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8.001 - GLICONEOGÊNESE HEPÁTICA A PARTIR DE LACTATO
NÃO CONTRIBUI PARA O MELHOR PERFIL HIPOGLICÊMICO
OBSERVADO EM RATOS SOB RESTRIÇÃO ALIMENTAR APÓS
SESSÃO AGUDA DE EXERCÍCIO E HIPOGLICEMIA INDUZIDA
POR INSULINA
Babata, L. K. R. , Peicher, M. V. , Garcia, R. F. , Godoi, V. A. F. ,
Pedrosa, M. M. D. ,
Ciências Fisiologicas - UEM Medicina - Uningá
Introdução:
Em ratos adultos submetidos a restrição calórica, os episódios de hipoglicemia
induzida por insulina (HII) se caracterizam por redução glicêmica severa,
persistência da hipoglicemia e recuperação menos completa da glicemia. No
entanto, a realização de uma sessão de exercício físico intenso antes do
episódio de HII eleva a glicemia basal, reduz a velocidade de instalação e a
intensidade da hipoglicemia e melhora a recuperação glicêmica. Considerando
que o lactato per se é fonte de carbono importante para a gliconeogênese
hepática e que o lactato plasmático está aumentado após exercício físico
intenso, pode-se especular que o lactato poderia ser responsável pela melhora
do perfil hipoglicêmico dos ratos sob restrição calórica após a sessão aguda de
exercício físico.
Objetivos:
Estabelecer uma relação entre a produção hepática de glicose a partir de
lactato e o perfil HII in vivo em ratos Wistar sob restrição calórica,
submetidos ou não a uma sessão aguda de exercício.
Métodos:
parecer 050/2010 Os animais foram divididos em grupo controle (GC,
ninhada de 6 filhotes, alimentação livre) e grupo restrição (GR, ninhada de 12
filhotes, redução de 50% da alimentação desde o desmame até os
experimentos). Os protocolos experimentais foram realizados aos 50-60 dias
de idade, após jejum noturno, com ratos machos pesando 190-230 g (GC) e
100-140 g (GR), e incluíram: a) HII (insulina intraperitoneal, 1 U.kg-1)
precedida ou não por sessão de exercício físico até a exaustão em esteira
ergométrica (experimentos in vivo), e b) perfusão hepática com lactato 5 mM
(experimentos in situ), sem sessão prévia de exercício (aprovação pelo CEUA
nº 050/2010).
Resultados:
Dados mostrados como média±desvio padrão. Na ausência de exercício físico,
o GR mostrou hipoglicemia severa, persistente e sem recuperação (25,65±4,19
mg.dL-1 no GR, n=12 vs. 69,25±6,40 mg.dL-1 no GC, n=12, após 300 min;
p<0,05). No GR, a sessão de exercício antes da HII aumentou a glicemia basal
(92,21±8,09 mg.dL-1 no GR, n=12 vs. 67,08±5,12 mg.dL-1 no GC, n=12;
p<0,05), atenuou o perfil hipoglicêmico e melhorou a recuperação da glicemia
(39,12±9,60 mg.dL-1 no GC, n=12 vs. 69,71±8,93 mg.dL-1 no GR, n=12,
após 300 min, P<0,05). Durante a perfusão, a produção hepática de glicose
(PHG), na ausência de fonte de carbono, foi insignificante no GC (0,8±0,2
µmol.g-1, n=6), porém elevada no GR (11,6±2,7 µmol.g-1,n=6; p<0,05). A
PHG a partir de lactato não diferiu entre os grupos GC e GR (4,3±1,2 µmol.g-
1 no GC, n=5 vs. 3,2±1,1 µmol.g-1 no GR, n=5; p>0,05).
Conclusão:
A gliconeogênese hepática a partir do lactato parece não colaborar
diretamente com a melhora do perfil hipoglicêmico in vivo dos animais sob
restrição calórica submetidos ao exercício físico agudo.
Apoio Financeiro:
FADEC
Gerado em: 2014-5-21 16:20:44
8.002 - CONSEQUENCIAS AO ORGANISMO EM CRESCIMENTO
DA INGESTÃO DE DIETA OCIDENTALIZADA POR RATOS
DESMAMADOS ORIUNDOS DE MÃES ALIMENTADAS COM
DIETA HIPOCALORICA NA VIDA PERINATAL
Félix, M. O. S. , Trindade, N. G. V. , Muniz, G. S. , Rocha, L. S. , Silva, M.
M. . C. , Nascimento, E. ,
nutrição - UFPE
Introdução:
Restrições energéticas seguidas de alimentação não restrita mostram-se
favoráveis ao ganho de peso subsequente
Objetivos:
O escopo foi avaliar em ratos em crescimento oriundos de mães que tiveram
restrição hipocalórica algumas consequências decorrentes da ingestão de
dietas, padrão ou ocidentalizada
Métodos:
n.23076.028444/2012-73
36 ratos (8-12 por grupo) desmamados provenientes de mães alimentadas com
dieta padrão ou hipocalórica na vida perinatal, formaram 4 grupos aleatórios:
controle-padrão (GCP), controle-ocidentalizado (GCO), hipocalórico-padrão
(GHP), hipocalórico-ocidentalizado (GHO). Avaliou-se ganho de peso e
consumo de ração semanalmente (do desmame, 22dias, aos 60 dias de vida),
consumo de ração por ciclo (escuro e claro) e o consumo acumulado no
período, além das gorduras viscerais aos 63-65 dias de vida. O projeto obteve
aprovação da Comissão de Ética no uso de animais da UFPE
(n.23076.028444/2013-73). Para fins estatísticos considerou-se a margem de
erro de 5% e a determinação da significância foi obtida pelo teste de análise
de variância (ANOVA) one-way ou two-way RM seguido do pós-teste de
Bonferroni.
Resultados:
Dados estão apresentados em média e desvio padrão. O percentual de ganho
de peso dos grupos hipocalóricos na lactação foi de cerca de 200% menor que
os ganhos observados nos controles (GCP=716,5±61,5%;
GCO=742,8±29,5%;GHP=496,1±69,4%;GHO=495,3±68,1%; P<0,001).
Significantes resultados também foram observadas no aumento percentual do
tamanho longitudinal do corpo (GCP=80,8±6,8%; GCO=81,8±4,2%;
GHP=93,3±9,6%; GHO=95,6±6,5%; P<0,001). Após o desmame, o uso de
dieta ocidentalizada não influenciou o percentual de ganho de peso dos
controles, mas ambos os grupos hipocalóricos ganharam mais peso
comparados aos respectivos controles (GCP= 415,5±65,7%; GCO=
412,4±73,2%; GHP= 522,0±44,6%; GHO= 604,5±95,0%; P<0,001).
Contudo, ambos igualaram o peso aos 63-65 dias de vida (GCP=269,6±32,3g;
GCO= 284,2±31,5g; GHP=250,6±16,4g ; GHO=27984,1±43,2g; P=0,16). Os
grupos ocidentalizados reduziram o consumo percentual de ração no período
claro do ciclo (GCP= 30,8±2,8%; GCO=18,6±3,5%; GHP= 30,3±1,3%;
GHO=23,6±4,0%, P<0,001). Contudo, o grupo hipocalórico ocidentalizado, o
GHO, reduziu menos comparado a redução do GCO com os respectivos
controles (GCP e GHP, respectivamente). Isto refletiu em maior gordura
retroperitoneal (GCP= 4,1±1,5g; GCO=6,0±1,1g; GHP=3,8±1,3g;
GHO=6,9±3,3g; P=0,01) e visceral total (GCP= 7,3±1,9g; GCO= 10,1±2,5g;
GHP=6,2±1,8g; GHO=9,9±3,6g; P<0,01) no grupo GHO comparado ao GHP.
Conclusão:
O consumo de dieta ocidentalizada por ambos os grupos é reduzido
significantemente no período claro do ciclo, mas este percentual é menor no
grupo hipocalórico. Esta diferença refletiu diretamente sobre o maior acúmulo
de gordura visceral no hipocalórico que se associa a maior ocorrência de
distúrbios metabólicos.
Apoio Financeiro:
Pró-Reitoria de Pesquisa-PROPESQ/UFPE
Gerado em: 2014-5-21 16:20:44
8.003 - Ingestão de dieta “ocidentalizada” durante seis semanas por ratos
Wistar causa aumento de gordura retroperitoneal e redução do consumo
de ração no ciclo claro.
Feitosa, M. G. S. , Silva, M. M. C. , Muniz, G. S. , Felix, M. O. S. , Silva, J.
M. L. , Nascimento, E. ,
Nutrição - UFPE
Introdução:
O aumento do sobrepeso/obesidade tem como um dos principais fatores os
hábitos alimentares da alimentação ocidental, com excesso de açúcar, gordura
e sódio.
Objetivos:
Avaliar em ratos wistar machos desmamados algumas repercussões orgânicas
do consumo de dieta experimental ocidentalizada por 6 semanas
Métodos:
n.23076.028444/2012-73 14 ratos recém-desmamados foram alimentados com
dieta comercial (3,6 kcal/g, 4g% de gordura e 23g% de proteína) para
roedores ou ocidentalizada (4,2 kcal/g, 15g% de gordura e 21g% de proteína,
20g% de açúcar simples) durante 6 semanas formando os grupos controle (C,
n=8) e ocidentalizado (O, n=6). Durante todo o período os ratos foram
mantidos em condições padrão de biotério com ciclo claro e escuro de
12horas/cada e temperatura ambiente entre 22 e 24ºC com ração e água à
vontade. O consumo de ração foi avaliado semanalmente e durante 3 dias se
obteve a média de consumo no período claro e no período escuro do ciclo de
24h. Avaliou-se peso e tamanho corporal, consumo de ração segundo ciclo e
peso de órgãos úmidos. O projeto obteve aprovação da Comissão de Ética no
uso de animais da UFPE (n.23076.028444/2013-73). Para fins estatísticos
considerou-se a margem de erro de 5% e a determinação da diferença entre os
grupos realizou-se através do teste “t” de Student.
Resultados:
Os dados estão apresentados em média e desvio padrão da média. O peso
corporal não diferiu ao desmame (C=50,1±4,4g; O=53,5±3,6g, P>0,05) nem
ao final do período experimental (C=258,4±25,8g; O=265,0±34,2g, P<0,05).
Contudo, o grupo de animais submetidos a dieta ocidentalizada apresentaram
maior percentual de gordura retroperitoneal relativa (C=1,5±0,5g%;
O=2,1±0,2g%, P<0,01). Todavia o grupo “O”apresentou uma redução do
consumo total de ração em torno 25% (C=25,8±2,8g; O=19,1±1,4g, P<0,01) e
a diminuição em percentual ocorreu durante o período do ciclo claro
(C=30,82,8%; H=19,1±3,3%).
Conclusão:
A partir do exposto observa-se que apesar da redução da ingestão de ração, o
consumo da dieta ocidentalizada por poucas semanas foram suficientes para
incrementar o tecido adiposo na região retroperitoneal, a qual é mais associada
ao risco de desequilíbrios no metabolismo e instalação de doenças crônicas.
Apoio Financeiro:
Pró-Reitoria de Pesquisa-PROPESQ/UFPE
Gerado em: 2014-5-21 16:20:44
8.004 - AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA NATAÇÃO SOBRE AS
ALTERAÇÕES HEPÁTICAS RESULTANTES DA DIABETES.
1Bezerra, T.L., 1Pinheiro, G.O., 1Silva, A.L.L., 1Souza, K.S., 1Santos,
A.C.V., 1Ting, E., 1Aires, M.B., 1Departamento de Morfologia,
Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão/SE.
Bezerra, T. L. , Aires, M. B. ,
Departamento de Morfologia - UFS
Introdução:
A Diabetes mellitus é uma doença caracterizada por distúrbios no
metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas causados por insuficiência
completa ou relativa da secreção de insulina e/ou da ação da insulina. O
sedentarismo, a obesidade, e a adoção de estilo de vida pouco saudável estão
associados ao desenvolvimento de diabetes, por isso o interesse pela atividade
física como complemento no tratamento dessa doença.
Objetivos:
O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da natação sobre as alterações
metabólicas e hepáticas resultantes da diabetes.
