a questão ambiental e as empresas

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 A QUESTÃO A MBIENTAL E AS EMPRESAS

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Entidades Integrantes do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae

Associação Brasileira dos Sebraes Estaduais – AbaseAssociação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Industriais – AnpeiAssociação Nacional das Entidades Promotoras de Empreendimentos de TecnologiasAvançadas – Anprotec

Confederação das Associações Comerciais do Brasil – CACBConfederação Nacional da Agricultura – CNAConfederação Nacional do Comércio – CNCConfederação Nacional da Indústria – CNIMinistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDICAssociação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento – ABDEBanco do Brasil S.A. – BBBanco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDESCaixa Econômica Federal – CEFFinanciadora de Estudos e Projetos – Finep

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 A QUESTÃO AMBIENTALE AS EMPRESAS

Brasília, 2004

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® 2004, Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

Todos os direitos reservados.A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dosdireitos autorais (Lei nº 9.610)4ª edição (revisada)

1ª impressão (2004): 3.000 exemplares

Distribuição e informações:  Sebrae

SEPN Quadra 515, Bloco C, loja 32 – CEP 70770-900 – Brasília, DFTelefone (61) 348 7100 - Fax (61) 347 4120Internet http://www.sebrae.com.br 

Sebrae/DFSIA Techo 3, lote 1.580 – CEP 71200-030 – Brasília, DFTelefone (61) 362 1600Internet http://www.df.sebrae.com.br 

  E-mail [email protected] 

  Equipe TécnicaNewton de CastroArnaldo Augusto SettiAntonio de Souza GorgonioJames Hilton ReebergSueli Correa de Faria

CapaD&M Comunicação

Projeto gráfico e editoração eletrônica

Marcus Vinícius Mota de Araújo  Revisão ortográfica  Mário MacielIlustração  Estefânia F. C. Montiel

Esta publicação faz parte do Programa Sebrae de Gestão Ambiental.

A questão ambiental e as empresas – Brasília: Sebrae, 4ªedição, 2004129 p. (Meio ambiente e a pequena empresa)

 ISBN 85-7333-163-1

 1. ISO 14001 2. Gestão ambiental I. Sebrae.

CDU 658:504.3

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SUMÁRIOAPRESENTAÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

PREFÁCIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

1 AS QUESTÕES GLOBAIS NO MEIO AMBIENTE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

2 O BRASIL E OS TEMAS AMBIENTAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

3 AS ATIVIDADES EMPRESARIAIS E SEUS EFEITOS AMBIENTAIS . . . . . . . . . . 37

4 AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS E O MEIO AMBIENTE . . . . . . . . . . . . 45

5 A GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA E A PEQUENA EMPRESA . . . . . . . . . . . . . 516 AS NORMAS ISO 14000 E AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS . . . . . . . 55

7 O MEIO AMBIENTE E AS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS. . . . . . . . . . . . . 63

8 OS CINCO MENOS QUE SÃO MAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

BIBLIOGRAFIA INDICADA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81

ANEXOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87

ANEXO I – RELAÇÃO DA PRINCIPAL LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA VINCULADA ÀS ATIVIDADES EMPRESARIAIS . . . . . . . . . . . . . . 89

ANEXO II – NBR ISO DIS 14001/2003 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95

ANEXO III – DECLARAÇÃO DO RIO SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO (CARTA DA TERRA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107

ANEXO IV – CARTA EMPRESARIAL PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, DA CÂMARA DE COMÉRCIO INTERNACIONAL (CCI) . . . . . . 111

ANEXO V – DECLARAÇÃO DE JOANESBURGO SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113

ANEXO VI – RELAÇÃO DOS ÓRGÃOS ESTADUAIS DE MEIO AMBIENTE (OEMAS) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117

ANEXO VII – IBAMA – GERÊNCIAS EXECUTIVAS ESTADUAIS . . . . . . . . . . 121

ANEXO VIII – ENDEREÇO DO SEBRAE NOS ESTADOS . . . . . . . . . . . . . . 123

ANEXO IX – QUARENTA CAPÍTULOS DA AGENDA 21 GLOBAL. . . . . . . . . 125

ANEXO X – OBJETIVOS DA AGENDA 21 BRASILEIRA. . . . . . . . . . . . . . . 127

ENDEREÇOS DO SEBRAE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129

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 APRESENTAÇÃO

OSebrae apresentou, dentro do seu Programa de Gestão Ambiental,uma série de publicações voltadas para auxiliar micro e pequenosempresários a se tornarem mais competitivos, em face das crescen-

tes exigências do comércio, decorrentes da inevitável integração do Brasilao fenômeno mundial da globalização.

A QUESTÃO AMBIENTAL E AS EMPRESAS, editado pela primeira vezem 1998 e agora atualizado, procura transmitir a micro e pequenos em-presários, de maneira sucinta e direta, informações básicas para orientar arelação da micro e da pequena empresa com o meio ambiente.

A importância das informações aqui contidas deve-se principalmente à vi-gência, no Brasil e no mundo todo, das normas da série ISO 14000, editadaspela Organização Internacional de Normalização. Tais normas, de caráter voluntário, estão afetando irreversivelmente a vida empresarial, na medidaque incentivam as organizações a buscar uma melhoria contínua em seudesempenho ambiental, que acaba por propiciar um diferencial competitivoàs empresas que nisso se empenham. Esse diferencial é cada vez mais va-lorizado no mercado e tornou-se um símbolo da responsabilidade ambientalde uma empresa.

Muitas vezes, melhorar o desempenho ambiental exige a adoção de tec-nologias mais limpas, com menor consumo de água, matéria-prima e ener-gia nos processos produtivos. Isso está gerando oportunidades de novosnegócios para o empresário que ofereça produtos e processos inovadores.

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9A Questão Ambiental e as Empresas

PREFÁCIO

Demonstra confiança e aposta no futuro quem investe capital e traba-lho na atividade empresarial. Caminham nessa direção as empresasque fazem do compromisso com o meio ambiente uma realidade.

Uma nova perspectiva em que os cuidados ambientais deixam de ser obstáculo à atividade da empresa e tornam-se a garantia de que ela se fir-mará no mercado, com maiores oportunidades de negócios.

Visão que hoje se destina não apenas às empresas com negócios noexterior, na busca de eliminar restrições não-tarifárias ambientais impostaspelos países mais desenvolvidos, mas a todas que queiram tirar o melhor partido de suas relações com o meio ambiente.

De início, as empresas passaram a agir a reboque dos acontecimentos,em atendimento às crescentes exigências legais, à fiscalização e às pres-sões da sociedade, organizadas e incentivadas pelos meios de comunica-ção.

Muitas empresas já compreenderam que o compromisso com o meio am-biente é também uma segurança, no longo prazo, para os bons negócios.

Assim, desenvolvem internamente sistemas de gestão ambiental com pa-drões até mais rigorosos que os previstos nas normas legais.

Cuidados ambientais significam hoje maior competitividade para a em-presa: seja para atrair os consumidores internos, mais e mais conscientes;seja para adequar-se às especificações de mercados com maiores exigên-cias ambientais, tendo em vista as exportações.

As certificações ambientais atuam nessa direção: são uma espécie de“passaporte verde” para os negócios nos mercados modernos. Você conhe-cerá aqui como funciona a mais importante delas, constituída pelas normas

internacionais da série ISO 14000, que a ABNT passou a editar em 1996.

O objetivo do Sebrae, com esta publicação, é fornecer às empresas demenor porte respostas para as perguntas mais importantes sobre a questãoambiental nos negócios. Um tema destinado a estar cada vez mais presentena vida das micro e pequenas empresas, daqui por diante.

A informação é, certamente, o primeiro passo.

Sebrae

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 AS QUESTÕES GLOBAIS

NO MEIO AMBIENTE as precárias condições de vida de grandeparte da população.

Quais são as mais importantes questõesambientais globais?

Há questões de meio ambiente de sumaimportância para a Humanidade. Algumasdas principais são:

• o aumento da temperatura da Terra;

• a poluição e o desperdício da água doce;

• distribuição irregular da água doce no pla-neta;

• a fragmentação dos ecossistemas e a con-seqüente diminuição da biodiversidade;

• a contaminação dos alimentos consumi-dos pelo homem e pelos animais;

• a contaminação dos oceanos e o esgota-mento dos seus recursos;

• a perspectiva de esgotamento dos recur-sos naturais não-renováveis;

• a desertificação;

• a degradação dos solos agricultáveis;

• a contaminação do solo e das águas sub-terrâneas por depósitos inadequados deresíduos;

• o aumento das doenças causadas pelacontaminação do solo, do ar e da água;pelo desequilíbrio que o desmatamentogera na reprodução de vetores de doen-ças endêmicas (ratos, mosquitos); pela

Grandes problemas ambientais ultrapas-sam as fronteiras nacionais e são tratados deforma global, pois afetam a vida de todos noplaneta. Daí por que os países mais desen-volvidos colocam hoje barreiras à importaçãode mercadorias resultantes de processosprodutivos prejudiciais ao meio ambiente.

A atividade industrial é responsável por expressiva parcela dos problemas globaisdo meio ambiente. Você conhecerá a seguir quais são as ameaças com as quais a Huma-nidade se defronta, atualmente.

Entenda melhor também os esforços dasNações Unidas (ONU) para tentar reverter oprocesso acelerado de degradação dos re-cursos naturais no mundo, que também temcomo causas a urbanização desenfreada e

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falta de saneamento básico e pelas habi-tações inadequadas; e

• os padrões insustentáveis de produção econsumo da sociedade.

Como ocorre o aumento da temperaturada Terra?

A temperatura média da Terra aumentou0,6 graus Celsius na última década e a previ-são é de que aumente 6 graus, nos próximos100 anos (ONU, 2000). Acredita-se que issoesteja sendo causado por uma maior concen-tração de gases na atmosfera, com capaci-dade para interferir num fenômeno naturaldenominado “efeito estufa”.

Gases como dióxido de carbono (CO2),

metano e óxidos nitrosos originam-se de pro-cessos do dia-a-dia da Humanidade, comoos seguintes:

• combustão de petróleo, gás, carvão mine-ral e vegetal;

• desmatamento e queimada da coberturavegetal;

• fermentação de resíduos; e

• adubação na agricultura.

Uma Convenção sobre Mudança Climáti-ca foi assinada pelos membros da ONU emNova Iorque, em 1992. A busca do compro-metimento dos países industrializados coma redução das emissões de gases do efeitoestufa, de modo a colocar em prática essaConvenção, levou à assinatura do Protocolode Quioto, em 1997, que estipula metas deredução de emissões e a adoção de meca-nismos de desenvolvimento limpo – os MDLs  –, onde se inclui a negociação de certifica-dos de créditos de carbono entre países queestão em situação confortável na emissãode CO

2e países que não consigam cumprir 

suas metas.

Essa medida vem gerando novas oportu-nidades de negócios para países que, como o

Efeito estufa

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Brasil, ainda dispõem de áreas para plantiosque cumpram a função de absorver parte dodióxido de carbono em circulação na atmos-fera, o que é conhecido comumente como“seqüestro de carbono”.

Que atividades e produtos contribuempara o aquecimento global?

O gráfico a seguir esclarece a questão:

O que representa a alteração da camadade ozônio?

Alguns estudos indicam que, além de con-

tribuir para o aquecimento da Terra, os gaseschamados CFCs (clorofluorcarbonos) e ou-tros muito ativos reagem quimicamente, alte-rando as moléculas de ozônio que se acumu-lam no espaço (na chamada estratosfera). Oozônio funciona como escudo protetor, ab-sorvendo grande parte dos raios ultravioletasprovenientes do Sol.

Argumenta-se que o rompimento da ca-mada de ozônio e a maior penetração dos

raios ultravioletas elevam a ocorrência doscânceres de pele e das cataratas oculares,além de outros prejuízos à saúde humana,menos conhecidos. Também há efeito dano-so sobre algas e animais marinhos micros-cópicos, que constituem a base da cadeiado equilíbrio químico dos mares, que se re-flete também em alterações climáticas im-portantes.

O que é perda da biodiversidade?

É a extinção de espécies da flora e dafauna e de ecossistemas; um grave e irrever-sível problema global. Segundo estimativasconservadoras, existem entre 5 a 10 milhões

de espécies de organismos no mundo; mashá quem calcule em até 30 milhões. Dessas,somente 1,7 milhão foram identificadas pelohomem.

Calcula-se que de 74% a 86% das es-pécies vivam em florestas tropicais úmidas,onde o desflorestamento chega a atingir 10,7milhões de hectares por ano, atingindo umaárea duas vezes maior que a Suiça ou a Cos-ta Rica (HOUGHTON, 1994). Alguns autoresprojetaram a extinção de 20% a 50% das es-pécies até o ano 2000. Motivo: destruição dasflorestas e fragmentação dos habitats.

Com a diminuição das populações vege-tais, a reprodução natural é prejudicada. Parareverter esse quadro, começam a surgir op-ções de uso da biotecnologia e de manejo deecossistemas, inclusive com reintrodução deespécies e recuperação de áreas degrada-das.

Além de provocar desequilíbrio na nature-za, a extinção de espécies e de ecossistemasimpede o aproveitamento dos recursos natu-rais em benefício do homem, na forma de ali-mentação e de medicamentos, e no desen-volvimento do turismo. De acordo com a FAO(Organização para a Alimentação e Agricultu-ra, das Nações Unidas), mais da metade dasvariedades dos 20 alimentos mais importan-tes para a população mundial – arroz, trigo,milho, aveia, cevada, feijão e ervilha – per-

deu-se no último século.

O Brasil foi o primeiro signatário da Con-venção sobre Diversidade Biológica, aprova-da durante a Conferência das Nações Unidassobre Meio Ambiente que aconteceu no Riode Janeiro em 1992. O Ministério do MeioAmbiente está encarregado de implementá-la no país.

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E o que representam os acidentesambientais?

Acidentes ambientais significam quasesempre mortes e prejuízos para a saúde,além de grandes perdas econômicas e finan-

ceiras. Basta relembrar as tragédias de Mina-mata, Bhopal, Three Miles Island, Chernobyl,petroleiros Exxon Valdez e Prestigi , e muitosoutros.

No acidente de Bhopal, ocorrido em Ma-dyma Pradejh, na Índia, provocado pelo va-zamento de trinta toneladas de isocianato demetila, de uma fábrica norte-americana daUnion Carbide, morreram 3.323 pessoas ecerca de 35 mil tiveram o funcionamento deseus pulmões afetados em diversos níveis. Aempresa teve que ressarcir os danos causa-dos às pessoas e ao meio ambiente.

Acidentes que ocorrem no dia-a-dia, comoo do césio, em Goiânia, ou a tragédia de Ca-ruaru, com a contaminação de pacientes dehemodiálise, são também acidentes ambien-tais.

Como está a situação dos oceanos?

A poluição do mar, causada pelos despe- jos de rejeitos tóxicos, óleos e materiais as-semelhados, e pelo lançamento de esgotose águas pluviais poluídas, aumenta de formaprogressiva no mundo inteiro. Tudo isso, alia-do ao excesso de pesca, está levando diver-sas zonas pesqueiras regionais ao declínio.

Áreas costeiras vulneráveisà elevação do nível do mar 

Fonte: Delft Hydraulics Laboratories, 1998.

Calcula-se em quinhentas mil toneladasanuais o derrame de petróleo nos oceanos.Entre 1967 e 1983 foram lançadas noventamil toneladas de resíduos radioativos no mar,pelos países industrializados, o que, oficial-mente, não ocorre mais.

Os oceanos também poderão elevar seunível devido ao aumento da temperatura dasuperfície terrestre, conforme ilustra a figuraabaixo. Os gráficos a seguir nos ajudam acompreender o que está acontecendo.

Cenários de elevação detemperatura e nível do mar 

a) mudança de temperatura global (ºC); b) mudança global donível do mar (cm)

Fonte: Jaeger, Jill. Developing policies for responding to clima-

te change, 1998.

Sempre que se fala em elevação da tem-peratura e o conseqüente aumento do níveldos mares, pelo degelo das calotas polarese da neve acumulada no pico das grande ca-deias de montanha, não se faz idéia de queeste é um fenômeno natural que ocorre comperiodicidades longínquas e que nem sem-pre pode ser presenciado pelo ser humano.O Professor Kenitiro Suguio, da Universida-

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de de São Paulo, em seu livro Geologia do

Quaternário e Mudanças Climática (1999),identifica regiões do planeta onde a elevaçãodo nível do mar chegou a 120m num períodopós-glacial que se estabilizou há 5.000 anos.

Moradia e saneamento básico sãoquestões ambientais importantes?

Sem dúvida. Mais de um bilhão dos habi-tantes da Terra não têm acesso a habitaçãosegura e serviços básicos, embora todo ser humano tenha direito a uma vida saudávele produtiva, em harmonia com a natureza.Essas pessoas desprovidas de quase tudovivem particularmente nos países em desen-volvimento, como o Brasil.

A falta de saneamento básico – água potá-vel, esgoto, drenagem pluvial e coleta do lixo –, além de significar altos riscos para a saúde,é também um fator de degradação do meioambiente. Isto ocorre especialmente nos cin-turões de miséria das grandes cidades, onde

se aglomeram multidões em espaços míni-mos, de precárias condições de higiene.

Estudos do Banco Mundial (1993) esti-mam que o ambiente doméstico inadequadoé responsável por quase 30% da ocorrência

de doenças nos países em desenvolvimento.O Quadro 1 ilustra a situação.

E a questão do rápido crescimento dapopulação mundial?

A população mundial cresceu rapidamentea partir da segunda metade do século pas-sado, como pode ser observado na Tabela1. A grande preocupação é que os recursosnaturais disponíveis não sejam suficientespara alimentar e propiciar saúde e qualida-de de vida aceitável a todas as pessoas, emtodas as regiões do planeta. Aí se originamos esforços atuais das Nações Unidas paraque a população, especialmente dos paísesindustrializados, adote modos de vida maissustentáveis.

Quadro 1. Principais doenças ligadas a problemas ambientais: precariedade do ambiente doméstico-1990

Tuberculose Superlotação

Diarréia Falta de esgotamento sanitário, de água tratada, de higiene

Doenças tropicais Falta de esgotamento sanitário, má disposição do lixo, foco de vetores de doençasnas redondezas

Verminoses Falta de esgotamento sanitário, de água tratada, de higiene

Infecções respiratórias Poluição do ar em recinto fechado, superlotação

Doenças respiratórias crônicas Poluição do ar em recinto fechado

Câncer do aparelho respiratório Poluição do ar em recinto fechado

Fonte: Banco Mundial, 1993

Tabela 1. Crescimento da População Mundial – 1830/2015

Tempo necessário para acrescentar mais 1 bilhão à população mundial

Ordem Tempo Necessário Ano em que atingiuou atingirá (projeção)

Primeiro bilhão 2.000.000 de anos 1830

Segundo bilhão 100 anos 1930

Terceiro bilhão 30 anos 1960

Quarto bilhão 15 anos 1975

Quinto bilhão 15 anos 1990

Sexto bilhão 10 anos 2000

Sétimo bilhão 15 anos 2015

Oitavo bilhão 15 anos 2030

Nono bilhão > 20 anos após 2050

Fonte: Nações Unidas, 2003

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E como cresce a população mundial?

Estudos das Nações Unidas indicam queo crescimento populacional tende a desace-lerar-se neste século. Mas mesmo que a po-pulação esteja aumentando mais devagar, a

preocupação com a disponibilidade de recur-sos naturais para satisfazer suas necessida-des deve permanecer por um longo tempo,devido ao ritmo acelerado em que o planetaperde áreas agricultáveis e seus recursos na-turais não-renováveis.

As figuras na página seguinte retratamdois cenários de crescimento populacionalpara o período 1992-2100 e suas possíveisconseqüências: a primeira delas mostracomo seria a situação mundial caso o cres-cimento da população e da economia ocor-ressem de acordo com o padrão histórico;a segunda figura mostra como seria essasituação se fossem adotadas medidas deplanejamento familiar.

Como deter a degradação progressivados solos agricultáveis?

O solo agricultável é essencial para asse-gurar a sobrevivência da população mundial.

É preciso conservá-lo e manejar adequada-mente os insumos (adubos, pesticidas), demodo a garantir a produção de alimentossaudáveis e em quantidade suficiente, no fu-turo.

A produtividade agrícola pode ser melho-rada com a intensificação do uso das terras já cultivadas, de modo a evitar uma expansãode cultivos para as terras marginais e a inva-são de ecossistemas frágeis.

Técnicas de manejo que estejam provo-cando a degradação, acidificação, erosão esalinização dos solos devem ser substituí-das por outras práticas mais sustentáveis. Épreciso ter em mente que um solo agrícolademora mais de 500 anos para se formar e,se for manejado inadequadamente, pode de-teriorar-se em um mês.

Qual é a gravidade do problema daságuas?

A disponibilidade de água de boa qualida-de evita 80% das doenças humanas. Apenas0,6% da água existente no mundo são água

doce adequada para consumo humano.

O desperdício e a poluição das águas,caso não sejam solucionados, podem invia-bilizar sociedades e mesmo nações inteiras,pois esse alimento indispensável à vida en-contra-se distribuído de forma muito desigualem nosso planeta. Com a poluição dos ma-nanciais, os custos para obtenção e trata-mento tornam a água cada vez menos aces-sível às populações carentes, especialmentenas periferias urbanas.

O que as Nações Unidas têm a ver com omeio ambiente?

A Organização das Nações Unidas (ONU),com sede em Nova Iorque, foi criada em 1945e é hoje composta por quase todos os paísesdo mundo. Seu principal objetivo é promover a cooperação internacional e alcançar a paze a segurança no planeta. A degradação domeio ambiente, por ser um tema muito impor-

tante para toda a Humanidade, encontra-seentre os principais objetos de preocupaçãodos países membros.

Periodicamente, a ONU promove confe-rências sobre meio ambiente e desenvolvi-mento, que são batizadas com o nome dacidade onde se realizam. Dois desses even-tos foram de importância fundamental para obalizamento da questão ambiental no mundo:a Conferência de Estocolmo (1972) e a Con-

ferência do Rio de Janeiro (1992).

Como resultados práticos, as conferên-cias da ONU estabelecem princípios e metas,bem como selam compromissos entre os paí-ses membros, na forma de declarações, con-venções e protocolos. Embora haja um longocaminho a ser percorrido entre as intenções ea prática, conhecer e valorizar o esforço das

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Nações Unidas é um grande passo para con-ter a degradação ambiental.

A implementação dos acordos firmadosna Conferência Rio/92 tem sido avaliada a

cada cinco anos, em grandes conferênciasde âmbito mundial: a Rio + 5, realizada em1997, em Nova Iorque; e a Rio + 10, realiza-da em 2002, em Johannesburgo, África doSul.

O Manejo Inadequado do Solo Compromete o Meio Ambiente

Cenário 1: O crescimento da população e da economia se-guem seu padrão histórico. A população mundial passa dos 9bilhões de habitantes em 2040 e a poluição aumenta.

Grandes investimentos são necessários para aumentar a pro-dução agrícola e para compensar a exaustão dos recursosnão-renováveis, como os combustíveis fósseis (petróleo, gásnatural, carvão).

O crescimento econômico finalmente cai sob o peso dessesinvestimentos, a produção de alimentos diminui e a taxa mun-dial de mortalidade cresce.

Cenário 2: O planejamento familiar cria unidades com médiade dois filhos por casal a partir de 1995. A população mundialeventualmente se estabiliza em menos de 8 bilhões. Sem ne-cessidade de grandes investimentos para produzir alimentose controlar a poluição, o dinheiro disponível é aplicado em

tecnologia para prevenir a poluição. Dentro de um século osrecursos não-renováveis utilizados para se obter uma unidadede produção industrial caem em 80%, e a poluição em 90%.O mundo mantém, pelo menos até o ano 2100, produção debens de consumo  per capita comparáveis à da Europa Oci-dental em 1990.

Fonte: Business Week , 1992

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Qual foi a primeira Conferência da ONUsobre meio ambiente?

A Conferência de Estocolmo, em 1972, foia primeira a tratar das relações entre o ho-mem e o meio ambiente. Teve como objetivo

conscientizar os países sobre a importânciade se promover a limpeza do ar, nos grandescentros urbanos; a limpeza dos rios, nas ba-cias hidrográficas mais povoadas; e o com-bate à poluição marinha. Poluição foi a pala-vra-chave em Estocolmo.

Causaram preocupação as condiçõesalarmantes, em alguns casos, de higiene esaneamento em áreas de grande concentra-ção populacional. Na ocasião, a conservaçãodos recursos naturais foi formalmente aceitapelos países participantes, e a Conferênciana Suécia culminou com a Declaração de Es-tocolmo sobre o Meio Ambiente.

O que realmente resultou da Conferênciade Estocolmo?

A partir da Declaração de Estocolmo, aquestão ambiental tornou-se uma preocupa-ção verdadeiramente global e passou – deforma definitiva – a fazer parte das negocia-

ções internacionais. O primeiro reflexo foi acriação de um mecanismo institucional paratratar de questões ambientais, no âmbitodas Nações Unidas: o Programa das NaçõesUnidas para o Meio Ambiente (PNUMA), comsede em Nairóbi, Quênia, instituído ainda noano de 1972.

A maioria dos países passou a criar ór-gãos específicos para tratar do meio ambien-te. No Brasil, a tarefa ficou a cargo da Secre-

taria Especial do Meio Ambiente (Sema) atéfevereiro de 1989, quando foi criado o Ibama,a partir da junção de quatro órgãos: Sema,IBDF, Sudepe e Sudhevea.

Como evoluiu a questão ambiental após aConferência de Estocolmo?

Os cientistas preocuparam-se, na Confe-rência de Estocolmo, com o crescimento po-pulacional, o aumento dos níveis de poluição

e o esgotamento das fontes de recursos na-turais (petróleo, minérios metálicos e outrosrecursos).

Em 1982, quando foram comemorados,em Nairóbi, os dez anos da Conferência de

Estocolmo, entrou em cena uma nova e maispreocupante constatação: o agravamentodas questões ambientais globais indicavaque o nível das atividades humanas (a eco-nomia global) já excedia, em algumas áreas,a capacidade de suporte da natureza.

Portanto, à ameaça do esgotamento dasfontes de recursos naturais somou-se a pre-ocupação com os limites de absorção dos re-síduos das atividades humanas, de controlemuito mais difícil e dispendioso.

Hoje, de acordo com a teoria das pegadasecológicas, para manter toda a populaçãoplanetária em nível de consumo semelhanteao atingido pelos Estados Unidos e pelo Ca-nadá, serão necessários dois planetas Terra.Ainda de acordo com essa teoria, se essenível de consumo duplicar nos próximos 40anos, serão necessários 12 planetas.

É importante repensar nossas atividades

diárias com o objetivo de verificar o quanto ecomo podemos fazer a nossa parte na con-servação dos recursos naturais.

Como passou, então, a ser vista aquestão do desenvolvimento em face daspreocupações ambientais?

A questão passou a ser tratada pela Co-missão Mundial sobre Meio Ambiente e De-senvolvimento, criada pela ONU no final de

1983, por iniciativa do PNUMA. Com o apoiode consultores internacionais e a realizaçãode audiências públicas, em todos os conti-nentes, a Comissão levantou aspectos im-portantes para que se pudesse dar um novodirecionamento ao desenvolvimento no pla-neta. Esses aspectos foram:

a) estabilização do crescimento populacional,por volta do ano 2010, dentro da seguinteescala: 14 bilhões de habitantes (projeção

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máxima), 10,5 bilhões (média) e 8 bilhões(mínima). O maior problema é que maisde 90% do acréscimo populacional, até àestabilização, ocorreriam nos países maispobres;

b) agravamento da crise urbana, que já atin-gia os países em desenvolvimento, decor-rente do aumento populacional;

c) redução da possibilidade de uso racionaldos recursos naturais, pelo aumento dapressão que o crescimento da pobrezaexerceria sobre o meio ambiente;

d) grande disparidade entre os níveis deconsumo de recursos nos países indus-trializados e naqueles em desenvolvimen-to: 25% da população mundial consomem75% da energia primária, 75% dos metaise 60% dos alimentos produzidos no mun-do; e

e) crescente redução na disponibilidade deágua para as atividades humanas, tornan-do-se um dos mais graves problemas am-bientais no início do século XXI.

Alguma proposta foi apresentada?

A Comissão Mundial sobre Meio Ambien-te produziu, em 1987, o relatório Nosso Fu-

turo Comum, importantíssimo na busca doequilíbrio entre desenvolvimento e conserva-ção dos recursos naturais. Nele destaca-seo conceito de desenvolvimento sustentável,definido como “aquele que atende as neces-sidades do presente, sem comprometer apossibilidade de as gerações futuras aten-derem as suas próprias necessidades”. Esse

Relatório serviu de base para elaboração daspropostas discutidas e aprovadas na Confe-rência Rio/92 – tais como a Agenda 21 Globale as Convenções sobre Mudança Climáticae Diversidade Biológica – e as conferênciasRio+5 e Rio+10, que a sucederam, sem-pre confirmando o compromisso dos paísesmembros da ONU com a sustentabilidade.

Quais são as condições para odesenvolvimento sustentável?

O desenvolvimento sustentável é umaquestão de puro bom senso; não há comodiscordar do conceito. Porém, sua aplicação

no dia-a-dia exige mudanças na produção eno consumo. Em síntese, na nossa forma depensar e de viver.

Portanto, além das questões ambiental,tecnológica e econômica, o desenvolvimentosustentável envolve uma dimensão cultural epolítica que exigirá a participação democráti-ca de todos, na tomada de decisões para asmudanças indispensáveis.

A propósito, é urgente encontrar soluçõespara algumas questões graves:

I. Como vamos produzir a quantidade dealimentos necessária para atender o cres-cimento da população nos países em de-senvolvimento, se a base de recursos estádecrescendo rapidamente (erosão, deser-tificação e acidificação dos solos e degra-dação dos recursos hídricos)?

II. Se 90% da energia hoje gerada contri-

buem para o aquecimento global, comoproduzir energia mais limpa para manter em funcionamento a economia mundial,cujas necessidades, por volta de 2050,poderão ser cinco vezes maiores que asatuais?

Que fazer, então, para alcançar umdesenvolvimento sustentável mundial?

Existe certa concordância entre os países

que compõem as Nações Unidas, de que atransição rumo ao desenvolvimento susten-tável exige:

a) estabilização, no curto prazo, da popula-ção mundial;

b) redução da pobreza;

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c) adoção de um novo estilo de vida, pou-pador de energia e de recursos naturais,principalmente por parte das populaçõesdos países desenvolvidos, maiores res-ponsáveis pela degradação ambiental doplaneta, até agora;

d) ritmo mais acelerado no desenvolvimentode tecnologias que aumentem ainda maisa eficiência da utilização de energia e dosrecursos naturais, nas atividades econô-micas;

e) educação ambiental, em todos os níveis,nos países em desenvolvimento, com vis-tas à redução do crescimento populacio-nal e mudanças de comportamento, espe-cialmente em relação à destinação final dolixo e conservação da água;

f) inclusão das preocupações ambientais eeconômicas em todos os níveis de tomadade decisão;

g) redução dos gastos militares, com o forta-lecimento do multilateralismo, isto é, das

Nações Unidas; e

h) estabelecimento de políticas, em nível lo-cal, nacional e internacional, que levem àsmudanças exigidas para viabilização dodesenvolvimento sustentável.

Essas e outras premissas estão presen-tes na Declaração do Milênio, aprovada pelaAssembléia-Geral das Nações Unidas no anode 2000, que é encabeçada pelos objetivosde paz e desarmamento, erradicação da po-breza, direitos humanos e proteção do meio

Quadro 2. Metas do Milênio

Objetivo 1 – Erradicar a pobreza e a fomeMeta 1: reduzir à metade, entre 1990 e 2015, o percentual de pessoas com renda inferior a US$ 1 /dia.

Meta 2: reduzir à metade, entre 1990 e 2015, o percentual de pessoas que padeçam de fome.

Objetivo 2 – Alcançar a universalização do ensino primárioMeta 3: zelar para que, até 2015, meninos e meninas de todo o mundo possam terminar um ciclo completo de ensinoprimário.

Objetivo 3 – Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia da mulher Meta 4: eliminar as desigualdades entre os gêneros, no ensino primário e secundário, preferencialmente até o ano de 2005, eem todos os níveis de ensino, antes do final de 2015.

Objetivo 4 – Reduzir a mortalidade de crianças menores de 5 anos

Meta 5: reduzir em 2/3, entre 1990 e 2015, a mortalidade de crianças menores de 5 anos

Objetivo 5 – Melhorar a saúde maternaMeta 6: Reduzir em ¾, entre 1990 e 2015, a mortalidade materna

Objetivo 6 – Combater o HIV/AIDS, a malária e outras enfermidadesMeta 7: deter e começar a reduzir a propagação do HIV/AIDS, até 2015

Meta 8: deter e começar a reduzir a incidência de malária e outras enfermidades graves

Objetivo 7 – Garantir a sustentabilidade do meio ambienteMeta 9: incorporar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais e inverter as perdas derecursos do meio ambiente

Meta 10: reduzir à metade, até 2015, o percentual de pessoas que careçam de acesso sustentável à água potável e aserviços de esgoto

Meta 11: ter melhorado consideravelmente, até o ano de 2020, a vida de pelos menos 100 milhões de moradores de barracos

Objetivo 8 – Fomentar uma associação mundial para o desenvolvimento

Meta 12: desenvolver ainda mais o sistema comercial e financeiro aberto, baseado em normas, previsível e não-discriminatório

Meta 13: atender as necessidades especiais dos países menos desenvolvidos

Meta 14: atender as necessidades especiais dos países em desenvolvimento sem litoral e os pequenos estados insulares

Meta 15: encarar, de maneira geral, os problemas da dívida dos países em desenvolvimento, com medidas nacionais einternacionais, a fim de torná-la sustentável, no longo prazo

Meta 16: em cooperação com os países em desenvolvimento, elaborar e aplicar estratégias que proporcionem trabalho dignoe produtivo aos jovens

Meta 17: em cooperação com as empresas farmacêuticas, proporcionar acesso aos medicamentos essenciais aos países emdesenvolvimento, a custos razoáveis

Meta 18: em colaboração com o setor privado, zelar para que se possam aproveitar os benefícios de novas tecnologias,particularmente das tecnologias da informação e das comunicações.

Fonte: United Nations Statistics Division. Millenium indicators, 2004.

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ambiente, reafirmando o apoio aos princípiosdo desenvolvimento sustentável, aprovadosna Conferência Rio/92.

Com base nessa Declaração, o Programadas Nações Unidas para o Meio Ambiente(PNUMA) passou a orientar as ações globaisem prol do desenvolvimento sustentável peloque denominou Metas do Milênio. Para de-fini-las, contou com a colaboração do Fundo

Monetário Internacional (FMI), da Organiza-ção de Cooperação e Desenvolvimento Eco-nômico (OCDE) e do Banco Mundial. São 18metas, estruturadas em torno de 8 objetivosbásicos, como pode ser constatado no Qua-dro 2, na página anterior.

Que objetivos teve a Conferência do Rio,em 1992?

Após a divulgação do Relatório Nosso Fu-

turo Comum, em 1987 (também conhecidocomo Relatório Brundtland), que introduziao conceito de desenvolvimento sustentável,as Nações Unidas convocaram para junho de1992, no Rio de Janeiro, a Conferência dasNações Unidas sobre Meio Ambiente e De-senvolvimento (CNUMAD), com o objetivo dediscutir conclusões e propostas do Relatórioe ainda comemorar os vinte anos da Confe-rência de Estocolmo.

A Conferência do Rio dividiu-se em doisprincipais eventos:

a) a Conferência das Nações Unidas (gover-namental), com a presença de 178 paísese a participação de 112 chefes de estado(o maior evento desse tipo já realizado, ra-zão pela qual as Nações Unidas passarama denominá-la Conferência de Cúpula daTerra); e

b) o Fórum Global, uma conferência paralelareunindo os setores independentes da so-ciedade, tais como as organizações não-governamentais ambientais e outras enti-dades representativas, dentre as quais, daindústria, de povos tradicionais, das mu-lheres, e de outros segmentos.

Quais foram os resultados daConferência do Rio?

A Conferência do Rio produziu documen-tos fundamentais para a consolidação doconceito de desenvolvimento sustentável,entre os quais:

I. Declaração do Rio de Janeiro sobre MeioAmbiente e Desenvolvimento, ou Cartada Terra (v. anexo III). Constituída por 27 princípios básicos, busca uma nova e

Com que rapidez pode um país em desenvolvimento esperar eliminar a pobrezaabsoluta?

A resposta variará de país para país; entretanto, muito pode ser aprendido por intermédio de um caso típico.

Consideremos uma nação em que metade da população vive abaixo da linha de pobreza e onde a distribuição de rendasfamiliares é a seguinte: uma faixa de renda superior, de 1/5 das famílias, detém 50% da renda total; em seguida, por ordemdecrescente de renda, 1/5 detém 20%, 1/5 detém 14%, 1/5 detém 9% e, no patamar mais baixo, temos 1/5 com apenas 7% darenda. Esta é uma representação correta da situação, em muitos países em desenvolvimento.

