a importÂncia da revista e fotografia de moda com qualidade em goiÂnia

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE GOIÁS FACULDADE FAC- LIONS CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL COM HABILITAÇÃO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA DOUGLAS ARAÚJO FALCÃO IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA Goiânia 2008

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RESUMO Falcão, Douglas Araújo. Importância da Revista e Fotografia de Moda com Qualidade em Goiânia. Goiânia: 2008. Dissertação (bacharelado de Publicidade e Propaganda) Comunicação Social, Faculdade Lions.Após percorrer a linha evolutiva da história da moda, fotografia e revista, podemos identificar as várias formas de se obter uma revista de moda mais próxima do modelo ideal sugerido. Pode-se perceber ao longo do desenvolvimento deste trabalho, foi analisado que revista de moda é bem mais do que apenas foto e texto, sendo o conjunto de técnicas do design aplicadas que vão da simples escolha do papel, tipografia, organização de texto para diagramação e fotos. Analisa-se também as revistas e fotografia de moda em Goiânia, finalizando com a sugestão da melhor aplicação da diagramação para as revistas.Palavras chave: Moda, Revista, Fotografia, Design, Tipografia, DiagramaçãoABSTRACTFalcão, Douglas Araújo. Importance of the Journal of Fashion Photography and with quality in Goiania. Goiania: 2008. Dissertation (Bachelor of Publicity and Propaganda) Media, School Lions.Go after the line of the evolutionary history of fashion, photography and magazine, we can identify the various ways of getting a magazine of fashion closer to the ideal model suggested. You can see over the development of this work, which was reviewed journal of fashion is much more than just photo and text, the whole of the design techniques applied ranging from simple choice of paper, printing, organization of text for editing and photos. It also examines the picture of fashion magazines and in Goiania, ending with the suggestion of better implementation of the layout for magazines.Key words: Fashion, Magazine, Photography, Design, Typography, Layout

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Page 1: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE GOIÁS FACULDADE FAC- LIONS

CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL COM HABILITAÇÃO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA

DOUGLAS ARAÚJO FALCÃO

IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

Goiânia 2008

Page 2: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

DOUGLAS ARAÚJO FALCAO

IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

Projeto de conclusão de curso apresentado à banca da Faculdade Lions, como Trabalho de Conclusão de Curso, requisito parcial para a obtenção de título de Bacharel em Publicidade e Propaganda.

Orientadora: Prof (a). Esp. Maria das Graças Pires

Goiânia 2008

Page 3: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

TERMO DE APROVAÇÃO

IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

DOUGLAS ARAÚJO FALCAO

Esta monografia foi apresentada no dia 04 do mês de novembro como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Comunicação Social - Habilitação em Publicidade e Propaganda, tendo sido aprovada pela Banca Examinadora composta pelos professores:

Prof (a). Esp. Maria das Graças Pires Orientadora– Faculdade Lions

Prof. Esp. Mest. Ênio dos Santos Moreno Examinador – Faculdade Lions

Prof (a). Esp. Blenda Repezza Rinaqui Examinadora – Faculdade Lions

Page 4: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

A Deus por conceder sabedoria e força nos momentos difíceis. A minha família que acreditou e apoiou na busca por meus sonhos e ideais. A Professora Maria das Graças Pires amiga e orientadora pelo apoio e dedicação incondicional. Aos meus amigos e colegas pelo apoio.

Page 5: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

O coração do entendido adquire o conhecimento, e o ouvido dos sábios busca a sabedoria. Pv. 18:15.

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RESUMO

Falcão, Douglas Araújo. Importância da Revista e Fotografia de Moda com Qualidade em Goiânia. Goiânia: 2008. Dissertação (bacharelado de Publicidade e Propaganda) Comunicação Social, Faculdade Lions. Após percorrer a linha evolutiva da história da moda, fotografia e revista, podemos identificar as várias formas de se obter uma revista de moda mais próxima do modelo ideal sugerido. Pode-se perceber ao longo do desenvolvimento deste trabalho, foi analisado que revista de moda é bem mais do que apenas foto e texto, sendo o conjunto de técnicas do design aplicadas que vão da simples escolha do papel, tipografia, organização de texto para diagramação e fotos. Analisa-se também as revistas e fotografia de moda em Goiânia, finalizando com a sugestão da melhor aplicação da diagramação para as revistas.

Palavras chave: Moda, Revista, Fotografia, Design, Tipografia, Diagramação

Page 7: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

ABSTRACT

Falcão, Douglas Araújo. Importance of the Journal of Fashion Photography and with quality in Goiania. Goiania: 2008. Dissertation (Bachelor of Publicity and Propaganda) Media, School Lions.

Go after the line of the evolutionary history of fashion, photography and magazine, we can identify the various ways of getting a magazine of fashion closer to the ideal model suggested. You can see over the development of this work, which was reviewed journal of fashion is much more than just photo and text, the whole of the design techniques applied ranging from simple choice of paper, printing, organization of text for editing and photos. It also examines the picture of fashion magazines and in Goiania, ending with the suggestion of better implementation of the layout for magazines. Key words: Fashion, Magazine, Photography, Design, Typography, Layout

Page 8: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

SUMÁRIO

Agradecimentos............................................................................................IV

Didicatória......................................................................................................V

RESUMO......................................................................................................VI

ABSTRACT..................................................................................................VII

SUMÁRIO.......................................................................................................8

Lista de Figuras............................................................................................10

1. INTRODUÇÃO.........................................................................................11 2. PROBLEMA.............................................................................................12

3. HITÓTESE...............................................................................................13

4. OBJETIVOS.............................................................................................14

4.1 Objetivo Geral........................................................................................14

4.2 Objetivos Específicos.............................................................................14

5. JUSTIFICATIVA.......................................................................................15

6. METODOLOGIA......................................................................................16

6.1 Área de Estudo......................................................................................16

7. CRONOGRAMA......................................................................................17

8. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO..................................................18

8.1 História da Moda....................................................................................18

8.2 A moda no Brasil....................................................................................30

8.3 História da Fotografia.............................................................................32

8.3.1 Fotografia Publicitária.........................................................................32

8.3.2 Fotografia de Moda.............................................................................33

8.3.3 Produção de Fotografia de Moda. .....................................................35

8.3.4 Principais Fotógrafos de Moda...........................................................36

8.4 História do Designer..............................................................................37

8.5 Surgimento da Revista de Moda...........................................................38

8.6 Tipografia...............................................................................................40

8.6.1 Medidas Tipográficas.........................................................................43

8.6.2 O design na Tipografia.......................................................................43

8.7 Diagramação.........................................................................................44

8.8 Editorial.................................................................................................46

8.9 Produção Gráfica..................................................................................47

8.9.1 Papel para impressão........................................................................48

Page 9: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

8.9.2 Acompanhamento e Controle de Produção........................................49

8.9.3 Posicionamento das Páginas da Revista............................................50

8.9.4 Desenvolvimento da Capa..................................................................51

8.9.5 Estrutura Interna da Revista...............................................................53

8.9.6 Recursos Gráficos..............................................................................55

8.9.7 Recursos Fotomecânicos...................................................................57

8.9.8 Cromo e Foto na Produção Gráfica da Revista..................................57

8.9.9 Preparação da Foto Para Impressão ................................................58

8.9.10 Fotolito..............................................................................................59

8.10 Analise de Revistas e Fotografias Atuais de Moda de Goiânia...........60

8.11 Soluções Para o Design e Fotografia de Moda de Goiânia.................61

8.12 Diagramação e Foto de Moda de Qualidade – Sugestão Para Aplicação nas Revistas Goianas.................................................................62

9. CONCLUSÃO..........................................................................................64

10.BIBLIOGRAFIA.......................................................................................65

11. ANEXO..................................................................................................67

Page 10: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

Lista de Figuras Figura 1: Propaganda Iguatemi Shopping............................................................33

Figura 2: Propaganda Ita Jeans...........................................................................34

Figura 3: Produção Fotográfica............................................................................35

Figura 4: Campanha Publicitária Daslu................................................................36

Figura 5: São Paulo Fashion Week......................................................................37

Figura 6: Evolução da Revista Vogue..................................................................39

Figura 7: Diagramação da Revista Daslu.............................................................45

Figura 8: Página de Editorial da Revista Zelo......................................................47

Figura 9: Tabela de Divisão do Papel Formato A0...............................................48

Figura 10: Tabela para Acompanhamento e Controle de Produção de Páginas.................................................................................................................49 Figura 11: Segunda Tabela para Acompanhamento e Controle de Produção de Páginas.................................................................................................................50 Figura 12: Tabela para Acompanhar Posicionamento de Páginas......................51

Figura 13: Capa da Revista Vogue Homem.........................................................52

Figura 14: Estrutura de Página da Revista Elle....................................................54

Figura 15: Foto Publicitária Vivara........................................................................55

Figura 16: Exemplo de Recursos Gráficos – Boxes.............................................56

Figura 17: Fotolito para Revistas..........................................................................59

Figura 18: Diagramação de Página de Revista Goiana.......................................60 Figura 19: Propaganda de Revista Goiana..........................................................61

Figura 20: Sugestão para Diagramação de Página de Revista...........................62 Figura 21: Sugestão para Fotografia de Moda para Revista................................63

Page 11: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

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1. INTRODUÇÃO

Corpo e moda são autônomos, porém observa-se que a roupa tanto desenha

o corpo como o corpo a roupa, podendo dizer que entre os dois existe um sistema

de expressão que são regidas pela qualidade da estética da imagem publicitária de

moda. Na construção dessa imagem ambos ganham uma configuração estética.

No conceito estético da imagem publicitária de moda percebe-se então que

sua qualidade depende de um conjunto de recursos materiais e técnicos como:

escolha da (o) modelo fotográfico, figurino, estilo, adereços, cenário e o fotografo de

moda ou designer fotográfico de moda.

Este trabalho tem o intuito de mostrar esta simbiose entre o corpo e a roupa,

mostrando a importância da revista e fotografia de moda de qualidade e sua história.

A intenção após essa análise é aprofundar no assunto sobre revista e fotografia de

moda em Goiânia e sua importância para o aumento do seu consumo.

Assim, a moda não compreende o simples ato de escolher o que vestir ou a

roupa propriamente dita, mas tem em sua essência a cultura de um povo, das

relações socioeconômicas, podendo-se inclusive afirmar que ela é a segunda pele

humana, que expressa traços da personalidade do indivíduo.

O trabalho focaliza a importância da revista e fotografia de moda de

qualidade em Goiânia, e como desenvolver uma revista dentro dos padrões

necessários para atingir a qualidade estética, utilizando-se principalmente da

imagem.

Esta pesquisa, portanto, será um norte para os anunciantes goianienses de

moda que, em sua maioria, desconhecem o funcionamento e rotina dos processos

de desenvolvimento de uma Comunicação Publicitária de Moda de qualidade.