Métodos:
CEPA 86/2011 Os experimentos foram aprovados pelo protocolo CEPA
86/2011. Foram utilizadas 10 ratas Wistar, com idade de 2 meses, pesando
entre 150g e 200g, para indução de diabetes por meio da aplicação de aloxana
(37 mg/kg/IV). Após 24 horas da indução foi verificada a glicemia e
consideradas diabéticas as ratas com glicemia ≥ 200mg/dL. As ratas
diabéticas foram divididas nos grupos treinado (trei) e sedentário (sed). As
ratas diabéticas do grupo treinado foram submetidas a sessões diárias de
natação durante 30 minutos, em balde de plástico (52cm x 43cm x 40cm;
comprimento x largura x profundidade), com água à temperatura de 30±2oC,
5 dias por semana, durante 5 semanas com carga de 1% do peso corporal.
Todas as ratas passaram por uma semana de adaptação na qual foram
colocadas no tanque com água durante 30 minutos. Após 6 semanas, as
fêmeas de ambos os grupos, foram anestesiadas e laparotomizadas para a
coleta de sangue e fígado. O fígado foi removido, pesado e fixado para
processamento histológico. Foi realizada análise bioquímica dos níveis séricos
de colesterol e triglicerídeo. A análise estatística foi realizada por meio de
Análise de Variância seguido pelo teste de Tukey para as diferenças de peso e
glicemia, e pelo Teste T para diferenças no peso do fígado entre os grupos.
Resultados:
Houve redução da glicemia dos animais do grupo treinado (135,0 ± 4,6 mg/dl,
p < 0,05) em relação ao sedentário (369,7 ± 86,86 mg/dl), no entanto, não
houve diferença no peso corporal (trei: 213,5 ± 17,6 g vs sed: 195,0 ± 14,75 g)
e no peso do fígado (trei: 9,60 ± 1,11 g vs sed: 9,52 ± 0,79 g) após o
treinamento. Observou-se aumento significativo dos níveis séricos de
colesterol e triglicerídeo do grupo sedentário (col: 118,9 ± 13,9 mg/dl, trig:
90,95 ± 10,96 mg/dl), enquanto os animais do grupo treinado apresentaram
aumento somente dos níveis de triglicerídeo (42,9 ± 5,35 mg/dl). Observou-se
uma maior incidência de hepatócitos com vacúolos citoplasmáticos em ambos
os grupos.
Conclusão:
Concluímos que a natação pode auxiliar na redução da glicemia e
colesterolemia resultantes da diabetes. No entanto, o treinamento de natação
não foi capaz de reduzir o acúmulo de glicogênio ou lipídeos citoplasmáticos
nos hepatócitos.
Apoio Financeiro:
CnPq.
Gerado em: 2014-5-21 16:20:44
8.005 - MORFOLOGIA INTESTINAL DE POEDEIRAS COMERCIAIS
SUPLEMENTADAS COM MINERAIS ORGÂNICOS
Medeiros, J. P. , Almeida, J. C. , Silva, I. B. , Leite, S. P. ,
Departamento de Histologia e Embriologia - UFPE
Introdução:
A manutenção da integridade morfofuncional do sistema digestório é de
fundamental importância para o bom desempenho zootécnico de galinhas
poedeiras, pois dela depende a digestão e a absorção de nutrientes para a
conversão do alimento em ovos de consumo. A adição de minerais em dietas
de poedeiras tem resultado em melhoras em diversos parâmetros de
desempenho e qualidade de ovos. Os minerais são substâncias necessárias
para o funcionamento do organismo e que não podem ser sintetizadas em sua
integridade pelo metabolismo das aves. Os minerais inorgânicos atendem às
exigências nutricionais das aves, porém, ao alcançarem o trato
gastrointestinal, podem se complexar com outros componentes da dieta,
dificultando a absorção. Busca-se, atualmente, um maior interesse de fornecer
minerais orgânicos ou fontes quelatadas de minerais.
Objetivos:
Avaliar a morfologia intestinal de poedeiras comerciais suplementadas com
minerais orgânicos.
Métodos:
23076.020479/2011-83 As aves receberam luz natural (12 horas diárias)
durante o período do experimento. As rações oferecidas para os animais foram
à base de milho e farelo de soja, sendo isocalóricas e isoprotéicas, uma delas
sem o suplemento, como diferencial e a outra ração teste, contendo o
suplemento, na proporção de 0,1%. Sendo administrado ao grupo tratado 800g
do produto para cada 1 tonelada de ração. Durante todo o período do
experimento (10 meses, divididos em 4 períodos, de 10 semanas cada) foi
administrado o suplemento mineral (Bioplex® Repro que é uma combinação
de Sel-Plex® (0,3 ppm), Bioplex® Zinco(200g) e Bioplex® Manganês
(200g)) na ração. Os animais foram divididos, ao acaso em 2 grupos, cada um
constituído por 1250 aves, a saber: Grupo I – Controle, aves sem
administração do suplemento; Grupo II – Aves submetidas à administração do
suplemento. Foi avaliada a morfologia do duodeno, todas estas análises foram
realizadas no período de 52 a 82 semanas. Após a ortonásia das aves por
deslocamento cervical, foi feita a coleta dos fragmentos do duodeno, 10 aves
por grupo, estes foram fixados em líquido de BOÜIN por 6 horas.
Posteriormente processados para microscopia de luz. Os resultados foram
avaliados por análise de variância e quando significativa esta foi
complementada pelo teste de comparações múltiplas Tukey e Kramer. Os
dados foram tabulados e processados em programa estatístico SAS (Statistical
Analysis System, 2004). Adotando-se o nível de significância de 5% (p £
0,05). A morfometria da mucosa do duodeno foi obtida através das análises
dos cortes histológicos realizadas com auxílio do microscópio biológico
trinocular Nikon 50i acoplado a um sistema de captura de imagem
microscópica, a unidade de medida utilizada foi micrômetro (µm), com o
auxílio do sistema analisador de imagem. Foram realizadas 10 medidas da
mucosa de cada lâmina estudada.
Resultados:
Ao analisar a morfometria do duodeno das aves, observamos um epitélio
simples cilíndrico preservado em ambos os grupos. Com relação ao
comprimento das vilosidades da mucosa intestinal não houve diferenças
significativas (P>0,05) entre os grupos experimentais, onde o grupo controle
obteve comprimento médio de 2.110 µm e o grupo tratado de 2.115 µm, assim
como também não diferiu com relação à densidade (vilos/área).
Conclusão:
Baseado em nossos resultados, podemos concluir que a suplementação com
minerais orgânicos em poedeiras comerciais não alterou sua morfologia
intestinal.
Apoio Financeiro:
UFPE
Gerado em: 2014-5-21 16:20:44
8.006 - EFEITO DA REMOÇÃO DO BAÇO SOBRE AS PROTEÍNAS
DA COAGULAÇÃO EM PACIENTES COM ESQUISTOSSOMOSE NA
FORMA HEPATOESPLÊNICA
Lopes, T. R. R. , Abreu, G. O. A. , Silva, I. M. S. , Montenegro, S. M. L. ,
Lopes, E. P. A. , Domingues, A. L. C. , Lima, V. L. M. , Leite, L. A. C. ,
Departamento de Biofísica e Radiobiologia - UFPE Departamento de
Imunologia - CPqAM/ FIOCRUZ-PE Departamento de Medicina Clínica
- UFPE Departamento de Bioquímica - UFPE
Introdução:
A esquistossomose mansônica é uma doença parasitária na qual os pacientes
na forma hepatoesplênica (HE) apresentam manifestações tais como: fibrose
periportal, hipertensão portal, esplenomegalia e consequentemente hemorragia
digestiva. No entanto, muitos pacientes exibem normalidade das provas de
função hepática mesmo com o prolongamento do tempo de protrombina.
Objetivos:
Este estudo teve por objetivo avaliar o efeito da retirada do baço sobre os
testes da coagulação em pacientes com esquistossomose.
Métodos:
028/11 CEP - CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, UFPE Foram
selecionados 100 pacientes com esquistossomose, sendo 55 com a forma
hepatoesplênica (grupo I) e 45 esplenectomizados (grupo II). Todos os
pacientes foram submetidos ao exame clínico e à ultrassonografia do
abdômen, no serviço de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da
Universidade Federal de Pernambuco, UFPE. Foram coletadas amostras de
sangue para determinação do tempo de protrombina (TP), tempo de
tromboplastina parcial ativada (TTPa) tempo de trombina (TT) e fibrinogênio.
Além disso, os fatores (II, VII, VIII, IX e X), antitrombina IIa (ATIIa),
proteína C, ativador do fator tecidual plasminogênio (t-PA), inibidor do
ativador do fator tecidual plasminogênio (PAI-1), foram determinados por
métodos cromogênicos e por ELISA. Pacientes com histórico de alcoolismo,
hepatite B e C, doenças sistêmicas e os que faziam uso de anticoagulantes
foram excluídos.
Resultados:
Quando analisados os parâmetros idade, sexo e padrão de fibrose periportal,
não foi detectada diferença significativa. Os pacientes do grupo I
apresentaram média de veia porta maior que os do grupo II, (1,28cm x
0,96cm), p=0,001. Também foi observado prolongamento do TP nos pacientes
com a forma HE quando comparados com esplenectomizados (19,3 x 13,0
segundos), p=0,001. Em relação às proteínas da coagulação, foi mostrado que
pacientes com a forma HE apresentavam menor valor médio que os pacientes
esplenectomizados, fator II (65,1 x 71,6%), fator VII (49,9x 66,6%) e proteína
C (63,8x 77,7%), p<0,001. Os valores de PAI-1 no grupo I foram menores
que os do grupo II (61,9 x 227,0 ng/dL), p <0,001.
Conclusão:
O presente estudo mostrou que a remoção do baço resultou em melhora dos
parâmetros da coagulação, provavelmente devido à redução da hipertensão
portal.
Apoio Financeiro:
FAPESP, CNPq e CAPES.
Gerado em: 2014-5-21 16:20:44
8.007 - AVALIAÇÃO DO PERFIL HEMOSTÁTICO EM PACIENTES
COM ESQUISTOSSOMOSE NA FORMA HEPATOESPLÊNICA E NA
DOENÇA HEPÁTICA CRÔNICA MISTA
Abreu, G. O. A. , Lopes, T. R. R. , Montenegro, S. M. L. , Lopes, E. P. A. ,
Domingues, A. L. C. , Lima, V. L. M. , Leite, L. A. C. ,
Departamento de Biofísica e Radiobiologia - UFPE Departamento de
Imunologia - CPqAM/FIOCRUZ-PE Departamento de Medicina Clínica
- UFPE Departamento de Bioquímica - UFPE
Introdução:
A esquistosomose é uma doença hepática e parasitária em que os pacientes
que desenvolvem a forma hepatoesplenica (HE) exibem algumas alterações
clínicas, tais como fibrose periportal, hipertensão portal e esplenomegalia que
resulta no sangramento digestivo.
Objetivos:
O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil hemostático e os testes de função
hepática em pacientes com esquistossomose na forma HE e nos pacientes com
doença hepática mista.
Métodos:
028/11 CEP - CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, UFPE Foram estudados
85 pacientes, onde os mesmos foram divididos em dois grupos: Grupo I
aqueles que apresentavam apenas a forma HE e Grupo II aqueles que exibiam
associação entre esquistossomose na forma HE e hepatite B ou C (doença
hepática crônica mista). Os fatores da coagulação (II, VII, VIII, IX e X),
proteína C (PC), antitrombina IIa (ATIIa) e D-dímero (DD) foram dosados a
partir de métodos cromogênicos (Density plus,Trinity Biotech, Ireland). Os
níveis séricos de albumina foram determinados por método colorimétrico
(Cobas 6000, Roche, US).
Resultados:
Quando analisados testes de função hepática de rotina, os pacientes do grupo
II exibiam níveis séricos de albumina menores que os pacientes do grupo I
[3,4 x 4,0 g/dL] (p<0,001). Para os testes de coagulação, os pacientes do
grupo II apresentaram atividade reduzida de fator VII (41,5 x 49,9%, p=0,02)
e fator II (52,8 x 65,1%, p<0,0001) quando comparados aos pacientes do
grupo I. Além disso, os níveis de proteína C e ATIIa no grupo II foram
menores que pacientes do grupo I (50,2 x 63,8% p<0,01), (69,2 x 91,0%
p<0,0001), respectivamente. Os níveis plasmáticos de DD no grupo II foram
maiores que os pacientes do grupo I (469,0 x 210,0 ng/dL, p <0,001).
Conclusão:
O presente estudo indica que testes de função hepática e o perfil hemostático
sofrem influência da infecção pelo vírus da hepatite B ou C, provavelmente
devido a um maior dano hepático nestes pacientes com consequente
diminuição da capacidade de síntese das proteínas da coagulação.
