a aplicaÇÃo de planejamento estratÉgico situacional em governos locais

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  • 7/28/2019 A APLICAO DE PLANEJAMENTO ESTRATGICO SITUACIONAL EM GOVERNOS LOCAIS

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    A APLCAO DE PLANEJAMENTO ESTRAGICO STUACIONAL EM

    GOERNOS LOCAS: POSSBLDADES E LMTES

    O casos de Santo Andr e So Jos dos ampos

    B x

    Pro Orentadora Regna Slva V. M. PachecoPro alos esa BeteroPro Peer Spnk

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    FUNDAO GETLIO VARGASESCO DE ADMINISRAO DE EMPRESAS DE SO PAULO

    MIRAM BELCHIOR

    CO DE NEMENO ESGCO SUCIONL EM

    GOERNOS LOCS OSSIBDDES E MES

    O casos de Santo Andr e So Jos dos Campos

    Disseao apresentada ao Curso de PsGraduao da FGVEAESPrea de Concentrao: Poltca Urbanareqisto para obteno do ttuo de mestreem Admnstrao.

    Orientadora Pro Regina Svia V M acheco

    '.nd,o G; V"_Escola d" Aumiislra ,' .' \FGV t1emprSoP&u : ec ;Bibloteca '

    > _

    SO PAULO

    jj

  • 7/28/2019 A APLICAO DE PLANEJAMENTO ESTRATGICO SITUACIONAL EM GOVERNOS LOCAIS

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    oG \ . 1

    \',Qj4 05J9 , Il -)n I )" BELCHIOR, Miram. A aplio do Panejameto Estratgico Suacoal emoveros locas: Possbdades e mtes - os casos de Sao Andr e So Jos dosCampos So Pauo: EAESP/FGV 1999 102p (Dssetaao de Metradoapresentada ao Curso de PsGraduao da EAES/FG rea de CocetraoPotca Ubana)

    Resumo Trata dos mtes e potecadades da apcao, no nve loca, de umameodooga de panejameto que busca equacoar o processo de decsoprogramao acompanhameo e cotoe de aes o Paeameo EsragcoStuacona modo desenvolvdo orgamete para goveros cetras peoeconomsa cleo Carlos Maus Aponta esses mtes e possbdades a patr darefexo sobre as experncas dos muncpos de Sao Adr geso 19891992) eSo Jos dos Campos geso 19931996) ambas no esado de So Pauo

    aavras Caves: aneameno Esratgco oder Loca Reforma do Esado Governabdade Sano Andr So Jos dos Campos reetura

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    SUMRO

    I. APESENA

    S ilEAS A AINISA PBLICA E PLANEAEN 7

    .1 A Superao da Cise Fiscal 10

    .2. A Refona da Adminsao Pblica 11

    3 O Conole Social 19

    .4A Refoma do Estado e o Panejamento 22

    PLANEAEN ESAGIC SIACINAl 7.1 O mtodo: conceitos e eramens 34

    I. AS EXPENCIAS E APLICA PLANEAENESAGC SIACINAl E NEL lCAL 43

    IV1 Santo And - Caactezao Geal do Muncpo 47

    V2 Santo And A Gesto 1989-992 e o Planeamento Esatgico Situaconal 50

    V3 So Jos dos Campos - Caacteiao Gea do Municpio 57

    V.4So Jos dos Campos A Gesto 1993-1996 e o Planejamento EsatgicoSituacional 59

    . LIIES E PSSBLIAES A APLICA PLANEAENESAGIC SIACINAl 64

    V1 A Adoo do Planejamento Esatgico Situacional 68

    V2 O Planejamento Esatgico Situacional. as podades de goveno e a coeso daui

    V.3 O Compotamento das easMeio e das easm 74

    V4A amplitude da utizao do Panejamento Esatgico Stuaconal 75

    V5 O Equilbio do Tringulo de Goveno 76

    V.6 A Sala de Situaes 78

    V.7 Os Agentes de Planejamento 82

    V8 A Paticipao Popula e o Panejamento Estatgco Stuacional 84

    V.9 Avaliao global dos esuldos da aplicao da metodologia 85

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    VI. Coclses

    EXO IS DOS EREVISTDOS

    REFERCIS BIBIOFICS

    89

    94

    96

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    Aos mes meos, oria e Caos Aeo

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    Agradecimentos

    Aos vine entrevistados de Santo Andr e So Jos dos Campos que

    contruam de manera fundamena para a reaizao desse raaho

    minha oienadoa roa Regina acheco pea pacincia, confiana e

    ncenivo permanente

    Aos meus companeros de Saa de Situaes Maucio (o Xangoa)

    Mariza e oetto por todos os momentos, duos e agradveis que

    passamos untos

    minha equpe na Seceara de Admnistrao de Santo Andr peo apoo

    e pacinca sempe mas especamente no perodo de poduo dessadsseao

    Ao oia raa Vae Remsson Rogro Mrcia Thais e sngea que

    muto me audaram quando o tempo era no

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    I Apresetao

    A cise econmca munda profunda que ocorre a pati da dcada de e a progressiva integrao mundia dos mercados e dos sistemas

    podutvos geraram a gande crse do Estado cuo enfaquecimento

    eveouse tanto no que se efere disponiidade de recursos sua

    dsposio como tamm em reao sua capacdade de proteger a

    economia naciona da competio inteacona crise econmica

    somase a crse de egitmdade do Estado oriunda tanto de sua

    incapacdade de dar conta das demandas dos cidados quanto do

    progressvo distancamento entre aquees e a mquina p ica

    Essa mudana ruta de contexto geou num prmeiro momento um

    fortssmo questonamento do Estado seguido por um movimento de sua

    reconstruo em outras ases essa maneia coocouse para o setor

    pico a necessidade de enfrentar essas circunstncas em vriasfrentes Po um ado enfentando a crse fsca e por outro utando para

    recuperar sua egitimidade atravs da reformuao de seu padro de

    reao com a socedade e da recuperao de sua capacidade gerencia

    No que se refere ecuperao da capacidade gerencia do Estado surge

    a proposta de um novo modeo de administrao denominado

    paradigma psurocrtico que se caracteriza por trs eementos

    principas orentao da ao do Estado para o cdado com nfase no

    controe de resutados vaorizao do corpo funciona (o e

    modeizao dos sistemas de apoio gesto pica Nessa tima

    ina so propostos um conunto grande de medidas pae considerve

    deas consistindo na adoo de mtodos de gesto empresaria A

    recuperao da cutura de paneamento uma dessas medidas

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    nesse contexto qe esse estdo se desenvove, tendo or oetivo

    anasar os imites e otencaidades da aicao, no nve oca, de ma

    metodooga de anejamento qe sca eqaciona o rocesso de

    decso, ogamao, acomanhamento e controle de aes. Analisa

    se a imementao, no mito mnicial, do Panejamento statgico

    Sitaciona mtodo desenvovido orignamente ara govemos centas,

    eo economsta chieno Caros Mats

    A escoha do tema devese asicamente a dois fatoes sa

    ertinncia no mito da dscusso soe Refoa do stado em

    atica da refoma da administrao ica e ao me interesse

    essoa nessa refexo, visto qe viv i a exerincia de a ico dessa

    metodoogia.

    A anse fase a ar da refexo sore as exeencias dos

    mncios de Santo Andr (gesto 989992) e So Jos dos Camos(gesto 993996) amas no estado de So Pao. Os mnicios

    foram selecionados orqe adotaram o Panejamento statgco

    Sitaciona como mtodo de anejamento mncia e eo acesso

    facitado qe disunha dado qe aticei das das exerincias seja

    diretamente, caso de Santo Andr, o indretamente como constora

    caso de So Jos dos Camos

    imoante emra qe existem mitos mtodos ara anejamento,

    contoe e avaiao de aes No entanto, no est no mto desse

    estdo avaiar o mtodo do Planeamento stratgico Sitaciona em si

    nem o de comaro com otros existentes, mas sim de avaia os

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    resutdos de su pico no nve oc ptir ds experincis

    menconds.

    A dsserto orientouse pir de um eque de questes sore gunsdos eementos constitutivos do processo de impemento do

    Pnemento Estrtgico Situcion O ms ger dees referise os

    possves resutdos d pico dess metodoogi, visto e ter sido

    originmente desenvovid pr o nve centr e os estudos de cso

    referirem-se o mito oc onde foi ntroduzid um dequo do

    mtodo

    Ess questo mis ger desdorvse em vris outrs A prmeir

    des refer-se s motives que originrm deciso de dotr um

    mtodo de pnemento govemment e porque o Pnemento

    Estrtgico Situcion fo escohido Um segund questo imponte

    udi o ppe que o processo de impemento do mtodo

    desempenhou no sentdo de esteecer s prioriddes do goveo Atercer dizi respeito se hveri diferen entre o compomento ds

    res-meio e o ds resfim frente introduo dess nov metodoogi

    de pnemento Um qu questo dizi respeito se o Pnemento

    Estrtgico Situcion foi incorpordo pe hierrqui ou ficou pens

    como instrumento ger do goveo

    Hv ind um oco de questes recionds s dificuddes de

    impemento d metodoogi em s dd su t compexidde

    mesmo consdendo tods s deques reizds pr su

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    apicao em mito oca o tatamento do inguo de Goven ou

    sea se na ptica foi possve tata de maneia equiiada os seus ts

    vrtices (pogama de goveo capacidade de goveo e goveaiidade

    do sistema) a eficcia do mecanismo de Saa de Stuaes oganismo

    esponsve po faze o monitoamento gea do pano a penncia da

    figua do agente de paneamento das eas e como uma tima questo

    a considea o pape que a metodoogia pode cumpi quanto ao contoe

    socia soe o pode oca isto se o Paneamento Estatgico

    Situaciona pode cumpi funo de apoio ao pocesso de participao

    popua

    Dessa foma o pesente estudo tenta identifica consideando as

    especificidades dos dois municpios anaisados os divesos eementos

    de sucesso e facasso na apicao da metodoogia desenvovda po

    Caos Matus

    A eaizao da monogafia aseouse no estudo iiogfico napesquisa de documentos conceentes ao tema e na eaizao de

    entevistas com aguns dos paicipantes do pocesso de impementao

    do Paneamento Estatgico Situaciona nos dois municpios

    A escoha dos entevistados seguiu o citio de ote difeentes vises

    do pocesso Dessa foma foam entevistadas em cada municpio

    pessoas peencentes a sete gupos a sae tomadoes de deciso

    secetios de eafim secetios de eameio agentes de

    Coceto tliado o Plaeameto sratgico Siacioal e cosise o eacoametosimteo de s macoaeis e codioam mamete o rograma de goeoa goemabildade do ssema e a caacidade goeo

