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om os olhos fixos em Jesus Cristo -Caminho, Verdade e Vida– nós do IPDM seguimos em nossa jornada buscando ajudar, naquilo que nos couber, na construção do Reino de Deus que também é nosso. Como o fim do caminho se dissolve em Deus e ninguém conhece o cami- nho a não ser aquele que vem de Deus, Jesus Cristo, é preciso fixarmos os olhos nele somente, pois só ele percorreu o caminho nos dois sentidos. Assim, colocamos nossa mãos na sua e seguimos; passo a passo, dia após dia... Ao longo do caminho, algumas pequenas coisas nos propomos a fazer e uma dela é este informativo, que pela graça de Deus chega ao número 85. Que você possa encontrar nele algo que contribua em sua jornada. A leitura que a Igreja propõe para este domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo João 14, 1-12, que corresponde ao Quinto Domingo da Páscoa, ciclo A do ano litúrgico. Sobre esta maravilhosa passagem do texto Sagrado, o padre espa- nhol José Antonio Pagola enfatiza Jesus como Caminho e nos diz: “O problema de não poucos não é que vivam extraviados ou desencaminha- dos. Simplesmente, vivem sem caminho, perdidos numa espécie de labirin- to: andando e refazendo os mil caminhos que, de fora, lhes vão indicando os slogans e as modas do momento. E, que pode fazer um homem ou uma mulher quando se encontra sem caminho? A quem se pode dirigir? Onde pode acudir? Se se aproxima de Jesus, o que encontrará não é uma reli- gião, mas um caminho. O texto integral está na página 2. O padre Raymond Gravel, fala-nos da Verdade como Caminho a ser trilhado: “Quando Jesus disse, no evangelho, que ele é o caminho, a verda- de e a vida, a aliança dessas três palavras diz que a verdade do evangelho não é uma doutrina na qual podemos nos fechar, nem um dogma a defen- der; a verdade é um caminho, um percurso, um trajeto, uma passagem aberta, na qual Cristo nos encontra para nos transmitir sua vida de Res- suscitado. Leia mais na página 2. Padre Alberto Maggi—OSM, nos mostra a real importância de ser a Verdade ao nos dizer: “Jesus não pede aos discípulos para possuírem a verdade, mas para serem a verdade. A diferença é grande! Quem afirma possuir a verdade, pelo fato de achar de possuí-la, acredita ser o juiz de to- dos e condena todos aqueles quem não pensam como ele. Estar na verdade significa estar inseridos no mesmo dinamismo do amor de Deus que identi- fica o bem do ser humano, como valor absoluto. Estar na verdade significa não separar-se de ninguém, mas ficar ao lado de todos, numa atitude de amor que se transforma em serviço.” Padre Alberto está na página 3. Lá de Ribeirão Preto, nosso caro amigo padre Gilberto Kasper, nos fa- la sobre as indicações que Jesus nos faz e o serviço que nos comunica: “Ele nos mostra o caminho a seguir, a verdade a buscar e a vida a defen- der. A missão exige pessoas disponíveis, e os apóstolos não têm medo de partilhar tarefas com gente disposta a assumi-la. Todos os fiéis formam, assim, o povo constituído em torno de Cristo caminho, verdade e vida. Je- sus é o caminho que conduz ao Pai, a verdade que veio do Pai e a vida do Pai em nós”. A reflexão de padre Gilberto está na página 3. Para iniciarmos nossa preparação para o próximo Domingo, o 6º da Páscoa, trazemos para você a reflexão do padre Alberto Maggi—OSM, apresenta-nos Jesus Amor, Jesus presença, Jesus Cuidador. Vale a pena a leitura desta reflexão que está na página 4. Com a coragem, o amor e entusiasmo de sempre, Papa Francis- co durante encontro realizado na última semana encorajou os membros dos Institutos Seculares, leigos consagrados que, ao contrário dos religio- sos, levam uma vida secular, a serem “revolucionários nas sociedades e a estarem presentes no meio, onde se joga tudo: a política, a economia, a educação, a família”. Leia a matéria completa na página 4. Leonardo Boff, com toda profundidade que lhe é peculiar, fala-nos so- bre Utopia num viés de resgate desta: Não é verdade que vivemos tempos pós-utópicos. Aceitar esta afirmação é mostrar uma representação reducio- nista do ser humano. Ele não é apenas um dado que está ai fechado, vivo e consciente, ao lado de outros seres. Ele é também um ser virtual. Esconde dentro de si virtualidades ilimitadas que podem irromper e concretizar-se”. Ele é um ser de desejo, portador do princípio esperança (Bloch), permanen- temente insatisfeito e sempre buscando novas coisas. No fundo, ele é um projeto infinito, à procura de um obscuro objeto que lhe seja adequado. Leia o artigo completo na página 5. Frei Betto, partindo da constatação de que: “Pais e educadores sabem o quanto crianças e adolescentes, sem maturidade e discernimento, ficam expostos à publicidade abusiva.” Fala-nos sobre o tema “Publicidade e Crianças” alertando-nos para o “bombardeio” de propagandas sofrido por nossas crianças: “Ídolos do esporte são usados em propaganda de bebidas alcoólicas; alimentos com alto teor de gorduras saturadas são apresenta- dos como sadios; guloseimas que provocam obesidade precoce aparecem revestidas de embalagens sedutoras. Enquanto a família e a escola querem formar cidadãos, a publicidade quer formar consumistas, considerando o lucro do anunciante acima da preservação da saúde física e psíquica”. O artigo está na página 5. Refletindo sobre os dois eventos que marcarão o ano de 2014 no Bra- sil: Copa do Mundo de Futebol e Eleições, Dom Walmor Oliveira de Aze- vedo, Arcebispo de Belo Horizonte, chama nossa atenção para o descrédi- to presente nas pessoas diante da classe política, que está aumentando o distanciamento do povo de seus próprios interesses. Leia a reflexão de Dom Walmor na página 6. Na mesma página 6, você encontrará duas notícias sobre um mesmo tema, mas que trata de dois homens distintos. Estamos falando dos pro- cesso de Beatificação do Brasileiro Dom Luciano Mendes de Almeida, iniciado pela Santa Sé na última semana, e do processo já em andamen- to, mas que permaneceu estagnado durante muitos anos, do Salvadore- nho Dom Oscar Romero. Acompanhe o andamento dos processo destes dois importantes Cristãos da América Latina. Buscando apoiar os Movimentos Sociais, Trabalhos de Pastorais e de- mais eventos que contribuam com a Construção do Reino, o IPDM abre espaço para divulgação de eventos em todas as regiões onde chega. Se vo- cê deseja divulgar algum evento na sua região, envie-nos os dados e o di- vulgaremos em nosso informativo. Esta divulgação, chamamos de “Agenda Cidadã” acrescentando o nome da região. Neste número, divulga- mos a “Agenda Cidadã da Zona Leste”. Veja quais são e agende sua parti- cipação. Eles estão apontados na página 7. Na página 8, você encontrara o convite para nosso “Encontro Geral IPDM” que será realizado no próximo dia 24 de Maio, quando teremos en- tre nós o querido amigo e irmão Dominicano Frei Carlos Josaphat. Nes- te dia, estaremos meditando sobre os “Princípios da Identidade do IPDM”. Você está convidado e será uma grande alegria recebe-lo em nossa casa. Ainda nesta página, está nossa Agenda de Reuniões para 2014. A Co- ordenação Ampliada do IPDM se reúne nos meses ímpares e os Padres, Religiosos, Religiosas e Agentes de Pastoral nos meses pares. Vá até a pá- gina 8 e veja os detalhes. Desejando a todos ótima leitura, despedimo-nos com fraternal abraço. Equipe de Produção Eu Sou o Caminho a Verdade e a Vida”

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Page 1: “Eu Sou o Caminho a Verdade e a Vida” - · PDF fileom os olhos fixos em Jesus Cristo -Caminho, Verdade e Vida– ... la sobre as indicações que Jesus nos faz e o ... “Não

om os olhos fixos em Jesus Cristo -Caminho, Verdade e Vida– nós do IPDM seguimos em nossa jornada buscando ajudar, naquilo

que nos couber, na construção do Reino de Deus que também é nosso.

Como o fim do caminho se dissolve em Deus e ninguém conhece o cami-nho a não ser aquele que vem de Deus, Jesus Cristo, é preciso fixarmos os olhos nele somente, pois só ele percorreu o caminho nos dois sentidos. Assim, colocamos nossa mãos na sua e seguimos; passo a passo, dia após dia...

Ao longo do caminho, algumas pequenas coisas nos propomos a fazer e uma dela é este informativo, que pela graça de Deus chega ao número 85. Que você possa encontrar nele algo que contribua em sua jornada.

A leitura que a Igreja propõe para este domingo é o Evangelho de Jesus

Cristo segundo João 14, 1-12, que corresponde ao Quinto Domingo da

Páscoa, ciclo A do ano litúrgico.

