a voz de rio das pedras - n º 36

7
Qual o culpado pelo lixo que toma conta da comunidade, a ponto de fazê-la ser considerada a mais suja da cidade? Dos moradores? Da Comlurb? Ou dos dois? Somente com a colaboração da população e ação eficiente da Comlurb a sujeira poderá acabar. Chega de omissão, de emporcalhar as ruas, chega de jogar lixo em qualquer lugar, chega de não recolher o lixo. Vamos nos unir e dar um basta na sujeira. PÁGINAS 4 e 5 ANO NOVO, LIXO VELHO! E MAIS FOTO DE RICARDO DE SOUZA PÁGINA 3 SONHOS PARA 2015: O MAIOR DE TODOS É O FIM DO LIXO NA COMUNIDADE PÁGINA 6 FERIADÕES: BOM DEMAIS PARA O TRABALHADOR, RUIM PARA O COMÉRCIO PÁGINA 7 RAP: QUANDO UM RITMO É TUDO NA VIDA DE ALGUÉM, COMO PARA ZAG MC PÁGINA 8 FUTEBOL: O FIM DA DESORDEM NOS CAMPEONATOS DE RIO DAS PEDRAS SUJEIRA POR TODOS OS CANTOS, ÚNICA MANCHA DA COMUNIDADE QUERIDA POR TODOS www.avozderiodaspedras.com.br Jornal on-line: http://issuu.com/avozderiodaspedras ANO II - N 0 36 - RIO DE JANEIRO, 14 DE JANEIRO DE 2015 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA INFORMAÇÃO E CIDADANIA ENGENHEIR0 / RUA PINHEIRO RUA NOVA VIA LIGHT / SEGUNDA PONTE FOTOS DE LAERTEGOMES Maíldes (à esquerda) e Marta, ferrenhas defensoras da limpeza: elas combatem a sujeira na comunidade com eficiência ENGENHEIR0 / AREINHA

Upload: a-voz-de-rio-das-pedras

Post on 07-Apr-2016

225 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: A VOZ DE RIO DAS PEDRAS - N º 36

Qual o culpado pelo lixo que toma contada comunidade, a ponto de fazê-la serconsiderada a mais suja da cidade? Dosmoradores? Da Comlurb? Ou dos dois?Somente com a colaboração dapopulação e ação eficiente da Comlurb asujeira poderá acabar. Chega deomissão, de emporcalhar as ruas, chegade jogar lixo em qualquer lugar, chegade não recolher o lixo. Vamos nos unir e dar um basta na sujeira.

PÁGINAS 4 e 5

ANO NOVO, LIXO VELHO!

E M A IS

FOTO DE RICARDO DE SOUZA

PÁGINA 3

SONHOS PARA 2015: O MAIOR DE TODOS É O FIM DO LIXO NA COMUNIDADE

PÁGINA 6

FERIADÕES: BOM DEMAIS PARA OTRABALHADOR, RUIM PARA O COMÉRCIO

PÁGINA 7

RAP: QUANDO UM RITMO É TUDO NAVIDA DE ALGUÉM, COMO PARA ZAG MC

PÁGINA 8

FUTEBOL: O FIM DA DESORDEM NOSCAMPEONATOS DE RIO DAS PEDRAS

SUJEIRA POR TODOS OS CANTOS, ÚNICA MANCHA DA COMUNIDADE QUERIDA POR TODOS

www.avozder iodaspedras .com.br Jornal on-line: http://issuu.com/avozderiodaspedras

ANO II - N0 36 - RIO DE JANEIRO, 14 DE JANEIRO DE 2015 DISTRIBUIÇÃO GRATUITAI N F O R M A Ç Ã O E C I D A D A N I A

ENGENHEIR0 / RUA PINHEIRO

RUA NOVA VIA LIGHT / SEGUNDA PONTE

FOTOS DE LAERTEGOMES

Maíldes (à esquerda) e Marta, ferrenhas defensoras da limpeza:elas combatem a sujeira na comunidade com eficiência

ENGENHEIR0 / AREINHA

Page 2: A VOZ DE RIO DAS PEDRAS - N º 36

EXPEDIENTE

RIO, 14 DE JANEIRO DE 2015

2Nos centros urbanos, o grande desafio é a locomoção, o chamado direito à mobilidade urbana. Morar perto dotrabalho passou a ser caro e impossível ao cidadão”

É triste a realidade de quem mora ou transita em Rio das Pedras. A falta de organização e educação faz partedo dia a dia dos moradores. Falta ordenamento urbano”

A VOZ DO LEITOR

Nos centros urbanos, um grandedesafio é a locomoção, o quevem sendo chamado de direitoà mobilidade urbana. A ocupa-ção do solo urbano das cida-des é disciplinada por uma lei

chamada de plano diretor. Durante dé-cadas, os planos diretores incentivarama divisão das cidades em áreas indus-triais, comerciais e residenciais, impul-sionando a construção de moradias emlocais mais distantes dos centros urba-nos. Farta propaganda era veiculada paraincentivar as pessoas a residirem em lo-cais mais afastados, propagando-se osbenefícios de residir em área “residen-cial”. Contudo, tal prática visava, de umlado, a aumentar os limites das cidades,expandindo-as para locais ainda não ex-plorados, mas também jogar a popula-ção para os locais mais distantes doscentros.

Morar nos bairros tradicionais pas-sou a ser caro e praticamente impossí-vel ao trabalhador. No entanto, após

longos anos de tais políticas de urba-nismo, chegou-se ao caos: não hácomo transportar todas essas pessoaspara os seus destinos, geralmente lo-cais de trabalho que ficaram centrali-zados em áreas específicas da cidade.Na época dos nossos avós, era comumque as pessoas residissem e trabalhas-sem no mesmo bairro ou em áreaspróximas. Havia o comércio do bairro,que empregava os vizinhos, as fábricastinham suas próprias vilas residen-ciais, morava-se em sobrados porsobre os comércios e as comunidades

se formaram próximas aos locais queapresentavam chances de empregos.As pessoas não gastavam mais do queminutos para o deslocamento entre acasa e o trabalho. Havia direito à vidaapós o trabalho!

Com a explosão demográfica, as ci-dades passaram a ser separadas poráreas, o comércio de bairro cedeu es-paço para os shopping centers, as fábri-cas transferiram-se para áreas distantese os poucos empreendimentos residen-ciais foram construídos em locais afas-tados. Com isso, a cada dia, as pessoas

são dependentes dos transportes públi-cos que se apresentam deficientes paraatender a todos. Em São Paulo, assumiu-se publicamente que não há meio paratransportar, de forma digna, todas aspessoas que necessitam de desloca-mento diário e o plano diretor da cidadefoi recentemente modificado para in-centivar o retorno ao tempo da vovó, ouseja, a construção de moradias dentrodos centros urbanos para que se dimi-nua a necessidade de deslocamentos.Assumiu-se publicamente que não hátransporte de massa suficiente para dar

conta do volume de pessoas que preci-sam ser transportadas.

A solução encontrada foi o retorno auma política de revalorização dos bair-ros como centros de vida, bairros emque se possa trabalhar, mas também re-sidir, criando-se vínculos de vida e de re-lacionamentos, o que é impossibilitadoquando se trabalha oito horas por dia ese gasta quatro de locomoção. Tardia-mente, a prefeitura de São Paulo reco-nheceu a desumanidade do modo devida que impõe aos cidadãos, afirmandoque o novo plano diretor é mais humanoao aproximar emprego e moradia. Essemodelo de vida da proximidade vemsendo implementado em várias regiõesdo mundo, valorizando-se o relaciona-mento humano como base de sustenta-ção das cidades.