    Ver isa dos ereistados o exo I4

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    paneamento das eas memos da Saa de Situaes esponsves

    peas iniciativas de paicipao popua e consutoes ue auxiaam na

    impementao do pocesso As entevistas aseaam-se num

    uestionio estutuado paa da conta dos difeentes aspectos a seem

    anaisados tas como caacteizao do govemo municipa histico do

    pocesso uestonamentos especficos soe eementos da ap icao do

    mtodo e aano gea dos esutados Esses aspectos foam

    seeconados a pati das uestes iniciais ue moveam essa pesuisa

    Todas as entevistas foam ea izadas a pati desse uestionio sico

    sendo ue um ou mais aspectos dee foam enfocados com maio

    pofunddade de acodo com o gupo ao ua o entevstado peencia

    esutado desse estudo se desenvove em seis captuos O pimeio

    consiste nessa apesentao onde so comentados aspectos geas do

    taaho seus oetvos e a metodooga utizada. No segundo est

    ainhavada a discusso ue se tava em tomo do pape do Estado e dos

    diemas ue a administao pica vem enfentando nos dias de hoeincuindo sucintamente o pape do paneamento nesse contexto O

    teceo captuo apesenta os pincipais fundamentos do Paneamento

    Estatgico Situaciona cua apicao se discutida nos dos captuos

    seguintes O uato captuo desceve o histico e as condies dento

    das uais se desenvoveu a impementao do mtodo nos municpos de

    Santo And e So Jos dos Campos O uinto captuo anaisa as

    divesas uestes ue moveam esse estudo uz das entevistas

    eaizadas a pati do ue tentouse estaeece os mtes e sucessos da

    utiizao desse mtodo de paneamento nas expeincias anaisadas

    No timo as concuses aicuase evemente os esutados imites e

    possiiidades das expencias com a temtica da efoma do Estado

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    em como pont-se m specto reciondo o tem oeto desse

    trho que no fom oddos po estrem fo dos mtes

    esteecdos p o se desenvovimento ms qe poderm ser frto

    de m nise compementr ee

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    . Os Diemas da Administao Pblca e o Planejamento

    peodo do p-guer t dcd de 0 crcterzou-e peo

    permnente crecimento econmico tnto no pe cpittdeenvovido como tmm no interior do oco ociit e em prte

    do pe do erceiro Mundo A pir d dcd de 0 oretudo

    pir d crie do petreo tem ncio um grnde crie econmic

    mundi que cooc em queto o ntgo modeo de inteeno ett

    que utentv hegemoni do Etdo de Bem Etr cendendo

    prtir d propot er reegd t quee momento um

    egundo pno

    Ao do d cre econmic o deenvovimento tecnogico d egund

    metde do cuo e progreiv integro mundi do mercdo e

    do item produtivo nrm e d goizo que

    impuerm um preo dicion o etdo ncioni que perderm

    pe coniderve de u cpcidde de eteecer poticmcroeconmc e de or u economi d competo intecion

    (BRESSER PEREIRA 199 p1) De orm o enrquecmento do

    Etdo no e deu pen pe reduo do recuro u dpoio

    m tmm pe perd de pte de eu poder.

    A expice repeto d nturez d cre do modeo do ee

    e o muito vrid e dependente do coe ideogico do qu

    provm, to do poconmento repeto ore o ppe do Etdo n

    economi. Entre o progret prevece idi de que e trt de

    um proceo de dpto do modeo nov circuntnci do mundo

    modeo enqunto o conervdore potm n derrocd compet do

    modeo DRABE e ENRUE 1 988 primeir prte)

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    Dess mne, dcd de 80 fo foemente mcd peo dete

    soe o ppe do Estdo especmente soe o seu tmnho. ssm

    que, do ponto de vst dos neoes, pevec d de Estdo

    mnmo quem ce pens gnt os detos de popedde e

    esevv o mecdo tot coodeno d econom Como

    conseqnc, o ecetuo neoe compunhse de um conunto de

    eementos p estng o Estdo, p o juste fsc e p s

    efos oentds p o mecdo. No entnto, p ds pmes

    nctvs ness deo 'fmouse consenso moto, foecdo pe

    nse empc do desempenho dos pses ndustzdos, no sentdo

    de que souo e dos poems estv n usc de novs foms

    de comptdde ente esfe do mecdo e esfe do Estdo

    (ABRANCHES, 1 991 , p.5), ou como sent Pzewosk ( 1998, p3) ,

    mesmo n usnc de sus tdcons fhs, d de que os

    mecdos so efcentes, pece est mo ou, no mnmo, mound

    Dess fo, de mne ge, fou-se vso de que nem gcpu do mecdo nem gc estt conseguem d cont soznhs do

    poem.

    E ssm consttuuse um vso hegemnc de que no se ttv

    uncmente de edefn o gu de nteeno do Estdo n econom,

    ms sm de efo o Estdo tvs de um se de es p que

    este poss, num novo cco vot compement e cog

    efetvmente s fhs de mecdo, nd que mntendo um pe ms

    modesto do que quee pevecente no cco nteo (BRESSER

    PEREIRA, 1 99, p 1 ) ou nd p d pode o stdo p fze o

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    qe deve fzer e o impem de fzer o qe no deve fze

    (PREWORSK 1998 p.39).

    A despeito ds diferentes vises respeito do gr d inteenoestt hove no entnto gns pontos de nise comns entre s

    diferentes concepes respeito ds css essenciis d crise. O

    primeiro dees diz respeito o crter finnceirofisc de o se

    incpcdde de fnncmento do Estdo pois os gstos picos

    crescerm mito mis rpidmente qe os meios pr finnci-os Em

    segndo gr estrtr rocrtzd e centrizd do Estdo qe se

    demonstrv ineficiente e incpz de tender com qidde s

    demnds dos ciddos. Por tmo trtse de m crise de

    egi timidde de qestionmento do modeo de reo entre o Estdo e

    sociedde devido o progressvo distncimento entre mqin

    pic e o ciddo.

    Dinte dsso Reform do Estdo deveri enfrentr s trs dimenses econmic dmin istrtiv e potic ssinds cm spero d

    crise sc reform d dministro pic e refomo do

    pdro de reo entre Estdo e sociedde. Ve oser qe tnto

    Crozier ( 1 992 p 12) qnto Acio (1 998 p 8) pontm qe cd ps

    qe se disps fzo doto esposts dfeentes em fno de ftores

    potcos econmicos ctris e orgnzcionis d iferencidos.

    Ce tmm considerr qe no mito d Amric Ltin h m

    eemento mis ser evdo em cont q se necessdde de

    consoido do processo de edemocrtizo qe se desenvove

    9

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    tamm a par da dcada de 80 e que cca desafis adicinais

    Refrma d stad

    . perao da Ce Fca

    As medidas geramente apicadas de supea da cise fsca s

    usuamente atriudas s idias neieras Iss se deve a que as

    primeras medidas de Refrma d stad adtadas anda na dcada de

    80 se cncentraram na redu d gast pic e tamm a fat de

    que aquea crrente prpunha a redu d tamanh d stad N

    entant apidamente tmuse ca [ ] que auste fisca n ea

    prpsta de cunh idegic mas cndi necessria para quaquer

    gvem fe e efetiv (BRSSR PRIRA 1 998 p32)

    A fun da refma fisca seria ent a de cntriuir para sinaizar uma

    mudana estutura n tatament das cntas pcas de frma a reduzr dfcit pc cescente Nessa dire h um cnunt de medidas

    que fam adtadas e que em gera se sustentam em dis piares: a

    edu d gast pic e aument da arrecada trutria

    m rea a primeir dees fram adtadas medidas de redu d

    tamanh e d cust d setr pc especiamente n que se refere a

    quadr de pessa atravs de prgramas de privatiza terceirza e

    utrs. Am dss p sua reevnca fi necessri se deruar sre

    aguns temas especfics cm sistema previdencr e de sade

    sso ocoe a -Betanha no Caa na Astla na Noa Zelna o apo e ossaos Uos mo saena Besse Peera (1998 p 31)

    0

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    end cm cnseqnc em guns pses nesse m cs

    rnsfernc desses ses ser pc n-es.

    segund pr cnssu n d de es p umenr pcp d rece pc n P Dess mner nvesuse n

    mehr d mqun rrecddr es de frm ev evs e

    es fisc reduzuse u eminu-se susds exsenes dmnuuse

    sr ds cuss de exemddes d prcess de

    desenvvmen em enefc de sees scs cpzes de

    nemzs e evenumene mm prcedeuse um refrm

    5rur pr ene urs r pcp ds mpss dres

    ms mprne d que s ndres n cnun d rece pr dmnu

    quees mpss que ncdssem dremene sre prdu e

    mesm em guns css pr umen crg rur g .

    .2 Reforma da dminitao Pblica

    N fn d dcd de 0 e n cme de 80 cdd cmum cd vez

    ms expessv seu descnenmen em re urcrc es

    depsnd em ps grnde cnfn ns mdes prvds de

    ges Dess mner segund grnde c de de Ref d

    Esd enfrenmen d su cd vez ms cr ncpcdde de

    ender s demnds ds cdds se n qundde u n qudde

    ds ses resds.

    Esse c de vd dmens dmnsrv d crse

    prem de pcdde gerenc d Esd cmumene denmnd

    1

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    de refom dmnitrtiv Como ient Spink (1998 p 18) ee

    conceito tem muddo muito trv do tempo Ce ento ecrecer

    que nee etudo e dotr concepo de que refom dmintrtv

    o o eforo que tm por fito induzir mudn fundmenti noitem de dminitro pic trv de reform de todo o

    item ou peo meno de medid que vem meho de um ou

    mi de eu eemento-chve como etrutur dminitrtiv peo

    e proceo (Confernci d Ne Unid Brghton 1 91

    SPINK 1 998 p 18) De fom dote qu um concepo que e

    ditingue d Reform do Etdo que engo e que tmm e

    diferenci d modezo dminitrtiv que decornci de

    A chmd reform de primeir geo reizd ind n dcd

    de 80 centrm pouco eforo ne direo e o eforo reizdo

    concentrrm-e em tentr introduzir mtodo gerencii privdo no

    mito pico com o oetivo de tom-o mi efciente Somente n

    dcd de 90 que neceidde ett de gnhr cpciddegerenci gnh mportnci no mito d Reform do Etdo qundo

    funo de um dminitro pic eficiente p ter vor

    etrtgico (BRESSER PERERA 1 998 p 2)

    cee d propot de reform dmnitrtiv dotd no pe

    deenvovdo e concentrou n eformuo compet do prdigm

    egemnico de orgnizo do Etdo funddo no conceito weerino

    de urocrc Como do no fin do cuo I urge o modeo

    urocrtico em opoo o modeo ptrmont de dmnitro do

    Etdo O urgimento do cpitimo e evouo d noo de d ireito

    cvi e potco coocrm em queto no epro entre o

    1 2

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    ptrmnio pco e o prvdo que crcterzvm form de

    dminitrr t ento. im que ee novo prdigm de

    dminitro untmente com democrc e contituiu como o

    princip intrumento pr proteger o ptrimno pico contr proprio privd do Etdo

    prdgm urocrtico conite no exerccio d tividde de geto

    pic por um qudro dminitrtivo compoto por funcionro

    oedecendo omente orige oetiv do eu crgo que e

    exprem medinte norm e proceo intemo o eeciondo e

    contrtdo conforme u qufico profiion; o remunerdo

    com rio fixo eteecido egundo u poio n hierrqu

    reponidde do eu crgo e quifce de que dpem tm

    perpectiv de crreir compreendendo progreo por tempo de

    evo por eficinci ou m e eto umetido um item

    homogneo de dicipin e de controe do evio. Ee modeo

    conoidoue foemente durnte primeir metde do cuo pndo er uti izdo tnto n re p ic qunto no etor privdo.

