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EMS RAPA EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA VINCULADA AO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

A MANDIOCA RAIZ E PARTE AEREA

NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL

João Luiz Homem de Carvalho EngY Agr9 PH.D

Pesquisador da EMBRAPA-CPAC

Editado pela

EDflRTER EMPRESA BRASILEIRA DE ASSISTÉNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL Vinculada ao Ministério da Agricultura

BRASiL IA Agosto-1983

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EMBRATER. SÉRIE ARTICULAÇÃO PESQUISA E EXTENSÃO. N? 2

Texto original da Circular Técnica, 17 do Centro de Pesquisa Agropecuária dos Cerrados - CPAC

EMBRAPA

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

A mandioca; raiz e parte aérea na alimentação animal, por João L. Homem de Carvalho. Brasília, EMBRATER, 1983.

44p. ilust. (EMBRATER. Articulação pesquisa e extensão,

2).

1. Mandioca . Alimentação Animal . 2. Alimentação Ani-mal - Mandioca 1. Carvalho, João L. Homem de. II. Série. III.

T (tu lo.

CDU 633.493:636.085

0 EMBRAPA-1983

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO . 5

A PLANTA .9

A RAIZ DA MANDIOCA, NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL .....11

Aspectos nutritivos .........................11

Aspectost6xicos ............................

Preparo das raízes e sua utilização na

alimentação animal ..........................12

Raizfresca ................................12

Raiz desidratada ao sol ...................12

Raiz ensilada .............................15

Formulação de raç5es com raízes de mandioca.16

A raiz da mandioca, na alimentação dos

poligãstricos...............................17

Bezerros.... . ...................... . ...... is

Novilhos de corte .........................18

Vacasem lactação .........................20

Ovinose caprinos .........................22

A raiz da mandioca, na alimentação dos

monogástricos...............................23

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Sumos .23

Aves .25

A PARTE AËREA DA MAND LOCA, NA ALIMENTAÇÃO

ANIMAL........................................29

Aspectos nutritivos ..........................9

Aspectos t6xicos ............................29

Preparo da parte a5rea e sua utiiizaçao na

alimentaçao animal ..........................30

Partearea fresca ........................30

Parte aerea desidratada ao sol ............31

Parte area ensilada ......................31

Parte area peletizada ....................35

A parte a5rea da mandioca, na aliinentaçdo

dos poligdstricos ...........................36

A parte area da mandioca, na alimentaçao

dos monogdstrícos ............................6

Enjoos ....................................36

Aves......................................37

ALIMENTOS PR0TI LCOS PARA O BALANCEAMENTO DE

MISTURAS COM A RAIZ DA MAN 1)10 CA ................9

AGRAI) CC IMENTO 5 ................................40

BIBLIOGRAFIA CON SULTADA .......................41

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INTRODUÇÃO

Dentre os problemas enfrentados pelos pecua-ristas, talvez o de maior gravidade seja o da alimentação animal, por ser o que exige maiores dispândios e cuidados especiais.

Esse problema se agrava ainda mais, quando a alimentação dos rebanhos depende exclusivamente de forrageiras, sujeitas à influncia de fatores climáticos, como a seca de caráter estacional. Em 60% do territ5rio brasileiro, incluindo aí o Cen-tro-Oeste, as chuvas, em torno de uma mdia de 1.300 mm anuais, são peri6dicas e mal distribui-das, determinando duas estaç6es distintas: a das águas e a da seca.

Na estação das águas, que abrange os meses quentes de verão, quando a vegetação favoreci-da, as forrageiras tâm acelerado seu processo de crescimento, florescimento e maturação. Já na es-tação da seca, que abrange os meses frios, as plantas, já maduras, entram em repouso e não re-brotam. Esse fato determina uma grande diferença no valor nutritivo das forrageiras entre os dois períodos. Na estação das águas, as plantas tm maior produção de massa verde, apresentando maior valor nutritivo e digestibilidade.

Já na estação da seca, as forrageiras maduras são mais pobres em proteínas, em valor energti- co, em sais minerais e vitaminas, alm de menos digestíveis. As conseqUncias da baixa disponibi-lidade de alimento de bom valor nutritivo nesse período trazem efeitos perniciosos para o cresci-mento, reprodução e saúde dos animais, determi-nando baixos rendimentos nas atividades pecuá-rias.

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Além disso, o custo dos concentrados de ori- gem industrial está sempre em alta, fora, portan-to, do poder de investimento da maioria dos mé-dios e pequenos peduaristas.

A solução desse problema consiste na conser- vação de. forrageiras, através de ensilagem e fe-nação, bem como na máxima produção de alimentos para a composição de ração concentrada, na prá-pria fazenda.

A mandioca, planta nativa do Brasil e culti- vada praticamente em todo o seu territário, pos-sui excelentes qualidades nutritivas para a ali-mentação animal. Sua produção é menos exigente em insumos do que a da maioria das culturas e, por isso, menos dispendiosa. Em vista disso, pode re- solver, em grande parte, o problema da alimenta- ção animal durante a estação seca e baixar os custos da produção de concentrados durante todo o ano.