Quem sabe tais ventos também so-prem concretamente por aqui?

*Cristina Gomes Campos de Seta é juíza da 9ª VaraCível do Méier

� Cartas para a redação de A VOZ DE RIO DAS PEDRAS, a/c do Núcleo de Cidadania, Rua Nova n0 105, loja 2. e -mails para [email protected]

www.avozderiodaspedras.com.br

PUBLICAÇÃO QUIZENAL Tiragem: 20 mil exemplares - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Impresso na Gráfica e Editora Jornal do Commercio

Uma publicação da Livraria e Editora Citibooks Ltda.CNPJ: 05.236.806/0001-5

Rua Jardim Botânico 710, CEP 22.460-000 para a Associação Comercial do Rio das Pedras (em organização). Rua Nova 105 – Loja, Rio das Pedras - Tel.: 41088 439

EDITOR-CHEFE

Aziz Ahmed(Reg. 10.863 - MTPS)[email protected]

EDITOR EXECUTIVO

Laerte Gomes [email protected]

CONSULTORES

Cláudia Franco CorrêaIrineu Soares

Maria Etatiane Costa Barroso Juliana Barcellos da Cunha e Menezes

TRATAMENTO DE IMAGENS

Eduardo [email protected]

ANALISTA DE MÍDIA E WEBMASTER

Claudia [email protected]

REPORTAGEM

Ricardo de [email protected] [email protected]

Fábio Costafabiocostafotografias@gmail.comwww.avozderiodaspedras.com.br

PUBLICAÇÃO QUIZENAL Tiragem: 20 mil exemplares - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - Impresso na Gráfica e Editora Jornal do Commercio

Uma publicação da Livraria e Editora Citibooks Ltda.CNPJ: 05.236.806/0001-5

Rua Jardim Botânico 710, CEP 22.460-000 para a Associação Comercial do Rio das Pedras (em organização). Rua Nova 105 – Loja, Rio das Pedras - Tel.: 4108-8439

EDITOR-CHEFE

Aziz Ahmed(Reg. 10.863 - MTPS)[email protected]

EDITOR EXECUTIVO

Laerte Gomes [email protected]

CONSULTORES

Cláudia Franco CorrêaIrineu Soares

Maria Etatiane Costa Barroso Juliana Barcellos da Cunha e Menezes

TRATAMENTO DE IMAGENS

Eduardo [email protected]

ANALISTA DE MÍDIA E WEBMASTER

Claudia [email protected]

REPORTAGEM

Ricardo de [email protected] [email protected]

FOTOGRAFIA

Fábio [email protected]

CRISTINA GOMES CAMPOS DE SETA *

A VOZ DO DIREITO

DIREITO À MOBILIDADE E À CONVIVÊNCIA

Alguns dos meus projetos foramaproveitados pela empresa e deramorigem a várias linhas, como a 861, antiga737 (Curicica-Rio das Pedras), que, nomeu projeto inicial, seria a linha 735(Taquara-Rio das Pedras-via Cidade deDeus), e a criação da antiga linha 753B(Cascadura-Novo Leblon), filiada à linha753A (Cascadura-Barra da Tijuca), e quedepois passou a ser a 753 (Cascadura-Recreio), um grande sucesso! Por último,vem a linha 886, antiga S-750 (Freguesia-BarraShopping). No meu projeto inicial,seria a linha 700 (Freguesia-BarraShopping).

Como as linhas 550, 555 e 556 jáexistem, o único passo para a ViaçãoRedentor, dona da Transportes Futuro aque pertencem essas três linhas, seria amudança dos seus itinerários dentro deRio das Pedras, o que daria maismobilidade para a linha 550 e maispassageiros para as linhas 555 e 556.

Esse projeto retira a linha 550 da RuaNova (ida) e do Pinheiro (volta), fazendocom que esta circule apenas pela AvenidaEngenheiro Souza Filho, reduzindo otempo leva para entrar e sair da nossacomunidade, fato que provocareclamações dos passageiros que moramna Cidade de Deus (ponto final da linha),na Freguesia e no Anil para chegarem atéa Zona Sul. Além da redução de 20 a 30minutos no tempo de viagem, talmudança beneficiaria os moradores doAreal 1 e do Areal 2, que andariam menos,deixando de ir até a Rua Nova ou até aEstação Azul para embarcar nas linhas550 e 555 (situação atual), o que leva emmédia entre 10 e 15 minutos. Com a saídada linha 550 (Cidade de Deus-Gávea) daRua Nova e da Estrada de Jacarepaguá noAlto do Pinheiro, as linhas 555 (Rio dasPedras-Gávea) e 556 (Rio das Pedras-Leblon) se tornariam mais atraentes paraos passageiros saindo da Rua Nova. Alinha 556 partindo do Supermarket só saicom os ônibus vazios, pois perdepassageiros para a linha 557 (Rio dasPedras-Copacabana), que cobre umitinerário bem maior e por isso é maisprocurada do que a 556. Esse projetoseria bom para todos, porque, mesmoperdendo a linha 550, os moradores daRua Nova e do Pinheiro ganhariam duaslinhas exclusivas, a 555 (Rio das Pedras-Gávea) e 556 (Rio das Pedras-Leblon)saindo da Rua Nova e voltando peloPinheiro.

Vejam agora os novos Itinerários daslinhas 550, 555 e 556 dentro desse projetosomente no Rio das Pedras.

Linha 550 (Cidade de Deus-Gávea):ida, sentido Cidade de Deus – Gáveavindo da Freguesia: Largo doAnil/Estrada de Jacarepaguá (Ambev-Jardim Clarice)/Avenida EngenheiroSouza Filho (direto em Rio dasPedras)/Avenida Engenheiro Souza Filho

Mais uma vez, Leo Tigrãoenviavaliosa colaboração. Agora, com fotos, dizsua mensagem: “Essa é a triste realidadede quem mora ou transita pelacomunidade de Rio das Pedras. A falta deorganização e educação faz parte do dia adia dos moradores. É um lugar ondepodemos encontrar de tudo sem ter desair para bairros vizinhos. A falta deordenamento urbano provoca o caos emRio das Pedras. As vias principais, quedeveriam ser livres para o trânsito decarros e veículos de emergências, estãocom ônibus no meio da rua atrapalhandoo tráfego. Em dias normais, chegamos aficar mais de meia hora entre acomunidade Rio das Flores e o Castelodas Pedras. Quanto aos ônibus, quedeveriam ser estacionados nas baias, osmotoristas simplesmente os colocam nomeio da rua, como se a via pública fossepropriedade da Viação Redentor. Naedição anterior mencionei a volta da feirados domingos para a Rua Nova, como eraantigamente, e muitos consideraram umretrocesso. A ideia seria deixar aEngenheiro Souza Filho somente para otrânsito, que, nos fins de semana, virauma bagunça, pois carros e motos semisturam com a feira e vira um samba docrioulo doido. Outras reivindicaçõesseriam um posto da Guarda Municipalpara atuar no controle urbano e coibiresses tipos de irregularidades, mas queseja permanente. Outras seriam a criaçãode pontos de ônibus decentes, nos quaiso passageiro não precisaria ir ao meio darua para embarcar. Por fim, seriainteressante o reordenamento dessaslinhas que circulam por Rio das Pedras,como sugerimos em edições anteriores.