    O primrdio do quetionmento o prdigm urocrtico remontm

    dcd de 60 qundo epecimente no etor privdo m tmm n

    re pic comem urgir prmeir crtic ee O modeo

    crcterizdo por procedimento rcioni e infexvei edo no

    cumprimento mpeo d norm no conegue mi dr cont d

    nov fune coocd o Etdo pir de um drtic

    trnformo de contexto A grnde nfe dd o controe tomou

    dminitro pic ped e mrrd formidde tcnic e

    proceu. A etrutur hierrquic rgd e verticzd no propic

    1 3

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    criativdade nem o compromio com o retado da pretao de

    eio ao cidado O compoamento do fnconrio poarizado

    peo cmprimento da norma e rtai inteo em detrmento do

    enefcio proporconado ociedade

    Am dio, o pape mai imporante a er cmprido pea admntrao

    rocrtica progreivamente deixo de e verificar, poi como aienta

    Breer erera (998 p27) e, no pae deenvovido, o direito

    cvi e ociai etavam razoavemente protegido, o direito pico

    no etavam [ O nepotmo e a corrpo mai vive foram

    controado, ma rgiram nova modaidade de apropriao privada

    Ea caraertca ainda ma foe no mto do pae em

    deenvovimento, epeciamente na Amrica Latina, qe no

    conegiram conoidar rocraca weeriana e o atamente

    permeve gica da reae peoai referida ao patrmoniaimo,

    configrando aim ma rocraca pca qe comina de forma

    pevera, rigdez no procedimento com iioogia no compoamento(DAIEL, 1 99 p3)

    Ee movimento de qetonamento e acenta na da dcada

    egnte cmnando nma propota de novo modeo, denominado

    paradigma procrtico o adminitrao pic gerencia; qe

    procra dar conta de toar o Etado eficiente o entato no e trata

    de m nico modeo poi como ainaa Arcio ( 1 998 p 1 ) percee

    e qe ma rie de medida vm endo tomada em pro da

    contitio de m modeo procrtico, ma ete o

    competamete coerete e ademai, no ma nica via adotada em

    toda a ae

    1

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    A depeto da vaiae em tomo do modeo apontado acima, h tr

    apecto qe conformam o nceo ico do qe tem e denominado

    admnitrao pica gerenca orientao da ao do Etado paa o

    cidado com nfae no controe do etado vaoriao da

    rocracia (eoee e modemiao do itema de apoo

    geto pica

    Tave o eemento ma impotante apreentado peo novo paradgma

    ea o de deixa de er atoreferente e paar a er focado na

    demanda do cdado, conforme oea Bareay (1992 p8) em a

    defea da necedade de romper a vio rocrtca E a foma de

    avaiar e o Etado et orentado de fato paa a pretao de evio

    ao cidado a rocracia deixar de e preocpar com controe pvo

    do procedimento e e concentrar no contoe do retado da ao

    etata, atrav de ndcadore de deempenho

    m egndo eemento reevante o pape qe e reea ao

    fncionrio pico nee novo modeo Diferentemente do paradigma

    rocrtco onde o fncionro no preciava inovar nem enfrenta

    deafo poi atava cmpir norma e procedimento no novo modeo

    e prope o eoee o ea, o fncionrio merecem m certo

    gra de confiana de forma qe ee poam entender e apicar norma,

    dentificar e reover proema e tenham iniciativa e cratividade para

    aperfeioar continamente o proceo (Baeay 1 992 p . 18).

    bre esses ines Gaean (1998, p 1 01 ) bsea e nem as as eas eatiae se pbi pssem caacests e as tmam passves e mensamas a maia mensve ss signica qe cmparaes (intemacnais inter-eginaisa ng em etc pem se etas m cm esabeeciment e a ntrata emetas.

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    emo criaivdade e iniciaiva do fncionrio pico eqer,

    poano, m proceo de foaecimeno e ameno da aonoma da

    rocracia Em primeiro gar necero vaorizar e raaho aravde a paicipao na formao e na geo da poica pica,

    garanindoe, com io, e compromio em reao ao reado a

    erem acanado Em egdo gar, precio priorzar a capaciao

    do edore conrindo ma ae gera cienfica e cra ida

    m conhecimeno mincioo da reaidade naciona e e conexo m

    aaizado e peinene aparehameno ecnogco, aide favorvei

    mdana e inovae em como vaore nacionai e ociai

    (LBERG, 992 p80) Ea capaciao por oro ado, precia

    ear orienada para romper com a exceva epeciaizao qe oma o

    edor reponve apena pea repeio mecnica de arefa evando

    iizao de a capacdade e omo capaz de deempenhar

    mipa fne m oro eemeno referee neceidade de

    profiionaizao o ea, eaeecer nm prazo compave, mapoica aaria [ ] qe garde comparaiidade com aqea praicada

    no mercado para fne imiare deconada a vanagen ] ai

    como eai idade pena e m iema de caeira profiionazada [ ]

    aeado na progreo fncona por mrio, no reinameno e na revio

    de vanagen [ ] ociamene nificvei (ABRACE, 1 99 7)

    aim qe o qe parecia iniciamene ma ineno de acaar com o

    corpo rocrico, na vedade e conii na pecepo de qe ee o

    principa agene de reaizao da mdana

    Como bem obsea Abcio (99, p.193) "aps a instalao das mudanas, seronecessos idoes pbicos que manejem o novo acabouo de regas - o qe paecebvio mas na ptca de vos pases no tem sido

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    Por timo, no qe e refere ao deenho de modemo itema de apoio

    geto pica, h m ampo eqe de medida qe podem er citada,

    oa parte dea aeada em aordagen da adminitrao do etorprivado Ee redeenho tem por oetivo recontrir a capacidade

    anatca do Etado, atrav do aprimoramento da tomada de decie

    minorando a fedaiao da admin itrao pica, do regate da ctra

    de paneamento, da tranormao do oramento pico nm

    intrmento gerencia, vncado ao paneamento e vaiiador do

    controe ocia e da mdana da ettra organiaconai, tomando

    a eve, fexvei, decentraiada, horionta e com menor nmero de

    nvei hierrqco, podendo at memo er temporria (LBERG

    1 992, cap7 ; FERRERA, 1 99 p2 e ALBUQUERQUE, 1 991 p2)

    Cae por fim em reao a ee ponto apreentar doi connto de

    oeae reativo ao imite dea nova propota de paradigma de

    adminitrao

    Por m ado Arco (1 998) mencona cinco d i ema dee novo

    paradigma O prmeiro dee di repeito reao entre a reforma

    adminitrativa e o proceo potico qe indca a neceidade de

    contro de ma etratgia de coneno nto ao atore envovido no

    proceo e enfata a mportnca de doi dee o fnconrio pco

    e a popao Um egndo dema referee teno exitente entre a

    gica fi qe e concentra no q anto e gata, atando no co

    prao e a gca gerencia qe pretende tomar ma efciente a ao

    da rocracia, agndo no mdio e ongo prao Uma otra qeto

    Coo pope Albqerqe (199, p 4) a adoo de todos modeos de gestoepesaa a adstrao pb"

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    aponta para a eparao entre a formao e a impementao da

    potica pica gerada peo novo formato organzaciona qe

    etaeece ditno entre qem concee a potica (o nitrio por

    exempo) e qem a execta (a agncia exectiva), po o pimeiro

    nem empre tm a experinca concreta e o timo tm qe exectar

    ma potica mta veze em aer porqe e em poiidade de

    epaa a experncia para qem forma. qato diema diz

    repeito, tavez, mai pomica medida adotada pea admnitao

    pl ica gerencia a decentraizao vaoizada po pemitir ma maior

    eficincia e participao na geto do ervio pico e

    reponazada po, em gera, amenta a deigadade regionai e

    tamm fragmentar a pretao do evio pco o timo, Acio

    ainda aenta qe, o princpa deafio do modeo pocrtico [ ]

    definir qe tipo de Etado deve e contrdo para o co I"

    epeciamente para o pae em deenvovimento qe no ograam

    reove e grave proema ocia [ ma qe para io tero qe

    ingrear nm novo etgio admnitrativo, em terem de fato contrdom Etado competamente modemo"

    or otro, pink (998) ana dvida ore a forma de conto e

    hegemonizao do novo paradigma ara ele, a contro da

    propota mai recente de refoma adminitrativa na Amrica Latina

    ocore de maneira eqivocada, vito qe aeada, fndamentamente,

    no acrcimo de novo eemento em e qetonar a eficca daqee

    Meo (1996, p78 aponta os eetos peesos da descentalao ransfercas dereas pbcas sem responsabdades de gerao de oas defno e ambgdadeqanto defno de competncas ente esfeas de goemo bocacas ocas de baxaqalo peda de pacdade regata e de folao de pcas por pate dogoeo cenra descenrazao fs cm mpante ransfernca de mposos, qemnoro a padade do goemo ceta ear a cabo potcas de esablzao e reoasfscas porosdade do goemo oca em relao s eles, acaretando maor cpo ecentesmo e, pr fm fragmentao nscona

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    assumdos nas propostas anteroes; ou sea o nsucesso vsto sempre

    como futo da ausnca de um novo aspecto anterormente neggencado

    e no po nefcca do proposto at ento. Am dsso, o auto dentca

    uma pogressva omogenezao da proposta de refoma admnstatva

    da dcada de 30 aos das de oe. m funo dsso, ee se pegunta

    sore o quanto essa tado de naratvas desvncuadas dos

    acontecmentos socas e potcos gera um processo de autocensua

    que nvountaramente tem mtado o acance da dscusso (SPINK,

    998, p . 66) geando ta unfomzao de popostas e , ao mesmo tempo

    responde, que ceramente o passado tem muto a ensnar ao futuo a

    esse respeto (SPINK 998 p . 68).

    . 3 O o toe oca

    Como j apontado anteromente, as reformas de prmera gerao

    concentraram-se ncamente nos aspectos econmcos e,

    secundaamente nos admnstatvos. sses tmos ganaam grande

    mpuso drante a dcada de 90. Somente mas ecentemente se tem

    enfatzado a dmenso potca do redeseno do stado.

    descrdto do cdado em eao ao stado tem orgem na sua

    nefcnca na prestao de seos, como ndcado anterormente mas

    tamm advm do aumento do dstancamento entre ee e a socedade.

    sse dstancamento que acentua a peda de egtmdade do seto

    A endnca de consi modeos domanes de efoa baseados [ .. ] nma esa decomexidade seme cescene sem da esao aa ma anlse cca das abodagensaneoes de efoa . ] deve ana dvdas sobe a aa safa de idas de efoaindendeemene de se mo ndvda SPINK 1998165

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    pco, se confgura pea axa sntona ente as demandas dos cdados

    e a capacdade do stado de estaeecer e mpementar metas

    coetvas.

    ssa ncapacdade geada peo comportamento auto-referdo da

    urocraca, que acredta ser possve mpementar escoas pcas

    munes s presses dos nteresses parcuares. No entanto, a prtca

    ndca que despeto dessa vso de que o stado pode soepo-se s

    presses, tem prevaecdo a defno das metas peas ppras etes

    estatas ou po um crcuo de especastas stuados em nstncas

    encausuradas dssocadas da esea onde se manfestam os nteesses

    soretudo aquees mas dspesos e menos organzados em poso de

    franca desvantagem em reao aos demas (DI NI, 996, p 4) sse

    enfoque provoca, po um ado uma expresso desgua dos dversos

    nteresses ntsekng e, por outo, dmnu a capacdade do stado

    de gerar adeso e garant sustentadade s suas decses

    Dessa manera, o que est em questo a necessdade de reormuao

    do padro de acuao ente stado e socedade asseguando mao

    responsazao (ccountb daquee. necesso, em prmero

    ugar persegur uma meor capacdade de ntemedao dos nteresses

    e, tamm tomar o stado mas egtmo e democrtco, atravs do

    apeeoamento da democraca representatva e da consodao do

    controe soca, a par de mecansmos de pacpao dreta (BRSSR

    PRRA 997 p . 9)

    Vae saienta o obseado po Diniz (996 p1 ) no qe se eee necessidade deeca a noo de interesse pbico a ao estaa ao se dssociada de agma noo debem comm e da garanta da peseao de algm ga de esponsabilidade pbica natomada de decises rde litimidade"

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    Esses oetvos emetem aos poemas de controe dos nteresses

    prvados peo Estado do cdado sore seus representantes e desses

    sore a uocaca. Como sustenta Przewors ( 1 998, p.44) a par do

    paradgma agente-prncpa o proema como nduzr os dversosatores ndvduas a agrem de forma compatve com os nteresses da

    coetvdade.