Apoio Financeiro:
FAPESP, CNPq e CAPES.
Gerado em: 2014-5-21 16:20:44
8.008 - INVESTIGAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS ENZIMAS
DIGESTÓRIAS DO INTESTINO DE APAIARI (Astronotus ocellatus)
Lino, L. H. S. , Andrade, D. H. H. , Silva, J. F. , Nascimento, L. C. P. ,
Silva, M. M. , Moreira, L. M. S. V. L. , Soares, K. L. S. , Ferreira, A. C.
M. , Bezerra, R. S. ,
Departamento de Bioquímica - UFPE
Introdução:
Dentre as espécies de peixes com potencial comprovado para a piscicultura
ornamental, destaca-se o Astronotus ocellatus. Esta espécie, conhecida como
Apaiari ou Oscar, é nativa da região Amazônica, porém encontra-se
disseminada em quase todo o Brasil. Apesar do potencial comprovado para o
cultivo de A. ocellatus, a criação deste peixe em cativeiro ainda apresenta
limitações. Conhecimentos referentes à sua biologia e às técnicas apropriadas
de cultivo ainda necessitam ser aprimorados. Além disso, existe ainda uma
enorme lacuna no que diz respeito aos conhecimentos acerca de suas
necessidades nutricionais.
Objetivos:
Dessa forma, o presente trabalho objetivou investigar e caracterizar enzimas
digestórias do intestino de A. ocellatus.
Métodos:
Para a realização deste trabalho foram utilizadas apenas as vísceras do peixe
A. ocellatus. Estes resíduos seriam descartados no ambiente local, pois não
apresentam valor comercial. Os subprodutos rejeitados foram aproveitados
para obtenção de biomoléculas ativas. Para tanto, foram adquiridas vísceras
de exemplares adultos de A. ocellatus, as quais seriam descartadas no
ambiente. O material sem valor comercial (víscera) foi oriundo de pescadores
no município de Paulo Afonso?BA. Os tecidos das vísceras foram
homogeneizados em solução tampão Tris HCl 0,01M pH 8,0 com 0,9% de
NaCl (p/v) obtendo-se o extrato bruto. Foram determinadas as atividades
proteolíticas utilizando substrato inespecífico (azocaseína) e específicos:
BApNA (tripsina) e SApNA (quimotripsina). A influência da temperatura
(25º- 85ºC) e do pH (tampão Glicina-HCl 0,25M para a faixa de pH 1,5-3,5,
tampão Citrato-Fosfato 0,25M para a faixa de pH 4,0-7,0, tampão Tris-HCl
0,25M para a faixa de pH de 7,5-8,5 e tampão Glicina-NaOH 0,25M para pH
9,0-12,0) na atividade enzimática foi avaliada. A estabilidade da enzima ao
pH e temperatura foi realizada de acordo com Klomklao (2007) modificado. O
efeito de inibidores de proteases, tais como: TLCK 4 mM e Benzamidina
4mM (inibidores de tripsina), TPCK 4 mM (inibidor de quimotripsina) e
PMSF 4 mM (inibidor de serino-proteases), sobre atividade enzimática
também foi investigado.
Resultados:
A atividade proteolítica total resultou em 0,840±0,04U.mg-1, enquanto as
atividades proteolíticas específicas foram 0,603±0,10U.mg-1(tripsina) e
0,493±0,05U.mg-1 (quimotripsina). A atividade tríptica máxima foi observada
a 60°C e pH 9,0. Entretanto a protease mostrou-se sensível a temperaturas
acima de 60°C. A mesma manteve-se estável entre pH (6 a 8,5), perdendo
mais de 50% de sua atividade acima do pH 9,0. A atividade enzimática foi
fortemente inibida pelo TPCK (99,3%) e Benzamidina (99,1%), enquanto
PMSF e TPCK inibiram cerca de 30,4% e 17,26%, respectivamente.
Conclusão:
Os resultados evidenciaram a presença de proteases digestivas do tipo tripsina
e quimotripsina no intestino de A.ocellatus. A tripsina tem um papel
fundamental na digestão de proteínas e os resultados obtidos neste trabalho
fornecem informações importantes para a compreensão da fisiologia digestiva
e o desenvolvimento de uma gestão adequada no processo de cultivo da
espécie.
Apoio Financeiro:
CNPq, FACEPE
Gerado em: 2014-5-21 16:20:45
8.009 - EFEITO DE METAIS PESADOS SOBRE A ATIVIDADE
PROTEOLÍTICA DO ESTÔMAGO DE PINTADO (Pseudoplatystoma
corruscans)
Andrade, D. H. H. , Silva, J. F. , Lino, L. H. S. , Neri, R. C. A. , Santana,
W. M. , Ferreira, A. C. M., Roberto, N. A. , Marcuschi, M. , Bezerra, R.
S. ,
Departamento de Bioquímica - UFPE
Introdução:
Dentre as espécies de peixes que apresentam um grande potencial para a
aquicultura nacional, está o Pintado (Pseudoplatystoma corruscans).
Pertencente à família Pimelodidae, a espécie carnívora pode ser encontrada
nos rios São Francisco, Amazonas e Paraná. Este é um dos peixes de água
doce de maior valor comercial, considerado produto nobre por apresentar
carne saborosa, com baixo teor de gordura e ausência de espinhas
intramusculares, o que o torna adequado aos mais variados preparos.
Entretanto, devido à frequente contaminação dos ambientes dulcícolas por
esgoto industrial e urbano, grandes prejuízos podem ser causados à biota. Os
peixes possuem uma boa capacidade de acumular metais ou de terem seu
metabolismo alterado quando exposto a estes xenobióticos, os quais podem,
dependendo da concentração, provocar problemas toxicológicos.
Objetivos:
Baseado nestas informações, o trabalho objetivou a avaliação da atividade
proteolítica da pepsina do estômago de P. corruscans na presença de diferentes
íons metálicos.
Métodos:
Para realização da referente pesquisa foram utilizadas apenas as vísceras do
peixe Pintado. O resíduo ou subproduto, sem valor comercial, seria totalmente
descartado no ambiente. O material foi adquirido de pescadores no município
de Pilão Arcado - BA. Os peixes não foram capturados para esta pesquisa.
Foram utilizadas apenas o material rejeitado pelos pescadores. Para tanto,
foram obtidas vísceras de exemplares adultos de P. corruscans, as quais
seriam descartadas no ambiente. O material sem valor comercial (víscera) foi
adquirido com pescadores no município de Pilão Arcado–BA. Os tecidos
estomacais foram homogeneizados em solução de NaCl 0,9% (p/v) obtendo-se
o extrato bruto. As atividades proteolíticas do extrato bruto foram realizadas
utilizando hemoglobina 2% como substrato específico, na presença de
diferentes íons metálicos sob a forma de sais (AlCl3, CdCl2, HgCl2, MgCl2,
BaCl2, CaCl2 e CuCl2). Os íons foram testados nas seguintes concentrações:
0,5 mM, 1,0 mM, 2,5 mM e 5,0 mM. A atividade 100% da enzima foi obtida
na ausência dos metais. Todos os ensaios ocorreram a 37°C e pH 2,0.
Resultados:
Em comparação com o controle, houve uma maior inibição da atividade
enzimática do estômago na presença de Ba2+ (24,7%), K+ (17,4%), Mg2+
(16,5%), Ca2+ (16,0%), Hg2+ (11,7%) e Al3+ (10,6%) a 5 mM.. Em relação
à concentração de 2,5 mM, os íons K+ (23,4%), Mg2+ (21,2%), Ba2+
(13,0%), Ca2+ (11,3%) e Al3+ (9,4%) apresentaram valores de inibição
enzimática mais elevados. Na concentração de 1 mM, os íons Ba2+, Mg2+,
K+ e Al3+ inibiram a atividade de pepsina em cerca de 23,7%, 20,7%, 16,9%
e 10,9%, respectivamente. A inibição da atividade enzimática na presença de
íons a 0,5 mM apresentou valores mais elevados para os seguintes elementos:
K+ (22,3%), Mg2+ (21,1%), Ba2+ (15,1%), Ca2+ (12,6%) e Cd2+ (10,0%).
Conclusão:
De acordo com o exposto, observou-se uma influência negativa de íons
metálicos sobre a principal enzima digestiva do estômago de P. corruscans,
evidenciando sua vulnerabilidade quando expostos a estes contaminantes.
Além disso, estes resultados demonstram que esta biomolécula pode servir
como um biomarcador de contaminação por metais pesados e possível
reconhecimento de impactos antrópicos no ecossistema dulcícola.
Apoio Financeiro:
CNPq, FACEPE
Gerado em: 2014-5-21 16:20:45
8.010 - INFLUÊNCIA DO CONSUMO DE ASPARTAME SOBRE A
INGESTÃO ALIMENTAR E PARÂMETROS FÍSICOS EM RATOS
ADOLESCENTES
Souza, M. A. , Silva, A. E. , Gomes, M. S. C. , Frazao, M. F. , Soares, J. K.
B. ,
Nutrição - UFCG
Introdução:
Nos últimos anos, o consumo de alimentos diet e light têm aumentado
constantemente, promovendo um maior investimento na elaboração de novos
produtos direcionados consumidores que estão à procura de alimentos com
baixo teor calórico. Surgindo assim no Brasil diversos edulcorantes, dentre os
quais, os mais comercializados são o ciclamato, a mistura de sacarina e o
aspartame. O aspartame, ou éster metílico de N-alfa-aspartil-L-fenilalanina,
esta sendo amplamente consumido por adolescentes ou aqueles que se
consideram com excesso de peso. Esse fato pode estar associado ao estágio de
vida que os adolescentes se encontram, somado ao apelo mercadológico,
predispondo assim, o consumo de grandes quantidades de produtos contendo
este edulcorante (refrigerantes, sorvetes e goma de mascar), e por se tratar de
um organismo em formação, a consequência do consumo exacerbado é de
suma importância para o conhecimento dos profissionais de saúde. Além
disso, o seu uso gera grande polêmica, pois alguns estudos sugerem que pode
ajudar a controlar o peso, enquanto outras pesquisas advertem que o mesmo
pode estimular o apetite.
Objetivos:
Avaliar os efeitos do aspartame sobre ingestão alimentar e parâmetros físicos
em ratos adolescentes.
Métodos:
A referida pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética animal da UFCG, nº
128-2013. A referida pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética animal da
UFCG, nº 128-2013. Foram utilizados 18 ratos machos, adolescentes, da
linhagem Wistar, com cinco semanas de idade e tratados durante 28 dias. Os
animais foram alocados aleatoriamente em dois grupos: grupo controle (GC) –
tratados com água destilada por gavagem; grupo aspartame (GA) –tratados
com solução contendo 50 mg/kg de aspartame. Todos os animais receberam
ração comercial (Essence ®) e água ad libitum. O controle da ingestão
alimentar foi realizado semanalmente. Ao final do experimento, os animais
foram anestesiadas com Cloridrato de Quetamina e Xilazina e a circunferência
torácica (CT), a abdominal (CA) e o comprimento, foram medidas com fita
métrica (cm). O Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado utilizando peso
corporal e o comprimento do animal (g/cm²). A gordura visceral total foi
retirada e pesada (g).
Resultados:
Os ratos tratados com aspartame apresentaram um aumento significativo no
peso corpóreo na primeira (GA: 150 ± 13,96 x GC: 139,25 ± 13,48), segunda
(GA: 192 ± 17,53 x GC: 168,75 ± 20,37) e terceira semana (GA: 228, 29 ± 17,
18 x GC: 204,86 ± 18,97) quando comparados ao grupo controle (P<0,05). O
mesmo foi observado com a ingestão alimentar da primeira. (GA: 160,67 ±
9,17 x GC: 150 ± 8,94), segunda (GA: 164,22 ± 15,01 x GC: 151,71 ± 15,51)
e terceira semana (GA: 185,71 ± 23,02 x GC: 158,67 ± 13,95), onde o GA
apresentou maiores valores durante todo experimento (P<0,05). Não houve
diferença nos parâmetros físicos analisados do grupo GA e GC
respectivamente: A CT (12 ± 1,03 x 12 ± 0,71), CA (14 ± 1,36 x 13,50 ±
1,25), comprimento (21,50 ± 0,71 x 21,25 ± 1,04), IMC (0,46 ± 0,06 x 0,50 ±
0,02), Gordura Visceral (5,52 ± 1,50 x4,54 ± 1,87). Para as análises dos dados
foi utilizado o teste de teste t-student com nível de significância P≤ 0,05.
