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ENTREVISTA À IRMÃ MARIA ADELAIDE PÁG 11 ENSAIOS PARA A FESTA DE S. JOSÉ PÁG 14 PROBLEMA DO MÊS PÁG 21 a docolégio Março de 2015 . 500 exemplares . 2 voz Externato de São José | Restelo 38

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Jornal do Externato de S. José 38 - Março 2015

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Page 1: A Voz do Colégio | 38

ENTREVISTA À IRMÃ

MARIA ADELAIDE PÁG 11

ENSAIOS PARA A FESTA DE S. JOSÉ

PÁG 14

PROBLEMA DO MÊSPÁG 21

a docolégioMarço de 2015 . 500 exemplares . 2 vozExternato de São José | Restelo

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2 avozdocolégioV38

A Direção Irmã Maria do Rosário Silva

Prof.ª Eulália Borges Correia

No dia 11 de janeiro, na Igreja de S. Domingos, iniciámos a comemoração do Ano Jubilar

– 100 anos da morte da Madre Teresa de Saldanha e 150 anos da Fundação da Congregação das Irmãs Domini-canas de Santa Catarina de Sena em conjunto com elementos da nossa Co-munidade Educativa. Convém, pois, lembrar quem é Teresa de Saldanha e qual o projeto pedagógico que abra-çava.

Teresa de Saldanha nasceu em Lisboa, a 4 de setembro de 1837. Seguiu o en-sino doméstico e, desde cedo, se ha-bituou a integrar associações de cari-dade e a colaborar no auxílio aos mais pobres. Em janeiro de 1859 fundou, com seis amigas, a Associação Pro-tectora de Meninas Pobres, sediada no colégio de Santa Marta e, em 1864, decidiu fundar uma congregação re-ligiosa, sonho que realizou em 1868, com o aparecimento da Congregação das Irmãs Dominicanas de Santa Cata-rina de Sena.

Teresa de Saldanha não adotou uma corrente pedagógica específica, tendo apostado na construção do seu pró-prio projeto educacional, bastante inovador para o século XIX, com base nas suas convicções pessoais, na sua sensibilidade e na sua inteligência. Na sua opinião, respeitar cada criança, na sua individualidade, implica conhecê--la e tratá-la pelo seu nome próprio e acreditar nas suas capacidades e com-petências.

editorial

editorial

capa

colaboradores

comunidade educativa

coordenacao

Educ. Carla Travancas | Infantil

Prof. Patrícia Eusébio | 1º ciclo

Prof. Joana Pinto Machado | 2º ciclo

Prof. Paula Falcão | 3º ciclo

grafismo e paginacao

Prof. Carlos Fernandes

visite-nos em www.esj.edu.pt

sugestões ou comentá[email protected]

antigos alunos

privilegiava, nas suas escolas, o culto da verdade, da alegria, do

amor ao estudouma historiA PARA CONTAR

espaco da psicologia

o nosso mundo la fora

paginas centrais

2 cicloo

3 cicloo

cri art ividades

pagina da historia

pagina das ciencias

proa

o sol ainda brilha

pagina das linguas

jardim de infancia

1 ciclooA eficácia da educação, para Teresa de Saldanha, passa mais pelo exem-plo, e as relações interpessoais desen-volvidas entre educadoras e crianças devem ser de amabilidade mas tam-bém de autoridade, pois o afeto que se tem a cada aluno não elimina a au-toridade que é necessária para o con-duzir. Privilegiava, nas suas escolas, o culto da verdade, da alegria, do amor ao estudo, do acolhimento de diferen-tes formas de pensar, da proximidade e do afeto, bem como uma educação de esperança, otimista e que valoriza-va “os sinais dos tempos”.

Considerava que as atividades letivas devem ser bem preparadas e ter em conta as características próprias de cada grupo-turma.

O seu legado pedagógico perdura neste colégio que não esquece estes princípios pedagógicos.

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3

Entrei para o Externato S. José quando tinha apenas 5 anos. Completei a primária e o se-

gundo ciclo. Depois saí. Já não queria vestir castanho, nem saia aos quadra-dinhos.

Hoje, passados vinte e um anos, re-gresso como professora. Quem diria?

As memórias são muitas e as compa-rações também. Lembro-me perfeita-mente do cheiro característico do re-feitório da infantil. Ainda hoje, quando lá passo, parece que essas memórias olfativas renascem. As portas que me

pareciam enor-mes, hoje têm um tamanho perfeitamente normal.

Mas há mais. Muitas mais memórias e comparações. Por exemplo,

não havia o auditório, não havia o Pa-vilhão Desportivo. A ginástica era feita no espaço onde hoje eu almoço com as minhas colegas e alunos. De facto, muita coisa mudou!

Mas há outras que nem tanto, por exemplo o fotógrafo, o Jorge, ainda é o mesmo!

É muito bom conviver todos os dias com pessoas que fizeram parte da minha infância, desde as irmãs, aos professores e às vigilantes. Pessoas que me transmitem uma sensação fa-miliar.

antigos alunos

O OUTRO LADO

entrei para o Externato quando tinha 5 anos

...

passados 21 anos, regresso como professora.

Como disse há pouco, muita coisa mu-dou…

De repente, sou professora e faço par-te desta família. Outra diferença que noto hoje em dia, é que posso andar por sítios que nunca imaginei en-quanto aluna!

Certos corredores eram exclusivos para professores e eram totalmente proibidos!

A mítica e inacessível sala de profes-sores era um mistério para mim.

Tinha uma enorme curiosidade em en-trar lá dentro para ver como era…

O que será que os professores falavam e o que faziam lá dentro? Imaginava mil coisas…

Hoje em dia, vou lá todos os dias, mas mesmo assim não perdeu o encanto.

Agora, vejo as coisas de forma dife-rente. É um pouco estranho, ter como colegas, pessoas que já foram minhas professoras ou meus professores.

É engraçado olhar para a farda dos alunos, e pensar que também eu já an-dei assim!

Dizem que o bom filho, à casa torna. Eu voltei e agora estou do outro lado.

A responsabilidade desta função é imensa e a missão fascinante.

Aqui aprendi, aqui quero ensinar.

Sara Ferreira

lembro-me perfeitamente do cheiro característico do refeitório da infantil

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uma historiA PARA CONTAR

Saber crescer com partilha, tema para este ano letivo.

Pensei... E decidi partilhar con-vosco:O sentimento de confiança que guar-do no meu coração diariamente, quan-do deixo ao cuidado do Externato São José, das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena, as minhas três filhas.