Sobre esta maravilhosa passagem do texto Sagrado, o padre espa-

nhol José Antonio Pagola enfatiza Jesus como Caminho e nos diz: “O

problema de não poucos não é que vivam extraviados ou desencaminha-

dos. Simplesmente, vivem sem caminho, perdidos numa espécie de labirin-

to: andando e refazendo os mil caminhos que, de fora, lhes vão indicando

os slogans e as modas do momento. E, que pode fazer um homem ou uma

mulher quando se encontra sem caminho? A quem se pode dirigir? Onde

pode acudir? Se se aproxima de Jesus, o que encontrará não é uma reli-

gião, mas um caminho. O texto integral está na página 2.

O padre Raymond Gravel, fala-nos da Verdade como Caminho a ser

trilhado: “Quando Jesus disse, no evangelho, que ele é o caminho, a verda-

de e a vida, a aliança dessas três palavras diz que a verdade do evangelho

não é uma doutrina na qual podemos nos fechar, nem um dogma a defen-

der; a verdade é um caminho, um percurso, um trajeto, uma passagem

aberta, na qual Cristo nos encontra para nos transmitir sua vida de Res-

suscitado. Leia mais na página 2.

Padre Alberto Maggi—OSM, nos mostra a real importância de ser a

Verdade ao nos dizer: “Jesus não pede aos discípulos para possuírem a

verdade, mas para serem a verdade. A diferença é grande! Quem afirma

possuir a verdade, pelo fato de achar de possuí-la, acredita ser o juiz de to-

dos e condena todos aqueles quem não pensam como ele. Estar na verdade

significa estar inseridos no mesmo dinamismo do amor de Deus que identi-

fica o bem do ser humano, como valor absoluto. Estar na verdade significa

não separar-se de ninguém, mas ficar ao lado de todos, numa atitude de

amor que se transforma em serviço.” Padre Alberto está na página 3.

Lá de Ribeirão Preto, nosso caro amigo padre Gilberto Kasper, nos fa-

la sobre as indicações que Jesus nos faz e o serviço que nos comunica:

“Ele nos mostra o caminho a seguir, a verdade a buscar e a vida a defen-

der. A missão exige pessoas disponíveis, e os apóstolos não têm medo de

partilhar tarefas com gente disposta a assumi-la. Todos os fiéis formam,

assim, o povo constituído em torno de Cristo caminho, verdade e vida. Je-

sus é o caminho que conduz ao Pai, a verdade que veio do Pai e a vida do

Pai em nós”. A reflexão de padre Gilberto está na página 3.

Para iniciarmos nossa preparação para o próximo Domingo, o 6º da

Páscoa, trazemos para você a reflexão do padre Alberto Maggi—OSM,

apresenta-nos Jesus Amor, Jesus presença, Jesus Cuidador. Vale a pena

a leitura desta reflexão que está na página 4.

Com a coragem, o amor e entusiasmo de sempre, Papa Francis-

co durante encontro realizado na última semana encorajou os membros dos Institutos Seculares, leigos consagrados que, ao contrário dos religio-sos, levam uma vida secular, a serem “revolucionários nas sociedades e a estarem presentes no meio, onde se joga tudo: a política, a economia, a

educação, a família”. Leia a matéria completa na página 4.

Leonardo Boff, com toda profundidade que lhe é peculiar, fala-nos so-

bre Utopia num viés de resgate desta: “Não é verdade que vivemos tempos

pós-utópicos. Aceitar esta afirmação é mostrar uma representação reducio-

nista do ser humano. Ele não é apenas um dado que está ai fechado, vivo e

consciente, ao lado de outros seres. Ele é também um ser virtual. Esconde

dentro de si virtualidades ilimitadas que podem irromper e concretizar-se”.

Ele é um ser de desejo, portador do princípio esperança (Bloch), permanen-

temente insatisfeito e sempre buscando novas coisas. No fundo, ele é um

projeto infinito, à procura de um obscuro objeto que lhe seja adequado. Leia

o artigo completo na página 5.

Frei Betto, partindo da constatação de que: “Pais e educadores sabem

o quanto crianças e adolescentes, sem maturidade e discernimento, ficam

expostos à publicidade abusiva.” Fala-nos sobre o tema “Publicidade e

Crianças” alertando-nos para o “bombardeio” de propagandas sofrido por

nossas crianças: “Ídolos do esporte são usados em propaganda de bebidas

alcoólicas; alimentos com alto teor de gorduras saturadas são apresenta-

dos como sadios; guloseimas que provocam obesidade precoce aparecem

revestidas de embalagens sedutoras. Enquanto a família e a escola querem

formar cidadãos, a publicidade quer formar consumistas, considerando o

lucro do anunciante acima da preservação da saúde física e psíquica”. O

artigo está na página 5.

Refletindo sobre os dois eventos que marcarão o ano de 2014 no Bra-

sil: Copa do Mundo de Futebol e Eleições, Dom Walmor Oliveira de Aze-

vedo, Arcebispo de Belo Horizonte, chama nossa atenção para o descrédi-

to presente nas pessoas diante da classe política, que está aumentando o

distanciamento do povo de seus próprios interesses. Leia a reflexão de

Dom Walmor na página 6.

Na mesma página 6, você encontrará duas notícias sobre um mesmo

tema, mas que trata de dois homens distintos. Estamos falando dos pro-

cesso de Beatificação do Brasileiro Dom Luciano Mendes de Almeida,

iniciado pela Santa Sé na última semana, e do processo já em andamen-

to, mas que permaneceu estagnado durante muitos anos, do Salvadore-

nho Dom Oscar Romero. Acompanhe o andamento dos processo destes

dois importantes Cristãos da América Latina.

Buscando apoiar os Movimentos Sociais, Trabalhos de Pastorais e de-

mais eventos que contribuam com a Construção do Reino, o IPDM abre

espaço para divulgação de eventos em todas as regiões onde chega. Se vo-

cê deseja divulgar algum evento na sua região, envie-nos os dados e o di-

vulgaremos em nosso informativo. Esta divulgação, chamamos de

“Agenda Cidadã” acrescentando o nome da região. Neste número, divulga-

mos a “Agenda Cidadã da Zona Leste”. Veja quais são e agende sua parti-

cipação. Eles estão apontados na página 7.

Na página 8, você encontrara o convite para nosso “Encontro Geral

IPDM” que será realizado no próximo dia 24 de Maio, quando teremos en-

tre nós o querido amigo e irmão Dominicano Frei Carlos Josaphat. Nes-

te dia, estaremos meditando sobre os “Princípios da Identidade do IPDM”.

Você está convidado e será uma grande alegria recebe-lo em nossa casa.

Ainda nesta página, está nossa Agenda de Reuniões para 2014. A Co-

ordenação Ampliada do IPDM se reúne nos meses ímpares e os Padres,

Religiosos, Religiosas e Agentes de Pastoral nos meses pares. Vá até a pá-

gina 8 e veja os detalhes.

Desejando a todos ótima leitura, despedimo-nos com fraternal abraço.

Equipe de Produção

“Eu Sou o Caminho a Verdade e a Vida”

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Após três domingos em que os evangelhos nos faziam

um retrato do Ressuscitado, temos agora dois outros do-

mingos em que o evangelho de São João nos recorda a

missão cristã, que consiste em traduzir em nossas vidas o

agir do Cristo da Páscoa. Através do que chamamos de

discurso de despedida de Jesus (Jo 14-17), os cristãos de

ontem e de hoje são investidos do Espírito de Cristo e são

chamados a transformar o mundo. Nós somos imagens de

Cristo; somos a presença do Ressuscitado. Por isso, a Igre-

ja deve constantemente se adaptar às realidades do mun-

do; caso contrário, como podemos afirmar que Cristo está

vivo em seus discípulos hoje?

Mas, atenção! Esse discurso de despedida parece ter

sido pronunciado pelo próprio Jesus na noite da Quinta-

Feira Santa, durante a última ceia com seus discípulos,

exatamente antes da sua prisão e condenação... Mas, não

é o caso, porque o conteúdo desse discurso reflete a luz da

Páscoa. João o escreve muito tempo depois da Páscoa, e

não é Jesus quem fala, mas o Cristo vitorioso sobre a mor-

te, que continua sua ação, seu agir, através dos crentes da

comunidade de São João. Em outras palavras, as pergun-

tas feitas por Tomé e Filipe no evangelho de hoje são as

perguntas das primeiras comunidades que encontram difi-

culdades para crer na Ressurreição de Jesus e para com-

preender as implicações da Ressurreição em sua vida diá-

ria.

E para nós, que relemos esses relatos, que mensagens

podemos tirar para nós hoje?

1. Confiança

São João começa por tranquilizar os cristãos da sua

comunidade que sofrem perseguições e que esperam em

vão o retorno de Jesus em sua glória: “Não se perturbe o

vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim tam-

bém” (Jo 14,1). A morte não pode ser o fim de tudo; de sor-

te que, se Jesus morreu, portanto partiu, é para nos prepa-

rar um lugar na casa do Pai, e nessa casa do Pai há lugar

para todo o mundo. Lá, há lugar para todas e todos. Nin-

guém é excluído.