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2. PROBLEMA

Percebe-se que o mercado confeccionista de moda goiana se desenvolveu ao

longo dos anos, onde passou a se utilizarem da revista e fotografia como meio de

comunicação publicitária para divulgação de seus modelos, marcas e grifes. Está

revista é desenvolvida em padrão de qualidade aceitável se comparado com revistas

especializadas nesse seguimento? Quais maneiras de se desenvolver essa revista e

fotografia com qualidade?

Page 13: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

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3. HIPÓTESE

Uma revista e fotografia publicitária de moda, desenvolvida com padrão

aceitável de qualidade pode trazer identidade à moda de Goiânia, fazendo este

mercado crescer e conseqüentemente expandir o seu potencial confeccionista.

Page 14: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

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4. OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral

Verificar e mostrar como desenvolver uma revista publicitária de moda dentro

dos padrões necessários para atingir a qualidade estética, utilizando-se

principalmente dos conceitos e técnicas de designer, imagens e textos de forma

profissional.

4.2 Objetivos Específicos

• Orientar na construção de uma revista de qualidade.

• Apresentar os conceitos técnicos de designer e fotografia de moda.

• Construir uma revista que seja referencial em Goiânia.

Page 15: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

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5. JUSTIFICATIVA

O tema A importância da revista e fotografia de moda de qualidade em

Goiânia, escolhido para finalização e conclusão do curso de Comunicação Social –

Habilitação Publicidade e Propaganda, foi devido a necessidade de ressaltar a

relevância da fotografia revista publicitária de moda, como veículo de comunicação

em Goiânia, destacando a construção de uma revista com o padrão de qualidade

estético.

Tendo em vista que segundo Sant’Anna (2006), a revista tem como principais

aspectos positivos quanto veículo de comunicação: adequação, circulação local,

seletividade e credibilidade

Page 16: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

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6. METODOLOGIA

Busca em literaturas especializadas, bem como revistas, guias de moda,

catálogos, textos complementares de artigos publicados via Internet, banco de

imagens cedido por fotógrafos de moda e na Internet.

Após a finalização da monografia, buscar patrocínio para publicação da

revista junto aos anunciantes de moda.

. 6.1 Área de Estudo A monografia consiste em uma produção de uma revista publicitária de moda

goiana, que seja um ponto de referência para anunciantes de moda em Goiânia

como em outros estados.

Page 17: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

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7. CRONOGRAMA

Nesta tabela, apresenta-se o cronograma do projeto.

1º e 2º SEMESTRE DE 2008 MÊS ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT - ATIVIDADES X 1 Elaboração do projeto X 3 Seleção bibliográfica X X X X X X X

2 1ª Avaliação do projeto

X

3 Adequações ao projeto

X

4 2ª Avaliação do projeto

X

5 Redação X X X 6 Desenvolvimento da

Revista de moda como parte prática do trabalho

X

7 Revisão do texto X X 8 Entrega do trabalho X

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8. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO

8.1 História da Moda

A palavra Moda em latim é modus, que significa modo, maneira. A moda é um

sistema, que integra o uso da roupa ao contexto político, social e sociológico e que

também acrescenta à imagem estética de cada individuo.(LOPES, 2007, p. 8)

De acordo com Lopes (2007) na maior parte da história da roupa ela teve,

duas linhas distintas de desenvolvimento em vestimentas, a Feminina e a Masculina.

Essa é uma forma de distinguir o gênero do usuário, ou o desejo de gênero em

alguns casos. Além de distinguir o gênero a moda, também distingui a posição social

do indivíduo e seu papel sociológico na sociedade. Logo os indivíduos de classe

mais elevada tem suas roupas elaboradas com materiais mais finos, delicados e

caros, enquanto os classe mais baixa tem roupas mais simplificada.

Para Lopes (2007), mesmo já existindo moda no Egito Antigo, o conceito que

se conhece surge no final da Idade Média, com o inicio do Renascimento. Quando

com o desenvolvimento dos burgos se transformando em cidades, passam a ganhar

uma grande quantidade de capital e transformam-se em detentores de poder de

compra, começaram a tentativa de imitar as roupas dos nobres. Eles tinham o

dinheiro, mas não possuíam o título logo para compensar isso eles começaram a se

vestir como os nobres, e estes por sua vez percebendo a imitação começaram a

mudar a sua forma de vestir para continuar se distinguindo dos burgueses. Pode-se

dizer que dessa forma surgiu a idéia de tendências da estação, de forma menos

elaborada e menos consciente do que hoje em dia, e por motivos diferentes, mas é

um início da mudança de "coleção". Ainda observa-se que na antiguidade o

vestuário nada mudou por em pelo menos três milênios, sendo assim, essa

mudança de "coleção" feita pêlos nobres para fugir da identificação dos burgueses é

um grande passo para a história da moda.

A moda nasceu dentro de uma cultura urbana, tendo como

função original diferenciar o homem do burgo de seu

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antecessor, o senhor do castelo. Portanto, na sua base, estão

à condição burguesa e a demarcadora de diferenciação social.

Por isso, carrega desde seu início, o discurso da

transformação, que se faz sempre por meio de sinais de

pertencimento e repúdio. (FERRAZ, 2007,

http://www.fashionbubbles.com/2007/midia-impressa-a-

imagem-texto-da-revista-de-moda/, acessado 01/08/2008

23:59).

Nota-se que até no Renascimento inexistia o conceito de estilista ou mesmo

do costureiro, tal conceito surgi apenas no Século XVIII a primeira pessoa a ser

responsável pelas mudanças "assinadas" das vestimentas da nobreza. Era Rose

Bertin, ela cuidava das Toileties da rainha Maria Antonieta (1755-1793).

Segundo Moutinho (2000), a moda foi democratizada no século XX, quando

ocorrer maior propagação feita pelos meios de comunicação, como jornais, as

revistas, o cinema e a televisão. A era da industrialização foi outro fator relevante

que levou a moda ao alcance de todos, quando passou a se produzir roupas em

série. É nessa fase da História que as pessoas começam a decidir sobre sua

aparência. A Europa foi considerada o centro da moda ocidental o período das

guerras, entretanto com as guerras o hábito de vestir teve uma mudança. Os países

desenvolveram grandemente suas tecnologias, foi quando surgiram as fibras

sintéticas que causaram uma revolução no mundo da moda.

Esse período foi tendencioso à generalização simplificada das roupas, um

exemplo claro foram os uniformes militares, antes da Primeira Guerra Mundial eles

eram rígidos, coloridos e muitas vezes cheios de adornos, porém percebeu-se nos

campos de batalha que tais uniformes eram desconfortáveis, logo começou a se

usar roupas mais maleáveis e de cores que facilitassem a camuflagem como o cáqui

e o verde.

Moutinho (2000), diz que houve também diminuição de roupas para

cerimônias, desde o século XIX, as roupas que davam prestígio ao homem eram

pretas e sóbrias, percebe-se que até na atualidade mesmo os chefes de Estado

vestem ternos de cores menos fechadas em ocasiões oficiais. A simplificação do

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traje feminino de cerimônias também é marcante, vão desaparecendo anáguas,

corpetes e outras armaduras rígidas.

A emancipação feminina no século XX desempenha um papel fundamental na

transformação da moda, tanto feminina como masculina. Houve no ocidente, uma

verdadeira exigência de tal diferenciação pode-se destacar que a mulher asiática

usava calças e os homens da religião islâmica túnicas.

Segundo Moutinho (2000), os primeiros criadores de moda foram pessoas

elegantes, encomendavam aos seus modestos artesãos roupas com desenhos e

tecidos que elas forneciam, tais pessoas determinavam o estilo das roupas,

principalmente nas cortes européias.

Pode-se dizer que a alta-costura começa em Paris em meados do século XIX,

onde os modelos originais eram feitos sob medida por alfaiates e costureiras, que

passam a encomendar os tecidos especiais às maisons de couture (casas de alta

costura), que foi uma novidade da época.

Cada Maison tinha sua clientela particular, formada por mulheres

ricas e/ou elegantes do mundo inteiro. Mas não eram só

mulheres e homens ricos que tinham acesso ás criações, pois o

aparecimento das renomadas maisons coincide com a

inauguração das grandes magazines, onde os “departamentos

de confecção” expunham com certo atraso, modelos copiados de

alta-costura, que são os precursores dos atuais “departamentos

de prêt-à-porter”(pronto para usar). (MOUTINHO, 2000, p.16)

As coleções nesse período não eram preparadas para cada estação do ano, o

que dava mais durabilidade às roupas. Somente após a Segunda Guerra Mundial,

tornam-se periódicas e regulares as apresentações das coleções, onde as de maior

destaque eram as de verão e de inverno.

Devido a influência da Primeira Guerra Mundial entre 1914 e 1918 houve o

recrutamento de mulheres para trabalhar nos mais variados setores, as de classe

baixa foram, exercer ofícios masculinos como operárias em fábricas. Com a

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diminuição na renda das famílias, houve grande escassez de matérias-primas e

suprimentos, por isso muitas mulheres mudam seu modo de trajar. A partir dai as

mulheres viram-se frente à necessidade de usar roupas menos elaboradas e

ornadas, algumas atividades de tão regulares, obrigam a facção feminina a usar

verdadeiros uniformes, e muitas mulheres passaram a usar calças, porém essa

moda não atingiu a classe média alta.

As roupas dessa época eram de tons neutros ou negras por

reflexo das conseqüências da guerra, pela primeira vez as

revistas de moda consagraram páginas inteiras às roupas de

luto, que eram usadas por longo período. (MOUTINHO, 2000,

p.67-68)

Uma grande evolução na moda ocorreu a partir de 1915, foi o quando as

saias e vestidos que iam até as canelas, os sapatos altos e fechados ficaram

descobertos, e então podia-se ver as meias de algodão pretas, marrons ou cinza,

porém cada vez mais transparentes, ostentando uma costura.

Entre 1915 e 1916, usavam-se casacos amarrados na cintura que cobriam

parte das saias, aumentando os quadris. As mudanças, que de uma certa maneira

tornaram mais aceitáveis as simplificações antes propostas por Paul Poiret, deram-

se com certa naturalidade, apesar de ter havido uma ruptura com o passado. Os

chapéus também se simplificaram, e a imprensa voltada para a moda começou a

apresentar receitas de peças de tricô, como pulôveres, echarpes, espécies de

capuzes e meias. Os trabalhos manufaturados como bordados, tapeçarias, crochês,

etc, se multiplicaram. Havia revistas especializadas e de muito bom gosto. Conta

Laura Rodrigo Octavio (1994): "Quando papai voltou (da Europa, em 1913) nos

trazia uma jóia, muitos vestidos e um primeiro casaco de tricô de seda, do Henri à Ia

Pensée, novidade completa. " Até então não se conhecia a moda de malha.