Esta foi a casa que escolhemos para nos ajudar a educar as filhas. Tarefa árdua e desafiante, que por vezes faz que tenhamos de superar as nossas próprias capacidades.

Tem sido um caminho percorrido com grande sentido de responsabilidade, amizade, respeito e compreensão.

A partilha tem estado sempre presen-te nesta relação de confiança estabe-lecida entre a nossa família e toda a comunidade educativa. Partilha de medos, de inseguranças, de preocu-pações, de felicidades, de alegrias…

De qualquer forma tu és obrigado a saber o que vai no mundo à tua volta: guerras, ataques, fugas, cristãos per-seguidos, um estado violento a cres-cer, jovens que fogem dos pais para participar na luta armada..... Olha ao menos para ti. Quem és? Gostas do que és neste momento? Ou de vez em quando pensas, pões questões, abres silêncios, e ... Deus ?

Se acreditas, aproveita este tempo para renunciares cada dia a um pe-queno gesto – basta cumprimentares quem passa nos corredores, os “cha-tos” que estão à tua volta, a professo-ra de quem não gostas, o amigo com quem estás de mal.

Vai até à capela, o que nunca fazes, e espera uns minutos. Acredita que este teu tempo de escola, esta fase jovem da tua vida é uma “leveza do ser” é uma época de felicidade que ficará sempre contigo. Começas a gostar de alguém mas, por isso mesmo, pre-cisas de refletir e de perguntar para onde vou, dando algum sentido ao ser cristão... Estou a ver-te ao domingo,

É nossa convicção que esta relação se torna fácil, simples e ao mesmo tempo poderosa e intensa, porque na base da mesma temos como inspiração

Jesus… Partindo deste pressuposto conseguimos ver o melhor do outro e estar com o outro de coração aber-

to, desperto para aprender, partilhar, amar, crescer com alegria.

Há dez anos que temos o privilégio de conviver com esta comunidade educa-tiva, é chegado o momento de dizer OBRIGADA…

Tendo consciência que passamos mo-mentos muito difíceis e, nem me refi-ro a aspectos económico/financeiros, mas sim civilizacionais, estruturais, em que os valores estão constantemen-te a ser atacados e atropelados, não podemos deixar de olhar com carinho e afeto ao trabalho realizados nesta casa diariamente. A pedagogia é mui-to importante mas não menos impor-tante é o colo das irmãs, o carinho dos professores, o miminho das auxiliares, o olhar as crianças e os jovens nos olhos e chamá-los pelo nome próprio...

Bem Hajam!

Sofia Alves Lucas (mãe da aluna Maria João Lucas, 8ºC)

espreguiçado na tua bela cama. Mas agora há uma multiplicidade de horá-rios abertos e tempo para te encontra-res com Deus que te acena para que venhas.

Dialogas com tanta gente! Não podes falar um pouco com Ele? Sobre ti? So-bre o que queres ou não queres?...

Vá lá, dá um passo, devagar, day by day. (Musical que passou recentemente no teatro Tivoli)

Maria Margarida Pinto Machado (Cuca)

Ouve – serás capaz de te des-colares dessa vida de que tanto gostas? De recreios? De

bisbilhotices, de recadinhos, de músi-ca, de sms, de mails....?E o estudo?

Ah... Isso só quando há testes.

Imagina que te venho falar da Quares-ma.

Não me venham com isso...

PARTILHA...

DAY by DAY

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C omo já vem sendo usual, no mês de Outubro, os alunos do 9º ano inicia-

ram o seu processo vocacional. Es-tão inscritos, neste programa, 52 alu-

nos, tendo já sido realizadas 8 sessões das 9 previstas.

Nestas sessões foram desenvolvidas dinâmicas que permitiram aos alunos uma exploração de si próprios, das suas competências, motivações e ca-pacidades, bem como o conhecimento da oferta educativa existente.

Foram ainda esclarecidos sobre os principais conceitos, que configuram a tomada de decisão e da necessidade de o fazer, problematizam os diferen-tes tipos de processos e do conteú-do das decisões e foram ajudados a definir uma estratégia pessoal de tomada de decisões e a identificar os problemas maiores que lhes vão surgindo.

Por fim, realizaram os testes psi-cotécnicos.

espaco da psicologia

O gabinete de psicologia

Todo esse processo visa promover a capacidade dos alunos de tomarem decisões, não só relativas às exigências presentes, como ao longo de todo o seu percurso de vida, ten-do os pais também um papel muito importante.

Os pais afetam as escolhas vocacio-nais dos seus filhos enquanto mode-los no desempenho dos seus papeis, na medida em que influenciam a ima-gem que os filhos têm de si próprios, enquanto motivadores dos filhos para atividades ocupacionais, como fontes de informação sobre as profissões e como promotores de um ambiente de desenvolvimento.

Os pais devem orientar este processo vocacional. Orientar não significa es-colher pelo seu filho ou escolher para ele. É estar presente, é motivar, é real-çar os aspetos positivos do seu filho, é apoiar as suas opções, para que este tenha mais condições de tomar uma decisão ponderada, coerente e refle-tida.

Desperte-lhe o desejo de aprender, participar e fazer com que ele/a perce-ba qual a importância de uma boa aprendizagem, bem como de uma boa participação em todo este processo;

Valorize os seus comportamentos e realizações positivas, no sentido de lhes mostrar que vale sempre a pena tentar, mesmo quando algo não re-sultou como seria esperado;

Encoraje a observação e análise de diferentes profissões de interesse (ex. incentivando e facilitando visitas a locais de trabalho e entrevistas a diversos profissionais com funções diferentes);

Converse com o seu filho/a sobre as preferên-cias e interesses profissionais, mostrando-lhe ou ajudando-o/a na observação das diversas alternativas de formação educativa para o objetivo pretendido;

Demonstre ao seu filho/a uma com-preensão pelas escolhas feitas, salien-tando a importância de que a decisão vocacional deve ser tomada consciente-

mente por si.

Veja um video

interessante sobre este tema! :

http://youtu.be/rvCUm2jkkuw

Ficam agora algumas dicas para ajudar o seu filho neste processo:

orientação vocacinal

o m

undo

enca

ntado das psicó

loga

s

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jardim de infancia

Aqui vai esta receita mágica

Deixa voar a tua imaginaçãoTempera-a com uma pitada de

curiosidade e adiciona umbocadinho de diversão e bom humor.

Quando sentires ferver a paixão pelafantasia, condimenta-a commuita vontade de brincar.

É neste momento que deves adicionar:100g de cores150g de sabores e aromas deliciosos250g de apetite1 bocadinho de paciência

Para terminar, polvilha-a com vontadeDe tudo experimentar

Vais querer repetir!

