a herdeira da capa vermelha

7/23/2019 A Herdeira Da Capa Vermelha

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Autora Rita Silva

Capuchinho

VermelhoA Verdadeira

História

Rita Silva

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“A Herdeira da Capa Vermelha”

*Resumo*

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Autora Rita Silva

*Prólogo* Á minha frente, uma oresta

desenhava-se densa e envolta por umaescuridão. Os seus troncos eram tãoenormes que faziam lembrar colunas de

emplos Anti!os, as suas copas eram altas,!randes e eram o imenso c"u daquelaoresta. A escuridão estava por toda a sua

parte# entre as $rvores, entre as pedras. %oseu cora&ão.

'ercebi porque a chamavam de()loresta %e!ra*. +ecerto seria por toda aescuridão que nela habitava. ra imensa e

parecia mover-se e alcan&ar todos osrecantos mais escondidos. alculava que

quem a atravessasse caria preso nela.%a lenda e/istia um lobo que a

habitava. +iziam que o seu cora&ão eramais ne!ro que toda aquela escuridão. 0ue

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o seu h$lito cheirava a san!ue# san!ue detodas as pessoas que devorava ainda comvida. 0ue se alimentava da sua alma, doseu sofrimento e da sua dor e nãobastando isso, as mantinha !uardadas emsua casa para mais tarde recordar. raapenas uma lenda. 1ma lenda que al!um

louco tinha inventado para que seafastassem da oresta.

Avancei para a oresta. %o in2ciohesitei mas mais tarde achei que nãohouvesse problema al!um em atravess$-la,

anal do que haveria de ter medo3 ram s4$rvores, s4 escuridão, s4 medo, san!ue eapenas le.

A oresta era apenas le e isso eratudo do que eu precisava de ter medo.

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que estava % minha -rente quant mais apr5im cntinente.

As -r7as cme7avam a -altar*me etinha a certeza de que iria vmitarnvamente. ! cmia nada % quase tr"sdias e meu est8ma& insistia em lemrar*me diss sempre que me -azia vmitaraquela secre7! hrrrsa que ns dei5aum sar hrr)vel na ca 9n! ter pasta dedentes' trnava*se perturante naquelaaltura:;.

Cmecei ent! a diminuir aintensidade ds meus passs para que

cnse&uisse a mens manter*me em p/ e'mais imprtante cnse&uir manter*mealerta. + que quer que me tivesse atacadainda pderia estar a vi&iar*me.

! saia a cert que me tinhaverdadeiramente atacad. A0nal eu n!

tinha prestad muita aten7! n que querque -sse desde que tivera que crrer elutar pela minha vida. unca tinhaperceid valr da minha vida antes de

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ter que lutar pr ela e a&ra eu queria'mais que tud' manter*me viva.

Ca). + meu crp estava -rac e eu n!devia de andar mais naquele dia = nemdevia ter andad ns utrs * mas euprecisava de andar' precisava de me salvare de me prte&er cas aquela cisa aindaestivesse atr%s de mim e apenas esperasseeu sucumir para me atacar.

inha que me levantar. inha que lutarcntra as dres que sentia na perna' cntra pes d meu crp que se trnava maispesad d que nrmalmente seria ecme7ava a sentir s meus lhs maispesads e di0cilmente s cnse&uiriamanter aerts durante muit mais temp.

entei levantar*me diversas vezes massempre que -azia al&um es-r7 a minha

perna parecia que se ras&ava e -azia*mecair nvamente. >i ent! que pensei queiria mrrer ali' n mei de um caminh deterra sem que nin&u/m me scrresse.?eria meu 0m.

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(orro o mais depressa que consi!o.Os !ritos são ensurdecedores# 5ritos dedor, !ritos de p6nico, !ritos de medo e

principalmente de desespero, são os quemais oi&o. O meu corpo estremece a cada

um.Oi&o os uivos, os passos e consi!o

ainda ouvir os dentes ras!arem toda acarne que encontrava $ sua frente. 7e8o

pessoas ainda vivas que v9m antes da suamorte a sua pele ser arrancada e a suacarne ras!ada. u não respiro. enho medoque me oi&a, que me encontre e quetamb"m eu tenha aquele tenebroso m. Oscorpos ensan!uentados e sem vida nochão, o san!ue que est$ em toda a parte e

respira&:es descompassadas de quemainda est$ vivo mas 8$ não tem os seusmembros ; " aterrorizante.