Coco Chanel, que criava chapéus exóticos antes da Primeira Guerra Mundial,

introduziu na moda o jérsei, um tecido macio, elástico, de malha. Antes reservado

para as roupas de baixo, o jérsei passou a ser base de conjuntos práticos, que não

amassavam, muito usados com cardigãs. O nome de Chanel aparece pela primeira

Page 22: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

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vez em 1915, quando ela desenhou três modelos de tailleurs. (MOUTINHO, 2000,

p.67-68)

Segundo Moutinho (2000), é importante ressaltar que houve uma tentativa, na

Inglaterra, de criar um "Vestido Padrão Nacional" em 1918, que era uma roupa

prática. O fato é que durante a I Guerra Mundial houve a moda ficou latente, por isso

são irrelevantes as informações com relação às vestimentas do período. Ainda em

1918, os criadores de moda compreenderam que tinham que se ajustar a um mundo

novo, onde dois fatores vão determinar as tendências de moda dos anos pós-guerra,

conhecidos na França como Années Folles (Anos loucos 1919 -1929). Muitas

pessoas, antes eram bem estabelecidas, mudaram de faixa social. A classe médias,

que aplicou suas economias em empreendimentos na Rússia dos czares, viu-se, de

repente, arruinada. A alta-costura voltou-se, então, para uma nova clientela: atrizes,

atores, escritores e outros artistas, americanos, que enriqueceram com a II Guerra

Mundial, além de poucos nobres que subsistiram. O novo público freqüentava

boates de moda, onde o jazz fazia sucesso.

Conta Moutinho (2000), A roupa cotidiana feminina, a saia ampla que

dominou os anos da guerra foi substituída, em 1919, pela linha “barril”, que tinha um

efeito tubular. Já em 1920, a moda já estava livre dos espartilhos do século XIX. As

saias eram mais curtas e mostravam as pernas e o colo. Na maquiagem, a

tendência era o batom geralmente um tom avermelhado. A maquiagem era forte nos

olhos, as sobrancelhas eram tiradas e o risco pintado a lápis. A tendência era ter a

pele bem branca. Em 1925 foi à época de Hollywood em alta, e a maioria dos

grandes estilistas da época, como Coco Chanel e Jean Patou, criaram roupas para

grandes estrelas. Era uma década marcada pela prosperidade e liberdade, animada

pelo som das jazz-bands e pelo charme das melindrosas, as mulheres modernas da

época, que freqüentavam os salões e traduziam em seu comportamento e modo de

vestir o espírito da também chamada Era do Jazz.

Nos anos 20 o perfil das roupas era tubular, vestidos eram mais curtos, leves

e elegantes, com braços e costas à mostra. Predominante era a seda como tecido

utilizado para fabricação. Eram modelos que facilitavam os movimentos exigidos

pelo charleston - dança forte, com movimentos para os lados a partir dos joelhos.

Page 23: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

23

Nesse período a sociedade, era freqüentadora da ópera, teatro e também

cinematógrafos, que exibiam os filmes de Hollywood e seus astros, como Rodolfo

Valentino e Douglas Fairbanks. Nessa época o cinema já servia de inspiração para

as mulheres copiavam as roupas e os trejeitos das atrizes famosas, como Gloria

Swanson e Mary Pickford. A cantora e dançarina Josephine Baker também

provocava alvoroço em suas apresentações, sempre em trajes ousados.

Jacques Doucet (1853-1929), figurinista francês segundo Moutinho (2000),

em 1927 subiu as saias deixando a mostra as ligas rendadas das mulheres – o que

repercutiu num verdadeiro escândalo aos mais conservadores. Foi à época da

estilista Coco Chanel, com seus cortes retos, capas, blazers, cardigãs, colares

compridos, boinas e cabelos curtos. Durante toda a década Chanel lançou uma nova

moda após a outra, sempre com muito sucesso.

Uma a queda da Bolsa de Valores de Nova York nos anos 30 provocou uma

crise econômica mundial enorme. Pessoas ricas ficaram pobres, banqueiros e

empresários foram à falência e milhões de pessoas perderam seus empregos.

Geralmente épocas de crise não são caracterizadas por ousadia no vestir, entretanto

nesse período foi onde se redescobriram as formas do corpo da mulher através de

uma elegância refinada, porém sem grandes ousadias. A mulher dessa época devia

ser magra, bronzeada e esportiva (MOUTINHO, 2000). A moda nesse período teve

grande influência do cinema como referencial de disseminação dos novos costumes.

Hollywood, através de suas estrelas, como Katharine Hepburn e Marlene Dietrich, e

de estilistas, como Edith Head e Gilbert Adrian, influenciaram milhares de pessoas.

Surgiram também com a popularização da prática novos modelos de roupas

de esportes, como o short, devido o uso da bicicleta. Os estilistas também criaram

pareôs estampados, maiôs e suéteres. Um acessório que se tornou moda nos anos

30 foram os óculos escuros. Eles eram muito usados pelos astros do cinema e da

música.

O corpo feminino voltou a ser valorizado, os seios também

voltaram a ter forma. A mulher então recorreu ao sutiã e a um

tipo de cinta ou espartilho flexível. (MOUTINHO, 2000, p.127).

Page 24: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

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Em 1945 que foi o termino da Segunda Guerra, as maisons que sobrevieram

viram-se sem sua clientela das Américas. Para seduzi-la de novo, era necessário

fazer inovações.

Afirma Moutinho (2000), que a geração nascida após a guerra quando atingiu

a idade adulta, rejeitaram a idéia de que todos deveriam se trajar de acordo com os

princípios da alta-costura parisiense. Os jovens dos anos 60 procuravam roupas

diferentes, e não tinham o menor desejo de vestirem-se como seus pais. O mundo

tinha mudado muito: a emancipação feminina havia avançado, a vida estudantil

exigia roupas práticas e a juventude universitária norte-americana abriu novos

caminhos, adotando trajes exóticos, muitos inspirados nas roupas das classes

menos favorecidas ou de ídolos da música popular e do cinema. Tudo

completamente diferente da época de seus pais.

A indústria da moda passou a prestar atenção nessa nova clientela, que

deveria ser de novo seduzida por roupas de estilo. Nota-se que nos anos 60 surge uma

nova geração de costureiros: os estilistas. O termo "estilista" foi inventado na época

para designar os novos criadores de moda que começaram a se instalar numa região de

Paris chamada Saint-Germain-d Près, onde viviam os estudantes, boémios e os

intelectuais. (MOUTINHO, 2000). Saint-Germ tornou-se um novo centro de moda cheio de

butiques de prêt-à-porter, novas maisons e de filiais das maisons tradicionais.

Depois dos anos 75-80, uma nova geração de estilistas faz uma grande re-

volução na moda, desbancando Paris como centro máximo de criação, embora os

desfiles da alta-costura, que geralmente acontecem na cidade, em janeiro e julho,

tenham ainda uma enorme repercussão. Mas, tornou-se incrível a importância do

"Salão do Prêt-à-Porter". Nomes célebres e apresentações cada vez mais teatralizadas

reúnem, em março e outubro, um vasto público, grande número de jornalistas e estilistas

de todo o mundo. Hoje, criadores das mais diversas nacionalidades encontram-se

nessas grandes ocasiões para espalhar as novidades pelo mundo. (MOUTINHO, 2000,

p. 234 – 238)

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Nunca a moda esteve tão em evidência como nestas últimas décadas. Nos

grandes centros, as exposições e os museus de moda se multiplicam, e o número de

estilistas vem crescendo assustadoramente. Tornou-se cada vez maior a oferta de

peças dos mais diferentes estilos e tendências e, hoje, cada um pode se vestir

respeitando mais sua personalidade, seus gostos e suas necessidades, aqui fica

marcada a era contemporânea da moda.

Segundo Moutinho (2000), a aparência física passa depender mais do corpo e

isso gera uma verdadeira febre de cuidado quanto ao físico, onde ficou denomidao

como “O culto ao corpo”. As pessoas passam a serem mais cuidaddosas quando ao

asseio, a dietética e até mesmo na prática de exercícios físicos. As revistas femininas

incentivam as mulheres a fazer ginástica diária e a comer alimentos mais leves.

Moutinho (2000), mostra que a explosão da publicidade mudou o habito de consumo de

novos produtos de beleza, e também os novos modelos de lingerie começam a encher os

olhos das mulheres.

“Fotos sugestivas de revistas e propagandas, no cinema e na

televisão, tornam-se avassaladoras, e os profissionais dos

cuidados com o corpo começam a imporem suas

idéias”.(MOUTINHO, 2000, p.21)

Nos anos 70 e 80, percebe-se que houve uma tentativa da reorganização das idéias

lançadas nos anos 60, a maioria dos jovens que era a parcela mais dinâmica da

sociedade, continuava exigindo roupas práticas, mas sem cair no desleixo com a

aparência. Alguns se trajavam com os yuppies, outros não aderiam a roupas de mossa e

buscavam o retro look (moda do passado) que devido a mistura de mal gosto eram

classificadas como kitsh.

Como as mulheres passaram a ocupar posições anteriormente dos masculinas, se

vinham na necessidade de se afirmarem, apenas trabalhar não era suficiente. Tornaram-

se executivas e usavam calças com blazers, procurando dar ao traje uma aparência

masculina, com ar mais sério.

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26

O jeans também impera nesse período, combinado principalmente com camisa

cacharel de gola rulê, suéteres e camisas Lacoste para ambos os sexos. A camisa pólo de

várias marcas e em todas as cores passa a dominar o sportswerar masculino, junto com

as camisas esportivas listradas, de corte social e manjas compridas, muitas de seda pura.

Pode-se dizer que nos anos 70 existiam cinco grandes capitais da moda: Paris,

Londres, Milão, Tóquio e Nova Iorque. (MOUTINHO, 2000). Nelas, o movimento de

renovação, tão característico da história da moda, continuou graças ao talento e à

criatividade de profissionais de diferentes nacionalidades como:

• Azzedine Alaïa, nasceu na Tunísia, mudando-se para Paris, onde foi

reconhecido oficialmente como um dos maiores costureiros da cidade, depois

que ganhou os Oscar da moda em 1985. Seus modelos de napa macia, jérsei

e seda apresentavam formas justas e curvilíneas.

• Jean-Paul Gaultier, nascido em Paris em 1952, ainda adolescente foi

convidado para trabalhar como Pierre Cardin. Em 1976, apresentou sua

primeira coleção e, desde então, tornou-se um dos estilistas franceses mais

populares. Suas roupas misturaram fantasia e malandragem com o charme

das estrelas de cinema. O público jovem é fiel às suas criações que às vezes,

obedecem ao rigor clássico e , em outras, são brincalhonas, como os saltos de

sapatos em forma de Torre Eiffel invertida.

• Rei Kawakubo, é a mais importante estilista japonesa a se instalar em Paris.