A renda do quinto inferior teria que dobrar (atingindo o nível do terceiro quintil), para que a fração de pobreza fosse reduzida de50% para 10%. Consideremos dois casos: um em que 25% da renda diferencial do quinto mais rico é redistribuída igualmentepelos outros 4/5; e um outro em que não há redistribuição dos aumentos de renda. O número de anos requerido para duplicar a renda do quinto inferior nos dois casos seria:

• 18 ou 24 anos, se a renda per capita cresce a 3% ao ano

• 26 ou 36 anos, se ela cresce a 2%

• 51 ou 70 anos, se ela cresce somente a 1%.

Assim, com uma renda per capita crescendo apenas 1% ao ano, o tempo requerido para eliminar a pobreza absoluta entrariapelo próximo século afora. Se o objetivo é garantir que o mundo se encontre efetivamente no caminho de um desenvolvimentosustentável durante a primeira parte do próximo século, é necessário procurar obter duas coisas: um mínimo de 3% do cres-cimento da renda nacional per capita e políticas vigorosas para se alcançar maior eqüidade, dentro dos países em desenvol-vimento.

Fonte: World Commission on Environment and Development. Our Common Future. Nova Iorque: Oxford University Press, 1987,p. 50.

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 justa parceria global, mediante a criaçãode novos níveis de cooperação entre osestados, envolvendo também os setoresmais importantes da sociedade e a popu-lação.

II. Declaração sobre Florestas.

III. Convenção sobre a Diversidade Biológi-ca, cujos objetivos são a conservação dadiversidade biológica, o uso sustentávelde seus componentes e a divisão justa eequitativa dos benefícios alcançados pelautilização de recursos genéticos.

IV. Convenção Quadro sobre Mudanças Cli-máticas, com a proposta de estabilizar osníveis de concentração dos “gases estufa”,de forma a prevenir as perigosas interfe-rências humanas nos sistemas climáticos.

V. Agenda 21 Global (v. anexo IX), um am-plo programa de ação de âmbito mundial,com a finalidade de dar efeito prático aosprincípios aprovados na Declaração doRio.

Qual a estratégia de trabalho da ONUpara incentivar o desenvolvimento

sustentável?

O cumprimento e reiteração dos compro-missos dos países com as metas delineadasna Agenda 21 e outros documentos aprova-dos na Conferência Rio/92 tem sido avaliado,a cada 5 anos, em Conferências das NaçõesUnidas para o Desenvolvimento Sustentável.Em 1997, foi realizada a chamada Conferên-cia Rio+5, em Nova Iorque; e, em 2002, aConferência Rio+10, em Johannesburgo. Na

última conferência o compromisso com o de-senvolvimento sustentável foi confirmado naDeclaração de Joanesburgo, cujos princípiosforam abarcados pelas Metas do Milênio,apresentadas anteriormente.

Temas específicos são também discutidosem conferências sobre as relações entre omeio ambiente e a indústria, sobre educaçãoambiental, clima, desertificação, população,habitat e, ainda, sobre a questão da água.

Além disso, a ONU tem produzido declara-ções políticas sumamente importantes paraorientar as ações dos países rumo ao desen-volvimento sustentável, como, por exemplo,a Declaração de Tóquio, de 1997, que tratada crise ambiental do Século XXI, e a Decla-

ração do Milênio, de 2000, já comentada.

Que convenções da ONU regem ocompromisso dos países com o meioambiente?

Além da Convenção Quadro sobre Mu-dança Climática e Convenção sobre a Diver-sidade Biológica, citadas anteriormente, aproteção ambiental motivou ainda as seguin-tes convenções de âmbito global:

• banimento dos testes nucleares

• sobre o trópico úmido

• armas tóxicas e biológicas

• patrimônio mundial

• espécies em perigo de extinção

• poluição marinha

• espécies migratórias

• direito do mar 

• camada de ozônio

• controle de clorofluorcarbonos (CFCs)

• transporte de substâncias perigosas

• mares regionais.

Com tantos esforços da ONU e dosGovernos, como está o desempenhoambiental dos diferentes países?

Uma medida do desempenho dos paí-ses, rumo à sustentabilidade global é dadapelo Índice de Desempenho Ambiental (EPI  – Environmental Performance Index), apre-sentado em 2002, em encontro anual do Fó-

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rum Econômico Mundial. Esse índice mediua situação de 142 países, no que se referea água, ar, mudança climática e proteção dosolo. Os 23 países mais bem classificados

em termos de desempenho ambiental encon-tram-se na Tabela 2. O Brasil não se encontraentre eles.

Como está a situação ambiental doBrasil?

O Brasil ocupava, em 2002, o 20º lugar entre os 50 países com melhor Índice deSustentabilidade Ambiental (ESI – Environ-mental Sustainability Index), como pode ser 

constatado na Tabela 3. Esse índice possi-bilita uma hierarquização de países que levaem conta a qualidade do ar e da água, a pro-teção do solo e a prevenção de mudançasclimáticas.

O que são as ONGs ambientalistas?

As ONGs ditas ambientalistas são orga-nizações não-governamentais de naturezaprivada, sem fins lucrativos, voltadas para

a conservação da natureza e prevenção, ocontrole e o combate à poluição.

Essas ONGs são numerosas? Em que

âmbito atuam?

As ONGs têm-se multiplicado no Brasil eno mundo, de maneira muito rápida, varian-do amplamente em suas esferas de atuaçãoe objetivos. Para se ter uma idéia do cresci-mento de sua participação nas discussõessobre as questões ambientais, calcula-seque 8.000 ONGs estiveram presentes naConferência de Johannesburg (Rio+10), em2002, contra 5.000 na Rio/92, e apenas 500

ONGs na Conferência de Estocolmo, em1972.

Algumas ONGs são de natureza interna-cional, com ou sem ramificações nacionais.Outras se limitam ao âmbito nacional e, nãoraro, voltam-se para problemas regionais oulocais. Também seus objetivos principais di-vergem grandemente. Algumas abarcam oamplo espectro das ameaças ao meio am-biente – proteção da flora e fauna, poluição,

Tabela 2. Países com Melhores Índices de Desempenho Ambiental (EPI) - 2002

País Índice EPI Ar ÁguaMudançaClimática

Proteçãodo Solo

1 Suécia 74.9 87.8 - 54.1 83.02 Suíça 66.9 67.1 59.5 54.4 86.63 Finlândia 64.2 67.0 69.3 47.5 73.04 Áustria 63.2 52.3 68.5 39.7 92.1

5 Dinamarca 60.6 62.1 - 39.3 80.36 Canadá 56.2 62.1 61.6 44.9 -7 Polônia 54.6 58.2 55.9 49.7 -8 Luxemburqo 49.9 50.9 44.9 54.0 -9 Holanda 49.9 48.4 52.7 35.1 63.2

10 Hunqria 48.1 44.5 62.8 36.9 -11 França 47.3 42.5 42.0 48.4 56.312 Reino Unido 45.1 52.1 42.6 50.9 34.813 Irlanda 44.7 - 67.2 32.1 34.714 Estados Unidos 44.1 48.7 48.9 29.1 49.815 Coréia do Sul 43.3 36.7 54.8 27.2 54.616 Portuqal 43.2 56.5 - 33.1 40.217 Espanha 43.0 52.6 37.6 35.1 46.718 Itália 41.9 - 56.7 42.8 26.119 Bélqica 41.1 32.6 - 47.9 42.820 México 39.6 45.8 46.5 42.1 23.921 Turquia 38.8 50.4 38.3 36.1 30.322 Japão 38.0 30.8 44.7 38.5 -23 Grécia 35.5 29.1 57.3 28.4 27.2

Fonte: World Economic Forum, Yale Center For Environmental Law And Policy, Ciesin. Pilot environmental performance index.Annual Meeting, 2002. Disponível em <http://www.ciesin.columbia.edu/indicators/ESI>. Acesso em 2 Ago. 2004.

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do, e mesmo uma análise super ficial de suaatuação torna-se difícil. Algumas, no entanto,destacam-se pela sua projeção internacio-nal, influência expressiva e atuação efetivano campo da conservação. Dentre elas, pro-  jetam-se, de forma marcante, a União Inter-

nacional para a Conservação da Natureza(IUCN) e o Fundo Mundial para a Vida Sel-vagem (WWF).

Outra ONG famosa, pela presença cons-tante na mídia, é o Greenpeace. Economi-camente forte e com grande número de as-sociados em todo o mundo, age muitas ve-zes de forma espetacular, com o objetivo dechamar a atenção mundial para problemasambientais sérios. Proteção da Antártida, lutacontra testes nucleares, desmatamento daAmazônia, e poluição dos oceanos têm sidoalgumas de suas bandeiras prediletas.

E como atuam as ONGs?

As ONGs, geralmente, atuam por meiode mobilização popular, edição de materialinformativo e educativo, pressão sobre toma-dores de decisão, assessoria técnica, asses-soria jurídica, elaboração de propostas e pro-gramas de educação ambiental, e estudos e

pesquisas.

E as ONGs ambientalistas brasileiras?

No Brasil, as primeiras ONGs a seremcriadas foram a Sociedade dos Amigos deAlberto Torres, em 1927, a Sociedade dosAmigos das Árvores, a Sociedade para a De-fesa da Flora e da Fauna de São Paulo, ea Fundação Brasileira para a Conservaçãoda Natureza – FBCN, esta em 1958. Com o

crescimento das preocupações com o meioambiente, na década de 60, as organizaçõesconservacionistas se multiplicaram e hojeexistem várias centenas delas, no país. Den-tre essas, destacam-se, como as mais atu-antes, além da FBCN, a premiada Renctas(Rede Nacional de Combate ao Tráfico deAnimais Silvestres), a Biodiversitas e a SOSMata Atlântica.

Tabela 3. Índice de SustentabilidadeAmbiental (ESI) - 2002

País ESI País ESI

1 Finlândia 73.9 26 Namíbia 57.4

2 Noruega 73.0 27 Lituânia 57.2

3 Suécia 72.6 28 Portugal 57.1

4 Canadá 70.6 29 Peru 56.55 Suiça 66.5 30 Butão 56.3

6 Uruguai 66.0 31 Dinamarca 56.2

7 Áustria 64.2 32 Laos 56.2

8 Islândia 63.9 33 França 55.5

9 Costa Rica 63.2 34 Holanda 55.4

10 Látvia 63.0 35 Chile 55.1

11 Hungria 62.7 36 Gabão 54.9

12 Croácia 62.5 37 Armênia 54.8

13 Botswana 61.8 38 Irlanda 54.8

14 Eslováquia 61.6 39 Moldávia 54.5

15 Argentina 61.5 40 Congo 54.3

16 Austrália 60.3 41 Equador 54.3

17 Estônia 60.0 42 Mongólia 54.2

18 Panamá 60.0 43 RepúblicaCentro-Africana

54.1

19 NovaZelândia

59.9 44 Espanha 54.1

20 Brasil 59.6 45 EstadosUnidos

53.2

21 Bolívia 59.4 46 Zimbabwe 53.2

22 Colômbia 59.1 47 Honduras 53.1

23 Eslovênia 58.8 48 Venezuela 53.0

24 Albânia 57.9 49 Bielorrússia 52.825 Paraguai 57.8 50 Alemanha 52.5

Fonte: World Economic Forum, Yale Center for EnvironmentalLaw and Policy, Ciesin. Pilot environmental performance in-dex. Annual Meeting, 2002. Disponível em <http://www.ciesin.columbia.edu/indicators/ESI>. Acesso em 2 Ago. 2004.

desertificação, erosão –, enquanto outras sededicam a abordar temas específicos, comoágua ou lixo. Há casos em que tais organi-zações, quando são suficientemente ricas epoderosas, estabelecem seus próprios siste-

mas particulares de reservas para proteçãoda flora, da fauna e da paisagem, em parale-lo com iniciativas governamentais destinadasao mesmo fim.

E como estão as ONGs no mundo?

O número das ONGs é muito vasto. Milha-res dessas organizações existem pelo mun-

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25A Questão Ambiental e as Empresas

O BRASIL E OS

TEMAS AMBIENTAIS• a perda da biodiversidade pela extinção

de espécies

• a perda de solos agricultáveis

• a falta de saneamento básico em áreas ur-banas

• a poluição dos mares e degradação deecossistemas costeiros, como o mangue

• a destruição de florestas e demais forma-ções vegetais

• a criação e a manu-tenção de unidadesde conservação

O Brasil ocupa posição de destaquecomo foco das atenções ambientaisdo mundo inteiro, principalmente por 

abrigar 60% (sessenta por cento) da florestaamazônica, a grande reserva da biodiversi-dade no Planeta.

As preocupações que constam da agendaambiental brasileira, não obstante, apresen-tam-se bem mais amplas e diversificadas,agravadas que são pelas limitações de umpaís em desenvolvimento.

É um país de extensão continental e degrandes variações, em latitude e longitude.Um mosaico de classes de solo, relevo diver-sificado e tipos de clima variando do úmidoao semi-árido propiciam a ocorrência de umagrande diversidade de ecossistemas. Umsem-número de formas de uso e ocupação

do espaço, vinculadas à heterogeneidadecultural do seu povo, fazem o Brasil apresen-tar características ambientais próprias.

Que problemas ambientaisglobais afetam mais o Brasil?

O país preocupa-se, par-ticularmente, com alguns as-pectos ligados à degradaçãoambiental no planeta:

• a poluição das águas super ficiais edestruição de nascentes

• as questões nacionais decorrentesdas alterações climáticas

• o tráfico de animais silvestres e de madei-ras

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26 A Questão Ambiental e as Empresas

Quais as implicações, para o Brasil, dasalterações do clima mundial?

Como qualquer outro país, o Brasil tantoé causador como sofre as conseqüências dochamado efeito estufa, que provoca o au-

mento da temperatura terrestre.

As causas do efeito estufa estão relacio-nadas com o lançamento de gases na atmos-fera, principalmente o dióxido de carbono, ometano, os óxidos de nitrogênio e os hidro-carbonetos halogenados.

Segundo o Instituto de Pesquisa da Ama-zônia – Inpe, as queimadas na Floresta Ama-zônica colocam o Brasil entre os 10 maiorespoluidores do mundo. O dióxido de carbono(CO

2) lançado na atmosfera equivale a apro-

ximadamente 2/3 das 300 milhões de tonela-das desse gás, que o país produz, anualmen-te (UNWIRE, 20/07/2004). Em vista disso,minimizar as queimadas é a maior contribui-ção que o Brasil pode oferecer para reduzir a poluição global por gases de efeito estufa,preconizada pelo Protocolo de Quioto.

Os efeitos da elevação da temperatura doplaneta ainda são pouco estudados. Nesse

tópico, o Brasil deve direcionar suas preo-cupações para as seguintes questões:

1) Como o desmatamento e as mudançasda cobertura de vegetação, na Amazô-nia, podem alterar o equilíbrio climáticona região e em outras áreas do País e doplaneta?

2) Com que intensidade nossas emissões degases – provenientes dos incêndios flo-

restais, das caldeiras das indústrias, dosequipamentos de transporte e dos em-preendimentos de produção de energia – contribuem para as alterações climáticasglobais?

3) Como essas mudanças afetariam os ecos-sistemas naturais e os de produção agro-pecuária, no território brasileiro?

4) Que efeitos permaneceriam no ambien-te, mesmo que as emissões de gases e odesmatamento no Brasil fossem controla-dos?

Não existem ainda respostas definitivas

para tais questões. Sabe-se que a vegetaçãoda Amazônia tem importância para o clima nomundo, mas não em que proporção. É preci-so que o país acompanhe os estudos em an-damento e utilize a floresta em seu benefício,com a consciência da importância que tem aregião, em escala mundial.

O fenômeno El Niño, que se dá devido aoaquecimento das águas do oceano Pacífico,também influencia o clima da Terra.

O que é biodiversidade? Qual a suaextensão?

A biodiversidade engloba todas as plan-tas, animais e microorganismos, bem comoo sistema ecológico (ecossistema) do qualfazem parte. Pode ser definida como o con- junto formado pelos ecossistemas, as popu-lações com suas espécies componentes e opatrimônio genético que as caracterizam.

O cientista Paulo E. Vanzolini, do Museude Zoologia da Universidade de São Paulo1,afirma: “Devemos encarar o fato de que a hu-manidade jamais chegará a inventariar a bio-diversidade que a cerca”. Essa incapacidadede inventariar a diversidade das espéciesbiológicas esbarra, principalmente, na carên-cia de mão-de-obra especializada e na faltade recursos para tal empreendimento. Maisdrástico do que isso é saber que, a cada dia,diversas espécies conhecidas são extintas e,

certamente, perde-se um número muito maior de espécies que nem sequer chegaram a ser identificadas pelo homem.

1 VANZOLINI, E. Paulo. Biodiversidade. In: Pavan, Crodo-waldo (org). Uma estratégia latino-americana para a Ama-

zônia. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, dos Recur-sos Hídricos e da Amazônia Legal; São Paulo: Memorial,1996.

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27A Questão Ambiental e as Empresas

Estudos recentes conduzem à previsão deque o mundo perderá entre 2% e 7% das es-pécies, nos próximos 25 anos, corresponden-tes à extinção de 8 mil a 28 mil espécies por ano, ou seja, de 20 a 75 espécies por dia.

A América do Sul e a América Central,  juntas, abrigam 51% das plantas tropicaisexistentes no mundo, enquanto África e Ma-dagascar respondem por 23%, e a Ásia, por 26%. A Amazônia, a Mata Atlântica e o Cerra-do contribuem decisivamente para a biodiver-sidade do planeta.

E qual a referência sobre abiodiversidade na Conferência do Rio?

A Agenda 21, assinada por mais de umacentena de chefes de estado presentes àConferência das Nações Unidas sobre MeioAmbiente e Desenvolvimento, realizada nacidade do Rio de Janeiro em 1992, apresen-ta um capítulo inteiro (Capítulo 15) sobre a“Conservação da Diversidade Biológica”.Além disso, ali também foi gerada a Conven-ção sobre a Diversidade Biológica, da qual oBrasil é signatário.

O objetivo do capítulo 15 da referida agen-

da é melhorar a conservação da diversidadebiológica e o uso sustentável dos recursosbiológicos, bem como apoiar a Convençãosobre Diversidade Biológica.

Destaca ainda que “Os bens e serviçosessenciais de nosso planeta dependem davariedade e variabilidade dos genes, espé-cies, populações e ecossistemas. Os recur-sos biológicos nos alimentam e nos vestem,e nos proporcionam moradia, remédios e ali-

mento espiritual. Os ecossistemas naturaisde florestas, savanas, pradarias e pastagens,desertos, tundras, rios, lagos e marés contêma maior parte da diversidade biológica da Ter-ra. Os campos agrícolas e os jardins tambémtêm grande importância como repositórios,enquanto os bancos de genes, os jardinsbotânicos, os jardins zoológicos e outros re-positórios de germoplasma fazem uma con-tribuição pequena, mas significativa. O atualdeclínio da diversidade biológica decorre em

grande parte da atividade humana, e repre-senta séria ameaça ao desenvolvimento hu-mano.”

Conferência das Nações Unidas sobreMeio Ambiente e Desenvolvimento. A Agen-

da 21 – Brasília, Senado Federal, 1996.

Por que somente agora o homemcomeça a se preocupar com a perda dadiversidade biológica?

A preocupação mais recente decorre dofato de que, nos últimos anos, a perda da bio-diversidade tem ocorrido em ritmo galopante,se comparada às perdas do passado. Comisso, podem ser percebidas por simples ob-servação, ficando mais claro o papel das ati-vidades humanas como seu principal agentecausador.

O desenvolvimento recente da ciência, emrelação aos efeitos dessas perdas e ao po-tencial de uso econômico da biodiversidade,começa a despertar no homem a consciênciade que, com o desmatamento de áreas co-bertas com espécies nativas, pelo tráfico deanimais silvestres ou a caça e pesca preda-tórias, ele não apenas está destruindo bens

econômicos ainda pouco explorados e devalorização crescente, como também amea-çando sua própria sobrevivência, como espé-cie viva habitante de um mesmo planeta.

O que se conhece da biodiversidade doplaneta?

Conhece-se muito pouco. Como já foi dito,existem muitas dificuldades de ordem técnicae outras tantas, de ordem econômica e políti-

ca, para identificá-la.

Para se ter uma idéia, a diversidade bioló-gica do planeta, em número estimado de es-pécies vivas, é da ordem de 5 a 10 milhões.Alguns cientistas estimam um número daordem de 30 milhões. Até o presente foramcatalogadas entre 1,4 e 1,7 milhões de espé-cies. Deste total, 74% a 86% vivem em flo-restas tropicais úmidas, conforme a Tabela 4.De 20 a 50% podem ser extintas no presente

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28 A Questão Ambiental e as Empresas

século, o que constitui uma grande ameaça àvida planetária.

Como se dá a distribuição geográfica dasespécies no planeta?

Além do aspecto evolutivo e das barreirasgeográficas, que “fixam” uma espécie ondeela surgiu, existem certas condições que de-terminam a sobrevivência de um ser vivo nasdiversas regiões do planeta. Essas condiçõesestão relacionadas com a menor ou maior in-fluência dos seguintes fatores: a presença ounão de água, as variações climáticas (chuva,frio, calor, luminosidade) e outros (como va-riações em latitude, longitude e altitude). Taisfatores podem exercer influências isoladas

ou em conjunto, promovendo a adaptação deuma espécie neste ou naquele ambiente.

Em geral, a quantidade de espécies dimi-nui à medida que aumenta a latitude (0º a 90º  – afastamento do equador em direção aospólos) e a altitude (0m a 8.886m – do nível domar ao pico mais elevado), e com a profundi-dade em ambientes aquáticos (0 a 11.000m – fossas oceânicas). Muitas vezes, a peque-na diversidade em espécies é compensada

pelo grande número de indivíduos de umamesma população.

Como se dá a perda da biodiversidade noBrasil?

A perda da biodiversidade no país é cau-sada, principalmente, por:

1) queimadas na Amazônia

2) devastação da Mata Atlântica

3) desmatamento e queimadas no Cerrado ena Caatinga

4) poluição e aterramento de mangues na re-

gião costeira

5) poluição das águas.

Internamente, quais são as principaisquestões ambientais para o Brasil?

Apesar de possuirem uma legislação deproteção ambiental moderna, os brasileirosdefrontam-se com questões de difícil solu-ção, em decorrência, principalmente, da po-

Tabela 4. Comparação da Biodiversidade das cinco classes de vertebrados em 17países

País Mamíferos Aves Répteis AnfíbiosVertebrados,excluídos os

peixes

Peixesde água

doce

Brasil 524 (131) b 1.622 (>191) 468 (172) 517 (294) 3.131 (788) >3.000

África do Sul 247 (27) 774 (7) 299 (76) 95 (36) 1.415 (146) 153

Austrália 282 (210) 751 (355) 755 (616) 196 (169) 1.984 (1.350) 183

China 499 (77) 1.244 (99) 387 (133) 274 (175) 2.404 (484) 1.010

Colômbia 456 (28) 1.815 (>142) 520 (97) 583 (367) 3.374 (634) >1.500

Equador 271 (21) 1.559 (37) 374 (114) 402 (138) 2.606 (310) >44

Estados Unidos 428 (101) 768 (71) 261 (90) 194 (126) 1.651 (388) 790

Filipinas 201 (116) 556 (183) 193 (131) 63 (44) 1.013 (474) 330

Índia 350 (44) 1.258 (52) 408 (187) 206 (110) 2.222 (393) 750

Indonésia 515 (201) 1.531 (397) 511 (150) 270 (100) 2.827 (848) 1.400

Madagascar 105 (77) 253 (103) 300 (274) 178 (176) 836 (630) 75

Malásia 286 (27) 738 (11) 268 (68) 158 (57) 1.450 (163) 600

México 450 (140) 1.050 (125) 717 (368) 284 (169) 2.501 (802) 468

Papua Nova Guiné 242 (57) 762 (85) 305 (79) 200 (134) 1.509 (355) 282

Peru 344 (46) 1.703 (109) 298 (98) 241 (>89) 2.586 (342) 855

Rep. Popular do Congo 415 (28) 1.094 (23) 268 (33) 80 (53) 1.857 (137) 962

Venezuela 288 (11) 1.360 (45) 293 (57) 204 (76) 2.145 (189) 1.250

Fonte: MMA. Relatório Nacional para a Convenção sobre Diversidade Biológica, 1998 (alterado).

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29A Questão Ambiental e as Empresas

breza e da ineficiência da gestão pública domeio ambiente, tais como:

• Uso inadequado e contaminação dos re-cursos hídricos;

• Deficiência ou inexistência de saneamen-to básico;

• Urbanização descontrolada, sem planeja-mento;

• Geração de energia concentrada em gran-des empreendimentos, distantes dos cen-tros de consumo;

• Perda de solo agricultável e desertificação;

• Tráfico de animais silvestres;

• Disposição inadequada de resíduos tóxi-cos;

• Mineração predatória;

• Processos industriais poluentes;

• Poluição do ar em áreas metropolitanas;

• Ruído urbano; e

• Destruição da mata atlântica, devasta-ção do cerrado, queimadas na amazô-

nia e ocupação e contaminação de man-gues.

Quais são os principais impactosambientais detectados no Brasil?

Em 1992, por ocasião da Conferênciado Rio, o Governo brasileiro apresentou orelatório O Desenvolvimento Sustentável:

Relatório do Brasil para a Conferência das

Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e

o Desenvolvimento, onde reconheceu ofi-cialmente, como principais impactos am-bientais constatados no país, por Região,os quais que são mostrados nos Quadrosde 3 a 7 a seguir. Desde então, a degra-dação vem crescendo e se diversificando,com poucos casos de sucesso a relatar nocontrole dos impactos, como bem ilustra asituação da cidade de Cubatão.

Quadro 3. Situação geral dos principais impactos ambientais – Região NorteAtividades de Maior Potencial de Impacto

AmbientalÁrea de Ocorrência Tipo de Degradação

Garimpo de ouro Rondônia, Amazônia, Pará,Amapá, diversas sub-baciasdos rios Amazonas, Madeira eTapajós

• Assoreamento e erosão nos cursos d’água• Poluição das águas, aumento da turbidez e metais

pesados• Formação de núcleos populacionais com grandes

problemas sociais• Degradação da paisagem• Degradação da vida aquática com conseqüências

diretas sobre a pesca e a população

Mineração industrial:ferro, manganês, cassiterita,cobre, bauxita etc.

Amapá, Amazonas, Pará-Carajás, Rondônia

• Degradação da paisagem• Poluição e assoreamento dos cursos d’água• Esterilização de grandes áreas• Impactos socioeconômicos

Agricultura e pecuáriaextensiva(grandes projetosagropecuários)

Toda a Amazônia, próxima àsestradas e grandes cidades

• Incêndios florestais, destruição da fauna, flora (incêndioflorestal visto por astronauta)

• Contaminação dos cursos d’água por agrotóxicos• Erosão e assoreamento dos cursos d’água• Destruição natural – reservas extrativistas

Grandes usinas hidroelétricas Balbina-AM • Impacto cultural (povos indígenas)• Impacto socioeconômico• Inundação de áreas florestais, agrícolas, vilas etc• Destruição de flora, fauna e ecossistemas adjacentes

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30 A Questão Ambiental e as Empresas

Quadro 3. Situação geral dos principais impactos ambientais – Região NorteAtividades de Maior Potencial de Impacto

AmbientalÁrea de Ocorrência Tipo de Degradação

Indústrias de ferro gusa Estado do Pará, ProgramaGrande Carajás

• Destruição de floresta nativa para suprir demanda decarvão vegetal

• Exportação de energia de baixo valor e alto custoambiental

• Poluição das águas, ar e soloPólos industriais e/ou grandesindústrias

Centro industrial – Manaus – AM(Zona Franca)

• Poluição do ar, água e solo• Geração de resíduos tóxicos• Conflitos com o meio urbano

Construção da rodoviaTransamazônica

Eixos da rodovia e suasinterligações

• Grandes migrações e grandes êxodos• Destruição da cultura indígena• Destruição de floresta para implantação de grandes

projetos agropecuários (grandes queimadas)• Propagação do garimpo• Propagação de doenças endêmicas• Explosão demográfica e todas as conseqüências do

processo

Caça e pesca predatórias Em toda a Amazônia, próxima àsestradas e às grandes cidades

• Extinção de mamíferos aquáticos e diminuição depopulações de quelônios e peixes da bacia amazônica

• Drástica redução de animais de valor econômico-

ecológicoIndústrias de alumínio Belém – PA • Poluição atmosférica

• Poluição marinha• Impactos indiretos pela enorme demanda de energia

elétrica

Crescimento populacionalvertiginoso (migração interna)

Rondônia, Manaus – AM, Belém – PA, Amapá

• Problemas sociais graves, chegando, em alguns casos,ao aumento de 40% da população entre 1970 e 1980

• Ocupação desordenada do solo com sériasconseqüências para os recursos naturais

Quadro 4. Situação geral dos principais impactos ambientais – Região NordesteAtividades de Maior Potencial de Impacto

AmbientalÁrea de Ocorrência Tipo de Degradação

Agroindústria de açúcar eálcool

Pernambuco, Paraíba, RioGrande do Norte, Alagoas

• Êxodo rural: em geral, ocupam áreas agrícolas maisférteis – Zona da Mata, competindo com cultura dealimentos

• Destruição da vegetação nativa – extensas áreas demonocultura de cana

• Poluição das águas interiores e costeiras• Exaustão do solo e contaminação da água subterrânea• Contaminação fundiária – Grandes grupos

Pólos industriais e/ou grandesindústrias

Bahia – Pólo Petroquímico deCamaçari, Centro Industrial deAratu; Sergipe – Nitro Fértil,Petromisa; Alagoas – PóloCloroquímico de Maceió,complexo Salgema Maranhão

 – Indústria de Alumínio em São

Luís

• Poluição do ar, água e solo• Ameaça a ecossistemas litorâneos – Manguezais e

restingas• Conflito indústria x turismo x pesca x lazer 

Expansão urbana desordenadaem áreas naturais do litoral eespeculação imobiliária

Todo o litoral nordestino,com destaque para asregiões próximas das capitaislocalizadas no litoral, nobalneário de Parnaíba, no Piauí

• Degradação de ecossistemas litorâneos, praias, dunase manguezais

• Degradação da paisagem• Impactos negativos em atividades econômicas, como

turismo e pesca

Atividade portuária Porto de Suape, Capibaribe – PE, Natal – RN, Luiz Correae Parnaíba – Piauí, Terminal daALCOA, Terminal Pesqueiro,Porto de Itaqui – São Luís doMaranhão, Mucuripe – CE,Salvador, Aratu, Ilhéus – BA

• Poluição das águas costeiras• Impactos em áreas urbanas• Riscos de acidentes• Poluição atmosférica

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31A Questão Ambiental e as Empresas

Quadro 4. Situação geral dos principais impactos ambientais – Região NordesteAtividades de Maior Potencial de Impacto

AmbientalÁrea de Ocorrência Tipo de Degradação

Pesca excessiva Em todo o litoral, principalmentenos Estados do Ceará,Pernambuco e Alagoas

• Esgotamento nos estoques pesqueiros, principalmentelagostas e peixes de maior valor econômico –desequilíbrio ecológico da biota marinha

• Impactos negativos, socioeconômicos e culturais• Ex.: Caça à baleia na PB (hoje proibida)

Grandes latifúndios Maranhão, Piauí, Rio Grande doNorte, Paraíba, Bahia

• Desmatamento de vegetação nativa• Contaminação de água e solo pela pulverização de

agrotóxicos com uso de avião – aplicações maciças• Controle dos recursos naturais por grandes grupos

econômicos, tais como recursos hídricos, barragens,açudes, terras mais férteis (Zona da Mata)

• Êxodo rural para as capitais dos estados nordestinos eoutras regiões

• Desertificação de grandes áreas do Semi-árido

Carcino-cultura, piscicultura esalinas

Rio Grande do Norte, Paraíba,Maranhão, Pernambuco

• Destruição de manguezais (aterros, terraplenagens edrenagens)

• Concentração de grandes áreas da União sob odomínio de poucas grandes empresas (latifúndioslitorâneos)

• Impactos na vida marinha e na pescaSiderúrgicas, olarias e outrasindústrias a carvão vegetalcom exploração de matéria-prima de vegetação nativa.

Rio Grande do Norte, (Serra daFormiga)

• Desertificação do Semi-árido pela retirada da vegetaçãopara produção de carvão

• Êxodo rural para as capitais e cidades litorâneas e paraoutras regiões, tradicionalmente o Sudeste, atualmenteo Norte, contribuindo para o aumento dos conflitossociais, econômicos e ecológicos

Prospecção e exploraçãode combustíveis fósseis

 – petróleo e gás natural

Rio Grande do Norte, em TerraFirme, Mossoró, Alto Rodrigues

• Contaminação de lençóis d’água subterrâneos• Contaminação de cursos d’água superficiais• Desmatamento de áreas naturais

Quadro 5. Situação geral dos principais impactos ambientais – Região Centro-OesteAtividades de Maior Potencial de Impacto

Ambiental

Área de Ocorrência Tipo de Degradação

Grandes projetosagropecuários

• Cerrado – cultura de soja,arroz e outros cereais

• Pantanal – pecuária extensiva• Toda a região – pecuária

extensiva

• Perda de áreas nativas por desmatamento e grandesqueimadas

• Erosão, alteração de vazão dos cursos d’água,assoreamento

• Desequilíbrio ecológico pela monocultura extensiva• Poluição das águas pelo uso de grandes quantidades

de agrotóxicos• Compactação dos solos pelo uso de mecanização

intensiva

Garimpo de ouro e pedraspreciosas

• Norte de Mato Grosso• Cabeceiras do rio Paraguai• Poconé – próximo a Cuiabá

• Erosão, assoreamento e contaminação dos cursosd’água que formam a bacia do rio Paraguai (impactoindireto no Pantanal)

• Impactos socioeconômicos

Pesca predatória no Pantanal

e caça ao jacaré

• Toda a região do Pantanal,

especialmente a área próximaa Campo Grande – MS

• Diminuição dos estoques pesqueiros• Desequilíbrio ecológico• Risco de extinção de algumas espécies de jacaré

Olaria/Fábrica de tijolos • Cuiabá e norte do MT• Goiânia – GO

• Perda de Cerrado para suprir demanda de carvãovegetal

• Perda de áreas de floresta pré-amazônica – norte daregião

Atividades consumidoras demadeira como matéria-prima(serrarias e mobiliárias)

• Vera – norte de MT - Destruição da fauna e flora pelo desmatamento dafloresta amazônica e do cerrado

Grandes projetos industriais – usinas de álcool

• Mato Grosso • Contaminação dos cursos d’água, cabeceiras doPantanal

• Desequilíbrio ecológico causado pela monoculturaextensa de cana-de-açúcar 

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32 A Questão Ambiental e as Empresas

Quadro 5. Situação geral dos principais impactos ambientais – Região Centro-OesteAtividades de Maior Potencial de Impacto

AmbientalÁrea de Ocorrência Tipo de Degradação

Matadouro, frigorífico, laticínios • Região de Cuiabá – MT • Poluição dos cursos d’água

Invasão de reservas indígenasno cerrado e norte de MatoGrosso

• Região de Guaporé – norte doMT

• Impacto cultural e social em populações indígenas• Destruição de vegetação nativa

Expansão urbanadesordenada

• Em vários núcleos próximosa Cuiabá, norte de Goiás eregião de Campo Grande

 – MS

• Destruição de nascentes de cursos d’água que formama bacia do Pantanal

• Destruição da paisagem• Poluição por falta de saneamento básico• Destruição da rede de drenagem

Pecuária extensiva doPantanal

• Região do Pantanal • Competição com fauna nativa• Desequilíbrios

Quadro 6. Situação geral dos principais impactos ambientais – Região Sudeste

Atividades de Maior Potencial de Impacto

AmbientalÁrea de Ocorrência Tipo de Degradação

Grandes concentrações

urbanas (áreas metropolitanas)

• Grande São Paulo• Grande Rio de Janeiro• Grande Belo Horizonte• Grande Vitória

• Degradação da paisagem• Poluição das águas interiores e costeiras• Contaminação do solo• Escassez de espaço• Problemas socioeconômicos• Poluição sonora

Grandes concentraçõesindustriais e pólos industriais

• Regiões metropolitanas dosquatro estados

• Poluição do ar, das águas e do solo• Degradação da paisagem• Geração de resíduos sólidos perigosos

Concentração de veículosautomotores em áreasmetropolitanas

• Regiões metropolitanas:• São Paulo – SP• Rio de Janeiro – RJ• Belo Horizonte – MG

• Poluição atmosférica• Poluição sonora

Atividades portuárias,movimentação, transporte

e estocagem de cargas eestaleiros navais

• São Paulo – São Sebastião eSantos

• Rio de Janeiro – baía daGuanabara, Sepetiba

• Espírito Santo – portos deVitória, Tubarão e Unaí

• Poluição das águas costeiras• Poluição atmosférica• Impacto no meio urbano• Geração de resíduos sólidos perigosos• Riscos de acidentes

Agricultura mecanizada comalto consumo de agrotóxicos egrandes áreas homogêneas

• Sul do estado de MinasGerais

• Todo o estado de São Paulo

• Compactação, erosão e contaminação do solo• Desequilíbrio ecológico• Queda da fertilidade dos solos• Prejuízos socioeconômicos• Assoreamento dos cursos d’água

Agroindústria de açúcar eálcool, papel e celulose

• Em todos os estados daregião, destacando-se SãoPaulo com cerca de 50% daprodução nacional

• Poluição dos cursos d’água• Poluição dos solos• Poluição do ar • Desequilíbrio ambiental – monocultura

Transporte de combustíveis

em oleodutos e gasodutos

• Betim/MG a Rio de Janeiro• Paulínia/SP a São Sebastião• Campos/RJ a São Sebastião

• Erosão provocada pelo desmatamento de áreas

naturais• Riscos de acidentes com prejuízos para a fauna, a flora

e a vida humana

Expansão urbanadesordenada na faixa litorânea

• Todo o litoral da região comdestaques:

• Litoral norte de São Paulo• Litoral centro e Sul do Espírito

Santo• Litoral centro e Sul do Rio de

Janeiro

• Destruição de ecossistemas fundamentais à vidamarinha: manguezais e restingas

• Degradação de paisagens, enseadas, falésias,promontórios, penínsulas e ilhas

• Poluição das praias• Destruição de áreas naturais• Prejuízos socioeconômicos para o lazer, turismo e pesca

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33A Questão Ambiental e as Empresas

Quadro 6. Situação geral dos principais impactos ambientais – Região Sudeste

Atividades de Maior Potencial de Impacto

AmbientalÁrea de Ocorrência Tipo de Degradação

Mineração de ferro, ouro(garimpo) calcário, granito eargila

• Minas Gerais – ferro e ouro• São Paulo – areia e calcário• Rio de Janeiro – granito e

calcário• Espírito Santo – calcário e

granito

• Degradação de grandes áreas, tornando-as inúteis• Poluição das águas e assoreamento dos cursos d’água• Degradação de paisagem• Problemas socioeconômicos graves

Indústrias siderúrgicasprimitivas – Ferro gusa

• Região do vale do Rio Doce – Minas Gerais e EspíritoSanto

• Sudeste de Minas Gerais

• Destruição de florestas nativas para produção decarvão vegetal

• Poluição das águas e rios• Poluição do ar 

Quadro 7. Situação geral dos principais impactos ambientais – Região Sul

Atividades de Maior Potencial de Impacto

AmbientalÁrea de Ocorrência Tipo de Degradação

Agricultura mecanizada, altoconsumo de agrotóxicos emonoculturas

Estados:• Paraná• Santa Catarina• Rio Grande do Sul

• Desmatamento de remanescentes florestais• Compactação do solo• Erosão dos solos• Contaminação dos solos por agrotóxicos• Desequilíbrios ecológicos – pragas• Assoreamento dos cursos d’água

Matadouros e curtumesusina termoelétrica

Rio Grande do SulCandiota – RS

• Poluição das águas – prejuízos à vida aquática• Poluição atmosférica

Extração de carvão mineral Santa Catarina – váriosmunicípios do sul do estadoRio Grande do Sul:Mina de CharqueadasMina de CandiotaMina LeãoMina UruíMina Recreio

• Poluição das águas• Poluição visual – degradação da paisagem• Destruição de áreas naturais• Degradação de grandes áreas, tornando-as inúteis• Prejuízos para a agricultura

Ocupação desordenada dolitoral – expansão urbana

Todo o litoral • Poluição das praias• Destruição de ecossistemas naturais litorâneos

(manguezais e restingas)• Degradação da paisagem• Prejuízos socioeconômicos – lazer, turismo e pesca

Pólos industriais Joinville e Blumenau – SCAraucária – PRCanoas – RSRio Grande – RSTriunfo – RSImbituba – SCPorto Alegre – RSSão Leopoldo – RS

• Poluição do ar • Poluição das águas interiores e costeiras• Poluição causada por resíduos sólidos – lixo inerte e

tóxico• Problemas socioeconômicos – conflitos entre uso

agrícola, turismo e moradia

Atividades portuárias Antonina – PR

Paranaguá – PRItajaí – SCImbituba – SCLaguna – SCRio Grande – RSPorto Alegre – RSTramandaí – RSCharqueadas – RS

Poluição das águas costeiras

Poluição atmosféricaImpacto sobre o meio urbano – conflito com odesenvolvimento urbano e turísticoGeração de resíduos sólidos perigososRiscos de acidentes

Indústrias que utilizam madeiracomo matéria-prima

Em todos os estados Destruição das florestas nativasDesequilíbrio ecológicoDiminuição da capacidade de absorção da água pelo soloExtinção de espécies nativas – bancos genéticos

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E como está a saúde de nossos recursoshídricos?

