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XV Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública, Santo Domingo, República Dominicana, 9 - 12 Nov. 2010 Documento Libre Escola de Governo: a Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro e o legado da Fundação Escola de Serviço Público Marco Agostini Aneth Satie Esaki 1. INTRODUÇÃO A criação de uma Escola de Governo destinada a formar quadros para o serviço público deveria ser uma estratégia ampla de transformação do aparato administrativo estadual. O discurso sobre a importância da administração pública é pautado na busca de uma maior qualificação, para promover a modernização da administração pública. As Escolas de Governo inserem-se neste contexto, como bases de sustentação dessa política para a melhoria do funcionamento do serviço público. As experiências iniciadas a partir dos anos 80 e no início dos anos 90, nas cidades brasileiras de Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro, refletem essa iniciativa, numa clara sinalização internacional, nos moldes daqueles existentes em diversos países como França, Espanha, Itália, Canadá, Portugal, México, Argentina, dentre outros. Desde 1990, a maioria dos países em desenvolvimento vem implementando reformas estruturais, baseada em princípios da chamada “Nova Administração Pública”. Certamente, os institutos públicos voltados para a formação dos funcionários públicos antecedem, há muito, este tempo. O papel dessas instituições e suas responsabilidades, no entanto, tem sido redimensionados e redirecionados em função de, principalmente, dois fatores: o novo papel da administração pública e a crescente demanda por aprimoramento dos recursos humanos disponíveis no setor público. Em nosso país existem, há algumas décadas, centros de formação de recursos humanos para o setor público, tanto no plano federal quanto estadual. Estes institutos não possuíam, no entanto, a pretensão de ocuparem o espaço com a formação de elites para o governo. Apenas órgãos relacionados com a Receita Federal, a Diplomacia e as Forças Armadas eram e ainda são dotados de centros de formação próprios, com estruturas de carreira e remuneração. A transição destes centros de capacitação para um propósito mais amplo não é simples, porém, a proposta tem avançado como Escola Nacional de Administração Pública - ENAP (em Brasília), a Fundação do Desenvolvimento Administrativo - FUNDAP (em São Paulo), a Escola de Governo de Minas Gerais/Fundação João Pinheiro (em Minas Gerais), o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social - IPARDES (no Paraná) e, atualmente, a Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro - CEPERJ (no Rio de Janeiro), que caminharam nessa direção. Neste sentido a proposta da criação de uma Escola de Governo não tem como deixar de ser percebida como um passaporte para preparar profissionais capazes de compor a cúpula do governo. 1

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XV Congreso Internacional del CLAD sobre la Reforma del Estado y de la Administración Pública, Santo Domingo, República Dominicana, 9 - 12 Nov. 2010Documento Libre

Escola de Governo: a Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisase Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro

e o legado da Fundação Escola de Serviço Público

Marco AgostiniAneth Satie Esaki

1. INTRODUÇÃOA criação de uma Escola de Governo destinada a formar quadros para o serviço público deveria ser uma estratégia ampla de transformação do aparato administrativo estadual. O discurso sobre a importância da administração pública é pautado na busca de uma maior qualificação, para promover a modernização da administração pública. As Escolas de Governo inserem-se neste contexto, como bases de sustentação dessa política para a melhoria do funcionamento do serviço público.

As experiências iniciadas a partir dos anos 80 e no início dos anos 90, nas cidades brasileiras de Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro, refletem essa iniciativa, numa clara sinalização internacional, nos moldes daqueles existentes em diversos países como França, Espanha, Itália, Canadá, Portugal, México, Argentina, dentre outros.

Desde 1990, a maioria dos países em desenvolvimento vem implementando reformas estruturais, baseada em princípios da chamada “Nova Administração Pública”. Certamente, os institutos públicos voltados para a formação dos funcionários públicos antecedem, há muito, este tempo. O papel dessas instituições e suas responsabilidades, no entanto, tem sido redimensionados e redirecionados em função de, principalmente, dois fatores: o novo papel da administração pública e a crescente demanda por aprimoramento dos recursos humanos disponíveis no setor público.

Em nosso país existem, há algumas décadas, centros de formação de recursos humanos para o setor público, tanto no plano federal quanto estadual. Estes institutos não possuíam, no entanto, a pretensão de ocuparem o espaço com a formação de elites para o governo. Apenas órgãos relacionados com a Receita Federal, a Diplomacia e as Forças Armadas eram e ainda são dotados de centros de formação próprios, com estruturas de carreira e remuneração. A transição destes centros de capacitação para um propósito mais amplo não é simples, porém, a proposta tem avançado como Escola Nacional de Administração Pública - ENAP (em Brasília), a Fundação do Desenvolvimento Administrativo - FUNDAP (em São Paulo), a Escola de Governo de Minas Gerais/Fundação João Pinheiro (em Minas Gerais), o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social - IPARDES (no Paraná) e, atualmente, a Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro - CEPERJ (no Rio de Janeiro), que caminharam nessa direção.

Neste sentido a proposta da criação de uma Escola de Governo não tem como deixar de ser percebida como um passaporte para preparar profissionais capazes de compor a cúpula do governo.

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É a possibilidade de um acesso, legitimado pelas legislações que regem a burocracia de Estado, aos mais altos escalões dirigentes, credenciado inclusive pelos mandatários políticos.

Como base para reflexão, este trabalho apresenta o movimento dos fatores de influência e a trajetória trilhada, a partir dos diferentes contextos políticos, com as mudanças nas diretrizes de cada fase de gerenciamento público, até o momento atual, em que a Fundação CEPERJ, pela Lei 5420/2009, é transformada em órgão oficial de formação de servidores, de recrutamento e seleção de pessoal, de consultoria para modernização organizacional, de estudos e pesquisas de dados, estatísticas, geoprocessamentos, entre outros, como será desenvolvido nos tópicos a seguir.

2. O CONTEXTO POLITICO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICANão há como abordar a problemática de funcionamento da máquina administrativa sem levar em conta o contexto das intervenções reformistas. Neste sentido a proposta de uma Escola de Governo faz parte de um complexo contexto político histórico e organizacional.

O Estado Brasileiro foi inicialmente estruturado nos anos de 1930 e 1940, através de processos de reformas administrativas. Podemos dividir em três períodos: O primeiro, composto de duas partes: de 1930 até 1945 e, de 1952 até 1962; o segundo começa a partir de 1964 e o terceiro período compreendendo dois momentos: um após 1985 com a “Nova República” e outro, a partir de 1995, quando o Governo, à época, implantou a denominada “Reforma do Estado”.

O primeiro período foi chamado pelos estudiosos de “modelo clássico”, que se inicia precisamente em 1937, durando até 1945, tendo como premissas fundamentais a reforma do sistema de pessoal, a implantação e simplificação dos sistemas administrativos e das atividades de orçamento.

O fato marcante foi a criação, pelo Decreto-Lei nº 579, de 30/07/1938, do Departamento Administrativo do Serviço Público – DASP, baseado na administração de pessoal com ênfase no sistema de mérito. O modelo clássico entra em crise após 1945, ao fim da segunda grande guerra e do “Estado Novo”. Uma nova etapa surge em 1952, durando dez anos, onde se configuram vários projetos de desenvolvimento nacional, sendo o principal desses projetos o Plano de Metas (1955-1960) implementado pelo Governo do Presidente Juscelino Kubitschek.

O segundo período tem início no ano de 1967, denominando-se “a administração para o desenvolvimento”. Esse modelo tem como alcance principal a modernização do Estado, que culminou no surgimento e criação de várias entidades na Administração Indireta (Fundações, Empresas Públicas e Autarquias), em consequência da busca de uma maior flexibilidade e descentralização do aparato governamental.

Outro momento de grande importância foi a edição do Decreto-Lei nº 200, de 25/02/1967, que buscava aliar ao desenvolvimento econômico a ideologia da segurança nacional.

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Em nível regional, cabia aos Estados adequar as suas políticas de modernização administrativas aos princípios gerais estabelecidos pelo Decreto-Lei nº 200/67. As mudanças a serem adotadas pelas administrações estaduais exigiam que cada governo investisse maciçamente na capacitação, especialmente no treinamento.

Em 1985, com o fim do período autoritário, caracterizado pelos governos militares e o surgimento da então “Nova República”, é implementada a “Reforma Administrativa da Nova República”, que pretendia resgatar o compromisso com as mudanças do país e na reorganização do Estado que, naquele momento, possuía uma máquina governamental desarticulada, anacrônica, desestimulada e cada vez mais distante da sociedade, que ansiava por democracia.