Crianças do jardim de Infância

Receita mágica

O Lema foi escolhido em fun-ção da vivência permanente do pensamento de Teresa de

Saldanha (Madre fundadora), cuja atu-ação se filiou sempre no ser. O Lema em vigor este ano

“Saber crescer com…Respeito, Parti-lha e Amizade” é composto por três etapas, cada uma correspondendo a um ano letivo. Este projeto teve início no ano letivo do ano anterior, corres-pondendo o presente ano letivo à eta-pa da partilha.

É no Jardim de Infância que a crian-ça começa, verdadeiramente, a tomar consciência do outro, sendo por este motivo a melhor altura para se criarem condições favoráveis à educação dos valores.

A educação Pré-escolar constitui um contexto educativo mais alargado que permite à criança interagir com os outros adultos e crianças, que têm, possivelmente valores diferentes dos que interiorizou no seu meio de ori-gem, a família. É através da Partilha e interação de diferentes valores, que a criança vai aprendendo a atribuir valor e comportamentos seus e dos outros. Os valores não se ensinam, vivem-se na ação conjunta e nas relações com os outros, num processo pessoal e so-cial de procura do bem próprio e bem coletivo.

Andreia Barata

A medida que crescemos, “atrevemo-nos” a viver novas experiên-cias. Como queremos conhecer o mundo através dos sabores! Fizemos deliciosas bolachinhas que oferecemos aos nossos pais.

A importância dos valores na

educação pré-escolar

“Saber crescer com… Partilha”

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jardim de infancia

vamos fazer doces!T

eorias sobre a participação dos pais na vida escolar e o blá, blá, blá de como é importante

estarmos presentes para melhorar o sucesso, o desempenho e tudo mais, o resto, é muito bonito, é quase indis-cutível e é ponto assente para quase todos os que estudam as crianças e as escolas, mas para mim, o importan-te de poder participar diretamente na vida dos meus filhos, é vê-los na sala com os amiguinhos, com o peito inchado e cheios de orgulho, como quem diz “aquela é a minha mãe, a mi-nha mãe”.

Este ano a Educa-dora Carla pediu a participação dos pais em ati-vidades de sala, propus fazer na escola uma ati-vidade caseira e

diária no dia-a-dia familiar, adivinhem--me a originalidade se fazem o favor, e digam em coro comigo, “atividade de culinária”.

Compotas e Doces, foi o tema, levei a bimby comigo, passo a publicidade que não trabalho no ramo e já tenho os livros todos, mas a bichinha foi de uma ajuda extrema, porque poupou tempo, e substituiu em grande o belo do fogão doméstico.

Combinei com a educadora e uns dias antes entreguei potes de vidro, para que os meninos pudessem decorar, bem como um pequeno caderninho para que pudessem escrever no seu primeiro livro de receitas.

Fizemos dois doces, um de maçã, de-diquei parte de uma manhã de com-

pras à procura dos vários tipos de ma-çãs, golden, red delicious, royal gala, granny smith, starking e bravo esmol-fe, queria que as crianças apurassem o paladar e percebessem as diferenças ténues dos sabores dos diferentes tipos de maçãs antes de começarem a pô-las no “tacho”. Nesse dia aposto que o almoço ficou quase todo no pra-to, quiseram experimentar todas!

Expliquei-lhes os diferentes tipos de açúcar mas não lhes dei a provar, não os queria “loucos”, pois já estavam su-per excitados com a culinária.

Depois falei-lhes nas macieiras e apro-veitei e expliquei a diferença dos fru-tos que nascem nas árvores e nos ar-bustos, como os morangos, e deixei na sala um vaso com morangueiros em flor. Pedi-lhes que os regassem para que pudessem colher morangos, mas tenho cá para mim, que se a Educa-dora Carla, ou a Auxiliar Maria da Luz não lhes deitarem uma pinguinha de água, os pobrezinhos nem chegarão à Páscoa!

O outro doce que fizemos foi precisa-mente de morango, os miúdos, a tira-

rem os pedúnculos, a arrancaram me-tade dos morangos, por isso, já a fazer conta com a habilidade deles, comprei um kilo e meio para uma receita de 800 gr.

Esperaram pacientemente que os do-ces acabassem enquanto fizemos um jogo sobre o que tinham aprendido e aconteceu aquilo que nunca acontece quando os vou buscar, calculem, lem-bravam-se de tudo.

Quando a “machine” apitou, colocá-mos os doces nos potes que tinham decorado e, eles ajudaram imenso, porque seguraram cada um o seu, qui-

seram provar com o dedo e acharam delicioso, mas quem se deliciou fui eu.

Saí da sala revigorada (porque ape-nas estive com 25 crianças 2 horas de uma manhã) e quando cheguei ao car-ro, pensei "bolas, foi dose!". Saí, cons-ciente que, ser Educadora de infância devia ser considerada profissão de desgaste rápido!Filipa Burguette (Mãe do João Burguette - 5 anos)

vê-los na sala com os amiguinhos, com o peito inchado

Saí da sala revigorada (porque apenas estive com

25 crianças 2 horas de uma manhã) e

quando cheguei ao carro, pensei

"bolas, foi dose!"

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Os alunos do 2º ano foram convidados a escrever pequenos versos sobre o inverno.

Madalena Dias, 2ºB

No mercado 31 de janeiro, eu

e os meus colegas aprendemos coisas muito fantásticas e interessantes.

No mercado 31 de janeiro uma senho-ra guiou-nos para todos os sítios do mercado. Eu e os meus colegas fomos guiados para um sítio, fizemos uma meia lua e a senhora mostrou-nos a pirâmide dos alimentos onde estavam representados os laticínios, as legumi-nosas, os legumes, os pães, as carnes, os peixes, os ovos, as frutas e as vi-taminas dos alimentos. Também nos mencionou o que devemos comer em menor quantidade e em maior quan-tidade.

O MERCADO 31 DE JANEIRO

O INVERNO

A senhora disse que nós deve-mos comer maior quantidade de legumes e frutas porque têm vitaminas e em menor quantidade o azeite.

A senhora guiou-nos para vá-rias bancas cheias de vários e

diferentes peixes, os quais pa-reciam muito deliciosos, mas eu

não os podia comer.

Depois, da senhora mostrar todos os peixes que lá estavam eu fiquei sem saber o que fazer, porque a varieda-de de peixe era muita. Eu e os meus amigos olhámos e vimos o talho onde havia muitas espécies de carnes que pela ima-gem, pareciam porcos e frangos. Depois, a senhora levou-nos às bancas onde estavam os legu-mes e as legumi-nosas. Nessas bancas havia muitas alfaces, couves, salas, cebola, cenou-ra, etc.