Os principais problemas existentes nasbacias hidrográficas brasileiras encontram-seno Quadro 8. As informações foram levanta-

das pelo extinto DNAEE, no período 1984/85,em 2.500.000 km² do território brasileiro, mascontinuam muito atuais.

Para solucionar esses e novos problemas,o país conta hoje com uma Política Nacio-nal de Recursos Hídricos (Lei 9.433/97), que

Quadro 8. Principais problemas existentes nas bacias hidrográficas brasileiras

Bacia Hidrográfica Problemas Prioritários

1. Rio São Francisco Trecho 1 (Baixo São Francisco a jusante de Sobradinho): obras de aproveitamento hidroenergético eefeitos das inundações de baixadas periféricas, aproveitamento hidroagrícola dessas áreas, reversãopara o nordeste semi-árido.Trecho 2 (Região do Lago de Sobradinho): problemas advindos do uso múltiplo do lago: geraçãode energia, contenção de cheias, navegação etc. e, mais recentemente, os estudos em andamentosobre reversão de suas águas para outras bacias.Trecho 3 (Entre as barragens de Três Marias e Sobradinho): aproveitamentos hidroagrícolas,problemas de transbordamento da calha principal, conflito de usos em Três Marias: geração deenergia, controle de enchente e navegação.Trecho 4 (Alto São Francisco até a barragem de Três Marias): uso predominante para abastecimentodoméstico e industrial; problemas de preservação de qualidade da água; lançamento de efluentesdomésticos e industriais sem tratamento; poluição inorgânica devida ao beneficiamento de minérios.

2. Rio Parnaíba Problemas de disponibilidade hídrica e de poluição nos rios intermitentes, áreas sujeitas a enchentesperiódicas e grandes lançamentos de cargas poluidoras em Parnaíba, Teresina e Floriano.

3. Rio Paraguaçu Grande região com escassez de água – rios intermitentes com problemas de salinidade; lançamentosurbanos e industriais (CIS – Centro Industrial de Subaé) a montante do reservatório Pedra do Cavalo,manancial abastecedor da região metropolitana de Salvador, Feira de Santana e outras.

4. Rios Mundaú eParaíba

Grande região com restrições à quantidade de água disponível para diversos usos, áreas comrestrição à aqüicultura, grande região com poluição e áreas com enchentes esporádicas.

5. Rios Itapicuru eVaza-Barris

Trecho de rio a perenizar, necessidade de controle da salinização dos açudes e necessidade deimplantação de pequenos açudes nas cabeceiras do rio Itapicuru.

6. Rio Jaguaribe Área sujeita a inundações em Aracati, Russas e Limoeiro do Norte.

7. Rio Doce Exploração de mineração e siderurgia; baixa qualidade da água em Caratinga e Rio Casca; elevadasdemandas e alto potencial poluidor inorgânico, com enchentes na região de Mariana, Nova Erae Coronel Fabriciano, e problemas de qualidade da água na captação de Governador Valadares,Colatina e Linhares.

8. Rio Paranaíba Áreas de intensa geração de cargas poluidoras e necessidade de novos mananciais, no curto prazo,em Brasília, Anápolis, Goiânia e Uberlândia; necessidade de EIA em grandes barragens projetadas eoperação mais adequada das UHE existentes.

9. RioParanapanema

Áreas críticas de abastecimento urbano nas regiões sul e oeste da bacia hidrográfica e região comfocos de esquistossomose endêmica, com lançamentos de esgotos urbanos e industriais na regiãonorte da bacia hidrográfica.

10. Rio Paraíba doSul

Necessidade de recursos hídricos para o sistema Light/Rio; grandes cargas orgânicas lançadas nasregiões de São José dos Campos, Taubaté, Volta Redonda e Juiz de Fora.

adota o conceito de que a água é um bemeconômico e, portanto, o usuário deve pagar pelo seu uso.

Com essa lei, as bacias hidrográficas pas-sam a ser geridas por comitês de bacia, com-

postos por usuários dos recursos hídricos, re-presentantes da sociedade civil e de órgãosgovernamentais. Esse modelo participativode gestão foi implantado, inicialmente, no es-tado de São Paulo e agora começa a tomar corpo, em várias bacias do país (PROJETOMARCA D’ÁGUA, 2003).

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Bacia Hidrográfica Problemas Prioritários

11. Rios Mogi ePardo

Região de Mogi-Guaçu/Mogi-Mirim: grandes retiradas de água para uso doméstico e irrigação,grandes lançamentos e cargas orgânicas urbanas e industriais, qualidade sanitária do rio jácomprometida na captação de Araras, região de São José do Rio Pardo: conflito operacional da UHEde Graminha e a captação de São José do Rio Pardo; grandes retiradas para irrigação e elevadoslançamentos de cargas orgânicas urbanas e industriais.Região de Ribeirão Preto: degradação da qualidade das águas dos rios Pardo e Mogi-Guaçu, devidoaos lançamentos urbanos e das usinas de açúcar e álcool.Região de Poços de Caldas: parque industrial da cidade de Poços de Caldas, incluindo áreas daNuclebrás nas cabeceiras do rio Pardo e a montante do reservatório da UHE de Graminha.

12. Rios Jaguari ePiracicaba

Reversão para o abastecimento de Jundiaí e RMSP; pólo industrial de Extrema a montante doreservatório de Jaguari-Jacareí; grande utilização do rio Atibaia como manancial e corpo receptor,focos de esquistossomose na região de Americana; lançamento de esgoto de rio Claro a montante dacaptação do rio Piracicaba; poluição excessiva do rio Piracicaba.

13. Rio Grande Elevado consumo de água e lançamento de cargas poluidoras domésticas e industriais, em trecho decabeceira (Uberaba); elevadas retiradas de água para consumo industrial, principalmente nas usinasde açúcar e álcool e para irrigação, e acentuada deterioração da qualidade em face da insuficiênciade vazões de diluição (Fernandópolis e Jaboticabal);Trecho de cabeceira com significativas demandas de água para irrigação e com previsão decomprometimento do abastecimento urbano e da finalidade do corpo hídrico (região de Mogi-Guaçu/Mogi-Mirim) e reservatórios de Furnas, Volta Grande, Porto Colômbia, Marimbondo e Água Vermelha,com tendências à eutrofização.

14. Rio Ribeira doIguape

Reversão existente do reservatório Parigot de Souza, reversão prevista para a RMSP; inundaçõesnas planícies e manejo na região Vale Grande/Mar Pequeno; mineração.

15. RegiãoHidrográfica doAlto Tietê

Escassez de água, qualidade da água, gerenciamento dos recursos hídricos, conflito energia Xabastecimento.

16. Rio Iguaçu Grandes lançamentos de cargas poluidoras em trechos da cabeceira com pouca vazão disponívelpara diluição, disponibilidade hídrica restrita (Curitiba, Guarapuava e Cascavel); lançamentossignificativos de cargas poluidoras, comprometendo a qualidade (Mafra); tendência de eutrofizaçãodo reservatório Foz do Areia.

17. Rio Itajaí-Açu Lançamento de cargas orgânicas a montante de captações (região de Blumenau), áreas com grandepotencial de poluição das águas (Agrolândia, Trombudo Central, Rio do Sul, Indaial, Blumenau),inundações, erosão.

18. Rio Uruguai Lajes: alta carga orgânica poluidora com possibilidade de interferência futura no reservatório deCampos Novos; rio Marombas com alta carga orgânica poluidora com risco de afetar o reservatórioSão Roque; rio do Peixe com alta carga poluidora e retirada significativa para irrigação com influênciasobre os futuros reservatórios Ita e Itapiranga; e Vacaria, Passo Fundo, Getúlio Vargas e Santana doLivramento nas cabeceiras com dificuldade futura de abastecimento.

19. Rio Guaíba Grandes lançamentos de cargas poluidoras domésticas e industriais deteriorando a qualidade daságuas, com prejuízo das captações e áreas de lazer, enchentes (Porto Alegre); deterioração dascondições sanitárias, vazões de estiagem insuficientes para o futuro, enchentes (Esteio, NovoHamburgo, São Leopoldo); grandes lançamentos de cargas poluidoras industriais e domésticas(Caxias do Sul); bacia carbonífera com poluição inorgânica (rio Pardo); escassez futura de água parademandas de irrigação previstas (Cachoeiras do Sul, Alto Jacuí).

Fonte: SETTI, A. A necessidade do uso sustentável dos recursos hídricos,1994.

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E como está o meio social brasileiro emrelação às questões ambientais?

No Brasil, seguindo uma tendência que écrescente em todo o planeta, as atitudes dosdiferentes atores sociais podem ser resumi-

das da seguinte forma, Quadro 9:Quadro 9. Atividades dos diferentes fatores sociais no Brasil

Atores Sociais Atitudes/participação

• Políticos • Decidem que é importante pensar “verde”, e que atitudes favoráveis ao meioambiente podem dar dividendos eleitorais.

• Cientistas/pesquisadores • Incrementam pesquisas sobre questões afetas ao meio ambiente. Incentivama criação de disciplinas e cursos em universidades em níveis de graduação epós-graduação.

• Empresários • Começam a repensar suas formas de gestão visando a economia de recursose a minimização de danos ambientais, não só porque “querem” o bem do meioambiente, mas em especial para manter sua sustentabilidade, competitividade,

sobrevivência e lucro.• Empregados/técnicos • Estão cada vez mais conscientes de que lhes cabe papel importante nas

atitudes para influenciar atividades empresariais e comunitárias que possamproteger e/ou melhorar o meio ambiente.

• Consumidores • Modificam seu comportamento e hábitos de consumo, dando preferência aprodutos e serviços ambientalmente mais compatíveis.

• População em geral • Com o constante aumento da conscientização sobre as questões ambientais,ela defende sua qualidade de vida nas cidades e no campo, em geral colaborapara que haja um meio ambiente mais limpo e sadio.

• Entidades de classe • Patronais e de empregados já estão analisando os reflexos que a tendência dacompatibilidade ambiental em geral terá sobre seus negócios e empregos.

• Órgãos públicos ambientais • Investimentos estão sendo feitos para a melhoria dos procedimentos deanálises ambientais, envolvendo o aperfeiçoamento dos dispositivos legais, aestrutura organizacional, os laboratórios, a capacitação técnica e a melhoria deprocedimentos de análise, fiscalização e monitoramento.

• Poder judiciário • Por meio das promotorias de meio ambiente, já instaladas em inúmerascidades, está aumentando a vigilância pública oficial sobre questões afetas ànatureza e os responsáveis por danos ambientais.

• Organizações ambientalistas não-governamentais

• As redes com atuação internacional e as entidades com ações locais sefortalecem cada vez mais e continuarão desempenhando um papel importantena vigilância sobre a qualidade ambiental e ações danosas ao meio ambiente.

Fonte: Modificado de JUCHEM, P. A. Gestão e auditoria ambiental , 1994.

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 AS ATIVIDADES EMPRESARIAIS E 

SEUS EFEITOS AMBIENTAISAmbiente, seus fins e mecanismos de formu-lação e aplicação no Brasil, define meio am-biente como sendo o “conjunto de condições,leis, influências e interações de ordem física,química e biológica, que permite, abriga erege a vida em todas as suas formas”.

A mesma Lei define como sendo poluidor,no seu art. 3º, inciso IV, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, respon-sável, direta ou indiretamente, por atividadecausadora de degradação ambiental.

 A partir dos anos 80, toma corpo no paíslegislação ambiental sintonizada coma tendência mundial de conciliar ativi-

dades empresariais e conservação do meioambiente.

Estabelece-se, por meio da ResoluçãoConama 001/86, a exigência de elaboraçãode Estudo de Impacto Ambiental-EIA e res-pectivo Relatório de Impacto Ambiental-Rimapara o licenciamento de atividades modifica-doras do meio ambiente. Nos Estados Uni-dos, essa exigência havia sido implantadaem 1969, passando a servir de modelo paraa maioria dos países.

A Constituição Federal, de 1988, veioconfirmar a tendência a uma maior regula-mentação ambiental do funcionamento dasempresas, no que foi seguida pelos

estados e Distrito Federal. A partir daí, passou também a existir ins-trumento jurídico – a Ação Civil Pú-blica – que possibilita a qualquer cidadão brasileiro interferir nos processos dedegradação ambiental.

Afinal, qual é a definição de meioambiente?

A Lei Federal nº 6.938, de 31

de agosto de 1981 (v. AnexoI), que dispõe sobre a Po-lítica Nacional de Meio

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A norma NBR ISO DIS 14001/2003 (v.Anexo II) define meio ambiente como sendoa “circunvizinhança em que uma organizaçãoopera, incluindo-se ar, água, solo, recursosnaturais, flora, fauna, seres humanos e suasinter-relações”. Neste contexto, segundo a re-

ferida norma, a circunvizinhança estende-sedo interior de uma organização para o siste-ma global. Esta definição é muito importante,pois situa as questões ambientais no âmbitode cada empresa, segundo a abrangênciados seus aspectos ambientais.

Com quem micro e pequenosempresários dialogam no Governo arespeito de meio ambiente?

Para verificar se sua atividade necessitade licenciamento ambiental, os micro e pe-quenos empresários devem dirigir-se:

a) ao Órgão Estadual de Meio Ambiente – Oema, responsável pela emissão de li-cenças ambientais para instalação e ope-ração de empresas (v. anexo VI);

b) ao Ibama: nos casos de licenciamentofederal. O Ibama possui representações(v. anexo VII) em todos os estados da Fe-

deração e no Distrito Federal, em condi-ções de orientar o licenciamento;

c) ao órgão municipal de meio ambiente: mui-tas prefeituras já dispõem de uma entidadepara orientar o empresário em questõesambientais (normas, regulamentos, produ-tos, projetos, tecnologia e financiamento).

E ainda:

• No caso de empreendimentos que exigemdesmatamento, é preciso obter uma auto-rização do Ibama ou do órgão estadual deflorestas.

• Para empreendimentos de extração mine-ral, é necessário que o Departamento Na-cional de Produção Mineral (DNPM) apro-ve o Plano de Aproveitamento Econômicoapresentado pela empresa, e ainda que oempresário cumpra outras exigências.

O que é licenciamento ambiental?

O licenciamento ambiental é um dos ins-trumentos de gestão instituídos pela PolíticaNacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/81).Trata-se de procedimento administrativo pelo

qual o órgão ambiental competente licenciaa localização, instalação, ampliação e ope-ração de empreendimentos e atividades queutilizam recursos naturais e podem causar degradação ambiental.

O licenciamento foi estabelecido pela Re-solução Conama nº 001/86 e teve seus pro-cedimentos e critérios revisados pela Reso-lução nº 237/97. Essas e outras Resoluções – tais como as de nos 011/86, 006/87, 006/88,009/90 e 010/90 – incluem listas de ativida-des modificadoras do meio ambiente.

Segundo a Cartilha de Licenciamento Am-biental editada pelo Tribunal de Contas daUnião, em 2004, a ausência de licenciamentoambiental pode ocasionar conseqüências deordem pessoal (pena de detenção e/ou mul-ta) e/ou sanções administrativas, de acordocom a Lei nº 9.605/98; bem como denúnciado empreendimento pelo Ministério Público.

Quem fornece as licenças ambientais?

As licenças ambientais são fornecidaspelos órgãos estaduais do meio ambienteou pelo Ibama, em caráter supletivo ou paraaquelas atividades que, por lei, são de com-petência federal.

Quais são essas licenças?

As licenças ambientais são de três tipos: a

Licença Prévia (LP), a Licença de Instalação(LI) e a Licença de Operação (LO). Essas li-cenças encontram-se detalhadas na Resolu-ção Conama nº 237/97.

O que é Licença Prévia?

A Licença Prévia (LP) autoriza o empre-sário a desenvolver o projeto do empreendi-mento. Assim, qualquer planejamento reali-zado antes da LP pode ser alterado.

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Aprova a localização e a concepção eatesta a viabilidade ambiental do empreendi-mento ou atividade. É de grande importânciano atendimento do princípio constitucional daprecaução.

O que é Licença de Instalação?

A Licença de Instalação (LI) é requeridaao se ter o projeto aprovado, servindo para aconstrução do empreendimento ou atividade,de acordo com esse projeto.

O que é Licença de Operação?

A Licença de Operação (LO) é expedidaapós a Licença de Instalação, depois da ve-rificação de que o empreendimento foi cons-truído de acordo com o projeto aprovado. Au-toriza o empresário a iniciar as atividades doempreendimento.

Toda atividade empresarial necessita delicenciamento ambiental?

Não. Aquelas atividades cujo potencial po-luidor é mínimo não são objeto de licencia-mento ambiental.

Como saber se a atividade empresarial épotencialmente poluidora?

O empresário deve dirigir-se ao órgão es-tadual de meio ambiente para ser informado,antes de iniciar seu projeto e de solicitar  fi-

nanciamento.

Como se classifica o potencial poluidor de uma atividade empresarial?

As atividades empresariais podem ser classificadas em função de seu potencial po-luidor. Para tanto, os órgãos ambientais ba-seiam-se em metodologia estabelecida peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), que leva em conta as característicasdo processo e do tipo de utilização de maté-ria-prima, energia etc.

O potencial poluidor das atividades podeser alto, médio e baixo. A Tabela 5 a seguir oferece muitos exemplos de atividades po-tencialmente poluidoras e foi baseada no do-cumento Classi fi cação de Atividades Polui-

doras (MN-050. R-1), de 1992, da FundaçãoEstadual de Engenharia do Meio Ambiente – Feema/RJ.

Tabela 5. Classificação do potencial poluidor de uma atividade empresarial

Classificação do potencial poluidor de acordo com a atividade empresarial

Atividade Unid. de medidaPorte Potencial

poluidor Pequeno Médio GrandeAqüiculturaPiscicultura Área inundada(ha) <2 >2<10 >10 Baixo

Ranicultura Área útil (m2) <3000 >3000 e <5000 >5000 Baixo

ATIVIDADES AGROPECUÁRIASAviculturaGranja de matrizes Nº Cabeças >1000 e <10000 >10000 e <100000 >100000 Baixo

Granja de poedeiras Nº Cabeças >1000 e <10000 >10000 e <100000 >100000 Baixo

Unidade de frango de corte Nº Cabeças >1000 e <10000 >10000 e <100000 >100000 BaixoUnidade de pinto de um dia(incubatório)

Nº Cabeças >1000 e <10000 >10000 e <100000 >100000 Baixo

SuinoculturaGranja de Ciclo Completo Nº de Matrizes >15 e <40 >40 e <80 >80 Alto

Unidade de Produção deLeitão (UPL)

Nº de Matrizes >30 e <120 >120 e <260 >260 Alto

Unidade de CrescimentoTerminação

Nº de Cabeças >60 e <160 >160 e <400 >400 Alto

ATIVIDADES PARA FINS DE LAZERClube campestre Área total (ha) <2 >2 e <4 >4 Médio

Hotel-fazenda Área total (ha) <5 >5 e <10 >10 Médio

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40 A Questão Ambiental e as Empresas

Classificação do potencial poluidor de acordo com a atividade empresarial

Atividade Unid. de medidaPorte Potencial

poluidor Pequeno Médio Grande

CONSTRUÇÃO CIVIL

Barragem Área inundada (ha) <2 >2 e <10 >10 Alto

Ponte Comprimento (km) <0,5 >0,5 e <1 >1 Médio

EXTRAÇÃO E TRATAMENTO DE MINERAISExtração a céu aberto sem beneficiamento

Areia/cascalho/aluvião Área avanço (m2/ano) <500 >500 e <30000 >30000 Médio

Areia/saibro/terra Área total (ha) <2 >2 e <6 >6 e <20 Médio

EXPLORAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

Água mineral Vazão m3/dia <10000 >10000 e <40000 >40000 Baixo

Irrigação ATI (ha) <10 >10 e <50 >50 Médio

INDÚSTRIA DE BEBIDAS

Fabricação de cervejas/chope/malte, inclusive lêvedo decerveja

Área útil (m2) <10000 >1000 e <5000 >5000 Alto

Fabricação de refrigerantes Área útil (m2) <10000 >1000 e <5000 >5000 Médio

Fabricação de sucos Área útil (m2) <10000 >1000 e <5000 >5000 Médio

Fabricação de roupasprofissionais e acessórios parasegurança industrial e pessoal

Área útil (m2) <10000 >1000 e <5000 >5000 Médio

INDÚSTRIA EDITORIAL E GRÁFICA

Impressão de jornais,periódicos, livros, materialescolar e outras obras de texto

Área útil (m2) <10000 >1000 e <5000 >5000 Médio

Impressão de material parausos industrial, comercial epara propaganda

Área útil (m2) <10000 >1000 e <5000 >5000 Baixo

Impressão tipográfica,litográfica e off set em papel,papelão, cartolina e outros

materiais

Área útil (m2) <10000 >1000 e <5000 >5000 Baixo

INDÚSTRIA DA MADEIRA

Fabricação de chapase placas de madeiraaglomerada/prensada efabricação de madeiracompensada, revestida ou nãocom material plástico

Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Baixo

Serrarias e fabricação deprodutos de lâminas demadeira

Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Médio

INDÚSTRIA METALÚRGICA

Fabricação de artefatos detrefilados de ferro e aço

e de metal não-ferroso,exclusive produtos de tornosautomáticos

Área útil (m2

) <1000 >1000 e <5000 >5000 Baixo

Fabricação de embalagensmetálicas a partir dereaproveitamento deembalagens usadas.

Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Médio

Fabricação de estruturasmetálicas

Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Baixo

Serviço de galvanotécnica(cobreagem cromagem,estanhagem, niquelagem,zincagem etc.)

Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Alto

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41A Questão Ambiental e as Empresas

Classificação do potencial poluidor de acordo com a atividade empresarial

Atividade Unid. de medidaPorte Potencial

poluidor Pequeno Médio GrandeINDÚSTRIA DO MOBILIÁRIO

Fabricação de móveis demadeira

Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Baixo

Fabricação de móveis de

metal, ou com predominânciade metal

Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Médio

INDÚSTRIA DO PAPEL E PAPELÃOFabricação de papel, papelão,cartolina e cartão a partir decelulose e/ou pasta mecânica

Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Alto

Fabricação de papel, papelão,cartolina e cartão a partir deaparas ou reaproveitamentode papel

Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Médio

INDÚSTRIA DE CONSERVAS, DOCES E MASSASAbatedouros de aves eoutros pequenos animaise preparação de carne e

subproduto

Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Alto

Abatedouros de reses epreparação de carnes esubprodutos

Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Alto

Fabricação de doces emmassa ou em pasta

Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Alto

Fabricação de produtosde mandioca (farinha demandioca, polvilho, raspa,farinha de rosca)

Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Alto

INDÚSTRIA DE PRODUTOS DE MATÉRIA PLÁSTICAFabricação de artigosde material plásticopara embalagem eacondicionamento

Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Baixo

Fabricação de laminadosplanos e tubulares de materialplástico

Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Alto

INDÚSTRIA DE PRODUTOS DE MINERAIS NÃO METÁLICOSBeneficiamento de pedras(mármores, granito, ardósiaetc.)

Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Médio

Britamento de pedras Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Alto

Fabricação de materialcerâmico – inclusive de barrocozido e materiais refratários

Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Médio

INDÚSTRIA QUÍMICAFabricação de adubosfertilizantes e corretivos do

solo, exclusive uréia e pócalcário

Área útil (m2

) <1000 >1000 e <5000 >5000 Médio

Fabricação de agrotóxicos Área úti l (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Alto

INDÚSTRIA TÊXTILBeneficiamento de fibrastêxteis vegetais e de materiaistêxteis de origem animal

Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Alto

Fiação Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Médio

Fiação e tecelagem Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Alto

Tecelagem Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Alto

Fabricação de artigos depassamanaria, tapeçaria,cordoaria, estopa e sacaria

Área útil (m2) <1000 >1000 e <5000 >5000 Médio

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42 A Questão Ambiental e as Empresas

Classificação do potencial poluidor de acordo com a atividade empresarial

Atividade Unid. de medidaPorte Potencial

poluidor Pequeno Médio GrandePARCELAMENTO DO SOLO

Para fins industriais Área total (ha) <10 >10 e <50 >50 Alto

Residencial rural Área total (ha) <20 >20 e <50 >50 Médio

Residencial urbano Área total (ha) <4 >4 e <20 >20 Médio

SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICACaptação a fio d’água paraabastecimento

Vazão (m3/dia) <432 e <1200 >1200 e <2400 >2400 Baixo

Coleta e tratamento de esgotosanitário

População atendida <50000 >50000 e <150000 >150000 Alto

Destinação final de resíduosólido urbano

População atendida <50000 >50000 e <100000 >100000 Alto

Fonte: Feema/RJ. Classificação das Atividades Poluidoras, 1992.

Como regularizar empreendimentos nãolicenciados?

Para permitir a regularização de empreen-dimentos que iniciaram obras, ou entraramem operação, antes da obtenção das respec-tivas licenças ambientais, o artigo 79 da Leide Crimes Ambientais (Lei nº 9.605, de 1998)estabelece o instrumento denominado Termode Compromisso. Ao celebrar esse Termo, oempreendedor beneficia-se da suspensão deeventual multa e recebe uma oportunidadede promover as necessárias correções emsuas atividades, mediante o atendimento das

exigências impostas pelas autoridades am-bientais competentes (TCU, 2004).

O que a Constituição brasileira de 1988diz sobre o meio ambiente?

A Constituição Federal reconhece a im-portância do meio ambiente e dedica todo oCapítulo VI ao tema.

No artigo 225, estabelece que:

“Todos têm direito ao meio ambiente eco-logicamente equilibrado, bem de uso comumdo povo e essencial à sadia qualidade devida, impondo-se ao poder público e à cole-tividade o dever de defendê-lo e preservá-lopara as presentes e futuras gerações”.

O artigo 170 da Constituição condiciona aordem econômica, entre outros princípios, aoda defesa do meio ambiente.

Quais são as responsabilidades do poder público na defesa e conservação do meioambiente?

De acordo com o artigo 225 da Constitui-ção, cabe ao poder público:

I preservar e restaurar os processos ecoló-gicos essenciais e prover o manejo ecoló-gico das espécies e ecossistemas;

II preservar a diversidade e a integridade dopatrimônio genético do país e fiscalizar asentidades dedicadas à pesquisa e mani-

pulação de material genético;

III definir, em todas as unidades da Federa-ção, espaços territoriais e seus compo-nentes a serem especialmente protegidos,sendo a alteração e a supressão permiti-das somente através de lei, vedada qual-quer utilização que comprometa a inte-gridade dos atributos que justifiquem suaproteção;

IV exigir, na forma da lei, para instalação deobra ou atividade potencialmente causa-dora de significativa degradação do meioambiente, estudo prévio de impacto am-biental, a que se dará publicidade;

V controlar a produção, a comercializa-ção e o emprego de técnicas, métodose substâncias que comportem risco paraa vida, a qualidade de vida e o meio am-biente;

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43A Questão Ambiental e as Empresas

VI promover a educação ambiental em todosos níveis de ensino e a conscientizaçãopública para a preservação do meio am-biente;

VII proteger a fauna e a flora, vedadas, na

forma da lei, as práticas que coloquem emrisco sua função ecológica, provoquem aextinção de espécies ou submetam os ani-mais a crueldade.

De que forma o poder público assegura,na prática, o direito ao meio ambienteecologicamente equilibrado?

O poder público dispõe dos seguintes ins-trumentos, segundo a Lei nº 6.938, de 1981,que trata da Política Nacional do Meio Am-biente, e a Lei nº 8.028, de 1990, que a atu-aliza:

• o estabelecimento de padrões de qualida-de ambiental;

• o zoneamento ambiental;

• a avaliação de impactos ambientais;

• o licenciamento e a revisão de atividades

efetivas ou potencialmente poluidoras;

• os incentivos à produção e instalação deequipamentos e a criação ou absorção detecnologia, voltados para a melhoria daqualidade ambiental;

• a criação de espaço territorial espacial-mente protegido pelo poder público (Uni-dades de Conservação);

• as penalidades disciplinares ou compen-satórias ao não-cumprimento das medidasnecessárias à preservação ambiental.

Qual o papel do Ministério Público naproteção do meio ambiente?

O meio ambiente é patrimônio público esocial. Portanto, cabe ao Ministério Públicoprotegê-lo, mediante a promoção de inquérito

civil e ação civil pública (Constituição Federal,art. 129).

Como pode agir o cidadão para proteger o meio ambiente e proteger-se dapoluição e de acidentes ambientais?

O cidadão, individualmente ou em grupo,dispõe, nesse caso, da Ação Popular Consti-tucional. O artigo quinto da Constituição es-tabelece que:

• “LXXIII – qualquer cidadão é parte legítimapara propor ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de en-tidade de que o Estado participe, à mora-lidade administrativa, ao meio ambiente eao patrimônio histórico e cultural, ficando oautor, salvo comprovada má-fé, isento decustas judiciais e do ônus da sucumbên-cia”.

Há outros instrumentos jurídicos dedireito do cidadão?

O cidadão pode utilizar-se dos seguintesinstrumentos jurídicos:

• Ação Civil Pública: regulamentada pela Lei

nº 7.347, de 24 de julho de 1985, é cabí-vel nos casos de danos ao meio ambiente,ao consumidor e a bens de direito de valor artístico, estético, histórico, turístico e pai-sagístico;

• Mandado de Segurança Individual e Cole-tivo: regulado pelo art. 5º, inciso LXX, daConstituição Federal;

• Ação de Responsabilidade Civil por Da-

nos: regulamentada pela Lei nº 6.938, de31 de agosto de 1981, art. 14;

• Ação Popular: regulamentada pela Leinº 4.717, de 26 de junho de 1965, e pelaLei nº 6.513/77; e

• Mandado de Injunção: regulamentadopelo art. 5º, inciso XXI, da ConstituiçãoFederal.

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A quais instrumentos de ação doGoverno os micro e pequenosempresários devem estar atentos?

O mais importante é observar as limita-ções que o art. 9º da Lei nº 6.939, de 31 de

agosto de 1981, atualizada pela Lei nº 8.028,de 12 de abril de 1990) impõem à implanta-ção de empreendimentos e atividades, naárea em que se pretenda localizá-los. Essaslimitações expressam-se na forma de:

• padrões de qualidade ambiental (classesde água, níveis de emissão de ruído e po-luentes etc.)

• restrições de ocupação estabelecidas emzoneamento ambiental

• exigências prévias para o licenciamentoambiental (EIA/Rima – Estudo de ImpactoAmbiental e Relatório de Impacto no meioambiente, PRAD – Plano de Recuperaçãode Área Degradada, PCA – Plano de Con-trole Ambiental etc.)

• existência de unidades de conservação navizinhança.

Existem, ainda, critérios estabelecidos noCódigo Florestal, em leis de tombamento, leis

de proteção ao patrimônio natural e cultural ena Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (Es-tatuto da Cidade), por exemplo, que orientamo empresário desde a fase de escolha loca-cional para seu empreendimento.

Que atividades a lei incentiva paraproteger o meio ambiente?

A Lei nº 6.938, de 1981, dispõe que o Po-der Executivo incentivará as atividades vol-tadas para a proteção do meio ambiente, vi-sando:

I o desenvolvimento no país de pesquisase processos tecnológicos destinados a re-duzir a degradação da qualidade ambien-tal;

II a instalação de equipamentos antipoluido-res; e

III outras iniciativas que propiciem a raciona-lização do uso de recursos naturais.

O incentivo é dado mediante apoio a proje-tos (Fundo Nacional do Meio Ambiente, Fun-dos Setoriais de Ciência e Tecnologia etc.)ou financiamentos específicos (por exemplo,

empreendimentos financiados pelo BNDESno âmbito do Protocolo de Quioto).

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 AS MICRO E PEQUENAS

EMPRESAS E O MEIO AMBIENTE Meio ambiente também significa oportuni-

dades para os pequenos negócios, tendo emvista o previsível crescimento de mercadopara os “produtos verdes”, um campo abertoàs iniciativas, que ainda engatinha no país.Fortes motivos para o Sebrae levar adianteseu Programa de Gestão Ambiental para asMicro e Pequenas Empresas.

Como se definem as micro e pequenasempresas?

Considera-se microempresa (ME), paraefeito do Simples, a pessoa jurídica que te-nha auferido, no ano-calendário, receita bru-

 As micro e pequenas empresas repre-sentam 93,09% de cerca de 4,63 mi-lhões de empresas brasileiras. Empre-

gam aproximadamente 60% da mão-de-obrae participam com 43% da renda gerada nossetores industriais, comerciais e de serviços,além de contribuir com algo em torno de 20%do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

Os números são grandiosos o suficientepara se compreender a importante contribui-ção que os pequenos negócios têm a ofere-cer para um meio ambiente mais seguro esaudável. Não só no Brasil, como no resto domundo, onde igualmente são maioria.

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ta igual ou inferior a R$433.705,14. Empresade pequeno porte (EPP) é a pessoa jurídicaque tenha auferido, no ano-calendário, recei-ta bruta superior a R$433.705,14 e igual ouinferior a R$2.133.222,00.

Qual a importância da gestão ambientalnas micro e pequenas empresas?

