a verdade sobre jesus cristo - nt - 2010

8/3/2019 A Verdade Sobre Jesus Cristo - NT - 2010

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CURSO DE FORMAO TEOLGICAFORANIA NOSSA SENHORA DO ROSRIO

CAMPINAS SP2010

A verdade sobre Jesus Cristo

Novo Testamento


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A formao dos Evangelhos Sinticos:

As palavras e as obras de Jesus A tradio apostlica Os evangelistas

Jesus Cristo- a Palavra feita HomemIntroduo geral ao Novo Testamento


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Evangelho: - do grego: - do latim evangelium

Mc 1,1 [].

Mc 1,15

: .


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Evangelho = Boa Nova da salvao messinica, amensagem da salvao

- tambm: - a boa-nova que o prprio Jesus pregou (Mc 1,15;

Mt 11,5; Lc 4,18) - a pregao apostlica sobre Cristo e a salvao

nele encontrada (At 5,42; Rm 1,1s) - no final do sc. II o relato escrito da vida e do

ensinamento de Cristo e os autores dos evangelhosreceberam o nome de evangelistas


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1 Os ditos - os evangelhos no so biografias de Jesus para

chegarmos aos ditos de Jesus preciso retrocederdo terceiro e segundo estgios da tradio (atradio apostlica e os evangelistas)

- em geral, os ditos de Jesus aparecem nos 3evangelhos sinticos (Mc, Mt e Lc) ainda que demaneira diversa, s vezes

- mas impossvel termos qualquer um dos seusditos exatamente como foi dito por ele (ipsissimaverba Jesu)

As palavras e as obras de Jesus


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2 As narrativas - Atos mostram que Pedro foi a principal

testemunha de Cristo sua pregao traou as

linhas mestras da vida de Jesus, sempre de acordocom um padro definido (At 1,21s; 2,22-24;10,37-41) - a ordem: preparao e batismo na Judia,

ministrio na Galilia, viagem da Galilia a

Jerusalm, em Jerusalm: paixo, morte eressurreio ser usada depois pelos evangelistas


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1 A pregao - Jesus escolheu dentre seus discpulos um grupo

especial (os Doze) para serem seus colaboradores tinha um duplo objetivo (Mc 3,14) : para queficassem com ele e para serem enviados a pregar

- aps a ressurreio, eles foram investidos damisso de pregar o Evangelho por todo o mundo (Mt18,19) testemunhas da Boa-nova

- e ainda temos, a caminho de Damasco a conversode Paulo (At 22,15;26,16) que se torna testemunha epregador da Boa-nova de Jesus

A tradio apostlica


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2 A crtica formal dos evangelhos sinticos - entre 1919-1922 na Alemanha, surge um novo

mtodo para analisar os evangelhos sinticos

- a explicao das relaes entre os evangelhos, emtermos de fontes literrias comuns, chegou teoriadas duas fontes: Marcos que o mais antigo dosevangelhos e os outros dois (Mt e Lc) so

dependentes de Marcos e de uma coleo de ditosdo Senhor chamada Q (de Quelle = fonte)


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- este mtodo foi chamado Formgeschichtliche Methode pois se concentra na forma ou estrutura da primitivatradio evanglica

- as descobertas destes estudos foram importantes paracompreender os sinticos, mas foram criticadasposteriormente e se mantiveram algumas concluses:

1 os evangelhos no so biografias de Jesus, socolees de suas palavras e obras no esto dispostasnuma ordem cronolgica ou geogrfica rigorosa asunidades da tradio podem ser separadas do arranjoeditorial e serem consideradas parte


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2 os elementos constitutivos da tradioevanglica so o produto da primeira gerao dascomunidades crists. A f dos cristo do sculo I foi

colorida e plasmada pelo "mito de Cristo" que obrade Paulo, que transformou Jesus de Nazar no Filhode Deus que morreu pela salvao dos homens eressurgiu dos mortos

- luz dessa f a comunidade criou o evangelho, amensagem do evangelho foi "vivida" pelos fiisantes de ser lanada por escrito


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3 a crtica formal chegou concluso que omaterial evanglico como um todo se reparte emdois grupos principais: logia (ditos de Jesus) e

material narrativo (histrias sobre Jesus).

4 a obra dos evangelistas complexa lidamcom unidades preexistentes funo de escolher,

dispor e intrepretar o material os evangelhos soobras pessoais e cada qual tem o seu selo e carterdefinido


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3 Unidades literrias pr-sinticas - distinguem-se trs meios ou situaes em que se

formou a tradio evanglica: o culto, a misso e a

catequese

- a liturgia () At 2,42 "o partir o po"(1Cor 10,16;11,23-25) as frmulas da instituio a

narrativa da paixo a multiplicao dos pes


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- a pregao missionria o krygma () aproclamao do Senhor, crucificado, ressuscitado e cujavinda esperada 1Cor, 3 5

- a didaqu () a pregao catequtica(ensinamento) queles que j pertencem comunidadecrist inclui o contedo do krygma, mas vai alm: oensino moral (Mt 18,7-20); a doutrina dos sacramentos (Jo 6) e episdios da vida de Jesus (Mt 1-2; Lc 1-2). OSermo da Montanha (Mt 5-7; Lc 6,20-49 exemplo dedidaqu com o objetivo da formao crist