A primeira medida governamental foi a elaboração de uma série de propostas, visando a racionalizar e dar maior austeridade ao serviço público. As diretrizes estratégicas desta reforma pautaram-se em três objetivos fundamentais: racionalização das estruturas administrativas, formulação de uma política de recursos humanos e contenção de gastos públicos. Dentre tais medidas, na área de Recursos Humanos, constavam propostas com o objetivo de promover a avaliação do desempenho do servidor, através da institucionalização do sistema de mérito, graças ao novo Plano de Carreira, ao Estatuto do Funcionalismo Público e a um Plano de Retribuições.

Contudo, o governo da Nova República não obteve o necessário apoio do Congresso Nacional. Com a falta de instrumentos legais e institucionais para suas ações político-econômicas e através de um conjunto de medidas como congelamento de preços da taxa de câmbio, reforma monetária entre outras, cria o Plano Cruzado, elaborado para obter-se uma estabilidade econômica, que acaba fracassando, acumulando ações judiciais até os dias atuais em que se buscam as reparações das perdas monetárias sofridas, por força de sucessivos planos econômicos, todos fadados ao mau êxito.

Com o início de um novo governo, em março de 1990, estabelece-se um processo drástico e traumático para o funcionalismo e para a administração pública. É iniciada a reforma administrativa do governo Collor, que surge com a finalidade de modificar a cultura administrativa, propondo uma estratégia em que os métodos e normas de administração seriam condicionados pelos objetivos a serem atingidos, assim como os programas e projetos desenvolvidos.

Porém, com a medida de extinção de órgãos e entidades, demissões e servidores colocados em disponibilidade, acarretaram-se a paralisia da máquina administrativa interferindo negativamente nesse processo de reforma. Os projetos voltados para a formação, aperfeiçoamento e treinamento dos servidores públicos, indispensáveis para o bom andamento da Reforma não foram implementados. O que ocorreu foi, simplesmente, a realização de uma ampla reestruturação ministerial e a reincorporação das funções de governo à Administração Direta, que estavam a cargo da Administração Indireta.

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Em 1995, uma nova gestão governamental apresentou o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado – PDRAE pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi promulgado pelo Congresso Nacional somente em junho de 1998. Este Plano destinava-se a implantar uma nova concepção de Estado e de funcionamento, a partir do enxugamento e da contenção de gastos públicos, aos moldes do estado mínimo conforme adotado à época, na Inglaterra, e classificada por alguns estudiosos como de visão neoliberal.

O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado propôs a mudança do modelo burocrático pela administração gerencial, modelo este considerado como o principal instrumento do governo em busca de maior flexibilidade do Estado.

As tentativas de reformas administrativas planejadas e realizadas até hoje, demonstram a insuficiência político-administrativa na medida em que a capacidade de implantar as políticas públicas estava limitada pela rigidez e ineficiência da máquina administrativa, pelo menos, em termos de melhoria na eficácia e eficiência da ação pública, que também interferiram no âmbito da gestão administrativa estadual, conforme analisado na sequência deste trabalho.

3. BREVE HISTÓRICO E TRAJETÓRIA DA FESP RJ, ATUAL FUNDAÇÃO CEPERJNeste tópico será apresentado um breve histórico da Fundação CEPERJ RJ, a partir da criação da Escola de Serviço Público do Estado da Guanabara – ESPEG, em 24 de outubro de 1960, apontando-se as mudanças ocorridas ao longo dos anos, distribuídas em quatro fases distintas: • A primeira fase ocorreu entre os anos de 1960 (ano de sua criação) até 1975, quando foi inaugurada como Escola de Serviço Público do Estado da Guanabara - ESPEG. • A segunda fase ocorreu no rápido período de 1975 a 1976, quando passou a denominar-se Escola de Serviço Público do Estado do Rio de Janeiro - ESP/RJ. • A terceira fase que compreende de 1976 até 2009, quando é caracterizada pela mudança do seu estatuto jurídico, transformando-a na Fundação Escola de Serviço Público FESP RJ.• A quarta fase e a atual ocorrem a partir de março de 2009, com a incorporação, pela FESP RJ, da Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro – CIDE, alterando-se a denominação para Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro – CEPERJ.

3.1) 1ª fase - ESPEGCriada com a promulgação da Lei Estadual nº 14 de 24 de outubro de 1960, surge a Escola de Serviço Público do Estado da Guanabara (ESPEG), subordinada à Secretaria Geral de Administração, funcionava na Avenida Graça Aranha, no Centro da cidade do Rio de Janeiro.

Como as instalações tornaram-se insuficientes, para atender sua demanda, em 24 de outubro de 1964, é inaugurada uma sua nova sede na Avenida Carlos Peixoto nº 54 – no bairro de Botafogo, onde funciona até hoje, em um edifício de oito andares. Essas instalações, à época, foram também utilizadas pela Universidade do Estado da Guanabara – UEG, quando foram ministradas as primeiras aulas do curso de Administração daquela Universidade, atualmente conhecida como UERJ.

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Nos primeiros anos de atividade, a ESPEG sofreu forte influência dos servidores federais, oriundos da antiga Capital Federal no Rio de Janeiro, que foram incorporados à estrutura administrativa do Estado da Guanabara.

A Lei que criou a ESPEG instituía o sistema de mérito na administração pública estadual, desde os primeiros anos de atividades dos servidores, fazendo com que a Fundação obtivesse grande importância no Estado, apesar de sua implantação ter sido cercada de conflitos internos.

Em 1963, foi conferida relativa autonomia institucional à ESPEG. Era detentora de recursos financeiros específicos, sendo dotada de uma gestão administrativa própria e isenta de pressões políticas permitindo, com isso, realizar um rígido controle aos processos de seleção de pessoas. Na área de treinamento, um Conselho era encarregado de identificar, nos órgãos estaduais, as demandas de capacitação e elaboração de planos específicos de treinamento.

A partir de 1964, a ESPEG passou a centralizar toda política de treinamento do Estado da Guanabara, ministrando cursos com turmas pela manhã, tarde e noite. Durante os anos de 1965 a 1970, a ESPEG intensificou o programa de treinamento de pessoal do Estado, alinhando-se à reforma administrativa do Governo Federal, culminando com o Decreto “N” nº 865, de 08 de junho de 1967, que dispôs sobre a promoção por merecimento, condicionada à frequência regular nos cursos oferecidos pela ESPEG.

Em janeiro de 1967, foi promulgada uma nova Constituição Federal. Após trinta dias, era editado o Decreto-Lei nº 200, com o objetivo de promover uma ampla reforma administrativa do Estado brasileiro. O Decreto-Lei nº 200/67 buscava aliar ao desenvolvimento econômico a ideologia de segurança nacional, ao qual alguns estudiosos denominaram de “Estado burocrático-autoritário”. Nas unidades da federação, as mudanças a serem implantadas exigiam que seus governos investissem maciçamente na capacitação, especialmente no treinamento. Para tanto, estudos preliminares foram realizados para identificar os pontos críticos na rotina burocrática.

Com a promulgação da Lei nº 1193, de 20 de dezembro de 1966, foi iniciado o Plano de Organização Global do Poder Executivo do Estado da Guanabara - POGAPE, que estabelecia as diretrizes básicas para a reorganização administrativa do Estado da Guanabara, com a concepção de “administração para o desenvolvimento”, imbuída do conceito básico dessa política de descentralização.

Em 1969, a ESPEG recebeu a visita de um técnico da Organização dos Estados Americanos – OEA, com a finalidade de orientar na reestruturação dos cursos de treinamento para realização no período de abril a junho de 1965 e de fevereiro a julho de 1970. Para isso, foi efetuado um extenso levantamento, que foi realizado junto aos titulares de cargos em comissão e funções gratificadas da administração estadual. Cabe o registro que notadamente, na época, os governos latino-americanos buscavam realizar a modernização de suas burocracias.

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Desde a sua criação, a ESPEG enfatizou a capacitação dos servidores lotados, em nível médio e baixo, nos cargos da administração pública. No final da década de 1960, no entanto, identificou-se a necessidade de também formar os quadros superiores para a burocracia do Estado. Para alcançar tal objetivo era imprescindível enfatizar o treinamento de diretores, chefes e supervisores, bem como o pessoal incumbido de assistência, assessoria e atividades de gabinete. Para incentivar a adesão dos servidores que ocupantes de posições de comando e assessoramento, seria necessária uma campanha mais intensiva de conscientização sobre a importância do treinamento para a tomada de decisões.

Em 1970 surge uma proposta de transformação da instituição em autarquia, cujo projeto não foi desenvolvido naquele momento. A idéia de transformação da ESPEG em órgão da Administração Indireta seria retomada, menos de uma década depois, por ocasião da Fusão dos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro.