Nascida em 1942 formou-se em Belas Artes, em Tóquio, e antes de criar sua

famosa companhia - Comme des Garçons – foi estilista free lancer. Ganhou

fama em París, na década de 70 e durante ade 80, com roupas que

procuravam redefinir os padrões do vestuário feminino ocidental e oriental.

• Gianni Vesace (1946 -1997), começou a carreira trabalhando com a mãe qye

era costureira. Em Milão – onde se estabeleceu - adquiriu fama criando

coleções de camurça e couro e roupas-toalete para butiques e confecções.

• Valentino, que usa a famosa marca V, é, sem dúvida, o costureito italiano mais

respeitado do século XX. Nascido em 1933, estudou na Accademia dell’Arte

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de Milão e na escola da Câmara Sindicale Alta-Costura em Paris, onde

trabalhou durantre dez anos com Jean Dessès e Guy Laroche. Em 1959, abriu

sua maison em Roma, e com sua coleçãoi 1962 ganhou fama internacional,

passando a vestir socialites do mundo todo.

• Giorgio Armani, nascido em 1935, estudou medicina foi vitrinista e lançou-se

como estilista trabalhando para Nino Cerruti, em 1961. Depois estabeleceu-se

como consultor de moda, prestando serviços para diversos costureiros, entre

eles Emanuel Ungaro.

• Yhji Yamamoto, nasceu em 1943, formou-se pela Universidade de Keio e

depois frequentou a Faculdade de Moda Bunka, de tóquio. Durante anos

trabalhou como free lancer. Em 1976, apresentou sua primeira coleção,

quando já tinha se estabelecido sua própria empresa.

• Calvin Klein, nascido a 19 de Novembro de 1942, as novas estrelas do

ready-to-wear americano, apresentaram versões de roupas masculinos para

as mulheres, inspiradas no passado. Klein tinha um estilo mais despojado do

que Lauren, que entre bastante preciso.

• Gabrielle Bonheur Chanel, (Saumur, 19 de agosto de 1883 - Paris, 10 de

janeiro de 1971), mais conhecida como Coco Chanel, foi uma importante

estilista francesa e uma mulher à frente do seu tempo. As suas criações

até hoje ditam e influenciam a moda mundial.

• Ralph Lauren, é nova-iorquino e nasceu em 1939. Trabalhou no comér e

cursou administração de empresas até que em 1967, passou a trabalhar na

Beau Brummel Neckwear, onde criou a divisão Polo, que produzia gravatas

largas feitas à mão.

A década de 80 se caracterizou pela febre dos shoppings, onde se instalaram

lojas, muitas delas dedicadas aos jovens, com roupas esportivas, para surfar e para

andar de skate. Lojas de departamentos também fazem parte da história da moda do

período.

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O jeans também era destaque nos anos 80, recebiam detalhes diferentes nas

butiques. Misturava-se lycra ao algodão, daí os modelos ficam mais justinhos,

acompanhando, os collants, conhecidos na atualidade como bodies. Os jogings eram

usados em todas ocasiões, assim como outras roupas esportivas de moletom, lycra, jérsei,

de náilon, tac-tel e neoprene. Começa-se a usar leggings e bermudas de ciclistas. A bjuteria

também cresce evidência, assim surgem designers de estilo como Marco Sabino, Rachel

Bernardes, que detecta as tendências internacionais inspirando-se em peças de Chanel,

Gucci e Versace.

Os vestidinhos colantes de couro, as minissaias azuis, coletes que parecem

espartilhos e outras peças de couro vistas de um ângulo inteiramente novo por Frankie

Mackey e Amaury Veras.

Nos anos 90 chega-se à era da indústria têxtil high-tech (de alta tecnologia). A

indumentária ocidental caracteriza-se pelo uso de uma multiplicidade de tendências que

fazem conviver os últimos lançamentos com a moda retro, que resgata modelos das

décadas passadas. A simplificação das roupas e o interesse pela praticidade se

acentuam. A sensualidade é realçada, e as formas aerodinâmicas das roupas esportivas

se impõem.

No fim de 80 e inicio de 90 a alta-costura enfrenta crise quando passa por

uma grande reestruturação financeira. Os maisons são assumidas por grandes

grupos, e muitos auxiliares altamente qualificados são dispensados. As maisons que

continuam sólidas são Yves Saint-Laurent e Pierre Cardin. Criou linhas paralelas de

prêt-à-porter (pronta para usar), de luxo com altos preços.

O prêt-à-porter (pronta para usar) assumiu o leme do barco da moda segundo

(Moutinho, 2000), as inovações tecnológicas facilitaram a produção em massa de boa

qualidade a preços acessíveis.

Apartir de 90 o look americano chama a atenção e ganha maior destaque no

mundo da moda em 90, quando os estilistas de maior destaque são Ralph Lauren e

Calvin Klein.

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É impossível fazer um inventário completo de tudo que as mulheres vestiram na

década de 90, porém pode se destacar que houve grande variação no comprimento,

forma, cor e nos materiais utilizados para fabricação das roupas. A preocupação maior

foi, sobretudo, na praticidade, leveza e versatilidade e tonalidade. Por questões

ambientalistas houve grandes campanhas contra o uso de peles e couro de animais

onde passaram a serem substituídos por sintéticos.

8.2 A moda no Brasil

As guerras também tiveram reflexo na moda brasileira. Em 1929 o país

enfrentou grande crise econômica, onde 579 fábricas fecharam por que não tinham

para quem vender. O café principal produto de exportação ficou desvalorizado no

comércio internacional.

Getúlio Vargas em 1930 tomou o toma o poder numa revolução. Muda-se o

regime, entretanto a crise econômica e política persistiram por anos, diminuindo

muito os salários e, conseqüentemente, afetando o poder de compra dos brasileiros.

Mesmo com a crise interna no e com a Segunda Guerra Mundial alterando as

formas de vida em todo o mundo, a mulher mostra-se participativa, integrando-se em

programas feministas reivindicando mais direitos.

Segundo Silvana Gontijo (SENAC, 1987), no livro 80 anos de moda no Brasil,

“o cinema também exerceu um papel fundamental no processo de libertação da

mulher. Encantada com os hábitos da vida americana e européia, que lhe chegavam

via Hollywood, a brasileira começa a ser realmente dona de seu destino. Como nos

filmes, ela passa a praticar esportes e a ser vista com freqüência dirigindo seu carro.

A moda dos banhos de praia e piscina começa a formar um novo padrão de beleza:

a pele bronzeada”. A mesma se refere clima tropical do país, a moda de praia seguia

o padrão da moda dos países de climas temperados.

Devido o reflexo da das Guerras no Brasil a moda tornou-se mais comportada e

séria. As saias fica ram seis dedos abaixo do joelho, e não se usava mais a cintura

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baixa. Para dia, os trajes oficiais eram o tailleur e os vestidos trespassados, com pregas

ou drapés. Para trabalhar, a brasileira costumava vestir saia de cor sóbria e blusa de jérsei,

com gravata do mesmo tecido da saia, acompanhados de carteira, chapéu de feltro e luvas

de pelica.(MOUTINHO, 2000). O conjunto Chanel, com saia aberta em machos e blusa-

casaco listrada sob bolero curto, também era usado como roupa de trabalho.

A moda começa a apresentar mudança no Brasil por volta de 1935, quando

entrou em moda o vestido de verão com estampa de bolas. O sapato podia ser de duas

cores, as bolsas eram pequenas, os chapéus eram boinas de "pelúcia" e as luvas

combinavam com o cinto e a bolsa. Para ocasiões esportivas, as mulheres podiam vestir

roupas de tweed e para recepções formais, roupas de crepe preto. Nos coquetéis eram

usados; vestidos compridos, com grandes decotes, geralmente sem mangas,

acompanhados de luvas longas e arranjos na cabeça.

Segundo Moutinho (2000), antes da Segunda Guerra Mundial, a moda era

ditada por Paris e Londres, mas já se cogitava em criar um estilo adaptado ao clima

brasileiro. Para o dia, as elegantes seguiam à moda de Chanel, com roupas práticas,

como vestidos de malha na altura da barriga da perna, calças compridas (que ainda

eram pouco usadas) e suéteres, acompanhados de bijuterias.

A tendência à moda masculina aparece não só no Brasil, mas no resto do

mundo no final dos anos 30.

Devido a Guerra as comunicações com a Europa estiveram prejudicadas, a moda

ditada pelo exterior chegava com atraso e se submetia aos rigores daquele período.

Recorrendo novamente a Moutinho, “o tailleur aqui também tinha corte militar, e era

usado com chapéus de abas maiores, que escondiam parte do rosto. Turbantes e xales

também entraram em moda. Os fios sintéticos, como o náilon, pesquisados e fabricados

nos Estados Unidos durante a guerra, passam a serem empregados na fabricação de

tecidos”. (MOUTINHO, 2000, p.134-135)

No Rio em 1943, na praia carioca de Copacabana, é marcado pelo aparecimento

das roupas de banho em duas peças. Chega 1945. As formas da mulher passam a

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serem valorizadas, cintura bem fina, se mostravam as pernas, os modelos tomara-

que-caia realçava o busto e os ombros expostos.

As mulheres da alta sociedade ainda compravam roupas em Paris, mas no Rio

já havia excelentes lojas de moda onde se adquiriam produtos brasileiros, mas também

muita coisa vinda da França.

Nessa época, o General Eurico Gaspar Dutra, que presidia o Brasil, mandou

fechar os cassinos, onde homens e mulheres desfilavam sua elegância.

Através do rock and roll e da indumentária, os jovens brasileiros mostravam

sua adesão a novos valores e estavam muito mais ligados ao despojamento

americano do que à sofisticação parisiense, sua preocupação era com a aparência,

e a indústria da beleza se desenvolvia como nunca.

8.3 História da fotografia

Defini-se fotografia, o processo de arte de fixar numa chapa sensível, por

meio da luz, a imagem dos objetos colocados diante de uma câmara escura dotada

de um dispositivo óptico segundo Aurélio (1971), compreende-se ainda como cópia

fidedigna ou imagem inalterável produzida pela ação direta da luz.

Recorrendo a Busselle (1979), Joseph Nicíphore Niepce em 1826 conseguiu

tirar a primeira fotografia depois de 10 anos de experiências.

8.3.1 Fotografia Publicitária

Segundo Newton (2007), entende-se por fotografia publicitária aquela que é

produzida para ser propagada por meio de comercial, independente do tipo de mídia

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que pode ser impressa (revistas, jornais, outdoors, etc), como audiovisual, televisão

ou cinema. Nesse tipo de fotografia é construída através do esboço do diretor de

arte da agência de publicidade. A fotografia publicitária não tem compromisso com a

verdade, não registra os fatos, não retém lembrança.

