4ª aula qivpa adm. pública, organização adm

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ULHT Faculdade de Cincia Poltica, Lusofonia e Relaes Internacionais1 QUADROS INSTITUCIONAIS DA VIDA ECONMICO-POLITICO-ADMINISTRATIVA

4. AULA1.

ADMINISTRAO PBLICA (CONCEITOS) 2. TEORIA GERAL DA ORGANIZAO ADMINISTRATIVA

DOCENTE: VASCO FRANCO

4. Aula2

Sumrio: Administrao Pblica (conceitos) Teoria geral da organizao administrativa - EstruturaPessoas coletivas pblicas rgos da Administrao Pblica Servios pblicos

20095482 Ndia Sibele Lima Rodrigues 20093536 Paulo Rui Gabriel Martins 20092557 Romina Ronizy Monteiro Tavares Rocha Semedo 20087761 Kelly Rossana Monteiro da Silva Ramos Monteiro 20083949 Telma Sofia Vicente Valrio 21008997 Janeth Henriques Andr 21003704 Sara Mariana da Silva Coelho 21000620 Lus Jos Martins Cortes 2103422 Joo Pedro Oliveira 21000570 Jeremias Siwapeni Mwalimusi Didalelwa 20099946 Miguel Afonso Rei Vilar 20098085 Paulina Mateus 20096690 Leonel Madeira Nery Fortes 20096238 Glia Fernanda Bernardo Neto 20096194 Sara Lcia Correia Fernandes 20095356 Pedro Fernandes Vitorino Besugo 20095074 Carla Gizela Pimentel da Costa 20094889 Maria Helena Da Silva Coelho Godinho Trouxa 20094793 Jessica da Paz Franco Leo 20095934 Joo Paulo Borges 20094421 Filomeno Andrade Borges 20094137 Slvia Moreno Puk 20094064 Raquel Santos Martins 20093675 Arnaldina Fernandes do Esprito Santo 20093668 Rafaela Alexandra Varela Tapadinhas 20092297 Francisco Henrique dos Santos Saragoa 20092235 ISABEL MARIA MONTEIRO GOMES 20090877 Paula Tavares dos Santos 20090383 Gabriela Gaspar 20085555 Igor da Silva Carvalho 20083350 Tiago Miguel Antunes Rego 20073591 Marilyne da Silva Mututa 20071601 Sofia Alexandra Beja e Costa da Silva

3

Data

Calendrio de apresentao dos trabalhos27.04.2012 27.04.2012 27.04.2012 Silvia Puk Administrao directa do Estado: um caso de estudo Paulo Santos

Aluno

Trabalho

4

Administrao indirecta do Estado: um caso de estudo Administrao autnoma: as associaes pblicas (um caso de estudo)

04.05.201204.05.2012 04.05.2012 11.05.2012 11.05.2012 11.05.2012 18.05.2012 18.05.2012 18.05.2012 15.06.2012 15.06.2012 Arnaldina Esprito Santo Jos Toms Igor Carvalho Joo Pedro Oliveira Sara Fernandes Joo Paulo Borges Antnia Faria Janeth Andr Miguel Vilar

Administrao independente: as autoridades reguladoras independentes (um caso de estudo)Administrao independente: as autoridades pblicas independentes (um caso de estudo) Instituies particulares de interesse pblico: um caso de estudo Controlo parlamentar dos actos do Governo e da Administrao Pblica: Perguntas e requerimentos Controlo parlamentar dos actos do Governo e da Administrao Pblica: As comisses de inqurito A modernizao administrativa e o principio constitucional da desburocratizao O Provedor de Justia e os direitos e garantias dos cidados O referendo Direitos e garantias dos cidados: O direito de petio (estudo de um caso) Direitos e garantias dos cidados: O direito de participao (estudo de um caso) O fenmeno da corrupo na vida pblica

Administrao Pblica5

Administrao Pblica

(conceitos) Bibliografia Bibliografia bsica indicada com o Programa

Administrao Pblica6

Funes do Estado:Funo constituinte. Funo de reviso constitucional.

Funes primrias:Funo poltica; Funo legislativa.

Funes secundrias:Funo administrativa; Funo jurisdicional.

Administrao Pblica7

As funes constituinte e de reviso

constitucional, bem como as funes poltica e legislativa, esto cometidas a um nmero exguo de rgos do poder poltico;

A funo jurisdicional est cometida a um elenco

mais ou menos vasto de Tribunais;

A funo administrativa, dada a sua complexidade

e especializao, exercida por um sem nmero de entidades dotadas de personalidade jurdica.

Estas entidades integram a Administrao Pblica.

Funo administrativa do Estado8

Funo administrativa do Estado visa a produo de

bens e a prestao de servios destinados a satisfazer necessidades colectivas que, por opo legislativa, se entende incumbirem ao poder poltico do Estado.