3.2) 2ª fase – ESP/RJA segunda fase começa exatamente em 15 de Março de 1975, data em que foi criada a Escola de Serviço Público do Estado do Rio de Janeiro – ESP/RJ. Em primeiro de julho de 1974, a Lei Complementar nº 20 era aprovada, estabelecendo a data do processo de Fusão do Estado da Guanabara com o Estado do Rio de Janeiro, com inicio a partir de 15 de março de 1975.

Criado o Estado do Rio de Janeiro, a unificação das políticas de pessoal passou a preocupar os administradores, principalmente quanto ao desnivelamento na remuneração, em face da existência de um quadro funcional muito diferenciado e do pagamento de salários em atraso, do antigo Estado do Rio de Janeiro.

Em consequência de estudos realizados, optou-se pela reestruturação da ESPEG, sendo, então, criada a Escola de Serviço Público do Estado do Rio de Janeiro – ESP/RJ, pelo Decreto nº 4, de 15 de Março de 1975, com a incumbência de promover a integração operacional de todo o funcionalismo público.

A ESP/RJ manteve as mesmas características e atividades da ESPEG. Na prática, a ESP/RJ representou o resultado da fusão de três instituições que foram: a Escola da Superintendência de Transportes Oficiais; a Escola de Administração Pública do Estado do Rio de Janeiro e a própria ESPEG.

A ESP/RJ foi prestigiada por muitos órgãos federais e, inclusive instituições estrangeiras, graças à credibilidade construída pela ESPEG. Entretanto, com o passar do tempo, a ESP/RJ entra em um processo de gradual descrédito, devido às dificuldades ao enfrentar as demandas para realizar atividades de seleção e treinamento para o volumoso quadro de servidores, que se formou com a Fusão dos dois Estados. Fato este, agravado pela identificação de outro sério problema, caracterizado pela diferença cultural e profissional dos alunos nos cursos oferecidos pela instituição, comprometendo a aprendizagem e o aproveitamento em sala de aula.

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A Secretaria de Estado de Administração, para superar as dificuldades existentes na ESP/RJ constitui, no ano de 1975, uma Comissão para realizar estudos para diagnosticar a real situação da instituição. O resultado desse estudo identifica as limitações de atuação do órgão, surgindo então como alternativa, a mudança do papel da ESP na administração pública estadual, acarretando na alteração de seu estatuto jurídico para, desta forma, transformá-la em Fundação Pública.

Naquela época, viviam-se dias conturbados devido a uma enorme controvérsia doutrinária, fruto do desdobramento de uma política geral de descentralização da Administração Pública. Contudo, em 22 de dezembro de 1976, a Escola do Serviço Público do Estado do Rio de Janeiro passa a ser denominada Fundação Escola de Serviço Público - FESP RJ.

3.3) 3ª fase - FESP RJO perfil da Fundação Escola de Serviço Público FESP RJ, segundo o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e de acordo com o Decreto-Lei n. º 338 de 22 de dezembro de 1976 é de Pessoa Jurídica de Direito Privado, com patrimônio próprio, com sede e foro na capital do Estado do Rio de Janeiro, regida pelo Estatuto aprovado pelo Decreto n. º 1.096 de 03/02/77 e suas alterações.

A FESP RJ surgiu com a finalidade de dar cumprimento às diretrizes fixadas pela política de pessoal do Estado, na realização de recrutamento, seleção, formação e treinamento de servidores, assim detalhado: a) Formação, aperfeiçoamento e especialização de pessoal para a Administração Pública; b) Recrutamento, seleção, avaliação, treinamento e desenvolvimento de recursos humanos para o setor público, inclusive sob a forma de prestação de serviços; c) manutenção de intercâmbio e realização de cooperação técnica com entidades de ensino e pesquisa, nacionais e estrangeiras, visando ao aperfeiçoamento de suas atividades; d) Realização de cursos, conferências, congressos, encontros, reuniões, debates, simpósios, fóruns, seminários, painéis e de quaisquer outras formas e processos de treinamento para a sua clientela; e) organização e promoção de livros, manuais, apostilas, material didático e quaisquer outros trabalhos relativos à administração pública nas áreas de recrutamento, seleção, treinamento e outras; f) desenvolvimento de programas destinados ao treinamento de servidores, visando à implantação e manutenção de planos de cargos e salários e retribuição salarial; e, g) articulação com entidades públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras, objetivando a realização de planos, programas, projetos, consultorias e demais atividades na sua área de ação.

A nação brasileira passava por uma crise econômica, com efeitos profundos no Estado do Rio de Janeiro. Este, devido à Fusão, não conseguiu um incremento na arrecadação, enquanto a nova estrutura administrativa consumia muito mais recursos. Por esse motivo, ao tempo em que o novo Plano de Classificação de Cargos e vencimentos era elaborado, a FESP RJ não podia desenvolver uma política de treinamento para a Administração Pública passando, neste período, a assessorar a Secretaria de Administração em outros projetos, como o Plano de Integração, e o Censo Funcional. O Plano de Integração era uma etapa do Plano de cargos e do Censo Funcional, passando a constituir prioridade do novo Estado.

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Com um novo perfil institucional, a FESP RJ reformula seus papéis e funções até então desempenhados, passando a assumir um perfil similar ao modelo da École Nationale d’Administration – ENA, instituição de renome pertencente à Administração Pública Francesa, com a qual estabelece intercâmbio e convênios, recebendo técnicos franceses na FESP RJ, registrando, também a ida de técnicos brasileiros à França.

No decorrer dos anos, tomada pela forte iniciativa de participar das concorrências para realização de concursos públicos em âmbito nacional, e desenvolvendo uma maior qualidade dos certames, alcançou uma grande projeção nacional na área de recrutamento e seleção. Na área de treinamento, executa uma forte intervenção de assessoramento junto às entidades do poder estadual local, em outros estados, no governo federal, prefeituras e até mesmo na iniciativa privada.

Para marcar esta nova fase, foi efetuado um especial investimento em marketing para criação de uma logomarca da FESP RJ, cuja representação, fugindo às concepções tradicionais, foi criada a partir da imagem de uma folha, com ramificações, que propunha a idéia de “abertura e liberdade”, associando a Fundação à Educação, como um processo vital, orgânico e continuado.

A intensa campanha de marketing e a contenção financeira obtida com a racionalização nas despesas com pessoal conduziram a Instituição a obter um excelente desempenho financeiro. Como resultado pôde-se investir na melhoria das instalações, no reaparelhamento com aquisição de novos equipamentos e no tratamento técnico da documentação administrativa, melhorando sensivelmente as rotinas administrativas.

Em 1977 surge, na área educacional, uma nova metodologia de treinamento através do programa dos Blocos Individualizados de Treinamento – BIT. Este programa pode ser considerado o embrião do sistema de Educação a Distância - EAD. Nessa ocasião, o principal projeto da FESP RJ, nesta área, estava concentrado na capacitação gerencial com o propósito de mudar definitivamente a sua imagem de “agência de treinamento”. Foram criados cursos de Administração Gerencial, direcionados tanto para o setor público quanto para a iniciativa privada, com o objetivo de transformar a Instituição em um “Banco de Recursos Humanos” para o Governo do Estado treinando, não somente os servidores que exerciam cargos de direção, como também aqueles que, futuramente, exerceriam as funções de gerenciamento. Entretanto, a FESP RJ não encontrou a receptividade esperada, especialmente por parte da Secretaria de Administração, pois sua prioridade era corrigir as distorções funcionais e salariais ainda decorrentes da Fusão.

Os primeiros cursos e seminários de treinamento gerencial, desenvolvidos pela FESP RJ foram realizados em parceria com uma empresa de Consultoria externa, sendo oferecido exclusivamente aos funcionários do Estado, até maio de 1978. A partir de então, a FESP RJ passou a realizar seus próprios programas de treinamento com métodos inovadores desenvolvidos na própria Fundação, sob inspiração metodológica do Federal Executive Institute – FEI dos Estados Unidos da América e da École Nationale d’ Administration – ENA na França, decorrentes dos intercâmbios de interesses institucionais.

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Dentre os projetos inovadores da época, nem todos puderam ser efetivados, uma vez que o conceito de administração participativa e de gestão democrática se contrapunha ao contexto político daquele momento. Vivenciava-se uma pressão popular, no início dos anos 80, voltada para a realização de uma abertura política e redemocratização do país, em que a sociedade demandava um novo papel para o Estado. Em 1982, com a realização de eleições diretas para o Governo do Estado do Rio de Janeiro, foi eleito o estadista e ex-exilado político Leonel de Moura Brizola.