A fotografia publicitária é a mais comercial entre todas. Feita

sob encomenda pelo cliente - empresa ou agência de

publicidade -, visa vender um produto ou serviço, não mais.

(NEWTON, 2007, p. 36)

O profissional em fotografia publicitária em geralmente executa diversos

trabalhos, alguns com grande complexidade, vai desde uma foto simples de

embalagem, ou mesmo fotos de motos em estúdios grandes. A foto vai depender do

tipo de anuncio pode ser: de pessoas, paisagens, edifícios e comércio. Só depende

do cliente. Além de um bom olhar fotográfico, é imprescindível, o conhecimento técnico e

saber solucionar os problemas que possam surgir.

8.3.2 Fotografia de moda

No que se refere à revista a de moda propriamente, segundo Buitoni (1990), a

fotografia junto ao desenvolvimento das técnicas de impressão fazem da revista

uma mídia cada vez mais visual, pode-se destacar também que ao contrário da

Figura 1: Propaganda Iguatemi Shopping

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33

imprensa em geral à credibilidade da foto teve uma nova conduta, onde nos

periódicos buscam documentar a realidade, já as de moda são percebidas como

informativas, persuasivas e sugestivas.

A imagem vira texto, com séries de fotos construindo

verdadeiras “frases visuais”. (BUITONI, 1990, p, 19)

Percebe-se por fotografia de moda, aquela que tem como elemento de

composição desde principalmente peças de vestuário, porém não menos importante,

mas que vale a pena citar: lingeries, maiôs, biquínis, óculos, sapato, tênis, jóias,

entre outros acessórios. Tais elementos no corpo da modelo, sendo fotografado, é

moda. Entretanto segundo Newton (2007) existe uma complexidade para fotografia

de moda, pois elas podem ser de: desfiles, revistas segmentadas ou não, catálogos,

anúncios publicitários impressos, editoriais e até mesmo para lançamento de grifes

ou novas tendências.

Embora o fotógrafo de moda fique do lado de fora da

passarela, para se destacar, precisa desfilar muita qualidade e

conhecimento. (NEWTON, 2007, p, 43)

Segundo Newton (2007), a fotografia de moda envolve produção, que em

contrapartida depende de outros profissionais, por sua vez o fotógrafo deve ter seus

conhecimento ampliados e não deter-se apenas em saber usar a câmera. É

importante dizer que muitas vezes, o fotografo de moda precisa entender da

produção de moda, as vezes o mesmo terá que orientar no tipo de maquiagem,

Figura 2: Propaganda Ita Jeans

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34

roupas se achar necessário.

8.3.3 Produção de fotografia

É tudo o que se refere à composição da fotografia. Desde objetos de cena,

passando por locações e vestimentas, até a montagem de cenários. Pode ser

realizada pelo próprio fotógrafo ou por intermédio de produtores contratados para a

tarefa. Existem profissionais no mercado para cada função específica. Produtores de

casting (especializados em encontrar modelos ou animais), produtores de moda, de

locação, etc.

Esses profissionais devem ser competentes, em contra partida, geralmente

custa caro à contratação desses. Por isso, em muitos trabalhos o próprio fotógrafo

ou seu assistente fazem a produção necessária. Não seria o ideal, tendo em vista

que o fotografo pode sair do foto que é a fotografia de qualidade.

Segundo Newton (2007), os produtores devem ser ágeis e absorver bem as

informações passadas pelo fotógrafo, buscando sempre a objetividade. Tendo em

vista que na publicidade todo serviço solicitado tem um prazo curto de execução.

8.3.4 Principais fotógrafos de moda

Figura 3: Produção Fotográfica

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Geralmente os fotógrafos de moda em são conhecidos pela sensibilidade em

capturar e exprimir as sensações de cada foto comenta Newton (2007).

Josep Ruaix Duran, desde 1980 passou a colaborar com as mais importantes

revistas nacionais e internacionais de moda. Ganhador de vários prêmios de

fotografia como da Editora Abril e Multimoda, concedido ao melhor fotógrafo de

moda do país. O mesmo teve destaque também na publicidade e na moda em Nova

Iorque entre 1989 e 1994. (http://site.pirelli.14bits.com.br/autores/5 17/08/2008

01:35)

Bob Wolfenson, um dos retratistas mais conceituados do país, iniciou sua

carreira no princípio dos anos 1970, na Editora Abril, e montou seu estúdio próprio

em 1978. Mudou-se para Nova York em 1982, onde trabalhou como assistente do

fotógrafo Bill King, retornando ao Brasil após um ano para abrir novo estúdio. Com

um nome já reconhecido, começou a trabalhar para revistas de moda brasileiras e a

partir daí se especializou em fotografar personalidades. Hoje colabora com as

grandes revistas e agências de propaganda e moda.

(http://www.cosacnaify.com.br/loja/biografia.asp?IDAutor=345 17/09/2008 02:43).

Figura 4: Campanha Publicitária Daslu

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8.4 História do Designer

Segundo Hollis (2001), as origens do design gráfico tem suas origens na pré-

história com as primeiras pinturas em cavernas. Em meados do século XIX, o design

gráfico passou a ser reconhecido como profissional.

Até o final do século XIX, as artes gráficas eram produzidas em branco e

preto na maioria das vezes.

Recorrendo novamente a Hollis (2001), a Primeira Guerra Mundial

estabeleceu a importância do design visual, onde os diagramas e as ilustrações

ajudaram a ilustrar a instruir de modo comportamental com a intenção de exortar os

cidadãos na participação no esforço de guerra.

Com o aparecimento do design gráfico, houve uma revolução na imprensa

escrita, que mudou a maneira dos impressos e também nasceram novos meios de

comunicação como a revista.

Novas formas são desenvolvidas em resposta à pressões comerciais e mudanças tecnológicas, ao mesmo tempo que o design gráfico continua a se alimentar de suas próprias tradições. (HOLLIS, 2001, p.4)

Figura 5: São Paulo Fashion Week

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8.5 Surgimento da Revista de Moda

O surgimento da primeira revista foi na Alemanha, em 1663, com o nome

Erbauliche Monaths-Unterredungen (Edificantes Discussões Mensais). O fato que

permitiu o surgimento da revista na Alemanha, foi desenvolvimento 200 anos antes

da impressão com tipos móveis por Johannes Gutenberg, técnica usada sem

grandes alterações até o século 20 para imprimir jornais, livros e revistas. Além da

Erbauliche alemã, outros títulos apareceram ainda no século 17, como a francesa Le

Mercure (1672) e a inglesa The Athenian Gazette (1690).

As revistas nessa época, faziam abordagem de assuntos específicos e

pareciam mais coletâneas de textos com caráter puramente didático. É nesse

período também surge à primeira revista feita no Brasil: As Variedades ou Ensaios

de Literatura, criada em 1812, em Salvador, parecia mais com um livro, abordando

temas eruditos. Em 1839, nasceria a Revista do Instituto Histórico e Geographico

Brazileiro, a revista mais antiga ainda em circulação no nosso país.

Com o aprimoramento das técnicas de impressão no século 20, o

barateamento do papel e a ampliação do uso da publicidade como forma de bancar

os custos de produção, as revistas explodiram no mundo todo, com títulos cada vez

mais segmentados, destinados a públicos com interesses bem mais específicos.

É importante ressaltar que a primeira revista feminina sob a responsabilidade

do jornalista inglês John Duton surgiu em 1693, a Ladie’s Mercury. Nota-se grande

evolução da Vogue desde quando foi criada, na década de 20 até a atualidade.

1920 1955 2008

Figura 6: Evolução da Revista Vogue

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Com o progresso da indústria gráfica, as revistas começaram a aprimorar o aspecto visual. Vieram as gravuras, as ilustrações, e finalmente a fotografia. (BUITONI, 1994, p.17).

A revista pioneira em moda foi a revista americana Vogue, teve sua fundação

em 1892 por Arthur Turnure, um editor aristocrata. O público alvo dela era a elite

rica da cidade de Nova York do final do século XIX. Até hoje se mantém a reputação

da revista como “bíblia” da moda.

Segundo Hollis (2001), a partir da década de 50 na França, o uso da

fotografia se intensifica o que dava qualidade para a revista. A foto servia como

simbologia e não meramente registro documental.

Recorrendo novamente a Hollis (2001), a revista era feita em números,

alternados, os fotógrafos de moda trabalhavam exaustivamente para produzir fotos

de qualidade de seus modelos, com efeito bidimensional para a página. As fotos

eram tiradas branco e preto para enfatizar o contorno das formas e também facilitar

os retoques.

Pode-se ressaltar que já existia a preocupação com a qualidade da revista e a

fotografia, para Hollis (2001), a edição de revistas variava no que se refere ao

design, a partir da década de 50 que as revistas de moda como a Vogue, atingem

elevados padrões de qualidade.

Destaca-se também a relevância do formato da revista, não só pela estética,

mas também pela praticidade da utilização e transporte da mesma pelo leitor. Os

formatos dela podem ser: formato magazine 20cm x 26,5cm, formato americano

17cm x 26cm, formato 31,5cm x 2,5cm, formato francês 12cm x 19cm, formato

italiano, 16,5cm x 12cm.

8.6 Tipografia

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Segundo Collaro (1987), compreende-se por tipografia o estudo e a arte de

compor e imprimir com tipos, nota-se que o homem sempre buscou o

aperfeiçoamento da comunicação através da escrita, pode-se destacar também que

a palavra escrita jamais será substituída, mesmo com todo desenvolvimento

tecnológico que se tem na atualidade. O autor afirma que a classificação da tipologia

é feita da seguinte forma:

- Romana antiga: Criada pelos franceses, no século XVIII, inspirada na escrita

monumental romana como das famílias Caslon e Garamond, proporciona ao leitor

um inconsciente descanso visual, alcançando o maior grau de visibilidade de todas

as famílias.

GARAMOND - Claude

Garamond, francês, 1532.

- Romana moderna: Criada pelos italianos no século XVIII, apresenta uma

evolução dos romanos clássicos, apresenta serifas finas e onduladas como na

família Bodoni. Esteticamente agradáveis, trouxeram sensível melhora na

legibilidade das letras.

BODONI - Giambattista

Bodoni, italiano, século XVIII.

- Egípcia ou Serifa Grossa: Criada com o advento da revolução industrial, no

século XVIII, tem como característica estrutural uma certa uniformidade nas hastes e

serifas retangulares. As famílias Memphis, Stymie pertencem a esta mesma

categoria.

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MEMPHIS - Rudolf Wolf,

alemão, 1929.

- Lapidária ou Sem Serifa:Criada na Alemanha no século XIX, possui

caracteres com poucas variações em suas hastes, cujos arremates não possuem

serifas. Indicada para a confecção de hastes e embalagens, mas desaconselhável

para textos longos.