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%in!u"m est$ a salvo. %in!u"m ir$sobreviver. le não dei/ar$ que isso

aconte&a*

<<<Acrdei. Era uma cama macia.

Cn-rt%vel' em qualquer cisa seria maiscn-rt%vel que ch! dur nde eu antes

tivera deitada a sucumir a tda a dr queme asslava crp e alma. A dr = eu n! asentia mais.

$ensei que teria mesm mrrid e quenaquele mund n! e5istiria dr' masprvavelmente tam/m n! e5istiria camasmacias e cn-rt%veis em tns de verde ee&e. Calculei que n! estivessee-etivamente mrta e suspirei de al)vi.

Emra a perna n! me desse su0ciente para me -azer cair cm 0zera

anterirmente quand me clquei de p/vltei a sentir a minha carne ras&ar e acada pass que dava pir e mais -rte a drse trnava. En&li a dr e cmecei aprcurar pr al&u/m' talvez pr quem me



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a sua mrte ?im. Fas n! queria que meimpedissem de l% vltar. E eu tinha que l%

vltar.A casa nde eu estava era simples e

aclhedra e pr instantes lemrei*me daminha anti&a casa 9 últim siti em que eutinha estad e me sentid prte&ida:;.

inha um cheir a madeira -resca cm sea mesma tivesse sid acaada de cnstruir' que viamente tinha acntecid h%muits ans atr%s pis salh estavadani0cad' e5istiam al&uns vidrsquerads e cnsertads cm madeira e

tam/m al&uma das t%uas estavaastante estra&ada e velha' $ert dquart nde eu tinha acrdad e5istiaquatr pequenas divisGes separadas pruma pequena sala muit simples = Cmapenas dis ancs enrmes' uma estante

imprvisada apenas cm tr"s livrs' ncant e5istiam diversas armas 9 que medei5u assustada:.; e uma mesa enrmemas que tinha apenas quatr cadeiras.

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0car aqui e esper que iss 0que emclar' JlerI = Kevantu*se rapidamente e

saiu atend a prta atr%s de si.?aiam que estavam a -alar de mim e

sei que naturalmente qualquer rapari&a0caria -eliz pr ser assunt de discuss! dedis rapazes' mas eu n!. +diava serassunt de qualquer pessa' especialmentede rapazes = ! &stava de quand-alavam e pinavam sre a minha vida eessa era uma das muitas razGes para eun! cn0ar em nin&u/m nem cntar aminha vida' particularmente rapazes.

+ utr rapaz manteve*se ali. $arecia*me verdadeiramente irritad mas amesm temp tinha uma e5press!melanclica sre assunt de que-alavam = Eu.

Virei cstas decidida a vltar para

quart e deitar*me' estava de p/ %demasiad temp e perna vltara a der*me e andar trnava*se nvamente umsacri-)ci.

* ! devias estar de p/. Vais pirar.

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Virei*me rapidamente. Ele lhava paramim sem me mstrar qualquer em7!

9um srris u precupa7!; = -alu aquilprque apenas saia que tinha raz! e eusaia diss.

* ?enta*te. = +rdenu. +diava que medessem rdensI

?entei*me analisand seu arine5pressiv apesar de naquele mment

,% es7ar um leve srris pr entre sseus l%is per-eitamente delineads e05ava*me cm s seus lhs tentandtalvez analisar*me.

* Cm te sentes = $er&untu*me'mstrava*se mais am%vel e n! cm amesma vz s/ria de mments atr%s.

* L% cnsi& andar: * Malucieienquant lhava para a m)nima distNnciaque tinha percrrid entre aquele quart e

a sala e apenas cm iss eu ,% estava derasts: ?uspirei. = Ainda se trna di-)cilandar:

* $is' eu sei: Estes dis dias que aquiestiveste: $ens%ms que irias mrrer:

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(is dias Eu estava ali % dis dias en! me lemrava de nada e5cet as dres

que me asslavam antes de eu desmaiar. alvez a minha e5press! -sse al& deassustadra e cmica pis ele sltu uma&ar&alhada. Aquil enervu*me.