Conclusão:
De acordo, com os resultados óbitos podemos perceber que o aspartame
proporcionou um aumento significativo tanto na ingestão alimentar quanto no
ganho de peso. Desta forma o mesmo não pode ser considerado a melhor
opção para substituição do açúcar por indivíduos que almejam uma redução
calórica, tendo em vista que este não garante perda ou manutenção do peso
corporal.
Apoio Financeiro:
Gerado em: 2014-5-22 10:05:24
8.011 - AVALIAÇÃO DOS EFEITOS INIBITÓRIOS DE
INGREDIENTES POTENCIAIS PARA A INDÚSTRIA DE RAÇÕES
SOBRE AS PROTEASES DIGESTIVAS DE ESPÉCIES DE PEIXES DE
INTERESSE COMERCIAL.
Moreira, L. M. S. V. L. , Lima, I. J. , Soares, K. L. S. , Santos, J. F. ,
Santos, J. F. , Silva, M. M. , Cahú, T. B. , Lino, L. H. S. , Roberto, N. A. ,
Bezerra, R. S. ,
Departamento de Bioquímica - UFPE Departamento de Engenharia de
Pesca - UFRPE/UAST
Introdução:
Atualmente, a aquicultura está em crescente desenvolvimento devido a grande
demanda mercadológica de pescados e seus derivados. Muitas espécies de
interesse econômico possuem cultivos com elevados valores, sendo a
alimentação fornecida aos animais a maior parcela desses custos, 70% dos
custos totais. Atualmente as fontes de proteína mais usadas na fabricação de
rações são de origem vegetal e a farinha de peixe, porém esta última é uma
alternativa não sustentável e de alto custo. A proteína utilizada na formulação
de rações influencia nos processos digestivos dos peixes alterando as
atividades proteolíticas, acarretando modificações no processo de digestão e
absorção dos aminoácidos essenciais, responsáveis pelo bom funcionamento
fisiológico dos animais.
Objetivos:
Com isso, o objetivo desse trabalho foi avaliar as atividades enzimáticas de
proteases do intestino de peixes de interesse comercial frente a ingredientes de
rações comerciais e três bioprodutos com potencial uso na fabricação de
rações.
Métodos:
Os órgãos dos peixes obtidos para a realização dos experimentos foram
obtidos em rejeitos da indústria de beneficiamento de pescados em Recife -
Pernambuco, a empresa que cedeu os rejeitos para esse trabalho foi a Noronha
Pescados. Os intestinos dos peixes das espécies tilápia do Nilo (Oreochromis
niloticus), pintado (Pseudoplatystoma corruscans), oscar (Astronotus
ocellatus), tucunaré (Cichla ocellarin) e curimatã (Prochilodus costatus),
foram obtidos de uma indústria de beneficiamento. Extratos brutos desses
órgãos foram obtidos para a realização dos experimentos de atividade
proteolítica e de inibição proteolítica alcalina. Os ingredientes comerciais,
proteína de origem vegetal e farinha de peixe, foram obtidos em casas de
rações. Os bioprodutos I, II, III e a proteína alternativa de origem animal
foram preparados a partir do reaproveitamento de resíduos da indústria de
beneficiamento. Para a obtenção das atividades proteolíticas totais foi
utilizado o substrato azocaseína 1%, à temperatura ambiente. Para os testes de
inibição os ingredientes e bioprodutos foram incubados com os extratos brutos
dos intestinos e depois foram testadas as atividades proteolíticas com o
substrato azocaseína 1%, esses resultados foram comparados com os das
atividades proteolíticas totais e apresentados em forma de média/desvio
padrão. Para as análises estatísticas foram realizados testes de análise de
variância (ANOVA) e o teste de Tukey, com nível de significância P<0,05,
utilizando o programa Origin 8.0.
Resultados:
A espécie que obteve uma maior atividade proteolítica, em U · mg Proteína-1,
foi o oscar (1,92 ± 0,08) e a menor atividade o tucunaré (1,29 ± 0,25). Quanto
aos efeitos inibitórios, a proteína de origem vegetal mostrou inibição para
todas as espécies, tendo a tilápia do Nilo a menor atividade proteolítica
residual (27,4 ± 6,8%). A farinha de peixe comercial mostrou uma mínima
inibição, o pintado mostrou a maior inibição com atividade residual de 89,6 ±
11,8%. Quanto aos bioprodutos formulados em laboratório, todos mostraram
relativa baixa inibição, o bioproduto III mostrou a maior inibição para o
curimatã com atividade residual de 70,0 ± 8,1%. A proteína alternativa de
origem animal mostrou maior inibição para o tucunaré, com atividade residual
de 69,6 ± 2,6%.
Conclusão:
Os bioprodutos mostraram baixas inibições proteolíticas, o que indica que eles
podem ser boas alternativas de fontes proteicas na fabricação de rações para
peixes de agregado valor comercial.
Apoio Financeiro:
FACEPE, CNPq, CAPES, FINEP, EMBRAPA, PETROBRAS.
Gerado em: 2014-5-22 10:05:24
8.012 - CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL DA TRIPSINA-SÍMILE
DO TAMBAQUI (Colossoma macropomum) ATRAVÉS DE
DICROÍSMO CIRCULAR
Nascimento, L. C. P. , Marcuschi, M. , Silva, J. F. , Monte, F. T. D. , Silva,
M. M. , Ferreira, A. C. M. , Silva, R. P. F. , Ferreira, A. C. M. , Andrade,
D. H. H. , Bezerra, R. S. ,
Bioquímica - UFPE
Introdução:
A determinação da estrutura secundária (α-hélice, conformações β, voltas e
estrutura desenovelada) de muitas proteínas tem sido alcançada com sucesso
através da técnica de Dicroísmo Circular (DC). No presente trabalho, o objeto
de estudo escolhido para a realização de análises estruturais foi a tripsina do
trato digestório do peixe tambaqui (Colossoma macropomum).
Objetivos:
O presente trabalho buscou caracterizar a estrutura secundária da tripsina do
tambaqui, comparando-a à tripsina suína, para melhor compreender as
divergências comportamentais desta enzima.
Métodos:
O experimento foi realizado com vísceras de peixe de origem comercial. O
peixe é processado na própria empresa (Peixe vivo), a qual realiza o processo
de despesca e evisceração do animal, e nos fornece os subprodutos deste
processamento (víscera, carcaça, pele, escama etc.) Caso as vísceras não nos
fossem repassadas, as mesmas seriam descartadas como resíduos sólidos, no
lixo comum e sem tratamento, já que as estas não apresentam interesse
comercial para empresas de pescado. Inicialmente foram coletados os cecos
pilóricos de três exemplares juvenis de C. macropomum na empresa Peixe
Vivo. Os tecidos foram homogeneizados com tampão Tris-HCL 0,1M pH 8,0.
A tripsina foi purificada em três etapas: (1) aquecimento a 45oC por 30 min.;
(2) precipitação salina com sulfato de amônio (3) cromatografia de afinidade
com p-aminobenzamidina-agarose. A tripsina comercial de porco (sigma)
também foi submetida a purificação com p-aminobenzamidina-agarose. O
efeito da temperatura (10 a 80 ºC) sobre a estrutura secundária das enzimas foi
analisado pela técnica de dicroísmo circular. As tripsinas foram também
submetidas à presença do surfactante Dodecil Sulfato de Sódio (SDS) a 1%.
Os valores de elipticidade, pontos fixos dos espectros de dicroísmo (200 nm e
222 nm para os ensaios com temperatura e SDS, respectivamente), foram
comparados por análise de variância (ANOVA) seguida de teste de Tukey. As
diferenças foram relatadas como estatisticamente significantes quando p<0,05.
Resultados:
Ambas as enzimas estudadas apresentaram estrutura secundária típica de
tripsinas, com um baixo índice de α-hélice, alta concentração de β-folha e
voltas. Proteínas desnaturadas em geral geram espectros com picos negativo
em 200 nm. Os valores de elipticidade em 200 nm da proteína de porco a
partir de 60 °C (-4372.13 ± 834.84 deg cm-2 dmol) é significativamente
inferior ao das temperaturas anteriores (ex: 55°C, -2691.00 ±671.97 deg cm-
2 dmol). Já o tambaqui só apresentou diferenças significativas em 80 °C (-
6545.74 ± 1235.57 deg cm-2 dmol), o qual foi significativamente superior a 75
°C (-3452.02 ± 704.10 deg cm-2 dmol), porém este último não teve diferença
significativa com nenhuma das demais temperaturas. Estes resultados
apontam para a maior resistência estrutural da tripsina do tambaqui ao
aquecimento, quando comparada à de porco. Após interação com o SDS 1%,
o espectro de dicroísmo da tripsina de porco foi modificado, de forma que o
pico em 222 nm da enzima com e sem SDS foram significativamente
diferentes (-2146.59 ± 236.44 e -6300.89 ± 273.27 deg cm-2 dmol,
respectivamente). Já a tripsina do tambaqui não apresentou nenhuma diferença
visual em seus espectros e os picos em 222 nm com e sem SDS não foram
significativamente diferentes (-2697.16 ± 357.94 e -2117.83 ± 130.60 deg cm-
2 dmol, respectivamente). Um pico negativo em 222 nm é parte de um
espectro típico para proteínas ricas em alfa-helice, e esse resultado indica a
ocorrência de um dobramento parcial da tripsina de porco, com diminuição de
estrutura em beta e aumento de α-hélices.
Conclusão:
Assim, pode-se considerar que a tripsina do tambaqui se mostrou mais ativa e
robusta do que a tripsina de porco, características que são imprescindíveis
para aplicações industriais, principalmente aquelas que se dão em presença de
agentes desnaturantes e temperaturas até 60°C.
Apoio Financeiro:
FACEPE, CAPES e CNPq.
Gerado em: 2014-5-22 10:05:24
8.013 - CARACTERIZAÇÃO DE COLESTEROL TOTAL EM LEITE
BOVINO, CAPRINO E MISTO
Andrade, A. E. B. , Beltrão, F. A. S. ,
Departamento de Alimentos - UFPB
Introdução:
O colesterol é uma substância pertencente ao grupo dos lipídios, que
desempenha funções importantes no organismo, sendo constituinte de todas as
células do corpo, essencial na produção de ácidos biliares, precursor de
hormônios e da síntese da vitamina D3. A maior parte do colesterol do
organismo humano, aproximadamente 70%, é proveniente da síntese
biológica, sendo que apenas 30% são fornecidos pela dieta, denominado de
colesterol exógeno
Objetivos:
A proposta deste trabalho foi quantificar o teor de colesterol total em leite
bovino, caprino e misto, utilizando Cromatografia Líquida de Alta Eficiência
(CLAE).
Métodos:
Não se aplica porque é um experimento com alimento A dosagem de
colesterol total foi realizada tomando-se por base o método de Bragagnolo e
Rodriguez-Amaya ( 325-34,1992), o qual é constituído de quatro etapas:
extração dos lipídeos, saponificação, extração dos lipídeos insaponificáveis e
injeção do extrato lipídico no cromatógrafo CLAE. Dentre as extrações
lipídicas apresentadas optou-se pela extração por FOLCH et al. (456-45 e
46,1957). A analise estatistica foi um DIC com esquema fatorial 3x3, e um
teste de tukey ao nível de 5 % de significancia.
Resultados:
Quantificou-se o teor de colesterol total leites bovino, caprinos e misto.
Realizaram-se análises em triplicata, obtendo valores médios de
68,61mg/100g para o leite bovino, 68,69 mg/100g para o leite caprino e 88,37
mg/100g para leite misto. Com os resultados obtidos foi possível determinar o
valor da Curva de calibração de colesterol (Unidades de absorbância x
Concentração) para amostras com concentração de 0,003 a 0,3 mg de
colesterol/ml da fase móvel como descrito na equação y=0,064x- 0,001 e R2
=0,9552. Os resultados para o colesterol total em leite bovino foi de 65,49, o
leite caprino 56,14 e o leite misto foi de 84,21, sendo o leite misto o mais
recomendado ao nivel de 5% de variação.
Conclusão:
Os resultados experimentais obtidos neste trabalho mostraram que o colesterol
total de leite bovino, caprino e misto, estão dentro dos padrões normais de
colesterol total para leite em geral.
