fotografia de moda 2018 - portal expresso

42
GOVERNO DE GOIÁS Secretaria de Desenvolvimento Econômico Superintendência Executiva de Ciência e Tecnologia Gabinete de Gestão de Capacitação e Formação Tecnológica Fotografia de Moda 2018

Upload: others

Post on 01-Dec-2021

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

GOVERNO DE GOIÁSSecretaria de Desenvolvimento Econômico

Superintendência Executiva de Ciência e TecnologiaGabinete de Gestão de Capacitação e Formação Tecnológica

Fotografia de Moda2018

Page 2: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso
Page 3: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

Fotografia de Moda

Fevereiro 2018

Page 4: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

Ficha Catalográfica

Page 5: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

ExpedienteGovernador do Estado de GoiásMarconi Ferreira Perillo Júnior

Secretário de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e IrrigaçãoFrancisco Gonzaga Pontes

Superintendente Executivo de Ciência e TecnologiaMauro Netto Faiad

Chefe De Gabinete de Gestão de Capacitação e Formação TecnológicaSoraia Paranhos Netto

Coordenação Pedagógica do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego José Teodoro Coelho

Supervisão Pedagóica e EaDDenise Cristina de OliveiraIsrael Serique dos Santos Maria Dorcila Alencastro Santana

Professor ConteudistaTatiane Macedo MarinhoTânia Mara Collyer Pinheiro

Projeto GráficoMaykell GuimarãesJosé Francisco Machado

Designers Renan Moura Guimarães

Revisão da Língua Portuguesa Ana Paula Ribeiro de Carvalho

Banco de Imagens http://freepik.comhttp://pt.freeimages.comhttps://pixabay.com

Page 6: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

6

Apresentação

Empreendedorismo, inovação, iniciativa, criatividade e habilidade para trabalhar em equipe são alguns dos requisitos imprescindíveis para o

profissional que busca se sobressair no setor produtivo. Sendo assim, destaca-se o profissional que busca conhecimentos teóricos, desenvolve experiências práticas e assume comportamento ético para desempenhar bem suas funções. Nesse contexto, os Cursos Técnicos oferecidos pela Secretaria de Desenvolvimento de Goiás (SED) visam garantir o desenvolvimento dessas competências.

Com o propósito de suprir demandas do mercado de trabalho em qualificação profissional, os cursos ministrados pelos Institutos Tecnológicos do Estado de Goiás, que compõem a REDE ITEGO, abrangem os seguintes eixos tecnológicos, nas modalidades EaD e presencial: Saúde e Estética, Desenvolvimento Educacional e Social, Gestão e Negócios, Informação e Comunicação, Infraestrutura, Produção Alimentícia, Produção Artística e Cultural e Design, Produção Industrial, Recursos Naturais, Segurança, Turismo, Hospitalidade e Lazer, incluindo as ações de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (DIT), transferência de tecnologia e promoção do empreendedorismo.

Espera-se que este material cumpra o papel para o qual foi concebido: o de servir como instrumento facilitador do seu processo de aprendizagem, apoiando e estimulando o raciocínio e o interesse pela aquisição de conhecimentos, ferramentas essenciais para desenvolver sua capacidade de aprender a aprender.

Bom curso a todos!SED – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecno-

lógico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED).

Page 7: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

7

SumárioARTES VISUAISTécnico em Produção de Moda 9

UNIDADE ILinguagem Fotográfica 10

A História da Fotografia 10A História da Fotografia de Moda 13

As Primeiras Fotografias de Moda 14

UNIDADE IIComunicação Visual na Produção de Moda 20

Conceitos e Termos do Universo da Moda 20Briefing 21Realizar e Produzir Ensaio Fotográfico de Moda 22Editorial de Moda 24Lookbooks e Catálogos 24

UNIDADE IIITécnicas do Registro Fotográfico 26

Câmera Fotográfica 26Objetivas e Sua Tipologia 26

Diafragma ou Abertura 27Distância Focal 28Profundidade de Campo 29

Fotômetro 30Obturador, Velocidade e Tempo de Exposição 30Filmes/Sensores (ISO) 31Flash 32Tipos de Filtros 32

Iluminação 37

UNIDADE IVDireitos Autorais Sobre a Imagem 38

REFERÊNCIAS 40

Page 8: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

8

Recursos Didáticos

FIQUE ATENTO A exclamação marca

tudo aquilo a que você deve estar atento. São assuntos que causam

dúvida, por isso exigem atenção redobrada.

PESQUISE Aqui você encontrará

links e outras sugestões para que você possa conhecer mais sobre

o que está sendo estudado. Aproveite!

CONTEÚDO INTERATIVO

Este ícone indica funções interativas, como hiperlinks e páginas com

hipertexto.

DICAS Este baú é a indicação de onde

você pode encontrar informações importantes na construção e no aprofundamento do seu

conhecimento. Aproveite, destaque, memorize e utilize essas dicas para

facilitar os seus estudos e a sua vida.

VAMOS REFLETIR Este quebra-cabeças indica o

momento em que você pode e deve exercitar todo seu potencial.

Neste espaço, você encontrará reflexões e desafios que tornarão

ainda mais estimulante o seu processo de aprendizagem.

VAMOS RELEMBRAR Esta folha do bloquinho

autoadesivo marca aquilo que devemos lembrar

e faz uma recapitulação dos assuntos mais

importantes.

MÍDIAS INTEGRADAS Aqui você encontra dicas para enriquecer os seus conhecimentos na área,

por meio de vídeos, filmes, podcasts e outras

referências externas.

VocabulárioO dicionário sempre nos ajuda a

compreender melhor o significado das palavras, mas aqui resolvemos

dar uma forcinha para você e trouxemos, para dentro da apostila, as definições mais importantes na construção do seu conhecimento.

ATIVIDADES DE APRENDIZAGEMEste é o momento

de praticar seus conhecimentos.

Responda as atividades e finalize

seus estudos.

SAIBA MAIS Aqui você encontrará

informações interessantes

e curiosidades. Conhecimento nunca é demais, não é mesmo?

HIPERLINKSAs palavras grifadas em amarelo levam você a referências

externas, como forma de aprofundar um

tópico.

Hiperlinks de texto

Page 9: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

9

Este caderno se propõe a estimular em você um estudo e um aperfeiçoamento nas técnicas da linguagem fotográfica de moda.

Segundo alguns profissionais da área, a fotografia é uma das poucas coisas que tem poder sobre o tempo, porque ela o paralisa. É uma linguagem universal e atemporal, e, independente da cultura, raça e condição social, a fotografia é um produto que atinge a todos. Trata-se de uma superfície que carrega uma informação visual, pretende representar algo que se encontra presente no espaço e no tempo e, através da imaginação e da câmera fotográfica, possibilita transferir para o plano imagens capturadas. Desta forma, a fotografia é um processo de criar e recriar qualquer imagem.

A captura dessas imagens − olhar sensível − está diretamente relacionada com a vivência e experiência do fotógrafo, motivo pelo qual uma foto feita por um fotógrafo é distinta da mesma fotografia feita por outro fotógrafo.

Essa diversidade de visões diferentes, relacionadas a um mesmo tema, é o que torna o ato de fotografar tão fascinante, de inesgotáveis possibilidades. É real afirmar que absolutamente tudo que está presente no mundo pode ser fotografado e, em muitas culturas, a fotografia está tão relacionada ao ser humano como a sua própria memória, pois trata-se de um registro e um documento do passado, de fatos que realmente aconteceram.

Alguns sociólogos consideram a fotografia de moda um meio de se estudar a história de uma época e o comportamento social, já que os registros fotográficos nas revistas e em outras publicações estabelecem uma ligação entre história, moda e comportamento humano. É através desses registros que se pode verificar a época que a sociedade estava passando, quais eram as influências políticas, o que os fotógrafos de moda queriam retratar e de que forma queriam que suas publicações fossem vistas e interpretadas.

Os primeiros registros fotográficos voltados para a moda aconteceram na década de 1930. As fotos capturavam um estilo de vida, modelos e tipos de roupas que mostravam claramente os costumes, posturas e hábitos típicos de determinada época e região. De lá para cá ocorreram mudanças significativas nos registros fotográficos de cada década.

ARTES VISUAIS

Técnico em Produção de Moda

Fonte: Lee Miller/Hulton rchive/Getty Images SEQ Figura \* ARABIC1

Page 10: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

10

A palavra fotografia vem do grego photós + graphía, que significa “escrita por meio da luz”. Isso já acontecia por volta de V a.C., e muita gente sabia. Contudo, foi só no início do século XIX que se realizaram as primeiras experiências de como se fixar esta imagem projetada pela luz, através de um orifício numa câmara escura.

A câmara escura é o princípio da máquina fotográfica: num quarto totalmente escuro, com apenas um pe-queno orifício numa das paredes, a imagem externa iluminada é projetada internamente na parede oposta, de forma invertida. A câmara escura era usada no final da Idade Média para divertir as pessoas, e os artistas usa-vam-na para reproduzir a realidade na pintura.

Linguagem Fotográfica

UNIDADE I

A História da Fotografia

1 - “Câmara Escura”Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Venus_of_Willendorf

Em 1822, o francês Joseph N. Niépce (1765-1833) conseguiu a primeira experiência sobre a fixação da ima-gem. Em uma placa metálica sensibilizada quimicamente por um derivado de petróleo chamado betume da Judéia, chamou-a de heliografia.

