a voz de rio das pedras - n º 38

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www.avozderiodaspedras.com.br Jornal on-line: http://issuu.com/avozderiodaspedras ANO II - N 0 38 - RIO DE JANEIRO, 11 DE FEVEREIRO DE 2015 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA PÁGINA 3 PÁGINA 6 E MAIS INFORMAÇÃO E CIDADANIA FOTO ARQUIVO PESSOAL PÁGINA 6 PÁGINAS 4 e 5 FOTO DE JÔ SERFATY/DIVULGAÇÃO PÁGINA 3 O FUTURO EM UM PORTAL Programa social do Senac-RJ se destaca ao valorizar, antes da formação profissional, a autoestima, o caráter, direitos, deveres e a capacidade de organização, tudo com muito estilo, postura e educação que vem fazendo a cabeça e o coração de jovens entre 16 e 21 anos. CINEMA COM ARTE E DOSE DE GARRA Num projeto audacioso, quatro jovens (na foto, a partir da esquerda, Natália, Ronaldo, Caio e Karolaynne) de Rio das Pedras foram escolhidos pela cineasta Jô Serfaty para darem os primeiros passos na admirável e sofisticada arte cinematográfica. Contamos como a ativista cultural Sandra Lima viveu os momentos que antecederam a escolha do documentário Caminho das Pedras entre um dos selecionados do projeto da 1ª Feira Favela Criativa, num evento recheado de emoção antes, durante e depois. Com charme e beleza, Thalita e Luciene tornam agradável o trabalho da Light de cadastramento de moradores para terem sua energia legalizada. Tiago Tit Medeiros, o produtor das imagens, Sandra Lima, com sua energia aflorada em seus cabelos vermelhos, e o mestre Egeu Laus: um trio de causar inveja O VERMELHO QUE SERVE PARA ABRIR MUITOS CAMINHOS LUZ QUE OS ‘GATOS’ DA COMUNIDADE NÃO CONSEGUEM ROUBAR FOTO DE FABIO COSTA FOTO DE FABIO COSTA Thalita (à esquerda) e Luciene: alvos de muitos elogios OBJETOS CORTANTES = TÉTANO Se você faz parte dos incivilizados que insistem em jogar o lixo de qualquer forma pelas ruas de nossa comunidade, leia com atenção a reportagem especial da nossa série sobre o lixo e veja o que você está fazendo com seus amigos, parentes, mulher, filhos e com si próprio. Se você faz parte dos que se indignam pelas redes sociais, saia de trás do computador e se mobilize com seus amigos e vizinhos e vá para rua protestar contra estado de calamidade pública que insiste em ornamentar nossa paisagem com o aspecto visual mais repugnante que existe e com o cheiro mais abjeto que toma conta do ar da nossa amada comunidade. Você gosta de viver assim? Não? Então mude! RATO = LEPTOSPIROSE MOSCAS E BARATAS = FEBRE TIFOIDE MOSQUITOS = DENGUE SEU LIXO PODE MATAR!

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www.avozder iodaspedras .com.br Jornal on-line: http://issuu.com/avozderiodaspedras

ANO II - N0 38 - RIO DE JANEIRO, 11 DE FEVEREIRO DE 2015 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

PÁGINA 3PÁGINA 6

E M A IS

I N F O R M A Ç Ã O E C I D A D A N I A

FOTO ARQUIVO PESSOAL

PÁGINA 6PÁGINAS 4 e 5

FOTO DE JÔ SERFATY/DIVULGAÇÃO

PÁGINA 3

O FUTURO EM UM PORTALPrograma social do Senac-RJ se destaca aovalorizar, antes da formação profissional, aautoestima, o caráter, direitos, deveres e acapacidade de organização, tudo com muitoestilo, postura e educação que vem fazendo acabeça e o coração de jovens entre 16 e 21 anos.

CINEMA COM ARTE E DOSE DE GARRANum projeto audacioso, quatro jovens(na foto, a partir da esquerda, Natália,Ronaldo, Caio e Karolaynne) de Rio dasPedras foram escolhidos pela cineastaJô Serfaty para darem os primeirospassos na admirável e sofisticada artecinematográfica.

Contamos como a ativista cultural Sandra Limaviveu os momentos que antecederam a escolhado documentário Caminho das Pedras entre umdos selecionados do projeto da 1ª Feira FavelaCriativa, num evento recheado de emoção antes,durante e depois.

Com charme e beleza, Thalita e Luciene tornamagradável o trabalho da Light de cadastramento demoradores para terem sua energia legalizada.

Tiago Tit Medeiros, o produtor das imagens, Sandra Lima, com sua energia aflorada em seus cabelos vermelhos, e o mestre Egeu Laus: um trio de causar inveja

O VERMELHO QUESERVE PARA ABRIRMUITOS CAMINHOSLUZ QUE OS ‘GATOS’

DA COMUNIDADE NÃOCONSEGUEM ROUBAR

FOTO DE FABIO COSTA FOTO DE FABIO COSTA

Thalita (à esquerda) e Luciene: alvos de muitos elogios

OBJETOS CORTANTES = TÉTANO

Se você faz parte dos incivilizadosque insistem em jogar o lixo dequalquer forma pelas ruas de nossacomunidade, leia com atenção areportagem especial da nossa série sobre o lixo e veja o quevocê está fazendo com seus amigos, parentes, mulher, filhose com si próprio. Se você faz parte dos que seindignam pelas redessociais, saia de trás docomputador e se mobilizecom seus amigos e vizinhos e vá para rua protestar contraestado de calamidade pública que insiste em ornamentarnossa paisagem com o aspecto visual mais repugnante queexiste e com o cheiro mais abjeto que tomaconta do ar da nossa amadacomunidade. Você gosta de viverassim? Não? Então mude!

RATO = LEPTOSPIROSE

MOSCAS E BARATAS = FEBRE TIFOIDE

MOSQUITOS = DENGUE

SEU LIXO PODE MATAR!

EXPEDIENTE

RIO, 11 DE FEVEREIRO DE 2015

2Os brasileiros se deixam levar pelo que ouviram dizer, aumentando ou distorcendo os reais alcances das leis”

Rio das Pedras deveria ser mais reconhecida. Será que teremos de abrir uma boca de fumo para chamar a atenção?”

A VOZ DO LEITORMoradores aprovam‘laranjões’ e reprovama falta de educação

No Brasil, no ano passado, foipromulgada uma lei que visa aproibir tratamento cruel oudegradante como forma deeducação de crianças e deadolescentes. Lamentavel-

mente, a sociedade em geral passou achamá-la de lei da palmada. Daí quevem sendo erroneamente divulgado queos pais estão proibidos de dar uma pal-mada nos filhos, sob pena de se subme-terem a processos criminais. Não hácomo se equiparar duas situações tão di-ferentes, como vem sendo ressaltado porvários criminalistas em todo o Brasil. Oque se proibiu foi a agressão física, o tapaagressivo, como forma de impingiragressão física às crianças e adolescen-tes, o que não se confunde com o tapi-nha dado por alguns genitores quando acriança está fazendo pirraça ou sendodesobediente.