Apoio Financeiro:
UFPB
Gerado em: 2014-5-22 10:05:24
8.014 - RESTRIÇÃO PROTEICA PERINATAL E SUAS
IMPLICAÇÕES NO METABOLISMO HEPÁTICO DE RATOS
JUVENIS
Lima, T. R. L. A. , Costa, P. C. F. , Filho, R. C. S. , Freitas, C. M. ,
Santana, D. F. , Silva, G. S. M. , Lagranha, C. J. , Fernandes, M. P. ,
Núcleo de Nutrição - UFPE Núcleo de Educação Física e Ciências do
Esporte - UFPE Pós Graduação em Neuropsiquiatria do Comportamento
- UFPE
Introdução:
Durante o período critico do desenvolvimento, o corpo pode sofrer influência
de fatores externos, como a desnutrição, o que pode induzir mudanças
metabólicas crônicas em diferentes órgãos e tecidos.
Objetivos:
Avaliar os efeitos de uma restrição proteica perinatal no metabolismo hepático
de ratos juvenis.
Métodos:
23076.044262/2010-88 Foram utilizados ratos machos da linhagem Wistar. O
presente trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em estudos com animais
do Centro de Ciências Biológicas da UFPE (n°23076.044262/2010-88). As
ratas prenhas foram divididas em dois grupos de acordo com a dieta fornecida:
controle (caseína a 17%) e desnutridas (caseína a 8%). Na lactação, as ratas
continuaram recebendo dieta conforme o grupo experimental e após o
desmame (21 dias de idade) os filhotes receberam dieta de laboratório
Labina®. As análises metabólicas ocorreram quando os animais completaram
50 dias. Foi avaliado o peso do fígado do animal, os níveis de peroxidação
lipídica pela metodologia de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico
(Buege & Aust. Methods Enzymol. 52:302-10, 1978), atividade de enzimas
antioxidantes como superóxido dismutase (Misra & Fridovich. J. of Biol.
Chem. 247:3170-75, 1972) e catalase (Aebi. Meth. Enzym. 105:121-26,
1984), como também a atividade da enzima citrato sintase (Alp et al.
Biochem. J. 154(3): 689-700, 1976).
Resultados:
Foi verificada uma redução no peso do fígado dos animais desnutridos em
relação ao grupo controle (Controle: 6,08±0,16 g (n=4) vs Desnutrido:
5,02±0,08 g (n=5), p<0,05). Houve um aumento da peroxidação lipídica no
grupo desnutrido (Controle: 0,27±0,02 nmol/mg de proteína (n=3) vs
Desnutrido: 0,48±0,06 nmol/mg de proteína (n=4), p<0,05), acompanhado de
uma diminuição na atividade da enzima superóxido dismutase (Controle: 0,26
± 0,03 U/mg de proteína (n=4) vs Desnutrido: 0,16 ± 0,02 U/mg de proteína
(n=5), p<0,05). Em relação à atividade da enzima antioxidante catalase não
houve diferença significativa entre os grupos (Controle: 0,252 ± 0,019 mU/mg
de proteína (n=4) vs Desnutrido: 0,257 ± 0,035 mU/mg de proteína proteína
(n=5)). A atividade de uma enzima reguladora do ciclo de Krebs, a citrato
sintase, foi significativamente menor no grupo desnutrido em relação ao
controle (Controle: 90,9±4,72 nmol/min/mg proteína (n=3) vs Desnutrido:
63,8±5,19 nmol/min/mg proteína (n=5), p<0,05).
Conclusão:
Em resposta aos dados obtidos pode-se sugerir que a desnutrição proteica
perinatal durante o período crítico do desenvolvimento induz redução no peso
do fígado dos animais desnutridos, além de acarretar aumento de peroxidação
lipídica, provavelmente em virtude da diminuição na atividade da enzima
antioxidante superóxido dismutase. A redução na atividade da enzima citrato
sintase pode comprometer o metabolismo oxidativo dos animais desnutridos,
com prejuízo da oxidação de acetil-CoA e liberação de coenzimas reduzidas
(NADH e FADH2), essenciais ao balanço redox do organismo.
Apoio Financeiro:
FACEPE
Gerado em: 2014-5-22 10:05:24
8.015 - IMPACTO DA SUPLEMENTAÇÃO DIÁRIA DE
EDULCORANTE SOBRE O GANHO DE PESO E PARÂMETROS
BIOQUÍMICOS DE RATOS WISTAR JOVENS.
Pereira, D. E. , Queiroz, . M. P. , Barbosa, V. S. A. , Sampaio, T. B. M. ,
Holanda, C. M. C. X. , Medeiros, D. M. F. , Sousa, M. M. , Soares, J. K. B.
,
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO - UFCG DEPARTAMENTO DE
CIÊNCIAS DA SAÚDE - UFRN DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA
SAÚDE - UNP
Introdução:
O consumo de açúcar tem sido correlacionado com aumento do risco de
doenças crônicas e obesidade, só no Brasil o consumo deste produto chega em
média á 16,4% das calorias totais diárias. Como alternativa para a diminuição
da ingestão de açúcar o consumo de adoçantes tem se tornado cada vez mais
frequente, pelo fato de ser um produto de baixo teor calórico. Porém, estudos
tem relacionado o consumo crônico destes produtos com o acúmulo de
gordura visceral, hipertrigliceridemia, inflamação, esteatose hepática e
resistência à insulina.
Objetivos:
Avaliar as repercussões da suplementação diária de edulcorante natural
(frutose) sobre a bioquímica de ratos Wistar jovens.
Métodos:
C E P n º 128 - 2013 Foram utilizados 16 ratos machos da linhagem wistar (35
dias de vida), os quais foram divididos em 2 grupos (n=08): GC (controle):
tratado com água destilada; GF (frutose): tratado com 50mg/kg de frutose.
Todos os animais receberam água e dieta comercial Essence (Purina) ad
libitum e suplementação com edulcorante uma vez ao dia por gavagem, sendo
administrado 2ml/g/dia durante 28 dias. O ganho de peso e o consumo de
ração foram aferidos semanalmente. Ao final do experimento os animais
foram anestesiados com Cloridrato de Quetamina e Cloridrato de Xilazina (1
ml/kg de peso), sendo posteriormente submetidos a punção cárdica para a
retirada das amostras de sangue. O sangue coletado foi imediatamente
centrifugado a 3000rpm, por 10 minutos, após a separação do plasma
realizou-se as seguintes análises bioquímicas: alanina aminotransferase
(ALT), aspartato aminotransferase (AST), fosfatase alcalina, Gama glutamil
traspepitidase (GGT), bilirrubina total, bilirrubina direta e indireta, colesterol
total e frações (LDL e HDL), triglicerídeos (TG), proteína total e frações
(albumina e globulina), utilizando-se o auto-analisador bioquímico Konelab
60i (kit de teste de Weiner, São Paulo, Brasil). Utilizaram-se médias, desvio
padrão para as variáveis numéricas, para comparação entre os grupos
empregou-se o test-T.
Resultados:
A suplementação de frutose não alterou o consumo alimentar entre os grupos.
O GF (49,67±4,24) apresentou maior ganho de peso do que o GC
(33,01±4,02) na 1ª semana (p<0,05), porém não houve diferença na 2ª e 3ª
semana. Quanto aos parâmetros bioquímicos o GF apresentou maiores valores
comparado com o GC respetivamente nos seguintes parâmetros: AST
(268±54,04 UI/L versus 43,25±3,20 UI/L), Bilirrubina Indireta (0,38±0,13
UI/L versus 0,15±0,06 UI/L), Fosfatase Alcalina (775,2±177,01 UI/L versus
212,50±73,20 UI/L) e do GGT (8,25±2,06 UI/L versus 1,68±0,36 UI/L)
(P<0,05). No que diz respeito aos demais parâmetros bioquímicos não foi
observado diferença estatística significativa entre os grupos.
Conclusão:
No presente estudo, a frutose foi ofertada em quantidade considerada segura
para o consumo humano e mesmo assim demonstrou que pode alterar o peso
corporal e parâmetros bioquímicos envolvidos com danos hepáticos. Este
adoçante é comumente presente em bebidas açucaradas e outros alimentos
consumidos por jovens. Pesquisa futura que avaliem um consumo mais
prolongado em animais jovens deve ser realizada.
Apoio Financeiro:
Gerado em: 2014-5-22 10:05:24
8.016 - DIETA HIPERLIPÍDICA DURANTE PERIODO PERINATAL E
PÓS DESMAME: EFEITOS SOBRE CONSUMO ALIMENTAR E
GANHO DE PESO EM RATOS JOVENS
Santos, L. S. , Perez, G. S. , Cordeiro, G. S. , Almeida, K. T. , Deiró, T. C.
B. J. , Santo, D. A. E. , Sousa, A. C. S. , Macedo, A. P. A. , Medeiros, J. M.
B. ,
Ciências da Nutrição - UFBA
Introdução:
Durante a gestação e lactação, variações ou inadequações na nutrição da
genitora podem refletir em alterações nos sistemas fisiológicos dos seus
descendentes (FOWDEN et al. Physiol. 21:29, 2006). Pesquisas tem
demonstrado que o consumo alimentar na vida adulta pode ser influenciado
por agressões nutricionais no período critico de desenvolvimento (OLIVEIRA
et al. Lipids. 46(11):1071, 2011; BARRETO-MEDEIROS et al. Nutrit. Neuro.
5 (3): 211, 2002).
Objetivos:
Avaliar o efeito de dieta hiperlipídica durante a gestação e lactação sobre o
consumo alimentar e percentual de ganho ponderal em ratos jovens
alimentados ou não com a dieta materna após o desmame.
Métodos:
02/13 Aprovado pelo Comitê de Ética em experimentação animal da
Faculdade de odontologia da UFBA. Protocolo 02/13. Ratos jovens, da
linhagem Wistar, descendentes de ratas alimentadas com dieta padrão (grupo
controle - GC) ou alimentadas com dieta hiperlipídica (H) (grupo hiperlipídica
- GH), durante a gestação e lactação, foram subdivididos em quatro grupos,
provenientes de quatro ninhadas diferentes: Grupo descendentes controle
(GDCC, n=11), formado por descendentes de ratas do grupo C e alimentados
com dieta controle até 60 dias de vida, Grupo descendentes
controle/hiperlipidica (GDCH, n=10), formado por descendentes de ratas do
GC e alimentados com dieta hiperlipídica a partir do 21º dia de vida, Grupo
descendente hiperlipídica controle (GDHC, n=9), composto por descendentes
do GH e alimentados com dieta padrão a partir do desmame e Grupo
descendente hiperlipídica (GDHH, n=10), composto por descendentes do GH
e alimentados com dieta hiperlipídica até 60 dias de vida. No 1° dia de vida,
no desmame (21°), 28° e 60°dia, foi aferido o peso corporal para observar o
percentual do ganho de peso nos períodos. Aos 45 dias, os animais foram
alocados em gaiolas individualizadas para verificação do consumo alimentar
em dias alternados (45° ao 60° dias de vida). A comparação entre cada grupo
nutricional foi realizada pelo método ANOVA e teste de Tukey (p<0,05).
Resultados:
As análises dos dados (média±EP) evidenciaram que houve diferença
significativa entre os grupos em relação ao percentual do ganho ponderal no
21° dia da lactação para os animais dos grupos GDHC e GDHH (GDCC:
494,68±10,28; GDCH: 524,74±12,94; GDHC: 542,63±18,93; GDHH:
547,35±27,13). Após o desmame, não houve diferença no ganho de peso entre
todos os grupos (28°: GDCC= 164,49±9,16; GDCH= 138,12±8,62; GDHH=
149,16±4,77; GDHC= 120,71±4,04; 60º:GDCC= 230,81±17,28; GDCH=
206,19±12,32; GDHH= 223,03±19,81; GDHC= 234,17±11,23), assim como
não houve diferença significativa na média do consumo alimentar (GDCC:
25,88±0,79; GDCH: 27,53±2,33; GDHC: 28,36±1,50; GDHH: 26,03±0,76).
Conclusão:
A dieta hiperlipídica promoveu elevação ponderal dos animais no 21° dia de
vida, mantendo o percentual do ganho ponderal e a média do consumo
alimentar similar entre os grupos descendentes de mães que consumiram dieta
hiperlipídica na gestação e lactação e que mantiveram o consumo até 60 dias
de vida. Outros estudos são necessários para elucidar a temática em questão.
Apoio Financeiro:
CAPES, CNPQ, FAPESB, PIBIC/UFBA.
Gerado em: 2014-5-22 10:05:24
8.017 - GANHO DE PESO, CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL E
PARÂMETROS GLICÊMICOS EM RATOS JOVENS SUBMETIDOS
AO CONSUMO DE DIETA HIPERLIPÍDICA APÓS O DESMAME.