As linhas 550, 555 e 556“Olá, amigos do jornal A Voz de Rio

das Pedras. Meu nome é Robson deSouza, morador do bairro desde 2006.Utilizo o transporte público todos os diase observei que a circulação de algumaslinhas de ônibus, como as 550 (Cidade deDeus-Gávea) e 555 (Rio das Pedras-Gávea), estão obsoletas. A linha 555 faz omesmo itinerário da 550. Não seria maisnecessário a linha 550 circular pela RuaNova e pelo Pinheiro, o que poderia serusado muito bem pelas linhas 555 (Riodas Pedras-Gávea) e 556 (Rio das Pedras-Leblon). Antes de continuar a sugestão,gostaria de falar um pouco de mim. Fuium colaborador do Grupo Redentor nadécada de 90, sempre enviando cartascom sugestões para melhorias nostransportes na Região de Jacarepaguá.

(sentido Rio das Pedras-Muzema)/Largoda Muzema/Estrada da Barra da Tijuca(seguindo o itinerário de ida para a Barrae Zona Sul); volta, sentido Gávea-Cidadede Deus vindo da Barra: Estrada da Barrada Tijuca/Largo da Muzema/AvenidaEngenheiro Souza Filho (sentidoMuzema-Rio das Pedras)/AvenidaEngenheiro Souza Filho (direto em Riodas Pedras)/Estrada de Jacarepaguá(Jardim Clarice-Ambev)/Largo do Anil(seguindo o itinerário de volta para aFreguesia e para a Cidade de Deus.

Linhas 555 (Rio das Pedras/Gávea) e556 (Rio das Pedras/Leblon): ida, sentidoRio das Pedras-Zona Sul: saída de seuspontos finais (linhas 555 e 556) na RuaNova em Frente ao Ciep (Brizolão)/RuaNova (trecho entre o Ciep e o Castelo dasPedras)/acesso da Rua Nova para aEstrada de Jacarepaguá em frente aoCastelo das Pedras/Estrada deJacarepaguá/acesso da Estrada deJacarepaguá para a Rua do Canal naaltura da Escola MunicipalBussunda/Rua do Canal (Via Light- Ruada Feira de Domingo)/EstaçãoAzul/acesso da Rua do Canal para aAvenida Engenheiro Souza Filho/AvenidaEngenheiro Souza Filho (sentido Rio dasPedras-Muzema)/Largo daMuzema/Estrada da Barra da Tijuca(seguindo o itinerário de ida para a Barrae Zona Sul); volta – linhas 555 e 556sentido Zona Sul-Rio das Pedras vindo daBarra: Estrada da Barra da Tijuca/Largoda Muzema/Avenida Engenheiro SouzaFilho (sentido Muzema-Rio dasPedras)/Acesso da Avenida EngenheiroSouza Filho para a Rua do Canal/EstaçãoAzul/Rua do Canal (Via Light – rua dafeira de domingo)/acesso da Rua doCanal para a Estrada de Jacarepaguá(altura da Praça das Casinhas)/Estrada deJacarepaguá (trecho entre a EscolaMunicipal Bussunda e o Castelo dasPedras)/Castelo das Pedras/Estrada deJacarepaguá (trecho entre o Castelo dasPedras e o Pinheiro)/acesso ao Alto doPinheiro/curva do Pinheiro/acesso daEstrada de Jacarepaguá (curva doPinheiro) para a Rua Nova/Rua Nova(trecho do início até o Ciep(Brizolão)/chegando aos seus pontosfinais (linhas 555 e 556) na Rua Nova emfrente ao Ciep (Brizolão).

Observação: como na Rua do Canal(Via Light) tem a tradicional feira dedomingo, as linhas 555 e 556 seguiriamdiretamente pela Estrada de Jacarepaguá(altura da Floresta) na ida e na volta sempassarem pela Estação Azul no domingo,durante o horário da feira dentro desseprojeto. Quanto aos passageiros doPinheiro e da Rua Nova que dependiamda linha 550 para chegarem à Cidade deDeus, lembramos que ainda temos aLinha 354 (Castelo-Cidade de Deus),passando pelo Pinheiro, e a 861 (Rio das

Pedras-Curicica via-Cidade de Deus),passando pela Rua Nova.

Espero receber em breveinformações sobre as sugestões daredação do jornal porque já enviei um e-mail para o Grupo Redentor e ainda nãoobtive resposta. Desde já, um abraço.”� Nota da Redação: Falamos coma Viação Redentor, que explicouque quem determina a mudançade itinerários é a Secretaria munici-pal de Transportes. Temos repas-sado, inclusive com a ajuda daSubprefeitura da Barra, todas essasreclamações e sugestões ao secre-tário municipal de Transportes. Oretorno não é imediato. A secretariaalega que as demandas são envia-das aos órgãos técnicos para es-tudo da possibilidade de serematendidas. Vamos cobrar.

Pelo amor de Deus, Pezão!Allan Silvioenviou fotos de ruas

inundadas de esgotos e escreveu: “Mudao ano, passa mais uma eleição cheia depromessas de políticos que vêm pedirvotos, mas a mesma cena se repete hámais de dez anos na comunidadeconhecida como Chico City, próximo àGardênia Azul, junto ao Canal do Anil. Émuito triste, não tem como cuidar dasaúde desse jeito. Com esgoto a céuaberto na porta de casa, as criançasbrincam no meio de doenças. Comopode uma unidade de saúde cuidar depessoas que ao saírem da porta do postovoltam para o esgoto? O povo estácansado. Cadê a Cedae, a prefeitura, oestado, o poder público nessa hora? Isso édesumano. Estamos em 2015 e nada éfeito para mudar a realidade e dardignidade a esses cidadãos. Depois aindafalam que a culpa é do povo! Ninguémmerece ser tratado desse jeito, mas aindatenho esperança de que pelo menos sefaça um paliativo. Esse é meu desabafo.Nossa comunidade está largada. Já entreiem contato com diversos órgãos deadministração pública e de imprensa,mas ninguém dá uma nota. Venho aquipedir pelo amor de Deus que o senhorgovernador do Rio de Janeiro, LuizFernando Pezão, nos dê um retorno euma solução. Isso é questão de saúde, dedignidade.”

Comentários sobre o lixoPostamos no nosso Facebook vídeos

sobre a lixarada que tomou conta de Riodas Pedras no fim do ano. Os leitorespostaram os seguintes comentários:Izabel Mesquita:“Que vergonha,nunca pensei que um dia ia ficar assim.”Catia Santos:“Isso é em todo fim deano, não muda.” Thiago Amorim:“Cadê o Brazão e o Eduardo Cunha?”Aivlis Anarchipan:“Realmente, ThiagoAmorim, cadê essas pessoas que quando

chega nesse momento não estão nem aípara o bem-estar da população de Rio dasPedras?” Eliane Chaves: “Estamoslargados às moscas!” Angela Lira: “E omau cheiro?” Quitéria Bezerra:“Dávergonha de dizer que moramos em Riodas Pedras. É uma falta de respeito, aspessoas acham que têm o direito de jogarlixo onde querem. A Comlurb não ésuper-homem para entrar nos becos parapegar lixo. Tinham de multar os porcos.”Raimundo Nonato:“Rio das Pedras sónos traz vergonha.” Kacio Soares:“Quase todo dia é assim!” Rotsen AlvesPereira: "A praça não está assim fazmuito tempo, essa cena é da época dacrise do lixo. Não vamos manipular ainformação."� Nota da Redação: Rotsen, alémde vídeo de Sandoval Araújo Fi-gueiredo que compartilhamos,também recebemos foto de nossaleitora Quitéria Bezerra, inclu-sive a TV Record fez um vídeo nomesmo dia da nossa publicação.