Depois fomos ver as bancas da fruta, onde pudemos observar inúmeras pe-ras, maçãs, diospiros, laranjas, batatas, meloas, etc. A senhora depois levou--nos ao piso de cima onde estavam bancas a brincar: a banca das carnes, dos peixes, dos lacticínios, dos ovos, dos legumes, leguminosas e do pão. Depois a senhora dizia advinhas e to-dos participámos. Um aluno era o co-merciante e o outro era o cliente.

Todos nós nos divertimos imenso no mercado!

Martim Gomes, 3ºA

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Celebrar a 1 Comunhão

1 cicloo

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Trabalho de grupo do 2º ano, sobre os semáforos, para terminar a unidade

de Prevenção Rodoviária (mate-rial usado: papel de lustro para a construção do semáforo e cane-tas de feltro para desenhar).

OS SEMÁFOROS

No dia 9 de fevereiro, nós, alunos do 3º ano comemo-

rámos o Dia SuperSaudável. Com este dia, quise-mos relembrar todas as pessoas que devem ter uma

alimentação equilibrada e também praticar exercício físico.

Nas aulas de TIC/ AP/EC, fizemos carta-zes sobre este tema e afixámo-los pelo Colégio.

Na sala de aula, com a nossa professora, fizemos uma salada de fruta muito colorida e também

deliciosa!

Raquel Vieira e Sara Graça, 3ºB

9

1 cicloo

O DIA SUPERSAUDÁVEL

Estes foram alguns dos cartazes que construímos, esperemos

que os nossos colegas, os pais e os professores tenham reparado neles!

Lavámos as mãos e fizemos uma salada de

fruta, foi muito divertido!

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DESFILE DE CARNAVAL NA FREGUESIA

10 avozdocolégioV38

1 cicloo

Os alunos dos quartos anos, foram ao laboratório, fazer uma atividade experimental.

Tiveram uma aula com o apoio da pro-fessora Paula Falcão.

Para além de já sabermos algumas coi-sas sobre a utilização do microscópio, achámos que foi uma boa experiência.

Observámos uma camada de cebola, e vimos as células que a formam.

A professora Paula Falcão explicou--nos todos os passos que tínhamos de seguir.

Gostámos muito da professora Pau-la, porque foi simpática connosco e agradecemos-lhe muito esta oportu-nidade.

Obrigada!Leonor Correia, Mafalda CruzMafalda Cabrita, Maria Correia(4ºanos)

DA CEBOLA À CÉLULA

Organizado pela Junta de Fre-guesia de Belém e dirigido a todas as crianças das escolas

da Freguesia, os alunos do 1º Ciclo do Externato S. José, participaram no dia 13 de fevereiro, no Desfile de Carnaval.

Foi um momento de muita diversão, alegria e partilha onde todos pude-ram despertar a criatividade e a ima-ginação para se transformarem numa personagem fantástica!

À chegada ao jardim de Belém, tive-mos a oportunidade de ver algumas escolas de música a atuarem e de gri-tarmos muito alto o nome do nosso colégio, numa competição saudável.

No final conseguimos, arrecadar o 2º prémio partilhando-o com os meninos da escola Raiz.

Adorámos a experiência!Prof. Patrícia Eusébio, 4ºC

Page 11: A Voz do Colégio | 38

11

Qual é a sua função nesta escola?Sou responsável da Comunidade, da Casa das Irmãs e Prioresa da Comu-nidade. Acompanho os trabalhos da casa mas principalmente, a Caminha-da Espiritual.

Quando era criança, qual o seu sonho?Gostava muito de brincar, ir a festas e ouvir música (mas a minha mãe não me deixava).Aos oito anos, passou pela casa dos meus pais, uma tia do meu pai que era freira. Ao olhar para ela, fiquei muito impressionada.

Porque decidiu entrar para a congregação?A vocação não é de um dia para o ou-tro.A minha família era muito religiosa, muito interessada em Deus. Rezáva-mos muito, íamos à missa… tínhamos uma vivência muito religiosa. Andava nos grupos de jovens. E cer-to dia, falou-se nas necessidades do Mundo, nos povos que não conhe-

o nosso mundo la fora

ciam Jesus. E isso impressionou-me muito, mas não foi logo.Cheguei a ter um rapaz que queria ca-sar comigo mas tinha dentro de mim uma vontade grande de seguir a vida de missionária.Sou de uma freguesia perto de Tomar, onde conheci um padre Dominicano, que nos falou muito de São Domin-gos, de quem fiquei fã. Como Fátima era perto, ia lá muitas vezes e aí co-nheci as Irmãs dominicanas

Gosta de ser irmã?Gosto, gosto muito…

Gosta de estar connosco todos os dias?Gosto muito de estar convosco. Gosto de tudo nas crianças, sobretudo quan-do se portam bem (a sorrir), quando se portam mal estamos cá para os aju-dar.

Foi difícil, não ter marido e filhos?A força que tenho no coração dou às crianças e às pessoas que necessitam.Não temos tempo para pensar.Temos Deus no coração que nos acom-panha sempre e é bonita a nossa vida!

Gosta de viver com outras Irmãs?Muito! E sou muito feliz quando esta-mos juntas.

Em que locais já viveu, enquanto Irmã?Em Aveiro, Madeira, Lisboa (nesta casa, onde era porteira), Angola (onde

Nome de batismo Maria Adelaide AntónioNome religioso Irmã AdelaideOnde nasceu Serra de TomarData de nascimento 3 de maio de 1939

Entrevista à Irmã Maria Adelaide

estive 18 anos, como mestre de meni-nas e Provincial) e por fim, em 2010 outra vez Lisboa, definitivamente, de-vido a problemas de saúde.

O que sente quando está ajudar os outros?Sinto-me feliz.Não podemos ser egoístas, temos que pensar sempre nos outros e ajudar.É como uma mãe, quando trabalha, faz pelos filhos e a pensar neles.

Qual foi a pior situação por que passou?A pior situação… foi não ter alimentos para dar às pessoas. Houve um dia que apontei 5000 pessoas a quem não conseguimos ajudar.

Quando está a rezar, o que sente?(a sorrir)Estou bem com Deus. Pensamos nas outras pessoas que estão unidas a nós e a Deus.A eucaristia é rezar com Jesus que está connosco juntamente com todas as pessoas do Mundo.

Com que idade entrou na Congregação?Aos 22 anos

Obrigada pelo seu testemunho e cari-nho que tem por nós.