Santo, D. A. E. , Perez, G.S., Cordeiro, G. S. , Santos, A.C.S., Santos, L.S.,
Macedo, A. P. A. , Almeida, K.T, Oliveira, T.W.S, Pereira, B. G. A. ,
Barreto-Medeiros,J.M.,
Departamento de Ciências da Nutrição - UFBA
Introdução:
No Brasil, dados dos estudos sobre a disponibilidade domiciliar de alimentos
nas áreas metropolitanas do país, desde a década de 70 até 2009 demonstram
alterações na dieta destacando o aumento do consumo de alimentos
industrializados ricos em gordura (hiperlipídicos), contribuindo para um
aumento na prevalência de doenças crônicas não transmissíveis na população,
em especial a obesidade. (IBGE, POF 2008-2009, 42-60, 2010). Dietas
hipercalóricas têm sido utilizadas para a reprodução de modelos experimentais
de obesidade e síndrome metabólica. Ratos submetidos à dieta hiperlipídica
mostraram, um aumento na quantidade dos tecidos adiposos retroperitoneal
(RET) e epididimal (EPI), com tendências a distúrbios no perfil lipídico e
alterações nas etapas iniciais da sinalização de insulina. (DUARTE et al. Rev.
Nutr. 19; 341-348, 2006). Diante das evidências expostas, torna-se necessário
realizar mais investigações sobre os efeitos de uma inadequação alimentar em
períodos precoces da vida.
Objetivos:
Verificar os efeitos provocados pelo consumo de dieta hiperlipídica sobre o
ganho de peso, circunferência abdominal e parâmetros glicêmicos em ratos
jovens.
Métodos:
Protocolo n°02/2013 Foi utilizado ratos jovens da linhagem Wistar com 21
dias de vida, sendo divididos em dois grupos através da dieta oferecida: Grupo
Controle (GC n=11), composto por animais alimentados com dieta controle
até 60 dias de vida e Grupo Hiperlipídica (GH, n=10), formado por animais
alimentados com dieta hiperlipídica até o 60° dia. Foram aferidos o peso e a
circunferência abdominal no 21°, 28° e 60° dia. A glicemia dos animais foi
aferida no 60° dia de vida através do corte na cauda após permanecer 12h de
jejum (tempo 0’). Em seguida foi administrada por via intraperitoneal, uma
solução de glicose a 50% (EQUIPLEX) na dose de 1mg/kg de peso do animal
nos tempos 15’, 30’, 45’ e 60’ minutos para realização do Teste de Tolerância
à Glicose (TTG). Para análise dos dados paramétricos foi empregado o teste
ANOVA Twoway (média, n, EP) seguido do teste de Sidak’s. Para os não
paramétricos, foi utilizado o teste Kruskal-Wallis. A significância estatística
foi considerada, admitindo-se um nível crítico de 5%, em todos os casos.
Resultados:
A análise dos dados (Média ±EP) mostrou que o percentual do ganho de peso
do 21° ao 28°dia de vida (GC=67,56+5,84; GH= 47,23+6,96), e do 28° ao 60°
(GC=241,84+13,82; GH=210,12 + 10,83) foram similares entre os dois
grupos (GC=113,34+9,85; GH= 95,98 + 6,86), bem como a circunferência
abdominal no 28° (GC=10,42 + 0,11; GH=10,17 +0,14) e 60° dia (GC=15,86
+ 0,33; GH= 15,39 + 0,18). Não foi observada diferença na glicemia de jejum
(GC=117,36+3,67; GH=126,50+1,86) nem durante o TTG (após
administração de solução de glicose) nos tempos de 15min (GC=185,18 +
5,84; GH= 193,20 + 3,47), 30 min. (GC=168,73 + 5,32; GH= 167,70 + 3,53),
45 min. (GC=150,73 + 3,42; GH= 146,90 + 3,21) e 60 min. (GC=128,91 +
3,21; GH= 133,10 + 3,15) foram semelhantes.
Conclusão:
O presente estudo demonstrou que a utilização da dieta hiperlipídica do 21°
dia ao 60° dia de vida não foi suficiente para alterar o peso, a circunferência
abdominal, a glicemia de jejum e a curva de tolerância à glicose desses
animais.
Apoio Financeiro:
CNPQ,CAPES,FAPESB, PIBIC/UFBA
Gerado em: 2014-5-22 10:05:24
8.018 - NÍVEIS DE TRIGLICERÍDEOS E TECIDO ADIPOSO
VISCERAL EM RATOS JOVENS SUBMETIDOS AO CONSUMO DE
DIETA HIPERLIPIDICA APÓS O DESMAME
Cordeiro, G. S. , Perez, G. S. , Santos, L. S. , Almeida, K. T. , Sousa, A. C.
S. , Macêdo, A. P. A. , Santo, D. A. E. , Oliveira, T. W. S. , Medeiros, J. M.
B. ,
Ciência da Nutrição - UFBA
Introdução:
O estilo de vida moderno, no qual se insere o alto consumo de gordura,
proveniente de alimentos industrializados, vem se tornando um dos principais
fatores para que grande parte da população mundial apresente excesso de
peso. Este desajuste alimentar também contribui cada vez mais para o
surgimento precoce da obesidade, o que é de extrema preocupação para o
processo de desenvolvimento na juventude (GIUGLIANO et al. Jornal de
Pediatria. v.80,n2.2004) A composição da dieta, em especial a quantidade de
lipídeos e calorias, é conhecida por influenciar na alteração de peso corporal
além de influenciar a peroxidação lipídica, desde a infância até a vida adulta
(GIUGLIANO et al, Jornal de Pediatria. v.80,n2.2004). Dietas hipercalóricas
têm sido utilizadas para a reprodução de modelos experimentais de obesidade
e síndrome plurimetabólica, com sucesso. De acordo Duarte et al, (Revista de
Nutrição Campinas, v. 19, nº. 341-348, maio/jun.2006), ratos submetidos à
dieta hiperlipídica mostram, a partir de três semanas, um aumento na
quantidade dos tecidos adiposos, com tendências a distúrbios no perfil
lipídico. Na obesidade, os depósitos de gorduras estão aumentados,
consequentemente maior armazenamento de triglicerídios (SENGER et al. VII
Jornada de Iniciação científica. 2011). Levando em consideração o aumento
do consumo de dietas hiperlipídica e sua influência cada vez mais precoce no
surgimento de doenças, torna-se válido a investigação da relação dos níveis de
triglicerídeos e tecido adiposo visceral em ratos jovens com o consumo de
dieta hiperlipídica após desmame.
Objetivos:
Avaliar o efeito do consumo de dieta hiperlipídica após o desmame sobre
níveis de triglicerídeos e tecido adiposo visceral em ratos jovens.
Métodos:
02/2013 Aprovado pelo Comitê de Ética em experimentação animal da
Faculdade de odontologia da UFBA. Protocolo 02/13. Foram utilizados ratos
jovens da linhagem Wistar provenientes de mães alimentadas com dieta
padrão durante a gestação e lactação, divididos em dois grupos conforme dieta
oferecida após o desmame. Grupo Controle (GC n=11), formado por ratos
alimentados com dieta controle até 60 dias de vida e Grupo Hiperlipidica
(GH, n=10), ratos alimentados com dieta hiperlipídica a partir do 21º dia de
vida. Ao final do experimento, foi coletado o sangue para análise dos
triglicerídeos, e sacrifício com dose excessiva de anestésico. Após uma
incisão na cavidade abdominal foi retirado e pesado o tecido adiposo visceral.
Para a comparação dos grupos foi utilizado o Teste-t de Student, com nível de
significância de 5% (p<0,05).
Resultados:
A análise dos dados (média + EP) apontou para uma ausência de diferença nos
níveis de triglicérides dos ratos do GH (73,31±1,79) quando comparado aos
do GC (66,66±2,73) (P= 0,061). No entanto, o consumo da dieta hiperlipídica
foi capaz de aumentar a quantidade de tecido adiposo visceral relativo nos
ratos jovens (GC=0,99 + 00,7; GH= 1,35 + 0,11) com p=0,01.
Conclusão:
A dieta hiperlipídica ofertada aos ratos após o desmame resultou em aumento
na adiposidade visceral, embora não tenha sido observadas alterações nos
níveis de triglicérides. Outros estudos devem ser realizados.
Apoio Financeiro:
CAPES, CNPQ, FAPESB, PIBIC/UFBA
Gerado em: 2014-5-22 11:29:40
8.019 - TEOR PROTEÍCO DO LEITE MATERNO DE RATAS
SUBMETIDAS AO CONSUMO DE DIETA HIPERLIPÍDICA
DURANTE O PERIODO DE GESTAÇÃO E LACTAÇÃO
Deiró, A. Q. S. , Santo, L. F. P. , Sousa, A. C. S. , Almeida, K. T. , Santos,
L. S. , Perez, G. S. , Cordeiro, G. S. , Macedo, A. P. A. , Santo, D. A. E. ,
Medeiros, J. M. B. ,
Ciência da Nutrição - UFBA
Introdução:
Estudos demonstram que importantes modificações na composição do leite
materno são observadas de acordo com o período da lactação (MOTIL et al.,
1994; PINE et al, 1994). Keen e col. (1981) revelam que a dieta materna
exerce significantes efeitos sobre os processos anabólicos do tecido mamário,
principalmente sobre a síntese de proteínas, lipídios e carboidratos do leite
(PRENTICE & PRENTICE, 1995; HARTMANNET et al., 1995). Sabe-se
que a exposição a um ambiente intrauterino anormal desempenha um papel
importante na predisposição do feto, para o desenvolvimento de diversas
doenças metabólicas como também a desnutrição e o baixo peso ao nascer
(CHECHI et al., 2010).Tem sido demonstrado que uma das causas para
expressar tal ambiente intrauterino anormal seria a influência da alimentação
contemporânea a qual reflete um consumo elevado de dieta com alta
concentração calórica, conhecida como dieta de cafeteria, hiperlipídica ou
dieta hiperpalatável. (BAYOL et al., 2010; ELAHI et al., 2009).
Objetivos:
Investigar o efeito do consumo de dieta hiperlipídica durante o período de
gestação e lactação sobre o teor proteico do leite materno, ganho de peso e o
número de filhotes por ninhada em ratas adultas.
Métodos:
02/2013 Aprovação do Comitê de Ética protocolo n°02/2013. Foram
utilizadas seis fêmeas primíparas de ratos Wistar com 90 a 100 dias de vida,
que apresentavam peso corporal mínimo de 220g e máximo de 280g. O grupo
Controle (GC=3) foi constituído de fêmeas alimentadas com ração comercial
para ratos durante o período da gestação e lactação enquanto o grupo
Hiperlipídica (GH=3) apresentou consumo de dieta hiperlipídica. Foi
analisado neste período o ganho ponderal materno (para acompanhamento da
gestação), o peso ao nascer e número de filhotes obtidos em cada ninhada. Ao
final foi calculado o ganho de peso. No 21º dia de lactação foi realizada a
extração do leite materno para ser submetido a uma posterior análise. Para
análise dos dados foi empregado o teste t de Student, com p< 0,05.
Resultados:
A análise dos dados (média + EP) mostrou que não houve alteração na
composição da proteína do leite materno entre os grupos estudados (GC=
14,88 + 2,60; GH= 10,7 + 0,0). A utilização da dieta hiperlipídica durante o
período de gestação e lactação também não foi capaz de promover alterações
nas demais varáveis analisadas: Ganho de peso das ratas na gestação
(GC=107,855 + 6,56; GH= 114,92 + 12,14), lactação (GC= 0,47 + 17,09;
GH= -4,66 + 11,11); o peso ao nascer da ninhada (GC=73,22 + 1,02; GH=
71,89 + 4,69) e o número de filhotes por ninhada (GC= 11,00 + 1,00 +
GH=10,33 + 0,33) (p>0,05).
Conclusão:
O consumo de dieta hiperlipidica durante o período de gestação e lactação não
alterou o ganho de peso e o número de filhotes por ninhada em ratas adultas.
Da mesma forma, que tal dieta, não interferiu no teor proteico do leite, como
referido em outros estudos. Sendo assim, outros estudos são necessários para
elucidar melhor os resultados.
Apoio Financeiro:
CAPES, CNPQ,FAPESBE, BIPIC/UFBA.
Gerado em: 2014-5-22 11:29:40
8.020 - Efeitos de uma dieta “high fat” na expressão gênica de alvos
envolvidos no metabolismo glicêmico e lipídico em camundongos C57Bl/6.