* Encntrei*te desmaiada e cm umvalente &lpe na perna' devias estar assim% dias pis ela estava cm muit mauaspet: * >iz uma careta lemrand*me destad da minha perna durante tdsaqueles dias = Ent! tru5e*te para c% ecm n! acrdavas che&%ms a pensar

que irias mrrer mais dia mens dias:* $is' eu tam/m: * Cn-esseilemrand*me d pensament pat/tic queeu tivera quand acrdei.

?ltu uma &ar&alhada. ?enti*me acrar e saia que as minhas chechas

0caram vermelhas' diava quand issacntecia. ! &stava quand se riam demim' pis n passad iss -i mtiv de euquase aniquilar a minha melhor ami!a.ma histria tr%&ica' pel mens para ela.

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)nhams dze ans. FaJa OriPn era aminha melhr ami&a desde que t)nhams

nve ans. esta altura a minha vida aindaera nrmal e di&na de ser chamada assim.Est%vams na escla prim%ria e em reveseria (ia das F!es e est%vams a prepararuma pe7a de teatr. FaJa 0cu cm papel de prta&nista e eu cm adere7 =uma Qr. ! 0quei incmdada cm talcisa pis eu detestava ser centr dasaten7Ges e para dizer a verdade eu nunca&stara de -alar muit. Fas FaJa ria e&zava cmi& em tds s ensais e uma

vez eu -artei*meI Empurrei*a 9quaseacidentalmente:; dizend para ela pararde &zar cmi& u ela mrreria ali mesm.Acau pr partir smente uma perna en! puder entrar na pe7a e eu acaei prser e5pulsa da mesma = mens mal. unca

mais ns -al%ms. E -i assim que eu dei5eide ter ami&s e que as pessas sea-astaram de mim.

* ens -me = $er&untu*mearrastand*me da minha tr%&ica memria e

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* ! irias acreditar se te cntasse:* E5perimenta. = Retrqui rapidamente.

+diava quand me suestimavam a minhacapacidade de aceita7! u inteli&"ncia.+diava ainda mais quand evitam assunt em vez de -alarem diretamente'se muita &ente tinha paci"ncia para esses

,&uinhs' eu n! tinha.* Estava atr%s de ti: * Respndeu

prnunciand distintamente cada palavra eenquant eu assimilava que acaa deuvir' cntinuu * ! saia que estavas-erida' pel mens n! cm tanta

&ravidade. ?e&ui*te para ver nde ias eprque uma rapari&a' hum t! nita' n!devia andar szinha pr a)' mas quand tevi desmaiar pensei:

* Due eu iria mrrer. = erminei a -rasede ra,ada es7and um leve srris.

?ei que nrmalmente eu 0caria-endida e indi&nada mas na realidade n!me sentia assim. ?e ele n! estivesse atr%sde mim nunca me teria salvad quand eu

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desmaiasse = >icaria a dever*lhe a minhavida' mesm que n! quisesse -az"*l.

* +ri&ada.+lh%m*ns entre srriss. unca tinha

a&radecid a nin&u/m -at de ter salvada minha vida' pensand em' nunca tinhaa&radecid pr nada em minha vida. Eletinha mudad iss = em v%ris minuts ele

,% tinha mudad al& em mim' al& quenunca nin&u/m tinha -eit.

a verdade nunca tinha cn0ad tantnum rapaz cm cme7ava a cn0ar em

Jler. !' n! era cn0an7a = era &ratid!.Eu estava &rata pr ter salvad a vida e priss ach que pd)ams ter uma cnversaa&rad%vel sem que utras inten7Ges sesrepusessem. 0ue outras inten&:es3

* + que vc"s -azem aqui Duer dizer'ist n! / s)ti mais cn-rt%vel para

estar pens eu: ?! -u&itivs u assim =$er&untei enquant desviava lhar paraas arma encstadas % parede.

?ltu uma &ar&alhada = eraressnante e ecava pr tda a sala. ?enti*

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me a crar nvamente e n! &stava nadaquand crava especialmente pert de

rapazes' nunca era pr um m mtiv upr al&uma inteli&"ncia dita da minhaparte.

* ?ms ca7adres. = Respndeu aindan mei da &ar&alhada.

* ! te interessaI = + rapaz que %puc -alara de mim sem me cnhecerentru de rmpante na sala e -alu cmse cada palavra -sse uma arma queutilizava para me aater = Jler n! tensnada para -azer

* Mrandn' esta / a Keah. Ela ,% est%melhr:

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