HELVÉTICA - Max Miedinger,

Suíço, 1957

- Cursiva ou Manuscrita: São as letras que não se encaixam em nenhuma das

famílias já vistas. Elas têm hastes e serifas livres, o que as tornam as mais ilegíveis

de todas, limitando seu uso a destaques, com número limitado de toques.

MISTRAL - Roger Excoffon,

francês, 1952.

Percebe-se que a tipologia está presente nos meios de comunicação,

principalmente os impressos, com principal função de emitir a mensagem do

anunciado, isso implica em que os editores, publicitários e comunicadores em geral

aprimorem seus conhecimentos resultando em trabalhos de excelência e qualidade.

Para Collaro,

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“Trabalhar a tipografia significa muito mais do que simplesmente escolher

letras em mostruários. Para essa tarefa, é necessária uma profunda

reflexão cultural, social e até ambiental, que influenciaram na opção da

escolha.” (COLLARO, 1987, p. 17).

Recorrendo ainda a Collaro (1987), o mesmo afirma que, a tipografia quando

bem utilizado garante a qualidade e sucesso em uma peça impressa, como exemplo

da revista. Onde a escolha correta da tipografia é o fator preponderante no aspecto

visual do trabalho. Outro fator que vale ser citado é que mesmo com a evolução, é a

simplificação, buscando maior legibilidade.

“Na estrutura e na forma das letras está o caminho para a harmonia e a

legibilidade entre o texto e o produto a ser veiculado, pois os grupos que

formam as letras não são muitos e as variações são dadas de acordo com

a necessidade do cliente voltado para seu público-alvo.” (COLLARO, 1987,

p. 20).

Afirma Hurlburt (2002), que é o principal elemento da página impressa e que o

a cada dia seu peso aumenta ainda mais em a relevância e prioridade da tipologia

no mundo do designer. “Palavras são comunicação”. (HURLBURT, 2002, p. 98).

Segundo Hurlburt (2002), os elementos tipográficos podem ser divididos em:

linha de base, linha central, ascendente, descendente, letra caixa alta, letra caixa-

baixa, altura de ”x”, cabeça ou ápice, serifa, barriga ou pança, haste ou fuste,

montante ou trave, base ou pé, barra e bojo.

8.6.1 Medidas Tipográficas

Segundo Collaro (1987), esse termo refere-se ao estudo das medidas

utilizadas para determinar os tamanhos dos caracteres usados pela tipografia, tão

método foi desenvolvido para padronização das medidas. No Brasil são utilizados

dois sistemas básicos de medidas: o Didot e o anglo-americano.

“Ao operar qualquer sistema de composição de texto, o diagramador deve

ter esse conhecimento, que é de fundamental relevância para realizar um

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42

trabalho, uma que essas medidas são suas ferramentas.” (COLLARO,

1987, p. 12).

Independente da graduação da tipografia ser no sistema Didot ou no sistema

anglo-americano, o instrumento utilizado para medida de texto é o tipômetro, que é

utilizado para determinar larguras de colunas de texto, alturas, medir o número de

linhas de determinado tamanho de letra que caiba em certo espaço.

8.6.2 O design na tipografia

O design na tipografia é quem cria os tipos e formatos dos tipos ou fontes,

como é mais conhecido na atualidade. Segundo Hollis (2001), umas das funções do

design gráfico é identificar que significa dizer o que é ou de onde veio tal coisa,

como por exemplo, o letreiro de hotel, ou as chamadas da capa da revista. O design

precisa saber usar os tipos/fontes de forma que não prejudique a comunicação.

O maior de todos os objetivos do designer é o bom senso. Ele

precisa comunicar algo a alguém, e tem que chamar a atenção.

Sem prejuízo à visão. O nosso olho capta a letra de cima para

baixo, então é bom Ter em mente que ao se trabalhar com

tipos desconstruídos, tenha a parte superior conservada

intacta, e com serifa, que facilita a leitura. (ROCHA, Disponível

www.unb.br/fac/ncint/pg/galeria/tipografia.htm acessado em

10/08/2008 22:25)

8.7 Diagramação

Segundo Aurélio (2001), a definição para diagramação é determinar a

disposição, os espaços a serem ocupados pelo texto, ilustrações, etc, de livros,

revistas, etc.

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43

Na preparação para diagramação de páginas deve-se destacar que a

organização e verificação de textos devem ser organizadas é extremamente

importante, onde devem ser definidas quais letras devem ser destacas dentro de

suas variações, se forem itálicas ou negrito, entre outras observações importantes

ao diagramador, que sem sombra de dúvida dará maior dinamismo em termos de

produção.

Recorrendo a Williams (2005), alguns passos são abordados na construção

de uma página: contraste, repetição, alinhamento e proximidade. Estabelecer

critérios, para elaboração e desenvolvimento, seguindo uma ordem estética. Pode-

se comunicar sem legibilidade, com textura de letras.

Williams (2005), as páginas são criadas com palavras, frases e imagens de

maneira organizada, o conceito de proximidade diz que itens relacionados entre si

devem ser agrupados e aproximados uns dos outros, formando assim um conjunto

coeso e interligado, dando ao leitor pista visual imediata da organização do

Figura 7: Página diagramada da revista Daslu

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44

conteúdo da página. O não sobrecarregamento dos textos e imagem permite a

facilidade da leitura.

“O conceito de proximidade não significa que tudo precise estar próximo;

significa que os elementos logicamente conectados, com algum tipo de

ligação, também deveriam estar visualmente conectados”. (WILLIAMS,

2005, p. 21).

Em segundo lugar temos também o conceito de alinhamento onde sua

finalidade é de unificar e organizar, segundo Williams (2005), os textos não devem

ser dispostos de qualquer maneira, sem ter uma conexão visual com algo da página.

Deve-se ter consciência estética do posicionamento dos elementos para harmonizá-

los na página.

Williams (2005), ainda afirma que no conceito de repetição é unificar é

despertar interesse visual, pois se a página for interessante além de tornar a leitura

mais prazerosa, poderá ser lida mais vezes. Por isso devem-se observar os

elementos que possivelmente dará mais destaque chamando a atenção do leitor,

além de criar personalidade.

“A repetição (...), vai além da simples consistência: é um esforço

consciente para unificar todos os elementos do design”.

(WILLIAMS, 2005, p. 49).

Em sua afirmação, o autor diz que, no conceito de contraste, existem dois

propósitos com objetivos unificados, o de criar interesse sobre a página e auxiliar na

organização das informações, onde o foco é fazer com que o leitor seja capaz de

compreender instantaneamente a disposição das informações dentro da

estruturação e seu fluxo lógico de um item para outro.

8.8 Editorial

Segundo Pena (2003), Os editoriais são textos da revista, que geralmente

expressam a opinião corporativa, da direção ou equipe de redação, sem a

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45

obrigatoriedade de ser imparcial ou objetiva. Percebe-se que, grandes revistas

reservam um espaço predeterminado para os editoriais em duas ou mais colunas

logo nas primeiras páginas internas. Para marcar claramente que aquele texto é

opinativo os quadros chamados também de boxes dos editoriais, são normalmente

demarcados com uma borda ou tipologia diferente, e não informativo.

A opinião de um veículo, entretanto, não é expressa

exclusivamente nos editoriais, mas também na forma como

organiza os assuntos publicados, pela qualidade e quantidade

que atribui a cada um. (PENA, 2005, p.25)

O editorialista é o profissional encarregado de redigir os editoriais. Na

chamada "grande imprensa", os editoriais são apócrifos — isto é, nunca são

assinados por ninguém em particular.

8.9 Produção Gráfica

Segundo (BAER, 2005), a produção gráfica tem a competência de avaliar e

cobrar, a pontualidade e os custos de fornecedores terceiros para contratar serviços

Figura 8: Página de editorial da revista Zelo

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46

e materiais necessários na preparação de artes-finais convencionais ou eletrônicas,

assim como a realização de quaisquer processos de pré-impressão, impressão e

pós-impressão.

A contratação dos serviços e materiais não inclui a negociação com

ilustradores, fotógrafos e outros especialistas, esse trabalho será solicitado e

supervisionado diretamente pelo diretor de arte.

8.9.1 Papel para impressão

A seleção do papel é muito importante para execução de trabalhos impressos,

pelas propriedades de suas diferentes classes, que influem decisivamente no custo

e na apresentação final da revista. Sua escolha deve ser feita criteriosamente, pois

do papel que depende a boa qualidade do trabalho.

Para Collaro, “para impressão de revistas, é do papel que depende em

grande parte o bom aspecto final”. (COLLARO, 1987, p. 87).

Recorrendo a Collaro (1987), a natureza de um impresso, o tipo de

impressão, de letra e de papel deve estar perfeitamente em sincronia para que o

trabalho seja funcional e agrade ao receptor do veículo impresso. Deve-se ressaltar

que as cores devem ser limpas e uniformes, tendo superfície perfeita, a boa

aparência o peso e a gramatura do papel, são importantíssimas na execução do

trabalho impresso.

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47

Divisão do formato A0

A escolha correta do papel é de suma importância para o projeto gráfico,

ressaltando que a escolha adequada personaliza e da qualidade, gera também uma

comunicação eficaz sensibilizando a visão e também o olfato pelo odor próprio do

papel, da tinta ou até mesmo da aplicação de essências. Em casos específicos, o

papel tem característica de influenciar na qualidade de impressão, gerando efeitos

visuais.

8.9.2 Acompanhamento e Controle da Produção

Segundo Collaro (1987), o processo de produção da revista exige da equipe

de produção coordenação cronométrica, devido à data certa de ser distribuída. A

elaboração deve estar sincronizada para absorver um volume que varia de 64 a 128

páginas. A equipe geralmente é composta por diagramadores, ilustradores, arte-

finalistas e pessoal de coordenação.

Figura 9: Tabela de divisão do Papel formato A0

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48

Os prazos a serem cumpridos fazem com que a equipe que

produzirá a revista seja a mais homogênea possível.

(COLLARO, 1987, p. 92)

Collaro (1987), diz que para acompanhar a produção de maneira eficiente

devem ser montados gráficos que permitam registrar todos os passos de evolução

da revista, página por página, desde a entrada da sua arte, para ser diagramada, até

a sua saída para produção. Paralelo ao gráfico, também sugere-se montar uma fixa

com os mesmos dados, especificando o período de trabalho, todas as passagens

dentro do departamento (redação, composição, diagramação, revisão e arte-

finalização). É importante ressaltar que na ficha deve conter as páginas em

seqüência numérica.

Figura 10: Tabela para acompanhamento e controle de produção de página

Page 49: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

49

8.9.3 Posicionamento das Páginas da Revista

Segundo Collaro (1987), os cadernos são montados em múltiplos de quatro,

as páginas que estiverem relacionadas na primeira, quarta, sexta e oitava coluna

serão impressas de um lado da folha inteira do papel, e as páginas relacionas

primeira, terceira, quinta e sétima serão impressas do outro lado da folha.