    No que se refere ento necessdade de que o Estado sea mas

    efcente na admnstrao do jogo de nteresses sera necessro o

    apeeoamento dos meos de nteocuo e de admnstao desse

    ogo; atravs da crao de oportundades e ncentvos ntroduzdos po

    novos aranjos nsttuconas" sera possve conduzr a formao e o

    modo de atuao dos grupos na dreo ameada [ . . . que exge uma

    estratga deeada de ao" (DIN 1996 p.13).

    Em se tratando de controe soca preconzase a adoo de prtcas de

    gesto pca que envovam a patcpao conunta de govemos e deatores socas reevantes (DANEL 1 996 p 9). as prtcas devem

    compreende a transparnca tota da manera de atuar da admnstrao

    e o estaeecmento de programas e canas de patcpao da socedade

    cv, de forma a resgata a esfera pca como nstumento de

    expresso da cdadana e frum de aprendzado soca

    No entanto necessro compreender que essa nova reao Estado

    socedade tem natureza dua, exgndo esforos das duas paes Peo

    ado do Estado peo menos trs aspectos a consderar ccountb

    Vale a pea ema, em elao a essas pcas, expecas brasleas recenes caaspo D (1997 p.26) as cmaas seoas no mo feera e o ormeto pacpao emel loca.

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    potica uocrtca e ega. O pmeiro aspecto refeese constituio

    de um de potico atravs de processo eeitora egtimo e com tempo

    imitado de mandato. Do ponto de vsta urocrtico reque a perfomance

    efetiva do govemo e dos funconros nas suas reaes com o pico,

    sendo centra paa ta, a transparncia nas aes, atravs da prestao

    de contas. Por fm, como prrequisto paa as duas anteroes, eque um

    sstema udica oetvo e de coniana Do ado da sociedade cv

    depende da sua aidade para paicipar nas decises adotadas peo

    Estado sso impca em acesso infomao paa uma ao mais efetiva

    no pocesso de deciso Paa tanto, ao ado dos requeimetos de

    acesso, necessrio dar poderes a esses grupos. (HALFANI et a,

    1993)

    4 Rform do Etdo o Pnjmnto

    As dcadas de 60 e 70, assim como trouxeram os pimeiosquestonamentos ao wee stte e ao modeo uroctico de

    adminstrao, tamm foram um momento de crtica ao paneamento.

    At meados da dcada de 60, prevaecia a concepo de que o

    paneamento era uma tcnica neutra, sendo seu pape apresetar com

    oetva mparcadade, as distintas soues, o que cada uma deas

    requer e seus provveis efeitos (CEPAL, I pensamento de a CEPAL

    1 969 p .1 1 5 a R, 1 998, p.5).

    A pair de ento comea a ocorrer um questonamento sore o

    formasmo a eutradade e a efetividade do paneamento. Dscutese a

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    necessdade de os panos se toarem operativos e instrumentos de

    coodenao de aes. A dsso, discutese a concepo de

    separao entre tcnica e potica e criticase o dstanciamento existente

    entre fouao do pano e sua impementao

    No seto privado suge, na metade da dcada de 60 a poposta de

    paneamento estratgico epresaria, que tamm pocura esponder s

    crticas ao paneamento naquee mito. Naqee moento a nova

    proposta encarada como o meho odo de inventar e impementar

    estratgas que aumentariam a competitividade [ . . .1 e resoveriam a

    separao entre o pensar e o faze(MINTBRG, 994B p 07).

    Como assinaado anteiomente o mto da dimenso administativa

    da Reforma do stado a efoma administrativa se estrutura e ts

    gandes eixos entre ees o da modeizao dos sistemas de apoio

    gesto pica. Tam se saientou naquee momento que parcea das

    medidas sugeridas eram instrumentos de gesto empesaras. Opaneamento sugerido tanto como simpesmente mecanismo de

    aprimoramento toada de deciso (KLKSBRG, 992, p.79); quanto,

    mais expicitamente, como adoo de mtodos geenciais do setor

    privado .

    No entanto as recomendaes em eao adoo desse instruento

    de apoio gesto caegam pate dos questionamentos qe o

    panejamento vinha sofrendo anteiomente. Motta (987, item 5.), por

    exempo, ao defender a necessdade do paneamento, enfatza a

    Veoso (199, p 1 08 obsea qe 'conqano a adminisao pblica jamais possa, nemdea, fnciona em bases esamene empesaras, exisem modos modemos de gesoempesaal que deem ser azdos para o seo pb como a idia do panejamenoesagi que nenhuma empesa o geso mema disnsa

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    ponca de ntegrar as fases de ouao e peentao do

    pano. Kseg ( 1 992, p.67) consdera que se pe [ . .

    transfoaes potantes nos esqueas tradconais de panfcao

    [ . ] dando nfase, entre outros aspectos, [ ] adequao a conuntura eo uso da va pacpatva. Feera (1996, p.27) consdera que

    necessro dexar de ado aquea veha gca deternsta e near, [. ]

    quase utve", para dar ugar a u processo as dnco e g

    aseado na adoo de ua postua estratgca [ . . .] O todo, se

    precso, o panefazendo Os dos tos autoes cta o econosta

    cheno Caos Matus coo autor de ua concepo ateatva de

    paneaento que se enquadrara nesses requstos

    A dcada de 90 apresenta, e reao ao paneaento oventos

    derentes no setor pco e no prvado No prieo, o paneaento

    peranece procurando seu uga; enquanto que no segundo eaparece

    os questonaentos agora e reao ao aureado paneaento

    estratgco.

    Hen Mintzerg ex-presdente da Strtegc Mngement Soce e

    seu vro The se nd f of sttegc pnnng defende que o

    paneaento estatgco te sdo usado, na verdade, coo

    prograao estratgca, ou sea, para foazar as consequncas das

    estratgas que tenha sido desenvovdas. Para o autor, o processo

    de paneaento estratgco no capaz de produzr estatga, pos ee

    se asea na anse enquanto o pensaento estatgco, e

    Confoe Mzbeg 994b p0) plaejaento esutase e 'vi ua eta oucouto e tenes e passos fOazao esses passos e fOa que ees ss sepeetaos quase aoaticaente e aiculano as coseqncas atecpaas ouesutaos e caa passo

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    contraste um processo de sntese, de aprendzagem nfoma que

    produz perspectvas e comnaes novas envovendo ntuo e

    cratvdade. Dessa manera "estratga no consequnca do

    paneamento, mas o oposto: ea o ponto de patda" (MINTBRG1 994A, p.333).

    A lara d raga c xan clx, nl n a cad , , ucncn dnan han [ ] Ua aga d r dlada a d fra nn cfca da d r d a rgana [ .]aga d r dnlda nadrdan, ndd dann cncn da d rnn ara d rc d andag (MTBRG 1 994B 1 )

    As trs dcadas de utzao do paneamento estatgco na rea

    empesaa geraram duas es conforme o ex-presdente da Sttegc

    Mngement Soce prmero que gerentes tm qe se encarregar

    dretamente do processo de defno de estratga e, segundo que ees

    nunca podero encarregar-se competamente de sua formazao. m

    consequnca dsso, ee prope que as organizaes transformem o

    traao do paneamento convencona, pos estratgas no podem secradas po an se, mas seu desenvovmento pode ser auxado po

    ea (MINTBRG 1994B, p 1 1 2)

    ssa poposta de transormao taa dos camnos. Por um ado o

    paneamento estratgco convencona devera ser encarado como

    pogramao estatgca, pape que ee tem efetvamente

    desempenado. Logo, a defno de estratga sara de seu mto Por

    outro, os paneadores saram do processo de defno da estratga,

    Do oiginal 'sraegy s an immensely compex pocess, , which invoves he mostsopsticaed, subte and, a mes subnscous eemens of man nkng [ A staegyca be deliberae can eaize he specc inenions o senio managemen straegies candeveop inadveenty, whot e conscious nenon of senior managemen, oen hrouga pocess o leamng

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    as tera ua responsadade portante nesse processo atravs de

    trs funes garanr as anses foras que o pensaeno estatgco

    requer agr coo caazadores ncentvando os gerentes a pensar sore

    o futuro de fora crava e por f coo caadores de esratgauscando dentro e fora da organzao novas ateatvas para os

    gerentes(MINTBRG 1 99A cap.6)

    Coo vereos adante os uncpos e queso adoara o

    Paneaeno Esatgco Suacona coo u nstrueno geenca

    para eorar sua eficcia poano aderndo a esse ovento as

    gera de oaeceno do Estado Os esuados acanados co a

    nstuo dessa eodoogia sero dscudos e eao essa adeso

    e aos questonaenos que o paneaeno ve sofendo nos tos

    epos.

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    111. O Plaejamento Estratgco Situacioa

    Caros Matus teve uma roongada caera, desde o fna da dcada de

    50, na rea econmco-fnancea da admnstrao ca chena, tendo

    ocuado, ente outros, o cargo de Mnsto da conoma e Presdente do

    Banco Centra no goveo A ende. xado na Venezuea, traahou como

    assessor da ONU no PNUD (Pogama das Naes Undas ara o

    Desenvovmento) e no ILPS (Insttuto LatnoAmercano de

    Panfcacn conmca y Soca) , em tarefas de sua esecadade como

    aneador.

    Fo docente e esqusador da CPAL, mas esecfcamente do ILPS

    onde, durante a segunda metade da dcada de 60 , artcou atvamente

    do deate sore o formasmo a neutradade e a efetvdade do

    aneamento que he sevu no mdo razo, de onto de artda aa o

    desenvovmento de seu rro mtodo.

    m 972 anda como memro do goveo Aende, Matus uca

    aea y Plan, re-eaorao de um documento de 1 968 onde

    ncorora e arofunda a dscusso soe aguns dos ressuostos nos

    quas descansava a conceo atnoamercana de aneamento ate

    aquee momento, tas como, a neutradade, a raconadade, a

    formazao nsttucona, entre outros. O que o moveu nessa dreo fo,

    segundo seu rro deomento, uma contrado rogressva entre sua

    formao de economsta e sua exernca de mas de dez anos no

    camo do aneamento (MAUS, 1 972 . x).

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    A contuo mas mporante desse traaho, no entanto, a ntroduo

    da dmenso estratgca do paneamento. A pegunta que orentou essa

    eexo de Matus ea possve um paneamento onde as tcncas

    econmcas e as tcncas de nvestgao potca se estruturem em umanova sntese metodogca que, ao mesmo tempo, ampa seu unveso

    de ao a faa mas efcaz como mtodo de govemo (MAUS 1 972

    p.5).