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4 O fato e a interpretao na tradio

5 A demitizao do evangelho

- para Rudolf Bultmann a tarefa da teologia a"demitizao" da mensagem do Novo Testamento


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1 A crtica redacional enquanto a crtica das formas ajudou a entender a

tradio pr-evanglica, a Redaktiongeschichte (=crtica redacional) chamou a ateno para acontribuio dos evangelistas (Mt, Mc, Lc e Jo) queeram mais do que compiladores

Os evangelistas


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- tradio e redao ao estudar alguma passagemparticular de qualquer dos evangelhos, o exegetadeve comear pelo problema da unidade literria

- podemos ver um exemplo de como os dados datradio so trabalhados na redao :

Texto - Jo 4, 46-53 Cura do filho do funcionrio

real


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- tenses no textos traem a mo do redator: 1 h dois pedidos de interveno a Jesus: um em

estilo indireto (v.47) e outro, direto (v.49) 2 h duas afirmaes de que o homem acreditou

(vv. 50-53) 3 v.48 Jesus fala no plural, mas est falando para

uma nica pessoa 4 a declarao do v.48 depe contra o funcionrio

real - certamente o autor tinha um objetivo de mostrar a

relao entre f e milagre


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- diversos nveis redacionais um dos problemasconsiderados pelos exegetas a questo dos vriosnveis redacionais

- algumas percopes so simples e claras e noapresentam este problema podem ser atribudas auma um nico redator

- outros textos apresentam vrios nveisredacionais, o que significa que foram editadosvrias vezes por mais de um redator ex. os textosda Paixo


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- diferentes situaes-na-vida durante o uso dacrtica formal, o termo Sitz im Leben (situao navida) era muito importante e designava o contexto

social em que se fixava esta ou aquela passagem dosevangelhos: a comunidade, suas necessidadesfuncionais na esfera da liturgia, da catequese, damoral, etc.


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2- O problema sintico

O fato os trs primeiros evangelhos estointimamente relacionados. Joo segue seu prprio

caminho. As narrativas e discursos de Mateus,Marcos e Lucas tm passagens comuns oucorrespondentes que podem ser dispostas emcolunas paralelas, podendo-se ver, de relance e em

detalhe as semelhanas e diferenas por isso queeste texto recebe o nome de - synopsis(ver simultaneamente)


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Concordncias o estudo dos evangelhos sinticosfaz prontamente ressaltar a flagrante semelhanaentre as trs narrativas isto no pode ser fruto deum acaso os contatos so numerosos demais e asconcordncias so demasiado acentuadas econtnuas.

- no entanto, preciso olhar com ateno:

- concordncias parciais que diferem numademonstrao mais ampla (Mc 1, 21-45 e Mt 7,28-8,16; Mc 2,1-22 e Mt 9, 1-17; Mc 2,23-3,6 e Mt 12,1-14)


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- discordncia num agrupamento semelhante de ummodo geral(a ordem de Mc 1,21-39,1; 1,40-45 e a deMc 4,13-25;13,25 est ao contrrio das passagens

correspondentes em Mateus) - Lucas segue de perto a ordem de Marcos, mas a

vocao dos primeiros discpulos depois da pregaoem Cafarnaum (Lc 5,1-11 em Mc 1,16-20 a

vocao vem antes da pregao) - a visita a Nazar aparece em contextos diferentes

Lc 4, 16-30 e Mc 6,1-6)


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Diferenas existem tambm diferenas nomenos acentuadas e no menos caractersticas:

- na parbola dos talentos (Mt 25, 14-30) e das

minas (Lc 19,11-27) e nas duas verses das bodas (Mt22,1-10; Lc 14,16-24) o plano bsico mesmo, masas palavras so muito diferentes.

- pode acontecer o contrrio as palavras so as

mesmas, mas o lugar e o sentido so diferentes: oesprito impuro sai do homem endemoninhadoclamando em "altas vozes" (Mc 1,26) e em Lc 4,33 o esprito gritava em "altas vozes" para Jesus


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O problema a existncia desse caos deconcordncias e discordncias constitui o fatosintico o problema sintico est, portanto, naexplicao da estranha relao entre os trsevangelistas.

- os elementos-chave para a soluo esto na pr-histria dos evangelhos no bastar estudarsomente os evangelistas

- no entanto, a tradio oral no elucidar por simesma a intrincada relao entre os trsevangelistas


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Com vistas a uma soluo

1 A teoria das duas fontes

- Marcos o mais antigo dos evangelhos ele seguido

por Mateus e Lucas, independentemente um do outro - para explicar a ulterior concordncia Mateus/Lucas

contra Marcos coloca-se um documento especial,contendo apenas ditos e discursos

- este documento hipottico, que deve ter sido escritoem grego, recebeu o nome de Q, do alemo Quelle(fonte)


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Uma nova teoria considerando que a teoria dasduas fontes no era suficiente para explicar oproblema sintico, aparece uma nova teoria (M.-E.