Nunes-souza, V. , Melo, L. C. , Silva, C. E. M. , Nascimento, T. A. ,
Rabelo, L. A. ,
Laboratório de Reatividade Cardiovascular - Universidade federal de
Alagoas
Introdução:
O consumo de dieta “high fat” representa um dos principais fatores indutores
de distúrbios metabólicos e da incidência da Síndrome metabólica (SMet)
(Obesity, 15:798,2007).
Objetivos:
Avaliar o efeito de uma dieta “high fat” na expressão gênica de alvos
envolvidos no metabolismo glicêmico e lipídico em camundongos com
fenótipo para a SMet.
Métodos:
processo nº 005480/2011-15 Utilizou-se camundongos C57BL/6 machos (30-
32 semanas), divididos em 2 grupos experimentais: C57Bl/6 alimentado com
dieta “chow”, 10% Kcal provenientes dos lipídios (CT, n=6; peso corporal
31,0 ± 1,1) e C57Bl/6 alimentado com dieta “high fat”, 45% Kcal
provenientes dos lipídios, durante 20-22 semanas (DHF, n=6, peso corporal
44,6 ± 1,3). Avaliações metabólicas de peso corporal, depósito de gordura,
glicemia de jejum, teste de tolerância à glicose e sensibilidade à insulina
foram realizadas para monitoramento do fenótipo sindrômico após consumo
de diet “high fat”. A expressão gênica relativa no tecido adiposo e hepático foi
avaliada pela técnica da reação em cadeia da polimerase quantitativa
(RTqPCR). Os dados estão expressos como média ± EPM. Utilizou-se o teste
t para análise dos dados. Valores de p < 0,05 foram considerados
estatisticamente significativos. O protocolo experimental foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Experimentação Animal/UFAL, processo nº
005480/2011-15.
Resultados:
Ao término do período experimental, o grupo DHF apresentou significativo
ganho de peso corporal (DHF= 44,6 ± 1,3 n= 6 vs CT= 31,0 ± 1,1 n= 8, p
<0.0001) acompanhado de elevado index de tecido adiposo branco (DHF= 8,2
± 0,5 n= 6 vs CT= 2,9 ± 0,7 n= 5, p <0.0001). A dieta “high fat” induziu
aumento da glicemia de jejum (DHF= 159,0 ± 8,4 n= 6 vs CT= 118,8 ± 9,9 n=
6, p =0,012) e causou prejuízo na tolerância à glicose e na sensibilidade à
insulina. No tecido adiposo branco, a expressão gênica da leptina elevou-se
significativamente após consumo de DHF (DHF= 3,39 ± 0,41 n= 6 vs CT=
1,12 ± 0.23 n= 6, p =0,0007) enquanto que a expressão da adiponectina
(DHF= 0,48 ± 0,07 n= 6 vs CT= 1,03 ± 0.11 n= 6, p =0,0012), do receptor
adrenérgico β3 (DHF= 0,26 ± 0,09 n= 6 vs CT= 1,11 ± 0.18 n= 6, p =0,0019)
e do receptor para insulina (DHF= 0,57 ± 0,05 n= 6 vs CT= 1,01 ± 0.08 n= 6,
p =0,0009) foram significativamente menores no DHF comparado ao CT. A
expressão gênica no tecido adiposo da lipase lipoprotéica, lipase hormônio
sensível e do transportador para glicose tipo 4 não apresentou modificações
entre os grupos estudados. No fígado, a expressão gênica do CD36 (DHF=
7,71 ± 0,95 n= 6 vs CT= 1,03 ± 0.13 n= 5, p =0,0001) e PPARγ (DHF= 2,38 ±
0,22 n= 6 vs CT= 1,02 ± 0.09 n= 6, p =0,0002) foi significativamente maior
após consumo de DHF. Entretanto, os níveis de mRNA hepático para a
sintase de ácido graxo, glicoquinase, receptor da insulina e transportador para
glicose tipo 2 não foi diferente entre os grupos avaliados
Conclusão:
Em conjunto, os resultados obtidos sugerem que o consumo de uma dieta
“high fat” prejudicou a expressão de diversos genes envolvidos no
metabolismo lipídico e glicêmico, sugerindo que o fenótipo sindrômico
observado neste modelo murino pode ser consequência de modificações
gênicas.
Apoio Financeiro:
PROCAD-NF 2450/2008 (CAPES).
Gerado em: 2014-5-22 11:29:40
8.021 - Avaliação da atividade inibitória do extrato e frações do Alecrim
de tabuleiro (Hyptis fruticosa Salzm. ex Benth) sobre a α-amilase.
Lima, A. C. B. , Nunes, R. K. V. , Moraes, S. Z. C. , Araujo, B. S. , Santos,
J. L. , Santos, W. N. , Silva, A. , Shan, A. Y. K. V. , Siqueira, A. P. P. ,
Estevam, C. S. ,
Fisiologia - UFS
Introdução:
O diabetes mellitus (DM) é uma doença metabólica de etiologia múltipla
caracterizada por uma hiperglicemia crônica com distúrbios de carboidratos,
gorduras e proteínas, resultante dos defeitos na secreção de insulina, da ação
da insulina , ou ambos. A rápida absorção da glicose no intestino é um
importante fator para o os picos elevados de glicose sanguínea pós-prandial e
uma das enzimas que participam da hidrólise do amido e oligossacarídeos.
Acredita-se que a inibição ou diminuição da atividade dessa enzima pode ser
uma importante estratégia para controlar a elevação pós-prandial dos niveis de
glicose sanguínea. Em humanos, as α-amilases são produzidas pelas glândulas
salivares e pelo pâncreas e participam do rápido processo metabólico dos
carboidratos, do qual é acompanhado de respostas glicêmicas elevadas, o que
é indesejável para diabéticos. Alguns estudos relataram que a inibição desta
enzima retarda a digestão e absorção do amido, diminuindo os picos elevados
de glicose sanguínea pós-prandial e aumentando a tolerância à glicose em
diabéticos. A Hyptis fruticosa, pertencente à família Lamiaceae, é bastante
utilizada na cultura popular como hipoglicemiante, fato que a torna importante
para investigação científica pois permitiria seu uso de maneira sustentável e
racional.
Objetivos:
Verificar o efeito inibitório do extrato hidroetanólico e frações de suas folhas,
utilizando testes in vitro da inibição da enzima α-amilase pancreática,
provenientes do município de São Cristovão, Sergipe.
Métodos:
Durante o estudo não foi utilizado animais nem humanos para experimentação
Métodos: As folhas foram secas e reduzidas a pó utilizando-se um moinho de
facas e em seguida submetidas maceração com etanol 90% por 10 dias,
obtendo-se o extrato hidroetanólico. Parte do extrato foi submetida à partição
líquido-líquido com solventes de polaridade crescente obtendo-se as frações
hexânica (FH), clorofórmica (FC), acetato de etila (FAE) e hidrometanólica
(FHM). O ensaio enzimático da a-amilase foi feito segundo Souza et al.
(Planta Med 78:393, 2012) em 5 repetições e o percentual de inibição foi
calculado utilizando-se as absorbâncias do branco da amostra (BA)(amostra +
tampão no lugar da enzima), do branco da enzima (BE) (apenas tampão) e do
branco do solvente (BS)( enzima + solvente utilizado para diluir a amostra -
DMSO:etanol) em relação ao controle da enzima (CE)(enzima +água no lugar
do extrato), considerado como máxima atividade (100%).
Resultados:
Resultados: Os PI obtidos foram 70,2% (sd 13,5); 86,9% (sd 6,4); 73,8% (sd
13); 52,72% (sd 17,3) e 51,69% (sd 3,9), para EEB, FH, FC, FAE e FHM
respectivamente e, embora as últimas frações tenham apresentado PI mais
baixo, ainda foram capazes de diminuir a atividade enzimática à metade.
Conclusão:
A Hyptis fruticosa pode ser considerada promissora fonte de compostos
bioativos por apresentar potencial efeito sobre a atividade das enzimas α-
amilases
Apoio Financeiro:
CAPES
Gerado em: 2014-5-22 11:29:40
8.022 - INFLUÊNCIA DE ÍONS METÁLICOS SOBRE A ATIVIDADE
ENZIMÁTICA DE TRIPSINA DO INTESTINO DE APAIARI
(Astronotus ocellatus)
Lino, L. H. S. , Andrade, D. H. H. , Silva, J. F. , Roberto, N. A. , Neri, R.
C. A. , Santana, W. M. , Ferreira, A. C. M. , Monte, F. T. D., Bezerra, R.
S. ,
Departamento de Bioquímica - UFPE
Introdução:
Astronotus ocellatus apresenta um grande potencial para a piscicultura
ornamental, além de ser comumente utilizado na alimentação, principalmente
na Amazônia brasileira. Conhecida popularmente na região Nordeste como
apaiari, a espécie é considerada de grande importância econômica devido à
pesca de subsistência nas comunidades ribeirinhas. Assim como outros
organismos aquáticos, estes peixes também estão sujeitos à contaminação por
metais pesados provenientes da ação antrópica, como esgotos domésticos e
efluentes industriais. Esses metais, bioacumulativos, em contato com o
organismo provocam danos fisiológicos, particularmente alterações nas
atividades enzimáticas digestivas, comprometendo o seu desenvolvimento.
Objetivos:
Baseado nestas informações, o trabalho objetivou a avaliação da atividade
proteolítica da tripsina do intestino de A. ocellatus na presença de diferentes
íons metálicos.
Métodos:
Para a realização desta pesquisa foram utilizadas apenas as vísceras do peixe
em estudo. Estes subprodutos ou resíduos, sem valor comercial, seriam
descartados no ambiente. O material foi adquirido de pescadores, desta forma
os peixes não foram sacrificados para este fim. Foram apenas utilizados seus
subprodutos que seriam descartados. Para tanto, foram obtidas vísceras de
exemplares adultos de A. ocellatus, as quais seriam descartadas no ambiente.
O material sem valor comercial (víscera) foi adquirido com pescadores no
município de Paulo Afonso–BA. Os tecidos das vísceras foram
homogeneizados em solução tampão Tris HCl 0,01 M pH 8,0 com 0,9% de
NaCl (p/v) obtendo-se o extrato bruto. As atividades trípticas do extrato bruto
foram realizadas utilizando BApNA como substrato específico, na presença de
diferentes íons metálicos sob a forma de sais (AlCl3, CdCl2, HgCl2, MgCl2,
BaCl2, ZnCl2, PbCl2, CaCl2 e CuCl2). Os íons foram testados nas seguintes
concentrações: 0,5 mM, 1,0 mM, 2,5 mM e 5 mM. A atividade 100% da
enzima foi obtida na ausência dos metais. Todos os ensaios ocorreram a 25°C
e pH 8,0.
Resultados:
Em comparação com o controle, houve uma maior inibição da atividade
enzimática do intestino na presença de Pb2+ (75,7%), Cu2+ (34,9%), Ca2+
(28,6%), Zn2+ (39,2%), Ba2+ (36,5%) e Mg2+ (31,3%) a 5 mM. Na mesma
concentração, a inibição da atividade enzimática foi de 17,8%, 16% e 13,4%
na presença de Hg2+, Al3+ e Cd2+, respectivamente. Em relação à
concentração de 2,5 mM, os íons Pb2+ (64,5%), Cu2+ (35,7%), Zn2+ (33,1%)
e Ba2+ (24,0%) apresentaram valores de inibição enzimática mais elevados.
Na concentração de 1 mM, os íons Pb2+, Cu2+, Zn2+ e Ba2+ inibiram a
atividade tríptica em cerca de 52,8%, 21,7%, 26,4% e 24,6%,
respectivamente. A inibição da atividade enzimática na presença de íons a 0,5
mM apresentou valores mais elevados para os seguintes elementos: Zn2+
(25,4%), Pb2+ (25,2%), Cu2+ (14,9%), Ca2+ (14,8%), Hg2+ (14,2%) e Cd2+
(13,9%).
Conclusão:
De acordo com o exposto, observou-se uma influência negativa de íons
metálicos sobre a principal enzima digestiva do intestino de Astronotus
ocellatus, evidenciando sua vulnerabilidade quando expostos a estes
contaminantes. Além disso, estes resultados demonstram que esta biomolécula
pode servir como um biomarcador de contaminação por metais pesados e
possível reconhecimento de impactos antrópicos no ecossistema estuarino.