    Sua nteno no era a de separar a estratga do paneamento nem de

    a concee como susttuta daquee, mas sm como eo compementar ao

    pocesso m decorrnca dessa funo compementa, ee propunha

    ento no uma mera agregao do novo conceto, mas uma revso dos

    outos componentes de um pano para conformar um sstema coerente

    Dessa foma, ee ana as azes do Paneamento stratgco

    Stuacona

    U xa d r [ ] ua a da n aaa d cnrar rc cal a drnad Anda

    ara aadxa, a ar da ra cng a cdad dacar d a clx aa a n n c cnc a cncl n d r cndada dalnada,a daf ara adIa c d a f (MATUS972, 6)

    a par dessa efexo no mto da CPAL, da sua expernca na

    admnstrao pca chena ou do seu traaho como consuto em

    D rgal 's psse ua placac dde las ccas ecmcas y las ccas devestgac l se esuem e ua ueva sess metdlg que a msm empque ampe su uves de acc a aga ez cm mtd de gem?".

    D gal u reexamem de ls supests [ . . .] y de ua psc ms mesa frete a lasaspaces de ctar e pces sca aca es determads Auque parezcaparadjc esta mayr mdesa te sg la ecessdade de apcar mds muc mscmpes para perm la stess ere l plc y l ecmc sta ccus em mdagu de csdea-se desaleadra, aes e ms parece u desa paa adaacm mtds ms ecazes"

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    vrios pases da Amrica Latina, que Matus constri ento a sua

    proposta de planejamento em oposio ao que ele denomina de

    planejamento tadiciona.

    /Paa ele "o Planejamento Estratgco Situacional um mtodo e uma

    teoria de Planejamento Estratgico Publco [ .] Foi concebido para sevir

    aos dirigentes poticos, no goveo ou na oposio. Seus temas so os

    probemas pb icos e tambm apl icve a qualquer rgo cujo centro do

    jogo no seja excusivamente o mercado, mas o jogo poltico, econmico

    e social" (HUERTAS 1 997, p22) Para Matus, o p laneamento um

    processo tcnico-poltico resultante do jogo de atoes em inteao

    conflto, cooperao e alianas, os quas tm suas prprias estratgias e

    sua paricua viso da realidade O planejamento , deste modo, uma

    atvidade de cunho nitidamente poltico.

    O planejamento tadiconal ou nomatvo, como tambm o denomina

    Matus, aquee em que se combinariam cinco elementos fundamentais.O pimeio deles que esse modeo s reconhece um ator o goveo do

    Estado e assume que todos os demais agentes tem condutas

    predizveis ou seja estabeece uma relao ente o sujeto que planeja e

    um sistema planejado, na qua no h sujeitos capazes de inteerir

    Dessa maneira, s h uma explicao da realdade que, por

    conseqncia a nica verdadera. O segundo eemento reerese a que

    o poder no considerado como um recurso escasso, pos no existe o

    outo que se ope ativamente Em terceiro lugar tanto o dagnstico

    quanto o plano em si no so frutos de uma anlise do comportamento

    social mas so concebdos, undamentalmente a pair da anlise

    econmica. O quato elemento aponta a pedominncia da vso tcnca

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    sbre a vs estratgca u seja, um clar dstancament entre

    tcnc e pltc na elabra d plan planeja a rea de

    panejament Pr m esse mde se basea na pssbldade de

    predzer utur cm certa exatd u caclar um rsc prbabstcprevamente Dessa rma, esse mdel se cngua de manera

    determnstca crand uma cmpleta ncapacdade de ldar cm a

    nceeza e as surpresas

    Em ps a mdel tradcnal, Matus cnstr seu prp mdel

    cm um jg sem-cntrlad, nde utrs ates tambm patcpam

    cm bjetvs cperatvs e cnltvs A pa dessa cncep bsca

    ee tenta da cnta, uma a uma, das nsucncas que ele apnta n

    mdel nrmatv Em pmer lugar a recnhece a exstnca de

    utrs atres que n tem cmprtament predzvel, ele recnhece

    tambm a exstnca de mas d que uma expca que, pr

    cnsegunte mplca em que n h uma nca apreca da readade

    Pela mesma raz segnd element ca autmatcamentecnsdead vst que se h utrs atres a cnsderar recurs pder

    passa a ser escass Em ea a tecer eement Planejament

    Estatgc Stuacna cnsdea a cmpexdade d sstema scal,

    pant a anlse ecnmca n a prepnderante na explca da

    readade e na elabra d plan O qua eement tambm levad

    em cnta pr essa cncep na medda em que ppugna cm

    essencal analsa a vabldade ptca d plan, prtant ntegra

    tcnc e pltc n mbt d paneament, que tem a mxma

    matusana 'planeja quem gvea Pr m esse mdel n se prpe

    a advnhar u predzer utur [ ] vsa ss sm, a pepara paa que

    se tente crar utur, cm magna, a patr das pssbdades que

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    sejams capazes de imaginar e descbrir" (entrevista de Matus a

    HUERTAS, 997 p15) Dessa ma, a cnsiderar a a ds

    dierentes atres e a cmplexidade d sistema scial, planeja-se cm

    grande magem de incereza O planejament cnigurase ent cmuma apsta cntra as incetezas!

    Essa cntrapsi d Planejament Estratgc Situacna em rela

    a planejament tradcna se rebate em quatr mbits dierentes d

    panejament: cm explicar a realidade, cm cnceber plan cm

    ta plan vivel e cm agr de rma planejada

    N que se eere explica da realidade, Matus pe s cnceits de

    diagnstc e anlise situacinal Para ele, planejament nrmativ a

    cnsdear que h um gveante e um sistema gvead, prduz uma

    explica que nca e verdadeira para tds envlvds Nesse

    mdel, planejadr deve ser bjetiv e cientc para descbir a

    verdade - diagnstc, a pair da qual ele deve cnstruir um plan paramud-a N Planejament Estratgic Situacinal que h um jg

    entre vris ates e a explica uma leitura ds dads e nrmaes

    bjetivs que expressam a realidade, a pair ds quais cada at rmula

    a sua prpria interpreta, baseada em seus interesses e bjetivs a

    anlise situacinal Cabe salienta que Matus n subestima pape d

    diagnstic em si mas tma cm uma matria prima, que um

    deteminad atr scial prcessa para rmular sua prpria anlse

    stuacinal

    16 m sua entevsa a Huetas (997 p.3, Matus cta, como exempo, a suao queenvove um chee de narcotrco e o dieto da DE (Drug nfocemen Agency dos sadosUndos): "a paavra narcotrco expressa para um dees, uma atividade egtma; para o outroexpressa um negco. A palavra nteligncia para o nacotafnte sgifca 'capacdade paaobte infomao sobe os planos da E para a E, sgnifica o contro.

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    Essa distin entre s dis cnceits leva a algumas cnsencias Se

    a anlise situacina, necessri determinar ua atr sujeit da

    explica enuant n mde nrmativ iss n era necessri.Outra impica a de ue n h explcaes alsas u verdadeiras,

    mas apenas expl icaes d ierentes a patir da vs ds derentes atres

    ue est n jg scal Dessa rma passa a ser necessri dierenciar

    as expicaes de rma a identicar cm jga cada um ds atres

    envlvids, para ue uem est planejand pssa jga bem

    ue di z respeit a cm cnceber pan a dierena de abrdagem

    entre s mdels prunda Segund Matus, planejament nrmativ

    determinista pis assume ue pssvel predizer u tratar cm

    cnstante cmpament de tdas as variveis ue n cntrla, ue

    s muitas n camp plticsca Para ele, a analisar s racasss

    ds plans nrmatvs em geral se apnta uma srie de ats ue

    crreram margem das predes utilizadas durante sua elabraEssas variveis aparecem para explicar prue as metas n ram

    cumpridas mas num nv pan elas vltam a ser tratadas cm

    cnstantes O Panejament Estratgic Situacinal se cntrape a iss

    a cnsiderar ue panejament se d sb inceeza dura u seja cm

    Mas uma vez vae a pena ema utr exemp apesentad p Matus em sua entrevstaa Hueas (17 p3 na guera das Malvnas genea Guae accina As Malvnasvaem muit paa Agentina e valem puc para a ngatera A Ingatea pant n i guerra pr um etiv de aix valr apenas ptesar e pressnar O genera esma va das has a par de sua ppra pepectva e a pati da specta igesa assumindque a pergunta sea a mesma ns ds ss cm duas ressas dferentes pssveis: vaalt e va ax Paa Maaet Tatce [ . . J n e em jg va das Mavinas, mas va de eas serem nvaddas pr um pas suamen; de dexa sem respsta essaaess val muit a de crarse um pecedente para utras stuaes [ .J atcheza sua aen n va d precedente enquant Gualtie cncentase n var daslas Gualie atu a atche a sua ppia explica e cmete um e ata nestaece difeena entre as expes

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    variveis ue est a d cntrle d atr ue laneja Lg, plan

    deve cnsiderar essas vaves cm n predizveis, trabalhand sm,

    cm cenris mveis a seu respet Em cnsencia necessr

    estabeece um plan crespndente a cada cenr, ara enrentar assurpresas desse sistema cmplex dentr d ual se laneja

    N ue se reee a cm tma pan vive, a crtca sbre

    paneament nrmativ se cncentra n at de ue esse mdel igna

    esse aspect na medida em ue reduz a uma cnsulta pltica entre a

    euipe tcnica de planejament e a dre pltica d gvem D pnt

    de vsta de Matus, essa cnsulta n cumpre pael de ntera entre

    tcnic e ptic para ee duas peas de um mesm uebracabea

    da mdel tradicnal caecer de anise de vabilidade pltica e iss

    rerar sua mraticabilidade D lad d Planejament Estratgc

    Stuacinal, a lgca de um plan de a ue cnsidera mltipls

    recurss escasss e mtipls critris de eicinca e eccia, dente

    eles de eiccia pltca [ . nesse sentid um an ntegral ue sesitua na cabea d dirigente n ds tcnics (Matus em entevista a

    HERTAS 1997, p70)

    Pr m uant as arguments elativs a mbit de cm agir de

    rma planejada, rblema apntad ue n mment da a est

    em luta dis mviments: dmni d plan sbe a mrvisa e

    dmni da imrvisa sbre lan Em un de suas deicincias

    em ela rea idade, ara Matus n mdel tradicinal

    planejament se disscia da a, ist , cm cntrle d

    desemenh n balzad el lan, s digentes n utilzam

    lanejament cm instrment de trabalh Am diss, cm s

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    processos de gesto pblica so muito deficientes, redomnam as

    emergncias e no as mponcias. Como decornca, "paneja-se o que

    no se faz e faz o que no se paneja (Matus em entevista a HUERTAS,

    1997 p05), poanto predomna a mprovisao Na proposta doPaejameto Estratgico Situacona, o pano o resutado de uma

    mediao ente o conhecmento e a ao ou seja, os trs mbitos

    anteiomente tratados so passos de acumuao de conhecimento para

    agir Desse ponto de vsta o panejamento s se competa na ao, e,

    nesse momento em que o pano testado necessrio ter mecanismos

    que permitam adapto com agdade para fazer frente s surpresas que

    surgem durante a impantao do pano

    .. O mtodo conceto e ferramenta

    Panejameto Estatgco Stuaciona baseia-se no conceto de

    Tringuo de Goveo, pois de acordo com Matus a ae de govea

    impica equaciona smutaneamente trs macrovariveis que se

    condicionam mutuamente: o programa de goveo, a capacidade de

    goveo e a goveabdade do sistem

    Programa de Govemo

    Capacidade de Goveo Govemabiidade do Sistema

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    prgrama de gvem reerese a cnted ds prjets de a ue

    um atr se ppe a eaizar para alcanar seus bjetivs Ficam n

    mbt desse vce uestes cm s vaes ue cndicinam a

    see ds prblemas ue se pretende euacina u mnra; amatura, tmng e mpact ds prjets entre utras