2. Pôr-se a caminho

Para chegar à casa do Pai basta simplesmente por-se

a caminho, sem saber para onde nos leva: “E para onde eu

vou, vós conheceis o caminho” (Jo 14,4). É muito estranho,

diz o exegeta francês Jean Debruynne: “Quando começa-

mos a preparar uma viagem, a primeira coisa que nos vem

ao espírito é: para onde vamos? E depois nos pergunta-

mos: como vamos até lá? Jesus, curiosamente, vem mudar

e inverter a lógica dada e os hábitos adquiridos. Esse texto

de São João revela que o importante não é saber para on-

de vamos ou o que é preciso dizer ou o que é preciso fazer

para ser fiel ao evangelho. Não! O texto de São João nos

diz que o evangelho é um caminho. E o que mais urge no

evangelho não é saber para onde vamos, mas colocar-se a

caminho. O urgente não é atingir o objetivo: o verdadeiro

objetivo é estar sempre a caminho”. É por isso que, à per-

gunta de Tomé: “Senhor, nós não sabemos para onde vais.

Como podemos conhecer o caminho?” (Jo 14,5), Jesus

simplesmente responde: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a

Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim” (Jo 14,5).

3. Um caminho a ser descoberto

O caminho não está traçado antecipadamente. Se esse

fosse o caso, seria um atentado à liberdade. É caminhando

que se descobre o caminho. Jean Debruynne continua:

“Para onde vão os cristãos? Eles, simplesmente, vão. Eles

caminham, eles estão no caminho, os de idade mais avan-

çada com os mais jovens e as crianças com os adultos. To-

das e todos estão a caminho. Cada qual com seu passo,

cada um com sua história, cada um com suas dúvidas e

questionamentos”. E é bem assim; porque se tivéssemos a

certeza de estar no caminho certo e a pretensão de conhe-

cê-los antecipadamente, nós adoeceríamos em nossas cer-

tezas, nos obstinaríamos em nossas verdades feitas e re-

cusaríamos a Liberdade. Debruynne escreve: “Quando os

caminhos já estão traçados, tornam-se rapidamente pri-

sões, porque não são mais que slogans, fanatismos, siste-

mas e doutrinas; esse caminho está traçado, mas o homem

perdeu sua humanidade, porque foi forçado a renunciar à

sua liberdade”.

4. Um caminho de Liberdade

No evangelho de São João, o caminho não é uma dou-

trina; é uma pessoa, é alguém, é o próprio Jesus. Nós,

seus discípulos, somos sua imagem, aqueles que garantem

sua presença hoje. Jean Debruynne continua: “Jesus disse

que é o caminho, a verdade e a vida. A aliança dessas três

palavras diz simplesmente que a verdade não pode ser

uma torre onde se isolar, nem uma cidadela a defender; a

verdade é um caminho, isto é, um percurso, um trajeto,

uma passagem aberta”. E eu acrescentaria: uma passagem

aberta na vida. É por isso que a Igreja deve sempre propor

esse caminho de Liberdade no qual se encontra uma multi-

dão de mulheres e homens, com sua história e realidade.

Não cabe, pois, à Igreja levantar muros para impedir algu-

mas pessoas de caminhar; cabe a ela, no entanto, construir

pontes para facilitar o acesso à estrada e para atravessar

as torrentes da vida. A Igreja não é dona da estrada; ela

deve ajudar as pessoas a caminhar e avançar.

À pergunta de Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso

nos basta!” (Jo 14,8), o Cristo ressuscitado se identifica

com o Pai: “Há tanto tempo estou convosco, e não me co-

nheces, Felipe? Quem me viu, viu o Pai” (Jo 14,9). “Como é

que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? Não acreditas que eu es-

tou no Pai e o Pai está em mim?” (Jo 14,10a). Esta palavra

do evangelho nos diz, portanto, que através do Cristo da

Páscoa é o próprio Deus que age (Jo 14,10b). E aí há uma

precisão importante do evangelista João sobre a palavra

dita e sobre a palavra que age. Podemos não acreditar nu-

ma palavra dita, mas devemos necessariamente acreditar

nos seus efeitos e nos seus resultados, e os efeitos da pa-

lavra que age são os próprios cristãos que se tornam os

sinais da presença do Ressuscitado em suas vidas, no ca-

minho da sua existência. O Jesus ressuscitado se dá a ver

para aqueles e aquelas que reali-

zam as mesmas obras que ele. E o

evangelho acrescenta: “Aquele que

acredita em mim fará as obras que

eu faço, e fará ainda maiores do

que estas. Pois eu vou para o

Pai” (Jo 14,12).

Se Jesus partiu e nós somos os sinais da sua presença

atuante na Igreja de hoje, não devemos ter medo de nos

adaptar às circunstâncias, às situações, às realidades e ao

tempo em que vivemos, a fim de responder às necessida-

des e às questões das mulheres e dos homens de hoje. Na

primeira leitura deste domingo, temos um belo exemplo de

adaptação e de ajustamento à causa dos acontecimentos

vividos na Igreja do primeiro século. Os discípulos de Jesus

aumentam em número e em diversidade, faltam ministros

para alimentá-los e reanimá-los. Os responsáveis, os Doze,

pois, convocam uma assembleia extraordinária e criam no-

vos ministérios para responder às novas necessidades das

comunidades cristãs. O que acontece hoje em nossa Igreja,

quando temos dificuldades para nos adaptar ao mundo pa-

ra responder às muitas dificuldades das nossas comunida-

des? Será que as regras e as doutrinas não estão sendo

mais importantes do que as pessoas? Há assunto para

muita reflexão!

Conclu-

indo, quando

Jesus disse,

no evange-

lho, que ele

é o caminho,

a verdade e

a vida (Jo

14,6), a ali-

ança dessas

três palavras

diz que a

verdade do

evangelho

não é uma

doutrina na

qual pode-

mos nos fe-

char, nem

um dogma a

defender; a

verdade é

um caminho,

um percur-

so, um trajeto, uma passagem aberta, na qual Cristo nos

encontra para nos transmitir sua vida de Ressuscita-

do. Jean Debruynne conclui: “Nós devemos caminhar sem-

pre independentemente da idade que tivermos... mesmo

quando as pernas não querem mais, os corações vão na

frente. Não há idade para trilhar o evangelho”.

No fim da última ceia, os discípulos começam a intuir que Jesus já não estará muito tempo com eles. A saída precipitada de Judas, o anúncio de que Pedro o negará brevemente, as palavras de Jesus falando da Sua próxima partida, deixaram todos desconcertados e abatidos. Que vai ser deles?

Jesus capta a sua tristeza e a sua perturbação. O Seu coração comove-se. Esquecendo-se de Si mesmo e do que o espera, Jesus trata de animá-los: “Que não se perturbe o vosso coração; acreditai em Deus e acreditai em Mim”. Mais tarde, no decurso da conversa, Jesus faz-lhes esta confissão: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai, senão por mim”. Nunca o deverão esquecer.

“Eu sou o caminho.” O problema de não poucos não é que vivam extraviados ou desen-caminhados. Simplesmente, vivem sem caminho, perdidos numa espécie de labirinto: an-dando e refazendo os mil caminhos que, de fora, lhes vão indicando os slogans e as modas do momento.

E, que pode fazer um homem ou uma mulher quando se encontra sem caminho? A quem se pode dirigir? Onde pode acudir? Se se aproxima de Jesus, o que encontrará não é

uma religião, mas um caminho. Às vezes, avançará com fé; outras vezes, encontrará difi-culdades; inclusive poderá retroceder, mas está no caminho correto que conduz ao Pai. Esta é a promessa de Jesus.

“Eu sou a verdade.” Estas palavras encerram um convite escandaloso aos ouvidos mo-dernos. Nem tudo se reduz à razão. A teoria científica não contém toda a verdade. O misté-rio último da realidade não se deixa apanhar pelas análises mais sofisticadas. O ser humano há de viver ante o mistério último da realidade.

Jesus apresenta-se como caminho que conduz e aproxima esse Mistério último. Deus não se impõe. Não força ninguém com provas nem evidências. O Mistério último é silêncio e atração respeitosos. Jesus é o caminho que nos pode abrir a sua Bondade.

“Eu sou a vida.” Jesus pode ir transformando a nossa vida. Não como o mestre longín-quo que deixou um legado de sabedoria admirável à humanidade, mas como alguém vivo que, a partir do mais profundo do nosso ser, nos infunde um germe de vida nova.

Esta ação de Jesus em nós se produz quase sempre de forma discreta e silenciosa. O mesmo crente apenas intui uma presença imperceptível. Às vezes, no entanto, invade-nos a certeza, a alegria incontida, a confiança total: Deus existe, nos ama, tudo é possível, inclusi-ve a vida eterna. Nunca entenderemos a fé cristã se não acolhermos a Jesus como o cami-nho, a verdade e a vida.

Em: eclesalia.wordpress.com

Padre José Antonio Pagola

Padre Raymond Gravel

5º Domingo da Páscoa - 18 de Maio de 2014 LITURGIA

LITURGIA

At 6, 1-7 32 (33) 1Pd 2, 4-9 Jo 14, 1-12

Em: www.ihu.unisinos.com.br

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São os últimos momentos que Jesus vive com seus discípulos. Jesus quer dar-lhes certezas e tranquilidade. Quer que eles consigam compreender um paradoxo: isto é, que sua morte não será uma perda

para eles, mas um ganho; que sua morte não será uma ausên-cia e sim uma presença ainda mais intensa. Portanto Jesus, que mal tinha terminado de anunciar aos discípulos perturba-dos a traição de Pedro e que sobre eles estaria para cair uma tremenda

tempestade, o próprio Jesus garante que Deus está com Ele.