Boismard e P.Benoit) radical reavaliao dasituao em linhas gerais:

1 Documentos bsicos: Documentos A, B, C e Q

2 Documentos intermedirios: Marcos-intermedirio, Mateus-intermedirio e Proto-Lucas

3 Os evangelhos- Marcos, Mateus, Lucas e Joo


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EVANGELHO DE MARCOS


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1 Autoria, destinao e data

1) O testemunho da tradio

- a tradio da Igreja primitiva unnime em atribuir

um evangelho a S. Marcos chamado intrprete ediscpulo de S.Pedro

- Marcos citado muitas vezes: At 12,12.25; 13, 5.13;15,37.39 ; Cl 4,10; Fm 24; 2Tm 4,11; 1Pd 5,13

-

O Evangelho de Marcos


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- O evangelho de Marcos foi escrito para cristosno judeus o que indica com evidncia aexplicao de expresses aramaicas:

- Boanerges filhos do trovo (3,17) - Taltha kmi menina, eu te digo, levanta-te (5,41)

- e ainda: 7,11.34; 14,36; 15,22.34

- bem como de costumes judaicos: 7,3s; 14,12; 15,42


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- conforme antiga tradio, o evangelho de Marcosfoi escrito em Roma

- os numerosos latinismos podem ser excludos

como termos militares e tcnicos de uso corrente - em duas ocasies notveis, uma explicao grega

explicada pelo seu equivalente latino:

- duas lepta (moedas gregas) um quadrante(moeda romana) 12,42

- o interior do ptio, isto , do Pretrio 15,16


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- no se pe dvida, geralmente, que o evangelhotenha sido escrito antes de 70 d.C.(data dadestruio de Jerusalm pelos romanos) j que o

cap.13 que alude a este acontecimento no fazqualquer meno de que ele j tivesse acontecido

- normalmente situa-se sua composio em 65 d.C.


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2) Estilo de Marcos - o evangelho de Marcos est escrito num grego

relativamente simples e popular, indicativo de suaafinidade com a linguagem falada da vida cotidiana

- o evangelista usa construes mais simples, as frasesso ligadas, na maioria das vezes, pela conjuno "e" eque nas suas pginas os aramaismos so freqentes aoextremo

- isto no significa, no entanto, que Marcos no seja umhbil escritor os traos ntidos, vivos que animam suasnarrativas so sua contribuio pessoal


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Esquematizao

- uma caracterstica muito importante em Marcos, a esquematizao, ou seja, ele funde as narrativas,

principalmente as histrias dos milagres, num moldenico

- podemos ver no exemplo abaixo dois milagresdistintos e bem diferentes descritos segundo o

mesmo padro e em termos quase idnticos:


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- o mesmo pode ser visto em:

- a cura do cego em Betsaida 8,22-26

- a cura do surdo mudo

7,32-36

- a pregao de Jesus em sua terra natal 6,1-2 - e em Cafarnaum 1,26-27

- a preparao da ceia 14, 13-16 - e a entrada em Jerusalm 11,1-6


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Dualidade - outra caracterstica notvel em Marcos a

ocorrncia freqente, universal at, de expressesduplas

- tais expresses so explicadas a partir da teoriadas duas (ou mais) fontes ou como acrscimosredacionais

- em todo caso, elas representam um aspecto doprprio estilo do evangelista

- elas podem ser classificadas em trs categorias:


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a) declaraes temporais ou locais: expresses dedois-passos:

- indicaes temporais:

- 1,32 naquela tarde, ao pr do sol - no simples redundncia, mas precisa a

indicao do tempo

- indicaes locais:

- 1,28.38; 5,1; 11,1; 13,3


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b) perguntas duplas e paralelismo antittico - a seqncia do ensinamento pblico e da

explicao em particular fornece um primeiroexemplo do esquema de dois-passos no material dosditos

- 13,4 duas perguntas separadas:

Quando isto acontecer, e qual o sinal de que todas

estas coisas estaro para se consumar? - 12,14s lcito pagar imposto a Csar ou no?(paralelismo antittico)


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- oratio obliqua e oratio recta

- Marcos tende a fazer uma declarao sobreatividade docente de Jesus e acompanh-la

imediatamente com uma alocuo direta - 4,2; 9,31; 11,17; 14,35s


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O Evangelho

- julgou-se que o evangelho de Marcos fosse umaverso abreviada de Mateus e por isto, recebeu

menos considerao - atualmente, recebeu a devida ateno e hoje se

reconhecer claramente que Marcos no , demaneira alguma, um resumo de Mateus

- reveste-se de particular importncia, sobretudo,pelo fato de ser o mais antigo e estar mais prximodas fontes


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- no entanto:

- Marcos o mais breve dos evangelhos (16captulos)

- apresenta poucos ditos de Jesus - s h 3 discursos e so muito breves:

- parbolas 4,1-34; da comunidade 9,33-50 e

escatolgico 13,1-17


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- por outro lado, as narrativas comuns aos trssinticos, apresentam-se em Marcos, mais ricas empormenores e mais pitorescas