Contudo, sua cultura é muito pouco pesquisa- da. Sabe-se que é largamente empregada na ração animal, mas até o momento pouco se conhece sobre esse emprego em termos de dados de pesquisa. Isso dificulta uma análise mais detalhada da situação, o que, por sua vez, impede a elaboração de pro-gramas de pesquisa agricola e de assistência téc-nica e extensão rural, capazes de sqlucionar os problemas reais dos agropecuaristas, que empregam a mandioca no arraçoamento de animais.

Em outubro de 1981, a EMBRAPA, através do Centro Nacional de Pesquisa de Mandioca e Fruti-cultura, realizou em Cruz das Almas, Bahia, a 1 Reunião sobre Usos Alternativos da Mandioca, quando foi debatido seu emprego na ração animaL. Constatou-se, então, uma grande carência de in- formaçêes sobre o assunto. Em conseqUência, foi decidido elaborar e aplicar um questionário entre os agentes da extensão rural nas regiáes mandio-queiras.

A aplicação do questionário foi feita em mar-ço de 1982. Os resultados nbtidos com a tabulação das informaç6es podem ser assim resumidos:

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a) em 83,5% das regi6es pesquisadas, a man-

dioca & utilizada na alimentação animal; b) não obstante ser utilizada tambám na ali-

mentação de caprinos, ovinos, aves, equinos, bu-faunos e peixes, a mandioca empregada destina-se principalmente aos rebanhos bovino (43,5%) e suí-no (37,1%);

c) raramente (7,2%) a parte aárea da mandioca

á fornecida de forma no arraçoamento dos animais, sendo mais comum o seu uso combinado com as raí-zes (53,2%), enquanto que estas isoladamente são empregadas em 39,6% dos casos;

d) em quase 80% dos casos, a parte aárea da

mandioca á utilizada in n(2tura e, em apenas 2,3% e 5,9%, nas formas de silagem e feno, respectiva-n'e n t e

e) para 96,4% dos agentes de extensão, havia a possibilidade de incrementar o aproveitamento da parte aárea da mandioca;

f) para 69% deles, o principal problema que entrava o uso da parte aárea da mandioca, na ali-mentação animal, á a falta de conhecimentos de como aproveitá-la;

g) praticamente, todos dos 845 agentes de ex-tensão, que responderam ao questionário, estão

interessados em receber e difundir informaçães sobre a utilização da mandioca.

Diante do largo uso da mandioca na alimenta-

ção animal e da car5ncia de informaçães tácáicas sobre seu melhor aproveitamento, bem como o alto nível de interesse dos agentes de extensão rural, conforme bem demonstraram os resultados do levan-tamento, foi decidida a elaboração desta publica-ção com recomendaçães prãt icas, obtidas da pes- quisa, que possam ser titeis a extensionistas e pecuaristas.

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A PLANTA

O cultivo da mandioca no Brasil precede Ei sua

histúria. Os descobridores portugueses encontra-ram na roça indígena a rnõdi'og, destinada ao fa-brico de diversos tipos de comida e de bebidas inebriantes. Logo os primeiros exploradores cons-tataram o seu grande potencial para a produçio de alimentos armazendveis, associado 3 rusticidade e facilidade de cultivo. Desde cnt5o se iniciou o processo de expansEio da cultura nos tr5picos dos diferentes continentes. Atualmente, 5 cultivada

entre as latitudes de 300 Norte/Sul e em altitu-des inferiores a 2.300m, como fornecedora de ali-mento humano, raçEio animal e matúria-prima para a indústria.

Pertence A famflia das Euphorbiaceae e ao gS-nero Planihot. A espúcie de maior interesse agro-n5mico 5 a NuniãoL ccculcnfu Crantz, classifica-da em dois tipos: a mandioca-mansa, doce ou de mesa (macaxeira, aipim ou aipi, como 5 popular- mente conhec ida em algumas regiSes do país), que possui um teor de gi icosidio cianogSnico (dcido cianidrico) inferior a 10 mg/kg de polpa fresca; e a brava, amarga ou venenosa, que possui acima de 2.000 mg/kg do polpa fresca (24).

As plantas desta espúcie sEio herbdceas, quan-do novas, lenhosas, subarbustivas ou arbustiva, na maturi dade, com altura variando de 1 a 5 me-tros. Podem ser ramificadas ou n3o.

Para fins pruticos, sua divisdo 5 feita em parte aúrea (hastes, pecolos e folha) e parte subterrúnea (rafzes ttiherosas e feculentas), con-forme 1' igura 1

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Parte aérea

Raízes tuberosas

FUI 1 - Planta da mandioca.

Dentre outros fatores, sua produção depende de condiç6es cIimticas, da fertílizade do solo e da cultivar plantada, variando de 10 a 35 t/ha de raizes de 8 a 30 t/ha de parte a5rea (21)*.

*) A numeraç5o indica referEncia bibliogrífica.

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A RAIZ DA MANDIOCA, NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL

ASPECTOS NUTRITIVOS

A raiz da mandioca á rica em energia, mas po-bre em proteína. Possui baixa quantidade de fi- bras, elevado coeficiente de digestibilidade e larga relação nutritiva (RN = proteína digestí-vel/elementos nutritivos não nitrogenados) . Con-tám sacarose, maltose e glicose. A maior parte desses carboidratos solúveis á constituída pelo amido. Quanto aos aminoácidos, possui altos ní-veis de lisina e de triptofano e baixos de metio-fina e de cistina, na fração protãica.