A FESP RJ, em decorrência dessa abertura política, também passou por transformações significativas; a nova gestão reformulou os princípios que orientavam seus programas voltando-se, com maior ênfase, ao treinamento de servidores. Procurou-se criar um espaço de discussão entre várias Secretarias de Estado, com a proposta de formulação em um trabalho coordenado para este fim. Entretanto, esse projeto entrava em choque com uma cultura administrativa pouco aberta ao debate, ocorrendo, então o retorno à concepção anterior, em que a FESP RJ, como órgão público, deveria, fundamentalmente, atender e dar assessoramento à burocracia do Estado.

Os anos 80 foram marcados por muitas mudanças, sendo freqüente a discussão entre políticos, intelectuais e administradores públicos sobre o papel do Estado e da Administração Pública em uma sociedade democrática. No Brasil, o modelo de Escola de Governo visava à formação de um corpo burocrático capaz de realizar as mudanças necessárias na máquina do Estado. Pouco depois dos anos 80, adotando uma proposta do Governo Federal, foi criada a Escola Nacional de Administração Pública – ENAP a partir de estudos elaborados pelo do Embaixador Sérgio Paulo Rouanet. A criação da ENAP surge da ausência identificada na estrutura da administração federal por não possuir mecanismos de recrutamento e seleção e capacitação de seus quadros gerenciais.

Em 6 de outubro de 1989, a Lei nº 7.834 cria, para a carreira federal, o cargo de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, formando uma elite burocrática. Esta proposta não foi colocada em prática imediatamente, por questões de ordem política, apesar da eminente brevidade em que deveriam ocorrer as reformas no aparelho de Estado. Durante este período, nos Governos Estaduais, principalmente em São Paulo, Minas Gerais e no nosso Rio de Janeiro, eram também realizados estudos para a criação de instituições com o mesmo perfil daquele criado no governo federal.

Outros modelos de instituições brasileiras, também serviram de experiência, tornando-se os exemplos de êxito na formação funcional. Dentre eles podemos citar: o Instituto Rio Branco, a Escola Superior de Administração Postal - ESAP, a Academia Militar das Agulhas Negras - AMAN, todas considerados como centros de excelência na formação profissional.

No Estado do Rio de Janeiro, a FESP RJ elabora, com a contribuição de consultoria externa, um projeto propondo a criação do Curso Superior de Administração Pública - CESAP, com base em modelos de países estrangeiros de eficiência na formação dos gestores qualificados. O modelo da ENA francesa foi escolhido e adaptado, por ter sido considerado ideal, isto é, mais adequado aos nossos propósitos. Na França, a elite burocrática cumpre o papel de garantir a indispensável continuidade do bom andamento da Administração Pública.

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A FESP RJ procurava construir um novo perfil para o Administrador Público, o qual deveria possuir habilidade técnica, obtida através de uma sólida formação pautada na ética e em princípios democráticos. Desta forma, a concepção do CESAP visava à criação de uma instituição comprometida com a pesquisa, voltada para a administração pública.

Apesar da aprovação deste curso pelas esferas federais e estaduais, no início do ano de 1986, a FESP RJ necessitava de recursos técnicos e financeiros, e a adesão de outros órgãos públicos para sua implantação definitiva. Foram identificados vários obstáculos por parte dos diferentes setores da administração pública, das Instituições de Ensino Superior principalmente, no âmbito das universidades, que entendiam que um curso de graduação em Administração Pública entrava em competição com as atividades de ensino da Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ.

Estes e outros fatores, como a insuficiência de recursos financeiros, foram os motivos para que a proposta de um curso de graduação não tenha sido desenvolvida, apesar de todo empenho da FESP RJ e da Secretaria de Administração do Estado do Rio de Janeiro.

Anos depois, o projeto se transformou no Instituto Superior de Administração Pública Estadual – ISAPE, que funcionou como uma diretoria da Fundação, sendo criado, à época, o curso de Especialização em administração Pública – CEAP, em nível de pós-graduação.

Com a mudança de governo em 1987 trazendo novos titulares eleitos, foi realizada uma auditoria promovida pela FESP RJ com a participação da Fundação Centro de Formação do Servidor Público – FUNCEP. Foi apresentado um documento aos novos governantes, sugerindo que o Estado do Rio de Janeiro revisse sua legislação básica, visando melhor situar os seus órgãos da administração direta, indireta, autarquias e fundações. O documento considerava a existência de um conflito jurídico-administrativo, que apontava uma indefinição do grau de autonomia da FESP RJ como Fundação. A flexibilidade financeira da Instituição esbarrava em procedimentos burocráticos, conduzindo a uma perda de autonomia e de gerenciamento de seus recursos, em que dois fatores eram básicos: a submissão da instituição frente às decisões do Poder Executivo nos contratos e licitações, assim como o gerenciamento, em conta única sob a exclusiva responsabilidade do Tesouro Estadual, dos recursos captados pela FESP RJ.

Com a promulgação da Constituição Federal, em 1988, mudanças significativas são trazidas pelo texto constitucional. O fato que causou maior repercussão para a FESP RJ foi o Regime Jurídico Único instituído em toda a Administração Pública. Este consistia que todos os servidores da administração direta, autarquias e fundações se submetessem aos mesmos critérios de recrutamento, provimento de cargos, progressão na carreira, retribuição, aferimento de vantagens e direitos, cumprimento de deveres e responsabilidade, abrangendo as diversas carreiras administrativas.

Como conseqüência, na FESP RJ, ocorreu a transformação do regime celetista em regime estatutário; os servidores passaram a ter direito à aposentadoria com proventos integrais, em compensação, os salários diminuíram, pois as Fundações ofereciam vencimentos diferentes daqueles pagos pela administração direta.

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As normas constitucionais vigentes exigiam uma reestruturação do quadro de pessoal da Administração Pública do Estado, muito mais ampla do que uma mera alteração no estatuto jurídico do funcionalismo público, cuja alteração teve fixado o prazo de 18 meses para a sua implantação. Em 1989, o Governo do Estado do Rio de Janeiro deu início à implantação do Regime Jurídico Único e dos planos de carreira, com a instalação de um órgão denominado Coordenação Geral do Sistema Único de Planos de Carreira.

Os primeiros anos da década de 1990 revelaram que a instalação progressiva do Regime Jurídico Único, em todo o Estado do Rio de Janeiro, diminuiu o número de funcionários celetistas, ocorrendo uma grande movimentação de servidores estatutários para fora da máquina pública. Também foram propiciados diversos remanejamentos no quadro do funcionalismo, fato que acabou gerando uma distorção na política de recursos humanos estadual. Na FESP RJ, o Regime Jurídico Único ocasionou o impedimento de se recrutar profissionais diretamente no mercado de trabalho, como fazia anteriormente, ficando condicionada ao cumprimento da norma constitucional com a realização de concursos públicos, acarretando uma diminuindo na qualificação dos seus quadros técnicos.

A Constituição de 1988 deu origem à necessidade, também aos municípios, de sua adequação às novas normas, desencadeando uma demanda por assessoramento e consultoria nas áreas de Recursos Humanos, Organização e Métodos, Cálculos Atuariais, adaptação dos Planos de Carreira, novo sistema de Avaliação e Desempenho, entre outras, favorecendo à FESP RJ, a consolidação de sua imagem pela a prestação de serviços de excelência, especialmente nessas áreas.

No decorrer da década de 1990, a tendência de desenvolvimento de programas de treinamento se acentuou, uma vez que esses programas visavam valorizar o servidor público e melhorar sua imagem funcional perante a população, por terem sido alvo de fortes críticas oriundas do governo federal.

Neste período, a experiência mais marcante da FESP RJ foi sua participação na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – ECO 92, realizada no Rio de Janeiro, no período de 07 a 30 de maio de 1992. A responsabilidade da Fundação abrangeu todo o processo, sendo contratada para planejar, executar e acompanhar as atividades de treinamento de todo contingente de pessoal envolvido no evento, conferindo-lhe reconhecimento nacional e internacional, por responder pela capacitação, em diferentes níveis e funções. Como conseqüência, essa experiência possibilitou à FESP RJ ampliar seus horizontes e firmar diferentes convênios com países da Europa e da África.

No inicio dos anos 90, no Estado do Rio de Janeiro, através de uma política governamental da Secretaria de Estado de Administração, desenvolveu-se o Programa de Capacitação Máxima – PROCAM, como principal projeto de capacitação de cunho ideológico, que buscava resgatar a auto-estima, competência e capacidade empreendedora do servidor do Estado.