Atenção, Comlurb!Da leitoraThayane Nunes:“Acho

um absurdo: toda vez que eu ou meumarido e vizinhos vão jogar lixo fora(praça do lixão, Areal) os garis que fazemplantão lá ficam pedindo dinheiro,pedem mantimentos, móveis velhos,enfim. Isso é um abuso. No dia 22/12 osgaris se reuniram e passaram de porta emporta pedindo uma colaboração aosmoradores. Não gostei nem um poucodisso. Isso tem de acabar.”

Demolição na Via LightA Ousar Tur postou no Face o seguinte

comentário sobre a demolição do edifíciode quatro andares na Via Light (leiamatéria na página 6): “Que tal acionar osórgãos responsáveis para instalação delixeiras em Rio das Pedras?”

Caminho das PedrasA coordenadora de projetos sociais

Soly Lopesescreveu: “Uma semente dobem está sendo implantada em Rio dasPedras. A população foi convocada a levarideias e a discutir as necessidades dacomunidade no dia 17/12, na sede doCine Rock, Praça do Pinheiro. A reunião,integrante do projeto do documentário"Caminho das Pedras", idealizado porSandra Lima, que é motor de debates,visa a integrar a população jovem, afortalecer ações culturais e a consolidaruma rede de produtores culturais daregião com capacidade para dialogar comas instâncias culturais do estado. Apoiadopor Léu Oliveirae comerciantes locais,o encontro foi marcado com aparticipação de articuladores e artistasconvidados, entre eles Vivimax, SolyLopes, Cleusa Cruz, Anselmo Alves,Armando Santos e Lu Ferreira.

Page 3: A VOZ DE RIO DAS PEDRAS - N º 36

RIO, 14 DE JANEIRO DE 2015

3Para alguns moradores a Comlurb é a grande vilã, porque muitas das caçambas não são esvaziadas e o lixofica acumulado no chão. O descaso causa estranheza.

Novamente a Comlurb: em vez do uso de pás mecânicas, os próprios garis jogam manualmente o lixo noscaminhões, num trabalho cansativo e que dura horas.

ESPAÇO RESERVADO PARA OS COLABORDORES DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE RIO DAS PEDRAS

Contato: [email protected]

https://www.facebook.com/ASCORPE

Silvana Rodrigues mora em Japeri, na Baixada Fluminense,trabalha em Rio das Pedras no máximo três vezes por semana;Júlio Cesar de Oliveira, de Nilópolis, também na Baixada, só nãoestá no bairro nos seus dias de folga, pois é motorista deônibus. Mas o que Silvana e Júlio Cesar têm em comum além dofato de morarem numa outra região da cidade? O olhar críticosobre o local em que passam grande parte do tempo: ambos

reclamam do lixo espalhado por ruas, becos, vielas, avenidas. Amesma opinião dos dez moradores da comunidade tambémouvidos pela reportagem de A Voz de Rio das Pedras sobre oque esperam para o ano de 2015, ou seja, o fim da sujeira.

A síndrome do lixo (leia sobre o assunto nas páginas 4 e 5desta edição) é o grande tormento dos moradores. Dos 12entrevistados, dez fizeram o mesmo pedido: um ano com ruaslimpas. Esgoto vazando foi outro ponto criticado pela maioria.Mas a falta de segurança já começa a alarmar os moradores.

— Cheguei da faculdade às 23 horas e fui comer algo antes

de ir para casa. Acabei sendo assaltada em frente ao CiepProfessora Maria Vargas Meneses. Isso não acontecia aqui —disse a estudante de Psicologia Marcelle Cristina.

Menos lixo, ruas sem esgoto vazando, mais segurança,melhoria no transporte, no fornecimento de luz e água sãoalguns dos desejos de todos. Mas na verdade a quantidade delixo, principalmente pela omissão da Comlurb e também pelafalta de colaboração dos moradores, segundo relato de algunsque pediram anonimato, é o maior tormento da população deRio das Pedras.

[email protected]

O QUE A GENTE ESPERA EM 2015

THIAGO OLIVEIRA DA MOTTA, 21 anos, vendedor, moradordo bairro Floresta, estudante de Direito. Ele tem alguns sonhos:“Quero fazer concurso público, ser um delegado da PolíciaFederal. Esse é um objetivo pessoal. Para Rio das Pedras queroruas limpas, áreas de lazer, acessibilidade para cadeirantes,que não existe no bairro, e principalmente o fim da sujeira,quero ruas limpas, sem lixo.”

RAIMUNDO NONATO, 46 anos, comerciante, morador daRua Babi: “Eu quero um 2015 sem lixo nas ruas dacomunidade. Fico sem graça porque meus clientes fazemrefeições tendo de suportar o mau cheiro exalado pelo lixo. E opior é que ele se acumula em frente ao meu estabelecimento.Outro problema tem sido a segurança, ou melhor, a falta dela.Rio das Pedras já foi um lugar mais tranquilo.”

JOSÉ FIRMINO,o Ferrugem, 44 anos, fiscal, morador da RuaS. Pela profissão que exerce, ele conhece bem os tormentos dobairro: “Sonho ver em 2015 o problema do trânsito, que é umcaos, solucionado. Às 22 horas os ônibus param de circular;durante o dia engarrafam o bairro. Mas o pior de tudo é o lixo. Émuita sujeira por todos os cantos. No dia em que cair umtemporal, a comunidade vai ficar toda alagada.”

CRISTIANO SCHENATTO,27 anos, comerciante, morador daRua Nova. “Sonho ver Rio das Pedras sem lixo nas ruas. Aquantidade até atrapalha o comércio. Para piorar, caminhõesda Comlurb chegam à comunidade, os garis olham asmontanhas de lixo e vão embora. Isso é um absurdo. Outrogrande problema do lugar é o transporte. Os ônibus provocamtal desordem que o trânsito fica um caos, o que também

JOSÉ AÍLTON,40 anos, ambulante autônomo, morador daRua do Amparo. “Como vendo picolé, sinto na pele osproblemas do nosso bairro. O pior de todos é o lixo, semdúvida. Se cair um temporal, não sei como vai ser. Por que nãomultar quem joga lixo na rua? Tem de multar para o moradoraprender a jogar lixo na lixeira. Mas vejo muito esgoto vazandopor ruas e becos pelos quais passo vendendo meus produtos.”

ANTÔNIO FIDÉLIS,60 anos, ambulante, morador da RuaNova. Pelo tempo em que está na comunidade, e pelaexperiência de vida, seu Fidélis afirma que as autoridadesdeveriam olhar mais por Rio das Pedras. Mas não perde asesperanças e admite ter seus sonhos: “Quero um 2015 sem lixo,com encanamento básico, o que ajudaria a dar um jeito nosesgotos que vazam por muitas das nossas ruas.”

JÚLIO CESAR DE OLIVEIRA,42 anos, motorista de ônibus,morador de Nilópolis (Baixada Fluminense). Mais do queninguém, Júlio Cesar sente no seu dia a dia os transtornoscausados por dois dos maiores problemas no bairro: “Otrânsito é um caos, pois não existe um terminal. Lugar para serfeito não falta. Pode ser, por exemplo, no terreno em frente aosupermercado da Engenheiro. Mas o lixo é o problema maior.”