ASPECTOS TÓXICOS

A pesquisa mostra que a quantidade de ãcido cianídrico liberado da polpa das raízes de varie-dades mansas não passa de 0,005%. Jd na casca e nas raízes inteiras das variedades bravas, o teor de ácido cianídrico á de 0,02 a 0,03Z, sendo a linamarina mais ou menos bem distribuída entre a casca e a polpa (23).

O envenenamento de animais com a ingestão de mandioca-brava pode ser evitado quando se proces-sa sua desidratação, que consiste em picá-la e deixá-la bem espalhada ao ar livre por 24 horas. Isso basta para eliminar grande parte do princí-pio túxico da mandioca-brava, tornando-a inofen-siva para os animais.

Quando picadas, as raízes da mandioca-brava possuem de 32 a 265 ppm de IICN; quando secas e transformadas em farelo, esse teor baixa para 26

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a 162 ppm. O processo de ensilagem reduz em 63% o teor de ácido cianidrico (11).

PREPARO DAS RAÍZES E SUA UTILIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL

Qualquer que seja sua destinação (fornecimen-to imediato aos animais ou conservação atravds de silagem), as raízes deverão ser lavadas, a fim de retirar o barro aderido. Sem essa limpeza ini- cial, tanto a ração como a conservação poderão sofrer graves prejuízos de qualidade.

Uma vez limpas, as raízes devem ser tritura- das ou picadas, para o fornecimento direto ou pa-ra a conservação sob a forma de raspa seca, fare-lo, silagem ou peletes.

Fresca

É uma das formas que a raiz pode ser forneci-da aos animais. Mas nesse caso, alguns cuidados devem ser tomados:

1. Se for mandioca-mansa, colher, lavar, pi- car e fornecer imediatamente as raízes aos ani- mais, pois não se conservam bem em estado fresco; o amido sofre rapidamente uma hidrãlise seguida de fermentação, o que lhe dá um forte odor alcoa-lico. Em clima quente, trás dias apás a. colheita, as raízes tornam-se praticamente inutilizaveis.

2. Se a mandioca for brava, não convám fome-cá-la em estado fresco. Antes, deve ser secada ou ens ii ada.

Desidratada ao sol

Para desidratar as raízes ao sol, e preciso seguir os seguintes passos:

1. Colher e lavar as raízes em um tambor ou caixa com água, ou ainda em um terreiro cimentado e inclinado, jogando jatos d'água; eliminar, nes-sa ocasião, as que tiverem coloração escura;

2. Picá-las em pedaços de mais ou menos 5 cm de comprimento por 1,5 cm de largura, em uma md-

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quina de fazer raspas, ou tritut-la numa pica-deira de capim;

3. Espalhã-las sobre uma lona de plstico em um terreiro cimentado, em camada de 5 a 7 kglm 2 ou em bandejas, na base de 10 a 16 kg/km 2 , e ex-p6-las ao sol (1);

4. Passar o rodo no sentido de maior compri-mento do terreiro, formando pequenas leiras, des-manchando-as periodicamente, como se faz na seca-gem de cafú;

S. Verificar se o material est. seco (14% de

umidade). Um m5todo pratico tomar um pedaço de raiz e riscar no piso como se fosse giz; se dei- xar risco, porque esta seco;

6. Ensaci-lo diretamente ou transforma-lo em farelo, depois de seco;

7. Empilhar os sacos sobre um estrado de ma- deira em local arejado.

Preparados dessa maneira, o farelo e a raspa tm no mximo 14% de umidade. Podem ser forneci- dos aos animais em mistura com outros alimentos, de preferúncia proticos, ou, ento, armazenados atd por mais ou menos um ano, sem alteraçúes no seu valor nutritivo.

O tempo necessirio para secagem depende da umidade relativa do ar, da temperatura do sol e do número de vezes que o rodo foi passado. Calcu-la-se que, a 239C e a 70% de umidade relativa do ar, o material seque em 1 a 2 dias. A secagem em bandejas (Figuras 2 e 3) mais vantajosa onde hd boa velocidade de vento. Pode-se aproveitar, en- tdo, as horas noturnas para economia de mio-de--obra, pois nio ú necessirio revirar o material (1).

A inclusio da raiz de mandioca desidratada e moída (farelo) na alimentaçio animal tem suas vantagens. Mas as condiç6es climiticas podem di-ficultar seu preparo e armazenamento. Nesse caso, utilizam-se fornos desidratantes e armazns espe-ciais, o que, certamente, aumenta os custos de produçio.

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1 E o

FI'

E o o

7 55 m

1 E o o 4

2

0,90M

FIG. 3— Armaco

de bambu

para suporte

das bandejas.

III leta1he:c0m05:de1e cortar o

14

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Ensilada

A ensilagem á um processo prolongado de con-servaçáo, que e no depende de condiçes climáti-cas e conserva melhor os elementos nutritivos.