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O PROCAM, instituído pela Resolução SAD nº 2048/93, foi estruturado em três etapas: programas, projetos e cursos. Os programas eram os grandes temas que respondiam às demandas sociais e institucionais; os projetos viabilizavam estes programas, definindo conjuntos homogêneos de conteúdos didático-pedagógicos, e os cursos, finalmente, operacionalizavam os projetos.

A FESP RJ era a responsável pela execução deste Programa, tomado por extrema relevância e competência, atendendo igualmente, dentro dos diversos projetos constantes do programa, desde o servidor de nível mais elementar até os profissionais que ocupavam cargos ou funções gerenciais nos mais elevados escalões da estrutura administrativa do Estado. Para sua realização, um Conselho Gestor foi instituído para estruturar a execução do projeto, aprovar a programação de treinamento, facilitar o gerenciamento dos recursos técnicos, financeiros, e orçamentários e acompanhar a execução do seu cronograma, com poderes para alterar, acrescentar ou excluir etapas. O método de avaliação incluía a participação dos treinandos e dos instrutores através do encaminhamento de suas críticas e sugestões à coordenação dos cursos. Além da aplicação de todo o Programa, a FESP RJ era responsável, também, pela elaboração e levantamento das necessidades de treinamento dos servidores estaduais, em conjunto com os órgãos da administração pública.

Com o passar dos anos, a proposta de formação de quadros gerenciais para Administração Pública do Rio de Janeiro se consolida na FESP RJ, com a criação do Instituto Superior de Administração Pública – ISAPE, inserida na estrutura organizacional da Fundação, com status de Diretoria. A Diretoria do ISAPE foi estruturada em duas coordenadorias: Coordenadoria de Projetos e Pesquisa – CPP, responsável pela proposição e desenvolvimento de projetos e pesquisas, estudos e análises de temas no interesse da administração pública, e a Coordenadoria de Pós-Graduação – CPG, setor responsável pela capacitação de servidores públicos, em nível superior, visando à atualização, aperfeiçoamento e especialização em diversas áreas do conhecimento e com aplicação na administração pública.

Ao ISAPE coube revitalizar e regularizar a publicação da revista “Política e Administração”, criada em 1984, no primeiro governo Leonel Brizola, e a publicação da série “Cadernos ISAPE”, voltado para notícias e conteúdos sobre pesquisas e eventos no setor público. Em 1994, o ISAPE promoveu o primeiro Concurso de Casos e Textos sobre Administração Pública, com o objetivo de consolidar a prática de reflexão sobre temas da Administração Pública a partir de estudos de caso, publicando os textos vencedores deste concurso, e também do Concurso Literário.

No processo de diversificação das atividades institucionais, além do ISAPE, a FESP RJ criou, em 1992, a Assessoria de Intercâmbio e Eventos - AIE, responsável pelo desenvolvimento de projetos culturais como o Concurso Literário, voltado exclusivamente para o servidor. Inaugurou a Galeria de Arte - Sala Djanira, destinada à exibição de trabalhos nas diferentes modalidades artísticas, privilegiando especialmente os novos valores, com uma farta programação de exposições de artes plásticas acompanhadas de recitais e lançamento de livros.

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Apesar das mudanças dos novos tempos, manteve as publicações acadêmicas, a continuidade dos concursos e os programas de capacitação, alterando, porém o seu nome de Programa de Capacitação Máxima (PROCAM) para Programa de Capacitação (PROCAP), implantando um conceito de educação continuada, denominado Projeto de Educação Continuada – ECO. O Projeto ECO foi estendido para o interior do Estado, com a utilização da metodologia de Educação a Distância - EAD, utilizando-se um conjunto de material de apoio, especialmente elaborado para o sistema, denominado “Cadernos de Estudo”. Esse programa estava estreitamente em sintonia com a política de pessoal da Secretaria de Estado de Administração, sendo dada à FESP RJ a oportunidade de caracterizar-se como um centro de inteligência, capaz de formar os servidores, da mesma maneira que outras categorias como os militares e o serviço diplomático, nos moldes da antiga ESPEG.

Por meio da participação e aproveitamento, eram concedidas gratificações pré-estabelecidas aos concluintes do Programa ECO, que perdurou até o final da gestão governamental, quando foi suspenso por dois motivos principais: primeiro, pelo impacto financeiro acarretado por essas gratificações, e outra, de cunho ideológico, por pressão de entidades sindicais e profissionais. Ocorrendo uma nova mudança por conseqüência de processo eleitoral e a posse de novos titulares do governo eleito, a gratificação foi definitivamente extinta.

Neste ponto, passamos a analisar o ano de 1995, quando o Estado foi governado por uma política neoliberal vigente no país. Dessa forma, como certamente seria atingida pela repercussão das discussões que aconteciam em âmbito nacional, a FESP RJ decidiu então preparar os servidores da administração pública estadual para as tão proferidas reformas neoliberais, buscando recursos para a realização de cursos voltados para atender a esta demanda.

Em âmbito nacional a FESP R realiza, com financiamento do governo federal por meio da CAPES/MEC, um projeto de capacitação institucional denominado “Aprimoramento de Competência Institucional Específica em Reforma do Estado”, em nível de pós-graduação, selecionado em certame de âmbito nacional, por edital público, promovido por aquele órgão federal de fomento à pesquisa. Paralelamente ao curso, a FESP RJ identificou a necessidade de organizar, em forma de bases de dados eletrônicos, as informações referentes à reforma e modernização do Estado, constituindo um acervo de importância político-pedagógico vivido naquela ocasião singular.

O período iniciado em 1999 vem seguido de um processo de grandes debates no grupo de transição de governo, por sucessão eleitoral, durante os dois últimos meses do ano de 1998, ocorrendo logo em seguida a nomeação de nova diretoria para a FESP RJ, alinhada com a composição da frente política dos partidos, que elegeram o Governador empossado. Contudo, não seria uma gestão tranqüila devido a diferentes variáveis, em que componentes de um mesmo partido nem sempre possuíam similares ideológicos. É importante destacar que a questão política e ideológica fique aqui registrada, não cabendo no presente trabalho, entretanto, aprofundar a discussão sobre tais conflitos.

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No período de governo compreendido entre os anos de 1999 a 2002, destacaram-se a realização de alguns seminários, que descortinariam novos e importantes caminhos para a capacitação dos servidores públicos, dentre os quais enumeramos os seminários intitulados: “Educação a Distância”, “Metodologia da Capacitação dos Servidores Públicos”, “Pleno Emprego”; “O Rio Pensa a Reforma do Estado” (realizado em parceria com a Fundação Getúlio Vargas – FGV/RJ), nos quais pudemos contar com a presença de palestrantes de destaque proveniente de outros países.

A consolidação da FESP RJ como uma efetiva Escola de Governo, foi oficializada como uma das decisões que orientavam os trabalhos na fase de transição do governo em assunção. Para responder a essa demanda, em 1999, a direção da FESP RJ iniciou contatos com instituições internacionais em busca de um modelo de referência, em face de suas experiências com a realização de cursos capazes de auxiliar na formação de gestores da administração pública, mas também promover cursos de treinamento e capacitação para servidores de todos os níveis, incluindo, nesta proposta, uma política para publicação dos trabalhos e pesquisas desenvolvidos pelos participantes, baseadas na prática da administração pública e de troca de informações com órgãos e Escolas de Governo, brasileiras e estrangeiras, para então caracterizar-se como um centro de referência e produção intelectual para a administração pública no Estado do Rio de Janeiro. Tal fato deveu-se à carência e a necessidade de criação e regulamentação da carreira de Gestor Público para o executivo estadual.

No ano de 2000 é criado na FESP RJ, o Laboratório de Administração Pública LAP/FESP RJ, com o objetivo de ser um espaço de reflexão e a superação do estágio atual de conhecimentos sobre organizações públicas e suas formas de gestão, assim como ser um gerenciador de cooperação, construindo parcerias para a realização de atividades de interesse para a melhoria do serviço público, fomentar o estudo e a difusão de seus produtos, bem como organizar e gerenciar projetos de intervenção nas questões ligadas à gestão pública, que funcionou até 2002.

Neste período foi registrado um forte incremento nas atividades de recrutamento e seleção da FESP RJ, trazendo substanciais contribuições na área de informatização nos procedimentos administrativos e operacionais de seleção, além de um aumento no parque tecnológico, efetuado com recursos financeiros de fonte própria e arrecadados por meio da realização de concursos públicos para outras entidades e órgãos públicos e privados.