MARCELLE CRISTINA,21 anos, estudante, moradora daCurva do Pinheiro. A futura psicóloga, por já ter sido assaltada,destaca o item segurança como sonho para 2015: “Nossobairro já foi mais tranquilo. Outro sonho mesmo é com menoslixo em Rio das Pedras. A sujeira acaba. Em todas as ruas temlixo, montanhas. Como se não bastassem tantos problemas,tem faltado água e a energia elétrica nos deixa na mão.”

CASSIANO SANTOS,44 anos, comerciante, morador da Ruado Amparo. Nos sonhos de Cassiano para 2015, somente maisação por parte da Comlurb. Em outras palavras, ele nãoaguenta mais tanto lixo por onde passa: “Rio das Pedras é umabeleza, não tenho nada a cobrar do bairro. O único problema éa Comlurb, que nada faz para dar um jeito na sujeira que tomaconta das ruas. Sonho mesmo é com um bairro limpo.”

CELSO ALVES DE SOUZA, 31 anos, comerciante, morador daRua S. Ele é outro crítico ferrenho da Comlurb. Ressalta quetudo em Rio das Pedras é O.K., os fregueses, os vizinhos, osmoradores, tudo. Mas o lixo...: “É isso mesmo, o lixo é o maiorproblema do bairro. A Comlurb parece ignorar a sujeira quetoma conta das ruas. Sonho com o dia em que a sujeira vaisumir da nossa comunidade, porque no resto é tudo O.K. aqui.”

ANDREZA LIMA,20 anos, autônoma, moradora do Areal.Além de imaginar uma comunidade sem lixo, ela tem outrosonho para 2015: “Gostaria que os carros, motos e bicicletasque trafegam pelas avenidas Leonel Brizola e Luiz CarlosConceição respeitassem mais os pedestres, que sofrem com osveículos. Outro sonho é ver o nosso bairro sem lixo. É umsonho, mas não custa sonhar.”

SILVANA RODRIGUES,21 anos, pesquisadora, moradora deJaperi (Baixada Fluminense): “Mesmo não sendo moradora deRio das Pedras, sonho com um 2015 sem lixo. Não venho todosos dias, mas quando o trabalho assim o exige, chego e vejo lixoe mais lixo. Outro problema do bairro é o trânsito, sempreconfuso e desorganizado, o que acaba provocando umverdadeiro caos, com engarrafamentos constantes.”

FOTOS DE LAERTE GOMES

Page 4: A VOZ DE RIO DAS PEDRAS - N º 36

4RIO, 14 JANEIRO DE 2015RIO, 14 JANEIRO DE 2015

5Meu marido sabe que meu amor é tão grande pela comunidadeque a qualquer hora do dia ou da noite saio para socorrer, ouvir,apoiar ou encaminhar para algum órgão quem precisa”

Tudo o que eu puder fazer para participar, farei. Pode trazer o pessoal que verei o que podereidisponibilizar operacionalmente”

Tragédia dos outros me incomodava demais. E foi a partir disso que eu me mobilizei para ajudar . As lideranças precisam se unir. Eu tenho esperança, a esperança é a última que morre, não é?

Com toda sinceridade, nunca vi coisa parecida no que se refere ao lixo. A produção de lixo aqui é full time. A geografia de locomoção da área é muito precária”

RUA NOVA

Na foto do alto, o cartaz alertando para não jogar lixo é o próprio lixo. Só uma ação coordenada pelas liderançaslocais, com apoio da Comlurb e engajamento de todos os moradores, vai ser capaz de iniciar o processo deerradicação do lixo em nossa comunidade. É triste ver as pessoas caminhando em meio ao lixo indo e voltando parao trabalho e lamentável ver como jogam detritos no meio da rua sem a menor vergonha porque virou ‘cultural’

ENGENHEIRO / AREINHA

No alto, a luta inglória do gari contra a motanha de lixo que insiste em emporcalhar nossa comunidade que já nãoaguenta mais, porém não se mobiliza para cobrar da Comlurb e dos políticos que só aparecem em Rio das Pedrasem época de eleição. Segundo Cleusa, da Patrulhinha da Limpeza, as pessoas estão indo colocar o lixo nos lugaresdeterminados, mas a manutenção dessas bases não é feita da forma correta

VIA LIGHTENGENHEIRO / RUA PINHEIRO

Você sabe o que é um bererê? Eu também nãosabia até conhecer Marta Mariano, de 50anos de idade, há 37 morando na nossa Co-munidade. Ela é uma das Mulheres de Ati-tude de Rio das Pedras, grupo formado háseis anos com o objetivo de criar consciência

emancipadora nas mulheres do nosso bairro. Eponha atitude nisso!

Certa vez, Marta observava a falta de higiene dadona de um bar ao fim de um evento quando varriao lixo para fora do estabelecimento. A dona do barjuntou tudo na calçada sem o menor cuidado. E aínão prestou.

— Quando ela fechou a porta do bar e deixou olixo todo jogado na calçada eu armei o maior bererê!— lembra, com orgulho, da atitude que foi assistidapor uma plateia atenta e empolgada com a dura quedeu na dona do bar.

Muito contrariada, a má educada dona do barcolocou todo o lixo em um saco e, após o fim daação, foi aplaudida pela galera que via o bererê pro-movido por Marta, que é educadora social e faz umtrabalho de prevenção de doença sexualmentetransmissíveis (DSTs).

Ela é casada há sete anos com Julio Cesar (seusegundo marido), de quem orgulhosamente fazquestão de citar a importância em sua vida pelapossibilidade de realizar seu trabalho de devoção aRio das Pedras.

— Tenho de agradecer a meu companheiro JulioCesar, que Deus me deu. Por tudo o que ele faz pormim, pela paciência, mesmo sabendo que meuamor é tão grande pela comunidade porque a qual-quer hora do dia ou da noite saio para socorrer,ouvir, apoiar ou encaminhar para algum órgão —afirma, como se fosse uma declaração de amor aohomem que assumiu os filhos e netos dela, além deRio das Pedras, outro amor incondicional. — Ele dizque eu gosto mais de Rio das Pedras do que dele.

Marta Mariano tem como uma das maiores virtu-des a gratidão. Ela é mãe de quatro filhos (Felipe, de27 anos; Tamires, de 24; Taysa, de 21; e Júnior de 17) eguarda muito amor no coração. Além de cuidar da fa-mília, reserva no lado esquerdo do peito lugar espe-cial para a comunidade que escolheu para chamar desua. Moradora do Bareta, Marta já viveu no Areal e na

CONTRA O LIXO,MUITO AMOR

A PERGUNTA QUE FICA É: SE TODO MUNDO RECLAMA TANTO DO LIXO, QUEM SUJA NOSSA COMUNIDADE A PONTODE A ELEGEREM A MAIS SUJA DA CIDADE? EM QUALQUER CANTO A CENA É A MESMA. LIXO AMONTOADO E UMCHEIRO DE CHORUME INSUPORTÁVEL. NAS REDES SOCIAIS, AS RECLAMAÇÕES VÃO NA DIREÇÃO DOS PRÓPRIOSMORADORES E DA COMLURB, MAS A RESPONSABILIDADE É DE TODOS. DIANTE DA URGÊNCIA DO ASSUNTO,NOSSO A VOZ DE RIO DAS PEDRAS INICIA UMA SÉRIE DE REPORTAGENS COM MORADORES QUE DESENVOLVEMPROJETOS DE COMBATE AO LIXO POR CONTA PRÓPRIA, MOVIDOS PELO AMOR INCONDICIONAL QUE TÊM PELACOMUNIDADE, COMO MARTA MARIANO, DO GRUPO MULHERES DE ATITUDE DE RIO DAS PEDRAS, QUENÃO SE CONFORMA QUANDO VÊ ALGUM PORCO SUJANDO NOSSAS RUAS E PARTE PARA BRIGA.