    A gvemabilidade d sistema crrespnde rela entre as variveis

    ue atr cntra e as ue escapam d seu cntre, u seja uant

    mais variveis decisvas um atr cntrla ma sua lberdade de a e,

    em cnsenca a gveabilidade d sistema Pr essa raz um

    mesm sstema pde ter gveablidade dieente dependend d at

    ue planeja, em un da prpr de variveis ue ele sea capaz de

    cntra

    A capacidade de gve cnsiste n cnjunt de tcnicas, mtds e

    habilidades de um gveante e sua euipe de gvem para cnduz

    pcess rum as bjetivs declarads

    Em sntese'o programa de goveo corresponde ao conjunto de

    propostas de ao, a goveablidade do sistema refere-se

    possibidade de ao e a capacidade de goveo reaizao e controle

    das aes,

    Os trs vtices d Tringu de Gve s interdependentes A

    gveabi ldade dependente da cmplexidade d prgrama de gve,

    ps uant mas ambcis esse r mens gvevel ser s istema e

    viceversa Ea tambm depende da capacdade de gve d atr

    ue sistema ser mais gveve uant mais alta r a capacidade

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    Essa ltima mais restritiva uand um gvem prcua ealizar

    pjets de transrma scial mut exigentes pis as tcnicas e

    haiidades precisam se cmpatveis cm a cmpexidade d ue se

    petende azer Uma aixa capacidade de gve, cm uma alta

    gveaiidae d sistema causada pea desrganiza das ras

    scais pstas permite um pgrama de gve puc cnitiv e

    puc renvadr, mas suicientemente eicaz para manter a estailidade

    d sistema. Alm diss impante ressata ue cnceit de

    Tingul de Gve dinmic prue a cada mudana situacina, a

    ela ente s trs vtices pde se alterar

    /nsideand a interdependncia entre s trs vices d Tringul deGvem e sua cndi situacina l Matus cnsidera ue para se atingir

    s jetivs gerais d gvem necessri gvear cm a melhr

    utiiza desses elements Lg, undamental euii entre s

    ts vtices e ist apnta para a necessidade de estaelece um pan

    ue pemita mpatiliza as prpstas de a (prgama de gve)cm a pssiidade de a (gveaiidade d sistema) e a gea e

    I cntre dessas aes (capacidade de gve)

    Cm prpst p Matus Panejament Estratgic Situacinal se

    cmpe de uatr mments explicatv, nrmativ estratgic e ttc

    peracinal Essa estrutura vem, mas um a vez, se cntrap idia

    de sencia de etapas ineares e estanues ue segund aut

    caracterzaria panejament nrmativ essa rma, para ee, s

    mments est em permanente intera, ps cnmam uma cadeia

    1 Dagstco; fouao do plano; apovao execuo controe e viao.

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    cotua sem comeo em im e sem uma seqncia ear

    estabeecda

    EXPLCVOFi, tende a ser

    CO - OPERCONL NORVOaer Deve se

    .r-. !- ESTRATGICO Deve ser e pd se

    Como j se ez reerncia ateriomente nesse captulo, no

    Planejameto Estratgco Situaconal o plao a resultante entre o

    cohecmento e a ao Nos momentos expicatvo normativo e

    estratgco tratase de acumular coecimeto para agr no momento

    tticooperacoa

    No Mometo Explcatvo buscase compreeder a realdade identicado

    os problemas que os atores que atuam no jogo decaram corespode

    ao o tende a ser. Nesse momento os problemas so seecoados e

    precisados com rgo atravs de um luxograma situaconal a partr do

    mometo, se omte, icl os otros, como poio se cclo; repeemsecostemete, porm com isto coeo tempo e so c esgotm s ef,

    semre se regress eles em m cocret os probems o po se ecotrm emistios momeos omes e, po fim, c momeo eqer emes meoolgicspiclres.(MAUS, 1 3, p 301 )

    logm sitciol m tcic e epico gc o roblem, m moeloifeecior e relcioo e css e s css com os fos qe qe epc iferec, o flogrm esceve e cssiic e p ecior, estbelece coeescss e coees e seio [ J O ogm m ermet e ise scol epotto, pimeir istio qe ess cic estbelece ete o to qe eplic.(etevis e Mts ERAS , p 3

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    ual se seleconam os ns crtcos para atacar os problemas

    seleconados O momento explcatvo no cessa nunca, pos como a

    realdade muda necessro atuazar permanentemente a explcao do

    problema sso no sgnca ue o exercco de explcao exa o mesmo

    num momento ncal e num subseuente apeeoamento

    segundo momento de acumulao de conhecmento o normatvo ue

    consste em desenhar o pano num contexto de orte ncerteza

    corresponde ao deve se A patr dos ns crtcos escohds no

    momento anteror, azse o desenho prvo das operaes capazes de

    atacos e produzr resultados ue nos aproxmem das metas, o

    chamado plano dreconal Em seguda, necessro analsar a

    consstnca desse plano pelo exame de dos aspectos: por um lado, da

    ecca das opeaes para atngr a stuaoobetvo e por outo, o

    balano entre os recusos reuerdos para o seu desenvovmento e os

    dsponves Para tanto necessro analsar as varves ue aetam o

    pano e, paa auelas ue no se controla, construr, atravs da tcncade ogos os cenros possves de seu comportamento a partr dos

    uas se constr a vore de apostas Da mesma orma ue no

    momento explcatvo possvel, a ualuer momento, votar ao

    normatvo para rever o plano d recona ou a rvore de apostas

    Ns ccos so casas deemnaes do pema e qe se caracezam po um ado preem ao mpaco na desco do proema e pr oo por serem nros pS de ao

    Operaes so os meos paa eear os polemas seeconados e se caracerzam puzar e comna vaves so o coe do aor empado ecursos (coseconmcos de conhecmeo ec) capazes de gear m podo qe oenha esado oenfenameno do proemaIPE sd p.59)

    Cero o coexto em qe o pano pode desevove [ expessa as condes qe oao no pode esche e o qe este faa eas ocoessem PE sd p)

    oe de apostas o conno de plaos de cgnca reaconados a da cenro

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    Momeno Esragco raa de examnar a vabldade poca do plano

    e do processo de consruo de vabdade polca para as operaes

    no vves dendas no momeno aneror, culndo o deve ser com opode ser No basa dspor de um bom desenho normavo do plano

    Necessa-se, a lm dsso, de uma boa esraga para dar com os ouros

    jogadores e com as crcunsncas ue rodeam o jogo socal pensar

    esragas para azer vve o plano Assm, o pano dreconal dendo

    no momeno normavo sore o processo de anlse esragca ou seja

    precsamse uas so os aores envolvdos com o plano e mona-se a

    marz de andades e de movaes dencam-se os recursos ue

    so crcos para a vabl zao do plano, consrse a marz de peso

    dos aores e encerra-se com o clculo esragco Em suma

    dencam-se os neresses e valores ue os aores socas relevanes

    conerem s operaes do plano e as possves alanas e oposes

    com a naldade de raar a esraga ue ser adoada para vabzar o

    plano A par dsso, possvel ober um plano drecona ue no sejaapenas ecaz para alcanar a suao-objeivo mas ue ambm seja

    vvel do pono de vsa polco econmco e nsuconalorganzavo

    (MATS 1992, p 138) .

    Matrz one se procua ienticar o apoio, a reeio e a inerena os iveos atoresenvovos com o plano

    6 Caa ato ispe e poe (potencialae qe emana as regras o jogo peso (ampituee sua capaciae e ao e pesso (fora que petene apiar em eteminaa stuaoA matz e peso os atores um insumento paa avalar o poe, o peso e a pesso ea ato envovo m o pano (PE, s/, p.

    Anise as possveis trajetas e constuo e viabilae one consera o contexoo jo e a esrata os iveos atores a pa a qual estalece a estatga o atoque panea em reao aos emais atoes envovios e a vavel one concenta oesforo e muana (r exempo na reao e foras, nos nteesses os atoesenvovos nos vaoes que os atos envovos atbuem aos pobemas e opeaes ou pomuanas no contexto o jo. (IPE / p)

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    Mment Ttc Opeacna eee-se a atua cm supe d

    pan em a nadade de ca um pcess cntnu ente s ts

    mments antees e a a da e tata tambm de ecacua pan e de apm- de acd cm as ccunstncas d mment da

    a (Matus em entevsta a HERAS, 1 997, p 0) Esse mment

    tavez sea mas cmpex de tds e, p essa az eue

    mecansms especcs de de estatgca, cm Matus a denmna,

    ue he gaanta ecnca A de estatgca, na ppsta d aut, se

    subdvde em cnc mecansms bscs a genca p peaes,

    ament p pgamas a pet e pesta de cntas,

    paneament de cnjuntua e a saa de stuaes Esses mecansms se

    eam mutuamente e suas nteas s mpecsa, pm tm uma

    especcdade ue s dentca enuant ta

    O Panejament Estatgc Stuacna estabeece cm pncp bsc

    ue um pan se expesse ntegamente em peaes, pets de ae mdus peacnas Dessa manea, pssve utza pan

    cm um nstrument de ganza paa a a a pa da ua s

    mecansms de de estratgca apntads p Matus pdem se

    desenvve

    Sea pssve, dessa a, eaza a genca p peaes u seja,

    mpementa uma admnsta p betvs, descentazand a

    execu d pan, medante a den de espnsabdades pecsas

    ds gs encaregads de executs Aa-se a esse mecansm de

    geencament de ament p pgamas, ue maza a den

    8 Mdlo oercoi o coto de oee orgdo em e etc40

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    de recurss ramentrs as mduls peacnas d plan Esses

    ds mecansms s undamentas para a eetva d tercer

    pet e presta de cntas ue estabelece, antes da den ds

    respnsves e d desenvvment das mduls peracnas sprcedments e ctrs de avala ue se exgr na presta de

    cntas as nves herrucs superres Esse ltm mecansm

    permte acumular nma sbre s resultads da gest

    Cmplementarmente a esses trs necessr anda mecansm de

    planejament da cnjuntura ue tem cm tarea prncpa azer mas

    estrtamente, a meda entre plan e a a azer clcul

    stuacnal de sntese Ou seja assessrar prcess decsr pr um

    ad, trand as rtnas e prblemas secundrs gaantnd assm a

    predmnnca das mpncas sbre as urgncas na agenda d

    drgente e pr ut, ajustand plan (estatga) cnjuntura de a

    (ttca) ue se apresenta centr da dre estratgca d da a da

    Pr m mecansm de sala de stuaes, tem pape de

    nstrumentalzar e dar suprte s decses d drgente sb extrema

    pess de temp e ata tens stuacna Para tant, deve az-l em

    temp ecaz almentand a segu s demas mecansms Dad

    vlume de prblemas ue pderam ser tratads, a nase de atua da

    sala de stuaes se cncentra em um nmer de prbemas mut

    peuen e de alta mptnca ue pdem gerar stuaes de grave

    tens

    Para Matus, enm, uma nva cncep de planejament exge uma

    mudana radca nas cncepes tradcnas, ps uma nva vs deve

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    alm da anlse ecnmca, dand cnta de td cnte scal e

    pltc deve adta tecnlgas cmpatves cm a velcdade da

    mudana das stuaes eas deve enenta pblema da nceeza

    dent da ual se desenvlve planejament e deve mnta um sstemade anse e acmpanhament d plan ue ape a tmada de decses

    na cnuntua da sua mplanta

    Cabe saenta ue, d pnt de vsta d aut, esse mvment de

    enva se , p um ad, euacna muts ds pblemas velhs p

    ut, gea uma se de nvs cm p exempl cm tma mas

    gsa a anse de vabdade ptca? cm acula debate da

    eupe de estategstas e da eupe tcnca? cm ue cnca scal sera

    pssvel abda pbema de planeja a ttaldade scal? etc

    (MATS, 1997, p 57)