As oscilações de natureza político-administrativas na gestão estadual são diretamente sentidas também na Fundação. No final do ano 2000, ocorreram mudanças na gestão institucional, em alguns momentos, a saber: o primeiro foi com a substituição do então Diretor-Presidente, sem, contudo, acarretar a interrupção nos programas e projetos já desenvolvidos. O principal projeto concluído foi “História Institucional da Fundação Escola de Serviço Público de 1960-2000”, que contou com a edição do livro e cd-rom com o mesmo título. O segundo momento ocorreu com a troca do titular do Governo do Estado, que provocou alteração de toda a composição dos quadros da administração pública estadual, acarretando mudanças radicais nas políticas de governo.

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Após um processo de adaptação e conhecimento da burocracia administrativa, a direção empossada adotou o slogan que “VOCÊ SOLICITA A FESP RJ FAZ”, contendo uma natureza de oferta, que substituiria o atendimento aleatório passando a ser realizado conforme a efetiva demanda do mercado, sem deixar de resguardar o real e necessário interesse pelo retorno financeiro e institucional.

Lamentavelmente essa gestão vigente, não priorizou a edição de várias revistas e cadernos da instituição que existiam ao longo de vários anos, interrompendo um valioso nicho de aporte acadêmico por um longo tempo, deixando de realizar a devida continuidade às atividades de implantação de uma metodologia crítica, reflexiva e político-conscientizadora.

O terceiro período de mudanças ocorreu a partir do ano de 2003. Apesar da sucessão governamental com a mesma proposta política que se iniciou em 1999, não se constituiu, na prática, uma continuidade. Contudo, mesmo com a alteração na direção da FESP RJ é mantida, na Instituição, a mesma política com uma visão de mercado.

Em uma nova alteração na titularidade da gestão institucional, em curto espaço de tempo, não se consegue impedir que ocorra, frequentemente, questionamentos de caráter político e administrativo. Entretanto, por orientação governamental, a FESP RJ mantém a sistemática de contratação de instituições do terceiro setor, com finalidade de efetivar vários programas de governo, acarretando uma intensa fiscalização dos órgãos oficiais de controle.

Como estratégia para atender a enorme demanda por projetos de prioridade governamental, a FESP RJ passa a gerenciar, de forma terceirizada algumas de suas atividades finalísticas, por meio de outras entidades contratadas, reorientando sua missão, que ao longo dos anos, foi a razão de ser da própria Instituição. Os reflexos desta ação provocaram alguns problemas como, por exemplo, a quebra de sigilo de gabarito em prova objetiva aplicada em concurso público, culminando no cancelamento do mesmo com resultados que ocasionaram a substituição da direção da instituição.

A partir do ano de 2005, uma nova direção institucional busca, num primeiro momento, o equilíbrio orçamentário e financeiro pela entrada de novas fontes de financiamento, implantação de novas tecnologias nas áreas de concursos e treinamento, procurando investir na motivação, valorização e capacitação de seu corpo funcional, sempre com o propósito de melhorar os projetos e serviços oferecidos pela FESP RJ.

No cenário nacional, a presença da FESP RJ é registrada pela participação nos Encontros Nacionais de Escolas de Governo, e pela realização de intercâmbios com outras Fundações e Escolas de Governo, destacando-se as de Minas Gerais, Paraná e Pernambuco.

Como ato de grande destaque afeto a essa administração e marco definitivo para as mudanças que se procederam, foi a publicação com a alteração do Estatuto da Fundação, no qual a FESP RJ passou a ser detentora de autonomia para ser contratada, com base no instrumento legal da Lei das Licitações, no seu Artigo 24 inciso XIII, que tem a seguinte redação:

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Art.24 – É dispensável a l icitação.[...]XIII – Na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos.

A edição de um ato governamental, o Decreto n. º 38.143/05, que altera o estatuto da FESP RJ, efetuando a atualização do objeto e atividades a serem realizadas pela Instituição, é possibilitada uma maior abrangência nas ações desta Fundação. Essas alterações permitiram à FESP RJ contratar a prestação de serviços técnicos de pessoas físicas e jurídicas, nacionais ou estrangeiras, dando legitimidades às suas ações.

A Administração Pública obedece aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, por isso a importância em dar legitimidade aos seus atos. Com tudo isso, é fato sistemático ter a presença do Tribunal de Contas do Estado (TCE), na realização de inspeções extraordinárias, a fim de apurar razões para as dispensas de licitação em contratos, visando eliminar a existência de “falhas e improbidades”. Foram verificados 103 processos nas inspeções realizadas pelo Tribunal de Contas do Estado, relativos aos contratos deste período. Este fato foi um dos motivos que, a partir de 2003, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP) decidiu que todos os contratos com Organizações não Governamentais (ONG’s) seriam investigados em inquéritos próprios.

Empenhada em cumprir sua missão institucional, esta Fundação realizou durante todo ano as atividades com o objetivo de promover a demonstração das iniciativas e dos projetos, com informações técnicas em dados quantitativos e qualitativos, decorrentes de sua gestão administrativa. Adotando um perfil de gestão mais modernizada, criou novos produtos para concorrer no acirrado mercado de prestadores de serviços nas áreas de concursos públicos, educação continuada dirigida aos profissionais interessados em progredir, adquirindo novos conhecimentos.

Acreditando no potencial e nas possibilidades a serem exploradas, a direção da FESP RJ passou a investir em novas e modernas práticas, voltadas para atender as prioridades da administração pública estadual, estendendo suas propostas para as administrações municipais e demandas emergentes.

As Escolas de Governo são instituições voltadas para o aprimoramento do aparelho burocrático de Estado nos seus sistemas, processos administrativos e instrumentos legais, estruturados originalmente com a missão de modernização e profissionalização do serviço público, contudo, essa nova forma de conceber o Estado à atuação das Escolas fica modificada voltando-se, então, para desenvolver e ampliar a capacidade de governo. Desta forma, a Fundação Escola de Serviço Público – FESP RJ, no exercício de 2007, iniciou suas ações sob um novo foco, privilegiando o desempenho e a gestão por resultados.

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Podemos destacar neste período, a realização e participação em diversos seminários organizados pela gestão da FESP RJ, atendendo orientações dos órgãos diretivos do Estado, dentre os quais podemos citar, como os principais iniciativas, os seguintes projetos: “Sucesso Escolar nos Meios Populares”, “As Razões dos Improváveis”, “Políticas Públicas Baseadas em Resultados”, “Capacitação de Supervisores em Educação”, “Saúde e Segurança”, “A Escola e a Família”, seminário Internacional: “Trabalho como Prioridade de Estado”, “Sustentabilidade e Gestão Pública”. O principal projeto em forma de seminário foi o intitulado “Discutindo a Carreira do Gestor Público”, que teve o objetivo de debater a criação da carreira de Gestor Público no Estado, fato que ocorreu no ano seguinte.

Contudo o diagnóstico da situação encontrada pelos gestores identificava uma Instituição com um quadro de pessoal efetivo reduzido, um fluxo burocrático em excesso, a falta de equipamentos adequados e modernos, principalmente no setor de informática. Considerando essas dificuldades, a instituição passou a ser alvo de várias restrições, devido a pressão da opinião pública, provocando desgaste e comprometimento na credibilidade e na imagem da Fundação. Com isso aumentava a dificuldade de se ter um posicionamento de destaque, devido ao avanço e movimento das entidades concorrentes em face da modernização e alta tecnologia, observada em algumas fundações e empresas privadas na área de concurso público.

Quanto à atividade de capacitação, o cenário encontrado constatou, simplesmente, a falta de capacitação e de mão-de-obra qualificada, que em uma instituição de atribuição formação, observa-se o ditado “em casa de ferreiro, espeto de é de pau”, situação esta originada fundamentalmente pela evasão de profissionais, por falta de recursos técnicos e de investimento.

Diante da precariedade do quadro, surgem os novos desafios para a instituição: a mudança dos seus paradigmas e a busca de alternativas para tornar a FESP RJ uma referência em capacitação dos servidores públicos. Ações para investir na capacitação interna, para seus funcionários, assim como para todo o Estado, e assim ampliar a área de atuação relativa à prestação de serviços, como, por exemplo, na digitalização de documentos, educação a distância, etc. a fim de promover, com isso, a revitalização da marca FESP RJ. Estas ações serão materializadas por meio de novas parcerias e cooperação técnica entre órgãos da administração pública, através de fóruns, seminários e outras atividades, cujo resultado imediato deve ser a busca de excelência na realização de seus projetos, em especial os concursos públicos, que significa a melhoria e aumento no faturamento da Instituição, como um dos passos fundamentais para alcance desses objetivos.

