ação tempo espaço personagens narrador leitor modos de expressão e representação ebicc prof....
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Ação
Tempo
Espaço
Personagens
Narrador
Leitor
Modos de Expressão e representaçã
oEBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
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O texto narrativo
• O texto narrativo conta acontecimentos ou experiências
conhecidas ou imaginadas. Contar uma história, ou seja,
construir uma narrativa, implica uma ação, desenvolvida num
determinado espaço e num determinado tempo, praticada
por personagens, que nos é transmitida por um narrador.
• Normalmente, o texto narrativo é constituído por narração (a
ação avança), descrição (das personagens e do espaço),
diálogo (as personagens falam entre si) e monólogo (uma
personagem fala consigo mesma).
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IC A
I - Cate
goria
s d
a
Narra
tiva
- acontecimentos principais e acontecimentos
secundários; Ação central e ação secundária;
- momentos determinantes no desenrolar da ação:
situação inicial (introdução), desenvolvimento
(acontecimentos) e desenlace (desfecho ou
conclusão);
- ação fechada (solucionada até ao pormenor) ou
ação
aberta (não solucionada);
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Ação
Relevância dos
acontecimentos
Estrutura da ação
Final da ação
Ação
‐ ordem real dos acontecimentos / ordem textual
dos acontecimentos:
‐ encadeamento (ordenação cronológica
dos acontecimentos),
‐ alternância (entrelaçamento das
sequências e/ou ações),
‐ encaixe (introdução de uma sequência
e/ou ação ).
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Ordenação dos
acontecimentos e
da narrativa
Organização das
sequências
narrativas e/ ou
ações
‐ espaço físico (lugar da realização da acção),
‐ espaço social (o meio social a que as personagens
pertencem e onde se deslocam),
‐ espaço psicológico (o espaço vivenciado pela
personagem, de acordo com o seu estado de
espírito, ou o lugar
do pensamento e da emoção da personagem).
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Espaço
Tempo
Espaço e Tempo
‐ tempo cronológico (marcas da passagem do
tempo),
‐ tempo histórico (enquadramento histórico dos
acontecimentos),
‐ tempo psicológico (tempo vivenciado
subjetivamente
pelas personagens).
‐ central / principal / protagonista, secundária,
figurante, mencionada ou aludida;
‐ modelada, plana, tipo, individual, coletiva;
‐ retrato das personagens:
– físico (traços fisionômicos, vestuário, gestos),
– psicológico (traços psicológicos, de caráter;
sentimentos, comportamentos),
– social (grupo social; linguagem);
‐ formas de obter informações sobre as personagens:
‐ direta (através de palavras da personagem
acerca de
si própria, de palavras de outras personagens,
de afirmações do narrador),
‐ indireta (deduções do leitor acerca da
personagem, a partir de atitudes ou
comportamentos da mesma).
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relevo ou papel
concepção
caracterização
modos de
caracterização
Personagem
Narrador eModos de Representação
‐ marcas da sua presença ou ausência - participante
(como personagem ou como observador), não
participante;
‐ marcas da sua imparcialidade ou parcialidade -
objetivo
(não toma posição face aos acontecimentos),
subjetivo
(narra os acontecimentos, declarando ou sugerindo
o seu
ponto de vista).
‐ narração, descrição;
‐ diálogo, monólogo.EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
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Narrador
presença
Ponto de vista
Representação
Expressão
A ação• A ação é o desenrolar de acontecimentos que se relacionam entre
si e se encaminham ou não para um desenlace.
• A ordenação ou estrutura de uma narrativa caracteriza-se por uma
situação inicial (introdução), um desenvolvimento
(acontecimentos) e um desenlace (desfecho ou conclusão), que
não existe em certas narrativas modernas.