No dizer de um famoso professor

de Direito Penal, o alcance da lei não épara se inserir como conduta penal-mente relevante às chamadas palma-das de efeito simbólico, de correção.Caso se interprete a lei em sua literali-dade, os genitores também não pode-rão colocar os filhos de castigo porqueisso gera sofrimento físico. Não se po-derá repreender, porque isso geramágoa e, consequentemente, sofri-mento físico. Não se está aqui afir-mando se é certo ou errado darpalmadas nos filhos. O que se coloca é

que, no Brasil, a população se deixalevar por aquilo que ouviu dizer, oupela deturpação do que está escrito ouo que foi dito, aumentando ou distor-cendo os reais alcances das leis. Daíque toda verdade dita a uma pessoa,passa a ser assédio moral, logo, não sepode mais falar nada a ninguém sobpena de sofrer represálias processuais.Não se pode proibir badernas emshoppings, porque se está recriandoditadura. Não se pode afirmar que nãose acha errado determinadas condutas

(como ocorreu com o Papa) porque seestá fazendo apologia ao crime.

A censura está ocorrendo ao con-trário, porque, se vivemos numa socie-dade com liberdade de expressão, asopiniões podem ser afirmadas semmedo de represálias, desde que, comisso, não se agrida ou ofenda outrapessoa. Pelo que se percebe, dois gran-des problemas que assolam a socie-dade são a desinformação e a falta dedebates públicos, com a participaçãode toda a população, sobre temas rele-

vantes. Tudo no Brasil vira “lei”, frutode “decisões” de grupos específicos ebem articulados politicamente. Écomo se a mera publicação de uma lei,por si só, num “passe de mágica”, fi-zesse com que todos os problemasnela elencados desaparecessem, comose costumes seculares fossem aniqui-lados e todos passassem, a partir dadata da promulgação da lei, a concor-dar com as alterações por ela apresen-tadas. Antes de promulgar uma lei épreciso verificar se ela reflete os costu-mes e a vontade da população. A leinão educa. A modificação de compor-tamentos pressupõe educação, acessoà informação de qualidade, reflexão evontade de mudanças.

Bom carnaval a todos!

*Cristina Gomes Campos de Seta é juíza da 9ª

Vara Cível do Méier

� Cartas para a redação de A VOZ DE RIO DAS PEDRAS, a/c do Núcleo de Cidadania, Rua Nova n0 105, loja 2. e -mails para [email protected]

www.avozderiodaspedras.com.br

PUBLICAÇÃO QUIZENAL Tiragem: 20 mil exemplares - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Impresso na Gráfica e Editora Jornal do Commercio

Uma publicação da Livraria e Editora Citibooks Ltda.CNPJ: 05.236.806/0001-5

Rua Jardim Botânico 710, CEP 22.460-000 para a Associação Comercial do Rio das Pedras (em organização). Rua Nova 105 – Loja, Rio das Pedras - Tel.: 41088 439

EDITOR-CHEFE

Aziz Ahmed(Reg. 10.863 - MTPS)[email protected]

EDITOR EXECUTIVO

Laerte Gomes [email protected]

CONSULTORES

Cláudia Franco CorrêaIrineu Soares

Maria Etatiane Costa Barroso Juliana Barcellos da Cunha e Menezes

TRATAMENTO DE IMAGENS

Eduardo [email protected]

ANALISTA DE MÍDIA E WEBMASTER

Claudia [email protected]

REPORTAGEM

Ricardo de [email protected] [email protected]

Fábio Costafabiocostafotografias@gmail.comwww.avozderiodaspedras.com.br

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REPORTAGEM

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FOTOGRAFIA

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CRISTINA GOMES CAMPOS DE SETA *

A VOZ DO DIREITO

O PAPA E A PALMADA

jogasse o lixo fora da caçamba seriamultado com um alto valor em dinheiro.Talvez assim eles aprendessem."William Castro:“Vocês acreditam quede domingo para segunda, lá pelas4h30min da manhã, eu vi um homemindo trabalhar? Ele carregava um saco delixo e teve a má educação de jogar o sacono chão, e não dentro dessas lindaslixeiras (‘laranjões') que estão espalhadaspor toda a nossa comunidade. Pergunteipor que ele não jogou dentro da lixeira,ele respondeu que estava atrasado parapegar o ônibus. Isso aconteceu próximoao Cicle Neném." Alvaro Oliveira:"Lamentável a falta de compreensão dacomunidade. E não é somente naslixeiras que está acontecendo isso não.No prédio onde moro, tive de colocar umportão porque as pessoas pegavam cartase ali deixavam os seus lixos. Tambémestavam transando na escada, fazendococô e xixi de madrugada e roubando aspessoas do prédio. Uma bagunça geral.Aguentei isso durante seis anos. Depoisdo portão, graças a Deus melhorou umpouco. Poxa, é uma vergonha. Estouindignado com tudo isso, num lugar tãomaravilhoso de se viver! Eu já moro aquihá 32 anos é amooo o lugar!” QuitériaBezerra:“Será que a solução é colocarum chip na cabeça dos imundos? Talvezse eduquem, porque eu moro no fim daAreinha e vou até a Engenheiro com meulixo e coloco na lixeira que fica do lado doponto do ônibus. No caminho encontrouns dez amontoados de lixo,principalmente do lado dosupermercado e da farmácia. Não façoparte dessa porcaria.” JoaojmmJoaojmm:“Poxa, eu andei defendendo apopulação dessa comunidade em outroscomentários, mas agora posso ver que apopulação não tem nenhumcompromisso em manter seu local demorar limpo. É uma vergonhosa atitude.Sem educação, esse é o termo certo!”Maria Eduarda do Nascimento:“Acorde, pessoal! Vamos parar de sujar olugar que nós habitamos!!!” FátimaRibeiro:“Não adianta, porcos sãoporcos, morrerão na sujeira. Já fuimoradora, daí mudei de cidade para umacomunidade, sem palavras. Estou noparaíso, em Nova Friburgo!” SilvanaRamos: “Aqui perto da minha casa temtambém, mas fazem do mesmo jeito: acaçamba vazia e o lixo fora, na rua. Nãotem jeito.” Alcideia Andrade:“Às vezestenho vergonha de dizer que moro emRio das pedras, porque as pessoas dizemque o lugar deveria ser chamado de Rio

O problema do lixo continua amobilizar a nossa gente. A foto e vídeosdos "laranjões" postados no Facebookpelo nosso repórter Ricardo de Souzabombaram. Leiam o que escreveram osmoradores:

Núbia Corrêa:“Em 2013, aComissão de Meio Ambiente deJacarepaguá fez um trabalho emconjunto com o Núcleo Socioambiental,a Amarp e diversos órgãos do município,trabalho esse focado no lixo. Foramquatro eventos ao longo de um ano, e —pasmem! — o esforço dos envolvidos sóconseguiu uma melhora de menos de 1%em relação à mudança de hábitos.Chegamos a fazer um trabalho focado emgeração de renda através do lixo, e essenem surtiu efeito. A Comlurb faz umtrabalho sensacional na comunidade,mas se não houver colaboração dapopulação de nada adiantará tantoesforço. Neste mesmo ano houve a mortede uma criança especial pela picada deum tipo de aranha que se prolifera nolixo, e ainda assim em nada mudou aconsciência dos moradores. Óbvio quenão estou aqui generalizando, mas,numa comunidade de 160 milmoradores, uma mudança de menos de1% em seus hábitos significa que há algode muito errado. Na minha opinião,enquanto não doer no bolso de quemnão toma consciência de nada vaiadiantar focar na educação ambiental."Everton Morais: “Outro dia repareinesse mesmo lugar que as caçambasestavam cheias, cheias mesmo, e por issobotavam o lixo fora do lugar devido. Logodepois o caminhão da Comlurb esvaziouas caçambas e o lixo continuou no chão.Quem passa depois do acontecido tem aimpressão de que a população nãocoloca dentro das caçambas.”AdnilsonPonte: “Antigamente se fazia assim: osmoradores, quando viam esses carascolocando lixo fora do local devido,chamavam o sujeito, davam o lixo na suamão e avisavam: ‘Coloca na lixeira senãoeu coloco na sua porta.’ Eu era molequede uns 10 anos e vi muitas lixeirasirregulares acabarem assim. Mas hoje emdia a galera só quer dinheiro. Vamos fazero quê? A população hoje, além de mal-educada, é oportunista. Se você chamar aatenção, tomar uma atitude maisenérgica, como citei, é chamado demiliciano e coisas do gênero...” AnaMaria Arruda Duarte:“Já cansei defalar e de ser xingada pelo que falo, masisso é pura falta de educação.”MarcosAlbuquerque:“Seria legal colocarfiscais em cada ponto de coleta, e quem