Eis porque Jesus diz: “Tendes fé em Deus: tende fé em mim também”. E, depois, os tranquiliza sobre os efeitos da sua par-tida e continua dizendo que: “Na casa de meu Pai há muitas moradas”. Para entender estas palavras, é preciso deixar-se iluminar pelo versículo 23, quando Jesus dirá: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada”.

Não se trata aqui de uma morada perto do Pai, mas da mo-rada do Pai entre nós. Eis aqui a novidade, a grande novidade revelada por Jesus: não há mais necessidade de um santuário onde Deus se manifesta e sim, em cada pessoa que O acolhe, Deus se manifesta!

Portanto, o Deus de Jesus é um Deus que pede para ser acolhido a fim de se identificar com o ser humano e dilatar ne-le a capacidade de amar. Está aqui a morada de Deus! Mas, por que Jesus fala em “muitas moradas”? Porque Deus é Amor: o amor não pode se expressar e se manifestar em uma só forma, mas em muitas formas como múltiplas são as natu-rezas dos seres humanos e suas situações.

Depois Jesus renova o convite à serenidade dizendo que, onde Ele estiver eles também estarão, isto é, na esfera da di-mensão divina, na esfera do amor.

De repente, Jesus é interrompido por um dos discípulos, Tomé, que, pergunta: “Senhor, nós não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?”. “Para onde vais”: é um verbo que indica um caminho sem volta. Tomé não en-tende como a morte possa ter efeitos positivos.

E Jesus responde com uma afirmação solene, importante: “Eu sou...”, - portanto, reivindica a sua igualdade com Deus - “o Caminho”, isto é, caminho para algo mais, em outras pala-vras, “caminho” para “a Verdade”. Jesus não afirma de ter a verdade, não diz: “eu possuo a verdade” e sim “Eu Sou a Ver-dade”.

E não pede aos discípulos de possuir a verdade, mas de ser a verdade. A diferença é grande!

Quem afirma possuir a verdade, pelo fato de achar de pos-

suí-la, acredita ser o juiz de todos e condena todos aqueles quem não pensam como ele.

Estar na verdade significa estar inseridos no mesmo dina-mismo do amor de Deus que identifica o bem do ser humano, como valor absoluto. Estar na verdade significa não separar-se de ninguém, mas ficar ao lado de todos, numa atitude de amor que se transforma em serviço.

A verdade é um dinamismo divino que não pode expressar-se com formulas de doutrina, mas somente com uma oferta de amor e comunicação de obras de serviço.

E, para terminar, temos: “Eu sou a Vida”. Quem segue a Jesus neste caminho e é verdade como Ele é, chega à Vida in-destrutível, à plenitude da vida.

E depois Jesus diz aos discípulos: “Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai”.

Surpreende o fato que Jesus não diz “vão conhecê-lo no futuro”, mas Jesus afirma: ”desde agora o conheceis e o vis-tes”.

E depois Jesus diz aos discípulos: “Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai”. Surpreende o fato que Je-sus não diz “vão conhecê-lo no futuro”, mas Jesus afirma: ”desde agora o conheceis e o vistes”. Quando é que os discí-pulos viram e conheceram Jesus? No lava- pés. Jesus, que è a manifestação visível de Deus, mostrou quem é Deus: Amor que se faz serviço!

Então, quanto mais autêntica for a adesão a Jesus, fazendo da própria vida amor e serviço pelos outros, tanto maior será o conhecimento do Pai.

A esta altura, intervém outro discípulo, Filipe. Filipe não consegue entender como em Jesus possa manifestar-se Deus e, portanto, insiste: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos bas-ta!”. E eis aqui a importante revelação de Jesus: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai”.

Terminando o prólogo a este evangelho, João tinha feito uma importante declaração: “A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer”. O que significa tudo isso? Significa que, não Jesus é igual a Deus e sim que Deus é igual a Jesus. Em outras palavras, o evangelista nos convida a deixar de lado o que pensamos e sabemos de Deus, para concentrar a nossa atenção sobre Jesus. Tudo o que Jesus faz e diz, tudo isso é Deus!

Portanto, todas as ideias, as imagens, os pensamentos, os conhecimentos que temos sobre Deus e que não encontramos em Jesus, devemos eliminá-los, porque são incompletos ou falsos. Jesus fala muito claro: “Quem me viu, viu o Pai”. Quem é esse Pai que se manifesta em Jesus? Amor que se faz serviço, como aconteceu no lava-pés.

E Jesus, frente à incredulidade dos discípulos, acrescenta que, se não querem acreditar nas suas palavras, acreditem pelo menos “nas obras”! As obras – e as obras de Jesus são todas ações com as quais Ele comunica e enriquece a vida dos outros – são, portanto, o único critério de credibilidade.

E, no final, temos uma fórmula solene - como Amém, Amém - isto é: “Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço”. As obras de Jesus são todas elas comunicações de vida para os outros. Depois Jesus diz - e isso parece incrível - “e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai”. Como é possível fazer ações maiores daquelas que fez Jesus? Jesus não conseguiu dar uma resposta a todas as necessidades da humanidade! Então, é a comunidade dos discípulos que, em nome Dele, tem como único valor absoluto da sua própria existência - único e sagra-do - o bem do ser humano: uma comunidade que se coloca neste dinamismo do “ser Verdade”. Portanto, não se trata de ‘ter a verdade’ para julgar os outros, mas de “ser verdade” pa-ra se aproximar de todos. Se assim fizer, sem dúvida, será uma comunidade na qual a ação divina vai crescendo numa medida dinâmica, até trasbordar em favor dos outros. Tudo isso vai acontecer porque, diz Jesus: “eu vou para o Pai”. Quer dizer, Ele, junto do Pai, irá colaborar com os discípulos. Por-tanto Jesus dá esta certeza que a sua morte não será uma au-sência, mas uma presença ainda mais intensa e vivificante.

"Cantai ao Senhor um canto novo,

porque ele fez maravilhas e revelou

sua justiça diante das nações, aleluia!" (Sl 97,1s)

No Quinto Domingo do Tempo Pascal o Ressuscitado

apresenta-se como o caminho a ser seguido para chegar

ao Pai, a verdade que não escraviza nem ilude e a vida

que se doa plenamente a toda a humanidade. Ele nos

mostra o caminho a seguir, a verdade a buscar e a vida a

defender. A missão exige pessoas disponíveis, e os após-

tolos não têm medo de partilhar tarefas com gente dis-

posta a assumi-la. Todos os fiéis formam, assim, o povo

constituído em torno de Cristo caminho, verdade e vida.

Jesus é o caminho que conduz ao Pai, a verdade que veio

do Pai e a vida do Pai em nós. A comunidade, atenta às

necessidades, organiza os vários serviços para poder

manter-se atualizada. A comunidade é o sacramento vivo

da presença de Cristo. A mesa eucarística consolida nossa

inserção na vida de Cristo, pedra fundamental de toda

construção duradoura.

O Senhor nos convida a renovar nossa adesão a ele e

nosso desejo de comunhão e solidariedade de uns para

com os outros.

Jesus liberta o coração dos discípulos infundindo-lhes

confiança e segurança para a missão, pois ele é o Cami-

nho, a Verdade e a Vida. Como os discípulos, conhecemos

o caminho indicado por Jesus nossa opção radical pelo

Evangelho, renovada a cada momento. Jesus, presença

do Pai, nos impele a manifestar sua vida em plenitude

mediante a fé e o amor solidário.

Confiantes, deixemos que o Senhor oriente a nossa ca-

minhada, como fizeram os primeiros cristãos. Em Cristo

ressuscitado, pedra angular do edifício, somos escolhidos

e preciosos para Deus; mas também rejeitados, passa-

mos por provações. No caminho de Cristo, partilhamos

sua eleição, seu sofrimento para sermos uma nova e san-

ta morada de Deus. Pelo batismo, nos colocamos a servi-

ço do Reino, assumindo assim nosso ministério sacerdotal

na fidelidade a Deus.

Os batizados, pela regeneração e unção do Espírito

Santo, são consagrados como casa espiritual e sacerdócio

santo, para que por todas as obras do homem cristão ofe-

reçam sacrifícios espirituais e anunciem os poderes d'A-

quele que das trevas os chamou à sua admirável luz (cf.

1Pd 2,4-10). Por isso todos os discípulos de Cristo, perse-

verando em oração e louvando juntos a Deus (cf. At 2,42-

47), ofereçam-se como hóstia viva, santa, agradável a

Deus (cf. Rm 12,1). Por toda a parte dêem testemunho

de Cristo. E aos que o pedirem dêem as razões da sua

esperança da vida eterna (cf. 1Pd 3,15).

Os Apóstolos já não davam mais conta da Ação Querig-

mática, isto é, Anunciar a Boa Notícia do Ressuscitado!