As micro e pequenas empresas atuamem todo o território nacional, em todo ramode atividades, em todos os processos – damatéria-prima à produção e ao transporte –,utilizando todo tipo de embalagem.

São empresas que também dão suporteaos médios e grandes empreendimentos, ede seus processos produtivos resultam re-síduos líquidos, sólidos e/ou gasosos quepodem poluir o ar, o solo, a água dos rios emares e a água subterrânea.

As micro e pequenas empresas repre-sentam, na verdade, o universo do país, emsua diversidade cultural, e dessa forma de-têm grande potencial na implantação de mu-danças favoráveis ao meio ambiente, inclu-sive transformando as restrições e ameaçasambientais em oportunidades de negócios,

quando possível.

Como o Sebrae pode apoiar as micro epequenas empresas na área ambiental?

O Sebrae pode apoiar as micro e peque-nas empresas na implementação de progra-mas de melhoria de desempenho ambientalvoltados, por exemplo, para conservação deágua e energia, otimização de uso da ma-téria-prima, controle de ruído e reaproveita-

mento de resíduos. Esse apoio é possíveltambém na implantação de sistemas de ges-tão ambiental (SGAs) e na preparação para acertificação ambiental pela norma NBR ISO14001.

Qual a relação do Sebrae com as micro epequenas empresas?

O Sebrae, entidade sem fins lucrativos,funciona como serviço social autônomo, cria-

do pela Lei nº 8.029, de 12 de abril de 1990,depois alterada pela Lei nº 8.154, de 28 dedezembro de 1990, e regulamentada peloDecreto nº 99.570, de 9 de outubro de 1991,atua no sentido de fortalecer as micro e pe-quenas empresas em suas atividades.

O Sebrae é composto por representantesda iniciativa privada e também do Governo.Seus recursos originam-se de uma contribui-ção parafiscal de 0,3%, incidente sobre asfolhas de salários e recolhida pelas empre-sas ao INSS. O repasse é feito ao Sebraede acordo com o art. 8º, parágrafo 3º, da Leinº 8.029, de 12 de abril de 1990.

Qual é a ação ambiental do Sebrae?

Em função das atribuições que lhe cabem,o Sebrae passou a atuar, a partir de 1995, emfavor da introdução da variável ambiental noâmbito das micro e pequenas empresas. Nãosó em função do que se requer no momento,mas pela dimensão mais ampla que a ques-tão assumirá, num futuro próximo.

A gestão ambiental nos negócios de pe-queno porte é vista pelo Sebrae sob doisângulos: o esforço para a melhoria ambien-

tal propriamente dita e as oportunidades denegócios dela decorrentes. Tudo começa por um trabalho de conscientização, a base paraa introdução das práticas e processos am-bientalmente mais adequados.

Quais os resultados esperados?

A iniciativa permite antever, entre outrosresultados:

• a incorporação definitiva, pelo Sebrae, daspreocupações planetárias com o meio am-biente;

• maior conscientização das MPEs em rela-ção aos efeitos que causam no meio am-biente;

• a inclusão, nas MPEs, de procedimentosvoltados à proteção da saúde e garantiade melhor qualidade de vida para seus

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funcionários, vizinhos e moradores emsua área de influência;

• a identificação de novas oportunidades denegócios para MPEs;

• melhor conhecimento da legislação am-biental e dos processos de licenciamentode atividades pelas MPEs; e

• preparação das MPEs para as certifica-ções ISO 9001/2000 e ISO 14001, commelhoria dos produtos gerados e do de-sempenho ambiental nos processos deprodução.

Como se pode ter uma visão dosnegócios e da gestão ambiental?

Os negócios são estabelecidos com al-guns propósitos definidos, mas fundamen-talmente visam o LUCRO. E é saudável quetenham lucros, bons lucros.

Não há incompatibilidade alguma entreum empreendimento rentável e uma GES-TÃO AMBIENTAL adequada. Muito pelo con-trário, a experiência tem demonstrado que asempresas mais bem controladas têm seus

custos reduzidos porque:

• consomem menos água, pelo uso racio-nal

• consomem menos energia, pela reduçãodo desperdício

• utilizam menos matéria-prima, pela racio-nalização do seu uso

• geram menos sobras e resíduos, pela ade-quação do uso de insumos

• reutilizam, reciclam ou vendem resíduos,quando possível

• gastam menos com controle de poluição.

Ao reduzir seus custos, as empresas ele-vam sua competitividade, pois podem cobrar preços menores. Além disso, conquistam

novos consumidores pela demonstração deresponsabilidade social, já que hoje o con-sumidor, cada vez mais consciente e beminformado a respeito dos efeitos ambientaise processos produtivos ecologicamente sau-dáveis, está disposto a pagar mais caro por 

marcas associadas a uma atitude positiva emrelação à proteção do meio ambiente.

É possível planejar um produtoambientalmente correto?

Sim, é possível e até mesmo desejável,pois as análises recomendam que, em todasas fases do processo de produção, sejam ve-rificados todos os aspectos com potencial decausar impacto no meio ambiente.

O meio ambiente no planejamento globalda empresa

Como podem as micro e pequenasempresas praticar a gestão ambiental?

As micro e pequenas empresas podempraticar a GESTÃO AMBIENTAL em três dife-rentes níveis, de acordo com seus interessese as possibilidades imediatas:

• implantando o Programa Sebrae de Redu-ção de Desperdício;

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• implantando um Programa de Melhoria doDesempenho Ambiental; ou

• implantando um Sistema de Gestão Am-biental, certificável pela NBR ISO 14001.

É comum pensar que as indústrias, inclu-sive as agroindústrias, são as grandes polui-doras do meio ambiente, porque lidam comrecursos naturais, consomem muita água eenergia, emitem poeiras e gases tóxicos egeram efluentes e resíduos sólidos de difíciltratamento.

Mas, na realidade, qualquer atividade hu-mana está intimamente envolvida com as-pectos ambientais importantes.

Os setores de comércio e serviços têmgrande responsabilidade ambiental, pois sãoconsumidores, vendedores e repassadoresde produtos industrializados. Podem desen-volver, por exemplo, programas especiais deconservação de energia e água, de reutiliza-ção de embalagens, de reciclagem de papelou de qualificação de consumo para produ-tos ambientalmente mais saudáveis, visandomelhorar seu desempenho ambiental.

Além disso, comércio e serviços são grandesempregadores de mão-de-obra qualificada.

Essa conscientização é muito importantepara o aperfeiçoamento de processos pro-dutivos e o desenvolvimento da consciênciaambiental de produtores e consumidores.

Como pode ser feito o Programa Sebraede Redução de Desperdício

O objetivo é fazer um levantamento dedados da empresa, referente ao consumo deágua, de energia elétrica e de matéria-prima,visando efetuar um diagnóstico dos desper-dícios, caso existam, e propor soluções paraminimizá-los, como também orientar os em-presários na identificação de esbanjamentosno processo produtivo e na proposição deações corretivas, visando diminuir custos deprodução, aumentar a produtividade e mini-mizar os impactos ambientais negativos.

Benefícios aos clientes, com a implemen-tação das ações de:

• Redução de desperdícios de insumos ematérias-primas.

• Redução de gastos com controle e recupe-ração ambiental.

• Aumento da competitividade das micro epequenas empresas.

• Melhoria da capacidade produtiva dasempresas, pela redução de desperdí-cios.

Como pode ser feito o Programa deMelhoria do Desempenho Ambiental?

Praticamente, todas as micro e pequenasempresas podem desenvolver e melhorar seu desempenho ambiental. Com base emprogramas simples, para redução do consu-mo de água e energia, grandes benefíciospodem ser alcançados.

Como primeiro passo, é preciso que osdirigentes das empresa definam claramenteseus compromissos com o aperfeiçoamento

do processo produtivo, visando dar saltos dequalidade na área de produção.

Num segundo momento, deve ser feita adisseminação desse compromisso entre fun-cionários e fornecedores, e planejado o aper-feiçoamento do processo produtivo, desde aescolha de matéria-prima até a disposiçãofinal dos resíduos e dos produtos obsoletos,mediante treinamento e disponibilização deinformações.

A análise da tecnologia empregada é fator essencial para a introdução de melhoramen-tos no processo de produção. A verificaçãode alternativas e a busca das chamadas tec-nologias limpas caminham na direção de re-duzir a poluição e o desperdício, bem como oconsumo de água, energia e matéria-prima.Essas tecnologias, além de mais saudáveis,contribuem para reduzir os custos de produ-ção.

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49A Questão Ambiental e as Empresas

O que leva a direção de uma empresa aquerer implantar um Sistema de GestãoAmbiental?

As pressões que levam a direção de umaempresa a querer implantar um Sistema de

Gestão Ambiental são:

• empresas exportadoras ou fornecedorasde componentes para exportação preci-sam atender os padrões internacionais deprodução, por exigência do consumidor estrangeiro

• empresas voltadas para o mercado internoprecisam tornar seus produtos mais atra-entes, para um consumidor que prefereprodutos de melhor qualidade e está cadadia mais consciente dos efeitos provocadospor processos produtivos inadequados

• os custos fixos de produção, especial-mente os que se referem a desperdíciosde água e de energia, pesam muito e le-vam a empresa a perder competitivida-de

• o atendimento à legislação municipal, es-tadual e nacional

• eliminação de riscos e redução decustos

• pressão de comunidades vizinhas ou ór-gãos de comunicação, quando a atividadeinterfere fortemente com a qualidade devida local

• busca por mercado consumidor mais exi-gente em relação aos parâmetros de pro-dução.

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 A GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA

E A PEQUENA EMPRESAA globalização traz conseqüências de todo

tipo para a vida das empresas, inclusive paraos pequenos empreendimentos: acirra a con-corrência e passa a exigir mais qualidade,produtividade e competitividade das empre-sas domésticas. Por tudo isso, é importanteconhecer melhor esse fenômeno.

O que é globalização?

Demétrio Magnoli, doutor em geografiahumana pela Universidade de São Paulo, emseu livro Globalização – Estado nacional e

espaço mundial , 1997, refere-se à globaliza-ção como sendo processo de unificação doespaço mundial. Segundo esse autor, o início

da globalização remonta às grandesnavegações européias dos

séculos XV e XVI.

 A globalização é um processo de acele-ração capitalista, em ritmo jamais vistono planeta. Não existem mais limites

para as empresas: elas compram matéria-pri-ma em qualquer lugar do mundo, em funçãode qualidade e preço; instalam fábricas nospaíses onde os custos de produção fiquemmais em conta, não importa se no Vietnã ouna Guatemala; e vendem seus produtos nomundo inteiro.

Essa nova realidade econômica de ummundo sem fronteiras repercute na questãodo meio ambiente. O grande mercado impor-tador dos países ricos passa a fazer exigên-cias ambientais às empresas fornecedoras(transnacionais ou não), situadas nospaíses em desenvolvimento.São barreiras não-tarifá-rias, criadas a partir 

de uma “consci-ência mundial”preservacio-nista.

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52 A Questão Ambiental e as Empresas

O processo de globalização intensificou-se com o desenvolvimento da aviação e, mo-dernamente, culmina com a rede mundial decomputadores, que disponibiliza informaçõesinstantâneas para todo o mundo.

Sinteticamente, pode-se dizer que a glo-balização é a aproximação dos processoseconômicos dos países, possibilitada pelo rá-pido desenvolvimento da tecnologia da infor-mação, das telecomunicações e das comuni-cações, da tecnologia de uma maneira gerale pelo rompimento de barreiras comerciaisnacionais. Interligam-se os mercados nacio-nais, com enorme integração cultural entrepaíses e regiões. Do ponto de vista político, aglobalização limita o âmbito de ação dos es-tados nacionais, conduzindo-os a se uniremem blocos econômicos, de modo a ter condi-ções de competição e sobrevivência.

A globalização tem raízes históricas?

Sim. Podemos dizer que, desde o séculoXVI, já haviam sinais dessa enorme interaçãointernacional com que nos deparamos hoje.O Quadro 10 mostra fatos que marcaram oprocesso.

Quadro 10. Eventos marcantes noprocesso de globalização

ANO FATO

1492 Descoberta da América

1497/99 Vasco da Gama faz a primeira viagem de ida evolta Europa/Índia

1519/21 Navio da frota de Fernão de Magalhães realizaa primeira circunavegação da Terra

1815 O Congresso de Viena define novo mapa daEuropa

1818 A Grã-Bretanha consolida seu controle sobre

a Índia.

1825 Inaugurada a primeira ferrovia na Grã-Bretanha

1874 Patenteado o telefone por Alexander GrahamBell

1884 Formalizada partilha da África pelo Congressode Berlim

1895 Inventado o telégrafo sem fio por Marconi

1906 Alberto Santos Dumont faz o primeiro vôo emavião inventado por ele mesmo.

ANO FATO

1913 Estabelecida a linha de montagem por HenryFord.

1914/18 1ª Guerra Mundial

1920 Formada a Liga das Nações

1929 Grande depressão econômica nos Estados

Unidos, com a quebra da Bolsa de NovaIorque

1936 Primeira transmissão de programas detelevisão na Grã-Bretanha

1937 Desenvolvido o primeiro motor a jato

1939/45 Segunda Guerra Mundial

1944 Reunião de Bretton Woods define a formaçãoeconômica do Pós-Guerra

1945 Criada a Organização das Nações Unidas – ONU.

1946 Desenvolvido o primeiro computador eletrônico

1947 Proclamadas as independências da Índia e doPaquistão.

1955 A União Soviética forma a aliança mil itar denominada Pacto de Varsóvia

1957 Iniciada a atual União Européia, pelo tratadode Roma, lançado o primeiro satélite artificial;e iniciada a descolonização da ÁfricaSubsaariana

1961 Construção do muro de Berlim, dividindo aAlemanha em Oriental e Ocidental

1969 Criada a Arpanet , precursora da Internet 

1973 Crise do petróleo, com súbito aumento depreços, precipita uma recessão mundial

1987 Crash das Bolsas de Valores

1989 Queda do muro de Berlim; surgimento daWorld Wide Web – WWW, parte multimídia daInternet 

1991 Fim da União Soviética

1995 Formada a Organização Mundial do Comércio – OMC

Fonte: Folha de São Paulo, edição de 2/11/97.

E a chamada explosão tecnológica?

A dimensão da explosão tecnológica, quese verificou no Século XX, pode ser percebi-da no Quadro 11.

Quadro 11. Invenções nas áreas deTelecomunicações e Informática

ANO INVENÇÃO

1832 Telégrafo

1876 Telefone

1906 Rádio

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53A Questão Ambiental e as Empresas

ANO INVENÇÃO

1923 Reprodução de documentos

1925 Televisão

1945 Computador  

1947 Transistor  

1960 Satélite

1969 Rede de computadores

1970 Cabos de fibra óptica e laser  

1971 Chip

1978 Compact disc (CD)

1980 Computadores pessoais (PCs)

1985 Telefone celular  

1986 Redes locais

1987 ISDN (Rede Digital de Serviços Integrados)

1991 Consolidação da Internet  

1993 Sistema de Posicionamento Global (GPS)

1995 TV Digital, Transferência Assíncrona deInformações e Redes de Transmissão sem fio

1996 Rede de computadores pessoais

1997 Pager de voz

Fonte: Folha de São Paulo, edição de 2/11/97.

Como a questão ambiental se insere noprocesso de globalização?

A questão ambiental é um componente im-portante no processo de globalização, pois aqueda das barreiras comerciais exige maior 

preparo para a competição internacional,onde parâmetros ambientais são exigidos,notadamente nos países do primeiro mundo,até como medida protecionista.

Exemplo desta preocupação são as di-retrizes abaixo, acordadas entre os paísesmembros do Mercosul.

Diretrizes de Política Ambiental doMercosul

1. Garantir a adoção de práticas não-degradantes do meioambiente nos processos que utilizam recursos naturais.

2. Assegurar a adoção do manejo sustentável noaproveitamento dos recursos naturais renováveis, para

garantir sua utilização futura.3. Assegurar a obrigatoriedade da adoção da prática

de licenciamento/habilitação ambiental para todasas atividades potencialmente degradantes do meioambiente nos Estados-partes, tendo como um dosinstrumentos a avaliação do impacto ambiental.

4. Assegurar a minimização e/ou eliminação dolançamento de poluentes a partir do desenvolvimentoe adoção de tecnologias limpas e de reciclagem, e dotratamento adequado de resíduos sólidos, líquidos egasosos.

5. Assegurar o menor grau de deterioração ambiental nosprocessos produtivos e nos produtos de intercâmbio,tendo em vista a integração regional no âmbito doMercosul.

6. Assegurar a concentração de ações objetivandoa harmonização de procedimentos legais e/ouinstitucionais para o licenciamento/habilitação ambientale a realização dos respectivos monitoramentos dasatividades que possam gerar impactos ambientais emecossistemas compartilhados.

7. Estimular a coordenação de critérios ambientaiscomuns para a negociação e implementação de atosinternacionais de incidência prioritária no processo deintegração.

8. Promover o fortalecimento das instituições paraa gestão ambientalmente sustentável mediante oaumento da informação substantiva para o tomada dedecisões; do melhoramento da capacidade de avaliaçãoe do aperfeiçoamento das instituições de ensino,capacitação e pesquisa.

9. Garantir que as atividades relacionadas aodesenvolvimento do turismo entre os Estados-partesconsiderem os princípios e normas que assegurarem oequilíbrio ambiental.

Fonte: Brasil. Ministério das Relações Exteriores. Dossiê

Mercosul.

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54 A Questão Ambiental e as Empresas

Qual a relação do consumidor com aglobalização?

O consumidor é tido como beneficiário doprocesso de globalização, que ampliou seupoder de escolha. Há algumas décadas, ele

usava basicamente produtos nacionais. Hojeconsome, em escala crescente, produtos

sem pátria, sem carteira de identidade, semsotaque identificável.

E quais serão as principais mudanças,em nível de MPE, com a globalização?

Podemos sintetizar as mudanças da se-guinte forma, Quadro 12:

Quadro 12. Mudanças nas MPE em decorrência da globalização

MPE E A GLOBALIZAÇÃO

ANTES DEPOISÂmbito Local Âmbito Local, Nacional e Internacional

Mercados Fechados Mercados Abertos

Mudanças Lentas Mudanças Rápidas

Quantidade Qualidade

Mercado Massivo Mercado Segmentado

Consolidação de Formas Organizacionais Busca Constante de Novas FormasRelações Estáveis Relações Instáveis

Coexistência entre Grandes e Pequenas Empresas Complementariedade

Volumes de Produção Qualidade de Produtos

Preocupação Ambiental Compromisso Ambiental

Consumidor Passivo, sem opções – Perfil Conservador Consumidor Informado e “Protegido” – Perfil Infiel

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 AS NORMAS ISO 14000 E AS

MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

 As questões ambientais relacionadascom as atividades da indústria e docomércio passaram a afetar decisi-

vamente as empresas, a partir da década de1990. A exigência de um meio ambiente sau-dável transcendeu as fronteiras nacionais econstitui hoje requisito de peso, no comérciointernacional.

O lançamento das normas internacionaisda série ISO 14000, voltadas para a gestãoambiental, representou a consolidação dessefato. A conquista do certificado ISO 14001 ésempre um diferencial importante, tendo emvista o crescimento da conscientização am-biental do consumidor e as exigências da le-gislação em relação à proteção do meio am-biente.

Em países desenvolvidos, as certificações

ambientais voluntárias significam, para asempresas, ampliação de mercado e garan-tia de consumidores fiéis. São aspectos aosquais as micro e pequenas empresastambém devem estar atentas, promo-vendo ações de respostas positivasfrente às novas demandas ambien-tais, sempre em busca de maior competitividade.

Onde e quando teve início a

certificação ambiental?

Desde 1977, com a iniciativaalemã de instituir o selo Anjo Azul,começaram a surgir os chama-dos rótulos ecológicos, basea-dos na certificação ambiental deprodutos. Um poderoso mecanismode educação e de informação ao consu-midor, que utiliza as forças de merca-do como indutoras da oferta de me-

lhores produtos do ponto de vista ambiental,a certificação ambiental abriu novas oportuni-dades de negócios para os empresários.

Qual é o significado da sigla ISO?

A International Organization for Standar-dization – ISO é uma federação mundial deentidades nacionais de normalização, quecongrega mais de cem países, representan-do praticamente 95% da produção industrialdo mundo.

Trata-se de uma organização não-gover-namental, constituída em fevereiro de 1947,em Genebra, Suíça, com o objetivo principalde criar normas internacionais.

As normas ISO são elaboradas por vá-rios comitês técnicos (TCs), compostos por 

especialistas dos diversos países-membros.

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Essas normas são voluntárias em diversoscampos de atividades, exceto no setor eletro-eletrônico.

O Brasil participa da ISO?

Sim. O Brasil participa da ISO por meio daAssociação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

A ABNT é uma sociedade privada, semfins lucrativos, fundada em 1940. Reconheci-da pelo Governo brasileiro como o Fórum Na-cional de Normalização, ela elabora normasem diversos domínios de atividades. Alémdisso, certifica produtos e sistemas.

A Associação foi fundadora da ISO e, por-tanto, é considerada como membro P (istoé, participante), com direito a voto naquelefórum internacional de normalização. Comesse status, participa do Comitê Técnico 207 – Gestão Ambiental (TC – 207). Em setembrode 1995, foi eleita Membro do Conselho Su-perior da ISO, na Assembléia-Geral realizadaem Genebra, Suíça.

Em 1999, a ABNT criou o Comitê Brasilei-ro de Gestão Ambiental – ABNT/CB-38.

Como evoluiu a questão das normasambientais?

Enquanto os selos e os rótulos ambientaisconquistavam mercados, a indústria sentia anecessidade de contar com normas para ossistemas de gestão ambiental.

Em 1992, a British Standards Institution –BSI lançou as normas ambientais BS – 7750,

com base na experiência que acumulou comas normas BS – 5750, que tratam do sistemade gestão da qualidade. A BS – 7750 procuranão apenas ordenar e integrar os procedi-mentos, como também permitir que sejampassíveis de certificação.

A partir de 1993, vários outros países daEuropa publicaram normas próprias de siste-mas de gestão ambiental, por meio de seusorganismos nacionais de normalização: na

França, a Afnor; na Espanha, a Aenor; na Ir-landa, a NSAI; e na Holanda, a NNI. A Áfricado Sul também publicou, por meio do SABS,a norma SABS 0251:1993.

O que é a série ISO 14000?

A ISO 14000 é um grupo de normas quefornece ferramentas e estabelece um padrãode sistema de gestão ambiental. Assim, a em-presa poderá sistematizar sua gestão median-te uma política ambiental que vise a melhoriacontínua em relação ao meio ambiente.

Como teve início a série ISO 14000?

Sensibilizada por uma série de ações noâmbito internacional e sentindo a necessi-dade de avaliar a questão do meio ambientede forma mais abrangente, a ISO criou, em1991, o Sage (Strategic Advisory Group onEnvironment). O Sage teve a finalidade depropor as ações necessárias para um enfo-que sistêmico da normalização ambiental eda certificação.

Os trabalhos do Sage resultaram na cria-ção do Comitê Técnico 207 – Gestão Ambien-tal (TC – 207). Esse Comitê reuniu-se pela

primeira vez no Canadá em 1993, quando seenfatizou que “é nos países em desenvolvi-mento que a batalha pela preservação am-biental será ganha ou perdida”.

Com os resultados do trabalho que levouà edição do conjunto de normas da série ISO14000, o TC – 207 passou a ser reconheci-do como grupo responsável pelo desenvolvi-mento da mais importante série de normas  jamais produzidas, pela sua abrangência e

pelos inúmeros benefícios que propiciam,tanto ao setor público quanto ao privado. OBrasil faz parte desse grupo.

Qual é o objetivo da série ISO 14000?

A série ISO 14000 tem por objetivo contri-buir para a melhoria da qualidade ambiental,diminuindo a poluição e integrando o setor produtivo na otimização do uso dos recursosambientais. São normas que atendem as exi-

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gências ambientais do consumidor conscien-te de nossa época.

O que é um sistema de gestão ambiental,segundo a ISO 14001?

O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) éparte do sistema de gestão global da empre-sa. Inclui estrutura organizacional, atividadesde planejamento, responsabilidades, práticas,procedimentos, processos e recursos paradesenvolver, implementar, atingir, analisar cri-ticamente e manter a sua política ambiental.

Para estabelecer e manter um SGA, a em-presa deve cumprir os seguintes requisitos:

• definição de política ambiental que ex-presse o comprometimento com a melho-ria contínua do desempenho ambiental e aprevenção da poluição

• estabelecimento de procedimentos paraidentificar os aspectos ambientais que

possam causar impacto ecológocio signi-ficativo

• comprometimento com o atendimento àlegislação ambiental brasileira e a requi-sitos dos mercados que se deseja atin-

gir 

• estabelecimento de objetivos e metas am-bientais, bem como de programas paraatingi-los

• avaliação e monitoramento do atendimen-to aos seus objetivos e metas ambientais

• conscientização e treinamento de todo opessoal envolvido

• comunicação a todas as partes interessa-das (acionistas, empregados, consumido-res)

• avaliação crítica do desempenho ambien-tal e adoção de medidas corretivas.

Sistema de Gestão Ambiental

Um Sistema de Gestão Ambiental é parte do sistema administrativo geral de uma empresa. Ele inclui a estrutura organizacio-nal, atividades de planejamento, responsabilidades, treinamentos, procedimentos, processos e recursos para a implementaçãoe manutenção da gestão ambiental. Também inclui aqueles aspectos de administração que planejam, desenvolvem, implemen-tam, atingem, revisam, mantêm e melhoram a política ambiental, os objetivos e metas da empresa.

Especificamente, um SGA pretende ajudar a empresa a:

• Identificar e controlar os aspectos, impactos e riscos ambientais relevantes para a organização.

• Atingir sua política ambiental, seus objetivos e metas, incluindo o cumprimento da legislação ambiental.

• Definir uma série básica de princípios que guiem a abordagem da sua organização em relação a suas futurasresponsabilidades ambientais.

• Estabelecer metas de curto, médio e longo prazos para o desempenho ambiental, assegurando o equilíbrio de custos ebenefícios, para a organização e para seus vários acionistas e interessados.

• Determinar que recursos são necessários para atingir tais metas, garantir responsabilidades por elas e comprometer osrecursos necessários.

• Definir e documentar tarefas, responsabilidades, autoridades e procedimentos específicos para assegurar que cadaempregado aja no curso de seu trabalho diário para ajudar a minimizar ou eliminar o impacto negativo da empresa no meioambiente.

• Comunicar tudo isso à organização e treinar pessoal para cumprir eficazmente seus compromissos.• Medir o desempenho em relação a padrões e metas preestabelecidos e modificar a abordagem, se necessário.

A integração entre a gestão ambiental e a função administrativa geral de uma organização é crítica porque o meio ambiente éum entre vários assuntos externos que afetam a empresa. Um sistema de gestão ambiental isolado não seria eficiente.

Uma descrição de um SGA é uma série planejada e coordenada de ações administrativas, procedimentos operacionais, do-cumentação e arquivamento, implementada por uma estrutura organizacional especial, com responsabilidades, justificativas erecursos definidos e centrada na prevenção dos impactos ambientais adversos, assim como na promoção de ações e ativida-des que preservem e/ou intensifiquem a qualidade ambiental.

Um SGA segue a conhecida abordagem do Controle de Qualidade: “Planejamento, Ação, Verificação, Melhoria Contínua”. Éuma ferramenta de identificação e solução de problemas que pode ser implementada numa organização de várias maneiras,dependendo do setor de atividades e das necessidades requeridas pela administração. O sistema específico instalado depen-de inteiramente das necessidades e objetivos da organização.

Fonte: Unep. Manual de Gestão Ambiental , 1997.

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Que vantagens oferece um Sistema deGestão Ambiental?

São muitas as vantagens, quer para aempresa, quer para seus clientes, como, por exemplo:

a) para a empresa:

• criação de uma imagem “verde”

• acesso a novos mercados

• redução de acidentes ambientais ecustos de remediação

• conservação de energia e recursos na-turais

• racionalização de atividades

• menor risco de sanções do poder públi-co

• redução de perdas e desperdícios

• maior economia

• facilidade de acesso a financiamentos.

b) para os clientes:

• segurança de estar consumindo produ-tos ou serviços ambientalmente corretos

• possibilidade de acompanhar a vida útildo produto

• confiança de estar contribuindo para aconservação dos recursos naturais e

redução da poluição

• segurança de estar participando, mesmoque indiretamente, dos esforços dos pa-íses-membros da ONU para solucionar os problemas ambientais do planeta.

A implementação de um Sistema de Ges-tão Ambiental, além de promover a reduçãodos custos internos das organizações, au-menta a competitividade e facilita o acesso

aos mercados consumidores, em consonân-cia com os princípios e objetivos do desen-volvimento sustentável.

Em pesquisa realizada com empresas cer-tificadas, sobre os custos da certificação ISO

14001 em relação aos benefícios alcançados,Félix (2003) encontrou o seguinte Tabela 6:

Tabela 6. Custos da certificação ISO 14000

Pontosa) foram baixos em relação à redução de custo

de produção no médio prazo23

b) foram altos e aumentaram o custo do produtofinal

4

c) foram compensados graças ao aumento degiro pela preferência de compra por parte doconsumidor 

11

d) foram baixos se considerada a maior aceitação da empresa pela comunidade local

20

e) foram baixos se considerado o aumento deprodutividade pelos funcionários, que sesentem felizes por trabalhar numa empresaambientalmente responsável

21

f) foram baixos graças ao ganho de mercadosnacional e internacional

9

g) estão sendo altos, diminuindo a margem delucro da empresa

3

h) fizeram com que a receita líquida anualaumentasse

6

TOTAL 97

Fonte: FÉLIX, Joana D’arc Bicalho. O negócio marketing verde – o ganho de imagem na relação empresa x meio ambiente,2003

Em que estágio estão as normasambientais brasileiras NBR ISO 14000?

No Brasil, foram reconhecidas e publica-das, em português, algumas normas de ges-tão ambiental, que podem ser adquiridas naABNT. As normas disponíveis são:

• NBR ISO 14001 – Sistema de Gestão Am-biental – Especificação e diretrizes para uso

• NBR ISO 14004 – Sistema de Gestão Am-biental – Diretrizes gerais sobre princípios,sistemas e técnicas de apoio

• NBR ISO 14015 – Gestão Ambiental – Ava-liação ambiental de locais e organizações

• NBR ISO 19011 – Diretrizes para Auditoriade Sistemas de Gestão da Qualidade e/ouAmbiental

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• NBR ISO 14021 – Rótulos e DeclaraçõesAmbientais – Auto-declarações Ambien-tais (Rotulagem do tipo II)

• NBR ISO 14031 – Gestão Ambiental – Di-retrizes para avaliação do desempenho

ambiental

• NBR ISO 14032 – Gestão Ambiental –Exemplos de avaliação do desempenhoambiental

• NBR ISO 14040 – Avaliação do Ciclo deVida – Princípios e estrutura

Que áreas são abrangidas pelas normasda série ISO 14000?

As normas da série ISO 14000 abrangemseis áreas bem definidas:

• sistemas de gestão ambiental;

• auditoria ambiental;

• rotulagem ambiental;

• aspectos ambientais das normas de pro-dutos;

• análise do ciclo de vida do produto; e

• desempenho ambiental.

O que é certificação ambiental e qual ésua importância?

A certificação do Sistema de Gestão Am-biental (SGA) é o instrumento que a empresautiliza para comprovar sua relação positiva

com o meio ambiente. Por isso, é indispen-sável que os instrumentos normativos orien-tadores da estruturação dos SGAs e o cre-denciamento das entidades certificadoras  – denominadas Órgãos Certificadores Cre-denciados (OCC) – tenham aceitação e cre-dibilidade internacionais.

O credenciamento (também chamado de“acreditação”) dos órgãos certificadores éfeito segundo critérios estipulados pelo Co-

mitê Brasileiro de Certificação. Atualmente, oBrasil dispõe de quinze OCCs, dos quais trêsnão possuem escritório no país.

A comprovação do atendimento dos requi-sitos da ISO 14001, pela empresa que deseja

a certificação, é feita por esses OCCs. Sãoeles que recomendam ao Inmetro a conces-são de certificado à empresa, bem como amanutenção de um certificado, após proces-sos de auditagem.

No mundo existem 61.287 empresas cer-tificadas pela ISO 1001, até dezembro de2003, fonte Isoword.

No Brasil, até junho de 2004, 1.500 foramcertificadas pela norma NBR ISO 14001 (v.anexo II), segundo a revista Meio Ambiente

Industrial , edição especial, ano IX, edição 49maio/junho de 2004, e ocupa o vigésimo lu-gar no ranking de países com maior númerode certificados ISO 14001.

Como as normas ISO 14000 afetam oBrasil?

Apesar de seu caráter voluntário, as nor-mas passaram a afetar, em ritmo crescente,

as empresas brasileiras. Recentemente, ossetores de papel e celulose, couro e calça-dos, bem como o têxtil, tiveram dificuldadesde exportar para os EUA, Europa e Japão,questionados que foram sobre a qualidadeambiental de seus produtos.

Existem outras normas ambientais noBrasil, além da série ISO 14000?

Existe um conjunto de normas também de

caráter voluntário, editadas pela ABNT, deno-minado Sistema Cer flor (Sistema Nacional deCertificação de Origem Florestal), que é vol-tado especificamente para a certificação deflorestas plantadas e nativas. Esse Sistemainsere-se no arcabouço do Sistema Brasileirode Avaliação da Conformidade – SBAC, cujoórgão executivo é o Inmetro. Representa avisão da certificação florestal focada na exe-qüibilidade do bom manejo florestal para ascondições brasileiras.

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As normas do Cer flor são as seguintes:

• NBR 14789 – Princípios, critérios e indica-dores para plantações florestais

• NBR 14790 – Cadeia de custódia

• NBR 14791 – Diretrizes para auditoria flo-restal – Princípios gerais

• NBR 14792 – Procedimentos de auditoria – Auditoria de manejo florestal

• NBR 14793 – Procedimentos de auditoria – Critérios de qualificação para auditoresflorestais

• NBR 15793 – Princípios, critérios e indica-dores para florestas nativas.

Para que serve o Cerflor?

O Sistema Cer flor orienta o setor produti-vo brasileiro de base florestal no atendimen-to da exigência de selo verde para maté-rias-primas e produtos oriundos de florestasplantadas e nativas, imposta principalmentepelo mercado externo. Visa a certificação domanejo florestal de florestas plantadas e na-

tivas, contemplando também a certificaçãode cadeias de custódia (ou seja, de produ-tos).

O objetivo do Sistema Cer flor é incenti-var o manejo florestal sustentável, de acordocom princípios, critérios e indicadores queconciliam aspectos econômicos, ecológicose sociais.

A obtenção da certificação do manejo flo-

restal e/ou do produto pelo Sistema Cer flor éa garantia de que a matéria-prima de um pro-duto florestal é oriunda de uma floresta ma-nejada de forma ecologicamente adequada,socialmente justa e economicamente viável.

O que significa a certificação da Cadeiade Custódia?

A certificação do produto chamada de cer-tificação da cadeia de custódia, significa que

todas as etapas envolvidas no processo demanufatura foram rastreadas, ou seja, acom-panhou-se desde a extração da matéria-pri-ma florestal até o produto final. É a garantiade que o produto certificado pelo SistemaCer flor foi efetivamente confeccionado com

matéria-prima florestal oriunda de florestascertificadas.

Os diversos mercados de produtos flo-restais demandam, cada vez mais, a com-provação de que a matéria-prima se originade fontes sustentáveis e exigem a certifi-cação do manejo florestal e dos produtosderivados da floresta por terceira parte in-dependente.

A quem interessa a certificação deorigem florestal?

A toda a sociedade. Ao setor industrial,que a utiliza para ganhos com marketing am-biental. Aos consumidores, que são informa-dos dos impactos que ocorrem no processode fabricação. Aos produtores florestais, quepassam a dispor de uma ferramenta de aces-so ao mercado, com vantagem competitivagarantida a seus produtos. Ás organizaçõesnão-governamentais ambientalistas, porque

significa preocupação com o manejo florestalsustentável. Ao Governo, que vê nela o com-promisso do empreendedor com a política depromoção do manejo florestal sustentável.Aos investidores, porque torna seus riscosmais previsíveis.

Que outras normas interferem na GestãoAmbiental da MPE?

A partir de 1997, o empresário conta com

uma orientação segura para demonstrar cre-dibilidade perante a sociedade. Trata-se danorma SA 8000, que versa sobre Responsa-bilidade Social Empresarial (RSE).

Cresce, entre as micro e pequenas em-presas, a consciência de que a gestão so-cialmente responsável é a nova maneira degerenciar os negócios. E uma das formasmais positivas de demonstrar consciência so-cial tem sido, justamente, a comprovação de

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responsabilidade na sua relação com o meioambiente. Com isso, elas contribuem para adisseminação dos valores da sustentabilida-de, ao mesmo tempo em que promovem ainclusão social.

O que é a Responsabilidade SocialEmpresarial (RSE)?

O conceito de responsabilidade socialtrazido pela SA 8000 é amplo. Refere-se àética como princípio balizador das ações erelações da empresa com todos os públicos:acionistas, funcionários, consumidores, redede fornecedores, meio ambiente, governo,mercado, comunidade. A questão da respon-sabilidade social vai, portanto, além da postu-ra legal da empresa, da prática filantrópica oudo apoio à comunidade. Significa mudançade atitude, numa perspectiva de gestão em-presarial com foco na qualidade das relaçõese na geração de valor para todos.