Para a obtençáo de uma boa silagem, os se- guintes passos devem ser observados:

1. Colher, lavar e selecionar as raízes, como indicado anteriormente, no processo de desidrata-çao;

2. Amontoar as raízes limpas perto da pica-deira e picá-las imediatamente em pedaços de, no máximo, 2 cm;

3. Compactar o material a cada camada de 20 cm posta no silo. A compactaçáo pode ser feita com o caminhar de homens ou de animais, com o ro-lamento de um tambor cheio de água, ou, se possí-vel, com um trator;

4. Encher todo o espaço do silo e dar-lhe no topo uma forma abaulada;

5. Cobrir com uma lona de plástico e sobrepor uma camada de terra com, no mínimo, 15 cm;

6. Fazer canaleta para proteger o silo contra entrada de água;

7. Encher o silo o mais rapidamente possível; por isso, aconselha-se a construçáo de silos pe- quenos ou colocar divisárias nos grandes, para que se encha uma parte de cada vez;

8. Nunca abrir o silo antes de 30 dias apás o tármino do enchimento;

9. Ao abrir o silo, náo expor muito a parte ensilada que n&o vai ser retirada logo.

O segredo da boa silagem está, sobretudo, na rapidez das operaçbes de colher, lavar, picar, compactar, encher e fechar o silo. Quanto mais rápidas forem essas operaçSes, maiores seráo as chances dc se ter um alimento bem conservado e de alto valor nutritivo.

A Tabela 1 revela a composição química da raiz fresca, seca (farelo) e ensilada (2).

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TABELA 1. Percentuais decomposição qurmica de raiz da mandioca fresca, seca e ensilada.

otsp o no n t es Fresca

Raiz

Seca E n a i lada

Matiria seca 35,00 90,0 45,00

Protetna bruta 1,25 3,21 1,61

Fibra 1.45 3,73 1,86

Gordura 0,29 0,75 0,37

Cinzas 1,43 3,68 1,84

Extrato asa nitrogenado 30,84 79,30 39,40

De acordo com o grau de umidade, observam-se na mandioca diferentes concentraçbes de nutrien-tes

FORMULAÇÃO DE RAÇÕES COM RAÍZES DE MANDIOCA

As experíncias mostram que a raiz de mandio-ca pode ser incluída na formulação de reaçães de todos os animais domésticos, graças a seu valor energãtico e sua boa palatabilidade. Todavia, discute-se ainda a quantidade ãtima com que deva entrar na formulação. 0 certo á que, segundo pro-vam muitos autores, a inclusão de uma percentagem de mandioca na ração de base promove o aumento do consumo e do ganho de peso. Mas, para que se ob-tenha boa eficiáncia alimentar da mandioca, á ne-cessãrio que a formulação contenha, alám de uma fonte de proteína, uma outra fonte de energia, tal como milho, farelinho de trigo ou arroz. As recomendaçbes de percentagem Stima de mandioca variam de 10 a 50% da dieta total (13).

Muitas vozes, essa percentagem átima não coincide com a produção mais econ6mica. [sso acontece, sobretudo, onde são altos os custos de produção dos cereais. Nesse caso, a inclusão de 60 a 80% de mandioca na ração pode não ser o me-

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lhor sob o ponto de vista túcnico, mas o seria sob o ponto de vista econãmico.

Toda ração deve ser suplementada com uni ali-mento mineral-vitaminado, adicionado ã prbpria ração ou fornecido separadamente aos animais.

Usando criatividade e com a orientação de um tcnico, o pecuarista poderi formular inúmeros tipos de raç6es com a raiz da mandioca, como a seguir.

A RAIZ DA MANDIOCA, NA ALIMENTAÇÃO DOS POLIGÁSTRICOS

Como se viu anteriormente, o problema de ali-mentação dos bovinos, durante a escassez estacio- nal de pastagens de boa qualidade nutritiva, na poca da seca, pode ser solucionado com raiz de

mandioca armazenada, sob a forma de farelo ou de silagem, misturada com a propria parte aerea da mandioca, tambúm ensi1ada, ou com outro alimento protúico, como feno de leguminosas ou concentra-dos.

A mistura dos ingredientes que entram na ra- ção pode ser feita sobre uma lona de plist ice, em terreiro cimentado ou, ainda, em um tambor rota-tivo, como mostra a Figura 4.

Eixo Gancho de sc e n t ra iz a do

FIG. 4 - Tambor rotativo com eixo descentralizado para preparar as misturas.

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Bezerros

Para bezerros, podem—se preparar as seguintes misturas:

Mistura 1 (23) (%)

Farelo de raiz de mandioca 50,0

Torta de amendoim ou farelo de soja 42,5

Farinha de osso autoclavada 6,0

Sal comum 1,5

Mistura 2 (22)

Leite desnatado 1 litro

Farelo de raiz de mandioca 40 g

A Mistura 1 pode ser fornecida aos bezerros a partir do 89 dia. Aldm desse concentrado, forne- cer tambdm leite (3 litros) até a 5 semana e fe-no de boa qualidade. O consumo dessa mistura por animal deve ser de 90 kg em 120 dias.

A Mistura 2 pode ser fornecida aos bezerros no lugar do leite integral, em complementaçio de outros alimentos.

Novilhos de corte

As tabelas abaixo mostram as misturas desti- nadas à ração de novilhos de corte:

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Mistura 3 (3) (%)

Farelo de raiz de mandioca 50

Farelinho de trigo 30

Farelo de atgodo 20

Mistura 4 (3) (%)

Farelo de raiz de mandioca 50

Farelo de parte a&rea 20

FareLo de algodo 30

Mistura 5 (3) (%)

Farelo de raiz de mandioca 45

Farelinho de trigo 40

Farelo de algodo 10

Farelo de soja 5

Mistura 6 (23)

(%)

Farelo de raiz de mandioca 90

lir i a

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Considerando a idade dos novilhos, o peso e o volumoso (capim-elefante, milho, palhada) que re-cebem, fornecer de 1 a 3,5 kg das misturas 3, 4 e 5 por animal/dia.