Apoio Financeiro:
CNPq, FACEPE
Gerado em: 2014-5-22 11:29:40
8.023 - INFLUÊNCIA DO ÍON CÁLCIO SOBRE A ATIVIDADE DA
TRIPSINA DO PEIXE TAMBAQUI (Colossoma macropomum)
SUBMETIDA A VARIAÇÕES TÉRMICAS
Nascimento, L. C. P. , Marcuschi, M. , Silva, J. F. , Monte, F. T. D. , Silva,
M. M. , Ferreira, A. C. M. , Roberto, N. A. , Soares, K. L. S. , Lino, L. H.
S. , Bezerra, R. S. ,
Bioquímica - UFPE
Introdução:
O tambaqui é um peixe dulcícola que apresenta grande importância para a
aquicultura brasileira, estando em segundo lugar dentre os peixes mais
cultivado no país. A tripsina encontrada em seu trato digestório é capaz de
resistir a temperaturas de até 60°C e à presença de íons e tenso-ativos. Estas
características tornam o estudo desta enzima relevante para suas futuras
aplicações industriais e biotecnológicas.
Objetivos:
No presente trabalho objetivou-se investigar o efeito do íon Ca+2 na atividade
da tripsina dos cecos pilóricos do tambaqui (Colossoma macropomum) e de
uma tripsina suína comercial. Os testes com o cálcio foram realizados a fim de
se avaliar a capacidade deste íon de estabilizar a enzima contra a autólise.
Métodos:
O experimento foi realizado com vísceras de peixe de origem comercial. O
peixe é processado na própria empresa (Peixe vivo), a qual realiza o processo
de despesca e evisceração do animal, e nos fornece os subprodutos deste
processamento (víscera, carcaça, pele, escama etc.). Caso as vísceras não
nos fossem repassadas, as mesmas seriam descartadas como resíduos
sólidos, no lixo comum e sem tratamento, já que as estas não apresentam
interesse comercial para empresas de pescado. O efeito de temperaturas entre 10 a 80 ºC sobre as enzimas foi avaliado na
presença de CaCl2 e EDTA 10 mM, em triplicata. O substrato utilizado foi o
BapNA e a atividade tríptica foi acompanhada no espectrofotômetro de
microplacas (405nm). Para o ensaio de estabilidade térmica, as enzimas foram
incubadas em cada temperatura por 60 min e depois tiveram suas atividades
mensuradas em 25 °C. Já no ensaio temperatura ótima, as enzimas foram
incubadas em cada temperatura, com o substrato, por 10 minutos. O
tratamento estatístico dos dados foi feito por análise de variância (ANOVA)
associada ao teste de Tukey. As diferenças foram relatadas como
estatisticamente significantes quando p<0,05, com uso do
software MicrocalTM OriginTM versão 8.0 (Software, Inc, USA).
Resultados:
A atividade da tripsina do tambaqui em temperaturas de até 60°C foi mais alta
na presença de EDTA (10,51 ± 0,29 U/mg) do que de CaCl2 (5,93 ± 0,47
U/mg). Já a partir de 65 °C, a enzima incubada com EDTA (1,24 ± 0,11
U/mg) diminuiu significativamente sua atividade, enquanto a atividade da
tripsina com CaCl2 semanteve (5,55 ± 0,42 U/mg). A tripsina do porco, por
sua vez, além de ter sido menos ativa do que a do tambaqui, se mostrou mais
dependendo de cálcio, uma vez que em 50 °C, a atividade da mesma na
presença de EDTA (1,13 ± 0,07 U/mg) já foi mais baixa do que com CaCl2
(2,15 ± 0,04 U/mg). Com relação à estabilidade térmica, observou-se que na
presença de EDTA, a tripsina do tambaqui e do porco mantiveram até 80% de
suas atividades quando incubadas à 55 e 35 °C, respectivamente. Já na
presença de cálcio, a estabilidade termica subiu para 70 e 65 °C, para as
tripsinas do tambaqui e do porco, respectivamente.
Conclusão:
Para as tripsinas de mamíferos o cálcio confere uma proteção contra a
autólise, através de uma aumento na rigidez da estrutura. Já que as tripsinas de
peixe não têm esta propensão à autólise, é provável que o efeito inibitório do
cálcio sobre a enzima do tambaqui esteja relacionado à dimiunução na
flexibilidade da mesma. Desta forma, a manutenção da atividade na tripsina
do tambaqui em temperaturas superiores a 60 °C na presença de cálcio está
provavelmente associada à rigidês conferida à sua estrutura, o que a protege
contra a denaturação térmica. Estes resultados apontam para as diferenças na
eficácia da enzima do tambaqui em relação à enzima suína, sendo possível se
sugerir que a enzima do peixe seria mais resistente e viável para aplicações
biotecnológicas.
Apoio Financeiro:
FACEPE, CAPES e CNPq.
Gerado em: 2014-5-22 11:29:40
8.024 - INFLUÊNCIA DO ÓLEO DE CÁRTAMO SOBRE A
MATURAÇÃO SOMÁTICO DE NEONATOS DE RATAS WISTAR
TRATADAS DURANTE A GESTAÇÃO E LACTAÇÃO
Souza, M. A. , Gomes, M. S. C. , Frazao, M. F. , Oliveira, M. E. G. , Silva,
A. E. , Soares, J. K. B.,
Nutrição - UFCG
Introdução:
Os ácidos graxos (AG) são constituintes estruturais das membranas celulares,
cumprem funções energéticas e de reservas metabólicas. Alguns AG não são
sintetizados pelo organismo devem ser supridos através da dieta, sendo
denominados ácidos graxos essenciais (AGE). Em humanos, a maturação do
sistema nervoso central tem início na fase intra-uterina e persiste até os
primeiros anos de vida pós-natal e são influenciados por fatores nutricionais
em função da existência de períodos críticos para a formação e diferenciação
de circuitos neurais. Assim, a nutrição materna é essencial durante a gestação
e lactação para garantir um adequado desenvolvimento dos neonatos, pois
nesta fase, há aumento da demanda de AGE.
Objetivos:
Avaliar os efeitos dietéticos dos lipídios do óleo de cártamo ofertados a ratas
durante a gestação e lactação sobre o desenvolvimento somático.
Métodos:
Comitê de ética do Cbiotec/UFPB, aprovação No 0407/13. Este trabalho foi
submetido a avaliação do comitê de ética do Cbiotec/UFPB, aprovação No
0407/13. Utilizou-se ratas primíparas da linhagem Wistar com idade entre 120
e 150 dias e peso de 250 ± 50 g para obtenção dos neonatos. Foram formados
dois grupos, sendo um grupo controle (C – recebendo 7% óleo de soja – n=12)
e o grupo experimental (CT – recebendo 7% óleo de cártamo- n=10). Os
animais receberam dieta e água ad libitum, a dieta experimental foi ofertada
do 14º dia de gestação até o final da lactação, nos demais dias os animais
receberam dieta controle. Os indicadores de maturação somática analisados
foram: Abertura do Pavilhão Auricular (APA), Abertura do Conduto Auditivo
(ACA), Erupção dos Dentes Incisivos Superiores (EIS), Erupção dos Dentes
Incisivos Inferiores (EII), Abertura dos Olhos (AO) e Comprimento da Cauda
(CC). A maturação somática foi avaliada diariamente e o crescimento da
cauda semanalmente, do 1º ao 21º dia pós-natal. O CC foi expresso em média
e desvio padrão e a maturação somática em mediana do dia, mínimo e
máximo. Na comparação entre os grupos empregou-se teste de Student
seguido de Tukey para dados paramétricos e os não paramétricos o teste Rank
Sum seguido de Mann-Whitney com nível de significância (p< 0,05).
Resultados:
Comparando o GC como CT respectivamente com relação à maturação
somática observou-se antecipação no EIS [11,5 (11 – 12) x 11(10-11)] e EII
[12 (11-13) X 11(10-12)] P<0,05. Com relação ao crescimento da cauda, o
GC comparado com o CT respectivamente apresentou: 1º dia (1,42±0,16 x
1,48±0,14mm), 7º dia (2,95±0,19 x 2,84±0,39mm), 14º dia (4,93±0,27 x
4,35±0,78mm), 21º dia (7,43±0,41 x 6,36±1,20mm). O CT apresentou menor
CC apenas no 21º dia P<0,05.
Conclusão:
Concluindo desta forma que o consumo do óleo de cártamo pelas gestantes
pode retardar o desenvolvimento físico da prole e em contrapartida favorecer
a maturação somática, tendo em vista a antecipação no nascimento de dentes
incisivos superiores e inferiores.
Apoio Financeiro:
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC, CNPq.
Gerado em: 2014-5-22 11:29:40
8.025 - EFEITOS DO CONSUMO MATERNO DE UMA DIETA A
BASE DE GORDURA VEGETAL HIDROGENADA DURANTE A
GESTAÇÃO OU LACTAÇÃO SOBRE O COMPORTAMENTO DA
PROLE NO LABIRINTO EM CRUZ ELEVADO.
Assuncao, I. P. E. S. , Silva, D. C. S. , Batista, R. M. B. , Melo, A. P. R. ,
Borba, J. M. C. , Silva, M. S. P. ,
Nutrição - UFPE
Introdução:
Na dieta humana, o papel dos lipídios, representados pelas gorduras
alimentares e pelos óleos, é complexo e controverso. Durante anos acreditou-
se que os óleos parcialmente hidrogenados contendo ácidos graxos trans
(TFA) eram mais saudáveis do que as gorduras animais. Atualmente, vem
sendo preconizado o controle de sua ingestão, bem como o aumento do
consumo de ácidos graxos ω3 e ω6 e a redução de ácidos graxos saturados. Os
estudos também sustentam que as gorduras trans podem ser transferidas ao
feto pela placenta e ao neonato pelo leite materno.
Objetivos:
Neste trabalho, avaliaram-se os efeitos do consumo de uma dieta hiperlipídica,
a base de gordura vegetal hidrogenada, durante a gestação ou lactação sobre o
comportamento da prole no Labirinto em Cruz (LCE).
Métodos:
23076015781/2012-09 Número da aprovação do presente projeto
(23076,015781/2012-09) no comitê de ética em experimentação em animais.
Ratas Wistar foram alimentadas com dieta isocalórica com 7% de óleo de soja
na gestação (G) e lactação (L) grupo Controle-C. Os grupos experimentais
receberam dieta Hiperlipídica-H com 14% de gordura vegetal hidrogenada na
G ou na L grupo HG e HL. Após o desmame feito com 21 dias, filhotes
machos do grupo C (n=5), HG (n=9) e HL (n=9) passaram a receber dieta
padrão de biotério. Aos 30 dias, foram pesados. Ao completarem 35 dias de
idade, os animais foram testados no LCE. No início do teste, cada animal foi
colocado no centro do labirinto com a cabeça voltada para um dos braços
fechados, por um período de 5 minutos. As sessões foram filmadas para
posterior análise das seguintes categorias comportamentais. Número de
entradas nos braços abertos (EBA); Número de entradas nos braços fechados
(EBF); Tempo gasto nos braços abertos (TBA);Tempo gasto nos braços
fechados (TBF). Os dados foram sistematizados e representam média±EPM.
Para análise estatística foi utilizando o teste “t”de student com nível de
significância para p< 0,05.
Resultados:
O peso corporal (g) aos 30 dias de idade não apresentou diferenças
significantes entre os grupos (HG= 98,45±3,18; HL= 84,10±4,10; C=
86,87±3,18). Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos
estudados quanto ao número de entradas nos braços abertos (HG= 12,66±1,68;
HL= 13,33±1,20; C= 13,8±1,53) e fechados (HG= 12,83±1,94; HL=
13,55±1,24; C= 13,0±1,87). Quanto ao tempo despendido nos braços abertos
(HG= 108,38±16,18; HL= 72,90±12,48; C= 36,38±14,37) e fechados (HG=
108,72±10,92; HL= 83,69±11,84; C= 87,6±10,68) não foram observadas
diferenças significativas entre os grupos estudados.
Conclusão:
O consumo de uma dieta hiperlipídica a base de gordura vegetal hidrogenada
durante o período de gestação ou lactação não resulta em alterações do ganho
ponderal da prole na pré-adolescência. A ingestão materna de uma dieta rica
em gordura vegetal hidrogenada parece não promover efeito ansiogênico nos
filhotes pré-adolescentes, a julgar pelos seus desempenhos no labirinto em
cruz elevado.
Apoio Financeiro:
UFPE/ PROPESQ.
Gerado em: 2014-5-22 11:29:40