do Lixo.” Sandra Barboza: “Quando nãotem lixeiras reclamam, e quando temjogam o lixo no chão.” Iãe Maria Lima:“Gente, pelo amor de Deus. Vocês quejogam lixo no chão, tomem vergonha!Vocês parecem crianças, que têm deouvir as mesmas coisas pelo resto davida, não é? Coloquem o lixo na lixeira.Vamos zelar por nossa cidade. Aiiii, temhora que você precisa desabafar, medesculpem.” Maria Lima: “Povonojento. O lixo tinha de voltar para dentroda casa deles!” Moyses Souza: "Paramim, isso não é uma comunidade, é umafavela. As pessoas não têm educação e sópensam em si mesmas (não é todomundo)." Lukas Sweecker: "As pessoasnão têm consciência, elas gostam dissona nossa comunidade, da sujeira. Temum pessoal que tem preguiça de abrir atampa do 'laranjão'. Depois reclamamque a Engenheiro fica alagada quandochove. Claro, é lixo para todo lado!Podiam pensar bem antes de fazer essabesteira. Se todos fizessem sua partenossa comunidade ia ser outra!"Raphael Bottinelli: "Um bando deporcos, isso sim. Pode colocar umcaminhão de lixo, encostado, que elesnão estarão nem aí. É assim que é visto onosso Brasil, um lixo mesmo." RobsonJardim:“As lixeiras estão vazias porquesó recolhem o lixo que está dentro. Se alixeira estiver lotada e colocarem lixo emvolta, esse lixo não será recolhido.”Leandro Moura: "Só não entendi porque colocaram os 'laranjões' na rua, poiso trânsito na Engenheiro já é umtranstorno."Clebson Amorim: "Se opovo não fosse tão porco, essas lixeirasresolveriam o problema, mas estãojogando lixo fora delas." Carla Paiva:"Muito bom. Pena que as pessoas nãotêm o mínimo de educação e zelo pelolugar onde moram e não valorizam asmelhorias. No dia em que eles colocaramos 'laranjões', logo depois as pessoassimplesmente jogavam o lixo do ladocom preguiça de abrir a caçamba. Oproblema não é Rio das Pedras em si, massim as pessoas que vivem aqui!" CidinhaCosta:"Muito boa essa ideia, adorei.Agora vamos ver se o povo colabora epara de jogar lixo nas ruas. Mas Rio dasPedras ainda precisa de muitas dessascaçambas, pois a população é muitogrande. Se cada um colaborar, vamosconseguir manter as ruas limpas. Todossabemos que Rio das Pedras é acomunidade que mais tem lixo nas ruas.Vamos acabar com isso. A Comlurb estáde parabéns!!!

Sobre o álbum "Nossos problemas",postado pelo nosso fotógrafo FábioCosta com imagens de flagrantes danossa comunidade, recebemos asseguintes mensagens:

Quitéria Bezerra:“Nossa, não seise a pior, a foto mais vergonhosa, é a do

homem tentando não pisar no lixo sobrea rua alagada ou a dos pais com ascrianças tentando driblar o lixo.” JanieleFerreira: “Tem de haver uma uniãoentre o serviço público e a população. Sódepende dos dois.” Sergio Menezes:”Isso aí também é o reflexo da falta deeducação da nossa população, que nãodescarta o lixo no lugar correto. Vem achuva forte e acontece isso aí.” ValériaGomes:“Triste esse descaso com acomunidade, emaranhado de fios...”Sidney Azevedo Souza:“Se fosse notempo das eleições, o Pezão teria atéaparecido aqui e colocado os pés na águae prometido que acabaria com esseproblema. Mas agora é tarde, só daqui aquatro anos.” Rubens Santos:“Muitasvezes os próprios moradores jogam lixono chão, nos bueiros. Quando chove, viraesse rio de lixos. Vamos pensar umpouco... Na sua casa você joga lixo portodos os lados? #concienciadetodos.”Alessandra Carvalho:“Cadê oBrazão?”

Morte na enchenteSobre a publicação do jornal “O

Globo” que compartilhamos e dizia damorte de um homem atingido por umraio em Rio das Pedras.

Clebson Amorim:“Que é isso? Elenão foi atingido por raio nenhum. Ele foicortar um fio de alta-tensão e morreueletrocutado. Geral, quem estava na ruaviu.” Eva Alves: “Uma grande falta derespeito com as pessoas. O acidenteaconteceu por volta das 4 horas, mais oumenos, o corpo ficou jogado no local atéas 10 horas da manhã, quando o Corpode Bombeiros apareceu...”

Som ensurdecedorVinimax Marcus: "Rio das Pedras é

um bom lugar, mas a semana toda temum bar na entrada da Areinha com umsom ensurdecedor até 5, 6 horas damanhã. Os trabalhadores nãoconseguem dormir em plena segunda-feira. É um absurdo contra ostrabalhadores! Está ruim para dormir."Soly Lopes: "O controle, a disciplina e orespeito aos trabalhadores aqui nãoexistem. Que pena!" Jani Sousa: "Euassino embaixo, como moradora do Riodas Pedras. Há mais de 20 anos aqui játeve mais moral. Hoje, quem dá moralnas ruas são os donos de bares. Acho umabuso com trabalhadores e crianças."

Descaso com a comunidadeMarcus Vinicius Izidoroavaliou a

página do Face do nosso jornal com notamáxima e comentou: "Ótimo, masespero que não informem só coisas ruins.Queria que A Voz de Rio das Pedras fossemais que um jornalzinho de bairro.Temos de denunciar o descaso que ogoverno tem com a gente. Nenhumbenefício nos é dado porque aqui não

tem tráfico. Por exemplo, o RJTV chamoujovens de várias favelas para serem jovensaprendizes, mas só de favelas pacificadasou com tráfico. Até outro dia, a Taça dasFavelas também não tinha time daqui.Contra isso e outras coisas é que queroque este jornal ganhe força para bater defrente com a Globo, com a prefeitura etc.Se precisar, podem contar comigo paradivulgar e denunciar as injustiças danossa comunidade. Estou em Rio dasPedras há 24 anos, já vi e vivi muita coisaaqui. Já vi meu pai montar e desmontarmuito barraco na lama. Não quero quecontinuemos assim. Pela idade que obairro já tem, deveria ser maisreconhecido. Será que vamos ter de abriruma boca de fumo aqui para poderchamarmos a atenção?"

Quero TrabalharMeu nome é Bianca Adão Ribeiro,

estou à procura de emprego dedoméstica. Tenho recomendação, seacharem necessário. Meu contato é99167-7018.