• Quando existe desenlace, isto é, a resolução de todas as dúvidas,
expectativas, conflitos ou anseios acumulados, diz-se que se trata
de uma ação fechada. Quando não existe desenlace, ou seja, se
a narrativa deixar ao leitor a possibilidade de imaginar a
continuação da história, diz-se que se trata de uma ação aberta.
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• Um momento da ação ou sequência é uma unidade narrativa,
isto é, um bloco semântico (de sentido) reconhecido intuitivamente
pelo leitor.
• Os momentos da ação ou sequências podem seguir a ordem
cronológica dos acontecimentos - encadeamento - ou não. Por
vezes, são integrados, no tempo em que a ação decorre, fatos
anteriores (analepse ou flash-back) ou posteriores (prolepse).
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A personagem
• A personagem é um ser ficcional em torno do qual gira a ação do texto
narrativo.
• As personagens definem-se em função do sua importância ou
intervenção na ação:
– personagens principais ou protagonistas - as que assumem o papel
mais importante;
– personagens secundárias - as que têm uma intervenção
menor;
– figurantes - as que não têm qualquer interferência na ação.
• A identificação de uma personagem corresponde à atribuição de um
nome.EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
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• A caracterização das personagens revela-se através de um conjunto de
atributos, traços, características físicas e psicológicas – retrato físico e
retrato psicológico - moral.
• Quando as características físicas e psicológicas das personagens são
apresentadas pelo narrador, pelas outras personagens ou pela própria
personagem, fala-se de caracterização direta; quando as características
psicológicas ou morais podem ser deduzidas a partir das atitudes, do
comportamento, das emoções, da maneira de falar das personagens, fala-se
de caracterização indireta.
• Relativamente à construção da personagem, ela poderá ser construída sem
profundidade e com um reduzido número de atributos - personagem plana
(repete, por vezes com efeitos cômicos, gestos, comportamentos, «tiques»
verbais); ou poderá possuir complexidade bastante para revelar uma
personalidade vincada - personagem modelada (revela o seu caráter
gradualmente e de forma imprevisível).EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
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O espaço
• O espaço é o lugar ou lugares onde decorre a ação.
• Distinguem-se três tipos de espaço, que nem sempre se encontram
em todas as narrativas: o espaço físico, o espaço psicológico e
o espaço social. A multiplicidade dos espaços ocorre apenas nas
narrativas de maior extensão e complexidade, como a epopéia e o
romance.
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• O espaço físico é o conjunto dos componentes físicos que
servem de cenário ao desenrolar da ação e à
movimentação das personagens. Assim, o espaço físico
integra os cenários geográficos (espaço físico exterior) e os
cenários interiores, como as dependências de uma casa, a
sua decoração, os objetos, etc. (espaço físico interior).
O espaço físico pode constituir apenas o cenário da ação
ou ter também uma função importante na revelação do
caráter e do comportamento das personagens. Neste caso,
convém considerar a variedade dos aspectos do espaço: se
abrange ou não uma grande extensão, se identifica
geograficamente determinada região, se é um espaço
natural ou construído pelo homem, rural ou urbano, no país
ou no estrangeiro.EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
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• O espaço psicológico é a vivência do espaço físico pelas
personagens ou o lugar do pensamento e da emoção das
personagens. Assim, por exemplo, locais evocados pela memória
correspondem ao espaço psicológico. Por outro lado, em relação ao
mesmo espaço, a personagem pode experimentar diferentes
sentimentos, conforme o seu estado de espírito ou condições
exteriores, como as condições atmosféricas.
• O espaço social consiste nas relações sociais, económicas,
políticas e culturais entre as personagens. Constitui-se através das
personagens figurantes e das personagens-tipo, correspondendo à
descrição de um determinado ambiente que ilustra, por exemplo,
vícios e deformações de uma sociedade, servindo então para
expressar uma intencionalidade crítica.
• A descrição é o modo de representação das três espécies de
espaço.EBICC Prof. Teresa Pombo – Abril 2006
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• O tempo corresponde à sucessão dos momentos, de acordo com a
sua contagem (minutos, horas, dias, semanas, meses, anos,
séculos, etc.).