- o relato da ressurreio da filha de Jairo - 5,21-43

e paralelos em Mt 9,18-26 e Lc 8, 40-56

- ainda: a cura do paraltico (Mc 2,1-2; Mt 9,1-8; Lc

5,17-26); a tempestade acalmada (Mc 4,35-41; Mt8,23-27; Lc 8, 22-25); a primeira multiplicao dospes (Mc 6,30-44; Mt 14,13-21; Lc 9,10-17)


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O esquema de Marcos


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O objetivo de Marcos

O segredo messinico


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EVANGELHO DE MATEUS


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1 Autoria, destinao e data

- a tradio unnime da igreja primitiva de queMateus, um dos Doze, foi o primeiro dos quatro

evangelistas a escrever um evangelho, e que eleescreveu em aramaico

- no entanto, o evangelho de Mateus, como noschegou s mos no Novo Testamento, foi em escrito

em grego e no uma traduo - no se conhece a relao existente entre o texto

aramaico e o evangelho posterior

O Evangelho de Mateus


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- o evangelho de Mateus era dirigido a judeus-cristos de lngua grega, como se pode perceberpelas numerosas expresses judaicas:

- o parasceve (27,62) - raa (raka), geena (5,22)

- Beelzebu (10,25)

- aluses a costumes judaicos: abluo ritual dasmos antes de comer (15,2); o uso dos filactrios eo autor raramente explica


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- Mateus se interessa particularmente pela sorte deIsrael

- preocupa-se com o problema da Lei que deve seragora interpretada de acordo com os princpios dasuperior lei do amor

- no possvel datar o evangelho com preciso e estlonge de ser claro que Mateus tenha usado Marcos ainda

que seja o mais recente dos dois escritos - o interesse pela estrutura da igreja para indicar umadata relativamente tardia 80-90 d.C.


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2- O esquema

- divide-se em 7 partes, sendo que a 1 parte (oevangelho da infncia) constitui o prlogo

- a estrutura dos captulos 3-25 precisa: 5 sees - cada discurso tem um breve introduo: 5,1-2;

10,1-5; 13,1-3; 18,1-2; 24,1-3

- e termina por uma frmula estereotipada:"Aconteceu que ao terminar Jesus estas palavras..." 7,28; 11,1; 13,53; 19,1; 26,1


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Esquema


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- estas cinco partes centrais de Mateus no sooutras tantas unidades desconexas - h estreitonexo entre elas

- as narrativas indicam os movimentos progressivosdos acontecimentos, enquanto os discursos ilustramum progresso paralelo no conceito messinico doreino dos cus


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3 A estrutura

- os 5 discursos da parte central:

1 aos discpulos (5,1-2) a2 aos doze (10, 1-5) b

3 multido (13,2) c

4 aos discpulos (18,1) Doze b

5 aos seus discpulos (24,1) a


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- 1,1 Livro das origens de Jesus Cristo, filho deDavi, filho de Abrao..."

- est em relao com:

28,19 "Ide, pois, de todas as naes fazeidiscpulos..."

- Jesus a realizao da promessa feita a Abrao(Gn 12,3) "Por ti sero benditos todos os cls daterra..."


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- a posio de Israel: - 1 15,24 Jesus "no foi enviado seno s ovelhas

perdidas da casa de Israel"

- 2 27,24-26 "Caia o seu sangue sobre ns e sobrenossos filhos." aceitao por parte do povo judaico,da responsabilidade pela morte de Cristo

- Israel teve um dia uma posio privilegiada, masperdeu a insistncia na universalidade da salvaoindica que seu lugar foi ocupado pelos gentios


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- em Mateus encontramos a histria da salvaodividida em dois perodos:

- o tempo de Israel

- o tempo dos gentios

- a palavra foi dirigida aos judeus e aos gentios

- isto aparece no paralelo entre Joo Batista e Jesus


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Joo Batista Jesus

3,1Convertei-vos porque o Reino doscus est prximo

4,14 - Convertei-vos porque o Reino doscus est prximo

3,7Raa de vboras, quem vos ensinou omeio de fugir ira que est para vir?

23,33 Serpentes, raa de vboras, comopodereis escapar do castigo da geena?

3,10O machado j est prestes a ferir araiz das rvores, toda rvore que no derbom fruto ser cortada e lanada ao fogo

7,19 Toda a rvore que no produz frutobom cortada e lanada ao fogo.

14,5Embora o quisesse matar, Herodesteve medo da multido que tinha Joo na

conta de profeta

21,45-46 Procuravam prend-lo, mastiveram medo das multides, pois elas o

tinha na conta de profeta

Paralelo entre Joo Batista e Jesus


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- a preocupao com a pertena comunidade crist:

- uma deciso relativa a Jesus necessariamente envolvia

uma deciso relativa sua igreja, representada pelosDoze condio indispensvel para o compromissoautntico com Jesus ser membro de sua comunidade

1 Discurso Sermo da Montanha 5-7 Jesus o Messias da palavra

Narrativa 8-9 Jesus Messias em suas obras (milagres)

2 Discurso aos Doze - 10 Discurso missionrio

Narrativa 11,3 Joo: s tu aquele que h de vir, oudevemos esperar outro?