Mensagens ao nosso jornalMichael Di Jesusparabeniza:

“Simplesmente show! Show! Showww!Parabéns a todos que fazem A Voz de Riodas Pedras. Em breve visitarei este lugarcom diversidade cultural ampla eautossustentável. Tenho certeza de quepoderei (me instalando, quem sabe?)aprender muito e contribuir um poucopara o êxito de atividades sociais eculturais. Mais uma vez, parabéns aojornal.” Lúcio Ricardo se identificaconosco: “Je suis A Voz do Rio das Pedras,o 'New York Times' das comunidades,que está cada vez melhor. E que capa!Abraços.” Sérgio Barreto reconhece:“Um jornal popular muito benfeito.”Tina Representações elogia:“Parabéns, cada vez melhor." Acoordenadora de projetos sociais SolyLopes recomenda: “Amigos, leiam estejornal. Ele traz assuntos importantes arespeito da nossa comunidade... A Voz deRio das Pedrasé um parceiroincondicional, o importante jornal fazpresença nas ações sociais. Um dosgrandes responsáveis pelo sucesso dojornal é também colunista do jornal “OPovo do Rio”: Aziz Ahmed. Um grandeamigo! Parabéns ao Irineu Soares. Diantede tanta violência devemos mediar osconflitos.” Márcia Guimarãesescreveu: “Adorei o jornal de cabo a rabo.Adorei a pauta, as entrevistas, o texto levee afetuoso. Parabéns ao Ricardo de Souzae ao Haroldo Habib. E principalmente,amei Rio das Pedras sob esse olharamoroso de quem destaca o que é bom, oque dá certo, gente bonita e corajosa,criativa e alegre. Gostei demais. AquelaCasa Nordestina é devastadora. Tudo queeu amo. Obrigada por me enviar o jornal.Fiquei fã.”

RIO, 11 DE FEVEREIRO DE 2015

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ESPAÇO RESERVADO PARA OS COLABORDORES DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE RIO DAS PEDRAS

Contato: [email protected]

https://www.facebook.com/ASCORPE

[email protected]

É preciso conscientizar sobre a importância de que a simples ação do acondicionamento do lixocorretamente é o mais importante"

Crianças em contato com o lixo mal descartado podem ser acometidas por doenças que causam verminoses e que levam até a morte"

"Ano-novo, lixo velho!" e "Atécom os 'laranjões', gente?"Essas foram as duas man-chetes deste ano entre tan-tas outras que fizemos parachamar a atenção da popu-

lação, da Comlurb e dos órgãos afins para oabsurdo cenário do lixo em nossa favela.Porém, uma questão ainda não havia sidoabordada: as doenças causadas pelo lixo.Você sabia que o lixo descartado de qual-quer forma na comunidade provoca doen-ças fatais? Sim, ao jogar lixo no chão dequalquer forma você se torna responsávelpela morte de um amigo, parente, vizinhoou mesmo seu próprio filho, já que as crian-ças são as principais vítimas de doençascomo leptospirose, dengue e tétano, entreoutras, que podem levar à morte (confira noboxe nesta página).

Para traçar um panorama mais com-pleto dos riscos que você impõe a si mesmo(e à sua família) ao descartar o lixo de formainadequada, conversamos com Renata Ra-bello, de 29 anos, dona currículo admirável.Sanitarista, epidemiologista e veterinária, amoradora do Méier faz doutorado na Fun-dação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz).

— O lixo atrai vetores, que são moscas,baratas, ratos e outros responsáveis pordoenças. As pessoas que descartam lixo deforma errada também acabam contri-buindo para levar doenças para dentro dasresidências — ressalta a doutora Renata.

Não bastasse, a moça ainda está fa-zendo a coordenação de campo da pes-quisa Diagnóstico de Saúde em Rio dasPedras, um convênio da Fiocruz com a Uni-versidade de Columbia (EUA) e com o Nú-cleo de Cidadania de Rio das Pedras, no

qual também funciona a sede do nosso jor-nal (ver boxe). Renata fez um breve relatosobre Rio das Pedras e a primeira questãolevantada por ela foi sobre o consumo.

— Que lixo é esse que produzimos? Pre-cisamos consumir tanto, dessa forma de-senfreada como hoje fazemos? —questionou.

Sem entrar no mérito da questão, elaemendou um outro comentário provocarprofunda reflexão do morador sobre o queele está fazendo com o lugar escolhido paramorar.

— Rio da Pedras é uma comunidade re-lativamente jovem, com muitas crianças. Eessas crianças, em contato com esse lixodisposto da forma absurda como é feitaaqui, podem ser acometidas por diversasdoenças que causam verminoses comodiarreia, vômito, febre e pode levar à morte— diz, com ar preocupado.

O que espanta Renata, entre tantas ou-tras coisas que ela vê, é a dificuldade daspessoas para entenderem que, ao jogar olixo de qualquer forma, são elas as princi-pais vítimas de sua ação incivilizada.

— Com as doenças, as crianças não vãoà escola, os pais têm gastos extras... Semfalar nos prejuízos causados pelas enchen-tes nas casas do moradores — atesta Re-nata.

Muito mais grave do que os danos ma-teriais causados pelas enchentes são osdanos na saúde da população. Renata enfa-tiza que as pessoas precisam ter responsa-bilidade sobre o lixo produzido, que vaimuito além do ato de colocá-lo no lugarcerto. Mais do que isso, é preciso descartá-lo de forma certa.

— As pessoas não entendem quemesmo tirando lixo da casa e colocando nacalçada, o lixo ainda é nosso. A legislação dizque o lixo é de nossa responsabilidade até ahora em que a Comlurb faz a coleta — en-sina.

Uma das formas enxergadas pela dou-tora Renata para atenuar o quadro estarre-cedor do lixo em nossa comunidade seriacriar um programa integrado entre a Com-lurb, os ativistas que trabalham com a ques-tão em Rio das Pedras e as escolas. Sobrereciclagem, Renata foi objetiva:

— A reciclagem seria algo posterior,porque falta a conscientização básica doacondicionamento do lixo. Que tipo de lixocolocamos nas sacolas? Como o colocamospara a Comlurb recolhê-lo? A Comlurb o re-colhe da forma correta?

A única certeza de Renata: a educação éa base para iniciarmos a virada que tantoqueremos para nossa amada Rio das Pe-dras.

— A educação é questão fundamental.É preciso conscientizar as pessoas da im-portância de que a sua simples ação doacondicionamento do lixo de forma ade-quada é o mais importante — afirmou Re-nata, que frisou algumas vezes aimportância de se fazer um trabalho juntoàs escolas.

É ARMA CONTRA O LIXOPREOCUPADA, MAS

ESPERANÇOSA, SANITARISTARENATA RABELLO ALERTA E EXPLICA AS CAUSAS

E CONSEQUÊNCIAS DESSARELAÇÃO PROMÍSCUA

QUE PARTE DA COMUNIDADETEM COM O LIXO

RATO, LEPTOSPIROSE — É transmitida pelo rato, que temuma bactéria que entra em contato com o ser humano por enchentesou quando descartamos o lixo de forma inadequada.SINTOMAS: febre alta, mal-estar, dor muscular, especialmente napanturrilha, de cabeça e no tórax, olhos vermelhos, tosse, cansaço,calafrios, náuseas, diarreia, desidratação, manchas vermelhas nocorpo, meningite. PODE MATAR.