Tantos outros cientistas já tinham feito coisas semelhantes, contribuindo com essa invenção, como o árabe Alhazen de Bastha, os alemães J. H. Schuze, J. Zahn e G. Frisius, e o italiano G.B. Della Porta. O estudioso inglês Tom Wedgwood descobriu o uso de sais de prata na sensibilização da chapa para obter a imagem, e o sueco Carl Scheele utilizou um primeiro fixador à base de amônia. Além de Wedgwood, outros dois ingleses se destacaram nos primórdios da fotografia: William H. F. Talbot, que desenvolveu vários métodos, entre eles o uso dos sais de prata numa base de papel, tornando-o sensível à luz e fixando a imagem com sal comum, e John F. W. Herschel, que utilizou pela primeira vez o hipossulfito de sódio como fixador, usado até hoje.

Houve também um cientista francês no Brasil que se dedicou a estes estudos, domiciliado em Campinas-SP,

Page 11: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

11

chamado Antonie H. R. Florence. Em 1832, Antonie, junto com um químico da cidade, utilizou pela primeira vez o nome photographia para suas experiências, utilizando a câmara escura e o nitrato de prata, mas acabou abandonando as pesquisas.

Contudo, a grande descoberta ocorreu na França quando o militar aposentado Joseph Nicéphore Niépce se associou ao pintor Louis Jacques M. Daguerre (1787-1851), com o qual trabalhou durante alguns anos. Porém, Niépce morreu em 1833, antes que o trabalho fosse concluído.

Daguerre prosseguiu com as pesquisas e apresentou suas descobertas à Academia Francesa de Ciências, em 1839. Nasceu, então, o daguerreótipo. Usou o iodeto de prata para sensibilizar a chapa, o mercúrio para revelar a imagem negativa e o hipossulfito para fixá-la, permitindo obter fotos com “apenas” meia hora de exposição.

DaguerreótipoO daguerreótipo fez sucesso no mundo inteiro,

sendo comercializado amplamente, mesmo produzin-do uma única foto de cada vez e obrigando as pessoas a ficarem horas imóveis na posição necessária para conseguir seu retrato.

Mais tarde, o inglês William Henry Fox Talbot des-cobriu o negativo, permitindo obter várias cópias de uma única foto, denominando Sistema de Calótipo.

Charles Chevalier, na Inglaterra, desenvolveu uma das primeiras objetivas com abertura de f 4,9. Depois, Josef Maximilian Petzval construiu uma f 3,6, quando obteve grande sucesso, pois reduziu o tempo de ex-posição para alguns segundos, melhorando principal-mente a qualidade dos retratos.

4 - Casal desconhecido segurando um daguerreótipo, 1850.

Fonte: http://investigacoesfotograficas.blogspot.com.br/2013/06/daguerreotipo_14.html

2 - “Daguerreótipo”Fonte: http://newtonmedeiros.com.br/blog/?p=2692

3 - A foto mais conhecida do poeta Allan Poe feita num daguerreótipo.

Fonte: http://www.culturamas.es/blog/2014/07/25/los-100-mejores-cuentos-de-la-historia

Page 12: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

12

“Você aperta o botão, nós fazemos o resto.” Com esta frase, em 1888, George Eastman, nos Estados Unidos, iniciou a produção em série de sua maior in-venção, a Kodak n. 1. As chapas foram substituídas por um rolo de papel com capacidade para 100 negativos, e a fábrica revelava e ampliava as fotos, recarregando a máquina, que media 8,2 x 9,5 x 16,5 cm. Esse sis-tema popularizou a fotografia e proliferou os labora-tórios profissionais. Em 1900, a Brownie lançou uma câmera fotográfica por apenas um dólar, fazendo a Kodak simplificar ainda mais seu processo.

Em 1908, Gabriel Lippmann inventou o primeiro fil-me colorido, mas este só foi comercializado em 1930, pelos laboratórios da Kodak, para a indústria cinema-tográfica e, em 1938, para a fotografia.

A empresa alemã Leica lançou a primeira câmera 35mm monoreflex em 1924 e, em 1927, a General Eletric comercializou a primeira lâmpada de flash.

A história da fotografia foi feita por muitas pessoas, e aqui citamos só alguns. Cabe aos mais inte-ressados consultar uma biografia específica.

6 - Fotos da Kodak nº 1: eram redondas, com tamanho de 6,5 x 6,5 cm.

Fonte:http://bit.ly/2or90l0

5 - P

ublic

idad

e da

Kod

ak n

.1Fo

nte:

htt

ps:/

/tem

nafo

togr

afia.

wor

dpre

ss.c

om/t

ag/k

odak

-n1/

Page 13: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

13

Como a história da fotografia de moda está diretamente ligada à história das revistas de moda e às primeiras publicações que eram em preto e branco, voltamos quase três séculos no passado e, em 1678, a primeira revista semanal chamada Le Mercure Galant (O Mercúrio Elegante) surgiu na França, mais precisamente, em Paris. No-mearam-na de acordo com um termo da mitologia grega, que foi escolhido para reverenciar o Deus Mercúrio, conhecido como o mensageiro dos deuses e que tinha habilidade de transmitir as mensagens com velocidade.

Antes do lançamento dessa revista, alguns artigos sobre moda já apareciam em publicações de outros assun-tos, como Literatura e trabalhos manuais, mas era apenas uma pequena publicação entre vários outros assuntos abordados. Com o lançamento da Le Mercure Galant, o tema principal era a moda. Em 1724, a revista estava com o sucesso garantido, e o nome foi mudado para Le Mercure de France por mais de um século. Em 1925, a revista deixou de ser publicada (NEWHALL, 2012).

8 - Revista Le Mercure Galant

Fonte:http://bit.ly/2HJu0vf

Portal São Francisco

Todo processo evolutivo da história da fotografia está aqui:

PESQUISE

7 - Kodak n. 1: caixa de madeira revestida com couro, leve e portátil.

Fonte: http://www.queimandofilme.com/2013/11/13/kodak-no-1-a-primeira-camera-pra-todos

A História da Fotografia de Moda

Page 14: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

14

As Primeiras Fotografias de Moda

9 - Edward Steichen – Conde Nast Photo in 1928 – collection of The National Portrait GalleryFonte:http://johnmcdonald.net.au/wp-content/uploads/2014/02/ARTS003629.jpg

10 - Edward Steichen Fonte: http://mo.ma/2CJkjcr

Edward Jean Steichen, natural de Luxemburgo, nasceu em 1879 e, aos 15 anos, começou a fotografar e a se interessar pela arte. Nessa mesma época, estu-dou litografia na Milwaukee´s American Fine Art Com-pany, incorporando a pintura como atividade durante os próximos 20 anos.

Começou a fotografar em 1895, e seus primeiros registros fotográficos foram expostos na Filadélfia, no ano de 1899. Trabalhou na Vogue e na Vanity Fair, fo-tografando celebridades femininas da época, sendo considerado um grande fotógrafo de moda durante as décadas de 1920 e 1930.

Page 15: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

15

Cecil Beaton é considerado o maior fotógrafo re-alista do século XX. Foi o fotógrafo oficial da Rainha Elizabeth e tinha tantos registros que deram origem a um livro-álbum. Durante anos fotografou para a revis-ta Vogue e, além de ter um acervo de fotos de artistas de cinema e da sociedade da época, era um mestre da luz que sabia usar como ninguém essa técnica.

Nessa época, os registros fotográficos valorizavam as criações dos estilistas e fortaleciam o trabalho destes profissionais, ficando um em função do outro.

Uma boa fotografia de moda, deve conter uma parte de sonho, que seduz e transporta

seu público no universo do belo e da suprema elegância, através da apresentação das

mais novas criações da moda. A fotografia de moda excepcional é aquela que é oportu-

na, ao mesmo tempo que aspira eternidade (VARGAS, 2008, p. 6).

Segundo Vargas (2008), o olhar do fotógrafo, a concepção da modelo de moda e os elementos que compõem a imagem são to-dos elementos da identidade de época, que é veiculada pelas revis-tas de moda.

De acordo com registros históricos, o austríaco Gustavo Klimt pode ter sido um dos primeiros fotógrafos de moda. Em parceria com a estilista Emilie Flöge, o artista plástico, além de fotografar, também criava algumas peças de vestuário com o intuito de divul-gá-las e vendê-las. Artista contemporâneo da Art Nouveau, período em que houve uma grande aproximação entre as artes e outras áre-as do conhecimento, como a arquitetura e o design, Klimt tinha um estilo singular que o distinguia dos demais artistas de sua época. Foi pioneiro ao fotografar ao ar livre as mulheres da Belle Époque, em soltos vestidos coloridos, ajaezados de estampas criadas por ele.

12 - Elizabeth Taylor por Cecil BeatonFonte: http://fault-magazine.com

11 - Audrey Hepburn por Cecil BeatonFonte: https://i.pinimg.com/original

13 - Gustav Klimt and Emilie Floge: Photographs Hardcover – Illustrated, 29 Jun 2012.Fonte: http://bit.ly/2HOcWUXv

Page 16: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

16

De acordo com os avanços tecnológicos de 1910 a 1920, a fotografia ganhou nova perspectiva. A Revista Vogue francesa, que começou a ser publicada em 1916, foi a precursora desse avanço na área da fotografia de moda.