Entrevista dirigida por: Joana Mendes e Leonor Ferreira, 3ºC embora todos os alunos tenham participado na elaboração das perguntas

DA CEBOLA À CÉLULA

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fotografias do Colégio de S. José de Benfica contemporâneas a Teresa de Saldanha

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paginas centrais

O Colégio de S. José de Benfica foi adquirido por Teresa de Saldanha em 1877 e esteve em funcionamento, sob a alçada da Congregação das Ter-ceiras Dominicanas, até 1910, destinado a acolher as Irmãs Dominicanas

e os alunos pensionistas das Portas da Cruz (géneros feminino e masculino).

No que se refere às características do espaço físico: Integrava diversas salas e salões que deram lugar a salas de aula, salas de visita, refeitório e dormitó-rio; parte da quinta era cultivada com árvores de fruto (ex. laranjeiras), legumes para consumo interno e criação de animais (ex. vacas); uma zona ajardinada onde se realizavam os recreios das crianças, das mestras e dos familiares que as visitavam. Foi um espaço sujeito a obras de remodelação, que pretendiam cor-responder à sua funcionalidade, a de escola, internato e a de casa mãe de uma congregação religiosa com superiora geral.

Relativamente à organização do ensino, inicialmente, pretendia-se a admis-são apenas de meninas com idades compreendidas entre os quatro e os doze anos. No entanto, foram transferidos, para o Colégio de Benfica, alguns rapazes das Portas da Cruz que deveriam ser preparados, por exemplo, para os exames de instrução primária ou para os de língua inglesa. Em 1886, a instituição deixou de acolher rapazes.

TERESA DE SALDANHA

A INTERVENÇÃO SOCIAL NO DOMÍNIO DA EDUCAÇÃOO exemplo do Colégio de S. José de Benfica

Para as alunas internas, a matriz curricular integrava disciplinas como: História Sagrada; Língua e li-teratura portuguesa, francesa, inglesa e alemã (ministradas por professores das diversas nacionalidades); Arit-mética; Geografia; História Universal; História Natural; Elementos de Física e Química; Noções de higiene; Música; Desenho; Lavores e Ginástica (duas vezes por semana). Não eram ado-tados os livros ou os programas do ensino oficial.

Apresentamos, como exemplo, o calendário Letivo do ano de 1902/1903. Este teve início a 12 de ou-tubro e encerrou a 16 de agosto. As fé-rias de Natal e as da Páscoa tiveram a duração de 15 dias, enquanto as férias grandes decorreram de 17 de agosto a 11 de outubro. As alunas internas po-diam, ainda, ausentar-se do colégio no dia do aniversário dos pais.

foi sujeito a obras de remodelacao, que pretendiam corresponder à sua funcionalidade

12

34

1 páteo principal e capela com alunas em recreiolago na quinta e alunos em recreiofotografia de grupo, detalhe das fitas usadas para distinçãosala de aula

234

Page 13: A Voz do Colégio | 38

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paginas centrais

Medidas corretivas no Colégio (respostas de Teresa de Saldanha aos inspetores em 1893):

Somos mais inclinadas a estimulá-las por meio de prémios do que por castigos. Àquelas meninas que têm bom comportamento durante três meses dá-se-lhes uma fita que usam para se distinguirem das outras, e, se se portam mal, não a recebem, ou perdem-na se já a ganharam.Tivemos […] ainda há pouco, uma educanda bastante difícil de génio e preguiçosa nos seus estudos. No fim do ano não obteve nenhum prémio; o pai não gostou e quando se reabriram as aulas não a tornou a trazer, poupando-nos assim o desgosto de lhe dizermos que a conservasse em casa.Sucede algumas vezes privar uma menina dum recreio ou não a deixar ir à quinta.Não, nunca batemos nas crianças!

Durante o funcionamento do colégio, apenas uma aluna foi mandada embora.

Rute Sousa

Aquelas meninas que têm bom

comportamento durante três

meses dá-se-lhes uma fita que usam para se distinguirem

Page 14: A Voz do Colégio | 38

Prezados leitores, é com muito prazer que vos anunciamos que já começaram os ensaios para

a realização da Festa de São José, a ocorrer em março. Agora, como se costuma dizer, “é por a mão na massa” e encetar esta fantástica aventura. Serão, certamente, momentos muito aprazíveis aqueles os que ora se vão iniciar, uma vez que os nossos peque-nos grandes atores de quinto ano se verão confrontados não só com teatro, como também com poesia, dança e apontamentos musicais com denomi-nadores comuns: o riso, a alegria e a boa disposição, sempre na senda da PARTILHA, lema do nosso Colégio e algo que os nossos alunos tão bem têm aprendido!

Saibam que o palco do Auditório Te-resa de Saldanha tem sido pisado por mais de oitenta atores e atrizes que irão protagonizar alguns sketches de teatro muito divertidos e bem dosea-dos de imaginação e de criatividade; umas quantas músicas para «mexer» com a plateia; alguns momentos de poesia e também de expressão e, como não podia deixar de ser, movi-mento, muito movimento.

Agora é lançado aos alunos o grande desafio de exercitarem a memória e de trabalharem os seus papéis como autênticos “profissionais” que se têm vindo a revelar. O entusiasmo já se faz sentir em elevada escala! Esperemos pelos resultados desta equipa de ato-res, animados pelo tão solene projeto da PARTILHA!

Até ao grande dia, queiram receber as mais cordiais saudações teatrais!

Escrito durante os ensaios pelas professoras responsáveis Maria Teresa Rodrigues Lina Pereira

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Ensaios para a festa de S. José

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Sim, estão a correr bem e estamos muito ansiosos pelo grande dia. É um orgulho para nós e será também para os nossos pais. Gostamos muito dos papéis que fazemos, porque cada papel se adequa a cada um de nós, à nossa personalidade ou facilidade.Temos tido muitos ensaios sobre a supervisão/direção das professoras Maria Teresa e Lina e temos decorado bem as nossas falas, enquanto as coreografias estão muito engraçadas. Alunos do 5ºD

Eu estou a gostar muito dos ensaios, porque reflete o valor da partilha, um valor importante, em que podemos interpretá-lo em cima do palco, mostrando-nos o verdadeiro significado do lema do colégio. É divertido interpretar o meu papel com os meus amigos. Maria Francisca Marinheiro, 5ºC

Eu acho que fazer os ensaios para a festa de S. José tem sido uma experiência muito divertida e repleta de interesse . Aqui nós mostramos e aprendemos como é o nosso talento a representar em cima do palco. As professoras têm-nos ajudado imenso a desenvolver e melhorar a nossa postura em pleno teatro. Maria Silveira, 5ºC

Achas que os ensaios estão a correr bem?