MOSCAS E BARATAS, FEBRE TIFOIDE — É transmitidapelo consumo de água e alimentos contaminados ou pelo contatodireto, em razão da presença de bacilos eliminados nas fezes e urinahumanas dos portadores da doença. É endêmica nos locais em que ascondições sanitárias e de higiene são precárias, como nossacomunidade.SINTOMAS — Febre prolongada, diarreia com sangue, dor decabeça, falta de apetite, mal-estar, prostração, aumento do fígado edo baço, distensão e dores abdominais, náuseas e vômitos. Semtratamento, esses sintomas se agravam e podem provocarcomplicações graves, como hemorragias abdominais e perfuração dointestino. PODE MATAR.

DENGUE — É transmitido pela picada da fêmea do Aedes aegypti,mosquito diurno que se multiplica em depósitos de água paradaacumulada nos quintais, dentro das casas ou nas sacolas de lixodescartados de forma errada.SINTOMAS — Febre alta (39º a 40º), de início repentina, associada àdor de cabeça, prostração, dores musculares, nas juntas, atrás dosolhos, vermelhidão no corpo e coceira. Nas crianças, o sintoma inicialtambém é a febre alta acompanhada de apatia, sonolência, recusa daalimentação, vômitos e diarreia. Em sua forma hemorrágica, asmanifestações iniciais são as mesmas da forma clássica. Entretanto,depois do terceiro dia, quando a febre começa a ceder, aparecemsinais de hemorragia, como sangramento nasal, gengival, vaginal,rompimento dos vasos superficiais da pele (petéquias e hematomas),além de outros. Em casos mais raros, podem ocorrer sangramentosno aparelho digestivo e nas vias urinárias. PODE MATAR.

OBJETOS CORTANTES, TÉTANO — É uma doençainfecciosa grave, não contagiosa, causada por toxina produzida pelabactéria Clostridium tetani. Contamina através de cortes causadospelo descarte das sacolas de lixo com objetos cortantes, como vidro,ferro, seringas e etc). A toxina produzida pela bactéria atacaprincipalmente o sistema nervoso central. Rigidez muscular em todoo corpo, mas principalmente no pescoço, dificuldade para abrir aboca (trismo) e engolir, riso sardônico produzido por espasmos dosmúsculos da face são as principais características. PODE MATAR

FOTO DE RICARDO DE SOUZA

EDUCAÇÃO

De que adianta ser um cara ou uma minaespertos, que dominam uma determi-nada disciplina mas nunca chegam nohorário, se vestem inadequadamente outêm postura imprópria para um am-biente de trabalho com atitudes e gírias

que pouco servem para quem quer prosperar nacarreira dos sonhos? Para que o sonho não setransforme em pesadelo — ou naquela enormefrustração que nos joga nos descaminhos da vida— é que o Serviço Nacional de AprendizagemComercial (Senac) mantém, há 15 anos, o pro-grama Portal do Futuro, no qual, durante setemeses, jovens entre 16 e 21 anos são preparadospara sua primeira experiência profissional.

— O Portal do Futuro não é um curso, é umprograma social no qual o aluno passa por duasetapas antes de sercapacitado parauma profissão —explica a gerente deResponsabilidadeSocial da instituiçãoAna Paula Nunes.

A preocupaçãode Ana Paula emdistinguir o pro-grama de um cursotem uma razãopara tamanho cui-dado e paciênciaem explicar comofunciona o Portaldo Futuro:

— Durante aduração do pro-grama, os alunosrecebem até 576 horas de aulas distribuídas emoficinas que compõem três projetos: Ser Pessoa,Ser Cidadão e Ser Profissional. Na primeira fase,atividades de autoconhecimento e reforço daautoestima auxiliam os jovens a traçar perspec-tivas concretas de futuro. Na etapa seguinte, osfocos são os direitos, deveres e o papel do indi-víduo nas comunidades em que vivem. Na ter-ceira e última fase do programa os jovensrecebem até 200 horas de capacitação profissio-nal no curso escolhido nas áreas de Gestão e Tu-rismo (auxiliar administrativo, auxiliar deoperações em logística, recepcionista em meiosde hospedagem e vendedor), além de 60 horasde aulas de inglês. Na última etapa, o alunopassa por 28 horas de vivência em empresaspara observar o cotidiano de trabalho e já podeser encaminhado para oportunidades de em-prego por intermédio do Click Oportunidades,um serviço exclusivo do Senac-RJ que conectatalentos ao mercado de trabalho.

ESPAÇO RESERVADO PARA OS COLABORDORES DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE RIO DAS PEDRAS

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4RIO, 11 DE FEVEREIRO DE 2015RIO, 11 DE FEVEREIRO DE 2015

5O Portal do Futuro não é um curso, é um programa social no qual o aluno passa por várias etapas antes da sua capacitação profissional”

Você entra no curso de um jeito e sai de outro. É uma experiência que modifica a pessoa para o resto da vida”

O programa é completado com 576 horas de aulas para o curso escolhido pelo aluno e que são distribuídas emoficinas que compõem três programas a serem cumpridos.

São muitas as opções de endereço para quem deseja se inscrever num dos cursos oferecidos pelo Senac-RJ.Confira no quadro abaixo o mais conveniente para você.

PROGRAMA SOCIAL DO SENAC-RJ BUSCA MODIFICAR A REALIDADE DOS JOVENS PARA TRANSFORMÁ-LOS EM PROFISSIONAIS COM COMPETÊNCIAS COMPORTAMENTAIS, QUE É O DIFERENCIAL NO MERCADO DE TRABALHO

PORTAL DO FUTURO, MUITO MAIS QUE UM CURSOSERVIÇOInscrições: de 14 de janeiro a 13 de fevereiroEndereço eletrônico: www.rj.senac.br/portaldofuturo2015INÍCIO DAS AULAS: 9 DE MARÇO

ALGUNS LOCAIS DAS AULAS:

�Unidade Barra II – Avenida Prefeito Dulcídio Cardoso2.000Manhã (das 8h às 12h) - Curso: Auxiliar de Operações emLogísticaTarde (das 13h às 17h) - Curso: Recepcionista em Meios deHospedagem�Unidade Bonsucesso – Rua Dona Isabel 700Tarde (das 13h às 17h) - Curso: Auxiliar Administrativo�Unidade Botafogo – Rua Bambina 107Tarde (das 13h às 17h) – Cursos: Auxiliar administrativo eRecepcionista em Meios de Hospedagem�Unidade Campo Grande – Rua Barcelos Domingos 58Manhã (das 8h às 12h) - Curso: Auxiliar de Operações emLogísticaTarde (das 13h às 17h) - Curso: Auxiliar Administrativo�Monte Horebe/Campo Grande – Rua Benedito Lacerda235, Vila NovaTarde (das 13h às 17h) - Curso: Vendedor�Posto Escola/Bonsucesso - Avenida Brasil 6.355Manhã (das 8h às 12h) - Curso: VendedorTarde (das 13h às 17h) - Cursos: Auxiliar Administrativo eAuxiliar de Operações em Logística�Unidade Copacabana – Rua Pompeu Loureiro 45Tarde (das 13h às 17h) - Curso: Recepcionista em Meios deHospedagem�Unidade Duque de Caxias – Avenida Brigadeiro Lima eSilva 764Tarde (das 13h às 17h) - Curso: Auxiliar Administrativo�Unidade Irajá – Rua Emiliano Felipe 173Manhã (das 8h às 12h) - Curso: Auxiliar AdministrativoTarde (das 13h às 17h) - Curso: Auxiliar de Operações emLogística�Unidade Madureira – Rua Ewbanck da Câmara 91Manhã (das 8h às 12h) - Curso: Auxiliar AdministrativoTarde (das 13h às 17h) - Curso: Vendedor�Instituição CEI Alcântara/São Gonçalo – Rua TiagoCardoso 35, AlcântaraManhã (das 8h às 12h) - Curso: Vendedor�Unidade Niterói – Rua Almirante Teffé 680, CentroTarde (das 13h às 17h) - Curso: Auxiliar Administrativo�Unidade Nova Iguaçu – Rua Coronel Carlos Matos 86Tarde (das 13h às 17h) - Curso: Auxiliar de Operações emLogística�Unidade Riachuelo (Centro Politécnico) – Rua Vinte eQuatro de Maio 543Manhã (das 8h às 12h) - Curso: Auxiliar AdministrativoTarde (das 13h às 17h) - Curso: Recepcionista em Meios deHospedagem�Instituição Ser Cidadão/Santa Cruz – Rua Fernanda 140Manhã (das 8h às 12h) - Cursos: Vendedor e Recepcionistaem Meios de HospedagemTarde (das 13h às 17h) - Cursos: Vendedor e Recepcionista emMeios de Hospedagem