A Mistura 6 deve ficar bem homognea e seu fornecimento aos animais deve ser gradativo, at que eles, num periodo de mais ou menos 20 dias, se habituem com a urcia.

Uma das maneiras de fornecimento de urdia dilui-la em um pouco de égua e jogar no cocho, em cima da raço, como, por exemplo, capim-elefante e farelo de mandioca.

Novilhos ou bois adultos comem de 3 a 8 kg/dia de mandioca, al5m do suplemento protico e do volumoso (23).

Vacas em lactação

A raiz de mandioca pode substituir integral- mente o milho., na raço de vacas em lactaço, desde que acompanhe um suplemento protico conve-niente. A inclus5o da raspa de mandioca represen-to uma grande economia nos custos (Ia raçao.

Pode-se tomar como base um dos seguintes con-c e n t r a d o s

Mistura 7 (3)

(%)

Farelo de raiz de mandioca 35

Fare linho de trigo 20

Fare lo de babaçu 30

I'orelo de algodíio iS

20

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Mistura 8 (3) (%)

Farelo de raiz de mandioca 20

Farelo de arroz 30

Farelo de milho 10

Farelo de algodo 60

Mistura 9 (18) (%)

Farelo de parte area 35

Farelinho de trigo 20

Farelo de arroz 20

Farelo de aIgodo 25

Mistura 10 (4) (%)

Farelo de algodo 53,5

Farelo de milho 11,0

Farelo do raiz do mandioca 33,5

Fosfato bicicio 1,0

Sal comum 1,0

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Mistura li (9)

(%)

Farelo de raiz de mandioca 50

Farelinho de arroz ou de trigo 20

Farelo de algodo

30

Mistura 12 (3) (%)

Farelo de raiz de mandioca 20

Farelo de soja 20

Farelo de parte adrea de mandioca 30

Farei o de habaçu 30

Os concentrados 9, 10, 11 e 12 podem ser for-necidos h razo de 0,3 kg para cada litro de lei-te que a vaca prodozir. Assim, uma vaca que pro- duzir 10 litros de leite deve comer 3 kg de con- centrado, alc3m do volumoso. A quantidade de mis- tura a fornecer varia conforme a quantidade e a qual idade do volumoso que o animal recebe. Para vacas com produçdo inferior a 5 kg de leite nijo se deve fornecer concentrado.

Ovinos e caprinos

Os concentrados para bezerros e novilhos de corte servem para caprinos e ovinos de modo ge- ral , na proporçíjo de 0,1 a 0,6 kg/cah/dia, aldm do volumoSo.

Os concentrados para vacas leiLeiras 7, 8, 9, 0, Ii, 12 podem ser fornecidos a cabras em lac-taço, na quantidade de 0,3 a 0,6 kg/cab/dia.

22

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A RAIZ DA MANDIOCA, NA ALIMENTAÇÃO DOS MONOGÂSTRICOS

Suínos

Apesar de ser um bom alimento para suínos, em razão do seu alto valor energético e baixo teor em fibras, a raiz da mandioca não á largamente empregada no balanceamento de raçães para esses animais. Alám do seu bom valor alimentar, econo- micamente mais viável que os cereais, em certas regiáes.

A raiz de mandioca-mansa pode ser empregada no estado fresco, desidratada, triturada ou como raspa, permitindo o consumo voluntário durante o período de crescimento e terminação. Nas fases de prá-gestação e gestação deve ser fornecida em quantidades controladas, de mistura com porç6es limitadas de concentrados que contenham altos ní-veis protáicos. Essa mistura deve resultar numa ração balanceada entre 14 a 16Z de proteína.

O emprego de concentrados protãicos com man-dioca fresca reduz em atã 41 ,4Z os custos de pro-dução de suínos, na fase de crescimento e de ter-minação (12). A raiz, transformada em farelo, po-de ser fornecida, com algumas restriçães, durante toda a fase de crescimento dos suínos. Entra no balanceamento de raçbes, juntamente com outros alimentos, de preferáncia protáicos, para uma boa eficiáncia al imentar.

O fornecimento de mandioca ensilada para suí-nos deve ser igual ao dos demais alimentos volu-mosos (mandioca fresca, banana, batata-doce e ou-tros) . Para forçar o animal a consumir maior quantidade de silagens e, assim, reduzir os cus-tos, convám fornecer o concentrado em quantidades pequenas, mas que satisfaçam ãs necessidades diá-rias de proteína, vitaminas e minerais. O concen- trado pode ser misturado com a silagem ou forne- cido em comedouro separado. Quando oferecido se- paradamente , á importante que o tamanho do come- douro permita o acesso a todos os animais do gru-po ao me sino tempo.

As misturas devem ser postas ã disposição dos animais para que comam ã vontade. A Mistura 13

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destina-se a animais de 20 a 30 kg, a Mistura 14 para animais de 35 a 60 kg e a Mistura 15 para animais de 60 a 90 kg.