Os anos 1950, Anos de Ouro, consagravam New Look de Dior. A referência da modelo feminina era uma mu-lher com aparência jovem, pele clara, corpo esguio e muito magro. A moda explorava a sinuosidade do corpo. Neste período, surgiram as primeiras top models. A fotografia de moda consagrou Richard Avedon e Iving Penn. É importante ressaltar que, nessa época, a característica da foto de moda se igualava entre ambiente, modelo e vestimenta. As modelos geralmente ficavam estáticas, não interagiam com o ambiente, e as fotos tiradas de bai-xo para cima tinham o intuito de alongar a silhueta. Já na década seguinte, as mulheres abandonaram a cintura marcada do New Look e passaram a prezar por conforto e praticidade na maneira de se vestir. A ideia de que a moda devia ser rigidamente seguida ainda era um consenso. Mulheres de classe média se aproximavam da moda por meio das revistas, que traziam o manual de como copiar os looks franceses e italianos ali apresenta-dos. Na fotografia, permanecia-se a elegância rígida da postura, e, nos editoriais da época, as modelos olhavam como que para o infinito.

A primeira agência de modelos foi criada em Paris na década de 1930, suprindo-se a necessidade fotográfica de mostrar as criações dos estilistas da época. A revista Vogue publicou, em 1932, a primeira foto colorida de Edward Steichen. Nessa época, os fotógrafos eram inspirados pelo movimento surrealista, e alguns estilos se tornaram mais dinâmicos.

Richard AvedonUm dos primeiros fotógrafos de moda da Revista

Vogue evidenciou a capacidade da fotografia de mos-trar movimentos, gestos e posturas que as mulheres viviam em determinada época. Na moda eram eviden-ciadas as roupas, as cores e os penteados. Ao analisar as fotografias de moda desses últimos 80 anos, é fácil perceber mudanças significativas a cada década.

SAIBA MAIS A precursora é a revista Vogue, com as fotos do americano Richard Avedon. As

fotos destas páginas tornam o conceito de fotografia de moda, como conhecemos hoje, mais consistente.

14 - Richard Avedon, NY, 1923.Fonte: https://publicdescription.com

Page 17: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

17

15 - Capa Vogue, Julho - 1932, por Richard Avedon.Fonte: https://focusfoto.com.br/a-primeira-revista-vogue-com-fotografia

16 - Suzy Parker, Evening Dress by Dior, Paris Studio, France, 1956. por Richard Avedon.

Fonte: www.artsy.net

17 - A famosa fotografia de Richard Avedon, com Dovima, posando entre ele-fantes de circo para Harper’s Bazaar, em 1955.Fonte: http://bit.ly/2GP55ou

Page 18: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

18

A fotografia tornou-se indispensável para uma re-vista de moda e, a partir daí, grandes nomes foram se destacando, como dos estilistas. Desta maneira, evo-luía na mesma velocidade da moda, e as produções em estúdios, assim como nas passarelas, marcaram a década de 70, com um estilo fotográfico cada vez mais ousado, despertando no público desejos de consumo e prazer.

18 - Mainbocher Corset: uma das fotos mais famosas da revista Vogue, tirada em 1939.

Fonte: http://bit.ly/2FAj2aN

MAN RAY

Os momentos em que a arte vivia também eram representados nas técnicas fotográficas dos princi-pais fotógrafos de moda, principalmente a partir dos anos 1920, com os movimentos artísticos dadaís-mo e surrealismo. Essas vertentes artísticas tiveram influência direta nas fotografias de moda da época.

Um dos principais fotógrafos que usou esses elementos artísticos em seus trabalhos fotográficos foi Man Ray, que produziu imagens consideradas, por muitos, bizarras – assim como as obras do dadaísmo e do surrealismo.

O trabalho de Man Ray era mais simples, sem produções e cenários elaborados. A intenção do fo-tógrafo, com isso, era dar ênfase aos movimentos do corpo, à postura da mulher e à peça de roupa retratada.

Munkácsi disse, em um artigo, para a Harper’s Bazaar, em 1935, que era necessário nunca mandar as modelos posarem. “Deixe que se movam naturalmente. Todas as grandes fotografias hoje são instan-tâneas. Tire imagens por trás. Tire correndo […] Escolha ângulos inesperados, mas nunca sem razão”.

Esse movimento foi essencial e marcou ainda mais o papel da fotografia de moda no comportamen-to da sociedade.

Outros dois fotógrafos surgiram com a mesma proposta: Irving Penn e Richard Avedon. Penn tinha uma atenção especial nas formas perfeitas de suas imagens.

Page 19: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

19

Nos anos 60 e 70, dois conceituados fotógrafos, Helmul Newtone e David Bailey, revolucionaram a fotogra-fia de moda, que até então evidenciava mais as roupas e o estilo de vida. A partir dessas décadas, as modelos estavam tão em evidência quanto as roupas e a fotografia de moda passaram a ser divulgadas como uma arte sensual.

A foto não é apenas uma imagem (o produto de uma técnica e de uma ação, o re-

sultado de um fazer e de um saber – fazer, uma representação de papel que se olha

simplesmente em sua clausura de objeto infinito.), é também em primeiro lugar, um

verdadeiro ato icônico, uma imagem, se quisermos, mas em trabalho algo que não se

pode conceber fora das suas circunstâncias, fora do jogo que a anima sem comprová-la

literalmente: algo que é, portanto, ao mesmo tempo e consubstancialmente, uma ima-

gem ato, estando compreendido que esse “ato” não se limitava a trivialmente apenas

ao gesto da produção propriamente dita da imagem (o gesto da tomada), mas inclui

também o ato de sua recepção e de toda a sua enunciação, como experiência de ima-

gem, como objeto totalmente pragmático (DUBOIS, 2003, p. 15).

20 - Foto de Helmut Newton, em 1975.Fonte: https://photofoxes.wordpress.com/2013/04/17/historia-da-fotografia-da-moda/

19 -Vogue, December 8, 1928, Hoyningen-Huené.Fonte: http://bit.ly/2GNcrZJ

Page 20: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

20

Comunicação Visual na Produção de Moda

UNIDADE II

A comunicação visual é tudo o que se expressa por meio de elementos visuais, como: signos, fotografias, desenhos, gráficos, vídeos, entre outros.

Composição, iluminação e informação são os elementos que caracterizam a comunicação visual. A fotogra-fia é um meio de comunicação que expressa a mensagem de um remetente a um destinatário e, deste modo, é denominada linguagem fotográfica. Ela transmite uma mensagem com o máximo de detalhes, eficiência e objetividade. É através da utilização de técnicas que o emissor (fotógrafo) permite a transmissão do conteúdo (comunicação visual) mais adequado.

Atualmente, a linguagem fotográfica não verbal, dominada pela imagem, ditada por padrões de beleza pelo consumo de tendências de moda, é uma poderosa ferramenta da comunicação. A roupa em si é transmissora de mensagens visuais e permite uma comunicação direta através do tempo, carregando uma série de elementos que possibilitam uma conexão entre passado e presente.

[...] Quando dizemos linguagem, queremos nos referir a uma gama incrivelmente in-

trincada de formas sociais de comunicação e de significação que inclui a linguagem

verbal articulada, mas absorve também, inclusive, a linguagem dos surdos-mudos, o

sistema codificado da moda, da culinária e tantos outros (SANTAELLA, 1983, p. 11-12).

As vestimentas revelam muito sobre o status social, a personalidade e a profissão das pessoas, identi-

ficando os grupos aos quais estas possam pertencer. Além disso, são estratégias de comunicação que podem provocar, influenciar e causar desejos, sentimentos e atitudes que mexem com a personalidade por meio da linguagem visual, desempenhadas pelo vestuário (DIMBLEBY, 1990).

A mídia é uma ferramenta que ajuda a criar a realidade do nosso mundo, comunica e influencia as socie-dades por séculos através da imagem verbal e não verbal. Dentro desse universo da comunicação publicitária, a fotografia se destaca como o principal elemento de comunicação não verbal, atraindo a atenção do público, despertando o interesse, criando o desejo e conduzindo à ação. As pessoas compram um desejo de consumo quando se sentem atraídas por um produto anunciado, e a fotografia de moda tem o papel de seduzir e mexer com os desejos do consumidor.

É importante conhecermos alguns conceitos e entendermos alguns termos muito usados na produção de moda. O grupo de profissionais necessário para se desenvolver um editorial de moda é composto por:

Produtor: profissional que coordena toda a equipe e seleciona outros profissionais para outras funções. O produtor cria o conceito e desenvolve todo o processo.

Editor de revista, jornal ou site: profissional que representa o meio onde será veiculado o editorial, respei-tando-se os critérios/regras da revista, do site ou jornal, e que sustenta e ordena os interesses do meio de vei-culação.