A norma parte do pressuposto de que, aoadicionar às suas competências básicas umcomportamento ético e socialmente respon-sável, as empresas adquirem o respeito daspessoas e comunidades que são impactadaspor suas atividades. Assim, passam a ser 

gratificadas com o reconhecimento de seusconsumidores e engajamento dos seus co-laboradores, fatores cruciais de vantagemcompetitiva e sucesso empresarial. Ao mes-mo tempo, a responsabilidade social empre-sarial, como estratégia de gestão, contribuipara a construção de uma sociedade mais justa e mais próspera.

Que tópicos a responsabilidade socialabrange?

• Visão e missão

• Ética

• Práticas gerais de recursos humanos(apoio às famílias, incentivo à educação)

• Relações de trabalho/sindical

• Saúde

• Relacionamento com a cadeia produtiva(fornecedores, produtores, distribuidores)

• Relação com acionistas

• Práticas de mercado

• Atendimento ao consumidor 

• Marketing social

• Balanço social

• Relações com o governo

• Meio ambiente

• Ações culturais

• Apoio à comunidade (filantropia, volunta-riado)

• Direitos humanos

Em que se baseia e quais os requisitosda norma SA 8000?

Editada pela Cepaa, uma entidade nor-te-americana, a norma SA 8000 está-se in-ternacionalizando, por suprir uma lacuna nocampo das condições de trabalho e da res-ponsabilidade social. Funciona com base emauditorias, assim como as séries ISO 9000e 14000. Sua elaboração levou em conta asnormas da Organização Internacional do Tra-balho (OIT), bem como a Declaração Univer-sal dos Direitos Humanos (que completava50 anos) e a Declaração Universal dos Direi-

tos da Criança, da ONU.

Os requisitos da norma envolvem: traba-lho infantil; trabalho forçado; segurança esaúde no trabalho; liberdade de associaçãoe direitos coletivos; discriminação (sexual,racial, política, nacionalidade etc.); práticasdisciplinares; carga horária de trabalho; re-muneração; e sistema de gestão.

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63A Questão Ambiental e as Empresas

O MEIO AMBIENTE E AS

OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOSO que despertou essa consciênciaambiental?

Os grandes acidentes ambientais que vêmocorrendo em todo o mundo, além de provo-car o extermínio local de grandes populaçõesde animais e plantas, têm atingido diretamen-te as populações humanas, tanto pela perdade vidas como pelas grandes perdas sociais eeconômicas. Basta relembrar as tragédias deMinamata, Bhopal, Three Mile Island, Cher-nobyl, Exxon Valdez , o derrame de 1.290 m3 de óleo combustível na Baia de Guanabarafeito por um oleoduto da Refinaria Duquede Caxias, o afundamento do navio petrolei-ro Prestige, em novembro de 2002, com 70mil toneladas de óleo, na costa da Espanha.Essa quantidade de óleo é duas vezes maior que a contida no Exxon Valdez .

Nos últimos trinta anos os valores am-bientais evoluíram de um interessemarginal para o topo das preocupa-

ções dos consumidores, especialmente nomundo ocidental mais desenvolvido.

Preocupadas em proteger a vida no pla-neta, as pessoas resolveram agir nas lojas enas prateleiras de supermercados, optandopor produtos considerados ambientalmentecorretos e rejeitando aqueles que não ofere-cem essa garantia.

Também no Brasil, um país em desen-volvimento, as pesquisas periódicas de opi-nião pública indicam um percentual cada vezmaior de consumidores que privilegiam e es-tão dispostos a pagar mais caro por produtos“verdes”.

Esse fenômeno, que é chamado de “con-sumerismo ambiental”, provocou uma revira-volta no marketing  e vem criando novos ni-chos de mercado e novas oportunidades denegócios no mundo todo.

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O acidente de Bhopal, ocorrido em Mady-ma Pradejh, na Índia, provocado pelo vaza-mento de trinta toneladas de metil isocianatode uma fábrica da Union Carbide, morreram,num primeiro momento, 3.323 pessoas ecerca de 35 mil tiveram o funcionamento de

seus pulmões afetado em diversos níveis.Em decorrência desse acidente, a empresateve que ressarcir, pelos danos causados àspessoas e ao meio ambiente, uma soma daordem de dez bilhões de dólares.

Há acidentes que ocorrem no dia-a-dia,como o do césio, em Goiânia. A tragédia deCaruaru, com a contaminação de pacientesde hemodiálise, é também um acidente am-biental como tantos outros.

E como está a consciência ambiental docidadão brasileiro?

Fonte: Relatório de pesquisa realizada pelo Ministério do MeioAmbiente em 1998.

Entre 1992 e 1997, cresceu significativa-mente a percepção de que os elementos na-turais fazem parte do meio ambiente: água,ar, rios, mares, matas, minerais, animais esolo. Dos entrevistados, apenas 38% men-cionaram que homens e mulheres são parte

do meio ambiente. Existe, ainda, a percep-ção de que favelas e cidades fazem parte domeio ambiente.

Fonte: Relatório de pesquisa realizada pelo Ministério do MeioAmbiente em 1998.

Há percepção de que os recursosnaturais podem esgotar-se?

Mais da metade dos brasileiros (55%)concorda em que, se o uso da água não for controlado, a escassez tornar-se-á dramáti-

ca dentro de pouco tempo. Da mesma formacom relação ao petróleo, 54% acreditam que,se os níveis de consumo continuarem altos,as reservas se esgotarão em poucos anos.

Já a afirmação de que o Brasil tem umanatureza tão rica que não precisa controlar aexploração de seus recursos naturais, comooutros países tem a discordância de 49%.

Quais são os principais problemasambientais do país e do mundo,reconhecidos pelos pesquisados?

Quando perguntados sobre os três proble-mas ambientais mais graves do Brasil, 45%dos entrevistados mencionaram, espontane-amente, a derrubada de árvores, queimadasou a ocupação de florestas.

A visão dos brasileiros sobre os problemasambientais do país e do mundo pode ser ob-servada nas Tabelas 7 e 8.

Tabela 7. Problemas Ambientais do Brasil

1992 (%) 1997 (%)

Derrubada de árvores, queimadas 46 45

Poluição/contaminação de rios epraias

38 26

Matança de animais 10 13

Poluição/contaminação do ar 18 12

Poluição (palavra isolada) - 5

Poluição de fábricas e indústrias - 5

Falta de rede de esgoto/saneamento básico

- 4

Falta de coleta de lixo, limpezadas ruas

4 4

Outros com menos de 4% 28 30

Não tem problema/não sabe/nãoopinou

47 36

Desmatamento 58 64

Poluição de rios e lagos 56 58

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Tabela 8. Problemas Ambientais doMundo

1992 (%) 1997 (%)

Poluição do ar 52 56

Extinção de espécies 33 38

Camada de ozônio 31 37

Poluição de mares 34 34

Mudança de clima 28 32

Má qualidade das lavouras 28 28

Efeito estufa 17 19

Chuva ácida 13 13

Desertificação - 1

Nenhum deles/não sabe/nãoopinou

12 9

Fonte: Relatório de pesquisa realizada pelo Ministério do MeioAmbiente em 1998.

Como o brasileiro percebe a participaçãodo empresariado e outros atores sociais,na defesa do meio ambiente?

Fonte: Relatório de pesquisa realizada pelo Ministério do MeioAmbiente em 1998.

O que o brasileiro pensa sobre separaçãode lixo e combate ao desperdício deágua?

Quase 3/4 da população brasileira se mos-tram dispostos a separar o lixo domésticocomo forma de ajudar na proteção do meioambiente.

O segmento mais instruído e de maior ren-da adere mais fortemente à idéia de participar de campanhas de boicote a produtos de em-presas que poluem o meio ambiente (44%).

O que pensa sobre a obrigatoriedade daeducação ambiental nas escolas?

A grande maioria da população concor-da com a idéia de que o Governo brasileiro

deveria tornar obrigatório o ensino de comousar e preservar o meio ambiente (94%).

Para o brasileiro, portanto, a educaçãoambiental aparece como a grande chave damudança em relação ao meio ambiente.

Concora94%

Não concordanem dis corda

2%

Discorda2%

Não sabe/Nãoopinou

2%

Fonte: Relatório de pesquisa realizada pelo Ministério do MeioAmbiente em 1998.

O brasileiro tem um comportamentoambientalmente correto?

Pela Tabela 9, percebe-se que o consu-midor brasileiro se preocupa com a questãoambiental. Essa preocupação tende a cres-cer rapidamente, dado que a degradaçãoambiental e seus resultados negativos, paraa saúde e a qualidade de vida, tornam-se

cada vez mais visíveis.

Tabela 9. Ações que o brasileiro praticounos últimos 12 meses – 2001

Ações %Deixou de comprar algum produto devido ainformações contidas no rótulo

46

Parou de comprar algum produto por acreditar quefazia mal ao meio ambiente

35

Consertou algum produto quebrado para prolongar sua vida útil

44

Evitou jogar, no lixo comum, produtos tóxicos (tintas,solventes, pilhas, baterias etc)

59

Comprou algum produto orgânico – sem insumosquímicos

26

Fonte: Pesquisa Iser/Ibope, 2001, p. 23

Como andam os hábitos de consumo dobrasileiro?

As pesquisas apontam que os brasileirosestão consumindo de modo mais conscientedo que, a princípio, se poderia imaginar, con-forme mostra a Tabela 10.

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66 A Questão Ambiental e as Empresas

Tabela 10. Hábitos de consumo dobrasileiro – 2001

Ação %

Declara que sente mais motivado quando, aofazer compra, encontra no produto que procuraum rótulo que informa ter o produto sido fabricadode maneira ambientalmente correta.

81%

Declara ficar mais motivado a comprar umproduto quanto o rótulo informa que ele foiproduzido organicamente, sem insumos químicos

73%

Fonte: Pesquisa Iser/Ibope, 2001, p. 22

E quanto aos consumidores de outrospaíses?

Em 1992, investigação de opinião públicarealizada em 16 países constatou que maisdo que quatro quintos dos pesquisados iden-tificavam-se com a afirmação: “Estou muitopreocupado com a situação do meio ambien-te”.

Como está a indústria ambiental nomercado internacional?

A indústria ambiental é das que maiscresce e emprega em todo o mundo, per-dendo apenas para a de tecnologia da infor-mação. Dados da OECD (Organização para

Cooperação Econômica e Desenvolvimen-to), de 2001, apontam que a indústria globalde bens e serviços ambientais cresceu 14%,entre 1996 e 2000, passando de US$453bilhões para US$ 518 bilhões. Receitasoriundas de serviços representam cerca de50% e deverão atingir US$ 640 bilhões em2010.

Segundo a UNCTAD (entidade das Na-ções Unidas para o comércio e o desenvolvi-

mento), em 1998, 87% das receitas geradaspela indústria ambiental provinham de paísesdesenvolvidos, com destaque para os Esta-dos Unidos (38%), União Européia (29,5%) eJapão (19,3). A América Latina representavaapenas 1,9% do mercado mundial.*

Como está o lançamento de “produtosverdes” no mercado internacional?

Pesquisa realizada pela agência de publi-cidade Backer Spielvogel Bantes constatou67% dos consumidores americanos dispos-

tos a mudar de marca, a fim de escolher umproduto com embalagem ambientalmente se-gura. A mesma pesquisa mostrou que umaproporção maior de consumidores de outrospaíses faria tal coisa: 90% na ex-AlemanhaOriental, 88% na ex-Alemanha Ocidental,84% na Itália e 82% na Espanha.

Uma ampla variedade de produtos verdes,incluindo alimentos, bebidas, produtos delimpeza doméstica, além de artigos de saúdee beleza, são lançados com freqüência emdiversos países. A Tabela 11 mostra que écrescente, no mundo, o lançamento de mer-cadorias com promessas verdes.

Tabela 11. Importância de ProdutosVerdes por País

1986 1987 1988 1989 1990 1991

Total de lançamentos de mercadorias embaladas que fazempromessas verdes

Canadá 2,0 0,6 1,1 4,6 16,4 33,9

Austrália 0,3 - 2,9 3,1 12,3 5,1

Europa 0,7 0,9 0,7 2,4 5,7 3,2Japão 0,2 0,7 1,6 1,8 1,5 0,8

África do Sul 0,5 - 1,1 4,4 6,1 6,1

Reino Unido 0,9 2,4 4,0 8,3 10,8 7,2

Estados Unidos 1,1 2,0 2,8 4,5 11,4 13,4

Fonte: OTTMAN, J. Marketing Verde, 1994.

Como os países se preparam para oconsumerismo ambiental?

O Japão está preparado para surgir como

líder em tecnologia ambiental no século XXI.Apesar de um recorde insatisfatório quantoà preservação de animais selvagens, entreoutras questões ambientais, os japonesescriaram tecnologias impressionantes de pre-venção de poluição e conservação de ener-gia. Ecorrotulações, patrocinadas por órgãosgovernamentais ou quase governamentais,proliferam em países parceiros comerciais doBrasil.

* Extraído do texto Que tamanho tem a indústria ambiental 

brasileira?, de Sérgio Lima Braga. Disponível em www.fgv.org.br. Acesso em 26 jul 2004.

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67A Questão Ambiental e as Empresas

Criado em 1977, o logotipo alemão AnjoAzul aparece em mais de 3.100 produtos de57 categorias para ajudar os consumidores aidentificarem produtos ambientalmente pre-feríveis. O Canadá publicou a Environmental 

Choice, diretrizes para produtos que variam de

tintas a fraldas de pano reutilizáveis. O Japãotem seu próprio programa Ecomark. Váriosoutros países, incluindo Áustria, Dinamarca,França, Holanda e Nova Zelândia, assim comoa Comunidade Européia (CE), também estãodesenvolvendo ecorrotulações próprias.

Há recompensa pessoal na opção por “produtos verdes”?

Além de vantagem mercadológica, exis-tem também recompensas profissionais epessoais para os que incluem a preocupa-ção ambiental em suas atividades. A respos-ta ambiental caracteriza hoje uma empresacomo sendo progressista.

O desenvolvimento de processos e pro-dutos ambientalmente mais corretos ofereceuma rara oportunidade de colocar em práticanossas convicções e valores no trabalho. As-sim, exercemos o desejo pessoal de contri-buir para a limpeza ambiental e garantir um

futuro mais seguro para nossos filhos.

Como desenvolver “produtos verdes”?

Desenvolver produtos ambientalmentecorretos é um desafio que traz benefícios.Produtos verdes destinam-se a substituir pro-dutos não-verdes nas prateleiras. Três dire-trizes podem ajudar o produtor ou prestador de serviço:

1) Adotar uma estratégia completa para oesverdeamento do produto e avaliar suasimplicações ambientais em todas as fasesde seu ciclo de vida.

2) Sempre que possível, tomar a estradaprincipal. Maximizar o retorno em poten-cial, concentrando-se em tecnologias bemdefinidas. Optar por redução na fonte, emrelação à reciclagem.

3) Incorporar os desejos do consumidor quanto à alta qualidade, viabilidade e con-veniência do produto ou serviço.

Que pontos são importantes nodesenvolvimento de um “produto verde”?

Os pontos mais importantes para o desen-volvimento de produtos ambientalmente cor-retos podem ser agrupados em quatro áreas:

1) Aquisição e processamento de matérias-primas

• conservação de recursos naturais, taiscomo água, terra e ar;

• proteção de habitats naturais e espé-cies ameaçadas;

• minimização de lixo e prevenção de po-luição, sobretudo o uso e liberação detóxicos;

• transportes;

• uso de recursos renováveis;

• uso sustentável de recursos; e

• uso de materiais reciclados.

2) Questões de produção e distribuição

• uso mínimo de materiais;

• uso/liberação de tóxicos;

• geração/manuseio de lixo;

• eficiência energética;

• uso de água; e

• emissões para o ar, terra, água.

3) Questões de uso de produto e embala-gens

• eficiência energética;

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• conservação de recursos naturais, taiscomo água, necessária para o uso doproduto; e

• saúde do consumidor e segurança am-biental.

4) Questões de uso posterior/descartabilida-de

• possibilidade de reciclagem e facilida-des de reutilização, refabricação e re-paro;

• durabilidade;

• biodegradabilidade; e

• segurança quando incinerado ou des-pejado em aterro sanitário.

E no Brasil, como anda o ecobusiness?

Tal como no resto do mundo, o ecobusiness brasileiro está em expansão, ainda que emmenor intensidade. As melhores perspectivasde negócios estão no setor de equipamentospara tratamento de água e esgoto. Cerca deUS$ 5,4 bilhões financiados pelo Banco Inte-

ramericano de Desenvolvimento, entre 1995 e1999, foram destinados a projetos de despo-luição dos corpos d’água, como os rios Tietê,Guaíba, baía de Guanabara, entre outros.

O mercado de equipamentos e serviçosde despoluição também se expandiu com oprograma de privatização de estatais, com oajuste ambiental empreendido por indústriasexportadoras e, ainda, em função da dispo-nibilidade de financiamentos do BNDES des-

tinados à proteção ambiental. Os processosde auditoria contábil ambiental, fundamentaisnas privatizações de siderúrgicas (CSN, Co-sipa, Tubarão, Açominas e Usiminas), resul-taram na demanda por equipamentos e ser-viços de consultoria ambiental.

Em 1993, as indústrias brasileiras inves-tiram 432,2 milhões de dólares em proteçãoambiental, sendo mais da metade desses re-cursos oriunda do BNDES (Banco Nacional

de Desenvolvimento Econômico e Social) esuas subsidiárias BNDESPAR e Finame. Ossetores de papel e celulose, siderurgia, quími-ca e petroquímica estão na ponta do proces-so, responsáveis que são por 71% da parcelafinanciada pelo BNDES. Entre 1990 e 1995,

os investimentos ambientais financiados peloBNDES atingiram 1,6 bilhão de dólares.

Há grande margem de expansão no mer-cado de reciclados, especialmente de papel,vidros e latas de alumínio. A reciclagem daslatas de alumínio intensificou-se nos últimosanos, ocupando o primeiro lugar no ranking  mundial.

O setor imobiliário também se aproveitadas oportunidades ambientais. Nas áreasde lazer litorâneas e serranas, aumentam asexigências de qualidade ambiental e de vida.Mesmo em zonas industriais, há mudanças,como no município de Jacareí – SP, ondeestá sendo implantado um pólo industrial deacordo com o conceito de “cidades jardins,com a instalação de fábricas limpas”.

Outro setor em expansão nos negócios domeio ambiente é o dos meios de comunica-ção. A participação da imprensa brasileira na

questão ambiental é inédita no mundo. Alémde veículos impressos (jornais, revistas,newsletters e outros meios) especializadosem meio ambiente, alguns jornais de gran-de circulação dedicam páginas periódicas aotema, enquanto alguns canais de TV veiculamprogramas semanais sobre meio ambiente.

Ainda assim, as desigualdades sociais ea concentração de renda, entre outros fato-res restritivos, como a falta de oportunidades

educacionais e de acesso à informação, tor-nam menos dinâmico o processo de integra-ção efetiva do Brasil no ecobusiness.

Em resumo, quais são as perspectivas denegócios na área ambiental?

Em função da dinâmica atual do mercado,nacional e internacional, podem-se vislum-brar perspectivas de crescimento em quatroáreas de negócios:

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a) Os produtos de consumo

• São artigos tais como plásticos biode-gradáveis (embalagens, ferramentas eutensílios), detergentes e aqueles quebuscam alternativas para a eliminação

de metais pesados (pilhas, eletrônica)e uso de CFCs, CO2 (gases nocivosnormais: vaporizadores, calefação emotores a explosão clássicos), entreoutros.

b) Os investimentos industriais, subdidividosem:

• indústrias de reciclagem e limpeza;

• indústrias de produtos certificados deorigem florestal;

• produção de energia combinada comeliminação de resíduos sólidos;

• engenharia das tecnologias limpas; e

• indústria de medição e controle.

c) Os investimentos agroflorestais, especial-mente:

• cultivos para seqüestro de carbono(Protocolo de Quioto);

• produtos oriundos de manejo florestalcertificado; e

• cultivos de alimentos orgânicos.

d) Os serviços, entre os quais:

• medida, diagnóstico e controle em tem-po real;

• avaliação de incidentes e sistemas es-pecializados;

• elaboração de softwares de serviços;

• supervisão humana;

• financiamento e seguros; e

• sensibilização, educação e formação.

Qual a relação da indústria brasileira como desenvolvimento sustentável?

Dez anos depois da realização da Rio92, a indústria brasileira tem conquistas im-portantes a exibir. O fundamento de todo otrabalho realizado nesse período foi o com-promisso com as premissas formuladas pela

Agenda 21, resumidas pela CNI em 11 prin-cípios, que expressam os desafios propostosao setor produtivo para a construção do de-senvolvimento sustentável.

Declaração de princípios da indústria para o desenvolvimento sustentável1. Promover a efetiva participação ativa do setor industrial, em conjunto com a sociedade, os parlamentares, o governo e

organizações não-governamentais no sentido de desenvolver e aperfeiçoar leis, regulamentos e padrões ambientais.

2. Exercer a liderança empresarial junto à sociedade, em relação aos assuntos ambientais.

3. Incrementar a competitividade da indústria brasileira, respeitados os conceitos de desenvolvimento sustentável e o usoracional dos recursos naturais e de energia.

4. Promover a melhoria contínua e o aperfeiçoamento dos sistemas de gerenciamento ambiental, saúde e segurança dotrabalho nas empresas.

5. Promover a monitoração e a avaliação dos processos e parâmetros ambientais nas empresas. Antecipar a análise e osestudos das questões que possam causar problemas ao meio ambiente e à saúde humana, bem como implementar açõesapropriadas para proteger o meio ambiente.

6. Apoiar e reconhecer a importância do envolvimento contínuo e permanente dos trabalhadores e do comprometimentoda supervisão nas empresas, assegurando que tenham o conhecimento e o treinamento necessários com relação àsquestões ambientais.

7. Incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias limpas, com o objetivo de reduzir ou eliminar impactos adversosao meio ambiente e à saúde da comunidade.

8. Estimular o relacionamento e parcerias do setor privado com o governo e com a sociedade em geral, na busca do desen-volvimento sustentável, bem como na melhoria contínua dos processos de comunicação.

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Declaração de princípios da indústria para o desenvolvimento sustentável9. Estimular as lideranças empresariais a agirem permanentemente junto à sociedade com relação aos assuntos ambien-

tais.

10. Incentivar o desenvolvimento e o fornecimento de produtos e serviços que não produzam impactos inadequados ao meioambiente e à saúde da comunidade.

11. Promover a máxima divulgação e conhecimento da Agenda 21 e estimular sua implementação.

Fonte: CNI – Indústria Sustentável no Brasil – Agenda 21: Cenários e Perspectivas 2002.

Em 1999, a empresa investiu mais de R$ 1 milhão para reduzir o impacto ambiental de suas atividades. Conseguiu diminuir em 21% o consumo de energia elétrica e economizar mais de 20 toneladas mensais de gás liquefeito de petróleo. Atingiuum índice de 95% de recirculação de água. Passou a reaproveitar 300 mil quilocalorias por hora em seus fornos. Minimizouas emissões pela substituição de óleo BTE por gás natural no processo de secagem da massa. Diminuiu o impacto geradopela extração de matérias-primas, aperfeiçoou o sistema de tratamento de efluentes e implantou um sistema de controlede ruídos.

A iniciativa resultou não apenas em ganhos significativos de ecoeficiência e produtividade. O projeto desenvolvido pela ElianeRevestimentos Cerâmicos foi um dos vencedores do Prêmio CNI de Ecologia em 2000, na categoria Conservação dos Insu-mos de Produção, ao lado de iniciativas de outras empresas.

Em 2001, quatro empresas foram premiadas na etapa nacional. A Companhia Vale do Rio Doce foi a vencedora na categoria“Conservação de Insumos e Produtos”, com o projeto “Sistema de Recuperação e Contenção de Resíduos de Minério deFerro do Pátio de Expedições de Carajás”. A Samarco Mineração S.A. foi a escolhida na categoria “Educação Ambiental”,com o case “Projeto Salvamar”, voltado para a melhoria da qualidade ambiental na região de Guarapari, no Espírito Santo. Nacategoria “Projetos Cooperativos entre ONGs Ambientalistas e a Indústria”, a vencedora foi a CKEL Brasil Verde S.A., com oprojeto “Gestão Socioambiental da Maior Área de Manejo Florestal da Amazônia”. A Mutupiranga Industrial, Ltda. foi a escolhi-da na categoria “Micro e Pequenas Indústrias”, pelo seu “Programa de Gerenciamento de Resíduos e Sub-resíduos”.

O reconhecimento e a difusão das boas práticas cumprem um papel importante na busca da sustentabilidade da produçãoindustrial nos países mais desenvolvidos. No Brasil, multiplicam-se iniciativas desse tipo. Assim, conhecê-las e reconhecê-las

é fundamental. Ao instituir o Prêmio CNI, a Confederação Nacional da Indústria reafirma seu compromisso setorial de adequar-se aos novos paradigmas da economia mundial. E estimula o reconhecimento dos princípios do desenvolvimento sustentávelcomo premissas estratégicas na gestão das empresas.

Fonte: CNI – Indústria Sustentável no Brasil – Agenda 21: Cenários e Perspectivas 2002.

O setor industrial brasileiro exercealguma influência na condução dodesenvolvimento sustentável?

Sim, o setor industrial brasileiro endereçouuma relação de recomendações à Cúpula

Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentá-vel, realizada em setembro de 2002, que nor-teiam a atuação do setor industrial brasileiro.Essas recomendações são as seguintes:

1 promover a competitividade da indústria, respeitados osconceitos de desenvolvimento sustentável e o uso racio-nal dos recursos naturais e de energia;

2 assegurar a participação pró-ativa do setor industrial,em conjunto com o governo e organizações não gover-namentais no sentido de desenvolver e aperfeiçoar leis,regulamentos e padrões ambientais, nas negociaçõesnacionais e internacionais;

3 fomentar a capacitação técnica e incentivar a pesquisa eo desenvolvimento de novas tecnologias, com o objetivode reduzir ou eliminar impactos adversos ao meio am-biente e à saúde, e

4 promover a máxima divulgação e conhecimento daAgenda 21, estimulando sua implementação.

Fonte: CNI – Indústria Sustentável no Brasil Agenda 21: Cená-rios e Perspectivas 2002.

Existe no Brasil algum incentivo para aindústria implementar a gestão ambiental?

Sim, desde 1997 a CNI incentiva e re-compensa a adoção de práticas associadasà gestão ambiental na indústria, por meio

do Prêmio CNI de Ecologia. São históriasde sucesso, como a da Eliane Revestimen-tos Cerâmicos, de Santa Catarina, commais de 2 mil funcionários, responsável por 25% das receitas de exportação obtidaspelo setor.

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71A Questão Ambiental e as Empresas

OS CINCO MENOS

QUE SÃO MAISPor que o Sebrae definiu em sua AçãoAmbiental os “cinco menos que sãomais”?

Menos água Mais lucro

Menos energia Mais competitividade

Menos matéria-prima Mais satisfação doconsumidor 

Menos lixo (sobras,resíduos)

Mais produtividade

Menos poluição Mais qualidade ambiental

Porque toda atividade humana e, conse-qüentemente, qualquer ação empresarialestá diretamente envolvida com a questão douso de recursos naturais, na forma de maté-rias-primas, geração de produtos e subpro-dutos e descarte de resíduos. Cabe ao em-presário economizar no uso de insumos e deserviços de eliminação de resíduos, de modoa aumentar a lucratividade dos negócios.

 As atividades de uma pequena empre-sa causam sempre algum tipo de efei-to no meio ambiente, e a sociedade,

consumidora de seus produtos ou serviços,está cada vez mais consciente desses efei-tos. Pesquisas nacionais e internacionaismostram que o consumidor está disposto apagar um pouco mais por produtos processa-dos de forma a não poluir, ou poluir o menospossível, o meio ambiente. Ele também estápreocupado com a destinação adequada dosprodutos que adquire, após a sua vida útil.

Em tempos de mercado globalizado, emque o empresário não tem controle sobreo preço de venda de seu produto, a gestãoambiental torna-se um diferencial de compe-titividade, por possibilitar redução de custosde produção, melhores preços de venda eganhos de marketing . Para apoiar micro e

pequenas empresas na conquista desse di-ferencial, o Sebrae direcionou sua Ação Am-biental para a melhoria do desempenho am-biental e busca de ecoeficiência.

O Programa Sebrae de Gestão Ambientalconcentra esforços na redução do consumoe do desperdício – de água, energia, matéria-prima –, de modo a gerar menos lixo e me-nos poluição. Ao aderir a esse Programa,a empresa usufrui, em curto espaço

de tempo, de uma redução de cus-tos com compra de insumos. Nomédio prazo, verifica-se aumentode produtividade e maior credibili-dade junto ao consumidor.

88

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72 A Questão Ambiental e as Empresas

Entre os recursos naturais, há que desta-car aqueles que são considerados não-reno-váveis, por terem sido formados a milharesde anos, como é o caso do petróleo, carvãomineral e outros minérios. Cada fonte dessesrecursos tem prazo previsto para exaurir-se,

mas antes que isso ocorra, estão sendo bus-cadas alternativas de substituição, de modo aevitar o caos no planeta.

A manutenção da oferta e do preço dessetipo de insumo depende da demanda, da efi-ciência da exploração (com maior ou menor tecnologia) e, principalmente, da dimensãodas reservas.

A questão central, que afeta os negócios, éque os preços se elevam na medida em que aescassez dos produtos aumenta. Como aindanão se sabe quando, ou a que preço, recursosalternativos estarão disponíveis no mercado,é aconselhável usar recursos não-renováveiscom muita parcimônia e estar sempre atentoàs possibilidades de substituição, de modo acontribuir para que a transição ocorra de for-ma tranqüila, sem interrupções indesejáveisnas atividades da empresa.

Quanto aos recursos naturais renováveis,

isto é, aqueles que se renovam naturalmenteou com a ajuda do homem (água, plantas eanimais, energia solar, eólica e de maré, den-tre outros), deve-se respeitar o seu potencialde exploração, adotando práticas de uso sus-tentável.

Quais são os Objetivos da Metodologiado Programa Sebrae “Cinco Menos QueSão Mais” – Redução de Desperdício

Seu objetivo geral é fazer um levanta-mento de dados da empresa, referente aoconsumo de água, de energia elétrica e dematéria-prima, visando fazer um diagnósti-co dos desperdícios, caso existam, e propor soluções para minimizá-los, como tambémorientar os empresários na identificação dedesperdícios no processo produtivo e naproposição de ações corretivas, visando di-minuir custos de produção, aumentar a pro-

dutividade e minimizar os impactos ambien-tais negativos.

Objetivos Específicos

• Fazer um diagnóstico na empresa.

• Elaborar um prognóstico com proposta deações para redução de desperdícios.

• Entregar o relatório ao empresário e pres-tar as informações necessária para seuentendimento e implementação.

Público-Alvo

• Micro e pequenos empresários do comér-cio, da indústria, dos serviços e da agroin-dústria, ligados a cadeias produtivas e ar-ranjos produtivos locais, cujas atividadesenvolvam aspectos e impactos ambientaisnegativos que sejam significativos.

Benefícios aos clientes com aimplementação das ações

• Redução de desperdícios de insumos ematérias-primas.

• Redução de gastos com controle e recupe-ração ambiental.

• Aumento da competitividade das micro epequenas empresas.

• Melhoria da capacidade produtiva das em-presas, pela redução de desperdícios.

Quais são os passos da metodologia?

A metodologia é desenvolvida em etapasdistintas que consistem em:

a) Diagnóstico na empresa, que consiste naidentificação dos processos produtivos eelaboração do diagrama de fluxos das ati-vidades;

b) Identificação dos principais insumos deentrada do processo produtivo;

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• Principais matérias-primas; e

• Insumos (energia elétrica, combustí-veis, água.

c) Identificações dos principais elementos de

saída:

• Águas servidas (água de lavagem);

• Esgotos;

• Lixos/resíduos sólidos; e

• Emissões (gases, calor, outras radia-ções).

d) Elaboração e entrega de relatório ao em-presário, contendo:

• Prognóstico para redução de desperdí-cios; e

• Orientação sobre os produtos e os ser-viços do Sebrae.

e) Implementação das Ações, a critério doempresário.

Para mais informações, contatar o Sebraelocal (v. anexo VIII).

De que modo o Sebrae implanta sua açãoambiental?

O Sebrae passou a se preocupar com agestão ambiental em 1996, quando se inicia-va no Brasil a discussão das normas da sé-rie ISO 14000, editadas pela ABNT. A açãoambiental do Sebrae, desde então, tem sido

o “Programa Sebrae de Gestão Ambiental”voltado para as micro e pequenas empresas,com vistas ao aperfeiçoamento do seu de-sempenho ambiental e melhoria da sua com-petitividade.

A primeira iniciativa, no âmbito do Sebrae,foi a estruturação do Núcleo de Gestão Am-biental – NGA, coordenado pelo Sebrae/DF eapoiado pelo IEL/DF, que congrega uma equi-pe técnica multidisciplinar, com a função de

gerar subsídios para apoiar a ação ambientaldo Sebrae em escala nacional. O NGA come-çou o seu trabalho com o desenvolvimentodo “Projeto-Piloto de Auditoria Ambiental paraMicro e Pequenas Empresas no Brasil – fase1”, entre 1996 e 1997, em cooperação com o

CNPq e em parceria com o IEL/DF, Sebraesestaduais, Ibama, MMA e Infraero.

Nessa primeira fase, seguindo as indi-cações das normas BS-7750 e NBR ISO14001:1996, para a implementação de Siste-mas de Gestão Ambiental (SGA), foram re-alizadas Análises Críticas Ambientais Prepa-ratórias (ACAP) em 21 pequenas empresas,de 18 diferentes ramos de atividade (nota 1),em 15 estados representativos das 5 grandesregiões brasileiras (nota 2). Além da realiza-ção dessas ACAP, foram feitas visitas técni-cas em outras 2 MPE de cada estado con-templado no projeto, bem como em grandesempresas com SGA já certificado, de modoa conhecer melhor a realidade ambiental daempresa, definir uma metodologia de implan-tação de SGA adequada à situação da MPEe capacitar técnicos dos Sebraes estaduaispara atuarem na área da gestão ambiental.

A segunda fase do projeto, desenvolvida

entre 1997 e 1998, consistiu de apoio a 2empresas na certificação de seu sistema degestão ambiental pela NBR ISO 14001, comutilização da metodologia desenvolvida pelaequipe do NGA. Nesse mesmo período foramcontempladas outras nove, nas quais foramelaborados Planos de Melhoria de Desempe-nho Ambiental.

Além disso, o Sebrae concebeu e imple-mentou o Programa Sebrae de Redução de

Desperdício, testando a Metodologia Se-brae 5 Menos que São Mais – Redução deDesperdício em 140 empresas do DistritoFederal.

Por que a metodologia se refere a menoságua?

Porque, embora a água seja consideradaum recurso natural renovável, sua distribuiçãoé muito desigual na face da Terra. Por outro

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74 A Questão Ambiental e as Empresas

lado, seus processos naturais de renovação(evaporação e evapotranspiração, conden-sação, precipitação e filtragem no solo), emmuitos lugares, são muito mais lentos que osprocessos humanos que causam a sua polui-ção, deixando-a sem condições de qualidade

para o consumo humano. Processos artificiaisde purificação são muito dispendiosos, o quetorna a água cada vez mais cara e, portanto,menos acessível às populações mais pobres.

Essa situação leva à necessidade de me-lhoria daqueles processos industriais, queutilizam água como matéria–prima para re-frigeração, geração de vapor e, sobretudo,lavagem. Ao passar por esses processos,a água, muitas vezes, sofre alteração desuas características físico-químicas e torna-se agente poluidor dos solos e dos cursosd’água. O uso de tecnologia limpa possibilitadiminuir o consumo de água e, conseqüente-mente, a geração de poluição.

O Brasil perde cerca de 40% da água queé tratada pelas companhias de saneamento,em virtude de deficiências nas redes de distri-buição. Com isso, perde-se um recurso caro,gerando prejuízos que são repassados aoconsumidor, por meio de aumentos de preço.

Com o advento da Política Nacional de Re-cursos Hídricos, o país passou a adotar doisinstrumentos econômicos importantes parainduzir o uso racional da água, que podemcausar impacto na composição de custos dasempresas. Trata-se da cobrança pelo uso daágua em bacias hidrográficas, por volume econteúdo poluente; e da cobrança pelo lança-mento de efluentes em corpos d’água.

Qual a disponibilidade de água no Brasile no mundo?

O Brasil encontra-se em situação aindabastante confortável, se comparado a outrospaíses, no que se refere à disponibilidade deágua por habitante. Todavia, a distribuiçãoda água é muito desigual entre as regiões dopaís, onde 5 estados do Nordeste – Alagoas,Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Nortee Sergipe – e o Distrito Federal encontram-

se em situação de “seca crônica”. A situaçãodo Brasil, em relação ao mundo, e a disponi-bilidade de água dentro do país, podem ser constatadas nas Tabelas 12 e 13.

