ação de execução fiscal

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15004030 – APELAÇÃO CÍVEL – Execução fiscal. Embargos. Ilegitimidade passiva ad causam na execução. Alteração contratual que demonstra ter o executado se retirado da sociedade. Apelo impróvido. Unânime. Provando, através de alteração contratual ter o executado se retirado da sociedade não sendo mais responsável pela empresa, correta e a decisão que decreta sua ilegitimidade ad causam para figurar no polo de ação de execução fiscal. Apelo impróvido. Decisão unânime. (TJSE – AC 107/97 – Ac. 1274/97 – 3ª V.Cív. – Aracaju – Rel. Des. Fernando Ribeiro Franco – DJSE 29.12.1997) 310841 – EXECUÇÃO – BENS DO SÓCIO – DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA DA EMPRESA – Em regra, os bens particulares do sócio não podem ser objeto de constrição, a teor do art. 596 do CPC. O Decreto nº 3.708/1919, que regulamenta o funcionamento das sociedades de responsabilidade limitada, dispõe que o sócio somente responderá pelas dívidas da sociedade, em caso de falência, quando não integralizado o capital, diante de excesso de mandato do sócio-gerente ou quando os sócios praticarem atos contrários à lei ou ao contrato. A jurisprudência trabalhista acresce a dissolução irregular da sociedade, sem o pagamento dos créditos trabalhistas. Restando incontroversa a extinção irregular da executada, que não deixou bens suficientes ao atendimento dos débitos trabalhistas, os sócios hão de responder pela dívida, ainda que não tenham participado da relação processual na fase de conhecimento. Vale invocar a teoria da superação da personalidade jurídica (disregard of legal entity), a qual permite seja desconsiderada a personalidade jurídica das sociedades de capitais, para atingir a responsabilidade dos sócios, visando impedir a consumação de fraudes e abusos de direito cometidos através da sociedade. Aliás, aplicável, por analogia, a disposição contida no art. 28, § 5º, do Código de Defesa do Consumidor, que autoriza a desconsideração da personalidade jurídica sempre que esta constituir obstáculo ao

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15004030 – APELAÇÃO CÍVEL – Execução fiscal. Embargos. Ilegitimidade passiva ad causam na execução. Alteração contratual que demonstra ter o executado se retirado da sociedade. Apelo impróvido. Unânime. Provando, através de alteração contratual ter o executado se retirado da sociedade não sendo mais responsável pela empresa, correta e a decisão que decreta sua ilegitimidade ad causam para figurar no polo de ação de execução fiscal. Apelo impróvido. Decisão unânime. (TJSE – AC 107/97 – Ac. 1274/97 – 3ª V.Cív. – Aracaju – Rel. Des. Fernando Ribeiro Franco – DJSE 29.12.1997)

310841 – EXECUÇÃO – BENS DO SÓCIO – DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA DA EMPRESA – Em regra, os bens particulares do sócio não podem ser objeto de constrição, a teor do art. 596 do CPC. O Decreto nº 3.708/1919, que regulamenta o funcionamento das sociedades de responsabilidade limitada, dispõe que o sócio somente responderá pelas dívidas da sociedade, em caso de falência, quando não integralizado o capital, diante de excesso de mandato do sócio-gerente ou quando os sócios praticarem atos contrários à lei ou ao contrato. A jurisprudência trabalhista acresce a dissolução irregular da sociedade, sem o pagamento dos créditos trabalhistas. Restando incontroversa a extinção irregular da executada, que não deixou bens suficientes ao atendimento dos débitos trabalhistas, os sócios hão de responder pela dívida, ainda que não tenham participado da relação processual na fase de conhecimento. Vale invocar a teoria da superação da personalidade jurídica (disregard of legal entity), a qual permite seja desconsiderada a personalidade jurídica das sociedades de capitais, para atingir a responsabilidade dos sócios, visando impedir a consumação de fraudes e abusos de direito cometidos através da sociedade. Aliás, aplicável, por analogia, a disposição contida no art. 28, § 5º, do Código de Defesa do Consumidor, que autoriza a desconsideração da personalidade jurídica sempre que esta constituir obstáculo ao ressarcimento de prejuízos. (TRT 3ª R. – AP 3.773/98 – S.Esp. – Relª Juíza Alice Monteiro de Barros – DJMG 16.04.1999 – p. 7)