Collaro (1987), afirma que, os projetistas gráficos em sua maioria, estão

presos às formas tradicionais de apresentação das colunas, por isso acabam

limitando sua criatividade. Para evitar tal tradicionalismo pode-se variar a largura das

colunas de texto.

Figura 11: Segunda tabela para acompanhamento e controle de produção de página

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50

Um dos segredos que envolvem o bom ou mau aspecto da

página está sem dúvida nenhuma, na elaboração do diagrama.

(COLLARO, 1987, p.94)

Segundo Collaro (1987), o diagrama mais simples e o mais utilizado pra

revistas é o de três colunas, esse proporciona um visual trivial mais eficiente, devido

à largura que comporta, geralmente duas vezes a tipologia adotada, o

enquadramento do texto é quase que perfeito em termos de legibilidade.

8.9.4 Desenvolvimento da capa

Segundo Collaro (1987), o motivo da capa deve condensar o conteúdo mais

importante, que fará o enfoque da revista. Ressalta-se que a foto principal irá

compor a capa, onde também destacará a manchete.

Figura 12: Tabela para acompanhar posicionamento das páginas

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51

Nessa construção, segundo Buitoni (1994), as fotos de moda e beleza são

sugestivas e também indutivas, onde a imagem e o texto ficam não só

sincronizados, mas também equilibrados, que pode-se dizer que a imagem vira texto

ou vice e versa.

O texto imagético, a imagem textual: um casamento que deu

certo nas revistas, principalmente nas femininas. (BUITONI,

1994, p.19)

As

cha

mad

as

sobr

e

mat

érias

de menor importância podem fazer parte como auxilio ao apelo da capa. Segundo

Collaro (1987), na atualidade, é que os editores, além da preocupação normal com a

imagem que fará parte da composição da capa, dêem uma importância muito grande

à tipologia das chamadas e manchetes.

Ao projetar uma capa cuja tipologia não tem de ser vazada, fica

fácil manter o equilíbrio, pois os elementos ficam visíveis

porque o fundo é simples. (COLLARO, 1987, p.98)

Deve-se equacionar o uso do número de chamadas que deve comportar uma

capa de revista é difícil. Collaro (1987), algumas capas usam fotos simples e um

grande número de chamadas, outras usam chamadas sangradas, que induzem o

leitor a ler, sem prejudicar a legibilidade e dando maior claridade à foto principal.

Vale ressaltar a variação das dos tipos na tipologia e nas cores que compõem os

títulos das chamadas, estes detalhes que tornam as revistas bem mais atraentes.

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52

A importância das cores, aliada à influência da legibilidade dos

caracteres (...), conduzem ao bom ou mau contraste da capa,

por conseqüência a valorização da tipologia das chamadas.

(COLLARO, 1987, p.99).

Na finalização da revista, seja especifica ou de variedades, o ideal para a

capa é a predominância de um titulo dominante, o mesmo deve estar relacionado

com a fotografia da capa, as chamadas menores devem obedecer a uma hierarquia

tipológica, além de utilizar bem as áreas mais favoráveis à aplicação dos títulos

menores.

Segundo Collaro (1987), a organização estética da capa da revista aumenta o

consumo da revista por ser atrativa, essa atração está baseada em dois estágios

distintos: o primeiro é o olhar onde a logo, imagem e chamadas devem servir como

“isca” para atrair o leitor, o segundo é o fundo, que tem vital importância, deve estar

aliado ao impacto da cor.

8.9.5 Estrutura Interna da Revista

Para a primeira página, Collaro (1987), afirma que ela é composta em sua

maioria pelo sumário, o editorial, o expediente é algum comentário sobre a capa. A

capa também pode ser utilizada para venda de publicidade, fazendo a junção à

primeira página à segunda capa. Percebe-se que as páginas de editoriais

geralmente tem em seu visual uma diagramação dinâmica e ousada, onde foge

inteiramente ao estilo das demais páginas em todos os sentidos estéticos.

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53

A diagramação das páginas internas, Collaro (1987), discorre que os leitores

estão acostumados com o estilo tradicional da revista, logo as mudanças devem

acontecer de maneira que não afetem negativamente no publico alvo, por outro lado

isso não quer dizer que não se pode dinamizar o processo de desenhar uma página,

pois além de importante as mudanças fazem parte da dinâmica de criação.

O estilo criado e a colunagem das páginas ficam à critério de

quem projeta, levando sempre em conta as viabilidades

técnicas ligadas à peridiocidade do veículo e à legibilidade.

(COLLARO, 1987, p.101).

Sugere-se segundo Collaro (1987), que as colunas tenham variações de

largura, evitando assim que o formato fique sempre o mesmo e para proporcionar

uma leitura dinâmica, porém deve-se usar bom senso evitando excessos que podem

cansar o leitor.

As páginas centrais requerem atenção especial, devido à posição estratégica

em que se encontram e que muitas vezes é de página dupla, que proporciona visual

amplo de duas páginas em usa só. Segundo Collaro (2000), tal espaço é tão

importante que é vendido para publicidade, ou alguma matéria de especial qualidade

deve aparecer no contexto da página.

Figura 14: Estrutura interna de página da revista Elle

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54

Ao folhear a uma revista o leitor acaba automaticamente

abrindo ao centro, devido mecânica de manuseio. (COLLARO,

1987, p.103).

Recorrendo novamente a Collaro (1987), a estética é o primordial em uma

revista, deve-se ressaltar que a legibilidade da página está ligada à tipologia no que

diz respeito à forma da letra, à variação da largura das colunas, que possibilitam a

utilização racional do branco e dinamizam a leitura através do jogo de formas.

O branco por sua vez proporcionado compensa a perda de

espaço pela beleza da página. (COLLARO, 1987, p.104).

8.9.6 Recursos Gráficos

Segundo Collaro (1987), os recursos gráficos é tudo usado no processo da

produção gráfica que vai desde a escolha do papel até a revista impressa. Dentro

desses, o uso dos filetes para separação de colunas é uma prática normal da

paginação de revistas e resulta num efeito interessante, quando usado com critério.

A boa apresentação visual da revista se desenvolve na medida em que, antes de ler,

passa-se a observar detalhes estratégicos que compõem a página.

Figura 15: Foto publicitária Vivara

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55

Os textos que personalizam e identificam as páginas de uma revista com a

própria revista, recebem o nome de títulos concorrentes. Esses textos são

colocados no rodapé ou na cabeça da página, geralmente trazem no seu conteúdo a

data e o nome da revista.

Segundo Collaro (1987), a tipologia usada difere da utilizada no texto, a

numeração das páginas pode fazer parte dos títulos concorrentes, porém deve

obedecer, o mesmo critério em relação à tipologia.

Os boxes, também conhecidos como cercaduras, é um recurso utilizado para

destacar determinada matéria, contornando-a com filetes que envolvem a matéria

nas laterais, o uso em exageros deste recurso pode resultar em ilegibilidade e

confusão, pela poluição visual provocada.

8.9.7 Recursos Fotomecânicos

Segundo Baer (1995), os recursos fotomecânicos são utilizados para dar

destaque a certas matérias, na mesma intensidade dos boxes, provocando um

choque visual maior que os mesmos, quando utilizados esses recursos dão maior

Figura 16: Exemplo de recursos gráficos – boxes.

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56

realce à página. Pode também ser chamado de retícula de ponto duro, que tem a

finalidade de destacar a matéria sem deixar a página monótona.

Este recurso incide também no tamanho da coluna, que pode ser reduzida,

para que a pagina ganhe uma melhor configuração estética. Ressalta-se também a

importância da porcentagem de fundo de página, destacando que quanto maior a

porcentagem, o texto se tornará mais ilegível.

Para as páginas preto e branco Barbosa (2004), aconselha utilizar o texto em

positivo, com aplicação de 40% de porcentagem de pontos; a partir dessa

porcentagem recomenda-se a inversão do texto para negativo. Quando o fundo

permitir pode-se utilizar o fundo de texto vazado, principalmente se for fotografia.

A análise do fundo em termo de porcentagem é fator

preponderante para o sucesso visual da página. (COLLARO,

1987, p.105).

8.9.8 Cromo e foto na produção gráfica da revista

O cromo (cor) e as fotos são extremamente relevantes para a valorização da

revista. Para melhor analise e aplicabilidade é necessário levar em conta o aspecto

jornalístico e o técnico. No aspecto jornalístico, o cormo deve reunir elementos

suficientes para sintetizar o texto, com o principal objetivo de provar interesse no

leitor pelo texto.

Segundo Collaro (1987), na produção gráfica tanto o cromo como a foto

devem ser analisados com relevância na focalização. Para tal analise detalhada

sugere-se que os cromos sejam ampliados para o tamanho natural, lembrando que

os cromos editoriais são produzidos em 35 mm, se usado para uma ampliação muito

grande pode comprometer a qualidade da página impressa. É importante ressaltar

que além do cromo de 35 mm, eles podem ser produzidos nos formatos 6 x 6 cm, 6

x 7 cm ou 8 x 12 cm, na produção gráfica da página vale destacar que quanto maior

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57

for o cromo, menor será a granulação na ampliação, o que resultará será foto de alta

qualidade, depois da página impressa.

Para garantir a impressão de qualidade da foto, é realizado pelo diagramador

a prismagem das fotos, que consiste em desenhar a silhueta das imagens, no

tamanho ideal para a página, dando assim ênfase a um detalhe da foto que seja

relevante para o anúncio.

8.9.9 Preparação da foto para impressão

Os arquivos são selecionados, se forem físicos e analógicos são convertidos

em digitais e tratados. Segundo Barbosa (2004), quando se refere à qualidade da

reprodução de imagens quatro termos são utilizados: densidade, tonalidade,

contraste e resolução. É importante citar também outros termos utilizados, que se

interligam aos citados anteriormente que são: brilho e saturação.

Devido à importância de tais termos para o processo de produção gráfica, na

preparação da foto para impressão, é relevante a explicação de cada um, pois essa

compreensão ajuda em muito na reprodução de qualidade.

Densidade: a densidade descreve a medida de escuridão duma superfície e é

medida por um aparelho a que se chama densitômetro.

Tonalidade: capacidade do scanner e do software em gravar os diferentes tons das

cores. As tonalidades de uma cor são os diferentes tons, desde as sombras (tons

mais escuros) até aos brilhos (tons mais claros), passando pelos meios tons.

Contraste: o contraste é simplesmente a diferença entre duas tonalidades de cor.

Entre o brilho e a sombra.

Resolução: a resolução de uma imagem é o seu indicativo de definição e detalhe. A

imagem enquanto no écran é formada por um conjunto padronizado de pontos, com

Page 58: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

58

cor e luz, a que denominamos pixel. Quando impressa passa a ser composta por

pontos.

8.9.10 Fotolito

De todas as etapas o fotolito é a intermediária entre a arte-final e a impressão.