Fotógrafo: profissional que cria e desenvolve o conceito do cliente de uma maneira profunda e permite trans-

Conceitos e Termos do Universo da Moda

Page 21: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

21

Palavra de origem inglesa que significa resumo, em português. São informações reunidas através de dados coletados que vão direcionar um trabalho ou uma proposta comercial. Trata-se de um documento que contém informações a respeito de uma marca ou uma empresa, missão, visão, valores, oportunidades, ameaças e recur-sos para atingir seus objetivos. O briefing é utilizado por profissionais da comunicação, publicitários e relações públicas para subsidiar um objetivo comercial, constituindo-se a base de um processo de planejamento. É a etapa principal de um processo publicitário, pois ele passa informações de uma empresa ou de uma pessoa para outra, do anunciante para o executivo de atendimento e para todos que estarão envolvidos no processo. Um bom briefing deve ser tão longo quanto o necessário, mas sucinto quanto possível.

Existem inúmeros modelos de briefing, porém, nenhum modelo pronto, pois trata-se de um documento úni-co, com informações que a empresa possui. Itens como histórico da empresa, missão, visão, objetivos, plano de

Briefing

ferir para o meio de veiculação a imagem comercial e artística.Editor de imagens: profissional que edita as fotos e faz o tratamento para deixá-las em perfeitas condições

para a divulgação. Muitas vezes é o próprio fotógrafo ou alguém da equipe que realiza esse trabalho. Alguns programas são utilizados para a edição de foto, por exemplo: photoshop, illustrator, dentre outros.

Styling: profissional que cuida das peças escolhidas pelo produtor e monta os looks, dentro do conceito de-terminado e das tendências atuais.

Make/Hair: profissional responsável pela maquiagem e pelo cabelo das modelos.

Assistente de produção: é o faz tudo da equipe, ou seja, é ele quem corre atrás das soluções se algo der erra-do. Enquanto o produtor tem a ideia da solução, ele é o operacional que corre atrás para que todos os elementos que integram uma produção não faltem; da montagem do cenário à organização das roupas na arara.

Depois que a equipe é montada, e o conceito é definido, o produtor e os outros profissionais envolvidos discutem e trocam as ideias que envolvem o conceito a ser trabalhado. As diretrizes são traçadas, e o trabalho é iniciado com as pesquisas de referências, as pesquisas de poses, luz, maquiagens, penteados etc.

Passando essa etapa, selecionam-se as modelos, os acessórios e as peças que comporão os looks e consti-tuirão o conceito e o cenário. As modelos devem ter perfis que acrescentem e se encaixem perfeitamente com a ideia, pois, em um conceito étnico, é imprescindível encontrar uma modelo com traços orientais ou africanos.

O cenário é uma parte essencial, e o ensaio fotográfico é realizado dentro de um estúdio. Esse cenário deve ser montado ou realizado em um espaço externo para ser ajustado ao ensaio.

Tudo organizado e pronto? Cenário montado? Modelos produzidas? Luzes e fotógrafo em posição? Looks já separados para cada foto? Agora é hora de o produtor e seu assistente desenvolverem as cenas, auxiliando e mostrando as posições e expressões para as modelos. É o momento de o fotógrafo fazer suas mágicas e truques de luz, cores e ângulos. É quando o styling deve verificar pela última vez o caimento e a elaboração dos looks. É hora do show!

Por fim, leve sempre uma mala de profissões, looks a mais, linha, agulha, maquiagem, grampos, secador, ferro de passar, revistas, livros e tudo que lhe vier à cabeça, pois tudo pode ser muito útil na hora que algo der errado. Boa sorte e ótimas produções.

Page 22: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

22

ação, público-alvo − que a organização pretende atingir −, interesses e limitações são itens essenciais para com-por um bom briefing. O importante é que contenha um diagnóstico completo da atual situação da organização e os objetivos que pretende atingir.

No caso de uma proposta comercial para divulgação de uma marca ou produto, é fundamental que haja um diálogo claro e direcionado para os objetivos do cliente. Se já existe uma ideia em mente, é necessário que o produtor ou publicitário ofereça sugestões mais rentáveis e criativas para que o resultado seja favorável às ne-cessidades do cliente (MOZOTA, 2011).

Realizar e Produzir Ensaio Fotográfico de Moda

Para a realização de um trabalho fotográfico de moda é necessário fazer um planejamento e ordenar que cada etapa esteja alinhada de acordo com a necessidade do cliente.

Pré-produção

Para a pré-produção do ensaio fotográfico, é necessário:l Book: ferramenta indispensável para divulgação e ingresso da modelo no mercado de trabalho, feito por

uma equipe de profissionais experientes, através das fotos de modelos feminino ou masculino, que compõe o Casting de modelos junto ao fotógrafo;l escolha do fotógrafo, de preferência, especialista na área;l escolha do maquiador, cabeleireiro e diretor de arte junto ao fotógrafo;l story board junto ao diretor de arte e ao fotógrafo;l boneco manual ou digital no caso de catálogos e layout no caso de anúncios;

21 - Ensaio fotográfico.Fonte: http://bit.ly/2oBPmBL

Page 23: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

23

l primeiros testes de estúdio e externas;l seleção de imagens e correção de detalhes;l preparação de documentos de direito de: uso de imagem, copyright, créditos e veiculação por assessoria

de imprensa;l marcação de todas as datas e condições de trabalho;l pré-fixação do orçamento e de imprevistos;l solicitação e agrupamento dos documentos em caso de viagem;l reuniões prévias juntando toda a esquipe da produção;l mínimo de duas reuniões gerais antes do dia de produção;l equipe do estilista composta de assistentes entendidos na área de produção.

Produção

É preciso, para a realização da produção:l Classificar a ordem fotográfica e citar os modelos;l separar as peças na ordem de uso (estipulada pelo fotógrafo);l o maquiador e o cabeleireiro têm que definir o espaço no estúdio ou na locação;l o estilista (que está começando) precisa ser o primeiro a chegar junto ao fotógrafo e o último a deixar a

locação;l o diretor de arte é quem trabalha com o fotógrafo na estruturação das cenas: luz, cor, efeitos de luz e tudo

quanto estiver estipulado no story board ou layout;l toda mudança extratécnica tem que ser autorizada por escrito pelo estilista;l verificar com o assistente de produção a assinatura dos respectivos termos de uso de imagem, nunca

deixando para depois;l os negativos (ou cópias digitais) são de propriedade do fotógrafo, mas precisam da autorização do estilista

para veiculação futura;l o estilista tem o direito (e deve) de revisar o andamento do trabalho;l sempre solicitar a realização de um making off.

Pós-produção

l Comparar as imagens realizadas com as propostas no story board ou layout;l solicitar a digitalização (300 dpi e formato tiff) das imagens analógicas ou a reformatação se estas forem

digitais;l revisar toda a documentação de créditos e permissões devidamente assinados;l escolher as fotos que serão usadas na peça, no catálogo e/ou no lookbook; as fotos restantes são de pro-

priedade intelectual do fotógrafo, salvo acordo prévio;l finalizar com softwares de manipulação gráfica as imagens escolhidas (pode ser o próprio fotógrafo ou

alguém contratado especialmente);l revisar a arte final antes de esta ir para a gráfica ou ser veiculada em alguma mídia;l constatar que estão todos os dados básicos (pantone, formato, peso de papel etc.);l arquivar exemplares da publicação e/ou registrá-los com fotos ou vídeo;l catalogar e numerar as peças produzidas com uma única produção fotográfica;l enviar a cada participante uma cópia do anúncio (quando possível) e um cartão de agradecimento;l arquivar o material de divulgação e imprensa.

Page 24: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

24

Editorial de Moda

Lookbooks e Catálogos

Um editorial de moda consiste em divulgar uma marca ou um produto a partir de um conjunto de imagens que traz um conceito. É um conjunto de imagens dentro de uma mesma ideia (conceito), que tem como objetivo a divulgação e a venda de um produto ou marca. Essa comunicação visual através da imagem é feita de maneira artística para atrair os desejos de quem os vê. Os editoriais de moda têm a função comercial de transformar as revistas em algo mais dinâmico e servem como fonte de inspiração para a produção de outros meios de comu-nicação de moda. Através do conceitual e do artístico, a revista é considerada um dos meios mais poderosos de divulgação das tendências de moda.

Para que um editorial de moda seja realizado, precisa-se de uma equipe de profissionais, de um produtor, fo-tógrafo ou editor (responsável pelo meio de veiculação). Feito isso, define-se o conceito e iniciam-se a pesquisa de referência − que pode servir de inspiração −, os desfiles, catálogos de moda, as coleções, vitrines, os livros, filmes, books de moda, outros editoriais e tudo que esteja relacionado à moda (ALI, 2009).

A imagem é fundamental para o mundo da moda, assim como a forma com que as coleções se destacam, a visibilidade das modelos para o lançamento das coleções e como se agrega valor às peças. Existem alguns recursos com os mesmos objetivos, como os desfiles, as revistas e campanhas televisíveis, que são meios de divulgação de uma coleção, marca ou produto de moda.

Com a facilidade do acesso à internet, surgiu mais uma forma de divulgação, os lookbooks, que nada mais são do que livros de looks. Esse recurso é mais uma opção de material para divulgação de coleções e peças lan-çadas em cada nova coleção. Os lookbooks não devem ser confundidos com catálogo de moda ou editorial de moda; esse importante recurso tem o objetivo de apresentar coleções, divulgar e oferecer inspirações de looks montados com as peças da marca, sendo ideal para inspirar o desejo de compra dos clientes em potencial. Nos lookbooks, as imagens devem criar uma identidade com o conceito da marca e sua proposta. Trata-se de um excelente recurso para a indústria fashion. Além de garantir uma comunicação com o público-alvo, reforça a identidade da marca. A divulgação desse material pode ser compartilhada em redes sociais, enviado por e-mail e divulgado em sites.