Coordenador operacional da Comlurb na nossa região,André Magalhães reconhece o problema ocorrido neste fimde ano, motivo inclusive de reportagem da TV Record, e fazseu diagnóstico:

— Com toda sinceridade, nunca vi coisa parecida no quese refere ao lixo. A produção de lixo aqui é full time. Ageografia de locomoção da área é muito precária. Para queas pessoas e carros circulem ao mesmo tempo, tem de haveruma sincronia engenhosa, mas que flua naturalmente, poisé uma das peculiaridades desta comunidade. Temos oproblema da energia elétrica iminente, mas a real situaçãoque prejudicou no fim de ano foi a quantidade de festejos,camelôs, feirinhas, que restringiram nosso acesso aostrabalhos e tornou extremamente difícil efetuar totalmentea limpeza, culminando no problema mencionado. A situaçãofoi solucionada, 12 horas depois que o fluxo de nossosrecursos puderam circular, mas já havia um acúmulo que,volto a dizer, foi solucionado — avaliou André.

Questionado sobre a possibilidade de a Comlurbreceber lideranças da comunidade para desenvolverum trabalho conjunto visando a resgatar a fama de“favela mais limpa da cidade” para Rio das Pedras, elenão hesitou:

— TUDO O QUE EU PUDER FAZER PARA PARTICIPAR,FAREI. PODE TRAZER O PESSOAL QUE VEREI O QUEPODEREI DISPONIBILIZAR OPERACIONALMENTE.

Gerente de Comunicação da empresa, AnaRebouças ratifica tal disposição.

— VAMOS NOS REUNIR E DESDE JÁ NOSCOLOCAMOS À DISPOSIÇÃO COM NOSSA ESTRUTURA DECOMUNICAÇÃO PARA AUXILIAR NO QUE FOR PRECISO —DISSE ANA.

Por mais que existam questionamentos sobre a atuaçãoda Comlurb, o mais importante é a porta que a instituiçãoresponsável pela limpeza urbana da nossa cidadeescancarou para nossa comunidade levar suas ideias a fimde erradicar de vez o principal problema de Rio das Pedras.

A VOZ DA COMLURB

MEXEU COM RIO DAS PEDRAS, MEXEU COM [email protected]

Areinha. Mas foi no Areal que teve a experiência quedefiniu seu caráter altamente dedicado ao próximo.

— Era Natal, eu morava numa casa de madeirano Areal e uma chuva encheu tudo e tive de ir paracima da cama com meus quatro filhos, todos peque-nos. Eles foram resgatados pelo marido da Cleuza,

da Patrulhinha da Limpeza — recorda, emocionada.Se esse episódio marcou a vida de Marta, o que

define ainda mais sua personalidade aconteceuquando se mudou da casa de madeira para uma quenão era afetada pelas chuvas. Nesse momento, elase sensibilizou com o drama alheio, o sofrimento dopróximo que ainda padecia com tudo o que elehavia passado um dia.

— A tragédia dos outros me incomodava de-mais. E foi a partir disso que eu me mobilizei paraajudar — comenta ela, com orgulho.

Antes de falar dela, Marta fez questão de citartodos que foram (e são) importantes na sua forma-ção, como o apoio do Caminho das Pedras, Mope,Rede Comunidades Saudáveis, nas quais fez sua ca-pacitação para se tornar essa guerrilheira pelo bemde Rio das Pedras.

— Não posso esquecer Cristiane Oliveira, que éuma liderança de Caxias, mas faz parte do GrupoMulheres com Atitude de Rio das Pedras quando rea-lizamos as ações — lembra, citando também KakauMoraes, que, após o incêndio no Areal 2, a incentivouna formação de brigadista e educadora social.

Como gratidão é artigo raro nas consciênciasatuais, nunca é demais prestar atenção nas pessoasque Marta não para de citar, principalmente as doGrupo Mulheres de Atitude, como seus componen-tes Erika, Taysa, Gaúcha, Vanda, Zequinha Baiano,as já citadas Kakau Moraes e Cleuza, da Patrulhinhada Limpeza, além de Maíldes, que estava presentena conversa e tem como principal caraterística,além da extrema simpatia, uma dedicação incansá-vel com o próximo.

— Conheci a Marta quando postei no Face umconvite para uma ação que ia promover pela ONGda qual sou presidente (Centro de Integração Vozesda Esperança). Ela não apenas clicou, dizendo queia no evento, como foi e desde então uma vai aoevento da outra e nos tornamos parceiras de açõese amigas — afirma Maíldes Viana, de 47 anos, mora-dora do Cachambi, na Zona Norte, que foi ao nossoencontro com o marido supergente boa e as netas.— Já fiz três caminhadas em Rio das Pedras com aMarta que sempre vai aos eventos que promovo.

— As lideranças precisam se unir. Eu tenho es-perança, a esperança é a última que morre, não é?— enfatiza Marta, que faz questão de citar o apoioirrestrito do Castelo das Pedras às suas ações, en-dossas pela amiga que deixa claro que Mulheres deAtitudes unidas jamais serão vencidas.

A pé, de carro ou de bicicleta, transitar pela Segunda Ponte, na Via Light, é estar em contato constante com o lixo. Naprimeira foto, moradores são obrigados a caminhar pela rua diante da sujeira; na foto do meio, motorista circula tendocomo vista a montanha de entulho; e na foto acima, ciclista e pedestre têem como pano de fundo a triste paisagem. Osdetritos são expostos em RP de forma absurda e podem causar doenças como dengue, leptospirose e tétano, entre outras

A Comlurb disponibiliza os latões, mas como a quantidade de lixo despejada é imensa, moradores jogam o excedente nochão, tornando o ambiente degradante e convivem com a sujeira espalhada0 como se fosse normal. É precisomobilização

ENGENHEIRO / CAIC

Não é nada agradável aguardar o ônibus, que já é um meio de transporte precário e caro, ao lado do lixo e dos carros queocupam as calçadas. Na foto menor, a caçamba do caminhão da Comlurb entupida mostra que o descaso é de todos

FOTOS DE LAERTE GOMES FOTOS DE LAERTE GOMES

FOTO

DE

RICA

RDO

DE S

OUZA

Page 5: A VOZ DE RIO DAS PEDRAS - N º 36

RIO, 14 DE JANEIRO DE 2015

6A subprefeitura está atenta e vai acionaros órgãos responsáveis para impedir o surgimentode construções irregulares em Rio das Pedras”

ESPAÇO RESERVADO PARA OS COLABORDORES DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE RIO DAS PEDRAS

Contato: [email protected]

https://www.facebook.com/ASCORPE

O laudo de vistoria constatou que a obranão tinha licença e era ilegalizável, por ter sido construída em terreno sem registro de imóveis.

PREFEITURA EXPLICA DEMOLIÇÃODE EDIFÍCIO NA VIA LIGHT

Texto repas-sado a estejornal pelaSubprefei-tura da

Barra, publicado no siteda prefeitura do Rio, dáconta de que “uma ope-ração realizada pela Se-cretaria municipal deOrdem Pública (Seop)na manhã de terça-feira(06/01) demoliu umedifício de quatro anda-res — com seis aparta-mentos desabitados equatro lojas comerciaisfechadas — construídoirregularmente na ViaLight, em Rio das Pe-dras, Zona Oeste da ci-dade.”