Pediram que as Comunidades de Fé, Oração e Amor indi-

cassem os primeiros Diáconos! Escolheram "sete homens

de boa fama, repletos do Espírito e de sabedoria..." a fim

de colaborarem na construção da Igreja que Cristo so-

nhou para cada um de nós. Eis o segundo grau do Sacra-

mento da Ordem: O Diaconato! Como são importantes os

Diáconos em nossas Comunidades! Não se trata de subs-

titutos de Padres, antes devem além de suas funções pró-

prias que eu prefiro chamar de SERVIÇO: A Proclamação

da Palavra, A Preparação da Mesa Eucarística e a Distri-

buição da Sagrada Comunhão, especialmente aos Enfer-

mos e Idosos, a Promoção da Caridade no zelo para com

os mais pobres, as crianças e as viúvas, ser Homens for-

madores de Líderes nas Comunidades!

Tivemos a rica experiência de colaborar

na formação da Escola Diaconal São Lourenço da Diocese

de Blumenau (SC) sob a orientação do baluarte da Evan-

gelização no Brasil, Dom Angélico Sândalo Bernardino,

que dessa primeira turma ordenou 38 Diáconos Perma-

nentes, sempre sob a perspectiva de que fossem os gran-

des Formadores de Novas Lideranças na Igreja local. Des-

de que o Concílio Vaticano II resgatou o Diaconato Per-

manente, a Igreja tem zelado para que estes bons ho-

mens não sejam simplesmente "coroinhas ou substitutos

de Padres", mas sejam o Evangelho Vivido lá onde Bispos

e Padres não têm acesso.

Mas não somente os Ministros Ordenados têm a res-

ponsabilidade do Querigma. O Plano de Ação Pastoral da

Arquidiocese de Ribeirão Preto (2011-2015), à luz do Pro-

jeto de Ação Missionária - SIM - Ser Igreja em Missão,

recorrendo ao Documento de Aparecida e das Diretrizes

da Ação Pastoral de Evangelização no Brasil, da 52ª As-

sembleia Geral da CNBB, tem seu OBJETIVO GERAL que

conclama todos os batizados ao protagonismo da Evange-

lização, valorizando não somente Ministérios Ordenados,

porém todos os Ministérios que enriquecem a Igreja parti-

cular! “Comunidade de Comunidades: uma nova Paró-

quia”!

Nem sempre nossos irmãos menos evangelizados acei-

tam a ministerialidade não ordenada! Percebemos irmãos

que pulam a fila para evitar receber a Sagrada Comunhão

do Ministro Extraordinário, preferindo recebê-las das

mãos do padre. Outros exigem que seja o padre a assistir

ao seu matrimônio e não o diácono permanente. A dema-

siada clericalização de nossas Comunidades traz consigo

tais atitudes consequentes de ignorância, na maioria das

vezes sem maldade. Mesmo nos Conselhos que forma-

mos, ouvimos frequentemente expressões como: "Se o

Padre pedir, farei, do contrário não..." Gosto sempre de

pensar que precisamos caminhar com harmonia e muita

serenidade para uma Igreja realmente missionária e mi-

nisterial, o que exigirá de todos: clérigos ou não três ati-

tudes fundamentais: CONVERSÃO, COERÊNCIA e BOM

SENSO!

Padre Gilberto Kasper

Padre Alberto Maggi—OSM

Page 4: “Eu Sou o Caminho a Verdade e a Vida” - · PDF fileom os olhos fixos em Jesus Cristo -Caminho, Verdade e Vida– ... la sobre as indicações que Jesus nos faz e o ... “Não

Em: www. news.va

“Eu – iniciou Papa Francisco diante de mais de 200 participantes ao en-

contro organizado pela Conferência Italiana dos Institutos Seculares – escre-

vi um discurso para vocês, mas hoje aconteceu algo. É culpa minha, porque

quase dei duas audiências, não digo ao mesmo tempo, mas faltou pouco. Por

isso preferi entregar a vocês o discurso, porque lê-lo seria cansativo, e dizer-

lhes duas ou três coisinhas que talvez lhes ajudarão”.

Jorge Mario Bergoglio prosseguiu refletindo sobre a Constituição Apostó-

lica Provinda Mater Ecclesia, com a qual, em 1947, Pio XII criou

os Institutos Seculares (“As sociedades, clericais ou leigas, cujos membros,

para adquirir a perfeição cristã e exercer plenamente o apostolado, profes-

sam no século os conselhos evangélicos, para que se distingam convenien-

temente das outras associações comuns dos fiéis, receberão como nome

próprio o de Institutos ou Institutos Seculares, e se sujeitarão às normas

desta Constituição Apostólica”); segundo o Papa Francisco esta constituição

apostólica foi um “gesto revolucionário na Igreja. Os Institutos Seculares são

justamente um gesto de coragem da Igreja nesse momento; dar estrutura, dar

institucionalidade aos Institutos Seculares. E a partir daquele momento até

hoje é muito o bem que vocês fazem à Igreja, com coragem, porque se necessi-

ta de coragem para viver no mundo. Todos os dias, levar a vida de uma pes-

soa que vive no mundo, e ao mesmo tempo guardar a contemplação, esta di-

mensão contemplativa para o Senhor e também em relação com o mundo,

contemplar a realidade, como contemplar as belezas do mundo, e também os

grandes pecados da sociedade, os desvios, todas essas coisas, e sempre em

tensão espiritual... Por isso, sua vocação é fascinante, porque é uma vocação

que está justamente ali onde se joga a salvação não apenas das pessoas,

mas das instituições. E de muitas instituições leigas necessárias para o mun-

do. Por isso, eu penso assim, que com a Provida Mater Ecclesia a Igreja fez

um gesto verdadeiramente revolucionário”.

O Papa argentino também disse que espera que os consagrados leigos

conservem “sempre esta atitude de ir além, não apenas além, mas além e no

meio, ali onde se joga tudo: a política, a economia, a educação, a família... aí.

Talvez seja possível que vocês tenham a tentação de pensar: ‘Mas, o que eu

posso fazer?’ Quando esta tentação vier, lembrem-se que o Senhor nos falou

da semente do trigo”. Jorge Mario Bergoglio concluiu seu discurso exortando

a reler o capítulo 11 da Carta de São Paulo aos Hebreus e a não perder a

esperança: “Muito obrigado pelo que fazem na Igreja. Muito obrigado

pela oração e a ação. Muito obrigado pela esperança e não esqueçam,

eh: sejam revolucionários”.

Ao contrário, no discurso que entregou aos presentes, o Papa Francis-

co citou Paulo VI: “Não se salva o mundo de fora; é preciso, como o Ver-

bo de Deus que se fez homem,

mergulhar, em certa medida,

nas formas de vida daqueles

aos quais se quer levar a men-

sagem de Cristo, é preciso

compartilhar, sem marcar a

distância dos privilégios ou a

marca da linguagem incompre-

ensível, a vida comum, sempre

humana e honesta, a dos pe-

quenos especialmente, se qui-

sermos ser ouvidos e entendi-

dos”. Ao recordar a vocação pró-

pria dos Institutos Seculares de

“permanecer no mundo”, Bergoglio escreveu uma advertência: “Se isto não

acontece, se continuam distraídos, ou, pior ainda, não conhecem este

mundo contemporâneo, mas conhecem e frequentam só o mundo que

mais lhes apraz ou que mais lhes atrai, então se faz urgente uma con-

versão!”.

Discurso proferido durante encontro promovido pela Conferência Italiana dos Institutos Seculares

Em: www.studibiblici.it

Padre Alberto Maggi-OSM

Pela primeira vez, no Evangelho de João, Jesus pede amor para si mesmo.

Mas Ele faz isso somente depois de ter manifestado o máximo de sua capacida-

de de amar, fazendo-se serviço para os seus discípulos, lavando os pés deles.

Estamos no capítulo 14 do evangelho de João, versículo 15.

Jesus diz: “Se me amais” - portanto, pela primeira vez, pede amor para si

mesmo - “guardareis os meus mandamentos”. Existe um único mandamento

que Jesus deixou durante a última ceia, que é: amar-se uns aos outros como

Ele os amou, isto é, como Ele os serviu. Então Jesus diz: "Se me amais, sirvam-

se uns aos outros”.

Importante: não é amor que Jesus pede para si, mas a prova do amor para

com Jesus está no amor recíproco, que se faz serviço para os outros!

Como resposta a esse amor, Jesus anuncia que rogará ao Pai, “e Ele vos da-

rá um outro defensor”. A palavra grega é “Paráclito”. Palavra de difícil tradu-

ção na nossa língua e significa “aquele que vem em socorro, aquele que ajuda,

que defende”: "o defensor”. Não é um nome do Espírito, e sim sua tarefa. Jesus,

enquanto estava vivo, sempre garantiu exercer esta tarefa, como o Pastor que

protege os seus e está pronto para dar a vida. Agora, porém que está para ir

embora, no lugar Dele ficará o Seu Espirito.

Isso vai resultar numa vantagem! De fato, Jesus diz: “para que permaneça

sempre convosco”.

Enquanto Jesus não poderia estar sempre com os seus discípulos, o Seu Es-

pírito estará sempre em sua comunidade. O fato que Ele permaneça para sem-

pre significa que a ação do Espírito não intervém nas situações de emergência

ou nos momentos de perigo, mas os antecipa. E isso dá à comunidade cristã

total segurança e serenidade. Jesus define este Espírito “o Espírito da Verdade"

- a verdade é o amor que se faz serviço – “que o mundo não é capaz de receber”.