    4

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    IV. As Expencas de Apcao do PanejamentoEstratco Stuaconal em Nve Loca

    mtd ppst pr Cals Matu, cnrme se depreende d captul

    anterr, mplca em uma sre de detalaments ue permtem perce

    s uat mments d Planejament Estratgc Stuacnal, cm

    jetv de alcanar eur d Trngul de Gve A

    cmplexdade mplcta crrespnde s necessdades de planejament de

    gves centras

    Cm ent aplcar tal metdga em utras crcunstncas ue n as

    gnalmente prpstas ? O prpr Matus respnde:

    H algun d a d anan ut a t [ aratratar d rla arca, n qua la n cx n nr-rlacnad Dnr dra ctar Mac gc uadl P UD aa rcar [ a lcta d cra tcnca; ZOPP qu a a d Marc gc MAPP qu uaca da Funda Altadr qu dr S td qu d uad ca qu Panant tratgc Stuacnal taxcant cx, dada a natura d rla a r

    nrnad, u rqu a ada a caacdad ara anar d rg aqual nfrnar a Ua Panan tatgcStuacnal, r xl, nu d ad, ra aurd Md a c ZOPP MAPP n ca, a adquad ufcnnt tnt Quando se trta de ata dio contudo, at agor,o Planejamento Esttgico Situaciona no encontu concontes suaatu.29 (MAUS 997 36)

    /

    Mas essa respsta paece anda n respnde pegunta de cm

    aplca mtd n mt lca, vst ue se pr um lad tratase de

    uma stua claramente mens cmpexa ue de um gve central,

    pr utr tratase de planejament para a alta dre E, send assm,

    s mtds mas smpes apntads acma n seam adeuads

    Gfo me43

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    Matus, azend uma cnerncia paa a equipe d Ministri da Sade da

    Venezuea em 1 984 aima que :

    Cada mbito problemtco eque um desenho parcular da pacaostuacioa. Vocs teo de desehar seu prprio mtodo patcuar deto do

    mtodo gera estabelecido. Nesse tabaho efretaro mutos probemas deadaptao e de criao metodolgca que vocs mesmos tero de resover,caso a caso para que esta eorma seja opeatva (MATUS, 992 p 1 23)

    F seguind ent, essas recmendaes, que as experncas ds dis

    municpis, que cnsttuem a base dessa pesquisa, cnstruram um

    camin prpr dentr d camn mais geral desenad pr ele O

    desen bsic da aplica d Planeament Estratgic Situacina

    que ser analisad nesse estud, rut da primera aplica d

    mtd n mbit lca de que ten cneciment d gve de

    Sant Andr, na gest 1 9891992 A pa da relex sbre essa

    expeinca, a equpe de Sant Andr prps um desen bsc de

    aplica da metdgia, que i utlizada, em suas linas gerais, em

    alguns utrs muncps, cm S Js ds Camps Ribeir Pires e

    Jabtcabal, em S Paul Vlta Rednda e Anga ds Reis n Ri deaneir; tabuna na Baia e, de rma ncipiente, em Lndrna n Paan

    e em Natal n Ri Grande d Ne)

    Essa desen bsc tina cm bjetv equiibra Tngul de

    Gve, elabrand um plan de a e uma de estratgca para

    sua reaza prcurand evita que as emergncas se sbrepusessem

    s impncias. Esse prcess bsic pde se descnstrud para

    eets de expsi, em ts gandes etapas cnstru d Tringu de

    Gve, detalament de prbemas e prjets paa elabra d

    pan paa equiibrar Tringul de Gvern; e implanta da Saa de

    Situaes e ds mecansms de cntre de aes. (BECHIOR e

    MNDRSZ 1 994, p2728)

    44

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    A pimeia dessas etapas a eaiza de um Semini da eupe de

    gve paa cnstu Tingul de Gve, estabelece piidades

    inica is de pjets a ealza e de pbemas a seem enentads - eaze um pact em t d pcess

    A pat desse pnt, seia necess apunda as piidades

    estabelecidas paa cnstui um plan ue euilibe Tingul de

    Gve, ist que cmpatblze s seus ts vtices Cm se

    salientu n captu antei, plan a esultante ente cnheciment

    e a a Essa, pant, a ase d cnheciment ds mments

    explcatv, nmativ e estatgic Assim, se pps a institui de um

    guptaea, cm epesentanes das eas da administa dieta e

    ind ieta, paa executa - uti izand pae d eamenta pecnizad p

    Matus paa cada um desses mments s apundaments elatvs

    as pblemas de capacidade e de gvenabildade, bem cm d

    detalhament ds pjets As cmpnentes desse gup-taeadenminu-se Agentes de Planeament, que deveiam te um pel

    tcnic-pltic u seja deveiam te bm cnheciment tcnic e a

    mesm temp desempenha um papel-chave na cndu das aes de

    sua ea

    A pat d esutad desse apundamet ds pblemas e d

    detalhament ds pjets seia pssvel, euipe diigente, tma as

    decises ue cnma plan ue ela petende impementa u

    seja plan capaz de euiliba Tingul de Gve Cm iss

    encea-se a ase d cnheciment e se ia necessi enenta a ase da

    a mment ttc-peacnal

    4

  • 7/28/2019 A APLICAO DE PLANEJAMENTO ESTRATGICO SITUACIONAL EM GOVERNOS LOCAIS

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    Nesse mmen cm pps p Maus, necessi cnsu um

    sisema de die esagica cmps p cinc mecanisms: a

    genca p peaes, amen p pgamas a pei epesa de cnas, panejamen de cnjunua e a sala de siuaes

    Cnsideand ue cia esuuas especicas paa cada um desses

    mecanisms seia excessiv n mi lca, pps-se, cm slu

    alemaiva, a cncena dessas unes num nic ganism,

    denminad Sala de S iuaes

    A adagem ppsa en paa esse ganism i a de ue ele

    vesse auies de ganiza um sisema ue pemiisse a cea

    cnsane de inmaes se s divess pjes e peaes d

    plan de cenaliza as inmaes e cna as peaes e pjes

    pass a pass deecand evenuais pemas em sua execu e de

    cia aenaivas e pvca madas de decis pdas ns cass em

    ue se ideniicasse uaisue desvis ue cmpmeessem a execude pjes e peaes Paa iss a Sala de Siuaes deveia cna

    cm api ds Agenes de Planejamen ue seiam s espnsves,

    em cada ea pea implemena das peaes de aaue as ns

    cics ds plemas e pel acmpanhamen e cnle da execu

    ds pjes (BECH OR e MINDRSZ 1 99, cap5

    Dessa maneia, a Sala de Suaes cenaizaia inmaes se

    pjes e peaes, pm n se envvea dieamene cm

    pcess de execu deles P iss seia espa appiad paa

    ue s ineessads das divesas eas se diigissem paa ma

    decses cmplexas sempe ue algum a u ausncia de decises

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    ccassem em rsc a realza de um prjet u pera ns prazs

    e escp prevists Ela devera cnstituirse pr uma estrutura xa

    rmada pr um grup peuen de pessas e, devid a seu carter

    estratgc, devera ter vincula direta cm Chee d Executiv

    A seguir ser apresentads uma caracterza gera ds municpis e

    um hstrc suscnt da mplenta d Planejament Estratgc

    Situacinal em cada uma das duas cdades, ue dever servir de pan

    de und para a anlise das vrias uestes ue rginaram esse estud,

    ue se ar n prxm captul

    a to d Caactezao Gea do M cpo

    Sant Andr, municpi de 25 mil habitantes, az pate da regi d

    ABC ue cmpe a parte sudeste da Grande S Paul, distand cerca

    de 20 Km da capta Ocupa uma rea de 79 km, send ue 54% dea

    dentr da rea de prte de manancais A cidade dispe de ba inra

    estrutura urbana: 973% da ppula abastecda pea rede de gua

    90,% dspe de rede de esgt; 99,4% atendida pela ceta de ix;

    82% das vas da cidade, ncund as da rea de manancas, s

    pavimentadas e 75% ds dmclis tm lnha telenca H 5% de

    analabets e nmer mdi de ans de estud da ppula de 7,

    ans N ue se reere a atendiment sade, h um tta de 1 329

    leits hspitaares ds uais 50 s pblics e 40 unidades bsicas de

    sade pbcas(SEADE 199)

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    A cidade undada em 1 553, mas j em 1 560 pvad i tanserid

    para S Paul e s i etmad n ina d scu passad O

    essugiment de Sant Andr n scu XIX cre em un de dis

    ates simultnes: p um ad, pela caliza de uma parada detens da S Paul Rai/wa e p ut pela grande dispnblidade de

    teens cm baixs custs cmpaativamente a S Paul Essa

    cnjuntura esultu na prgressiva instala de i ndstias n eix da va

    rrea

    At cme da dcada de 30 predminava a indstria txtl mas ainda

    na dcada antei se ixaram as pimeiras mutinacinais (Rdia e

    Pirelli) Duante essa dcada instaamse s mins (Fanucci e

    Santsta) as pimeiras empresas metalrgicas (Lamina Nacina de

    Metas) e utras ndstras de pe (Fiestne e Cmpania Brasilea de

    Carucs, pr exempl) O psguerra cnslida na cidade s setres

    umic e metalgic, em un da entrada de gande nme de

    empresas de pes reacinadas a ees: Eletcr, Su Amrica deMetas Cap, Eevadres Otis e Renaa Uni A dcada de 0

    cnma um imprtante pl petumic cm a expans da

    Petumica Uni e a cegada, ente mutas utras da Pileinas

    Duante a dcada seguinte, cnstituuse um centr cmercial e de

    servis imptante ue ata cnsumdres de tda regi (MINDRS

    1 981 cap2) A pati da dcada de 80, Sant And cmea a perde

    pate de seu parue industa instalad acmpanand mviment de

    desindustraliza da Gande S Pau em dire a inter e, num

    mment psterir, para ra d Estad N entant cm a instaa de

    0 Techo feovirio qe ig Sntos ndi ingrdo em 1867 responsvel peloescomento d prodo grcol pr epoo e ds mtis prims desembds nopoo sntst

    48

    I

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    mdes centrs de cmpras, setr terci cnsldase ainda mais

    cm pl de atra egnal atingind inclusive cnsumdes da zna

    leste paulstana

    A trad sindica, ue uma das marcas registadas d ABC e tambm

    de Sant Andr, tem suas razes n cme d scul Desde 1 908 s

    ciadas n municpi ligas de carter predminantemente anaruista e

    em 1919, crem grandes manestaes perias, ue cuminam na

    mte de um trabahadr A dcada de 30 v nascer Sndcat ds

    Metalrgics e a de 40 ds Qumics O mviment sindical da cidade

    paicipa ativamente da cnstitu d nv sndicaism brasie,

    capitaneada pels metalrgics de S Beard d Camp d inal da

    dcada de 70 e inci da seguinte( MNDR S 1 981 , cap2 )