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4 O meio ambiente de Mateus - se interessa especialmente pelo papel e destino de

Israel na histria

- sente tambm que s h um nico povo de Deusem ambos os Testamentos que vem a ser overdadeiro Israel

- Deus exerce a sua soberania num padro salvfico

ininterrupto em duas alianas - no antigo e novo Israel, mas povo falso e povoverdadeiro


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- 5 A comunidade ou Igreja de Mateus - difcil distinguir em Mateus entre os discpulos e a

comunidade (ou igreja) porque elas se fundem numa nicarealidade usa o termo ekklesia 16,18 e 18,17

- Mt 18 a Regra da comunidade instrues dadas aos

discpulos: - a verdadeira grandeza no Reino vv. 1-4 - o escndalo 5-10 - a ovelha perdida 12-14

- a solicitude pelos irmos e a correo fraterna, a autoridadena igreja 15-18 - a orao em comum 19ss - o perdo das ofensas 21-35


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- a igreja uma realidade sociolgica centralizada em Deus,com Jesus como seu modelo

- uma famlia de filhos do Pai - Jesus est no meio de sua igreja: - 1,23 a promessa do EmanuelDeus conosco - 28,20 estarei sempre convosco

- est presente: - nos seus missionrios 10,40

- em todos os necessitados 25, 25-45 - em todos os que so recebidos em seu nome 18,5 - na assemblia 18,20


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"Onde dois ou trs

estiverem reunidos emmeu nome eu estarei nomeio deles."

Mt 18,20

A presena de Jesus


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6 O Sermo da Montanha (5-7) - as palavras de Jesus que compem o Sermo da

Montanha foram preservadas porque faziam parte daestrutura essencial do evangelho (o ensinamento moral

de Jesus) - Jesus fez exigncias a lei de Cristo - o evangelho no somente querigma e didaqu, mas

tambm cdigo moral

- o querigma implica que se aceite a Cristo e suasexigncias e a didaqu inclui preceitos e normas deconduta para a vida crist


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O Sermo da Montanha


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EVANGELHO DE LUCAS


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1 Autoria, destinao e data A tradio concorda que o autor do terceiro

evangelho Lucas, segue-se da que Lucas

tambm o autor dos Atos dos Apstolos, porque oEvangelho e Atos so, demonstravelmente, doisvolumes de uma nica obra.

- Lucas mencionado 3 vezes nas cartas paulinas:

Fm 23s; Cl 4,14; 2Tm 4,11


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- Lucas escreveu seu evangelho para cristosgentios e por isso evita muitos temas e assuntos quepoderiam parecer, de modo excessivo,especificamente judaicos:

- omite passagens inteiras (Mc 7,1-23)

- a volta de Elias (Mc 9,11-13

- as antteses do Sermo (Mt 5,21s.27s.33-37)

- Quanto data no se pode ser preciso, pode-sesitu-la ao redor do ano 80 d.C.


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2 - Esquema de Lucas


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- Lucas, como Marcos e Mateus seguiu o primitivo planoqudruplo do evangelho, mas introduziu duasimportantes alteraes nessa ordem, dando ao seuevangelho uma feio diferente

- colocou no incio a longa narrativa da infncia (1-1) quecontrabalana a narrativa da Paixo e da Ressurreio

- com a incluso da longa seo (9,51-18,14) inseriu nanarrativa evanglica uma coleo muito importante deepisdios e ditos inteiramente ausentes em Marcos eapenas parcialmente apresentados por Mateus


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3 O ministro da Palavra 1O historiador

- Lucas redige com esmero seu prlogo e dedica sua

obra ao "excelente Tefilo" introduzindo uma obraque no visa somente informar a respeito da boa-nova ele quer estabelecer a solidez doensinamento catequtico e, por isto, analisa

profundamente as fontes


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- mostra cuidado em apresentar os dados histricos - graas aos sincronismos prefixados sua narrativa do

nascimento de Jesus (2,1-3) e do ministrio de Joo (3,1s)ele assenta esses acontecimentos no quadro da histria

geral - sabe corrigir ocasionalmente a cronologia de suas

fontes: - em Mc 9,2 a transfigurao de Jesus ocorreu seis dias

aps a confisso de f de Pedro, em Cesaria de Filipe Lucas modifica esta informao e diz: "cerca de oito diasdepois" (9,28).


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- e constantemente qualifica os nmeros redondosacrescentando "aproximadamente" (1,56; 3,23; etc.)

- chama Herodes "tetrarca" seu ttulo correto (9,7)

e no "rei" (Mc 6,14) - fala do "lago de Genesar" (5,1) ao invs de "mar da

Galilia" (Mc 1,6)

- menciona fatos contemporneos como a matana

dos galileus por Pilatos (13,1-3) e a queda da torre deSilo (13,4s)


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2

O evangelista

- Lucas , antes e acima de tudo, um ministro dapalavra, um evangelista, e sua obra na mais

rigorosa acepo do termo, um evangelho - ele um historiador porque telogo sua viso

dospragmata ("as coisas") 1,1, recebe um coloridopelas suas reflexes sobre a importncia dos logoi

tradicionais, "ensinamentos" (1,4) para seu prpriotempo


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4 O objetivo - Lucas foi cristo de segunda gerao e escreveu aps a

queda de Jerusalm (70 d.C.) seu Jesus, igualmente, o Senhor ressuscitado, o Salvador

- como gentio convertido, no se aflige, como Mateus,com a relao entre o cristianismo e o judasmo aruptura com o judasmo um fato consumado para ele

- no aguarda uma volta iminente do Senhor - sua obraem dois volumes escrita para os cristos que vivem naera ps-apostlica.