No ano subsequente, em 2008, a gestão busca obter os melhores resultados em suas ações e projetos, sempre acompanhando a política governamental de uma gestão pública por resultados. Podemos citar dois exemplos significativos para essas ações, que foram: O Programa Estadual de Gestão Escolar, que realizou a educação continuada do corpo diretivo de todas as escolas da Rede Pública Estadual de Ensino, que em nosso entendimento uma Escola de Governo deve atuar profundamente nas políticas de educação do Estado, estabelecendo as parcerias de auxilio na implantação de suas políticas públicas.

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O evento significativo do período foi a criação das carreiras de Gestores Públicos, oficializada pela Lei nº 5.355, publicada no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro em 24/12/2008, em conseqüência do processo de discussão iniciado em 2007. Porém, há que se registrar a existência do debate sobre a demanda, desde anos anteriores a 2000, sendo então consolidada pela referida Lei. Foram criadas três carreiras: a primeira, Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Planejamento e Orçamento, é integrada por dois cargos, um de Especialista em Políticas Públicas e Gestão governamental e outro de Analista de Planejamento e Orçamento. A segunda carreira é a de Especialista em Finanças Públicas, constituída pelo cargo de Analista em Finanças Públicas e, a ultima carreira é a de Especialista em Gestão de Saúde, integrada pelo cargo de Especialista na Gestão de Saúde.

Todos os cargos exigem nível superior, sendo preenchidas por concursos públicos com provas escritas e de títulos. Estes cargos estão vinculados à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, ficando a FESP RJ responsável pela realização do processo seletivo que ocorreu em 2009, planejado em duas etapas. Atualmente está em andamento o curso de formação profissional para o cargo, em que os aprovados neste curso passarão pelo estágio probatório de três anos para efetivação na nova carreira. Esse projeto busca a formação de uma “elite de dirigentes” para o Estado, investindo-se em uma categoria de excelência, porém o principal papel de uma Escola de governo deve voltar-se não apenas para as elites, mas com ações voltadas para todas as carreiras do Estado, fortalecendo a administração pública no seu todo, para não limitar sua clientela a apenas uma parte da estrutura de governo.

3.4) Fase atual - FUNDAÇÃO CEPERJEm 31 de março de 2009, foi criada por meio da Lei nº 5.420, publicada no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro (DORJ), a FUNDAÇÃO CENTRO ESTADUAL DE ESTATÍSTICAS, PESQUISAS E FORMAÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS DO RIO DE JANEIRO – CEPERJ, que alterou a denominação da FESP RJ em face da incorporação da Fundação Centro de Informação e Dados do Rio de Janeiro – CIDE.

Esta nova entidade nasce como sucessora de uma instituição com existência há mais de 40 (quarenta) anos, atuando na realização de concursos públicos, capacitação e outras atividades, mas mantendo suas características de uma Escola de Governo, voltada para o desenvolvimento da gestão pública do Estado do Rio de Janeiro, atuando em atividades que visam oferecer produtos e serviços destinados à melhoria dos resultados de gestão e desempenho organizacional de órgãos do poder público.

A missão institucional visa ”contribuir para excelência da gestão pública e o desenvolvimento do Estado do Rio de janeiro, por meio da geração disseminação de conhecimentos, ações de capacitação, qualificação, recrutamento e seleção de pessoas. Nesse longo período de sua existência, registrou realizações de relevância, quer seja de concursos públicos, de capacitação ou de consultoria, mantendo o respeito aos princípios constitucionais administrativos e éticos, que valorizam sua experiência e tradição na sua execução.

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Atualmente as atividades finalísticas da Instituição incorporaram os serviços referentes a estatísticas, elaboração de indicadores, estudos de limites territoriais, geoprocessamento e mapas cartográficos, além das tradicionais como de concursos públicos e exames especiais, atividades de capacitação e desenvolvimento de pessoas.

Para dar cumprimento às ações e projetos, sua importante missão fica assim delineada: recrutar e selecionar candidatos por concurso público; realizar capacitação a nível gerencial e de pós-graduação; desenvolver projetos para modernização e reestruturação organizacional, sistemas da gestão, gerenciamento da administração pública, monitoramento e avaliação de projetos sociais; realizar projetos para a elaboração de estatísticas, indicadores e geoprocessamento; realizar estudos de limites territoriais, entre outros.

Cabe registrar que além dos órgãos existentes, foi incorporada à estrutura organizacional, uma Diretoria Técnica com suas respectivas coordenadorias, proveniente da incorporação da CIDE, que vem atuando com os titulares nomeados pela mais recente mudança na gestão institucional, que ocorreu em 01/08/2009.

Os primeiros desafios da nova direção foram: dar continuidade aos processos seletivos que se encontravam em andamento, visando evitar sua descontinuidade; executar a segunda fase do concurso de Gestor Público, com um curso capacitação de 600 (seiscentas) horas, em parceria com o Instituto de Economia da UFRJ, iniciado em setembro de 2009, com previsão de término das aulas em março de 2010; publicar os dados relativos ao Anuário Estatístico de 2009, em mídia eletrônica (cd-rom), e, finalmente adotar medidas administrativas para ajustar a transição da gestão organizacional.

Neste processo de fusão, foram enfrentadas questões para unificação de sistemas relativos a: gestão financeira e orçamentária; gestão de pessoas, patrimônios mobiliários e imobiliários; gestão de folha de pagamento e de benefícios, dentre outros. Contudo, todas as medidas foram enfrentadas pela Direção que vem tomando as medidas necessárias para concretizar, na prática, a institucionalização de um órgão forte e estruturado, consolidando-se com a aprovação, pelo Governador do Estado, do novo Estatuto da Fundação CEPERJ.

4. CONSIDERAÇÕES FINAISPara uma Instituição que surge no legado de outra, estando próxima de completar o seu jubileu, isto é, 50 (cinqüenta) anos de existência, a melhor conquista é ter a aprovação do seu novo Estatuto neste ano de 2010. Não existe nada mais importante para uma Fundação Pública, do que o seu Estatuto, pois ele representa um marco, o renascer de uma entidade, que surge com novas idéias e propósitos, para poder permanecer contribuindo na administração pública do Estado do Rio de Janeiro. No dia 11 de fevereiro de 2010, por meio do Decreto nº.42.298/10, foi aprovado pelo Excelentíssimo Governador do Estado, o Estatuto da recém criada FUNDAÇÃO CENTRO ESTADUAL DE ESTATÍSTICA ,PESQUISAS E FORMAÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS DO RIO DE JANEIRO – CEPERJ, vinculada à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAG.

Em resumo, apresenta-se em seguida uma exposição sobre o conteúdo do novo estatuto, com destaque para as características desta nova Fundação.

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A Fundação CEPERJ tem por finalidades a realização de: pesquisa, produção, disseminação de informações, educação e prestação de serviços de interesse público, atuando diretamente no recrutamento, seleção, avaliação e desenvolvimento de recursos humanos nos setores públicos e privados, priorizando, sobretudo, a capacitação dos servidores públicos, com vistas ao aperfeiçoamento das práticas de administração, promover e ministrar cursos, em nível de pós-graduação, voltados para Gestão Pública, visando à formação e a especialização, sobretudo dos agentes públicos; produzir e disseminar todo o acervo de dados e informações básicas necessárias para o conhecimento e acompanhamento da realidade física, territorial, ambiental, econômica, cartográfica, demográfica e social do Estado.

Para tanto, as atividades inerentes à Fundação CEPERJ é constituída por: realizar o recrutamento, a seleção e avaliação de pessoal, objetivando o provimento de cargos públicos e a ocupação de vagas, bem como o treinamento e o desenvolvimento de servidores; promover a capacitação, formação e a especialização de pessoal, por meio de cursos presenciais e a distância, bem como efetuar parcerias com instituições públicas ou privadas, com vistas à validação e homologação de certificação por competência, prioritariamente dos quadros de Gestão Pública, como, por exemplo, a parceria firmada com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, tornando-se a parceira preferencial da Escola de Governo da Fundação CEPERJ.

Como forma de operacionalizar suas atividades, A Fundação é responsável pela realização de: seminários, congressos, simpósios, ciclos de estudos, conferências, palestras, debates e outras atividades assemelhadas, bem como editar e publicar livros, revistas, monográficas e teses sobre assuntos relacionadas às suas finalidades.

