paciente diabético e hipoglicemia

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PACIENTE DIABÉTICO E HIPOGLICEMIA

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Page 1: Paciente diabético e hipoglicemia

PACIENTE DIABÉTICO E HIPOGLICEMIA

Page 2: Paciente diabético e hipoglicemia

UniEVANGÉLICA – Centro Universitário de Anápolis.

FOA – Faculdade de Odontologia de Anápolis

Disciplina: MBV – Emergências Médicas

Professor: Rodolfo

Acadêmicos: Antônio José

Dennise de Castro

Frederico de Pina

Gabriella Lourenço

Joaquim Ambrósio

Julyanna Borges

Lydia Guimarães

Marcelle Arianne

Matheus Moreira

Mayco Rodrigues

PACIENTE DIABÉTICO E HIPOGLICEMIA

Page 3: Paciente diabético e hipoglicemia

É uma desordem metabólica crônica na qual o paciente apresenta perda relativa ou absoluta de insulina e elevados níveis de glicose no sangue. (JESUS, 2011);

As principais características desta doença são: hiperglicemia, ou seja, uma elevação da quantidade de glicose no sangue e glicosúria (presença de açúcar na urina).

O QUE É DIABETES?

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Diabetes tipo 1 (autoimune): nasce com ela, acomete jovens;

Diabetes tipo 2 (não autoimune): adquirida durante a vida;

Diabetes gestacional: adquirida durante a gravidez.

TIPOS DE DIABETES

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Apresenta dois picos de incidência que ocorrem entre 5-7 anos de idade e na puberdade, acometendo de 5 a 10% dos pacientes com DM, sem predileção por gênero;

Segundo JESUS (2011), os sintomas da DM1 são:

- Cefaleia: dor de cabeça;- Polifagia: fome excessiva;- Poliúria: aumento do volume urinário;- Perda de peso;- Alterações visuais;- Sede ou boca seca;- Irritabilidade;

DIABETES TIPO 1 (DM1)

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A forma mais comum da doença, responsável por 90-95% dos casos, acometendo principalmente indivíduos com mais de 40 anos;

Segundo JESUS (2011), os sintomas da DM2 são:

- Parestesia: sensação de frio, calor, formigamento ou

pressão sendo ausente o estimulo; - Vontade de urinar (principalmente a noite);- Alterações visuais;- Ganho ou perda de peso;- Perda de sensibilidade dolorosa;- Hipotensão postural: queda súbida da pressão sanguínea

provocando visão turva e tontura.

DIABETES TIPO 2 (DM2)

Page 7: Paciente diabético e hipoglicemia

Ocorre durante a gravidez e, na maior parte dos casos, é provocado pelo aumento excessivo de peso da mãe;

A presença de glicose elevada no sangue durante a gravidez é denominada de Diabetes Gestacional.

Geralmente a glicose no sangue se normaliza após o parto. No entanto as mulheres que apresentam ou apresentaram diabetes gestacional, possuem maior risco de desenvolverem diabetes tipo 2 tardiamente, o mesmo ocorrendo com os filhos.

DIABETES GESTACIONAL

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Estabelecido através da constatação de hiperglicemia por exames de sangues (glicemia em jejum e prova de intolerância à glicose), associados aos sintomas;

DIAGNÓSTICO DA DM

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Diabetes mellitus tipo 1: necessitam injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais.;

Diabetes mellitus tipo 2: não depende da aplicação de insulina e pode ser controlado por medicamentos ministrados por via oral. Exemplos: hipoglicemiantes, meglitinidas. sulfonilureias, inibidores da x – glicosidade, biguanidade, metiformina, tiazolidinedionas.

Diabetes gestacional: Controle da dieta e exercícios físicos;

É importante lembrar que o controle da dieta, acompanhamento nutricional e físico é indispensável no tratamento de todos os tipos de diabetes.

TRATAMENTO DM1 E DM2

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CLASSE DAS DROGAS AGENTE PRINCIPAL AÇÃO

Sulfaniluréias Primeira geraçãoClorpropamidaSegunda geraçãoGlibenclamidaGliclazidaGlipizidaGlimepirida

Secretagogo beta-pancreático deação lenta

Glitinidas RepaglinidaNateglinida

Secretagogos beta-pancreáticos de ação rápida

Biguanidas Metformina Diminui a produção hepática de glicose e aumenta a sensibilidade à insulina

Tiazolenedionas RosiglitazonaPioglitazona

Aumentam a sensibilidade à insulina e diminuem a produção hepática de glicose

Inibidores da alfa-glicosidase

Acarbose Retarda a absorção intestinal decarboidratos

MEDICAÇÕES DM2

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Insulinas é um antidiabético (insulina exógena);