O mundo é o sistema de poder que é incompatível com o amor que se faz ser-

viço. De fato, afirma Jesus “porque não o vê nem o conhece”. Neste evangelho,

os que não conhecem Jesus, os que não conhecem o Pai, são as autoridades

religiosas. Quem vive no âmbito do poder não pode nem minimamente enten-

der o que significa o amor que se faz serviço. E Deus é isso!

“Vós o conheceis, porque ele permanece junto de vós”. O evangelista usa o

mesmo verbo do Espírito que permanece sobre Jesus. “E estará dentro de vós”.

Como o Espírito permanece em Jesus, assim esse Espírito permanece na co-

munidade dos discípulos. Depois Jesus dá segurança - está

anunciando a sua morte - “Não vos deixarei órfãos. Eu virei a

vós”. A sua morte não será uma ausência e sim uma presença

ainda mais intensa. “Pouco tempo ainda, e o mundo não mais me verá” - o

mundo do poder não o poderá mais ver fisicamente - “mas vós me vereis”. O

que significa isso? A sintonia com a vida de Jesus O torna presente, vivo e vivi-

ficante dentro da sua comunidade. “Porque eu vivo e vós vivereis”. Quem, em

sua vida, alimenta os outros, vai experimentar sempre a presença de Quem se

fez pão de vida para alimentar os seus. “Naquele dia” - o dia de sua morte e o

dia da efusão do Espírito - “sabereis que eu estou no meu Pai” - na plenitude

da condição divina - “e vós em mim e eu em vós”.

E assim se realiza o que, desde sempre, o evangelista tinha anunciado: Deus

é amor que pede ser acolhido para unir-se com os seres humanos e ampliar ne-

les a capacidade de amor, de modo que a comunidade se torne o único santuá-

rio visível, no qual se irradia o amor de Deus. Na comunidade dos fiéis, Deus

assume o rosto humano e os homens assumem a rosto divino.

E Jesus conclui: “Quem acolheu os meus mandamentos” - sublinha que são

os seus mandamentos e não os de Moisés. E o único mandamento e as atua-

ções práticas deste único mandamento do amor que faz o serviço, para Jesus

são importantes como os mandamentos de Moisés. “E os observa, esse me

ama”.

Portanto, o amor para com Jesus não é dirigido à sua pessoa, mas é voltado

para os outros na prática dos seus mandamentos, ou seja, na adesão total aos

mesmos valores de Jesus. Quanto mais os homens são humanos, tanto mais

permitirão ao divino de aflorar neles. Essa é a sintonia do amor de Deus com

os humanos e dos humanos com Deus

E, finalmente, a conclusão: "Ora, quem me ama, será amado por meu Pai, e

eu o amarei e me manifestarei a ele”. Portanto Jesus confirma que, se houver

esse dinamismo de um amor recebido que se transforma em amor comunicado,

a comunidade se torna o único santuário no qual se manifesta o amor do Pai.

Quanto maior será a resposta do ser humano na pratica do amor para com os

outros, tanto maior será a resposta do Pai, com uma nova efusão do Espírito e

com sempre renovadas capacidades de amar.

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ARTIGOS—OPINIÕES

Não é verdade que vivemos tempos pós-utópicos. Acei-

tar esta afirmação é mostrar uma representação reducio-

nista do ser humano. Ele não é apenas um dado que está ai fechado, vivo e

consciente, ao lado de outros seres. Ele é também um ser virtual. Esconde den-

tro de si virtualidades ilimitadas que podem irromper e concretizar-se. Ele é um

ser de desejo, portador do princípio esperança (Bloch), permanentemente insa-

tisfeito e sempre buscando novas coisas. No fundo, ele é um projeto infinito, à

procura de um obscuro objeto que lhe seja adequado.

É desse transfundo virtual que nascem os sonhos, os pequenos e grandes

projetos e as utopias mínimas e máximas. Sem elas, o ser humano não veria

sentido em sua vida e tudo seria cinzento. Uma sociedade sem uma utopia dei-

xaria de ser sociedade, lhe faltaria um fator de coesão interna, um rumo definido

pois afundaria no pântano dos interesses individuais ou corporativos. O que en-

trou em crise não são as utopias, mas certo tipo de utopia, as utopias maxima-

listas vindas do passado.

Os últimos séculos foram dominados por utopias maximalistas. A utopia ilu-

minista que universalizaria o império da razão contra todos os tradicionalismos

e autoritarismos. A utopia industrialista de transformar as sociedades com pro-

dutos tirados da natureza e da invenções técnicas. A utopia capitalista de levar

progresso e riqueza para todo mundo. A utopia socialista de gerar sociedades

igualitárias e sem classes. As utopias nacionalistas sob a forma do nazi fascismo

que, a partir de uma nação poderosa, de "raça pura”, redesenharia a humanida-

de, impondo-se a todo mundo. Atualmente a utopia da saúde total, gestando as

condições higiênicas e medicinais que visam a imortalidade biológica ou o pro-

longamento da vida até a idade das células (cerca de 130 anos). A utopia de um

único mundo globalizado sob a égide da economia de mercado e da democracia

liberal. A utopia de ambientalistas radicais que sonham com uma Terra virgem e

o ser humano totalmente integrado nela.

Essas são as utopias maximalistas. Propunham o máximo. Muitas deles fo-

ram impostas com violência ou geraram violência contra seus opositores. Temos

hoje distância temporal suficiente para nos confirmar que estas utopias maxi-

malistas frustraram o ser humano. Entraram em crise e perderam seu fascínio.

Daí falarmos de tempos pós-utópicos. Mas o pós se refere a este tipo de utopia

maximalista. Elas deixaram um rastro de decepção e de depressão, especialmen-

te, a utopia da revolução absoluta dos anos 60-70 do século passado como a

cultura hippie e seus derivados.

Mas a utopia permanece porque pertence ao ânimo humano. Hoje a busca se

orienta pelas utopias minimalistas, aquelas que, no dizer de Paulo Freire, reali-

zam o "possível viável” e fazem a sociedade "menos malvada e tornam menos di-

fícil o amor”. Nota-se por todas as partes a urgência latente de utopias do sim-

ples melhoramento do mundo. Tudo o que nos entra pela muitas janelas de in-

formação nos levam a sentir: assim como o mundo está não pode continuar.

Mudar e se não der, ao menos melhorar.

Não pode continuar a absurda acumulação de riqueza como jamais houve na

história (85 mais ricos possuem rendas correspondentes a 3,57 bilhões de pes-

soas, como denunciava a ONG Oxfam intermón em janeiro deste ano em Davos).

Para esses, o sistema econômico-financeiro não está em crise; ao contrário, ofe-

rece chances de acumulação como nunca antes na história devastadora do capi-

talismo. Há que se pôr um freio à ferocidade produtivista que assalta os bens e

serviços da natureza em vista da acumulação, produz gases de efeito estufa que

alimenta o aquecimento global. Se não for detido, poderá produzir um armage-

don ecológico.

As utopias minimalistas, a bem da verdade, são aquelas que vêm sendo im-

plementadas pelo governo atual do PT e seus aliados com base popular: garantir

que o povo coma duas ou três vezes ao dia, pois o primeiro dever de um Estado

é garantir a vida dos cidadãos; isso não é assistencialismo mas humanitarismo

em grau zero. São os projeto "minha casa-minha vida”, "luz para todos”, o au-

mento significativo do salário mínimo, o "ProUni” que permite o acesso aos estu-

dos superiores a estudantes socialmente menos favorecidos, os "pontos de cul-

tura” e outros projetos populares que não cabe aqui elencar.

Na perspectiva das grandes maiorias, são verdadeiras utopias mínimas

viáveis: receber um salário que atenda às necessidades da família, ter aces-

so à saúde, mandar os filhos à escola, conseguir um transporte coletivo que

não lhe tire tanto tempo de vida, contar com serviços sanitários básicos,

dispor de lugares de lazer e de cultura e com uma aposentadoria digna para

enfrentar os achaques da velhice.

A consecução destas utopias mínimas cria a base para utopias mais altas:

que tenhamos uma verdadeira democracia participativa de base popular,

aspirar que os povos se abracem na fraternidade, que não se guerreiem, se

unam todos para preservar este pequeno e belo planeta Terra, sem o qual

nenhuma utopia máxima ou mínima pode ser projetada. O primeiro ofício

do ser humano é viver livre de necessidades e gozar um pouco do reino da

liberdade. E por fim poder dizer: "valeu a pena”.

Leonardo Boff

Em: www.adital.com.br

Poucos se deram conta de que, a 4 de abril deste ano, a

presidente Dilma assinou a Resolução 163/2014, do Conse-

lho Nacional da Criança e do Adolescente (Conanda), que pro-

íbe publicidade abusiva direcionada a crianças e adolescentes.

Como alertou o jurista Dalmo Dallari, preservou-se o direito constitucional

de liberdade de expressão. Limitou-se, porém, o de liberdade de comércio, que

deve ser restrito quando ameaça direitos humanos.

Pais e educadores sabem o quanto crianças e adolescentes, sem maturidade

e discernimento, ficam expostos à publicidade abusiva. Ídolos do esporte são

usados em propaganda de bebidas alcoólicas; alimentos com alto teor de gordu-

ras saturadas são apresentados como sadios; guloseimas que provocam obesida-

de precoce aparecem revestidas de embalagens sedutoras.