Mistura 13 (26) (%)

Farelo de soja 29,65

Farelo de milho 33,00

Farelo de raiz de mandioca 32,00

Suplemento mineral vitaminado 0,15

Fosfato bicicico 2,00

Óleo de milho 2,55

Metionina 0,15

Sal 0,50

Mistura 14 (26) (%)

Farelo de soja 27,00

Farelo de raiz de mandioca 66,35

Suplemento mineral vitaminado 0,15

Fosfato bic1cico 2,00

Óleo de milho 3,80

Metionina 0,20

Sal 0,50

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Mistura 15 (26)

(%)

Farelo de soja

25,55

Farelo de raiz de mandioca 67,80

Suplemento mineral vitaminado 0,15

Fosfato bicicico 2,00

Óleo de mi Ibo 3,80

Metionina 0,20

Sal 0,50

Aves

As raçSes de aves exigem grande percentual de cereais, cujo elevado custo encarece a carne de frango e ovos. Em vista disso, urge procurar uma fonte alternativa de energia para a alimentaçdo de aves. A mandioca pode ser essa a'ternativa, pois, alSm de alcançar boa produçdo por hectare, adapta-se bem a solos menos frteis.

Segundo dados de pesquisa, mais de 30 dos cereais que entram na composiç5o de raçbes para frangos podem ser substituidos pela raiz de nian- dioca. Quando preparadas na forma de peletes, as raç6es podem receber na mistura at3 50% de tarelo de raiz e 20% de farelo da parte adrea de mandio-ca. Existem experi5ncias bem sucedidas com 60Z de farinha de mandioca nas raç6es (bem balanceadas) para pintos de atd uni ms (16).

As misturas com farelo de mandioca ficam mui-to pulverizadas, por isso convm acrescentar 5%

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de melaço ou de gordura animal (22). A pasta de farelo de mandioca com leite desnatado promove, com bons resultados, a engorda de galinhas, pa-ros, gansos e perus (22).

Para pintos de at um mas, podem ser forneci- das as seguintes misturas:

Mistura 16 (20) (%)

Farelo de raiz de mandioca 60,00

Farinha de carne 16,50

Farelo de soja 19,00

Farinha de osso 3,00

Sal 0,30

Premix 0,20

Calcrio 1,00

Mistura 17 (3) (%)

Farelo de soja 60

Farelo de raiz de mandioca 40

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Mistura 18 (10)

(7,)

Milho triturado 17,0

Farelo de raiz de mandioca 45,0

Farelo de soja tostado 29,0

Farinha de carne 8,0

Sal 0,4

Premix 0,2

Metionina 0,2

Farinha de ostra 0,2

Na mistura 17, incluir leite desnatado ou me-laço para evitar sua pulverização. Uma suplemen-tação com metionina tamhm indispens.ivel (14).

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A PARTE AÈREA DA MANDIOCA, NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL

ASPECTOS NUTHITI VOS

A parte aSrea (ramas, peciolos e folhas) da mandioca possui alto valor nutritivo (prore[na, carboidratos, vitaminas e minerais), a5m de ex-celente aceitabilidade pelos animais. Seu teor de proteina 5 da ordem de atS 16%. Todavia, a fraçdo prot5ica 5 deficiente em metionina, o que se con-torna facilmente pela adiç5o de pequena porçdo de farelo de algod5o, rico desse aminodcido.

0 teor de carboidratos estd em torno de 45%, em grande parte constituido por amido. A quanti- dade de fibras n3o 5 alta, em comparaçJo com a da maioria das forragens tropicais.

As folhas, de modo particular, sdo ricas em czílcio e vitamina A, mas deficientes em f5sforo.

Considerando que apenas 20% do total de ramas produzidas numa drea sdo aproveitadas para o re-plantio da mesma area, restam no campo 80% de um produto de grande valor alimentar para os ani-mais, que no deve ser desperdiçado.

Alguns pesquisadores recomendam o aproveita- mento, para al imentaçSo animal, apenas do terço final da planta, restando a parte mais grossa e lenhosa, geralmente de 40 cm, para multiplicaçio. Esse manejo permite tanto o aproveitamento de maior proporçSo de folha para raçdo animal, quan-to a seleçdn de melhores manivas para replant io.

ASPECTOS TÓXICOS

O Scido cianidrico da parte aSrea da mandioca 5 liberado por liidr5lisc enzinidtica dos glicosi-

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dios cianognicos. Essa hidrlise acelerada pe- lo calor, nas quando a temperatura passa dos 759C, as enzimas são inativadas (25).

o nível de toxidez se mede pelo teor do ácido cianídrico contido num quilograma de amostra fresca (14);

Teor de cido ciantdrico Nivel de toxidez para animais

Inferior a 50 mg/kg inacuo

Entre 50 e 100 mg/kg Moderadamente txico

Superior a 100 mg/kg A]tamente txico

O ácido cianídrico volatiza-se rapidamente e, por isso, seu teor começa a baixar logo ap6s a colheita. Em vista disso, aconselha-se que, antes de ser fornecida aos animais, a parte aérea da mandioca-brava passe por um processo de murcha durante 24 horas. Dessa forma, o teor de ácido cianidrico desce a níveis não txicos.

Na forma de feno, farelo, silagem ou peletes, a parte acrea não representa perigo de toxidez para os animais.