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- a parusia uma realidade presente no Senhorressuscitado Cristo, a fonte da salvao, est nacomunidade crist o momento presente tempodo cumprimento por isso ele sua com freqnciados advrbios nun(agora) e semeron(hoje):

2,11; 3,22; 6,21-25; 9,33; 12,52; 9, 5.9.23-43

- o "hoje" , o "agora" da presena de Cristo o

tempo da salvao e no Esprito Santo jorra agoraabundantemente a vida


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Emas


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- Lucas o telogo da histria da salvao e para eleessa histria se divide em dois perodos:

- o perodo de Israel o tempo da AntigoTestamento tempo de preparao para o

acontecimento culminante da vinda de Cristo (16,16;24, 27

- o perodo de Cristo e sua Igreja comea comJesus e , em grau supremo, todo o tempo em que,

como Senhor glorificado, ele est presente na suaigreja


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5 A mensagem de Lucas 1Universalismo

- Lucas escreve para todos os homens o Senhorressuscitado, to presente a ele e sua comunidade,anseia por estar presente a toda comunidade humana

- a nota do universalismo (defendida atravs de todo oevangelho) j est presente no evangelho da infncia:

2,14 "paz na terra aos homens que Deus ama", essa pazvem na pessoa do Filho de Deus "luz para iluminar asnaes" (2,32 Is 42,6;49,6)


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- 3,6 o Batista diz: "E toda a carne ver a salvaode Deus" tambm de Isaas

- e, partindo dessa viso que a genealogia de Jesus

chega at Ado, pai de toda a humanidade (3,23) - para Jesus ningum estrangeiro, ningum

desprezado por ele, e nada mesquinho demaispara seu amor universal

- somente Lucas incluiu em seu evangelho aparbola do bom samaritano (10,30-37).


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O bom samaritano


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2 - O salvador - como a mensagem de Lucas versa sobre os dons

que a vinda do Senhor representa para o mundo, oseu aspecto especfico se encontra ainda mais

diretamente na apresentao do prprio salvadorentre os homens

- para Lucas Jesus era simplesmente o Salvadordos homens (2,11) todo o ministrio de Jesus trazia

a marca da compreenso, da clemncia e dacompaixo que manavam da extraordinriasensibilidade de Jesus


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- as obras de Jesus no incio de ministrio so obrasde um Salvador: 4,18

- outros textos:

- 7,36-50 - 23,43 (citao exclusiva de Lucas) e 23,34

- 22,61 olhar que comoveu a Pedroprofundamente


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- a importncia que as mulheres tm no evangelhode Lucas:

- Isabel, me do Batista (1,39-58)

- Ana , a profetisa (2,36-38)

- a viva de Naim (7,11-17)

- a pecadora arrependida (7,36-50)

- as mulheres da Galilia que acompanham Jesus

em seu ministrio: Maria Madalena, Joana, Susana(8,2s), que estavam com ele na hora da cruz (23,55s);as irms de Betnia, Marta e Maria (10, 38-42)


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- e ainda: - a mulher que proclamou bem-aventurada a me

de Jesus (11,27s)

- as mulheres de Jerusalm que saram ao encontrode Jesus quando ele ia para o Calvrio (23,27-31)

- duas parbolas prprias de Lucas: a dracmaperdida (15,8-10) e do juiz inquo (18,1-8)

- a importncia de Maria as narrativas da infncia "Ave, cheia de graa" o Magnificat


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A pecadora arrependida e a viva de Naim


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Marta e Maria


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Maria Madalena


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- ao pecador, ao marginalizado, aos humildes, aosdesgraados e aos pobres s se pedia uma coisa que pusessem sua confiana num Pai amoroso quevela sobre eles to mais solicitamente do que pelasaves do cu e os lrios do campo (12,22-32)


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O filho prdigo


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3 - Ricos e pobres - h tambm em Lucas um chocante apelo

renncia total, a deixar tudo o que se tem

- Lucas, neste ponto, muito mais enftico do queos outros evangelistas:

- 6,24-26; 12, 13-21; 14,33; 18,22

- a parbola do rico insensato (12,16-21)

- 16,33 no se pode servir a Deus e ao dinheiro


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- no seu nascimento os pastores que foram v-lo(2,8) Maria e Jos deram a oferta dos pobres (2,24)

- 9,58; 5,11

- no se deve confiar nas riquezas 12,13-21 - 14,33 ; 18,22 renncia para seguir Jesus

- outra forma de abnegao: o servio daadministrao dos bens de Deus (12,42-48) Lucassubstitui o termo servo por administrador