Prossegue o textooficial: “A ação teve oobjetivo de cumprir oedital de demolição fi-xado no prédio por téc-nicos de Secretaria deUrbanismo que realiza-ram uma vistoria nolocal na segunda-feira. O laudo devistoria administrativa realizadopela SMU constatou que a obranão tinha licença e era ilegalizável,uma vez que o edifício foi cons-truído em um terreno sem registrode imóveis. O prédio também foierguido em desacordo com o ar-tigo 1º do Decreto Nº 33.648/11que regula a construção de edifica-ção em favelas declaradas áreas de

FERIADOS DE 2015

JANEIRO10 - quinta-feira / Confraternização Universal – 4 dias20 – terça-feira / Dia de São Sebastião (na cidade do Rio) – 4 dias

FEVEREIRO17 – terça-feira / Carnaval* - 4 dias

ABRIL3 – terça-feira / Sexta-Feira da Paixão* - 3 dias21 – terça-feira / Tiradentes – 9 dias*23 – quinta-feira / Dia de São Jorge (no Estado do Rio – 9 dias**

MAIO10 - sexta-feira / Dia do Trabalho – 3 dias

JUNHO4 – quinta-feira / Corpus Christi – 4 dias

SETEMBRO7 – segunda-feira / Independência do Brasil – 3 dias

OUTUBRO12 – segunda-feira / Dia de Nossa Senhora Aparecida – 3 dias

NOVEMBRO2 – segunda-feira / Finados – 3 dias20 – sexta-feira / Dia da Consciência Negra – 3 dias

DEZEMBRO25 – sexta-feira / Natal – 3 dias

*Esses feriados caem nos mesmos dias da semana** Quem emendar os feriados de 21 e 23*** Somando os dias enforcados e o fim de semana

especial interesse social.”— A Subprefeitura da Barra está

atenta e vai acionar os órgãos res-ponsáveis sempre que for consta-tada alguma irregularidade, paraimpedir o surgimento de constru-ções irregulares — explicou o sub-prefeito da Barra e Jacarepaguá,Alex Costa.

O subsecretário de Ordem Pú-blica, Marcelo Maywald, informou

que a Seop, junto com a Secretariade Urbanismo, também vem refor-çando as fiscalizações.

Segunda ainda a prefeitura doRio, participaram da operaçãoagentes da Seop, guardas munici-pais, técnicos da Defesa Civil,agentes da Seconserva, com oapoio da Light, da Cedae, da Com-lurb e de policiais militares do 18ºBPM.

FOTO SEOP/DIVULGAÇÃO

COMÉRCIO SOFRE COM A FARRA DOS FERIADOS

Um festival de feriados, que estimula o 'enforcamento' dedias para esticar os feriadões, vai acontecer este ano, para deses-pero do comércio, como mostra o quadro abaixo:

O aparato mobilizado pela prefeitura fechou a Via Light para demolir o prédio de quatro andares

Page 6: A VOZ DE RIO DAS PEDRAS - N º 36

— Deus! — cravou, seguido deuma gargalhada.

Sem pensar muito, completou.— Ninguém faz minha cabeça,

mas tenho muitas inspirações. Pesopor peso, Caio Kacurin, Of Clan, Jota,Gil Metralha, Comando Central, Pri-meiro Partido, Fabio Beleza, VisãoPura, Mogli MC, Natalia Porto, Ca-neta Beats, entre outros que certa-mente estou me esquecendo, masque carrego no coração — enumera.

Ele só pensa em ajudar o próximoe, sonhador que é, revela em pri-meira mão, em plena madrugada desábado (10/01), seu maior objetivo:

— Meu maior sonho também éuma promessa. Se um dia eu tivermuito dinheiro, abrirei uma insti-tuição de combate ao câncer. Vaiser a ICZM, Instituição de CancerZag Mc. Desde a época de atletatenho essa vontade.

Em seguida, ele abre o cora-ção, gigantesco, para enfatizaro que mais gosta de Rio dasPedras:

— É a humildade das pes-soas. A simplicidade de umlugar que é melhor do quequalquer outro.

Ele anuncia quais ospassos deve continuarseguindo para ser bem-sucedido.— Seguir o caminho

certo longe das drogas enão deixar que o dinheirosuba à cabeça. O rap é umlaço de lealdade — filosofa,na mesma linha do versoque fez para a música doCD que está prestes a serlançado ("Eu avisei") eque o está deixando cheiode ansiedade. — A vidacriou o rap e eu fiz do rap aminha vida.Menino com postura de

adulto, ele não poderia dei-xar de falar do irmão, Leo-nardo, o Zig, porque, afinalde contas, não existe Zag

sem Zig nem Zig sem Zag: — Meu maior apoio é o meu

irmão, que me força na minha vidae na minha carreira com sua marcade roupas, a Oito8.

Outro apoio fundamental paraZag é a tecnologia. Segundo ele, quetem cerca de 60 músicas entre escri-tas, gravadas e anotadas, hoje é tudopelo celular. Mas na hora em que aideia vem, vale até escrever na ca-misa para não perder a inspiração.

— A tecnologia é fundamentalpara divulgar o trabalho e o Youtubeé a maior arma do rap na atualidade— acrescenta.

Ele tem um futuro brilhante pelafrente e já vislumbra como vai ser suavida após o lançamento do seu CD.

— Vai ser show todo dia! —come-mora antecipadamente o rapper,que torce por um Rio das Pedras sema violência cotidiana e o quadro delixo que torna nossa comunidadeainda mais suja nos dias de chuva.

Que Deus o ouça e dê o caminhoque Zag merece! Sem zigue-zague.Somente com Zag e Zig.

Otítulo da re-portagem éuma frase doinesquec íve lrapper Sabotage,e se encaixa per-

feitamente na atitude deZag Mc, de 17 anos (fará 18no dia 11 de fevereiro), quetambém pode se enquadrarna máxima "Humildade ecoragem são nossas armaspra lutar", dos patronos do rapnacional Thaíde & DJ Hum.Com as raízes fincadas, o futurose apresenta no próximo dia 19,quando Zag mostra seu trabalho,no Castelo das Pedras, com osDJs Pedro khánop e Zara Callegari,como uma das atrações na aber-tura do show do grupo Cone CrewDiretoria, um dos mais importantesrepresentantes do rap nacionalatual. Zag Mc é o nome artístico de Ro-

dolfo Ferreira, que foi gestado em Riodas Pedras pelos pais João e Fátima,tem parentes na Rua Velha, na RuaNova e no Areal, namora Bruna, de 16anos, moradora da Rua Nova, masnasceu na Freguesia, onde mora atéhoje. Com tantas raízes nobairro (seu parceiro Ga-briel Ggt, que faz a se-gunda voz, é da nossacomunidade), Zag faz oseventos Rasta HouseConvida, na loja RastaHouse (Estrada de Jaca-repaguá 3.601, loja A), eno bar do Robson Jar-dim (Areal, primeira ruadepois do Subway, sen-tido Estação Azul),apoiador de primeirahora da rapaziada do rapde RP.

— Foi através da minha filha Gi-sela, de 14 anos, que queria ir aoshow do Cone Crew Diretoria, masnão podia entrar, por ser menor, queconheci o Grilo, que me apresentouao Zag — lembra o gente boa de 46anos, mas que comemora 33 há maisde dez.

— Robson me apoia geral e oGrilo, além de meu produtor é umamigo — diz Zag, complementandoa fala de Robson, que, assim comoZag, só promove eventos que te-nham contrapartida social, como é ocaso do Rap in Guetto, que "cobra in-gressos" de um quilo de alimentonão perecível, roupas e brinquedosque são encaminhados para o LarMaria de Lourdes, no Pechincha.