PREPARO DA PARTE AÉREA DA MANDIOCA E SUA UTILIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL

Fresca

É o modo mais simples de fornecer a parte aé-rea da mandioca aos animais. Basta picá-la e por nos cochos. Nas, em se tratando de mandioca-bra-va, aconselha-se fazer a murcha por um período mínimo de 24 horas e misturá-la com 50% de outros volumosos, quando destinada a ruminantes, e com 80% de concentrado, quando para manogástricos. A parte aárea da mandioca-mansa não oferece perigo de toxidez.

Ti1

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Desidratada ao Sol

Durante o processo de secagem ao sol, da par-te area da mandioca, duas situaç5es podem ocor-rer

1. A ocorrncia de chuva ou de alta umidade pode prejudicar a qualidade;

2. Perda de folhas, que contm alto teor de proteína (28 a 32Z) , pois, quando secas, se pul- verizam e se perdem facilmente, durante o manu-seio.

Tendo em vista esses problemas, devem-se to- mar os seguintes cuidados, durante o processo de 5 e c a g e tu:

1. Colher a parte area da mandioca, deixando fora a haste principal, de aproximadamente 40 cm, o que permite maior concentraç5o de folhas e, portanto, do teor de proteína;

2. Picar com uma picadeira de forragem em pe-daços menores que 2 cm;

3. Espalhar o material picado (15 kg/m2 ) so- bre lona ou terreiro cimentado (15);

4. Revirar o material no primeiro dia a cada intervalo de duas horas e, no segundo dia, duas vezes;

5. Deixar ao sol até ficar completamebte se- co;

6. Ensacar o material da forma que foi seco ou transformado em farelo num moinho de peneira e guardado em lugar are ado

Se a umidade desse material estiver em torno de 12/1, ele se conserva em bom estado nutrit ive per tua is ou menos um ano.

Ensilada

O processo de ensilagem tem tanihdm seus problemas, mas, comparado com o de fenaço, apre-se ii t a ai g umas vantagens . A 1 c tu ci e n e de p eu e r tu u i - te dos fatores climtices, conserva melhor es va-leres nutritivos e evita a excessiva perda de fo-1 h a s

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Para se obter uma boa silagem da parte aérea da mandioca, seguir os seguintes passos:

1. Colher o material no mandiocal e amon-toá-lo perto da picadeira. Para ensilagem, de-ve-se aproveitar toda a parte aérea. A haste con-tém 18-22% de carboidratos solúveis (6);

2. Picá-lo em pedaços de 1-2 cm, diretamente dentro do silo;

3. A cada camada de 20 cm na extensão do si-lo, fazer a compactação;

4. Encher o silo o mais rápido possível; 5. Encher o silo até ficar abaulado na parte

de cima (Figura 4); 6. Cobrir com uma lona de plástico de maneira

correta (Figura 4) e jogar no minimo uma camada de 15 cm de terra;

7. Fazer uma valeta para proteção da silagem contra as águas de chuva (Figura 5);

8. Não abrir o silo antes de 30 dias apés o término do enchimento.

Base maior = 2,5 m

Altura externa Terra 1,0 rn

no silagem /

q Valeta de tiXa;ào

FIG. 5-Corte vertical de um silo.

A parte aérea da mandioca é um alimento supe-rior à maioria dos capins empregados na ensila-gem. Dessa forma, a inclusão de uma percentagem dessa parte da planta enriquece o valor nutritivo das silagens de capim. O mesmo procedimento se-

ante

solo

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guido na ensilagem da parte aérea da mandioca po-de ser empregado na ensilagem da sua mistura com o capim.

A gramfnea forrageira que mais se presta para ensilagem o capim-elefante e a sua mistura com 2% de parte a5rea da mandioca melhora sensivel-mente tanto o valor nutritivo do material quanto a qualidade da silagem (8).

O capim muito novo, embora seja mais rico em valor nutritivo, no se presta para ensilagem por ser muito aquoso (< 25% de mat5ria seca).

Aconselha-se empregar a parte area da man-dioca obtida durante a colheita da raiz. Todavia, pode-se efetuar uma poda dois meses antes da co-lheita. Essa pratica, alm de no prejudicar mui-to a produço de raizes para a1imentaço animal, possibilita uma segunda obtenço de parte area e torna simples seu manejo (5).

A ediç5o de 5% de farelo da parte aérea da mandioca, distribuido no silo medida em que se for colocando camadas de 20 cm do material, me-lhora o valor nutritivo e a qualidade da silagem do capim-elefante (6).

A construçdo de silos depende das condiç6es do terreno (plano ou em declive) e da condição financeira do agricultor. É aconselhdvel solici-tar a orientaçdo de um engenheiro agrSnomo da re-gio, que levard em conta uma série de fatores na construç3o do silo mais apropriado.

Os principais tipos são: trincheira, cister- na, meia-encosta e areo (Figuras 6, 7, 8 e 9).

FIG. 6 - Silo tipo trincheira

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FIG. 7 - Silos subterrâneos.

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Pode-se tambám fazer o aproveitamento de sa- cos plásticos de adubos, que não estejam furados; enchã-los bem, fechá-los e empilhá-los. A suges-tão serve para pequenas quantidades de qualquer forragem que se possa ensilar.

Peletizada

A parte aárea da mandioca contám protefna e energia em boa quantidade e qualidade. Por outro lado, a raiz tem alto teor de energia, mas á po-bre em proteina. A mistura peletizada no fare'o da parte aárea, seca ao forno, com a da raiz, que tem efeito aglutinante, resulta num alimento rico em teores energáticos e protáicos. Sua industria-lização já á feita com áxito na Tailândia, que a exporta sobretudo para a Alemanha Ocidental.