Enquanto a família e a escola querem formar cidadãos, a publicidade quer

formar consumistas, considerando o lucro do anunciante acima da preservação

da saúde física e psíquica.

Estudos demonstram que crianças e adolescentes aderem às drogas por

transferirem para a TV e a internet seu universo onírico. Os sonhos químicos

tentam preencher o vazio da mente que não exauriu a fantasia no período da in-

fância.

A Constituição brasileira dispõe no artigo 227: "É dever da família, da socie-

dade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade,

o direito à vida (...), à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivên-

cia familiar e comunitária, além de colocá-las a salvo de toda forma de negligên-

cia, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.

A aprovação da Resolução foi uma vitória do Conanda e, em especial, do Ins-

tituto Alana que, há anos, luta em prol dos direitos desse amplo e frágil segmen-

to populacional com idade inferior a 18 anos.

Por força de lei, agora estão proibidas no Brasil publicidade e comunicação

mercadológica com intenção de persuadir crianças ao consumo de qualquer pro-

duto ou serviço, utilizando-se de "linguagem infantil, efeitos especiais e excesso

de cores; trilhas sonoras de músicas infantis ou cantadas por vozes de criança;

representação de criança; pessoas ou celebridades com apelo ao público infantil;

personagens ou apresentadores infantis; desenho animado ou de animação; bo-

necos ou similares; promoção com distribuição de prêmios ou de brindes colecio-

náveis ou com apelos ao público infantil; e promoção com competições ou jogos

com apelo ao público infantil.”

Nenhum dos recursos acima elencados pode mais ser utilizado "em eventos,

espaços públicos, páginas de internet, canais televisivos, em qualquer horário,

por meio de qualquer suporte ou mídia, seja de produtos ou serviços relaciona-

dos à infância ou relacionados ao público adolescente e adulto.”

A lei proíbe também abusiva "publicidade e comunicação mercadológica no

interior de creches e das instituições escolares da educação infantil e fundamen-

tal, inclusive em seus uniformes escolares ou materiais didáticos.”

Tais medidas de proteção da criança e do adolescente "não se aplicam às

campanhas de utilidade pública que não configurem estratégia publicitária refe-

rente a informações sobre boa alimentação, segurança, educação, saúde, entre

outros itens relativos ao melhor desenvolvimento da criança no meio social.”

O objetivo da lei promulgada pela presidente é assegurar o "respeito à digni-

dade da pessoa humana, à intimidade, ao interesse social, às instituições e sím-

bolos nacionais; atenção e cuidado especial às características psicológicas do

adolescente e sua condição de pessoa em desenvolvimento; não permitir que a

influência do anúncio leve o adolescente a constranger seus responsáveis ou a

conduzi-los a uma posição socialmente inferior; não favorecer ou estimular qual-

quer espécie de

ofensa ou discri-

minação de gêne-

ro, orientação se-

xual e identidade

de gênero, racial,

social, política,

religiosa ou de

nacionalidade;

não induzir,

mesmo implicita-

mente, sentimen-

to de inferiorida-

de no adolescen-

te, caso este não

consuma determinado produto ou serviço; não induzir, favorecer, enaltecer ou

estimular de qualquer forma atividades ilegais, a qualquer espécie de violência, a

qualquer forma de degradação do meio ambiente; e primar por uma apresenta-

ção verdadeira do produto ou serviço oferecido, esclarecendo sobre suas caracte-

rísticas e funcionamento, considerando especialmente as características peculia-

res do público-alvo a que se destina.”

Resta, agora, estabelecer as punições adequadas a quem insistir em transfor-

mar, através da hipnose eletrônica, futuros cidadãos em precoces consumistas.

Frei Betto

Em: www.fteixeira-dialogos.blogspot.com.br

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A arquidiocese de Mariana (MG) divulgou ontem, dia 13,

comunicado da Congregação para a Causa dos Santos

sobre o processo de beatificação de dom Luciano Mendes

de Almeida. “Por parte da Santa Sé, não há nada que im-

peça, para que se inicie a Causa de Beatificação e Canoni-

zação de Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida”, infor-

ma a Congregação. A solicitação de abertura do processo

foi feita pelo arcebispo local, dom Geraldo Lyrio Rocha,

que poderá instituir o Tribunal que levará adiante o processo.

Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida foi arcebispo

de Mariana de 1988 a 2006, quando faleceu aos 75 anos.

O arcebispo, da Companhia de Jesus, foi secretário geral (de 1979 a 1986) e presidente

(de 1987 a 1994) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por dois man-

datos consecutivos.

Em nota publicada em 2006 sobre dom Luciano, a Presidência da CNBB destacou

entre as marcas que deixou na instituição o dinamismo, a inteligência privilegiada, a de-

dicação incansável e o testemunho de amor à Igreja.

De origem fluminense, dom Luciano nasceu em 5 de outubro de 1930. Doutor em Filoso-

fia, foi membro do Conselho Permanente da CNBB de 1987 até o ano de sua morte.

Também atuou na Pontifícia Comissão Justiça e Paz, foi vice-presidente do Conselho

Episcopal Latino-americano (Celam) e presidente da Comissão Episcopal do Mutirão pa-

ra a Superação da Miséria e da Fome.

Durante quase duas décadas à frente da arquidiocese de Mariana (MG), o bispo deu for-

te impulso pastoral àquela Igreja particular, onde a organizou em cinco Regiões Pasto-

rais. Deu atenção à formação permanente do clero, à realização de assembleias pasto-

rais e à reestruturação de conselhos arquidiocesanos. Também organizou pastorais, reli-

giosos, processos formativos do Seminário Arquidiocesano e obras sociais, além do in-

vestimento na capacitação e participação dos leigos e na preservação das Igrejas históricas.

Romero, arcebispo de San Salvador, foi morto a tiros

em 24-03-1980 enquanto celebrava missa um dia após ter

feito uma homilia em que convidou os soldados para para-

rem de apoiar a repressão do governo e acabarem com as

violações dos direitos humanos.

O Papa João Paulo II deu-lhe o título de “servo de Deus”

em 1997, quando o caso para a sua canonização se inici-

ou. Porém, este processo ficou parado durante o papado

de Bento XVI devido às preocupações de

que Romero estava demasiado próximo da Teologia da

Libertação, movimento que João Paulo e Bento XVI passaram anos tentando reprimir.

Francisco reviveu a causa logo após ser eleito no ano passado, e vários relatos em

diferentes línguas sugeriram que as autoridades eclesiais estavam prontos para beatifi-

car o religioso, colocando-o um passo adiante no sentido da santidade.

Um destes disse que a igreja salvadorenha irá fazer um pronunciamento no dia 18 de

maio sobre o progresso do caso Oscar Romero; o bispo auxiliar Gregório Rosa Chavez,

de San Salvador, previu “notícias muito boas”.

Nesta quinta-feira, porém, o padre jesuíta Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano,

disse que não viu nada que indicasse estar o Papa Francisco levando adiante o proces-

so.

“Não tenho nada a declarar”, disse Lombardi em entrevista. “Para a beatificação, nor-

malmente é preciso haver provas de um milagre. Ele poderia ser considerado um mártir

(e ser beatificado sem um milagre), mas isso iria exigir um decreto do Papa Francisco

relativo a seu martírio. Eu não vi isso ainda. Espero que esta causa continue”.

Para que uma pessoa seja elevada à santidade, em geral a Igreja Católica exige o re-

conhecimento de um milagre para beatificação, quando ele ou ela é considerado “beato

ou beata”. Um segundo milagre é normalmente exigido para a canonização.

No caso dos mártires, o papa pode baixar um decreto ignorando o primeiro milagre,

no qual a Igreja reconhece um ato de caridade heroica onde alguém deu sua vida pela

fé.

As especulações aumentaram depois que uma delegação de quatro bispos, liderados

por Dom José Luis Escobar Alas, de San Salvador, se reuniu com o papa para lhe entre-

gar uma carta enviada assinada por todos os bispos salvadorenhos em apoio à canoni-

zação.

O Vaticano confirmou que Francisco recebeu a delegação, mas não deu mais deta-

lhes. O cardeal Angelo Amato, líder da Congregação para as Causas dos Santos, não

estava disponível para comentar o assunto na quinta-feira.

Em abril de 2013, Dom Vincenzo Paglia, presidente do Pontifício Conselho para a Fa-

mília e responsável pela causa de Dom Oscar Romero, disse que foi reaberto o proces-

so de beatificação e, talvez, canonização do arcebispo salvadorenho assassinado.

Paglia fez o anúncio durante uma homilia poucas horas depois de uma reunião com o

Papa Francisco. Não dando mais detalhes, disse aos jornalistas que não seriam feitos

posteriores comentários até que haja algo “concreto” a informar. Em: www.ihu.unisinos.br

Dom Walmor Oliveira de Azevedo

A Copa do Mundo deste ano pode se tornar um dos

mais significativos momentos da história sociopolítica do

Brasil. O discurso que se ouviu nas ruas, em junho do ano

passado, foi um sinal, obviamente com a recusa radical

dos lamentáveis episódios de vandalismo, violência e

atentados contra o patrimônio público. Historicamente, a

sociedade brasileira sempre viveu o tempo da Copa do

Mundo simplesmente como momento de euforia e diverti-

mento. Essa paixão esportiva nacional, com sua força

educativa e o gosto gostoso que o futebol dá à vida dos

torcedores, indica que é preciso conciliar euforia e diverti-

mento com o viés político e social.