• Distinguem-se três espécies de tempo: o tempo cronológico, o
tempo histórico e o tempo psicológico.
• O tempo cronológico refere-se às marcas da passagem do
tempo, obedecendo às regras da sua contagem ou cronometria, e
pode ser considerado o tempo físico, real. Corresponde à sucessão
cronológica de eventos suscetíveis de serem datados.
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O tempo
• O tempo histórico engloba o enquadramento histórico dos
acontecimentos, ou seja, revela-se nas indicações cronológicas que
inserem a ação numa determinada época histórica.
• O tempo psicológico refere-se ao tempo vivenciado
subjetivamente, ou seja, opõe-se muitas vezes ao tempo
cronológico, que tem a ver com os dados objetivos. O tempo
psicológico revela-se nas impressões que as personagens
manifestam relativamente ao desenrolar temporal, bem como nos
dados provenientes da memória ou da imaginação, e pode indicar
também as mudanças opera das pela passagem do tempo e as
experiências vividas.
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O narrador• O narrador é um ser ficcional, não devendo ser confundido com o
autor real que o cria. O narrador tem a função de enunciar e
organizar o discurso; é ele que nos transmite o mundo inventado
ou recriado numa narrativa.
• Distinguem-se diferentes tipos de narrador, tendo em conta a sua
presença ou ausência no universo da narrativa, a adoção de
determinado ponto de vista e o grau de conhecimento que
demonstra ter da história que conta.
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• Relativamente à presença, o narrador classifica-se como
participante ou não participante.
• O narrador participante é aquele que se integra no mundo narrado,
estando presente na ação de dois modos possíveis, participante
como personagem (narra na primeira pessoa, podendo ser
também o protagonista – ) ou participante como observador
(narra na primeira pessoa, mas não interfere na ação, limita-se a
acompanhá-la).
• O narrador não participante exprime-se na terceira pessoa e
está ausente do universo narrativo.
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• Em relação ao ponto de vista adotado, o narrador classifica-se
como objetivo ou subjetivo. Se o narrador revela imparcialidade,
ou seja, se não assume posição face aos acontecimentos, é
objetivo. Se o narrador é parcial, ou seja, se afirma ou sugere o seu
ponto de vista, é subjetivo.
• O narrador caracteriza-se também em função do conhecimento da
história: ele pode fingir que sabe apenas o que presencia,
enquanto personagem ou observador, ou manifestar um total
conhecimento da ação e das personagens, ou seja, revelar que
sabe mais que as personagens.
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O Leitor• O leitor pode identificar-se com o narrador (todo o leitor
que venha a ler a obra). É a ele que se dirige o narrador.
Pode também ter o estatuto de uma personagem e intervir
na ação.
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Modos de representaçãoe de expressão
• O texto narrativo pode apresentar várias modalidades de discurso.
O discurso do narrador, mais próximo da ficção narrada,
apresenta-se sob as formas de:
– narração - relato de acontecimentos e de conflitos, situados
no tempo e encadeados de forma dinâmica, originando a ação
(verbos de movimento e formas verbais do pretérito-perfeito,
imperfeito e mais-que-perfeito);
– descrição - informações sobre as personagens, os objetos, o
tempo e os lugares, que interrompem a dinâmica da ação e vão
desenhando os cenários (verbos copulativos ou de ligação e formas
verbais do pretérito imperfeito).
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• O discurso das personagens, mais distante do narrador,
apresenta-se sob as formas de:
– diálogo - interação verbal ou conversa entre duas ou mais
personagens (discurso direto com registos de língua variados);
– monólogo - conversa da personagem consigo mesma, discurso
mental não pronunciado ou pronunciado, mas sem ouvinte (discurso
direto com frases simples e reduzidas, muitas vezes com suspensões).
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Fim!