E é esse compromisso com ooutro que faz o prestígio e o respeitode Zag crescerem cada vez mais emRio das Pedras, como atesta o amigoe parceiro de palco Gabriel GGT.Como também diz Sabotage, res-peito é para quem tem.

— Ele está fazendo de tudo parao rap crescer em Rio das Pedras —

enfatiza Ga-briel, que es-tuda no Caice ainda apro-veitou paraelencar as qua-lidades que vêem Zag. — Pô,ele canta bem,manda o free bo-lado e um beat-box muito bom.

Robson con-firma as palavrasdo amigo.

— Ele é ótimo garoto. Temum monte de amizades, já é co-nhecido, mas é o mesmo desempre. Quer sempre levantarquem está começando e isso é omais legal — exalta Robson, queaproveitou para citar um dado cu-rioso para quem não é familiarizadocom a comunidade do hip hop na-cional e diz que já arrecadou meiatonelada de alimentos em eventosque promove em seu bar. — No rapnão tem confusão. Os garotos vêm

para o meu bare cada grupo fica na sua com

muito respeito por todos e pelo lugarem que estão. Nunca vi confusão.

Zag começou no rap em 2011,mas faz freestyle desde os 8 anos deidade. Cantava na igreja católicadesde os 6 e chegou a se apresentarpara cerca de 1.500 pessoas todos os

domingos. Aprendeuteclado, flauta doce eagora já toca violãosozinho, como fezquestão de dizer.Como quase todosos meninos, Zagtambém quis serjogador de fute-bol, mas uma

lesão no joelho oafastou dos campos de grama e olevou para os campos de batalhasde Mc's, onde Zag representouJacarepaguá em lugares como aRoda de Botafogo (da qual foicampeão), da Reserva, noMéier, e na maior de todas, a

Batalha do Real.— O rap ajuda muita gente e as

rodas são como uma escolinha defutebol. A da Batalha do Real, querola na Lapa, dá outro patamar parao rapper — explica.

E falando em outro patamar,aproveitei a ocasião e pergunteiquem era a sua maior influência mu-sical. Sabem qual foi a resposta dele?

RIO, 14 DE JANEIRO DE 2015

7Ele é ótimo garoto. Tem um monte de amizades, já éconhecido, mas é o mesmo de sempre. Quer sempre levantarquem está começando e isso é o mais legal ”

Meu maior sonho também é uma promessa. Se um dia eutiver muito dinheiro, abrirei uma instituição de combateao câncer. Vai ser a ICZM, Instituição de Câncer Zag MC”

ESPAÇO RESERVADO PARA OS COLABORDORES DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE RIO DAS PEDRAS

Contato: [email protected]

https://www.facebook.com/ASCORPE

[email protected]

E NO QUE DEPENDER DE ZAG MC, A FILOSOFIADA CULTURA DE RUA ESTÁ COM SEU FUTURO

GARANTIDO PORQUE O CARA REPRESENTA COM A

MENTE SEMPRE VOLTADA PARA AJUDAR O PRÓXIMO

O RAP É COMPROMISSO

Na foto maior, Zag mostra estilo para a lente

do fotógrafo Fábio Costa; na foto do meio,

com o parceiro Gabriel GGT; e acima, com

Robson Jardim, que carrega a essência do

rap nas atitudes em prol de Rio das Pedras

Page 7: A VOZ DE RIO DAS PEDRAS - N º 36

RIO, 14 DE JANEIRO DE 2015

A BOLA VAI VOLTAR A ROLARA Copa do Nordeste já tem data para começar: dia 25 haverá o Torneio Início e dia 1 de fevereiro serádisputada a primeira rodada da competição, que este ano terá 24 times.

COM QUE ROUPA EU VOU?Técnico do Elite, Gabodu está desesperado. Além de o time ter sido desfeito, um jogo de uniforme novinho em folha sumiu, como os jogadores.

ESPAÇO RESERVADO PARA OS COLABORDORES DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE RIO DAS PEDRAS

Contato: [email protected]

https://www.facebook.com/ASCORPE

ROBERTO DA SILVA MARCOS ANTÔNIO

Ano-novo, vida nova! Ovelho e surrado termo caicomo uma luva para asmudanças que serão feitaspara os campeonatos doCampo do Pasto e Terceiro

Campo. Trata-se de autêntico cho-que de ordem no futebol de Rio dasPedras. Há cinco anos, Roberto daSilva e Marcos Antônio imaginarama unificação das competições, massempre encontraram resistênciados responsáveis anteriores. Agora,com Roberto no comando da orga-nização do Campo do Pasto, e tam-bém do Social Esportivo Rio dasPedras (Serp), órgão filiado à Fede-ração de Futebol do Rio de Janeiro(Ferj), a ideia sairá do papel. Comum detalhe que muitos não vãogostar: chegou ao fim o jeitinho, tãoao gosto do brasileiro. Isso significaque não acontecerão mais inscri-ções fora de prazo nem mudançade jogador de um time para outrocom a competição em andamento.Melhor ainda, um mesmo time nãodisputará as duas competições,como aconteceu no ano passadocom J. Areinha e Juventude.

A novidade mais importantepara 2015 está exatamente na ins-

[email protected]

CHOQUE DE ORDEM NO NOSSO FUTEBOLCAMPEONATOSTERÃO CENTRAL

ÚNICA DE INSCRIÇÃO

crição, que terá de ser feita no Serp.Qualquer que seja a competição aser disputada, somente o Serp po-derá dar o aval para a regularizaçãodo jogador. Quem explica é Ro-berto:

— Antes, a inscrição de cadatime e seus respectivos jogadoresera de uma forma diferente da queserá em 2015, ou seja, o Serp terá ocontrole total.

— Eu tinha meu banco dedados, era meu, os nomes de timese jogadores não constavam do Serp.A partir de agora as competiçõespassarão a ser mais bem organiza-das, não tenham dúvida disso —afirmou Marquinhos, coordenadordo Campeonato Amador do Ter-ceiro Campo.

Roberto e Marquinhos anuncia-ram outra providência que, se-

gundo eles, darámais credibilidadeaos campeonatos: opagamento de umataxa de transferên-cia. Nos anos ante-riores, era comummuitos jogadoressaírem de um timepara outro semqualquer cerimô-nia.

— Isso acabou. Ojogador vai podertrocar de camisa,sim, ao fim da com-petição. Mas terá depagar ao Serp taxade transferência deR$ 150. O time queestá contratandopagará R$ 75 e o queestá cedendo, R$ 75.Creio que a medidaacabará com a ba-gunça que reinava— afirmou Roberto.

M a r q u i n h o slembrou um fato acontecido emdezembro:

— Acabou o campeonato doTerceiro Campo e o time campeão,o Elite, foi desfeito, evaporou-se. Osjogadores foram para o Corint-hians.

Outro ponto positivo da unifica-ção: não haverá jogos dos doiscampeonatos num mesmo do-mingo. Para isso, Roberto e Marqui-nhos determinaram que acompetição do Terceiro Camposerá realizada nos meses de abril,maio e junho e a do Campo doPasto, em julho, agosto e setembro.Em outubro e novembro os timesdisputarão a Copa Verão.

Mudanças feitas, Marquinhos eRoberto vão começar a correr atrásnão da bola, mas de patrocinado-res. Boa sorte a ambos!

FOTO HAROLDO HABIB