Os fantasmas e ameaças do vandalismo não podem

atropelar a oportunidade cidadã de jogarmos pela vida. O

coração apaixonado do torcedor, seu sentimento de per-

tença à pátria, tem agora a oportunidade de agregar en-

tendimentos, discussões, análises e posturas que nos le-

vem não só a vencer no esporte, mas, sobretudo, contri-

buam para o crescimento da consciência cidadã. O cená-

rio político, com a singularidade deste ano eleitoral, preci-

sa ser iluminado pela atenção especial que uma Copa do

Mundo mobiliza. Não permitir qualquer tipo de violência é

de suma importância para que manifestações, debates,

discussões e outras condutas cidadãs promovam mudan-

ças nos abomináveis cenários de corrupção, exclusão so-

cial e desrespeitos à dignidade da pessoa.

Pessimismo, vandalismos e até mesmo torcida para

que a Copa não dê certo enfraquecerão essa oportunida-

de de crescimento qualificado da consciência política dos

cidadãos brasileiros. É importante tratar adequadamente

esse evento para que as eleições não representem ape-

nas um voto dado, mas uma postura com força de trans-

formações em vista de novos cenários. É hora de qualifi-

car a participação política, que não pode se restringir aos

atos formais de votar ou de se reunir em associações co-

munitárias, sindicatos e partidos políticos, mas também

inclui a participação e presença nos espaços definidos pe-

la democracia represen-

tativa. Esta é a oportuni-

dade para o fortaleci-

mento da competência

na defesa dos valores

éticos, da inviolabilidade

da vida humana, da pro-

moção e resgate da uni-

dade e estabilidade da

família, do direito dos

pais a educar seus fi-

lhos, da justiça e da paz,

da democracia e do bem

comum.

A Conferência Nacional

dos Bispos do Brasil

(CNBB) se posiciona

neste momento político

por meio de importante

manifesto intitulado

“Pensando o Brasil: de-

safios diante das eleições 2014”. Nessa mensagem,

aprovada durante sua 52ª Assembleia Geral, afirma que é

indispensável combater a corrupção sistêmica e endêmi-

ca, invisível e refinada, presente em práticas políticas e no

mundo daqueles que exercem o po-

der econômico, causando desigual-

dades, aumentando custos e sobre-

carregando os destinos da nação. Cada dia se torna mais

urgente a reforma política, lamentavelmente não desejada

pelos que podem levá-la adiante. Este ano eleitoral, por-

tanto, é oportunidade de checar quem tem condições e

vontade política de promover essa indispensável reforma,

viabilizando uma série de outras mudanças em vista da

edificação de uma sociedade mais justa.

Na mensagem, a Conferência Nacional dos Bispos do

Brasil sublinha que “pesquisas têm indicado uma baixa

confiança da população nos poderes instituídos da Repú-

blica. Duvida-se da honestidade de todos os políticos.

Desconfia-se da existência dos programas partidários.

Mesmo havendo tais programas, não se acredita que os

políticos sejam fiéis a eles. Com frequência, esse clima

tem levado o cidadão à sensação de que votar não adian-

ta nada e de que a participação política é inútil. Tal atitu-

de, porém, gera um círculo vicioso: o cidadão não partici-

pa porque as estruturas do País não correspondem aos

interesses do povo; no entanto, tais estruturas não vão

mudar sem sua participação. É necessário evitar, a todo

custo, o desalento e encontrar oportunidades de agir em

favor de mudanças consideradas como necessárias”. As-

sim, é importante usufruir bem desta oportunidade da Co-

pa do Mundo para que sejam promovidas transformações,

alcançadas respostas adequadas e se possa engrossar

as fileiras dos que, em todos os campos, efetivamente jo-

gam pela vida.

Em: www.arquidiocesebh.org.br

“...pesquisas têm

indicado uma baixa

confiança da

população nos

poderes instituídos

da República.

Duvida-se da

honestidade de

todos os políticos.

Desconfia-se da

existência dos

programas

partidários”.

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Quem é Jesus de Nazaré: «Um profeta poderoso em ação e palavras, diante de Deus e de todo o povo". (Lc 24,19)

Dia: 20 de Maio de 2014 - Terça-Feira às 19h30

Reunião sobre Políticas Culturais para a Zona Leste

Local: Salão da Igreja São Francisco de Assis - Rua Miguel Rachid, 997—Ermelino Matarazzo

Maiores informações com Luis: 97194-4426 ou Tião Soares: 97995-5230

Quantos pontos de Cultura queremos na Zona Leste? Vamos conquistar juntos!

Dia: 28 de Maio de 2014 - Quarta-Feira às 14h00

Reunião dos Grupos de Terceira Idade da Zona Leste

Local: CRI de São Miguel Paulista - Em Frente a Praça do Forró - São Miguel Paulista

Maiores informações com Maria do Carmo: 2943-2277

Dia: 05 de Junho de 2014 - Quinta-Feira às 9h00

Reunião pelas Urgentes Melhorias na Segurança Pública

Local: Casa da Terceira Idade Tereza Bugolin - Rua Primavera da Vida, 1-B - Ermelino Matarazzo

Ao lado da Igreja São Francisco de Assis

As mudanças sempre vêm do Povo consciente, organizado e participativo.

Dia: 10 de Junho de 2014 - Terça-Feira às 9h00

Reunião pelas Melhorias na Saúde da Zona Leste

e entrega das Cadeiras de Rodas Motorizadas

Local: Salão da Igreja São Francisco de Assis - Rua Miguel Rachid, 997—Ermelino Matarazzo

Só há vitória com luta e perseverança. Vamos lutar juntos!

Dia: 13 de Junho de 2014 - Sexta-Feira às 19h00

Grande Ato pela Implantação da Universidade Federal da Zona Leste

Local: Salão da Igreja São Francisco de Assis - Rua Miguel Rachid, 997—Ermelino Matarazzo

Depois de 7 anos de lutas não podemos ficar de braços cruzados. Tudo parou! Por que parou?

Só temos um caminho: PRESSIONAR 24 HORAS POR DIA. Só peixe morto desce a correnteza.

Governo é como feijão só funciona na pressão.

Divulgue esta luta pela UNIVERSIDADE FEDERAL DA ZL e venha participar. Ela é também é sua.

Maiores informações com Luis: 97194-4426

Dia: 09 de Agosto de 2014 - Sábado às 9h30

2º Seminário do Patrimônio Histórico e Cultural da Zoda Leste

Local: Centro Cultural Penha—Teatro Martins Penna

Urgente Recuperação do Patrimônio Histórico da Zona Leste -Projetos, Custos—Prazos e Soluções

Sítio Mirim - Fazenda Biacica - Capela da Penha - Fábrica Matarazzo -

Vamos lutar juntos pela preservação do nosso Patrimônio Histórico.

Não somos um povo sem História.

Maiores informações com Danilo: 96924-5693 / Tião Soares: 97995-5230 / Patrícia e Júlio

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Maiores informações podem ser obtidas com: Irmã Aline: [email protected] - Eduardo: [email protected]

Rafaela: [email protected] - Professor Waldir: [email protected]

Com o Dominicano, Doutor em Teologia, Escritor e Professor Emérito da

Universidade de Friburgo

(Lc 24, 29)

Av. Maria Luiza Americano, 1500—Cidade Líder—São Paulo—SP

COORDENAÇÃO AMPLIADA

A Coordenação Ampliada do IPDM reunir -se-á com todos os seus membros às 20h00 de todas as

Terceiras Terças-Feiras dos meses ímpares ou em caráter extraordinário quando for necessário.

A agenda para o ano de 2014 obedecerá as seguintes datas:

20 de Maio - 22 de Julho - 16 de Setembro - 18 de Novembro

As reuniões da Coordenação Ampliada serão realizadas na

Paróquia São Francisco de Assis da Vila Guilhermina

Praça Porto Ferreira, 48 - Próximo ao Metro Guilhermina - Esperança

Nossas reuniões são abertas e todos os que desejarem dela participar serão muito bem vindos.

PADRES - RELIGIOSOS - RELIGIOSAS - AGENTES DE PASTORAL

As reuniões com Padres, Religiosos, Religiosas e Agentes de Pastoral serão realizadas sempre às 9h30 das últimas

Sextas-Feiras dos meses pares ou em caráter extraordinário quando se fizer necessário.

Durante o ano de 2014, as reuniões se darão nas seguintes datas:

27 de Junho - 29 de Agosto - 31 de Outubro

As reuniões dom Padres, Religiosos, Religiosas e Agentes de Pastoral serão realizadas na

Paróquia Nossa Senhora do Carmo de Itaquera

Nas dependências do Centro Itaquerense de Famílias Amigas—CIFA

Rua Flores do Piauí, 182 - Centro de Itaquera

COORDENÇÃO AMPLIADA

PADRES - RELIGIOSOS - RELIGIOSAS - AGENTES DE PASTORAL

Reunião Unificada e Confraternização no dia

02 de Dezembro

Maiores informações em breve.