De um modo geral: diabetes mellitus tipo I (dependente de insulina); diabetes mellitus tipo II (não dependente de insulina mas que não consegue o controle através de dieta, exercícios e redução de peso);

Age diminuindo a glicose sanguínea;

É de uso injetável por via intramuscular, subcutânea ou intravenosa;

As doses depende de paciente para paciente seguindo as orientações médicas;

INSULINA

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Cirugia ou trauma, pode haver hipoglicemia;

Doença do fígado (pode exigir aumento ou diminuição das doses);

Doença renal (pode exigir aumento ou diminuição das doses);

Condições que causam hiperglicemia (como: mudanças hormonais na mulher, hiperadrenalismo não controlado, infecção grave, stress psicológico, hipertireoidismo não controlado);

Condições que causam hipoglicemia (como: insuficiência da supra-renal não controlada, insuficiência hipofisária não controlada);

INSULINARISCOS X BENEFÍCIOS

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Os pacientes apresentam:- Xerostomia;- Diminuição na saliva;- Dor ou sensibilidade dolorosa na

língua;- Distúrbios de gustação;- Prevalência da doença periodontal;- Tendência à candidíase oral e

queilite angular.

MANIFESTAÇÕES BUCAIS

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Algumas situações predispõem o acometimento da DM, exemplos:

- Obesidade (inclusive a obesidade infantil);- Hereditariedade;- Falta de atividade física regular;- Hipertensão;- Níveis altos de colesterol e triglicérides;- Medicamentos, como os à base de cortisona;- Idade acima dos 40 anos (para o diabetes tipo II);- Estresse emocional.

FATORES DE RISCO

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Hipoglicemia é um distúrbio provocado pela baixa concentração de glicose no sangue, que pode afetar pessoas portadoras ou não de diabetes;

Existem dois tipos principais de hipoglicemia: a hipoglicemia de jejum e a pós-prandial, ou reativa, que ocorre depois das refeições.

HIPOGLICEMIA

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Produção exagerada de insulina pelo pâncreas;

Medicamentos utilizados no tratamento de diabetes;

Insuficiência hepática, cardíaca ou renal;Tumores pancreáticos;Consumo de álcool;Deficiência dos hormônios que ajudam a

liberar glicogênio.

CAUSAS DA HIPOGLICEMIA

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Tremores; Tonturas; Palidez; Suor frio; Nervosismo; Palpitações; Taquicardia; Náuseas; Vômitos e fome; Confusão mental; Alterações do nível de consciência; Perturbações visuais e de comportamento que podem ser

confundidas com embriaguez, cansaço, fraqueza, sensação de desmaio e convulsões;

 

SINTOMAS DA HIPOGLICEMIA

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Se for diabético, verificar a glicose sempre que apresentar sintomas de baixo nível de açúcar no sangue. Se o nível de açúcar estiver baixo (70 mg/dL), será preciso se tratar imediatamente com:

- 3 pastilhas de glicose;

- Meio copo (120 ml) de suco de fruta ou refrigerante normal;

- 5 ou 6 balas;

- 1 colher de sopa de açúcar puro ou dissolvido em água;

- 1 colher de mel ou xarope.

Esperar 15 min e verificar a glicose novamente.

TRATAMENTO DA HIPOGLICEMIA

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Se não se sentir melhor em 15 minutos e a glicose ainda estiver baixa (menor que 70 mg/dL), comer algo que tenha em torno de 15 gramas de carboidratos novamente;

Se os procedimentos para aumentar os níveis de glicose no sangue não funcionarem consultar o médico imediatamente;

Pessoas com hipoglicemia aguda são tratadas com injeções de glicose ou com o hormônio glucagon. O tratamento imediato é necessário para evitar complicações sérias ou morte;

TRATAMENTO HIPOGLICEMIA

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Consultas rápidas e pela manhã; Redução farmacológica do estresse

(benzodiazepínicos); Controle da dieta e insulina. O paciente pode

reforçar o café e reduzir a dose de insulina na manhã da cirurgia ou de um procedimento mais estressante;

Uso de anestésico local contendo adrenalina só deve ser evitado se o tratamento exigir consultas diárias frequentes. O uso em uma única sessão, para um procedimento cirúrgico, por exemplo, não é contraindicado;

Prevenção de infecções. O uso prévio de antibióticos deve ser avaliado e usado com cautela;

Estar atento aos sinais de hipoglicemia.