Gosto dos ensaios para a festa de S. José, pois estamos num momento de diversão e descontração, onde interpretamos o nosso dia a dia no colégio, com o tema “partilha”. Inês Murteira, 5º C

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DESIGN

ANTI

ANTIANTI

DES

IGN

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3 cicloo

A conceção mais generalista do design entende-se como um processo autónomo, ligado à

produção em massa e para a uma socie-dade de consumo que começou a apare-cer com a Revolução Industrial. Portanto, o design seria a invenção criativa de ob-jetos destinados à reprodução seriada.

Então, o designer terá o desejo de agra-dar aos outros, trabalhando em função dos valores da sociedade e para a produ-ção em massa, não esquecendo os méto-dos e custos da produção.

Anti Design propõe usar métodos artís-ticos, não racionais, não funcionais, se-guindo o lema de “a forma segue a di-versão”, por isso o anti design:

utiliza cores marcantes, distorção da es-cala e usa a ironia;

pode utilizar qualquer material que qui-sermos e pudermos;

pode ser uma transformação de produ-tos que já existem;

não possui regras definidas, de modo que podemos criar à vontade;

não tem por que razão ser útil.

O uso estético não é o importante.

Elsa Pereira e alunos do 7ºB

7 BO

DESIGN

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3 cicloo

Comida deliciosa, dis-farces fabulosos e muita animação: a

combinação perfeita para u m a esplêndida festa que o nono ano mais uma vez realizou, no passado dia 13 de Fevereiro de 2015, no Externato de São José.

O tema foi “Super-heróis e vilões” e este mostrou ter tido bastante ade-são por parte dos que compareceram à festa. Desde a mais corajosa Mulher Maravilha ao mais temível Joker, a es-colha dos disfarces dos alunos foi di-versificada e original. Mas claro, como não podia faltar, alguns professores mascararam-se também, demons-trando assim o seu espírito de festa! Foi o caso do professor Miguel que se disfarçou do audaz Super Homem ou

da pro-

fessora Sílvia de Sousa que levou para a festa o seu fato de Mulher Aranha. Também a professora Solange, que, mesmo não indo vestida conforme o tema, demonstrou todo o seu espírito carnavalesco, disfarçando-se de tigre.

Como não podia deixar de ser, decor-reu também um concurso de másca-ras. Os jurados foram a professora Síl-via de Sousa, a professora Rute Sousa, o professor Rui Paiva e a aluna Beatriz

Fonseca, do 9ºB. Muitos foram os dis-farces utilizados pelos participantes: desde Cruella de Vil, passando por Ba-tGirls ou até lutadores de sumo. Con-tudo, no final, quem ganhou o grande prémio de um vale de 5€ no bar foi o aluno André Silva, do 9ºB, que, diver-tindo todos, surpreendeu e brilhou ao ter vindo vestido de enfermeira.

Também a casa assombrada fez, no-vamente, grande sucesso entre os alu-nos.

Porém, esta festa fenomenal, apenas foi possível devido ao excelente em-penho e dedicação de todos os alu-nos do 9ºano, bem como a entrega de todos os professores que, ao longo de variados meses e efetuando as mais difíceis tarefas, se mostraram disponí-veis a fazer os possíveis e impossíveis para a realizar.

Um grande obrigado a todos aqueles que participaram na festa e espere-mos que a do próximo ano seja ainda melhor!

Laura Lopes, 9ºA

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pagina das linguas

FROM LOTS TO HOTS FUNNY RIDDLES

What word begins and ends with an ‘e’ but only has one letter?

ACROSS1. written message5. give a detailed account6. igneous rock

7. esteem

DOWN1. someone in charge2. excel

3. envisage4. component

1

5

6

7

2 3 4

ADIVINHAÉ branca como como a neve.

Suave como o algodão,

ajudando todos na missão

de apagar o negro carvão.

Desliza sobre as folhas

com um brilho de encantar,

preparando-se para a aventura

de os rabiscos apagar.

Não gosta do lápis forte,

nem das velhas canetas,

perdendo, por isso, o seu norte.

Gosta apenas das brancas folhas de papel

onde o seu trabalho pode aplicar

e os enganos eliminar como se fosse um invisível pincel.

O seu fácil nome podemos decorar,

porque sempre que dela se necessitar

para a sujidade das folhas remover

basta por ela chamar.

Vá lá, meninos, toca lá a adivinhar:

do que é que eu estou a falar?

Inês Murteira, 5ºC

AS PALAVRASA força das palavras é coisa maior!

Maior que todas as

ocultas forças que nascem dentro de mim.

A força das palavras é um desencontro

à procura de um porto de abrigo que

acalme os seus ímpetos.

Esta coisa de se ser poeta tem

que se lhe diga!

É algo que não nos larga nunca e

que se nos cola a tudo quanto

nasce de nós!

Que ninguém me peça a palavra

certa, pois sou incapaz de acertar

com o segredo dos versos!

Tudo nasce na hora certa e em pleno

turbilhão.

É a força das palavras!

Madalena Ferreira, 8ºC

CROSSWORDANSWER: envelope

RESPOSTA: a borracha

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sugestoes musicais

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cri art ividades

No âmbito da disciplina de Edu-cação Musical foi-nos solicita-do que construíssemos diver-

sos instrumentos musicais (tambores, reco-recos, maracas, violas, adufes, xilofones, baterias, paus de chuva, entre outros), tarefa que gostei par-ticularmente de realizar, porque me permitiu não só construir uma varie-dade de instrumentos musicais muito grande, a partir de materiais simples, que usualmente encaminhamos para a reciclagem, como também dar asas à criatividade e à imaginação, através do uso de vários enfeites e de cores muito diversificadas.

Agradou-me muito a ideia de ter de aproveitar e de reutilizar materiais do nosso dia-a-dia, pois deste modo, penso ter conseguido produzir verda-deiras obras de arte que, entre muitas outras vantagens, são também pe-ças únicas. Deu-me um indescritível prazer ter tido a oportunidade de ter construído um pau de chuva e um reco-reco, na medida em que pude utilizar materiais tão diversificados quanto tubos, arame, arroz, pau de vassoura, pregos e um guizo.

O facto de nos afeiçoarmos aos ins-trumentos musicais que construímos, permite desenvolver um carinho mui-to especial não só por eles, como tam-bém pela música em geral.