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OUTRA FAMÍLIA PARA A VIDA TODANascida e criada na nossa comunidade, Vanessa

Salustino, de 17 anos, moradora na Rua Velha, é umaentre centenas de jovens que tiveram suas vidas trans-formadas pelo Portal do Futuro. E não foi apenas pelocurso que escolheu, Hotelaria — recepcionista emmeio de hospedagem. Mesmo porque não se trata docurso, mas a mudança radical que as etapas do pro-grama social do Senac operaram em sua vida.

— Não se trata apenas de um curso, é muito maisque isso! — comenta, empolgada, em conversa portelefone e com um discurso que até parece ensaiado.

Vanessa cita as etapas do programa (Ser Pessoa,Ser Cidadão), que antecedem a formação profissio-nalizante propriamente dita, e se considera uma pes-

soa crítica, que não gosta de elogiar muito. Mas como Portal a coisa muda de figura. E explica:

— Você entra de um jeito e sai de outro. É uma ex-periência que modifica a pessoa para o resto da vida.O programa fala de postura, jeito de se vestir, formade andar, os gestos. Nunca tinha visto nada parecido.Foram sete meses maravilhosos.

Ela faz questão de afirmar que vai continuar naárea de turismo e o motivo dessa verdadeira devo-ção pelo Portal tem uma razão. Ela já trabalhacomo jovem aprendiz no Copacabana Praia Hotel,mas o motivo de orgulho não é só pela sua coloca-ção no mercado. Ela faz questão de dizer que amaioria dos colegas de turma também está bem

colocada e esse êxito tem uma responsável: Rosali,coordenadora do Senac Barra 2, sua "segundamãe", que é a chave do sucesso de todos os ex-alu-nos, a ponto de a turma até hoje se encontrar paraconfraternizar.

— É uma ligação difícil de ser quebrada, somosuma família — elogia, para, em seguida, citar aprópria família de sangue e os amigos. — Nossospais logo sentiram a diferença depois que começa-mos no Portal. Volta e meia um de nós liga parafazer o curso, mas não podemos.

Vanessa lamenta e explica o motivo do "veto":— A gente só pode se inscrever no programa uma

vez e isso é o que mais dói.

OPÇÕES PARA QUEM SE INTERESSAR

Senac nas UPPs: leva capacitaçãoprofissional a comunidadespacificadasSenac na Comunidade: qualificapessoas em comunidades de baixarenda no Estado do Rio de JaneiroSem Limite: capacitaprofissionalmente pessoas comdeficiênciaPessoas com mais de 21 anos:podem participar desses programas,desde que cumpram os pré-requisitos(como escolaridade) exigidos.

GOSTO X NÃO GOSTO EM RPComo de costume em nossas reportagens, tam-

bém perguntamos a Samuel do que ele mais gosta emenos gosta em nossa comunidade. Ele não vacilou:

— O que mais gosto são a proximidade e a faci-lidade que tenho para comprar qualquer coisa deque preciso. E o que menos gosto é a lamentáveldesordem. Alguns moradores reclamam, mas nãofazem nada para consertar.

Samuel usou as chuvas para comprovar a falta deeducação de parte da nossa população, pela formade tratar os detritos que transformam Rio das Pedras

num verdadeiro mar de lixo a céu aberto.— No sábado, eu estava indo para o curso no

Centro e tudo na Engenheiro Souza Filho estavaboiando de tanta água. Inacreditavelmente, ummorador, que estava muito próximo das novas co-letoras de lixo (os "laranjões"). em vez de colocaro lixo na coletora simplesmente jogou na rua parase juntar tantos outros que boiavam — lembrou,sem disfarçar a indignação que incomoda não so-mente a ele, mas também a grande maioria danossa gente.

Samuel Vaz, de 18 anos, há 13 morador da Areinha, ama aviação esonha ser comissário de bordo. Inscreveu-se no Portal do Futuropara fazer a capacitação em Técnico de Segurança do Trabalho,mas confessa estar arrependido e diz que teria sido melhor setivesse escolhido Técnico em Enfermagem.— Trabalho como assistente administrativo numa empresa na Barraque é da área de construção civil. Como eles contratam muitostécnicos, resolvi também ter essa formação — explicou o rapaz, quedemonstra ter o perfil adequado para ingressar no Portal do Futuroe apenas aguarda resposta dos responsáveis pelo processo deseleção.Nascido em João Pessoa, capital da Paraíba, Samuel tem adeterminação típica do nosso povo nordestino que vem para acidade grande ganhar a vida e faz desse foco quase umaobstinação. Uma prova dessa adequação ao perfil de Samuel estáno extremo cuidado que tem com seu futuro profissional. Ele diz:— Depois de cursar a faculdade de Enfermagem pretendo cursarcomissariado de bordo. Essa carreira tem um tempo curto e por issoquero ter um outro curso superior como plano B, porque, quando otempo passar, seguirei adiante como enfermeiro.Prudente, ele não se importa com o tempo que vai ficar ainda maisescasso.— Antes eu fazia espanhol, inglês, natação e ainda estudava à noite— disse Samuel. Depois de soltar um largo sorriso, ele afirma não querer levarnamoro algum a sério porque agora prefere ficar centrado na suaformação profissional.

NASCIDO PARAVOOS BEMMAIS ALTOS

Grupo prepara parte das 576 horas de aulas dos três projetos: Ser Pessoa, Ser Cidadão e Ser Profissional. Na primeira fase, atividades de autoconhecimento e reforço da autoestima auxiliam para perspectivas concretas de futuro

Vanessa e seu grupo.Trabalho no CopacabanaPraia Hotel é motivo deorgulho não só pelaoportunidade nomercado. Ela faz questãode dizer que a maioria daturma também está bemcolocada e que esse êxitotem uma responsável:Rosali, coordenadora do Senac Barra 2

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RIO, 11 DE FEVEREIRO DE 2015

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Dei aula num Ciep e percebi a garra dos estudantes, a vontade de fazerem mais coisas, pois as opções de cultura deixam a desejar”

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Acineasta Juliana Serfaty, ou simples-mente Jô, modificou o famoso ditadoque diz uma câmera na mão e umaideia na cabeça. Ela saiu de casa so-mente com a ideia, pois precisava depatrocínio para levar adiante um pro-

jeto antigo para fazer uso de sua câmera.Andou por vários lugares, conversou com au-toridades de vários segmentos, empresários,investidores... Nada, sempre ouviu uma nega-tiva. Quase perdeu o rumo. Quase, porque,enfim, bateu na porta certa (sem trocadilho),a porta do Rumos Itaú Cultural. E que projetoé esse, como surgiu a ideia?