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O fariseu e o publicano


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O rico e Lzaro


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4 - Orao, alegria e paz - Lucas o evangelho da orao e o supremo

exemplo de orao dado pelo prprio Jesus

- os outros evangelistas tambm falam da orao deJesus: no Getsmani, na primeira multiplicao dospes (Mc 6,46; mt 14,23), em Cafarnaum, aps tercurado muitas pessoas (Mc 1,35)


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- Lucas, porm, fala da orao de Jesus em mais oitocircunstncias: - no batismo (3,21) - retirou-se ao deserto para orar (5,16)

- antes de escolher os discpulos (6,12) - antes da confisso de Pedro (9,18) - depois, disse a Pedro que rezara especialmente por ele

(22,32) - na transfigurao (11,1) - rezou na cruz por seus algozes e a entrega de sua vida

ao Pai foi uma orao (23,46)


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- Jesus recomendou a orao aos seus discpulos: - 11,5-13

- 18,1-8

- 21,36 - 18,13

- em nenhum momento o exemplo da orao deJesus mais claro do que no Getsmani (22,39-46)


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Jesus em orao


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EVANGELHO DE JOO


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1 O quarto evangelho 1Autoria

- o problema da autoria do quarto evangelho

muito complexo - segundo corrente da tradio da igreja primitiva,

Joo, o Apstolo, filho de Zebedeu e irmo de Tiago,escreveu, em idade avanada, o quarto evangelho,

em feso - no entanto, sobre isto, no h unanimidade


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- o mais significativo que se tem a impresso deque o evangelho foi composto lentamente, duranteum longo perodo de tempo, e que, em sua formafinal, data dos fins do sculo I

- Raymond E.Brown apresentou uma hipotticareconstruo da formao do evangelho chamandoa ateno para a complexidade do assunto e dando

um esboo plausvel do crescimento desteevangelho


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- segundo Brown: - estgio 1 a existncia de um corpo de material

tradicional concernente s palavras e obras de Jesus,independente da tradio sintica

- estgio 2 desenvolvimento deste material empadres ou modelos joaninos (vrias dcadas) pormeio da pregao e ensino oral, e por fim, emformas escritas do que foi pregado e ensinado esta

escrita teria sido obra de mais de uma pessoa (cf.Jo21) seria mais de uma escola de pensamento eexpresso


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- estgio 3 organizao deste material (estgio 2)para um evangelho consecutivo a primeiraedio do quarto evangelho a obra do"evangelista" o organizador, aquele que deu

coeso ao material primitivo

- estgio 4 segunda edio pelo evangelista comas adaptaes diversos grupos

- estgio 5 edio final pelo "redator" discpulo doevangelista


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- no sem razo supor que Joo, filho de Zebedeuseja a fonte histrica subjacente ao quartoevangelho

- no entanto, no se pode nomear a figuradominante que imprimiu seu selo no evangelho eque pode ser visto como seu autor

- quanto o lugare data: - feso continua sendo o

lugar mais indicativo e a data fica entre 90-100 d.C.


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2O carter especial de Joo - Joo usou material especial para desenvolver

valiosa tradio histrica

- usou ainda um fundamento de bons

conhecimentos histricos e topogrficos paradesenvolver uma viso teolgica mais profunda da"histria" de Jesus, que se serve dos olhos da f parair raiz dos acontecimentos histricos e coisas

exteriores, esforando-se para revelar os secretospensamentos divinos que eles encerram


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- em Joo, as palavras de Jesus apresentam-sesingulares, carter verdadeiramente nico

- o Jesus joanino o portador de uma revelao queaparentemente conserva pouco contato com aproclamao do reino de Deus nos lbios do Jesusdos sinticos o que o Jesus joanino revela,constante e exclusivamente, ele prprio

l


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3 A relao com os sinticos

Q d d lh


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4 Quadro sintico do evangelho


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126/174

O i t d t


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5 O movimento do pensamento


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A samaritana

O d


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O cego de nascena

A i d L


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A ressurreio de Lzaro

As bodas de Can


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As bodas de Can


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- um aspecto do dramtico em Joo est presenteno destaque dado aos "sinais" (semeionsemeia)

- os sinais so obras poderosas, realizadas vistados discpulos de Jesus, milagres

- no entanto, s se realarmos o contraste entre"milagre" e "sinal" poderemos compreender melhora inteno de Joo

- exemplor: Jo 9,1-12


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- outro ponto de grande distino com os sinticosso os discursos de Jesus, que so, no quartoevangelho, algo verdadeiramente parte

- Joo no raciocina maneira ocidental ele faz um"movimento circular" do pensamento, repetindo,insistindo para que se avance e se eleve a um nvelmais alto

- exemplos: Jo 10,1-18 ( o Pastor e o rebanho) e Jo15,1-10 ( a Vinha e os sarmentos)

6 A tradio joanina


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6 A tradio joanina

7 A teologia joanina


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7 A teologia joanina


136/174

- a teologia de Joo elaborada a partir de grandestemas (centrais em seu evangelho):