22 - PIECE OF MY HEART / DANIEL MARTÍNEZ GUILLÉN, 2017.Fonte: http://bit.ly/2F1NayI

Page 25: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

25

23 - A Bathing APE 2018 Men’s Lookbook.Fonte: bape.com/lookbook

24 - Summer Collection Lookbook.Fonte: http://bit.ly/2CpES1L

Os catálogos são materiais impressos com fotos dos produtos ou através de um ensaio fotográfico com modelos para divulgação da coleção. É a forma mais comum de as empresas de moda divulgarem suas coleções. Os catálogos são feitos por agências de publicidade, formados por uma equipe de profissionais, como fotógrafos, produ-tores, maquiadores, cabelereiros etc. A primeira etapa para elabora-ção de um catálogo é definir um tema para a campanha e depois o estilo das fotos, ou seja, qual o conceito da campanha e o tema para que, através das fotos, possa se chegar ao público-alvo. Geralmente, nos catálogos, os modelos são personagens que fazem parte de uma história, na qual existem um enredo e um cenário. Em alguns catálo-gos, as peças vêm com referências e preços (BRAGA, 2005).

Page 26: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

26

Técnicas do Registro Fotográfico

UNIDADE III

O princípio do funcionamento de uma câmera fotográfica, por mais moderna que ela seja, é o da câmara es-cura. A câmara escura consistia num quarto totalmente sem luz, no qual uma das paredes tinha um orifício. Atra-vés deste, se projetava na parede oposta uma imagem invertida (como já vimos antes na história da fotografia).

Mantendo esse princípio, as câmeras fotográficas continuam sendo uma caixa impermeável à luz, com uma objetiva ou lente, um obturador, um diafragma e um mecanismo que sujeita o filme. Também tem o visor, que é um sistema de enquadrar e compor o motivo. Com a tecnologia, porém, o controle da formação da imagem é cada vez maior.

A objetiva substituiu o orifício, possibilitando o controle do foco e da quantidade de luz, através de seus anéis e de suas lentes. A objetiva fixa tem o foco no infinito. Nas câmeras profissionais, as objetivas podem ser inter-cambiáveis, existindo vários tipos que variam segundo a sua distância focal e sua fabricação. Distância focal é a distância do centro da lente até o ponto onde convergem os raios paralelos que nela incidem. Quanto menor a distância focal, mais amplo será o ângulo de visão. Os tipos de objetivas são:

1. Normais: 50 mmÉ a objetiva na qual as relações de distância não se alteram.

2. Grandes-angulares: entre 15mm e 35mmEssa objetiva captará imagens num ângulo de 75º, mostrando-as menores que percebidas pelo olho do fotó-

grafo. Uma grande-angular permite reduzir no filme o tamanho dos objetos capturados, ao mesmo tempo que aumenta o ângulo de visão, a impressão de perspectiva e a profundidade de campo. Geralmente é usada quan-do o fotógrafo não pode se afastar o suficiente para conseguir o enquadramento desejado, como por exemplo, dentro de um ambiente pequeno.

3. Teleobjetivas: entre 70mm e 2.000mmAs teleobjetivas captam imagens num ângulo de 16º, mostrando-as maiores que percebidas a olho nu. Elas

permitem aumentar o tamanho dos objetos capturados, reduzem o ângulo de visão, comprimem a perspectiva e diminuem a profundidade de campo. São geralmente usadas quando o fotógrafo não pode se aproximar do objeto fotografado, como por exemplo: uma expedição na África para fotografar animais selvagens.

As teleobjetivas são divididas em curtas, médias e longas, conforme a distância focal: até 150mm são curtas, acima de 155mm até 400mm são médias e acima de 450mm são as longas ou super.

Câmera Fotográfica

Objetivas e Sua Tipologia

Page 27: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

27

4. Objetivas zoom: grande-angular, normal e teleobjetiva (ex.: 35mm, 50mm, 75mm)

São objetivas que têm distância focal variável, dan-do ao fotógrafo uma grande agilidade na hora de en-quadrar.

5. Olho de peixe: 6mm a 17mmAs grandes-angulares, quando radicais, com uma

distância focal em torno de 10mm, com um ângulo de visão de 180º, levam o nome de “olho de peixe” (fish eye), provocando as fotos redondas com a imagem de-formada em círculos.

6. Objetiva macroSão objetivas com as mesmas características já

citadas, porém com a possibilidade de foco mínimo, muito mais próximo. Podemos ter normal macro, tele macro ou zoom macro.

Diafragma ou Abertura

O diafragma nas máquinas profissionais se localiza geralmente nas objetivas, em forma de íris, regulado por um anel externo. A função do diafragma é controlar a intensidade de luz que incidirá sobre o filme/sensor.

A escala do diafragma, comumente marcada sobre a objetiva de 35mm, é a seguinte:

Escala: 1.4 2 2.8 4 5.6 8 11 16 22

Estes números são conhecidos como “números f” e são usados como f/1.4, f/2, f/2.8 etc. São obtidos com a relação entre o diâmetro, formado pela abertura, e a distância focal da objetiva.

Quanto maior o número, menor é a abertura. Quanto menor a abertura, maior é a profundidade de campo.O número “f” é a distância focal dividida pela abertura. Ex.: f/11 - o diâmetro da abertura é 1/11 da distância

focal da objetiva.Profundidade de campo: com a mesma abertura, a profundidade de campo é menor quando se enfoca um

objeto próximo, e maior quando este está distante.

F = distância focalDiâmetro de abertura

25 - Principais objetivas, segundo a distância focal.Fonte: Livro: Curso Básico de Fotografia Djalma Patrício

Page 28: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

28

Um “f” significa uma variação da exposição do sensor/ne-gativo, sendo a exposição o produto da intensidade luminosa pelo tempo. l Variar a abertura do diafragma implica variar a intensida-

de luminosa;l variar a velocidade do obturador implica variar o tempo

de exposição do sensor/negativo à luz.

26 - Exemplos de aberturas de diafragma.Fonte: https://focusfoto.com.br/abertura-do-diafragma-o-misterio-desvendado/

27 - Distância FocalFonte: http://www.fotografiaprofissional.org/glossario-de-fotografia/d/distancia-focal

Distância Focal

Na fotografia, distância focal e profundidade de campo são duas coisas facilmente confundidas pelos princi-piantes, mas são bem distintas e devem ser bem compreendidas, pois são muito importantes.

O foco é a nitidez da imagem registrada através da objetiva. Uma lente forma o foco a uma certa distân-cia, conforme sua curvatura. A distância focal é a distância que vai da lente até onde se forma a imagem focali-zada. Na câmera fotográfica, a imagem é formada no sensor/filme quando exposto, por isso podemos dizer que a distância focal vai da lente da objetiva até o sensor/filme.

Page 29: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

29

Profundidade de CampoA profundidade de campo é a variação de foco em uma imagem fotografada. Essa profundidade de campo

depende dos tipos de câmeras, aberturas e distância. As objetivas do tipo refratora, a maioria, trazem entre o anel do foco e o anel do diafragma a escala de

profundidade de campo, porque ela depende destes dois elementos.Quanto menor for o número f do diafragma, maior será a abertura e menor será a profundidade de campo.

Na imagem abaixo foi usada abertura f/1.8.

28 - Ajustes possiveis na câmera. Fonte: http://fotodica.blogspot.com.br/2011/11/distancia-hiperfocal.html

29 - Foto com abertura f/1.8.Fonte: http://bit.ly/2FhblZ4

30 - Exemplificação do foco.Fonte: http://bit.ly/2FhblZ4

Page 30: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

30

Fotômetro

Obturador, Velocidade e Tempo de Exposição

Mecanismo incorporado à câmera ou ao manual, que serve para fazer a medição da luz, ou seja, o cálculo da exposição do sensor/filme à luz, fazendo as compensações necessárias de acordo com a entrada de luz.

O obturador permite decidir durante quanto tempo o filme/sensor será exposto à luz. Ele regula a entrada de luz através da velocidade de disparo da câmera e funciona como uma cortina que abre e fecha de acordo com o tempo de velocidade programada.

Velocidade do obturador é a quantidade de tempo que o obturador permanece aberto, ou seja, é a veloci-dade de disparo.

Escala: B 1 2 4 8 16 30 60 125 250 500 1000…Onde,

B - velocidade regulada pela pressão do dedo no botão de disparo, usada em exposições prolongadas60 ou 125 - velocidade utilizada para flashes.125 - velocidade normal utilizada frequentemente.Abaixo de 125: condições de pouca luzAcima de 125: condições de muita luz.Abaixo de 60: recomendável tripé. Os obturadores são construídos, geralmente, dos seguintes modos:

l Tipo íris ou central, semelhante ao diafragma, que se encontra próximo da objetiva ou nela mesma;l tipo cortina, mais rápidos e eficientes, localizados próximos ao filme/sensor. Este tipo é o mais usado nas

câmeras reflex, permitindo uma velocidade de obturação de fração milionésima de segundos.

