a política ambiental na fiscalidade sobre os resíduos · favor do ambiente. o papel da ... passe...
TRANSCRIPT
A Política Ambiental na Fiscalidade sobre os Resíduos
Cristina Caldeira
Lipor, 22 de Julho de 2008
Sumário
• Introdução
• Conceito – Instrumento
• Descrição de instrumentos de mercado
• Instrumentos de mercado vs Instrumentos de regulamentação
• O papel da Administração
• O princípio poluidor-pagador
• Enquadramento legal
• Instrumentos económicos e financeiros
• Aplicação de instrumentos
• Conclusões
Introdução
Intervenção pública
O aparecimento dos O aparecimento dos instrumentos de instrumentos de mercadomercado
Conceito - Instrumento
INSTRUMENTO
Meio utilizado pelas autoridades para alterar o comportamento dos agentes, implementando medidas de protecção, de recuperação e de controlo
RegulaRegulaçção econão econóómica/financeiramica/financeiraRegulaRegulaçção administrativaão administrativa
Descrição de instrumentos de mercado
A nA níível comunitvel comunitáário, são utilizados dois tipos de rio, são utilizados dois tipos de instrumentos de mercado:instrumentos de mercado:
• Instrumentos que influenciam preços
Impostos
Taxas
Incentivos financeiros ou fiscais
• Instrumentos que influenciam quantidades
Licenças negociáveis
Instrumentos de mercado vs Instrumentos de regulamentação
Integrar no preço final os custos externos das actividades económicas
Incentivar as empresas a procurar a inovação tecnológica de modo a reduzir os impactes no ambiente
Favorecer o emprego quando utilizados no contexto da reforma fiscal ou orçamental em favor do ambiente
O papel da Administração
• 6º Plano de Acção em matéria de Ambiente
• O principal objectivo para a prevenção e gestão de resíduos é dissociar a geração de resíduos do crescimento económico
• Utilização da tributação nos Estados-Membros
• Um dos instrumentos de mercado, por forma a corrigir a eliminação, particularmente em aterros e encorajar a reciclagem e a valorização dos resíduos
• Adopção de outras medidas
• Os Estados Membros podem adoptar outras medidas, por exemplo o princípio do PAYT (Pay As You Throw), encorajando a utilização de embalagens reutilizáveis e a deposição selectiva de resíduos para posterior encaminhamento para reciclagem.
Surge com a Lei de Bases do Ambiente – Lei n.º 11/87, de 7 de Abril
O princípio do poluidor-pagador
a) do art.a) do art.ºº 33ºº -- Da prevenDa prevenççãoão: as actuações com efeitos imediatos ou a prazo no ambiente devem ser consideradas de forma antecipativa, reduzindo ou eliminando as causas, prioritariamente à correcção dos efeitos dessas acções ou actividades susceptíveis de alterarem a qualidade do ambiente, sendo o poluidor obrigado a corrigir ou recuperar o ambiente, suportando os encargos daí resultantes (…)”
O princO princíípio do poluidorpio do poluidor--pagadorpagador
Enquadramento legal
Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro Regime geral de gestão de resíduos
• Aplicação do princípio do «poluidor-pagador»
• Instrumentos que sirvam à orientação do comportamento de operadores económicos e consumidores finais, no sentido da redução da produção de resíduos e do seu tratamento mais eficiente
• Promoção de uma gestão eficiente dos resíduos quepasse pela interiorização por produtores e consumidores dos custos ambientais que lhes estão associados
Principio da Responsabilidade pela gestão
A responsabilidade da gestão do resíduo é do respectivo produtor, excepto:
Municípios e AMRSU < 1 100 l/dia
A responsabilidade extingue-se pela :• transmissão dos resíduos a operador licenciado de gestão de resíduos ou,• pela sua transferência para as entidades responsáveis por sistemas de gestão de fluxos de resíduos
11
Princípio da prevenção e redução
Objectivo prioritário da política de gestão de resíduos
• Evitar e reduzir a produção de resíduos bem como o seu carácter nocivo
• A gestão de resíduos deverá evitar ou reduzir o risco para a saúde humana e para o ambiente causado pelos resíduos
Introdução de alterações na concepção do produto
• Adopção de medidas ao nível dos processos produtivos(utilização das MTD, utilização eficaz das MP, energia e água)
• Adopção de medidas ao nível do produto (eco-design, substituição de substâncias perigosas, design para o reuse).
Princípio da Hierarquia da Gestão de Resíduos
Prevenção
Valorização
Eliminação
Redução
Reutilização
ReciclagemCo-incineraçãoIncineração com aproveitamento de energia
Aterro
Princípio da equivalência
O regime económico e financeiro das actividades de
gestão de resíduos visa a compensação tendencial dos
custos sociais e ambientais que o produtor gera à
comunidade ou dos benefícios que a comunidade lhe
faculta, de acordo com um princípio geral de
equivalência
Instrumentos Económicos e Financeiros
• Taxas de licenciamento (artº 52º a artº 56º)
• Taxas gerais de licenciamento
• Taxas de licenciamento de aterros
• Taxas de licenciamento de sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos
• Taxas de licenciamento de CIRVER
• Taxas de licenciamento de instalações de incineração e co-incineração
• Taxas de registo no SIRER (artº 57º)
Instrumentos Económicos e Financeiros – cont.
• Taxas de gestão de resíduos (art. 58º)
• Entidades gestoras de sistemas de gestão de fluxos específicos de resíduos
• Entidades gestoras de CIRVER
• Entidades gestoras de instalações de incineração e co-incineração de resíduos sujeitos a licenciamento da ANR/ARR
• Entidades gestoras de aterros sujeitos a licenciamento da ANR/ARR
• Taxas relativas aos movimentos transfronteiriços de resíduos ( art. 59º)
• Taxas relativa à deposição de resíduos inertes em aterro (Decreto-Lei n.º 46/2008, de 12 de Março)
Aplicação de Instrumentos
• Papel do Estado de compatibilizar no quadro da sua política fiscal o desenvolvimento com a protecção do ambiente e qualidade de vida - alínea h) do n.º 2 do artigo 66.º da Constituição da República Portuguesa
• Instrumento da política do ambiente - alínea r) do n.º1 do artigo 27º da Lei de Bases do Ambiente
Conclusões
• Utilização de instrumentos económicos afim de tornar a política de ambiente mais eficiente e mais eficaz
• Necessidade de cumprimento de objectivos em conformidade com as obrigações de direito comunitário a nível da concorrência
• Internalização das externalidades contribuem para a aplicação do princípio poluidor-pagador
• Integração das políticas ambientais nas políticas económicas
• Incentivos para a alteração de comportamentos por parte dos produtores e consumidores
Contactos
Agência Portuguesa do AmbienteAgência Portuguesa do AmbienteRua da Murgueira, 9/9A
2611-865 AmadoraTel. (351) 21 472 82 00Fax. (351) 21 471 90 74www.apambiente.pt