Tabela 12. Recursos hídricos renováveis

em alguns países em 1995, com projeçãopara 2025 e 2050

Países

Total anualde água

renovável(Km3)

Disponibilidadeper capita m3 (*)

1995 2025 2050

Argélia 14,80 527 313 251Bahrein 0,09 162 104 96

Barbados 0,05 192 169 163

Burundi 3,60 594 292 213

Cabo Verde 0,30 777 442 347

Camarões 1,02 1,667 760 544

Chipre 0,90 1,208 947 875

Belize 16,00 75,117 42,667 33,333Butão 95,00 53,672 26,056 18,236

Bolívia 300,00 40,464 22,847 17,682

Brasil 6.950,00 43,707 32,087 28,570Camboja 498,10 49,691 29,317 23,282

Canadá 2.901,00 98,667 79,731 79,803

Congo 832,00 320,864 144,771 95,314

Guiana 241,00 290,361 216,338 194,512

Hungria 120,00 11,874 13,846 15,554Laos 270,00 55,305 26,465 19,440

Libéria 232,00 109,279 35,296 23,305

(*) Considerando a projeção média de crescimento populacional.

Fonte: CHRISTOFIDIS, 2001 (apud PAI,1998). Países em si-

tuação crítica e países em situação confortável.

Que atividades consomem mais água, noBrasil e no mundo?

Como pode ser observado no gráfico e naTabela 13, a atividade agrícola é aquela quemais consome água, no Brasil, com destaquepara a Região Sul. O consumo domésticonas cidades brasileiras é muito alto na Re-gião Norte; e a produção industrial consome

mais água na Região Sudeste.Tabela 13. Brasil – Composição doConsumo de Água por Região (%)

Brasil Norte Nordeste Sudeste SulCentro-Oeste

Urbano 22 58 17 29 12 35

Industrial 19 25 13 30 7 12

Irrigação 59 17 70 41 81 53

Fonte: PNUD/IPEA. Relatório sobre o Desenvolvimento Hu-mano no Brasil, 1996.

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Em todas as regiões do planeta, de acordocom os dados apresentados a seguir, o maior consumo de água está também com a ati-vidade agrícola. Todavia, o Brasil destoa doresto do mundo no que diz respeito ao con-sumo nas residências, que é muito superior 

à média mundial e bem mais alto até mesmoque nos países vizinhos da América do Sul.

Derivação de água para uso consuntivosetorial, no mundo

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

   C   O   N   S   U   M   O   %

Doméstico

Industrial

Agrícola

Doméstico 8 8 14 6 6 18Industrial 22 41 24 4 8 34

Agrícola 70 51 58 90 86 52

MUNDO Am. NC Am. SUL ÁFRICA ÁSIA EUROPA

Fonte: CHRISTOFIDIS, 2001, p. 143.

E como é o consumo de água nasempresas?

O uso de água varia muito, de acordo como tipo de atividade e o processo tecnológicoutilizado pela empresa. A Tabela 14 exemplifi-ca o consumo em alguns tipos de indústria.

Tabela 14. Exemplo de consumo de águaem alguns tipos de indústrias

Produto Unidade Litros de água

Automóvel veículo 38.000

Cimento portland tonelada 550 a 2.500

Revestimentocerâmico

tonelada 1.800 a 2.000

Carvão de pedra(hulha)

tonelada 1.000 a 3.000

Explosivos tonelada 80.000 a 83.500

Vidro tonelada 88.000

Lavadora t (produtolavado) 30.000 a 50.000

Couro tonelada 50.000 a 125.000

m3 de couro 20 a 440

m3 (pela peqanimais)

110

Borracha sintética

- butadieno tonelada 83.500 a 2.750.000

- bunas tonelada 125.000 a 2.630.000

- grades GRS tonelada 117.000 a 2.800.000

Povilho/amido tonelada 10.000 a 18.000

Fonte: CHRISTOFIDIS, 2001.

Por que menos energia?

Em primeiro lugar, a geração de ener-gia, em suas variadas formas, é altamen-te impactante no meio ambiente. A isso sesomam a dificuldade de obtenção e o custo

crescente.

No Brasil, onde as usinas hidrelétricas res-pondem pela maior parcela da energia pro-duzida, ocorrem muitos impactos negativos,desde a construção até o enchimento dosreservatórios, com perda de biodiversidadee alterações significativas em termos sociais,econômicos e culturais.

As atividades humanas requerem energiaem quantidades cada vez maiores. A dificul-dade de obtenção aconselha o consumidor autilizar energia de modo racional, de acordocom os princípios da sustentabilidade e tam-bém como forma de diminuir custos de pro-dução.

No Brasil, perdem-se cerca de 35% deenergia elétrica em redes de distribuição, oque tem levado as companhias de eletricida-de a desenvolver campanhas de economiade energia, já que é mais barato eliminar des-

perdícios nessa área do que construir novashidrelétricas.

Qual a situação das reservas de petróleono mundo?

De acordo com as estimativas dos espe-cialistas, as reservas mundiais de petróleoserão suficientes apenas para os próximos40 anos, caso permaneça o ritmo atual deexploração e consumo. Essas estimativas

alarmantes estão levando à busca de com-bustíveis alternativos em todo o mundo, demodo a realizar a transição, sem grandestraumas, para o sistema produtivo e a qua-lidade de vida das pessoas. Um exemplo desucesso nessa busca foi a introdução do ál-cool de cana-de-açúcar como combustível eem mistura na gasolina, no Brasil.

No presente, o Brasil planeja a introduçãoimediata do uso do diesel vegetal como fator 

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de mistura no diesel convencional em até 5%nos próximos cinco anos.

Como o uso de energia contribui para amudança climática do planeta?

O impacto da queima de combustíveis fós-seis, como petróleo, carvão mineral e gás na-tural, nas emissões de carbono causadorasde mudanças climáticas, tem sido bastanteelevado. Todavia, cresce rapidamente a parti-cipação de fontes de energia renováveis quenão emitem CO

2(como energia solar e eóli-

ca), na composição do consumo mundial. Ouso de petróleo e carvão tende a decrescer,como também o de energia de biomassa re-novável (por exemplo, o carvão vegetal).

É possível economizar energia, noprocesso produtivo, sem diminuir aprodutividade?

Pode-se economizar energia apenas dimi-nuindo o desperdício, aumentando a eficiên-cia dos equipamentos ou utilizando energiasnaturais, como é o caso das energias solar,eólica e outras.

A utilização de máquinas e equipamentos

modernos, ainda que muitas vezes requeirainvestimentos iniciais, justifica-se por si mes-ma pela economia de energia e pelo melhor desempenho, com menos controle de quali-dade e menor custo de operação.

Programas institucionalizados, tais comoo Programa de Eficiência Energética, auxi-liam o empresário a diminuir seus custos comenergia, de modo a não apenas aumentar acompetitividade, como também contribuir ati-

vamente para a conservação dos recursosnaturais.

É possível diminuir o uso de matéria-prima sem diminuir a produção?

Sim. Pode-se aumentar a eficiência douso da matéria-prima e produzir mais, commenos. O Brasil desperdiça cerca de 30%de material de construção em uma obra civil.Isso quer dizer que, a cada três imóveis que

se constroem, foi desperdiçado material sufi-ciente para se construir um quarto prédio. Éclaro que esse desperdício é repassado aoconsumidor, como custo de produção, no va-lor de venda do imóvel.

São enormes os desperdícios na utiliza-ção da madeira. Em alguns casos, o produtofinal aproveita apenas 20% do que foi origi-nalmente extraído da floresta.

O processo produtivo que comporta des-perdícios não vai muito adiante, à medidaque existe concorrência e algumas empresaspassam a produzir com melhor qualidade emenor preço. Assim, a necessidade de sebaixar o preço de custo para se manter vivono negócio faz reduzir o uso ineficiente damatéria-prima.

Por outro lado, à medida que a matéria-prima escasseia, os custos se elevam e osnegócios podem inviabilizar-se.

O que indica o mau uso da matéria-prima?

É simples. Basta verificar quanto o proces-so produz de sobras ou rejeitos. Quanto maior 

a produção de resíduos, maior o desperdíciode matéria-prima, maior o potencial de polui-ção e, certamente, menores os lucros.

O Brasil perde 25% do alimento produzido,na armazenagem, no transporte e no acondi-cionamento dos produtos. Uma grande parteé desperdiçada no processo de manipulação,inclusive em nível doméstico.

Segundo dados da Associação Brasileira

de Supermercados, somente no ano de 1995perderam-se cerca de 500 mil toneladas dealimentos, por falhas ocorridas nos proces-sos de colheita, transporte, armazenamentoe consumo.

O uso sustentável de matérias-primas nãosó proporciona enormes economias às em-presas, como também reduz de forma signi-ficativa as possibilidades de geração de im-pactos ambientais.

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O que fazer com as sobras?

As sobras produzidas podem ser a ma-téria-prima de um outro processo industrial.Pode-se desenvolver um setor específicopara processá-las ou vendê-las a terceiros.

Algumas empresas reciclam entulho deconstrução na fabricação de blocos de ci-mento, com redução do custo de produção eeliminação de despesas com transporte paradescarte de rejeitos, além de não ter proble-mas com a disposição final.

No setor de alimentos, pesquisas têmdemonstrado que, por vícios culturais oumesmo por falta de conhecimento, muitosalimentos menos nutritivos são preferidos,enquanto outros de melhor qualidade sãopreteridos.

E as micro e pequenas empresas podemcontribuir para diminuir o desperdício noBrasil?

Claro que sim. Afinal, são mais de quatromilhões e meio de pequenos negócios nasmais variadas atividades, utilizando toda sor-te de insumos. Se cada empresa investir na

redução de desperdícios dos seus insumos,muito será economizado, e os recursos natu-rais poupados.

Com procedimentos de redução de des-perdícios, a empresa não só economiza in-sumos, como gera menos resíduos. Dessaforma, a produção demanda menos recursosnaturais e impacta menos o meio ambientecom a disposição inadequada de resíduos.

Qual o tempo de decomposição naturaldos materiais residuais?

O tempo variado de decomposição de ma-teriais, pela natureza, ilustra bem a importân-cia da reutilização ou reciclagem de produtoscomo pneus, embalagens pet, vidros ou em-balagens e placas metálica.

O que é ecoeficiência?

É a utilização sustentável dos recursos na-turais, com reflexos positivos na manutençãoe continuidade dos negócios.

Preocupado com o uso descontrolado dosrecursos naturais do planeta, Odum (1985)apontou as economias lineares como formasnão eficientes de produção, que podem es-

gotar os recursos naturais (matérias-primas)e gerar uma grande quantidade de materiaisindesejáveis (lixo). Segundo esse autor, é des-vantajoso manter um sistema de economia li-near, como mostrado no esquema a seguir.

Sua empresa funciona assim?

Sistema de economia linear 

Fonte: ODUM, 1985 (apud JONES, 1977).

Para substituir essa cadeia de produçãolinear, que classifica como sendo inconsis-tente e ineficiente, Odum (1985) propõe umsistema de economia circular, como ilustradoa seguir.

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Otimização do uso dos recursos naturais,mudando de economia linear paraeconomia circular 

Fonte: ODUM, 1985 (apud JONES, 1977).

Note-se que, ao passar de um sistema deprodução linear para o sistema circular, comvários níveis de interdependência, o siste-ma muda de inconsistente para consistente,aumentando sua eficiência à medida que seaproxima dos sistemas naturais.

A forma mais adequada de saber se aempresa está sendo ecoeficiente é verificar o quanto de rejeito o processo produz e, prin-cipalmente, se esse material é reaproveitadode alguma forma.

As sobras de materiais devem ser reincor-poradas ao processo produtivo, da própria

empresa ou de outra.

Sobras e rejeitos de uma empresa podemser a matéria-prima principal de outra empre-sa. Para comercializá-los, diversas cidadesoperam uma bolsa de resíduos.

O que têm a ver os “cinco menos que sãomais” com a globalização?

Observe o cálculo do preço de venda de

um produto, antes e depois da globalização.O maior problema de qualquer empresário étrabalhar o preço de custo, de modo a aumen-tar o lucro e favorecer a competitividade.

ANTES...

DEPOIS...

Diminuir o consumo e o desperdício nositens que afetam o meio ambiente (água,energia e matéria-prima), certamente leva auma redução dos custos empresariais.

O que têm a ver os “cinco menos que sãomais” com o meio ambiente?

Todo e qualquer setor de atividade huma-na que usou corretamente recursos naturais,provavelmente desenvolveu ou utilizou re-cursos tecnológicos, investiu em formação equalificação de mão-de-obra e, conseqüen-temente, saiu em vantagem em relação aoscompetidores.

Investir nos cinco menos é zelar para queos recursos naturais continuem disponíveispor mais tempo, de modo a gerar melhoresnegócios.

O que é o Programa Zeri?

O ZERI (Zero Emissions Research and Iniciatives) é um programa da Universida-de das Nações Unidas – UNU, do Japão,e da Fundação ZERI, em Genebra, Suíça,criado em 1994, para incentivar a aplicaçãoda ciência e da tecnologia de modo a sa-tisfazer as necessidades humanas (água,alimentação, energia, empregos, habitação)de forma ambientalmente sustentável. Seusprojetos envolvem governo, empresariado eacademia.

Uma década de pesquisa, tentativas e er-ros, com desenvolvimento de projetos e po-líticas, levaram à consolidação de um novomodelo de negócios, que é cada vez maisutilizado em todo o mundo. Um modelo emque a sociedade é capaz de responder às ne-cessidades básicas de todos, em coevoluçãocom a natureza.

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O que é Produção mais Limpa ?

Pela definição do programa das NaçõesUnidas para o Meio Ambiente de 1994, a Pro-dução Mais Limpa é a melhoria contínua dosprocessos industriais, produtos e serviços,

visando:

• Reduzir o uso de recursos naturais;

• Prevenir na fonte a poluição do ar, daágua, e do solo; e

• Reduzir a geração de resíduos na fonte,visando diminuir os riscos aos seres hu-manos e ao ambiente natural.

Como qualquer investimento, a decisão deinvestir em Produção Mais Limpa dependeda relação custo-benefício. Na prática, fren-te às restrições de capital para investimen-tos, opta-se mais pela adoção de estratégiasambientalmente corretas (tratamento no finaldo processo) do que estratégias preventivas,como é o caso da Produção Mais Limpa.

Quais são os objetivos do ProgramaSebrae de Eficiência Energética ?

Seu objetivo geral é promover o uso efi-ciente de energia pelas MPE gerando ganhosde produtividade e de lucratividade, na pers-pectiva de desenvolvimento sustentável. Osobjetivos específicos são:

• Mobilizar e motivar as MPE, bem como osdiversos atores envolvidos, para a impor-tância e necessidade do uso racional deenergia;

• Capacitar empreendedores das MPE ten-do em vista o uso eficiente de energia;

• Possibilitar um processo de auto-avaliaçãodo uso de energia elétrica nas empresas,

que permita às MPE criarem seu próprioprograma de eficiência energética;

• Elaborar avaliações de pontos críticos dasinstalações e do uso de energia elétricanas empresas, propondo medidas de ra-

cionalização;

• Elaborar diagnósticos de desempenhoenergético e consultoria para empresasonde ocorra o uso intenso de energia elé-trica;

• Propor políticas públicas que estimuleme facilitem o surgimento e a utilização demáquinas e equipamentos, processos, in-sumos e tecnologias voltadas ao uso efi-ciente de energia;

• Identificar oportunidades e promover o de-senvolvimento de produtos, processos eserviços voltados à obtenção de alto de-sempenho energético; e

• Difundir as possibilidades de uso de fontesalternativas de energia nas MPE.

O que é Capitalismo Natural ?

O capitalismo natural trata da reintegra-ção das pessoas ao mundo econômico e darestauração do capital natural. É uma visãosistêmica da sociedade e de sua relação como ambiente natural. Também procura mostrar um caminho para uma nova maneira de vi-ver. Um modelo que seja ganha-ganha paratodos.

O capitalismo natural é a possibilidade deum novo sistema industrial ter em sua baseuma mentalidade e uma escala de valoresmuito diferentes das do capitalismo conven-cional.

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 ANEXOS

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 ANEXO I

Relação da Principal LegislaçãoAmbiental Brasileira Vinculada àsAtividades Empresariais

O quadro abaixo mostra a principal legis-lação ambiental federal que pode interessar 

ao empresário de qualquer segmento produ-tivo do país. Inicia-se com a Constituição de1988 e segue com os instrumentos legais emordem cronológica, indicando o tema a quese refere e o assunto ou obrigações pertinen-tes.

Instrumento legal Tema Assunto/Obrigação

Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil Meio ambiente Estabelece a forma do Estado, do governo, o modo de aquisição eo exercício do poder, seus órgãos e os limites de sua ação/Contémcapítulo sobre o meio ambiente, com normas programáticas e deeficácia contida

Lei 3.924/61 Monumentosarqueológicos

Dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-históricos

Lei 4.771/65, alterada pelaMedida Provisória nº 2.166-67/01

Flora Institui o Código Florestal/proíbe a execução de desmates nas áreasde preservação permanente sem autorização do Ibama/Determina oregistro de consumidores de produtos florestais

Lei 5.197/67 Fauna Dispõe sobre a proteção à fauna/Proíbe a destruição, caça e apanha

Lei 6.902/81 Unidades deconservação

Dispõe sobre as Áreas de Proteção Ambiental – APAs/Estabelecelimitações ao exercício de atividades poluidoras situadas nas áreas deAPAs

Lei 6.938/81 Poluição/Licenciamento/

Recursos ambientais

Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente/Proíbe a poluição eobriga o licenciamento/Determina a utilização adequada dos recursos

ambientaisLei 7.347/85, alterada pelaLei 10.256/01

Dano ambiental Disciplina a Ação Civil Pública de responsabilidade por danos causadosao meio ambiente e ao consumidor.

Lei 7.802/89, alterada pelaLei 9.974/00

Agrotóxicos Dispõe sobre os agrotóxicos, seus componentes e afins

Lei 9.433/97, alterada pelaLei 9.984/00

Água/recursoshídricos

Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos/Institui a cobrança pelouso da água

Lei 9.605/98, alterada pelaMedida Provisória 62/02

Crime ambiental Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas decondutas e atividades lesivas ao meio ambiente

Lei 9.795/99 Educação ambiental Dispõe sobre a Educação Ambiental/Determina às empresas instituiramprogramas visando a capacitação dos trabalhadores em meio ambiente

Lei 9.984/00 Recursos hídricos/Captação

Dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas – ANA, entidadefederal de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos

Lei 9.985/00 Unidades de

conservação

Dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da

Natureza – SNUCLei 10.165/00 Taxa de fiscalização

ambientalAltera a Lei 6.938/81, institui a Taxa de Controle e FiscalizaçãoAmbiental

Lei 10.295/01 Energia Dispõe sobre a Política Nacional de Conservação e Uso Racional deEnergia.

Lei 10.308/01 Rejeitos radioativos Dispõe sobre os depósitos de rejeitos radioativos

Lei 10.438/02, alterada pelaLei 10.604/02

Energia Institui o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de EnergiaElétrica – Proinfa, com o objetivo de aumentar a participação da energiaelétrica produzida por empreendimentos de produtores independentesautônomos

Decreto-Lei 227/67 Mineração Código de Mineração/Exige anuência da União para o exercício dasatividades minerárias/proíbe a poluição do ar e da água

Decreto 24.643/34 Águas Institui o Código de Águas

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Instrumento legal Tema Assunto/Obrigação

Decreto 62.934/68 Mineração Regulamenta o Decreto-Lei nº 227/67, que institui o Código deMineração/Exige anuência da União para o exercício das atividadesminerárias/proíbe a poluição do ar e da água

Decreto 84.017/79 Unidades deconservação

Aprova o regulamento dos Parques Nacionais Brasileiros

Decreto 96.044/88, alteradopelo Decreto 4.097/02

Transporte/Produtosperigosos

Aprova o Regulamento do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos

Decreto 97.632/89 Mineração/PRAD Dispõe sobre o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas

Decreto 99.274/90, alteradopelo Decreto 3.942/01.

Licenciamento/Poluição/Punições

Regulamenta a Lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional doMeio Ambiente/Obriga o licenciamento e proíbe a poluição/Dispõe sobreas APAs

Decreto 99.280/90 CFC/Ar Promulga a Convenção de Viena sobre a Proteção da Camada deOzônio e o Protocolo de Montreal sobre substâncias que destroem acamada de ozônio

Decreto 99.556/90 Unidades deconservação

Dispõe sobre a proteção das cavidades naturais subterrâneas/Limita autilização de áreas situadas no entorno das grutas e cavernas

Decreto 1.282/94 Flora Dispõe sobre a reposição florestal obrigatória

Decreto 2.612/98, alteradopelo Decreto 4.174/02.

Água/Recursoshídricos

Regulamenta, parcialmente, a Lei 9.433/97, no que se refere aoConselho Nacional de Recursos Hídricos

Decreto 2.661/98 Flora/Incêndio Estabelece normas de precaução ao emprego do fogo em práticasagropastoris e florestais

Decreto 3.179/99, alteradopelo Decreto 3.919/01

Crime ambiental Regulamenta o capítulo de sanções administrativas por condutas eatividades lesivas ao meio ambiente

Decreto 3.665/00 R-105 Explosivos Fixa normas sobre o uso de explosivos e produtos químicos controladospelo Ministério do Exército/Sujeita a compra e a utilização à autorizaçãodo órgão

Decreto 4.059/01 Energia Institui o Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de EficiênciaEnergética – CGIEE, encarregado de elaborar plano de trabalho ecronograma, visando implementar a aplicação da Lei nº 10.295/01, quedispõe sobre a Política Nacional de Conservação de Energia

Decreto 4.074/02 Agrotóxicos Regulamenta a Lei 7.802/89, que dispõe sobre os agrotóxicos, seuscomponentes e afins

Decreto s/n, de 10.01.02 Unidades deconservação

Cria a Área de Proteção Ambiental – APA do Planalto Central, noDistrito Federal e no Estado de Goiás

Decreto 4.281/02 Educação ambiental Regulamenta, parcialmente, a Lei nº 9.795/99, que institui a Política

Nacional de Educação Ambiental/Atribui ao órgão gestor dirigido pelosMinistérios do Meio Ambiente e da Educação a competência paradefinir, até fevereiro de 2.003 as diretrizes para implementação daPolítica Nacional de Educação Ambiental

Decreto 4.297/02 Política Nacional doMeio Ambiente/ZEE

Estabelece os critérios para o Zoneamento Ecológico-Econômicodo Brasil – ZEE, instrumento de organização do território previsto naPolítica Nacional do Meio Ambiente, a ser obrigatoriamente seguido naimplantação de planos, obras e atividades

Decreto 4.339/02 Biodiversidade Institui princípios e diretrizes para a implementação da Política Nacionalda Biodiversidade

Decreto 4.340/02 Unidades deconservação

Regulamenta, parcialmente, a Lei 9.985/00, que dispõe sobre o SNUCDispõe sobre a criação das Unidades de Conservação, planos demanejo, formas de fixação das medidas compensatórias e autorizaçãopara a exploração de produtos, subprodutos ou serviços delas inerentes

Decreto s/n, de 10.01.02 Unidades deconservação

Cria a Área de Proteção Ambiental – APA do Planalto Central, noDistrito Federal e no Estado de Goiás

Decreto 4.541/02 Energia Regulamenta, parcialmente, a Lei 10.438/02, que dispõe sobre aexpansão da oferta de energia elétrica emergencial/Cria o Programa deIncentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica – Proinfa

Portaria Minter 53/79 Resíduos/Lixo/Solo Estabelece normas para disposição de resíduo sólidos/Proíbe autilização do solo como destinação final de resíduos

Portaria Minter 100/80 Ar/Veículos Estabelece que as emissões de fumaça negra de veículos movidos adiesel não podem ultrapassar os padrões da escala de Ringelmann

Portaria Minter 124/80 Água/Licenciamento Exige sistema de contenção para as atividades poluidoras situadas amenos de 200m dos cursos d’água

Portaria Ibama 887/90 Unidades deconservação

Dispõe sobre o Patrimônio Espeleológico Nacional

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Instrumento legal Tema Assunto/Obrigação

Portaria Ibama 74/92 Flora Dispõe sobre a apresentação e aprovação do Plano de Corte eInformação de Corte

Portaria Ibama 149/92 Motosserras Dispõe sobre o registro de comerciante ou proprietário de motosserra, junto ao Ibama

Portaria Ibama 113/95 Exploração Florestal Dispõe sobre a exploração das florestas primitivas e demais formas devegetação arbórea nas regiões Sul, SE, NE e CO

Portaria Ibama 85/96 Ar/Veículos Determina às empresas possuidoras de frota própria de transporte decarga e de passageiros com veículos movidos a diesel, a criação eadoção do Programa Interno de Autofiscalização e Correta Manutençãoda Frota

Portaria MinistérioTransportes 204/97, alteradapela Portaria MT 254/01

Transporte/Produtosperigosos

Dispõe sobre o Transporte Rodoviário e Ferroviário de ProdutosPerigosos

Portaria Ibama 50-N/98 Flora Dispõe sobre os pedidos de exploração de florestas plantadasincentivadas e daquelas comprometidas com a reposição florestalobrigatória

Portaria Ibama 71-N/98 Flora Estabelece critérios para a reposição florestal obrigatória na modalidadede compensação

Portaria Agência Nacional doPetróleo 80/99

Ar Proíbe a utilização de óleos combustíveis com teores de enxofre acimados que estabelece

Portaria Agência Nacional do

Petróleo 127/99

Resíduos Regulamenta a coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado/

Determina o cadastramento do coletor na ANPPortaria Agência Nacional doPetróleo 128/99

Resíduos Regulamenta a atividade industrial de rerrefino de óleo lubrificanteusado ou contaminado/Determina o cadastramento do rerrefinador naANP

Portaria MA/MF 499/99,alterada pela Portaria MA/MF 146/00

Flora Dispõe sobre o tratamento a ser conferido às embalagens de madeiraprovenientes de estados estrangeiros

Portaria Ibama 66/02 Unidades deconservação

Criar o Conselho Consultivo da Área de Proteção Ambiental do PlanaltoCentral (APA Planalto Central), órgão integrante da estrutura da Área deProteção Ambiental do Planalto Central/DF

Portaria MT 349/02 Fiscalização dotransporte deprodutos perigosos

Aprova as Instruções para a Fiscalização do Transporte Rodoviário deProdutos Perigosos no Âmbito Nacional.

Portaria ANP 125/02 Dutos Dispõe sobre os procedimentos preventivos a serem adotados na

execução de obras com interferência em faixa de domínio de dutos depetróleo, seus derivados ou gás natural

Resolução Conama 01/86 EIA-Rima/Licenciamento

Dispõe sobre o Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental – EIA/Rima

Resolução Conama 06/86 Licenciamento Dispõe sobre a publicação de pedidos de licenciamento, sua renovaçãoe a respectiva concessão

Resolução Conama 20/86 Água/Efluenteslíquidos/Poluição

Estabelece Normas e Padrões de Classificação de Águas e deLançamento de Efluentes Líquidos

Resolução Conama 10/88 Unidades deconservação

Dispõe sobre as APAs/Estabelece que as atividades desenvolvidas nasAPAs devem ter a licença especial emitida pela entidade administradora

Resolução Conama 05/89 Ar Dispõe sobre o Programa Nacional da Qualidade do Ar – PRONAR

Resolução Conama 01/90 Poluição sonora Estabelece normas referentes à poluição sonora e à emissão de ruídos

Resolução Conama 03/90 Ar Estabelece padrões de qualidade do ar, previstas no Programa Nacionalde Controle da Qualidade do Ar – Pronar 

Resolução Conama 08/90 Ar Estabelece os limites máximos de emissão de poluentes paraprocessos de combustão externa em fontes novas fixas

Resolução Conama 05/93 Resíduos/Lixohospitalar 

Define procedimentos mínimos para o gerenciamento e tratamento deresíduos sólidos oriundos de Serviços de Saúde

Resolução Conama 09/93 Resíduos/Óleoslubrificantes

Dispõe sobre o uso, destinação final, reciclagem, refinagem,industrialização, transporte, comercialização dos óleos lubrificantes

Resolução Conama 02/96 Unidades deconservação

Dispõe sobre a criação de Unidade de Conservação como condicionantedo licenciamento de empreendimento de relevante impacto ambiental

Resolução Conama 237/97 Licenciamento Dispõe sobre Licenciamento Ambiental/Estabelece prazo paraconcessão e validade das licenças ambientais

Resolução Conama 257/99 Resíduos sólidos Dispõe sobre o descarte de pilhas e baterias/Determina aos usuários,a devolução do produto, após seu esgotamento energético, aoscomerciantes, fabricantes, importadores ou distribuidores

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Instrumento legal Tema Assunto/Obrigação

Resolução Conama 258/99 Resíduos sólidos Proibe a destinação final inadequada de pneus inservíveis/proibe aqueima do resíduo a céu aberto e sua disposição em aterros sanitários,mar, rios, lagos ou riachos e terrenos baldios e alagadiços.

Resolução Conama 264/99 Licenciamento Dispõe sobre o licenciamento dos fornos rotativos de produção declínquer para atividades de coprocessamento de resíduos.

Resolução Conama 267/00 CFC/Ar Regulamenta a importação, produção, comercialização e usodas substâncias que destroem a camada de ozônio/Determina ocadastramento no Ibama dos consumidores de mais de 200kg/ano deCFC

Resolução Conama 273/00,alterada pela ResoluçãoConama 319/02

Licenciamento Obriga ao prévio licenciamento do órgão ambiental competente,a instalação e operação de instalações de abastecimento decombustíveis.

Resolução Conama 274/00 Água Altera a Resolução Conama 20/86. Estabelece os padrões debalneabilidade das águas

Resolução CNRH 16/01 Água/Recursoshídricos

Estabelece condições e procedimentos para concessão de outorga dedireito de uso de recursos hídricos federais.

Resolução Conama 275/01 Resíduos Coletaseletiva/Cores

Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, erecomenda sua adoção na identificação de coletores e transportadores

Resolução CNRH 17/01 Recursos Hídricos Dispõe sobre a elaboração dos Planos de Reciursos das BaciasHidrográficas

Resolução Conama 281/01 Licenciamento Dispõe sobre a publicação das licenças ambientais

Resolução Conama 283/01 Resíduos sólidosambulatoriaisPGRSS

Dispõe sobre o Plano de Gerenciamento de Serviços de Saúde,documento a ser elaborado e apresentado à análise e aprovação doórgão ambiental competente.

Resolução Conama 302/02 Unidades deconservação/áreasde preservaçãopermanente/reservatóriosartificiais

Dispõe sobre as Áreas de Preservação Permanente situadas ao redor de reservatórios artificiais

Resolução Conama 303/02 Unidades deconservação/áreasde preservaçãopermanente

Estabele parâmetros, definições e limites referentes às Áreas dePreservação Permanente/Revoga a Resolução Conama 04/85

Resolução CNRH 05/00 Água/Recursoshídricos

Estabelece diretrizes para o funcionamento dos Comitês de BaciasHidrográficas

Resolução CNEN 04/89 Pára-raios Dispõe sobre a utilização de materiais radioativos em pára-raios/Determina a devolução à CNEN do material quando da desativação dosequipamentos

Resolução CNEN 12/02NN-6.09

Rejeitos Radioativos Aprova a Norma Nuclear CNEN-NN-6.09 sobre Critérios de Aceitaçãopara Deposição de Rejeitos Radioativos de Baixo e Médio Níveis deRadiação

Resolução Conama 307/02 Resíduos Sólidos Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos gerados nas atividades deconstrução civil

Resolução ANA 135/02 Água/RecursosHídricos

Estabelece a tramitação dos pedidos de outorga de direito e de outorgapreventiva de uso de recursos hídricos encaminhados à ANA/Informaque os requerimentos serão feitos através dos formulários disponíveisna página da ANA na internet , no endereço www.ana.gov.br 

Resolução Conama 313/02 Resíduos/Inventário Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos e aprova o novomodelo a ser apresentado ao órgão estadual de meio ambiente

até 22.11.03/Relaciona as empresas obrigadas à apresentação doInventário/Estabelece que, a partir de 22.01.03, a obrigação de registrar mensalmente dados sobre a geração e destinação dos resíduos.Revoga a Resolução Conama 06/88

Resolução Conama 314/02 Poluição/Remediação/Remediadores

Dispõe sobre o registro no Ibama dos remediadores, definidos comoprodutos, constituídos ou não por microrganismos, destinados àrecuperação de ambientes e ecossistemas contaminados, tratamentode efluentes e resíduos, desobstrução e limpeza de dutos eequipamentos que atuam como agentes de processo físico, químico,biológico ou combinados entre si

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93A Questão Ambiental e as Empresas

Instrumento legal Tema Assunto/Obrigação

Resolução Conama 316/02 Resíduos/Tratamento térmico

Disciplina os processos de tratamento térmico de resíduos, definidocomo qualquer processo cuja operação seja realizada acima datemperatura mínima de 800 graus Celsius, exceto para rejeitosradioativos e para co-processamento em fornos de clínquer/Concedeprazo, até 20.02.03 para os sistemas de tratamento não-licenciadosformalizem o requerimento da Licença Ambiental

Resolução Concla 06/02 Inventário Nacional

de Resíduos

Aprova e divulga a estrutura da Classificação Nacional de Atividades

Econômicas – CNAE, que é a referência utilizada pela ResoluçãoConama 313/02 para indicar as atividades sujeitas à elaboração doInventário Nacional de Resíduos

Instrução NormativaMMA 04/00

Água/Recursoshídricos

Estabelece procedimentos para a emissão de outorga de direito de usode recursos hídricos em corpos d’água federais

Instrução NormativaMMA 01/01

Flora/Manejoflorestal

Determina aos proprietários de florestas plantadas prestareminformações ao Ibama sobre as espécies, quantidades e distinatáriosdos produtos originários das mesmas.

Instrução NormativaIbama 10/01, alterada pelaInstrução Normativa Ibama16/01

Cadastro TécnicoFederal

Dispõe sobre o registro no cadastro técnico federal de atividadespotencialmente poluidoras ou utilizadoras de recursos ambientais,e sobre a apresentação do relatório anual de atividades. Revoga aPortaria Ibama 113/97

Instrução Normativa Ibama07/02, alterada pela IN

Ibama 23/02

Infrações/Processoadministrativo

Regulamenta o processo administrativo para apuração das infraçõese aplicação das penalidades, estabelece prazos e condições para

apresentação de Defesas e RecursosInstrução NormativaIbama 08/02, alterada peloInstrução Normativa 18/02

Resíduos sólidos/Pneus

Obriga à inscrição no Cadastro Técnico Federal do Ibama osfabricantes, importadores, processadores e destinadores depneumáticos de veículos automotores e bicicletas/Estabelece prazopara as empresas que já apresentaram o Relatório de Atividadesretificarem as informações prestadas

Instrução Normativa SDA63/02

Flora Aprova os requisitos fitossanitários para a importação de madeiraserrada bruta de Fraxinus americana (Fresno), produzida nos EstadosUnidos da América do Norte.

Instrução Normativa SDA64/02

Flora Aprova os requisitos fitossanitários para a importação de madeiraserrada bruta serrada bruta de Quercus alba (Carvalho Branco),produzida nos Estados Unidos da América do Norte

Lei Orgânica Política de meioambiente

Dispõe sobre a organização político-administrativa do Distrito Federal/Contém capítulo sobre o meio ambiente

Lei Complementar 17/97 Urbanismo Aprova o Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distri to Federal,

institui o Sistema de Planejamento Territorial e Urbano do DistritoFederal

Lei Complementar 56/97 Urbanismo Dispõe sobre o Plano Diretor Local de Sobradinho-DF, RegiãoAdministrativa V

Lei Complementar 265/99 Unidades deconservação

Dispõe sobre a criação de Parques Ecológicos e de Uso Múltiplo/Estabelece, entre outros, os conceitos de Unidades de Conservação;preservação; manejo; uso sustentável e zona de transição

Lei 41/89 PoluiçãoLicenciamento

Dispõe sobre o controle da poluição/Proíbe a poluição e obriga olicenciamento

Lei 247/92 Resíduos sólidos Dispõe sobre a seleção, coleta e destino dos resíduos gerados por  estabelecimentos de serviços de saúde.

Lei 414/93 Agrotóxicos Dispõe sobre produção, armazenamento, comercialização, transporte,consumo, uso, controle, inspeção, fiscalização e destino final deagrotóxicos, seus componentes e afins

Lei 462/93 Resíduos Dispõe sobre a reciclagem de resíduos sólidos no Distrito Federal/Proíbe o depósito de resíduos in natura nos espaços públicos

Lei 511/93 Resíduos Cria o Programa de Ressarcimento de Material Reciclável Domicil iar.

Lei 697/94 Urbanismo Dispõe sobre a outorga de alvará de funcionamento para o exerício deatividades comerciais e industriais

Lei 742/94 Unidades deconservação

Define os limites, funções e sistema de gestão da Reserva da Biosferado Cerrado do Distrito Federal, que tem por objetivo desencadear oplanejamento multissetorial, voltado à conservação da diversidadebiológica e cultural, ao conhecimento científico e ao desenvolvimentosustentável das regiões nelas inscritas.