32 - Fotômetro da câmera.Fonte: https://falandodefoto.com.br/dicas-fotometria

31 - Fotômetro de mão.Fonte: http://www.verenafotografia.com/fotometro-de-mao

Page 31: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

31

Filmes/Sensores (ISO)

O registro da imagem está diretamente associado à capacidade de captação e reação à luz que os filmes ou os sensores apresentam. Esta capacidade, conhecida como sensibilidade, pode ser medida em um filme segundo três sistemas:l ISO (International Organization for Standardization);l ASA (American Standards Association);l DIN (Deutsche Industrie Norme).

A sensibilidade de um filme é dividida em três faixas principais:l Pequena: ISO 25 a 65 - esse valor das emulsões é lento ou baixo e precisa de muita luz para registrar a

imagem;l média: ISO 100 a 250 – é a mais usada em dias ensolarados;l grande: ISO 400 a 3200 - quando há pouca luz e sensibilidade, precisa ser grande.

Quanto maior o ISO do filme ou sensor, maior será a sua sensibilidade à luz.

O ISO, como vimos agora, era utilizado para indicar a sensibilidade à luz de um filme fotográfico. Na fotografia digital, o ISO tem a mesma função, po-rém é utilizado para indicar a sensibilidade do sensor. A diferença em câmeras digitais é que, ao aumentar a sensibilidade do sensor, ou seja, ao usar um ISO 1600, maior será a quantidade de ruído em uma fotografia; na fotografia analógica, aumenta-se a granulação.

33 - Obturador tipo cortina, aberto/fechado.Fonte: http://bit.ly/2GTKX4O

34 - Exemplo de ruído na fotografia digital.Fonte: http://dfotomania.com/2015/07/21/sensibilidad-iso

É preciso cuidado para não confun-dir o obturador com o diafragma, que se encontra na lente e fica sempre aberto. O obturador fica entre o diafragma e o sensor (ou filme fotográfico), funcionan-do como uma barreira controlada pelo fotógrafo.

Fonte: acervo da autora Tatiane.

Page 32: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

32

Flash

Tipos de Filtros

O flash é um acessório fotográfico usado em ocasiões de pouca ou nenhuma luz. É usado também durante o dia para eliminar as sombras contra a luz intensa.

As câmeras compactas geralmente vêm com um pequeno flash incorporado, de uso limitado. Já as câ-meras reflex e outras de estúdio possuem um suporte chamado sapata (hot shoe), onde se monta o flash.

Os flashes mais simples possuem uma tabela colada neles ou no manual, que deve ser consultada a cada foto. Esta tabela é composta por três variáveis: ISO, distância do objeto e número f (diafragma).

Monta-se o flash na sapata ou com o cabo de extensão no plugue.

Os filtros estão disponíveis no mercado em uma infinidade de opções, seja para correção tonal ou no campo dos efeitos especiais. Basta acoplar um filtro na frente da objetiva, e uma cena comum pode ser sutilmente ou completamente transformada, tendo belíssimos resultados fotográficos.

Existe uma variedade muito grande de filtros no mercado, porém, vamos mostrar aqui alguns dos filtros mais utilizados pelos fotógrafos.

Fonte: http://fotodica.blogspot.com.br/2012/05/tabela-para-flash.html

Page 33: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

33

Filtro UVFiltra a luz que vem do motivo, eliminando a radiação ultravioleta reproduzida no filme, como uma desagra-

dável névoa fina, proporcionando fotos com maior nitidez. Como não exige aumento no tempo de exposição, costuma ser permanente da objetiva, protegendo-a contra poeira e arranhões.

Filtro skylightUtilizado principalmente em fotos coloridas de ambientes externos, este filtro reduz o véu atmosférico que

costuma aparecer em fotos de paisagens, em especial de regiões litorâneas e montanhosas, fornecendo cenas com maior equilíbrio de cores. Apesar de apresentar uma coloração levemente alaranjada, o skylight também pode ser usado como protetor permanente de objetiva contra arranhões e poeira.

Filtro polarizadorO filtro polarizador (circular ou linear) elimina reflexos de superfícies não metálicas, como por exemplo, vidro

e água, reduzindo o véu atmosférico de cenas abertas, tomando o azul do céu mais profundo e ainda provocan-do um aumento na saturação de cores e contraste em geral. Basta olhar pelo visor e, ao mesmo tempo, rodar o filtro até que o efeito desejado seja alcançado. Como reduz levemente a quantidade de luz que entra na objeti-va, recomenda-se que a leitura seja feita com o filtro acoplado.

Filtro de densidade neutra (ND)O filtro ND (de densidade neutra) reduz a quantidade de luz que entra na objetiva, uniformemente, sem

afetar as cores da cena, se tornando muito útil em situações em que o fotógrafo deseja utilizar velocidades mais lentas de disparo e/ou aberturas menores. É indicado para ambientes ensolarados quando se quer trabalhar a profundidade de campo ou quando é necessário um tempo mais longo de exposição. Pode ser usado tanto em filmes coloridos quanto em preto e branco, podendo ser encontrado em diferentes graduações.

Filtros de correção de cor - série 80 Os filtros azuis da série 80 são usados para anular o alaranjado provocado por lâmpadas de tungstênio (lâm-

padas comuns), em fotos feitas com filmes daylight (calibrados para a luz do dia).

35 - Filtros genéricos.Fonte: http://www.rrfloody.com/Midwest.html

Page 34: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

34

Série 81- warm-up Como o próprio nome sugere, warm-up ou filtro de aquecimento, de tonalidade âmbar, dá uma leve aqueci-

da nas cores da cena como um todo. Por esse motivo, é indicado para reduzir o tom azulado de cenas feitas em dias nublados, ou na sombra, e dar um aspecto mais agradável a diversas áreas da fotografia: retratos, arquite-tura, natureza etc.

Série 82 - azul Embora menos conhecidos do que os da série 80, estes filtros são mais utilizados para diminuir a tonalidade

quente de algumas situações, fornecendo uma coloração mais natural aos motivos. Além disso, realçam as som-bras e o clima frio da imagem, fornecendo imagens românticas muito interessantes.

Série 85 - laranja Quando se utilizam filmes calibrados para iluminação de tungstênio em ambientes externos, o resultado fica

extremamente azulado e artificial. Para corrigir isso, os filtros alaranjados da série 85 são as melhores opções, pois eliminam a tonalidade azulada, fornecendo cores mais naturais ao assunto.

FI.W ou FI-Day São utilizados para corrigir a tonalidade esverdeada desagradável, que surge quando se fotografam ambien-

tes iluminados por lâmpadas fluorescentes, com filmes calibrados para a luz do dia (daylight).

Filtro de efeitos especiais

Difusor ou soft focus Embora possa apresentar nomes diferentes, dependendo da marca do filtro, o difusor se caracteriza por

acrescentar um efeito enevoado à cena, fornecendo imagens românticas e levemente desfocadas. Em especial, cenas na contraluz e fundos escuros são os mais indicados e, além disso, aberturas amplas, como por exemplo f/5.6, são as que oferecem os efeitos mais acentuados.

Fog Utilizado principalmente em fotos de paisagens, o filtro fog (névoa) projeta um véu leitoso sobre toda a

imagem, como se houvesse uma leve neblina na cena. Os dias nublados, o começo da manhã ou o fim de tarde chuvoso são boas ocasiões para se conseguir uma bela imagem. Dependendo da marca, pode ser encontrado em diferentes potências que, quando combinadas entre si, possibilitam um efeito ainda mais forte. Para um bom resultado, recomenda-se variar a abertura e deixar o fundo o mais distante possível.

Graduados Utilizados para diminuir o contraste entre o céu e o chão, os filtros graduados apresentam coloração em

apenas uma de suas metades. Para utilizá-los, faça a medição de luz e, em seguida, acople-os, tomando cuidado para deixá-los bem alinhados. Os filtros de coloração azul e cinza são os mais utilizados, uma vez que propor-cionam resultados mais naturais. Porém, para quem quer um aspecto fora do comum, o rosa, o alaranjado e o sépia são boas opções.

Half color Muito parecido com os filtros graduados, os filtros half colors apresentam uma metade colorida e a outra

transparente. No entanto, a mudança de cor, em vez de ser gradual (degradé), é bem delimitada. Por esse mo-tivo, o único cuidado a ser tomado é enquadrar bem a imagem, para que a linha de divisão de cores não fique aparente demais.

Page 35: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

35

Cross screen Perfeito para ser usado em cenas noturnas ou que apresentem áreas luminosas, o filtro cross screen produz

reflexos acentuados em forma de estrelas de 4, 6, 8 ou até 16 pontas das fontes de luz da cena. Pode tanto ser usado em ambientes extremos, como também em estúdio, para acentuar luzes altas em objetos brilhantes, como por exemplo, em joias.

Variocross Seguindo a mesma linha dos filtros cross screen, o variocross possibilita que o efeito possa ser controlado.

Desta forma, as estrelas formadas nas áreas brilhantes da cena podem ser trabalhadas tanto à posição quanto ao ângulo dos pontos, bastando que se faça a rotação do elemento frontal do filtro.