- a Palavra

- a F - o Esprito

OS ATOS DOS APSTOLOS


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OS ATOS DOS APSTOLOS

Autor e data


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Autor e data

Escopo e finalidade


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- sendo o segundo volume de uma obra, os Atos souma continuao do Evangelho de Lucas

- melhor visto como seqncia do evangelho doque como histria da igreja primitiva

- o Evangelho e os Atos possuem ntima relao e acomposio de ambos se desenvolve em linhasparalelas

Escopo e finalidade


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Evangelho Atos

1 parte Misso na Galilia

- centro Doze e a missoconfiada aos Doze

1 parte Pedro como chefe

- voltada para Jerusalm

2 parte Jornada para Jerusalm- misso dada aos Setenta

2 parte centrada em Paulo- rompe a moldura geogrfica evolta-se para Roma


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O esquema


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O esquema


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As fontes


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- o problema das fontes em Atos complexo ecostuma-se dividir o texto duas partes para melhoranalisar esta questo

1 parte 1,12-15,35

2 parte 15,36-28,28

- os discursos desempenham um importante papel

ao mostrar o alcance dos acontecimentos descritosnas narrativas

As fontes


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Historicidade


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Historicidade

A doutrina


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O qurigma - as quatro primeiras alocues de Pedro:

2,14-36; 38ss

3,12-26 4,8-12

5,17-40

- abrangem, em substncia, o mesmo terreno, socomplementares e do uma viso compreensiva doquerigma antigo

A doutrina


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O Esprito Santo - seguindo o terceiro evangelho que, mais do que

outros sinticos, sublinha a ao do Esprito Santono ministrio de Jesus, os Atos do a impresso deque a primitiva comunidade crist vivia inteiramentesob a moo do Esprito Santo

- paralelo:

Lc 3,22 incio do ministrio de Jesus At 2,3 incio da era da igreja


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Cronologia da vida de Paulo


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Data aproximada Fato ou localidade visitada

Ano 1 d.C. Nascimento de Paulo

Ano 33 ou 34 d.C. Converso

Entre 33 e 36 Deserto da Arbia

Ano 36 Primeira visita a Jerusalm

Entre 36 e 46 Sria, Cilcia (principalmente Tarso)

entre 46 e 47 (Atos 11.25-26) Antioquia da Sria47 Segunda visita a Jerusalm

47 Antioquia da Sria

47 a 49 Primeira viagem missionria

49 (Atos 15) Terceira visita a Jerusalm

50 a 52 Segunda viagem missionria

53 a 58 Terceira viagem missionria

58 Quarta visita a Jerusalm

58 a 59 Priso em Cesaria

60 a 62 Priso em Roma

63 a 66 Liberdade e viagens diversas (???)

67 Morte em Roma

Cronologia da vida de Paulo

Imprio Romano


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Imprio Romano

Viagens de Paulo


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Viagens de Paulo

Viagens de Paulo


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Viagens de Paulo

1 e 2 Viagens de Paulo


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Cronologia


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C o o og a

Cartas Paulinas


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As epstolas autnticas de Paulo


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- So ao todo sete as epstolas consideradasunanimemente escritas ou ditadas por Paulo:

1 1Ts escrita em Corinto 50/51

2 1Cor escrita em feso 53/54

3 Fl escrita em feso 54/55

4 Fm escrita em feso 54/55

5 2Cor escrita em Filipos 55/56

6 Gl escrita em Filipos (Macednia) 56/57

7 Rm escrita em Corinto 57/58

p

As epstolas da tradio paulina


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- pelo uso dapseudepigrafia: 1 Cl escrita em feso cerca do ano 80

2 Ef carta circular enviada aps Colossenses

3 1Tm escrita no ambiente de feso - fim do sc.I 4 Tt no mesmo ambiente e tempo

5 2Tm no mesmo ambiente e tempo

6 2Ts no ambiente de Tessalnica fim do sc.I

p p

Cartas Paulinas


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A) 1 e 2 Ts

B) Mais importantes: Gl, 1Cor, 2Cor, Rm

C) Do cativeiro Fl, Cl, Fm, Ef

D) Pastorais 1 e 2 Tm, Tt

Gnero epistolar


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As epistolas de Paulo de abrem com alguma linhas deendereamento oupraescriptum que em geral se inspiram naforma de tipo oriental:

Remetente (e co-remetente) :

"Paulo, Silvano e Timteo

Destinatrios: igreja dos Tessalonicenses...

Saudao: A vs, graa e paz!" (1Ts 1,1)

p


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saudao e orao inicial correspondem, nasepstolas paulinas, as de encerramento. A bno final um eco do formulrio da assemblia litrgica crist:

Orao:

"Que o Deus da paz em pessoa vos santifiquetotalmente... Saudao: Saudai todos os irmos com um sculo santo...

Bno: Que a graa de nosso Senhor Jesus Cristo esteja

convosco."(1Ts 5,23.26.28)

Corinto


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Corinto


168/174

Corinto


169/174

Romanos


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Filipenses


171/174

Pastorais


172/174


173/174

"Vs sois o corpo de Cristo" (1Cor 12,27)


174/174

a verdade sobre jesus cristo - nt - 2010

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