Lei 972/95 Resíduos Dispõe sobre os atos lesivos à limpeza pública

Lei 1.065/96 Poluição sonora Dispõe sobre normas de preservação ambiental quanto à poluiçãosonora

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95A Questão Ambiental e as Empresas

 ANEXO II

ABNT/CB-38 – Comitê Brasileiro da Ges-tão Ambiental

CE-38:000.01 – Comissão de Estudo daGestão Ambiental

NBR ISO 14001 – Environmental manage-

ment systems – Requirements with guidance

for use

NBR ISO DIS 14001/2003

No presente momento, a norma vigente ecertificável no país é a NBR ISO 14001/96.Ainda este ano de 2004 deve entrar em ope-ração sua nova versão, que no momento seapresenta como norma NBR ISO DIS 14001 eque deve vigorar como NBR ISO 14001/2004.

Origem: NBR ISO 14001:2003

SumárioPrefácioIntrodução1 Objetivo2 Referências normativas3 Termos e definições4 Requisitos do sistema da gestão ambiental

4.1 Generalidades

4.2 Política ambiental4.3 Planejamento

4.3.1 Aspectos ambientais4.3.2 Requisitos ambientais legais e outros4.3.3 Objetivos, metas e programa(s)

4.4 Implementação e operação4.4.1 Recursos, funções, responsabilidades e autoridades4.4.2 Competência, treinamento e conscientização4.4.3 Comunicação4.4.4 Documentação4.4.5 Controle de documentos

4.4.6 Controle operacional4.4.7 Preparação e atendimento à emergências

4.5 Verificação e ação corretiva4.5.1 Monitoramento e medição4.5.2 Avaliação da conformidade legal4.5.3 Não conformidade e ação corretiva e preventiva4.5.4 Registros4.5.5 Auditoria interna

4.6 Revisão pela direçãoBibliografia

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Prefácio

A ABNT – Associação Brasileira de NormasTécnicas – é o Fórum Nacional de Normaliza-ção. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo éde responsabilidade dos Comitês Brasileiros

(ABNT/CB) e dos Organismos de Normali-zação Setorial (ABNT/ONS), são elaboradaspor Comissões de Estudo (CE), formadaspor representantes dos setores envolvidos,delas fazendo parte: produtores, consumido-res e neutros (universidades, laboratórios eoutros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elabora-dos no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS,circulam para Consulta Pública entre os as-sociados da ABNT e demais interessados.

Esta Norma Brasileira contém os AnexosA e B, de caráter informativos.

Introdução

Organizações de todos os tipos estãocada vez mais preocupadas em atingir e de-monstrar um desempenho ambiental correto,controlando o impacto de suas atividades,produtos e serviços sobre o meio ambiente,

levando-se em consideração sua política eseus objetivos ambientais. Agem assim den-tro de um contexto de legislação cada vezmais exigente, do desenvolvimento de polí-ticas econômicas e outras medidas visandoadotar a proteção ao meio ambiente e deuma crescente preocupação das partes inte-ressadas em relação às questões ambientaise ao desenvolvimento sustentável.

Muitas organizações têm efetuado “análi-

ses” ou “auditorias” ambientais para avaliar seu desempenho ambiental. Por si só, entre-tanto, tais “análises” ou “auditorias” podemnão ser suficientes para proporcionar a umaorganização a garantia de que seu desem-penho não apenas atenda, mas continuaráa atender, aos requisitos ambientais legaise aos de sua política. Para que sejam efica-zes, é necessário que esses procedimentossejam realizados dentro de um sistema da

gestão estruturado e integrado às atividadesgerais da gestão.

As Normas Internacionais da gestão am-biental têm por objetivo prover as organiza-ções de elementos de um sistema da gestão

ambiental eficaz e que possa ser integrado aoutros requisitos da gestão, de tal sorte a au-xiliá-las a alcançar seus objetivos ambientaise econômicos. Não se pretende que essasNormas, tal como outras Normas Internacio-nais sejam utilizadas para criar barreiras co-merciais não-tarifárias, nem para ampliar oualterar as obrigações legais de uma organi-zação.

Esta Norma especifica os requisitos de talsistema da gestão ambiental, tendo sido re-digida de forma a aplicar-se a todos os tipose portes de organizações e para adequar-sea diferentes condições geográficas, culturaise sociais. A base desta abordagem está re-presentada na Figura 1. O sucesso do siste-ma depende do comprometimento de todosos níveis e funções, em especial da direção.Um sistema deste tipo permite a uma orga-nização estabelecer e avaliar a eficácia dosprocedimentos, desenvolver uma política eobjetivos ambientais, atingir a conformidade

em relação a eles e demonstrá-la a terceiros.A finalidade geral desta Norma é equilibrar aproteção ambiental e a prevenção da polui-ção com as necessidades socioeconômicas.É recomendável que muitos desses requisi-tos sejam abordados simultaneamente ou re-apreciados a qualquer momento.

Esta revisão buscou focalizar o esclare-cimento da versão de 1996 para auxiliar noseu entendimento e levou em consideração

as disposições da ISO 9001:2000, com o fimde aumentar a compatibilidade entre as duasnormas para benefício da comunidade deusuários.

Quaisquer alterações nesta revisão deve-riam auxiliar no seu entendimento, em suaimplementação e na proteção ambiental, semresultar em requisitos adicionais ou restritivos,em comparação com a ISO 14001:1996.

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97A Questão Ambiental e as Empresas

Existe uma importante distinção entreesta Norma, a qual descreve os requisitosdo SGA de uma organização e que podemser utilizados para certificação/registro am-biental ou uma autodeclaração do sistemada gestão ambiental de uma organização,

e uma diretriz não-certificável destinada aprover orientação genérica a uma organi-zação que visa implementar ou melhorar seu sistema da gestão ambiental. A ges-tão ambiental abrange uma vasta gamade questões, inclusive aquelas com impli-cações estratégicas e competitivas. A de-monstração de um processo bem-sucedidode implementação desta Norma pode ser utilizada por uma organização para asse-gurar às partes interessadas que ela possuium sistema da gestão ambiental apropriadoem funcionamento.

NOTA – Esta Norma é baseada na me-todologia conhecida como “Plan–Do–Che-ck–Act (PDCA)”/(Planejar – Fazer – Verificar  – Agir). O PDCA pode ser brevemente descri-to da seguinte forma:

• Planejar – estabelecer os objetivos e pro-cessos necessários para atingir os resul-tados em concordância com a política am-

biental da organização.

• Executar – implementar os processos.

• Verificar – monitorar e medir os processosem conformidade com a política ambien-tal, objetivos, metas, requisitos ambientaislegais e outros e relatar os resultados.

• Atuar – tomar ações para continuamentemelhorar o desempenho do sistema da

gestão ambiental.

Algumas organizações gerenciam suasoperações por meio de aplicação de um sis-tema de processos e suas interações, a qualpode ser referenciado como “abordagem deprocesso”. A ISO 9001:2000 promove a uti-lização da abordagem de processo. Como oPDCA pode ser aplicado a todos os proces-sos, as duas metodologias são consideradascompatíveis.

Figura 1. – Modelo de sistema da gestão ambiental para esta

Norma

Orientação sobre técnicas de apoio à ges-tão ambiental faz parte de outras Normas, emespecial aquelas sobre gestão ambiental dasérie ISO 14000. Qualquer referência a ou-tras normas têm caráter meramente informa-tivo.

Esta Norma contém apenas aqueles re-quisitos que podem ser objetivamente au-ditados para fins de certificação/registro ou

autodeclaração. É recomendável àquelasorganizações que necessitem de orientaçãoadicional que utilizem como referência a ISO14004:200x, Sistemas da gestão ambiental – Diretrizes gerais sobre princípios, sistemase técnicas de apoio.

Convém observar que esta Norma não es-tabelece requisitos absolutos para o desem-penho ambiental além do comprometimento,expresso na política, de estar em conformi-

dade com requisitos ambientais legais, com aprevenção da poluição e com a melhoria con-tínua. Assim, duas organizações que desen-volvam atividades similares, mas que tenhamníveis diferentes de desempenho ambiental,podem ambas estar em conformidade comseus requisitos.

A adoção e implementação, de formasistemática, de um conjunto de técnicas dagestão ambiental, pode contribuir para a ob-

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98 A Questão Ambiental e as Empresas

tenção de resultados ótimos para todas aspartes interessadas. Contudo, a adoção des-ta Norma por si só não garantirá resultadosambientais ótimos. Para atingir os objetivosambientais convém que o sistema da gestãoambiental estimule as organizações a con-

siderarem a implementação das melhorestécnicas disponíveis, quando apropriado eeconomicamente viável. Além disso, é re-comendável que a eficácia de custo de taistécnicas seja levada integralmente em con-sideração.

Esta Norma não inclui requisitos específi-cos de outros sistemas da gestão, tais comogestão da qualidade, gestão de segurançae saúde ocupacional, gestão financeira ougerenciamento de risco. Esta Norma, en-tretanto, permite a uma organização alinhar ou integrar seus próprio sistema da gestãoambiental com requisitos associados de ou-tros sistemas da gestão. É possível a umaorganização adaptar seu (s) sistema (s) dagestão existente (s) para estabelecer umsistema da gestão ambiental que esteja emconformidade com os requisitos desta Nor-ma. Convém que se entenda, contudo, quea aplicação de vários elementos do sistemada gestão pode diferir por distintas razões

e em relação a diferentes partes interessa-das.

1 Escopo

Esta Norma especifica os requisitos relati-vos a um sistema da gestão ambiental, per-mitindo a uma organização desenvolver umapolítica e objetivos que levem em conta osrequisitos ambientais legais e as informaçõesreferentes aos aspectos ambientais significa-

tivos. Ela se aplica aos aspectos ambientaisque possam ser controlados pela organiza-ção e aos que possa influenciar. Em si, elanão prescreve critérios específicos de de-sempenho ambiental.

Esta Norma se aplica a qualquer organiza-ção que deseje:

a) implementar, manter e aprimorar um siste-ma da gestão ambiental;

b) assegurar-se de sua conformidade comsua política ambiental definida;

c) demonstrar tal conformidade com estanorma ao:

• fazer uma autodeterminação ou auto-declaração; ou

• buscar uma confirmação de sua auto-declaração por meio de uma organiza-ção externa; ou

• buscar certificação/registro de seu sis-tema da gestão ambiental por uma or-ganização externa.

Todos os requisitos desta Norma se des-tinam a ser incorporados em qualquer siste-ma da gestão ambiental. O grau de aplicaçãodependerá de fatores tais como a políticaambiental da organização, a natureza e a lo-calização de suas operações, e as condiçõesnas quais opera. Esta Norma também provê,no Anexo A, diretrizes informativas sobre ouso da especificação.

NOTA – Para facilidade de uso, as subse-ções-seções da seção 4 desta Norma e do

Anexo A possuem números correlatos; Por exemplo, 4.3.3 e A.3.3 tratam dos objetivose metas ambientais, e 4.5.4 e A.5.4 tratam daauditoria interna do sistema da gestão am-biental.

2 Referência normativas

Não há referência normativa.

3 Termos e definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-seos seguintes termos e definições.

NOTA – Não estão definidos os termosonde eles mantêm seu significado normaldado em dicionário. Quando negrito for utili-zado numa definição, isto indica uma referên-cia a um outro termo definido nesta seção, eo número de referência para o termo é colo-cado em parênteses.

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99A Questão Ambiental e as Empresas

3.1 Auditor – indivíduo com competên-cia para conduzir uma auditoria [ISO9000:2000, 3.9.9]

3.2 Melhoria contínua – processo cícli-co do aprimoramento do sistema da

gestão ambiental (3.6) com o propó-sito de obter a melhoria do desem-penho ambienta global(3.9), consis-tente com a política ambiental (3.10)da organização (3.13)

NOTA – Não é necessário que o processoseja aplicado simultaneamente a todas asáreas de atividade.

3.3 Meio ambiente – circunvizinhan-ça em que uma organização (3.13)opera, incluindo-se ar, água, solo,recursos naturais, flora, fauna, sereshumanos e suas inter-relações

NOTA – Neste contexto, circunvizinhançaestende-se do interior de uma organiza-ção para o sistema global.

3.4 Aspecto ambiental – elemento dasatividades ou produtos e serviços deuma organização (3.13) que pode

interagir com o meio ambiente (3.3)

NOTA – Um aspecto ambiental significa-tivo é aquele que tem ou pode ter um im-pacto ambiental (3.5) significativo.

3.5 Impacto ambiental – qualquer mo-dificação do meio ambiente (3.3),adversa ou benéfica, que resulte, notodo ou em parte, dos aspectos am-bientais (3.4) da organização (3.13)

3.6 Sistema da gestão ambiental – aparte de uma sistema da gestão deuma organização (3.13) utilizadapara desenvolver e implementar suapolítica ambiental (3.10) e para ge-renciar suas interações com o meioambiente (3.3)

NOTA 1 – Um sistema da gestão é umconjunto de requisitos inter-relacionados

utilizados para estabelecer a política eos objetivos e para atingir esses objeti-vos.

NOTA 2 – Um sistema da gestão inclui es-trutura organizacional, atividades de pla-

nejamento, responsabilidades, práticas,procedimentos (3.15), processos e recur-sos.

3.7 Auditoria do sistema da gestão am-biental – processo sistemático, inde-pendente e documentado para obter e avaliar de forma objetiva evidên-cias que determinem a extensão naqual estão sendo atendidos os crité-rios de auditoria do sistema da ges-tão ambiental, estabelecidos pelaorganização (3.13)

3.8 Objetivo ambiental – propósito am-biental geral, decorrente da políticaambiental(3.10), que uma organiza-ção (3.13) se propõe a atingir 

3.9 Desempenho ambiental – resulta-dos mensuráveis da gestão de umaorganização (3.13) sobre seus as-pectos ambientais (3.4)

NOTA – No contexto de sistemas da ges-tão ambiental (3.6), os resultados podemser medidos com base na política (3.10),objetivos (3.8) e metas (3.11) ambientaisda organização (3.13).

3.10 Política ambiental – intenções eprincípios gerais de uma organi-zação (3.13) em relação ao seudesempenho ambiental (3.9), con-

forme formalmente expresso peladireção

NOTA – A política ambiental provê uma es-trutura para ação e definição de seus obje-tivos (3.8) e metas (3.11) ambientais

3.11 Meta ambiental – requisito de de-sempenho detalhado, aplicável àorganização (3.13) ou a parte dela,resultante dos objetivos ambientais

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(3.8) e que necessita ser estabeleci-do e atendido para que tais objetivossejam atingidos

3.12 Parte interessada – indivíduo ougrupo interessado ou afetado pelo

desempenho ambiental (3.9) de umaorganização (3.13)

3.13 Organização – companhia, corpora-ção, firma, empresa, autoridade ouinstituição, ou parte ou combinaçãodestas, incorporada ou não, públicaou privada que tem função e estrutu-ra administrativa próprias

NOTA – Para as organizações com maisde uma unidade operacional, uma unida-de operacional individual pode ser definidacomo organização.

3.14 Prevenção da poluição – uso de pro-cessos, práticas, técnicas, materiais,produtos ou energia para evitar, re-duzir ou controlar (de forma separa-da ou combinada) a criação, emis-são ou descarga de qualquer tipo depoluente e rejeito, para reduzir osimpactos ambientais (3.5) adversos

NOTA – A prevenção da poluição pode in-cluir redução ou eliminação de fontes depoluição, alterações de processo, produtoou serviço, uso eficiente de recursos, ma-teriais e substituição de energia, reutiliza-ção, recuperação, reciclagem, regenera-ção e tratamento.

3.15 Procedimento – maneira especifica-da de se realizar uma atividade ou

um processo [ISO 9000:2000, 3.4.5]

NOTA – Procedimentos podem ser do-cumentados ou não.

3.16 Registro – Documento que declareos resultados atingidos ou que for-neça evidência sobre as atividadesrealizadas. [ISO 9000:2000, 3.4.6]

3.17 Documento – Informações e seumeio de apresentação.

NOTA – O meio pode ser papel, magnéti-co, disco eletrônico ou ótico, fotografia ouamostra padrão ou uma combinação des-

ses meios.

4 Requisitos do sistema da gestãoambiental

4.1 Requisitos gerais

A organização deve estabelecer, do-cumentar, implementar, manter e continua-mente melhorar um sistema da gestão am-biental em conformidade com os requisitosdesta Norma e determinar como ela irá aten-der a esses requisitos.

A organização deve definir o escopo deseu sistema da gestão ambiental.

4.2 Política ambiental

A direção deve definir a política ambientalda organização e assegurar que, dentro deseu escopo definido de SGA, ela:

a) seja apropriada à natureza, escala e im-pactos ambientais de suas atividades, pro-dutos e serviços;

b) inclua um comprometimento com a melho-ria contínua e com a prevenção de polui-ção;

c) inclua um comprometimento para estar emconformidade com os requisitos ambien-tais legais ambientais aplicáveis e com ou-

tros requisitos ambientais subscritos pelaorganização;

d) forneça uma estrutura para o estabeleci-mento e revisão dos objetivos e metas am-bientais;

e) seja documentada, implementada e manti-da;

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f) seja comunicada a todos que trabalhemna organização ou que a representem;

g) esteja disponível para o público.

4.3 Planejamento

4.3.1 Aspectos ambientais

A organização deve estabelecer e manter procedimento (s) para:

• identificar os aspectos ambientais de suasatividades, produtos e serviços dentro doescopo definido de seu sistema da gestãoambiental, que a organização possa con-trolar e aqueles os quais possa influenciar,levando em consideração os desenvolvi-mentos planejados ou novos, ou as ativi-dades, produtos e serviços novos ou mo-dificados; e

• determinar os aspectos que tenham oupossam ter impactos significativos sobreo meio ambiente (p.ex., aspectos ambien-tais significativos).

A organização deve documentar essas in-formações e mantê-las atualizadas.

A organização deve assegurar que os as-pectos ambientais significativos sejam consi-derados no desenvolvimento, implementaçãoe manutenção de seu sistema da gestão am-biental.

4.3.2 Requisitos ambientais legais e ou-tros

A organização deve estabelecer e manter 

procedimento (s):

• para identificar e ter acesso a

i) requisitos ambientais legais aplicáveisrelativos aos aspectos ambientais daorganização, e

ii) outros requisitos ambientais subscri-tos pela organização;

• para determinar como esses requisitos seaplicam aos seus aspectos ambientais.

A organização deve assegurar que os re-quisitos ambientais legais e outros requisitosambientais sejam considerados no desenvol-

vimento, implementação e manutenção deseu sistema da gestão ambiental.

4.3.3 Objetivos, metas e programa (s)

A organização deve estabelecer e manter objetivos e metas ambientais documentados,nas funções e níveis definidos na relevantesdentro da organização.

Os objetivos e metas devem ser mensu-ráveis, quando exeqüível, e coerentes coma política ambiental, incluindo-se os compro-metimentos com a prevenção da poluição,a conformidade com requisitos ambientaislegais e com outros requisitos ambientais ecom a melhoria contínua.

Ao estabelecer e revisar seus objetivos emetas uma organização deve considerar osrequisitos legais e outros requisitos ambien-tais, seus aspectos ambientais significativos,suas opções tecnológicas e seus requisitos

operacionais e comerciais, e a visão das par-tes interessadas.

A organização deve estabelecer e manter programa (s) para atingir seus objetivos e me-tas. Esse (s) programa (s) deve (m) incluir:

a) atribuição de responsabilidade para atingir os objetivos e metas em cada função e ní-vel pertinente da organização;

b) os meios e o prazo no qual eles devem ser atingidos.

4.4 Implementação e operação

4.4.1 Recursos, funções, responsabilida-des e autoridades

A direção deve assegurar a disponibilida-de de recursos essenciais à implementação

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102 A Questão Ambiental e as Empresas

e controle do sistema da gestão ambiental.Esses recursos incluem recursos humanose habilidades especializadas, infra-estrutu-ra interna, tecnologia e recursos financei-ros.

Funções, responsabilidades e autoridadesdevem ser definidas, documentadas e comu-nicadas visando facilitar uma gestão ambien-tal eficaz.

A direção da organização deve indicar um representante(s) específico(s) da direçãoo(s) qual(is), independentemente de outrasresponsabilidades, deve(m) ter função, res-ponsabilidades e autoridade definidas para:

a) assegurar que o sistema da gestão am-biental seja estabelecido, implementado emantido em conformidade com os requisi-tos desta Norma;

b) reportar-se sobre o desempenho do siste-ma da gestão ambiental à direção para re-visão desta e como base para a melhoria.

4.4.2 Competência, treinamento e cons-cientização

A organização deve assegurar quequalquer(quaisquer) pessoa(s) que realize(m)tarefas em nome da organização, as quaistenham o potencial de causar impactos am-bientais significativos identificados pela or-ganização, seja(m) competente(s) com baseem educação apropriada, treinamento, ouexperiência.

A organização deve identificar as necessi-dades de treinamento associadas com seus

aspectos ambientais e seu SGA. Ela deveprover treinamento ou tomar alguma açãopara atender a essas necessidades.

A organização deve estabelecer e manter procedimentos para fazer com que as pesso-as que trabalhem para ela ou em seu nomeestejam conscientes:

a) da importância de se estar em conformi-dade com a política ambiental e com os

procedimentos e requisitos do sistema dagestão ambiental;

b) dos impactos ambientais significativos, re-ais ou potenciais, de seu trabalho e dosbenefícios ambientais resultantes da me-

lhoria de seu desempenho pessoal;

c) de suas funções e responsabilidades ematingir a conformidade com a política e osprocedimentos ambientais e com os re-quisitos do sistema da gestão ambiental,incluindo-se os requisitos de preparação eatendimento à emergência;

d) das potenciais conseqüências da inobser-vância de procedimentos operacionais es-pecificados.

4.4.3 Comunicação

Com relação aos seus aspectos ambien-tais e ao sistema da gestão ambiental, a or-ganização deve estabelecer e manter proce-dimentos para:

a) comunicação interna entre os vários níveise funções da organização;

b) recebimento, documentação e resposta acomunicações relevantes oriundas de par-tes interessadas externas.

A organização deve decidir quando fazer uma comunicação externa sobre seus aspec-tos ambientais significativos e documentar sua decisão. Se a decisão for por comunicar,a organização deve estabelecer método (s)para esta comunicação externa.

4.4.4 Documentação

A documentação do sistema da gestãoambiental deve incluir:

a) política, objetivos e metas ambientais

b) descrição dos principais elementos do sis-tema da gestão ambiental e suas intera-ções e referências aos documentos rela-cionados;

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103A Questão Ambiental e as Empresas

c) documentos e registros requeridos por esta Norma;

d) documentos e registros determinados pelaorganização como sendo necessáriospara assegurar o planejamento, operação

e controle eficazes dos processos que es-tejam relacionados aos seus aspectos am-bientais significativos.

4.4.5 Controle de Documentos

Os documentos requeridos pelo sistemada gestão ambiental e por esta Norma devemser controlados. Registros são um tipo espe-cial de documento e devem ser controladosde acordo com os requisitos estabelecidosem 4.5.4.

A organização deve estabelecer e manter procedimento (s) para:

a) aprovar documentos quanto à sua ade-quação antes de sua emissão,

b) analisar criticamente e atualizar, quandonecessário, e reaprovar documentos,

c) assegurar que alterações e a situação da

revisão atual de documentos sejam identi-ficadas,

d) assegurar que as versões pertinentes dedocumentos aplicáveis estejam disponí-veis nos locais de uso,

e) assegurar que os documentos permane-çam legíveis e prontamente identificáveis,

f) assegurar que os documentos de origem

externa determinados pela organizaçãocomo sendo necessários ao planejamentoe operação do sistema da gestão ambien-tal sejam identificados e que sua distribui-ção seja controlada, e

g) evitar o uso não intencional de documen-tos obsoletos, e aplicar a identificaçãoadequada, nos casos em que forem reti-dos por qualquer propósito.

4.4.6 Controle operacional

A organização deve identificar aquelasoperações que estejam associadas aos as-pectos ambientais significativos identificadosde acordo com sua política, objetivos e metas

ambientais. A organização deve planejar es-sas operações para assegurar que elas se-  jam realizadas sob condições especificadaspor meio de:

a) estabelecimento e manutenção de proce-dimentos documentados para controlar si-tuações onde a ausência de procedimen-tos documentados possa acarretar des-vios em relação à política e aos objetivose metas ambientais;

b) estipulação de critérios operacionais nosprocedimentos;

c) estabelecimento e manutenção de pro-cedimentos relacionados aos aspectosambientais significativos identificáveis debens e serviços utilizados pela organiza-ção e a comunicação de procedimentose requisitos pertinentes a fornecedores eprestadores de serviço.

4.4.7 Preparação e atendimento à emer-gências

A organização deve estabelecer e manter procedimento (s) para:

a) identificar potenciais situações emergen-ciais e acidentes potenciais que possamter impacto (s) sobre o meio ambiente, ecomo procederá no atendimento;

b) atender às situações reais de emergênciae aos acidentes e prevenir ou mitigar osimpactos ambientais associados.

A organização deve periodicamente revi-sar e, quando necessário, revisar seus pro-cedimentos de preparação e atendimentoà emergência, em particular, após a ocor-rência de acidentes ou situações emergen-ciais.

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104 A Questão Ambiental e as Empresas

A organização deve também periodica-mente testar tais procedimentos, quandoexeqüível.

4.5 Verificação e ação corretiva

4.5.1 Monitoramento e medição

A organização deve estabelecer e manter procedimento (s) para monitorar e medir regu-larmente as características principais de suasoperações que possam ter um impacto ambien-tal significativo. O (s) procedimento (s) deve (m)incluir a documentação de informações paramonitorar o desempenho, os controles opera-cionais relevantes e a conformidade com osobjetivos e metas ambientais da organização.

A organização deve calibrar e manter osequipamentos de monitoramento e mediçãoe deve reter os registros associados.

4.5.2 Avaliação de conformidade

A organização deve estabelecer e man-ter procedimentos (s) para, periodicamente,avaliar a conformidade com os requisitos am-bientais legais e outros requisitos ambientaisaos quais a organização tenha se subscrito

para atender ao comprometimento da organi-zação com o atendimento à conformidade.

4.5.3 Não-conformidade e ações corretivae preventiva

A organização deve analisar criticamenteas ações tomadas e implementar e documen-tar as alterações resultantes da ação correti-va e preventiva.

a) identificação de não-conformidade (s) real(is) e correção e mitigação de seu (s) im-pacto (s) ambiental (is);

b) investigação e eliminação da (s) causa (s)de não-conformidade (s) real (is), afim deevitar a sua repetição.

c) determinação da ação para eliminar ascausas de não conformidades potenciaispara prevenir sua ocorrência.

Qualquer ação tomada para identificar,corrigir, mitigar, prevenir ou eliminar as cau-sas ou efeitos de não-conformidade (s) real(s) e potencial (is) deve ser adequada à mag-nitude dos problemas e ao impacto ambientalencontrado.

A organização deve revisar as ações toma-das e implementar e documentar as alteraçõesresultantes da ação corretiva e preventiva.

NOTA – Não-conformidade é o não atendi-mento a um requisito.

4.5.4 Registros

A organização deve estabelecer e manter registros, conforme necessário para demons-trar conformidade com os requisitos de seuSGA e desta Norma, inclusive a avaliaçãode conformidade com os requisitos ambien-tais legais e outros requisitos ambientais aosquais a organização tenha subscrito e a im-plementação de procedimentos e resultadosatingidos.

A organização deve estabelecer e manter procedimento (s) para a identificação, arma-zenamento, proteção, recuperação, retenção

e descarte de registros.

Os registros devem ser e permanecer legí-veis, identificáveis e rastreáveis.

4.5.5 Auditoria interna

A organização deve assegurar que as au-ditorias internas do sistema da gestão am-biental sejam conduzidas em intervalos pla-nejados para:

a) determinar se o sistema da gestão am-biental

1) está em conformidade como preven-ção da poluição planejado para agestão ambiental, incluindo-se os re-quisitos desta Norma; e

2) foi adequadamente implementado eestá mantido; e

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Belo HorizonteRua da Bahia, 1148, grupo 1015CEP: 30160-906 – Belo Horizonte – MGTelefone (031) 3226 43 96Fax (031) 3273 43 44E-mail [email protected] 

BrasíliaSCS – Edifício Central, sala 401CEP: 70304-900 – Brasília – DFTelefone (061) 2235590Fax (061) 223-55 90 / 223 57 10E-mail [email protected] 

Porto AlegreRua Siqueira Campos, 1184Conj. 905/906CEP: 90010-001 – Porto Alegre – RSTelefone (051) 3224 2601Fax (051) 3227 41 55E-mail [email protected] 

Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13/28º andar Caixa Postal 1.680CEP: 20003-900 – Rio de Janeiro – RJTelefone (021) 3974 23 00Fax (011) 3974 23 47

E-mail [email protected] 

São Paulo (Administração)Avenida Prof. Almeida Prado, 532,3º andar – Prédio 1 IPTTelefone PABX (011) 3767 36 00

São Paulo (Normas)Avenida Paulista, 726, 10º andar Loja (011) 3253 46 41Fax (011) 3767 36 50

Biblioteca (011) 289 39 11Fax (011) 3253 69 13E-mail atendimento. [email protected] 

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 ANEXO III

que atividades sob sua jurisdição ou con-trole não causem danos ao meio ambientede outros Estados ou de áreas além doslimites da jurisdição nacional.

• Princípio 3 – O direito ao desenvolvimentodeve ser exercido de modo a permitir quesejam atendidas eqüitativamente as neces-sidades de gerações presentes e futuras.

• Princípio 4 – Para alcançar o desenvol-vimento sustentável, a proteção ambientaldeve constituir parte integrante do proces-so de desenvolvimento, e não pode ser considerada isoladamente deste.

• Princípio 5 – Todos os Estados e todos osindivíduos, como um requisito indispensá-vel para o desenvolvimento sustentável,devem cooperar na tarefa essencial de

erradicar a pobreza, de forma a reduzir asdisparidades nos padrões de vida e melhor atender às necessidades da maioria da po-pulação do mundo.

• Princípio 6 – A situação e necessidadesespeciais dos países em desenvolvimen-to, em particular dos países de menor desenvolvimento relativo e daqueles am-bientalmente mais vulneráveis, devem re-ceber prioridade especial. Ações interna-

cionais no campo do meio ambiente e dodesenvolvimento devem também atender os interesses e as necessidades de todosos países.

• Princípio 7 – Os Estados devem cooperar,em um espírito de parceria global, para aconservação, proteção e restauração dasaúde e da integridade do ecossistematerrestre. Considerando as distintas con-tribuições para a degradação ambiental

Declaração do Rio sobre Meio Ambiente eDesenvolvimento (Carta da Terra)

A Carta da Terra constitui o anexo A.1 danorma NBR ISO 14004, que se refere a di-retrizes gerais sobre princípios, sistemas etécnicas de apoio ao sistema de gestão am-biental. Foi traduzida pelo Ministério das Re-lações Exteriores do Brasil.

A Conferência das Nações Unidas sobreMeio Ambiente e Desenvolvimento, reuni-da no Rio de Janeiro, de 3 a 14 de junho de1992, reafirmando a Declaração da Confe-rência das Nações Unidas sobre o Meio Am-biente Humano, adotada em Estocolmo em16 de junho de 1972, e buscando avançar a partir dela, com o objetivo de estabelecer uma nova e justa parceria global por meio doestabelecimento de novos níveis de coope-

ração entre os Estados, os setores-chave dasociedade e os indivíduos, trabalhando comvistas à conclusão de acordos internacionaisque respeitem os interesses de todos e prote- jam a integridade do sistema global do meioambiente e desenvolvimento, reconhecendoa natureza interdependente e integral da Ter-ra, nosso lar, proclama:

• Princípio 1 – Os seres humanos estão nocentro das preocupações com o desen-

volvimento sustentável. Têm direito a umavida saudável e produtiva, em harmoniacom a natureza.

• Princípio 2 – Os Estados, em conformi-dade com a Carta das Nações Unidas ecom os princípios do Direito Internacional,têm o direito soberano de explorar seuspróprios recursos segundo suas própriaspolíticas de meio ambiente e desenvolvi-mento, e a responsabilidade de assegurar 

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global, os Estados têm responsabilidadescomuns, porém diferenciadas.

Os países desenvolvidos reconhecem aresponsabilidade que têm na busca inter-nacional do desenvolvimento sustentável,

em vista das pressões exercidas por suassociedades sobre o meio ambiente globale das tecnologias e recursos financeirosque controlam.

• Princípio 8 – Para atingir o desenvolvi-mento sustentável e mais alta qualidadede vida para todos, os Estados devem re-duzir e eliminar padrões insustentáveis deprodução e consumo e promover políticasdemográficas adequadas.

• Princípio 9 – Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capaci-tação endógena para o desenvolvimentosustentável, pelo aprimoramento da com-preensão científica por meio do intercâm-bio de conhecimento científico e tecnoló-gico, e pela intensificação do desenvolvi-mento, adaptação, difusão e transferênciade tecnologias, inclusive de tecnologiasnovas e inovadoras.

• Princípio 10 – A melhor maneira de tratar questões ambientais é assegurar a parti-cipação, no nível apropriado, de todos oscidadãos interessados. Em nível nacional,cada indivíduo deve ter acesso adequadoa informações relativas ao meio ambientede que disponham as autoridades públi-cas, inclusive informações sobre materiaise atividades perigosas em suas comunida-des, bem como a oportunidade de partici-par em processos de tomada de decisões.

Os Estados devem facilitar e estimular aconscientização e participação pública,colocando a informação à disposição detodos. Deve ser propiciado acesso efetivoa mecanismos judiciais e administrativos,inclusive no que diz respeito à compensa-ção e reparo de danos.

• Princípio 11 – Os Estados devem adotar legislação ambiental eficaz. Padrões am-bientais e objetivos e prioridades em maté-

ria de ordenação ao meio ambiente devemrefletir o contexto ambiental e de desenvol-vimento a que se aplicam. Padrões utiliza-dos por alguns países podem resultar ina-dequados para outros, em especial paísesem desenvolvimento, acarretando custos

sociais e econômicos injustificados.

• Princípio 12 – Os Estados devem coope-rar para o estabelecimento de um sistemaeconômico internacional aberto e favorável,propício ao crescimento econômico e aodesenvolvimento sustentável em todos ospaíses, de modo a possibilitar o tratamentomais adequado dos problemas de degrada-ção ambiental. Medidas de política comer-cial para propósitos ambientais não devemconstituir-se em meios para imposição dediscriminações arbitrárias ou injustificáveis,ou em barreiras disfarçadas ao comérciointernacional. Devem ser evitadas açõesunilaterais para o tratamento de questõesambientais fora da jurisdição do país im-portador. Medidas destinadas a tratar deproblemas ambientais transfronteiriços ouglobais devem, na medida do possível, ba-sear-se em consenso internacional.

• Princípio 13 – Os Estados devem desen-

volver legislação nacional relativa à res-ponsabilidade e indenização das vítimasda poluição e outros danos ambientais. OsEstados devem, ainda, cooperar de formaexpedita e determinada para o desenvol-vimento de normas de direito internacionalambiental relativas à responsabilidade eindenização por efeitos adversos de da-nos ambientais causados em áreas forade sua jurisdição, por atividades dentro desua jurisdição ou sob seu controle.

• Princípio 14 – Os Estados devem coo-perar de modo efetivo para desestimular ou prevenir a realocação ou transferênciapara outros Estados de quaisquer ativida-des e substâncias que causem degrada-ção ambiental grave ou que sejam prejudi-ciais à saúde humana.

• Princípio 15 – De modo a proteger o meioambiente, o princípio da precaução deve

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ser amplamente observado pelos Estados,de acordo com suas capacidades. Quan-do houver ameaça de danos sérios ou ir-reversíveis, a ausência de absoluta certe-za científica não deve ser utilizada comorazão para postergar medidas eficazes,

economicamente viáveis, para prevenir adegradação ambiental.

• Princípio 16 – Tendo em vista que o polui-dor deve, em princípio, arcar com o custodecorrente da poluição, as autoridadesnacionais devem procurar promover ainternalização dos custos ambientais e ouso de instrumentos econômicos, levandona devida conta o interesse público, semdistorcer o comércio e os investimentosinternacionais.

• Princípio 17 – A avaliação de impacto am-biental, como instrumento nacional, deveser empreendida para atividades planeja-das que possam vir a ter impacto negativoconsiderável sobre o meio ambiente e quedependam da decisão de autoridade na-cional competente.

• Princípio 18 – Os Estados devem notificar imediatamente a outros Estados quaisquer 

desastres naturais ou outras emergênciasque possam gerar efeitos nocivos súbitossobre o meio ambiente destes últimos. To-dos os esforços devem ser empreendidospela comunidade internacional para auxi-liar os Estados afetados.

• Princípio 19 – Os Estados devem prover,oportunamente, a Estados que possam ser afetados, notificação prévia e informaçõesrelevantes sobre atividades potencialmente

causadoras de considerável impacto trans-fronteiriço negativo sobre o meio ambiente,e devem consultar-se com estes tão logoquanto possível e de boa-fé.

• Princípio 20 – As mulheres desempenhampapel fundamental na gestão do meio am-biente e no desenvolvimento. Sua partici-pação plena é, portanto, essencial para apromoção do desenvolvimento sustentá-vel.

• Princípio 21 – A criatividade, os ideais ea coragem dos jovens do mundo devemser mobilizados para forjar uma parceriaglobal, com vistas a alcançar o desenvol-vimento sustentável e assegurar um futuromelhor para todos.