A alegria da Páscoa através dos jovens do Coro Infan-

til da Universidade de Lisboa. Clap your hands, interpretado em Basel 2012.

youtu.be/64tJFGm5keI

Será que conhecem o sempre divertido Bobby

McFerrin? Dedicado aos alunos do 5ºano.

youtu.be/Hodp2esSV9E

Cantar em conjunto (coro) é divertido. Vejam

algumas novas possibilidades da voz.

youtu.be/0dYlvdLdK9w

Outras Musicas

VAMOS CONSTRUIR INSTRUMENTOS MUSICAIS

Penso que a construção destes instru-mentos musicais constituiu uma forma muito divertida de nos cativar para a aprendizagem da música, tendo nós aproveitado as aulas experimentais para uma abordagem diferente, mas motivadora.

Assim sendo, adorei não só fazer os meus instrumentos, como também ter apreciado os dos meus colegas.Martim Maia, 5ºB

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SENHORIOS MEDIEVAISDO CLERO E DA NOBREZA

pagina da historia

Na aula de história o professor pro-pôs que fizéssemos um projecto

de construção de uma réplica de um mosteiro medieval. Para fazer o tra-balho, fiz uma pesquisa na internet. Descobri como era constituído e como era a vida no mosteiro. Os monges, para além de se dedicarem à oração, acordavam muito cedo pois tinham de cumprir várias tarefas: trabalhos agrí-colas, cozinhar, copiar livros, albergar e apoiar viajantes ou pessoas doentes. O mosteiro tinha várias partes: a igreja, o dormitório, a cozinha, a biblioteca e o scriptorium, os campos de cultivo, a hospedagem e a enfermaria.Filipe Cerqueira, 5ºC

No âmbito da disciplina de História e Geografia de Portugal foi-nos

solicitada a realização, em grupo, de um trabalho sobre as terras senhoriais ou senhorios.

O principal objetivo deste trabalho foi proceder a uma recriação fidedigna do ambiente social da idade média, através da construção de uma maque-te exemplificativa em que facilmente se pudesse compreender o modo de funcionamento dos senhorios.

Como todos sabem, as terras senho-riais ou senhorios eram ladeados por campos cultivados, pela floresta, pelo moinho, pela igreja, e, como não podia deixar de ser, pelas casas dos campo-neses que trabalhavam as terras. Nes-tas terras era o nobre que aplicava a justiça, que recrutava homens para o seu exército e que recebia impostos de todos os que lá trabalhavam. Em troca, tinha como obrigação proteger as pessoas que estavam na sua de-pendência.

Gostei muito de fazer este trabalho, porque me permitiu aceder a uma imagem mais nítida daquilo o que po-derá ter sido um senhorio.Matilde Mateus, 5ºC

Recentemente, no âmbito da dis-ciplina de História e Geografia de

Portugal, foi-nos pedido que, orga-nizados em grupos, fizéssemos uma maquete de um senhorio nobre da Idade Média.

Procedemos à sua realização, utilizan-do materiais recicláveis e outros, tais como tintas, esferovite, cartão, cola, palitos, cartolinas, gravetos, musgo e ervas.

Foi um trabalho muito interessante e que promoveu o trabalho em equipa entre os elementos de cada grupo.Relembrámos e aprendemos vários tópicos sobre uma “Honra” (o Senho-rio Nobre) , tais como os seus elemen-tos e a sua localização.

Depois de executadas todas as peças, colocámo-las na base e finalizámos o trabalho, pintando e retocando os úl-timos pormenores.

Os trabalhos foram apresentados e expostos para que pudessem ser apreciados por toda a comunidade educativa, tendo-se revelado um bom exemplo da nossa criatividade e da nossa imaginação.Luísa Paisana e Francisco Fernandes, 5ºA

Senhorio NobreMosteiro Medieval

floresta

castelo

igreja

campos cultivados

casas de camponeses

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Qual das alternativas apresentadas corresponde ao azulejo em falta no painel?

PROBLEMA DO MÊS

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pagina das ciencias

O início deste ano letivo trouxe-nos algumas novidades no que concerne a atividades lúdicas, onde todos os membros da comunidade educativa podem participar.

Uma das atividades que mais nos satisfez, foi o problema do mês. Porquê? Por ser uma atividade que nos obriga a testar a nossa agilidade mental, o nosso ra-ciocínio, a nossa atenção e perceção, assim como também desenvolvermos uma lógica para a sua resolução.

Outro aspeto motivante é a “discussão” familiar à volta do problema do mês. Quem resolve primeiro? Quem acerta?

É sempre agradável participar neste tipo de atividade e esperamos que haja uma continuidade.

Matilde Dias, 5º ano BRicardo Dias, 9º ano B

Quantos triângulos consegues contar nesta figura?

O meu ponto de vista sobre as atividades relacionadas com os desafios ma-temáticos que têm sido lançados mensalmente é que estes são muito satis-

fatórios, na medida em que nos transmitem uma sensação daquilo que deve ser uma saudável competitividade, empenho, e, simultaneamente lazer e socializa-ção com os restantes colegas.

O que me levou a participar neste desafio foi o facto de ser uma competição e o facto de os problemas a solucionar estarem relacionados com áreas da matemá-tica, que são do meu interesse e que, por isso, são de fácil e divertida resolução, progredindo o jogo de forma gradual e de crescente nível de interesse.

Pedro Jordão, 6ºC

Eu gosto de participar no proble-ma do mês uma vez que admiro a

matemática e também gosto de fazer cálculos, pensar e interpretar os pro-blemas.

Acho que foi bem pensado porque as-sim temos ocupações e melhoramos o nosso raciocínio na matemática.

João Arrais, 6ºC

Eu participo no problema do mês porque eu acho que é uma iniciati-

va gira. O problema do mês ajuda-nos a melhorar o nosso raciocínio mate-mático ao mesmo tempo que brinca-mos. Ainda por cima eu gosto de ma-temática e fazer contas e cálculos.

Diogo Oliveira, 6ºC

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[email protected]

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proa

No passado dia 30 de ja-neiro, demos início ao 1º ACAMPAMENTO do

proa deste ano que se realizou cá na escola. Cheios de boa vontade e espí-rito de equipa, começámos a montar campo. A 1ª onda sempre a aprender e empenhados nesta nova experiência, os da 2ª onda a reviver os acampa-mentos passados e prontos a ajudar os mais novos e a 4ª onda cheia de energia para dar conselhos, apoiar e ensinar os da 1ª onda e os da 2ª onda com os professores, Paula Falcão e

Carlos Fernandes, sem-pre a supervisionar e a ajudar.