Sépia Para quem gosta de fotos envelhecidas, como se tivessem descoloridas com o passar dos anos, o filtro sépia é

um excelente aliado. Basta acoplá-lo na frente da objetiva e fotografar, para que as fotos fiquem com um aspecto nostálgico e interessante. Dependendo da marca, pode-se encontrar duas versões (A e B) desse filtro, sendo que uma delas apresenta o efeito um pouco mais forte do que a outra.

Dual color ou bicolor Azul com vermelho, laranja com verde, amarelo com rosa. São inúmeras as combinações de cores dos filtros

bicolores. Eles servem para realçar uma cor já existente na cena e colorir a outra metade, ou para dar uma aparência inusitada à imagem como um todo. Esses filtros possibilitam oportunidades criativas e muito interes-santes.

TricolorTrês cores combinadas em um mesmo filtro, paralelas ou em forma triangular, podem fornecer imagens ricas

e fora do convencional. Ele possui três seções de cores diferentes, e a combinação mais comum é azul, verde e vermelho, possibilitando efeitos criativos que, dependendo da abertura e distância focal da objetiva, ficam mais ou menos saturados.

Difrativos Durante o dia ou a noite, os filtros difrativos são excelentes opções para fotografias criativas. Por causa da

superfície levemente alterada desses filtros, é possível transformar fontes em raios multicoloridos de diversos formatos redondos. Alguns fatores podem aumentar ou diminuir o efeito: o tamanho e a força da fonte de luz e a distância focal da objetiva.

Múltiplas exposições Apesar de ser encontrado com os mais diferentes nomes no mercado, a função deste filtro é produzir múlti-

plas exposições, ou seja, repetição do motivo principal, da mais variada forma: circular, triangular, diagonal, pa-ralela etc. Fora isso, a quantidade de repetições também pode mudar de duas até seis. Normalmente, os fundos escuros são os mais eficientes.

Center spot Para dar ênfase ao assunto central, os filtros center spot (de ponto central) são boas opções, pois conservam

a nitidez do centro da imagem e, nas áreas ao redor, dão uma leve desfocada. Com isso, permitem que toda a atenção vá diretamente para o motivo principal, diminuindo a interferência de elementos distrativos que estão em volta. É possível encontrar filtros center spot em uma grande variedade de efeitos: difusor, brisa, moinho de vento, gradual, zoom etc.

Page 36: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

36

Color spot Com o mesmo objetivo de realçar o motivo principal, os filtros color spot mantêm a cor original do assunto

central e adicionam uma coloração diferente às áreas laterais da imagem. Dependendo do fabricante, é possível também encontrar o mesmo efeito com duas ou mais cores, o que produz uma difusão colorida ao redor do motivo principal.

Polacolor Diferente do polarizador convencional, os filtros polarizadores coloridos vermelho, azul e amarelo, entre ou-

tros, fornecem uma coloração aos reflexos e ao céu. A rotação do filtro faz a intensidade da coloração aumentar ou diminuir e ainda reduzir ou eliminar os reflexos. É possível também encontrar filtros polarizadores com duas cores, por exemplo, amarelo e verde, vermelho e azul.

Close-up Disponíveis em diferentes medidas, os filtros close-up reduzem a distância mínima de focalização, permitindo

uma aproximação maior do assunto. Quanto maior o número, maior a ampliação do motivo. Recomenda-se a utilização de aberturas pequenas (f/22 ou f/16) do diafragma, uma vez que a profundidade de campo fica bas-tante reduzida.

Dual image O filtro dual image, ou dupla exposição, possui uma metade transparente e a outra preta, sendo que apenas

uma metade do quadro é registrada de cada vez. Com isso, e desde que possua o recurso da múltipla exposição, o mesmo assunto pode ser fotografado duas vezes em um mesmo quadro, resultando em imagens divertidas e fora do convencional.

Color multivision Dois efeitos especiais em apenas um filtro. É exata-

mente isso o que acontece quando se acopla um filtro color multivision na frente da objetiva. Além de trans-formar um motivo em uma repetição (três ou mais), distribuído de forma paralela ou triangular, esse filtro ainda acrescenta uma mistura de cores (geralmente duas ou três) pelo quadro todo.

ColoridoAzul, amarelo, verde, magenta. No mercado, é possível encontrar diversas cores de filtros, capazes de forne-

cer fotos de grande impacto, às vezes para realçar uma cor, outras para tirar coloridos, podendo criar um mundo de fantasia quando utilizados sozinhos ou combinados entre si.

36 - No primeiro LP de Pink Floyd , The Piper At The Gates of Dawn (1967), o fotógrafo indiano Vic Singh conseguiu um efeito caleidoscópico através de um filtro multivision.

Fonte: http://bit.ly/2GZOTkx

Page 37: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

37

A luz é o elemento responsável da fotografia e é essencial não só para que o processo aconteça, como tam-bém para criar climas, volumes e texturas.

A melhor iluminação é a natural, e o horário definirá a inclinação dos raios luminosos em relação ao objeto fotografado, resultando determinados efeitos. Os melhores horários para fotografar usando a luz natural são as primeiras e as últimas horas do dia.

Na iluminação de estúdio, o efeito desejado dependerá do posicionamento das diversas fontes de luz e do equilíbrio entre elas.

Seguem algumas sugestões de iluminação: uma fonte de luz pode incidir no objeto fotográfico de três formas e, consequentemente, com três resultados diferentes:l Luz direta - produz iluminação e sombras duras. É a mais comum, pois não exige maiores cuidados, con-

tudo, os resultados não são os melhores;l luz rebatida - iluminação e sombras médias. Os rebatedores podem ser paredes e painéis claros, rígidos

ou flexíveis. Procure usar a luz rebatida em materiais brancos; o dourado e o prateado produzem efeitos especí-ficos, como também os coloridos. Um teto baixo também pode servir de superfície para rebater a luz, inclusive a luz do sol;l luz difusa - iluminação e sombras suaves. Sombrinhas, películas e filtros fazem parte do arsenal. Um dia

nublado produz uma luz difusa.

Geralmente evita-se a luz direta e dá-se preferência à luz difusa.

Iluminação

37 - Luz Direta/ Luz Difusa.Fonte: http://bit.ly/2CUA9Rn

38 - Exemplos de rebatedores.Fonte: http://bit.ly/2GTM0Sn

Page 38: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

38

Direitos Autorais Sobre a Imagem

UNIDADE IV

São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qual-quer suporte, tangível ou intangível, conhecidas ou que se inventem no futuro, tais como: VII – as obras fotográ-ficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia.

Isso significa que qualquer foto tirada por você é protegida por essa lei. Não importa se o registro fotográfico é digital ou analógico. Os direitos do autor também são chamados de direitos morais. De acordo com o art. 24 da Lei dos direitos autorais, você, como autor da fotografia, tem os seguintes direitos:

I – o de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra;

II – o de ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado ou anunciado, como

sendo o do autor, na utilização de sua obra;

III – o de conservar a obra inédita;

IV – o de assegurar a integridade da obra, opondo-se a quaisquer modificações ou à

prática de atos que, de qualquer forma, possam prejudicá-la ou atingi-lo, como autor,

em sua reputação ou honra;

V – o de modificar a obra, antes ou depois de utilizada;

VI – o de retirar de circulação a obra ou de suspender qualquer forma de utilização já

autorizada, quando a circulação ou utilização implicarem afronta à sua reputação e

imagem;

VII – o de ter acesso a exemplar único e raro da obra, quando se encontre legitimamen-

te em poder de outrem, para o fim de, por meio de processo fotográfico ou assemelha-

do, ou audiovisual, preservar sua memória, de forma que cause o menor inconveniente

possível a seu detentor, que, em todo caso, será indenizado de qualquer dano ou pre-

juízo que lhe seja causado.

§ 1º Por morte do autor, transmitem-se a seus sucessores os direitos a que se referem

os incisos I a IV.

§ 2º Compete ao Estado a defesa da integridade e autoria da obra caída em domínio

público.

§ 3º Nos casos dos incisos V e VI, ressalvam-se as prévias indenizações a terceiros,

quando couberem.

No art. 27, os direitos morais do autor são inalienáveis e irrenunciáveis. Direitos morais não podem ser ven-didos, repassados ou qualquer coisa assim. Esses são os direitos seus e de mais ninguém.

Para vender seu trabalho, você vai ter que ceder o direito de uso, e esse direito é chamado oficialmente de direito patrimonial. Uma vez cedido o direito de uso, a pessoa que comprou poderá usar sua foto da maneira que bem entender, podendo modificar ou divulgar sua obra para qualquer fim.

Antes de vender seu trabalho, lembre-se de deixar tudo acertado em contrato, pois qualquer tipo de uso da imagem tem que ser previamente aprovado pelo autor. Seguem abaixo alguns exemplos de aprovação prévia no art. 29:

Page 39: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

39

I. a reprodução parcial ou integral;

II. a edição;

[...]

VI. a distribuição, quando não intrínseca ao contrato firmado pelo autor com terceiros

para uso ou exploração da obra;

VII. a distribuição para oferta de obras ou produções mediante cabo, fibra ótica, satéli-

te, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usuário realizar a seleção da obra

ou produção para percebê-la em um tempo e lugar previamente determinados por

quem formula a demanda, e nos casos em que o acesso às obras ou produções se faça

por qualquer sistema que importe em pagamento pelo usuário;

[...]

X. quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inven-

tadas.

Qualquer uso depende da autorização de quem criou a fotografia. É muito importante deixar muito bem especificado no contrato onde vai ser usada a foto (internet, revista, outdoor etc.) e quanto tempo poderá ser usada pelo seu cliente (um ano, 10 anos, 20 anos). Assim, deixamos claro que não vendemos fotos, e sim o di-reito de uso dessas imagens.

39 -Exemplo de contrato de uso de autorização de imagem.Fonte: acervo da autora Tatiane.

Funciona da mesma forma que o uso da sua foto. É preciso fazer um contrato, no qual a pessoa autorize o uso de sua imagem, pois a pessoa fotografada tem o direito da imagem dela.

Assim também funciona se aparecer na foto qualquer objeto de autoria conhecida. O responsável pelo obje-to deverá permitir a licença de uso da imagem deste objeto. Não se pode vender uma foto de garrafa de refrige-rante sem a autorização da marca desse refrigerante.

Direito de Uso da Imagem de Pessoas e Objetos nas Fotos

Page 40: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

40

ALI, Fátima. A arte de editar revistas. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.

BRASIL. Lei Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos au-torais e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 20 de fev. 1998. Disponível em: <http:// www.dou.gov.br/materias/do1 / do1legleg19980220180939_001.htm>. Acesso em: 15 fev. 2018.

BRAGA, João. Reflexões sobre moda. Colaboração de Mônica Nunes. 2. ed. São Paulo: Anhembi Morumbi, 2005.

DUBOIS, Philippe. O ato fotográfico. 6. ed. Campinas: Papirus, 2003.

HOPPE, Altair. Photoshop para fotógrafos, designers e operadores digitais. Santa Catarina: Photos, 2006.

______. Fotografia digital sem mistério. Santa Catarina: Photos, 2006.

KOSSOY, Boris. Fotografia e história. São Paulo: Ática, 1989.

LANGFORD, Michael. Fotografia básica. Lisboa: Dina livro, 1996.

MOZOTA, B. Gestão do Design, usando o design para construir valor de marca e inovação coorporativa. Porto Alegre: Bookman, 2011.

NEWHALL, Beaumont. The History of Photography: From 1839 to the Present. [s.l.]: Taschen, 2012.

SANTAELLA, Lúcia. O que é Semiótica. São Paulo: Brasiliense, 1983. 103p.

STRAUBHAAR, Joseph. Comunicação, mídia e tecnologia. Trad. José Antônio Lacerda DuarteSão Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.

TOSCANI, Oliviero. A publicidade é um cadáver que nos sorri. Rio de Janeiro: Ediouro. 2002.

VARGAS, Caroline. Corpo e imagem: um estudo sobre a construção da identidade feminina através da fotografia de moda da revista Vogue francesa dos anos 20 e 30. Campinas: UNICAMP, 2008.

VICENT, Ricard Françoise. As espirais da moda. Trad. Maria Inês Rolim. Rio de Janeiro:Paz e Terra, 1989. 241p.

Referências

Page 41: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso

Inaciolândia

Gouvelândia

Quirinópolis

V icentinópolis

Acreúna

Santo Antônioda Barra

Rio Verde

Jataí

Turvelândia

Porteirão

Maurilândia

Castelândia

Portelândia

Santa Ritado Araguaia

Serranópolis

Aporé

Itajá

Itarumã

CachoeiraAlta

Paranaiguara

Represa deSão Simão

Doverlândia

Baliza

Bom Jardimde Goiás

Aragarças

Nerópolis

Urutaí

Cristianópolis

Ipameri

Campo Alegrede Goiás

RioQuente

CaldasNovas

NovaAurora

Corumbaíba

Marzagão

Buriti Alegre

Itumbiara

Panamá

Bom Jesusde Goiás

Cachoeira Dourada

MorrinhosJoviânia

Aloândia

Pontalina

Diorama

Arenópolis

Palestinade Goiás

V ianópolis

Silvânia

Leopoldo de Bulhões

Terezópolis de Goiás

Ouro V erde de Goiás

Inhumas

Caturaí

Goianira

Brazabrantes

NovaVeneza

Bonfinópolis

Goianápolis

Caldazinha

Bela V istade Goiás

São Miguel doPassa Quatro

Orizona

PalmeloSanta Cruzde Goiás

Pires do Rio

SenadorCanedo

Edéia

Edealina

Professor JamilCromínia

Mairipotaba

Varjão

Cezarina

Indiara

Montividiu

Paraúna

São João da Paraúna

Aurilândia

Firminópolis

Turvânia

Nazário

A velinópolis

AraçuAdelândia

Sanclerlândia

Fazenda Nova

São Miguel do AraguaiaNovoPlanalto

SantaTerezade Goiás

Montividiudo Norte

Trombas Minaçu

Campinaçu

Colinasdo Sul

Cavalcante

Alto Paraísode Goiás

Teresinade Goiás

Divinópolisde GoiásMonte Alegre

de Goiás

CamposBelos

Nova Roma

Guaranide Goiás

Iaciara

Posse

Buritinópolis

Alvoradado Norte

Sítio D'Abadia

Damianópolis

Mambaí

Flores deGoiás

FormosoMutunópolis

Amaralina

Mara Rosa

Campinorte

AltoHorizonte

NovaIguaçude Goiás

Uruaçu

Pilar de Goiás

Hidrolina

Guarinos

ItapaciNovaAmérica

Morro Agudo de Goiás

NovaGlória

São Patrício

Carmo doRio Verde

Itapuranga

FainaMatrinchã

Montes Clarosde Goiás

Itapirapuã

Jussara

Santa Féde Goiás

Britânia

Guaraíta

Rialma

Santa Isabel

Rianápolis

Pirenópolis

Vila Propício

Padre Bernardo Planaltina

Águas Lindasde Goiás

Novo Gama

Cidade Ocidental

Damolândia Abadiânia

Alexânia

Corumbáde Goiás

Cocalzinhode Goiás

JaraguáItaguaru

JesúpolisSãoFranciscode Goiás

Petrolinade Goiás

Heitoraí

Formosa

V ila Boa

Cabeceiras

Mimoso de Goiás

Água Friade Goiás

São JoãoD'Aliança

São Luiz do Norte BarroAlto

Santa Ritado NovoDestino

Crixás

Estrelado Norte

Bonópolis

Mundo Novo

Nova Crixás

Uirapuru

SantaTerezinhade Goiás

CamposVerdes

Mozarlândia

Araguapaz

Aruanã

Itauçú

Taquaralde Goiás

Itaguari

SantaRosade Goiás

Itaberaí

Americanodo Brasil

Buritide Goiás Mossâmedes

Novo Brasil

Jaupaci

AnicunsSão Luís deMontes Belos

Córrego do Ouro

Cachoeira de Goiás

Ivolândia

Moiporá

IsraelândiaIporá

Amorinópolis

Jandaia

PalminópolisPalmeirasde Goiás

Campestre de Goiás

TrindadeSantaBárbarade Goiás

Guapó

Aragoiânia

Abadia de Goiás

ÁguaLimpa Goiandira

Cumari

Anhanguera

Ouvidor

TrêsRanchos

Davinópolis

Represa deCachoeira Dourada

Repr esa deItumbiara

Repr esa deEmbocaçãoCaçu

Aparecida do Rio Doce

Chapadãodo Céu

Perolândia

SãoDomingos

Lagoa Santa

Gameleirade Goiás

Campo Limpode Goiás

Ipiranga de Goiás

Luziânia

SED - SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECÔNOMICOwww.sed.go.gov.br Gabinete de Gestão: (62) 3201-5438 / 3201-5443

Regional 2

Regional 1

Regional 4

Regional 5

Regional 3

Regionais

INSTITUTOS TECNOLÓGICOS DE GOIÁS - ITEGOs

Porangatu

Ceres

Goianésia

Uruana

Goiás

Anápolis

Piranhas

Caiapônia

Goiatuba

Catalão: Aguinaldo de Campos NettoCatalão: Labibe Faiad

Goiânia: Sebastião Siqueira Goiânia: Basileu França

Cristalina

Santa Helena de Goiás

ITEGOs em funcionamento - 17 Unidades

ITEGOs em expansão - 13 unidades

Niquelândia

St. Antônio do DescobertoValparaíso de GoiásMineiros

Goiânia: Noroeste

Goiânia: Léo Lince

Piracanjuba

Catalão: GoiásTecFormosa

Hidrolândia: Tecnoparque

LuziâniaPlanaltina: JK Parque Tecnológico

Aparecida de Goiânia: Inov@parecida

Aparecida de Goiânia - Luiz Rassi

PossePalmeirasQuirinópolisInhumas

Léo lince do Carmo AlmeidaAcesse: www.ead.go.gov.br

Niquelândia

Ceres

Uruana

Goianésia

Santo Antôniodo Descoberto

Anápolis

Goiás

Porangatu

Catalão

Piracanjuba

CristalinaGoiânia

Goiatuba

Santa Helenade Goiás

Caiapônia

Piranhas

Mineiros

Hidrolândia

Aparecidade Goiânia

Valparaíso de Goiás

Encontre um Itego mais próximo de você

São Simão

Rubiataba

Page 42: Fotografia de Moda 2018 - Portal Expresso