27009373 – TRIBUTÁRIO – EMBARGOS A EXECUÇÃO FISCAL – ILEGITIMIDADE PARA CONSTAR NO PÓLO PASSIVO DA EXECUÇÃO – RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA SOLIDÁRIA INEXISTENTE – A responsabilidade tributária solidária não decorre da existência do débito, mas da ilícita dissolução da pessoa jurídica devedora, ato não atribuível a apelada, que já anteriormente se afastara, transferindo suas cotas sociais. Apelo desprovido. Embargos do devedor. Executivo fiscal. (TJRS – AC 598546521 – RS – 2ª C.Cív. – Rel. Des. João Aymore Barros Costa – J. 07.04.1999)

1004707 – SOCIEDADE RESPONSABILIDADE LIMITADA. EXECUÇÃO. SÓCIO. PENHORA BEM PARTICULAR. DESCABIMENTO. – Executivo fiscal sociedade por

cotas de responsabilidade limitada. Prescrição não verificada, porque interrompida por citação válida. Bens particulares dos sócios. Os bens particulares dos sócios não respondem pela dívida fiscal, salvo quando tenha agido com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatuto. Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. (TARS – AC 183.019.355 – 1ª CCiv. – Rel. Juiz Adalberto Libório Barros – J. 21.06.1983)

701992 – EXECUÇÃO FISCAL – EMBARGOS – RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA DE SÓCIO DIRIGENTE – EFEITOS DA SOLIDARIEDADE NO TOCANTE À PRESCRIÇÃO _0 CTN, ART. 125, III e 174, PARÁGRAFO ÚNICO, I – TERMO FINAL DA RESPONSABILIDADE EM RELAÇÃO AO SÓCIO QUE SE DESLIGA DA EMPRESA – CTN, ART. 109 – CÓDIGO CIVIL, ART. 18, CAPUT, E PARÁGRAFO ÚNICO – RESPONSABILIDADE PESSOAL DO SÓCIO DIRETOR – 1. A citação de pessoa jurídica executada interrompe a prescrição (CTN, art. 174, parágrafo único, I), estendendo-se esse efeito aos sócios por força dos efeitos da solidariedade preconizados no art. 125, III, do CTN. 2. O arquivamento do desligamento do sócio na Junta Comercial marca o termo final de sua responsabilidade tributária, ex vi, do art. 109 do CTN c/c o parágrafo único do art. 18 do Código Civil. 3. Consoante inúmeros precedentes desta turma, o não pagamento de tributos, por si só, condiciona a responsabilidade tributária, por infração à lei, preconizada no art. 135 do CTN. 4. Apelações e remessa oficial improvidas. (TRF 1ª R. – AC 93.01.32992-1 – MG – 3ª T. – Rel. Juiz Conv. Hilton Queiroz – DJU 20.03.1998)

17003091 – EXECUÇÃO FISCAL – CRÉDITO TRIBUTÁRIO – ALTERAÇÃO CONTRATUAL – RESPONSABILIDADE TRIBUTARIA DE SÓCIO – ART. 135 – INC. III – C.T.N. – EMBARGOS DE TERCEIRO – EMBARGOS DE TERCEIRO – EXECUÇÃO FISCAL – NULIDADE – NÃO OCORRÊNCIA – ALTERAÇÃO CONTRATUAL – CRÉDITO TRIBUTÁRIO – FATOS GERADORES – RESPONSABILIDADE DOS EX-SÓCIOS – Rejeita-se a nulidade da citação, se o citando era sócio da firma por ocasião da constituição do credito tributário. O sócio é responsável pelas obrigações tributarias resultantes de atos praticados com infração da lei, como o não pagamento de impostos na data de vida, sem motivo justificado. A posterior retirada da firma não isenta o ex-sócio desta relativamente ao pagamento de credito tributário cujos fatos geradores ocorreram antes de ser efetivada a sua saída da sociedade executada. (TJRJ – AC 3809/96 – Reg. 250697 – Cód. 96.001.03809 – Capital – 10ª C.Cív. – Rel. Des. Afranio Sayao – J. 03.04.1997)