Depois de tendas mon-tadas e fogueira a arder começámos a cozinhar o

jantar. Descobrimos cozinheiros 5 es-trelas e preparámos refeições espeta-culares desde tagliatelle à la proa a mousse de Oreo. Contámos com a visita da professora Solange Antunes e da sua família, o que tornou esta experiência ainda mais acolhedora. A seguir a tudo arrumado e limpinho, fi-zemos o fogo de conselho, para mim

O acampamento foi uma experiência única da qual pude desfrutar e aprender.Madalena Ferreira, 8ºC (1ª onda)

o melhor momento do acampamento, onde convivemos e cantamos alegre-mente. Chega a hora de ir dormir! Fo-mos descansar e prepararmo-nos para as aventuras do dia seguinte.

Já todos acordados, cheios de vonta-de para o que nos esperava. Depois do pequeno-almoço, que até teve ovos mexidos, bacon e uma grande varie-dade de frutas, e do exercício matinal, tivemos um atelier de primeiros so-corros onde aprendemos coisas novas que nos serão muito úteis e relembrá-mos outras. Iniciámos a preparação do almoço com todos empenhados para ganhar o concurso de culinária, que resultou em refeições extraordinárias.

Após o almoço, é hora de levantar campo. Com tudo arrumado, reunimo--nos para falar sobre o acampamento e as opiniões de todos e toda a gente achou que tinha sido uma atividade espetacular, com grande coope-ração entre nós e que cativou todos a continuar empenhados no proa.

Patrícia Santos, 9ºB

Estes acampamentos trazem-nos sempre algo de positivo e é sempre excelente partilhá-lo com os outros.Marta Conceição, 9ºB (2ª onda)

Ingredientes:• Massa tagliatelle

• Curgetes

• Cogumelos

• 2 dentes de alho

• Milho

• Ramos de tomilho

• Ramos de alecrim

• Sal e pimenta

• Presunto fatiado

• Queijo Roquefort ou parmesão ralado (o que preferir)

Preparação:• Coloque a água ao lume para

cozer a massa

• Comece então por preparar as curgetes e os cogumelos, fatiando

ambos finamente. Reserve

• Coloque a massa a cozer

• Refogue numa frigideira dois dentes de alho. Deixe alourar ligeiramente e adicione os cogumelos, a curgete, o milho bem como os ramos de tomilho e alecrim. Tempere com sal e pimenta e salteie até dourar

• Noutra frigideira, com lume alto,

disponha as fatias de presunto e

deixe tostar.

• Envolva a tagliatelle com o salteado e termine com roquefort

ou, se preferir, parmesão ralado e

a fatia de presunto.

RECEITA

tagliatelle à la proaby Inês

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o sol ainda brilha

TSURU

QUARESMAORAÇÃO DA

e o dia escolar da não violência e paz

Realizámos, no mês de Feverei-ro, uma oração da manhã na nossa capela com os alunos do

5º ao 9º ano, no âmbito do início da Quaresma.

Não podemos deixar de partilhar con-vosco um salmo proferido durante esses dias: “Se ouvirdes hoje a voz do Senhor, não endureçais os vossos corações”(salmo 94, 7-8). Todos os dias, quando rezamos, temos medo que o nosso coração vá arrefecendo… Por vezes, os golpes que a vida prega fazem-nos ficar des-confiados, insensíveis, pessimistas e sem esperança. Mas devemos ouvir e confiar em Deus para nos reencontrar-mos. Devemos pedir ao Senhor que

O dia Escolar da Não-Violência e da Paz, foi uma proposta feita pelo pedagogo e poeta

espanhol Llorenç Vidal. Desde 1964, que se quer chamar a atenção para a necessidade de uma educação perma-nente pela Não-Violência e pela Paz.

Assim surge a data de 30 de janei-ro, dia da morte de Mahatma Gandhi. Chama-se a atenção para a tolerância, solidariedade e respeito pelos direitos humanos. Com estes sentimentos, os alunos do 2º ciclo no, espaço de Cres-cer na Fé, quiseram celebrar no Colé-gio este dia.

Sabemos que não é a tarefa de um dia, mas de todos os dias e, por isso, quisemos, através da técnica do ori-gami, levar os alunos a reconhecerem

a importância deste símbolo da paz, para transmitir uma mensagem de ge-nerosidade para todo o Colégio, além de tornar o ambiente mais alegre e sig-nificativo. O tsuru é um dos mais co-nhecidos símbolos da paz. Segundo a antiga tradição oriental, fazer uma cor-

rente de Tsurus leva à concretização de desejos: a recuperação de um doente, a felicidade na família, a entrada para a universidade, etc. A primeira referência sobre esta tradição foi encontrada no

nos ajude em todas as circunstâncias e, sobretudo, ouvi-l’O e dialogar com Ele, para que os nossos corações não deixem de estar “sincronizados”. Vi-vemos tão isolados de tudo apesar de acharmos (ilusoriamente) que es-tamos próximos que, por vezes, nos esquecemos de rezar. A oração que a equipa da pastoral organizou foi pre-cisamente para que os alunos nunca se esqueçam da importância da ora-ção no nosso dia-a-dia e para que não se deixem “endurecer”.Agradecemos a todos os alunos que participaram ativa e espontaneamen-te e que dessa forma demonstraram que iniciativas como estas são impor-tantes e para repetir!

a equipa da Pastoral

livro Senbazuru Orikata (origami de mil garças), de Ro Ko An, publicado em 1797. Mas, foi uma menina chama-da Sadako Sassaki que imortalizou na "corrente dos mil tsurus", como símbolo eterno de paz e harmonia. Sadako nasceu em Hiroxima, após a cidade ter sido atingida pela bomba nuclear, na Segunda Guerra Mundial. Devido às radiações, esta menina ad-quiriu leucemia. Aos dez anos, ao sa-ber da lenda do tsuru, Sadako decidiu fazer mil pássaros de origami para ter saúde. Mas, quando chegou ao pás-saro de número 644, Sadako morreu. Foram os seus amigos e familiares que terminaram a corrente. Origami Tsuru

é bastante fácil de fazer, prova disso são todos aqueles que estão nas nos-sas salas, para nos lembrar que todos somos construtores de Paz.

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FOTO

GRA

MA

S FE

ITO

S PO

R 8º

AN

O, T

URM

AS

A, B

e C

Um fotograma é a impressão direta,

sem o auxílio da câmara, com todos os claros,

sombras, distorções e deformações

provocadas por objetos colocados

sobre um papel foto sensível..

adocolégioMarço de 2015 . 500 exemplares . 2 vozExternato de São José | Restelo

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