Com a fusão da estrutura da Fundação CIDE, incorporou-se como atividades: a coleta, organização e tratamento de dados estatísticos, geográficos e cartográficos, bem como registros administrativos procedentes de órgãos setoriais públicos e privados, o estabelecimento de metodologias para emitir e manter atualizadas as informações demográficas, sociais, ambientais e do Produto Interno Bruto - PIB do Estado do Rio de Janeiro, assim como a elaboração, a difusão e a utilização de normas de construção de bases de dados estatísticos e geográficos, cartográficos e ambientais do Estado.

Também, dar suporte técnico à demarcação das divisas do Estado e demarcar os limites de seus municípios, calcular e divulgar as áreas municipais, implantar e conservar os marcos territoriais, atualizar e publicar a divisão político-administrativa do Estado, realizar a articulação e dar apoio a produção de dados setoriais e registros administrativos dos órgãos públicos e privados, produtores de informações e dados sobre o Estado do Rio de Janeiro, bem como elaborar indicadores setoriais para apoiar o planejamento e a tomada de decisões nos setores públicos e privados, em especial, na administração estadual, além de atuar como órgão de apoio técnico da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão - SEPLAG, promovendo e incentivando pesquisas, estudos técnicos e científicos, voltados para formulação, implementação, monitoramento e avaliação de políticas públicas e gestão governamental.

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Para dar cumprimento de seus objetivos, cabe à Fundação CEPERJ, realizar intercâmbios com entidades de ensino, pesquisa e desenvolvimento institucional, nacionais e estrangeiras, bem como celebrar convênios com tais entidades e com outros órgãos de entidades públicas, da esfera municipal, estadual e federal ou privado, podendo contratar a prestação de serviços técnicos com pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, de acordo com as exigências operacionais dos projetos desenvolvidos pela instituição. Tais atribuições são exercidas com a finalidade de promover articulação com órgãos diversificados, objetivando a realização de projetos de cooperação técnica e de consultoria, exemplificados pelos anteriormente citados: ENAP (Brasil), ENA (França), dentre outros.

Considerando as suas prerrogativas a Fundação CEPERJ alcançou um significativo avanço, integrando o Sistema Estadual de Ensino do Estado do Rio de Janeiro, passando, ainda, a ser o Órgão Técnico Oficial do Estado do Rio de Janeiro e integrante do Sistema Nacional de Estatística e Cartografia.

A estrutura administrativa básica da Fundação CEPERJ compõe os seguintes órgãos:I – Órgãos de direção:Presidência e Vice-Presidência II- Órgãos Colegiados:Conselho Fiscal e Conselho Estratégico de Informações e Gestão.III- Órgãos Executivos:Escola de Gestão e Políticas Públicas; Centro de Estatísticas, Estudos e Pesquisas; Diretoria de Concursos e Processos Seletivos; Diretoria de Cooperação Técnica e Desenvolvimento Institucional, e Diretoria Administrativa e Financeira.

A Fundação poderá contar, em sua estrutura organizacional, com outros órgãos que desempenharão as demais funções de caráter técnico-administrativo, inerentes ao desenvolvimento de suas atividades, cabendo as definições de competências não detalhadas no Estatuto e normas gerais de funcionamento a serem estabelecidas em seu Regimento Interno.

A criação do Conselho Estratégico de Informação e Gestão surge como uma oportunidade única, para o avanço e consolidação da Fundação CEPERJ, como entidade de referência e de excelência em atividades de sua competência, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro. Este Conselho é um órgão de deliberação colegiada, que visa a promover a articulação, no setor público estadual e com entidades públicas e privadas, usuárias de dados econômicos, sociais e fiscais do Estado, além de instituições vinculadas à Gestão Pública e à Gestão e Aprimoramento de Recursos Humanos, competindo-lhe: determinar a política, as prioridades e a orientação geral de atuação da Instituição; orientar a política patrimonial e financeira, e traçar diretrizes e políticas de manutenção e desenvolvimento das atividades fundamentais.

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Os membros do Conselho Estratégico serão nomeados pelo Governador do Estado, dentre profissionais de notório e comprovado saber nas suas áreas de atuação. Cabe ressaltar que a participação de integrantes da sociedade civil em sua composição, oferece uma valorosa contribuição à Instituição, deixando de possuir um caráter de Conselho Governamental, constituído apenas com integrantes do Governo.

Podemos destacar, finalmente, que a atual gestão administrativa, em um esforço integrado, vem procurando atuar de forma compartilhada, a exemplo da elaboração de seu o Estatuto, assim como a definição da nova missão institucional, realizado por meio de um processo democrático de discussão realizado por meio de um Seminário de Planejamento Estratégico, baseado no modelo do Planejamento Estratégico Situacional – PES, desenvolvido pelo autor chileno Carlos Matus.

Encerramos o presente trabalho reproduzindo nossa missão institucional: “Contribuir para a excelência da gestão pública e o desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, por meio de geração e disseminação de conhecimentos, de ações de capacitação, qualificação, recrutamento e seleção de pessoas”, que se constitui no marco e na razão de ser da Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro – CEPERJ.

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RESENHA BIOGRÁFICA

(*) Marco Agostini é Diretor Administrativo e Financeiro da Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro – CEPERJ. Bacharel em Ciências Contábeis/Especialidade Administração Pública, formado pela Fundação Getúlio Vargas – FGV RJ; possui curso de Especialização em Gestão e Auditoria em Finanças Públicas concluído na Universidade Estácio de Sá. Servidor vinculado à Secretaria de Estado de Fazenda, com cargo efetivo Contador “C”, ocupou nos últimos anos as seguintes funções: Assessor Parlamentar na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro – ALERJ (2005-2009); Chefe de Gabinete Parlamentar na ALERJ (2003-2004); Diretor de Administração e Finanças da FESP RJ (1999-2003); Secretário Municipal de Administração do Município de Paracambi (1995-1996); Assessor de Orçamento da Secretaria de Estado de Administração ((1994), Assessor de Orçamento da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (1989-1993).

Endereço para contato:Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro – CEPERJ.Av. Carlos Peixoto, 54 – 4º. andar, sala 409. Bairro Botafogo. Rio de Janeiro, RJ. BRASIL. CEP. 22.290-090.Telefones: (55-0XX-21) 2334.7142; (55-0XX-21) 2334.7131; Fax (55-0XX-21) 2334.7142.E-mail: <[email protected]> e <[email protected]>

(**) Aneth Satie Esaki é Administradora graduada em 1978, e bacharel em Direito (1994), ambas na Universidade Federal Fluminense – UFF (RJ). Titulou-se como Mestre em Ciências pela COPPE/UFRJ, em 2003, apresentando a Dissertação “Gerência de Programas Sociais - GPS e a capacitação de atores no campo social: a experiência e a contribuição da FESP RJ”. É, também, Mestre em Ciência da Informação pela UFRJ/ECO-CNPq/IBICT, concluído em 2002.

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Atua na Fundação CEPERJ desde 1994, cedida oficialmente pela Companhia de Transportes sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro – RIOTRILHOS. Como profissional da área de Gestão de Pessoas desde 1978, atuou na capacitação – formação, treinamento e desenvolvimento de pessoas, em todas as fases do processo na formação do quadro de profissionais do sistema metroviário. Na Fundação CEPERJ, desenvolve atividades referentes ao planejamento estratégico e sistemas de informações gerencias, dos programas e projetos destinados ao desenvolvimento funcional dos servidores públicos, com atividades de assessoramento à Presidência e demais órgãos da Fundação.

A exemplo do texto ora apresentado, em co-autoria, tem participado de várias edições anteriores do Congresso Internacional do CLAD, com autoria de textos acadêmicos relacionados às ações da Fundação, quando então denominada FESP RJ, dentre os quais cita-se: “Direito à informação e responsabilidade social do Estado: novos olhares para uma Escola de Governo no Rio de Janeiro” (2004), Estratégias gerenciais na administração pública: a gestão do conhecimento como sentido pedagógico da ação” (2001), “Laboratório de Administração Pública (LAP) da Fundação Escola de Serviço Público - FESP RJ: nova dimensão como Escola de Governo” (2000), “Desafios da administração pública e a experiência da Fundação Escola de Serviço Público - FESP RJ como agente de transformação”, em co-autoria, (1999), todos disponíveis para acesso na base de dados do SIARE/CLAD ( www.clad.org ).

Endereço para contato:Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro – CEPERJ.Av. Carlos Peixoto, 54 – 3º. andar, sala 303. Bairro Botafogo. Rio de Janeiro, RJ. BRASIL. CEP. 22.290-090Telefones: (55-0XX-21) 2334.7115; (55-0XX-21) 2334.7108; Fax (55-0XX-21) 2334.7100.E-mail: <[email protected]> e <[email protected]>

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