14-(APO/MPOG/2001) -O oramento do governo representa um sumrio dos planos de receita e gastos paradeterminado ano. O processo oramentrio envolve quatro fases distintas. Aponte a opo no adequada ao processooramentrio.

    a) Elaborao da proposta oramentria.

    b) Execuo oramentria.

    c) Discusso, votao e aprovao da lei oramentria.d) Exposio das tcnicas da anlise custo-benefcio.

    e) Controle de avaliao da execuo oramentria.

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    15-(Fiscal-DF/ESAF/2001) Em matria de oramentos, certo que:a) cabe lei complementar, entre outros casos, estabelecer normas de gesto financeira e patrimonial da administrao

    direta e indireta.b) o Poder Executivo publicar, at vinte dias aps o encerramento de cada trimestre, relatrio da execuo oramentriac) vedado, em qualquer hiptese, conter na lei oramentria anual dispositivo estranho previso da receita e a fixao

    da despesad) leis de iniciativa dos trs Poderes estabelecero o plano anual, os oramentos qinqenais e as diretrizes

    oramentriase) cabe lei ordinria, entre outros casos, determinar condies para a instituio de fundos.

    16-(TCE-PI/ESAF/2001) No tocante ao conceito de oramento-programa, identifique a opo falsa.a) O principal critrio de classificao o funcional- programtico.b) Na elaborao do oramento-programa so considerados todos os custos dos programas, inclusive os que extrapolam oexerccio.c) O controle visa avaliar a eficincia, a eficcia e a efetividade das aes governamentais.d) O processo oramentrio dissociado dos processos de planejamento e programao.e) Existe a utilizao sistemtica de indicadores e padres de medio dos trabalhos e dos resultados.

    17-(FCC-ANALISTA-CONTAB/TRE-PB-2007) Nas entidades de direito pblico, o exerccio financeiro vai de

    (A) 1o de janeiro a 31 de dezembro, com perodo adicionalde 30 dias para liquidao de empenhos.(B) 2 de janeiro a 31 de dezembro.(C) 1o de janeiro a 31 de dezembro.(D) 1o de janeiro a 31 de dezembro, com perodo adicional de 60 dias para liquidao de empenhos.

    18-(FCC-ANALISTA-CONTAB/TRE-PB-2007)A Lei no 4.320, de 1964 alcana, necessariamente:(A) Prefeituras, Administrao direta dos Estados, sociedades de economia mista.(B) Fundaes de direito privado, empresas pblicas, Prefeituras.(C) Prefeituras, fundaes de direito pblico, empresas pblicas.(D) Prefeituras, Administrao direta dos Estados e autarquias.(E) Empresas pblicas, sociedades de economia mista, fundaes pblicas.

    19-(FCC-ANALISTA-CONTAB/TRE-PB-2007)Como se contabilizam as entradas compensatrias de ativo e passivofinanceiros?(A) as receitas: de forma extra-oramentria; as despesas: de modo oramentrio.(B) de maneira oramentria.(C) no sistema compensado do Balano Patrimonial.(D) as receitas: de forma oramentria; as despesas: de modo extra-oramentrio.(E) de forma extra-oramentria.

    20-(FCC-ANALISTA-TRT-22R) Um plano de trabalho expresso por um conjunto de aoa realizar e pela identificao dos recursos necessrios sua execuo, na viabilizao de seus projetos, atividades eoperaes especiais. Esta diretriz conceitua o oramento pblico(A) tradicional.(B))programa.(C) flexvel.(D) fixo.(E) esttico.

    1-(FCC) Nos termos da Lei no 4.320, de 1964, os recursos que podem financiar crditos suplementares e especiais so:(A) supervit financeiro do ano anterior, excesso de arrecadao, anulao de dotao, operao de crdito.(B) supervit oramentrio do ano anterior, ativo real lquido, anulao de dotao, operao de crdito.(C) operao de crdito por antecipao da receita, supervit financeiro, excesso de arrecadao, anulao de dotao.(D) supervit econmico, excesso de arrecadao, anulao parcial de dotao e operao de crdito.

    (E) supervenincias e insubsistncias ativas.2-(FCC-ANALISTA-CONTAB/TRE-PB-2007) De acordo com a Lei no 4.320, de 1964, os crditos adicionaisextraordinrios so:(A) abertos por lei. (E) abertos por decreto.(B) autorizados por lei.

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    (C) autorizados por lei e abertos por decreto.(D) autorizados por decreto.3-(FCC/ANALISTA-CONTAB-TRT/AM-2005) No recurso hbil para abertura de crditos adicionais:(A)) a anulao de crdito extraordinrio.(B) os provenientes do excesso de arrecadao.(C) os resultantes de anulao parcial ou total de Mdotaes oramentrias.(D) o produto de operaes de crdito autorizadas em lei.(E) o supervit financeiro apurado em balano patrimonial do exerccio anterior.

    4-(FCC/ANALISTA-CONTBIL/TRE-SP) Os crditos adicionais so classificados como especiais quando destinados(A) a reforo de dotao oramentria.(B))a despesas para as quais no haja dotao oramentria especfica.(C) a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoo intestina ou calamidade pblica.(D) ao pagamento de restos a pagar.(E) ao pagamento do servio da dvida flutuante.

    5-(FCC/ANALISTA-CONTBIL/TRE-SP) Os crditos suplementares(A) no precisam, necessariamente, ter vigncia adstrita ao exerccio financeiro em que forem abertos.(B) esto dispensados de classificao da despesa correspondente.(C) no precisam ser autorizados por lei.(D)) sero autorizados por lei e abertos por decreto do Poder Executivo.

    (E) podem ser abertos independentemente de indicao de fonte de receita para financi-los.

    6-(FCC/TCNICO/TRE-PB) Qual princpio oramentrio resta excepcionado frente a autorizao, na lei oramentria,para abrir crditos suplementares?(A) Universalidade.(B) Unidade.(C) Oramento bruto.(D) Exclusividade.(E) No-afetao de receitas.

    7-(FCC/TCNICO/TRE-PB) Autorizado em outubro, um crdito adicional especial(A) pode ser reaberto no exerccio seguinte at o limite do saldo ainda no empenhado.

    (B) no pode nunca ser reaberto no exerccio seguinte, posto que sua vigncia se encerra no ano da autorizao.(C) pode ser reaberto no exerccio seguinte, no mesmo valor da autorizao original.(D) poderia ser reaberto no exerccio seguinte se autorizado at maio do ano anterior.(E) pode ser reaberto no exerccio seguinte, menos no ltimo ano dos mandatos.

    8-(FCC/TCNICO-CONTBIL/TRE-PB) O dficit oramentrio do Estado foi explicado pela abertura, sem recursofinanceiro, de crditos adicionais. Disso se conclui que a Fazenda desse Estado, ao l