— O nome é Projeto Diário de Férias,realizado nos meses dezembro e janeiro. Elefoi contemplado pelo edital Rumos ItaúCultural, que teve 2.500 inscritos e cemforam selecionados. O projeto envolve prá-ticas de cinema, arte contemporânea, alémde arte sonora e a arte do corpo. A ideia sur-giu quando eu dei aula de cinema no CiepLauro de Oliveira Lima e vi potencial em al-

guns jovens — explicou Jô.Com a verba disponibilizada, Jô, que além

de idealizadora é a coordenadora do projeto,partiu para outra missão: encontrar um lugarno qual pudesse ministrar as aulas com a suaequipe, formada também por Júlia Motta(ajudante) e Ricardo Fogliatto (produtor).Conseguiu uma sala, que alugou por doismeses, na Associação de Moradores. E pôsmãos à obra.

Os privilegiados "descobertos" por Jôforam Ronaldo Lessa, Caio Neves, Karo-laynne Rebech e Natália Costa. A eles foidada a missão de criar filmes, fazer fotos,produzir vídeos, paisagens com sons reco-lhidos na comunidade, entre outras ativida-des, como participação em cenas de teatro,performances cinematográficas, etc. Foiuma oficina dinâmica e criativa, da qual re-sultou uma série de produções artísticasque estimularam a expressão individual dosquatro inteligentes jovens, como atestou Jô:

— Durante o tempo em que dei aula per-cebi a garra dos estudantes de Rio das Pedras,a vontade de fazerem mais coisas, pois as op-ções de cultura no lugar, de entretenimento,deixam a desejar. Estava certa, porque a re-percussão foi por demais positiva.

Verdade. Os encontros foram uma trocamuita rica tanto para os quatro participantesquanto para os moradores de Rio das Pedras.E também para os artistas (a cada semana umprofissional de alguma arte esteve na Associa-ção) que se deslocaram da Zona Sul da cidadepara entrar em contato com o espaço, a cul-tura e o imaginário criativo dos jovens de Rio

das Pedras. Em vez do ócio de férias anterio-res, os escolhidos tiveram a oportunidade deconviver com uma arte tão admirada. As aulasforam de segunda-feira a sexta-feira, das 14horas às 18 horas.

Como parte do trabalho, Natália, Karo-laynne, Caio e Ronaldo tiveram ajuda decusto, além de ganharem um tablet cada um,brinde oferecido pela organização do projeto.

Jô está disposta a repetir a dose todos osanos. Mas depois de algumas sondagenscomeçou a perceber que a tarefa de conse-guir um patrocinador para o próximo pro-jeto será mais árdua. Ela admite que osJogos Olímpicos poderão atrapalhar, emuito, seus planos. Talvez porque patroci-nadores e investidores estejam guardandodinheiro para investir no evento do pró-ximo ano no Rio de Janeiro. Porém, depoisda obstinação que demonstrou para levaradiante o projeto que terminou no dia 30 dejaneiro, é bem provável que consiga. E seconseguir, mais uma vez ela mudará umoutro ditado, este surgido com a criação docinema: luz, câmera, ação! No caso, passaráa ser luz, câmera, Jô!

Foi um sucesso e todos querem repeteco. É o mínimo que se pode dizerda repercussão do I Curso de Contabilidade Básica ministrado pela As-sociação Comercial de Rio das Pedras para comerciantes, no períodode 21 a 27 de janeiro, das 18 horas às 20 horas. O curso teve como ob-jetivo capacitar os participantes com técnicas contábeis, como men-suração de custo, valor e formação de preço, apresentando a

contabilidade como ferramenta de gestão.Gratuito, o curso foi ministrado pela professora de Contabilidade Clara

Marici Hummel Capucho. A primeira turma contou com a participação dosrepresentantes dos seguintes estabelecimentos: Vesty Rio, Casa Kit, SulaModas, Óticas Mendonça e Apimentada Modas.

A Associação Comercial (Rua Nova 105) já está formando a próxima turma,com aulas programadas para o próximo mês. Vá logo garantir a sua, porque asvagas são limitadas! Para maiores informações ligue para (21) 4108 8439.

CINEASTA DESENVOLVE PROJETODIÁRIO DE FÉRIAS

E ENCANTA RIO DAS PEDRAS

MAIS UM GOL DE PLACA DAASSOCIAÇÃO COMERCIAL

FOTO

DE JU

LIAN

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A partir da esquerda, Ana Paula, Alice, Maria de Fátima, Lurdinha, Simone e Marcilene: sorridentes, elas exibem o diploma do Curso de Contabilidade Básica

A ARTE DEENSINAR A

FAZER CINEMA

FOTOS DE JO SERFATY/DIVULGAÇÃO

1 – Natália prepara Caio parauma performance, sob o olharatento de Karolaynne; 2 – Caio,personificado de Preto Velho,faz pose; 3 – Ronaldo (àesquerda), Natália e Caio numinstante de descontraçãodurante uma das saídas dogrupo; 4 – Sentados, os quatroescolhidos por Jô estudamtexto; 5 – A equipe nummomento de decidir sobre apróxima tarefa; 6 – Numa dasmuitas aulas práticas, os quatroescolhidos ganham a companhiade outros integrantes da equipe:Jô é a terceira a partir dadireita, e Juliana, a primeira; 7 –os quatro ‘cavaleiros de Jô’:Caio, Natália, Ronaldo eKarolaynne; 8 – Karolaynnesendo preparada para umaapresentação

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RIO, 11 DE FEVEREIRO DE 2015

7Estou fazendo o recadastramento de medidores aqui na Areinha. O trabalho está tranquilo, o povo daqui estásendo muito receptivo e estou achando interessante”

A etapa do Areal foi finalizada: 100% dos clientes já têmmedidores e a modernização de rede elétrica foiconcluída. Agora estamos atendendo a região de Areinha”

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Recostada numa moto esta-cionada na Avenida Da-niel Marinho, na Areinha,a carioca Thalita dos San-tos Moreira, de 27 anos,agente de relacionamento

da Light, conferia algumas fichaspresas à sua prancheta. Morenabonita, não escapou do galanteiode um safadinho que passava ba-tido, pedalando uma bicicleta.

— Eta mulata porreta! Isso aínão precisa da Light. Já está ilumi-nada! — exclamou, encantado coma beleza da moça, que nem o uni-forme formal nem o capacete deproteção conseguiam esconder tãofulgurante luz própria.

Foi a senha para que me apro-ximasse dela para trocar uns dedosde prosa. Perguntei o que estavafazendo e Thalita, de início, resis-tiu, alegando que precisava de au-torização do chefe para darentrevista. Mas deixei claro que anossa intenção não era criticar,pelo contrário, e a moça acabourespondendo:

— Estou fazendo o recadastra-mento de medidores aqui na Arei-nha há três meses. O trabalho estátranquilo, o povo daqui está sendomuito receptivo e estou achandointeressante. A comunidade estámostrando interesse em participardo programa Light Legal.