Esse processo, embora ainda não muito difun-dido, pode se transformar numa prática promissora de aproveitamento da mandioca na alimentação ani-mal. Todavia, sob o ponto de vista econâmico, es-tá fora das possibilidades do pequeno e do mádio pecuarista, por exigir equipamentos caros, sá acessiveis ã agroindústria.

TABELA 2 - Percentuais de composição química da parte aérea fresca, desidratada ao sol e ensilada 1 .

Parte area da mandioca

1) es i d r .1 t id a

Componentes Fresca (7) Ao sol (7) Ensil.ada (3)

Materia sue a 25.95 89.00 31,99

ProteTua bruta 14,99 10,84 11,50

VON 2 42,5] 49,81 48,85

Gordura 2,86 2,44

c3leio 1,34 1,12 1,21

Fs [oro 0,21 0,17 0,14

1 Com base na matéria seca.

2 FDN - Fibra em detergente neutro

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O valor nutritivo da parte area da mandioca pode variar de acordo com a relação folhas e ra-mas, com as perdas de folhas durante a secagem, má conservação da silagem devido a problemas di-versos durante o enchimento e vedação do silo e tambám devido amostragem do material para as análises.

Embora um pesquisador (17) tenha relatado va-lores superiores de f5sforo, o laborat6rio do CPAC, por diversas vezes, constatou valores apro-ximados aos apresentados na Tabela 2.

A PARTE AÉREA DA MANDIOCA, NA ALIMENTAÇÃO DOS POLIGÁSTRICOS

Os poligástricos, de modo geral, aceitam bem a parte aárea da mandioca, nas formas fresca, ensi-lada, fenada e peletizada.

Bovinos adultos consomem por dia em torno de 5 kg de matária seca de parte aárea fresca, o que equivale dizer mais ou menos 15 kg do material fresco (17). O consumo desse material pode aumen-tar ou diminuir, de acordo com o suplemento volu-moso ou concentrado que se ofereça. Carneiros de 60 kg consomem 3,5 kg de silagem e 0,95 kg de fe-no de parte aárea por dia, fornecidos puros (7)

A parte aãrea fenada e transformada em farelo pode ser fornecida como balanceamento dos concen-trados e como suplementação do volumoso (Misturas 4, 9, 12).

A PARTE AÉREA DA MANDIOCA, NA ALIMENTAÇÃO DOS MONOGÁSTRICOS

Suínos

Sumos em crescimento e terminação, da 80 ã 340 semana, atingiram bons resultados tácnicos, quando alimentados com uma mistura de 75% de uma ração de base, bem equilibrada, e 25Z de parte aãrea fresca de mandioca. Todavia, os melhores resultados econ6micos foram obtidos com 50% dessa

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ração de base e 50% de parte area fresca de man-dioca (13).

Em exploração de subsistância, pode-se forne- cer a parte aérea fresca da mandioca, em forma de farelo ou ensilada, a animais com exigãncias nu-tricionais menores e para os quais o ganho de pe-so diãrio não ã fator limitante, como animais em prã-gestação, gestação, machos reprodutores e adultos.

Aves

Para pintos de duas semanas podem ser acres-centados 20% de farelo de parte aárea de mandioca ã ração de base (16).

Para frangos de engorda, pode-se fazer a se-guinte mistura:

Mistura 19 (ló) (%)

Parte area de mandioca

20

Farelo de raiz de mandioca 50

Ração comprada no comãrcio 30

Ao adicionar 0,5% de parte aãrea fresca da mandioca ou fenada nas raç6es de poedeiras, ob-tm-se melhor pigmentação da gema do ovo (19).

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ALIMENTOS PROTSICOS PARA O BALANCEAMENTO DE MISTURAS COM A RAIZ DA MANDIOCA (3)

Os alimentos aqui relacionados sio alguns, dentre muitos, com bom teor de proteina e que, portanto, se prestam para ser misturados com a raiz da mandioca na alimentaço animal.

Co n c e n t r ad o s

Farelo de soja Farelo de algodo Farelo de gros de Farelo de amendoim Farinha de carne Fare lo de babaçi Farelo de coco Torta de girassol Farinha de ffgado

2. Forragens

Farelo gluteinoso Farinha de peixe

guandu Farinha de sangue Soja (grdo) T a n c agem Farelinho de trigo Ur ia Torta de gergelim Farelo de linhaça

Parte aerea Soja perene O u a n d ii L e u c e n a E 5 t i 1 o s a n t e s

da mandioca Alfafa Labe-labe Cudzu tropical A 1 g ar o b a

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos colegas: Dr. Everaldo F.S. Pe- reira - Emater-DF; Dr. Ivo Roberto S. Costa - CPAC; Dr. José Vieira - Embrater; Dr. João A. Paiva - EPABA; e Dr. Sirval Perim - CPAC. As suas sugestSes e criticas contribuiram para a realiza-ção deste trabalho. Agradecimentos especiais aos Eng9s. Agr9s. Cálio Ubirajara Magalhães e Uairo Ribeiro da Silva, da Embrater, que deram a moti-vação e o direcionanento essencial ã concretiza-ção deste trabalho.

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