• Princípio 22 – As populações indígenas,bem como outras comunidades locais,têm papel fundamental na gestão do meioambiente e no desenvolvimento, em virtu-de de seus conhecimentos e práticas tra-dicionais. Os Estados devem reconhecer identidade, cultura e interesses dessaspopulações e comunidades, bem comohabituá-las a participar efetivamente dapromoção do desenvolvimento sustentá-vel.

• Princípio 23 – O meio ambiente e os re-cursos naturais dos povos submetidos àopressão, dominação e ocupação devemser protegidos.

• Princípio 24 – A guerra é, por definição,contrária ao desenvolvimento sustentá-vel. Os Estados devem, por conseguinte,respeitar o direito internacional aplicávelà proteção do meio ambiente em tempos

de conflito armado e cooperar para seudesenvolvimento progressivo, quando ne-cessário.

• Princípio 25 – A paz, o desenvolvimento ea proteção ambiental são interdependen-tes e indivisíveis.

• Princípio 26 – Os Estados devem solucio-nar todas as suas controvérsias ambien-tais de forma pacífica, utilizando-se dos

meios apropriados, em conformidade coma Carta das Nações Unidas.

• Princípio 27 – Os Estados e os povosdevem cooperar de boa-fé e imbuídosde um espírito de parceria para a reali-zação dos princípios consubstanciadosnesta Declaração, e para o desenvolvi-mento progressivo do direito internacio-nal no campo do desenvolvimento sus-tentável.

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 ANEXO IV 

5. Avaliação prévia – Avaliar os impactosambientais antes de iniciar nova atividadeou projeto e antes de desativar uma insta-lação ou abandonar um local.

6. Produtos e serviços – Desenvolver e for-necer produtos ou serviços que não pro-duzam impacto indevido sobre o ambientee sejam seguros em sua utilização previs-ta, que apresentam o melhor rendimentoem termos de consumo de energia e derecursos naturais, que possam ser recicla-dos, reutilizados, ou cuja disposição (de-posição) final não seja perigosa.

7. Conselhos de consumidores – Aconse-lhar é, em casos relevantes, propiciar anecessária informação aos consumidores,aos distribuidores e ao público, quantoaos aspectos de segurança a considerar 

na utilização, transporte, armazenagem edisposição (eliminação) dos produtos for-necidos; e aplicar considerações análogasà prestação de serviços.

8. Instalações e atividades – Desenvolver,projetar e operar instalações, tendo em con-ta a eficiência no consumo da energia e dosmateriais, a utilização sustentável dos recur-sos renováveis, a minimização de impactosambientais adversos e da produção de rejei-

tos (resíduos) e o tratamento ou disposição(deposição) final destes resíduos de formasegura e responsável.

9. Investigações (pesquisas) – Realizar oupatrocinar investigações (pesquisas) so-bre os impactos ambientais das matérias-primas, dos produtos, dos processos, dasemissões e dos resíduos associados àsatividades da empresa, e sobre os meiosde minimizar tais impactos adversos.

Carta Empresarial para oDesenvolvimento Sustentável, da Câmarade Comércio Internacional (CCI)

Esta carta, da mesma forma que a Car-

ta da Terra, constitui o anexo A.2 da normaNBR ISO 14004 que se refere a diretrizes ge-rais sobre princípios, sistemas e técnicas deapoio ao sistema de gestão ambiental. Apre-senta o indicativo de que foi traduzida pelaCâmara de Comércio Internacional.

1. Prioridade na empresa – Reconhecer agestão do ambiente como uma das princi-pais prioridades na empresa e como fator determinante do desenvolvimento susten-tável; estabelecer políticas, programas eprocedimentos para conduzir as ativida-des de modo ambientalmente seguro.

2. Gestão integrada – Integrar plenamente,em cada empresa, essas políticas, pro-gramas e procedimentos, como elementoessencial de gestão, em todos os seus do-mínios.

3. Processo de aperfeiçoamento – Aper-feiçoar continuamente as políticas, osprogramas e o desempenho ambientaldas empresas, levando em conta os de-senvolvimentos técnicos, o conhecimen-

to científico, os requisitos dos consumi-dores e as expectativas da comunidade,tendo como ponto de partida a regula-mentação em vigor, e aplicar os mesmoscritérios ambientais no plano internacio-nal.

4. Formação do pessoal – Formar, treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades de maneira responsável,em face ao ambiente.

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10. Medidas preventivas – Adequar a fabri-cação, a comercialização, a utilização deprodutos ou serviços, ou a condução deatividades, em harmonia com os conhe-cimentos científicos e técnicos, para evi-tar a degradação grave ou irreversível do

ambiente.

11. Empreiteiros e fornecedores – Pro-mover a adoção destes princípios pelosempreiteiros contratados pela empresa,encorajando e, em casos apropriados,exigindo a melhoria de seus procedimen-tos de modo compatível com aqueles emvigor na empresa; e encorajar a mais am-pla adoção destes princípios pelos forne-cedores.

12. Planos de emergência – Desenvolver e manter, nos casos em que exista riscosignificativo, planos de ação para situa-ções de emergência, em coordenaçãocom os serviços especializados, as prin-cipais autoridades e a comunidade local,tendo em conta os possíveis impactostransfronteiriços.

13. Transferência de tecnologias – Contri-buir para a transferência de tecnologia e

métodos de gestão que respeitem o am-

biente, tanto nos setores industriais comonos de administração pública.

14. Contribuição para o esforço comum – Contribuir para o desenvolvimento depolíticas públicas, de programas empre-

sariais governamentais e intergoverna-mentais, e de iniciativas educacionaisque valorizem a consciência e a proteçãoambiental.

15. Abertura ao diálogo – Promover a aber-tura ao diálogo com o pessoal da empre-sa e com o público, em antecipação e naresposta às respectivas preocupaçõesquanto aos riscos e impactos potenciaisdas atividades, produtos, rejeitos (resídu-os) e serviços, incluindo aqueles de sig-nificado transfronteiriço ou global.

16. Cumprimento de regulamentos e infor-mação – Aferir o desempenho das açõessobre o ambiente, proceder regularmen-te a auditorias ambientais e avaliar ocumprimento das exigências internas daempresa, dos requisitos legais e destesprincípios; e periodicamente fornecer asinformações pertinentes ao Conselho deAdministração, aos acionistas, aos fun-

cionários, às autoridades e ao público.

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114 A Questão Ambiental e as Empresas

9. Entre o Rio e Joanesburgo, as nações domundo se reuniram em diversas confe-rências de larga escala sob a coordena-ção das Nações Unidas, incluindo a Con-ferência de Monterrey sobre Financia-mento ao Desenvolvimento, bem como a

Conferência Ministerial de Doha. Essasconferências definiram para o mundouma visão abrangente para o futuro dahumanidade.

10. Na Cúpula de Joanesburgo muito se al-cançou na convergência de um rico tecidode povos e pontos de vista, numa buscaconstrutiva de um caminho comum rumoa um mundo que respeite e implementea visão do desenvolvimento sustentável.Joanesburgo também confirmou haver sido feito progresso significativo rumo àconsolidação de um consenso global ede uma parceria entre todos os povos denosso planeta.

Os Desafios que Enfrentamos

11. Reconhecemos que a erradicação da po-breza, a mudança dos padrões de consu-mo e produção, e a proteção e manejo dabase de recursos naturais para o desen-

volvimento econômico e social são objeti-vos fundamentais e requisitos essenciaisdo desenvolvimento sustentável.

12. O profundo abismo que divide a socieda-de humana entre ricos e pobres, junto àcrescente distância entre os mundos de-senvolvido e em desenvolvimento, repre-sentam uma ameaça importante à pros-peridade, à segurança e à estabilidadeglobais.

13. O meio ambiente global continua sofren-do. A perda de biodiversidade prossegue,estoques pesqueiros continuam a ser exauridos, a desertificação toma mais emais terras férteis, os efeitos adversosda mudança do clima já são evidentes,e desastres naturais são mais freqüentese mais devastadores; países em desen-volvimento são mais vulneráveis, e a po-luição do ar, da água e do mar segue pri-

vando milhões de pessoas de uma vidadigna.

14. A globalização adicionou uma nova di-mensão a esses desafios. A rápida inte-gração de mercados, a mobilidade do ca-

pital e os significativos aumentos nos flu-xos de investimento mundo afora trouxe-ram novos desafios e oportunidades paraa busca do desenvolvimento sustentável.Mas os benefícios e custos da globaliza-ção são distribuídos desigualmente, e ospaíses em desenvolvimento enfrentamespeciais dificuldades para encarar essedesafio.

15. Corremos o risco de perpetuação dessasdisparidades globais e, a menos que aja-mos de modo a modificar fundamental-mente suas vidas, os pobres do mundopodem perder a confiança em seus repre-sentantes e nos sistemas democráticoscom os quais permanecemos compro-metidos, enxergando em seus represen-tantes nada além de imagens pomposase sons retumbantes.

Nosso Compromisso com oDesenvolvimento Sustentável

16. Estamos determinados a assegurar quenossa rica diversidade, que é nossa forçacoletiva, será usada numa parceria cons-trutiva para a mudança e para alcançar oobjetivo comum do desenvolvimento sus-tentável.

17. Reconhecendo a importância de ampliar a solidariedade humana, instamos a pro-moção do diálogo e da cooperação en-

tre os povos e civilizações do mundo, adespeito de raça, deficiências, religião,idioma, cultura e tradição.

18. Aplaudimos o foco da Cúpula de Joanes-burgo na indivisibilidade da dignidade hu-mana e estamos resolvidos, através dedecisões sobre metas, prazos e parcerias,a rapidamente ampliar o acesso a requi-sitos básicos tais como água potável, sa-neamento, habitação adequada, energia,

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115A Questão Ambiental e as Empresas

assistência médica, segurança alimentar e proteção da biodiversidade. Ao mesmotempo, trabalharemos juntos para nos aju-dar mutuamente a ter acesso a recursosfinanceiros e aos benefícios da abertura demercados, assegurar o acesso à capacita-

ção e ao uso de tecnologia moderna queresulte em desenvolvimento, e nos asse-gurar de que haja transferência de tecno-logia, desenvolvimento de recursos huma-nos, educação e treinamento para banir para sempre o subdesenvolvimento.

19. Reafirmamos nossa promessa de aplicar foco especial e dar atenção prioritária àluta contra as condições mundiais queapresentam severas ameaças ao desen-volvimento sustentável de nosso povo.Entre essas condições estão: subalimen-tação crônica; desnutrição; ocupaçõesestrangeiras; conflitos armados; proble-mas com drogas ilícitas; crime organiza-do; corrupção; desastres naturais; tráficoilegal de armamentos; tráfico humano;terrorismo; intolerância e incitamento aoódio racial, étnico e religioso, entre ou-tros; xenofobia; e doenças endêmicas,transmissíveis e crônicas, em particular HIV/AIDS, malária e tuberculose.

20. Estamos comprometidos a assegurar que a valorização e emancipação damulher e a igualdade de gêneros este-  jam integradas em todas as atividadesabrangidas pela Agenda 21, as Metas deDesenvolvimento do Milênio e o Plano deImplementação de Joanesburgo.

21. Reconhecemos o fato de que a socieda-de global possui os meios e está dotada

de recursos para encarar os desafios dodesenvolvimento sustentável e da erradi-cação da pobreza que confrontam todaa humanidade. Juntos tomaremos me-didas adicionais para assegurar que osrecursos disponíveis sejam usados embenefício da humanidade.

22. A esse respeito, visando contribuir parao alcance de nossos objetivos e metasde desenvolvimento, instamos os países

desenvolvidos que ainda não o fizeram arealizarem esforços concretos para atingir os níveis internacionalmente acordados deAssistência Oficial ao Desenvolvimento.

23. Aplaudimos e apoiamos o surgimento de

grupos e alianças regionais mais robus-tos, tais como a Nova Parceria para oDesenvolvimento da África (Nepad), paraa promoção da cooperação regional, doaperfeiçoamento da cooperação interna-cional e do desenvolvimento sustentável.

24. Continuaremos a dedicar especial aten-ção às necessidades de desenvolvimen-to dos Pequenos Estados Insulares emDesenvolvimento e dos Países MenosDesenvolvidos.

25. Reafirmamos o papel vital dos povosindígenas no desenvolvimento sustentá-vel.

26. Reconhecemos que o desenvolvimen-to sustentável requer uma perspectivade longo prazo e participação ampla naformulação de políticas, tomada de deci-sões e implementação em todos os ní-veis. Na condição de parceiros sociais,

continuaremos a trabalhar por parceriasestáveis com todos os grupos principais,respeitando os papéis independentes erelevantes de cada um deles.

27. Concordamos que, na busca de suas ati-vidades legítimas, o setor privado, tantograndes quanto pequenas empresas, temo dever de contribuir para a evolução decomunidades e sociedades equitativas esustentáveis.

28. Concordamos também em prover as-sistência para ampliar oportunidades deemprego geradoras de renda, levandoem consideração a Declaração de Prin-cípios e Direitos Fundamentais no Traba-lho, da Organização Mundial do Trabalho(OMT).

29. Concordamos em que existe a neces-sidade de que as corporações do setor 

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117A Questão Ambiental e as Empresas

 ANEXO VI

Biblioteca Ambiental Parque do MinduTelefax (92) 236-7702E-mail [email protected] Site www.pmm.am.gov.br 

BAHIACRACentro de Recursos AmbientaisRua Rio São Francisco, 01 Monte SerratCEP 40425-060 – Salvador – BATel. (71) 310-1477 – Fax 310-1478E-mail [email protected] Site www.seia.ba.gov.br 

CEARÁSEMACESuperintendência Estadual do Meio Am-bienteCODAMCoordenadoria de Extensão e Educação

AmbientalBiblioteca Dr. José Guimarães DuqueRua Jaime Benévolo, 1400 – FátimaCEP 60050-081 – Fortaleza – CECaixa Postal 794Tel. (85) 488-7432 Fax 254-1198

DISTRITO FEDERALSEMARHSBS Quadra 2, bloco LEdifício Lino Martins Pinto

CEP 70.070-120 – Brasília – DFTel. (61) 325 6868

ESPÍRITO SANTOIEMAInstituto Estadual de Meio Ambiente e Re-cursos HídricosRod. 262, km 0, Jardim América–CariacicaCEP 29140-500 – Vitória – ESTel. (27) 3136-3551 – Fax 3136-3548Site www.iema.es.gov.br 

Relação dos Órgãos Estaduais de MeioAmbiente (OEMAs)

ACREIMACInstituto do Meio Ambiente do AcreSEMASecretaria de Meio Ambiente e RecursosNaturaisSEDOCSeção de Documentação e ArquivoRua Rui Barbosa, nº 450 – CentroCEP 69900-120 – Rio Branco – ACE-mail [email protected] Tel. (68) 224-5497 r. 213 Fax 224-5694Site www.ac.gov.br/m_amb/index.html

ALAGOASIMAInstituto do Meio Ambiente de Alagoas

Biblioteca Prof. Ivan Fernandes LimaAv. Major Cícero de Góes Monteiro, 2197,Mutange – CEP 57017-320 Maceió – ALTel. (82) 221-8683 Fax 221-6747Site www.ima.al.gov.br 

AMAPÁSEMASecretaria de Estado do Meio -AmbienteAv. Mendonça Furtado, 53, CentroCEP 68900-060 – Macapá – AP

Tel. (96) 212-5301 Fax 212-5303Site www.sema.ap.gov.br 

AMAZONASSEDEMASecretaria de Desenvolvimento e MeioAmbienteRua Recife, 2025 – ChapadaCEP 69057-002 – Manaus – AMTel. (92) 642-1010, 642-1030Parque Municipal do Mindu

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SEMMAMSecretaria Municipal de Meio AmbienteRua Vitória Nunes da Motta, 220 sala 703,Enseada do SuáCEP 29050-480 – Vitória – ESTel. (27) 3382-6581

Site www.vitoria.es.gov.br 

GOIÁSSEMARHSecretária de Estado do Meio Ambiente edos Recursos HídricosGerencia de Ações Ambientais IntegradasAv. 85, nº 745, Ed. FátimaCEP 74015-080 – Goiânia – GOTel. (62) 201-3655 – Fax 201-3653Site www.semarh.goias.gov.br 

MARANHÃOGerência de Estado de Meio Ambiente eRecursos NaturaisAv. Carlos Cunha, CalhauCEP 65076-820 – São Luís – MATel. (98) 218-8745 – Fax 218-8745

MATO GROSSO DO SULSEMASecretaria de Estado de Meio Ambiente eRecursos Hídricos de Mato Grosso do Sul

(Ex-SEMACT/MS) Biblioteca-CEDIPRua Desembargador Leão Neto do Car-mo, s/nº, antigo Clube do Servidor, Parquedos PoderesCEP 79031-902 – Campo Grande – MSTel. (67) 318-6027 – Fax 318-6020Site www.sema.ms.gov.br 

MATO GROSSOFEMAFundação Estadual do Meio Ambiente

Centro Político Administrativo PalácioPaiaguásCEP 78050-970 – Cuiabá-MTTel. (65) 613-72 46Site www.fema.mt.gov.br 

MINAS GERAISFEAMFundação Estadual do Meio AmbienteAv. Prudente de Moraes, 1671 Santa LúciaCEP 30380-000 – Belo Horizonte – MG

DIINFDivisão de Documentação e InformaçãoTel. (31) 3298-6522 – Fax 3298-6539E-mail [email protected] Site www.feam.br 

PARÁSecretaria Executiva de Ciência,Tecnologia e Meio AmbienteTravessa Lomas Valentinas, 2.717Bairro do MarcoCEP 66095-770 – Belém – PATel. (91) 276-1256 – Fax 276-8564E-mail [email protected] 

PARAÍBASUDEMASuperintendência de Administração doMeio Ambiente – Divisão de Arquivo e Bi-bliotecaAv. Monsenhor Walfredo Leal, 181 TambiáCEP 58020-540 – João Pessoa – PBTel. (83) 218-5614 – Fax 218-5580E-mail [email protected] Site www.sudema.pb.gov.br 

PARANÁSEMASecretaria de Estado do Meio Ambiente e

Recursos HídricosRua Desembargador Motta, 3384CEP 80430-200 – Curitiba – PRTel. (41) 304-7700E-mail [email protected] 

IAPInstituto Ambiental do ParanáRua Engenheiros Rebouças, 1206.CEP 80215-100 – Curitiba – PRTel. (41) 213-3700

Fax (41) 333-6161E-mail [email protected] 

SUDERHSASuperintendência de Desenvolvimento deRecursos Hídricos e Saneamento Ambien-talRua Santo Antônio, 239CEP 80230-120 – Curitiba-PRTel. (41) 213-4700 – Fax 213-4800E-mail [email protected] 

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119A Questão Ambiental e as Empresas

PERNAMBUCOCPRHAgencia Estadual de Meio Ambiente e Re-cursos Hídricos – Centro de Documenta-ção e Informação AmbientalRua Santana, 367 – Casa Forte

CEP 52060-460 – Recife – PETel. (81) 3267-1823 – Fax 3441-6088Site www.cprh.pe.gov.br 

PIAUÍSecretaria do Meio Ambiente e RecursosHídricosRua Desembargador Freitas, nº 1599Edifício Paulo VI – Teresina – PITel. (86) 221 8879 – Fax 221 9555E-mail [email protected] 

RIO DE JANEIROFEEMAFundação Estadual de Engenharia doMeio AmbienteRua Fonseca Teles, 121 16º andar São CristovãoCEP 20290-200 – Rio de Janeiro – RJTel. (21) 3891-3467 Fax 2580-9878E-mail [email protected] Site www.feema.rj.gov.br 

RIO GRANDE DO NORTEIDEMAInstituto de Desenvolvimento Econômico eMeio Ambiente do Rio Grande do NorteAv. Nascimento de Castro, 2127CEP 59056-450 – Lagoa Nova – RNTel. (84) 232-2110Site www.idema.rn.gov.br E-mail [email protected] 

RIO GRANDE DO SUL

Secretaria Estadual do Meio AmbienteRua Carlos Chagas, 55. 9º andar CEP 90030-020 – Porto Alegre – RSTel. (51) 3288-8100Gabinete do SecretárioTel. (51) 3288-8128CONSEMAConselho Estadual do Meio AmbienteTel. (51) 3225-1588, r. 209Conselho Estadual de Recursos HídricosTel. (51) 3288-8142

RONDÔNIASEDAMEstrada Santo Antônio, 900Parque CujubimCEP 78900-970 – Porto Velho-ROTel. (69) 216-1059

SEMATel. (69) 216-6661

RORAIMAFEMACTFundação Estadual do Meio Ambiente,Ciência e Tecnologia de RoraimaAv. Ville Roy, 816-E, Bairro São PedroBoa Vista – RRTel. (95) 623-2505, r. 225 – Fax 623-2209Site www.seplan.rr.gov.br 

SANTA CATARINAFATMAFundação do Meio Ambiente Diretoria -Administrativa e FinanceiraRua Felipe Schmidt, 485 CentroCEP 8010-970 – Florianópolis – SCCaixa Postal 1254Tel, (48) 224-8299 Fax 224 6281E-mail [email protected] Site www.fatma.sc.gov.br 

SÃO PAULOSEMASecretaria de Estado do Meio AmbienteAv. Prof. Frederico Hermann Júnior, 345CEP 05489-900 – São Paulo-SPTel. (11) 3030-6000Site www.ambiente.sp.gov.br E-mail [email protected] Órgãos vinculados:

CETESB

Companhia de Tecnologia de SaneamentoAmbientalAv. Prof. Frederico Hermann Júnior, 345Alto de PinheirosCEP 05459-900 – São Paulo – SPTel. (11) 3030-6000Fax 3030-6402Site www.cetesb.sp.gov.br Fundação para a Conservação e a Produ-ção Florestal do Estado de São PauloSite www.f florestal.sp.gov.br 

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120 A Questão Ambiental e as Empresas

Instituto de BotânicaSite www.ibot.sp.gov.br Instituto GeológicoSite www.igeologico.sp.gov.br 

SERGIPE

ADEMAAdministração Estadual do Meio AmbienteAv. Eráclito Rollemberg nº 4444CEP 49030-640 – Aracaju – SETel. (79) 3179-7310 r. 36 – Fax 3179-7322E-mail [email protected] 

TOCANTINSSecretaria do Planejamento e Meio Am-bientePraça dos Girassóis s/nºEsplanada das Secretarias – CentroCEP 77010-040 – Palmas – TO

Tel. (63) 218-1174E-mail [email protected] 

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121A Questão Ambiental e as Empresas

 ANEXO VII

FLORIANÓPOLIS/SCAvenida Mauro Ramos, 1.113 – CentroCaixa Postal 660.CEP 88.020-301 – Florianópolis-SCTel. (48) 212-3300 – Fax 212-3351

FORTALEZA/CERua Visconde do Rio Branco, nº 3900Atapu. CEP 60055-172 – Fortaleza-CETel. (85) 227-9081 – Fax 227-9081

GOIÂNIA/GORua 229, Nº 95 Setor UniversitárioCEP 74605-090 – Goiânia-GOTel. (62) 224-2488Fax 225-5035

JOÃO PESSOA/PBAv. Dom Pedro II, 3.284 Torre Mata do Bu-raquinho

CEP 58040-440 João Pessoa-PBTel. (83) 218-7200Fax 218-7201

MACEIÓ/ALAvenida Fernandes Lima, nº 4.023Km 06, FarolCEP 57057-000 Maceió-ALTel. (82) 241-1912Fax 241-1912

NATAL/RNRua Alexandrino De Alencar, nº 1.399TirolCEP 59015-350 Natal-RNTel. (84) 201-5840Fax 201-4244

PALMAS/TOAane 01, Conj. 03 – Lote 20CEP 77054-970 – Palmas-TOTel. (63) 215-1873 – Fax (63) 215-2645

Ibama – Gerências Executivas Estaduais

ARACAJU/SEAvenida Ivo Prado, 840 – Bairro São JoséCEP 49015-070 Aracaju-SETel. (79) 211-0468 – Fax 211-1699

BELÉM/PAAvenida Conselheiro Furtado, nº 1303 Ba-tista CamposCEP 66035-350 – Belém-PATel. (91) 241-2621 – Fax 223-1299

BELO HORIZONTE/MGAv, Contorno, nº 8.121 – Cidade JardimCEP 30110-120 – Belo Horizonte-MGTel. (31) 3299-0700 – Fax 3335-9955

BRASÍLIA/DFSAS Q. 05, Lote 05, Bl. H, 1º andar 

CEP 70070-000 – Brasília-DFTel. (61) 3035-3400Fax 3202-4282

CAMPO GRANDE/MSRua 13 de Maio, nº 2.967 CentroCEP 79002-351 – Campo Grande-MSTel. (67) 382-2966Fax 325-8987

CUIABÁ/MT

Avenida Principal do CPACEP 78000-000 – Cuiabá-MTTel. (65) 648-9100Fax 644-2210

CURITIBA/PRRua Brigadeiro Franco, 1.733Caixa Postal nº 691CEP 80420-200 Curitiba-PRTel. (41) 322-7488Fax 225-7588

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122 A Questão Ambiental e as Empresas

PORTO ALEGRE/RSRua Miguel Teixeira, 126 – Cidade BaixaCEP 90050-250 – Porto Alegre-RSTel. (51) 3228-7290 – Fax 3226-6392

PORTO VELHO/RO

Avenida Jorge Teixeira, nº 3.477Costa e SilvaCEP 78904-320 – Porto Velho-ROTel. (69) 223-3607Fax (69) 229-6511

RECIFE/PEAvenida 17 de Agosto, nº 1.057 – CasaForteCEP 52060-590 Recife – PETel: (81) 3441-6338Fax (81) 3441-5033

RIO BRANCO/ACRua Veterano Manuel de Barros, nº 320Jardim NazleCEP 69917-150 – Rio Branco-ACTel. (68) 226-3212Fax (68) 226-3211

RIO DE JANEIRO/RJPr. 15 Novembro, nº 42, 8º andar – CentroCEP 20010-010 – Rio de Janeiro-RJ

Tel. (21) 2506-1734Fax (21) 2221-4911

SALVADOR/BAAvenida Juracy Magalhães Júnior, nº 608Rio VermelhoCEP 41940-060 Salvador-BAPabx (71) 240-7913 – Fax (71) 240-7913

SÃO LUÍS/MAAvenida Jaime Tavares, nº 25 – CentroCEP 65025-470 – São Luís-MATel. (98) 231-3010 – Fax (98) 231-4332

SÃO PAULO/SPAlameda Tietê, 637Jardim Cerqueira César CEP:014170-020 – São Paulo-SPTel. (11) 3066-2633Fax (11) 3066-2675

TERESINA/PIAvenida Homero Castelo Branco, nº 2.240 – Jockey ClubCEP 64048-400 – Teresina-PITel. (86) 233-2599Fax (86) 232-5323

VITÓRIA/ESAv. Marechal Mascarenhas de Morais,2.487 – Bento FerreiraCEP 29052-121 – Vitória-ES

Tel. (27) 3324-1811Fax (27) 3324-1837

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125A Questão Ambiental e as Empresas

 ANEXO IX 

• Capitulo 11   – Combate ao desfloresta-mento

• Capitulo 12   – Manejo de ecossistemasfrágeis: a luta contra a desertificação e aseca

• Capitulo 13 – Gerenciamento de ecossis-temas frágeis: desenvolvimento sustentá-vel das montanhas

• Capítulo 14   – Promoção do desenvolvi-mento rural e agrícola sustentável

• Capitulo 15 – Conservação da diversida-de biológica

• Capítulo 16   – Manejo ambientalmentesaudável da biotecnologia

• Capitulo 17  – Proteção dos oceanos, detodos os tipos de mares – inclusive maresfechados e semifechados – e das zonascosteiras, e proteção, uso racional e de-senvolvimento de seus recursos vivos

• Capitulo 18 – Proteção da qualidade e doabastecimento dos recursos hídricos: apli-cação de critérios integrados no desenvol-vimento, manejo e uso dos recursos hídri-cos

• Capitulo 19   – Manejo ecologicamentesaudável das substâncias químicas tóxi-cas, incluída a prevenção do tráfico inter-nacional ilegal dos produtos tóxicos e peri-gosos

• Capitulo 20   – Manejo ambientalmentesaudável dos resíduos perigosos, incluin-do a prevenção do tráfico internacional ilí-cito de resíduos perigosos

Quarenta Capítulos da Agenda 21 Global

A Agenda 21 Global, da qual o Brasil se tor-nou signatário na Conferência das Nações Uni-das sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento(Rio/92), é um documento sem precedentes nahistória da humanidade. Em seus 40 capítulosforam abordados todos os temas, julgados im-portantes naquele momento e que deveriamnortear o comportamento dos países.

• Capítulo 1 – Preâmbulo

• Capítulo 2   – Cooperação internacionalpara acelerar o desenvolvimento susten-tável dos países em desenvolvimento epolíticas internas correlatas

• Capítulo 3 – Combate à pobreza

• Capitulo 4   – Mudança dos padrões deconsumo

• Capitulo 5 – Dinâmica demográfica e sus-tentabilidade

• Capitulo 6   – Proteção e promoção dascondições da saúde humana

• Capitulo 7   – Promoção do desenvolvi-mento sustentável dos assentamentos hu-

manos

• Capítulo 8   – Integração entre meio am-biente e desenvolvimento na tomada dedecisões

• Capitulo 9 – Proteção da atmosfera

• Capítulo 10   – Abordagem integrada doplanejamento e gerenciamento dos recur-sos terrestres

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126 A Questão Ambiental e as Empresas

• Capítulo 21   – Manejo ambientalmentesaudável dos resíduos sólidos e questõesrelacionadas com os esgotos

• Capítulo 22 – Manejo seguro e ambiental-mente saudável dos resíduos radioativos

• Capitulo 23 – Preâmbulo

• Capitulo 24 – Ação mundial pela mulher,com vistas a um desenvolvimento susten-tável e equitativo

• Capitulo 25 – A infância e a juventude nodesenvolvimento sustentável

• Capitulo 26 – Reconhecimento e fortaleci-mento do papel das populações indígenase suas comunidades

• Capitulo 27 – Fortalecimento do papel dasorganizações não-governamentais parcei-ras para um desenvolvimento sustentável

• Capítulo 28 – Iniciativas das autoridadeslocais em apoio à Agenda 21

• Capitulo 29   – Fortalecimento do papeldos trabalhadores e de seus sindicatos

• Capitulo 30 – Fortalecimento do papel docomércio e da indústria

• Capitulo 31  – A comunidade científica etecnológica

• Capítulo 32   – Fortalecimento do papeldos agricultores

• Capitulo 33 – Recursos e mecanismos definanciamento

• Capitulo 34 – Transferência de tecnologiaambientalmente saudável, cooperação efortalecimento institucional

• Capítulo 35 -A ciência para o desenvolvi-mento sustentável

• Capítulo 36   – Promoção do ensino, daconscientização e do treinamento

• Capítulo 37   – Mecanismos nacionais ecooperação internacional para fortaleci-mento institucional nos países em desen-volvimento

• Capitulo 38 – Arranjos institucionais inter-nacionais

• Capitulo 39 – Instrumentos e mecanismos jurídicos internacionais

• Capitulo 40 – Informação para a tomadade decisões

Fonte: Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambientee Desenvolvimento, Senado Federal, 1996.

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127A Questão Ambiental e as Empresas

 ANEXO X 

6. Educação permanente para o traba-lho e a vida

7. Promover a saúde e evitar a doença,democratizando o SUS

8. Inclusão social e distribuição de ren-da

9. Universalizar o saneamento ambien-tal protegendo o ambiente e a saúde

C) Estratégia para a sustentabilidade urbanae rural

10. Gestão do espaço urbano e a autori-dade metropolitana

11. Desenvolvimento sustentável do Bra-sil rural

12. Promoção da agricultura sustentável

13. Promover a Agenda 21 Local e o de-senvolvimento integrado e sustentá-vel

14. Implantar o transporte de massa e amobilidade sustentável

D) Recursos naturais estratégicos: água, bio-

diversidade e florestas

15. Preservar a quantidade e melhorar aqualidade da água nas bacias hidro-gráficas

16. Política florestal, controle do desmata-mento e corredores de biodiversidade

E) Governança e ética para promoção dasustentabilidade

Objetivos da Agenda 21 Brasileira

A Agenda 21 Brasileira foi elaborada, emprocesso de consultas públicas, pela Comis-são de Políticas de Desenvolvimento Sus-tentável e da Agenda 21 Nacional (CPDS),entre 1997 e 2001. Essa Comissão foi criadapor decreto presidencial em 26 de fevereirode 1997, com a incumbência de elaborar aAgenda 21 Brasileira e acompanhar a imple-mentação do desenvolvimento sustentávelno país.

Trata-se de uma plataforma das 21 açõesprioritárias, que foi inspirada na Agenda 21Global, da qual o Brasil se tornou signatáriona Conferência das Nações Unidas sobreMeio Ambiente e Desenvolvimento (Rio/92),realizada no Rio de Janeiro, em 1992. Essasações encontram-se no âmbito de 5 temas,

conforme detalhado a seguir:

A) A economia da poupança na sociedade doconhecimento:

1. Produção e consumo sustentáveiscontra a cultura do desperdício

2. Ecoeficiência e responsabilidade so-cial das empresas

3. Retomada do planejamento estratégi-co, infra-estrutura e integração regio-nal

4. Energia renovável e a biomassa

5. Informação e conhecimento para odesenvolvimento sustentável

B) Inclusão social para uma sociedade soli-dária:

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128 A Questão Ambiental e as Empresas

17. Descentralização e o pacto federati-vo: parcerias, consórcios e o poder local

18. Modernização do Estado: gestão am-biental e instrumentos econômicos

19. Relações internacionais e governan-ça global para o desenvolvimentosustentável

20. Cultura cívica e novas identidades nasociedade da comunicação

21. Pedagogia da sustentabilidade: éticae solidariedade.

Fonte: Agenda 21 Brasileira – Ações prioritárias. MMA/PNUD,

2002

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ENDEREÇOS DO SEBRAE 

SEBRAE NACIONAL

SEPN 515, Bloco C, Lote 32CEP 70770-900 – Brasília/DFTel.: (61) 348 7100 – Fax: (61) 347 4120

SEBRAE/AC

Rua Rio Grande do Sul 109 – CentroCEP 69903-420 – Rio Branco/ACTel.: (68) 216 2100 – Fax: (68) 216 21 85/216 21 34/216 21 35

SEBRAE/AL

Rua Dr. Marinho de Gusmão, 46 – CentroCEP 57020-560 – Maceió/ALTel.: (82) 216 1600 – Fax: (82) 216 1728

SEBRAE/AM

Rua Leonardo Macher, 924 – CentroCEP 69010-170 – Manaus/AMTel.: (92) 2121 4900 – Fax: (92) 2121 49 04

SEBRAE/AP

Av. Ernestino Borges, 740 – Bairro Laguinho

CEP 68906-010 – Macapá/APTel.: (96) 214 1400 – Fax: (96) 214 1428

SEBRAE/BA

Travessa Horácio César, 64 – Largo dos Aflitos – CentroCEP 40060-350 – Salvador/BATel.: (71) 320 4300 – Fax: (71) 320 4337

SEBRAE/CE

Av. Monsenhor Tabosa, 777 – Praia de IracemaCEP 60165-011 – Fortaleza/CETel.: (85) 255 6600 – Fax: (85) 255 6808

SEBRAE/DF

SIA, Trecho 3, Lote 1580CEP 71200-030 – Brasília/DFTel.: (61) 362 1600/362 1700 – Fax: (61) 234 3631

SEBRAE/ES

Av. Jerônimo Monteiro, 935 – Ed. Sebrae – CentroCEP 29010-003 – Vitória/ES

SEBRAE/PA

Rua Municipalidade, 1461 – Bairro UmarizalCEP: 66050-350 – Belém/PATel.: (91) 3181 9000 – Fax: (91) 3181 9035

SEBRAE/PB

Av. Maranhão, 983 – Bairro dos EstadosCEP: 58030-261 – João Pessoa/PBTel.: (83) 218 1000 – Fax: (83) 218 1111

SEBRAE/PE

Rua Tabaiares, 360 – Ilha do RetiroCEP 50750-230 – Recife/PETel.: (81) 2101 84 00 – Fax: (81) 2101 8500

SEBRAE/PI

Av. Campos Sales, 1046 – CentroCEP 64000-300 – Teresina/PITel.: (86) 216 1300 – Fax: (86) 216 1390/216 1343

SEBRAE/PR

Rua Caeté,150 – Prado Velho

CEP 80220-300 – Curitiba/PRTel.: (41) 330 5757 – Fax: (41) 332 1143/330 5768

SEBRAE/RJ

Rua Santa Luzía 685 – 6º, 7º E 9º Andares – CentroCEP 20030-040 – Rio de Janeiro/RJTel.: (21) 2215 9200 – Fax: (21) 2262 1316

SEBRAE/RN

Av. Lima E Silva, 76 – Lagoa NovaCEP 59075-970 – Natal/RNTel.: (84) 215 4900 – Fax: (84) 215 4916

SEBRAE/RO

Avenida Campos Sales, 3421 – Bairro OlariaCEP 78902-080 – Porto Velho/ROTel.: (69) 217 3800 – Fax: (69) 217 3824

SEBRAE/RR

Av. Major Williams, 680 – São PedroCEP 69301-110 – Boa Vista/RR