Antes que encerrasse o papocom a musa, juntou-se a nós outracarioca servindo no exército de“caçadores de gatos”, a cadastra-dora Jucilene Santos, de 25 anos,que foi logo dizendo que estámuito satisfeita com a missão quelhe foi confiada pela concessioná-ria:

— O trabalho está fluindo bem.A relação com os clientes está per-feita. Há quatro meses trabalhandoaqui na comunidade constatamosque os moradores querem ter ofornecimento de energia legali-zado, querem pagar as contas deluz, querem estar em dia com seusdeveres de cidadão para cobrar osseus direitos. Está sendo uma ta-refa gratificante.

As duas funcionárias confirma-ram o que a nossa reportagem veminformando desde a primeira edi-ção: o povo daqui de Rio das Pe-dras quer ter seus relógios de luz,

Em nota, a Light informou à nossa reportagem que vemrealizando um grande projeto para levar melhor forne-cimento de energia, eliminar ligações clandestinas e darmaior segurança e conforto aos clientes de Rio das Pe-

dras. Na nota, a empresa garante que o programa Light Legal,que abrangerá toda a comunidade, será resultado de investi-mentos de R$ 90 milhões, com o objetivo de terminar a regu-larização de todo o fornecimento de energia para a comunidadeaté o fim deste ano.

"A etapa do Areal foi finalizada: 100% dos clientes já têm

medidores e a modernização de rede elétrica foi concluída. Asegunda fase, que atenderá mais seis mil clientes, vem sendorealizada na região da Areinha desde outubro de 2014. Oprojeto está dentro do prazo esperado e já tem contribuídopara a melhoria na qualidade do fornecimento de energianessas áreas. É importante ressaltar que a parceria entre oLight Legal e a Associação de Moradores facilitou oandamento dos trabalhos, organizando o trânsito,convocando a população para conhecer o projeto, facilitandoos acessos obstruídos, entre outras ações", diz um dos trechos

da nota.A nota da Gerência de Imprensa da concessionária

alertou, ainda, para a importância de o cliente ficar atento aoatendimento:

"É importante que o cliente, ao perceber qualqueranormalidade no atendimento das equipes de campo da Light,peça a identificação dos mesmos ou registre, com fotos ou deoutra forma, a irregularidade. Em seguida, entre em contatocom o Disque-Light Emergência, no número 0800-0210-196.Os dados do denunciante serão mantidos em sigilo."

AGENTES DA LIGHT LEVAM LUZ PRÓPRIA À AREINHATHALITA E JUCILENECADASTRAM O DESEJODOS MORADORES DE

TER ENERGIALEGALIZADA

pagar as contas normalmente,com tarifa social, até porque as fa-turas da Light servem de compro-vante de residência, valem comoum atestado de cidadania.

Segundo a Gerência de Im-prensa da Light, as agentes deatendimento, como Thalita e Juci-lene, estão sempre presentes nacomunidade e prestam atendi-mento personalizado, analisando ecuidando de cada cliente por meiodo seu perfil de consumo e pelassuas instalações.

— Além de realizarem o cadas-tro de novos clientes, eventual-mente negociam dívidas depagamento e propõem parcela-mento de débitos, adequando-os

ao poder aquisitivodos clientes (os valoressão cobrados somentena conta de energia). Aequipe da Light tam-bém está semprepronta para esclarecerdúvidas sobre econo-mia de energia e segu-rança na rede elétrica,promovendo o con-sumo eficiente. Todosos agentes de atendi-mento, técnicos e ele-tricistas da Light estãosempre com uniformedo Light Legal — ex-plica um porta-voz daempresa.

UM INVESTIMENTO DE R$ 90 MILHÕES EM OBRAS

FOTOS DE FAVIO COSTA

As agentes daLight ThalitaMoreira (foto maior) eLucilene Santoscadastram osclientes na Areinha,enquanto ostécnicos da empresaprosseguem“caçando osgatos” deenergia

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Se nós não formos contemplados, não importa. Eu vou atrás do patrocínio para conseguir realizar o documentário!”

Foi mais um dia de muitas e fortes emoções. Eu estou enfraquecida, mas sou guerreira e preciso continuar na luta”

Orelógio marcava 15h55minquando Sandra Lima, pro-dutora cultural com estreitae antiga ligação com nossacomunidade, foi chamadapara apresentar seu projeto,

na verdade nosso. Isso porque, comoela e os parceiros Tiago Tit Medeirose Egeu Laus fazem questão de dizer,o projeto do documentário Caminhodas Pedras é de Rio das Pedras, dosmoradores.

Para falar do que aconteceu de-pois que Sandra foi chamada é pre-ciso voltar um pouco no tempo, maisprecisamente às 13h45min. Foi ahora em que a equipe de reportagemchegou ao Liceu de Artes e Ofíciospara torcer para que o projeto do triofosse escolhido e contemplado comos R$ 50 mil destinados a cada umdos 40 selecionados entres os 53 quechegaram à final. Ao encontrar San-dra, ficou claro que a moça dos cabe-los vermelhos não estava em seuestado normal, pois se mostrava ex-tremamente nervosa e ansiosa.

— Foram três meses de produção,em que abrimos mão de diversos tra-

balhos. Esse dinheiro serve para,além de pagar nossos custos, finan-ciar dois articuladores locais, seispesquisadores e um técnico deáudio, todos da comunidade — ex-plicou Sandra.

Diante de tamanha ansiedade,Sandra quase derrapou na hora deexpor ao público e aos investidoresos motivos que a fizeram desenvol-ver o projeto, como ela própria reco-nheceu.

— Falei para os organizadores efalo para vocês também. Meu negó-cio é atrás das câmaras, filmando eproduzindo — disse, emocionada,Sandra para a plateia, justificando adificuldade em apresentar o Cami-nho das Pedras.

Passado o nervosismo inicial,Sandra apresentou os protagonistasda cultura e do ativismo social danossa favela, como Cleusa, da Patru-lhinha da Limpeza, Marta Mariano,do Mulheres de Atitude de Rio dasPedras, Juba Lima, músico de MPBde ótima qualidade, entre outros queestavam na base de apoio.

Após a apresentação, Sandra re-cebeu uma informação que elevouainda mais a tensão em seus cabelosvermelhos. Um telefonema infor-mava que sua mãe de criação, donaAdelaide, acabara de falecer. Sandradesabou.

E foi no outro dia que o melhorestaria por vir. Assim como na mú-sica de Chico Science, principal ex-poente do Mangue Beat, de Recife,Sandra também foi da lama ao caos,do caos à lama e ressurgiu de suascinzas espirituais para celebrar a vi-tória particular e, mais importante, avitória da comunidade de Rio das Pe-dras, que ela tanto ama.

— Ontem foi um dia de fortesemoções. Estou enfraquecida, massou guerreira e preciso continuar naluta — afirmou, antes de saber o re-sultado que a escolheu como umadas 40 contempladas em meio amais de cem concorrentes.

CAMINHOS ABERTOS COM NERVOS À FLOR DOS CABELOS

PROJETO DEDOCUMENTÁRIO

SOBRE ARTISTAS DE RIO DAS PEDRAS É CONTEMPLADO

NA 1a FEIRA FAVELA CRIATIVA

Sandra Lima, produtoracultural com antigos laçosafetivos e estreitos com acomunidade de Rio dasPedras, fala com entusiasmosobre o seu documentário ede suas ideias para o futuro;Na foto ao lado, entre Tiago Tit Medeiros (à esquerda) e Egeu Laus,imita o gesto de positivo dosparceiros no projeto

FOTOS DE FABIO COSTA