    D pnt de vista pltic, a cidade elegeu um preeit e 13 vereadres

    cmunistas (40% das cadeiras pca) em 1 947 ue n entant n

    chegaram a tmar psse A cidade se caracteriza p uma tradicinalplariza entre duas ras pl ticas uma mais cnsevada e utra

    mas pgressista, ue se revezam na cndu da administra

    municpal Essa ccunstncia relete, pr um ad a exstncia de uma

    casse mdia cnsidada cnsttuda at a dcada de 70,

    undamentamente, p imgrantes e seus descendentes e pr ut s

    tabalhades d setr industral instalad na regi cm rte tradi

    de luta mad nicamente pr gande nme de mneirs e em

    seguida, pr nrdestns atrads pela prtunidade de empeg na

    regi

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    Os resads eeitrais das ltimas s dcadas indicam essa

    plariza Durane a dcada de 70 e a meads da seguine, Arena e

    MD se digladiam, cm viia de uns e urs Assim em 97 se elege

    um preeit da ARENA, em 78 d MD e em 82, de nv, ARENA, masue em n da ema paidia canddau-se pel PT Na

    elei de 1 982 PT, em sa pimeira dispua eleita , aparece cm

    ra, icand em segund ugar cm 2% ds vs, puc as d

    venced e alcanu 32% Alm diss, elege ds 19 vereadres da

    Cmara Mnicipal As rs disptas municipais seguines pem

    pemanenemene PT e PT cm s s parids se aliand a ees

    desempenhand papel laera n prcess ele iral jnts acanaram,

    n mxim, % ds vs em cada uma das eleies assim ue PT

    vence em 88 (9% ds vs) , perde em 92 (1 % ds vs paa PT

    vencedr n primei n) e va a ganha em 1 99 (52% ds vs, n

    pimeir )

    a dr Ge 8e Paeamet Etatg icaca

    Em 988 engenei Ces Danie d P elei peei de San

    Andr cm 7392 vs (9% d tal de vantes) am eleis

    nve veeadres d PT paa a Cmara Municipa, de m a de vine e

    uma cadeiras, e paid icu cm a presidncia O preei eei ea

    riund de amlia adicina da cidade m ds undadres d parid na

    cidade, pess de ecnmia e mese em administra pblica pela

    unda Getli Vargas Seu pei dierenciad em ela as

    0

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    candidats tradicinais d PT, juntamente cm a ra d patid na

    cidade, cntibuiu decisivamente paa a vitia eleitral

    Em 1989 Preeit e sua euipe de gvern, ue participavam pelapimeia vez da cndu de um gve municipal encntraam uma

    muina pbica sucateada e esvaziada, prdut da cntinuada alta de

    nvestiment em recurss humans e eupaments ns gvems

    anteries. Essa situa ea ainda mais gave tend em vista ue nv

    gve municipal, iel s rientaes partidrias, petendia invete

    priridades deixand de cncentar s gasts em grandes bas para

    dispes-s em peuenas intevenes calizadas e na amplia ds

    seis prestads ppula, ue exigiam um melh apaelhament

    da muina administrativa Desde ent, s nvs administrades

    prcuraam inveer esse uadr atravs de medidas cm rermula

    da estrutua de secretarias, implanta de um nv Plan de Cargs e

    Sais realiza de cncurs pbic paa cntata de nvs

    uncinris, implementa de sistema de capacita prissinal duncinalism, auisi de vecus e euipaments, ente utras

    Na metade d pimei an de gven, a euipe j pecebia as

    diiculdades advindas da ata de mecanisms de cntrle inte, ue

    pemitissem um tabah de acmpanhament das atividades

    Em dcmen inem da refeiura Muncia de San Andr Daniel (1989- . 33)aa qe, inveer rridades n s de ecrss da refeira em San Andr sgnfcaanes de mais nada deixar de rizar grandes bras (nadamene n ssema viri)assand a gasa mas em infaesa bsica eqenas bas amlia e melha daqaidade de seis blics e haba

    Em rela a iss Daniel (1989, 33) bsea qe ara an, faz-se necessi (re)aarelhamen da mquna adminisaiva, deixada esvaziada els gvems ds limsans. an r mei da abs de m de bra (e valiza da exisene) qan aravsda aqis de maeal eanene (invesimen em mquinas, eqiamens einsaaes)

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    desenvvdas pelas dierentes reas Essa aval ia i cnsl idada

    pela primeira vez, num seminri intern em utubr dauele an

    uand ram identiicads alguns 'gargals ue dicultavam a a das

    reas Agumas in iciativas para tentar reveer as l imtaes ue se julgumais imptantes nauee mment ram encaminhadas mas a uest

    da crdena das aes de gvern n estava entre elas

    Em mar de 1990 realizad um seminri intern para traar as

    metas e diretrzes peracnais ue rientariam mandat ns trs ans

    seguintes e para identiica as lmtaes existentes para atingi-as

    Fram apntadas nve grandes limitaes valres da euipe

    desestmulam deinies claras de respnsabilidade prcesss

    bslets ptca de cmunca desaticuada incpincia na

    peracinaza da ptica de paticipa ppular estrutura e

    rgania inadeuada cultura cnseadra da muina pblca

    gerenciament sem c para bjetivs planejament desntegrad e

    inrmal e pltca de recurss humans deasada em rela snecessidades (Preeitura Munic ipal de Sant Andr 1 990, p 1 7)

    Para cada uma dessas limitaes estabeleceuse um cnjunt de aes

    para enrent-as cas d planejament desintegrad e inrma,

    pretendase

    Constu qs d lananto as as, ntgadas nt s, aa

    oza as as da MSA, cosdando a caacdad, ftos statgcosacto oltco lao co o atdto do dto soca oovns co as vas as vsado coscnt-as so a ocaaa a PMSA do Plano Dto coo caso d aoao da cdado su usuo aoa ta ssta d coto xco dogaas (Pta Muncal d Sato Ad, 1 990, 2)

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    Cm se depreede d expst pretend iase atacar dis e n apenas

    um prblema pr um lad indicase a alta de crdena de aes

    glbais d gve municipa mas , pr utr, ue est em uest a

    ecessdade de eabrar Plan Diretr d muicpi reacad aplaejament urba Essa cus cntaminu inc d trabal d

    grup-tarea respsvel pr encaminar essa uest

    Superada essa cnus incial grup se debruu sbre a tarea de

    buscar um mtd de plaejament de aes ue se adeuasse s

    particuaridades da admnstra ca ue pudesse ser cmpartilad

    pea euipe de gvem cm um td e ue sse cmpatvel cm s

    prcesss de paicpa ppular mplementads pel gve cm

    Orament Paticipatv Vrs camns alteatvs ram seguids

    desde expericias da iniciatva privada cm as da Rda empresa

    cm sede n muicp cm sistemas tradicamete utiizads

    setr pbic Neuma das metdlgas erecidas satisez, azed

    cm ue assunt casse pedete pr cerca de trs meses

    A necessidade de preparar prcess de discuss pblica d

    Oramet para 1991 ez cm ue essa precupa vtasse pauta d

    gve ss se deveu a at de ue at auele mmet bras e

    Na enevisa cm Meire Beald cnsulra de rerganza admnsava da reeiura ca ela diz " g de abalh cu girand em crculs em ner rque grumad [ fundamenalmene ea eque da Crdenada de laneamen quand iadiscu ir a cnce de lanejamen inegrad misurava anejamen uban cmlanejamen das aes de gvem e n saa nunca diss [ A que cnseguims searaas cisas e ercebems que rbema esava n anejamen das aes de gvern eese era nss fc e ns recisvams encnra uma medlgia, alguma cisa quedesse a luz . .

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    servs incrpras a ramen a parir prcess e Oramen

    Paicpaiv an anei nham avana mui puc

    Nvs cnas am es e ene ees sugiu pea pmea vez appsa e Planejamen Esagic Siuacina sugeri p Waler

    Bareli N enan apenas um cna pser cm um ur

    enusiasa a prpsa Aemar Sa, IPEA, levu a eupe

    respnsvel pea eini enre ees Pree a cnsear ue essa

    melgia se aeuava s necessiaes a aminisa Dessa

    maneia reslveuse aa e cnause cnsuia para

    mplemenla

    O pcess e mpemena Panejamen Esagc Siuacina

    na Preeiua e San Anr pe se iv em cinc ganes

    mmens: pmeir semini a eupe e gvem sbre ema;

    rabalh e ealhamen Trngul e Gvem; prme euilb

    Tngul e Gvem; a mnagem a Sala e Siuaes e ssucessivs ajuses aps euibi incia

    Em seemb e 1990 realzuse a primeira aivae a eupe e

    gvem ulizan a megia, ne, am a cnsru Tringul

    Maurci Mindrsz, membr da Sala de Siuaes cmea em sa enreisa ue j nhase assad ma ba ae d em de gem e a recua ea e as aes de an acnecam N s as d Orame aciai mas as dades n acneciam.Era esse see

    Ecmsa ca rfessr da UNICAMP serirmene f Mnisr d TrabalhAualmene Secer d Tabalh d Esad de S al

    Na ereisa cm Maurci Midrisz ee afima: ns areceu, auele mmen, e eram insmen e casaa cm s sss bjes O ue s ensiasmu [ iceamee a s aeseada a necessidade d eil b d Trigl de Ge[ , ach ue iss ns dic ue esse era mdel.

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    de Gvem, pactuu-se as cndies paa a implana d

    Panejament Estatgc Situacinal na Peeitua A mais impane

    deas i a esclha ds agenes de planejament das eas ue caiam

    s meses aasads de suas unes paa se dedca a dealhamentd Tingu de Gvem A negcia ene Peeit e seus

    seceis i dua, pis pime ez uest de discuti

    pessamene tema cm cada seceti paa eva a ndica de

    pessas inadeuadas paa cumpi a un

    Duante s ts ltims meses de 1 990 gup de agentes de

    panejamen esclhid i tenad na metdlga e ealizu s

    levantaments eativs a pgama e capacidade de gvem Aps

    tenament, gup divdd em dis e cada um desenvlveu

    aividades dieentes m gup dealhu s pincipas pbemas de

    capacidade apntads pela eupe de gvem n pme semin, e

    indicu as aes paa eslv-ls O ut gup analisu ds s

    pes emanescentes de 1 989 e 1 990 e s pevists paa 1 991 Esseabah esuu n desenh ca da dcl sua da admnsa

    muncpa mas a mesm temp cm as nmaes necessias paa

    7 Mauri Mindiz e enevisa bsea que "se ava ua grade inia ara sagees de laneae e an ara erl dees[ . . .], ara que vai ser agee delaneae e qe ser exaaene aquele ara qe serei n abre , araqe fala r ele na seearia [ . . ] Ns fizes a isa ved sereaia r serearia queseria esse eil e era arbi d Cels dizer que aa era esse e qe ele ia fiar frada serearia

    Os rbeas seleinads fra lenid d ress de liia deiia aanuen e disbi de vels lia de RH deiene iaaidade dDeaaen de Obras realiar as bas revisas dea e inadequa ds areeresjrds e fala de ia de ia (efeiua