Executa opes polticas e actos legislativos (est sujeita aos princpios da subordinao poltica e da legalidade); Disponibiliza bens materiais e imateriais, destinados a satisfazer necessidades colectivas; As necessidades colectivas a satisfazer so s aquelas que tenham sido definidas no quadro da funo legislativa.

Administrao Pblica9

Administrao pblica, em sentido material,

corresponde funo administrativa do Estado. Administrao Pblica, em sentido orgnico, o

conjunto de pessoas coletivas que exercem a funo administrativa do Estado. A Administrao Pblica, em sentido orgnico, exerce a administrao pblica, em sentido material.

Administrao Pblica10

Organizao administrativa Pessoas colectivas pblicas rgos administrativos Servios Pblicos Bibliografia: Bibliografia bsica indicada.

Organizao administrativa11

Estado-colectividade e Estado-Administrao:

Estado-colectividade, corresponde ao sentido mais lato com que habitualmente usada a palavra Estado. Sociedade poltica: um povo, fixado num territrio, no qual instituiu, por autoridade prpria, um poder poltico soberano. Estado-Administrao, corresponde a uma pessoa colectiva pblica que desempenha a funo administrativa do Estadocolectividade.

Organizao administrativa12

Estado-Administrao: a pessoa colectiva de direito interno, criada pelo Estadocolectividade para exercer s a funo administrativa deste, tendo por rgo supremo o Governo e dispondo de patrimnio no qual no se integram os bens que pertencem s demais entidades pblicas (Sousa, 1999, p.51). uma das pessoas colectivas pblicas que exerce a funo administrativa do Estado-colectividade.

As Regies Autnomas dos Aores e da Madeira e as autarquias locais so outras pessoas colectivas pblicas que exercem a funo administrativa em parcelas do territrio do Estado-colectividade.

Organizao administrativa13

Como se organiza o Estado para desempenhar a sua

funo administrativa?

Pessoas colectivas pblicas ou pessoas colectivas de Direito Pblico As entidades, entes pblicos, a quem atribudo o encargo de satisfazer determinadas necessidade colectivas; rgos administrativos As figuras que expressam a vontade das pessoas colectivas pblicas; Servios pblicos Unidades funcionais que actuam na esfera das pessoas colectivas pblicas, sob a direco dos respectivos rgos administrativos.

Pessoas coletivas pblicas14

So criadas por iniciativa pblica.

Podem ser criadas pelo Estado central ou pelas administraes regionais e locais.

Prosseguem um fim de interesse pblico, ou de

interesse geral da colectividade. Tm capacidade jurdica, ou seja, dispem de poderes e de autoridade que exercem por direito prprio, incluindo o de execuo prvia. Tm deveres relacionados com o fim de interesse pblico que devem prosseguir. Em suma: participam no exerccio da funo administrativa.

Pessoas coletivas pblicas15

De tipo territorial:

Estado central, regies autnomas, autarquias locais.

De tipo institucional:

Institutos pblicos.

De tipo associativo:

Associaes pblicas.

Pessoas coletivas de interesse pblico16

So pessoas colectivas de direito privado

qualificadas por lei como instituies particulares de interesse pblico.

Prosseguem atribuies prprias, mas esto de algum modo associadas ao desempenho da funo administrativa do Estado.

Pessoas coletivas de interesse pblico17

Podem ser agrupadas em trs categorias:Pessoas coletivas de mera utilidade pblica: Pessoas coletivas privadas, sem fins lucrativos, que desenvolvem atividade de interesse coletivo reconhecido pela Administrao Pblica, ainda que no tenham subjacente um desgnio de justia. Instituies particulares de solidariedade social: Prosseguem atribuies especificadas por lei (nas reas da segurana social, sade, educao, formao profissional e habitao social), partilhando com as entidades pblicas a satisfao de necessidades coletivas de realizao coletiva; Pessoas coletivas de utilidade pblica administrativa: Sendo pessoas coletivas privadas, sem fins lucrativos, participam no exerccio da funo administrativa do Estado, substituindo as entidades pblicas na prossecuo das suas atribuies.

rgos administrativos18

Exprimem a vontade da pessoa colectiva pblica.

No se confundem com o titular (a pessoa singular cuja vontade determinante para a formao da vontade do rgo). Simples (no integra outros rgos no seu seio) ou complexo (composto por outros rgos); Singular (com um s titular) ou colegial (com mais do que um titular); Electivo (o titular ou titulares so, no todo ou maioritariamente, eleitos) ou no electivo (o titular ou titulares so, no todo ou maioritariamente, designados); Constitucional ou no constitucional (conforme a sua existncia esteja, ou no, prevista na Constituio).

Quanto sua estrutura, um rgo pode ser:

rgos administrativos19

Quanto sua competncia, um rgo pode ser: Soberano (o Governo e os rgos que o integram) e no soberano (todos os demais); Central (com competncia sobre todo o territrio nacional), local (com competncia sobre uma parcela do territrio) ou externo (com competncias sobre matrias respeitantes a reas exteriores ao pas); Permanente (com durao indefinida) ou temporrio (cuja durao est associada realizao de certas tarefas ou ao decurso de certo prazo); Executivo (quando executa deliberaes de outros rgos).

Servios pblicos20

Estruturas constitudas por agentes que contribuem

para a preparao das decises ou deliberaes dos rgos das pessoas colectivas pblicas e que esto incumbidas de executar essas decises.

So classificados tendo em ateno os seus fins: servios de educao, de polcia, de sade, fiscais, etc. O conjunto de servios subordinados direco especfica de um membro do Governo, com quadros prprios e oramento integrado, designado por departamento governamental (Ministrio ou Secretaria de Estado). Em Portugal, a organizao dos servios pblicos est regulada na Lei 4/2004, de 15 de Janeiro, alterada pelo D. L. 105/2007, de 3 de Abril e pela Lei 64-A/2008, de 31 de Dezembro .

Servios pblicos21

Modelos de funcionamento:

Servios partilhados (aquisies, sistemas de informao e comunicao, gesto de edifcios e de frotas, segurana e limpeza, processamento de vencimentos e contabilidade); Funcionamento em rede quando estejam em causa funes do Estado que dependam de mais de um servio (disponibilizao de informao de utilizao comum em formato electrnico); Sistemas de informao que permitam a circulao de informao por via electrnica, incluindo a necessria ao controlo e avaliao da gesto de recursos humanos, oramentais e materiais; Recurso a instrumentos de governo electrnico para relacionamento com os cidados (incluindo na rea da contratao pblica e na promoo do desenvolvimento econmico).

Servios pblicos22

Quanto sua funo dominante, podem ser: Servios executivos (execuo das polticas pblicas e apoio tcnico aos membros do Governo):Direces-gerais ou direces regionais (polticas pblicas); Gabinetes ou secretarias-gerais (apoio tcnico).

Servios de controlo, auditoria e fiscalizao (acompanhamento e avaliao da execuo das polticas pblicas):

Inspeces-gerais ou inspeces regionais.

Servios de coordenao (promovem a articulao em domnios onde essa necessidade seja permanente), podendo ser intra ou interministeriais.

Servios pblicos23

Estrutura

Direces-gerais ou equiparadas (direco superior de grau 1). Direces de servios ou equiparadas e divises (direco intermdia de graus 1 e 2, respectivamente). Ncleos e equipas multidisciplinares (coordenadas por funcionrios designados pelo dirigente mximo dos servios). Estruturas temporrias:

Estruturas de misso (criadas por resoluo do Conselho de Ministros, para desenvolver misses temporrias, devidamente contratualizadas, que no possam ser asseguradas pelos servios permanentes); Comisses e grupos de trabalho (criados por despacho conjunto do ministro ou ministros competentes e do Ministro das Finanas, para desenvolver misses temporrias que no possam ser desenvolvidas pelos servios permanentes).

Organizao administrativa - Estrutura24

Estado-administrao = pessoa colectiva pblica Governo = rgo da pessoa colectiva (rgo complexo)

Primeiro-Ministro = rgo da pessoa colectiva (rgo simples) Presidncia do Conselho de Ministros (servio pblico departamento governamental) Secretaria-Geral da Presidncia do Conselho de Ministros (servio pblico executivo, de apoio tcnico) Inspeco-Geral da Administrao Local (servio pblico controlo, auditoria e fiscalizao) Gabinete Coordenador de Segurana (servio pblico coordenao)

Organizao administrativa - Estrutura25

Municpio de Lisboa = pessoa colectiva pblica Cmara Municipal de Lisboa = rgo administrativo (complexo)

Presidente da Cmara = rgo administrativo (simples) Secretaria-Geral (servio pblico executivo, apoio tcnico direco superior) Direco Municipal de Ambiente Urbano (servio pblico executivo, polticas pblicas direco superior) Departamento de Ambiente e Espaos Verdes (servio pblico executivo, polticas pblicas direco intermdia grau 1) Diviso de Jardins (servio pblico executivo, polticas pblicas direco intermdia grau 2).

Prxima aula26

1. Teoria geral da organizao administrativa

funcionamento

Competncias e atribuies; Descentralizao e desconcentrao; Delegao de poderes.

Relaes funcionaisHierarquia Superintendncia Tutela

2. A organizao administrativa em Portugal Princpios constitucionais da atividade administrativa