O fotolito é um filme fotográfico transparente, utilizado para a gravação das matrizes

para impressão, essa gravação é por processo óptico a laser. Pode se destacar que

é utilizado nos principais processos de impressão: tipografia, serigrafia, off-set,

flexografia.

Segundo Barbosa (2004), as imagens coloridas, chamada de policromia, é

divida em quatro cores básicas: ciano, magenta, amarelo e o preto, assim gera

quatro fotolitos por imagem, uma cara cor. Para as imagens em preto e branco ou

textos simples, é necessário gravar apenas um fotolito.

O fotolito é utilizado para gravar as chapas, que são sensíveis a luz, para

reprodução em série. As cores são separadas nos fotolitos, mas o filme é sempre

em tons de cinza. Ele pode ser positivo e negativo. Onde o primeiro reproduz a

imagem da arte-final tal como ela é. Já o negativo, as informações claro-escuro

aparecem invertidas.

Figura 17: Fotolito para revistas

Page 59: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

59

8.10 Análise de revistas e fotografias atuais de moda de Goiânia

Atualmente existem três revistas de moda em Goiânia: Vitrinne de Moda, Vest

Moda e Zelo. Foi observado que esteticamente a revista de moda, na maioria das

vezes não alcança os padrões de qualidade por falta da aplicação das técnicas

citadas nesse trabalho.

Em alguns momentos a diagramação é pesada, confusa, usando grande

volume de textos com tipos e cores inadequadas para os anúncios de moda, que

muitas vezes além de dificultar a leitura e percepção do leitor.

Ocorre também que na produção das fotografias de moda, alguns

anunciantes não contratam fotógrafos profissionais, assim as fotos ficam sem

qualidade, onde o objetivo final que é o anuncio não ter o padrão de beleza estética.

Figura 18: Diagramação de página de revista goiana

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60

P

or

ulti

mo,

às

vez

es

tam

bém ocorre de mesmo sendo feito todo um planejamento, uma diagramação bem

feita, fotografia de qualidade, escolha do melhor papel, a gráfica não dar um

acabamento excelente o que também compromete em muita essa qualidade.

8.11 Soluções para o design e fotografia de moda

Neste trabalho foi proposto soluções para melhorar a qualidade estética das

revistas de moda existentes em, não afirmando que não exista melhora nesse

veiculo de comunicação de moda, muito pelo contrário o Sindicato das Indústrias do

Vestuário do Estado de Goiás – SINVEST-GO, apoiado pela Federação da Indústria

do Estado de Goiás – FIEG, em relação ao aprimoramento tem feito em sua revista

a Vest Moda.

Nesta etapa do trabalho seguir-se-ão exemplos de páginas diagramadas e

fotografias de moda dentro de padrões aceitáveis. A aplicabilidade das técnicas

pode criar uma identidade nas revistas de moda goianiense, agregando valor às

grifes locais que são nelas anunciadas.

8.12 Diagramação e foto de moda com qualidade – sugestões para

aplicações nas revistas goianas

Page 61: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

61

Como foi apresentado anteriormente as revistas e fotografia de moda de

Goiânia podem melhorar, e foi feito sugestões de como podem acontecer essas

melhorias. Aqui se reforça essa necessidade.

As páginas quando preparadas para diagramação, deve-se ter atenção

quanto à organização, variações de tamanho, tipo de fonte, cor e tamanho da coluna

dos textos. Os itens citados ajudam na construção de uma página com maior

legibilidade.

Na fotografia, devido sua complexidade como foi citado, o ideal é que as

mesmas sejam feitas por profissionais, pois os anúncios publicitários impressos,

além de editoriais e até mesmo o lançamento de novas tendências ficam mais

valorizados.

Figura 20: Sugestão para diagramação de página de revista

Page 62: A IMPORTÂNCIA DA REVISTA E FOTOGRAFIA DE  MODA COM QUALIDADE EM GOIÂNIA

62

Por último, mas não menos importante, na hora da escolha da gráfica não

pode ser levado em consideração apenas o preço, mas também a qualidade, não

deixando de ver as provas teste de impressão. Como foi dito anteriormente, mesmo

escolhendo o melhor papel, sem a impressão de qualidade o trabalho pode ficar

comprometido.

Figura 21: Sugestão para fotografia de moda em revista

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9. CONCLUSÃO

O mercado de moda é por essência capitalista, pode-se dizer que é o

consumo pelo consumo, em todo momento nota-se que a beleza estética é

extremamente relevante no momento da decisão de compra. A revista como veículo

de comunicação no contexto da moda tem como finalidade não apenas fazer a

propaganda, mas induzir o leitor ao consumo.

O pólo confeccionista de Goiânia utiliza-se das revistas para divulgarem suas

marcas. Por isso a revista de moda deve ser desenvolvida com padrão estético de

qualidade. Este trabalho sugere uma forma de conseguir. É a aplicação das técnicas

de design e diagramação, além da produção fotográfica de qualidade, esse conjunto

valoriza em muito a propaganda da marca.

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10. BIBLIOGRAFIA

Livros BAER, Lorenzo. Produção Gráfica. 6 ed. Rio de Janeiro: SENAC, 1995. BARBOSA, Conceição. Manual prático de produção gráfica. São João do. Estoril (Portugal): Principia, 2004. BUITONI, Dulcília Schroeder. Imprensa Feminina. 3 ed. São Paulo: Ática,1994. CASTILHO, Kátia. Moda e Linguagem. 1 ed. São Paulo: Anhembi Morumbi, 2004. COLLARO, Antônio Celso. Projeto Gráfico: Teoria e Prática da Diagramação. 1 ed. São Paulo: Summus, 1987. HOLLIS, Richard. Design Gráfico: Uma História Concisa. 1 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. HURLBURT, Allen. Layout: o design da página impressa. São Paulo: Nobel, 2002. LIMA, Daniela da Costa Brito Pereira e FARIA, Juliana Guimarães. Guia para Apresentações de Trabalhos Monográficos e Acadêmicos. 2 ed. Goiânia: Vieira, 2005. MARRA, Cláudio. Nas Sombras de um Sonho: História e Linguagens da Fotografia de Moda. 1 ed. São Paulo: SENAC, 2008. MOUTINHO, Maria Rita. A Moda no Século XX. 1 ed. Rio de Janeiro: Senac,2000. NEWTON, César e MARCO, Piovan. Making Of. 1 ed. São Paulo: Futura, 2007. PENA, Felipe. 1000 Perguntas sobre Jornalismo. Rio de Janeiro: Editora Rio, 2005. SANT’ANNA, Armando. Propaganda Teoria – Técnica e Prática. 7 ed. São Paulo: Pioneira, 2006 . WILLIANS, Robin. Design para quem não é designer: noções básicas do planejamento visual. 2 ed. São Paulo: Callis, 2005. Sites

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65

ABRIL, in: MUNDO ESTRANHO. Como surgiram as revistas? Diponível em:<http://mundoestranho.abril.com.br/cultura/pergunta_286399.shtml>. Acesso: 01 de outubro de 2008 Duran, Josep Ruaix in: Biografia. Disponível em: <http://www.jrduran.com.br/news/arquivo/2007_11.php>. Acessado em: 29 de setembro de 2008. FERRAZ, Queila in: 2007, Mídia Impressa - a Imagem Texto da Revista de Moda / Parte 1: Disponível:<http://www.fashionbubbles.com/2007/midia-impressa-a-imagem-texto-da-revista-de-moda/>.Acessado em: 08 de agosto de 2008. ROCHA, Fabrício in: Tipografia. Disponível em: <www.unb.br/fac/ncint/pg/galeria/tipografia.htm>. Acessado em: 10 de agosto de 2008. WOLFENSON, Bob in: Biografia. Disponível em: <www.bobwolfenson.com.br>. Acessado em: 29 de setembro de 2008. Publicações LOPES, Ana Carolina de Souza. Marketing de Moda: reinventando o mercado de moda de Brasília. Brasília, 2007.

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66

11. ANEXOS

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A importância da Fotografia na Moda Goiana

Maristela Novaes

Graduada em Arquitetura e Urbanismo/UCG

Especialista em Moda

Docente no Curso de Design de Moda

FAV/UFG

Moda é comportamento. Moda é comunicação. Moda é imagem. A moda

comunica, mas ao mesmo tempo, ela precisa ser divulgada e o é, por texto e por

imagem. A moda é altamente dependente da fotografia como meio de comunicação,

portanto, vejo uma importância fundamental da fotografia na divulgação da moda

goiana. Já foi o tempo em que fotografia de moda tinha como objetivo a exibição de

mulheres usando vestidos. Esta exigência elementar, já não responde às

necessidades do complexo sistema da moda. Na revista, no catálogo do produto, na

televisão, no Out-door, enfim, em todas as mídias ela deve ser tratada com

qualidade, pois comunica o produto, o conceito do produto e da marca e desta forma

requer arte, talento, técnica e capacidade de venda.

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Surgimento da Revista Vest Moda

Walcely Lopes Consultora de Moda

Revista Vest 1º) A revista Vest Moda surgiu em 2007, fruto de um projeto que se fundamentou pela busca da qualidade da impressão gráfica, do editorial e da fotografia. 2º) A maior dificuldade foi convencer o anunciante em fazer os anúncios fotográficos com profissionais para eliminar ao máximo as fotos caseiras. Outra grande dificuldade foi fazer uma revista em dois idiomas, pois os textos obviamente ficariam duplicados e a diagramação deveria encaixar com leveza a fotografia, o olho e o texto de cada página tornando interessante tanto ao leitor que optasse pelo português, quanto ao leitor que, desse preferência ao espanhol. 3º) A qualidade da fotografia é importantíssima para uma revista de moda. A fotografia é o primeiro e grande contato visual com a revista; antes dela ser lida ela é folheada; cria-se uma comunicação visual com as cores, luzes, ângulos executando uma comunicação em que se associa a qualidade da marca do anúncio com a qualidade do que a fotografia apresenta. Além disso, a idéia é de que a moda venda beleza, poder, conceito e as fotos podem associar essas idéias. 4º) É difícil admitir, mas a imagem do comercial ainda vende mais do que a conceitual; mas tenho visto maravilhas onde fotógrafos conseguem com muita criatividade fazer um mix entre os dois estilos e obter resultados positivos que consegue satisfazer o cliente. O leitor e consequentemente o produtor da revista.

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EVOLUÇÃO DA REVISTA VOGUE 1920 - 2008

2008 2000 1990 1980

1970 1960 1950

1940 1930 1920

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REVISTA E FOTOGRAFIA DE MODA DA DASLU

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ATUAIS REVISTAS E FOTOGRAFIA DE MODA DE GOIÂNIA

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PROPOSTA DE REVISTA E FOTOGRAFIA DE MODA PARA GOIÂNIA

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