2003493 – APELAÇÃO CÍVEL – RECURSO EX OFFICIO – AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL – EMBARGOS À EXECUÇÃO – PENHORA – COMPROVAÇÃO NOS AUTOS EXECUTIVOS – INÉPCIA DA INICIAL AFASTADA CRÉDITO TRIBUTÁRIO

– EXECUTADO QUE NÃO ERA SÓCIO DA EMPRESA À ÉPOCA DO FATO GERADOR – RESPONSABILIDADE PESSOAL NÃO CARACTERIZADA – RECURSOS IMPROVIDOS – A falta de comprovação da penhora, nos autos de embargos, não acarreta a inépcia da inicial, se a prova consta do processo de execução fiscal. O sócio não responde com o seu patrimônio pessoal por dívida fiscal constituída antes do seu ingresso na sociedade. Ademais, o sócio gerente de uma sociedade limitada é responsável por substituição, pelas obrigações fiscais da empresa a que pertencera, desde que essas obrigações tributárias tenham fato gerador contemporâneo ao seu gerenciamento. (TJMS – AC – Classe B – XVII – N. 61.807-1 – Mundo Novo – 3ª T.C. – Rel. Des. Claudionor Miguel Abss Duarte – J. 21.10.1998)

2006175 – REEXAME DE SENTENÇA – EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL – TRIBUTO DEVIDO POR EMPRESA – RESPONSABILIDADE DO SÓCIO-GERENTE SOMENTE QUANTO AOS DÉBITOS RELATIVOS AO PERÍODO QUE INTEGRAVA O QUADRO SOCIETÁRIO – PROCEDÊNCIA PARCIAL DO PEDIDO – DECISÃO RATIFICADA – Ratifica-se a sentença que acolhe parcialmente os embargos opostos por ex-sócio, gerente de empresa, que está sendo executada por tributos devidos pelo exercício da atividade comercial, excluindo da execução tão somente o débito relativo ao período em que o embargante já não mais pertencia ao quadro societário. (TJMS – Reex. Sen. – Classe B – XIV – N. 67.333-0 – Campo Grande – 1ª T.Cív. – Rel. Des. Josué de Oliveira – J. 13.08.1999)

PRELIMINARES 1 - Ilegitimidade passiva de Alcy de Oliveira Motta "O sócio-gerente de uma sociedade limitada é responsável, por substituição, pelas obrigações fiscais da empresa a qual pertencera, desde que essas obrigações tributárias tenham fato gerador contemporâneo ao seu gerenciamento, pois que age com violação à lei o sócio-gerente que não recolhe os tributos devidos"(STJ 1ª Turma, Resp 47.718-2 RS, Rel. Min. Milton Luiz Pereira, j. 9.8.95), in Theotônio Negrão, Código de Processo Civil, 28ª ed., Lei de Execução Fiscal, art. 4º:5).

Ressalto, também que não se aplica à espécie a teoria da desconsideração da personalidade jurídica, uma vez que a mesma deva ser aplicada de acordo com o artigo 16 do Decreto-Lei 3.708 e 135 do CTN. Assim, somente os sócios que tenha deliberado contra as regras contratuais ou legais, com excesso de poderes, podem ser responsabilizados pessoal e ilimitadamente pelas obrigações sociais e tributárias.O STJ, decidindo matéria análoga, quando do julgamento do Resp 85.115, rel. Min. Humberto Gomes de Barros, asseverou que."A responsabilidade tributária solidária prevista nos artigos 134, 135, III, alcança o sócio-gerente que liquidou irregularmente a sociedade limitada. O

sócio-gerente responde por ser gerente, não por ser sócio. ele responde não pela circunstância de a sociedade estar em débito, mas por haver dissolvido irregularmente a pessoa jurídica" RSTJ 88/50.