CONDUTA ODONTOLÓGICA

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É importante que o cirurgião dentista, para atender o paciente diabético com maior segurança, tenha em seu consultório materiais como:

- Glicosímetro / Fitas reagentes / Estilete descartável (determinar a glicemia a partir do sangue capilar realizadas em fitas contendo reagentes que permitam leitura instantânea);

- Esfigmomanômetro / Estetoscópio (aferir a pressão arterial);- Soluções contendo glicose a 20% / Seringas para insulina.

ATENDIMENTO ODONTOLOGICO

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Anamnese bem realizada investigando medicamentos de uso do paciente, história da doença, história de complicações como hipoglicemia, método de controle usado pelo paciente, nome do médico responsável;

Solicitar ao médico do paciente, um parecer do estado geral do paciente, contendo o diagnóstico da doença diabetes, o tipo de diabetes, resultados dos últimos exames de controle da enfermidade e o laudo do fundo de olho realizado;

Existindo presença de processos infecciosos com controle metabólico pobre e risco de infecção secundária, deverá ser feita a antibioticoterapia;

Relação paciente x profissional, passar segurança para o paciente para diminuir a ansiedade.

FASE PRÉ OPERATÓRIA DO PACIENTE DIABÉTICO

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Imediatamente antes de cada consulta, alguns cuidados devem ser tomados:

- Aferir a PA do paciente e questioná-lo quanto à glicemia e fazer o teste;

- Os valores da PA e da glicemia deverão ser transcritos para o prontuário odontológico do paciente;

- O tratamento deve ser realizado sem trauma e sob controle, lembrando que o uso de anestésico com felipressina é mais indicado;

- Procurar fazer consultas curtas no meio da manhã;

- Em caso de consultas prolongadas, principalmente se a mesma se prolongar pelo tempo de refeição normal, interromper o trabalho para uma ligeira refeição (um copo de suco, por exemplo).

FASE OPERATÓRIA DO PACIENTE DIABETICO

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Uma avaliação imediata das condições sistêmicas do paciente deve ser realizada. Deve-se tomar um cuidado especial no que diz respeito à possível presença de infecções secundárias e sangramentos;

FASE PÓS OPERATÓRIA DO PACIENTE DIABÉTICO

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PACIENTE DIABÉTICO – RISCOS

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O uso de antibióticos para pacientes com bom controle glicêmico é semelhante ao de não-diabéticos, ou seja, só deve ser realizada quando existirem sinais e sintomas sistêmicos de infecção. Nos pacientes com doença mal controlada, mesmo na ausência de sinais e infecção, preconiza-se profilaxia antibiótica nos procedimentos que geram bacteremia importante.

Na prescrição curativa podem ser usados: penicilinas (amoxicilina, ampicilina), cefalosporinas (cefalexina) ou macrolídeos (azitromicina, claritromicina). Não devem ser prescritos antibióticos sob a forma de suspensão bucal que contém glicose na sua composição, pois podem a agravar a hiperglicemia;

Os antibióticos, analgésicos ou antiinflamatórios de escolha são os metabolizados pelo fígado.

ANTIBIOTICOTERAPIA DO PACIENTE DIABÉTICO

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Em caso de dor, a mesma pode ser controlada com analgésicos simples

(acetaminofeno, dipirona) e AINES (nimesulida, ibuprofeno, diclofenaco);

Nos casos graves, usar preparações com codeína. Já as inflamações podem ser controladas com AINES, no entanto devem ser evitados pelo risco de hiperglicemia.

ANALGÉSICO E ANTIINFLAMATÓRIO PARA PACIENTE DIABÉTICO

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SOUSA, Renata Rolim; CASTRO, Ricardo Dias; MONTEIRO, Cristine Hirsch; SILVA, Severino Celestino; NUNES, Adriana Bezerra. O paciente Odontológico Portador de Diabetes Mellitus: Uma revisão de literatura. Pesq Bras Odontoped Clin Integr, João Pessoa, v. 3, n. 2, p. 71-77, jul./dez. 2003.

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YARID, Sérgio Donha; GARBIN, Cléa Adas Saliba; GARBIN, Artênio José Íspen; FRANCISCO, Kléryson Martins; SUMIDA, Doris Hissako. Conduta Odontológica no atendimento a portadores de diabetes mellitus. Rev.Saúde.Com 2010; 6(1): 74-85.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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VARELLA, D rauzio. Diabetes. Acessado eim: http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/diabetes/diabetes/ data: 15/11/2012

PALPELBAUM, Marcelo; MOREIRA, Rodrigo; COUTINHO, Walmir; ELLINGER, Vivian C. M.; SICHIERI, Rosely; COUTINHO, Evandro; ZAGURY, Leão; APPOLINARIO, Jose. Diabetes mellitus e transtornos alimentares: uma revisão sistemática. J. bras, psiquiatr; 53(3). 163-173, mai-jun. 2004. ilus, tab.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS