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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS – TCU-TI 1 Aula I – O Direito Administrativo: origem, fontes e conceitos Conforme explicado, a intenção do curso é ser o mais objetivo possível, sem perder, claro, a qualidade e a profundidade requeridas nos concursos públicos. Por esse motivo, em alguns instantes, será efetuado um “passeio” um pouquinho mais longo. As aulas serão mais extensas que as de costume, isso porque há a necessidade de avançarmos em vários tópicos do edital em cinco aulas. Isso, obviamente, não prejudicará a qualidade do trabalho. Ainda quanto ao método, nesse curso teremos questões sem comentários vindo antes, para treinamento, e depois os comentários para simples conferência. Isso possibilitará que o aluno teste seu conhecimento antes de ler os comentários, se assim desejar. Além disso, no final do tópico, será lançado um desafio para a prova subjetiva, apesar de os amigos encontrarem, no pacote, curso específico na área de discursivas. Sugerimos que seja dada atenção especial aos itens e às questões em que tenham falhado, pois há uma tendência natural de fixarmos o que não entendemos. No mais, vamos dar início ao primeiro tópico. Nesse capítulo, serão vistos os seguintes assuntos (dois tópicos do edital): Origens históricas do Direito Administrativo; conceito; objeto; e fontes do Direito Administrativo E Regime Jurídico da Administração Princípios da Administração.

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Aula I – O Direito Administrativo: origem, fontes e conceitos

Conforme explicado, a intenção do curso é ser o mais objetivo possível, sem perder, claro, a qualidade e a profundidade requeridas nos concursos públicos. Por esse motivo, em alguns instantes, será efetuado um “passeio” um pouquinho mais longo.

As aulas serão mais extensas que as de costume, isso porque há a necessidade de avançarmos em vários tópicos do edital em cinco aulas. Isso, obviamente, não prejudicará a qualidade do trabalho.

Ainda quanto ao método, nesse curso teremos questões sem comentários vindo antes, para treinamento, e depois os comentários para simples conferência. Isso possibilitará que o aluno teste seu conhecimento antes de ler os comentários, se assim desejar.

Além disso, no final do tópico, será lançado um desafio para a prova subjetiva, apesar de os amigos encontrarem, no pacote, curso específico na área de discursivas.

Sugerimos que seja dada atenção especial aos itens e às questões em que tenham falhado, pois há uma tendência natural de fixarmos o que não entendemos.

No mais, vamos dar início ao primeiro tópico. Nesse capítulo, serão vistos os seguintes assuntos (dois tópicos do edital):

• Origens históricas do Direito Administrativo;

• conceito;

• objeto;

• e fontes do Direito Administrativo

E

Regime Jurídico da Administração

• Princípios da Administração.

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Parte I – Origem, fontes, conceito

QUESTÕES EM SEQUÊNCIA 1) (Cespe – MCT/FINEP – Cargo 1/2009) Por ser um ramo do direito público, o direito administrativo não se utiliza de institutos do direito privado. (Certo/Errado).

2) (2008/Cespe – TJDFT – Cargo 1) Para a identificação da função administrativa como função do Estado, os doutrinadores administrativistas têm se valido dos mais diversos critérios, como o subjetivo, o objetivo material e o objetivo formal. (Certo/Errado)

3) (2009/Cespe – SEFAZ/ES – Auditor Fiscal) A administração pública, compreendida no sentido subjetivo como o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas que, por força de lei, exercem a função administrativa do Estado, submete-se exclusivamente ao regime jurídico de direito público. (Certo/Errado)

4) (2004/Cespe – STJ – Cargo 9) Enquanto pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos formam o sentido subjetivo da administração pública, a atividade administrativa exercida por eles indica o sentido objetivo. (Certo/Errado)

5) (2009/Cespe – SEFAZ – Consultor) Define-se, como administração pública externa ou extroversa, a atividade desempenhada pelo Estado, como, por exemplo, a regulação, pela União, da atividade de aviação civil pelas respectivas concessionárias. (Certo/Errado)

6) (2007/Cespe – TJ/TO – Juiz Substituto) Enquanto a administração pública extroversa é finalística, dado que ela é atribuída especificamente a cada ente político, obedecendo a uma partilha constitucional de competências, a administração pública introversa é instrumental, visto que é atribuída genericamente a todos os entes, para que possam atingir aqueles objetivos. (Certo/Errado)

7) (2006/Cespe – TCE-AC – Analista) O direito administrativo pode ser conceituado de acordo com vários critérios. Desses, o que prepondera, para a melhor doutrina, é o critério do Poder Executivo, segundo o qual o direito administrativo é o conjunto de regras e princípios jurídicos que disciplina a organização e a atividade desse poder. (Certo/Errado)

8) (2008/Cespe – MC – Área 1) Atividades administrativas são também desempenhadas pelo Poder Judiciário e pelo Poder Legislativo. (Certo/Errado)

9) (2009/Cespe – AGU) Na França, formou-se a denominada Escola do Serviço Público, inspirada na jurisprudência do Conselho de Estado, segundo a qual a competência dos tribunais administrativos passou a ser fixada em função da execução de serviços públicos. (Certo/Errado)

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10) (2009/Cespe – AGU) Pelo critério teleológico, o Direito Administrativo é considerado como o conjunto de normas que regem as relações entre a administração e os administrados. Tal critério leva em conta, necessariamente, o caráter residual ou negativo do Direito Administrativo. (Certo/Errado)

11) (2009/Cespe – TCU – Cargo 2) O direito administrativo, como ramo autônomo, tem como finalidade disciplinar as relações entre as diversas pessoas e órgãos do Estado, bem como entre este e os administrados. (Certo/Errado)

12) (Cespe – ES/Sejus – Agente/2009) A vontade do Estado é manifestada por meio dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, os quais, no exercício da atividade administrativa, devem obediência às normas constitucionais próprias da administração pública. (Certo/Errado)

13) (2006/Cespe – TCE-AC – Analista) A natureza da atividade administrativa é a de múnus público para quem a exerce, isto é, a de um encargo de defesa, conservação e aprimoramento dos bens, serviços e interesses da coletividade. (Certo/Errado)

14) (2008/Cespe – TJDFT – Cargo 1) Um conceito válido para a função administrativa é o que a define como a função que o Estado, ou aquele que lhe faça às vezes, exerce na intimidade de uma estrutura e regimes hierárquicos e que, no sistema constitucional brasileiro, se caracteriza pelo fato de ser desempenhada mediante comportamentos infralegais ou, excepcionalmente, infraconstitucionais vinculados, submissos ao controle de legalidade pelo Poder Judiciário. (Certo/Errado)

15) (2005/Cespe – SERPRO – Analista Jurídico) As atividades tipicamente legislativas e judiciárias não são objeto de estudo do direito administrativo. (Certo/Errado)

16) (2004/Cespe – TCU – Analista) A jurisprudência e os costumes são fontes do direito administrativo, sendo que a primeira ressente-se de caráter vinculante, e a segunda tem sua influência relacionada com a deficiência da legislação. (Certo/Errado)

17) (2008/Cespe – TCE/AC – Cargo 1) A partir da Constituição de 1988, vigora no Brasil o princípio norte-americano do stare decisis, segundo o qual a decisão judicial superior vincula as instâncias inferiores para os casos idênticos. (Certo/Errado)

18) (2009/Cespe – TCU – Cargo 2) A CF, as leis complementares e ordinárias, os tratados internacionais e os regulamentos são exemplos de fontes do direito administrativo. (Certo/Errado)

19) (2006/Cespe – TCE-AC – Analista) O costume não se confunde com a chamada praxe administrativa. Aquele exige cumulativamente os requisitos objetivo (uso continuado) e subjetivo (convicção generalizada de sua

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obrigatoriedade), ao passo que nesta ocorre apenas o requisito objetivo. No entanto, ambos não são reconhecidos como fontes formais do direito administrativo, conforme a doutrina majoritária. (Certo/Errado)

20) (Cespe – MCT/FINEP – Cargo 1/2009) O costume e a praxe administrativa são fontes inorganizadas do direito administrativo, que só indiretamente influenciam na produção do direito positivo. (Certo/Errado)

21) (Cespe – Sefaz/AC – Fiscal/2009) Os costumes são fontes do direito administrativo, não importando se são contra legem, praeter legem ou secundum legem. (Certo/Errado)

22) (Cespe – MCT/FINEP – Cargo 1/2009) A doutrina é a atividade intelectual que, sobre os fenômenos que focaliza, aponta os princípios científicos do direito administrativo, não se constituindo, contudo, em fonte dessa disciplina. (Certo/Errado)

23) (2008/Cespe – TCE/AC – Cargo 1) Assinale a opção correta quanto às fontes do direito administrativo brasileiro

a) Os regulamentos e regimentos dos órgãos da administração pública são fontes primárias do direito administrativo brasileiro.

b) São fontes principais do direito administrativo a doutrina, a jurisprudência e os regimentos internos dos órgãos administrativos.

c) A jurisprudência dos tribunais de justiça, como fonte do direito administrativo, não obriga a administração pública federal.

d) A partir da Constituição de 1988, vigora no Brasil o princípio norte-americano do stare decisis, segundo o qual a decisão judicial superior vincula as instâncias inferiores para os casos idênticos.

e) O costume é fonte primária do direito administrativo, devendo ser aplicado quando a lei entrar em conflito com a Constituição Federal.

24) (2004/CESPE – Delegado de Polícia Federal) A jurisprudência é fonte do Direito Administrativo, mas não vincula as decisões administrativas, apesar de o direito administrativo se ressentir de codificação legal. (Certo/Errado)

25) (2006/CESPE – Procurador Federal/AGU) Classificar um sistema de controle jurisdicional da administração pública como sistema contencioso ou sistema de jurisdição única não implica afirmar a exclusividade da jurisdição comum ou especial, mas a predominância de uma delas. (Certo/Errado)

26) (2006/CESPE – Procurador Federal/AGU) No Brasil, sempre se afastou a idéia de coexistência de uma justiça administrativa e de uma justiça praticada com exclusividade pelo poder judiciário, razão pela qual é adotado, no país, o sistema contencioso. (Certo/Errado)

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27) (2002/CESPE Procurador Federal/AGU) O Estado e o administrado comparecem, em regra, em posição de igualdade nas relações jurídicas entre si. (Certo/Errado)

28) (Cespe – ES/Sejus – Agente/2009) Julgue os itens a seguir, relativos aos conceitos de Estado, governo e administração pública. O Estado constitui a nação politicamente organizada, enquanto a administração pública corresponde à atividade que estabelece objetivos do Estado, conduzindo politicamente os negócios públicos. (Certo/Errado)

29) (2010/Cespe – TRE-BA/Analista) Como exemplo da incidência do princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional sobre os atos administrativos no ordenamento jurídico brasileiro, é correto citar a vigência do sistema do contencioso administrativo ou sistema francês. (Certo/Errado)

30) (Cespe – TRE/MA – Cargo 5/2009) A principal característica do sistema denominado contencioso administrativo é a de que os ordenamentos jurídicos que o adotam conferem a determinadas decisões administrativas a natureza de coisa julgada oponível ao próprio Poder Judiciário. (Certo/Errado)

31) (Cespe – DPE/PI - Defensor/2009) A CF adota o sistema do contencioso administrativo. (Certo/Errado)

32) (1997/Cespe – BACEN/PROCURADOR) A doutrina costuma distinguir , em síntese, três sistemas de controle jurisdicional : o sistema de administração-juiz, o sistema de jurisdição única e o sistema de jurisdição dual. Toa, nos tempos atuais, some nte vigoram os dois últimos. O sistema de jurisdição única teve sua origem na Inglaterra e foi adotado pelo ordenamento jurídico pátrio. O sistema de jurisdição dual, também chamado de sistema de contencioso administrativo, nasceu na Franca e é hoje e acolhido na Itália, na Alemanha e no Uruguai, entre outros países. (Certo/Errado)

Marca aqui o gabarito:

1 6 11 16 21 26 31

2 7 12 17 22 27 32

3 8 13 18 23 28

4 9 14 19 24 29

5 10 15 20 25 30

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Gabarito Organizado

1 E 6 C 11 C 16 C 21 E 26 E 31 E

2 C 7 E 12 C 17 E 22 E 27 E 32 C

3 E 8 C 13 C 18 C 23 C 28 E

4 C 9 C 14 C 19 C 24 C 29 E

5 C 10 E 15 C 20 C 25 C 30 C

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QUESTÕES COMENTADAS

1) (Cespe – MCT/FINEP – Cargo 1/2009) Por ser um ramo do direito público, o direito administrativo não se utiliza de institutos do direito privado. (Certo/Errado). Comentários:

O Direito divide-se, em seus grandes ramos, em Público e Privado. Em uma primeira acepção, o Direito Público regula, principalmente, a

organização e competência do Estado, ou seja, os interesses estatais e sociais – Direito Público Interno, como, por exemplo, o Direito Administrativo e Direito Tributário. Em outra vertente, o Direito Público ocupa-se das relações dos Estados soberanos entre si, assim como das atividades destes com os organismos internacionais – Direito Público Externo.

Já o Direito Privado cuida predominantemente dos interesses individuais, de modo a dar segurança às relações das pessoas em sociedade, seja em suas relações individuais, seja em suas relações com o Estado.

Apesar da bipartição, os ramos não são estanques, isolados, havendo situações de normas de direito privado no interior de entidades de Direito Público, regidas que são pelo Direito Administrativo, por exemplo: a Lei de Licitações diz expressamente que se houver lacuna no tratamento dos contratos, é cabível o uso subsidiário de normas de direito privado.

Gabarito: ERRADO.

2) (2008/Cespe – TJDFT – Cargo 1) Para a identificação da função administrativa como função do Estado, os doutrinadores administrativistas têm se valido dos mais diversos critérios, como o subjetivo, o objetivo material e o objetivo formal. (Certo/Errado) Comentários:

Nessa questão, serão identificadas as três funções principais de Estado: legislar, julgar, e administrar, as quais, inclusive, dão origem aos “Poderes” constituídos, tal qual escrito na Constituição (art. 2º) (a divisão funcional do Estado): “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.

Voltando ao item, tem razão o examinador do Cespe quando afirma que vários critérios são utilizados pela doutrina para definir a função administrativa. Esses critérios, basicamente, são de três ordens:

I) subjetivo – a função administrativa é definida pelo SUJEITO exercente;

II) objetivo formal – explica a função pelo REGIME JURÍDICO aplicável à atividade em si;

III) objetivo material – aqui se examina o conteúdo da ATIVIDADE para se aferir se o desempenho da atividade é administrativo.

De forma prática, boa parte da doutrina aponta que é insuficiente adotar um desses critérios, isoladamente, para se tentar definir a função administrativa. Somente a utilização combinada dos critérios permite a correta conceituação da função administrativa.

Gabarito: CERTO.

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3) (2009/Cespe – SEFAZ/ES – Auditor Fiscal) A administração pública, compreendida no sentido subjetivo como o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas que, por força de lei, exercem a função administrativa do Estado, submete-se exclusivamente ao regime jurídico de direito público. (Certo/Errado) Comentários:

A expressão Administração Pública pode assumir sentidos diversos, conforme o contexto em que esteja inserida. Em um primeiro sentido, subjetivo, orgânico ou formal, a expressão diz respeito aos sujeitos, aos entes que exercem a atividade administrativa (pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos). Já o sentido objetivo, material ou funcional designa a natureza da atividade, as funções exercidas pelos entes, caracterizando, portanto, a própria função administrativa, exercida predominantemente pelo Poder Executivo. O erro da questão está em afirmar que as pessoas são regidas exclusivamente pelo direito público, isso porque há situações em que o direito privado será aplicado.

Gabarito: ERRADO.

4) (2004/Cespe – STJ – Cargo 9) Enquanto pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos formam o sentido subjetivo da administração pública, a atividade administrativa exercida por eles indica o sentido objetivo. (Certo/Errado) Comentários:

Fixação. PESSOAS JURÍDICAS, ÓRGÃOS E AGENTES formam a parte SUBJETIVA. ATIVIDADE ADMINISTRATIVA, aspecto funcional, material ou OBJETIVO.

Gabarito: CERTO.

5) (2009/Cespe – SEFAZ – Consultor) Define-se, como administração pública externa ou extroversa, a atividade desempenhada pelo Estado, como, por exemplo, a regulação, pela União, da atividade de aviação civil pelas respectivas concessionárias. (Certo/Errado) Comentários:

A Administração Pública pode ser entendida sob dois aspectos: subjetivo e objetivo. Para encontrarmos o sentido subjetivo de Administração Pública, basta perguntar: quem exerce a função? Já para o sentido material, vale a pergunta: quais são as atividades exercidas?

Na visão objetiva, administração pública consiste nas atividades levadas a efeito pelos órgãos e agentes incumbidos de atender as necessidades da coletividade. Sob o ponto de vista material, a administração pública abarca as seguintes atividades finalísticas: fomento, polícia administrativa, serviço público e intervenção, como, por exemplo, a regulamentação e fiscalização de atividade econômica, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

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6) (2007/Cespe – TJ/TO – Juiz Substituto) Enquanto a administração pública extroversa é finalística, dado que ela é atribuída especificamente a cada ente político, obedecendo a uma partilha constitucional de competências, a administração pública introversa é instrumental, visto que é atribuída genericamente a todos os entes, para que possam atingir aqueles objetivos. (Certo/Errado) Comentários:

Sabe-se que a Administração Pública extroversa é, realmente, finalística (vista de dentro para fora), já a introversa diz respeito às ferramentas de trabalho, são os instrumentos de trabalho. O Direito Administrativo é o instrumento de trabalho do Poder Executivo, no entanto, a este não fica restrito, pois todos os Poderes podem administrar, daí a correção da alternativa.

Gabarito: CERTO.

7) (2006/Cespe – TCE-AC – Analista) O direito administrativo pode ser conceituado de acordo com vários critérios. Desses, o que prepondera, para a melhor doutrina, é o critério do Poder Executivo, segundo o qual o direito administrativo é o conjunto de regras e princípios jurídicos que disciplina a organização e a atividade desse poder. (Certo/Errado) Comentários:

Os principais doutrinadores muito têm discutido sobre qual critério deve ser adotado para a conceituação do Direito Administrativo (não mais da função administrativa em si, mas do ramo do direito que lhe é próprio, o Direito Administrativo). Entre os critérios, destaca-se o do Poder Executivo ou Italiano, segundo o qual o Direito Administrativo teria por objeto de estudo a atividade desempenhada pelo Poder Executivo, pois deste é a incumbência das atividades estatais de Administração Pública. O critério é insuficiente, já que essas atividades são principalmente, mas não exclusivamente, realizadas pelo Executivo. Além disso, há outras atividades levadas a efeito pelo Executivo que, por sua natureza, são regidas por outros ramos do direito, como o Constitucional, Civil, Comercial etc.

Gabarito: ERRADO.

8) (2008/Cespe – MC – Área 1) Atividades administrativas são também desempenhadas pelo Poder Judiciário e pelo Poder Legislativo. (Certo/Errado) Comentários:

Apesar de ser uma obviedade para os amigos concursandos, vale reforçar: não é tão-só o Poder Executivo que edita atos administrativos. Todos os Poderes editam atos administrativos quando, por exemplo, abrem sindicância, efetuam aquisição de bens, nomeiam um funcionário ou, mesmo, concedem férias.

A diferença básica é que compete tipicamente ao Poder Executivo administrar, ao passo que os outros Poderes, ao exercerem atividades administrativas, encontram-se no desempenho de atribuições atípicas. Frise-se ainda que o Poder Executivo exerce, além da sua típica função administrativa,

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as funções de governo, que não constituem objeto de estudo do Direito Administrativo.

O Direito Administrativo, portanto, rege toda e qualquer atividade de administração, provenha esta do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário. Isso porque o ato administrativo não se desnatura pelo só fato de ser aplicado no âmbito do Legislativo ou do Judiciário, desde que seus órgãos estejam atuando como administradores de seus serviços, de seus bens, ou de seu pessoal.

Gabarito: CERTO.

9) (2009/Cespe – AGU) Na França, formou-se a denominada Escola do Serviço Público, inspirada na jurisprudência do Conselho de Estado, segundo a qual a competência dos tribunais administrativos passou a ser fixada em função da execução de serviços públicos. (Certo/Errado) Comentários:

Um dos critérios para a definição do objeto do Direito Administrativo é o critério do serviço público. De inspiração francesa, por tal critério o Direito Administrativo estudaria as atividades entendidas como serviço público.

Críticas são feitas a este critério: - o conceito de “serviço público” é muito amplo e, com isso, Leon Duguit

defendia que o Direito Administrativo abrangeria assuntos que seriam estudados por outros importantes ramos do direito, como o Constitucional;

- serviço, em si, é atividade material, não jurídica. Em sentido menos amplo, restrito (Gaston Jèze), o serviço público abrangeria atividades industriais e comerciais prestadas pelo Estado, fugindo ao objeto do estudo do Direito Administrativo.

Gabarito: CERTO.

10) (2009/Cespe – AGU) Pelo critério teleológico, o Direito Administrativo é considerado como o conjunto de normas que regem as relações entre a administração e os administrados. Tal critério leva em conta, necessariamente, o caráter residual ou negativo do Direito Administrativo. (Certo/Errado) Comentários:

Esse quesito proposto pela banca parece jogo dos “sete erros”. De acordo com o critério teleológico, o Direito Administrativo seria um sistema de princípios jurídicos que regulam a atividade do Estado para o cumprimento de seus fins. A crítica é que não se ocupa de definir os limites (fins) do Direito Administrativo, o qual, em certa medida, abrangeria mesmo a atividade legislativa do Estado. Já pelo critério das relações jurídicas, o objeto de estudo do Direito Ad-ministrativo seria constituído pelo conjunto de normas que regem as relações entre a Administração e os administrados, daí a primeira parte da incorreção. O critério é também insuficiente, já que diversos outros ramos também regem a relação Estado X administrado (Direitos Tributário, Penal, Eleitoral etc.).

Por fim, o critério negativista ou residual, em que o Direito Administrativo pode ser definido excluindo-se as atividades do Estado de

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legislação e de jurisdição, além das atividades patrimoniais, regidas pelo direito privado, decorrendo daí o segundo erro do quesito. É um ótimo critério, porém, não define o que é Direito Administrativo.

Gabarito: ERRADO.

11) (2009/Cespe – TCU – Cargo 2) O direito administrativo, como ramo autônomo, tem como finalidade disciplinar as relações entre as diversas pessoas e órgãos do Estado, bem como entre este e os administrados. (Certo/Errado) Comentários:

Temos a reprodução do critério das relações jurídicas. Para seus defensores o objeto de estudo do Direito Administrativo seria constituído pelo conjunto de normas que regem as relações entre a Administração e os administrados, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

12) (Cespe – ES/Sejus – Agente/2009) A vontade do Estado é manifestada por meio dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, os quais, no exercício da atividade administrativa, devem obediência às normas constitucionais próprias da administração pública. (Certo/Errado) Comentários:

No Brasil, a função administrativa de Estado é exercida, essencialmente, pelo Poder Executivo. Contudo, não há como se negar que a mesma função é desempenhada por todos os demais Poderes. A questão seria identificar a quem é dada a função de forma típica (precípua) ou atipicamente. Continuemos.

A missão típica do Poder Judiciário é aplicar o direito aos casos litigiosos que lhe sejam submetidos. Contudo, atipicamente, o mesmo Poder pode deflagrar o processo legislativo, quando encaminha normas para apreciação do Poder Legislativo.

Da mesma forma, o Judiciário faz licitações (administração de compras, obras, serviços) e concursos públicos para seleção de servidores (administração de pessoas), no que o Judiciário está, de maneira atípica, exercendo funções administrativas.

Essa mesma função – administrativa – pode ser percebida com relação ao Poder Legislativo, o qual também exerce atipicamente funções administrativas, quando faz licitações, concursos etc. O mesmo Legislativo também desempenha a atividade jurisdicional quando, por exemplo, o Senado processa e julga o Presidente da República nos crimes de responsabilidade (inc. I do art. 52 da Constituição Federal).

O Poder Executivo, cuja missão típica é a atividade administrativa, também exerce, atipicamente, a missão legislativa. O melhor exemplo disso é a possibilidade de edição por parte de seu Chefe de medidas provisórias, que, no caso federal, é o Presidente da República. Medidas provisórias essas que possuem força de lei desde sua edição (art. 62 da CF/1988).

Assim, no exercício da atividade administrativa, devem obediência às normas constitucionais próprias da administração pública.

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13) (2006/Cespe – TCE-AC – Analista) A natureza da atividade administrativa é a de múnus público para quem a exerce, isto é, a de um encargo de defesa, conservação e aprimoramento dos bens, serviços e interesses da coletividade. (Certo/Errado) Comentários:

Pode-se afirmar que função administrativa é a desempenhada pelo Estado, em quaisquer de seus Poderes, ou por seus representantes, de maneira subjacente à Constituição e às Leis, sob regime de Direito Público, com vistas ao atendimento concreto das demandas da coletividade.

Gabarito: CERTO.

14) (2008/Cespe – TJDFT – Cargo 1) Um conceito válido para a função administrativa é o que a define como a função que o Estado, ou aquele que lhe faça às vezes, exerce na intimidade de uma estrutura e regimes hierárquicos e que, no sistema constitucional brasileiro, se caracteriza pelo fato de ser desempenhada mediante comportamentos infralegais ou, excepcionalmente, infraconstitucionais vinculados, submissos ao controle de legalidade pelo Poder Judiciário. (Certo/Errado) Comentários:

O conceito dado pelo examinador do Cespe descreve bem a função administrativa do Estado, com alguns destaques:

I) A função administrativa é levada a efeito pelo Estado ou por aquele que lhe faça às vezes. Veremos mais à frente que nem todas as atividades de administração pública serão, necessariamente, realizadas pelo Estado. Exemplo disso é a prestação de serviços públicos, muitas vezes desempenhados por particulares (concessionários, permissionários e autorizatários, por exemplo), que fazem às vezes do Estado.

II) Há toda uma hierarquia posta no desempenho da atividade administrativa. De fato, há chefes e subordinados responsáveis pelo desempenho da atividade administrativa. A presença da hierarquia é traço inerente à Administração. Sem hierarquia, não teríamos administração, mas desorganização...

Antecipo, desde logo, que não há hierarquia (no sentido de subordinação) no exercício de atividades tipicamente legislativas (produzir as leis) ou judiciais (julgar). O assunto voltará a ser trabalhado no momento oportuno, mas é bom que fique “gravado”: na visão da doutrina majoritária, só há hierarquia, em sentido estrito, no desempenho de atividades tipicamente administrativas;

Gabarito: CERTO.

15) (2005/Cespe – SERPRO – Analista Jurídico) As atividades tipicamente legislativas e judiciárias não são objeto de estudo do direito administrativo. (Certo/Errado) Comentários:

O Direito Público Interno, que nos importa aqui, subdivide-se em ramos. Exemplo disso, o Direito Administrativo, que é ramo do Direito Público, o

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qual estuda, no essencial, a atividade administrativa do Estado. No entanto, o Estado possui ainda duas outras atividades clássicas, consagradas no atual texto da Constituição Federal (art. 2º): a de legislar e a de julgar.

A atividade legislativa estatal é estudada por outro ramo do Direito Público Interno – o Constitucional, que, dentre outros assuntos, estuda o processo de elaboração das leis e a hierarquia entre estas (processo legislativo).

Já as atividades judiciárias cuidam da produção de sentenças com vistas à solução de conflitos porventura surgidos no seio da sociedade, e são estudadas por diversos outros ramos do Direito, como os processuais (penal e civil).

Contudo, como já dito, o Direito Administrativo não se ocupa das demais atividades de Estado, mas apenas da Administrativa, daí a correção da alternativa.

Gabarito: CERTO

16) (2004/Cespe – TCU – Analista) A jurisprudência e os costumes são fontes do direito administrativo, sendo que a primeira ressente-se de caráter vinculante, e a segunda tem sua influência relacionada com a deficiência da legislação. (Certo/Errado) Comentários:

Ainda que óbvio, o Direito Administrativo, em sendo ciência, nasce de algum lugar. É exatamente esse o sentido da palavra “fontes”, que funcionam como se fossem o “ponto de partida” do Direito, suas formas de expressão.

No estudo do Direito Administrativo, encontramos, regra geral, as seguintes fontes ou formas de expressão: I) lei; II) jurisprudência; III) doutrina; e IV) costumes. A Jurisprudência é um conjunto de decisões judiciais reiteradas num mesmo sentido, a respeito de uma matéria. Dessa forma, não se pode considerar “jurisprudência” uma decisão judicial isolada, a qual, no máximo, constitui um caso paradigmático, referencial, indicativo de uma situação concreta submetida à apreciação de um juiz ou tribunal judicial.

Apesar de fazermos referência à jurisprudência como sendo resultante de decisões judiciais, órgãos administrativos também podem produzir sua própria jurisprudência. Por exemplo: o inc. II do art. 71 da CF/1988 garante ao Tribunal de Contas da União – TCU – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta.

Importante detalhe de prova é que a jurisprudência no Brasil não possui força vinculante (regra geral, efeito apenas moral), diferentemente do sistema norte-americano, no qual as decisões proferidas pelas instâncias superiores vinculam as inferiores, para os casos idênticos, o que é conhecido como sistema do stare decises. Já os costumes são os comportamentos tidos por obrigatórios pela consciência popular. No que respeita ao Direito Administrativo, o costume é de pouca relevância, à vista do princípio da legalidade. Ainda que de somenos importância, o costume constitui, sim, fonte para o Direito Administrativo, sendo aplicado quando da deficiência da legislação, sempre segundo a lei

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(ou secundum legem, para os amigos mais chegados ao latim) e nunca contra a lei (ou contra legem).

17) (2008/Cespe – TCE/AC – Cargo 1) A partir da Constituição de 1988, vigora no Brasil o princípio norte-americano do stare decisis, segundo o qual a decisão judicial superior vincula as instâncias inferiores para os casos idênticos. (Certo/Errado) Comentários: Não é aplicável a força dos precedentes judiciais dentro do ordenamento brasileiro, diferentemente do que ocorre com o sistema norte-americano, assim, está incorreto afirmar que a decisão judicial superior vincula as instâncias inferiores (como regra).

Destaco, no entanto, que há algumas decisões advindas do Judiciário que vincularão tanto a atuação daquele Poder, quanto a própria Administração Pública. Nesse sentido, destacam-se, entre outras, as Súmulas Vinculantes, constantes do sistema jurídico nacional a partir da Emenda Constitucional 45/2004, conhecida como a Reforma do Judiciário (ver art. 103-A da CF/1988).

Gabarito: ERRADO.

18) (2009/Cespe – TCU – Cargo 2) A CF, as leis complementares e ordinárias, os tratados internacionais e os regulamentos são exemplos de fontes do direito administrativo. (Certo/Errado) Comentários: A lei é a mais importante (primordial) fonte para o Direito Administrativo Brasileiro, geradora de direitos e obrigações, impondo-se tanto à conduta dos particulares, quanto à ação estatal. Enquanto fonte, a lei tem um sentido amplo (lato sensu), abrangendo todas as normas produzidas pelo Estado que digam respeito, de alguma maneira, à atividade administrativa do Estado. Nesse sentido, a lei abrange desde a maior de todas – a Constituição Federal – , passando por leis complementares, ordinárias, delegadas, medidas provisórias e outras normas com força de lei, como os extintos Decretos-Lei, daí a correção do quesito.

A lei costuma ser corretamente indicada como fonte escrita e primária para o Direito Administrativo. Adianto que há outras normas infralegais também fontes para o Direito Administrativo, contudo secundárias, uma vez que a Administração Pública, de modo geral, organiza-se mediante lei, em decorrência do princípio da legalidade contido no caput do art. 37 da CF/1988.

Gabarito: CERTO.

19) (2006/Cespe – TCE-AC – Analista) O costume não se confunde com a chamada praxe administrativa. Aquele exige cumulativamente os requisitos objetivo (uso continuado) e subjetivo (convicção generalizada de sua obrigatoriedade), ao passo que nesta ocorre apenas o requisito objetivo. No entanto, ambos não são reconhecidos como fontes formais do direito administrativo, conforme a doutrina majoritária. (Certo/Errado) Comentários:

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O item está perfeito e de elevado grau de complexidade.

Os costumes não se confundem mesmo com as chamadas praxes administrativas. Para a caracterização dos costumes, é necessária a presença de dois requisitos: o objetivo (hábito continuado) e subjetivo (deve gerar para os destinatários a convicção de ser obrigatório).

Já as praxes não contam com o aspecto subjetivo, pois são práticas reiteradas dentro da Administração, usadas pelos agentes públicos na resolução de casos concretos, portanto, desconhecidas dos cidadãos em geral, diferentemente dos costumes, espalhados na sociedade.

Para a doutrina majoritária, os costumes, distintamente das praxes, podem ser considerados como fontes para o Direito Administrativo, porém não como fontes formais (a lei é a fonte formal), sendo, portanto, quando muito, fontes substanciais ou materiais.

Em síntese: tanto as praxes como os costumes não podem ser reconhecidos como fontes formais do Direito Administrativo (as praxes, para parte da doutrina, seriam fontes não-organizadas, não são formais). Gabarito:

CERTO

20) (Cespe – MCT/FINEP – Cargo 1/2009) O costume e a praxe administrativa são fontes inorganizadas do direito administrativo, que só indiretamente influenciam na produção do direito positivo. (Certo/Errado) Comentários:

Os costumes e as praxes não são fontes escritas, mas sim não-escritas, sendo encontrados espalhados na sociedade (no caso dos costumes) e no interior da Administração (para as praxes), portanto, são consideradas fontes inorganizadas (não-organizadas).

Gabarito: CERTO.

21) (Cespe – Sefaz/AC – Fiscal/2009) Os costumes são fontes do direito administrativo, não importando se são contra legem, praeter legem ou secundum legem. (Certo/Errado) Comentários:

Ainda que de menor relevância, os costumes constituem fonte para o Direito Administrativo, sobretudo em razão da deficiência da legislação relativa a tal ramo jurídico. Porém, a utilização dos costumes encontra restrições, não podendo ser utilizados contra a lei, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

22) (Cespe – MCT/FINEP – Cargo 1/2009) A doutrina é a atividade intelectual que, sobre os fenômenos que focaliza, aponta os princípios científicos do direito administrativo, não se constituindo, contudo, em fonte dessa disciplina. (Certo/Errado) Comentários:

A doutrina significa o conjunto dos trabalhos dos estudiosos a respeito do Direito Administrativo, ou seja, os livros, os artigos, os pareceres,

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elaborados por estudiosos desse ramo jurídico. Tais trabalhos fornecem, muitas vezes, bases para textos legais, sentenças, acórdãos e interpretações, sendo responsável, de certa maneira, pela unificação das interpretações. O erro do quesito é que a doutrina é sim fonte escrita e mediata (secundária) para o Direito Administrativo, não gerando direitos para os particulares, mas contribuindo para a formação do nosso ramo jurídico.

Gabarito: ERRADO.

23) (2008/Cespe – TCE/AC – Cargo 1) Assinale a opção correta quanto às fontes do direito administrativo brasileiro

a) Os regulamentos e regimentos dos órgãos da administração pública são fontes primárias do direito administrativo brasileiro.

b) São fontes principais do direito administrativo a doutrina, a jurisprudência e os regimentos internos dos órgãos administrativos.

c) A jurisprudência dos tribunais de justiça, como fonte do direito administrativo, não obriga a administração pública federal.

d) A partir da Constituição de 1988, vigora no Brasil o princípio norte-americano do stare decisis, segundo o qual a decisão judicial superior vincula as instâncias inferiores para os casos idênticos.

e) O costume é fonte primária do direito administrativo, devendo ser aplicado quando a lei entrar em conflito com a Constituição Federal. Comentários:

Direto às análises.

Item A – INCORRETO. Os regulamentos podem INOVAR? Não (regra geral), logo, não podem ser considerados atos primários, mas sim derivados.

Item B – INCORRETO. Regimentos Internos dos órgãos administrativos?! São atos secundários, logo, não podem ser considerados como fontes primárias, mas sim secundárias.

Item C – CORRETO. Exatamente como estudamos. A jurisprudência não tem o condão de vincular a Administração Pública (regra geral), daí a correção da alternativa.

Item D – INCORRETO. É um tipo de questão que “matamos” por eliminação. Percebam que a redação do item “C” é o reverso do item “D”, logo, a resposta só poderia ser um dos dois quesitos.

Estudamos que não é aplicável a força dos precedentes judiciais dentro do ordenamento brasileiro, diferentemente do que ocorre com o sistema norte-americano, assim, está incorreto afirmar que a decisão judicial superior vincula as instâncias inferiores (como regra).

Item E – INCORRETO. Os costumes são fontes secundárias e não-escritas. Além disso, entre a lei e os costumes, prevalecerá a lei, afinal, costumes não podem ser usados contra a lei, sempre segundo a lei (secundum legem), daí a incorreção do quesito.

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24) (2004/CESPE – Delegado de Polícia Federal) A jurisprudência é fonte do Direito Administrativo, mas não vincula as decisões administrativas, apesar de o direito administrativo se ressentir de codificação legal. (Certo/Errado) Comentários:

Fixação. Distintamente do que ocorre com o sistema anglo-saxão, em que as decisões jurisprudenciais são verdadeiras leis, portanto, vinculantes para a Administração (stare decisis), no Brasil, tirante raras situações, a jurisprudência ressente-se de caráter vinculante. Por exemplo, no Brasil, os Tribunais de Contas não ficam vinculados às decisões em sede Mandado de Segurança, a não ser pela força moral, porque tais ações são válidas para casos concretos.

Gabarito: CERTO.

25) (2006/CESPE – Procurador Federal/AGU) Classificar um sistema de controle jurisdicional da administração pública como sistema contencioso ou sistema de jurisdição única não implica afirmar a exclusividade da jurisdição comum ou especial, mas a predominância de uma delas. (Certo/Errado) Comentários:

Excelente quesito. Tanto no sistema de jurisdição dual (contencioso administrativo) como no sistema de jurisdição UNA, não há, de fato, exclusividade da jurisdição especial ou comum, isso porque elas convivem harmonicamente no sistema de julgamento.

Gabarito: CERTO.

26) (2006/CESPE – Procurador Federal/AGU) No Brasil, sempre se afastou a idéia de coexistência de uma justiça administrativa e de uma justiça praticada com exclusividade pelo poder judiciário, razão pela qual é adotado, no país, o sistema contencioso. (Certo/Errado) Comentários:

No Brasil, vigora o sistema de jurisdição única (art. 5º, XXXV, da CF/1988) e não o sistema francês (chamado de contencioso administrativo), logo, não se adota o sistema de contencioso. No entanto, a jurisdição administrativa pode sim coexistir com a judicial, com o detalhe de que a administrativa não tem o mesmo colorido da judicial, como diz o STF é quase-jurisdicional.

Trazendo para nossa realidade, os Tribunais de Contas são órgãos administrativos contenciosos, formam jurisprudência, contudo, suas decisões, apesar de formarem coisa julgada, são definitivas para a própria Corte, sendo cabível a revisão pelo Poder Judiciário, acaso provocado.

Gabarito: ERRADO.

27) (2002/CESPE – Procurador Federal/AGU) O Estado e o administrado comparecem, em regra, em posição de igualdade nas relações jurídicas entre si. (Certo/Errado) Comentários:

Posição de igualdade?! Nem pensar, vale a unilateralidade, a desigualdade jurídica.

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Gabarito: ERRADO.

28) (Cespe – ES/Sejus – Agente/2009) Julgue os itens a seguir, relativos aos conceitos de Estado, governo e administração pública. O Estado constitui a nação politicamente organizada, enquanto a administração pública corresponde à atividade que estabelece objetivos do Estado, conduzindo politicamente os negócios públicos. (Certo/Errado) Comentários:

Questão relativamente simples, suficiente concentração e leitura atenta. A Administração Pública não é responsável por estabelecer os objetivos do Estado, mas sim o Governo. E mais: a Administração Pública não conduz politicamente os negócios públicos, mas sim tecnicamente.

Gabarito: ERRADO.

29) (2010/Cespe – TRE-BA/Analista) Como exemplo da incidência do princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional sobre os atos administrativos no ordenamento jurídico brasileiro, é correto citar a vigência do sistema do contencioso administrativo ou sistema francês. (Certo/Errado) Comentários:

Fixação. Dispensáveis novos comentários.

Gabarito: ERRADO.

30) (Cespe – TRE/MA – Cargo 5/2009) A principal característica do sistema denominado contencioso administrativo é a de que os ordenamentos jurídicos que o adotam conferem a determinadas decisões administrativas a natureza de coisa julgada oponível ao próprio Poder Judiciário. (Certo/Errado) Comentários:

Excelente quesito. As decisões administrativas, no contencioso administrativo (sistema francês), não podem ser revistas pelo Poder Judiciário, ou seja, são oponíveis pelo Poder Judiciário.

Gabarito: CERTO.

31) (Cespe – DPE/PI - Defensor/2009) A CF adota o sistema do contencioso administrativo. (Certo/Errado) Comentários:

Por favor, não é para ficar com raiva! Não adotamos o sistema do contencioso, mas sim o de jurisdição única.

Gabarito: ERRADO.

32) (1997/Cespe – BACEN/PROCURADOR) A doutrina costuma distinguir, em síntese, três sistemas de controle jurisdicional : o sistema de administração-juiz, o sistema de jurisdição única e o sistema de jurisdição dual. Toa, nos tempos atuais, somente vigoram os dois últimos. O sistema de jurisdição única teve sua origem na Inglaterra e foi adotado pelo ordenamento jurídico pátrio. O sistema de jurisdição dual, também chamado de sistema de contencioso

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administrativo, nasceu na Franca e é hoje e acolhido na Itália, na Alemanha e no Uruguai, entre outros países. (Certo/Errado) Comentários:

Está perfeito, serve-nos, tão-somente, a título de reforço de aprendizado.

Gabarito: CERTO.

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Parte II – Regime Jurídico da Administração

Segue, antes das questões, um pouco de jurisprudência. Divirtam-se!

Jurisprudência

ADI 1.694

Os princípios gerais regentes da Administração Pública, previstos no art. 37, caput, da Constituição, são invocáveis de referência à administração de pessoal militar federal ou estadual, salvo no que tenha explícita disciplina em atenção às peculiaridades do serviço militar.

ADI 2661 MC/MA – MARANHÃO

As disponibilidades de caixa dos Estados-membros, dos órgãos ou entidades que os integram e das empresas por eles controladas deverão ser depositadas em instituições financeiras oficiais, cabendo, unicamente, à União Federal, mediante lei de caráter nacional, definir as exceções autorizadas pelo art. 164, § 3º da Constituição da República.

O Estado-membro não possui competência normativa, para, mediante ato legislativo próprio, estabelecer ressalvas à incidência da cláusula geral que lhe impõe a compulsória utilização de instituições financeiras oficiais, para os fins referidos no art. 164, § 3º da Carta Política.

O desrespeito, pelo Estado-membro, dessa reserva de competência legislativa, instituída em favor da União Federal, faz instaurar situação de inconstitucionalidade formal, que compromete a validade e a eficácia jurídicas da lei local, que, desviando-se do modelo normativo inscrito no art. 164, § 3º da Lei Fundamental, vem a permitir que as disponibilidades de caixa do Poder Público estadual sejam depositadas em entidades privadas integrantes do Sistema Financeiro Nacional.

ADI 2.600-ES

A atividade estatal, qualquer que seja o domínio institucional de sua incidência, está necessariamente subordinada à observância de parâmetros ético-jurídicos que se refletem na consagração constitucional do princípio da moralidade administrativa.

Esse postulado fundamental, que rege a atuação do Poder Público, confere substância e dá expressão a uma pauta de valores éticos sobre os quais se funda a ordem positiva do Estado. O princípio constitucional da moralidade administrativa, ao impor limitações ao exercício do poder estatal, legitima o controle jurisdicional de todos os atos do Poder Público que transgridam os valores éticos que devem pautar o comportamento dos agentes e órgãos governamentais.

A ratio subjacente à cláusula de depósito compulsório, em instituições financeiras oficiais, das disponibilidades de caixa do Poder Público em geral

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(CF, art. 164, § 3º) reflete, na concreção do seu alcance, uma exigência fundada no valor essencial da moralidade administrativa, que representa verdadeiro pressuposto de legitimação constitucional dos atos emanados do Estado.

A medida cautelar, em ação direta de inconstitucionalidade, reveste-se, ordinariamente, de eficácia ex nunc, "operando, portanto, a partir do momento em que o Supremo Tribunal Federal a defere" (RTJ 124/80). Excepcionalmente, no entanto, e para que não se frustrem os seus objetivos, a medida cautelar poderá projetar-se com eficácia ex tunc, em caráter retroativo, com repercussão sobre situações pretéritas (RTJ 138/86).

Para que se outorgue eficácia ex tunc ao provimento cautelar, em sede de ação direta de inconstitucionalidade, impõe-se que o Supremo Tribunal Federal assim o determine, expressamente, na decisão que conceder essa medida extraordinária (RTJ 164/506-509, 508, Rel. Min. CELSO DE MELLO). Situação excepcional que se verifica no caso ora em exame, apta a justificar a outorga de provimento cautelar com eficácia ex tunc.

ADI 2.472-MC

Cláusula que determina que conste nos comunicados oficiais o custo da publicidade veiculada. Exigência desproporcional e desarrazoada, tendo-se em vista o exagero dos objetivos visados. Ofensa ao princípio da economicidade (CF, artigo 37, caput).

ADI 3.324

(...) é consentânea com a Carta da República previsão normativa asseguradora, ao militar e ao dependente estudante, do acesso a instituição de ensino na localidade para onde é removido. Toa, a transferência do local do serviço não pode se mostrar verdadeiro mecanismo para lograr-se a transposição da seara particular para a pública, sob pena de se colocar em plano secundário a isonomia — artigo 5º, cabeça e inciso I —, a impessoalidade, a moralidade na Administração Pública, a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola superior, prevista no inciso I do artigo 206, bem como a viabilidade de chegar-se a níveis mais elevados do ensino, no que o inciso V do artigo 208 vincula o fenômeno à capacidade de cada qual.

RE-140889

Não é desarrazoada a exigência de altura mínima de 1,60m para o preenchimento de cargo de delegado de polícia do Estado do Mato Grosso do Sul, prevista na Lei Complementar 38/89, do mesmo Estado. A Turma entendeu que, no caso, a exigência mostrou-se própria à função a ser exercida, não ofendendo, portanto, o princípio da igualdade (CF, art. 5º, caput).

RE 359.043

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Embora a lei inconstitucional pereça mesmo antes de nascer, os efeitos eventualmente por ela produzidos podem incorporar-se ao patrimônio dos administrados, em especial quando se considere o princípio da boa-fé.

RE 253.885

Transação. Validade. Em regra, os bens e o interesse público são indisponíveis, porque pertencem à coletividade. É, por isso, o Administrador, mero gestor da coisa pública, não tem disponibilidade sobre os interesses confiados à sua guarda e realização. Toa, há casos em que o princípio da indisponibilidade do interesse público deve ser atenuado, mormente quando se tem em vista que a solução adotada pela Administração é a que melhor atenderá à ultimação deste interesse.

RE 442.683

A Constituição de 1988 instituiu o concurso público como forma de acesso aos cargos públicos. CF, art. 37, II. Pedido de desconstituição de ato administrativo que deferiu, mediante concurso interno, a progressão de servidores públicos. Acontece que, à época dos fatos — 1987 a 1992 —, o entendimento a respeito do tema não era pacífico, certo que, apenas em 17-2-1993, é que o Supremo Tribunal Federal suspendeu, com efeito ex nunc, a eficácia do art. 8º, III; art. 10, parágrafo único; art. 13, § 4º; art. 17 e art. 33, IV, da Lei 8.112, de 1990, dispositivos esses que foram declarados inconstitucionais em 27/8/1998: ADI 837/DF, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 25-6-1999. Os princípios da boa-fé e da segurança jurídica autorizam a adoção do efeito ex nunc para a decisão que decreta a inconstitucionalidade. Ademais, os prejuízos que adviriam para a Administração seriam maiores que eventuais vantagens do desfazimento dos atos administrativos.

RE 390.939

Constitucional. Administrativo. Concurso público. Prova física. Alteração no edital. Princípios da razoabilidade e da publicidade. Alterações no edital do concurso para agente penitenciário, na parte que disciplinou o exercício abdominal, para sanar erro material, mediante uma errata publicada dias antes da realização da prova física no Diário Oficial do Estado. Desnecessária a sua veiculação em jornais de grande circulação. A divulgação no Diário Oficial é suficiente per se para dar publicidade a um ato administrativo. A Administração pode, a qualquer tempo, corrigir seus atos e, no presente caso, garantiu aos candidatos prazo razoável para o conhecimento prévio do exercício a ser realizado.

RE 290.346

Em face do princípio da legalidade, pode a Administração Pública, enquanto não concluído e homologado o concurso público, alterar as condições do certame constantes do respectivo edital, para adaptá-las à nova legislação aplicável à espécie, visto que, antes do provimento do cargo, o candidato tem mera expectativa de direito à nomeação ou, se for o caso, à participação na segunda etapa do processo seletivo.

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RE 205.535

Discrepa da razoabilidade norteadora dos atos da Administração Pública o fato de o edital de concurso emprestar ao tempo de serviço público pontuação superior a títulos referentes a pós-graduação.

MS 24.660

O Tribunal retomou julgamento de mandado de segurança impetrado contra ato omissivo do Procurador-Geral da República e da Procuradora-Geral da Justiça Militar, consistente na negativa de nomeação da impetrante, aprovada em concurso público para o cargo de promotor da Justiça Militar, não obstante a existência de dois cargos vagos — (...) Considerou, por fim, que essa autoridade teria incorrido em ilegalidade, haja vista a ofensa ao princípio da impessoalidade, eis que não se dera a nomeação por questões pessoais, bem como agido com abuso de poder, porquanto deixara de cumprir, pelo personalismo e não por necessidade ou conveniência do serviço público, a atribuição que lhe fora conferida.

MS 21.729

Não cabe ao Banco do Brasil negar, ao Ministério Público, informações sobre nomes de beneficiários de empréstimos concedidos pela instituição, com recursos subsidiados pelo erário federal, sob invocação do sigilo bancário, em se tratando de requisição de informações e documentos para instruir procedimento administrativo instaurado em defesa do patrimônio público. Princípio da publicidade, ut art. 37 da Constituição.

AI 442.918-AgR

A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de ilegalidade (Súm. 473), não podendo ser invocado o princípio da isonomia com o pretexto de se obter benefício ilegalmente concedido a outros servidores.

SÚMULA 683 – STF

O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.

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QUESTÕES EM SEQUENCIA

1) (2007/Cespe – SECAD-TO – Delegado) O princípio da vinculação política ao bem comum é, entre os princípios constitucionais que norteiam a administração pública, o mais importante. (Certo/Errado)

2) (2004/Cespe – TCU – Analista) A expressão regime jurídico-administrativo, em seu sentido amplo, refere-se tanto aos regimes de direito público e de direito privado a que se submete a administração pública quanto ao regime especial que assegura à administração pública prerrogativas na relação com o administrado. (Certo/Errado)

3) (2006/Cespe – TCE-AC – Analista) O regime jurídico de direito público encontra-se fundado nos princípios da prevalência do interesse público sobre o privado e o da indisponibilidade desse interesse público. No entanto, de acordo com uma concepção moderna do direito administrativo, de cunho gerencial, não se pode afirmar que o interesse público se confunde com o do Estado. (Certo/Errado)

4) (2007/Cespe – PGE-PA – Advogado) A doutrina aponta como princípios do regime jurídico administrativo a supremacia do interesse público sobre o privado e a indisponibilidade do interesse público. (Certo/Errado)

5) (2009/Cespe – SEFAZ – Consultor) O regime jurídico administrativo está fundado basicamente em dois princípios: o da supremacia do interesse público sobre o privado e o da indisponibilidade, pela administração, dos interesses públicos. (Certo/Errado)

6) (2009/Cespe – MCT/FINEP – Cargo 1) De acordo com o princípio da indisponibilidade do interesse público, aos agentes administrativos, no desempenho de suas funções, não é lícito fazer prevalecer a sua vontade psicológica, apesar de esses agentes deterem a guarda e a titularidade do interesse público. (Certo/Errado)

7) (2009/Cespe – MCT/FINEP – Cargo 1) Os princípios da legalidade e da supremacia do interesse público informam todos os demais, incluindo-se os expressos na CF. (Certo/Errado)

8) (Cespe – Sefaz/AC – Fiscal/2009) Em uma sociedade democrática, a correta aplicação do princípio da supremacia do interesse público pressupõe a prevalência do interesse da maioria da população. (Certo/Errado)

9) (2009/Cespe – MPOG – Nível Intermediário) Os princípios constitucionais da administração pública correspondem a formulações normativas gerais que servem de orientação para a interpretação dos administradores. Com base nessa premissa, a jurisprudência prevalecente adota o entendimento de que um princípio pode ser invocado para sustentar não somente a ilegalidade de um ato administrativo, mas também para fundamentar a inconstitucionalidade

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de determinadas decisões administrativas em certas circunstâncias. (Certo/Errado)

Acerca dos princípios explícitos e implícitos da administração pública, julgue os itens subsequentes. 10) (2008/Cespe – TJDFT – Cargo 1) A Constituição Federal faz menção expressa apenas aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade. (Certo/Errado)

11) (2008/Cespe – TJDFT – Cargo 1) Diversos princípios administrativos, embora não estejam expressamente dispostos no texto constitucional, podem ser dela deduzidos logicamente, como consequências inarredáveis do próprio sistema administrativo-constitucional. (Certo/Errado)

12) (2006/Cespe – ANA – Analista) Conforme previsto na Constituição de 1988 as administrações públicas direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios obedecerá aos princípios de legalidade, probidade administrativa, moralidade, publicidade e eficiência. (Certo/Errado)

13) (2007/Cespe – MP-AM – Promotor) A lei que trata dos processos administrativos no âmbito federal previu outros princípios norteadores da administração pública. Tal previsão extrapolou o âmbito constitucional, o que gerou a inconstitucionalidade da referida norma. (Certo/Errado)

14) (2008/Cespe – MC – Área 1) Os princípios básicos referentes à atividade administrativa possuem previsão restritamente constitucional, não havendo hipótese de ampliação, em respeito ao princípio da legalidade. (Certo/Errado)

15) (2007/Cespe – TCU – Técnico) A administração pública deve obedecer aos princípios da legalidade, finalidade, razoabilidade, moralidade e eficiência, entre outros. (Certo/Errado)

16) (2006/Cespe – ANA – Analista) Entre as disposições fundamentais do art. 37 da Constituição Federal, encontram-se as do concurso público, das licitações, da responsabilidade objetiva do Estado, da participação na Administração e da probidade administrativa. (Certo/Errado) 17) (2008/CESPE – OAB-SP/137) Tanto a administração direta quanto a indireta se submetem aos princípios constitucionais da administração pública. (Certo/Errado)

18) (2009/Cespe – PCRN – Delegado) Os princípios gerais regentes da administração pública, previstos na CF, podem ser invocados no âmbito da administração de pessoal militar. (Certo/Errado)

19) (2009/Cespe – MPOG – Nível Intermediário) Os princípios básicos da administração pública não se limitam à esfera institucional do Poder Executivo,

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ou seja, tais princípios podem ser aplicados no desempenho de funções administrativas pelo Poder Judiciário ou pelo Poder Legislativo. (Certo/Errado)

20) (2008/CESPE – MPE/RR – Procurador) Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a observar, de forma estrita, os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos de sua competência. (Certo/Errado)

21) (2007/Cespe – SECAD-TO – Delegado) Em toda atividade desenvolvida pelos agentes públicos, o princípio da legalidade é o que precede todos os demais. (Certo/Errado)

22) (2008/Cespe – TCE/AC – Cargo 1) O princípio da legalidade tem por escopo possibilitar ao administrador público fazer o que a lei permitir. No entanto, esse princípio não tem caráter absoluto, uma vez que um administrador poderá editar um ato que não esteja previsto em lei, mas que atenda ao interesse público. (Certo/Errado)

23) (2008/Cespe – OAB/SP/136 – Exame da Ordem) A administração pública pode, sob a invocação do princípio da isonomia, estender benefício ilegalmente concedido a um grupo de servidores a outro grupo que esteja em situação idêntica. (Certo/Errado)

24) (2009/Cespe – AGU) O Poder Judiciário, fundado no princípio da isonomia previsto na Carta da República, pode promover a equiparação dos vencimentos de um servidor com os de outros servidores de atribuições diferentes. (Certo/Errado)

25) (2007/Cespe – PC-PA – TEC EM ADM) De acordo com o princípio da legalidade, é permitido ao agente público, quando no exercício de sua função, fazer tudo que não seja expressamente proibido pela Constituição Federal. (Certo/Errado)

26) (2008/CESPE – OAB-SP/137) O princípio da legalidade, por seu conteúdo generalizante, atinge, da mesma forma e na mesma extensão, os particulares e a administração pública. (Certo/Errado)

27) (2005/Cespe – TCU – Analista) A existência de atos administrativos discricionários constitui uma exceção ao princípio da legalidade, previsto expressamente na Constituição da República. (Certo/Errado)

28) (2008/Cespe – OAB/SP/136 – Exame da Ordem) Ato administrativo não pode restringir, em razão da idade do candidato, inscrição em concurso para cargo público. (Certo/Errado)

29) (2009/Cespe – AGU) Segundo a doutrina, a aplicação do princípio da reserva legal absoluta é constatada quando a CF remete à lei formal apenas a fixação dos parâmetros de atuação para o órgão administrativo, permitindo

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que este promova a correspondente complementação por ato infralegal. (Certo/Errado)

30) (2009/Cespe – AGU) De acordo com o princípio da legalidade, apenas a lei decorrente da atuação exclusiva do Poder Legislativo pode originar comandos normativos prevendo comportamentos forçados, não havendo a possibilidade, para tanto, da participação normativa do Poder Executivo. (Certo/Errado)

31) (2004/Cespe – Defensor Público) Para parte da doutrina, o princípio da impessoalidade na administração pública nada mais representa do que outra formulação do princípio da finalidade. (Certo/Errado)

32) (2006/Cespe – ICMS/AC) A vedação constitucional e legal de promoção pessoal de autoridades e de servidores públicos sobre suas realizações administrativas decorre do princípio da finalidade ou impessoalidade. (Certo/Errado)

33) (2007/Cespe – TCU – Analista) O atendimento do administrado em consideração ao seu prestígio social angariado junto à comunidade em que vive não ofende o princípio da impessoalidade da administração pública. (Certo/Errado)

34) (2008/Cespe – ME – todos os cargos) A inauguração de uma praça de esportes, construída com recursos públicos federais, e cujo nome homenageie pessoa viva, residente na região e eleita deputado federal pelo respectivo estado, não chega a configurar promoção pessoal e ofensa ao princípio da impessoalidade. (Certo/Errado)

35) (2008/Cespe – SEAD/UEPA – Cargo 1) Determinada administração municipal trocou um terreno público onde havia uma pracinha e construiu outra em outro local, onde inseriu placa visando cientificar todos sobre a construção, com os seguintes dizeres.

Conserve a praça. Ela é nossa.

Obra realizada pelo Prefeito Dr. Odorico – Gente que faz Fica patente, no caso relatado, a violação do princípio da impessoalidade.

(Certo/Errado)

36) (2009/Cespe – TCU – Cargo 2) Caso o governador de um estado da Federação, diante da aproximação das eleições estaduais e preocupado com a sua imagem política, determine ao setor de comunicação do governo a inclusão do seu nome em todas as publicidades de obras públicas realizadas durante a sua gestão, tal determinação violará a CF, haja vista que a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. (Certo/Errado)

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37) (2009/Cespe – ANAC – Analista Administrativo – Cargo 6) A inserção de nome, símbolo ou imagem de autoridades ou servidores públicos em publicidade de atos, programas, obras, serviços ou campanhas de órgãos públicos fere o princípio da impessoalidade da administração pública. (Certo/Errado)

38) (2009/Cespe – TRT – 17R – Cargo 2) As sociedades de economia mista e as empresas públicas que prestam serviços públicos estão sujeitas ao princípio da publicidade tanto quanto os órgãos que compõem a administração direta, razão pela qual é vedado, nas suas campanhas publicitárias, mencionar nomes e veicular símbolos ou imagens que possam caracterizar promoção pessoal de autoridade ou servidor dessas entidades. (Certo/Errado)

39) (2009/Cespe – PGE/PE – Procurador) De acordo com o princípio da impessoalidade, é possível reconhecer a validade de atos praticados por funcionário público irregularmente investido no cargo ou função, sob o fundamento de que tais atos configuram atuação do órgão e não do agente público. (Certo/Errado)

40) (2008/Cespe – Hemobrás – Cargo 1) O princípio da impessoalidade prevê que o administrador público deve buscar, por suas ações, sempre o interesse público, evitando deste modo a subjetividade. (Certo/Errado)

(2009/Cespe – Anatel – Cargo 5) O presidente de um tribunal de justiça estadual tem disponível no orçamento do tribunal a quantia de R$ 2.000.000,00 para pagamento de verbas atrasadas dos juízes de direito e desembargadores. Cada juiz e desembargador faz jus, em média, a R$ 130.000,00. Ocorre que o presidente da Corte determinou, por portaria publicada no Diário Oficial, o pagamento das verbas apenas aos desembargadores, devendo os juízes de direito aguardar nova disponibilização de verba orçamentária para o pagamento do que lhes é devido. O presidente fundamentou sua decisão de pagamento inicial em razão de os desembargadores estarem em nível hierárquico superior ao dos juízes. Irresignados, alguns juízes pretendem ingressar com ação popular contra o ato que determinou o pagamento das verbas aos desembargadores. Considerando a situação hipotética acima apresentada, julgue os itens subsequentes, acerca do controle e dos princípios fundamentais da administração pública.

41) A decisão do presidente do tribunal de justiça violou o princípio da impessoalidade, na medida em que esse princípio objetiva a igualdade de tratamento que o administrador deve dispensar aos administrados que se encontrarem em idêntica situação jurídica. (Certo/Errado)

42) Respeitado o princípio da publicidade, uma vez que a decisão do presidente que determinou o pagamento aos desembargadores foi publicada mediante portaria no Diário Oficial, é correto afirmar que, em consequência, os princípios da moralidade e legalidade não foram violados. (Certo/Errado)

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43) (2008/Cespe – Auditor) A moralidade administrativa, por traduzir conceito jurídico indeterminado, não se submete, em sua acepção pura, ao controle judicial. (Certo/Errado)

44) (2008/Cespe – STF – Cargo 1) A CF confere aos particulares o poder de controlar o respeito ao princípio da moralidade pela administração por meio da ação popular. (Certo/Errado)

45) (2007/Cespe – TCU – Analista) A probidade administrativa é um aspecto da moralidade administrativa que recebeu da Constituição Federal brasileira um tratamento próprio. (Certo/Errado)

46) (2009/Cespe - TCE/ES - Procurador) Na doutrina de Diógenes Gasparini, a probidade administrativa deve ser tratada de forma diferenciada da moralidade administrativa, pois somente quando o presidente da República violar aquele princípio é que estará autorizada a suspensão de seus direitos políticos. (Certo/Errado)

47) (2007/Cespe – PC-PA – TEC EM ADM) A prática do nepotismo na administração pública, caracterizada pela nomeação de parentes para funções públicas, pode ser considerada uma violação ao princípio da impessoalidade. (Certo/Errado)

48) (2007/Cespe – TCE-GO – Procurador) O nepotismo, por ofender os princípios constitucionais da impessoalidade e da moralidade, caracteriza abuso de direito, porquanto se trata de manifesto exercício do direito fora dos limites impostos pelo seu fim econômico ou social, o que acarreta a nulidade do ato. (Certo/Errado)

49) (2009/Cespe – AGU) Considere que Platão, governador de estado da Federação, tenha nomeado seu irmão, Aristóteles, que possui formação superior na área de engenharia, para o cargo de secretário de estado de obras. Pressupondo-se que Aristóteles atenda a todos os requisitos legais para a referida nomeação, conclui-se que esta não vai de encontro ao posicionamento adotado em recente julgado do STF. (Certo/Errado)

50) (2008/Cespe – Sebrae/BA – Analista Técnico II/Jurídico) A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta, em qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a CF. (Certo/Errado)

51) (2008/Cespe – OAB/SP/136 – Exame da Ordem) Não ofende o princípio da moralidade administrativa a nomeação de servidora pública do Poder

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Executivo para cargo em comissão em tribunal de justiça no qual o vice-presidente seja parente da nomeada. (Certo/Errado)

52) (2009/Cespe – IBRAM/DF/SEPLAG – Cargo 3) Ofende os princípios constitucionais que regem a administração pública, a conduta de um prefeito que indicou seu filho para cargo em comissão de assessor do secretário de fazenda do mesmo município, que efetivamente o nomeou. (Certo/Errado)

53) (2009/Cespe – AGU) Segundo entendimento do STF, a vedação ao nepotismo não exige edição de lei formal, visto que a proibição é extraída diretamente dos princípios constitucionais que norteiam a atuação administrativa. (Certo/Errado)

54) (2009/Cespe – IPOJUCA – Procurador Judicial) A vedação do nepotismo não exige a edição de lei formal para coibir a prática, uma vez que decorre diretamente dos princípios contidos na CF. No entanto, às nomeações para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas Estadual, por ser de natureza política, não se aplica a proibição de nomeação de parentes pelo governador do estado. (Certo/Errado)

55) (2008/Cespe – MC – Área 1) A contratação de assessores informais para exercerem cargos públicos sem a realização de concurso público, além de ato de improbidade, configura lesão aos princípios da impessoalidade e da moralidade administrativa. (Certo/Errado)

56) (2005/Cespe – Serpro – Analista Jurídico) Com base na melhor doutrina, o princípio da moralidade é o mesmo que o princípio da legalidade. Assim, todo ato administrativo ilegal será imoral e todo ato praticado dentro da legalidade será moral. (Certo/Errado)

57) (2008/Cespe – CGE-PB – Auditor) A veiculação de propaganda de obra pública que promova o administrador público, se autorizada por lei, não implica violação da moralidade administrativa. (Certo/Errado)

58) (2008/Cespe – TCE/AC – Cargo 1) O princípio da moralidade administrativa está relacionado com o princípio da legalidade, mas pode um ato administrativo ser considerado legal, ou seja, estar em conformidade com a lei, e ser imoral. (Certo/Errado)

59) (2005/Cespe – TJBA/Juiz Substituto) A moralidade administrativa possui conteúdo específico, que não coincide, necessariamente, com a moral comum da sociedade, em determinado momento histórico; não obstante, determinados comportamentos administrativos ofensivos à moral comum podem ensejar a invalidação do ato, por afronta concomitante à moralidade administrativa. (Certo/Errado) 60) (2006/Cespe – ANA – Analista) Ato administrativo eivado de ilegalidade praticado por superintendente de conservação de água e solo (SAS) da

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Agência Nacional de Água (ANA) poderá ser examinado pelo Poder Judiciário sob o aspecto da legalidade, mas não, da moralidade. (Certo/Errado)

(2009/Cespe – AGU) Ora, um Estado funcionalmente eficiente demanda um Direito Público que privilegie, por sua vez, a funcionalidade. Um Direito Público orientado por uma teoria funcional da eficiência. (...) A administração privada é sabidamente livre para perseguir as respectivas finalidades a que se proponha e, assim, a falta de resultados não traz repercussões outras que as decorrentes das avenças privadas, como ocorre, por exemplo, nas relações societárias. Distintamente, a administração pública está necessariamente vinculada ao cumprimento da Constituição e, por isso, os resultados devem ser alcançados, de modo que se não o forem, salvo cabal motivação da impossibilidade superveniente, está-se diante de uma violação praticada pelo gestor público, pois aqui existe relevância política a ser considerada.

Diogo de Figueiredo Moreira Neto. Quatro paradigmas do direito administrativo pós-moderno. Belo Horizonte: Ed. Fórum, 2008, p. 110-11 (com adaptações).

Considerando o texto acima e com base nos princípios que regem a administração pública, julgue os próximos itens. 61) Com base no princípio da eficiência e em outros fundamentos constitucionais, o STF entende que viola a Constituição a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas. (Certo/Errado)

62) (2009/Cespe - TCE/ES - Procurador) A alteração das regras do edital de um concurso público já em curso não afronta o princípio da moralidade ou da impessoalidade, mesmo que seja para coibir que haja, no curso de determinado processo de seleção, ainda que de forma velada, escolha direcionada dos candidatos habilitados às provas orais, especialmente quando já concluída a fase das provas escritas subjetivas e divulgadas as notas provisórias de todos os candidatos. (Certo/Errado)

63) (2009/Cespe - MPOG - Nível Superior) A publicidade na administração pública pode ser restringida quando a defesa da intimidade o exigir. Por essa razão, é juridicamente justificável o aumento de salário de servidores municipais por meio de boletim interno não publicado. (Certo/Errado) 64) (2009/Cespe - MPOG - Nível Superior) Um prefeito que nomeie parentes como funcionários de seu gabinete por meio de boletim interno não publicado viola o princípio da moralidade. (Certo/Errado)

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65) (2005/Cespe – TCU – Analista) Um jornal noticiou que, de acordo com o princípio constitucional da publicidade, a publicação na imprensa oficial é requisito essencial de validade dos atos administrativos praticados pela administração federal direta. Nessa situação, a afirmação veiculada pelo jornal é correta. (Certo/Errado)

66) (2008/Cespe – Seplag/DFTRANS – Administrador) Considerada um princípio fundamental da administração pública, a impessoalidade representa a divulgação dos atos oficiais de qualquer pessoa integrante da administração pública, sem a qual tais atos não produzem efeitos. (Certo/Errado)

67) (2007/Cespe – PC-PA – TEC EM ADM) Conferir transparência aos atos dos agentes públicos é um dos objetivos do princípio da publicidade. (Certo/Errado)

68) (2007/Cespe – TCU – Técnico) Em obediência ao princípio da publicidade, é obrigatória a divulgação oficial dos atos administrativos, sem qualquer ressalva de hipóteses. (Certo/Errado)

69) (2006/Cespe – CENSIPAM) Nem mesmo os atos ligados a atividades de segurança nacional e os ligados a investigações disciplinares podem fugir ao princípio da publicidade que rege os atos administrativos. (Certo/Errado)

70) (2008/CESPE – OAB-SP/137) Embora vigente o princípio da publicidade para os atos administrativos, o sigilo é aplicável em casos em que este seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. (Certo/Errado)

71) (2008/Cespe – MPOG – Analista de Infraestrutura) De acordo com o princípio da publicidade, a publicação no Diário Oficial da União é indispensável para a validade dos atos administrativos emanados de servidores públicos federais. (Certo/Errado)

72) (2008/Cespe – STF – Cargo 1) Nos municípios em que não exista imprensa oficial, admite-se a publicação dos atos por meio de afixação destes na sede da prefeitura ou da câmara de vereadores. (Certo/Errado)

73) (2009/Cespe – TCU – Cargo 3) Quando o TCU emite uma certidão, ele evidencia o cumprimento do princípio constitucional da publicidade. (Certo/Errado)

74) (2004/Cespe – PF – Delegado) A veiculação do ato praticado pela administração pública na Voz do Brasil, programa de âmbito nacional, dedicado a divulgar fatos e ações ocorridos ou praticados no âmbito dos três poderes da União, é suficiente para ter-se como atendido o princípio da publicidade. (Certo/Errado) 75) (2008/Cespe – ABIN – Agente de Inteligência) Com base no princípio da publicidade, os atos internos da administração pública devem ser publicados no diário oficial. (Certo/Errado)

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76) (2009/Cespe – TRF/2ªR – Juiz Substituto) De acordo com o princípio da publicidade, os atos administrativos devem ser publicados necessariamente no Diário Oficial, não tendo validade a mera publicação em boletins internos das repartições públicas. (Certo/Errado)

(2009/Cespe – PCRN – Agente) O art. 37, caput, reportou de modo expresso à administração pública apenas cinco princípios. Fácil é ver-se, entretanto, que inúmeros outros merecem igualmente consagração constitucional: uns, por constarem expressamente da Lei Maior, conquanto não mencionados no art. 37, caput; outros, por nele estarem abrigados logicamente.

Celso Antônio Bandeira de Mello. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros, 2008, 25.a ed., p. 378 (com adaptações).

Com base no texto, julgue o quesito a seguir. 77) O núcleo do princípio da publicidade é a procura da economicidade e da produtividade, o que exige a redução dos desperdícios do dinheiro público, bem como impõe a execução dos serviços com presteza e rendimento funcional. (Certo/Errado)

78) (2008/Cespe – PGE-PB – Procurador) O princípio da eficiência, introduzido expressamente na Constituição Federal (CF) na denominada Reforma Administrativa, traduz a ideia de uma administração gerencial. (Certo/Errado)

79) (Cespe – PGE/PB – Procurador) O princípio da eficiência, introduzido expressamente na Constituição Federal (CF) na denominada Reforma Administrativa, traduz a idéia de uma administração burocrática. (Certo/Errado)

80) (Cespe – MPE/RR – Cargo 7) Apesar de não estar previsto expressamente na Constituição Federal, o princípio da eficiência é aplicado na administração pública por força de lei específica. (Certo/Errado)

81) (2008/CESPE – OAB-SP/137) O rol dos princípios administrativos, estabelecido originariamente na CF, foi ampliado para contemplar a inserção do princípio da eficiência. (Certo/Errado)

82) (2007/Cespe – CPC Renato Chaves-PA/Téc. Em Info) O princípio da eficiência alcança apenas os serviços públicos prestados diretamente pelo Estado à coletividade, não se estendendo aos serviços administrativos internos, que ficam submetidos ao princípio da estrita legalidade. (Certo/Errado)

83) (2009/Cespe – PCPB/Perito) O princípio da eficiência na administração pública foi inserido no caput do art. 37 da CF apenas com a edição da Emenda Constitucional n.º 19/1998. Entretanto, mesmo antes disso, já era considerado pela doutrina e pela jurisprudência pátria como um princípio implícito no texto constitucional. Sob o enfoque desse princípio, o princípio da eficiência, relacionado na CF apenas na parte em que trata da administração pública, não se aplica às ações dos Poderes Legislativo e Judiciário. (Certo/Errado)

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84) (2008/CESPE – STJ – Cargo 4) A exigência de que o administrador público atue com diligência e racionalidade, otimizando o aproveitamento dos recursos públicos para obtenção dos resultados mais úteis à sociedade, se amolda ao princípio da continuidade dos serviços públicos. (Certo/Errado)

85) (2009/Cespe – MPOG – Nível Intermediário) O texto da Constituição Federal de 1988 (CF) menciona explicitamente a eficiência como princípio que deve reger a administração pública. Além disso, com base na doutrina prevalecente, é correto afirmar que tal princípio se confunde com o da moralidade administrativa. (Certo/Errado)

86) (2008/CESPE – STJ – Cargo 1) As formas de participação popular na gestão da coisa pública previstas na CF incluem a autorização para a lei disciplinar a representação do usuário do serviço público contra o exercício negligente ou abusivo do cargo público. (Certo/Errado)

87) (2008/Cespe – MC – Área 1) O princípio da eficiência se concretiza também pelo cumprimento dos prazos legalmente determinados, razão pela qual, em caso de descumprimento injustificado do prazo fixado em lei para exame de requerimento de aposentadoria, é cabível indenização proporcional ao prejuízo experimentado pelo administrado. (Certo/Errado)

88) (2008/Cespe – Hemobrás – Cargo 1) O princípio da eficiência impõe ao administrador público a obtenção da plena satisfação da sociedade a qualquer custo. (Certo/Errado)

89) (2008/Cespe – TJ-DF/Analista Judiciário) O Poder Judiciário poderá exercer amplo controle sobre os atos administrativos discricionários quando o administrador, ao utilizar-se indevidamente dos critérios de conveniência e oportunidade, desviar-se da finalidade de persecução do interesse público. (Certo/Errado)

90) (2006/Cespe – PC-PA – Delegado) A comunicação, por meio de denúncia anônima, de fatos ilícitos graves que tenham sido praticados no âmbito da administração pública, autoriza, em cada caso concreto, a ponderação entre a vedação constitucional do anonimato e a obrigação jurídica do Estado de investigar condutas funcionais desviantes, imposta pelo dever de observância à legalidade, à impessoalidade e à moralidade administrativa. (Certo/Errado)

91) (2005/Cespe – TJ/BA) O princípio da proporcionalidade é hoje amplamente reconhecido pela doutrina e pela jurisprudência brasileiras como um dos que regem a atividade administrativa, conquanto remanesça como princípio implícito no ordenamento jurídico positivo do país. (Certo/Errado)

92) (2008/Cespe – STF – Cargo 1) Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade estão previstos de forma expressa na CF. (Certo/Errado)

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93) (2008/Cespe – Sebrae/BA – Analista Técnico II/Jurídico) É certo que cabe ao Poder Judiciário verificar a regularidade dos atos normativos e de administração do poder público em relação às causas, aos motivos e à finalidade que os ensejam. Contudo, a valoração do princípio da proporcionalidade, realizada pelo Poder Judiciário, não pode chegar ao ponto de, em processo judicial, se exigir que seja guardada correlação entre o número de cargos efetivos e em comissão existentes no Poder Legislativo, como forma de garantir estrutura para usa atuação. (Certo/Errado)

94) (2009/Cespe - TCE/ES - Procurador) É ilegítima a verificação pelo Poder Judiciário de regularidade de ato discricionário, mesmo no que se refere às suas causas, motivos e finalidade. (Certo/Errado)

95) (2009/Cespe – PCRN – Delegado) Não se trata de exigência desproporcional e desarrazoada a cláusula que determina que conste nos comunicados oficiais o custo da publicidade veiculada. (Certo/Errado)

96) (2009/Cespe – ANAC – Analista Administrativo – Cargo 6) O princípio da razoabilidade impõe à administração pública a adequação entre meios e fins, não permitindo a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público. (Certo/Errado)

97) (2005/Cespe – ANTAQ) A ausência de previsão constitucional expressa da obrigação do administrador de motivar os seus atos não impede que se exija dele essa motivação com fundamento na adoção da democracia pelo Estado brasileiro, bem como no princípio da publicidade e na garantia do contraditório. (Certo/Errado)

98) (2008/Cespe – Seplag/DFTRANS – Administrador) Segundo o princípio da motivação, os atos da administração pública devem receber a indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinaram a decisão. (Certo/Errado)

99) (2008/Cespe – ABIN – Agente de Inteligência) Não viola o princípio da motivação dos atos administrativos o ato da autoridade que, ao deliberar acerca de recurso administrativo, mantém decisão com base em parecer da consultoria jurídica, sem maiores considerações. (Certo/Errado)

100) (2006/Cespe – CENSIPAM) O Poder Judiciário não está sujeito ao princípio da motivação quando exerce funções atípicas. (Certo/Errado)

101) (2009/Cespe – ANAC – Analista – Cargo 5) São princípios da administração pública expressamente previstos na CF: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e motivação. (Certo/Errado)

102) (2008/Cespe – OAB-SP) A Lei Complementar nº 1.025, de 7 de dezembro de 2007, do estado de São Paulo, ao criar a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP), dispôs que essa

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agência, no desempenho de suas atividades, deveria obedecer, entre outras, às diretrizes de “adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público” (art. 2.º, III) e de “indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinem as suas decisões” (art. 2.º, V). Tais diretrizes dizem respeito aos seguintes princípios proporcionalidade e motivação. (Certo/Errado)

103) (2007/Cespe – PGE-PA – Técnico) Com base no princípio da segurança jurídica, é possível a modulação dos efeitos dos atos administrativos ilegais ou inconstitucionais, de forma a permitir que sejam declarados nulos com efeitos ex nunc. (Certo/Errado)

104) (Cespe – TRE/MA – Cargo 5/2009) João, servidor público federal, obteve, mediante ação judicial transitada em julgado, determinada vantagem pecuniária que, cerca de 15 anos depois, foi incorporada aos proventos da sua aposentadoria. O TCU, ao examinar a concessão da aposentadoria, determinou a suspensão do pagamento da parcela, arguindo estar em conflito com jurisprudência pacífica do STF. Considerando essa situação hipotética, para impedir o ato do TCU, a defesa de João deve arguir o princípio da princípio da segurança jurídica. (Certo/Errado)

105) (Cespe – Sefaz/AC – Fiscal/2009) A aplicação do princípio da segurança jurídica pode afastar o da mera legalidade. (Certo/Errado)

106) (2009/Cespe - TCE/ES - Procurador) O princípio da segurança jurídica não pode ser concretizado desconsiderando-se o princípio da legalidade. Nesse sentido já entendeu o STF, para o qual, se uma lei editada após o advento da CF for por ele declarada inconstitucional, no âmbito do controle difuso, não haverá como se aplicar a técnica da modulação dos efeitos para que essa declaração somente passe a vigorar a partir de outra data, pois, se a lei é inconstitucional, toda declaração de inconstitucionalidade deverá retroagir (eficácia ex tunc) para extirpar a lei do ordenamento jurídico, desde o seu nascimento. (Certo/Errado)

107) (2009/Cespe - TCE/ES - Procurador) Considere que determinado servidor tenha se aposentado no serviço público e que, sete anos depois, o TCU tenha negado o registro dessa aposentadoria. Nessa situação, conforme entendimento do STF, de acordo com o princípio da segurança jurídica, deveria esse servidor ser convocado para participar do processo administrativo em tela diante da garantia do contraditório e da ampla defesa. (Certo/Errado)

108) (2009/Cespe – PGE/PE – Procurador) O princípio da boa-fé está previsto expressamente na CF e, em seu aspecto subjetivo, corresponde à conduta leal e honesta do administrado. (Certo/Errado)

109) (2007/Cespe – Bombeiros/DF) Com fundamento no princípio da proporcionalidade, a sanção por ato de improbidade administrativa deve ser

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fixada com base na extensão do dano causado e no proveito patrimonial obtido pelo agente. (Certo/Errado)

110) (2008/Cespe – OAB/SP/136 – Exame da Ordem) O Poder Judiciário pode dispensar a realização de exame psicotécnico em concurso para investidura em cargo público, por ofensa ao princípio da razoabilidade, ainda quando tal exigência esteja prevista em lei. (Certo/Errado)

111) (2008/Cespe – MC – Área 1) Em exames de avaliação psicológica para seleção de candidatos a cargos públicos, é inadmissível a existência de sigilo e subjetivismo, sob pena de afronta aos princípios da publicidade e da legalidade. (Certo/Errado)

112) (2008/Cespe – Sebrae/BA – Analista Técnico II/Jurídico) Uma vez constituída por ato administrativo uma situação jurídica que venha causar modificação favorável ao patrimônio do administrado ou do servidor, o desfazimento do ato pode ocorrer sem prévio contraditório, caso seja constatada ilegalidade. (Certo/Errado)

113) (2008/Cespe – Sebrae/BA – Analista Técnico II/Jurídico) Na análise dos atos administrativos, a teoria do fato consumado se caracteriza como matéria infraconstitucional, pois se relaciona à aplicação do princípio da segurança jurídica em atos administrativos inválidos. (Certo/Errado)

114) (2009/Cespe – SECONT/ES – Administrador) Tendo em vista o princípio da continuidade do serviço público, na hipótese de rescisão do contrato administrativo, a administração pública detém a prerrogativa de, nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato. (Certo/Errado)

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CONFIRA O DESEMPENHO

1 E 16 C 31 C 46 E 61 C 76 E 91 E 106 E 2 E 17 C 32 C 47 C 62 E 77 E 92 E 107 C 3 C 18 C 33 E 48 E 63 E 78 C 93 E 108 E 4 C 19 C 34 E 49 C 64 C 79 E 94 E 109 C 5 C 20 C 35 C 50 C 65 E 80 E 95 E 110 E 6 E 21 C 36 C 51 E 66 E 81 C 96 C 111 C 7 C 22 E 37 C 52 C 67 C 82 E 97 C 112 C 8 E 23 E 38 C 53 C 68 E 83 E 98 C 113 E 9 C 24 E 39 C 54 E 69 E 84 E 99 C 114 C 10 E 25 E 40 C 55 C 70 C 85 E 100 E 11 C 26 E 41 C 56 E 71 E 86 C 101 E 12 C 27 E 42 E 57 E 72 C 87 C 102 C 13 E 28 E 43 E 58 C 73 C 88 E 103 C 14 E 29 E 44 C 59 C 74 E 89 C 104 C 15 C 30 E 45 C 60 E 75 E 90 C 105 C

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QUESTÕES COMENTADAS

1. Comentários Vejamos o erro do item: mesmo que se admitisse esse tal “princípio da

vinculação política ao bem comum” não se poderia falar que ele, hierarquicamente, fosse superior aos demais, daí a incorreção da alternativa. De fato, não há hierarquia material entre princípios.

Gabarito: ERRADO

2. Comentários: No item examinado aponta-se o regime jurídico-administrativo, em seu

sentido amplo, como sendo maior que os regimes de direito público e privado. Essa parte do item está perfeita, isso porque o regime jurídico-administrativo, em sentido amplo, tendo por sinônimo Regime Jurídico da Administração, engloba tanto o regime de direito privado (quando a Administração funciona como se particular fosse – CEF, BB, Petrobras) quanto o regime jurídico-administrativo (em sentido estrito), este de Direito Público, aplicável à atividade administrativa do Estado.

A expressão regime jurídico-administrativo, em seu sentido amplo, abarca tanto o regime jurídico administrativo (de Direito Público) como o de Direito Privado, ok? No entanto, só há regime especial, garantidor de prerrogativas na relação com o administrado, quando da presença do Direito Público (regime jurídico administrativo, sentido estrito). O erro, portanto, é subtender que haverá prerrogativas também quando o Estado comparece como pessoa jurídica de Direito Privado, perceberam como “maledita” é a banca Cespe.

Gabarito: ERRADO

3. Comentários: A questão é excelente, pois trata de um tema “na moda” em concursos

recentes. Isso mesmo, concurso também tem moda... Em determinadas épocas, alguns assuntos passam a ser recorrentes nas

provas, como é a diferenciação entre interesse público primário e secundário.

O interesse primário representa a Administração Pública no sentido finalístico, extroverso, com outras palavras, é o interesse público propriamente dito, pois dirigido diretamente aos cidadãos (de dentro do Estado para fora – Administração Extroversa).

Já o interesse secundário diz respeito aos interesses do próprio Estado, internos, introversos, portanto, inconfundíveis com os primários (propriamente ditos), daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO 4. Comentários:

O regime jurídico-administrativo é formado por dois pilares: o da supremacia do interesse público sobre o privado e o da

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indisponibilidade do interesse público (ou legalidade, para outros), os quais podem ser sintetizados, respectivamente, no seguinte binômio: prerrogativas e restrições.

Gabarito: CERTO

5. Comentários: O regime jurídico-administrativo é um conjunto de prerrogativas e

sujeições concedido à Administração Pública, para melhor cumprimento dos interesses públicos. As prerrogativas traduzem o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, enquanto que as restrições/sujeições remetem-nos ao princípio da indisponibilidade do interesse público/legalidade, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

6. Comentários: Cespe, sempre Cespe! É verdade que, de acordo com o princípio da

indisponibilidade, não é lícito prevalecer a vontade psicológica, no entanto, os agentes não são titulares do interesse público, são sim guardiães.

Gabarito: ERRADO.

7. Comentários: Os princípios da supremacia e o da legalidade são os informadores do

Regime Jurídico Administrativo, daí a correção da alternativa.

Gabarito: CERTO.

8. Comentários: Prevalência do interesse da maioria da população?! E se a maioria da

população se debelar contra o Estado Democrático e de Direito?! A supremacia é do interesse público, daí a incorreção da alternativa.

Gabarito: ERRADO.

9. Comentários: Na parte de Direito Constitucional, os amigos estudaram que os vícios

podem ser de legalidade ou de constitucionalidade. Se o contraste do ato normativo é diretamente com a lei, temos controle de legalidade, por exemplo: Decreto Regulamentar do Presidente da República que extrapola o conteúdo da lei. Já se o contraste do ato normativo é diretamente com o texto constitucional, temos o controle de constitucionalidade, por exemplo: Resolução do CNJ, por ser ato primário.

Gabarito: CERTO.

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10. Comentários: A questão é simples. A partir da leitura do caput do art. 37 da CF/1988

chegamos facilmente à resposta. O referido dispositivo coloca, explicitamente, cinco princípios a serem

aplicados à Administração Pública, velhos conhecidos de quem já vem há tempos se preparando para concursos públicos: Legalidade; Impessoalidade; Moralidade; Publicidade e Eficiência (o tradicional LIMPE, tão repetido em sala nos cursos preparatórios para concursos). Não resta dúvida quanto à incorreção da questão: faltou o princípio explícito da eficiência, detalhado mais à frente.

Esse tão conhecido processo mnemônico – LIMPE diz respeito tão-só aos princípios constitucionais expressos. Há inúmeros outros princípios de Administração encontrados (deduzidos) em nosso ordenamento.

Gabarito: ERRADO

11. Comentários: Nem todos os princípios que valem para a Administração Pública

encontram previsão expressa no texto constitucional. Vários princípios, ainda que assim não chamados pelo texto da CF/1988, podem ser dessa extraídos. São exemplos: o princípio da participação popular (art. 37, §3º); princípio da licitação (art. 37, inc. XXI); princípio da probidade (art. 37, §4 º) etc.

Gabarito: CERTO

12. Comentários: A questão é quase repetição da anterior, só que, ao tempo que omite a

impessoalidade como princípio, acresce outro: o princípio da probidade. Existem inúmeros princípios de Administração Pública os quais, ainda que

não tenham sido chamados assim, de princípios, o são, uma vez que reconhecidos amplamente pela doutrina, como, por exemplo, o da probidade administrativa. Gabarito: CERTO

13. Comentários: Vamos aproveitar o item para citarmos o art. 2º da Lei n. 9.784/1999

(Lei de Processo Administrativo Federal): A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

Inúmeros princípios, além daqueles constantes da Constituição Federal, foram positivados (reproduzidos, previstos) em nossa ordem jurídica para a Administração Federal pela Lei n. 9.784/1999.

Portanto, a lei não incorre em nenhuma inconstitucionalidade por ter trazido “novos” princípios para a Administração Pública. De fato, se fôssemos buscar fundamentos constitucionais para os princípios enumerados pela Lei n.

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9.784/1999, encontraríamos para todos! Ou seja, a Lei só faz reproduzir de maneira expressa aquilo que o assoalho Constitucional já garante.

Gabarito: ERRADO

14. Comentários: Os princípios são verdadeiros pilares, suporte para toda atividade da

Administração. Alguns desses “pilares” são explícitos na Constituição e constam do caput do art. 37 da CF/1988. Outros são encontrados implicitamente no texto constitucional, são depreendidos do sistema jurídico-administrativo-constitucional. Outros princípios vêm de textos legais, como os do art. 2º da Lei n. 9.784/1999 (Lei de Processo Federal), e, por fim, a doutrina “constrói” inúmeros princípios, a partir da interpretação da ordem jurídica, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

15. Comentários: A questão, sem sombra de dúvidas, está correta, pois a Administração

deve obediência a todos os princípios enumerados, além de outros mais.

Gabarito: CERTO

16. Comentários: Todas as disposições fundamentais do art. 37 constituem princípios de

Administração Pública e não apenas o seu caput, por exemplo: I) concursos públicos – exigência do inc. II do art. 37. O acesso a

cargos e empregos públicos ocorrerá mediante concurso público (regra geral). Toa, para tal regra há exceções, que serão vistas em capítulos futuros;

II) licitações – o inc. XXI do art. 37 determina que, salvo exceções previstas em Lei, as compras, alienações, obra e serviços a serem contratados pela Administração Pública devem ser antecedidos de licitação. Observe-se que licitações e contratos são coisas diferentes: para que os últimos sejam firmados, as primeiras devem, em regra, ser realizadas. Assim, licitações são o antecedente e o contrato o consequente (regra geral);

III) responsabilidade do Estado: a regra é que o Estado responde objetivamente pelos atos provocados por seus agentes (nessa qualidade), como estabelece o §6º do art. 37. Teremos a oportunidade de destrinchar o tema responsabilidade no momento mais adequado;

IV) dever de probidade: determina que o agente público mantenha conduta honesta, reta, leal, e ética;

V) participação na Administração: o §3º do art. 37 (com redação oferecida pela EC 19/1998) estabelece que a lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta.

Em síntese: Os comandos do art. 37 contêm inúmeros princípios que não foram assim chamados, por serem implícitos ou reconhecidos pelo seu valor para ordem jurídica. Gabarito: CERTO

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17. Comentários: De acordo com o art. 37, caput, da CF/1988, os princípios têm aplicação

para todos os Poderes e suas administrações direta (conjunto de órgãos, por exemplo: Ministérios) e indireta (conjunto de entidades administrativas, por exemplo: sociedades de economia mista).

Gabarito: CERTO.

18. Comentários: Na ADI 1.694, o STF esclareceu que os princípios gerais regentes da

Administração Pública são invocáveis de referência à administração de pessoal militar federal ou estadual, salvo no que tenha explícita disciplina em atenção às peculiaridades do serviço militar.

Gabarito: CERTO.

19. Comentários: Mais um item sobre o alcance dos princípios. Visto e revisto, os princípios

são aplicáveis a todos os Poderes, daí a correção da alternativa.

Gabarito: CERTO.

20. Comentários: O comando do art. 37, caput, da CF/1988 não alcança apenas as

administrações direta e indireta de todos os Poderes da República, como também os agentes públicos integrantes, independentemente do nível de hierarquia (do Presidente da República ao agente administrativo), daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO. 21. Comentários:

Essa “precedência” não tem sentido hierárquico. Não é que o princípio da legalidade seja mais importante que os demais, mas sim que os outros princípios devem ser interpretados à luz das leis, pois, como dito, a Administração só pode fazer o que a lei determina ou autoriza.

Por exemplo. Os amigos concursandos devem lembrar que a expressão regime jurídico administrativo quer significar um conjunto de regras e de princípios, certo? E lembram, igualmente, que dois são os princípios informadores deste regime: supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse público, certo? E vimos que a indisponibilidade do interesse público traduz a idéia de que a Administração está submissa ao princípio da legalidade.

Portanto, se a indisponibilidade é informadora dos demais princípios e o princípio da legalidade é sinônimo dela, chegamos à conclusão de que o princípio da legalidade precede (vem antes!) os demais, pois comparece como informador do regime jurídico-administrativo.

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Muito boa essa questão! E palmas ao Cespe, banca sempre capaz de nos surpreender...

Gabarito: CERTO

22. Comentários: Enquanto o particular age do modo que julgue mais conveniente, desde

que a lei (não apenas a Constituição) não o proíba, o agente público, responsável por tornar concreta a missão da Administração Pública, não pode fazer tudo o que não seja proibido em lei, e sim só o que a norma autoriza ou determina, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

23. Comentários: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de

ilegalidade (Súmula 473/STF – princípio da autotutela), não podendo ser invocado o princípio da isonomia com o pretexto de se obter benefício ilegalmente concedido a outros servidores, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

24. Comentários: Aplicação direta da Súmula 339/STF: não cabe ao Poder Judiciário, que

não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia. O §1º do artigo 39 da CF/1988 é preceito dirigido ao legislador, a quem compete concretizar o princípio da isonomia, considerando especificamente os casos de atribuições iguais ou assemelhadas, não cabendo ao Poder Judiciário substituir-se ao legislador, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

25. Comentários: O princípio da legalidade tem uma dupla face, dupla aplicação. Ora

dirige-se à conduta do agente público (legalidade administrativa – caput do art. 37), ora relaciona-se à forma de atuar dos particulares em geral (legalidade constitucional – inc. II do art. 5º).

Porém, o alcance é distinto. Tratando-se de Administração, só é dado fazer ou deixar de fazer o que a lei permitir ou autorizar, quando e como (indisponibilidade); já para o particular há autonomia de vontade, faz ou deixa de fazer tudo, desde que a lei não o proíba.

No presente quesito, a banca inverteu a aplicação, pois o agente só pode fazer o que a lei determina. Por exemplo: por decorrência do regime jurídi-coadministrativo se tolera que o Poder Público celebre acordos judiciais, ainda que benéficos, sem a expressa autorização legislativa? Sonoramente não! Só pode fazer ou deixar de fazer o que está previsto/autorizado nas leis.

Acrescento que, apesar da importância do princípio da legalidade, existem situações em que referido postulado poderá sofrer constrições

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(afastamentos) provisórias e excepcionais, por exemplo: estado de defesa, de sítio, e edição de Medida Provisória (esta, como sabemos, tem força de lei).

Gabarito: ERRADO

26. Comentários: Enquanto a legalidade constitucional dirige-se aos particulares em geral, facultando-os fazer ou deixar de fazer qualquer coisa, a não ser que a lei expressamente os proíba, a legalidade administrativa tem aplicabilidade para os administradores públicos, no sentido de que só podem fazer ou deixar de fazer se a lei permitir ou autorizar, logo, incorreto o presente quesito.

Gabarito: ERRADO.

27. Comentários: Como dito, a Administração Pública só pode agir de forma determinada

ou autorizada por lei. No primeiro caso, tem-se a atuação vinculada à norma, com a produção

de atos dessa natureza, vinculados. Nestes, a doutrina costuma apontar que falta liberdade ao administrador, o qual se limitaria simplesmente a cumprir o estabelecido pela norma, de forma clara e precisa.

Noutros casos, a Administração Pública contará com certo grau de liberdade, mais ou menos amplo, aquilo que foi convencionado chamar, doutrinariamente, de discricionariedade administrativa. Contudo, mesmo quando possui tal liberdade, que, em síntese, diz respeito à conveniência (modo) e oportunidade (momento) de agir, a Administração não escapa do dever de cumprir a lei.

De outra forma: discricionariedade não é sinônimo de arbitrariedade, livre disposição de vontade. Discricionariedade significa, sim, liberdade, mas com limites postos pela lei, daí a incorreção do item.

Gabarito: ERRADO 28. Comentários:

O STF reconhece como legítima a fixação de idade (máxima e mínima, conforme o caso), no entanto, só ganha validade quando indispensável em razão da natureza e atribuições do cargo e quando fixado em lei e não em ato administrativo, como, por exemplo, edital de concurso, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

29. Comentários: A CF/1988 traça dois tipos de reserva legal: a absoluta e a relativa. A

absoluta ocorre ao se solicitar a edição de lei formal para a regulamentação do texto constitucional, elaborada segundo o devido processo legislativo. Já a relativa, embora se exija edição de lei formal, garante a fixação de

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parâmetros de atuação do Poder Executivo, que pode complementá-la por ato infralegal (edição de decreto regulamentar), daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

30. Comentários: O texto constitucional, além da reserva legal absoluta, prevê a reserva

relativa, essa que permite ao Executivo a complementação da lei formal por meio de atos infralegais. Assim, o Chefe do Executivo pode editar decreto regulamentar (ato normativo) e, portanto, dar fiel cumprimento à lei, obrigando seus destinatários, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

31. Comentários: Por tal princípio, o tratamento conferido aos administrados em geral

deve levar em consideração não o “prestígio” por estes desfrutado, mas sim suas condições objetivas frente às normas que cuidam da situação, tendo em conta o interesse público, que deve prevalecer.

Para esses doutrinadores, a atuação impessoal determina uma atuação finalística da Administração, ou seja, voltada ao melhor atendimento dos interesses públicos. Desse modo, o princípio da impessoalidade é sinônimo de finalidade, portanto, correto o item. Com outras palavras, a Administração Pública não detém a faculdade (prerrogativa) de alcançar a finalidade das normas, o cumprimento de princípios é verdadeira restrição, sendo o princípio da finalidade inerente ao princípio da impessoalidade.

Gabarito: CERTO

32. Comentários: Uma segunda face do princípio da impessoalidade refere-se à

circunstância de os atos praticados pelo agente serem imputados ao órgão/entidade ao qual se vincula. A atuação do agente, em realidade, é da própria Administração Pública.

Não se justifica, pois, que as realizações da Administração Pública gerem louros pessoais ao agente. Evita-se, com isso, a confusão entre público e privado.

Gabarito: CERTO

33. Comentários: De acordo com o princípio da finalidade, o tratamento dado aos

administrados em geral deve levar em consideração não o “prestígio” desfrutado por estes, mas sim suas condições objetivas diante das normas que cuidam da situação, tendo em conta o interesse público, que deve prevalecer.

Por isso, o erro da questão: não há outra finalidade da Administração que não seja a de alcançar os interesses públicos, pouco importando à Administração o prestígio do administrado.

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Gabarito: ERRADO

34. Comentários: O princípio da impessoalidade, na acepção de finalidade pública, tem

aplicações várias encontradas no texto constitucional, entre as quais, a vedação à promoção pessoal (§1º do art. 37 da CF/1988), logo, incorre em desvio de finalidade o administrador que usa nome, símbolo ou imagem para se autopromover, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

35. Comentários: A publicidade a partir de símbolos, de imagens e de nomes não pode

servir para autopromoção dos agentes, mas sempre promovida em caráter educativo, informativo e não de cooptação (captura) social. Logo, no presente caso, está patente a violação do princípio da impessoalidade.

Gabarito: CERTO.

36. Comentários: De fato, ofende o princípio da impessoalidade a publicidade com uso de

símbolos, de imagens e de nomes que gere a promoção pessoal do agente público, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO. 37. Comentários:

Mais um item de fixação. Dispensáveis novos comentários.

Gabarito: CERTO.

38. Comentários: Os princípios são válidos para toda a Administração Direta e Indireta,

aqui incluídas as sociedades de economia mista e as empresas públicas, daí a correção da alternativa.

Gabarito: CERTO.

39. Comentários: Em outra interessante acepção do princípio da impessoalidade, os atos e

provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade administrativa em nome do qual age o funcionário. A tese é consagrada em diversos momentos da nossa atual Constituição Federal, como, por exemplo, no art. 37, §6º, do texto constitucional, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

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40. Comentários: Não há, de fato, outro interesse a ser perseguido pelo administrador a

não ser o interesse público, daí a correção do quesito. Como diz a doutrina, de acordo com a impessoalidade, é como se os administradores não tivessem rosto e os administrados nomes e sobrenomes.

Gabarito: CERTO.

41. Comentários: Ofende o princípio da impessoalidade, na acepção da igualdade, a

concessão de benefícios distintos a pessoas que se encontram em idêntico patamar, daí a correção da alternativa.

Gabarito: CERTO.

42. Comentários: A publicidade não é um requisito de validade, enfim, se o ato é imoral e

ilegal, não é com a publicidade que passa a ser legítimo, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

43. Comentários: A moralidade é princípio autônomo em relação aos demais princípios

constitucionais, logo, em havendo ofensa à moralidade, certo que o ato não fica imune ao controle judicial. Basta ver o que diz o inc. XXXV do art. 5º da CF/1988 para chegar a essa conclusão. Relembremos o dispositivo: a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.

Mesmo que tal conceito seja empregado em sua “acepção pura”, ou seja, em seu sentido filosófico, entendida, portanto, como um conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada (conceito extraído do Dicionário Aurélio Eletrônico), estará submetido ao controle judicial, se for o caso, daí a incorreção do item.

Gabarito: ERRADO.

44. Comentários: A moralidade administrativa, além da ação popular – interposta por

qualquer cidadão – (art. 5º, LXXIII, da CF/1988), é reforçada pela própria Constituição em outras passagens, como, por exemplo, nos arts. 37, §4º e 85, V, (atos de improbidade administrativa) e 70 (princípios da legitimidade e economicidade, dos quais irradia a moralidade).

Gabarito: CERTO.

45. Comentários: Muito interessante esse item. A afirmação de que a probidade é um

aspecto da moralidade é correta quanto à origem do conceito.

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De acordo com o Dicionário Aurélio (eletrônico), probidade diz respeito à integridade de caráter, honradez, ou seja, conceito estreitamente correlacionado com o de moralidade administrativa, tal como afirmado pelo examinador.

Gabarito: CERTO

46. Comentários: De fato, há doutrinadores que diferenciam a probidade da moralidade

administrativa. No entanto, para o autor Diógenes Gasparini a probidade não é distinta da moralidade, quando muito, a probidade é apenas um particular aspecto da moralidade administrativa que recebeu da Constituição Federal um tratamento próprio, na medida em que atribuiu ao ímprobo a pena de suspensão dos direitos políticos.

Gabarito: ERRADO.

47. Comentários: Excelente questão, mais uma vez, no velho e bom “estilo Cespe”. Não há, de maneira geral, uma LEI que vede, expressamente, o

nepotismo no âmbito de todas as esferas federativas. Não obstante prática indesejável, o nepotismo não seria, então, uma ilegalidade explícita, por falta de lei que assim estabeleça.

Toa, além do princípio da legali dade, cabe observar e aplicar outros princípios constitucionais na produção de atos administrativos. O nepotismo precisa ser combatido, integrando todos os princípios constitucionais, o que, por sorte da moralidade e da eficiência, já foi feito pelo Supremo Tribunal Federal - STF.

Ao apreciar a Ação Declaratória de Constitucionalidade 12/2006 – ADC 12, a Corte Constitucional entendeu que o nepotismo é uma afronta a princípios de Administração Pública constantes do art. 37 da CF/1988.

Por útil, vejamos parte da ementa do julgado de referência: Os condicionamentos impostos pela Resolução em foco não atentam contra a liberdade de nomeação e exoneração dos cargos em comissão e funções de confiança (incisos II e V do art. 37). Isto porque a interpretação dos mencionados incisos não pode se desapegar dos princípios que se veiculam pelo caput do mesmo art. 37. Donde o juízo de que as restrições constantes do ato normativo do CNJ são, no rigor dos termos, as mesmas restrições já impostas pela Constituição de 1988, dedutíveis dos republicanos princípios da impessoalidade, da eficiência, da igualdade e da moralidade. É dizer: o que já era constitucionalmente proibido permanece com essa tipificação, porém, agora, mais expletivamente positivado...

Destaco o trecho acima por deixar claro que o nepotismo é afronta aos princípios da impessoalidade, moralidade, eficiência e igualdade.

Gabarito: CERTO

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48. Comentários: Inicialmente, uma questão semântica – não seria, estritamente, abuso

de direito, mas sim de poder por parte da autoridade. O nepotismo é abuso de poder, uma vez que o ato praticado pela autoridade responsável pela nomeação para o cargo de chefia incide em desvio de finalidade, resultando no uso de uma atribuição pública para fundir patrimônio público e privado, daí a primeira incorreção do quesito.

A princípio, não há correlação direta entre o nepotismo e fins econômicos, uma vez que não existe ato antieconômico. O nepotismo encontra repúdio, porém, por razões morais, sociais, costumeiras, por assim dizer. Daí, um segundo equívoco na questão;

Gabarito: ERRADO

49. Comentários: Com a edição dessa Súmula Vinculante 13, a regra do nepotismo, antes

só existente no Poder Judiciário (Resolução do CNJ), foi estendida para qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas (o que a doutrina chama de nepotismo cruzado).

No entanto, duas exceções à Súmula merecem destaques. A primeira diz respeito aos servidores já admitidos via concurso

público, os quais, na visão do STF, não podem ser prejudicados em razão do grau de parentesco, inclusive porque tais servidores passaram por rigorosos concursos públicos, tendo, portanto, o mérito de assumir um cargo de chefia, de direção. Se entendêssemos diferente disso, alguns servidores seriam punidos eternamente, apesar de competentes para galgarem postos mais elevados.

A segunda exceção foi cobrada pelo Cespe na presente questão. Na Reclamação 6650 – PR, o STF reafirmou seu posicionamento no sentido de que a Súmula 13 não se aplica às nomeações para cargos de natureza política (Secretário Estadual de Transporte, no caso da decisão). Percebam que o cargo ocupado por Aristóteles é de Secretário de Estado de Obras, enfim, de natureza política, não sendo, portanto, o caso de se aplicar o entendimento sumulado pelo STF, daí a correção do item.

Gabarito: CERTO

50. Comentários: Com base no princípio da eficiência, da moralidade, e em outros

fundamentos constitucionais, o STF, por meio da Súmula Vinculante 13, entendeu que viola a Constituição a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta, portanto, correto o quesito.

Gabarito: CERTO.

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51. Comentários: Mais uma aplicação direta da Súmula Vinculante 13 do STF, daí a

incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

52. Comentários: Excelente quesito! O cargo de Secretário de Fazenda é político, no

entanto, o cargo de assessor do Secretário é administrativo, logo, há incidência do nepotismo. E viva ao Cespe!

Gabarito: CERTO.

53. Comentários: Com a edição da Súmula Vinculante 13, o STF estendeu a vedação ao

nepotismo para além do Poder Judiciário, sendo aplicável a toda Administração direta e indireta de todos os Poderes, em matéria de contratação de pessoal. A presente Súmula só faz reafirmar o entendimento do STF: a vedação ao nepotismo (prescinde) não exige edição de lei formal, visto que a proibição é extraída diretamente dos princípios constitucionais que norteiam a atuação administrativa, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

54. Comentários: Apesar de a doutrina apontar que membros dos Tribunais de Contas são

agentes políticos, o STF, em recente julgado, entendeu que não passam de agentes administrativos, uma vez que exercem a função de auxiliares do Legislativo (esses sim políticos). Na ocasião, foi feita uma diferenciação entre cargos administrativos, criados por lei, e cargos políticos, como secretarias de estado, exercidos por agentes políticos. No primeiro caso, a contratação de parentes é absolutamente vedada. No segundo, ela pode ocorrer a não ser que fique configurado o nepotismo cruzado, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

55. Comentários: No REsp 713537/STJ, houve o entendimento de que a contratação de

assessores informais para exercerem cargos públicos sem a realização de concurso público se amolda à conduta prevista no art. 11 da Lei de Improbidade, revelando autêntica lesão aos princípios da impessoalidade e da moralidade administrativa. Na visão do STJ, trata-se de uma situação não só irregular, mas de uma ilegalidade exuberante, porquanto criada à margem da lei, em que se atribui a terceiros a condição de agentes do Poder Público ou da Administração, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

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56. Comentários: Ainda que se trate de conceitos concêntricos (origem no mesmo

conceito: a conduta), moralidade e legalidade distinguem-se: cumprir aparentemente a lei não implica necessariamente a observância da moral.

Gabarito: ERRADO

57. Comentários: A autopromoção do agente, além da impessoalidade, é ofensiva

igualmente ao princípio da moralidade, daí a incorreção da alternativa.

Gabarito: ERRADO.

58. Comentários: Imagine-se que um servidor da Receita Federal passe a namorar a filha

do Ministro da Fazenda, que é muito ciumento. Tão logo descobre o relacionamento, o Ministro remove o servidor, transferindo-o para um distante rincão de nosso país, no intuito de separar o casal. Pergunta-se: a conduta da autoridade seria legal? A princípio, sim. Toa, no aspecto do comportamento esperado da autoridade, o ato não se alinharia à moral, daí porque deveria ser anulado, uma vez que conteria um desvio de finalidade, ou seja, praticado visando fins outros, que não o interesse público.

Gabarito: CERTO.

59. Comentários: A questão é bem interessante, vejamos. O servidor “X” é dono de restaurante, para tanto, no lugar de empregar particulares, contrata parentes próximos. Pergunto: houve ofensa à moralidade administrativa e a moralidade comum? Obviamente que não, no presente caso, sua conduta particular em nada denigre a imagem como servidor da Administração.

Agora, o servidor “X”, ao chegar a casa, bate em seu filho, em razão de pirraças sucessivas. Pergunto: há ofensa a moralidade administrativa e a comum? Logicamente que a moralidade comum fica afetada, o que não implica dizer que o servidor deixará de ser um bom administrador, portanto, evidência de que a moralidade comum nem sempre atingirá a administrativa, o que significa dizer que a moralidade administrativa nem sempre coincide com a moralidade comum.

Por fim, o servidor “X” contrata um parente para assumir um cargo comissionado. Pergunto: a moralidade administrativa e a moralidade comum ficam ofendidas? Nesse caso sim, isso porque os cidadãos, em geral, entendem como sendo imoral o favorecimento de parentes (nepotismo), sendo, igualmente, prática repelida internamente (por ofensiva à moralidade administrativa), portanto, determinados comportamentos administrativos ofensivos à moral comum podem mesmo ensejar a invalidação do ato.

Com outras palavras, o princípio da moralidade administrativa se vincula a uma noção de moral jurídica, que não se confunde, necessariamente, com a moral comum. Por isso, é pacífico que a ofensa à moral comum pode vir a

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implicar, a depender da situação concreta, ofensa ao princípio da moralidade administrativa. Gabarito: CERTO.

60. Comentários: Ainda que legalidade e moralidade sejam conceitos que não se

confundem, ambos podem dar vazão à apreciação de um ato administrativo pelo Poder Judiciário.

Uma das teorias que permitem o controle judicial do ato administrativo sob o aspecto da moralidade é a do desvio de finalidade (ou de poder). Um ato administrativo praticado visando a fins outros que não-públicos constitui abuso de poder, devendo, portanto, ser anulado.

Vício de finalidade, ausentes outras informações, é vício que determina a anulação do ato. Nesse sentido, exemplificativamente, devem ser anuladas a remoção de servidor feita com caráter punitivo e a licitação realizada somente para atender interesses de determinados fornecedores “próximos” do governo etc.

Gabarito: ERRADO

61. Comentários: Para a edição da Súmula Vinculante 13, responsável pela vedação ao

nepotismo direto e cruzado (mediante designações recíprocas), o STF se baseou em princípios como da impessoalidade, da moralidade e da eficiência, afinal de contas, o encaixe de parente no funcionalismo público, além de imoral e pessoal, pode acarretar baixo rendimento funcional, porque a escolha costuma não se pautar no mérito, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

62. Comentários: Nesse caso concreto, há sim ofensa ao princípio da impessoalidade,

especialmente porque as provas já foram realizadas, daí a incorreção da alternativa.

Gabarito: ERRADO.

63. Comentários: O aumento de salário do funcionalismo não é ofensivo à intimidade ou à

honra ou à imagem, de tal sorte que o Estado tem o dever de dar visibilidade mais ampla, por meio de Diário Oficial ou/e Jornais contratados com essa finalidade, daí a incorreção da alternativa.

Gabarito: ERRADO.

64. Comentários: As nomeações para cargos comissionados podem ser publicadas tão-

somente nos boletins internos. No entanto, apesar de cumprido o princípio da

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publicidade, há ofensa à moralidade, mas especialmente à vedação à prática do nepotismo.

Gabarito: CERTO

65. Comentários: A publicidade não é elemento de formação do ato, mas sim requisito de sua moralidade e eficácia, entendida esta última como aptidão do ato para produção dos seus efeitos.

Gabarito: ERRADO.

66. Comentários: A publicidade é da essência da República, que demanda transparência, a

divulgação oficial dos atos, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

67. Comentários: O princípio da publicidade vai ao encontro da democracia, permitindo o

controle da gestão, trazendo às claras o que é feito da coisa pública. A transparência, portanto, é um dos fins objetivados por intermédio do princípio da publicidade, daí a correção do quesito. Gabarito: CERTO.

68. Comentários: Ainda que a publicidade (não a publicação) seja um princípio para os

atos da Administração Pública, não se reveste de caráter absoluto, encontrando exceções no próprio texto da CF/1988.

Por todo o exposto, sem dúvida, errada a questão, haja vista que nem sempre será necessária a divulgação dos atos administrativos para cumprimento do princípio da publicidade.

Gabarito: ERRADO

69. Comentários: Há exceções ao dever de a Administração tornar públicos seus atos,

desde que assim necessário. Nesse sentido, a CF/1988 estabelece no inc. XXXIII do art. 5º:

“todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”. Outro dispositivo do texto constitucional que permite certa restrição à

necessidade de a Administração dar publicidade a seus atos é o inc. LX do art. 5º, com a seguinte redação: a lei só poderá restringir a publicidade dos atos

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processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. Daí a incorreção do quesito. Gabarito: ERRADO.

70. Comentários: Há situações que, quando ocorridas, exigem o devido sigilo, como, por

exemplo, os assuntos atinentes à segurança da sociedade e do Estado (art. 5º, XXXIII, da CF/1988), daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

71. Comentários: Não será necessária a publicação de todos os atos administrativos para

que seja atendido o principio da publicidade. Assim, a indispensável publicação do Diário Oficial... é o primeiro erro na questão.

Afora isso, a publicidade não é, estrito senso, um requisito de validade dos atos administrativos, mas sim de sua eficácia, ou seja, para que um ato possa produzir efeitos (tornar-se eficaz), em regra, deverá ser publicado. Vale aqui novamente realçar: para a regra (de publicar), teremos exceções. Gabarito: ERRADO

72. Comentários: Publicidade não se confunde com publicação, sendo a publicação apenas

um dos meios de se dar cumprimento à primeira. De fato, é possível atender ao princípio da publicidade mesmo sem publicação do ato administrativo, entendida esta como divulgação do ato em meios da imprensa escrita, como diários oficiais ou jornais contratados com essa finalidade. Conclui-se, portanto, que podem existir outras formas de se cumprir com a publicidade, mesmo que não haja publicação do ato, por exemplo, nos municípios em que não exista imprensa oficial, admite-se a publicação dos atos por meio de afixação destes na sede da prefeitura ou da câmara de vereadores.

Gabarito: CERTO.

73. Comentários: A publicidade tanto pode ser geral como restrita. A geral é aquela

promovida pela Administração mediante a publicação em meios oficiais (diários e jornais contratados), já a restrita é garantida, por exemplo, a partir da expedição de certidões pela Administração, exatamente porque as informações antes não tinham sido objeto de publicação, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

74. Comentários: Este item é mais “curioso” do que complexo. A forma de cumprimento do dever (princípio) de publicização vem

contida em norma (regra geral). Todavia, não há norma que indique ser a

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divulgação na Voz do Brasil (aquele programa radiofônico das 19 horas) suficiente para atendimento do princípio da publicidade.

Apesar de a Voz do Brasil poder levar ao conhecimento da população o que tem sido feito no âmbito dos três Poderes da União, a divulgação no citado programa de rádio é insuficiente para observância do princípio da publicidade oficial, ainda que contribua para o conhecimento do ato pela sociedade.

Nesse sentido, inclusive, é a jurisprudência do STF a respeito do assunto. Gabarito: ERRADO

75. Comentários: Para saber quais os atos necessitam ser publicados, deve-se vasculhar o

instrumento básico orientador da atuação do Estado: a lei. Na falta de disposição legal específica, a regra é que atos externos ou internos (com efeitos externos), por alcançarem particulares estranhos ao serviço público, devam ser divulgados por meio de publicação em órgão oficial (diários oficiais). Já atos com efeitos internos dos órgãos/entidades administrativos também necessitam ser divulgados, mas não demandam publicação em diários oficiais, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

76. Comentários: Os atos com efeitos internos não precisam de publicação nos diários

oficiais, por isso, muitos órgãos acabam criando boletins internos, cuja função principal é exatamente dar publicidade aos atos internos da instituição, daí a incorreção do quesito

Gabarito: ERRADO.

77. Comentários: O incremento de produtividade e de economia de recursos públicos tem

estreita ligação com princípio da eficiência, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

78. Comentários: Os valores da eficiência, a relação custo versus benefícios e a qualidade

dos serviços, com o cidadão tomado como cliente, ganham relevo. Por isso, está correta a questão quando afirma que a eficiência traduz a ideia de uma Administração Gerencial.

Gabarito: CERTO

79. Comentários: A eficiência é, entre os princípios, o mais “moderno” da Administração, a

qual já não se contenta em apenas dar cumprimento estrito à norma, mas exige de si resultados positivos para os serviços que presta, atendendo de forma satisfatória aos cidadãos destinatários das ações públicas, que deixam

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de ser vistos como meros contribuintes e passam a ser reconhecidos como clientes. Essa noção de “cidadão-cliente” é um dos principais valores da Nova Administração Pública (ou Administração Gerencial), daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

80. Comentários: Com a Emenda Constitucional n. 19/1998 (Reforma Administrativa),

houve a inserção expressa do princípio da eficiência no comando do art. 37 da CF/1988, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

81. Comentários: Com a Reforma Administrativa (de natureza gerencial), houve a inserção

do princípio da eficiência ao lado da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

82. Comentários: A eficiência é um dos princípios aplicáveis à Administração Pública (caput

do art. 37 da CF/1988). De acordo com tal postulado, pouco importa se a atividade da administração é interna ou externa. É necessário, invariavelmente, que se atue com eficiência. Logo, errado o item, por limitar tal princípio a serviços prestados à coletividade.

Gabarito: ERRADO.

83. Comentários: Os princípios são de alcance para todos os Poderes. Ora, a eficiência é

um princípio, logo, aplicável ao Legislativo e ao Judiciário, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

84. Comentários: O princípio (ou dever) correto não é da continuidade, mas sim da

eficiência, o qual se impõe a toda Administração Pública (art. 37, caput, da CF/1988). Parte da doutrina entende que, caso atue eficientemente, o agente público exercerá suas atribuições com perfeição, rendimento funcional, rapidez, em síntese, deve ser eficiente. De fato, o que temos é uma conjugação de fatores. Assim, não adianta o servidor ser rápido, se não alcança a perfeição (fazer duas vezes não é ser eficiente); não adianta ter ótimo rendimento funcional, se demora três anos para concluir o trabalho; e não adianta ser perfeito, se do trabalho efetuado não decorre qualquer utilidade.

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Gabarito: ERRADO.

85. Comentários: Forçou a amizade. O princípio da eficiência não é sinônimo de

moralidade.

Gabarito: ERRADO.

86. Comentários: Para o alcance da propalada eficiência, a Administração Pública, por

razões óbvias, deve buscar alterações em sua própria estrutura. Nesse sentido, pode ser citado o §3º do art. 37 da CF/1988, o qual dispõe que a lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral (...).

Gabarito: CERTO.

87. Comentários: Nos termos do REsp 687947/STJ, ao processo administrativo devem ser

aplicados os princípios constitucionais do art. 37 da CF/1988, sendo dever da Administração Pública pautar seus atos dentro dos princípios constitucionais, notadamente pelo princípio da eficiência, que se concretiza também pelo cumprimento dos prazos legalmente determinados. Legítimo o pagamento de indenização, em razão da injustificada demora na concessão da aposentadoria, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

88. Comentários: O princípio da eficiência poderia ser resumido como o do “cobertor

curto”: é cabeça ou pé! Não há recursos ilimitados. É preciso aperfeiçoar as escolhas da Administração, é dizer, ampliar as quantidade e qualidade das atividades prestadas pela Administração, em contrapartida à redução de custos, daí a incorreção do quesito.

Inclusive, em sede de controle de constitucionalidade, a não-observância da eficiência pode acarretar a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo que deixe de observá-lo.

Gabarito: ERRADO.

89. Comentários: O examinador quis “pregar uma peça”: é clássica a afirmação de que não

cabe ao Poder Judiciário adentrar o mérito da decisão administrativa, sob pena de “fazer ruir” o sistema de separação de poderes, consagrado na CF/1988 (art. 2º).

Apesar disso, não quer dizer, sobremaneira, que o Judiciário estaria afastado de exercer o controle amplo, como mencionado na questão, aos atos

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da Administração, em especial, se, no uso de uma suposta “discricionariedade”, o administrador agisse de forma abusiva, arbitrária.

No caso examinado, a banca indica que a Administração praticou um ato desviando de sua finalidade ampla, isto é, do cumprimento dos interesses públicos, o que dá legitimidade para que o órgão judicial exerça o controle sob tal ato.

Gabarito: CERTO

90. Comentários: Mesmo que não provocada, a Administração poderá instaurar um

processo administrativo, desde que entenda necessário. Por isso, como no item em análise, um documento apócrifo (anônimo), em casos concretos, poderá dar início a um processo administrativo, ainda que tal processo não seja constituído a partir do expediente anônimo. Afinal de contas, nos processos administrativos prevalece a busca da verdade real, assim entendida como aquela que se levanta dos fatos efetivamente ocorridos, ainda que não constantes formalmente de um processo administrativo, por exemplo.

Dessa forma, ainda que a comunicação citada no item que examinamos tenha sido anônima, poderia (e até deveria) o órgão recebedor instaurar um procedimento de ofício, visando ao esclarecimento dos fatos. A vedação ao anonimato, portanto, pode ser relativizada, em casos específicos, a bem da preservação do interesse público.

Gabarito: CERTO

91. Comentários: Não há dúvida de que, há tempos, o princípio da proporcionalidade é

reconhecido pela doutrina como um dos orientadores da atuação administrativa. Toa, o referido prin cípio não mais permanece implícito em nossa ordem jurídica, uma vez que textualmente previsto no art. 2º da Lei n. 9.784/1999 (Lei de Processo Administrativo Federal), daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO

92. Comentários: O princípio da razoabilidade exige a adequação entre meios e fins, pelo

que não estaria incorreto, numa prova de concurso, afirmar-se que o princípio da proporcionalidade está contido, ou é uma decorrência da razoabilidade, como o faz parte da doutrina brasileira. Para que um ato da administração seja entendido como legítimo, deve, dentre outras coisas, ser razoável e proporcional. Apesar de tais princípios acharem-se expressos na Lei 9.784/1999, acham-se implícitos no texto constitucional, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

93. Comentários:

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O número de cargos e de funções de confiança deve ser o mínimo necessário para o bom exercício da atividade administrativa, sob pena de configurar-se ato ilegal. Na visão do STF, os cargos em comissão e as funções de confiança não podem servir para o exercício de funções meramente técnicas sob pena de burlar o princípio do concurso público. Configura-se, portanto, medida absolutamente inadequada e que fere a proporcionalidade, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

94. Comentários: Quanto às causas, aos motivos e à finalidade, não há qualquer vedação

de exame pelo Poder Judiciário. Tais critérios de aferição não interferem no mérito administrativo, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

95. Comentários: Na visão do STF, cláusula que determina que conste nos comunicados

oficiais o custo da publicidade veiculada é desproporcional e desarrazoada, tendo-se em vista o exagero dos objetivos visados, sendo ofensa, ainda, ao princípio da economicidade, afinal de contas, existem outros veículos para que os cidadãos tenham acesso às informações, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

96. Comentários: A proporcionalidade/razoabilidade pode ser traduzida como a

adequabilidade entre os meios utilizados e os fins pretendidos – princípio da vedação de excesso. Se a conduta do Administrador não respeita tal relação, será excessiva, portanto, desproporcional/desarrazoada, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

97. Comentários: A motivação é desejável, mesmo quando não-obrigatória, uma vez que

possibilita à própria coletividade acompanhar as razões que levam a Administração a agir. Só com a exposição dos motivos da prática dos atos administrativos será dada tal oportunidade. Isso ampara, portanto, a afirmativa do examinador quanto à democracia.

Gabarito: CERTO

98. Comentários: Com a motivação serão tornados públicos os motivos (pressupostos de

fato e de direito), o que garante o cumprimento do princípio da publicidade, também proporcionando a um eventual prejudicado pelo ato praticado pela Administração, a possibilidade de contraditar a decisão. Assim,

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de forma geral, a validade do ato administrativo depende do caráter prévio ou da concomitância da motivação pela autoridade que o proferiu com relação ao momento da prática do próprio ato.

Gabarito: CERTO.

99. Comentários: O ato sem motivação, embora existente, é inválido quanto ao

elemento forma. O administrador pode se utilizar de dois tipos de motivação: a contextual (produção de texto com a exposição dos pressupostos de fato e de direito) e a aliunde (quer dizer ‘de outro lugar’). Essa última (aliunde) ocorre quando o administrador se reporta a decisões anteriores (pareceres) ou a outros documentos (laudos), daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

100. Comentários: Apesar de a CF/1988 manter implícito o princípio da motivação para a

Administração Pública. O mesmo não ocorre com o Poder Judiciário, para o qual a motivação é princípio expresso, daí a incorreção do quesito. Gabarito: ERRADO.

101. Comentários: A Constituição não exige expressamente do administrador a motivação

como princípio, daí a incorreção do quesito. No entanto, para as decisões levadas a efeito no âmbito do Poder Judiciário, a necessidade de motivação é expressa na CF/1988. Vejamos o inc. X do art. 93 da CF/1988:

As decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros. Portanto, a motivação, hoje, não é um princípio absolutamente implícito

no texto constitucional. Mas seu registro constitucional expresso diz respeito às decisões dos Tribunais Judiciais e, igualmente, do Ministério Público (art. 129, §4º, da CF/1988), não sendo diretamente relacionado, portanto, aos administradores públicos.

Gabarito: ERRADO.

102. Comentários: Proporcionalidade – adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.

Motivação – indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinem as suas decisões.

Gabarito: CERTO.

103. Comentários:

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Por esse e por outros itens é que o Cespe é admirável. Prima por exigir do candidato conhecimentos a respeito do sistema jurídico, e não aquele conhecimento “decoreba”. A modulação temporal é uma técnica que vem sendo utilizada pelo STF já há algum tempo. Regra geral, quando a Corte Constitucional declara a inconstitucionalidade de um ato estatal, o faz com efeitos ex tunc, isto é, retroativos à data de sua ocorrência. Apesar disso, o STF tem reconhecido, excepcionalmente, a possibilidade de proceder à modulação ou limitação temporal dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade, oferecendo a decisão efeitos ex nunc ou pro futuro, em nome, obviamente, entre outros, do princípio da segurança jurídica.

Gabarito: CERTO

104. Comentários: O longo decurso de tempo acaba por incutir no administrado o direito de

permanência do ato. No caso concreto, além do princípio da confiança e da boa-fé, pode o administrado utilizar como fundamento de defesa o princípio da segurança jurídica.

Gabarito: CERTO.

105. Comentários: Não há hierarquia entre princípios, ou seja, no caso concreto, pode o

princípio da segurança jurídica prevalecer sobre a legalidade. Evidência da preponderância da segurança jurídica, em casos concretos, pode ser visualizada na Lei 9.784/1999, art. 54. Esse dispositivo veda que, depois de cinco anos, a Administração anule seus atos, enfim, a legalidade foi vencida pela segurança jurídica.

Gabarito: CERTO.

106. Comentários: Fixação. A segurança jurídica pode prevalecer sim, em certas hipóteses,

sobre a legalidade. E mais: o STF vem-se utilizando da técnica da modulação temporal, como decorrência da segurança jurídica, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

107. Comentários: A resposta imediata a partir da leitura da Súmula Vinculante 3 seria a de

que o TCU pode dispensar a convocação do aposentado. Contudo, em recentes decisões, o STF vem orientando o chamamento do terceiro prejudicado, se entre a aposentadoria e o momento do registro pelo TCU distar mais de cinco anos, garantindo-se então o contraditório e a ampla defesa. Gabarito: CERTO.

108. Comentários:

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O princípio da boa-fé não está expresso no texto constitucional, e honestidade e lealdade formam o aspecto objetivo, daí a incorreção da alternativa.

Gabarito: ERRADO.

109. Comentários: Os atos de improbidade podem importar em (§4º do art. 37 da

CF/1988): - suspensão dos direitos políticos; - perda da função pública; - indisponibilidade dos bens; e - ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei. O grifo é para que os amigos notem que as punições decorrentes dos atos de improbidade deverão ser graduadas, na forma prevista em Lei.

A proporcionalidade das penas vale não só para as condutas caracterizadas como ímprobas, mas para toda sorte de punições a serem aplicadas em nossa ordem jurídica, as quais, portanto, precisam ser “dosadas” de acordo com a gravidade da conduta do infrator, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO

110. Comentários: O princípio da razoabilidade não é maior que o da legalidade e vice-

versa, aparentes contradições serão resolvidas com base no valor. De acordo com a Súmula 686 do STF, só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público, logo, não cabe ao Poder Judiciário deixar de exigir a realização de psicotécnico, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

111. Comentários: De acordo com o STF, a lei do cargo pode fixar a exigência de exame

psicotécnico, sendo pautado em critérios objetivos e sujeito a reexame.

Gabarito: CERTO. 112. Comentários:

O devido processo legal, com a aplicação dos princípios do contraditório e da ampla defesa, é imposto à Administração caso queira tornar sem efeito ato administrativo que já tenha repercutido na esfera patrimonial do administrado, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

113. Comentários: A teoria do fato consumado relaciona-se certamente com o princípio da

segurança jurídica, isso porque serve para consolidar situações ilegais em razão do decurso de prazo, ainda que menor que os prazos decadenciais e

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prescricionais, tudo em nome da dignidade da pessoa humana, da boa-fé, da confiança. No entanto, por se referir a direito adquirido e a ato consumado, é matéria constitucional, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: ERRADO.

114. Comentários: Entre as aplicações do princípio da continuidade, destacam-se: a

restrição ao direito de greve, a suplência, a não-oposição à exceção do contrato não-cumprido, e, finalmente, a ocupação provisória, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

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TESTE DE APRENDIZADO

Abaixo, um mimo para os amigos. O gabarito só será divulgado na aula do dia 8! Ah! Postaremos, igualmente, o gabarito, ok?

Acerca do direito administrativo, julgue os itens a seguir.

1. (2010/CESPE/INSS/Médico) Povo, território e governo soberano são elementos do Estado. (Certo/Errado)

2. (2010/CESPE/TER-BA/Analista) A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios são pessoas jurídicas de direito público interno. (Certo/Errado)

3. (2010/CESPE/INSS/Médico) O sistema administrativo ampara-se, basicamente, nos princípios da supremacia do interesse público sobre o particular e da indisponibilidade do interesse público pela administração. (Certo/Errado)

4. (2010/CESPE/MS/ANALISTA) A administração pública, no exercício do ius imperii, subsume-se ao regime de direito privado. (Certo/Errado)

5. (2010/CESPE/INSS/Médico) Segundo a Escola Legalista, o direito administrativo pode ser conceituado como o conjunto de leis administrativas vigentes em determinado país, em dado momento. (Certo/Errado)

6. (2010/CESPE/INSS/Médico) A jurisprudência não é fonte de direito administrativo. (Certo/Errado)

7. (2010/CESPE/BASA/Técnico) Os princípios da moralidade, da legalidade, da publicidade, da eficiência e da impessoalidade, estipulados pelo texto constitucional, somente se aplicam à legislação administrativa referente à administração pública no âmbito federal, com desdobramentos na administração direta, na indireta e na fundacional. (Certo/Errado)

8. (2010/CESPE/ANEEL/Analista) O princípio da moralidade administrativa tem existência autônoma no ordenamento jurídico nacional e deve ser observado não somente pelo administrador público, como também pelo particular que se relaciona com a administração pública. (Certo/Errado)

9. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O princípio da publicidade se verifica sob o aspecto da divulgação externa dos atos da administração, não propiciando o conhecimento da conduta interna dos agentes públicos. (Certo/Errado)

10. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A licitação e o concurso público são, no Brasil, os dois principais instrumentos de impessoalidade, eficiência e, ao mesmo tempo, de igualdade de condições na garantia da profissionalização da atividade administrativa. (Certo/Errado)

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11. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O princípio da impessoalidade implica, para a administração pública, o dever de agir segundo uma racionalidade comunicativa. (Certo/Errado)

12. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O princípio da impessoalidade, se aplicado de forma indiscriminada, provocará disfuncionalidade administrativa. (Certo/Errado)

13. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A aplicação do princípio da impessoalidade pode redundar em desigualdade e(ou) discriminação por não considerar as especificidades de cada caso. (Certo/Errado)

14. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A meritocracia, empregada na administração pública como forma de avaliação de desempenho, é incompatível com a impessoalidade administrativa. (Certo/Errado)

15. (2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) Acerca dos princípios constitucionais, assinale a opção correta.

A A atuação administrativa dos integrantes do setor público deve ser pautada pela existência de uma permissão legal. Assim sendo, o princípio explicitado na CF hierarquicamente definido como mais importante é o da legalidade, pois é um princípio norteador das ações públicas.

B Entendendo que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza” (CF, art. 5, caput), determinado órgão público, responsável pela fiscalização de tributos, estará adequadamente respaldado pelo princípio da impessoalidade ao instituir fila única aos atendimentos à comunidade, não dando diferenciação de atendimento aos cadeirantes, gestantes, idosos etc.

C Se determinado ato administrativo for analisado e categorizado como ilegal e imoral, haverá redundância nessa categorização, pois, de acordo com os princípios constitucionais, todo ato imoral é necessariamente um ato ilegal, sujeito ao controle do Poder Judiciário.

D A publicidade dos atos administrativos é requisito de sua eficácia, sua forma e sua moralidade, propiciando ao gestor público a transparência em suas atuações e possibilitando aos administrados a defesa de seus direitos.

E O princípio da finalidade, explicitado no art. 37 da CF, define que, se o gestor público praticar atos fora dos fins expressa ou implicitamente contidos na regra de competência, praticará desvio de finalidade. E se tal ato atentar contra os princípios da administração pública ao visar fim proibido em lei ou demais normas, constituirá ato de improbidade administrativa.

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TEMAS PARA A PROVA DISCURSIVA

Como dissemos, o nosso curso não abarca a correção dos temas sugeridos. Com essa finalidade (de maior detalhamento e abrangência de disciplinas), os amigos podem se guiar pelo curso já lançado dos amigos Luiz Henrique e no Oliveira, do qual o Cyonil também faz parte.

Vamos à primeira rodada de temas. Os temas são ótimos guias de estudo.

Ah! Na aula que vem, além de novos temas, traremos comentários teóricos, bem como o feedback das dissertações.

TEMA 1

(2008/FGV – TCM – Procurador) No Brasil, há duas correntes quanto à natureza das decisões proferidas pelos Tribunais de Contas. Discorra sobre a argumentação doutrinária de cada uma delas.

Extensão máxima: 20 linhas.

TEMA 2

(Inédita) O controle parlamentar ou legislativo, no Brasil, de natureza externa, é exercido de forma direta ou indireta, nos termos da Constituição. O controle parlamentar direto (ou político) é desempenhado pelos órgãos legislativos ou por comissões parlamentares, sob os aspectos de legalidade e de conveniência. Por sua vez, o controle parlamentar indireto (ou contábil-financeiro) é efetuado pelos Tribunais de Contas, sob o aspecto de legalidade, legitimidade e economicidade.

No Brasil, o controle legislativo indireto, no âmbito da União, é realizado com o auxílio do Tribunal de Contas da União, o qual, apesar de órgão não integrante do Poder Judiciário, pode editar Regimento Interno, pode julgar as contas dos responsáveis, pode aplicar penalidades.

Discorra objetivamente sobre o papel dos Tribunais de Contas, abordando, necessariamente, os seguintes tópicos:

a) Poder regulamentar dos Tribunais enquanto fonte do Direito Administrativo;

b) Formação de coisa julgada administrativa;

c) Sindicabilidade das decisões dos Tribunais de Contas (fundamento).

Extensão máxima: 20 linhas.

TEMA 3

(Inédita) O controle das atividades de gestão e aplicação dos recursos financeiros auferidos pelo Estado é imprescindível para assegurar que sejam eles corretamente vertidos em benefício da população, sem desperdícios e desvios indevidos, em conformidade com o ordenamento jurídico e os anseios da sociedade.

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Nesse contexto, exsurge a relevância dos Tribunais de Contas, a quem compete diversas ações afetas à fiscalização contábil, financeira e orçamentária dos entes e gestores públicos. Sua atuação, diante das constantes inovações da sociedade da informação e da complexidade das relações travadas no seio social, demanda os correspondentes avanços, para que seja impregnada de maior celeridade, objetividade e eficiência.

O poder cautelar, consubstanciado na adoção de medidas urgentes dirigidas à garantia da utilidade de futura manifestação e a evitar perecimento de direitos, revela-se instrumento deveras profícuo ao Poder Judiciário no exercício de seu mister, no qual se insere o controle externo sob o viés jurisdicional.

Na esfera de atribuições dos Tribunais de Contas e diante do cenário atual, um questionamento em especial tem rendido ensejo a debates entre os estudiosos: pode o Tribunal de Contas exarar legitimamente pronunciamento de natureza cautelar?

Bernardo Alves da Silva Júnior. Procurador da Fazenda Nacional. É bacharel em Direito e especialista em Direito Processual pela Universidade Federal do Piauí.

Tendo o texto caráter motivador, responda, objetivamente, sobre a tutela cautelar e a sua adoção no âmbito das Cortes de Contas, abordando, necessariamente, os seguintes tópicos:

a) Os Tribunais de Contas e a relevância de sua missão constitucional; b) Controle Externo e o momento do seu exercício; c) Teoria dos Poderes Implícitos. Extensão máxima: 20 linhas

TEMA 4

(Inédita) Lei estadual do Estado “X” dispõe que compete ao Tribunal de Contas o registro prévio dos contratos celebrados entre os particulares e a Administração Pública. Sabendo ao Tribunal de Contas da União não foi outorgada referida competência pela CF/1988, responda, objetivamente, se a Lei Estadual é constitucional, indicando, em todo caso, na linha de argumentação, os fundamentos jurídico-constitucionais a favor ou contra a constitucionalidade, conforme o caso.

Extensão máxima: 20 linhas

Abraço a todos,

Cyonil Borges (Seano’neal), Elaine Marsula ou Lanlan, e Sandro “Maranhão”.

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TESTE DE APRENDIZADO

Como prometido, seguem os comentários do primeiro teste de aprendizado.

Acerca do direito administrativo, julgue os itens a seguir.

1. (2010/CESPE/INSS/Médico) Povo, território e governo soberano são elementos do Estado. (Certo/Errado)

Comentários:

Apesar de o conceito de Estado variar conforme o tempo e o espaço, alguns elementos (constitutivos) costumam ser constantes: o humano, o geográfico, e o político-administrativo. Com outras palavras, e respeitadas as posições doutrinárias divergentes, a figura do Estado só se faz presente a partir da constituição, nessa ordem, por um povo, por um território, e por um governo soberano.

Sinteticamente, cada um desses pode assim ser definido:

POVO é elemento humano, a base DEMOGRÁFICA.

TERRITÓRIO são os limites do Estado, sua base GEOGRÁFICA.

GOVERNO SOBERANO diz respeito ao elemento condutor, responsável pela organização do Estado, afinal, não há Estado real sem soberania!

Ao lado desses, há (bons) autores que acrescentam o elemento finalidade como informador do Estado (verdadeiro elemento teleológico – leia-se: finalístico), como nosso Afonso da Silva. Afinal, não se pode pensar a figura do Estado sem um projeto para o futuro. A leitura do art. 3º do texto constitucional esclarece bem esse sentido, ao enumerar as normas constitucionais programáticas.

Além disso, oportuno registrar, tentando evitar as velhas e boas “pegadinhas” do Cespe, que a uniformidade linguística não é elemento de formação dos Estados, apesar de excelente para que se dê identidade a um povo e facilite a formação de um grande Estado.

Nosso país, por exemplo, é de grande extensão territorial, sendo a integração bastante facilitada por conta da presença de um único idioma, o português. De outro lado, há países em que se fala mais de um idioma e nem por isso deixam de ser vistos como Estado. Exemplos disso, apenas para ilustrar, a Bélgica, Suíça, Canadá etc.

Gabarito: CERTO.

2. (2010/CESPE/TER-BA/Analista) A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios são pessoas jurídicas de direito público interno. (Certo/Errado)

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Comentários:

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios são as pessoas integrantes da Federação, ou seja, entes políticos (federados) componentes da Federação Brasileira. São pessoas jurídicas de direito público INTERNO. A Federação é a FORMA DE ESTADO, portanto, adotada aqui no Brasil. Dessas, a União pode ficar como pessoa jurídica de Direito Público Internacional, oportunidade em que representa a REPÚBLICA FEDERATIVA.

Gabarito: CERTO.

3. (2010/CESPE/INSS/Médico) O sistema administrativo ampara-se, basicamente, nos princípios da supremacia do interesse público sobre o particular e da indisponibilidade do interesse público pela administração. (Certo/Errado)

Comentários:

O regime jurídico-administrativo é formado por dois pilares: o da supremacia do interesse público sobre o privado e o da indisponibilidade do interesse público (ou legalidade, para outros), os quais podem ser sintetizados, respectivamente, no seguinte binômio: prerrogativas e restrições.

Gabarito: CERTO.

4. (2010/CESPE/MS/ANALISTA) A administração pública, no exercício do ius imperii, subsume-se ao regime de direito privado. (Certo/Errado)

Comentários:

Ius imperii!? Que isso significa? Bilateralidade (horizontalidade) ou unilateralidade (supremacia)? Opa, é supremacia, é império, logo é uma característica do Direito Público e não do Direito Privado, daí a incorreção.

Gabarito: ERRADO.

5. (2010/CESPE/INSS/Médico) Segundo a Escola Legalista, o direito administrativo pode ser conceituado como o conjunto de leis administrativas vigentes em determinado país, em dado momento. (Certo/Errado)

Comentários:

Com a revolução francesa, e império da burguesia, houve grande preocupação de se consolidar, codificar, o direito que andava espalhado pela natureza em papel (leia-se: positivação do direito natural em normas), com a finalidade, entre outras, de se garantir aos cidadãos maior segurança em suas liberdades e, sobretudo, propriedades.

Nessa época, o Direito Administrativo teve por objeto a interpretação das normas jurídicas administrativas e atos

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complementares (leia-se: direito positivo). Assim, estruturou-se a partir da interpretação de textos legais, proporcionada pelos Tribunais Administrativos.

Crítica: a palavra direito não pode (não deve) se resumir a um amontoado de leis. O direito não deve se resumir à interpretação de leis e de regulamentos administrativos. Muito mais que leis, o Direito Administrativo deve levar em consideração a carga valorativa dos princípios, sem falar da doutrina, da jurisprudência, e dos costumes.

Pensemos juntos: há um cartaz na entrada do metrô que diz – “proibido entrada com cães”; outro na entrada de um Parque que diz – “proibido entrado com veículos automotores”. De acordo com o critério exegético (legalista), a solução seria de se admitir a entrada com cobras (são répteis) e baleias (são mamíferos, mas não são cães) e a de não autorizar a entrada da ambulância, a fim de socorrer pessoas dentro do Parque, por exemplo. Porém, nos dias atuais, isso não seria possível, tendo, por exemplo, o princípio da razoabilidade.

Gabarito: CERTO.

6. (2010/CESPE/INSS/Médico) A jurisprudência não é fonte de direito administrativo. (Certo/Errado)

Comentários:

Ainda que óbvio, o Direito Administrativo, em sendo ciência, nasce de algum lugar. É exatamente esse o sentido da palavra “fontes”, que funcionam como se fossem o “ponto de partida” do Direito, suas formas de expressão.

No estudo do Direito Administrativo, encontramos, regra geral, as seguintes fontes ou formas de expressão:

I) lei;

II) jurisprudência;

III) doutrina; e

IV) costumes.

Gabarito: ERRADO.

7. (2010/CESPE/BASA/Técnico) Os princípios da moralidade, da legalidade, da publicidade, da eficiência e da impessoalidade, estipulados pelo texto constitucional, somente se aplicam à legislação administrativa referente à administração pública no âmbito federal, com desdobramentos na administração direta, na indireta e na fundacional. (Certo/Errado)

Comentários:

Somente!? Só MENTE! Isso mesmo. Quando há a expressão “somente”, o item costuma estar incorreto. Os princípios são

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aplicáveis a toda Administração Direta e Indireta de todos os Poderes de todos os entes Federados.

Gabarito: ERRADO.

8. (2010/CESPE/ANEEL/Analista) O princípio da moralidade administrativa tem existência autônoma no ordenamento jurídico nacional e deve ser observado não somente pelo administrador público, como também pelo particular que se relaciona com a administração pública. (Certo/Errado)

Comentários:

O princípio da moralidade é “velho” conhecido, no entanto, explícito no texto constitucional a partir de 1988. Na doutrina francesa, Maurice Hauriou, depois de diferenciar a moral comum da moral jurídica, define a moralidade jurídica como o conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da Administração.

Portanto, a conduta da Administração deve ser mais exigente do que simples cumprimento da frieza das leis, deve-se divisar o justo do injusto, o lícito do ilícito, o honorável do desonorável, o conveniente do inconveniente. A moralidade passa a ser pressuposto de validade dos atos do Estado, em toda nossa atuação estão presentes princípios da lealdade, da boa-fé, da fidelidade funcional.

Lúcia de Figueiredo esclarece que a anulação de atos provenientes do excesso de poder é fundada tanto na noção de moralidade administrativa quanto na legalidade, de tal sorte que a Administração é ligada, em certa medida, pela moral jurídica, particularmente no que concerne ao desvio de poder.

Lealdade, boa-fé, honestidade são preceitos éticos desejados pela sociedade que nos remunera direta ou indiretamente. Por isso, o princípio da moralidade pode ser considerado a um só tempo dever do administrador e direito público subjetivo.

A moralidade é princípio autônomo em relação aos demais princípios constitucionais, logo, em havendo ofensa à moralidade, certo que o ato não fica imune ao controle judicial. Basta ver o que diz o inc. XXXV do art. 5º da CF/1988 para chegar a essa conclusão. Relembremos o dispositivo: a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.

Gabarito: CERTO.

9. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O princípio da publicidade se verifica sob o aspecto da divulgação externa dos atos da administração, não propiciando o conhecimento da conduta interna dos agentes públicos. (Certo/Errado)

Comentários:

Não será necessária a publicação de todos os atos administrativos para que seja atendido o principio da publicidade.

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Assim, é dever da Administração, quando solicita, dar publicidade dos atos internos praticados por seus agentes públicos.

Gabarito: ERRADO.

10. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A licitação e o concurso público são, no Brasil, os dois principais instrumentos de impessoalidade, eficiência e, ao mesmo tempo, de igualdade de condições na garantia da profissionalização da atividade administrativa. (Certo/Errado)

Comentários:

Essa questão foi, infelizmente, anulada. Dormi, acordei. Dormi, acordei. E, depois de ler e reler os motivos da organizadora, não consegui entender porque o item de CERTO passou a anulado! Digo isso porque a licitação atende sim o princípio da eficiência, no aspecto da economicidade. E mais: o concurso público, ao ser regido pela meritocracia, garante o acesso de pessoas mais capacitadas, mais eficientes. Inclusive, quanto ao último aspecto, o STF editou a Súmula 13 (vinculante), vedando a nefasta prática do nepotismo.

Gabarito: ANULADA.

Razões de justificativa da organizadora: não há opção correta, uma vez que a opção apontada no gabarito oficial preliminar afirma equivocadamente que a licitação e o concurso público são instrumentos de eficiência.

11. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O princípio da impessoalidade implica, para a administração pública, o dever de agir segundo uma racionalidade comunicativa. (Certo/Errado)

Comentários:

Racionalidade comunicativa e princípio da impessoalidade?! Aí ficou fácil, não? O item está escandalosamente incorreto.

Gabarito: ERRADO.

12. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O princípio da impessoalidade, se aplicado de forma indiscriminada, provocará disfuncionalidade administrativa. (Certo/Errado)

Comentários:

Pode sorrir! O princípio da impessoalidade deve ser usado de forma mitigada, reduzida?! Eita, nessa a banca forçou.

Gabarito: ERRADO.

13. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A aplicação do princípio da impessoalidade pode redundar em desigualdade e(ou) discriminação por não considerar as especificidades de cada caso. (Certo/Errado)

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Comentários:

Dispensa extensos comentários. O princípio da impessoalidade não pode redundar!

Gabarito: ERRADO.

14. (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A meritocracia, empregada na administração pública como forma de avaliação de desempenho, é incompatível com a impessoalidade administrativa. (Certo/Errado)

Comentários:

Esse item está parelho ao que comentamos acima. O concurso público atende o princípio da isonomia, o qual, por sua vez, é uma das acepções (sentidos) do princípio da impessoalidade. Por esse motivo, a realização de concurso é congruente com a impessoalidade, daí a correção do quesito.

Gabarito: CERTO.

15. (2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) Acerca dos princípios constitucionais, assinale a opção correta.

A A atuação administrativa dos integrantes do setor público deve ser pautada pela existência de uma permissão legal. Assim sendo, o princípio explicitado na CF hierarquicamente definido como mais importante é o da legalidade, pois é um princípio norteador das ações públicas.

Comentários: não há hierarquia entre princípios, daí a incorreção.

B Entendendo que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza” (CF, art. 5, caput), determinado órgão público, responsável pela fiscalização de tributos, estará adequadamente respaldado pelo princípio da impessoalidade ao instituir fila única aos atendimentos à comunidade, não dando diferenciação de atendimento aos cadeirantes, gestantes, idosos etc.

Comentários: tratar os iguais na medida de suas igualdades. Tratar os desiguais, na medida de suas desigualdades. Velho brocardo de Aristóteles, copiado mais tarde por Rui Barbosa, daí a incorreção da alternativa.

C Se determinado ato administrativo for analisado e categorizado como ilegal e imoral, haverá redundância nessa categorização, pois, de acordo com os princípios constitucionais, todo ato imoral é necessariamente um ato ilegal, sujeito ao controle do Poder Judiciário.

Comentários: como sobredito, o princípio da moralidade tem aplicação autônoma em relação ao princípio da legalidade. Um ato

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pode ser legal e ser imoral, lembram? Daí a incorreção. Esse foi o gabarito apontado como correto, por isso a questão foi anulada.

D A publicidade dos atos administrativos é requisito de sua eficácia, sua forma e sua moralidade, propiciando ao gestor público a transparência em suas atuações e possibilitando aos administrados a defesa de seus direitos.

Comentários: a publicidade é requisito de eficácia e de moralidade e não de validade, daí a incorreção da alternativa ao falar que é requisito de forma.

E O princípio da finalidade, explicitado no art. 37 da CF, define que, se o gestor público praticar atos fora dos fins expressa ou implicitamente contidos na regra de competência, praticará desvio de finalidade. E se tal ato atentar contra os princípios da administração pública ao visar fim proibido em lei ou demais normas, constituirá ato de improbidade administrativa.

Comentários: já ouviram falar de LIMPE? Claro que sim! Há algum “F” no limpe? Claro que não! Ou seja, não houve explicitação do princípio da finalidade.

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Olá Pessoal, hoje vamos falar de um assunto dos mais curiosos para os que estão fora da administração pública e loucos para aderir ao sistema: AGENTES PÚBLICOS!

Quem quer ser agente público aí levanta a mão! Pode abaixar!

Então vamos lá! Na aula apresentarei meus famosos resumos e esquemas, é uma forma sintética de apresentar os principais tópicos. Os esquemas estão recheados de assuntos essenciais e também aquelas curiosidades que, às vezes, despencam na nossa prova e a gente não sabe de que lugar veio.

Ninguém vai se sentir atropelado por caminhão dessa vez, porque não guardarei segredos ☺. Vocês que são da área de informática (falaram-me uma vez que informática só se aprende jogando o computador no chão e montando ele de novo ☺) vão gostar ainda mais da aula, porque além dos esquemas, trouxe muitos textos de lei. Essa aula é uma oportunidade para trabalhar bem a lei, afinal muitos quesitos são literais. Algumas questões foram adaptadas.

Então vamos desmontar essa lei e montá-la de novo, ok?

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AGENTES PÚBLICOS

Normas constitucionais concernentes aos servidores públicos

1)(2010/ CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) O regime jurídico estatutário descreve direitos, deveres e obrigações dos servidores públicos e do próprio ente federativo, sendo sua iniciativa de competência privativa do chefe do Poder Executivo. Nos termos da CF, o regime jurídico estatutário deve ser instituído, obrigatoriamente, mediante edição de lei complementar. (Certo/Errado)

2) (CESPE/MS/Analista/2010) O edital do concurso público é o instrumento idôneo para o estabelecimento do limite mínimo de idade para a inscrição no concurso. (Certo/Errado)

3) (2010/ CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) A categoria denominada servidores públicos celetistas está prevista na CF e caracteriza-se por abranger todos aqueles servidores contratados por prazo determinado para atender necessidade temporária de excepcional interesse público. (Certo/Errado)

4) (2010/CESPE – UERN – TÉCNICO NS)O servidor deve ser probo e demonstrar integridade de caráter no desempenho de suas funções, toa, pode escolher, entre duas opções, aquela que melhor atenda a seu interesse. (Certo/Errado)

5) (2009/CESPE – TRF-5 – JUIZ) Aos servidores vitalícios, ao contrário do que ocorre com os notários, registradores e demais servidores dos ofícios extrajudiciais, aplica-se a aposentadoria compulsória por idade, sendo extensivas aos inativos, desde que mediante lei específica, as vantagens de caráter geral outorgadas aos servidores em atividade. (Certo/Errado)

6) (2009/CESPE – ANTAQ) Os cargos públicos em comissão não poderão ser providos segundo as disposições da Consolidação das Leis do Trabalho. (Certo/Errado)

7)(2010/CESPE – MPS – ADMINISTRADOR) No Brasil, o cargo de diplomata pode ser ocupado por um estrangeiro naturalizado brasileiro. (Certo/Errado)

8)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas públicas e das sociedades de economia mista e considerando a atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), julgue o item.

A vedação de acumulação de empregos, cargos ou funções públicas não se aplica às sociedades de economia mista, em razão do regime concorrencial a que se submetem. (Certo/Errado)

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9)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) Por se submeterem a regime jurídico tipicamente privado, os empregados das empresas públicas e das sociedades de economia mistas não estão submetidos ao teto salarial determinado pela CF aos servidores estatutários. (Certo/Errado)

10) (2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A CF autoriza a acumulação de dois cargos de médico, sendo compatível, de acordo com a jurisprudência do STF, interpretação ampliativa para abrigar no conceito cargo de perito criminal com especialidade em medicina veterinária. (Certo/Errado)

11)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) O STF fixou jurisprudência no sentido de que não há direito adquirido a regime jurídico – funcional pertinente à composição dos vencimentos ou à permanência do regime legal de reajuste de vantagem, ainda que eventual modificação introduzida por ato legislativo superveniente acarrete decréscimo de caráter pecuniário. (Certo/Errado)

12)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A regra é a admissão de servidor público mediante concurso público. As duas exceções à regra são para os cargos em comissão e a contratação de pessoal por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. Nessa segunda hipótese, deverão ser atendidas as seguintes condições: previsão em lei dos cargos; tempo determinado; necessidade temporária de interesse público; e interesse público excepcional. (Certo/Errado)

13)(2010/CESPE – CETURB – ADVOGADO) A investidura em cargo ou emprego público dependerá sempre de aprovação prévia em concurso de provas ou de provas e títulos, de acordo com a sua natureza e complexidade. (Certo/Errado)

14)(2010/CESPE – CETURB – ADVOGADO) Embora a Constituição Federal de 1988 (CF) exija a reserva, por meio de lei, de percentual dos cargos e empregos públicos para pessoas com deficiência física, é entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que tal regra não tem aplicação se a incidência do percentual previsto em lei resultar, no caso concreto, em número inferior a um. (Certo/Errado)

15)(2010/CESPE – CETURB – ADVOGADO) Segundo expressa previsão constitucional, é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, nos termos e limites definidos em lei. (Certo/Errado)

16) (2010/CESPE – CETURB – ADVOGADO) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não podem ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. (Certo/Errado)

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17) (2010/CESPE – CETURB – Analista Administrativo) Na admissão no serviço público, embora seja vedada a acumulação remunerada de cargos, a própria Constituição Federal excepciona tal regra em algumas situações. Um médico, por exemplo, pode exercer mais de um cargo, mas essa regra não alcança os demais profissionais da saúde. (Certo/Errado)

18) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, em razão do princípio da eficiência, a CF prevê a avaliação de desempenho como condição obrigatória para aquisição da estabilidade. (Certo/Errado)

19)(2010/CESPE – CETURB – Analista Administrativo) As hipóteses de demissão de servidor público civil incluem a possibilidade de exclusão de servidor para adequar as despesas do ente aos limites fixados na lei de responsabilidade fiscal, desde que já tenham sido excluídos do quadro todos os servidores não estáveis e, ainda assim, a redução de despesas não tenha sido suficiente. (Certo/Errado)

20) (2010/CESPE – CETURB – Analista Administrativo) Ao servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão declarado de livre nomeação e exoneração, bem como de cargo temporário ou de emprego público, se aplica o regime geral da previdência social. (Certo/Errado)

21) (2010/CESPE – MPOG – ANALISTA DE INFRAESTRUTURA – ÁREA 2) Considerando que determinado órgão público pretenda promover a contratação de profissionais por tempo determinado, para atender necessidade temporária de excepcional interesse público, a contratação poderá dar-se sem concurso público. (Certo/Errado)

22) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, os requisitos de idade e de tempo de contribuição necessários para a aposentadoria são reduzidos para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério no ensino fundamental e médio. (Certo/Errado)

23) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, o servidor público investido no mandato de vereador deve ser afastado do seu cargo, sem exceção. (Certo/Errado)

24) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, a

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proibição constitucional de acumulação remunerada de cargos públicos não impede que uma pessoa ocupe concomitantemente dois cargos de professor, desde que haja compatibilidade de horários. (Certo/Errado)

25) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, o diretor de uma escola pública estadual que for condenado por ato de improbidade tem, entre outras cominações, a perda dos seus direitos políticos em razão da prática de ato de improbidade no serviço público. (Certo/Errado)

26) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, na contagem do tempo de contribuição para fins de aposentadoria é computado o tempo que o servidor público contribuiu nas esferas federal, estadual ou municipal. (Certo/Errado)

27)(CESPE/2010 – ANEEL – ANALISTA ADMINISTRATIVO) No que se refere aos vocábulos cargo, emprego e função pública, é correto afirmar que o servidor contratado por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público exerce função pública. (Certo/Errado)

Acumulação de cargos e empregos públicos

28)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO ) Conforme o artigo 37, inciso XVI, da CF, havendo compatibilidade de horários, configura-se a acumulação lícita de cargos públicos quando os cargos públicos forem acumulados em quadros de pessoal de pessoas jurídicas de direito público interno diversas. (Certo/Errado)

29)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO ) Conforme o artigo 37, inciso XVI, da CF, havendo compatibilidade de horários, configura-se a acumulação lícita de cargos públicos quando a acumulação for de dois cargos ou empregos públicos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas ou não. (Certo/Errado)

30)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) Conforme o artigo 37, inciso XVI, da CF, havendo compatibilidade de horários, configura-se a acumulação lícita de cargos públicos quando a acumulação for de dois cargos ou empregos públicos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. (Certo/Errado)

31)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO ) Conforme o artigo 37, inciso XVI, da CF, havendo compatibilidade de horários, configura-se a acumulação lícita de cargos públicos quando a acumulação for de dois cargos ou empregos públicos privativos de

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profissionais de educação, com profissões regulamentadas. (Certo/Errado)

32)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO ) Conforme o artigo 37, inciso XVI, da CF, havendo compatibilidade de horários, configura-se a acumulação lícita de cargos públicos quando a acumulação for de dois cargos ou empregos públicos privativos de professor, em regime de dedicação exclusiva, ainda em atividade. (Certo/Errado)

33)(2010/ CESPE – AGU – PROCURADOR) Caso uma enfermeira do Ministério da Saúde ocupe também o cargo de professora de enfermagem da Universidade Federal de Goiás e, em cada um dos cargos, cumpra o regime de quarenta horas semanais, tal acumulação, segundo o entendimento da AGU, deverá ser declarada ilícita. (Certo/Errado)

34)(2010/CESPE – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Um analista da DPU pode acumular seu cargo público com um de técnico bancário no Banco do Brasil, por se tratarem de regimes distintos. (Certo/Errado)

35)(2010/CESPE – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) A proibição constitucional de acumular cargos públicos alcança os servidores de autarquias e fundações públicas, mas não os empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista. (Certo/Errado)

36) (2010/CESPE – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) É vedada a acumulação por um servidor de dois cargos públicos, sendo um de médico e outro de enfermeiro. (Certo/Errado)

Regime disciplinar

37)(2010/CESPE – MPS – AGENTE ADMINISTRATIVO) É cabível aplicação de pena de demissão a servidor que atue de forma desidiosa, isto é, que apresente conduta negligente de maneira reiterada. (Certo/Errado)

38) (2010/CESPE – MPS – AGENTE ADMINISTRATIVO) Uma das hipóteses de aplicação da pena de suspensão é a reincidência em faltas punidas com a pena de advertência. (Certo/Errado)

39)Paulo, em função da reintegração de um colega, será reconduzido ao cargo que anteriormente ocupava, cabendo-lhe devolver ao erário os emolumentos percebidos no período. (Certo/Errado)

40) João, servidor público da ANEEL, teve sua demissão invalidada por decisão administrativa. Nessa situação, João deverá ser reintegrado ao cargo anteriormente ocupado, estando sua aposentadoria automaticamente sujeita a cassação. (Certo/Errado)

41)Nessa situação, caso Paulo não faça a devolução dos referidos emolumentos no prazo de noventa dias, ele estará sujeito à suspensão e ao pagamento de multa diária. (Certo/Errado)

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42) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) De acordo com o disposto na Lei n.º 8.112/1990, na hipótese de inassiduidade habitual, a penalidade disciplinar a ser aplicada ao servidor público é de

A multa.

B suspensão de até 15 dias.

C demissão.

D advertência.

E suspensão de até 30 dias.

43) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Se determinado servidor público participar de gerência ou administração de sociedade privada, sem ser na qualidade de acionista, cotista ou comanditário, a administração deverá aplicar a penalidade de advertência por escrito. (Certo/Errado)

44) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Caso servidor seja suspenso de suas atividades e posteriormente consiga cancelar essa penalidade, o cancelamento deverá surtir efeitos retroativos. (Certo/Errado)

45) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Quando servidor público federal recusar-se a se submeter à inspeção médica determinada por autoridade competente, sua recusa fará com que seja demitido do serviço público. (Certo/Errado)

46) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) É vedada à administração pública converter qualquer penalidade disciplinar em multa. (Certo/Errado)

47) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Servidor público que adotar incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição, estará sujeito a ser demitido do serviço público. (Certo/Errado)

48) (2009/CESPE – ANTAQ) A exoneração não se caracteriza como uma penalidade administrativa disciplinar aplicável aos servidores públicos. (Certo/Errado)

49)(2010/CESPE – MPS – AGENTE ADMINISTRATIVO) Uma das hipóteses de aplicação da pena de suspensão é a reincidência em faltas punidas com a pena de advertência. (Certo/Errado)

50) (2010/CESPE – MPS – ADMINISTRADOR) A exoneração não possui caráter punitivo. (Certo/Errado)

51) (2010/ CESPE – AGU – PROCURADOR) A Procuradoria-Geral Federal ingressou com ação executiva fiscal por crédito não tributário no valor de R$ 200.000,00. Consta dos autos que esse crédito corresponde a multa administrativa imposta pela ANVISA, no exercício do poder de polícia, já que, no dia 2/4/2002, havia sido

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praticada a infração administrativa respectiva, ficando paralisado esse processo administrativo até 5/4/2006, quando então foi inscrita em dívida ativa. Foram opostos embargos à execução, nos quais foi proferida sentença extinguindo a ação, com fundamento na prescrição.

Com base nessa situação hipotética, julgue o item seguinte.

(2010/ CESPE – AGU – PROCURADOR) O fato de o servidor público deixar de praticar, indevidamente, o ato de ofício constitui infração administrativa prevista na Lei n.º 8.112/1990, mas não, ato de improbidade administrativa. (Certo/Errado)

Estágio probatório x estabilidade

52)(2010/ CESPE – AGU – PROCURADOR) No que concerne aos agentes públicos, julgue os itens subsequentes.

É constitucional o decreto editado por chefe do Poder Executivo de unidade da Federação que determine a exoneração imediata de servidor público em estágio probatório, caso fique comprovada a participação deste na paralisação do serviço, a título de greve. (Certo/Errado)

53)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com relação aos benefícios do servidor público civil, julgue o item.

Servidor público que se acidenta em serviço e entra em gozo de licença pelo acidente receberá remuneração proporcional se estiver em estágio probatório. (Certo/Errado)

54)(2010/CESPE – MPS – AGENTE ADMINISTRATIVO) É cabível a exoneração de ofício quando não satisfeitas as condições do estágio probatório. (Certo/Errado)

Direitos e Deveres

55)(2010/CESPE – MPS – AGENTE ADMINISTRATIVO) As vantagens pecuniárias não são computadas nem acumuladas para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento. (Certo/Errado)

56)(2010/ CESPE – AGU – PROCURADOR) Carlos, servidor público federal desde abril de 2000, jamais gozou o benefício da licença para capacitação. Nessa situação, considerando-se que ele faz jus ao gozo desse beneficio por três meses, a cada quinquênio, Carlos poderá gozar dois períodos dessa licença a partir de abril de 2010. (Certo/Errado)

57)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com relação aos benefícios do servidor público civil, servidora pública que tiver parto múltiplo receberá auxílio-natalidade equivalente a um vencimento por nascituro. (Certo/Errado)

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58)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com relação aos benefícios do servidor público civil, julgue o item.

Com base em perícia oficial, a administração pode conceder, tanto de ofício quanto a pedido, licença para tratamento de saúde a servidor público. (Certo/Errado)

59)(2010/CESPE – MPOG – ANALISTA DE INFRAESTRUTURA – ÁREA 1) Considere que servidora pública federal tenha filha com doença rara, cujo diagnóstico foi feito por perícia médica oficial. Nessa situação, considerando que a assistência dessa servidora, ao longo do tratamento de sua filha, seja indispensável e que não seja possível a manutenção de suas atribuições funcionais como servidora pública, poderá ser-lhe concedida licença, por motivo de doença, pelo período de doze meses, sem prejuízo da remuneração. (Certo/Errado)

60)(2010/CESPE – MPOG – ANALISTA DE INFRAESTRUTURA – ÁREA 1) Considere que Paulo, servidor público federal lotado em Brasília, pretenda ser removido a pedido para o Rio de Janeiro, independentemente do interesse da administração, para acompanhar a esposa, servidora pública federal, aprovada recentemente em concurso público, lotada no Rio de Janeiro. Nessa situação hipotética, Paulo fará jus à citada remoção, conforme expressa autorização da Lei 8.112. (Certo/Errado)

O sistema previdenciário do servidor público

61)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com relação aos benefícios do servidor público civil, para que um cônjuge receba pensão vitalícia pela morte de servidor, deverá comprovar sua dependência econômica. (Certo/Errado)

62)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Servidor público com quinze anos de serviço, acometido de moléstia profissional grave e incurável, prevista em lei e aposentado por invalidez permanente em função dessa doença, deverá receber legalmente os proventos proporcionais aos anos de serviço. (Certo/Errado)

(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) José, que foi aprovado em concurso público com apenas 20 anos de idade, após dezoito meses de sua posse, sem estar em serviço, sofreu um acidente, que o deixou acamado por dois meses.

Posteriormente, José retornou ao trabalho e concomitantemente passou mais nove anos fazendo fisioterapia, sem mudança de cargo ou função. Por fim, ficou incapacitado para o trabalho por invalidez permanente em decorrência daquele acidente.

Com relação a essa situação hipotética, julgue o item.

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63)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Pode ser concedida aposentadoria por invalidez com proventos integrais tendo em vista que José tem mais de dez anos de contribuição no serviço público. (Certo/Errado)

64)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) José pode se aposentar por invalidez com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. (Certo/Errado)

65)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) A aposentadoria por invalidez pode ocorrer com proventos integrais. (Certo/Errado)

66)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Por não possuir idade mínima para aposentadoria no serviço público, José não pode se aposentar. Contudo, poderá receber benefício social do INSS. (Certo/Errado)

67)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) A aposentadoria voluntária é cabível nessa situação, com proventos proporcionais no regime geral de previdência, pois José cumpriu mais de dez anos no exercício do serviço público e cinco anos no cargo efetivo. (Certo/Errado)

68)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) As normas regentes da previdência dos servidores não se aplicam às aposentadorias e pensões dos agentes públicos investidos em cargos vitalícios, tais como magistrados e membros do Ministério Público, tendo em vista que possuem regime constitucional diferenciado. (Certo/Errado)

69)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) A lei pode estabelecer formas de contagem de tempo de contribuição fictício, para fins de aposentadoria. (Certo/Errado)

70)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) Requerida a aposentadoria voluntária, deverá o segurado se afastar do exercício de suas funções a partir da data de protocolização do pedido, vigorando a aposentação desde a data em que for deferido o pedido. (Certo/Errado)

71)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) Os servidores abrangidos pelo RPPS que se aposentarem por invalidez permanente terão proventos proporcionais ao tempo de contribuição. Tal regra somente pode ser afastada se a aposentadoria for exclusivamente decorrente de acidente em serviço, de moléstia profissional ou de doença grave ou contagiosa, na forma da lei. (Certo/Errado)

72)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) São extensíveis aos servidores inativos e aos pensionistas as vantagens concedidas aos policiais militares ativos de forma geral, independentemente do atendimento de qualquer requisito que não seja o mero exercício da função policial. (Certo/Errado)

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73)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo RPPS, ressalvados os casos de servidores portadores de deficiência, de servidores que exerçam atividade de risco ou de servidores que tenham cargo ou emprego privativo de profissional de saúde. (Certo/Errado)

74)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) É vedada, em qualquer circunstância, a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do RPPS dos servidores públicos. (Certo/Errado)

75)(2009/CESPE – TRF-5 – Juiz) As regras sobre aposentadoria e estabilidade, constantes dos artigos 40 e 41 da CF, se aplicam ao pessoal das sociedades de economia mista que exercem atividade econômica. (Certo/Errado)

76)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) Em relação ao regime de previdência do servidor público, a aposentadoria compulsória do servidor público ocorre aos setenta anos de idade, com proventos integrais. (Certo/Errado)

77)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) Em relação ao regime de previdência do servidor público, os proventos de aposentadoria podem exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria. (Certo/Errado)

78)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) Em relação ao regime de previdência do servidor público, a lei pode estabelecer forma de contagem de tempo de contribuição fictício, desde que para servidores portadores de deficiência, que exerçam atividades de risco ou prejudiciais à saúde. (Certo/Errado)

79)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO ) Em relação ao regime de previdência do servidor público, os requisitos de idade e de tempo de contribuição são reduzidos em cinco anos para o professor que comprove tempo de efetivo e exclusivo exercício das funções de magistério na educação superior. (Certo/Errado)

80)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO ) Em relação ao regime de previdência do servidor público, ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão aplica-se o regime geral de previdência social. (Certo/Errado)

81)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Segundo a LEI 8.112 e suas alterações posteriores, a licença ao servidor público, para tratar de assuntos particulares, pode ser concedida com remuneração, desde que justificada. (Certo/Errado)

82)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Segundo a LEI 8.112 e suas alterações posteriores, a licença ao servidor público, para tratar de assuntos particulares, é concedida sem remuneração e o servidor está proibido de participar da administração de empresa privada ou de sociedade civil com fins

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lucrativos, ou exercer o comércio, individualmente ou em sociedade, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário. (Certo/Errado)

83)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Segundo a LEI 8.112 e suas alterações posteriores, a licença ao servidor público, para tratar de assuntos particulares, pode ser interrompida a qualquer tempo no interesse do serviço. (Certo/Errado)

84)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Segundo a LEI 8.112 e suas alterações posteriores, a licença ao servidor público, para tratar de assuntos particulares, pode ser renovada indefinidamente, a critério da administração, desde que o servidor renove a solicitação e apresente justificativa. (Certo/Errado)

85)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Segundo a LEI 8.112 e suas alterações posteriores, a licença ao servidor público, para tratar de assuntos particulares, pode ser interrompida a pedido do servidor, apenas se ainda não tiver transcorrido o 1.o mês de gozo. (Certo/Errado)

86)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Em relação aos deveres dos servidores públicos, a em respeito à hierarquia, o servidor tem o dever de cumprir as ordens superiores, cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais. (Certo/Errado)

87(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Em relação aos deveres dos servidores públicos, o servidor tem o dever de manter conduta compatível com a moralidade administrativa e observar, nos atos de ofício, os princípios éticos. (Certo/Errado)

88)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Em relação aos deveres dos servidores públicos, a representação contra ilegalidade, abuso de poder ou omissão no cumprimento da lei deve ser formulada diretamente à autoridade representada, para que esta explicite as razões da prática do ato tido como ilegal. (Certo/Errado)

89)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Em relação aos deveres dos servidores públicos, a enumeração dos deveres previstos na referida Lei 8.112 é taxativa, ou seja, limita os deveres inerentes à natureza da função do servidor aos previstos nessa lei. (Certo/Errado)

90)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Em relação aos deveres dos servidores públicos, é dever do servidor atender com presteza ao público em geral, prestando todo tipo de informação requerida. (Certo/Errado)

Direito de petição

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91)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Acerca do direito de petição, estabelecido no Regime Jurídico dos Servidores da Lei 8.112 e suas alterações posteriores, o prazo de prescrição é contado da data da publicação do ato ou, na falta desta, da ciência pessoal do interessado. (Certo/Errado)

92)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Acerca do direito de petição, estabelecido no Regime Jurídico dos Servidores da Lei 8.112 e suas alterações posteriores, para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento ao servidor ou a procurador por ele constituído, apenas na repartição. (Certo/Errado)

93)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)Acerca do direito de petição, estabelecido no Regime Jurídico dos Servidores da Lei 8.112 e suas alterações posteriores, quanto aos atos que afetem interesse patrimonial, o direito de requerer prescreve em 120 dias, salvo quando outro prazo for fixado em lei. (Certo/Errado)

94)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)Acerca do direito de petição, estabelecido no Regime Jurídico dos Servidores da Lei 8.112 e suas alterações posteriores, com relação aos atos que afetem créditos resultantes das relações de trabalho, o direito de requerer prescreve em 2 anos, salvo quando outro prazo for fixado em lei. (Certo/Errado)

95)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)Acerca do direito de petição, estabelecido no Regime Jurídico dos Servidores da Lei 8.112 e suas alterações posteriores, o direito de requerer prescreve em 2 anos no caso de atos de demissão e de cassação de aposentadoria, e em 120 dias nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei. (Certo/Errado)

Responsabilidades do servidor público

96)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)A respeito das responsabilidades do servidor público, segundo a Lei 8.112 e suas alterações posteriores, a responsabilidade civil não decorre de atos omissivos, e sim de atos comissivos praticados no desempenho do cargo, função ou emprego que causem prejuízo ao erário público. (Certo/Errado)

97)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)A respeito das responsabilidades do servidor público, segundo a Lei 8.112 e suas alterações posteriores, a responsabilidade penal abrange apenas os crimes imputados ao servidor, nessa qualidade. (Certo/Errado)

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98)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)A respeito das responsabilidades do servidor público, segundo a Lei 8.112 e suas alterações posteriores, a obrigação de reparar o dano não se estende aos sucessores do servidor público que o causou. (Certo/Errado)

99)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)A respeito das responsabilidades do servidor público, segundo a Lei 8.112 e suas alterações posteriores, o servidor público de provimento efetivo ou em comissão, responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. (Certo/Errado)

100)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)A respeito das responsabilidades do servidor público, segundo a Lei 8.112 e suas alterações posteriores, a responsabilidade administrativa é afastada na hipótese de absolvição criminal por insuficiência de provas de autoria, declarada em sentença criminal, transitada em julgado. (Certo/Errado)

PENALIDADES

101) (2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No que se refere às penalidades aplicadas ao servidor público, de acordo com a Lei 8.112, a advertência será sempre aplicada por escrito. (Certo/Errado)

102)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No que se refere às penalidades aplicadas ao servidor público, de acordo com a Lei 8.112, o cancelamento do registro das penalidades de advertência e de suspensão tem efeito retroativo. (Certo/Errado)

103)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No que se refere às penalidades aplicadas ao servidor público, de acordo com a Lei 8.112, apenas o cancelamento do registro da penalidade de advertência tem efeito retroativo. (Certo/Errado)

104)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No que se refere às penalidades aplicadas ao servidor público, de acordo com a Lei 8.112, a pena de suspensão será aplicada por no mínimo 5 dias e no máximo 120 dias. (Certo/Errado)

105)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No que se refere às penalidades aplicadas ao servidor público, de acordo com a Lei 8.112, a pena de suspensão será aplicada por no mínimo 5 dias e no máximo 90 dias. (Certo/Errado)

106)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Acerca dos deveres, das proibições e das penalidades, é prevista a pena de suspensão ao servidor que exercer pressão sobre auxiliar, com ameaça de preterições funcionais ou outros meios intimidativos, para forçá-lo a consentir em relacionamento sexual. (Certo/Errado)

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107)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Acerca dos deveres, das proibições e das penalidades, é passível de demissão o servidor que ocultar, na declaração apresentada no ato da posse, bens ou valores que nela deviam constar. (Certo/Errado)

108)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Acerca dos deveres, das proibições e das penalidades, pena de demissão é cabível na hipótese de incontinência pública e escandalosa na repartição, não gerando punição disciplinar sua ocorrência fora do serviço. (Certo/Errado)

109)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Acerca dos deveres, das proibições e das penalidades, ao servidor que solicita vantagem (corrupção ativa) em razão de seu cargo, é cabível a aplicação da pena de demissão. Já o servidor que aceita vantagem oferecida (corrupção passiva) é passível de suspensão. (Certo/Errado)

110)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Acerca dos deveres, das proibições e das penalidades, quando houver interesse do servidor, a pena de suspensão poderá ser convertida em multa. (Certo/Errado)

111)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) (adaptada)No que se refere ao concurso público, estabelecido na Lei 8.112 e suas alterações posteriores, na readaptação, se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando é exonerado. (Certo/Errado)

112)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) (adaptada)No que se refere ao concurso público, estabelecido na Lei 8.112 e suas alterações posteriores, reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por tempo de serviço, para provimento de cargo em comissão. (Certo/Errado)

113)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) (adaptada)No que se refere ao concurso público, estabelecido na Lei 8.112 e suas alterações posteriores, a reintegração é o retorno de servidor estável ao cargo anteriormente ocupado quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, sem o ressarcimento de vantagens pretéritas. (Certo/Errado)

114)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) (adaptada)No que se refere ao concurso público, estabelecido na Lei 8.112 e suas alterações posteriores, na recondução, se o cargo que se pretende ocupar estiver provido, o servidor é exonerado. (Certo/Errado)

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115)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) (adaptada)No que se refere ao concurso público, estabelecido na Lei 8.112 e suas alterações posteriores, promoção é a elevação do servidor na carreira, pela passagem à classe superior imediata da respectiva categoria funcional. (Certo/Errado)

MARQUE O GABARITO

1 (C)(E)(RS) 31 (C)(E)(RS) 60 (C)(E)(RS) 91 (C)(E)(RS)

2 (C)(E)(RS) 32 (C)(E)(RS) 62 (C)(E)(RS) 92 (C)(E)(RS)

3 (C)(E)(RS) 33 (C)(E)(RS) 63 (C)(E)(RS) 93 (C)(E)(RS)

4 (C)(E)(RS) 34 (C)(E)(RS) 64 (C)(E)(RS) 94 (C)(E)(RS)

5 (C)(E)(RS) 35 (C)(E)(RS) 65 (C)(E)(RS) 95 (C)(E)(RS)

6 (C)(E)(RS) 36 (C)(E)(RS) 66 (C)(E)(RS) 96 (C)(E)(RS)

7 (C)(E)(RS) 37 (C)(E)(RS) 67 (C)(E)(RS) 97 (C)(E)(RS)

8 (C)(E)(RS) 38 (C)(E)(RS) 68 (C)(E)(RS) 98 (C)(E)(RS)

9 (C)(E)(RS) 39 (C)(E)(RS) 69 (C)(E)(RS) 99 (C)(E)(RS)

10 (C)(E)(RS) 40 (C)(E)(RS) 70 (C)(E)(RS) 100 (C)(E)(RS)

11 (C)(E)(RS) 41 (C)(E)(RS) 71 (C)(E)(RS) 101 (C)(E)(RS)

12 (C)(E)(RS) 42 Alt. C 72 (C)(E)(RS) 102 (C)(E)(RS)

13 (C)(E)(RS) 43 (C)(E)(RS) 73 (C)(E)(RS) 102 (C)(E)(RS)

14 (C)(E)(RS) 44 (C)(E)(RS) 74 (C)(E)(RS) 104 (C)(E)(RS)

15 (C)(E)(RS) 45 (C)(E)(RS) 75 (C)(E)(RS) 105 (C)(E)(RS)

16 (C)(E)(RS) 46 (C)(E)(RS) 76 (C)(E)(RS) 106 (C)(E)(RS)

17 (C)(E)(RS) 47 (C)(E)(RS) 77 (C)(E)(RS) 107 (C)(E)(RS)

18 (C)(E)(RS) 48 (C)(E)(RS) 78 (C)(E)(RS) 108 (C)(E)(RS)

19 (C)(E)(RS) 49 (C)(E)(RS) 79 (C)(E)(RS) 109 (C)(E)(RS)

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20 (C)(E)(RS) 50 (C)(E)(RS) 80 (C)(E)(RS) 110 (C)(E)(RS)

21 (C)(E)(RS) 51 (C)(E)(RS) 81 (C)(E)(RS) 111 (C)(E)(RS)

22 (C)(E)(RS) 52 (C)(E)(RS) 82 (C)(E)(RS) 112 (C)(E)(RS)

23 (C)(E)(RS) 53 (C)(E)(RS) 83 (C)(E)(RS) 113 (C)(E)(RS)

24 (C)(E)(RS) 54 (C)(E)(RS) 84 (C)(E)(RS) 114 (C)(E)(RS)

25 (C)(E)(RS) 55 (C)(E)(RS) 85 (C)(E)(RS) 115 (C)(E)(RS)

26 (C)(E)(RS) 56 (C)(E)(RS) 86 (C)(E)(RS) 116 (C)(E)(RS)

27 (C)(E)(RS) 57 (C)(E)(RS) 87 (C)(E)(RS)

28 (C)(E)(RS) 58 (C)(E)(RS) 88 (C)(E)(RS)

29 (C)(E)(RS) 59 (C)(E)(RS) 89 (C)(E)(RS)

30 (C)(E)(RS) 60 (C)(E)(RS) 90 (C)(E)(RS)

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CONFIRA O GABARITO

1 (C)(E)(RS) 31 (C)(E)(RS) 61 (C)(E)(RS) 91 (C)(E)(RS)

2 (C)(E)(RS) 32 (C)(E)(RS) 62 (C)(E)(RS) 92 (C)(E)(RS)

3 (C)(E)(RS) 33 (C)(E)(RS) 63 (C)(E)(RS) 93 (C)(E)(RS)

4 (C)(E)(RS) 34 (C)(E)(RS) 64 (C)(E)(RS) 94 (C)(E)(RS)

5 (C)(E)(RS) 35 (C)(E)(RS) 65 (C)(E)(RS) 95 (C)(E)(RS)

6 (C)(E)(RS) 36 (C)(E)(RS) 66 (C)(E)(RS) 96 (C)(E)(RS)

7 (C)(E)(RS) 37 (C)(E)(RS) 67 (C)(E)(RS) 97 (C)(E)(RS)

8 (C)(E)(RS) 38 (C)(E)(RS) 68 (C)(E)(RS) 98 (C)(E)(RS)

9 (C)(E)(RS) 39 (C)(E)(RS) 69 (C)(E)(RS) 99 (C)(E)(RS)

10 (C)(E)(RS) 40 (C)(E)(RS) 70 (C)(E)(RS) 100 (C)(E)(RS)

11 (C)(E)(RS) 41 (C)(E)(RS) 71 (C)(E)(RS) 101 (C)(E)(RS)

12 (C)(E)(RS) 42 Alt. C 72 (C)(E)(RS) 102 (C)(E)(RS)

13 (C)(E)(RS) 43 (C)(E)(RS) 73 (C)(E)(RS) 103 (C)(E)(RS)

14 (C)(E)(RS) 44 (C)(E)(RS) 74 (C)(E)(RS) 104 (C)(E)(RS)

15 (C)(E)(RS) 45 (C)(E)(RS) 75 (C)(E)(RS) 105 (C)(E)(RS)

16 (C)(E)(RS) 46 (C)(E)(RS) 76 (C)(E)(RS) 106 (C)(E)(RS)

17 (C)(E)(RS) 47 (C)(E)(RS) 77 (C)(E)(RS) 107 (C)(E)(RS)

18 (C)(E)(RS) 48 (C)(E)(RS) 78 (C)(E)(RS) 108 (C)(E)(RS)

19 (C)(E)(RS) 49 (C)(E)(RS) 79 (C)(E)(RS) 109 (C)(E)(RS)

20 (C)(E)(RS) 50 (C)(E)(RS) 80 (C)(E)(RS) 110 (C)(E)(RS)

21 (C)(E)(RS) 51 (C)(E)(RS) 81 (C)(E)(RS) 111 (C)(E)(RS)

22 (C)(E)(RS) 52 (C)(E)(RS) 82 (C)(E)(RS) 112 (C)(E)(RS)

23 (C)(E)(RS) 53 (C)(E)(RS) 83 (C)(E)(RS) 113 (C)(E)(RS)

24 (C)(E)(RS) 54 (C)(E)(RS) 84 (C)(E)(RS) 114 (C)(E)(RS)

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25 (C)(E)(RS) 55 (C)(E)(RS) 85 (C)(E)(RS) 115 (C)(E)(RS)

26 (C)(E)(RS) 56 (C)(E)(RS) 86 (C)(E)(RS)

27 (C)(E)(RS) 57 (C)(E)(RS) 87 (C)(E)(RS)

28 (C)(E)(RS) 58 (C)(E)(RS) 88 (C)(E)(RS)

29 (C)(E)(RS) 59 (C)(E)(RS) 89 (C)(E)(RS)

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QUESTÕES COMENTADAS

AGENTE PÚBLICOS

Normas constitucionais concernentes aos servidores públicos

1)(2010/ CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) O regime jurídico estatutário descreve direitos, deveres e obrigações dos servidores públicos e do próprio ente federativo, sendo sua iniciativa de competência privativa do chefe do Poder Executivo. Nos termos da CF, o regime jurídico estatutário deve ser instituído, obrigatoriamente, mediante edição de lei complementar.

Comentários:

O artigo 61 da CF/88 dispõe que:

§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:

II - disponham sobre:

a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;

O artigo diz “Presidente da República”, mas por uma questão de simetria devemos entender que essa tarefa cabe ao chefe do Executivo de qualquer dos entes federativos. Até esse ponto o item está correto, mas desanda quando afirma que a edição da lei seguirá o processo de lei complementar. Vamos ao artigo da CF que aborda o assunto:

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.

Em nenhum momento a CF fala em lei complementar. Essa foi tranquilinha, suficiente a lembrança de que a Lei 8.112/1990 é lei ordinária.

Gabarito: Errado

2) (CESPE/MS/Analista/2010) O edital do concurso público é o instrumento idôneo para o estabelecimento do limite mínimo de idade para a inscrição no concurso.

Comentários:

Vamos lembrar uma máxima do DAD: ao administrador público é lícito fazer tudo que a LEI determina ou autoriza. Sendo assim, para o edital estabelecer idade mínima ele tem que ser pautado na lei

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do cargo que exige esse requisito. O simples fato de o edital traçar requisitos que restrinjam inescrupulosamente os direitos de acessos dos cidadãos aos cargos é ilícito.

Mais um pouco, tenho certeza que tem gente aí que acertou essa questão considerando errado o fato da restrição a idade. Gente! Olha lá o que diz o STF na súmula 683:

“O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.”

Colinha! ☺

Todas as exigências do cargo devem ser previstas na lei de criação do cargo. Pode ser limitada a altura EM RAZÃO DA RAZOABILIDADE

A IDADE (MÍNIMA OU MÁXIMA), em razão da complexidade do cargo.

O SEXO, em razão de defender a honra das mulheres que se encontrem em penitenciária feminina.

TESTE PSICOTÉCNICO, baseado em fatores científicos, poderá ser pedido. Porém deve haver garantia de reexame.

Gabarito: Errado

3) (2010/ CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) A categoria denominada servidores públicos celetistas está prevista na CF e caracteriza-se por abranger todos aqueles servidores contratados por prazo determinado para atender necessidade temporária de excepcional interesse público.

Comentários:

Os temporários não são celetistas! São sim regidos por lei (na esfera federal, Lei 8745/1993).

Resuminho básico com relação aos temporários:

TEMPORÁRIOS (Lei 8745/1993)

Contratação excepcional;

Regime contratual de direito público;

Temporário não tem cargo, tem função;

Não há concurso público, é exceção ao princípio do concurso público, afinal são admitidos por processo seletivo simplificado, o qual pode conter provas, provas e títulos ou mera análise curricular. Em casos de emergência, não cabe nem processo simplificado.

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Gabarito: Errado

4) (2010/CESPE – UERN – TÉCNICO NS)O servidor deve ser probo e demonstrar integridade de caráter no desempenho de suas funções, toa, pode escolher, entre duas opções, aquela que melhor atenda a seu interesse.

Comentários: Essa questão rompe com um dos principais mandamentos da administração pública. Afronta, sem muita pretensão aos princípio da moralidade, da impessoalidade, e ofende ainda a estrutura basilar da administração, a supremacia do interesse público.

Gabarito: Errado

5) (2009/CESPE – TRF-5 – JUIZ) Aos servidores vitalícios, ao contrário do que ocorre com os notários, registradores e demais servidores dos ofícios extrajudiciais, aplica-se a aposentadoria compulsória por idade, sendo extensivas aos inativos, desde que mediante lei específica, as vantagens de caráter geral outorgadas aos servidores em atividade.

Comentários:

Não é necessária a edição de lei específica para conceder vantagem de caráter geral.

Aproveitando esse item para falar dos notários. Um lembrete com alguns dados da sonhada carreira! ☺

NOTÁRIOS –TABELIÃES ( Agentes delegados – estes têm função pública)

Ingresso mediante concurso público de prova e títulos;

Não há aposentadoria compulsória – não são detentores de cargos, é uma função.

Fiscalizado pelo poder judiciário;

Só é exercida por pessoa física;

Atividade não mercantil – atividade do Estado;

Cobrança de emolumentos e taxas.

No passado, a atividade era transferida de pai para filho. Isso não acontece mais!

Quando o notário morre, um substituto assume a vaga interinamente, até que se abra um novo concurso e o novo tabelião assuma.

Gabarito: Errado

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6) (2009/CESPE – ANTAQ) Os cargos públicos em comissão não poderão ser providos segundo as disposições da Consolidação das Leis do Trabalho.

Comentários:

Vamos combinar uma coisa? E garanto que nunca mais haverá confusão. As regras da Lei 8.112 disciplinam os servidores estatutários, mas essas mesmas regras se estendem aos servidores comissionados. ENTRETANTO, tem um detalhe, os comissionados – no que diz respeito à previdência – não fazem parte do regime próprio de seguridade, eles são regidos pela RGPS.

Então um esqueminha:

Comissionados:

Regras – seguem o estatuto – Lei 8.112 – Previdência / aposentadoria – CLT

Gabarito: Correto

7)(2010/CESPE – MPS – ADMINISTRADOR) No Brasil, o cargo de diplomata pode ser ocupado por um estrangeiro naturalizado brasileiro.

Comentários:

O artigo 12 da Constituição nos dá a resposta:

§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:

I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

II - de Presidente da Câmara dos Deputados;

III - de Presidente do Senado Federal;

IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

V - da carreira diplomática;

VI - de oficial das Forças Armadas.

VII - de Ministro de Estado da Defesa

Gabarito: Errado

8)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas públicas e das sociedades de economia mista e considerando a atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), julgue o item.

A vedação de acumulação de empregos, cargos ou funções públicas não se aplica às sociedades de economia mista, em razão do regime concorrencial a que se submetem.

Comentários:

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A vedação à acumulação de cargos é constitucional, jamais o TCU poderia deliberar contra o que é expresso na Constituição. Vejamos:

XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

Mais umas colinhas com relação à acumulação:

STF + PROFESSOR:

De acordo com O STF, esse tipo de acumulação garante que o somatório ultrapasse o teto remuneratório. Na visão do STF o teto será considerado isoladamente. Cargos políticos não devem observar o inciso XI, art. 37.

JUIZ + MAGISTÉRIO PÚBLICO + MATRÍCULAS EM INSTITUIÇÃO PRIVADAS

*** Pode membro do MP acumular um cargo comissionado fora da instituição? NÃO, SÓ DENTRO DO MP

Pode haver acumulação de 3 cargos públicos ? REGRA: NÃO. EXCEÇÃO: MÉDICO MILITAR + 2 CARGOS DE MÉDICO CIVIL

Pensões podem ser acumuladas?

CARGO + PENSÃO = PODE

PENSÃO + PENSÃO= PODE

Gabarito: Errado

9)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) Por se submeterem a regime jurídico tipicamente privado, os empregados das empresas públicas e das sociedades de economia mistas não estão submetidos ao teto salarial determinado pela CF aos servidores estatutários.

Comentários:

Epa, epa! REGRA: todos se submetem! Olha o que diz a CF:

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio

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mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos;

Entretanto, há outro dispositivo a ser trabalhado. Vejamos:

§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.

O limite do teto remuneratório aplica-se tão somente a empresas dependentes de verba estatal. Vejam que existe a possibilidade de não ser atingido por teto remuneratório trabalhandose em sociedades de economia mista, mas para isso elas não poderão depender de recursos estatais, combinados?

Colinha de Teto Remuneratório:

TETO REMUNERATÓRIO

Fixação do TETO: Iniciativa do STF, aprovação do congresso e veto – sanção do presidente.

UNIÃO

REGRA Ninguém pode ultrapassar o ministro do STF. EXCEÇÃO SEM E EP (todas as esferas) Dependentes: recebem dinheiro para pagamento de pessoal e de custeio. Submetem-se ao teto. Independentes: autossuficientes. Não se submetem ao teto remuneratório. ESTADO PE – Governador PL – Deputado estadual – 75% STF PJ – Desembargado do TJ, limitado a 90,25% do subsídio do STF. Esse limite é extensivo às funções essenciais à justiça (MP, Procurador, Defensor) ** STF, 2007, o teto de todos os desembargadores tem como limite o subsídio do ministro do STF, tendo em vista que o poder judiciário é uno. O teto de 90,25% é para o funcionalismo público do judiciário.

Gabarito: Errado

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10) (2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A CF autoriza a acumulação de dois cargos de médico, sendo compatível, de acordo com a jurisprudência do STF, interpretação ampliativa para abrigar no conceito cargo de perito criminal com especialidade em medicina veterinária.

Comentários:

Ei, diz aí, perito criminal de animais? Profissional de saúde? Tudo bem que amamos nossos bichinhos de estimação, mas essa do CESPE não colou! Lembrando: dois profissionais de saúde, enfermeiros ou médicos. Sabiam que existe uma única possibilidade de acumulação de 3 cargos?? Pois é, 3 cargos, amigos, isso é possível. No caso de médico militar, ele pode ainda acumular mais dois cargos de médico. Ficou na dúvida? Reveja a colinha acima!

Gabarito: Errado

11)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) O STF fixou jurisprudência no sentido de que não há direito adquirido a regime jurídico – funcional pertinente à composição dos vencimentos ou à permanência do regime legal de reajuste de vantagem, ainda que eventual modificação introduzida por ato legislativo superveniente acarrete decréscimo de caráter pecuniário.

Comentários:

Não há que se falar em direito adquirido a regime jurídico, entretanto, a redução de vencimentos é inaceitável. A irredutibilidade de vencimentos é princípio constitucional. As matérias encontram-se pacificadas pelo SUPREMO:

"Estando o acórdão impugnado (...) assentado em situação jurídica alcançada pelo servidor (...), descabe cogitar de ofensa à Constituição Federal a partir do argumento genérico segundo o qual não há direito adquirido a regime jurídico.”

“O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de que a lei nova não pode revogar vantagem pessoal já incorporada ao patrimônio do servidor sob pena de ofensa ao direito adquirido.”

“O Supremo Tribunal Federal já pacificou sua jurisprudência no sentido de que os quintos incorporados, conforme Portaria MEC 474/1987, constituem direito adquirido, não alcançado pelas alterações promovidas pela Lei 8.168/1991. A aplicação da referida lei às parcelas já incorporadas aos vencimentos, com a redução de valores, configuraria ofensa ao princípio constitucional da irredutibilidade de vencimentos.”

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Resumindo: O STF entende que não há proteção para a manutenção do regime. Não há direito adquirido com relação à mudança do Regime jurídico. Quando o servidor vai para o serviço público ele já sabe das prerrogativas do Estado. Entretanto, devemos observar o princípio constitucional que veda a redução dos vencimentos.

Gabarito: Errado

12)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A regra é a admissão de servidor público mediante concurso público. As duas exceções à regra são para os cargos em comissão e a contratação de pessoal por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. Nessa segunda hipótese, deverão ser atendidas as seguintes condições: previsão em lei dos cargos; tempo determinado; necessidade temporária de interesse público; e interesse público excepcional.

Comentários:

O quesito está perfeito!

Só alguns adendos:

Formas de ingresso sem concurso público:

Cargos comissionados

Quinto constitucional

Membros dos TCs

Art. 198 – processo seletivo público

Art. 37, IX – processo seletivo simplificado

Gabarito: Correto

13)(2010/CESPE – CETURB – ADVOGADO) A investidura em cargo ou emprego público dependerá sempre de aprovação prévia em concurso de provas ou de provas e títulos, de acordo com a sua natureza e complexidade.

Comentários:

Olhem bem, o examinador, às vezes, é exagerado demais. SEMPRE é algo que quase nunca é verdadeiro. Principalmente quando falamos nessa disciplina, a regra é ter exceção ☺. Vimos no item anterior que cabem algumas exceções, concordam?

Gabarito: Errado

14)(2010/CESPE – CETURB – ADVOGADO) Embora a Constituição Federal de 1988 (CF) exija a reserva, por meio de lei, de percentual dos cargos e empregos públicos para pessoas com deficiência física, é entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que tal regra não

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tem aplicação se a incidência do percentual previsto em lei resul-tar, no caso concreto, em número inferior a um.

Comentários:

Sejamos razoáveis! Com razoabilidade chegamos lá!

REGRA:

CF – será reservado para determinados cargos “percentual mínimo”. 8.112/90 – Até 20% das vagas Decreto Federal fixou 5% das vagas

Pode um cargo não reservar vaga para deficiente?

SIM, O princípio da RAZOABILIDADE garante que não se reserve vagas para alguns cargos. Pode ainda, dependendo do número de vagas, não se reservar vaga para deficiente. Vejam, se um concurso tem 2 vagas, no caso de reservarmos 1 vaga para deficiente, estaríamos definindo um percentual de 50%, o que, mais uma vez, não é razoável.

Gabarito: Correto

15)(2010/CESPE – CETURB – ADVOGADO) Segundo expressa previsão constitucional, é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical, nos termos e limites definidos em lei.

Comentários:

Opss! Vejam que no na cabeça do cidadão. Será que já não lemos isso em algum lugar? Claro que sim, mas a redação aí é para direito à greve, lembram? Vamos ver o texto que fala de associação sindical:

VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

Agora o texto que fala em greve:

VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

Já que chegamos aqui, vamos só dar uma olhadinha em um julgado do STF com relação ao mandato de injunção a respeito da matéria:

Direito de greve dos servidores públicos civis. Regulamentação da lei de greve dos trabalhadores em geral (Lei 7.783/1989). Fixação de parâmetros de

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controle judicial do exercício do direito de greve pelo legislador infraconstitucional. (...) Considerada a omissão legislativa alegada na espécie, seria o caso de se acolher a pretensão, tão somente no sentido de que se aplique a Lei 7.783/1989 enquanto a omissão não for devidamente regulamentada por lei específica para os servidores públicos civis (CF, art. 37, VII).

Resumindo, aplica-se aos servidores a lei que regula o direito de greve dos trabalhadores em geral.

Gabarito: Errado

16) (2010/CESPE – CETURB – ADVOGADO) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não podem ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

Comentários:

Item literal! CF, Artigo 37, XII

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

Gabarito: Correto

17) (2010/CESPE – CETURB – Analista Administrativo) Na admissão no serviço público, embora seja vedada a acumulação remunerada de cargos, a própria Constituição Federal excepciona tal regra em algumas situações. Um médico, por exemplo, pode exercer mais de um cargo, mas essa regra não alcança os demais profissionais da saúde.

Comentários: Já vimos algumas vezes hoje que essa afirmação é falsa! O texto constitucional garantiu a acumulação aos profissionais de saúde, em geral, com profissão regulamentada.

Gabarito: Errado

18) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, em razão do princípio da eficiência, a CF prevê a avaliação de desempenho como condição obrigatória para aquisição da estabilidade.

Comentários:

A emenda 19 acabou com a festa do caqui, não tem mais essa de servidor preguiçoso ter dinheirinho garantido no bolso:

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CF, artigo 41 - § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

Gabarito: Correto

19)(2010/CESPE – CETURB – Analista Administrativo) As hipóteses de demissão de servidor público civil incluem a possibilidade de exclusão de servidor para adequar as despesas do ente aos limites fixados na lei de responsabilidade fiscal, desde que já tenham sido excluídos do quadro todos os servidores não estáveis e, ainda assim, a redução de despesas não tenha sido suficiente.

Comentários:

“Não estáveis” são os servidores que receberam a estabilização constitucional, do art. 19 do ADCT. Alcança também os que ainda estão em estágio probatório. Assim, quando a questão diz “todos” os não estáveis ela se equivoca. E mais: o item como está redigido passa a ideia de que os servidores não estáveis não são servidores. Percebam que a banca omitiu o termo “demissão de servidor civil estável”.

As formas de perda de cargo:

Processo judicial transitado em julgado.

Processo administrativo transitado em julgado.

Avaliação periódica de desempenho*.

Excesso de despesas. Art. 169 limite Estados – 60% arrecadação/ limite União -50% arrecadação

* Nos termos de lei complementar.

O corte de despesa deve obedecer a uma ordem:

pelo menos 20% dos cargos comissionados;

servidores não estáveis;

servidores estáveis;

Gabarito: Errado

20) (2010/CESPE – CETURB – Analista Administrativo) Ao servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão declarado de livre nomeação e exoneração, bem como de cargo temporário ou de emprego público, se aplica o regime geral da previdência social.

Comentários:

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O quesito é literal.

§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. (EC nº 20/98)

Gabarito: Correto

21) (2010/CESPE – MPOG – ANALISTA DE INFRAESTRUTURA – ÁREA 2) Considerando que determinado órgão público pretenda promover a contratação de profissionais por tempo determinado, para atender necessidade temporária de excepcional interesse público, a contratação poderá dar-se sem concurso público.

Comentários:

Parece que está dando certo, essa ninguém errou! Errou? Oi lá, não nos decepcionem.

Gabarito: Correto

22) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, os requisitos de idade e de tempo de contribuição necessários para a aposentadoria são reduzidos para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério no ensino fundamental e médio.

Comentários:

APOSENTADORIA DE PROFESSORES

INFANTIL FUNDAMENTAL MÉDIO UNIVERSITÁRIO

Haverá redução de cinco anos de idade e de contribuição. Está previsão não alcança professor universitário. A redução só valerá para aposentadoria integral.

Gabarito: Correto

23) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, o servidor público investido no mandato de vereador deve ser afastado do seu cargo, sem exceção.

Comentários:

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Sem exceção? Nem pensar! A regra é ter exceção! O vereador pode acumular a vereança e o cargo público, e de quebra fica com os vencimentos dos dois cargos. Atenção!!! Atenção!!

O vereador só poderá acumular a vereança e o cargo público se o cargo não for cargo em comissão, se for cargo em comissão NÃO poderá acumular, afinal, cargos em comissão são cargos de dedicação exclusiva, 100%! Tempo de mandato eletivo é contado para todos os efeitos, exceto merecimento. No caso da acumulação de vereador, ele também terá o tempo contado para merecimento, caso opte por não se afastar do cargo público.

Gabarito: Errado

24) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, a proibição constitucional de acumulação remunerada de cargos públicos não impede que uma pessoa ocupe concomitantemente dois cargos de professor, desde que haja compatibilidade de horários.

Comentários:

Molezinha, né?

Gabarito: Correto

25) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, o diretor de uma escola pública estadual que for condenado por ato de improbidade tem, entre outras cominações, a perda dos seus direitos políticos em razão da prática de ato de improbidade no serviço público.

Comentários:

Perda de direitos políticos? Não! Suspensão! Lei de Improbidade, artigo 12:

I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;

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Gabarito: Errado

26) (2010/CESPE – SEDU/ES) Nos termos do que dispõe a Constituição Federal de 1988 (CF) acerca dos servidores públicos, na contagem do tempo de contribuição para fins de aposentadoria é computado o tempo que o servidor público contribuiu nas esferas federal, estadual ou municipal.

Comentários:

A emenda 20 trouxe novas regras ao artigo 201 da CF:

§ 9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei.

Gabarito: Correto

27)(CESPE/2010 – ANEEL – ANALISTA ADMINISTRATIVO) No que se refere aos vocábulos cargo, emprego e função pública, é correto afirmar que o servidor contratado por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público exerce função pública.

Comentários: Já foi dito lá em cima, TEMPORÁRIO tem FUNÇÃO pública. Vamos ver a colinha de novo? Nunca é demais, depois de umas lidas nunca mais se esquece! ☺

TEMPORÁRIOS (lei 8745/93)

Em caso de necessidade, razão excepcional;

Contratação excepcional;

Regime contratual de direito público;

Temporário não tem cargo, tem função;

Pode haver processo seletivo simplificado ou análise de currículo;

Não há concurso público, é exceção ao princípio do concurso público, afinal de contas realizam processo seletivo simplificado, o qual pode conter provas, provas e títulos ou mera análise curricular.

No caso de lides trabalhistas a CLT é usada supletivamente.

Gabarito: Correto

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ACUMULAÇÃO DE CARGOS E EMPREGOS PÚBLICOS

28)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO ) Conforme o artigo 37, inciso XVI, da CF, havendo compatibilidade de horários, configura-se a acumulação lícita de cargos públicos quando os cargos públicos forem acumulados em quadros de pessoal de pessoas jurídicas de direito público interno diversas.

Comentários:

Nem pensar! A acumulação abrange todos os entes e esferas, dessa forma não pode mesmo! Já vimos isso.

Gabarito: Errado

29)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO ) Conforme o artigo 37, inciso XVI, da CF, havendo compatibilidade de horários, configura-se a acumulação lícita de cargos públicos quando a acumulação for de dois cargos ou empregos públicos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas ou não.

Comentários:

Não basta a simples compatibilidade de horários para que se possa acumular cargo público. Isso é um dos requisitos para a acumulação legal, deve-se observar ainda a serem os cargos de profissionais da saúde devem ser de profissões regulamentadas, a acumulação ainda se estende a professor, cargos técnicos científicos entre outros, lembrando:

CF, artigo 37, XVI:

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI.

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; Daí a incorreção do quesito.

Gabarito: Errado

30)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) Conforme o artigo 37, inciso XVI, da CF, havendo compatibilidade de horários, configura-se a acumulação lícita de cargos públicos quando a acumulação for de dois cargos ou empregos públicos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.

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Comentários:

Questão assim, quase literal, olha lá:

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;

Gabarito: Correto

31)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO ) Conforme o artigo 37, inciso XVI, da CF, havendo compatibilidade de horários, configura-se a acumulação lícita de cargos públicos quando a acumulação for de dois cargos ou empregos públicos privativos de profissionais de educação, com profissões regulamentadas.

Comentários:

Esse joguinho de inverter texto de lei pega muita gente, cuidado! Profissionais de Saúde e não de educação.

Gabarito: Errado

32)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO ) Conforme o artigo 37, inciso XVI, da CF, havendo compatibilidade de horários, configura-se a acumulação lícita de cargos públicos quando a acumulação for de dois cargos ou empregos públicos privativos de professor, em regime de dedicação exclusiva, ainda em atividade.

Comentários:

Bomba! Vamos pensar: Se é regime de dedicação exclusiva, sabemos que a pessoa respira 100% o cargo, dessa forma não dá para ter compatibilidade de horários.

Gabarito: Errado

33)(2010/ CESPE – AGU – PROCURADOR) Caso uma enfermeira do Ministério da Saúde ocupe também o cargo de professora de enfermagem da Universidade Federal de Goiás e, em cada um dos cargos, cumpra o regime de quarenta horas semanais, tal acumulação, segundo o entendimento da AGU, deverá ser declarada ilícita.

Comentários:

Coloquei a questão para lembrá-los de que TCU e AGU têm visões iguais aqui. A AGU entende que a acumulação não pode totalizar 80 horas semanais. Máximo de 60 horas semanais. Mais uma informação: O TCU também entende que o limite de horas acumuladas semanais será de 60 horas, ok?

PARECER N. AGU/WM-9/98 (Anexo ao Parecer GQ-145) PROCESSOS NS. 46215.008040/97-54 e 46215.008041/97-17 (Procs. de sindicância ns. 46215.016699/97-20 e 46215.016700/97-15) ASSUNTO: Exame de casos de acumulação de cargos.

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EMENTA : Ilícita a acumulação de dois cargos ou empregos de que decorra a sujeição do servidor a regimes de trabalho que perfaçam o total de oitenta horas semanais, pois não se considera atendido, em tais casos, o requisito da compatibilidade de horários.

Gabarito: Errado

34)(2010/CESPE – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Um analista da DPU pode acumular seu cargo público com um de técnico bancário no Banco do Brasil, por se tratarem de regimes distintos.

Comentários:

Não importa o regime, a proibição de acumular se estende a toda a Administração indireta, como é o caso do Banco do Brasil. Vamos listar umas observações quanto à acumulação de cargos:

POSSIBILIDADES PERMITIDAS:

PROFESSOR PÚBLICO + PROFESSOR PÚBLICO + PROFESSOR CLT

PROFESSOR + CARGOS TÉCNICO CIENTÍFICO

Cargo que admite qualquer formação pode ser considerado técnico científico?

A regra neste caso é o não reconhecimento do caráter técnico do cargo. Porém se o cargo não envolver atividade meramente burocrática e for de atividade complexa admite o STJ a acumulação.

OUTRAS SITUAÇÕES DE ACUMULAÇÃO

2 CARGOS PRIVATIVOS DE PROFISSIONAL DE SAÚDE (médico e enfermeiro)

ART. 95 JUIZ + MAGISTÉRIO

ART. 128 MINISTÉRIO PÚBLICO + MAGISTÉRIO

ART. 73 TRIBUNAIS DE CONTAS + MAGISTÉRIO

ART. 38, III VEREADOR PODE ACUMULAR COM CARGO ANTERIOR

Por falar em teto aí as parcelas que são consideradas extrateto:

PARCELA EXTRATETO

Verbas de caráter indenizatório. Exemplos:

- diárias. É a indenização paga em razão do deslocamento transitório e fora de sede. Não receberá diárias se for da atribuição do cargo o constante deslocamento.

- Ajuda de custo – deslocamento permanente.

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- Auxílio transporte. - Auxílio moradia. Ressarcimento funcional ou moradia funcional. É pago depois da comprovação dos gastos.

Gabarito: Errado

35)(2010/CESPE – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) A proibição constitucional de acumular cargos públicos alcança os servidores de autarquias e fundações públicas, mas não os empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista.

Comentários:

A proibição estende-se a toda a administração indireta também, lembram aquela colinha? Quem não sabe que a proibição pega todo mundo? Quem não sabia, agora já sabe! Vamos à CF, art. 37:

XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; (Redação da EC 19/98)

Gabarito: Errado

36) (2010/CESPE – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) É vedada a acumulação por um servidor de dois cargos públicos, sendo um de médico e outro de enfermeiro.

Comentários:

A acumulação de cargos é considerada para profissionais da saúde, tanto pode ser dois cargos de médico ou dois cargos de enfermeiro, ou ainda como sugere a questão.

Vamos à CF:

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;

Gabarito: Errado

REGIME DISCIPLINAR

37)(2010/CESPE – MPS – AGENTE ADMINISTRATIVO) É cabível aplicação de pena de demissão a servidor que atue de forma desidiosa, isto é, que apresente conduta negligente de maneira reiterada.

Comentários:

De fato, a demissão está prevista caso o servidor seja desidioso. A questão é literal. Vamos ver o artigo que traz a previsão:

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Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:

XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

Artigo 117-

IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;

X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;

XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;

XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;

XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;

XV - proceder de forma desidiosa;

XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;

XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;

Gabarito: Correto

38) (2010/CESPE – MPS – AGENTE ADMINISTRATIVO) Uma das hipóteses de aplicação da pena de suspensão é a reincidência em faltas punidas com a pena de advertência.

Comentários:

Correta a afirmação. Quando o servidor já tiver sido punido por determinado comportamento e for reincidente será, no caso, suspenso. Mais uma vez o artigo 130:

Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.

Gabarito: Correto

(CESPE/2010 – ANEEL – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Em cada um dos próximos itens, é apresentada uma situação hipotética, seguida

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de uma assertiva a ser julgada com relação às penalidades previstas na Lei 8.112/1990.

39)Paulo, em função da reintegração de um colega, será reconduzido ao cargo que anteriormente ocupava, cabendo-lhe devolver ao erário os emolumentos percebidos no período.

Comentários:

A parte negritada é a parte errada da questão. A devolução dos emolumentos recebidos legalmente, pela execução de efetiva de um serviço não deve proceder. Isso caracterizaria enriquecimento ilícito para o Estado.

Colinha de recondução:

Recondução: será reconduzido SOMENTE se estável.

O servidor inabilitado em estágio probatório –

O servidor quando retornar do cargo do reintegrado e o seu cargo original ainda estiver vago.

De acordo com o STF, o servidor público estável em estágio probatório em outro cargo pode desistir e ser reconduzido ao cargo de origem.

Gabarito: Errado

40) João, servidor público da ANEEL, teve sua demissão invalidada por decisão administrativa. Nessa situação, João deverá ser reintegrado ao cargo anteriormente ocupado, estando sua aposentadoria automaticamente sujeita a cassação.

Comentários:

A reintegração é uma das formas derivadas de provimento. O servidor está fora e retorna à Administração Pública. No caso, trata-se de reingresso de servidor que fora demitido, haja vista a invalidação do ato demissório por sentença judicial ou pela própria Administração, nesse último, com fundamento no princípio da autotutela (Súmula 473 do STF, questão certa!).

Reintegração é o retorno do servidor demitido e não retorno do servidor aposentado, logo está incorreta a afirmação de cassação de aposentadoria. E mais: mesmo no caso de reversão (retorno do aposentado), não haverá, propriamente, cassação de aposentadoria, isso porque cassação é penalidade aplicável ao servidor aposentado que durante a atividade cometeu ilícito que acarretaria a demissão.

Gabarito: Errado

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41)Nessa situação, caso Paulo não faça a devolução dos referidos emolumentos no prazo de noventa dias, ele estará sujeito à suspensão e ao pagamento de multa diária.

Comentários:

O quê? Isso foi totalmente maluco, ok? Primeiramente não há de se devolver nenhum dinheiro ao Estado, afinal, o serviço foi efetivamente desempenhado por Paulo. Isso geraria enriquecimento sem causa do Estado.

Gabarito: Errado

42) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) De acordo com o disposto na Lei n.º 8.112/1990, na hipótese de inassiduidade habitual, a penalidade disciplinar a ser aplicada ao servidor público é de

A multa.

B suspensão de até 15 dias.

C demissão.

D advertência.

E suspensão de até 30 dias.

Comentários:

Vamos direto à lei:

Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:

I - crime contra a administração pública;

II - abandono de cargo;

III - inassiduidade habitual;

IV - improbidade administrativa;

V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;

VI - insubordinação grave em serviço;

VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;

VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;

IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;

XI - corrupção;

XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

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XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

Art. 117 –

IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;

X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;

XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;

XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;

XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;

XV - proceder de forma desidiosa;

XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;

Acho interessante decorar esse artigo e também o que trata das outras penalidades. O examinador adora perguntar esse tipo de coisa. A bem da verdade a lista é meio óbvia, mas se você não acha, use esse fato a seu favor e tente montar um mnemônico.

Gabarito: alternativa C

43) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Se determinado servidor público participar de gerência ou administração de sociedade privada, sem ser na qualidade de acionista, cotista ou comanditário, a administração deverá aplicar a penalidade de advertência por escrito.

Comentários:

Não falei?? Adoram perguntar! Acho que não precisamos recolocar o dispositivo, é só olhar na questão anterior. Caso de gerência ou administração é cartão vermelho!

Gabarito: Errado

44) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Caso servidor seja suspenso de suas atividades e posteriormente consiga cancelar essa penalidade, o cancelamento deverá surtir efeitos retroativos.

Comentários:

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Poderá haver cancelamento do registro de suspensão, mas isso não significa que esse cancelamento surtirá efeitos retroativos. Vamos ver o que diz o artigo:

Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

Lembrem-se de que ninguém deve pagar por um crime durante toda a sua vida. Uma hora o crime deverá ser perdoado.

Gabarito: Errado

45) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Quando servidor público federal recusar-se a se submeter à inspeção médica determinada por autoridade competente, sua recusa fará com que seja demitido do serviço público.

Comentários:

Cadê o nosso rol?? Ehhh acho que quando o examinador fica cansado de pensar, ele acaba colocando essas perguntinhas mixurucas... ☺ Mas vamos lá, está no artigo 130 da 8.112:

§ 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

Gabarito: Errado

46) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) É vedada à administração pública converter qualquer penalidade disciplinar em multa.

Comentários:

Pensem: na administração pública tem gente sobrando ou faltando?? Depende, mais falta do que sobra. Uma maneira de punir o servidor e de a administração não sofrer ainda mais pela falta do servidor é aplicar-lhe uma multa e deixá-lo trabalhando.

E fala sério, deve ser ruim isso, não?? Trabalhar para pagar multa, isso ninguém gosta. Mas a questão aqui envolve certa ponderação. Às vezes, manter o servidor afastado traria um prejuízo ainda maior para a Administração. Abaixo o parágrafo do artigo 130 da 8.112:

§ 2o Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

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Gabarito: Errado

47) (CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Servidor público que adotar incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição, estará sujeito a ser demitido do serviço público.

Comentários:

Vamos combinar, esse examinador está muito cansado rsrs Acho que não precisa colar o dispositivo aqui novamente né? Dá uma olhadinha novamente algumas questões acima.

Gabarito: Correto

48) (2009/CESPE – ANTAQ) A exoneração não se caracteriza como uma penalidade administrativa disciplinar aplicável aos servidores públicos.

Comentários:

De fato exoneração não é penalidade. A penalidade é a demissão.

A 8.112:

Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício.

Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:

I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;

II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido.

Gabarito: Correto

49)(2010/CESPE – MPS – AGENTE ADMINISTRATIVO) Uma das hipóteses de aplicação da pena de suspensão é a reincidência em faltas punidas com a pena de advertência.

Comentários:

Apesar de eu achar o CESPE a banca mais criativa de todas, às vezes, o examinador perde toda a criatividade e volta com quesito quase idêntico, mas vamos lá! O artigo 130 não deixa o examinador mentir:

Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.

Gabarito: Correto

50) (2010/CESPE – MPS – ADMINISTRADOR) A exoneração não possui caráter punitivo.

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Comentários:

De fato, exoneração não é punição. Vamos lembrar mais uma vez que as punições ou penalidades encontram-se elencadas no artigo 127, da Lei 8.112:

Art. 127. São penalidades disciplinares:

I - advertência;

II - suspensão;

III - demissão;

IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;

V - destituição de cargo em comissão;

VI - destituição de função comissionada.

Gabarito: Correto

51) (2010/ CESPE – AGU – PROCURADOR) A Procuradoria-Geral Federal ingressou com ação executiva fiscal por crédito não tributário no valor de R$ 200.000,00. Consta dos autos que esse crédito corresponde a multa administrativa imposta pela ANVISA, no exercício do poder de polícia, já que, no dia 2/4/2002, havia sido praticada a infração administrativa respectiva, ficando paralisado esse processo administrativo até 5/4/2006, quando então foi inscrita em dívida ativa. Foram opostos embargos à execução, nos quais foi proferida sentença extinguindo a ação, com fundamento na prescrição.

Com base nessa situação hipotética, julgue os itens seguintes.

(2010/ CESPE – AGU – PROCURADOR) O fato de o servidor público deixar de praticar, indevidamente, o ato de ofício constitui infração administrativa prevista na Lei n.º 8.112/1990, mas não, ato de improbidade administrativa.

Comentários:

Deixar de praticar, indevidamente, o ato de ofício é infração prevista tanto na Lei 8.112 quanto na Lei 8.429.

Na 8.112: artigo 117 – Ao servidor é proibido:

IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;

A Lei de Improbidade prevê três categorias de infrações, entre elas consta a categoria dos atos de improbidade administrativa que atentam contra os princípios da administração pública:

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de

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honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

Gabarito: Errado

ESTÁGIO PROBATÓRIO x ESTABILIDADE

52)(2010/ CESPE – AGU – PROCURADOR) No que concerne aos agentes públicos, julgue os itens subsequentes.

É constitucional o decreto editado por chefe do Poder Executivo de unidade da Federação que determine a exoneração imediata de servidor público em estágio probatório, caso fique comprovada a participação deste na paralisação do serviço, a título de greve.

Comentários:

O fato de o servidor está em estágio probatório não o impede de exercer seu direito de greve.

Vamos conferir a CF e a posição do supremo a respeito do assunto:

“A simples circunstância de o servidor público estar em estágio probatório não é justificativa para demissão com fundamento na sua participação em movimento grevista por período superior a trinta dias. A ausência de regulamentação do direito de greve não transforma os dias de paralisação em movimento grevista em faltas injustificadas.” (RE 226.966, Rel. p/ o ac. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 11-11-2008, Primeira Turma, DJE de 21-8-2009.) Vide: ADI 3.235, Rel. p/o ac. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 4-2-2010, Plenário, DJE de 12-3-2010.

Gabarito: Errado

53)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com relação aos benefícios do servidor público civil, julgue o item.

Servidor público que se acidenta em serviço e entra em gozo de licença pelo acidente receberá remuneração proporcional se estiver em estágio probatório.

Comentários:

Será que o CESPE não gosta de funcionário em estágio probatório rsrs. Primeiro queria mandar o coitado embora porque participou de uma greve, agora quer condenar o coitado à remuneração proporcional? Ficaria com quase nada, morreria de fome antes de voltar ao serviço público se assim fosse. O dispositivo colocado na questão anterior não fala em “estágio probatório”.

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E por falar em licença, vamos listar as licenças a que tem direito o servidor em estágio probatório, os artigos estão resumidos, leia a íntegra na Lei 8.112:

§ 4o Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Federal.

Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:

I - por motivo de doença em pessoa da família;

II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;

III - para o serviço militar;

IV - para atividade política;

Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.

Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração.

Gabarito: Errado

54)(2010/CESPE – MPS – AGENTE ADMINISTRATIVO) É cabível a exoneração de ofício quando não satisfeitas as condições do estágio probatório.

Comentários:

Sim, é cabível. Lei 8.112, Artigo 20:

§ 2o O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. 29.

Efeitos da exoneração de ofício:

Se a pessoa tem apenas um cargo, e não é estável vai para casa descansar;

Se a pessoa é servidor estável será reconduzido ao cargo de origem; vamos ver a colinha de Recondução:

Recondução: será reconduzido SOMENTE se estável.

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O servidor inabilitação em estágio probatório

O servidor quando retornar do cargo do reintegrado e o seu cargo original ainda estiver vago.

De acordo com o STF, o servidor público estável em estágio probatório em outro cargo pode desistir e ser reconduzido ao cargo de origem.

(ex. Pessoa fez concurso para auditor da Recita Federal e não gostou e quer voltar ao cargo de analista, isto foi previsto pelo STF)

** O servidor, para se afastar e ter direito a voltar (reconduzido ou por livre e espontânea vontade) não poderá pedir exoneração, ele deverá pedir vacância para posse em cargo inacumulável.

Outros casos de Exoneração de ofício:

Comissionado, quando dispensado; Aquele que não entrou em exercício dentro do prazo; Aquele que foi inabilitado em estágio probatório; Aqueles que foram desligados por excesso de despesa (art.169,CF); Detentores de cargos efetivos exercendo função em cargo comissionado; O não estável quando do retorno do reintegrado; Avaliação periódica de desempenho.

Gabarito: Correto Al-

gumas observações:

ESTÁGIO PROBATÓRIO: período no qual o servidor é avaliado no cargo, provadas suas qualificações. O prazo de estágio de 36 meses para o STJ, entendimento seguido pelo Cespe.

Itens verificados:

Assiduidade – comparecer e trabalhar.

Produtividade

Capacidade de iniciativa

Responsabilidade

Disciplina

1) Durante o estágio pode assumir cargo em comissão.

No órgão, qualquer cargo. E fora do órgão, para cargos mais complexos (DAS 4, 5, 6 e classe especial).

2) Durante o estágio pode se afastar para fazer curso de formação em outro concurso.

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Sim, mas o estágio fica suspenso.

3) Durante o estágio pode tirar licença para cuidar da saúde?

Só faltava negar, né! Pode.

Direitos e Deveres

55)(2010/CESPE – MPS – AGENTE ADMINISTRATIVO) As vantagens pecuniárias não são computadas nem acumuladas para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

Comentários:

Corretíssimo o CESPE. Há proibição expressa na Lei 8.112:

Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

Gabarito: Correto

56)(2010/ CESPE – AGU – PROCURADOR) Carlos, servidor público federal desde abril de 2000, jamais gozou o benefício da licença para capacitação. Nessa situação, considerando-se que ele faz jus ao gozo desse beneficio por três meses, a cada quinquênio, Carlos poderá gozar dois períodos dessa licença a partir de abril de 2010.

Comentários:

Infelizmente, errado. As licenças não podem ser acumuladas. Vamos ver o que diz a Lei 8.112:

Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional.

Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput não são acumuláveis.

Gabarito: Errado

57)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com relação aos benefícios do servidor público civil, servidora pública que tiver parto múltiplo receberá auxílio-natalidade equivalente a um vencimento por nascituro.

Comentários:

Olhem! Apesar de o item estar errado, acho o muito mais justo do que a lei. Afinal, ninguém vai comprar meia fralda, meio litro de leite, ou pagar meia babá!

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Art. 196. O auxílio-natalidade é devido à servidora por motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor vencimento do serviço público, inclusive no caso de natimorto.

§ 1o Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de 50% (cinqüenta por cento), por nascituro.

Gabarito: Errado

58)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com relação aos benefícios do servidor público civil, julgue o item.

Com base em perícia oficial, a administração pode conceder, tanto de ofício quanto a pedido, licença para tratamento de saúde a servidor público.

Comentários:

Vamos à situação hipotética: Caxias chega ao serviço todos os dias a 7 horas da manhã, trabalha embaixo de sol, chuva, neve, tempestade, até quando o Brasil está goleando a Argentina, Caxias trabalha. Caxias andou trabalhando muito embaixo de chuva, e acabou pegando uma pneumonia, que ameaça virar tuberculose. O chefe anda observando Caxias, no íntimo o chefe sabe que Caxias não gosta de ficar em casa, gosta mesmo é do trabalho. O chefe, que não é bobo, acredita que se Caxias não se tratar imediatamente deixará de ser “o” funcionário e será “o” falecido. Melhor do que um bom funcionário, é um bom funcionário bem de saúde. Um artigo vem proteger o chefe boa praça:

Art. 202. Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.

Gabarito: Correto

59)(2010/CESPE – MPOG – ANALISTA DE INFRAESTRUTURA – ÁREA 1) Considere que servidora pública federal tenha filha com doença rara, cujo diagnóstico foi feito por perícia médica oficial. Nessa situação, considerando que a assistência dessa servidora, ao longo do tratamento de sua filha, seja indispensável e que não seja possível a manutenção de suas atribuições funcionais como servidora pública, poderá ser-lhe concedida licença, por motivo de doença, pelo período de doze meses, sem prejuízo da remuneração.

Comentários:

Essa questão parece tão justa que dá vontade de marcar correto, o que vocês colocaram aí?? Rsrs

Olha lá, “doença rara”, coitadinha da menina!!! Gente! Aqui não tem essa não!! Lembram: O servidor só pode fazer o que está na lei,

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ele pode ficar com pena da moça, mas isso é o máximo. A lei manda, o servidor cumpre. O que diz a lei:

Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial.

§ 1o A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, na forma do disposto no inciso II do art. 44. § 2º A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes condições:

I - por até sessenta dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; e

II - por até noventa dias, consecutivos ou não, sem remuneração.

§ 3o O início do interstício de doze meses será contado a partir da data do deferimento da primeira licença concedida.

Resumindo, a mãe poderá se afastar, recebendo remuneração, durante o período máximo de 60 dias. E caso dispense a remuneração, poderá se afastar por 90 dias. Lembrem que a administração é obrigada a dar essa licença para mãe, caso ela prove em junta médica oficial que a filha está doente.

Gabarito: Errado

60)(2010/CESPE – MPOG – ANALISTA DE INFRAESTRUTURA – ÁREA 1) Considere que Paulo, servidor público federal lotado em Brasília, pretenda ser removido a pedido para o Rio de Janeiro, independentemente do interesse da administração, para acompanhar a esposa, servidora pública federal, aprovada recentemente em concurso público, lotada no Rio de Janeiro. Nessa situação hipotética, Paulo fará jus à citada remoção, conforme expressa autorização da Lei 8.112.

Comentários: Vamos ao resuminho que preparei de remoção, depois respondemos a pergunta.

Remoção: deslocamento do servidor.

Remoção de ofício: receberá ajuda de custo. Cônjuge servidor deve acompanhar.

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Remoção a pedido: fica a critério da administração.

Remoção a pedido, independente da vontade da administração:

Por razão de saúde própria.

Por razão de saúde de cônjuge ou qualquer dependente econômico.

Concurso de remoção interna, a pedido

Acompanhar cônjuge removido de ofício

Nossa questão envolve o terceiro e o último item do resuminho: é remoção a pedido e para acompanhar cônjuge, só que vejam, nosso resumo é claro: “Acompanhar cônjuge removido de ofício”, o que não é o caso do nosso herói. Nosso herói quer acompanhar a esposa, que não foi removida, e sim, ela está sendo lotada no Rio, é de livre, espontânea e muita vontade. Ela vai porque quer. Nesse caso a administração deve decidir de acordo com o interesse público, de forma discricionária.

Gabarito: Errado

O SISTEMA PREVIDENCIÁRIO DO SERVIDOR PÚBLICO

61)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com relação aos benefícios do servidor público civil, para que um cônjuge receba pensão vitalícia pela morte de servidor, deverá comprovar sua dependência econômica.

Comentários:

A lei em nenhum momento desampara pessoas que não sejam dependentes. Nesse caso a viúva alegre será “feliz para sempre” ☺gente!! Vocês têm que concordar, homem sempre morre primeiro!! Se ele morreu quem perdeu foi ele, a perua ops a viúva continua viva!

Art. 217. São beneficiários das pensões:

I - vitalícia:

a) o cônjuge;

b) a pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada, com percepção de pensão alimentícia;

c) o companheiro ou companheira designado que comprove união estável como entidade familiar;

d) a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do servidor;

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e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos e a pessoa portadora de deficiência, que vivam sob a dependência econômica do servidor;

II - temporária:

a) os filhos, ou enteados, até 21 (vinte e um) anos de idade, ou, se inválidos, enquanto durar a invalidez;

b) o menor sob guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos de idade;

c) o irmão órfão, até 21 (vinte e um) anos, e o inválido, enquanto durar a invalidez, que comprovem dependência econômica do servidor;

d) a pessoa designada que viva na dependência econômica do servidor, até 21 (vinte e um) anos, ou, se inválida, enquanto durar a invalidez.

Gabarito: Errado

62)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Servidor público com quinze anos de serviço, acometido de moléstia profissional grave e incurável, prevista em lei e aposentado por invalidez permanente em função dessa doença, deverá receber legalmente os proventos proporcionais aos anos de serviço.

Comentários:

Imagine que você tenha pilotado a máquina de raio-x de algum hospital público, e agora tem um câncer. Não temos dúvida de que sua doença é em função do seu trabalho perigoso. E, além da punição de ter sua vida abreviada ou vivê-la com capacidade reduzida, ainda terá a aposentadoria proporcional? Isso não é justo! Vamos combinar: moléstia grave, e tudo que reduz sua capacidade, se for “presente” da atividade profissional, será recompensada com aposentadoria integral, combinados?

Art. 186. O servidor será aposentado:

I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei, e proporcionais nos demais casos;

Gabarito: Errado

(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) José, que foi aprovado em concurso público com apenas 20 anos de idade, após dezoito meses de sua posse, sem estar em serviço, sofreu um acidente, que o deixou acamado por dois meses.

Posteriormente, José retornou ao trabalho e concomitantemente passou mais nove anos fazendo fisioterapia, sem

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mudança de cargo ou função. Por fim, ficou incapacitado para o trabalho por invalidez permanente em decorrência daquele acidente.

Com relação a essa situação hipotética, julgue o item.

63)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Pode ser concedida aposentadoria por invalidez com proventos integrais tendo em vista que José tem mais de dez anos de contribuição no serviço público.

Comentários:

Ei, finalmente o CESPE conseguiu um estagiário que não tem muitos direitos... rsrsr Olha lá, o acidente não foi em virtude do trabalho, perceberam? Dessa forma, o acidentado se aposenta com proventos proporcionais. Veja que isso faz sentido galera. Imaginem, algum desesperado, suicida, que queira ficar nas costas do governo pelo resto da vida. O Joselito (sem noção) provoca um acidente e pensa que vai receber proventos de auditor da receita pelo resto da vida, imaginaram? E o pior é que se o sem noção morre ainda deixa a perua com a pensão... O mesmo vale para os que tenham doenças que não foram provocadas pelo trabalho, estão pensando o que? Isso aqui não é casa de mãe-joana não rsrs

Gabarito: Errado

64)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) José pode se aposentar por invalidez com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.

Comentários: Agora ficou fácil não é? A banca foi perfeita!

Gabarito: Correto

65)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) A aposentadoria por invalidez pode ocorrer com proventos integrais.

Comentários:

Mais uma vez o acidente não foi durante o trabalho. Essa você não erra mais, nem depois da balada dá pra errar essa questão, atentos, ok?

Gabarito: Errado

66)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) Por não possuir idade mínima para aposentadoria no serviço público, José não pode se aposentar. Contudo, poderá receber benefício social do INSS.

Comentários:

Ei galera! Acordaaaaaaaaa!!!! O que tem o INSS a ver com essa história?? Servidor = RJU, estatutário!!! Agora quer dizer que o governo tem o direito de jogar seus problemas ao vento e quem quiser que assuma? Não tem isso não! O servidor contribuía para o regime único, sendo assim, um abraço, já era, ele está protegido.

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Gabarito: Errado

67)(CESPE/2010 – DPU – ANALISTA ADMINISTRATIVO) A aposentadoria voluntária é cabível nessa situação, com proventos proporcionais no regime geral de previdência, pois José cumpriu mais de dez anos no exercício do serviço público e cinco anos no cargo efetivo.

Comentários:

Mais uma vez o que disse no item anterior: cada um com seus problemas, não se devem misturar os dois regimes, eles são independentes. Além disso, temos alguns requisitos a cumprir quando se tratar de aposentadoria voluntária: CF, artigo 40, § 1

III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições:

a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher;

b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.

Gabarito: Errado

68)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) As normas regentes da previdência dos servidores não se aplicam às aposentadorias e pensões dos agentes públicos investidos em cargos vitalícios, tais como magistrados e membros do Ministério Público, tendo em vista que possuem regime constitucional diferenciado.

Comentários:

Mais uma questão literal. De acordo com o art. 40, as regras do RPPS são extensíveis aos juízes, membros do MP e dos Tribunais de Contas, sendo assim a questão está errada.

Gabarito: Errado

69)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) A lei pode estabelecer formas de contagem de tempo de contribuição fictício, para fins de aposentadoria.

Comentários:

Vamos direto à CF:

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Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.

§ 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. (EC nº

20/98)

"A CF estabelece tempo mínimo para a aposentadoria, não podendo norma infraconstitucional reduzi-lo mediante a fixação

de tempo ficto." (ADI 404, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 1º-4-2004, Plenário, DJ de 14-5-2004.)

Gabarito: Errado

70)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) Requerida a aposentadoria voluntária, deverá o segurado se afastar do exercício de suas funções a partir da data de protocolização do pedido, vigorando a aposentação desde a data em que for deferido o pedido.

Comentários:

Direto à lei:

Art. 188. A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato.

É importante notar que apenas a publicação do ato deferindo o pedido é que vale. A simples protocolização não diz absolutamente nada.

Gabarito: Errado

71)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) Os servidores abrangidos pelo RPPS que se aposentarem por invalidez permanente terão proventos proporcionais ao tempo de contribuição. Tal regra somente pode ser afastada se a aposentadoria for exclusivamente decorrente de acidente em serviço, de moléstia profissional ou de doença grave ou contagiosa, na forma da lei.

Comentários: Aos servidores abrangidos pelo RPPS cabe a regra da previdência geral, essa regra abrange tão somente os servidores do regime único. Vamos à regra geral. CF, artigo 201, §1:

§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados

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portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar.

Gabarito: Errado

72)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) São extensíveis aos servidores inativos e aos pensionistas as vantagens concedidas aos policiais militares ativos de forma geral, independentemente do atendimento de qualquer requisito que não seja o mero exercício da função policial.

Comentários:

Vamos à Constituição Federal novamente, artigo 40

§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação da EC 41/03)

E de quebra vejam uma das muitas posições do SUPREMO quanto à matéria:

"Estende-se aos servidores inativos a gratificação extensiva, em caráter genérico, a todos os servidores em atividade, independentemente da natureza da função exercida ou do local onde o serviço é prestado (art. 40, § 8º, da Constituição)." (RE 590.260, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 24-6-2009, Plenário, DJE de 23-10-2009.) No mesmo sentido: AI 691.625-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 25-8-2009, Segunda Turma, DJE de 18-9-2009;

Gabarito: Correto

73)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo RPPS, ressalvados os casos de servidores portadores de deficiência, de servidores que exerçam atividade de risco ou de servidores que tenham cargo ou emprego privativo de profissional de saúde.

Comentários:

Direto à Constituição Federal

Artigo 40 - § 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: (Redação da EC 47/05)

I - portadores de deficiência; (EC nº 47/05)

II - que exerçam atividades de risco; (EC nº 47/05)

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III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. (EC nº 47/05)

Vejam que o texto não fala em cargo ou emprego privativo de profissional da saúde. O texto fala em ATIVIDADES EXERCIDAS SOB CONDIÇÕES ESPECIAIS QUE PREJUDIQUEM A SAÚDE OU A INTEGRIDADE FÍSICA.

Gabarito: Errado

74)(CESPE/2010 – IPAJAM – ADVOGADO) É vedada, em qualquer circunstância, a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do RPPS dos servidores públicos.

Comentários:

Regra, é vedada a acumulação de aposentadorias. Entretanto, sendo legal a acumulação dos cargos será legal a percepção das aposentadorias. Assim, um professor receberá suas aposentadorias, todas.

Um adendo, as regras de acumulação aplicam-se tão somente a cargos e aposentadorias, essas regras não se estendem a pensões, por exemplo.

Um caso triste: Seana é mãe de Lanlanzinha, uma bebezinha fofa de 3 aninhos, Maranhão é o pai de Lanlanzinha. Um belo dia o casal ia de férias à Europa, era o vôo Air France 447, já sabem do final do lindo casal Seana e Maranhão? Pois é morreram! E deixaram órfã a pequena Lanlanzinha, órfã sim, desamparada não. Lanlanzinha terá direito às duas pensões, afinal o feliz casal é composto por dois servidores do TCU.

Gabarito: Errado

75)(2009/CESPE – TRF-5 – Juiz) As regras sobre aposentadoria e estabilidade, constantes dos artigos 40 e 41 da CF, se aplicam ao pessoal das sociedades de economia mista que exercem atividade econômica.

Comentários:

As regras dos artigos 40 e 41 aplicam-se tão somente aos servidores públicos estatutários. Os servidores de sociedades de economia mista são regidos pela CLT. E apesar de serem contratados mediante concurso público eles não tem direito à estabilidade.

Gabarito: Errado

76)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) Em relação ao regime de previdência do servidor público, a aposentadoria compulsória do servidor público ocorre aos setenta anos de idade, com proventos integrais.

Comentários:

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O fato de a aposentadoria ser compulsória não define se a aposentadoria vai ser ou não integral, o que define a integralidade do provento é o tempo de CONTRIBUIÇÃO. Lembrando que não importa se o tempo foi em esferas diferentes ou se foi na iniciativa privada, o que importa é que ele trabalhava. O acerto de contas será feito entre os sistemas previdenciários, o direito do trabalhador fica resguardado. CF, ARTIGO 40, §1

II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição;

Gabarito: Errado

77)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) Em relação ao regime de previdência do servidor público, os proventos de aposentadoria podem exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria.

Comentários:

Houve dias em que os servidores passavam para a inatividade com proventos superiores aos valores da atividade. Como isso era possível? Não sabemos explicar! Por isso, nosso legislador derivado previu que as aposentadorias não podem ser superiores aos valores da atividade. Podem ser iguais e menores, mas nunca superiores!

Gabarito: Errado

78)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) Em relação ao regime de previdência do servidor público, a lei pode estabelecer forma de contagem de tempo de contribuição fictício, desde que para servidores portadores de deficiência, que exerçam atividades de risco ou prejudiciais à saúde.

Comentários:

Tempo fictício?! Como assim? Acabou a “mamata”. O sistema é de previdência. Previdência é cautela. Logo, só terá aposentadoria se houver cautela, se houver efetiva contribuição. Houve um dia em que, na Administração Federal, o servidor que não gozasse a licença-prêmio (hoje inexistente!), podia contar em dobro o tempo para efeito de aposentadoria.

Nos termos do art. 40, o sistema é solidário e contributivo. Quer se aposentar? Cuida de contribuir, viu! Nada de tempo fictício.

Gabarito: Errado

79)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO ) Em relação ao regime de previdência do servidor público, os requisitos de idade e de tempo de contribuição são reduzidos em cinco anos para o professor que comprove tempo de efetivo e exclusivo exercício das funções de magistério na educação superior.

Comentários:

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Já falamos sobre isso hoje, lembram? Agora ficou mais fácil. O benefício atinge exclusivamente professores de ensino infantil, fundamental e médio.

Gabarito: Errado

80)(2010/CESPE – SAD – ANALISTA DE CONTROLE INTERNO ) Em relação ao regime de previdência do servidor público, ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão aplica-se o regime geral de previdência social.

Comentários: Quesito quase literal.

§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. (EC nº 20/98)

Gabarito: Correto

81)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Segundo a LEI 8.112 e suas alterações posteriores, a licença ao servidor público, para tratar de assuntos particulares, pode ser concedida com remuneração, desde que justificada.

Comentários:

De forma alguma. O quesito está errado! Vamos ver o que diz a lei em relação à licença para tratar de assuntos particulares:

Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração.

Assim, além de ser a licença sem remuneração, ela ainda será a critério da administração, ou seja, de acordo com sua conveniência.

Gabarito: Errado

82)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Segundo a LEI 8.112 e suas alterações posteriores, a licença ao servidor público, para tratar de assuntos particulares, é concedida sem remuneração e o servidor está proibido de participar da administração de empresa privada ou de sociedade civil com fins lucrativos, ou exercer o comércio, individualmente ou em sociedade, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário.

Comentários: O servidor poderá assumir gerência, desde que não haja conflito de interesses.

Gabarito: Errado

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83)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Segundo a LEI 8.112 e suas alterações posteriores, a licença ao servidor público, para tratar de assuntos particulares, pode ser interrompida a qualquer tempo no interesse do serviço.

Comentários:

Mais uma vez, recorremos a lei:

Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço

Como se trata de licença que foi concedida em caráter discricionário, ela poderá ser revogada a qualquer tempo.

Gabarito: Correto

84)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Segundo a LEI 8.112 e suas alterações posteriores, a licença ao servidor público, para tratar de assuntos particulares, pode ser renovada indefinidamente, a critério da administração, desde que o servidor renove a solicitação e apresente justificativa.

Comentários:

Opss! Exagerou aqui! A licença que tem essa previsão é a licença para acompanhar cônjuge.

Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.

§ 1o A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração.

No nosso caso, na licença para tratar de assuntos particulares, a lei não fala que é improrrogável a licença.

Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração.

Gabarito: Errado

85)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Segundo a LEI 8.112 e suas alterações posteriores, a licença ao servidor público, para tratar de assuntos particulares, pode ser interrompida a pedido do servidor, apenas se ainda não tiver transcorrido o 1.o mês de gozo.

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Comentários: Ei? De onde surge tanta criatividade? Rsrs. A interrupção pode ocorrer a qualquer instante.

Gabarito: Errada

86)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Em relação aos deveres dos servidores públicos, a em respeito à hierarquia, o servidor tem o dever de cumprir as ordens superiores, cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais.

Comentários: Literal!

Art. 116. São deveres do servidor:

IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

Gabarito: Correto

87(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Em relação aos deveres dos servidores públicos, o servidor tem o dever de manter conduta compatível com a moralidade administrativa e observar, nos atos de ofício, os princípios éticos.

Comentários:

O servidor deve sempre observar princípios éticos quando da sua atuação na administração pública.

Gabarito: Correto

88)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Em relação aos deveres dos servidores públicos, a representação contra ilegalidade, abuso de poder ou omissão no cumprimento da lei deve ser formulada diretamente à autoridade representada, para que esta explicite as razões da prática do ato tido como ilegal.

Comentários:

Isso tornaria muito fácil a vida do cidadão, convenhamos. A representação deve acontecer a autoridade imediatamente superior ao administrador representado:

Art. 116. São deveres do servidor:

XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.

Gabarito: Errado

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89)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Em relação aos deveres dos servidores públicos, a enumeração dos deveres previstos na referida Lei 8.112 é taxativa, ou seja, limita os deveres inerentes à natureza da função do servidor aos previstos nessa lei.

Comentários:

Questão tranquila. A lista de deveres não é taxativa. Outros deveres podem ser traçados, por exemplo, em atos normativos internos. No TCU, há deveres em Portaria do Ministro Presidente, sabiam?

Gabarito: Errado

90)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Em relação aos deveres dos servidores públicos, é dever do servidor atender com presteza ao público em geral, prestando todo tipo de informação requerida.

Comentários:

“Todo” tipo de informação requerida é informação demais, não acham? Apenas as informações inerentes ao cargos.

Gabarito: Errado

Direito de petição

91)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Acerca do direito de petição, estabelecido no Regime Jurídico dos Servidores da Lei 8.112 e suas alterações posteriores, o prazo de prescrição é contado da data da publicação do ato ou, na falta desta, da ciência pessoal do interessado.

Comentários:

Quesito literal!

Art. 110. O direito de requerer prescreve:

I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;

II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

Gabarito: Correto

92)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Acerca do direito de petição, estabelecido no Regime Jurídico dos

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Servidores da Lei 8.112 e suas alterações posteriores, para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento ao servidor ou a procurador por ele constituído, apenas na repartição.

Comentários:

Questão bem interessante! Se o procurador constituído for advogado, ele pode ter cargo do processo. Carga do processo? Que é isso? É levar o processo para fora da repartição. O TCU garante a carga de processo, mas o Ministro Relator do feito deve garantir a saída do processo.

Gabarito: Errado

93)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)Acerca do direito de petição, estabelecido no Regime Jurídico dos Servidores da Lei 8.112 e suas alterações posteriores, quanto aos atos que afetem interesse patrimonial, o direito de requerer prescreve em 120 dias, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

Comentários:

Vamos à Lei:

Art. 110. O direito de requerer prescreve:

I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;

Gabarito: Errado

94)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)Acerca do direito de petição, estabelecido no Regime Jurídico dos Servidores da Lei 8.112 e suas alterações posteriores, com relação aos atos que afetem créditos resultantes das relações de trabalho, o direito de requerer prescreve em 2 anos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

Comentários:

O artigo da lei que fala a respeito está na questão acima no caso de dúvidas.

Gabarito: Errado

95)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)Acerca do direito de petição, estabelecido no Regime Jurídico dos Servidores da Lei 8.112 e suas alterações posteriores, o direito de requerer prescreve em 2 anos no caso de atos de demissão e de cassação de aposentadoria, e em 120 dias nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

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Comentários:

Nada disso, vamos recorrer ao artigo mais uma vez:

Art. 110. O direito de requerer prescreve:

I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho;

II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

Gabarito: Errado

Responsabilidades do servidor público

96)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)A respeito das responsabilidades do servidor público, segundo a Lei 8.112 e suas alterações posteriores, a responsabilidade civil não decorre de atos omissivos, e sim de atos comissivos praticados no desempenho do cargo, função ou emprego que causem prejuízo ao erário público.

Comentários:

A responsabilidade decorre de ato omisso ou comissivo.

Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

Gabarito: Errado

97)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)A respeito das responsabilidades do servidor público, segundo a Lei 8.112 e suas alterações posteriores, a responsabilidade penal abrange apenas os crimes imputados ao servidor, nessa qualidade.

Comentários:

Sempre que vejo expressões como “sempre”, “apenas” e todas as que restringem muito uma situação já fico desconfiada, e vocês? É o caso da presente questão.

Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.

Gabarito: Errado

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98)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)A respeito das responsabilidades do servidor público, segundo a Lei 8.112 e suas alterações posteriores, a obrigação de reparar o dano não se estende aos sucessores do servidor público que o causou.

Comentários:

Estende-se sim. Lembram? Até o limite da herança, afinal a pena não passa de uma pessoa a outra.

Gabarito: Errado

99)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)A respeito das responsabilidades do servidor público, segundo a Lei 8.112 e suas alterações posteriores, o servidor público de provimento efetivo ou em comissão, responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.

Comentários: Perfeita! Cópia e cola do artigo 121:

Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.

Gabarito: Correto

100)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO)A respeito das responsabilidades do servidor público, segundo a Lei 8.112 e suas alterações posteriores, a responsabilidade administrativa é afastada na hipótese de absolvição criminal por insuficiência de provas de autoria, declarada em sentença criminal, transitada em julgado.

Comentários:

Não mesmo, insuficiência de provas não permite a absolvição. Vamos ver o artigo:

Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

Gabarito: Errado

Penalidades

101) (2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No que se refere às penalidades aplicadas ao servidor público, de acordo com a Lei 8.112, a advertência será sempre aplicada por escrito.

Comentários: Perfeita! Aqui o “sempre” está valendo.

Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição

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constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.

Gabarito: Correto

102)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No que se refere às penalidades aplicadas ao servidor público, de acordo com a Lei 8.112, o cancelamento do registro das penalidades de advertência e de suspensão tem efeito retroativo.

Comentários: Percebam como o CESPE está trabalhando bem o conteúdo da 8.112, veja que os quesitos são quase literais.

Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.

Gabarito: Errado

103)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No que se refere às penalidades aplicadas ao servidor público, de acordo com a Lei 8.112, apenas o cancelamento do registro da penalidade de advertência tem efeito retroativo.

Comentários:

Nem mesmo o cancelamento do registro da advertência é retroativo, ok? Mais uma vez:

Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.

Gabarito: Errado

104)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No que se refere às penalidades aplicadas ao servidor público, de acordo com a Lei 8.112, a pena de suspensão será aplicada por no mínimo 5 dias e no máximo 120 dias.

Comentários: A pena de suspensão será aplicada até o máximo de 90 dias, a lei não fala em dias mínimos.

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Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.

§ 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

Gabarito: Errado

105)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) No que se refere às penalidades aplicadas ao servidor público, de acordo com a Lei 8.112, a pena de suspensão será aplicada por no mínimo 5 dias e no máximo 90 dias.

Comentários:

Mais uma vez: a pena de suspensão será aplicada até o máximo de 90 dias, a lei não fala em dias mínimos.

Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.

§ 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

Gabarito: Errado

106)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Acerca dos deveres, das proibições e das penalidades, é prevista a pena de suspensão ao servidor que exercer pressão sobre auxiliar, com ameaça de preterições funcionais ou outros meios intimidativos, para forçá-lo a consentir em relacionamento sexual.

Comentários:

Os casos de suspensão são apenas quatro. São eles:

- Reincidência em advertência;

- Entrega de atribuições a outro servidor estranhas ao cargo que ocupa;

- Realizar, durante o expediente, atividades estranhas às funções do cargo (vender quentinha ou docinhos na repartição, por exemplo),

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- Negar-se à inspeção médica oficial (suspensão até 15 dias).

Gabarito: Errado

107)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Acerca dos deveres, das proibições e das penalidades, é passível de demissão o servidor que ocultar, na declaração apresentada no ato da posse, bens ou valores que nela deviam constar.

Comentários:

No ato da posse em cargos efetivos ou comissionados, é dever a apresentação da declaração de bens e de rendas. Qual o propósito? Amigos! Só assim poderemos verificar se houve ou não, ao longo da vida funcional, enriquecimento ilícito.

Gabarito: Errado.

108)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Acerca dos deveres, das proibições e das penalidades, pena de demissão é cabível na hipótese de incontinência pública e escandalosa na repartição, não gerando punição disciplinar sua ocorrência fora do serviço.

Comentários:

Conduta escandalosa é um conceito indeterminado. No entanto, há atitudes que são totalmente discrepantes com a atuação dos servidores. Se o servidor der um tapinha no filho comete conduta escandalosa? Claro que não! Afinal um tapinha não dói. Uma servidora que trai o esposo comete conduta escandalosa? Claro que não! Enfim, se você não é um bom pai ou não é uma boa esposa, isso não repercutirá na vida funcional.

Agora, um juiz que sobe em uma mesa de bar e fica pelado gritando que vai pagar a conta porque ganha muito bem, afinal é juiz, esse sim comete conduta escandalosa, ainda que esteja fora da Administração, daí a incorreção do quesito.

Gabarito: Errado.

109)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Acerca dos deveres, das proibições e das penalidades, ao servidor que solicita vantagem (corrupção ativa) em razão de seu cargo, é cabível a aplicação da pena de demissão. Já o servidor que aceita vantagem oferecida (corrupção passiva) é passível de suspensão.

Comentários:

Qualquer posição que esteja o servidor, passivo ou ativo, estará comente crime punível com demissão. Vamos relembrar:

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Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:

I - crime contra a administração pública;

II - abandono de cargo;

III - inassiduidade habitual;

IV - improbidade administrativa;

V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;

VI - insubordinação grave em serviço;

VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;

VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;

IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;

XI - corrupção;

XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.

Gabarito: Errado

110)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) Acerca dos deveres, das proibições e das penalidades, quando houver interesse do servidor, a pena de suspensão poderá ser convertida em multa.

Comentários: Quando houver interesse da ADMININSTRAÇÃO a pena poderá ser convertida em multa, lembram? Já falamos de isso hoje.

Gabarito: Errado

111)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) (adaptada)No que se refere ao concurso público, estabelecido na Lei 8.112 e suas alterações posteriores, na readaptação, se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando é exonerado.

Comentários:

Colinha primeiro:

Readaptação – O provimento do servidor em outro cargo com atribuições compatíveis e remuneração equivalente, tendo em vista uma debilidade de natureza física mental.

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Não havendo vaga exercerá as atribuições na condição de EXCEDENTE. A situação é provisória, ele fica esperando que vague um cargo.

Com a colinha fica mais fácil responder, servidor que seja incapaz deve ser readaptado em cargo menos complexo, que satisfaça suas limitações físicas ou mentais.

Gabarito: Errado

112)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) (adaptada)No que se refere ao concurso público, estabelecido na Lei 8.112 e suas alterações posteriores, reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por tempo de serviço, para provimento de cargo em comissão.

Comentários:

Mais colinha!!

Reversão – retorno do aposentado, porque os motivos que ensejaram a aposentadoria não mais existem.

Reversão de ofício: feita pela própria administração. Ato vinculado, porque o servidor aposentado não pode escolher ficar em casa e nem mesmo pode o administrador optar por isso. Quando a reversão é de ofício, o servidor aposentado retorna ao cargo anterior, porém se ocupado, ficará como excedente. Mesmo que o servidor que esteja ocupando a cadeira não seja estável.

Gabarito: Errado

113)(2010/CESPE – UERN – AGENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) (adaptada)No que se refere ao concurso público, estabelecido na Lei 8.112 e suas alterações posteriores, a reintegração é o retorno de servidor estável ao cargo anteriormente ocupado quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, sem o ressarcimento de vantagens pretéritas.

Comentários: Colinha outra vez:

Reintegração – é o retorno do servidor estável que teve invalidada a demissão. Com base no princípio da autotutela, a administração pode rever seu ato, e reintegrar o servidor, porém caso isso não aconteça, o servidor pode procurar o judiciário e ser reintegrado.

STF: o servidor em estágio probatório também pode ser reintegrado, caso este tenha sido demitido por um motivo injusto – banca expressa – só vale se a banca for expressa, citar o STF, ou falar em jurisprudência.

O reintegrado faz jus a todas as vantagens que deixou de receber. Salário, carreira, contribuições, etc.

No caso da reintegração o servidor volta a seu cargo de origem e o ocupante se não estável é desligado do serviço público – será

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CARREIRA: Cargos organizados em carreira.

O pulo de um padrão (degrau) para outro é chamado de progressão funcional.

A passagem de uma classe para outra é chamada de promoção.

Gabarito: Correto

That’s all galera. Espero que tenham curtido a aula, ela foi feita com muito carinho.

Abraços a todos,

Lanlan, Maranhão e Sean

(Elaine Marsula, Sandro Bernardes, e Cyonil Borges)

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AULA 3 - ATOS ADMINISTRATIVOS

Olá gente, tudo bem? Quem escreve esta aula é o Sandro, com a revisão dos demais colegas professores neste curso. Vocês já me conhecem das aulas de licitações, então, dispensadas as apresentações...

Essa semana o tema da aula seriam os atos administrativos e processos. Toa, como a aula ficaria muito extensa, resolvemos tratar só dos atos, e falar de processos na última aula, junto com serviços públicos, encerrando o curso. Fica melhor assim, para não ficar grande (e cansativo) demais.

No mais, vamos para o assunto. Carpe diem.

QUESTÕES EM SEQUÊNCIA

1 - (CESPE – TJBA/Juiz Substituto – 2005) Fatos jurídicos, mesmo que independam da vontade e de qualquer participação dos agentes públicos, podem ser relevantes para o direito administrativo.

2 - (2009/CESPE/MMA/Ag. Administrativo) Todo ato praticado no exercício de função administrativa é considerado ato administrativo.

3 - (2010/CESPE/MPS/ADMINISTRADOR) Quando um banco estatal celebra, com um cliente, um contrato de abertura de conta-corrente, está praticando um ato administrativo.

4 - (2009/CESPE/PC-ES/Agente) A competência é requisito de validade do ato administrativo e se constitui na exigência de que a autoridade, órgão ou entidade administrativa que pratique o ato tenha recebido da lei a atribuição necessária para praticá-lo.

5 - (2009/CESPE/PC-ES/Agente) Na delegação de competência, a titularidade da atribuição administrativa é transferida para o delegatário que prestará o serviço.

6 - (2009/AUGE/CESPE/Auditor Interno) Os atos administrativos de caráter normativo não podem ser objeto de delegação.

7 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) Conforme afirma a doutrina prevalente, o ato administrativo será sempre vinculado com relação à competência e ao motivo do ato.

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8 - (2010/CESPE/INSS/Médico) A alteração da finalidade do ato administrativo expressa na norma legal ou implícita no ordenamento da administração caracteriza o desvio de poder.

9 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) Existe liberdade de opção para a autoridade administrativa quanto ao resultado que a administração quer alcançar com a prática do ato.

10 - (2009/CESPE/TRT-ES/Analista Judiciário) De acordo com a teoria dos motivos determinantes, os atos administrativos, quando tiverem sua prática motivada, ficam vinculados aos motivos expostos, para todos os efeitos jurídicos. Havendo desconformidade entre os motivos e a realidade, ou quando os motivos forem inexistentes, a administração deve revogar o ato.

11 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) Os atos administrativos gozam de presunção iuris et de iure de legitimidade.

12 - (2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) O ato administrativo, uma vez publicado, terá vigência e deverá ser cumprido, ainda que esteja eivado de vícios.

13 - (2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) No caso de um administrado alegar a existência de vício de legalidade que invalide determinado ato administrativo, esse indivíduo deverá fundamentar sua alegação com provas dos fatos relevantes, por força da obrigatoriedade de inversão do ônus da prova, originada no princípio da presunção de legitimidade do ato administrativo.

14 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) Pelo atributo da presunção de veracidade, a validade do ato administrativo não pode ser apreciada de ofício pelo Poder Judiciário.

15 - (2010/CESPE/TRE-BA/Analista Jud.) Um dos efeitos do atributo da presunção de veracidade dos atos administrativos reside na impossibilidade de apreciação de ofício da validade do ato por parte do Poder Judiciário.

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16 - (2009/CESPE/MMA/Ag. Administrativo) Pelo atributo da presunção de veracidade, presume-se que os atos administrativos estão em conformidade com a lei.

17 - (2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) Nem todos os atos administrativos possuem o atributo da autoexecutoriedade, já que alguns deles necessitam de autorização do Poder Judiciário para criar obrigações para o administrado.

18 - (2010/CESPE/TRE-BA/Técnico) A autoexecutoriedade é um atributo de todos os atos administrativos.

19 - (2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A prefeitura de determinada cidade, por meio de seu órgão competente, fechou uma casa de espetáculos que funcionava sem alvará e em dissonância com as normas de ordem urbanísticas locais. O dono do estabelecimento rebelou-se contra o ato, sob o argumento de que, para tanto, a prefeitura deveria ter recorrido ao Poder Judiciário e pedido o fechamento da casa e não agido por conta própria.

A situação hipotética descrita acima demonstra o atributo do ato administrativo denominado

A autoexecutoriedade.

B presunção de legitimidade.

C estrita legalidade.

D discricionariedade.

E bilateralidade.

20 - (2010/CESPE/MPS/ADMINISTRADOR) É permitido ao Poder Judiciário avaliar e julgar o mérito administrativo de ato proveniente de um administrador público.

21 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) Para se chegar ao mérito do ato administrativo, não basta a análise in abstrato da norma jurídica, é preciso o confronto desta com as situações fáticas para se aferir se a prática do ato enseja dúvida sobre qual a melhor decisão possível. É na dúvida que compete ao administrador, e somente a ele, escolher a melhor forma de agir.

22 - (2010/CESPE/TER-BA/Analista) Como exemplo da incidência do princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional

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sobre os atos administrativos no ordenamento jurídico brasileiro, é correto citar a vigência do sistema do contencioso administrativo ou sistema francês.

23 - (2010/CESPE/Analista/Saúde) A aplicação do princípio da proporcionalidade na administração pública envolve a análise do mérito administrativo (conveniência e oportunidade). Diante disso, o Poder Judiciário não pode se valer do referido princípio para fundamentar uma decisão que analise a legitimidade do ato administrativo.

24 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) No controle dos atos discricionários, os quais legitimam espaço de liberdade para o administrador, o Poder Judiciário deve, em regra, limitar-se ao exame da legalidade do ato, sendo vedada a análise dos critérios de conveniência e oportunidade adotados pela administração.

25 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) Os atos administrativos discricionários, por sua própria natureza, não admitem o controle pelo Poder Judiciário.

26 - (2010/CESPE/MP-ES/Promotor/Questão adaptada) O controle judicial da administração é sempre posterior; somente depois que os atos administrativos são produzidos e ingressam no mundo jurídico é que o Poder Judiciário atua para, a pedido dos interessados, examinar a legalidade desses atos.

27 - (2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) O ato discricionário permite liberdade de atuação administrativa, a qual deve restringir-se, porém, aos limites previstos em lei.

28 - (2010/CESPE/INSS/Médico) O ato administrativo pode ser perfeito, válido e ineficaz.

29 - (2010/CESPE/INSS/Médico) O ato administrativo pendente pressupõe um ato perfeito.

30 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) O ato administrativo pode ser inválido e, ainda assim, eficaz, quando, apesar de não se achar conformado às exigências normativas, produzir os efeitos que

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lhe seriam inerentes, mas não é possível que o ato administrativo seja, ao mesmo tempo, perfeito, inválido e eficaz.

31 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) Quanto à exequibilidade, o denominado ato administrativo perfeito é aquele que já exauriu seus efeitos, tornando-se definitivo e não podendo mais ser impugnado na via administrativa ou na judicial.

32 - (2010/CESPE/TRE-BA/Analista) Ato administrativo complexo é aquele que resulta do somatório de manifestações de vontade de mais de um órgão, por exemplo, a aposentadoria.

33 - (2007/CESPE/TCE-GO/Procurador) A aposentadoria do servidor público pode ser corretamente classificada como ato administrativo complexo, pois se forma pela manifestação de vontade de órgãos administrativos diferentes, em concurso, para a formação de um ato único, somente se aperfeiçoando com o registro pelo tribunal de contas competente.

34 - (2008/CESPE/PGE-AL/PROCURADOR) A Afasta-se a exigência da garantia do contraditório e da ampla defesa nos casos em que o TCU, no exercício do controle externo, aprecia a legalidade da concessão de aposentadoria ou pensão, uma vez que, em se tratando de ato complexo, só após a aprovação do TCU se constitui definitivamente o ato administrativo.

35 - (2008/CESPE/PGE-AL/PROCURADOR) A nomeação de ministro do STF é um ato composto, pois se inicia pela escolha do presidente da República e passa pela aprovação do Senado Federal.

Considere que a ANTAQ tenha editado resolução que exija, como requisito para obtenção de autorização para o afretamento de embarcações estrangeiras, a prévia consulta sobre a disponibilidade de embarcações nacionais que possam fazer a navegação de cabotagem. Acerca dessa situação hipotética e dos atos administrativos a ela relacionados, julgue o item que se segue.

36 - (2009/CESPE – ANTAQ) Por serem consideradas atos normativos primários, resoluções como a descrita poderão ser objeto de controle concentrado de constitucionalidade.

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37 - (2007/CESPE/MP-AM/Analista Administrativo) A portaria que dá exercício a um servidor empossado é um exemplo de ato ordinatório.

38 - (2008_CESPE_PGE/PB_PROCURADOR) A licença não pode ser negada quando o requerente satisfaça os requisitos legais para sua obtenção.

39 - (2007/CESPE/SEGER-ES) A licença, ato administrativo vinculado e definitivo, não pode ser negada caso o requerente satisfaça os requisitos legais para sua obtenção.

40 - (2010/CESPE/TRE-BA/Técnico) Entre as espécies de atos administrativos, os atestados são classificados como enunciativos, porque seu conteúdo expressa a existência de certo fato jurídico.

41 (2007/OAB/EXAME DE ORDEM) Um parecer opinativo acerca de determinado assunto emitido pela consultoria jurídica de órgão da administração pública não é considerado, por parte da melhor doutrina, ato administrativo, mas sim ato da administração.

42 - (2010/CESPE/INCA/Advogado/Questão Adaptada)E No que se refere ao controle da atividade financeira do estado, vem entendendo o STF que o jurista responsável pela emissão de parecer que autorize a realização de ato que importe lesão ao erário também pode ser responsabilizado pelo conteúdo de seu parecer. Assim, ainda que a consulta ao parecerista seja facultativa, a autoridade administrativa vincula-se ao emitir o ato tal como submetido à consultoria, com parecer favorável ou contrário, tornando o parecerista também responsável pelo ato, pois somente poderia praticá-lo de forma diversa da apresentada à consultoria se o submetesse a novo parecer.

43 - (2008/CESPE/TJ-RJ/Técnico) O ato se extingue pelo desfazimento volitivo quando sua retirada funda-se no advento de nova legislação que impede a permanência da situação anteriormente consentida.

44 - (2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) É facultado ao Poder Judiciário, ao exercer o controle de mérito de um ato administrativo, revogar ato praticado pelo Poder Executivo.

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45 - (2010/CESPE/TRE-BA/Analista Jud.)52 Apesar de o ato de revogação ser dotado de discricionariedade, não podem ser revogados os atos administrativos que geram direitos adquiridos.

46 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) Valendo-se de seu poder de autotutela, a administração pública pode anular o ato administrativo, sendo que o reconhecimento da desconformidade do ato com a lei produz efeitos a partir da própria anulação.

47 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) A anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, nos processos que tramitem no TCU, deve respeitar o contraditório e a ampla defesa, o que se aplica, por exemplo, à apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.

AGORA É HORA DE MARCAR O GABARITO

1 (C) (E) (SR) 13 (C) (E) (SR) 25 (C) (E) (SR)

2 (C) (E) (SR) 14 (C) (E) (SR) 26 (C) (E) (SR)

3 (C) (E) (SR) 15 (C) (E) (SR) 27 (C) (E) (SR)

4 (C) (E) (SR) 16 (C) (E) (SR) 28 (C) (E) (SR)

5 (C) (E) (SR) 17 (C) (E) (SR) 29 (C) (E) (SR)

6 (C) (E) (SR) 18 (C) (E) (SR) 30 (C) (E) (SR)

7 (C) (E) (SR) 19 (C) (E) (SR) 31 (C) (E) (SR)

8 (C) (E) (SR) 20 (C) (E) (SR) 32 (C) (E) (SR)

9 (C) (E) (SR) 21 (C) (E) (SR) 33 (C) (E) (SR)

10 (C) (E) (SR) 22 (C) (E) (SR) 34 (C) (E) (SR)

11 (C) (E) (SR) 23 (C) (E) (SR) 35 (C) (E) (SR)

12 (C) (E) (SR) 24 (C) (E) (SR) 36 (C) (E) (SR)

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CONFIRA SEU RESULTADO!

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2 (C) (C) (SR) 14 (C) (E) (SR) 26 (C) (C) (SR)

3 (C) (C) (SR) 15 (C) (E) (SR) 27 (C) (E) (SR)

4 (C) (E) (SR) 16 (C) (C) (SR) 28 (C) (E) (SR)

5 (C) (E) (SR) 17 (C) (E) (SR) 29 (C) (E) (SR)

6 (C) (E) (SR) 18 (C) (C) (SR) 30 (C) (C) (SR)

7 (C) (C) (SR) 19 LETRA A 31 (C) (C) (SR)

8 (C) (E) (SR) 20 (C) (C) (SR) 32 (C) (E) (SR)

9 (C) (C) (SR) 21 (C) (C) (SR) 33 (C) (E) (SR)

10 (C) (C) (SR) 22 (C) (C) (SR) 34 (C) (E) (SR)

11 (C) (C) (SR) 23 (C) (C) (SR) 35 (C) (C) (SR)

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QUESTÕES COMENTADAS

1 - (CESPE – TJBA/Juiz Substituto – 2005) Fatos jurídicos, mesmo que independam da vontade e de qualquer participação dos agentes públicos, podem ser relevantes para o direito administrativo.

1 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS – CONCEITOS INICIAIS

COMENTÁRIOS:

Nós bem que poderíamos começar essa aula diretamente com o conceito de ato administrativo, já que esse é o nosso tema. Mas é melhor falarmos um pouquinho sobre fatos jurídicos. Vejamos.

Em sentido AMPLO, fatos jurídicos são todos os eventos que sejam relevantes e que produzam uma consequência jurídica, o que, convenhamos, é um conceito QUASE do tamanho do mundo.

De fato, tem um monte de eventos NATURAIS que resultam em consequências jurídicas. Exemplo: cai um meteoro no fusca de Sean O’neal, reduzindo-o (o fusca) a cinzas. Consequências? CLARO! Foi muito custoso a Sean comprar o veículo. O efeito jurídico? REDUÇÃO DE PATRIMÔNIO, e nosso heroico Sean terá que juntar um bom dinheiro para comprar um novo “Fusquinha” (...). Atenção: o caso é hipotético, eu (Sean) tenho um Pálio EDX 1999 ☺.

Então, lá no Direito Civil é feita uma distinção: FATO JURÍDICO ESTRITO e ATOS JURÍDICOS, os quais são as espécies do gênero fato jurídico.

Fatos jurídicos ESTRITOS são eventos decorrentes da natureza e que produzem efeitos no mundo jurídico. Exemplo disso: catástrofes, a morte (natural), entre outros. Toa, tais eventos, naturais, não são tão relevantes assim, para nossa matéria, a não ser que o servidor MORRA, nesse caso, temos vacância, e para suprimento da vaga, concurso.

Nessa hora, em aulas presenciais, alguns dizem: então, seria bom que morresse um monte de servidor.. ☺. Vira essa boca pra lá! Nós somos servidores e professores e precisamos terminar bem o curso, não é verdade???!!!!

Podemos afirmar que atos jurídicos, sinteticamente, podem ser definidos como uma manifestação da vontade humana que importam em consequências jurídicas.

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Nessa linha, percebam que o ato administrativo também é fruto da manifestação humana, razão pela qual a doutrina aponta ser o ato administrativo uma das espécies de ato jurídico, ou seja, sempre é praticado por um agente da Administração.

Esse tema é muito comum em prova. Até no TCU já caiu. Olha a questão aí:

(2007/CESPE/TCU/Analista) O ato administrativo não surge espontaneamente e por conta própria. Ele precisa de um executor, o agente público competente, que recebe da lei o devido dever-poder para o desempenho de suas funções.

GABARITO: CERTO

Chamamos atenção para o fato de que ATOS JURÍDICOS não se confundem com FATOS JURÍDICOS em sentido ESTRITO. Estes últimos constituem eventos da natureza, não decorrentes da ação humana, embora, igualmente, resultem (ou possam resultar) em consequências jurídicas. Esqueminha básico, então:

FATO JURÍDICO AMPLO

Assim, TODO ATO ADMINISTRATIVO É UM ATO JURÍDICO, PODENDO SER VISTO, AINDA, COMO FATO JURÍDICO AMPLO.

Agora, o item: choveu, inundação. Cai uma ponte. Tem que reconstruir. É claro que tal fato jurídico, que independe da vontade humana, produzirá efeitos jurídicos para o direito administrativo, bem como para a Administração. Tem que licitar para reconstruir a ponte; tem que dar abrigo, eventualmente, para desabrigados; talvez fazer uma contratação direta, para atender a situação, etc. Enfim, fatos jurídicos podem ser relevantes para o direito administrativo. Por isso, CERTO o item.

Ato Jurídico manifestação de vontade HUMANA.Exemplo – ATOS ADMINISTRATIVOS.

Fato Jurídico ESTRITO Eventos naturais. Exemplo –CATÁSTROFES

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2 - (2009/CESPE/MMA/Ag. Administrativo) Todo ato praticado no exercício de função administrativa é considerado ato administrativo.

2 - GABARITO: ERRADO

TEMA: ATOS – CONCEITOS INICIAIS

COMENTÁRIOS:

Com esta questão abordaremos o conceito inicial de atos administrativos, especialmente com base na doutrina da Professora Maria Sylvia Di Pietro.

Todo ato praticado no exercício da função administrativa pode ser chamado de ato da Administração, correspondendo, portanto, a figura bem mais ampla do que o conceito de ato administrativo. Se pudéssemos traduzir em linguagem matemática, diríamos que o ato administrativo é uma amostra do “universo” ato da Administração (o ato administrativo está contido no conjunto dos atos da Administração). Em outros termos, o ato administrativo é espécie do qual o ato da Administração é gênero. Então, já matamos o item: EXISTEM ATOS DA ADMINISTRAÇÃO (praticados na função administrativa) QUE NÃO SERÃO ATOS ADMINISTRATIVOS. Logo, ERRADO o item.

Bom, como já anotamos que a expressão ato da Administração é figura mais ampla do que ato administrativo, agora, cumpre-nos informar quais as demais espécies de ato da Administração. De acordo com boa parte da doutrina (Di Pietro, em especial), dentre os atos da Administração, incluem-se:

os atos de Direito Privado – que são as doações, a permuta, a compra-e-venda, a locação, entre outros atos;

os atos materiais da Administração – que são atos os quais envolvem apenas execução, como a demolição de uma casa, a apreensão de mercadoria, a realização de um serviço, varrer o piso, e outros;

os atos de conhecimento, opinião, juízo ou valor – que são os atestados, as certidões, os pareceres e votos;

os atos políticos – são os que estão sujeitos a regime constitucional;

os contratos; e

os atos administrativos propriamente ditos.

Mas qual a razão de atos de Direito Privado, contratos, e outros não serem considerados atos administrativos? Não são eles

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emanados pela Administração? Isso é verdade, mas para clarearmos a mente do concursando, é nosso dever apresentá-los à definição de ato administrativo, informando, de antemão, que o conceito de institutos de Direito Administrativo sempre é relativamente problemático, afinal o ramo jurídico que estamos estudando não tem um texto único que consolide, em si, as principais definições da matéria, ou seja, não temos um código de Direito Administrativo, como possuem o Direito Penal e o Processual Civil, por exemplo. Mas as dificuldades fazem a vida melhor. Então, partamos para conceituar o ato administrativo na próxima questão.

3 - (2010/CESPE/MPS/ADMINISTRADOR) Quando um banco estatal celebra, com um cliente, um contrato de abertura de conta-corrente, está praticando um ato administrativo.

3 - GABARITO: ERRADO

TEMA: ATOS – CONCEITOS INICIAIS

COMENTÁRIOS

Bom, para começar a história: ATO ADMINISTRATIVO É ATO, CONTRATO ADMINISTRATIVO É CONTRATO. Este, a princípio, não pode ser enquadrado como ato administrativo. O contrato pode ser visto como ATO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, que é um conceito bastante amplo, mas não como ato administrativo. Logo, o item está ERRADO.

Aproveitando, pedimos atenção à aula de contratos administrativos, terceira do curso, no que se refere a licitações e contratos. Será bastante importante para esse concurso do Tribunal, sobretudo pela possibilidade de exigência do assunto na prova dissertativa.

Quanto ao conceito, o ato administrativo é abordado de diversas maneiras pelos doutrinadores nacionais. Para esclarecer, utilizaremos o dado pela professora Maria Sylvia Di Pietro, para quem ato administrativo é:

A declaração unilateral do Estado ou de quem o represente que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob o regime jurídico de Direito Público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário.

Não é costume citarmos o nome dos autores, porém, nesse caso, pedimos licença para fazer menção à autora, porque os examinadores, as bancas, adoram a professora Di Pietro!

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Vamos explorar um pouco mais o conceito. No entanto, preferimos uma apresentação “isolada”, por compartimentos, para que o conteúdo seja assimilado com mais naturalidade. Vamos para as partes, então:

I) O ATO ADMINISTRATIVO É UMA DECLARAÇÃO: por este trecho, o ato administrativo pode ser visto como uma exteriorização de vontade advinda de alguém, que será o agente público a quem a ordem jurídica (as normas) entrega a competência para a prática do ato.

De fato, per si, o Estado não faz nada, dado que é um ser abstrato. São necessários os agentes públicos para a materialização da atuação estatal. Em razão desse trecho, destacamos também que o ato administrativo pode ser visto como uma MANIFESTAÇÃO de vontade. Assim, a ausência desta (a não-exteriorização da vontade), ou seja, o silêncio (omissão) da Administração não pode ser reputado como ato administrativo, ainda que, em algumas hipóteses possa produzir efeitos jurídicos. Em síntese: o silêncio não é ato, é fato, porém, pode produzir efeitos no Direito Administrativo, constituindo-se fato administrativo.

Como exemplo de efeitos jurídicos decorrentes da omissão podemos citar a decadência, a prescrição, a preclusão, e outros, que são institutos, que, claro, serão vistos a seu tempo (na aula de processos, que será a última do curso). Mas, GUARDE AÍ: o silêncio da administração, a despeito de não ser ato, pode gerar consequências jurídicas.

II) O ATO ADMINISTRATIVO PRODUZ EFEITOS IMEDIATOS: a atribuição de efeitos imediatos estabelece uma distinção geral entre o ato administrativo e a lei, dado que esta, em razão de suas características de generalidade e abstração, não se presta, regra geral, a gerar efeitos imediatos.

Por consequência, pelo conceito da autora (leia-se: conceito restrito de ato administrativo) não se enquadrariam no conceito de ato administrativo, por exemplo, os atos normativos (como decretos e regulamentos), os quais, em seu conteúdo, assemelham-se à lei. Contudo, os atos normativos apenas MATERIALMENTE não podem ser considerados atos administrativos, mas, FORMALMENTE, o são, pelo que, assim como os atos materiais ou enunciativos, devem ser entendidos como atos administrativos FORMAIS. Isso será essencialmente relevante quando tratarmos dos atos administrativos que tenham a forma de “parecer” (mais à frente, noutras questões).

III) O ATO ADMINISTRATIVO É GERADO SOB O REGIME JURÍDICO DE DIREITO PÚBLICO: a submissão do ato administrativo a regime jurídico administrativo (de direito público) evidencia que a Administração, ao produzir atos administrativos, apresenta-se com as prerrogativas e as restrições próprias do poder

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público. Por esse motivo, não se encaixam no conceito de ato administrativo que estamos estudando os produzidos sob o direito privado.

IV) O ATO ADMINISTRATIVO NASCE EM OBSERVÂNCIA À LEI: esse trecho do conceito é uma decorrência do Estado de Direito enunciado no art. 1º da CF/1988. É fato que, se o Estado é de Direito, ele cria a Lei para que todos a cumpram, mas, até para dar o exemplo, deve ser o primeiro a cumpri-la. Assim, todo ato administrativo, SEM EXCEÇÃO, contará com uma “presunção de legitimidade”, ou seja, será tido como de acordo com o Direito. Por razões óbvias, já antecipamos que a presunção de legitimidade nos atos administrativos não é absoluta, ou seja, a despeito de ser tido como em conformidade com a ordem jurídica, o ato administrativo poderá (deverá) ser questionado judicialmente, desde que por alguém possuidor de prerrogativa (possibilidade) para tanto.

V) O ATO ADMINISTRATIVO PODE SER QUESTIONADO JUDICIALMENTE: este trecho é apenas para reafirmarmos o dito na passagem anterior: O ato administrativo, embora manifestação da vontade Estatal, não poderia deixar de estar submetido, quando necessário, ao controle pelo Poder Judiciário, regra consagrada pelo Estado de Direito, naquilo que a doutrina costuma chamar de princípio da inafastabilidade da tutela jurisdicional (inc. XXXV do art. 5º da CF/1988).

A título de complementação às análises já indicadas, será exposto, abaixo, o conceito de ato administrativo oferecido pelo (pai da criança) Hely Lopes Meirelles, veja:

É toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.

Perceberam a coincidência nos conceitos apresentados? Vejam que ambos os autores afirmam ser o ato uma manifestação de vontade humana, ou seja, ele não surgirá, claro, espontaneamente, dependendo de alguém para produzi-lo.

Uma última informação. Na verdade, é mais uma lembrança, respondam (rápido): apenas o Poder Executivo é quem edita atos administrativos? A resposta é um sonoro NÃO!

Já está correndo em nosso sangue (em razão da aula 1): o Brasil adota a clássica tripartição de Poderes (Executivo, Legislativo, e Judiciário – art. 2º da CF/1988), a qual, diferentemente da inicialmente desenhada por Montesquieu, não é rígida (absoluta), de tal sorte a comportar situações em que os demais Poderes (Legislativo e Judiciário) também administram (atipicamente).

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Quem nega que o Legislativo também realiza concursos públicos para provimento de seus cargos? Quem nega que o Judiciário, tendente à aquisição de nova frota de veículos, se sujeita à licitação? Quem nega que todos os Poderes diante de infrações administrativas de seus servidores instauram processos administrativos investigatórios?

Em suma, a exemplo do Executivo (quem edita atos administrativos formais), os demais Poderes detêm competência (dever-poder) de editarem atos administrativos (atos administrativos materiais). Mas, BIZU: OS ATOS ADMINISTRATIVOS SÃO TÍPICOS DO PODER EXECUTIVO, uma vez que tal Poder é o detentor do encargo da realização das tarefas administrativas de Estado, E ATOS ADMINISTRATIVOS SÃO ATÍPICOS EM RELAÇÃO AOS DEMAIS PODERES (JUDICIÁRIO e LEGISLATIVO). De fato, não é incumbência destes últimos produzirem atos administrativos, os quais, se editados, são-lhes atípicos, como dito.

Visto o conceito da “figura” principal dessa aula, o ato administrativo, vamos “decompô-lo” em partes, ou seja, os seus elementos e depois “caracterizá-lo”, ou seja, tratar dos seus atributos, tudo isso nas questões a seguir.

4 - (2009/CESPE/PC-ES/Agente) A competência é requisito de validade do ato administrativo e se constitui na exigência de que a autoridade, órgão ou entidade administrativa que pratique o ato tenha recebido da lei a atribuição necessária para praticá-lo.

4 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ELEMENTOS

COMENTÁRIOS:

Preparem o espírito, pois os comentários a essa questão são looooongos. Nas próximas, em que continuamos a tratar dos elementos, seremos breves, prometemos.

Eita assunto que cai em prova é este aqui: elementos. A gente, quando tá no começo da nossa vida de concursando, aprende logo:

CO FI FO M OB – (cofifomob)

São os 5 elementos do ato administrativo (CO mpetência; FI nalidade; FO rma; M otivo; OB jeto – COFIFOMOB!).

É mais um daqueles mnemônicos, palavrinhas para facilitar a memorização, que surgem na nossa vida. Mas cuidado com essa coisa aí, de memorizar a palavra, o mnemônico, sem ter o cuidado de incorporar o que ele significa. Já pensou lembrar-se do mnemônico na hora da prova sem lembrar o que ele significa? É de ficar doido... rsrsrsrs...

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Assinalamos que há uma variação de nomenclatura de autor para autor. É que alguns preferem a utilização do termo elementos, outros requisitos e mesmo pressupostos. Adiantamos que nossa preferência é a utilização de elementos, em razão de a Lei 4.715/1965 assim fazer referência.

Toa, tratando-se de concurso público, bom observar: a própria Banca Cespe utiliza, sem distinguir, requisitos ou elementos, enfim, utiliza-os como se fossem expressões sinônimas.

Sendo o ato administrativo uma espécie de ato jurídico (manifestação de vontade humana que produz consequências jurídicas), indicamos haver certa congruência, similitude, entre os elementos de formação dos atos administrativos em comparação com os atos de direito privado, são eles: agente, forma, e objeto. A finalidade e o motivo somam-se a estes, que vem lá do Direito Civil.

Porém, como já observado, ao lado dos três elementos já previstos na norma civilista (art. 104 do CC/2002), a Lei 4.717/65 (da Ação Popular), em seu art. 2º, ao tratar dos atos nulos, menciona cinco elementos dos atos administrativos: competência; forma; objeto; motivo; e finalidade. Vê-se que aos elementos típicos dos atos jurídicos foram acrescidos dois: motivo e finalidade, os “diferenciais” dos atos administrativos.

As bancas costumam indicar que o ato que deixe de atender um dos elementos (ou requisitos de formação) será NULO. Prestem atenção nisso, ok? Vai ser importante para algumas questões que resolveremos mais adiante, quando falarmos de anulação...

Ah! Esses tais elementos de formação podem ser VINCULADOS ou DISCRICIONÁRIOS. Nos vinculados, a norma é dura, isso porque estabelece detalhadamente qual a “única saída” a ser adotada, ou seja, descreve com minudência o que se requer quanto aos elementos. Já nos elementos discricionários, a norma é mãe, isso porque concede certas liberdades, flexibilidades, no entanto, LIBERDADE COM LIMITES. Daí, duas coisas:

i) a discricionariedade, para efeitos de prova de concurso, quando existente, reside em DOIS ELEMENTOS – MOTIVO E OBJETO. Mesmo em atos discricionários, os elementos COMPETÊNCIA; FINALIDADE e FORMA serão SEMPRE VINCULADOS. Assim, se tivéssemos que fazer uma análise elemento a elemento para concluir se o ato é discricionário, tal análise estaria resumida a estes dois elementos: MOTIVO e OBJETO; e,

ii) discricionariedade é sinônimo de liberdade da administração, MAS NÃO DE ARBÍTRIO. Com efeito, para a Administração Pública, não existe ato arbitrário, pois a LEI determina a vontade administrativa, com mínima liberdade (vinculação) ou maior liberdade (discricionariedade), mas não concede arbítrio, pelo que, pode se

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afirmar, PARA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ATO ARBITRÁRIO É IGUAL A ATO ILEGAL!

Outra questão importante diz respeito à convalidação de eventuais vícios quanto a um elemento em análise.

Convalidar significa, sinteticamente, corrigir, aperfeiçoar um vício, desde que este seja sanável. Alguns vícios quanto aos elementos, portanto, podem ser convalidados, outros, não, como veremos. Bom, feitos esses esclarecimentos, partamos para nossas exposições teóricas.

A COmpetência pode ser entendida como o poder atribuído pela norma ao agente da Administração para o exercício legítimo de suas atribuições. Resulta daí que o ato emanado de agente incompetente ou realizado além dos limites de sua competência é inválido, por faltar-lhe legitimidade. Ressalvamos, desde logo, que o vício (problema) de competência poderá, em algumas hipóteses, ser corrigido, por intermédio do instituto da convalidação ( ou sanatória – que parece nome de hospício, rsrs..., ou saneamento, para outros), como veremos mais abaixo.

No exercício da atividade administrativa, o desempenho da competência atribuída por lei não é algo passível de ser colocado de lado pelo administrador público, haja vista ter dever de zelar não por interesses próprios (nunca!), mas sim pela coisa pública (sempre!), patrimônio alheio, de terceiros, enfim, da coletividade, do que decorre, inclusive, o denominado princípio da indisponibilidade do interesse público (o interesse público não está sujeito à barganha), de tal sorte que não pode o Administrador Público simplesmente renunciar a competência atribuída pela norma. Em síntese: competência atribuída é competência a ser exercida, em razão, sobretudo, do interesse público a ser atendido.

Outro ponto a ser realçado é que o exercício da competência, embora seja elemento administrativo de ordem pública, pode ser delegado (atribuída a outrem) e avocado (ato de trazer para si competência de quem lhe é subordinado). Nesse sentido, lembramos que a Lei nº 9.784/1999 (Lei de Processo Administrativo no âmbito federal) estabelece:

A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.

Além destas características (irrenunciabilidade; poder ser delegada e avocada), observamos ser a competência, ainda:

I) intransferível: a competência não se transmite por mero acordo entre as partes. Mesmo quando se permite a delegação, é preciso um ato formal que registre a prática (ver caput do art. 14 da Lei nº 9.784/1999);

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II) improrrogável: no processo civil, é comum ouvirmos falar que se um determinado vício de incompetência relativa não for alegado no momento oportuno, o juiz de incompetente passa a competente, enfim, prorroga-se sua competência. No Direito Administrativo, não é isso que acontece, os interesses em jogo não são particulares como no Direito Civil. Assim, o mero decurso do tempo não transmuda a incompetência em competência. Para a alteração da competência, registre-se, é necessária a edição de norma que especifique quem agora passa a dispor da competência; e,

III) imprescritível: o seu não-uso não torna o agente incompetente. Não se pode falar, portanto, em “usucapião” de competência.

Basicamente, pode-se afirmar, com base na doutrina, que a competência dos agentes públicos é distribuída a partir de três pontos, a saber:

a) em razão da matéria – leva-se em conta o grau hierárquico e a possível delegação, como é exemplo da competência entre os Ministérios, segundo o assunto que o é pertinente: saúde, educação, transportes etc. Perceberam? Estamos diante de uma forma de desconcentração por matéria;

b) em relação ao âmbito territorial – por exemplo, a competência das delegacias policiais que adstringem o âmbito de sua atuação a determinada circunscrição (localidade). Agora estamos diante também de uma forma de desconcentração territorial; e

c) em relação ao limite de tempo – a competência tem início a partir da investidura legal e término com o fim do exercício da função pública.

Ressaltamos, ainda, que a expressão “competência”, dentro do Direito Administrativo, não tem o sentido de capacidade ou habilidade que detém um servidor público para editar um ato administrativo. De outra forma, diferentemente do direito privado, a competência, para o Direito Administrativo, deve ser entendida como A QUEM COMPETE PRODUZIR O ATO, ou seja, um SUJEITO, UM ALGUÉM que é responsável pela prática do ato. Não diz respeito, portanto, à capacidade, mas sim ao PODER DE PRATICAR O ATO. Assim, como dizem, não é competente quem quer, ou quem sabe fazer, mas sim quem a norma determinar que é.

Já a Finalidade é o fim pretendido pela Administração. Conforme parte da doutrina, a finalidade é elemento sempre vinculado e, de forma ampla, deve ser idêntica para todo e qualquer ato administrativo: a satisfação do interesse público. Apesar de não gostarmos muito da afirmativa (a finalidade é elemento vinculado), o CESPE tem adotado esse entendimento várias vezes. Então, fica o BIZU: PARA EFEITOS DE PROVA DE CONCURSO, A FINALIDADE É ELEMENTO VINCULADO!

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Tal objetivo (a finalidade, o interesse público) deve ser atingido de maneira mediata (pro-futuro). Difere, desse modo, do efeito jurídico imediato do ato administrativo, a ser buscado por intermédio do objeto do ato, traduzido este na aquisição, na transformação ou na extinção de direitos. Um exemplo deixa mais claro.

Sabe aquela licença-gestante, a qual a servidora pública tem direito, a partir do nono mês de gravidez? Qual seria o interesse público a ser atingido? A gente gosta de dizer que o interesse público começa com: É (éééé...) sabe quando a gente diz para si mesmo peraí. Deixe-me pensar... éééé... provavelmente, essa será a finalidade do ato, que é MEDIATA. No caso da licença-gestante, alguns exemplos: proteção da infância, da lactância, preservação da espécie humana, e outros. Notem que é “coisa grande”.

No caso do Objeto, o resultado é IMEDIATO. No caso da licença-gestante: é retirar a servidora do contato com o trabalho por 120 dias consecutivos, a partir da concessão da licença.

Ei, a licença-gestante agora não é de 180 dias? Alguém já me disse isso... Pois é: esses 60 dias a mais (na Lei 8.112 o prazo continua a ser de 120 dias) vêm da Lei 11.770, de 2008. Daí é difícil (mas não impossível!) o examinador tratar disso na prova.

Por enquanto, o que importa para guardarmos é: ENQUANTO A FINALIDADE É O RESULTADO MEDIATO, O OBJETO DO ATO É SEU RESULTADO IMEDIATO!

De modo restrito, a lei pode estabelecer objetivo específico para o ato administrativo a ser praticado. Por exemplo: a remoção ex officio (de ofício) de servidor público tem a finalidade específica de atender a necessidade de serviço público. Assim, o ato de remoção, por exemplo, não pode ser utilizado para punir quem cometera infrações funcionais, sob pena de ser invalidado por desvio de finalidade (espécie do vício de abuso de poder).

Infelizmente, não trataremos do abuso de poder no nosso curso porque o assunto “Poderes Administrativos” simplesmente não é exigido em concursos para o Tribunal. Alguns devem ter pensado: infelizmente? FELIZMENTE, pois pelo menos uma coisa eu não tenho de estudar... então, tá! Infeliz, ou FELIZMENTE, não cai o assunto poderes...

A FOrma é um dos elementos do ato administrativo. Tradicionalmente, a forma é indicada como sendo um elemento vinculado e indispensável à validade do ato administrativo. Registre-se: não basta que o ato tenha forma, mas que esta seja válida, ou seja, em consonância com que preceitua a norma.

Por regra geral, os atos administrativos devem ter a forma escrita. Porém, nosso concurso não é composto só de regras

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GERAIS. Aliás, o Direito, sobretudo o Administrativo, é a “ciência das exceções”. Portanto, não se excluem os atos administrativos praticados de forma não-escrita, consubstanciados em ordens verbais, por meio de sinais etc. São exemplos de atos administrativos não-praticados por escrito: ordens verbais de um superior ao subordinado; sinais e placas de trânsito (formas pictóricas) etc.

No Direito Público, do qual o Direito Administrativo é um dos ramos, impera o princípio da solenidade das formas, ao contrário do princípio da liberdade (instrumentalidade) das formas, diga-se de passagem, inerente ao direito privado.

Em realidade, por tratar de interesses públicos, o Direito Administrativo deve preservar formas, ritos, permissivos do alcance desse interesse. Pode-se dizer que a observância da forma prescrita em lei constitui verdadeira garantia jurídica para a Administração e para o administrado: pelo revestimento (forma) do ato administrativo é que se perceberá a obtenção do resultado pretendido, servindo de meio de controle, quer pela Administração, quer pelos destinatários, quanto ao que se realizará.

Abrimos breve parêntese para explicar que o “império da formalidade” vem sendo amenizado, moderado. Recentemente a Lei nº 9.784/1999, em seu art. 22, estatuiu expressamente: os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada, a não ser quando a lei expressamente a exigir.

A doutrina tem evoluído exatamente nesse sentido de moderação. Aponta que as formalidades para a prática de qualquer ato administrativo devem ser só aquelas estritamente essenciais, desprezando-se procedimentos meramente protelatórios, procrastinatórios. Percebemos o surgimento de um novo princípio: o do FORMALISMO MODERADO PARA OS ATOS E PROCESSOS ADMINISTRATIVOS.

Assim, caso não se tenha forma específica na norma para a prática de um ato administrativo, este poderá ser praticado de mais de uma forma (escrita, verbal, gestual etc.).

ATENÇÃO: a forma continua a ser vista, via de regra, como um elemento VINCULADO do ato administrativo, uma vez que prevalece nesse ramo do direito a forma prescrita em lei para os atos. Contudo, a Lei nº 9.784/1999 atenua esse entendimento (mas não o afasta, por completo), ao determinar que as formalidades para a prática desses atos devem ser exigidas SOMENTE QUANTO AO ESSENCIAL.

Esse é o entendimento a ser mantido para fins de prova de concurso!

Chegamos à “cerejinha do bolo” quanto aos elementos: o Motivo.

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De cara, vamos fazer um pacto: NO DIREITO ADMINISTRATIVO, QUASE SEMPRE, SE TEM NOME DIFERENTE, TEM QUE TER DIFERENÇAS. SE AS COISAS TÊM SENTIDOS IGUAIS, DEVEM (ou DEVERIAM) TER O MESMO NOME...

Assim, de acordo com nosso “pacto”, tem que ter diferenças entre motivo (ELEMENTO do ato administrativo) e a motivação (EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS). Vejamos.

Motivo é o que leva alguém a fazer alguma coisa. Exemplo: por que os amigos estão fazendo este curso? Pelo prazer da nossa companhia? Por que não tem muito que fazer? Ou para, finalmente, resolver essa “parada” de Direito Administrativo em concursos públicos? Provavelmente, deve ser por causa da última situação, mas ATENÇÃO: MOTIVO É O QUE LEVA À PRÁTICA DE UM ATO, ou, como prefere o examinador, pressupostos de fato e de direito que levam a Administração Pública a agir.

Motivar é, em síntese, explicar, reduzir a termo, enunciar, por no papel, enfim, EXPOR OS MOTIVOS QUE DETERMINARAM A PRÁTICA DE UM ATO. É a exteriorização, a formalização, do que levou à Administração produzir determinado ato administrativo. Um exemplo prático torna mais clara a situação: na punição de um servidor, praticante de infração funcional, o motivo (um dos elementos dos atos administrativos) é a própria infração, enquanto a motivação seria a capa, a formalização dos motivos, contida em ato (ou atos) que indiquem as razões, a gradação da pena, o resgate a atos precedentes e outros que permitam verificar a existência do motivo indicado.

Então, um primeiro BIZU: MOTIVO E MOTIVAÇÃO, AINDA QUE PRÓXIMOS, NÃO SÃO EXPRESSÕES SINÔNIMAS.

Lembramos que divergências doutrinárias também são encontradas quanto à necessidade de motivação dos atos administrativos. Mais uma vez, a interpretação da Lei nº 9.784/1999 resolve a questão.

Na citada norma (art. 50), expõe-se determinada lista (exemplificativa) de atos administrativos que, obrigatoriamente, deverão ser motivados, entre outros:

III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;

IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;

V - decidam recursos administrativos;

VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

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Ora, se a lei determina que, nessas hipóteses, os atos administrativos deverão ser motivados, conclui-se que em outras, evidentemente, poderão deixar de ser. Assim, nem sempre a motivação dos atos é obrigatória. Embora desejável e quase sempre necessária (pois é um princípio da Administração), a motivação poderá não ser expressamente exigida.

Nesse sentido, cite-se a possibilidade de exoneração “ad nutum” de um servidor ocupante de cargo em comissão, para a qual a Administração é dispensada de apresentar motivação expressa de tal decisão. Em outros termos, embora existente o motivo, a motivação não se faz necessária, regra geral. A homologação de processo licitatório é outro exemplo de situação que prescinde de motivação, uma vez que as leis não exigem para esta expressa motivação.

Interessante ressaltar que, ainda que não obrigatória em todas as circunstâncias, a regra geral é que haja motivação dos atos administrativos praticados pelo Poder Público, já que a motivação é um princípio LEGAL contido no caput do art. 2º da Lei nº 9.784/1999 (mas não é um princípio constitucional expresso para a Administração Pública, observe-se).

Toa, quando os motivos qu e levaram à prática de um ato forem expostos, deverão ser reais, existentes, amparando-se em razões de interesse, sob pena de invalidação (anulação) do ato amparado em motivo falso ou inexistente, dentro do que a doutrina conhece como ‘Teoria dos Motivos Determinantes’. Um caso pitoresco explica melhor o que se afirma.

A dispensa do servidor ocupante de cargo em comissão é uma das, hoje, raras exceções em que se dispensa a motivação expressa do ato praticado pela Administração, como dissemos. Suponhamos, então, que um ocupante de cargo em comissão tem sua exoneração ocorrida, conforme apontado pela Administração em despacho fundamentado, pela sua inassiduidade habitual. O ex-comissionado comprova, então, que jamais faltou um dia de trabalho. Sua dispensa poderá (e mesmo DEVERÁ), em consequência, ser invalidada com fundamento na “teoria dos motivos determinantes”.

Tal teoria (dos motivos determinantes) preceitua que a validade do ato está adstrita aos motivos indicados como seu fundamento e sua prática, de maneira que se inexistentes ou falsos os motivos, o ato será nulo. Assim, mesmo se a lei não exigir a motivação, caso a Administração a faça, estará vinculada aos motivos expostos.

Cuidado! Ao motivar o ato, não significa que a Administração esteja “transformando” um ato de discricionário em vinculado. De modo algum. O ato continua com sua mesma natureza, desde a origem: o discricionário mantém-se assim. Acontece, tão-somente,

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que ficará a Administração, quando da motivação, vinculada aos motivos declarados.

Ressalte-se que a Constituição não exige, direta e expressamente, do ADMINISTRADOR, a motivação de seus atos administrativos. Quem o faz, expressamente, indicando a motivação como princípio é a Lei 9.784/1999, no art. 2º já citado, como decorrência, por exemplo, de princípios constitucionais como o da publicidade. Mas é bom lembrar que hoje, PARA AS DECISÕES ADMINISTRATIVAS LEVADAS A EFEITO NO ÂMBITO DO PODER JUDICIÁRIO, A NECESSIDADE DE MOTIVAÇÃO É EXPRESSA NA CF/1988. A bem do esclarecimento, citamos o inc. X do art.93 da CF/1988:

As decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros.

Portanto, hoje, a motivação não é um princípio absolutamente implícito no texto constitucional. Mas, como frisado, seu registro constitucional expresso diz respeito às decisões administrativas dos Tribunais Judiciais, não sendo diretamente relacionado, portanto, aos administradores públicos, de modo geral.

Essa teoria, dos motivos determinantes, tem caído bastante em prova. Normalmente o examinador faz isso:

(2007/CESPE/TCU/Técnico) A teoria dos motivos determinantes cria para o administrador a necessária vinculação entre os motivos invocados para a prática de um ato administrativo e a sua validade jurídica.

GABARITO: CERTO

Tem razão o examinador quando afirma que os motivos expostos para a prática de um ato estão ligados ao plano da VALIDADE deste, ou seja, de sua LEGALIDADE, pois ato válido é ato legal. Acrescemos que tais motivos não se ligam à EXISTÊNCIA do ato. Falaremos mais sobre validade, existência e eficácia em outros itens, ok? Mas, por ora, vamos continuar com nossas análises relativas aos elementos.

Também denominado de conteúdo por alguns autores, o objeto diz respeito à essência do ato administrativo, constituindo o efeito jurídico imediato que tal ato produz.

Se os amigos não perceberam, há uma diferença fundamental entre finalidade e objeto, no que diga respeito ao resultado pretendido. Com efeito, a FINALIDADE TRADUZ O RESULTADO MEDIATO, como dissemos, enquanto o OBJETO REFERE-SE AO

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RESULTADO IMEDIATO, ou seja, a mudança perceptível, rapidamente, a partir do ato.

Sob determinadas circunstâncias, o objeto do ato deve reproduzir aquilo que desejava o legislador. Noutras, permite-se, em lei, ao agente ponderar quanto àquilo que pretende atingir com sua manifestação volitiva (de vontade). No 1º caso, tem-se ato vinculado; no segundo, ato discricionário. É preciso notar que o objeto guarda íntima relação com o motivo do ato administrativo, constituindo, estes dois elementos, o núcleo do que a doutrina comumente denomina de mérito do ato administrativo, a ser visto em várias questões que resolveremos mais à frente.

Por fim, pode-se dar como exemplo de objetos de ato administrativo, os seguintes: uma licença para construção tem por objeto permitir que o interessado possa edificar de forma legítima; no ato de posse, é a investidura do servidor em cargo público; na aplicação de uma multa, o objeto é punir o transgressor, etc. Vê-se que o objeto é, repisando, aquilo que se pretende de forma imediata, enquanto que, de forma mediata, a pretensão tem a ver com o elemento finalidade: a satisfação do interesse público.

Como falaremos de convalidação dos atos mais para frente, deixamos de enfatizar o assunto aqui nessa passagem, ok? Ufa, depois de todo esse estirão, vamos para os outros itens relativos aos elementos, que vão ter comentários mais curtos. Prometemos!

5 - (2009/CESPE/PC-ES/Agente) Na delegação de competência, a titularidade da atribuição administrativa é transferida para o delegatário que prestará o serviço.

5 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ELEMENTOS

COMENTÁRIOS:

Opa! Na delegação, o que se transfere é a EXECUÇÃO, mas não a TITULARIDADE. Olha só o que diz o art. 14 da Lei 9.784, de 1999:

§ 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.

Sabe qual a razão de poder se revogar a delegação de competência? Porque ela continua a ser do titular, SEMPRE. Assim, QUANDO HÁ DELEGAÇÃO,O QUE SE TRANSFERE É A EXECUÇÃO, NÃO A TITULARIDADE! ERRADO o item!

6 - (2009/AUGE/CESPE/Auditor Interno) Os atos administrativos de caráter normativo não podem ser objeto de delegação.

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6 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ELEMENTOS

COMENTÁRIOS:

Esse assunto é particularmente interessante à Lei 9.784/99. Mas vale o registro: nem tudo pode ser delegado. Com efeito, vejamos o art. 13 da referida norma:

Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:

I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

“Decorem” esse rol acima, pois ele sempre cai em prova. Mas voltaremos a falar sobre ele na aula da Lei 9.784. E lembrem: nem tudo pode ser objeto de delegação.

7 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) Conforme afirma a doutrina prevalente, o ato administrativo será sempre vinculado com relação à competência e ao motivo do ato.

7 - GABARITO: ERRADO

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ELEMENTOS

COMENTÁRIOS:

Essa “provinha” do Ministério da Saúde foi uma das mais interessantes aplicadas nos últimos tempos pelo CESPE, para quem não é da área jurídica. Bem pé no chão e com questões muito boas.

Em realidade, a doutrina, unanimemente, entende que é praticamente impossível vincular todos os motivos, ou seja, todas as razões que levarão, algum dia, a Administração Pública a agir. Já pensou: tentar prever tudo o que vai acontecer na vida da Administração? Ou seja, vincular todos os motivos? Impossível... Mas, só para lembrá-los: o elemento competência é vinculado, também na visão da doutrina. Quem não é vinculado, é o motivo. Daí, o erro da questão: dizer que o motivo é vinculado.

8 - (2010/CESPE/INSS/Médico) A alteração da finalidade do ato administrativo expressa na norma legal ou implícita no ordenamento da administração caracteriza o desvio de poder.

8 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ELEMENTOS

COMENTÁRIOS:

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Esta questão é desencargo de consciência com relação a uma mínima parte do assunto “Poderes Administrativos” que poderia cair em prova, por conta de atos: a teoria do abuso de poder.

Os Poderes concedidos aos agentes para o bom desempenho de suas atribuições de interesse público devem ser usados com normalidade, dentro dos contornos da lei. Não pode a autoridade, por achar-se no uso legítimo dos poderes que lhe foram cometidos, desbordar (estar além) dos limites estabelecidos. Para que não sejam invalidados, os atos das autoridades e dos agentes em geral devem, então, ser legítimos, legais e morais, atendo-se aos interesses públicos, da coletividade. Ao mau uso do poder, de forma desproporcional, ilegal, ou sem atendimento do interesse público, constitui o abuso de poder, que pode ocorrer de duas formas, basicamente:

a) O agente atua fora dos limites de sua competência; e,

b) O agente, embora dentro de sua competência, afasta-se do interesse público que deve nortear todo o desempenho administrativo.

No primeiro caso, verifica-se o excesso de poder, com o agente público exorbitando das competências que lhe foram atribuídas, invadindo competências de outros agentes, ou praticando atividades que não lhe foram conferidas por lei. O vício aqui é de competência, tornando o ato arbitrário, ilícito e nulo.

Na segunda situação, embora o agente esteja atuando no raio de sua competência, pratica ato visando fim diverso do fixado em lei ou exigido pelo interesse público. Ocorre, então, o que a doutrina costumeiramente chama de desvio de poder ou de finalidade, que é o assunto tratado neste item. Consequentemente, o vício do ato, nesse caso, não é de competência do agente, mas de finalidade. Em duas acepções pode ocorrer essa violação da finalidade: de forma ampla, quando o ato praticado ofende genericamente o interesse público, como a concessão de vantagens pecuniárias a um grupo de servidores, ou de forma específica, quando o ato, por exemplo, desatende o objetivo previsto em norma, tal como no já clássico exemplo da remoção de ofício do servidor como forma de punição do mesmo. Tal figura jurídica [a remoção] tem por fim o atendimento de necessidade do serviço, e não poderia, com intuito diverso, ser utilizada como forma de punição do servidor, sob pena de invalidação por desvio de finalidade.

Então, em rápida síntese, o abuso de poder é gênero, do qual são espécies o excesso de poder e o desvio de poder ou de finalidade, com as características apontadas.

Voltando ao item, vimos nas questões anteriores, aliás, no curso todo, que a Administração Pública só pode e deve e agir em razão de interesses públicos. Desse modo, não pode haver por parte

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do agente responsável pela ação alteração da finalidade do ato, pois, se não, incidiria em abuso de poder, na modalidade desvio de poder (ou de finalidade).

Ah, um último detalhe: alguns autores expõe que a omissão pode caracterizar abuso de poder. Um exemplo: o sujeito colou grau em contabilidade. Vai ao conselho de sua categoria e solicita o registro. O conselho se omite... Não tá abusando?!!! Pois é. É nesse sentido que a omissão caracterizaria abuso.

9 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) Existe liberdade de opção para a autoridade administrativa quanto ao resultado que a administração quer alcançar com a prática do ato.

9 - GABARITO: ERRADO

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ELEMENTOS

COMENTÁRIOS:

Questão de fixação: não há liberdade quanto ao resultado que deve ser alcançado: serão sempre os interesses públicos. ERRADO o item, portanto.

10 - (2009/CESPE/TRT-ES/Analista Judiciário) De acordo com a teoria dos motivos determinantes, os atos administrativos, quando tiverem sua prática motivada, ficam vinculados aos motivos expostos, para todos os efeitos jurídicos. Havendo desconformidade entre os motivos e a realidade, ou quando os motivos forem inexistentes, a administração deve revogar o ato.

10 - GABARITO: ERRADO

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ELEMENTOS

COMENTÁRIOS:

Mas estava indo tão bem na questão... É que até antes do termo “Havendo” a questão estava certa! Mas quando o examinador diz que “Havendo desconformidade entre os motivos e a realidade, ou quando os motivos forem inexistentes, a administração deve revogar o ato” aí ele cometeu o erro. Na verdade, motivos falsos levam à ANULAÇÃO do ato, por ilegalidade, e não sua revogação, que, como sabemos, ocorre por motivos de conveniência e oportunidade. Mas vamos falara mais sobre revogação em questões lá na frente, ok?

11 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) Os atos administrativos gozam de presunção iuris et de iure de legitimidade.

11 - GABARITO: ERRADO

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ATRIBUTOS

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COMENTÁRIOS:

Bom, entramos noutro assunto relativo aos atos administrativos: os atributos. Vamos fazer o mesmo “esquema” que fizemos para os elementos: esclarecimentos teóricos todos de uma vez, depois, mais objetividade nos comentários das questões que falem sobre atributos a seguir.

Os atributos, junto com os elementos, são os temas que mais caem em prova, no que se refere aos atos. Para boa parte da doutrina, são três os atributos: presunção de legitimidade, auto-executoriedade e imperatividade. Vamos, então, abordar principalmente esses três, sem prejuízo de mencionar o que alguns autores pensam a respeito de outros eventuais atributos. Vamos começar com a presunção de legitimidade.

A palavra presunção denuncia (indica) que milita (conta em favor) no ato administrativo do Estado a qualidade de terem sido produzidos em conformidade com o Direito (presunção de legitimidade), e, realmente, não poderia ser diferente, eis que em toda sua vida funcional, o administrador fica preso ao cumprimento estrito da lei, ou seja, ao princípio da legalidade (art. 37, caput, da CF/88). Além disso, os fatos alegados pela Administração para a prática do ato também são presumidos verdadeiros (presunção de veracidade).

E o amigo questiona: isso significa que não posso me opor à execução do ato, pois ele é presumido legítimo? Não é isso. Obviamente, o particular, ao se sentir atingido pelo ato do Estado, tem todo o direito de se socorrer no Poder Judiciário, utilizando, para tanto, dos remédios jurídicos postos à sua disposição, afinal, como já se disse, vigora entre nós o princípio da Jurisdição UNA (sistema inglês), encontrado no inc. XXXV do art. 5º da CF/1988.

Logo, pelo fato de nós particulares podermos nos opor, é possível dizer que a presunção que estamos tratando NÃO É ABSOLUTA (JURE ET JURIS), mas sim RELATIVA (“juris tantum”). E está resolvido o item, não é? O examinador disse que a presunção de legitimidade é absoluta. Não é. É relativa.

Surge a questão: quem deve provar a suposta ilegalidade do ato? A Administração que o executou? Ou os particulares (administrados) que se opõem? A resposta é que a presunção de legitimidade/veracidade inverte o ônus da prova, de tal forma que o particular é quem tem a obrigação de demonstrar que o ato da Administração foi produzido em descompasso com o direito vigente e, ainda, que os fatos alegados não são reais, não são adequados. Que confuso não?! Vamos a um exemplo, para que fique um pouco mais claro.

SEAN, em alta velocidade, ao ultrapassar sinal vermelho, é multado por MARANHÃO (agente de fiscalização do Estado). Depois

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de determinado prazo, chega à casa de SEAN multa pela transgressão, ou seja, a Administração ALEGA que SEAN ultrapassou o sinal vermelho. Será verdadeira a alegação da Administração? Quem alega tem de provar? A resposta é que, embora a regra seja de que quem alega é que tem de provar, tratando-se de Direito Público, INVERTE-SE O ÔNUS DA PROVA, logo, SEAN é que tem de provar o equívoco da Administração ao multá-lo, dado que, a princípio, o ato administrativo é presumivelmente legítimo.

Destacamos ainda que a presunção de legitimidade decorre do princípio da legalidade, do próprio estado de Direito, não sendo necessária norma infraconstitucional que a reafirme. Com outras palavras: não é preciso que uma Lei diga, por exemplo, “as licitações são legítimas”. De fato, por se tratar de uma série de atos administrativos, os processos licitatórios, assim como todos os atos administrativos, são presumidos legítimos. Então, anota aí:

COMO VIVEMOS EM UM ESTADO DE DIREITO, UMA DAS CONSEQUÊNCIAS DISSO É QUE TODOS OS ATOS DO ESTADO SÃO PRESUMIDOS LEGÍTIMOS, OU SEJA, EM CONFORMIDADE COM A ORDEM JURÍDICA.

Assim, podemos afirmar que a presunção de legitimidade é uma decorrência do Estado de Direito mencionado logo no art. 1º da CF/1988. De fato, se o Estado é de Direito, deve ser o primeiro a cumprir o rito legal. Logo, PRESUMIDAMENTE, TODOS os atos que venha a produzir estarão em conformidade com o ordenamento jurídico. PERCEBAM: o que acabamos de dizer é que TODOS os atos contam com uma presunção (relativa) de legitimidade, uma vez que este atributo é uma decorrência do Estado de Direito. Isso será diferente com os outros atributos, como veremos.

Detalhe: alguns autores costumam dividir a presunção de legitimidade em dois aspectos: legalidade, em sentido estrito, e veracidade.

Pela primeira (legalidade), a atuação do agente público é suposta de acordo com a Lei. Pela segunda (veracidade), os FATOS alegados pela Administração para a produção de um ato são verídicos, ou seja, reais, existentes. Essa distinção não é muito comum, mas o Cespe trata disso, como veremos.

O segundo atributo é a imperatividade, que é a característica pela qual os atos administrativos se impõem como obrigatórios a terceiros, independentemente da anuência destes, que, assim, sujeitam-se à imposição estatal.

Se o concursando tivesse de traduzir a imperatividade em um princípio só, qual seria este? A Resposta deveria ser: O PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PARTICULAR, ou seja, o Estado determina ordens, de forma unilateral, e nós, administrados (particulares) devemos acatá-

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las, sob pena de sanções. Notem que a supremacia traduz uma ideia de verticalidade, de prerrogativa.

Importante perceber que os atos administrativos são tão potentes, tão fortes, a ponto de seus efeitos serem sentidos por particulares que não estão sujeitos à hierarquia da Administração, ou seja, os atos são emitidos pelo Estado e ultrapassam sua esfera, alcançando a esfera do particular sem qualquer vínculo especial, enfim, extravasa o âmbito interno administrativo, é aquilo que a doutrina denomina de Poder Extroverso.

ALERTA, ALERTA! Nem todos os atos são dotados de imperatividade. Para encontrarmos os atos não-imperativos é só procurarmos pelas situações em que o Estado encontra restrições em sua atuação, eis que, como informamos, a imperatividade traduz prerrogativa estatal. P. ex., se um servidor solicita uma certidão por tempo de serviço, o Estado tem a prerrogativa de negar? Se o Estado tem o desejo de contratar uma nova frota de veículos, poderia forçar uma concessionária ao fornecimento? A resposta, para ambos os casos, é que não. Daí porque concluímos que atos enunciativos (certidões, atestados e outros) e atos negociais (autorização, permissão e outros), não são dotados de imperatividade, porque funcionam como uma restrição para o Estado e não prerrogativa. Podemos dizer, então, que há imperatividade nos atos que imponham deveres, obrigações e sanções aos destinatários, pois, nestes casos, o Estado é dotado de suas prerrogativas típicas.

Terceiro atributo dos atos administrativos, a auto-executoriedade é a prerrogativa de que certos atos administrativos sejam executados imediata e diretamente pela própria Administração, independentemente de ordem ou autorização judicial. Salientamos que se garante até mesmo o uso da força física, se for necessária, mas, sempre e sempre, com meios adequados, proporcionais. P. ex.: estudantes da UNB, de forma pacífica, mantêm-se instalados em determinado bem público de uso especial (reitoria da Faculdade), seria possível a expulsão do grupo, sem a intervenção do Judiciário? É claro que sim (apesar da grande timidez dos gestores públicos), mas sem maus-tratos, sem violência desmedida, enfim, com PROPORCIONALIDADE.

Assim como ocorre com o atributo da imperatividade, a auto-executoriedade não existe em todos os atos administrativos. Conforme a doutrina majoritária, só há auto-executoriedade quando:

a) expressamente prevista em lei; E/OU

b) tratar-se de medida urgente que, acaso não adotada de imediato, pode ocasionar prejuízo maior para o interesse público.

Aproveitamos do momento para sinalizar que o TCU tem, constitucionalmente, competência para aplicação de multas. Seriam

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elas autoexecutórias? Não. A exemplo das multas aplicadas por órgãos administrativos, as decisões do Tribunal que apliquem multas serão executadas perante o Poder Judiciário, em ações específicas.

Ah, uma última nota: há autores que defendem outros atributos para os atos administrativos. Por exemplo: há quem indique o atributo da TIPICIDADE (Professora di Pietro, por exemplo). Em razão de tal atributo, o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados.

Por este atributo afasta-se a possibilidade de produzir atos administrativos unilaterais inominados, especialmente em consequência direta do princípio da legalidade: para cada finalidade pretendida pela Administração existe um ato definido em lei.

Duas consequências podem ser apontadas em razão do princípio da tipicidade:

I) Impede que a Administração produza atos unilaterais e coercitivos, sem expressa previsão legal, representando verdadeira garantia ao administrado;

II) Impede a prática de atos totalmente discricionários, porque a previsão legal define os contornos em que a discricionariedade poderá ser exercida.

Destaque-se, por fim, que não há de se falar em tipicidade com relação a todos os atos bilaterais, como é o exemplo clássico dos contratos administrativos, pois, em relação a estes, não há imposição da vontade administrativa. Assim, nestes acordos de vontades (contratos), a vontade da Administração dependerá da aceitação do particular, não havendo óbices à formalização de contratos inominados, desde que haja o melhor atendimento do interesse público e do particular. Obviamente, por vezes, mesmo nos contratos administrativos, o princípio da tipicidade se fará presente, como é o caso dos contratos de concessão de serviços públicos, já nomeados, tipificados, na Lei nº 8.987/1995, por exemplo.

Enfim, os atributos, as notas peculiares, as características, aqui apontados são os mais importantes para efeitos de concurso. Mas nada impede que sejam citados outros, os quais, sendo bem sinceros, dificilmente cairão na prova.

AH – responda rápido aí: são elementos do ato administrativo: a imperatividade e autoexecutoriedade. Alguns talvez tenham dito sim, isto está certo. NÃO TÁ !!!! Não são elementos, mas sim ATRIBUTOS do ato administrativo. Então, para resumir, guarda a informação:

ELEMENTOS: são partes do ATRIBUTOS: características

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do ato com a ordem jurídica

ato do ato

COMPETÊNCIA: Poder atribuído Presunção de legitimidade: sempre existe. É a conformidade

FINALIDADE: interesse público (de modo amplo)

FORMA: exteriorizador do ato (como este vem ao mundo)

autorização judicial

Autoexecutoriedade: permite que a Administração Pública aja, independentemente de

MOTIVO: pressupostos de fato e de direito

OBJETO: conteúdo (resultado imediato)

Imperatividade:em razão dela, o destinatário deve obediência ao ato, independente de concordância

E LEMBREM: um único atributo se faz presente em todos os atos: a presunção de legitimidade.

12 - (2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) O ato administrativo, uma vez publicado, terá vigência e deverá ser cumprido, ainda que esteja eivado de vícios.

12 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ATRIBUTOS

COMENTÁRIOS:

Particularmente, eu (Sandro) gosto muito dessa questão. Explico.

Já falamos da publicidade, publicação, e outros aspectos relacionados à necessidade de divulgação dos atos administrativos na 1ª aula do curso. Resumidamente: a publicação é um dos requisitos de eficácia dos atos, isto é, é necessário que, em regra, o ato seja publicado, para produzir efeitos jurídicos. A maldade (adoro... rsrsrs...) do item é a parte final: um ato terá vigência, devendo ser cumprido, mesmo que esteja com vícios???!!! SIM. Vejamos o porquê.

Lembra aí: qual é o único atributo presente em todos os atos? A presunção de legitimidade. Por que? O que ela significa, resumidamente? Que se supõe o ato em conformidade com a ordem jurídica. Pois é, aí está a nossa solução: como todos os atos administrativos são presumidos legítimos, eles devem ser observados, obedecidos. Caso alguém prejudicado, atingido, pelo ato queira, pode questioná-lo, demonstrando que a pressuposição de legitimidade era, na realidade, equivocada, MAS, nesse meio tempo,

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enquanto promove o questionamento, deve cumprir com o ato, pois, afinal, esse (o ato) é pressuposto legítimo, tal como diz o item. Quando anularem (se anularem), se for constatada, realmente, a ilegalidade, daí sim, o ato pode deixar de ser cumprido. Muito bom, não é? Nesse item é o Cespe que conhecemos...

13 - (2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) No caso de um administrado alegar a existência de vício de legalidade que invalide determinado ato administrativo, esse indivíduo deverá fundamentar sua alegação com provas dos fatos relevantes, por força da obrigatoriedade de inversão do ônus da prova, originada no princípio da presunção de legitimidade do ato administrativo.

13 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ATRIBUTOS

COMENTÁRIOS:

Como dissemos: se o destinatário, o atingido, pelo ato administrativo está incomodado com este, pode questioná-lo, por conta do princípio da inafastabilidade jurisdicional. Mas, em compensação, verá o ônus da prova invertido: mesmo que a Administração o acuse de algo, cabe ao particular demonstrar que o ato contém vícios, em razão da presunção de legitimidade, a qual, mera curiosidade, foi chamada de princípio neste item. Sem problemas quanto a isso...

14 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) Pelo atributo da presunção de veracidade, a validade do ato administrativo não pode ser apreciada de ofício pelo Poder Judiciário.

14 - GABARITO: CERTO.

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ATRIBUTOS

COMENTÁRIOS:

Muito bom esse item! De fato, uma das razões que afasta a atuação de ofício do Judiciário com relação aos atos da Administração é a presunção de legitimidade, que contém a veracidade.

De acordo com este aspecto (veracidade), não há razão para que o Judiciário indague, de ofício, a respeito da validade do ato, uma vez que se entende que os fatos apontados pela Administração para a tomada de decisão, a princípio, são reais, existem. Logo, CERTO o item.

15 - (2010/CESPE/TRE-BA/Analista Jud.) Um dos efeitos do atributo da presunção de veracidade dos atos administrativos

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reside na impossibilidade de apreciação de ofício da validade do ato por parte do Poder Judiciário.

15 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ATRIBUTOS

COMENTÁRIOS:

Questão muito boa, que é praticamente a repetição da questão anterior! Primeiro, relembramos que pela presunção de veracidade os fatos alegados pela Administração para a prática do ato são presumidos verdadeiros. A presunção de veracidade é como se fosse uma das “bandas” da presunção de legitimidade. E como pela presunção em questão, a Administração Pública “não mente”, não cabe ao Judiciário, de ofício, ficar “perturbando a vida” da Administração. Na realidade, para que o Poder Judiciário possa se pronunciar quanto à legitimidade, legalidade ou veracidade que diga respeito aos atos administrativos, o Judiciário deve ser provocado, ou seja, demandado a se pronunciar.

16 - (2009/CESPE/MMA/Ag. Administrativo) Pelo atributo da presunção de veracidade, presume-se que os atos administrativos estão em conformidade com a lei.

16 - GABARITO: ERRADO

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ATRIBUTOS

COMENTÁRIOS:

Esses caras do Cespe são maus mesmo! Na realidade, pelo conceito exposto acima, pela presunção de veracidade, os FATOS ALEGADOS pela Administração para a prática de um ato são verídicos, reais, existentes. A conformidade com a LEI diz respeito à presunção de LEGALIDADE (ou legitimidade, por ser mais ampla) dos atos administrativos. O que ocorreu neste item foi que o examinador “embolou” os conceitos – chamou de presunção de veracidade o que, de fato, diz respeito à presunção de legalidade, estrito senso, dos atos administrativos. Daí o erro da questão.

17 - (2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) Nem todos os atos administrativos possuem o atributo da autoexecutoriedade, já que alguns deles necessitam de autorização do Poder Judiciário para criar obrigações para o administrado.

17 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ATRIBUTOS

COMENTÁRIOS:

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Fixação: determinados atos não contam com autoexecutoriedade. Exemplo disso: a COBRANÇA das multas administrativas, tais como as aplicadas pelo TCU. Notaram a “caixa-alta” para o termo cobrança? Pois é. Esta não é autoexecutória, mas a APLICAÇÃO DA MULTA é autoexecutória, ou seja, o TCU, por exemplo, aplica multa aos “maus gestores”. Mas se tiver que cobrar, não vai conseguir fazer isso sozinho. Vai precisar de um (longo) processo judicial...

18 - (2010/CESPE/TRE-BA/Técnico) A autoexecutoriedade é um atributo de todos os atos administrativos.

18 - GABARITO: ERRADO

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ATRIBUTOS

COMENTÁRIOS:

LEMA DE CONCURSEIRO: repetição leva à perfeição (que no Direito Administrativo é outro conceito. Aguardem...): nem todos os atos administrativos são autoexecutórios. O único atributo presente em todos os atos é a PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE.

19 - (2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A prefeitura de determinada cidade, por meio de seu órgão competente, fechou uma casa de espetáculos que funcionava sem alvará e em dissonância com as normas de ordem urbanísticas locais. O dono do estabelecimento rebelou-se contra o ato, sob o argumento de que, para tanto, a prefeitura deveria ter recorrido ao Poder Judiciário e pedido o fechamento da casa e não agido por conta própria.

A situação hipotética descrita acima demonstra o atributo do ato administrativo denominado

A autoexecutoriedade.

B presunção de legitimidade.

C estrita legalidade.

D discricionariedade.

E bilateralidade.

19 - GABARITO: LETRA “a”

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS - ATRIBUTOS

COMENTÁRIOS:

Fato raro: provas de múltipla escolha feitas pelo Cespe. Mas existe, viu? Aqui é para fechar: o atributo em questão é autoexecutoriedade. Talvez alguns tenham confundido com a

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imperatividade. Normal. Acontece. Só não pode acontecer na prova... rsrsrsrs...

O ponto central não é o fechamento do estabelecimento, que, sim, é imperativo, pois obriga o dono do estabelecimento a mantê-lo fechado. A questão é o argumento do dono do estabelecimento: rebelou-se contra o ato, sob o argumento de que, para tanto, a prefeitura deveria ter recorrido ao Poder Judiciário e pedido o fechamento da casa e não agido por conta própria.

É o atributo da autoexecutorieade que dá possibilidade de a Administração agir, independente de autorização ou intervenção do Poder Judiciário. Logo, esse é o item que deve ser buscado, dentre as alternativas colocadas à disposição. Letra ‘a’, portanto.

20 - (2010/CESPE/MPS/ADMINISTRADOR) É permitido ao Poder Judiciário avaliar e julgar o mérito administrativo de ato proveniente de um administrador público.

20 - GABARITO: ERRADO

TEMA: ATOS – MÉRITO - CONTROLE

COMENTÁRIOS:

Outro dos nossos assuntos preferidos: o mérito do ato administrativo. Vamos dar a tradicional “geral” no assunto, para depois comentar de maneira mais curta as questões a seguir, ok?

Resumidamente, pode-se afirmar que o mérito administrativo corresponde à liberdade (com limites) de a autoridade administrativa escolher determinado comportamento e praticar o ato administrativo correspondente, referindo-se ao juízo de valor sobre a conveniência e a oportunidade da prática do ato administrativo.

Em decorrência do mérito administrativo, a Administração pode decidir ou atuar valorando internamente as consequências ou vantagens do ato, traduzindo-se, pois, na valoração dos motivos e na escolha do objeto do ato, feitas pela Administração incumbida de sua prática, quando autorizada a decidir sobre a conveniência, oportunidade e justiça do ato a realizar. Em síntese, o mérito administrativo poderia ser definido com uma espécie de liberdade administrativa, a qual, contudo, não é ilimitada.

De fato, a liberdade dada ao administrador público para tomar determinadas decisões não pode ser entendida como arbítrio, ou seja, irrestrita liberdade, dado que A LEI, direta ou indiretamente, sempre constitui limite ao exercido da atividade administrativa.

Por consequência da definição de mérito, observamos que o mesmo é ligado estreitamente ao ato discricionário, assim entendido como aquele ato em que há liberdade, margem de

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flexibilidade de atuação, conferida legalmente à Administração, a qual sempre imporá limites. Para que fique mais fácil: o ato é discricionário quando há pelo menos duas alternativas juridicamente válidas, encontrando-se a Administração Pública apta a valorar entre ambas, ou seja, tem pelo menos duas saídas jurídicas admissíveis. Como exemplo, tomemos a licença capacitação, prevista no art. 87 da Lei 8.112/90, o qual é citado para facilitar a explicação:

Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional.

Sem dificuldade, percebe-se que cumpre à Administração Pública deferir, ou negar, o pedido da licença capacitação, conforme tenha interesse, ou não, no curso pretendido pelo servidor público. Fica a pergunta, então: QUANDO A ATUAÇÃO É DISCRICIONÁRIA, E, POR CONSEQÜÊNCIA, QUANDO HÁ MÉRITO NO ATO ADMINISTRATIVO? Basicamente, pode-se apontar que há discricionariedade, em situações de normalidade administrativa, em três casos:

I) a própria lei concede a possibilidade à Administração de agir de forma discricionária, como no caso de remoção de ofício do servidor, para atender necessidade de serviço;

II) a lei é omissa, dado que não há viabilidade de se prever por meio de normas de cunho geral e abstrato toda as hipóteses que surgirão para a decisão administrativa. Assim, cabe à Administração decidir, em razão do “vazio da norma”, sempre tendo em conta o interesse público que deve ser atingido

III) a lei prevê certa competência, mas não a conduta a ser adotada, diante de determinada situação. Melhor exemplo a ser dado no que se refere a último caso é em matéria de poder de polícia, para o exercício do qual é impossível traçar todas as condutas possíveis diante de lesão ou ameaça de lesão à vida, à segurança pública etc.

Lembramos que a CF/1988 consagra a separação (não absoluta) das funções de Estado, quando trata da independência dos Poderes, em seu art. 2º. Nesse sentido, é clássica a afirmativa de que não cabe ao Judiciário rever os critérios adotados pelo administrador, a não ser que sob o rótulo de mérito administrativo encontre-se inserida qualquer ilegalidade resultante de abuso ou desvio de poder ou, ainda, falta de proporcionalidade, de razoabilidade, de adequação entre os meios utilizados para os fins que a Administração deseja alcançar. De fato, não fosse assim, seria melhor o Juiz (o Poder Judiciário) substituir o administrador, assumindo o papel deste. Caberia, por exemplo, ao Juiz determinar por onde passará o ônibus e quais serão suas paradas, o que é impensável.

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Toa, a doutrina mais modern a tem apontado estar cada vez menor a discricionariedade da Administração, em razão da ampliação dos fundamentos permissivos do controle judicial dos atos administrativos. Embora permaneça válida, para fins de concurso, que ao Poder Judiciário não é dado o exame do mérito do ato administrativo, nota-se, atualmente, forte tendência a reduzir-se o espaço entre a legalidade e o mérito, admitindo-se a apreciação judicial sobre a legalidade da discricionariedade e dos limites de opção do agente administrativo, sobremodo em face dos novos princípios diretores da atividade administrativa e de teorias que permitem a aferição da LEGALIDADE do ato discricionário. Mas, retomando o comando do item: o examinador diz que o Judiciário poderia avaliar e julgar o mérito de um ato provindo de um Administrador. Não pode, como vimos. Daí, ERRADO o item.

Princípios como os da razoabilidade e da proporcionalidade e as teorias como dos motivos determinantes e do desvio de finalidade estreitam, cada vez mais, a faixa de liberdade concedida à Administração Pública, enfim, o denominado mérito administrativo.

Assim, podemos afirmar que o controle judicial com relação aos atos da Administração, em especial, os discricionários, é cada vez mais amplo, sobretudo se o administrador alegar uma suposta discricionariedade para praticar atos desviados de sua finalidade, qual seja, o interesse público.

Nesse sentido, olha só a maldadezinha do CESPE nessa questão abaixo:

(2008/CESPE/TJ-DF/Analista Administrativo) O Poder Judiciário poderá exercer amplo controle sobre os atos administrativos discricionários quando o administrador, ao utilizar-se indevidamente dos critérios de conveniência e oportunidade, desviar-se da finalidade de persecução do interesse público.

GABARITO: CERTO

Na época, um monte de gente “encasquetou” com essa questão, sobretudo por que ela diz que o Judiciário exerce um controle cada vez mais amplo a respeito dos atos discricionários. Gente, isso tá certo mesmo! É tanta teoria sendo criada para permitir o tal do controle da discricionariedade que o Judiciário não tem armas para tal tarefa, mas um verdadeiro arsenal! Só no nosso curso já falamos de motivos determinantes, razoabilidade, proporcionalidade e outros. Quando você recorre ao Direito Constitucional ainda tem “reserva do possível”, jurisdição ativa, e outros. Enfim, cada vez maior, mesmo, o controle do Judiciário com relação à Administração. Agora, tal controle, sobretudo para efeitos de prova de concurso, diz respeito a aspectos de legalidade, não mérito, dos atos da Administração Pública, de modo geral.

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21 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) Para se chegar ao mérito do ato administrativo, não basta a análise in abstrato da norma jurídica, é preciso o confronto desta com as situações fáticas para se aferir se a prática do ato enseja dúvida sobre qual a melhor decisão possível. É na dúvida que compete ao administrador, e somente a ele, escolher a melhor forma de agir.

21 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS – MÉRITO

COMENTÁRIOS:

Outra ótima questão. Como dissemos na questão acima, há limites para a atuação do Poder Judiciário. Aliás, com relação a tal poder, tem muita gente que acha por aí que Juízes são “superseres”, pairando além do bem e do mal. Ora, todos os poderes são igualmente importantes, independentes, harmônicos, entre si.

Mas para fazer a análise quanto à LEGALIDADE do ato administrativo, é necessário que o magistrado (o Judiciário, em sentido amplo) aprecie a questão de fundo, o panorama, da atividade da Administração. Concluindo o magistrado que a atuação da Administração é legal, e que se encontra na faixa de liberdade que lhe é concedida pela ordem jurídica, não cabe ao magistrado fazer juízo de valor com relação a tal, pois, como dissemos, NÃO CABE AO JUDICIÁRIO ADENTRAR QUESTÕES RELACIONADAS AO MÉRITO ADMINISTRATIVO.

22 - (2010/CESPE/TER-BA/Analista) Como exemplo da incidência do princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional sobre os atos administrativos no ordenamento jurídico brasileiro, é correto citar a vigência do sistema do contencioso administrativo ou sistema francês.

22 - GABARITO: ERRADO

TEMA: ATOS – MÉRITO – CONTROLE

COMENTÁRIOS:

Questão mais relacionada às nossas duas primeiras aulas – vigora no Brasil o sistema de jurisdição UNA, INGLÊS, portanto. Questão ERRADA, sem dúvida.

23 - (2010/CESPE/Analista/Saúde) A aplicação do princípio da proporcionalidade na administração pública envolve a análise do mérito administrativo (conveniência e oportunidade). Diante disso, o Poder Judiciário não pode se valer do referido princípio para

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fundamentar uma decisão que analise a legitimidade do ato administrativo.

23 - GABARITO: ERRADO

TEMA: ATOS – MÉRITO – CONTROLE

COMENTÁRIOS

Muito bacana esse item...

Bom, já sabemos que se exige da Administração Pública uma atuação proporcional, em conformidade com a ordem jurídica. Desse modo, há de se ter uma adequação entre meios e fins (proporcionalidade), para que uma decisão da Administração seja considerada válida, legal. Em caso de ausência de proporcionalidade, o Judiciário, como diz o item, pode se valer de tal princípio para anular um ato administrativo, e por isso, claro o item está ERRADO.

Um exemplo esclarece ainda mais.

Imaginem um supermercado que tenha passado por dezenas de fiscalizações. Nunca houve problemas com o estabelecimento. Em determinada oportunidade, em mais uma fiscalização, os fiscais responsáveis encontram 2 ou 3 quilos de carne estragada em 4.000 (4 toneladas) de carne que o supermercado tem em seus estoques. Daí, o fiscal autua o supermercado, recolhe todo produto, determina a interdição do estabelecimento, aplicando, ainda uma pesada multa. O proprietário do supermercado, inconformado, vai ao Judiciário, e, apresentando as provas, pleiteia a anulação da decisão, que não se alinha a uma decisão que se espera de uma Administração cautelosa, racional, enfim, que atue com proporcionalidade. O Juiz, então, defere o pedido, pela notada ausência de proporcionalidade. Pode fazer isso, o Magistrado: CLARO, pois os princípios, apesar de serem de difícil conceituação, servem de instrumento de controle dos atos da Administração. É isso!

24 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) No controle dos atos discricionários, os quais legitimam espaço de liberdade para o administrador, o Poder Judiciário deve, em regra, limitar-se ao exame da legalidade do ato, sendo vedada a análise dos critérios de conveniência e oportunidade adotados pela administração.

24 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS – MÉRITO – CONTROLE JUDICIAL

COMENTÁRIOS:

Esse item descreve o papel clássico do Poder Judiciário: o controle da LEGALIDADE dos atos administrativos. Mesmo se tratando de atos discricionários, tal controle pode ser feito. O que não pode ocorrer, de acordo com a jurisprudência mais tradicional dos

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tribunais superiores, é o Judiciário apreciar questões de MÉRITO do ato administrativo, pois isso não diz respeito às tarefas do Judiciário.

25 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) Os atos administrativos discricionários, por sua própria natureza, não admitem o controle pelo Poder Judiciário.

25 - GABARITO: ERRADO.

TEMA: ATOS – MÉRITO x DISCRICIONARIEDADE

COMENTÁRIOS:

ÔPA! Claro que o Poder Judiciário pode controlar os atos discricionários. Mas não em todos os aspectos: o mérito não pode ser invadido pelas instituições do Judiciário. ERRADO o item.

26 - (2010/CESPE/MP-ES/Promotor/Questão adaptada) O controle judicial da administração é sempre posterior; somente depois que os atos administrativos são produzidos e ingressam no mundo jurídico é que o Poder Judiciário atua para, a pedido dos interessados, examinar a legalidade desses atos.

26 - GABARITO: ERRADO

TEMA: ATOS – MÉRITO x DISCRICIONARIEDADE

COMENTÁRIOS:

Vem cá: medidas cautelares não existem mais? Ou seja, diante de uma situação que notadamente causará prejuízos à Administração o Judiciário (provocado, claro) não pode, por exemplo, determinar a suspensão de uma licitação? Tem que esperar a mesma acabar, resultar em prejuízos para Administração, para, posteriormente, anular o processo???!!! Claro que NÃO. O Judiciário pode agir de maneira preventiva, evitando, desde que provocado a se pronunciar, que algo potencialmente danoso à Administração venha a “entrar” no mundo jurídico. Não precisava saber muito de direito nesse item para concluir que ele está ERRADO, não é? Pois é. Direito também pode ser lógico...

27 - (2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) O ato discricionário permite liberdade de atuação administrativa, a qual deve restringir-se, porém, aos limites previstos em lei.

27 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS – MÉRITO x DISCRICIONARIEDADE

COMENTÁRIOS:

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Lembrem-se: discricionariedade é liberdade para a Administração. Mas liberdade (discricionariedade) tem limite: deve estar nos limites da Lei. Se não houvesse limite, se fosse liberdade ampla e irrestrita, a discricionariedade seria arbitrariedade. E, para a Administração, arbítrio é sinônimo de ilegalidade.

28 - (2010/CESPE/INSS/Médico) O ato administrativo pode ser perfeito, válido e ineficaz.

28 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS – CLASSIFICAÇÃO – PERFEIÇÃO, VALIDADE E EFICÁCIA

COMENTÁRIOS:

Esse é um dos assuntos prediletos das bancas em prova. Vamos tratá-lo da maneira mais abreviada possível, então.

O ato é perfeito quando esgota as fases necessárias à sua produção, completando o ciclo necessário à sua formação, tais como assinatura, publicação etc. Não há apenas um ciclo de formação para os atos administrativos, daí por que é desnecessário tentar saber todos. O importante é o seguinte: ATO PERFEITO É AQUELE QUE JÁ FOI PRODUZIDO, OU SEJA, O QUE JÁ EXISTE. Perfeição, desse modo, é a situação do ato cujo processo de concepção está concluído. Não se inclui no conceito de perfeição a adequação do ato às normas jurídicas vigentes, isso se encaixa no conceito de validade.

Validade, então, diz respeito à conformação do ato com a lei, ou seja, é válido o ato que se adequar às exigências do sistema normativo. Ato praticado de forma contrária à lei é, portanto, inválido.

Eficácia diz respeito à aptidão dos atos para a produção dos efeitos típicos que lhe são inerentes, não estando a depender de quaisquer tipos de eventos futuros. Se o ato depende de algum tipo de evento futuro, para que possa produzir efeitos é tido por INEFICAZ, ou seja, PENDENTE.

Assim, de acordo com tais definições o ato administrativo pode ser:

a) Perfeito, válido e eficaz: quando cumpriu seu ciclo de formação (perfeito), encontra-se em conformidade com a ordem jurídica (válido) e disponível para a produção dos efeitos que lhe são inerentes (eficaz);

b) Perfeito, inválido e eficaz: cumprido o ciclo de formação, o ato, ainda que contrário à ordem jurídica (inválido, portanto), encontra-se produzindo os efeitos que lhe são inerentes. Como exemplo, LEIS INCONSTITUCIONAIS. Destacamos que as Leis, em sentido estrito, não constituem

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atos ADMINISTRATIVOS, mas sim LEGISLATIVOS. Toa, como é caso mais conhecido de nós, usemos de exemplo.

Imaginem que uma Lei “nasceu”, ou seja, foi concebida. Com isso, ela é vista como PERFEITA, tão só por seu nascimento. No texto da nossa hipotética Lei consta a seguinte disposição: esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, ou seja, produzirá efeitos tão logo seja publicada. Com a publicação, então, a Lei passa a ser EFICAZ. Toa, imagine que esta Lei tenha um grave problema de inconstitucionalidade, que vem a ser declarada algum tempo depois (e às vezes esse tempo não é pequeno...). Pergunta: esta Lei um dia foi válida? NUNCA, pois foi produzida em desconformidade à ordem jurídica. Mas, então, como a Lei foi tida por PERFEITA? Por ter nascido. FOI EFICAZ? SIM, por ter, ao menos por um tempo, gerado efeitos.

E por que não pode ter sido considerada válida? Por ter nascido com vícios na origem.

Ah – ressaltamos quanto à eficácia que esta decorre, essencialmente, do atributo da presunção de legitimidade, o qual resulta na produção imediata dos efeitos dos atos administrativos, desde que não pendentes de eventos futuros.

c) Perfeito, válido e ineficaz: cumprido o ciclo de formação, encontra-se em consonância com a ordem jurídica, contudo, ainda não se encontraria disponível para a produção dos efeitos que lhe são próprios, por depender de evento futuro para lhe dar validade. Aqui surgem nossos amigos ‘elementos acidentais’, mais próprios ao Direito Civil: termo (fato futuro e certo), condição (termo futuro e incerto), e encargo ou modo (tarefa a ser desempenhada). Nesse sentido, Portaria (que é ato administrativo) editada em janeiro de um ano para produzir efeitos em julho desse mesmo ano, no período entre aquele e este mês, é ineficaz. Uma observação importante: notem que o ato INEFICAZ pressupõe um ato perfeito, ou seja, um ato que já foi concebido. A partir da existência do ato é que podemos tratar de seus efeitos;

d) Perfeito, inválido e ineficaz: cumprido o ciclo de formação, o ato encontra-se em desconformidade com a ordem jurídica, ao tempo que não pode produzir seus efeitos por se encontrar na dependência de algum evento futuro necessário a produção de seus efeitos, enfim, está pendente do implemento, por exemplo, de determinada condição suspensiva. Desnecessários exemplos, pois já os vimos anteriormente.

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Se os amigos não perceberam, chamamos atenção para algo: na análise da validade e eficácia partimos, sempre, da PERFEIÇÃO, ou seja, da existência do ato, em si. De fato, só pode falar de conformidade à ordem jurídica (validade) e de produção de efeitos do ato caso este já exista, isto é, seja perfeito.

O item trata da combinação constante da letra ‘c’ acima, e está, sem dúvida, correta, portanto.

29 - (2010/CESPE/INSS/Médico) O ato administrativo pendente pressupõe um ato perfeito.

29 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS – CLASSIFICAÇÃO – PERFEIÇÃO, VALIDADE E EFICÁCIA

COMENTÁRIOS:

No item anterior dissemos que o ato pode ser perfeito, inválido e ineficaz: cumprido o ciclo de formação, o ato encontra-se em desconformidade com a ordem jurídica, ao tempo que não pode produzir seus efeitos por se encontrar na dependência de algum evento futuro necessário a produção de seus efeitos, enfim, está pendente do implemento, por exemplo, de determinada condição suspensiva. Ou seja, da forma que o examinador disse, ATO PENDENTE pressupõe um ato PERFEITO, mas que depende um evento futuro para resultar efeitos jurídicos. Deem atenção a todos os detalhes, pois nestes é que mora a aprovação...

30 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) O ato administrativo pode ser inválido e, ainda assim, eficaz, quando, apesar de não se achar conformado às exigências normativas, produzir os efeitos que lhe seriam inerentes, mas não é possível que o ato administrativo seja, ao mesmo tempo, perfeito, inválido e eficaz.

30 - GABARITO: ERRADO

TEMA: ATOS – CLASSIFICAÇÃO- – PERFEIÇÃO, VALIDADE E EFICÁCIA

COMENTÁRIOS

É só relembrar as combinações que vimos a partir do item 28. Sinteticamente, a combinação dos conceitos de perfeição; validade e eficácia pode resultar em um ato:

a) Perfeito, válido e eficaz; b) Perfeito, inválido e eficaz; c) Perfeito, válido e ineficaz; e, d) Perfeito, inválido e ineficaz.

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Notem que a primeira parte do item, portanto, está correta: é possível um ato inválido ser eficaz (exemplo: leis inconstitucionais). Mas a última parte do item também está certa: é possível um ato perfeito, inválido e eficaz (combinação ‘c’). logo, ERRADO o presente item.

31 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) Quanto à exequibilidade, o denominado ato administrativo perfeito é aquele que já exauriu seus efeitos, tornando-se definitivo e não podendo mais ser impugnado na via administrativa ou na judicial.

31 - GABARITO: ERRADO.

TEMA: ATOS – CLASSIFICAÇÃO – PERFEIÇÃO X ATO EXAURIDO

COMENTÁRIOS:

Como vimos, ato perfeito é aquele que nasceu. O ato que exauriu seus efeitos é o dito ato consumado, conforme a doutrina da Professora Di Pietro.

Ato consumado é que não pode mais ser impugnado, seja na via administrativa, seja na via judicial. Assim, errado o item.

32 - (2010/CESPE/TRE-BA/Analista) Ato administrativo complexo é aquele que resulta do somatório de manifestações de vontade de mais de um órgão, por exemplo, a aposentadoria.

32 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS – CLASSIFICAÇÃO – COMPLEXOS x COMPOSTOS

COMENTÁRIOS

Como diz a garotada por aí: “tema cabuloso”, que sempre cai nas provas para Tribunais de Contas. Vamos repassar tudo que tem de importante, então, quanto a essa classificação quanto à manifestação de vontade.

Quanto à manifestação de vontade, os atos podem ser classificados em simples, complexos, e compostos.

Os atos simples são aqueles produzidos pela manifestação de um único agente ou órgão. Podem ser simples singulares e simples colegiados. Na primeira hipótese, os atos são produzidos por um único órgão e manifestação de uma única autoridade, p. ex., habilitação para dirigir emitida pelo DETRAN e Portaria de demissão de servidor editada por Ministro de Estado. No segundo caso (colegiados), o ato é emanado a partir da conjugação de uma pluralidade de vontades dos membros do colegiado, como são as decisões dos Tribunais de Contas, dos Conselhos etc. (lembrem: surgirá a figura do quorum).

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Por sua vez, os atos complexos decorrem de duas ou mais manifestações de vontade independentes, mas que se conjugam (fundem) para a formação de um único ato (esta parte final é o "bizu" a ser guardado, formação de um ato único). Exemplos: 1) nomeação do Presidente da República de nome constante em lista tríplice elaborada por Tribunal, a partir da aprovação do nome da autoridade pelo Senado; 2) Ato de aposentadoria: na visão do STF, é complexo, uma vez que emitido pelo órgão de lotação do servidor, mas se sujeita ao registro (apreciação) pelo Tribunal de Contas respectivo (inc. III do art. 71 da CF/1988). STOP! Volta lá no comando do item. Lê. Então: dúvida? O examinador incorporou neste item a visão do STF, para o qual a aposentadoria é ato COMPLEXO. CERTO, portanto.

Mas, e se o examinador elaborasse a seguinte questão: para PARTE da doutrina, atos sujeitos a registro, como as aposentadorias são atos compostos... o que os amigos marcariam? DEVERIAM MARCAR COMO CORRETO, pois para PARTE da doutrina isso é correto, em especial no Manual de Direito Administrativo (editora Atlas) da Professora Maria Sylvia di Pietro.

Para afastarmos qualquer chance de dúvidas, pedimos que olhem esta questão realizada na prova para analista do Tribunal de Contas do Acre em 2006, pelo CESPE:

O ato de aposentadoria de um servidor público é ato composto, conforme entendimento da melhor doutrina, visto que opera efeitos imediatos quando de sua concessão pelo respectivo órgão, devendo apenas o Tribunal de Contas ratificá-lo ou não. Esse entendimento, entretanto, não é seguido pelo STF, o qual entende que a hipótese revela um ato complexo, aperfeiçoando-se com o referido registro do Tribunal de Contas.

O gabarito preliminar foi CERTO. No definitivo, contudo, a questão foi ANULADA. Vejam as justificativas tecidas pelo CESPE para a anulação: Anulado. O emprego da expressão “melhor doutrina” sugere subjetividade, o que poderia prejudicar o julgamento objetivo do item. Ou seja, não fosse pelo uso da expressão MELHOR DOUTRINA o item estaria CORRETO! Assim, no que diz respeito aos atos sujeitos a registro, tais como as aposentadorias, ficamos assim:

I) Para PARTE da doutrina é COMPOSTO;

II) Para o STF é ato COMPLEXO;

III) E se não citar doutrina ou STF? Sigam STF, pois, ao lado do CESPE, também realiza papel de guardião, rsrs...

Já os atos compostos são aqueles que resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade de um é instrumental em relação à de outro, que edita o ato principal,

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praticando-se, em verdade, dois atos: um principal e outro acessório. Por exemplo, a homologação é ato acessório do procedimento de licitação. De modo geral, os atos sujeitos a visto são entendidos, para fins de concursos público, como atos compostos.

Em síntese, nos atos compostos, a vontade do órgão que edita o ato acessório é instrumental em relação à vontade do outro órgão que edita o ato principal, sendo, portanto, o acessório complemento ou pressuposto do principal (as palavras-chave são: ato principal, ato acessório, exeqüibilidade, operacionalidade); nos complexos, as vontades são homogêneas (e independentes), resultando da declaração de vários órgãos de uma mesma entidade ou entidades distintas, portanto, com identidade de conteúdo e de fins.

Para facilitar, vamos fazer uma “tabelinha” para deixar mais claro o que queremos dizer com complexos e compostos (resumidamente):

ATOS COMPLEXOS ATOS COMPOSTOS

Mais de uma vontade independente, que se conjugam para formar ATO ÚNICO.

Vontade principal +

Vontade acessória (que dá exequibilidade – que dá visto)

Exemplo: indicação de autoridade que passa pelo Senado (art. 52, CF); atos sujeitos a registro (art. 71, inc. III, CF), etc

Exemplo: atos sujeitos a visto, como as homologações.

Ah – detalhe: é incorreto dizer que atos complexos ou compostos são sinônimos de procedimento. Não são, pois procedimentos, na verdade, são SÉRIE DE ATOS, ou seja, vários atos que se somam, com vistas ao atingimento de um objetivo final. Daí, um ato, como os complexos ou compostos, não podem ser dados como exemplos de procedimentos. Dada a “geral”, vamos partir para os próximos itens com comentários mais curtos.

33 - (2007/CESPE/TCE-GO/Procurador) A aposentadoria do servidor público pode ser corretamente classificada como ato administrativo complexo, pois se forma pela manifestação de vontade de órgãos administrativos diferentes, em concurso, para a formação de um ato único, somente se aperfeiçoando com o registro pelo tribunal de contas competente.

33 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS – CLASSIFICAÇÃO – COMPLEXOS x COMPOSTOS

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COMENTÁRIOS:

A parte inicial do item já foi comentada na questão acima. A parte final (somente se aperfeiçoando com o registro pelo tribunal de contas competente) diz respeito à jurisprudência do STF, que resumimos com a seguinte passagem:

"O ato de aposentadoria configura ato administrativo complexo, aperfeiçoando-se somente com o registro perante o Tribunal de Contas. Submetido à condição resolutiva, não se operam os efeitos da decadência antes da vontade final da Administração."

Tal entendimento contas dos mandados de segurança de número 24.997, 25.015, 25.036, 25.037, 25.090 e 25.095, todos do STF. CERTO o item, dessa forma.

34 - (2008/CESPE/PGE-AL/PROCURADOR) A Afasta-se a exigência da garantia do contraditório e da ampla defesa nos casos em que o TCU, no exercício do controle externo, aprecia a legalidade da concessão de aposentadoria ou pensão, uma vez que, em se tratando de ato complexo, só após a aprovação do TCU se constitui definitivamente o ato administrativo.

34 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS – CLASSIFICAÇÃO – COMPLEXOS x COMPOSTOS

COMENTÁRIOS:

Este item diz respeito à súmula vinculante número 3, que é mais pertinente, em nosso entendimento, à disciplina de controle externo. De qualquer modo, olha ela aí:

“Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.”

E, como dissemos, o ato de aposentadoria: na visão do STF, é complexo, uma vez que emitido pelo órgão de lotação do servidor, mas se sujeita ao registro (apreciação) pelo Tribunal de Contas respectivo (inc. III do art. 71 da CF/1988). Assim, nos atos sujeitos a registro, como aposentadorias e pensões, o ato só se completa, só se aperfeiçoa, com o registro final perante o Tribunal de Contas competente.

CORRETO o item, portanto.

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35 - (2008/CESPE/PGE-AL/PROCURADOR) A nomeação de ministro do STF é um ato composto, pois se inicia pela escolha do presidente da República e passa pela aprovação do Senado Federal.

35 - GABARITO: ERRADO

TEMA: ATOS – CLASSIFICAÇÃO – COMPLEXOS x COMPOSTOS

COMENTÁRIOS:

Essa situação é um exemplo de ato COMPLEXO que demos na questão 32. Vejam a tabela resumo de tal item: autoridades que tem seu nome submetido à aprovação do Senado, como no presente caso, é ato COMPLEXO, não composto. Este é o erro.

Considere que a ANTAQ tenha editado resolução que exija, como requisito para obtenção de autorização para o afretamento de embarcações estrangeiras, a prévia consulta sobre a disponibilidade de embarcações nacionais que possam fazer a navegação de cabotagem. Acerca dessa situação hipotética e dos atos administrativos a ela relacionados, julgue o item que se segue.

36 - (2009/CESPE – ANTAQ) Por serem consideradas atos normativos primários, resoluções como a descrita poderão ser objeto de controle concentrado de constitucionalidade.

36 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS – ATOS EM ESPÉCIE – NORMATIVOS

COMENTÁRIOS:

Primeiramente, registramos que essa questão fala de uma das mais tradicionais classificações dos atos administrativos – os atos em espécie, que a banca adora abordar a partir da obra de Hely Lopes Meirelles, um clássico do Direito Administrativo Brasileiro.

Para o autor, basicamente são 5 (cinco) as espécies de atos administrativos: normativos, ordinatórios, negociais, enunciativos, e punitivos (BIZU: atos administrativos em espécie – NONEP, sigla formada pela inicial de cada uma das espécies). Vejamos, uma a uma, as espécies dos atos administrativos. O item trata da primeira espécie, atos administrativos normativos, que são aqueles que contêm comandos gerais e abstratos a serem aplicados a todos os administrados, enquadrados nas situações neles previstas.

Se não notaram, percebam: os atos normativos guardam semelhança com a lei (que não são atos administrativos, mas legislativos), mas diferem essencialmente no que se refere aos efeitos próprios de cada um: o ato administrativo normativo, regra geral, não pode inovar no ordenamento jurídico (não é originário, sem o atributo da novidade), tendo por fim explicitar o conteúdo e o

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alcance da lei em função da qual foi expedido. Assim o é em razão da própria CF/1988, quando estabelece que ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer nada senão em virtude de LEI (inc. II do art. 5º da CF/1988).

Distingue-se da Lei, portanto, por esta tratar de ato normativo ORIGINÁRIO, não-administrativo, tendo por característica a novidade jurídica, ou seja, traz algo diferente para o mundo do direito (extinção, criação, alienação etc). De outra forma, os atos administrativos normativos não possuem novidade jurídica, uma vez que limitados por essa, sendo atos DERIVADOS, regra geral. Por derivarem da Lei, os atos administrativos normativos não podem ir contra ou além da Lei, mas sim apenas estabelecer a forma que a Lei deva ser entendida ou cumprida.

No entanto, toda boa regra é acompanhada de uma ou mais exceções, não é? Vamos a tais exceções, então.

Com a promulgação da EC nº 32/2001, o sistema constitucional Brasileiro passou a admitir a existência de decretos autônomos ou independentes, enfim, ato administrativo normativo que retira, extrai, sua competência diretamente da Constituição, ou seja, diferentemente do Decreto de Execução ou Regulamentar (inc. IV do art. 84 da CF/1988), o qual encontra a LEI como parâmetro de explicitação, de detalhamento, os AUTÔNOMOS (inc. VI do art. 84 da CF/1988) dispensam a existência prévia de LEI, em verdade, são a própria LEI (entenda-se: leis em sentido MATERIAL, afinal, não foi produzido pelo Legislativo para ser considerada FORMAL).

É de suma importância conhecer as matérias que podem ser tratadas por tal tipo de decreto e que se encontram fixadas no inc. VI do art. 84 da CF/1988. São elas:

a) Organização e funcionamento da Administração Federal, desde que não implique aumento de despesa nem criação/extinção de órgãos públicos (a criação de órgãos públicos é matéria de reserva legal, vejam o art. 88 da CF/1988); e

b) Extinção de cargos ou funções públicas, desde que VAGOS (cargos públicos preenchidos, regra geral, só podem ser extintos mediante lei). Percebam que decretos de extinção de cargos públicos VAGOS não possuem generalidade. De outra forma: trazem em si providência “concreta”, qual seja, extinção de cargo público.

Alguns exemplos de atos normativos: decretos regulamentares (atos privativos dos chefes dos Executivos – Presidente da República, Governador de Estado e Prefeito); regulamentos, Instruções normativas, etc.

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Pois bem. Retomando este ótimo item: o assunto principal diz respeito, essencialmente, à jurisprudência do STF. Vamos a ela, então:

ADI N. 3.691-MA

RELATOR: MIN. GILMAR MENDES

EMENTA: Ação direta de inconstitucionalidade. 2. Portaria n° 17/2005, do Estado do Maranhão, que altera e fixa os horários de funcionamento dos estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas no Estado. 3. Generalidade, abstração e autonomia que tornam apto o ato normativo para figurar como objeto do controle de constitucionalidade. 4. Competência do Município para legislar sobre horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais (art. 30, I, CF/88). Matéria de interesse local. Precedentes. Entendimento consolidado na Súmula 645/STF. 5. Ação julgada procedente.

* noticiado no Informativo 477, do STF

O controle de constitucionalidade a respeito de ato administrativo incide, então, sobre atos administrativos PRIMÁRIOS, ou seja, que trazem alguma espécie de novidade jurídica, o que é fato muito raro, como vimos. No mesmo sentido, vejam a jurisprudência abaixo:

ADI N. 2.862-SP

RELATORA: MIN. CÁRMEN LÚCIA

EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ATOS NORMATIVOS ESTADUAIS QUE ATRIBUEM À POLÍCIA MILITAR A POSSIBILIDADE DE ELABORAR TERMOS CIRCUNSTANCIADOS. PROVIMENTO 758/2001, CONSOLIDADO PELO PROVIMENTO N. 806/2003, DO CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO, E RESOLUÇÃO SSP N. 403/2001, PRORROGADA PELAS RESOLUÇÕES SSP NS. 517/2002, 177/2003, 196/2003, 264/2003 E 292/2003, DA SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO. ATOS NORMATIVOS SECUNDÁRIOS. AÇÃO NÃO CONHECIDA.

1. Os atos normativos impugnados são secundários e prestam-se a interpretar a norma contida no art. 69 da Lei n. 9.099/1995: inconstitucionalidade indireta.

2. Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal pacífica quanto à impossibilidade de se conhecer de ação direta de inconstitucionalidade contra ato normativo secundário. Precedentes.

3. Ação Direta de Inconstitucionalidade não conhecida.

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O negrito é nosso. Viram que o STF não admite o controle direto de inconstitucionalidade com relação a atos administrativos SECUNDÁRIOS? Guardem essa informação, pois ela sempre é importante para as provas de direito constitucional...

É muito criticável dizer o que o examinador disse nesse item: uma resolução de agência reguladora trazer algum tipo de novidade para a ordem jurídica. A crítica principal é que a essas reguladoras não foi dada possibilidade de editar atos dotados de autonomia. Mas, deixando de lado a crítica, a norma em questão, de acordo com a informação do item, atende o requisito para ser objeto de controle de constitucionalidade concentrado por parte do STF: é ato primário. Desse modo, CERTO esse complicado item...

37 - (2007/CESPE/MP-AM/Analista Administrativo) A portaria que dá exercício a um servidor empossado é um exemplo de ato ordinatório.

37 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS – ATOS EM ESPÉCIE – NORMATIVOS

COMENTÁRIOS:

Segunda espécie de atos administrativos, na classificação que estamos vendo: atos ordinatórios, os quais decorrem da hierarquia com que age a Administração ao se auto-organizar. São de ordem interna e têm por objetivo disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta de seus agentes. O próprio nome já denuncia o seu conceito, ordinatório provém de ordem.

Os atos ordinatórios, por serem internos, não obrigam, nem atingem os particulares, EM REGRA, tampouco outros servidores que não estejam submetidos hierarquicamente àquele que expediu o ato, o qual, normalmente, não cria direito para o administrado.

Questão interessante diz respeito à possibilidade de os atos ordinatórios atingirem particulares: é possível sim, mesmo que tais particulares não estejam submetidos à hierarquia administrativa. Vejamos um exemplo.

Suponhamos que o TCU funcione de oito da manhã até as catorze horas de cada dia. O Presidente da Corte de Contas baixa ordem de serviço mudando tal horário de funcionamento, que passa a ser de treze às dezenove horas. Isso atinge o particular? Aqueles que desejarem obter alguma informação do TCU, por exemplo, sim, uma vez que só poderão ir ao órgão nesse novo horário de funcionamento.

Hierarquicamente, os atos ordinatórios são inferiores à lei, ao decreto, ao regulamento e ao regimento. É assim porque todos os atos NORMATIVOS destinam-se ao regramento GERAL por parte do

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Estado, refletindo interesse público em sentido amplo. Já os ordinatórios destinam-se ao regramento de situações ESPECÍFICAS de atuação administrativa.

Como exemplo dos atos ora tratados podem ser citados: portarias, circulares, avisos, ordens de serviço, etc.

Quanto ao item:quando a pessoa já está EMPOSSADA no cargo é porque já manifestou sua anuência em ser servidor. Assim, já pode ser visto como submetido à ordem administrativa interna, logo, CORRETA a questão quando afirma que o ato que dá exercício ao empossado no cargo é ato ordinatório.

38 - (2008_CESPE_PGE/PB_PROCURADOR) A licença não pode ser negada quando o requerente satisfaça os requisitos legais para sua obtenção.

38 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS – ATOS EM ESPÉCIE – NEGOCIAIS

COMENTÁRIOS:

Terceira espécie: atos negociais, que são aqueles nos quais ocorre coincidência da pretensão do particular com relação ao interesse da Administração Pública, havendo interesse recíproco entre as partes, sem, contudo, constituir contrato, que é ato bilateral, excluindo-se, portanto, do conceito restrito de ato administrativo, já visto por nós. De toda maneira, estabelecem efeitos jurídicos entre a Administração e os administrados, impondo a ambos a observância de seu conteúdo e o respeito às condições de sua execução.

Como se percebe, não há que se falar em imperatividade em tal tipo de ato (o negocial), à vista da coincidência da vontade administrativa com a do particular. Apontemos essa tal “coincidência de vontades”.

Os amigos que ora se preparam para o concurso do TCU. Certamente, alguns irão obter êxito neste certame. Pergunta: a nomeação é IMPOSTA ao aprovado no concurso? Claro que não! Ela ocorre porque conta com o interesse de ambos que concorrem para o ato: da Administração Publica (por intermédio do TCU, que é órgão da Administração DIRETA), desejoso de um novo servidor e do pretendente ao cargo público, que quer extrair a partir do exercício do cargo recursos e reconhecimento profissional.

Os atos negociais podem ser vinculados ou discricionários, definitivos ou precários.

Na 1ª situação (negociais vinculados), há direito subjetivo do particular à obtenção do ato. Dessa forma, cumprindo com requisitos estabelecidos em lei, o administrado terá direito à produção do ato,

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cabendo à Administração agir de acordo com as disposições contidas na norma. Nessa hipótese, enquadram-se as licenças para exercício de atividade profissional (registro perante a Ordem dos Advogados do Brasil, por exemplo), o que portanto leva ao ACERTO DA QUESTÃO: as licenças são atos vinculados, tal como informa o item. Outro exemplo de ato negocial vinculado: a admissão em instituição pública de ensino, após a aprovação em exame vestibular (este último ato é conhecido por ADMISSÃO).

Quando discricionários, os atos negocias poderão ou não ser praticados pela Administração, a qual agirá sob juízo de conveniência e oportunidade. Não há, assim, direito do particular à obtenção do ato. Nesse sentido, os exemplos clássicos são: i) a autorização para prestação de serviços de utilidade pública, como referentes ao serviço de táxi, muitas vezes objeto de autorização e a autorização de porte de arma; e, ii) permissão de uso de bens públicos, tal como para se utilizar um espaço em praça para montagem de banca de revistas.

Em outra vertente, os atos negociais podem ser precários ou definitivos.

Precários são os atos negociais em que predomina o interesse do particular. Tais atos não geram direito adquirido ao administrado, podendo ser revogados a qualquer tempo. Mais uma vez a autorização pode ser citada. Por exemplo: um sujeito deseja colocar um circo numa praça de um município qualquer, que é terreno público. Para isso, demanda autorização do Poder Público, que se reserva o direito de revogar a autorização quando bem entender.

Definitivos são os atos produzidos com base em direito individual do requerente. Ainda que definitivos, os atos dessa natureza, excepcionalmente, podem ser revogados, desde que interesse público superveniente dê margem a isso. Ressalte-se que essa revogação é de caráter excepcional (em razão da definitividade do ato) e limitada: caso o ato tenha gerado direito adquirido ao destinatário surgirá direito de indenização àquele que tenha sofrido prejuízo com o desfazimento do ato. Por exemplo: o Poder Público emite uma licença para um particular iniciar uma obra, um edifício. Com esta em andamento, a Administração Pública percebe que a referida edificação restringirá o arejamento de uma praça ao lado. Pode revogar o ato? PODE, em caráter excepcional, dado que a licença para construir é ato vinculado. Mas certamente a Administração terá o dever de indenizar o particular pelos prejuízos que lhe foram causados. Ressaltamos que, na visão do STF, é salutar que a revogação, nesse caso concreto, concretize-se antes do início de qualquer edificação pelo particular.

Não sei se os amigos perceberam, mas, basicamente, demos três exemplos mais “contundentes” de atos negociais: as licenças, as autorizações e as permissões. Apesar deste item cuidar só das

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licenças, vamos resumir os três, juntando outras informações que ainda não vimos.

LICENÇAS PERMISSÕES AUTORIZAÇÕES

Tem por objeto uma atividade material. O bizu

Tem por objeto o uso de bens públicos.

Tem por objeto o uso de bens públicos; prestação de serviços de utilidade pública ou atividade material.

São vinculadas São discricionárias São discricionárias

Não são revogáveis São revogáveis São revogáveis

Claro que a tabelinha acima, como sempre, é para facilitar a vida dos amigos, mas cabem algumas considerações:

I) A licença tem por objeto uma atividade material. Aqui tem um bizu básico: o objeto da licença é um “verbo”, ou seja, algo dinâmico. Olhem só: TRABALHAR – para as profissões que são regulamentadas por conselhos de fiscalização profissional, como médicos, engenheiros, fisioterapeutas e outras, precisam de LICENÇA para desempenho de atividade. DIRIGIR – a carteira de motorista é uma LICENÇA. CONSTRUIR – temos a licença de construção. Enfim, LICENÇA, enquanto ato administrativo, tem por objeto uma ATIVIDADE MATERIAL (um verbo). E, claro, licenças de servidores é outra história...

II) A licença é ato vinculado e não pode ser negada para quem cumprir as condições necessárias para sua obtenção. As licenças, portanto, são atos vinculados, e, do “jeitinho” que está na questão, não podem ser negadas, se o interessado cumprir os requisitos legais para sua obtenção, ou seja, se você cumprir tudo o que tem cumprir, sua licença de atividade profissional não pode ser negada. Logo, CERTO o item.

III) As permissões, COMO ATOS ADMINISTRATIVOS, tem por objeto o uso de bem público. Daí, alguém se pergunta: e as permissões que tem por objeto a prestação de serviços públicos? Pois é, veremos ainda, tal matéria (última aula deste curso). Mas, adiantamos: PERMISSÕES DE SERVIÇO PÚBLICO SÃO FORMALIZADAS POR CONTRATOS ADMINISTRATIVOS. Vejam o que diz o art. 40, da Lei 8.987/1995, nossa Lei Geral de Concessões e Permissões de Serviço Público:

Art. 40. A permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, que observará os termos

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desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente.

Então, podemos fazer o seguinte esquema:

permissão

INSISTIMOS: a permissão que tenha por objeto o USO DE BEM PÚBLICO é um ATO ADMINISTRATIVO. Daí, na prova, tenham cuidado com isso, hein? A permissão de SERVIÇOS PÚBLICOS é que formalizado por contrato administrativo.

IV) A autorização pode ter por objeto o uso de bem público, serviço de utilidade pública ou atividades materiais. Esse é um dos “problemas” da autorização, que é o mais geral desses atos negociais que estamos analisando, pois é a que cabe no maior número. Especificamente quando estivermos falando de uso de bens públicos, na aula de domínio público, voltaremos ao assunto.

39 - (2007/CESPE/SEGER-ES) A licença, ato administrativo vinculado e definitivo, não pode ser negada caso o requerente satisfaça os requisitos legais para sua obtenção.

39 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS – ATOS EM ESPÉCIE – NEGOCIAIS

COMENTÁRIOS:

Antes que alguém ache que a questão é repetida, não é. A questão ACIMA é de 2007, de outra prova... Mas como o direito é, praticamente, o mesmo, as questões são muito parecidas... Desnecessários outros comentários, cremos.

40 - (2010/CESPE/TRE-BA/Técnico) Entre as espécies de atos administrativos, os atestados são classificados como enunciativos, porque seu conteúdo expressa a existência de certo fato jurídico.

40 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS ADMINISTRATIVOS – ATOS EM ESPÉCIE – ENUNCIATIVOS

De serviço público? SIM – formalizada por contrato administrativo.

De uso de bem público? SIM – formalizada por ATO ADMINISTRATIVO.

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COMENTÁRIOS:

Penúltima espécie: atos enunciativos, que são aqueles que contém opiniões, atestam ou certificam uma situação preexistente, sem, contudo, haver manifestação de vontade estatal, propriamente dita. Constituem, portanto, atos administrativos em sentido formal (mas não material), que apenas trazem uma informação ou contém uma opinião de alguém a respeito de algo que lhe fora submetido à apreciação. Por esse motivo é que o STF, em acompanhamento à parte da doutrina, entende serem atos da Administração e não propriamente atos administrativos. Os atos enunciativos mais conhecidos são as certidões, atestados, e pareceres.

As certidões são cópias ou fotocópias fiéis e autenticadas extraídas de livros, processos ou documentos em poder da Administração e de interesse do administrado requerente. Destacamos, por correlato à nossa matéria, que a obtenção de certidões em repartições públicas é direito constitucionalmente assegurado, conforme se vê no inc. XXXIV do art. 5º da CF.

Não havendo prazo, as certidões terão de ser expedidas no prazo de 15 dias, improrrogáveis, contados da data do registro do pedido, sob pena de responsabilidade.

Os atestados constituem uma declaração da Administração referente a uma situação de que tem conhecimento em razão de atividade de seus órgãos. A diferença essencial com relação à certidão é que o fato ou situação constante do atestado não consta de livro ou arquivo da administração. Daí matamos o item: os atestados são classificados como enunciativos, porque seu conteúdo expressa a existência de certo fato jurídico. CERTO, portanto.

Já o parecer constitui manifestação de órgão técnico, de caráter, regra geral, meramente opinativo, sobre assuntos submetidos a sua manifestação. Não vincula, regra geral, a Administração ou os particulares, enquanto não aprovado por um outro ato subsequente. Para determinados processos, a emissão de parecer é obrigatória e, excepcionalmente, até vinculantes. Para outros, não. Vamos explorar um pouco mais os pareceres, uma vez que se trata de assunto que vem sendo objeto de discussão no âmbito do STF, que mudou recentemente sua posição. Vejamos.

Os pareceres podem ser obrigatórios ou facultativos. No primeiro caso, a autoridade é obrigada a demandar a opinião do parecerista, em virtude de disposição da norma nesse sentido. É o

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que acontece, por exemplo, em processos licitatórios, nos quais a autoridade responsável deve, obrigatoriamente, demandar a opinião da área jurídica do órgão a respeito da legalidade das minutas de editais (parágrafo único do art. 38 da Lei nº 8.666/1993). Os pareceres facultativos, claro, permitem à autoridade competente demandá-los ou não.

Os pareceres, REGRA GERAL, não vinculam a autoridade responsável pela tomada de decisão. Toa, em alguns casos, o parecer pode contar com efeito vinculante. É o caso, por exemplo, da hipótese de aposentadoria por invalidez. Para esta, a Administração Pública deverá seguir a opinião da junta médica oficial, a qual, portanto, produz parecer vinculante. ATENÇÃO: OS PARECERES OBRIGATÓRIOS NÃO SÃO, NECESSARI-AMENTE, VINCULANTES. Aliás, trouxemos à tona essa questão porque ela é muito pertinente em concursos para os Tribunais de Contas, sobretudo em razão da jurisprudência recente do STF. Vamos ao caso.

Em uma licitação promovida por empresa estatal, o TCU resolveu responsabilizar, solidariamente, a autoridade responsável pelo processo (como não poderia deixar de ser) e um parecerista jurídico que houvera opinado pela contratação direta (sem licitação), multando este último, pela irregularidade ocorrida. O STF, naquele tempo, tinha posição de que o parecerista, ao fim, não poderia ser responsabilizado. Toa, o Supremo Tribunal mudou flagrantemente sua posição. Olha só a notícia do informativo do STF, de 09/08/2007?

O Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou nesta tarde (9) o julgamento do Mandado de Segurança (MS) 24584, quando, por maioria, acompanhando o voto do ministrore-lator Marco Aurélio, decidiu pelo seu indeferimento. O pedido foi feito por procuradores federais contra ato do Tribunal de Contas da União (TCU), que iniciou investigação para fiscalizar atos administrativos que tiveram pareceres jurídicos favoráveis.

Na mesma sessão, o Plenário, julgando agravo regimental interposto, decidiu aceitar o pedido de desistência de Cláudio Renato do Canto Farág e Antônio Glaucius, que havia sido negado pelo relator, ministro Marco Aurélio. Assim, o julgamento prosseguiu em relação a Ildete dos Santos Pinto e aos demais impetrantes.

Os procuradores afirmavam que o TCU, ao realizar auditoria e fiscalização sobre pareceres jurídicos que eles

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emitiram, responsabilizou-os por manifestações jurídicas, proferidas no exercício de suas atribuições profissionais relativas a custos dos serviços prestados pela Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev) ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), bem como em relação a um aditivo de convênio administrativo entre o Ministério da Previdência e o Centro Educacional de Tecnologia em Administração (CETEAD). Os impetrantes alegaram que os atos praticados no legítimo exercício da advocacia não podem gerar responsabilização.

O MS, cujo julgamento foi iniciado em novembro de 2003, foi objeto de sucessivos pedidos de vista, culminando com o voto-vista do ministro Gilmar Mendes, na sessão plenária desta tarde.

Decisão

O relator do caso, ministro Marco Aurélio, indeferiu o pedido. Ele entendeu que não seriam aplicáveis os precedentes da Corte sobre a matéria (MS 24073). Segundo Marco Aurélio, o artigo 38 da Lei 8.666/93 (Lei de Licitações) imporia responsabilidade solidária aos procuradores, quando dispõe que as minutas de editais de licitação devem ser previamente examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da administração, assumindo responsabilidade pessoal solidária pelo que foi praticado. Ainda neste sentido, os ministros que acompanharam o voto de Marco Aurélio determinaram que os procuradores, ao prestar as informações ao TCU, poderão exercer o seu direito constitucional da ampla defesa e do contraditório.

Os destaques são nossos, para deixar claro que, ao menos se tratando de processos licitatórios, os pareceristas podem ser responsabilizados por suas opiniões, a despeito de, na visão do STF, parecer não se tratar de ato administrativo. Apenas como nota de registro, a discussão principal do processo acima dizia respeito à possibilidade de o TCU chamar ao processo os pareceristas para que formulassem seus argumentos, ante as irregularidades pelo Tribunal. Nem isso, na visão dos pareceristas, poderia ser feito. Só que o STF, como dito, disse ser possível, e, en passant, deu possibilidade de, sendo caso, serem responsabilizados os pareceristas.

Ainda sobre o tema, reproduzimos trechos do MS 24631, em que assim se manifestou o STF:

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(i) quando a consulta é facultativa, a autoridade não se vincula ao parecer proferido, sendo que seu poder de decisão não se altera pela manifestação do órgão consultivo;

(ii) quando a consulta é obrigatória, a autoridade administrativa se vincula a emitir o ato tal como submetido à consultoria, com parecer favorável ou contrário, e se pretender praticar ato de forma diversa da apresentada à consultoria, deverá submetê-lo a novo parecer;

(iii) quando a lei estabelece a obrigação de decidir à luz de parecer vinculante, essa manifestação de teor jurídico deixa de ser meramente opinativa e o administrador não poderá decidir senão nos termos da conclusão do parecer ou, então, não decidir.

O parecer em licitações, exigido pelo parágrafo único do art. 38 da Lei 8.666, se enquadra na segunda hipótese: obrigatório e não vinculante, e pode, na visão do STF, levar à responsabilização de quem o emite. Guardem essa informação, pois ela pode ser importante, em uma eventual prova dissertativa realizada pelo TCU.

Bom, para esta questão, ficamos assim, então: para parte da doutrina (e até mesmo para o STF) os pareceres não são atos administrativos, mas sim atos da administração. Assim os são porque os atos opinativos, como os pareceres, são meras opiniões de alguém a respeito de algo que lhe fora submetido à apreciação, não produzindo efeitos típicos dos atos administrativos. Mesmo sendo atos de Administração, podem levar à responsabilização daqueles que os emitem. Para tanto, claro, deve-se demonstrar que houve “culpa”, em sentido amplo, do emissor, do parecerista, que pode, por exemplo, ser alcançado pelo TCU.

41 (2007/OAB/EXAME DE ORDEM) Um parecer opinativo acerca de determinado assunto emitido pela consultoria jurídica de órgão da administração pública não é considerado, por parte da melhor doutrina, ato administrativo, mas sim ato da administração.

41 - GABARITO: CERTO

COMENTÁRIOS:

Esse examinador é malandro... o sujeito coloca parte da melhor doutrina para não anularem o item... Pois é. Para, como ele diz, PARTE DA MELHOR DOUTRINA, o parecer é ATO DA ADMINISTRAÇÃO, como já dissemos na parte teórica, e não ATO ADMINISTRATIVO. Lembramos que essa posição de o parecer ser ATO DA ADMINISTRAÇÃO é compartilhada pelo STF. Revejam o trecho desenvolvido por nós:

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para parte da doutrina (e até mesmo para o STF) os pareceres não são atos administrativos, mas sim atos da administração. Assim o é porque os atos opinativos, como os pareceres, são meras opiniões de alguém a respeito de algo que lhe fora submetido à apreciação, não produzindo efeitos típicos dos atos administrativos

42 - (2010/CESPE/INCA/Advogado/Questão Adaptada)E No que se refere ao controle da atividade financeira do estado, vem entendendo o STF que o jurista responsável pela emissão de parecer que autorize a realização de ato que importe lesão ao erário também pode ser responsabilizado pelo conteúdo de seu parecer. Assim, ainda que a consulta ao parecerista seja facultativa, a autoridade administrativa vincula-se ao emitir o ato tal como submetido à consultoria, com parecer favorável ou contrário, tornando o parecerista também responsável pelo ato, pois somente poderia praticá-lo de forma diversa da apresentada à consultoria se o submetesse a novo parecer.

42 - GABARITO: ERRADO.

TEMA: ATOS - CONTROLE

COMENTÁRIOS:

OPA! A autoridade não se vincula ao parecer se a consulta for facultativa (leiam, se for o caso, o item 40 acima, novamente). A posição é do STF é de que o parecer OBRIGATÓRIO faz com o que a autoridade tenha de decidir conforme o parecer. Se quiser adotar decisão diversa, deverá demandar novo parecer. MUITO BOM esse item, hein?

Uhhh... Faltou falar sobre uma espécie de ato, qual seja, os punitivos. Então, segue um resuminho, para a gente seguir com o conteúdo, ok?

Atos punitivos. São aqueles que contêm sanções a serem aplicadas a servidores ou a particulares, em decorrência de infrações legais, regulamentares ou ordinatórias. Podem ser de ordem interna ou externa.

Os atos punitivos internos são aplicados àqueles submetidos à hierarquia administrativa, ou seja, à organização interna corporis do órgão ou entidade da administração. Como exemplo de atos punitivos internos podem ser citados a advertência, a suspensão (até 90 dias), e a demissão.

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Ah – particulares, não integrantes da Administração Pública, podem, ao menos por certo tempo, se submeter às punições internas administrativas, ou seja, às vias disciplinares? SIM. Exemplo disso: o contratado, que, com base na Lei 8.666/1993, pode sofrer as sanções constantes do art. 87 da referida norma, a qual, aliás, é tema das nossas próximas duas aulas... e é a cerejinha do bolo em provas do TCU. Não deixem, POR NADA DESSE MUNDO, POR QUALQUER FORÇA HUMANA, de ler, com atenção, o conteúdo das aulas de LICITAÇÕES E CONTRATOS, ok?

Finalizando: os atos punitivos externos são aqueles aplicados aos administrados em geral e se fundamentam no Poder de Império que possui o Estado. São exemplos de atos punitivos externos os decorrentes do exercício do Poder de Polícia: multas, interdição de atividades e outros.

43 - (2008/CESPE/TJ-RJ/Técnico) O ato se extingue pelo desfazimento volitivo quando sua retirada funda-se no advento de nova legislação que impede a permanência da situação anteriormente consentida.

43 - GABARITO: ERRADO

COMENTÁRIOS:

Estamos chegando “quase” ao fim dessa aula, pois estamos adentrando as extinções dos atos administrativos. Conhecem o conceito de CADUCIDADE, como forma de extinção, do ato administrativo? Não? Apresentamos um, então:

“caducidade - quando a norma jurídica posterior torna inadmissível a permanência do ato, pois este passa a ir de encontro ao ordenamento jurídico.”

Exemplo: um sujeito vai colocar um circo em funcionamento em uma das muitas megalópoles maranhenses. Daí, vai à Prefeitura, pede autorização, que lhe é dada. Em seguida, uma lei é aprovada e diz que não pode haver circos em áreas públicas urbanas da cidade em questão. ZÁS, TRÁS! Eis a caducidade, uma vez que NORMA NOVA (a Lei, no caso), impede que ato anterior (a autorização) continue a produzir efeitos.

Assim, o desfazimento, a retirada, ao fim, a extinção do ato administrativo, nesse caso, não se faz por vontade da Administração, mas pela sobrevinda de norma nova. Logo, ERRADO o item.

Tem várias outras formas de extinção dos atos administrativos. Vamos falar sobre elas no item a seguir, ok?

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44 - (2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) É facultado ao Poder Judiciário, ao exercer o controle de mérito de um ato administrativo, revogar ato praticado pelo Poder Executivo.

44 - GABARITO: ERRADO.

TEMA: ATOS – MÉRITO – CONTROLE JUDICIAL

COMENTÁRIOS:

Bom, já falamos bastante sobre mérito. Já vimos que o Judiciário não pode adentrá-lo, e, neste item, controlá-lo. Assim, ERRADO.

Mas vamos aproveitar para falar sobre revogação, e, por oportuno, anulação também, ok? As duas formas mais conhecidas de extinção dos atos administrativos. Em seguida, falamos das outras formas menos conhecidas.

A Anulação é o desfazimento do ato por razões de ilegalidade. Não se pode, de maneira alguma, confundir-se anulação com revogação (vista mais abaixo): a primeira, refere-se a critérios de legalidade, e pode ser decretada pelo Judiciário ou por aquele que expediu o próprio ato (princípio da autotutela); a segunda, insere-se na esfera de competência apenas do Poder que expediu o ato, e diz respeito a critérios de conveniência e de oportunidade em se manter um ato legítimo no mundo jurídico. Por esse motivo, não pode o Judiciário revogar atos de outro poder, mas tão somente anulá-los, quando eivados de vício de ilegalidade. A propósito, cite-se a consagrada Súmula/STF 473:

A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência e oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvados, em todos os casos, a apreciação judicial.

Há profunda divergência entre os autores brasileiros quanto à atitude a ser adotada pela Administração Pública ao verificar a ilegalidade de um ato que praticou: é seu dever anulá-lo ou é mera faculdade?

O melhor entendimento que se faz é o seguinte: a Administração, ao verificar ilegalidade em ato que praticara tem o DEVER de anulá-lo. Contudo, tal obrigação poderá ser flexibilizada. Em determinados casos, a Administração poderá deixar de anular determinados atos, ainda que ilegais. O que explica a situação é a prevalência do princípio do interesse público sobre a legalidade estrita.

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De qualquer forma, a regra geral é que os atos nulos não geram efeitos, com a anulação produzindo efeitos ex tunc, é dizer, retroagindo à origem do ato viciado, fulminando o que já ocorreu, no sentido de que se negam agora os efeitos de antes. Protegem-se, ressalte-se, os efeitos decorrentes do ato posteriormente anulado: no caso de atos produzidos por servidores nomeados ilegalmente surtirão efeitos junto a terceiros de boa-fé, ainda que o desempenho das funções do servidor ilegalmente investido no cargo tenha sido ilegítimo.

Isso não implica dizer que os efeitos do ato nulo se perpetuarão, podendo ser estendidos a terceiros. Não se pode, ao amparo de ilegalidade, dar origem a outra ilegalidade. Garante-se o que já se verificou, mas não situações futuras. Deve a Administração, sob o fundamento do princípio da legalidade, proceder à anulação do ato viciado, evitando que novas ilegalidades sejam perpetradas.

Quando o ato a ser anulado atingir direitos individuais deverá ser aberto o contraditório aos atingidos pela anulação, conforme já decidiu o STF, em razão dos princípios do contraditório e da ampla defesa. Como exemplo de tal situação, pode-se citar o § 3º do art. 49 da Lei nº 8.666/1993, o qual determina a instauração do contraditório antes da produção do ato administrativo que determinará o desfazimento do processo licitatório por anulação.

Com relação ao direito da Administração de anular atos ilegais que tenham produzido efeito favoráveis a terceiros (de boa-fé), o prazo (DECADENCIAL) é de 5 anos contados da prática do ato, salvo comprovada má-fé por parte do destinatário do ato. Exemplifique-se essa última situação.

Suponhamos que um servidor apresente para a sua aposentadoria uma certidão de tempo serviço em atividade rural, que, 6, 7 anos depois, ou até mais, descobriu-se DOLOSAMENTE falsificada pelo beneficiário do ato, o servidor aposentado. Nesse caso, não ocorreria a decadência, em razão da má fé subjetiva do servidor.

Já na Revogação a retirada do ato administrativo do mundo jurídico se dá por razões de oportunidade e de conveniência. Na revogação, um ato administrativo legítimo e eficaz (gerador de efeitos), é suprimido pela Administração – e somente por ela – por não mais lhe convir sua existência.

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A revogação pressupõe, portanto, um ato legal e perfeito, mas que se tornou inconveniente ao interesse público, sendo certo que é inerente ao poder discricionário da Administração. A revogação do ato opera da data em diante, ou seja, tem efeitos ex nunc (proativos).

Destacamos que há categorias de atos ditos irrevogáveis, desde o seu nascedouro, ou assim se tornam por circunstâncias supervenientes à sua edição, a exemplo dos que geram direitos subjetivos (adquiridos) aos destinatários, os que exaurem (os consumados ou exauridos) desde logo os seus efeitos, e os que transpõem prazos dos recursos internos, decaindo a Administração do poder de modificá-los ou revogá-los (espécie de preclusão administrativa).

Sob esse aspecto, aliás, é de se ressaltar que é entendimento pacífico da doutrina e na jurisprudência que a correta interpretação do Enunciado nº 473 da Súmula do STF leva à conclusão de que não pode ser revogado unilateralmente, sem ouvir os atingidos, ato do qual resultaram direitos adquiridos.

Pensem aí na seguinte indagação: o Poder Judiciário tem legitimidade para promover a revogação dos atos administrativos de outros poderes? NÃO, dado que só a Administração pode promover a revogação de um ato administrativo. Esse é o “erro maior” deste item, que diz exatamente o contrário disso.

Mas analisemos essa afirmativa: O PODER JUDICIÁRIO NÃO PODE, DE NENHUMA MANEIRA, REVOGAR UM ATO ADMINISTRATIVO. ERRADO, pelo simples fato de que o Judiciário pode estar, atipicamente, no desempenho da função administrativa. Neste caso, só o Judiciário é quem poderá revogar tal ato, não como Estado-juiz, mas sim como Estado-administrador.

Segue mais uma das nossas tabelinhas resumo, para facilitar a vida dos amigos:

REVOGAÇÃO ANULAÇÃO

Quem faz? Quem editou o ato Quem editou o ato ou o Judiciário

Em razão de:

Conveniência/Oportunidad e mérito

Ilegalidade controle de legalidade

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Efeitos Ex nunc Ex tunc (retroativos)

Fundamen to

Poder Discricionário Princípio da Legalidade

Observaçõ es

Há atos irrevogáveis (ver abais)

Em regra, é obrigatória. Contudo, alguns atos podem ser convalidados

OBSERVAÇÕES:

I) Certos atos são irrevogáveis: os que exauriram seus efeitos; atos vinculados (vide licença para exercício de atividade profissional); os que geram direitos adquiridos, gravados como garantia constitucional; os que integram procedimento, à medida que ocorrem atos novos e os meros atos administrativos (como os atos enunciativos).

II) Regra geral: a anulação é um dever e a revogação é uma faculdade (ver art. 53, Lei 9.784/99)

45 - (2010/CESPE/TRE-BA/Analista Jud.)52 Apesar de o ato de revogação ser dotado de discricionariedade, não podem ser revogados os atos administrativos que geram direitos adquiridos.

45 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS – EXTINÇÃO – REVOGAÇÃO

COMENTÁRIOS:

É, determinados atos não podem mesmo ser revogados, como dissemos acima. Lembrando o rolzinho de atos que não podem ser revogados:

- os que exauriram seus efeitos;

- atos vinculados (vide licença para exercício de atividade profissional);

- os que geram direitos adquiridos, gravados como garantia constitucional;

- os que integram procedimento, à medida que ocorrem atos novos; e,

- os meros atos administrativos (como os atos enunciativos).

O negrito é para destacar o gabarito do item, que é, CLARO, correto.

46 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) Valendo-se de seu poder de autotutela, a administração pública pode

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anular o ato administrativo, sendo que o reconhecimento da desconformidade do ato com a lei produz efeitos a partir da própria anulação.

46 - GABARITO: ERRADO.

TEMA: ATOS – EXTINÇÃO - ANULAÇÃO

COMENTÁRIOS:

Anulação tem efeito ex tunc, ou seja, retroativo. Não produz efeitos a partir da anulação, mas sim a partir do tempo em que nasceu o ato ilegal.

47 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) A anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, nos processos que tramitem no TCU, deve respeitar o contraditório e a ampla defesa, o que se aplica, por exemplo, à apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.

47 - GABARITO: ERRADO

TEMA: ATOS x CONTROLE – ATOS SUJEITOS A REGISTRO.

COMENTÁRIOS:

Opa! No ato INICIAL sujeito a registro no TCU não é necessário o contraditório, em razão do que dispõe a súmula vinculante 3 (ver comentários da questão 34).

Bom, pessoal, por hoje, encerramos. Estamos caminhando para o final do curso. Mas não para o final da estrada. Essa só acaba com uma coisa: A APROVAÇÃO NO CONCURSO! Até lá, então!

Cyonil (Sean), Elaine (Lanlan) e Sandro (Maranhão).

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Olá amigos, vamos hoje falar da Organização da Administração Pública. Assunto de suma importância para o concurso de acesso ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Então atenção à aula. Leiam e releiam até todas as dúvidas serem sanadas, ok?

Uma pequena dica: nas questões do Cespe ele sempre adota palavras chaves, tente percebê-las. Faça as associações e assim conseguirá resolver mais eficazmente às questões.

Sem mais delongas, vamos ao encontro do dia!

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ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Antes de entrarmos nas questões, é proposto atentarem a algumas anotações interessantes sobre a matéria do dia. Depois de repassar os principais conceitos será mais fácil resolver as questões. Vamos lá concursandos?

O objetivo: a criação de novas entidades administrativas tem por objetivo tornar a ação do estado mais ágil, especial, célere em observância ao PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE.

Primeiro, umas das diferenças fundamentais na Organização da administração é quanto ao regime jurídico.

1. Administração direta –

Órgãos – DESCONCENTRAÇÃO da atividade.

Não têm personalidade jurídica Não têm capacidade judiciária (regra geral) Não têm patrimônio Não assumem deveres e obrigações -> não são pessoas! Não assinam contrato administrativo ***¹ Controle hierárquico Subordinação Autotutela

*** ¹ ÓRGÃOS NÃO PODEM ASSINAR NENHUM TIPO DE CONTRATO?

Podem assinar contrato de gestão:::::Esta assinatura pode ser com outro órgão ou com uma pessoa jurídica. O contrato de gestão pode ser assinado porque os interesses são convergentes, isso obedece ao princípio da eficiência. Vejam, se há um órgão especializado em determinada matéria, deixe que ele faça, a coisa toda fica mais eficiente.

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Têm capacidade judiciária Assumem deveres e obrigações -> são pessoas! Assinam contrato administrativo Controle finalístico São vinculados Tutela

AUTARQUIA realiza atividade típica de Estado.

AUTARQUIA FUNDACIONAL é o mesmo que fundação pública.

FUNDAÇÃO realiza atividade que existe paralelamente na iniciativa privado.

Quando a Fundação é PÚBLICA de direito PÚBLICO a LEI CRIA.

Quando a Fundação é PUBLICA de direito PRIVADO a LEI AUTORIZA.

Sociedade de economia mista –

Intervenção no Domínio Econômico

Serviço Nacional

Relevante Interesse Público

Monopólio

Empresas públicas

Intervenção no Domínio Econômico e

Prestação de Serviços Públicos.

Definições:

I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.

II - Empresa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, autorizada por lei para a exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.

III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, autorizada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade

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Questões em Sequência

CONCEITOS

1)(2010/CESPE/INCA/Advogado) Tendo como fundamento as normas e princípios que regem a administração pública indireta, bem como o entendimento do STF sobre a matéria, segundo o princípio da legalidade, somente por lei específica podem ser criadas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações, cabendo à lei complementar definir suas áreas de atuação. (Certo/Errado)

2)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico/Questão Adaptada) Denomina-se controle por vinculação, e não por subordinação, o controle exercido por um ministério sobre uma autarquia cujas atribuições lhe são afetas. (Certo/Errado)

3)(2010/CESPE/TER-BA/Analista) A administração indireta (ou descentralizada) é composta por entidades sem personalidade jurídica. (Certo/Errado)

4)(2010/CESPE/MS/ANALISTA) A administração pública, no exercício do ius imperii, subsume-se ao regime de direito privado. (Certo/Errado)

5)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) Administração pública em sentido subjetivo compreende as pessoas jurídicas, os órgãos e os agentes que exercem a função administrativa. (Certo/Errado)

6)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A criação de um ministério na estrutura do Poder Executivo federal para tratar especificamente de determinado assunto é um exemplo de administração descentralizada. (Certo/Errado)

7)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A descentralização administrativa ocorre quando se distribuem competências materiais entre unidades administrativas dotadas de personalidades jurídicas distintas. (Certo/Errado)

8)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) A administração pública direta, na esfera federal, compreende os órgãos e as entidades, ambos dotados de personalidade jurídica, que se inserem na estrutura administrativa da Presidência da República e dos ministérios. (Certo/Errado)

9)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) O Estado Federal brasileiro é integrado pela União, pelos estados-membros e pelo Distrito Federal, mas não pelos municípios, que, à luz da CF, desfrutam de autonomia administrativa, mas não de autonomia financeira e legislativa. (Certo/Errado)

10)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) A prerrogativa de criar empresas públicas e sociedades de economia mista pertence apenas à União,

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não dispondo os estados, o Distrito Federal e os municípios de competência para tal. (Certo/Errado)

11)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas públicas e das sociedades de economia mista e considerando a atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), segundo o TCU, as empresas e as sociedades de economia mista que exploram atividade econômica, ainda que pretendam celebrar contratos diretamente relacionados com o exercício da atividade fim, estão obrigadas a se submeter ao procedimento da licitação. (Certo/Errado)

12)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas públicas e das sociedades de economia mista e considerando a atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), a vedação de acumulação de empregos, cargos ou funções públicas não se aplica às sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica, em razão do regime concorrencial a que se submetem. (Certo/Errado)

13)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas públicas e das sociedades de economia mista e considerando a atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), as empresas públicas, no que se refere a direitos e obrigações comerciais, trabalhistas e tributários, possuem personalidade jurídica de direito privado, não lhes sendo estendidas prerrogativas públicas, ainda que se trate de atuação em regime não concorrencial para prestação de serviços públicos. (Certo/Errado)

14)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas públicas e das sociedades de economia mista e considerando a atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), segundo o STF, o TCU não é competente para fiscalizar as sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica, por entender que os bens dessas entidades são privados. (Certo/Errado)

15)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas públicas e das sociedades de economia mista e considerando a atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), a empresa pública pode adotar qualquer forma de organização societária, inclusive a de sociedade anônima, enquanto a sociedade de economia mista deve, obrigatoriamente, adotar a forma de sociedade anônima. (Certo/Errado)

16)(2010/CESPE – INCA - Assistente em C&T Cargo 86 ) Considere que o estado de Goiás, na vigência da atual CF e respeitando as normas constitucionais aplicáveis, tenha criado uma autarquia

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estadual responsável por fomentar e regulamentar a comercialização de produtos agrícolas. A respeito dessa situação hipotética, é correto concluir que a referida autarquia foi criada por meio de uma lei estadual. (Certo/Errado)

17)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) A administração indireta é o conjunto de pessoas administrativas que, desvinculadas da administração direta, exercem atividades administrativas. (Certo/Errado)

ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL

18)(2010/CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) O aparelho do Estado, segundo a administração pública gerencial, divide-se em três setores: núcleo estratégico, que é o governo em sentido lato; o setor das atividades exclusivas, composto dos serviços que só o governo pode realizar; e o setor de serviços não exclusivos, no qual o Estado atua simultaneamente com outras organizações públicas não estatais e privadas. (Certo/Errado)

19)(2010/CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) Há diferenças entre a administração de empresas e a administração pública gerencial. Uma delas diz respeito à receita: a das empresas depende dos pagamentos que os clientes fazem livremente na compra de seus produtos e serviços; a do Estado resulta principalmente de contribuições obrigatórias, os impostos, sem contrapartida direta. (Certo/Errado)

20)(2010/CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) A reforma administrativa instituída pelo Decreto-lei nº200/1967 distinguiu claramente a administração direta e a administração indireta no que se refere às áreas de compras e execução orçamentária, padronizando-as e normatizando-as de acordo com o princípio fundamental da descentralização. (Certo/Errado)

21) (2010/CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) Para a administração pública burocrática, o interesse público é frequentemente identificado com a afirmação do poder do Estado. A administração pública gerencial nega essa visão do interesse público, relacionando-o com o interesse da coletividade, e não do Estado. (Certo/Errado)

22) (2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) O denominado primeiro setor corresponde às empresas, o segundo setor representa o governo e o chamado terceiro setor compreende as organizações de utilidade pública, que têm origem na sociedade e no governo,

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independentemente de possuírem ou não fins lucrativos. (Certo/Errado)

23)(2010/CESPE/MPS/ADMINISTRADOR) Preconizando a necessidade de modernizar a administração pública, com a melhoria de sua eficiência e o aumento de sua eficácia, a legislação prevê a qualificação de entidades como organizações sociais, voltadas para atividades relacionadas à educação e saúde, entre outras. Assim, enquadram-se quaisquer pessoas jurídicas de direito privado e fins lucrativos, que exercem, mediante contrato de gestão, funções inerentes à administração direta. (Certo/Errado)

24)(2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade. (Certo/Errado)

ADMINISTRAÇÃO DIRETA

25)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) Os órgãos públicos, componentes da administração pública desconcentrada descentralizada indireta, categorizados como independentes, no que tange à posição estatal, caracterizam-se por serem originários da CF e representativos dos poderes do Estado e por não possuírem qualquer subordinação hierárquica. Além disso, seus agentes são denominados agentes públicos. (Certo/Errado)

26)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) Um órgão que integra pessoas políticas do Estado, que têm competência para o exercício de atividades administrativas é um órgão da administração direta. (Certo/Errado)

27)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Por não possuírem personalidade jurídica, os órgãos não podem figurar no polo ativo da ação do mandado de segurança. (Certo/Errado)

28)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Segundo a teoria da imputação, os atos lícitos praticados pelos seus agentes são imputados à pessoa jurídica à qual eles pertencem, mas os atos ilícitos são imputados aos agentes públicos. (Certo/Errado)

29)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Os órgãos públicos da administração direta, autárquica e fundacional são criados por lei, não podendo ser extintos por meio de decreto do chefe do Poder Executivo. (Certo/Errado)

30)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) A delegação de competência, no âmbito federal, somente é possível se assim determinar expressamente a lei. (Certo/Errado)

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31)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Quando as atribuições de um órgão público são delegadas a outra pessoa jurídica, com vistas a otimizar a prestação do serviço público, há desconcentração. (Certo/Errado)

EMPRESAS PÚBLICAS e SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA

32)(2010/CESPE – IPAJAM – ADVOGADO) Segundo o princípio da legalidade, somente por lei específica podem ser criadas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações, cabendo à lei complementar definir suas áreas de atuação. (Certo/Errado)

33)(2010/CESPE – IPAJAM – ADVOGADO) Sociedades de economia mista devem, necessariamente, ter a forma de sociedades anônimas, sendo reguladas basicamente pela Lei das Sociedades por Ações. (Certo/Errado)

34)(2010/CESPE – IPAJAM – ADVOGADO) Os empregados das empresas públicas e sociedades de economia mista se submetem ao regime trabalhista comum, cujos princípios e normas se encontram na Consolidação das Leis do Trabalho, sendo de natureza contratual o vínculo que se forma entre os empregados e tais pessoas jurídicas. Por esse motivo, o seu ingresso nessas empresas e sociedades não depende de prévia aprovação em concurso público. (Certo/Errado)

35)(2010/CESPE – IPAJAM – ADVOGADO) Créditos de empresas públicas e sociedades de economia mista são inscritos como dívida ativa e podem ser cobrados pelo processo especial de execução fiscal, tal como ocorre com os créditos da União, estados e municípios. (Certo/Errado)

36)(2010/CESPE – IPAJAM – ADVOGADO) A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos não goza de qualquer imunidade tributária, uma vez que a CF veda que empresas públicas gozem de privilégios não extensivos às do setor privado. (Certo/Errado)

37)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da administração pública direta, que desempenham atividades de caráter econômico ou de prestação de serviços públicos, cujos integrantes são denominados servidores públicos. (Certo/Errado)

38)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, apesar de ter sido constituída como uma empresa pública federal, possui natureza tipicamente pública, por prestar serviço público sujeito à responsabilidade exclusiva da administração direta, e goza de imunidade tributária e impenhorabilidade de seus bens. (Certo/Errado)

39)(2010/CESPE/INCA/Advogado) Tendo como fundamento as normas e princípios que regem a administração pública indireta, bem

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como o entendimento do STF sobre a matéria, sociedades de economia mista devem, necessariamente, ter a forma de sociedades anônimas, sendo reguladas basicamente pela Lei das Sociedades por Ações. (Certo/Errado)

40)(2010/CESPE – DPU – CONTADOR) A empresa pública é pessoa jurídica de direito privado organizada exclusivamente sob a forma de sociedade anônima. (Certo/Errado)

41)(2010/CESPE/INCA/Advogado) Tendo como fundamento as normas e princípios que regem a administração pública indireta, bem como o entendimento do STF sobre a matéria, créditos de empresas públicas e sociedades de economia mista são inscritos como dívida ativa e podem ser cobrados pelo processo especial de execução fiscal, tal como ocorre com os créditos da União, estados e municípios. (Certo/Errado)

42)(2010/CESPE/INCA/Advogado) Tendo como fundamento as normas e princípios que regem a administração pública indireta, bem como o entendimento do STF sobre a matéria, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos não goza de qualquer imunidade tributária, uma vez que a CF veda que empresas públicas gozem de privilégios não extensivos às do setor privado. (Certo/Errado)

43)(2010/CESPE – SERPRO – ADVOGADO) A empresa pública caracteriza-se por ter a composição do seu capital social distribuído entre pessoas jurídicas de direito público e de recursos da iniciativa privada, de modo que a entidade criadora deve possuir, obrigatoriamente, o domínio da maior parte do capital votante. (Certo/Errado)

44)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) B As empresas públicas têm natureza jurídica de pessoas jurídicas de direito público interno. (Certo/Errado)

45)(2010/CESPE/Analista/Saúde) A criação e a extinção autorizadas por lei e sujeitas ao controle estatal e a participação do capital privado na composição do capital social são características comuns das empresas públicas e das sociedades de economia mista. (Certo/Errado)

46)(2010/CESPE/MS/ANALISTA) As sociedades de economia mista sob o controle da União devem ser criadas por lei. (Certo/Errado)

47)(2010/CESPE – DPU – CONTADOR) A sociedade de economia mista pode ser organizada sob quaisquer das formas admitidas em direito. (Certo/Errado)

48)(2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A sociedade de economia mista pode ser organizada sob quaisquer das formas admitidas em direito. (Certo/Errado)

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49)(2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A empresa pública é pessoa jurídica de direito privado organizada exclusivamente sob a forma de sociedade anônima. (Certo/Errado)

AUTARQUIAS e FUNDAÇÕES

50)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Não colide materialmente com a CF a determinação de que sejam previamente aprovadas, pelo Poder Legislativo, as indicações dos presidentes das entidades da administração pública indireta. (Certo/Errado)

51)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Devido à natureza privada das empresas públicas e sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica, não há espaço para que essas entidades sejam fiscalizadas pelo TCU. (Certo/Errado)

52)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Prevalece o entendimento de que as fundações públicas com personalidade jurídica de direito público são verdadeiras autarquias, as quais devem ser criadas por lei e não por ato infralegal. (Certo/Errado)

53)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) As autarquias são caracterizadas pela sua subordinação hierárquica a determinada pasta da administração pública direta. Dessa forma, contra a decisão proferida por elas cabe recurso hierárquico próprio para o chefe da pasta. (Certo/Errado)

54)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) O consórcio público, mesmo com personalidade jurídica de direito público, não passa a integrar a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados. (Certo/Errado)

55)(2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) As autarquias estão sujeitas a controle administrativo exercido pela administração direta, nos limites da lei. (Certo/Errado)

56)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A criação das autarquias é feita por lei, ao passo que as empresas públicas e sociedades de economia mista são criadas por meio do registro dos atos de constituição no respectivo cartório. (Certo/Errado)

57)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) D As secretarias de estado e as autarquias estaduais fazem parte da administração direta. (Certo/Errado)

58)(2010/CESPE/INSS/Médico) As fundações autárquicas, as empresas públicas e as sociedades de economia mista são espécies de entidades paraestatais. (Certo/Errado)

59)(2010/CESPE/MS/ANALISTA) As autarquias são criadas por lei complementar e só por lei complementar podem ser extintas. (Certo/Errado)

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60)(2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) A autarquia é uma pessoa jurídica criada somente por lei específica para executar funções descentralizadas típicas do Estado. (Certo/Errado)

61)(2010/CESPE/TRE-BA/Técnico) A criação de uma autarquia para executar determinado serviço público representa uma descentralização das atividades estatais. Essa criação somente se promove por meio da edição de lei específica para esse fim. (Certo/Errado)

62)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) As autarquias e as fundações públicas, como entes de direito público que dispõem de personalidade jurídica própria, integram a administração direta. (Certo/Errado)

63)(2010/CESPE – SERPRO – ADVOGADO) De acordo com a jurisprudência recente do STF, é possível a instituição de autarquias interestaduais, desde que a execução dos serviços seja comum aos referidos entes. (Certo/Errado)

64)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A administração pública centralizada divide as suas atribuições e poderes necessários para a efetiva prestação dos serviços públicos em uma estrutura interna composta por centros de competência personificados e criados por lei, denominados autarquias. (Certo/Errado)

65)(2010/CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) A autarquia é uma pessoa jurídica criada por lei específica para executar funções descentralizadas típicas do Estado. (Certo/Errado)

66)(2010/CESPE – DPU – CONTADOR) A autarquia é pessoa jurídica de direito público dotada de capacidade política. (Certo/Errado)

67)(2010/CESPE – DPU – CONTADOR) A fundação instituída pelo Poder Público detém capacidade de autoadministração, razão pela qual não se sujeita ao controle por parte da administração direta. (Certo/Errado)

68)(2010/CESPE – DPU – CONTADOR) As autarquias estão sujeitas a controle administrativo exercido pela administração direta, nos limites da lei. (Certo/Errado)

69)(2010/CESPE – AGU – PROCURADOR) As universidades públicas federais, entidades da administração indireta, são constituídas sob a forma de autarquias ou fundações públicas. Seus atos, além de sofrerem a fiscalização do TCU, submetem-se ao controle interno exercido pelo MEC, porque tais universidades são subordinadas a esse ministério. (Certo/Errado)

70)(2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A autarquia é pessoa jurídica de direito público dotada de capacidade política. (Certo/Errado)

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71)( 2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) Mesmo compondo a administração indireta, a autarquia está subordinada hierarquicamente à entidade estatal à qual pertence. (Certo/Errado)

72)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) As autarquias são entidades, pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei para desempenhar funções que sejam próprias e típicas do Estado, de caráter econômico. (Certo/Errado)

73)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) Ao ser instituída, uma fundação pública de direito público passa a compor a administração direta. (Certo/Errado)

74)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) É possível ao particular, por ato seu em vida, caso aceito pela administração pública, instituir patrimônio e criar uma fundação pública. (Certo/Errado)

75)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) As fundações públicas não possuem finalidade de exploração econômica com fins lucrativos. (Certo/Errado)

76)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) Cabe ao Ministério Público Federal o acompanhamento e controle de legalidade da administração pública sobre as fundações públicas federais. (Certo/Errado)

AGÊNCIAS EXECUTIVAS E AGÊNCIAS REGULADORAS

77)(2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) A atividade de regulação exercida pelas agências reguladoras no Brasil é realizada somente sobre os serviços públicos desestatizados, dos quais depende a população. (Certo/Errado)

78)(2010/CESPE/TRE-BA/Técnico) As agências reguladoras são entidades que compõem a administração indireta e, por isso, são classificadas como entidades do terceiro setor. (Certo/Errado)

79)(2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) Os contratos de gestão das agências executivas são celebrados com o respectivo ministério supervisor pelo período mínimo de um ano, estabelecendo os objetivos, metas e indicadores de desempenho da entidade, bem como os recursos necessários e os critérios e instrumentos para avaliação do seu cumprimento. (Certo/Errado)

PARAESTATAIS

80)(2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) No âmbito da administração pública indireta, o contrato de gestão é o principal instrumento de controle dos resultados de uma organização social. (Certo/Errado)

81)(2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) Busca-se, por meio das organizações sociais, maior participação social, na medida em que elas são instrumentos de controle direto da sociedade, mediante

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seus conselhos de administração, cujos membros são recrutados na comunidade à qual a organização serve. (Certo/Errado)

82)(2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) Entende-se por contrato de gestão o instrumento firmado entre o poder público e uma entidade qualificada como organização social, com vistas à formação de parceria entre ambos para fomento e execução de atividades relativas a ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente, cultura e(ou) saúde. (Certo/Errado)

83)(2010/CESPE/MS/ANALISTA) Entidades paraestatais são pessoas jurídicas de direito privado que colaboram com o Estado no desempenho de atividades não lucrativas; elas não integram a estrutura da administração pública. (Certo/Errado)

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Marque o seu gabarito

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2 (C)(E)(SR) 22 (C)(E)(SR) 42 (C)(E)(SR) 62 (C)(E)(SR) 82 (C)(E)(SR)

3 (C)(E)(SR) 23 (C)(E)(SR) 43 (C)(E)(SR) 63 (C)(E)(SR) 83 (C)(E)(SR)

4 (C)(E)(SR) 24 (C)(E)(SR) 44 (C)(E)(SR) 64 (C)(E)(SR)

5 (C)(E)(SR) 25 (C)(E)(SR) 45 (C)(E)(SR) 65 (C)(E)(SR)

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8 (C)(E)(SR) 28 (C)(E)(SR) 48 (C)(E)(SR) 68 (C)(E)(SR)

9 (C)(E)(SR) 29 (C)(E)(SR) 49 (C)(E)(SR) 69 (C)(E)(SR)

10 (C)(E)(SR) 30 (C)(E)(SR) 50 (C)(E)(SR) 70 (C)(E)(SR)

11 (C)(E)(SR) 31 (C)(E)(SR) 51 (C)(E)(SR) 71 (C)(E)(SR)

12 (C)(E)(SR) 32 (C)(E)(SR) 52 (C)(E)(SR) 72 (C)(E)(SR)

13 (C)(E)(SR) 33 (C)(E)(SR) 53 (C)(E)(SR) 73 (C)(E)(SR)

14 (C)(E)(SR) 34 (C)(E)(SR) 54 (C)(E)(SR) 74 (C)(E)(SR)

15 (C)(E)(SR) 35 (C)(E)(SR) 55 (C)(E)(SR) 75 (C)(E)(SR)

16 (C)(E)(SR) 36 (C)(E)(SR) 56 (C)(E)(SR) 76 (C)(E)(SR)

17 (C)(E)(SR) 37 (C)(E)(SR) 57 (C)(E)(SR) 77 (C)(E)(SR)

18 (C)(E)(SR) 38 (C)(E)(SR) 58 (C)(E)(SR) 78 (C)(E)(SR)

19 (C)(E)(SR) 39 (C)(E)(SR) 59 (C)(E)(SR) 79 (C)(E)(SR)

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Questões Comentadas

1)(2010/CESPE/INCA/Advogado) Tendo como fundamento as normas e princípios que regem a administração pública indireta, bem como o entendimento do STF sobre a matéria, segundo o princípio da legalidade, somente por lei específica podem ser criadas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações, cabendo à lei complementar definir suas áreas de atuação.

Comentários: Informação equivocada. A necessidade de lei específica se faz presente apenas para a criação das entidades de direito público, que são as autarquias e fundações autárquicas. Empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas de Direito Privado são apenas autorizadas por lei.

Gabarito: Errado

2)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico/Questão Adaptada) Denomina-se controle por vinculação, e não por subordinação, o controle exercido por um ministério sobre uma autarquia cujas atribuições lhe são afetas.

Comentários: Exatamente, correta. A vinculação não é hierarquia, trata-se de controle finalístico. As entidades que sofrem subordinação são os órgãos.

Gabarito: Correto

3)(2010/CESPE/TER-BA/Analista) A administração indireta (ou descentralizada) é composta por entidades sem personalidade jurídica.

Comentários: Errado, a administração INDIRETA é composta por entes COM personalidade jurídica.

Gabarito: Errado

4)(2010/CESPE/MS/ANALISTA) A administração pública, no exercício do ius imperii, subsume-se ao regime de direito privado.

Comentários: Negativo, no “ius imperi” a administração sobrepõe-se ao particular independente de sua vontade, temos prerrogativas estatais, é o próprio poder de império (poder extroverso) subordinando o cidadão em nome do interesse público, dessa forma essa subordinação só pode ser exercida mediante a forma de direito público. Quando o regime é privado o Estado está no mesmo nível que o cidadão, há negociação, não há imposição.

Gabarito: Errado

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5)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) Administração pública em sentido subjetivo compreende as pessoas jurídicas, os órgãos e os agentes que exercem a função administrativa.

Comentários: Perfeita! Apenas para acrescentar, subjetivo pode ainda aparecer como ORGÂNICO ou FORMAL; O sentido Objetivo é o que compreende o objeto, a ação: Serviços públicos, Fomento, Intervenção, Poder de polícia. O sentido objetivo pode ainda aparecer com MATERIAL OU FUNCIONAL.

Gabarito: Correto

6)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A criação de um ministério na estrutura do Poder Executivo federal para tratar especificamente de determinado assunto é um exemplo de administração descentralizada.

Comentários: Temos aí um exemplo clássico de DESCONCENTRAÇÃO

Gabarito: Errado

7)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A descentralização administrativa ocorre quando se distribuem competências materiais entre unidades administrativas dotadas de personalidades jurídicas distintas.

Comentários: É verdade! Sempre que falarmos em DESCENTRALIZAÇÃO deveremos compreender que haverá novas pessoas jurídicas.

Gabarito: Correto

8)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) A administração pública direta, na esfera federal, compreende os órgãos e as entidades, ambos dotados de personalidade jurídica, que se inserem na estrutura administrativa da Presidência da República e dos ministérios.

Comentários: Órgãos não possuem personalidade jurídica, são membros de um ser, não têm vontade própria.

Gabarito: Errado

9)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) O Estado Federal brasileiro é integrado pela União, pelos estados-membros e pelo Distrito Federal, mas não pelos municípios, que, à luz da CF, desfrutam de autonomia administrativa, mas não de autonomia financeira e legislativa.

Comentários: Absurda a questão, totalmente equivocada. São entes do Estado Federal: A União, os Estados e os Municípios.

Gabarito: Errado

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10)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) A prerrogativa de criar empresas públicas e sociedades de economia mista pertence apenas à União, não dispondo os estados, o Distrito Federal e os municípios de competência para tal.

Comentários: Não é verdade. Tanto União, quanto Estados e Municípios têm autonomia administrativa e política. Todos os entes legislam e podem se organizar e administrar da forma que melhor satisfaça suas necessidades.

Gabarito: Errado

11)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas públicas e das sociedades de economia mista e considerando a atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), segundo o TCU, as empresas e as sociedades de economia mista que exploram atividade econômica, ainda que pretendam celebrar contratos diretamente relacionados com o exercício da atividade fim, estão obrigadas a se submeter ao procedimento da licitação.

Comentários: As EPs e as SEM não se submetem a licitação quando o objetivo for a atividade fim, devem licitar apenas a contratação de serviços e bens relacionados à atividade meio, a não ser que esta, igualmente, constitua um obstáculo à atividade finalística.

Gabarito: Errado

12)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas públicas e das sociedades de economia mista e considerando a atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), a vedação de acumulação de empregos, cargos ou funções públicas não se aplica às sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica, em razão do regime concorrencial a que se submetem.

Comentários: Opss! Errado! Todos os entes da administração direta e indireta são obrigados a contratar mediante concurso público.

Gabarito: Errado

13)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas públicas e das sociedades de economia mista e considerando a atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), as empresas públicas, no que se refere a direitos e obrigações comerciais, trabalhistas e tributários, possuem personalidade jurídica de direito privado, não lhes sendo estendidas prerrogativas públicas, ainda que se trate de atuação em regime não concorrencial para prestação de serviços públicos.

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Comentários: Atualmente, entende-se que as prerrogativas sejam estendidas às entidades que atuam em serviços públicos. No que tange aos bens, por exemplo, dos Correios eles foram tidos como impenhoráveis, uma vez que os Correios prestam serviços públicos e de natureza monopolística.

Gabarito: Errado

14)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas públicas e das sociedades de economia mista e considerando a atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), segundo o STF, o TCU não é competente para fiscalizar as sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica, por entender que os bens dessas entidades são privados.

Comentários: Imaginem! De jeito nenhum! A competência do TCU é constitucional. “Todas” as pessoas que pertencem à administração indireta estão sujeitas à fiscalização do TCU.

Gabarito: Errado

15)(2010/CESPE – CEF – ADVOGADO) A respeito das empresas públicas e das sociedades de economia mista e considerando a atuação fiscalizadora do Tribunal de Contas da União (TCU), a empresa pública pode adotar qualquer forma de organização societária, inclusive a de sociedade anônima, enquanto a sociedade de economia mista deve, obrigatoriamente, adotar a forma de sociedade anônima.

Comentários: Verdade, a empresa pública pode adotar qualquer forma permitida em lei, enquanto que as sociedades de economia mista podem apenas adotar a forma de sociedade anônima.

Gabarito: Errado

16) (2010/CESPE – INCA - Assistente em C&T Cargo 86 ) Considere que o estado de Goiás, na vigência da atual CF e respeitando as normas constitucionais aplicáveis, tenha criado uma autarquia estadual responsável por fomentar e regulamentar a comercialização de produtos agrícolas. A respeito dessa situação hipotética, é correto concluir que a referida autarquia foi criada por meio de uma lei estadual.

Comentários: Sim, correto. Autarquias devem ser criadas por lei. Se ela pertence à esfera estadual, a criação deverá ser mediante lei estadual.

Gabarito: Correto

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17)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) A administração indireta é o conjunto de pessoas administrativas que, desvinculadas da administração direta, exercem atividades administrativas.

Comentários: A informação estaria correta se não fosse o “desvinculadas”. Já dissemos que se trata de pessoas vinculadas à administração direta.

Gabarito: Errado

ADMINISTRAÇÃO GERENCIAL

18)(2010/CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) O aparelho do Estado, segundo a administração pública gerencial, divide-se em três setores: núcleo estratégico, que é o governo em sentido lato; o setor das atividades exclusivas, composto dos serviços que só o governo pode realizar; e o setor de serviços não exclusivos, no qual o Estado atua simultaneamente com outras organizações públicas não estatais e privadas.

Comentários: A questão simplesmente “engoliu” o 4º setor. O aparelho do Estado divide-se em 4 setores: núcleo estratégico, o núcleo de atividades exclusivas de estado, o núcleo de serviços não exclusivos e o núcleo de produção de bens e serviços. No 1º setor – núcleo estratégico, temos as decisões das políticas públicas, temos a lei. No 2º setor – as atividades exclusivas de estado, temos todas as atividades que o estado exerce usando o poder de império – segurança pública, cobrança de tributos, fiscalização. No 3º setor – as atividades não exclusivas do estado, temos todos as entidades que desenvolvem atividades interesse público paralelamente ao governo, são as Organizações Não Governamentais, agindo na recuperação, preservação, fomento de dos setores sociais entre eles: cultura, saúde, educação, meio- ambiente, por exemplo. No 4º setor - núcleo de produção de bens e serviços, temos as empresas privadas, trabalhando na produção de bens e serviços, é o mercado propriamente dito.

Gabarito: Errado

19)(2010/CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) Há diferenças entre a administração de empresas e a administração pública gerencial. Uma delas diz respeito à receita: a das empresas depende dos pagamentos que os clientes fazem livremente na compra de seus produtos e serviços; a do Estado resulta principalmente de contribuições obrigatórias, os impostos, sem contrapartida direta.

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Comentários: Correta, o Estado age sob o manto do direito público, em que não há espaço para negociação com o cidadão contribuinte. Afinal, o Estado busca o atendimento ao interesse coletivo. No caso das empresas privadas há negociação e o interesse é a maximização dos lucros de seus sócios. É evidente que o Estado desempenha funções sob o manto do direito privado, e nesses casos relaciona-se com o cidadão assim como as outras empresas privadas. Esclareça-se que, mesmo quando o Estado atua no mercado, não há total desprezo às normas de direito público, tanto isso é verdade que as EPs e as SEMs submetem-se ao dever de licitar e de concurso público para acesso a seus empregos.

Gabarito: Correto

20)(2010/CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) A reforma administrativa instituída pelo Decreto-lei nº200/1967 distinguiu claramente a administração direta e a administração indireta no que se refere às áreas de compras e execução orçamentária, padronizando-as e normatizando-as de acordo com o princípio fundamental da descentralização.

Comentários: Não, o decreto lei 200 chama de “administração federal” a administração direta e a indireta. Subordina ainda a “administração federal aos princípios fundamentais da reforma, quais sejam:

Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios fundamentais:

I - Planejamento.

II - Coordenação.

III - Descentralização.

IV - Delegação de Competência.

V - Controle.

O problema do item é que a propalada Reforma Administrativa não distinguiu as normas. Esse foi o maior problema! A Administração Indireta que deveria ser mais célere, mais ágil, com normas de licitação, de contratação, de execução orçamentário-financeira, distintas da Direta, foi bombardeada de entraves, idênticos aos verificados na Administração Centralizada.

Gabarito: Errado

21) (2010/CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) Para a administração pública burocrática, o interesse público é frequentemente identificado com a afirmação do poder do Estado. A

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administração pública gerencial nega essa visão do interesse público, relacionando-o com o interesse da coletividade, e não do Estado.

Comentários: Afirmativa correta, a bem da verdade o interesse público não pode ser confundido com o interesse do Estado. Há uma inversão, na administração burocrática os meios justificavam os fins, ou seja, o método, a rigidez mecanicista, era evidenciada e todo o processo tinha tão grande importância que o fim público, que era o atendimento ao cidadão, era olvidado. O conteúdo das políticas públicas virava segundo plano. A administração gerencial de reforma do estado elege o cidadão como contribuinte de impostos e como cliente de seus serviços, atendê-lo é primordial.

Gabarito: Correto

22) (2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) O denominado primeiro setor corresponde às empresas, o segundo setor representa o governo e o chamado terceiro setor compreende as organizações de utilidade pública, que têm origem na sociedade e no governo, independentemente de possuírem ou não fins lucrativos.

Comentários: Epa! Epa! Que balaio de gato é esse? Mais uma vez:

1º setor – Núcleo estratégico Políticas públicas 2º setor – Atividades Exclusivas de Governo Segurança pública, fiscalização, cobrança de tributos

3º setor – Serviços não exclusivos – Organizações Não Governamentais – SEM FINS LUCRATIVOS !!!

4º setor – Produção de bens e serviços – o mercado propriamente dito.

As Organizações não Governamentais NÃO PODEM (não devem) ter fins lucrativos. Os interesses delas e do governo são convergentes. Essas são as “ONGs”. Outra coisa, é diferente falar que a ONG é bem sucedida em seus objetivos, e usar o termo a ONG “dá lucro”. Ela pode até dar superávit, mas não lucro e, por isso, não há como distribuir o que não tem, ela reaplica esse “lucro” na atividade dela. Se vocês entenderam expliquem para os políticos “cara-de-óleo-de-peroba” rsrs

Gabarito: Errado

23)(2010/CESPE/MPS/ADMINISTRADOR) Preconizando a necessidade de modernizar a administração pública, com a melhoria de sua eficiência e o aumento de sua eficácia, a legislação prevê a qualificação de entidades como organizações sociais, voltadas para atividades relacionadas à educação e saúde, entre outras. Assim,

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enquadram-se quaisquer pessoas jurídicas de direito privado e fins lucrativos, que exercem, mediante contrato de gestão, funções inerentes à administração direta.

Comentários: Veja como a questão generaliza o candidato a Organização Social, muita restrição ou muita generalização, desconfiem! “Quaisquer” é muita gente, “fins lucrativos” nem pensar!

Vamos ver o que diz a lei quanto à qualificação das OSs:

Art. 1o O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.

Art. 2o São requisitos específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior habilitem-se à qualificação como organização social:

I - comprovar o registro de seu ato constitutivo, dispondo sobre:

a) natureza social de seus objetivos relativos à respectiva área de atuação;

b) finalidade não-lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento de seus excedentes financeiros no desenvolvimento das próprias atividades;

c) previsão expressa de a entidade ter, como órgãos de deliberação superior e de direção, um conselho de administração e uma diretoria definidos nos termos do estatuto, asseguradas àquele composição e atribuições normativas e de controle básicas previstas nesta Lei;

d) previsão de participação, no órgão colegiado de deliberação superior, de representantes do Poder Público e de membros da comunidade, de notória capacidade profissional e idoneidade moral;

e) composição e atribuições da diretoria;

f) obrigatoriedade de publicação anual, no Diário Oficial da União, dos relatórios financeiros e do relatório de execução do contrato de gestão;

g) no caso de associação civil, a aceitação de novos associados, na forma do estatuto;

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h) proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio líquido em qualquer hipótese, inclusive em razão de desligamento, retirada ou falecimento de associado ou membro da entidade;

i) previsão de incorporação integral do patrimônio, dos legados ou das doações que lhe foram destinados, bem como dos excedentes financeiros decorrentes de suas atividades, em caso de extinção ou desqualificação, ao patrimônio de outra organização social qualificada no âmbito da União, da mesma área de atuação, ou ao patrimônio da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, na proporção dos recursos e bens por estes alocados;

II - haver aprovação, quanto à conveniência e oportunidade de sua qualificação como organização social, do Ministro ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de atividade correspondente ao seu objeto social e do Ministro de Estado da Administração Federal e Reforma do Estado

Gabarito: Errado

24)(2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade.

Comentários: Texto literal do artigo 37, §8º da CF

Gabarito: Correto

ADMINISTRAÇÃO DIRETA

25)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) Os órgãos públicos, componentes da administração pública desconcentrada descentralizada indireta, categorizados como independentes, no que tange à posição estatal, caracterizam-se por serem originários da CF e representativos dos poderes do Estado e por não possuírem qualquer subordinação hierárquica. Além disso, seus agentes são denominados agentes públicos.

Comentários: Antes de identificarmos os erros, é preciso esclarecer a classificação dos órgãos públicos quanto à posição estatal. Para o autor Hely Lopes: “Órgãos independentes, autônomos, superiores e subalternos: quanto à posição estatal, ou seja, relativamente à posição ocupada pelos órgãos na escala governamental ou administrativa, eles se classificam em:

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independentes, autônomos, superiores e subalternos, como veremos a seguir.

Órgãos independentes são os originários da Constituição e representativos dos Poderes de Estado - Legislativo, Executivo e Judiciário -, colocados no ápice da pirâmide governamental, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional, e só sujeitos aos controles constitucionais de um Poder pelo outro. Por isso, são também chamados órgãos primários do Estado. Esses órgãos detêm e exercem precipuamente as funções políticas, judiciais e quase-judiciais outorgadas diretamente pela Constituição, para serem desempenhadas pessoalmente por seus membros (agentes políticos, distintos de seus servidores, que são agentes administrativos), segundo normas especiais e regimentais. (...)

De se incluir, ainda, nesta classe o Ministério Público federal e estadual e os Tribunais de Contas da União, dos Estados-membros e Municípios, os quais são órgãos funcionalmente independentes e seus membros integram a categoria dos agentes políticos, inconfundíveis com os servidores das respectivas instituições”

Voltando a questão, a redação está simplesmente horrível! Órgãos públicos são criados a partir do processo de DesCOncentração (lembram? CO – criação de órgãos! CEN – criação de entidades!). O primeiro erro, portanto, é mencionar que são componentes da Administração Indireta ou Descentralizada. Os componentes da Administração Descentralizada são autarquias e as empresas públicas, por exemplo. O segundo erro é que os agentes dos órgãos primários (ou independentes) são chamados de AGENTES POLÍTICOS, os quais, obviamente, são AGENTES PÚBLICOS.

Gabarito: Errado

26)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) Um órgão que integra pessoas políticas do Estado, que têm competência para o exercício de atividades administrativas é um órgão da administração direta.

Comentários: As “pessoas políticas” são os “entes” – pessoas jurídicas – a União, Estados e Municípios. Os órgãos que integram esses entes são órgão da administração direta.

Gabarito: Correto

27)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Por não possuírem personalidade jurídica, os órgãos não podem figurar no polo ativo da ação do mandado de segurança. E

Comentários: Realmente, os órgãos não possuem personalidade jurídica, mas sabemos que alguns, os independentes e os autônomos, podem defender judicialmente suas prerrogativas constitucionais, lembram?

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Gabarito: Correto

28)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Segundo a teoria da imputação, os atos lícitos praticados pelos seus agentes são imputados à pessoa jurídica à qual eles pertencem, mas os atos ilícitos são imputados aos agentes públicos.

Comentários: Não, não. Tanto atos lícitos quanto ilícitos são imputados à pessoa jurídica.

Gabarito: Errado

29)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Os órgãos públicos da administração direta, autárquica e fundacional são criados por lei, não podendo ser extintos por meio de decreto do chefe do Poder Executivo.

Comentários: O princípio da simetria das formas traduzido seria o seguinte: se uma lei deu vida a uma situação, apenas ela poderá tirar essa vida. Se um ato foi editado mediante decreto, o decreto o extinguirá, e assim por diante. É algo nestes termos. Por isso, como sabemos que a criação de órgão ou autarquia deve ser feita por lei, sabemos que só a lei pode extingui-los. Agora há de se observar alguns detalhes: Lei complementar que disciplina assunto reservado à lei ordinária, nesse caso, não há impedimento algum, afinal, quem pode mais pode menos, concordam? A revogação da LC, nesse caso, não precisa necessariamente ser feita por LC, uma vez que o assunto disciplinado não pedia a LC e sim a LO (lei ordinária).

Uma exceção encontramos na CF, nas atribuições do presidente – a extinção de cargos públicos, quando vagos, pode ser feita por decreto autônomo.

VI - dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

Gabarito: Errado

30)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) A delegação de competência, no âmbito federal, somente é possível se assim determinar expressamente a lei.

Comentários: Não é verdade, de acordo com a Lei de Processo Administrativo Federal (Lei 9.784/1999), em não havendo impedimento legal, é possível a delegação. Mais à frente, voltaremos a comentar a Lei de Processo, ok?

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Gabarito: Errado

31)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Quando as atribuições de um órgão público são delegadas a outra pessoa jurídica, com vistas a otimizar a prestação do serviço público, há desconcentração.

Comentários: A brincadeirinha preferida das bancas é essa! Falar que transferência de competência à “pessoa jurídica” é desconcentração. Gente! Não caiam nessa, “pessoa jurídica” é DESCENTRALIZAÇÃO!!! DESCONCENTRAÇÃO não há criação de nova pessoa jurídica, é dentro da mesma pessoa! Ok? Pode, entretanto, haver desconcentração dentro de outras pessoas jurídicas, que não o ente político, pode, por exemplo, haver a desconcentração dentro de uma autarquia. Mas veja, nesse caso não há transferência da titularidade da competência é apenas uma desconcentração de serviços.

Gabarito: Errado

EMPRESAS PÚBLICAS e SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA

32)(2010/CESPE – IPAJAM – ADVOGADO) Segundo o princípio da legalidade, somente por lei específica podem ser criadas autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações, cabendo à lei complementar definir suas áreas de atuação.

Comentários: Lei específica cria entidades de DIREITO PÚBLICO. Todas as entidades citadas na questão são de DIREITO PRIVADO. No caso de entidades de direito privado a lei AUTORIZA a instituição. Devemos apenas lembrar que existem dois tipos de fundação: as de direito privado e as de direito público. No caso das fundações de direito privado a lei apenas autoriza a sua instituição.

Gabarito: Errado

33)(2010/CESPE – IPAJAM – ADVOGADO) Sociedades de economia mista devem, necessariamente, ter a forma de sociedades anônimas, sendo reguladas basicamente pela Lei das Sociedades por Ações.

Comentários: Corretíssima, sem comentários!

Gabarito: Correto

34)(2010/CESPE – IPAJAM – ADVOGADO) Os empregados das empresas públicas e sociedades de economia mista se submetem ao regime trabalhista comum, cujos princípios e normas se encontram na Consolidação das Leis do Trabalho, sendo de natureza contratual o vínculo que se forma entre os empregados e tais pessoas jurídicas.

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Por esse motivo, o seu ingresso nessas empresas e sociedades não depende de prévia aprovação em concurso público.

Comentários: Nem pensar, toda a administração direta e indireta contrata sob as regras do concurso público. A contratação direta é exceção!

Gabarito: Errado

35)(2010/CESPE – IPAJAM – ADVOGADO) Créditos de empresas públicas e sociedades de economia mista são inscritos como dívida ativa e podem ser cobrados pelo processo especial de execução fiscal, tal como ocorre com os créditos da União, estados e municípios.

Comentários: Epa! Epa! Olha a festa do caqui chegando! “Apenas”, e agora é apenas mesmo, ok? Apenas créditos cuja cobrança seja instituída por lei!!

Olha o artigo 1º da lei:

Art. 1º - A execução judicial para cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e respectivas autarquias será regida por esta Lei e, subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil.

Tenham em mente o seguinte: O Estado tem duas faces, a face Imperador, nessa face ele não perdoa, manda e o cidadão obedece, se não obedecer é cacete! (rsrs) Sob vara as coisas se ajustam! A outra face do Estado é a face empresário, nessa ele negocia, ele compete com o empresário comum, nessa condição ele não pode impor nada a ninguém, apenas quando o cidadão “acorda com o Estado empresário”, permite, é que nasce a relação jurídica. Essa relação jurídica é horizontal, ninguém pode mais. A lei de execução fiscal veio para proteger o Estado imperador, não seria justo que sob o manto do direito privado ele se valesse das prerrogativas estatais, concordam?

Gabarito: Errado

36)(2010/CESPE – IPAJAM – ADVOGADO) A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos não goza de qualquer imunidade tributária, uma vez que a CF veda que empresas públicas gozem de privilégios não extensivos às do setor privado.

Comentários: Olha lá que confusão agora hein, como será que saio dessa rsrs, estão armando para mim... hehehe Deixa disso! Vamos entender o que “Os Correios” é empresa pública, sim? Mas ele exerce atividade de relevante interesse público, serviço público essencial, que originalmente está a cargo da União. Os Correios não

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exercem atividade econômica em sentido estrito. Por isso aos Correios estende-se a imunidade sobre impostos, como é o mesmo caso das autarquias. Vamos ver o que fala o supremo com relação à situação:

“A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é uma empresa pública,

entidade da Administração Indireta da União, como tal tendo sido criada

pelo decreto-lei nº 509, de 10 de março de 1969. Seu capital é detido

integralmente pela União Federal (artigo 6º) e ela goza dos mesmos

privilégios concedidos à Fazenda Pública, "quer em relação a imunidade

tributária, direta ou indireta, impenhorabilidade de seus bens, rendas e

serviços, quer no concerne a foro, prazos e custas processuais". Leia-se o

texto do artigo 12 do decreto-lei. No que concerne às obrigações

tributárias, a ela não se aplica o § 211. No que concerne às obrigações

tributárias, a ela não se aplica o § 2o do art. 173 da Constituição do

Brasil, na afirmação de que as empresas públicas e as sociedades de

economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às

do setor privado. O que resta definidamente evidente, neste passo, como

anotei em outra ocasião, é que tanto o preceito inscrito no § 1o quanto o

veiculado pelo § 2o do art. 173 da Constituição de 1988 apenas alcançam

empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem

atividade econômica em sentido estrito. Não se aplicam àquelas que

prestam serviço público, não assujeitadas (sic) às obrigações tributárias

às quais se sujeitam as empresas privadas. As empresas públicas,

sociedades de economia mista e outras entidades estatais que prestem

serviço público podem gozar de privilégios fiscais, ainda que não

extensivos a empresas privadas prestadoras de serviço público em regime

de concessão ou permissão (art. 175 da CF 88). Isso me parece

inquestionável.”

Gabarito: Errado

37)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da administração pública direta, que desempenham atividades de caráter econômico ou de prestação de serviços públicos, cujos integrantes são denominados servidores públicos.

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Comentários: Existe uma impropriedade na questão quando ela fala em “servidor público”.

O termo de agente público é forma ampla, nele está toda a sorte de agentes que desempenham funções públicas. Servidor público é subcategoria de agente público, e refere-se ao servidor estatutário, ao agente administrativo. O empregado de empresa pública é denominado “empregado público”, sua relação é exclusivamente contratual (CLT).

Gabarito: Errado

38)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, apesar de ter sido constituída como uma empresa pública federal, possui natureza tipicamente pública, por prestar serviço público sujeito à responsabilidade exclusiva da administração direta, e goza de imunidade tributária e impenhorabilidade de seus bens.

Comentários: Corretíssima, já falamos sobre isso agora mesmo.

Gabarito: Correto

39)(2010/CESPE/INCA/Advogado) Tendo como fundamento as normas e princípios que regem a administração pública indireta, bem como o entendimento do STF sobre a matéria, sociedades de economia mista devem, necessariamente, ter a forma de sociedades anônimas, sendo reguladas basicamente pela Lei das Sociedades por Ações.

Comentários: Perfeito o quesito!

Gabarito: Correto

40)(2010/CESPE – DPU – CONTADOR) A empresa pública é pessoa jurídica de direito privado organizada exclusivamente sob a forma de sociedade anônima.

Comentários: Não é verdade, essa obrigação é estendida tão somente á sociedade de economia mista. As empresas públicas podem ser instituídas sob qualquer forma permitida em lei.

Gabarito: Errado

41)(2010/CESPE/INCA/Advogado) Tendo como fundamento as normas e princípios que regem a administração pública indireta, bem como o entendimento do STF sobre a matéria, créditos de empresas públicas e sociedades de economia mista são inscritos como dívida ativa e podem ser cobrados pelo processo especial de execução fiscal, tal como ocorre com os créditos da União, estados e municípios.e

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Comentários: E aí? O que colocaram nessa? Errado não é? Nada a acrescentar.

Gabarito: Errado

42) (2010/CESPE/INCA/Advogado) Tendo como fundamento as normas e princípios que regem a administração pública indireta, bem como o entendimento do STF sobre a matéria, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos não goza de qualquer imunidade tributária, uma vez que a CF veda que empresas públicas gozem de privilégios não extensivos às do setor privado.

Comentários: Mais uma vez o artigo 173 da CF não alcança os Correios.

Gabarito: Errado

43)(2010/CESPE – SERPRO – ADVOGADO) A empresa pública caracteriza-se por ter a composição do seu capital social distribuído entre pessoas jurídicas de direito público e de recursos da iniciativa privada, de modo que a entidade criadora deve possuir, obrigatoriamente, o domínio da maior parte do capital votante.

Comentários: As empresas públicas têm capital 100% público!

Gabarito: Errado

44)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) As empresas públicas têm natureza jurídica de pessoas jurídicas de direito público interno.

Comentários: Viagem! As empresas públicas têm natureza jurídica de pessoas jurídicas de direito privado.

Gabarito: Errado

45)(2010/CESPE/Analista/Saúde) A criação e a extinção autorizadas por lei e sujeitas ao controle estatal e a participação do capital privado na composição do capital social são características comuns das empresas públicas e das sociedades de economia mista.

Comentários: Não mesmo, já vimos que não participam do capital de empresa pública o capital privado, apenas o capital estatal.

Gabarito: Errado

46)(2010/CESPE/MS/ANALISTA) As sociedades de economia mista sob o controle da União devem ser criadas por lei.

Comentários: Negativo, as empresas públicas são AUTORIZADAS por lei.

Gabarito: Errado

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47)(2010/CESPE – DPU – CONTADOR) A sociedade de economia mista pode ser organizada sob quaisquer das formas admitidas em direito.

Comentários: Negativo, apenas sob a forma de Sociedade Anônima.

Gabarito: Errado

48)(2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A sociedade de economia mista pode ser organizada sob quaisquer das formas admitidas em direito.

Comentários: Mais uma vez errado, apenas sob a forma de Sociedade Anônima.

Gabarito: Errado

49)(2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A empresa pública é pessoa jurídica de direito privado organizada exclusivamente sob a forma de sociedade anônima.

Comentários: Trocaram os entes, o correto seria essa afirmativa para sociedade de economia mista.

Gabarito: Errado

AUTARQUIAS e FUNDAÇÕES

50)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Não colide materialmente com a CF a determinação de que sejam previamente aprovadas, pelo Poder Legislativo, as indicações dos presidentes das entidades da administração pública indireta.

Comentários: Afirmação equivocada, vamos ver o que diz a CF:

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;

XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;

Muito bem, essa determinação não é genérica, ela é uma exceção à regra de livre nomeação pelo presidente da república. Esse caso de aprovação pelo Senado é o caso das agências reguladoras. Sem contar que isso seria uma “faca de dois gumes” na mão do

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Senado, essa atribuição congestionaria o Senado, e já imaginaram a força que teria o Senado intrometendo-se a todo o momento nas decisões do executivo. Nem pensar, essa exigência não faz sentido.

Gabarito: Errado

51)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Devido à natureza privada das empresas públicas e sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica, não há espaço para que essas entidades sejam fiscalizadas pelo TCU.

Comentários: Acho que esse é o sonho de toda a administração indireta. Não ser fiscalizada pelo TCU, esqueçam a afirmativa está completamente equivocada. Toda a administração direita e indireta, todos os administradores de bens públicos, estão sujeitos à fiscalização do TCU.

Gabarito: Errado

52)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) Prevalece o entendimento de que as fundações públicas com personalidade jurídica de direito público são verdadeiras autarquias, as quais devem ser criadas por lei e não por ato infralegal.

Comentários: já falamos nisso hoje, como são fundações de direito público, são consideradas “fundações autárquicas” ou “autarquias fundacionais”. Deverão ser instituídas por lei.

Gabarito: Correto

53)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) As autarquias são caracterizadas pela sua subordinação hierárquica a determinada pasta da administração pública direta. Dessa forma, contra a decisão proferida por elas cabe recurso hierárquico próprio para o chefe da pasta.

Comentários: Lembrem-se das palavras chaves listadas no começo da aula, se você verificar que existe “palavrinha maldosa” mal empregada, descarte imediatamente a questão. Olhem a palavra “subordinação” ela pode ser usada a seu favor ou contra você, se você fizer a relação correta já descartará de cara a questão. Mas vamos entrar mais um pouco nesse assunto. Por que uma autarquia não é subordinada a administração direta? Olha só, lembram que as competências foram transferidas por lei? Hummm e lembram que se a criação de um PJ para exercer a função é porque ela é mais bem preparada para exercer a dita função? O princípio da especialidade. Ela é especialista no assunto. Como que um administrador que “não entende” de feijoada vai apitar na feijoada da cozinheira? Não dá, nem pensar, entendeu? Agora, o administrador entende de feijoada salgada, ele pode interferir e puxar a orelha da cozinheira se ela exagerar no sal. Assim pode-se até recorrer à administração direta, mas esse seria o recurso impróprio. Porque a prerrogativa é da

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administração indireta, a competência lhe foi passada mediante lei. Isso não se discute.

Gabarito: Errado

54)(2010/CESPE – BACEN – PROCURADOR) O consórcio público, mesmo com personalidade jurídica de direito público, não passa a integrar a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados.

Comentários: Errada a afirmativa, o consórcio público, quando com personalidade jurídica de direito público, integra a administração indireta de todos os entes consorciados. Mais à frente, na parte de serviços, o assunto será detalhado, ok?

Gabarito: Errado

55)(2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) As autarquias estão sujeitas a controle administrativo exercido pela administração direta, nos limites da lei.

Comentários: Exatamente, sem palavras maldosas ou perigosas. Existe controle administrativo finalístico, vinculação.

Gabarito: Correto

56)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A criação das autarquias é feita por lei, ao passo que as empresas públicas e sociedades de economia mista são criadas por meio do registro dos atos de constituição no respectivo cartório.

Comentários: Sociedades de economia mista e empresas públicas têm o registro dos atos constitutivos na junta comercial, e não em cartório.

Gabarito: Errado

57)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) As secretarias de estado e as autarquias estaduais fazem parte da administração direta.

Comentários: As secretarias de estado fazem parte da administração direta, mas as autarquias fazem parte da administração indireta.

Gabarito: Errado

58)(2010/CESPE/INSS/Médico) As fundações autárquicas, as empresas públicas e as sociedades de economia mista são espécies de entidades paraestatais.

Comentários: Não é verdade! As paraestatais não fazem parte da administração indireta. Elas estão ao lado do Estado e não dentro do Estado.

Gabarito: Errado

59)(2010/CESPE/MS/ANALISTA) As autarquias são criadas por lei complementar e só por lei complementar podem ser extintas.

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Comentários: As autarquias são criadas por lei ordinária e não por lei complementar.

Gabarito: Errado

60)(2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) A autarquia é uma pessoa jurídica criada somente por lei específica para executar funções descentralizadas típicas do Estado.

Comentários: Perfeito o quesito!

Gabarito: Correto

61)(2010/CESPE/TRE-BA/Técnico) A criação de uma autarquia para executar determinado serviço público representa uma descentralização das atividades estatais. Essa criação somente se promove por meio da edição de lei específica para esse fim.

Comentários: Perfeito o quesito!

Gabarito: Correto

62)(2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) As autarquias e as fundações públicas, como entes de direito público que dispõem de personalidade jurídica própria, integram a administração direta.

Comentários: Negativo, elas integram a administração indireta.

Gabarito: Errado

63)(2010/CESPE – SERPRO – ADVOGADO) De acordo com a jurisprudência recente do STF, é possível a instituição de autarquias interestaduais, desde que a execução dos serviços seja comum aos referidos entes.

Comentários:

Responda rápido: para que servem as autarquias? Serviço típico ou atípico? Obviamente, serviços típicos do Estado. Exatamente por isso, o STF declarou inconstitucional a tentativa de se criar autarquia interfederativa. Daí a incorreção da alternativa.

Gabarito: Errado

64)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) A administração pública centralizada divide as suas atribuições e poderes necessários para a efetiva prestação dos serviços públicos em uma estrutura interna composta por centros de competência personificados e criados por lei, denominados autarquias.

Comentários: questão molezinha, não? Amigos, dentro da estrutura interna, temos os órgãos, os quais não são PERSONIFICADOS. E mais: autarquias não são órgãos, são pessoas e, portanto, componentes da Administração Indireta. Essa questão parece até jogo dos sete erros! Rsrs..

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Gabarito: Errado

65)(2010/CESPE – AGU – AGENTE ADMINISTRATIVO) A autarquia é uma pessoa jurídica criada por lei específica para executar funções descentralizadas típicas do Estado.

Comentários: Quesito Perfeito!

Gabarito: Correto

66)(2010/CESPE – DPU – CONTADOR) A autarquia é pessoa jurídica de direito público dotada de capacidade política.

Comentários: Não há capacidade política.

Gabarito: Errado

67)(2010/CESPE – DPU – CONTADOR) A fundação instituída pelo Poder Público detém capacidade de autoadministração, razão pela qual não se sujeita ao controle por parte da administração direta.

Comentários: A fundação pública se sujeita ao controle finalístico pela administração direta

Gabarito: Errado

68)(2010/CESPE – DPU – CONTADOR) As autarquias estão sujeitas a controle administrativo exercido pela administração direta, nos limites da lei.

Comentários: Perfeito!

Gabarito: Correto

69)(2010/CESPE – AGU – PROCURADOR) As universidades públicas federais, entidades da administração indireta, são constituídas sob a forma de autarquias ou fundações públicas. Seus atos, além de sofrerem a fiscalização do TCU, submetem-se ao controle interno exercido pelo MEC, porque tais universidades são subordinadas a esse ministério.

Comentários: Não há subordinação, e sim vinculação, controle finalístico.

Gabarito: Errado

70)(2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) A autarquia é pessoa jurídica de direito público dotada de capacidade política.

Comentários: Negativo, não é dotada de capacidade política.

Gabarito: Errado

71)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) Mesmo compondo a administração indireta, a autarquia está subordinada hierarquicamente à entidade estatal à qual pertence.

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Comentários: Negativo, não há subordinação hierárquica, apenas vinculação.

Gabarito: Errado

72)(2010/CESPE/TRE-MT/An. Admin.) As autarquias são entidades, pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei para desempenhar funções que sejam próprias e típicas do Estado, de caráter econômico.

Comentários: Elas não desempenharam funções de caráter econômico, atuam atividades típicas de estado.

Gabarito: Errado

73)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) Ao ser instituída, uma fundação pública de direito público passa a compor a administração direta.

Comentários: Não compõe a administração direta, e sim a direta.

Gabarito: Errado

74)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) É possível ao particular, por ato seu em vida, caso aceito pela administração pública, instituir patrimônio e criar uma fundação pública.

Comentários: É possível a criação por particular de fundação privada, as públicas são criadas por lei.

Gabarito: Errado

75)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) As fundações públicas não possuem finalidade de exploração econômica com fins lucrativos.

Comentários: Perfeito!

Gabarito: Correto

76)(2009/CESPE – FUB – ADMINISTRADOR) Cabe ao Ministério Público Federal o acompanhamento e controle de legalidade da administração pública sobre as fundações públicas federais.

Comentários: Verdade! Ao ministério público cabe o controle de legalidade e acompanhamento da administração pública sobre as fundações públicas. Perfeito o item!

Gabarito: Correto

AGÊNCIAS EXECUTIVAS E AGÊNCIAS REGULADORAS

AGÊNCIAS EXECUTIVAS (ART.37 § 8)

A partir da assinatura de um contrato de gestão, pode receber mais dinheiro, servidores e mais bens – isto para poder trabalhar mais rápido e melhor – uma das aplicações do princípio da eficiência.

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Podem assinar contrato de gestão firmado entre a administração e um membro da administração indireta.

Agência Executiva: É uma antiga fundação ou autarquia que apresenta um plano de reestruturação (simultaneamente) mais assinatura de contrato de gestão; qualificação mediante decreto do chefe do executivo. O prazo de validade do contrato de gestão é de, no mínimo, 1 ano.

AGÊNCIAS REGULADORAS

CRIADAS COM OBJETIVO DE GARANTIR SERVIÇOS DE QUALIDADE.

PRINCÍPIO DA EFICIÊNICA.

– Conceito: são autarquias sob um regime especial que foram criadas, inicialmente, com objetivo de fiscalizar e regular a prestação dos serviços públicos que antes eram prestados diretamente pelo Estado.

– exemplos: ANATEL, ANP, ANA, ANCINE, ANS, ANVISA, ANEEL

Agências reguladoras atuam:

no serviço público no fomento poder de polícia intervenção

Na esfera federal as agências são uni setoriais, para cada atividade cria-se uma agência específica.

Por que Regime Especial?

A doutrina aponta 3 qualificadores:

Poder normativo

Não subordinação hierárquica **

Maior autonomia administrativa

Mandato fixo de seus dirigentes 100% PROVA !!!!

Por que a doutrina afirma que as agências reguladoras têm funções quase judiciais??

As agências reguladoras podem funcionar como mediadoras dos conflitos existentes no setor regulado. É o que a doutrina chama de arbitragem, uma forma pacífica e extra

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Judicial de solução de conflitos. Estes conflitos podem ser entre os prestadores de serviço, usuários, agentes, etc...

Pode ultrapassar a lei?

De acordo com o STF não pode criar direitos nem obrigações, não é um ato primário.

O PODER NORMATIVO DAS AGÊNCIAS TEM MAIOR DISCRICIONARIEDADE DO QUE O PODER REGULAMENTAR. É uma função quase legislativa. Mas não é.

MANDATO FIXO DE SEUS DIRIGENTES.

Não podem exonerados ad nutum – deve-se observar a ampla defesa e o contraditório.

Preferencialmente não devem coincidir com mandato presidencial.

Quem escolhe os diretores? O Presidente da República, para a aprovação serão sabatinados pelo Senado.

A Atividade das agências é EXCLUSIVAMENTE administrativa.

O que é quarentena?

A QUARENTENA SÓ DEVE SER CUMPRIDA SE A PERMANÊNCIA DO DIRETOR NA AGÊNCIA FOR SUPERIOR A 6 MESES.

É o tempo que o ex – dirigente da agência reguladora ficará impedido de exercer suas atividades junto a iniciativa privada, se a prova não for para uma agência específica o prazo é de no mínimo 4 meses.

Durante este período fará jus a remuneração de dirigente, salvo se for servidor público e a atividade não estiver em confronto com o da agência. No caso de defender interesses privados durante a quarentena incorrerá em ADVOCACIA ADMINISTRATIVA.

77)(2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) A atividade de regulação exercida pelas agências reguladoras no Brasil é realizada somente sobre os serviços públicos desestatizados, dos quais depende a população.

Comentários: Negativo, é verdade que quando pensamos em agência reguladora, logo vem em mente a ANATEL e a privatização

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dos sistemas de telefonia. Claro que os serviços públicos desestatizados são regulados por nossas agências, mas não podemos nos esquecer de que temos também agências trabalhando o poder de polícia assim como a ANVISA – Vigilância Sanitária; A ANS – Vigilância à saúde pública. Sendo assim o quesito está errado.

Gabarito: Errado

78)(2010/CESPE/TRE-BA/Técnico) As agências reguladoras são entidades que compõem a administração indireta e, por isso, são classificadas como entidades do terceiro setor.

Comentários: Negativo, executam serviços exclusivos de estado. Estão dentro do sistema estatal.

Gabarito: Errado

79)(2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) Os contratos de gestão das agências executivas são celebrados com o respectivo ministério supervisor pelo período mínimo de um ano, estabelecendo os objetivos, metas e indicadores de desempenho da entidade, bem como os recursos necessários e os critérios e instrumentos para avaliação do seu cumprimento.

Comentários: Quesito perfeito!

Gabarito: Correto

PARAESTATAIS

80)(2010/CESPE/AGU/ADMINISTRATIVO/Cargo 1) No âmbito da administração pública indireta, o contrato de gestão é o principal instrumento de controle dos resultados de uma organização social.

Comentários: só temos um erro na questão. É bem sutil. Conseguiram notar? Então, a organização social não se encontra na administração indireta, daí a incorreção da alternativa.

Gabarito: Errado

81)(2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) Busca-se, por meio das organizações sociais, maior participação social, na medida em que elas são instrumentos de controle direto da sociedade, mediante seus conselhos de administração, cujos membros são recrutados na comunidade à qual a organização serve.

Comentários: Item perfeito!

Gabarito: Correto

82)(2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) Entende-se por contrato de gestão o instrumento firmado entre o poder público e uma entidade qualificada como organização social, com vistas à formação de parceria entre ambos para fomento e execução de

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atividades relativas a ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente, cultura e(ou) saúde.

Comentários: Gente, o CESPE anda facilitando rsrs

Gabarito: Correto

83)(2010/CESPE/MS/ANALISTA) Entidades paraestatais são pessoas jurídicas de direito privado que colaboram com o Estado no desempenho de atividades não lucrativas; elas não integram a estrutura da administração pública.

Comentários: Perfeito! O CESPE facilitou para nós nos itens acima, pois trouxe apenas conceitos corretos.

Quando aparecem itens errados sobre as paraestatais o CESPE adora dizer que elas fazem parte da estrutura da administração, ou que fazem parte da administração indireta. Dizem que não podem receber recursos públicos. Tudo isso está errado, ok?

Elas não fazem parte da administração (nenhuma) nem direta nem indireta; elas podem receber recursos públicos; estarão sujeitas a fiscalização do TCU (OS e não OSCIP), e licitam através de manual próprio de licitação. Abaixo vou deixar um apanhado sobre o tema.

Gabarito: Correto

CARACTERISTÍCAS OS OSCIP

LEI 9637/98 9790/99

PERSONALIDADE DIREITO PRIVADO DIREITO PRIVADO

QUALIFICAÇÃO DECRETO EXECUTIVO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

NATUREZA DO ACORDO

CONTRATO DE GESTÃO TERMO DE PARCERIA

FINALIDADE SEM FINS LUCRATIVOS SEM FINS LUCRATIVOS

MINISTÉRIO PARTÍCIPE

MINISTÉRIO DA ÁREA SUPERVISORA

MINISTÉRIO DA ÁREA SUPERVISORA

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PRERROGATIVA CESSÃO DE BENS E SERVIDORES

NÃO HÁ PREVISÃO LEGAL

PARTICIPAÇÃO DO PODER PÚBLICO

PARTICIPAÇÃO OBRIGATÓRIA

PARTICIPAÇÃO FACULTATIVA

ÁREA DE ATUAÇÃO ROL EXAUSTIVO – PRESERVAÇÃO AMBIENTAL, SAÚDE, ENSINO, CULTURA, PESQUISA CIENTÍFICA, DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

ROL EXEMPLIFICATIVO – INCLUI:

ASSISTÊNCIA SOCIAL, ASSISTÊNCIA JURÍDICA COMPLEMENTAR

CRIAÇÃO PROVÉM DA EXTINÇÃO DE ÓRGÃO DA ADMINISTRAÇÃO

NÃO PROVÉM DE ÓRGÃO DA ADM, É ENTIDADE NOVA.

LICITAÇÃO NÃO USA 8.666 – DEVE EDITAR REGULAMENTO PRÓPRIO.

NÃO USA 8.666 – DEVE EDITAR REGULAMENTO PRÓPRIO.

DEVER DE PRESTAR CONTAS

DEVE PRESTAR CONTAS AO MINISTÉRIO SUPERVISOR – ENCAMINHA TCU.

NÃO PRESTA CONTAS.

NÃO É JULGADA PELO TCU

O ato de qualificação de uma OS e de uma OSCIP:

OS – DISCRICIONÁRIO.

OSCIP – VINCULADO.

Uma OSCIP pode ser OS?

O ato de desqualificação de OS e OSCIP deve ser precedido de ampla defesa e contraditório.

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Uma OS não pode ser OSCIP, assim como partidos políticos, sindicatos, sociedades comerciais, fundações públicas, cooperativas e outras NÃO PODEM.

Porém, uma OSCIP pode ser OS, quando assina um contrato de gestão e o executivo edita o decreto – será qualificada. No caso de desqualificação, deixa de ser OS e volta automaticamente a ser OSCIP.

CONTRATO DE GESTÃO e TERMO DE PARCERIA:

Qualificação:

OS – organização social – assina contrato de gestão.

OSCIPs – assinam termo de parceria.

É qualificada pelo Ministério da Justiça.

MAIORIA: É COM O DECRETO DO EXECUTIVO QUE A ENTINDADE SERÁ QUALIFICADA.

PARA O CESPE: Determinada parte da doutrina entende que é com o contrato de gestão que determinada entidade privada é qualificada como OS.

O que uma OS faz que uma OSCIP não faz?

Assistência Jurídica.

Atividades:

O rol de atividades de uma OS é EXAUSTIVO

O rol de atividade da OSCIP é exemplificativo.

Por hoje é só pessoal! Bons estudos a todos!

Lanlan, Maranhão e Sean O’neal

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SERVICOS PÚBLICOS

Olá, pessoal, tudo bem? Bom, chegamos a nossa penúltima aula de Direito Administrativo, nesse pacote para o TCU. Ah? Como assim, penúltima? Calma, calma. Para aliviar, resolvemos não juntas serviços e processos nessa aula aqui, para dar tempo de vocês lerem com calma a última aula (a de processos), que será enviada na quarta. É que as cargas de leitura estão enoooormes, e sabemos que é desestimulante saber que tem de ler 80 páginas de uma tacada só...

Assim, aproveitem bem o tempo, pois está chegando a hora afinal. Separar meninos de “concurseiros” de verdade. Cartas na mesa! E pé na tábua!

QUESTÕES EM SEQUÊNCIA 1 - (2010/CESPE/INSS/Médico) O serviço público, ao ser

concedido ao particular, que o executa por sua conta e risco, remunerando-se por tarifas, passa a caracterizar-se como sendo privado.

2 - (2010/CESPE/INSS/Médico) Os serviços públicos propriamente ditos são aqueles em que a administração pública, reconhecendo sua conveniência para os membros da coletividade, presta-os diretamente ou permite que sejam prestados por terceiros, nas condições regulamentadas e sob seu controle.

3 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) A delegação ocorre quando a entidade da administração, encarregada de executar um ou mais serviços, distribui competências no âmbito da própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços.

4 - (2010/CESPE/INSS/Médico) A delegação do serviço público pode ser feita sob as modalidades de concessão, permissão e autorização.

5 - (2010/CESPE/ANEEL/Analista) - Aplica-se ao serviço público o princípio da mutabilidade do regime jurídico, segundo o qual é possível a ocorrência de mudanças no regime de execução do serviço para adequá-lo ao interesse público, que pode sofrer mudanças com o decurso do tempo.

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6 - (2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) Tendo em vista os conceitos de autorização, permissão e concessão de serviço público, assinale a opção correta. A A autorização é ato administrativo vinculado por meio do qual a administração consente que o indivíduo desempenhe serviço público que não seja considerado de natureza estatal. B Permissão de serviço público é a delegação, a título precário, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. C A concessão pode ser contratada com pessoa física ou jurídica e por consórcio de empresas. D A concessão, caracterizando-se como contrato administrativo, pode ser outorgada por prazo indeterminado. E A permissão de serviço público, diferentemente da concessão, configura delegação a título precário e não exige licitação.

7 - (2009/CESPE – SEFAZ/AC - FRE) As expressões serviço público centralizado e serviço público descentralizado equivalem a administração pública direta e administração pública indireta, respectivamente. (Certo/Errado)

8 - (2009/ CESPE – ANAC – CARGO 5) A concessão de serviço público deve ser necessariamente instrumentalizada por contrato

9 - (2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) Entre os serviços públicos classificados como individuais, pode-se citar a disponibilização de energia domiciliar.

10 - (2010/CESPE/INCA/Advogado/Questão Adaptada) Em sua modalidade administrativa, PPP é a concessão de serviços públicos ou obras públicas que envolvam, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do poder público ao parceiro privado. Caracteriza-se, assim, pelo fato de o concessionário perceber recursos de duas fontes, uma decorrente do pagamento das respectivas tarifas, e outra, de caráter adicional, oriunda de contraprestação pecuniária devida pelo poder concedente ao particular contratado.

11 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) A natureza jurídica da remuneração dos serviços de água e esgoto prestados por concessionária de serviço público é de tarifa ou preço público.

12 - (2010/CESPE/INSS/Médico) A permissão é discricionária e precária, embora possam esses atributos ser mitigados em certos casos, diante do interesse administrativo.

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13 - (2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) Segundo a CF, o serviço público de distribuição de gás canalizado é privativo da União.

14 - (2010/CESPE/Analista/Saúde) Compete à União explorar diretamente, na forma da lei, ou mediante concessão, os serviços de gás canalizado.

15 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) Com o advento do termo contratual tem-se de rigor a reversão da concessão e a imediata assunção do serviço pelo poder concedente, incluindo a ocupação e a utilização das instalações e dos bens reversíveis.

16 - (2003/Cespe – TST – Analista Judiciário) Caso haja previsão no contrato de concessão de serviço público e autorização do poder concedente, é admitida a subconcessão, atentando-se para o fato de que o subconcessionário se sub-rogará em todos os direitos e obrigações da subconcedente dentro dos limites da subconcessão, que poderá ser outorgada de acordo com os critérios de oportunidade e conveniência estabelecidos pelo próprio subconcedente. (Certo/Errado)

17 - (2008/DFTRANS – Cargo 7) Mesmo sendo uma delegação a título precário, a rescisão de uma permissão de transporte coletivo está sujeita às regras estabelecidas pela Lei das Concessões de Serviços Públicos.

18 - (2010/CESPE/Analista/Saúde) É legal a constituição de um consórcio público cujos consorciados sejam, exclusivamente, a União e dois municípios distintos, por exemplo.

19 - (2007/Cespe – TCM-GO/AUDITOR – com adaptações) Em 2006, três municípios vizinhos, situados no estado de Goiás, constituíram, na forma estabelecida na legislação civil, um consórcio público para a realização de objetivos e interesses comuns e para a prestação de serviços na área de saúde. Por disposição expressa da lei federal que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos, o mencionado consórcio integra a administração indireta dos três municípios consorciados.

20 - (2007/Cespe – TJ-TO/JUIZ) Os consórcios públicos são acordos firmados por entidades públicas de qualquer espécie, ou entre estas e organizações particulares, para a realização de objetivos de interesse comum dos partícipes. (Certo/Errado)

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AGORA É HORA DE MARCAR O GABARITO

1 (C) (E) (SR) 13 (C) (E) (SR)

2 (C) (E) (SR) 14 (C) (E) (SR)

3 (C) (E) (SR) 15 (C) (E) (SR)

4 (C) (E) (SR) 16 (C) (E) (SR)

5 (C) (E) (SR) 17 (C) (E) (SR)

6 (C) (E) (SR) 18 (C) (E) (SR)

7 (C) (E) (SR) 19 (C) (E) (SR)

8 (C) (E) (SR) 20 (C) (E) (SR)

9 (C) (E) (SR)

10 (C) (E) (SR)

11 (C) (E) (SR)

12 (C) (E) (SR)

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CONFERE, AGORA, O RESULTADO:

1 (C) (E) (SR) 13 (C) (E) (SR)

2 (C) (E) (SR) 14 (C) (E) (SR)

3 (C) (E) (SR) 15 (C) (E) (SR)

4 (C) (E) (SR) 16 (C) (E) (SR)

5 (C) (E) (SR) 17 (C) (E) (SR)

6 LETRA B 18 (C) (E) (SR)

7 (C) (E) (SR) 19 (C) (E) (SR)

8 (C) (E) (SR) 20 (C) (E) (SR)

9 (C) (E) (SR)

10 (C) (E) (SR)

11 (C) (E) (SR)

12 (C) (E) (SR)

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QUESTÕES COMENTADAS 1 - (2010/CESPE/INSS/Médico) O serviço público, ao ser

concedido ao particular, que o executa por sua conta e risco, remunerando-se por tarifas, passa a caracterizar-se como sendo privado.

1- GA BARITO: ERRADO

TEMA: SERVIÇOS – CONCEITO – TITULARIDADE x EXERCÍCIO

COMENTARIOS

Vamos começar do começo...

Nossos eternos mestres, Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino, ensinam que, no Brasil, segundo entendimento doutrinário dominante, a atividade em si não permite decidirmos se um serviço é ou não público, uma vez que há atividades essenciais, como a educação, que são exploradas por particulares sem regime de delegação, e há serviços totalmente dispensáveis, a exemplo das loterias, que são prestados pelo Estado como serviço público.

O Direito Administrativo não é um dos mais digeríveis, tragáveis (não é cigarro!☺), em época de concursos públicos, especialmente em razão de sua não total codificação, distintamente das matérias de Direito Constitucional, de Direito Penal, de Civil etc. Por exemplo, a Constituição Federal e sequer quaisquer normas infraconstitucionais trazem o conceito do que é serviço público.

No entanto, hoje, pode-se afirmar que o serviço público não conta com um conceito tão-somente doutrinário, isso porque, na esfera federal, o Decreto n. 6.017/2007 traz a seguinte definição (art. 2º, inc. XIV): “atividade ou comodidade material fruível diretamente pelo usuário, que possa ser remunerado por meio de taxa ou preço público, inclusive tarifa”.

Obviamente, os vários pontos lacunosos (não-codificados) do direito administrativo não devem ser levados para o lado negativo. Devemos sim utilizá-los como um diferencial, pois nem todos têm acesso às informações. O que, sinceramente, esperamos ser uma vantagem, tratando-se de Direito Administrativo.

Na verdade, pouco importa se a doutrina não caminha em uma única direção e se a jurisprudência é discordante, o que vale é o pensamento das bancas, e, nesse ponto da disciplina (serviços públicos), as bancas costumam ser bem literais.

Com base na leitura, chegamos à conclusão de não há mesmo definição infraconstitucional ou constitucional para serviços públicos.

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Nesse instante, a cabeça do concursando pupila, pulsa, lampeja: onde então encontrar a definição de serviços públicos? (In) felizmente é essencialmente doutrinário, como quase todo o direito administrativo, ressalvas feitas ao Decreto n. 6.017/2007.

Bom, antes de apresentarmos os critérios doutrinários para a definição de serviços públicos, que tal explorarmos juntos alguns detalhes constitucional e legal, sobre a disciplina.

Como sabemos, é do “tronco” Constitucional de onde brotam todas as sementes dos demais ramos do Direito. Costumamos, inclusive, exigir dos amigos alunos um estudo mais detido da disciplina Direito Constitucional, hábil instrumento para acertarmos questões de Administração Financeira, de Direito Penal, de Direito Civil, e, como não poderia deixar de ser, de Direito Administrativo.

De início, encontramos dois grandes diplomas que preveem o assunto “serviços públicos”. O primeiro deles é nossa Carta Constitucional, mais precisamente no art. 175. O segundo, a Lei n. 8.987/1995 (Lei de Concessões de Serviços Públicos), a qual traça, indica, enumera, AS REGRAS GERAIS em matéria de concessões e de permissões de serviços públicos, sem que, no entanto, seja apresentada qualquer conceituação para serviços públicos, como já tivemos oportunidade de aprender.

Ah! Só um detalhe, entre muitos a serem apresentados. Apesar de nacional, a Lei de Concessões (a 8.987) não se aplica aos serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens, como determina o art. 41 da Lei.

Cabe aqui um breve parêntese. Ao se falar em regras gerais, é importante ter em mente o conceito da aula de licitações, vale relembrar, norma editada pela União (art. 22, inc. XXVII, da CF/1988), porém, válida para todos os entes políticos (a própria União, estados, Distrito Federal, e municípios) – norma Nacional ou geral, como costuma pontuar a doutrina.

Em livro de Licitações e Contratos, publicado pela Ed. Campus, houve o esmiuçamento do alcance da Lei n. 8.666/1993 e o posicionamento do STF a respeito. Ah! Recomendo a leitura da obra, isso porque dizem, por aí, que os autores são feras, por que será? São eles: Cyonil Borges e Sandro Bernardes ☺.

Dentro de um critério formal (tranquilidade... abaixo comentarei quais os critérios de definição de serviços públicos), a Constituição dispõe que o Estado é titular dos serviços públicos (sem abrir qualquer exceção), no entanto, a prestação, a execução deles, não precisa ser necessariamente direta, ou seja, não há necessidade de o Estado utilizar do próprio aparato, órgãos, instrumentos, ou agentes.

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Em outros termos, a prestação pode, ainda, ser indireta, sendo neste último caso viabilizada por meio de concessão ou de permissão, sempre (e sempre!) precedidas de licitação. Abaixo, vejamos o dispositivo Constitucional correspondente:

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

Parágrafo único. A lei disporá sobre:

I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;

II - os direitos dos usuários;

III - política tarifária;

IV - a obrigação de manter serviço adequado.

Da leitura do artigo, podemos extrair algumas conclusões.

A primeira é a de que a menção a Poder Público inclui tanto a Administração Direta como Indireta. Alguém duvida que a Empresa de Correios e Telégrafos é prestadora de serviços públicos, embora detenha a natureza de empresa pública, enfim, entidade da Administração Indireta? Mas, obviamente, frisamos que, tratando-se de entidades da Administração Indireta, o Estado outorga os serviços públicos mediante lei. Com outras palavras, a prestação continua sendo DIRETA, porém, com a participação da Administração INDIRETA.

Nota: só a título de lembrança, na outorga (prestação direta), a descentralização dos serviços ocorre mediante lei, transferindo-se a titularidade e a execução; enquanto na delegação (prestação indireta), procedida por ato ou contrato, transfere-se apenas a execução.

A segunda conclusão (extraída implicitamente) é a de que, além da concessão e da permissão, perceberemos que o Estado pode prestar indiretamente serviços mediante autorização de serviços públicos, sem previsão, obviamente, no art. 175, mas sim conforme disposto no art. 21, inc. XII, da Constituição.

Assinalamos, de antemão, que as autorizações de serviços públicos são formalizadas por ato administrativo e não contratos administrativos, como são as concessões e as permissões de serviços públicos. Além disso, a CF/1988 dispõe que apenas as concessões e as permissões é que serão precedidas de licitação, ou seja, as autorizações dispensam procedimento prévio de licitação, de uma forma geral.

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Bom, as exposições até agora colocadas são suficiente para gabaritarmos o item: não é por que o serviço foi delegado a um particular, no item, concedido, que este (o serviço público) passa a ser privado. Não passa. Como dissemos, delega-se a execução, mas não a titularidade dos serviços públicos. ERRADO, portanto.

Ah – o particular que é concessionário passa a ser remunerado por tarifas públicas, mesmo, que é espécie de preço público (controlado pelo Estado). Não por taxas. Mas falaremos sobre isso mais adiante, em outras questões.

2 - (2010/CESPE/INSS/Médico) Os serviços públicos propriamente ditos são aqueles em que a administração pública, reconhecendo sua conveniência para os membros da coletividade, presta-os diretamente ou permite que sejam prestados por terceiros, nas condições regulamentadas e sob seu controle.

2 - GABARITO: ERRADO

TEMA: SERVIÇOS – CONCEITO

COMENTARIOS

Neste item, o CESPE se valeu de um conceito doutrinário. Vejamos.

Os serviços de utilidade pública são os serviços que a Administração, reconhecendo sua conveniência, MAS NÃO SUA NECESSIDADE E ESSENCIALIDADE, ou presta-os diretamente à sociedade ou delega sua prestação a terceiros (p. ex: concessionários, permissionários e autorizatários). São exemplos de serviços de utilidade pública: transporte coletivo, energia elétrica, telefonia etc.

Ah! Ao lado de serviços públicos privativos do Estado (art. 21, XI e XII, por exemplo), prestados direta ou indiretamente (concessão, permissão, e autorização), em que se pressupõe o uso de atos de império, destacam-se os serviços públicos não-privativos. Vale dizer, aos particulares é lícito o desempenho de tais serviços, independentemente de delegação do Poder Público, por meio dos instrumentos contratuais (permissão e concessão) ou atos administrativos (autorizações).

O amigo se questiona: quais são esses serviços? Conforme o texto constitucional, podemos citar, pelo menos, quatro serviços em que o Estado não detém a titularidade para prestação: educação, previdência social, assistência social, e saúde. Apenas para ilustrar, vejamos o último caso:

- Saúde:

Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

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No caso de serviços de saúde prestados por particular não se fala em delegação, mas de outros requisitos estabelecidos em leis específicas, o que não vem ao caso para a preparação em concursos públicos de uma forma geral.

Observa-se que, embora não sejam serviços delegados pelo Estado, ficam sujeitos por este ao rigor do controle, por meio do exercício regular do poder de polícia administrativa. Há, inclusive, agência reguladora federal com competência para tanto, a ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Por fim, os serviços próprios e impróprios. Na visão de parte da doutrina administrativista (exemplo da Maria Sylvia), serviços próprios são aqueles que, atendendo a necessidades coletivas, o Estado assume como seus e os executa diretamente (por meio de seus agentes) ou indiretamente (por meio de concessionários e permissionários).

Já os impróprios, embora atendam necessidades coletivas, não são de titularidade do Estado e nem por ele executados, porém, não fogem da proteção do Estado no uso Poder de Polícia, enfim, devem ser autorizados, regulamentados, e fiscalizados, não passam, portanto, de verdadeiras atividades privadas.

Inclusive, por esse motivo, parte da doutrina sequer os reconhece como serviço público em sentido jurídico, são exemplos: serviços prestados por instituições financeiras e os de seguro e previdência privada.

Essa última classificação no clássico livro do Hely Lopes Meirelles aparece como serviços públicos autorizados: serviços de táxi, de despachantes, de pavimentação de ruas por conta dos moradores, de guarda particular de estabelecimentos e de residências.

Em concursos públicos não existem verdades absolutas! O Cespe, para esta classificação, pautou-se nos ensinamentos do autor Hely Lopes, para quem os serviços Públicos PRÓPRIOS são os serviços públicos “propriamente ditos”, ou seja, aqueles prestados diretamente pela Administração à própria comunidade, por reconhecer serem essenciais e necessários à sobrevivência da coletividade e do próprio Estado. Por serem considerados próprios do Estado, só por este podem ser prestados, sem possibilidade de delegação a terceiros. São exemplos de tais tipos de serviço: a defesa nacional e a atividade policial. Assim, nosso item está ERRADO, pois, em conformidade com a doutrina do mestre, serviços públicos, PROPRIAMENTE DITOS, não podem ser executados por particulares.

Já os serviços de utilidade pública (IMPRÓPRIOS) são os serviços que a Administração, reconhecendo sua conveniência, MAS NÃO A SUA NECESSIDADE E ESSENCIALIDADE, presta-os

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diretamente à sociedade ou delega sua prestação a terceiros (p. ex: concessionários, permissionários e autorizatários).

Ressaltamos que, em qualquer caso, as condições de prestação e o controle são sempre do Poder Público, embora o risco da atividade possa ser assumido pelos prestadores do serviço, os quais serão remunerados pelos usuários. São exemplos de serviços de utilidade pública: transporte coletivo, ENERGIA ELÉTRICA, telefonia, etc.

O mais difícil não é fazer o concurso público, em si, é ainda ter de contar com a boa-vontade do examinador em adotar entendimentos unânimes ou, pelo menos, majoritários na doutrina ou na jurisprudência. Mais tudo bem, vamos fazer nosso papel – passarmos logo no concurso! Por exemplo: na visão do Cespe, energia elétrica é serviço público impróprios, porque podem ser delegados; na visão da Esaf, energia elétrica é serviço próprio, porque o Estado é titular. Durma-se com um barulho desses!

3 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) A delegação ocorre quando a entidade da administração, encarregada de executar um ou mais serviços, distribui competências no âmbito da própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços.

3 - GABARITO: ERRADO

TEMA: SERVIÇOS PÚBLICOS x ADM. PÚB.

COMENTARIOS

Sinteticamente: este tema é mais da aula de Administração Pública do que de serviços. Na verdade, na DESCONCENTRAÇÃO o que ocorre é a distribuição INTERNA de competências. Esse o erro do item.

4 - (2010/CESPE/INSS/Médico) A delegação do serviço público pode ser feita sob as modalidades de concessão, permissão e autorização.

4 - GABARITO: CERTO

TEMA: SERVIÇOS – DELEGAÇÃO – MODALIDADES

COMENTARIOS

Aqui é só para “firmar” o que foi dito no item 1: é possível que a delegação de serviços públicos seja objeto de autorização, além da concessão e permissão. Apesar da crítica doutrinária de alguns autores quanto à autorização, o Cespe entende assim. E se a instituição acha isso, nós também acharemos, pelo menos até passar na prova...

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5 - (2010/CESPE/ANEEL/Analista) - Aplica-se ao serviço público o princípio da mutabilidade do regime jurídico, segundo o qual é possível a ocorrência de mudanças no regime de execução do serviço para adequá-lo ao interesse público, que pode sofrer mudanças com o decurso do tempo.

5 - CORRETO.

TEMA: SERVIÇOS – PRINCÍPIOS-

COMENTARIOS

Um monte de gente errou esse item na prova da ANEEL esse ano, por não ter ouvido falar desse princípio: a mutabilidade do regime jurídico.

Bom, primeiro, relembremos o que é regime jurídico. Depois, falemos sobre mutabilidade.

Regime jurídico é um conjunto de normas aplicável a uma situação específica. No que se refere aos serviços públicos, o regime jurídico predominante é o Direito Público, claro.

O que o examinador quer dizer com mutabilidade do regime jurídico é que o serviço público não é “petrificado” com as normas que o regem. Pode ser que tenham de ser promovidas alterações normativas, para adequação da prestação dos serviços públicos. Daí, o acerto da questão. Mas vamos aproveitar o item para destacar os princípios que constam do art. 6º da Lei 8.987/1995, nossa lei geral de concessões e permissões de serviços públicos.

Como se sabe, por serem destinados à coletividade, os serviços públicos sob a incumbência do Estado ou de seus agentes delegatários (concessionárias e permissionárias, por exemplo) devem ser prestados com observância de determinados padrões, enfim, o serviço público prestado aos usuários, aos cidadãos, deve ser adequado.

A doutrina, em tradução aos requisitos do serviço adequado (art. 6º da Lei n. 8.987/1995 – Lei das Concessões de Serviços Públicos), costuma apontar múltiplos princípios inerentes à prestação dos serviços públicos. São eles:

- Continuidade

Também denominado de Princípio da Permanência, é um forte item de prova. O Princípio da Continuidade estabelece que os serviços públicos não podem sofrer interrupção indevida. Ou seja, não devem sofrer solução de continuidade em sua prestação, a não ser em razão de situações excepcionais.

Nesse sentido, não caracteriza descontinuidade a interrupção da prestação do serviço:

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Em razão de situação emergencial, e

No caso de interrupção, APÓS AVISO PRÉVIO, quando:

a) motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e

b) por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.

Veremos, mais à frente, que, em nome do princípio da continuidade, é permitido ao Estado o resgate (encampação ou retomada) do serviço público concedido, com vistas ao atendimento do interesse da coletividade.

A partir da leitura, podemos verificar que os serviços podem ser interrompidos em caso de inadimplência, com um detalhe: o corte de energia elétrica pressupõe o inadimplemento de conta relativa ao mês do consumo, sendo inviável a suspensão do abastecimento, em razão de débitos antigos, como entende o STJ (Resp 865.841):

Não é lícito à concessionária interromper o fornecimento de energia elétrica por diferença de tarifa, a título de recuperação de consumo de meses, em face da essencialidade do serviço, posto bem indispensável à vida.

É que resta cediço que a 'suspensão no fornecimento de energia elétrica somente é permitida quando se tratar de inadimplemento de conta regular, relativa ao mês do consumo, restando incabível tal conduta quando for relativa a débitos antigos não-pagos, em que há os meios ordinários de cobrança, sob pena de infringência ao disposto no art. 42 do Código de Defesa do Consumidor.

Cumpre observar que a vedação da suspensão dos serviços não diz respeito, obviamente, ao desvio do serviço de forma fraudulenta (o vulgo “gato”). Ressalte-se que o débito decorrente de suposta fraude no medidor não pode ser apurada unilateralmente pela concessionária, sob pena de ser ilegítima a suspensão do fornecimento, pelo fato de não se garantir ao usuário o exercício da ampla defesa e do contraditório.

Já em termos doutrinários, o amigo concursando deve saber distinguir serviços compulsórios de serviços facultativos. Compulsório? Facultativo? Que isso quer dizer?

Facultativos são os serviços prestados pelas concessionárias e pelas permissionárias. São os serviços regidos pela Lei n. 8.987/1995, em que a remuneração é formalizada por TARIFA (o cidadão usa se e quando quiser). Nesse caso, como vimos (§3 do art. 6º da Lei n. 8.987/1995), a concessionária pode suspender a

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prestação do serviço. Esse é o entendimento do STJ, inclusive (RESP 510478-PB).

Enquanto isso, os serviços compulsórios, impostos de forma coercitiva pelo Estado e cobrados mediante TAXA (exemplo: taxa de incêndio, taxa judiciária), não poderão sofrer solução de continuidade, pois a Fazenda Pública conta com instrumentos hábeis de cobrança, como a inscrição em dívida ativa para futura execução do devedor.

Nesse contexto, pergunta-se: é possível o corte do fornecimento de água? Sim, é possível. O Supremo Tribunal Federal – STF sinalizou que a cobrança de água pode ser formalizada por preço público, logo, não tem caráter tributário. Sendo assim fixado por Decreto do Poder Concedente, admitindo-se a interrupção em virtude do inadimplemento do usuário, nos termos do §3º do art. 6º da Lei n. 8.987/1995.

Para afastar quaisquer dúvidas, ressaltamos que o entendimento do STF é acompanhado pelo Superior Tribunal de Justiça em diversos julgados (RESP 363.943-MG e RESP 337.965-MG, por exemplo).

E como fica o inadimplemento das pessoas jurídicas de Direito Público?

No Recurso Especial 649746. o Superior Tribunal de Justiça – STJ entendeu que, tratando-se de pessoa jurídica de direito público, prevalece nesta Corte a tese de que o corte de energia é possível (Lei 9.427/96, art. 17, parágrafo único), desde que não aconteça indiscriminadamente, preservando-se as unidades públicas essenciais, como hospitais, pronto-socorros, escolas e creches.

Assim, seria lícito à concessionária interromper o fornecimento de energia elétrica se, após aviso prévio, determinado Município devedor não solvesse a dívida oriunda de contas geradas pelo consumo de energia. Entretanto, para que não seja considerado ilegítimo, o corte não pode ocorrer de maneira indiscriminada.

Fica o recado:

- De acordo com o REsp 594095, o STJ é legal o corte da energia, desde que não sejam atingidas áreas cujo corte de energia possa acarretar perigo à segurança da população ou demasiado prejuízo à coletividade, tais como delegacias, ruas, hospitais e escolas públicas. É bom o TCU ficar de olho e pagar regularmente suas contas ☺.

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- No RE 649746, a suspensão do fornecimento de energia elétrica de alguns trechos de ruas e não de um bairro ou todo o município, não se qualifica como suspensão indiscriminada.

- Generalidade

Por força dos princípios da generalidade, da igualdade, da universalidade, os serviços públicos devem ser prestados, sem qualquer discriminação, a todos que satisfaçam as condições para sua obtenção, sendo imprescindível a observância de um padrão uniforme em relação aos administrados.

Nota-se, assim, um duplo sentido quanto ao princípio. De um lado, os serviços públicos devem ser prestados ao maior número possível de usuários, é dizer, deve ter o máximo de amplitude.

Por outro lado, a prestação de serviço público não deve conter discriminações, quando, é claro, as condições entre os usuários sejam técnica e juridicamente equivalentes. Afinal, como já dizia Aristóteles, devemos tratar os iguais na medida de suas igualdades e os desiguais à medida que se desigualam.

– Atualidade

Os serviços públicos devem ser continuamente atualizados, assimilando novas tecnologias e tendências, evitando-se, assim, a obsolescência. A doutrina costuma denominá-lo, ainda, de princípio do aperfeiçoamento ou da adaptabilidade.

Tal requisito guarda estreita relação com o princípio da eficiência, como se vê, mas com ele não se confunde. Dos requisitos de serviço adequado é o único que tem definição na Lei n. 8.987/1995!

Percebemos, claramente, que a atualidade vem a ser uma das aplicações do princípio da eficiência, no sentido de que o progresso da qualidade das prestações ao usuário deve ser considerado como um dos direitos do cidadão, de modo que o Estado, ao assumir um serviço como público, impõe-se também correlato dever de zelar pelo seu aperfeiçoamento, para que os frutos da ciência e da tecnologia sejam distribuídos.

– Modicidade das Tarifas

O prestador do serviço público deve ser remunerado de maneira razoável. Contudo, os usuários não devem ser onerados de maneira excessiva. Nesse sentido, o Poder Público deve aferir (mensurar, medir) o poder aquisitivo dos usuários, para que estes não sejam alijados do universo de beneficiários. Inclusive, o Legislador prevê as chamadas receitas alternativas ou complementares, com o propósito de manter a tarifa cada vez mais atrativa, acessível.

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O amigo concursando, ao longo da presente aula, já teve e terá outros sinais de que a forma de remuneração das concessões ocorre por meio de tarifas, que é espécie de preço público, e não por taxas (espécie tributária). Assim, de modo geral, a tarifa deve se destinar à manutenção do serviço, bem como ao seu contínuo aperfeiçoamento, proporcionando a justa remuneração ao concessionário, de acordo com o estabelecido no contrato firmado.

Para que mantenham o equilíbrio financeiro inicialmente estabelecido, estipulado, as tarifas deverão ser revisadas periodicamente, para mais ou para menos, em razão do evento verificado (art. 9º da Lei 8.987/1995).

Voltando um pouco: o que são receitas alternativas? Vai dizer que não ficou com dúvidas?

Bom, ninguém duvida que a prestação dos serviços públicos seja pautada na modicidade da tarifa, isto é, as tarifas devem ser módicas o suficiente para permitir a inclusão de um maior número de usuários quanto à utilização do serviço concedido. Pergunta o amigo concursando: mas o que isso tem a ver com receita alternativa? Tudo, respondemos.

Para o cálculo das tarifas devem se consideradas, ainda, outras fontes provenientes de receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados que poderão ser gerados com a concessão (art. 11 da Lei). Quem nunca percebeu, por exemplo, ao longo das estradas tarifadas (Via Dutra ou Carvalho Pinto ou Bandeirantes ou qualquer rodovia tarifada), terrenos públicos sendo explorados por particulares? Isso gera receitas alternativas, em razão da exploração dos espaços comerciais, e tais valores devem ser utilizados com a finalidade de ajudar no custo do serviço, revertendo em redução da tarifa para o usuário.

Por fim, registre-se que o reajuste e revisão das tarifas são cláusulas essenciais nos contratos de concessão as que se refiram à revisão e ao reajuste das tarifas (inc. IV, art. 23), as quais, ainda, poderão ser diferenciadas em função das características técnicas e dos custos específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários (art. 13). Essa última passagem reforça a idéia de as tarifas serem diferenciadas não importa ofensa ao princípio da igualdade (da universalização), estando fora de questão, portanto, admitir-se a prestação gratuita dos serviços.

– Cortesia

Um breve parêntese. Este princípio talvez seja o que menos sentimos a presença no mundo real, não é verdade? Porém, é dever do prestador do serviço tratar com civilidade, com urbanidade, os usuários-cidadãos do serviço público, dado que sem os usuários o que seria do serviço público?

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Pode-se afirmar que o destinatário do serviço público tem o direito de ser tratado com urbanidade e cortesia, mesmo porque a prestação que lhe é ofertada não consubstancia um favor que lhe é generosamente concedido, mas se trata da consecução (execução) de um dever (encargo público – múnus público), bem como de um direito do cidadão, já afirma a doutrina.

- Segurança

Os serviços públicos devem ser prestados sem riscos ao usuário, devendo o prestador adotar as providências necessárias para minimizar estes riscos. Obviamente, essas medidas possuem uma relação de custo-benefício que deve ter em conta não só fatores econômicos, mas também a dignidade do destinatário do serviço.

– Eficiência

O Princípio, ou dever, de eficiência encontra embasamento constitucional (art. 37, caput, da CF/1988), como tivemos oportunidade de estudar. Ao se proceder a avaliações quanto à eficiência, o Poder Público poderá aperfeiçoar suas alocações de recursos, aportando recursos de maneira adequada entre o serviço a ser prestado e a demanda social.

A lista completa dos requisitos do serviço adequado está na Lei n. 8.987/1995, em seu art. 6º: regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas. E, LEMBREM-SE: serviço PÚBLICO ADEQUADO É O QUE CUMPRE COM TODOS OS PRINCÍPIOS DISPOSTOS NA LEI.

6 - (2010/CESPE/TRE-MT/Técnico) Tendo em vista os conceitos de autorização, permissão e concessão de serviço público, assinale a opção correta. A A autorização é ato administrativo vinculado por meio do qual a administração consente que o indivíduo desempenhe serviço público que não seja considerado de natureza estatal. B Permissão de serviço público é a delegação, a título precário, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. C A concessão pode ser contratada com pessoa física ou jurídica e por consórcio de empresas. D A concessão, caracterizando-se como contrato administrativo, pode ser outorgada por prazo indeterminado. E A permissão de serviço público, diferentemente da concessão, configura delegação a título precário e não exige licitação.

6 - GABARITO: LETRA B TEMA: SERVIÇOS PÚBLICOS – CLASSIFICAÇÃO

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COMENTARIOS Provas múltiplas escolhas do Cespe são raridade, mas

existem... Vamos partir direto para o comentário dos itens:

- Letra A: ERRADO. O erro desse item foi tratado na aula de atos administrativos: autorizações são atos DISCRICIONÁRIOS, de modo geral. Detalhe: tem uma esdrúxula autorização vinculada na Lei 9.472/1997, a Lei Geral de Telecomunicações. Mas como isso não cai em prova, desencanem... - Letra B: CERTO. É, basicamente, o conceito dado às permissões pelo art. 40 da Lei 8.987/1995. Notem que o item fala em “título precário” para a autorização. Com efeito, pois as permissões de serviço público, a despeito de serem contratos administrativos, podem ser revogadas. Isso que, em linhas gerais, diz respeito à precariedade citada. - Letra C: ERRADO. OPA! Concessão de serviços públicos pode ser

contratada com pessoas jurídicas ou consórcios de empresa. Todavia,

NÃO HÁ PREVISÃO LEGAL PARA QUE PESSOA FÍSICA POSSA SER

CONCESSIONÁRIA. Esse é o erro do item: dizer que pessoa física

pode ser concessionária. NÃO PODE! Basta ver o que diz a Lei

8.987, ao conceituar, no art. 2º, a concessão de serviço público:

Concessão de serviço público: a delegação de sua

prestação, feita pelo poder concedente, mediante

licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa

jurídica ou consórcio de empresas que demonstre

capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e

por prazo determinado;

Para quem não reparou, tem dois negritos destacados por nós: i) no primeiro, percebam que, de acordo com a 8.987,

concessionário de serviço público deve ser precedida de licitação na modalidade CONCORRÊNCIA. Todavia, tal concorrência tem suas peculiaridades, ou seja, normas próprias, colocadas na própria 8.987;

ii) no segundo, e é disso que trata o item, PESSOAS JURÍDICAS OU CONSÓRCIO DE EMPRESAS PODEM SER CONCESSIONÁRIOS. PESSOAS FÍSICAS NÃO PODEM SER CONCESSIONÁRIOS, CONSEQUENTEMENTE. Gravem isso, pois é importante.

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- Letra D: ERRADO. A concessão de serviços públicos não pode ter prazo indeterminado. Apesar de a 8.987 não ser muito clara quanto ao prazo máximo das concessões de serviço público, ela diz

Concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado

Concessão de serviço público, portanto, não pode ser por prazo indeterminado. - Letra E: ERRADO. Permissão também passa por licitação. Basta ver o que diz o art. 175 da CF para chegar a tal conclusão:

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos

Interessante, ainda, notar que a 8.987 é clara QUANTO À CONCESSÃO: esta passa por licitação na modalidade CONCORRÊNCIA. Já quanto à permissão, a Lei não estabelece, com clareza, qual seria a modalidade aplicável. Vejamos o conceito dado às permissões pelo art. 2º da 8.987:

IV - permissão de serviço público: a delegação, a título

precário, mediante licitação, da prestação de serviços

públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou

jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho,

por sua conta e risco.

Então, permissão passa por LICITAÇÃO, mas poderia ser por mais de uma modalidade. Já concessões de serviço passam por licitação, também, mas por CONCORRÊNCIA, em razão do conceito que vimos anteriormente.

7 - (2009/CESPE – SEFAZ/AC - FRE) As expressões serviço público centralizado e serviço público descentralizado equivalem a administração pública direta e administração pública indireta, respectivamente. (Certo/Errado)

7 - GABARITO: ERRADO TEMA: SERVIÇOS PÚBLICOS – CLASSIFICAÇÃO COMENTARIOS Como sabemos, os serviços públicos são de titularidade do

Poder Público (art. 175, CF). De sua parte, o Poder Público pode optar pela prestação direta, por entidades ou órgãos administrativos, ou indireta, por intermédio de concessionários ou permissionários.

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O serviço centralizado corresponde à Administração Direta, ou seja, aos órgãos componentes da estrutura da própria pessoa política. Já o serviço descentralizado é todo aquele em que o Poder Público transfere a titularidade e execução por lei ou, tão-somente, a execução por contrato ou ato administrativo a outras pessoas jurídicas, traduzindo-se, respectivamente, em Administração Indireta (descentralização por outorga) e em Administração por Colaboração (descentralização por delegação). Cita-se, ainda, a descentralização territorial ou geografia (hoje inexistente), em que se outorga a capacidade genérica administrativa às autarquias territoriais.

Desse modo, o item está resolvido: serviço CENTRALIZADO – Administração Direta; serviço público DESCENTRALIZADO – INDIRETA ou DELEGATÁRIOS. Logo, ERRADO o item, pois não diz que serviço descentralizado pode corresponder aos delegatários.

8 - (2009/ CESPE – ANAC – CARGO 5) A concessão de serviço público deve ser necessariamente instrumentalizada por contrato

8 - GABARITO: CERTO TEMA: SERVIÇOS PÚBLICOS – CLASSIFICAÇÃO COMENTARIOS Essa é relativamente fácil: concessões e permissões de serviço

público constituem CONTRATOS administrativos. Já as autorizações, como dissemos, são ATOS administrativos. CERTO, portanto, o item.

9 - (2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) Entre os serviços públicos classificados como individuais, pode-se citar a disponibilização de energia domiciliar.

9 - GABARITO: CERTO TEMA: SERVIÇOS PÚBLICOS – CLASSIFICAÇÃO COMENTARIOS Essa talvez seja a classificação mais “usual” em provas do

Cespe quanto a serviços públicos: individuais e coletivos. Vejamos, então, o que há de mais importante a respeito do assunto.

Esta divisão ocorre com base no alcance de destinatários. Assim, os serviços podem ser uti universi e uti singuli.

Serviços uti universi (ou gerais) são os serviços públicos prestados a grupos indeterminados de indivíduos, a toda a coletividade, não se distinguindo os potenciais usuários, portanto, serviços indivisíveis. Não é possível mensurar (medir) sua utilização pelos usuários (por cabeça), devendo ser financiados pelos impostos (quando for o caso), dado o caráter não-contraprestacional de tal tributo (exemplos: segurança pública; saúde; iluminação pública – hoje custeada mediante contribuição de iluminação pública; saneamento básico etc.).

Já os serviços uti singuli, individuais ou singulares, tema tratado no item, são os serviços que se dirigem aos destinatários individualizados, nomeados, sendo possível medir, caso a caso, quanto do serviço está

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sendo consumido, logo, são serviços medidos “por cabeça”. Quando postos em operação, geram direito ao indivíduo que se apresenta em condições técnicas adequadas ao seu recebimento na área de prestação do serviço.

Distintamente dos serviços uti universi, os uti singuli, pelo fato de admitirem mensuração individualizada, dão ensejo à cobrança de exação tributária taxa, caso o serviço seja prestado pelo Estado (caput do art. 77 do Código Tributário Nacional: “serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição”), ou tarifa (espécie do gênero preço público cobrada por particulares – p.ex.: concessionárias e permissionárias), ambas as espécies de natureza contraprestacional, aquilo que os tributaristas costumam chamar de prestações sinalagmáticas (o usuário só pode exigir a continuidade da prestação quando estiver cumprindo regularmente sua obrigação).

Outro ponto de relevo é que as taxas, pelo fato de decorrerem de lei, detêm caráter obrigatório (diz o Código Tributário – tributo é toda prestação compulsória (...) – art. 4º). Assim, embora os serviços não sejam utilizados, o administrado não tem a faculdade de não quitar o débito junto ao Estado, achando-se os serviços, por óbvio, em pleno funcionamento.

Com outras palavras, os serviços individuais caracterizam-se pela obrigatoriedade, pois o contribuinte não tem opção, porque, mesmo que dele não se utilize, é obrigado a remunerá-lo, e pela continuidade, mesmo ocorrendo a inadimplência do usuário, é dever do Estado a prestação dos serviços. Trava-se, então, entre o contribuinte e o Poder Público, uma relação administrativo-tributária, solucionada pelas regras do Direito Administrativo (Resp 460271-SP – STJ).

Por sua vez, as tarifas serão cobradas no caso de utilização efetiva de serviços públicos facultativos, como os de energia elétrica domiciliar, tal como tratado neste item, o qual, evidentemente, ESTÁ CERTO: energia elétrica domiciliar é serviço individualizado.

10 - (2010/CESPE/INCA/Advogado/Questão Adaptada) Em sua modalidade administrativa, PPP é a concessão de serviços públicos ou obras públicas que envolvam, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do poder público ao parceiro privado. Caracteriza-se, assim, pelo fato de o concessionário perceber recursos de duas fontes, uma decorrente do pagamento das respectivas tarifas, e outra, de caráter adicional, oriunda de contraprestação pecuniária devida pelo poder concedente ao particular contratado.

10 - GABARITO: ERRADO TEMA: SERVIÇOS PÚBLICOS – CLASSIFICAÇÃO COMENTARIOS

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Essa questão é mais desencargo de consciência do que qualquer outra coisa: particularmente, vemos pouca probabilidade de cair Parcerias Público-Privadas em provas do Tribunal, sobretudo questões que envolvam maior complexidade. Mas vamos explorar, teoricamente, esse prazeroso assunto – as PPP, em seus conceitos mais básicos, que serão suficientes para resolvermos o item.

A ementa da Lei da PPP, a Lei 11.079/2005, estabelece: “Institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública”, o que vem a ser confirmado pelo art. 1º da Lei:

Art. 1o Esta Lei institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Parágrafo único. Esta Lei se aplica aos órgãos da Administração Pública direta, aos fundos especiais, às autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas, às sociedades de economia mista e às demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Todavia, pedimos a atenção dos amigos para não efetuar uma leitura apressada da norma, pois, se assim procedermos, seríamos levados a considerar toda a Lei da PPP como sendo norma geral, não é?

Mas isso não corresponde à verdade, pelo menos em termos absolutos, pois existem dispositivos aplicados apenas à União, isto é, a Lei da PPP é híbrida, parte nacional, parte federal, como podemos perceber no capítulo VI da referida norma (“disposições aplicáveis à União”). Exemplo:

Art. 22. A União somente poderá contratar parceria público-privada quando a soma das despesas de caráter continuado derivadas do conjunto das parcerias já contratadas não tiver excedido, no ano anterior, a 1% (um por cento) da receita corrente líquida do exercício, e as despesas anuais dos contratos vigentes, nos 10 (dez) anos subseqüentes, não excedam a 1% (um por cento) da receita corrente líquida projetada para os respectivos exercícios.

No art. 15 da Lei, há a disposição de competência dos Ministérios e das Agências Reguladoras submeterem o edital de licitação ao órgão gestor, proceder à licitação etc. Detêm, ainda, a atribuição de encaminhar, com periodicidade semestral, relatórios

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circunstanciados acerca da execução dos contratos de PPP. Portanto, mais uma norma válida (adstrita) para União.

Por fim, no art. 25 da Lei da PPP, há o estabelecimento de competência da Secretaria do Tesouro Nacional para a edição de normas gerais relativas à consolidação das contas públicas aplicáveis aos contratos de parceria público-privada.

Em síntese: a Lei da PPP é mista, havendo dispositivos aplicáveis tão somente à União.

Conforme os §§1º e 2º do art. 2º da Lei n. 11.079/2004, percebemos duas modalidades de PPP: patrocinada e administrativa.

A patrocinada não oferece problemas, afinal, o próprio nome já denuncia seu significado: é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas simples (regida pela Lei n. 8.987/1995), com cobrança de tarifas, e ADIÇÃO da contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado (TARIFA + CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA). Ou seja: há uma espécie de PATROCÍNIO por parte do poder público concedente.

Noutras palavras: se não houver contraprestação do Poder Concedente, teremos uma concessão COMUM (leia-se: regida pela Lei n. 8.987/1995).

Já a PPP concessão administrativa refere-se a contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.

Uma dúvida que ronda os amigos concursandos: usuária direta, indireta, o que isso representa?

Imaginem. Serviços prestados em um presídio, pergunta-se: a população é usuária direta? Não, o Estado usa do serviço diretamente, sendo sentido apenas indiretamente pelos cidadãos.

Agora. Serviços prestados em Hospital à população. Nesse caso, a população recebe-os diretamente, sendo indiretamente prestados ao Estado.

Em outros termos, se os serviços são internos à Administração, o Estado é usuário direto; agora, se de efeitos externos, o Estado é usuário indireto do serviço prestado. Tudo é uma questão de ponto referencial, como dizia Newton.

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Pois bem. Retomemos agora o item. Basta ler a parte inicial para concluirmos que está ERRADO: Em sua modalidade administrativa, PPP é a concessão de serviços públicos ou obras públicas que envolvam, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do poder público ao parceiro privado.

Ora, essa modalidade de PPP não é a administrativa. É a PATROCINADA. Mais uma vez: essa questão é mero desencargo de consciência, uma vez que nunca caiu em prova questões a respeito de PPP em provas para auditor do TCU. Mas ficam aí os registros.

11 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) A natureza jurídica da remuneração dos serviços de água e esgoto prestados por concessionária de serviço público é de tarifa ou preço público.

11 - GABARITO: CERTO COMENTARIOS Taxa?! Concessionárias cobram tarifas, daí a incorreção da

alternativa. Por oportuno, deixamos registrado a decisão do STF que tratou do assunto:

“O quantitativo cobrado dos usuários das redes de água e esgoto é tido como preço público. Precedentes.” (RE 544.289-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 26-5-09, 1ª Turma, DJE de 19-6-09)

Simbora para o próximo item.

12 - (2010/CESPE/INSS/Médico) A permissão é discricionária e precária, embora possam esses atributos ser mitigados em certos casos, diante do interesse administrativo.

12 - GABARITO: CERTO TEMA: SERVIÇOS – PERMISSÃO COMENTARIOS Inicialmente, notem que a questão não fala de permissão de

serviços públicos. Fala tão só PERMISSÃO. Nesse sentido, lembremos o que dissemos na aula de atos administrativos: PERMISSÕES DE USO DE BEM PÚBLICO SÃO ATOS ADMINISTRATIVOS. A luz dessa informação, vamos a uma breve exposição teórica.

A doutrina costumava conceituar a permissão como o ato administrativo unilateral, discricionário e precário, gratuito ou oneroso, pelo qual a Administração Pública faculta ao particular a execução de serviço público ou a utilização privativa de bem público.

Todavia, após a edição da Lei n. 8.987/1995, a definição ganhou novos contornos, isso porque, de acordo com o art. 40 da Lei, a permissão de SERVIÇO PÚBLICO será formalizada mediante CONTRATO ADMINISTRATIVO DENOMINADO “DE ADESÃO”, que observará os

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termos da Lei n. 8.987/1995 e as demais normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo Poder Concedente.

Portanto, depreende-se que existem, pelo menos, dois tipos de permissões:

As formalizadas por atos administrativos (utilização privativa de bem público), e

As instrumentalizadas por contrato de adesão (execução de serviço público).

Por relevante, aponte-se a imprecisão terminológica do dispositivo no que se refere à “revogabilidade” unilateral do contrato. Amigos, não seria mais adequado o uso do termo rescisão unilateral? Sim, afinal de contas contratos são rescindidos, sendo a revogabilidade instituto inerente a atos administrativos. Mas, tratando-se de concurso, sejam “decoradores” e não muito críticos. Assim, fixem: é possível a revogação do contrato de permissão, ante o que dispõe a Lei n. 8.987/1995.

O conceito legal de permissão de serviços públicos é dado pelo inc. IV do art. 2º da Lei n. 8.987/1995, a saber: a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.

Da leitura do conceito, a cabeça do amigo palpita: qual será a diferença entre permissão e concessão?

Informamos que, embora o STF tenha afastado qualquer distinção conceitual (ADin 1.491/98 – DF), a doutrina costuma apontar para os seguintes itens, e que nos serve “como uma luva” a título de concurso, vejamos:

- Quanto ao executor do serviço público: na concessão, o contrato só pode ser firmado com pessoa jurídica ou consórcio de empresas; na permissão, com pessoa física ou pessoa jurídica. Conclui-se, portanto, que não há concessão para pessoa física, ou permissão para consórcio de empresas;

- Quanto à precariedade: a permissão é dotada de precariedade, característica não encontrada na concessão. Por conseguinte, a permissão é passível de revogação (mesmo sendo contrato); a concessão, não.

Especificamente quanto ao item, destaque-se que as permissões, a despeito de serem revogáveis, podem ser condicionadas, ou seja, dada desde que o permissionário atenda determinados requisitos, como, por exemplo, no caso de permissão de uso de bem público, para colocar um bar na praia de São Luís do Maranhão (terra do Sandro...) o sujeito terá de limpar o terreno, mantê-lo limpo, fazer um banheiro, etc.

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Detalhe: este item possui um problema em sua formulação – não esclarece se trata de permissão de SERVIÇO PÚBLICO ou de USO DE BEM PÚBLICO. Se os amigos não repararam, o item é exatamente o conceito antigo dado às permissões pela doutrina: discricionários e precárias. Todavia, HOJE, não podemos dizer que as permissões DE SERVIÇOS PÚBLICOS são discricionárias, uma vez que passarão por licitação. Daí, o concessionário será, necessariamente, aquele que vencer a licitação. Só, parceiro, que se não fizer recurso contra o item, e caberia, por ser dúbio, o gabarito será mantido. Assim, pós-prova, se for o caso, recorram, não deixem por menos, se a banca não for clara na construção do assunto, ok?

13 - (2010/CESPE/AGU/Administrativo/Cargo 3) Segundo a CF, o serviço público de distribuição de gás canalizado é privativo da União.

13 - GABARITO: ERRADO TEMA: SERVIÇOS – REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS - GÁS COMENTARIOS Essa é um dos itens mais “clássicos” em provas do Cespe, no

que se refere a serviços públicos e repartição de competências dos entes federativos: quem é que tem competência para prestar (distribuir) gás canalizado. Como já nos é costumeiro, vamos “enveredar” pelo assunto principal do item: as competências materialmente estabelecidas no texto constitucional aos entes federados, no que diz respeito à prestação de serviços públicos.

De pronto, em resgate ao Direito Constitucional, relembre-se que a repartição de competências segue o princípio da predominância do interesse. EITA! QUE PALAVRÃO É ESSE? Calma, é simples.

A União tem competência para assuntos de interesse Nacional; os estados, de interesse regional; os municípios, de interesse local; e o Distrito Federal (em razão de seu hibridismo), cumulativa ou múltipla (Local + Regional).

Assim, constitucionalmente, compete privativamente:

- À União a prestação de serviços de telecomunicações, de energia elétrica, de transporte interestadual ou internacional, de radiodifusão sonora e de imagens etc. (competência enumerada).

- Aos estados, os serviços de interesse regional. Aqui destacamos que os serviços do Estado são achados por exclusão, ou seja, de forma residual ou remanescente, à exceção do serviço de gás canalizado (competência enumerada, nesse ponto) e dos prestados nas Regiões Metropolitanas, nas Aglomerações Urbanas, e nas Microrregiões, de acordo com Lei Complementar, veja o que estabelece o §3º do art. 25:

§ 3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e

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microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

O que quer significar competência remanescente? Vamos à explicação. Responda rápido: a quem compete prestar serviços de transporte coletivo intermunicipal?

União? Não, porque à União competem os serviços de natureza interestadual ou internacional.

Municípios? Não, porque são responsáveis pelos serviços intramunicipais, regra geral. Logo, em razão do resíduo, do que sobra, a competência só pode ser do Estado.

Alerto que existem serviços intramunicipais também de competência dos Estados. Por exemplo: o Metrô de São Paulo é uma Sociedade de Economia Mista prestadora de serviço público de transporte urbano coletivo, porém, do Estado de São Paulo e não do Município. É do Estado porque é uma Companhia METROPOLITANA. Como vimos, cabe ao Estado a organização dos serviços situados nas regiões metropolitanas, nos termos do §3º do art. 25 da CF/1988. Antes de falarmos dos municípios, reitere-se que o serviço de gás canalizado é competência dos ESTADOS, não da União. Então, o item está ERRADO. Agora sim, vamos falar dos municípios.

- Aos municípios, os serviços de transporte coletivo urbano (leia-se: intramunicipais); ensino infantil e fundamental; funerários. Esse último serviço (o funerário) é legal lembrar só em dias de prova ☺, com o destaque que não estão constantes do texto constitucional, evidencia de que a enumeração dos serviços na CF/1988 é meramente exemplificativa (não é exaustiva) para os municípios e Estados, assim podem os entes federados criar outros serviços, em observância, é claro, ao princípio da predominância do interesse.

- Ao Distrito Federal, os serviços de competência dos Estados e dos municípios, em razão da competência cumulativa ou múltipla. No entanto, nem todos os serviços de competência Estadual são de atribuição Distrital. Vamos à leitura do art. 21, incisos XIII e XIV, da CF/1988:

XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;

XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;

Perceberam? Isso mesmo, nem todos os serviços dos Estados são de competência do Distrito Federal. Isso já até caiu em prova do TCU. Uma “galera” se deu mal no item, pois não lembrou que tem coisas que os

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Estados fazem e que o DF não faz. Exemplo: serviços de manutenção de ordem pública, prestados pela polícia militar do DF, que, na realidade, é da União, mas atua no DF. O examinador é maldoso... Lembrem disso.

Até aqui tivemos contato com a competência privativa quanto à prestação de serviços públicos. Porém, não só de competência privativa executam-se serviços públicos.

É oportuno registrarmos que o Legislador Constituinte também previu a execução comum (competência comum) pelos Entes Políticos de determinados serviços públicos, exatamente segundo disposto no art. 23 da CF/1988: É competência comum da União, do Distrito Federal, e dos Municípios.

De acordo com a doutrina, a competência comum é de natureza administrativa e, diga-se de passagem, garantidora do exercício concomitante por todos os Entes Federados, de tal sorte que os serviços públicos serão prestados (executados) de forma paralela, em condições de igualdade, sem nenhuma relação de subordinação, em síntese, a atuação (ou omissão) de um não impossibilita a atuação do outro. O exercício da competência comum não está sujeito à regulamentação do serviço publico exclusivamente pela esfera federativa de nível mais elevado.

Continuemos.

Dos serviços decorrentes da competência comum, podem ser citados:

I - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;

XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

Por fim, chame-se a atenção do amigo concursando para recente alteração pela Emenda Constitucional n. 53/2006. Houve a inserção de leis complementares (plural) no lugar de lei complementar (singular) no parágrafo único do art. 23 da CF/1988, com o propósito de se evitar conflitos no âmbito da competência comum ou, mesmo, evitar a prestação duplicada. Vejamos a nova redação:

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Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.

Finalmente, observe-se que a competência comum não importa subordinação entre os diferentes entes federativos, ou seja, não pode o ente de nível mais elevado regular os serviços de forma compulsória para os demais.

14 - (2010/CESPE/Analista/Saúde) Compete à União explorar diretamente, na forma da lei, ou mediante concessão, os serviços de gás canalizado.

14 - GABARITO: ERRADO COMENTARIOS Mera fixação: gás canalizado é competência dos ESTADOS

MEMBROS, não da União.

15 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) Com o advento do termo contratual tem-se de rigor a reversão da concessão e a imediata assunção do serviço pelo poder concedente, incluindo a ocupação e a utilização das instalações e dos bens reversíveis.

15 - GABARITO: CERTO COMENTARIOS Opa! Caminhamos para a extinção dos contratos

administrativos.

Diversas são as formas de extinção das concessões, de acordo com a Lei n. 8.987/1995. Para a felicidade de todos e para o bem geral dessa nação de concursandos, comentaremos, uma a uma, as hipóteses de desfazimento contratual.

A primeira delas é o Advento do Termo Final, que o assunto do item. É certamente a forma mais natural de extinção da concessão. É conhecida, doutrinariamente, como reversão da concessão. É bem simples: ocorrido o prazo final (termo) conforme estabelecido no instrumento contratual, a extinção ocorrerá naturalmente (de pleno direito), sem necessidade de avisos anteriores ou notificações.

Pelo fato de a extinção pelo tempo não decorrer de vícios ou ilegalidades, os efeitos da extinção ocorrerão daí por diante (ex nunc – efeitos não-retroativos), sem que, logicamente, a responsabilidade do concessionário seja afastada por atos praticados quando o contrato ainda se encontrava vigente.

Por que razão a doutrina denomina REVERSÃO essa forma de extinção?

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É porque com o término da concessão, os bens ditos reversíveis deverão retornar à Administração, ou seja, aqueles de propriedade da própria Administração, bem como aqueles vinculados aos serviços objeto da concessão e que se encontravam na posse do concessionário, ainda que tenha sido este quem os tenha adquirido. Importante frisar que a indicação dos bens reversíveis é cláusula essencial nos contratos de concessão (inc. X do art. 23 da Lei n. 8.987/1995).

Todavia, embora alguns (muitos) bens sejam reversíveis, o Poder Concedente deverá indenizar o concessionário com relação aos investimentos realizados em bens ainda não-amortizados ou não-depreciados ao fim do contrato. Essa medida visa a evitar que o executante do serviço fique “desestimulado” em realizar novos investimentos quando a concessão estiver próxima de seu término. Obviamente, a indenização deverá ser pelas parcelas restantes dos bens, ou seja, pelo valor que falta para sua total amortização ou depreciação. Sendo necessário, é feita, ainda a ocupação das instalações à concessão. Enfim, por tudo, o item está CORRETO. Mas vamos continuar com as “amigas” formas de extinção.

A segunda das formas de desfazimento é a caducidade. Bom, antes de tratarmos da caducidade do contrato de concessão, pede-se toda atenção do amigo concursando para o fato de que a CADUCIDADE DO CONTRATO não se confunde com a CADUCIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO.

Essa última ocorre em razão de norma superveniente que torna a situação anterior com ela incompatível, não decorre de ato volitivo (de vontade) da Administração, mas sim do Legislador (a título de recordação: lei de Zoneamento Urbano que proíbe a colocação de publicidade em vias públicas).

Feita essa observação, passe-se à caducidade do contrato de concessão.

De acordo com o art. 38 da Lei n. 8.987/1995, a inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão. A caducidade, portanto, diz respeito ao rompimento do contrato por culpa (em sentido amplo) do concessionário.

Como aponta a doutrina, a caducidade é modalidade de encerramento da concessão por ato do Poder Concedente, antes da conclusão do prazo inicialmente fixado, em razão de inadimplência do concessionário; isto é, por motivo de fato comissivo ou omissivo, doloso ou culposo, imputável ao concessionário.

No caso, por ter sido o concessionário quem deu causa à extinção da concessão, enfim, quem violou as obrigações contratuais, o Poder Público não tem que indenizá-lo, senão com relação à parcela não-amortizada do

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capital representada pelos equipamentos necessários à prestação do serviço e que reverterão ao concedente e, ainda assim, A POSTERIORI.

Os motivos que podem levar à decretação de caducidade, de acordo com o art. 38 da Lei n. 8.987/1995, são os seguintes:

I - o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço;

II - a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares concernentes à concessão;

III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior;

IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido;

V - a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos;

VI - a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de regularizar a prestação do serviço; e

VII - a concessionária for condenada em sentença transitada em julgado por sonegação de tributos, inclusive contribuições sociais.

Da leitura acima, tudo indica que a caducidade é sempre ato discricionário (“acarretará, a critério do poder concedente”). No entanto, existe uma única exceção legal, enfim, em que a caducidade será ATO VINCULADO. Por ser hipótese excepcional, pedimos toda cautela. Vejamos o que diz o art. 27 da Lei:

A transferência de concessão ou do controle societário da concessionária sem prévia anuência do poder concedente implicará a caducidade da concessão (leia-se: ato vinculado).

A decretação de caducidade deve observar as formalidades contidas na Lei n. 8.987/1995. O rito a ser seguido para a decretação da caducidade, quando esta vier a ocorrer, é o seguinte:

a) O concessionário deve ser comunicado quanto ao descumprimento contratual que poderá dar motivo à possível decretação da caducidade. Nesse particular, concede-se prazo ao concessionário para que a irregularidade seja sanada;

b) Não sanada a citada irregularidade, instaura-se o devido procedimento administrativo, por meio do qual se deve abrir o contraditório, com os meios que lhe são inerentes (ampla defesa) ao concessionário;

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c) Constatada a inadimplência, a caducidade deve ser declarada por decreto do Poder Concedente (Ah! Nos dias atuais, determinadas Agências Reguladoras podem funcionar como Poder Concedente). Além da caducidade, outras sanções poderão ser impostas ao concessionário, conforme previsão contratual.

Não há dúvidas, então, de que a caducidade constitui penalidade imposta ao concessionário em razão de sua inadimplência. Contudo, será devida indenização ao concessionário em relação aos investimentos não-amortizados ou não-depreciados, até para que evitemos o injusto enriquecimento sem causa por parte do Estado.

De toda forma, o montante das multas contratuais e os danos causados pelo concessionário devem ser descontados dos valores a serem indenizados (observação: temos aqui uma exceção à regra de que a cobrança de multa não tem caráter auto-executório). Não há, obviamente, a necessidade de a indenização ser prévia à decretação da caducidade, ao contrário, a indenização será calculada no curso do processo (§4º do art. 38).

Declarada a caducidade, não resultará para o poder concedente qualquer espécie de responsabilidade em relação aos encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou com empregados da concessionária (§6º do art. 38). Frise-se que a Lei n. 8.987/1995, diferentemente da Lei de Licitações (Lei n. 8.666/1993 – art. 71), não faz ressalva nem mesmo à responsabilidade solidária quanto aos débitos previdenciários.

A terceira (e uma das mais importantes) formas de extinção é a encampação. Também chamada por alguns doutrinadores de resgate ou de retomada, a encampação encontra previsão no art. 37 da Lei n. 8.987/1995, que assim a define: a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização, na forma do artigo anterior.

Notem que a encampação em nada se confunde com a caducidade, pois ocorre não em razão de inadimplência do concessionário, mas sim do interesse da Administração em retomar o serviço. Por força de tal interesse, o concessionário não pode se opor à encampação.

Outros dois pontos distintivos com relação à caducidade é que a encampação depende de LEI AUTORIZATIVA específica e DO PRÉVIO PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO ao concessionário, tal como estabelecem os artigos 36 e 37 da Lei n. 8.987/1995, que constituem condição de validade do ato de encampação.

Por fim, que tal mais um quadro-resumo, agora sobre as principais diferenças entre a caducidade e a encampação:

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SERVIÇOS PÚBLICOS

Encampação (ou resgate)

Caducidade (ou decadência)

Motivo Conveniência e oportunidade Inexecução do contrato

Natureza Ato discricionário Ato discricionário*

Indenização Sempre prévia Se houver, a posteriori

Autorização legislativa Sempre prévia Dispensada

*Existe caso em que a caducidade é ato vinculado (art. 27).

Embora a Lei n. 8.987/1995 cuide de concessões e de permissões, não chega a tratar minuciosamente das permissões, remetendo às regras das concessões, no que couber. Por exemplo, as formas de desfazimento utilizadas para as concessões são estendidas, em quase sua maioria, às permissões, como é o caso da rescisão.

A rescisão é a forma de extinção da concessão por iniciativa do concessionário. Difere essencialmente da caducidade e da encampação, que são formas de extinção da concessão unilaterais, ou seja, viabilizadas diretamente pela Administração.

O pressuposto básico para a rescisão é o descumprimento por parte do concedente das normas legais, regulamentares ou contratuais. De acordo com a Lei n. 8.987/1995 (art. 39), a rescisão depende de ação judicial especialmente intentada com esse objetivo.

Atente, ainda, que a rescisão do contrato de concessão é absolutamente diferente da rescisão dos contratos decorrentes da Lei n. 8.666/1993. Nesta última norma são dezoito motivos diferentes para a rescisão dos contratos administrativos (releiam o art. 78 da Lei n. 8.666/1993), podendo ser: unilateral, amigável, e judicial. Já nos contratos de concessão de serviços públicos, o motivo de rescisão é um só: descumprimento de obrigações por parte da Administração Pública.

Agora, adivinhem em que prazo pode a empresa concessionária suspender a prestação de serviços públicos?

Em razão da necessidade de continuidade dos serviços públicos, a prestação não poderá ser interrompida até o trânsito em julgado da sentença judicial, reconhecendo a inadimplência da Administração. A continuidade dos serviços públicos, que constitui

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verdadeiro princípio administrativo, torna extremamente rígida a oponibilidade da exceção do contrato não cumprido pelo concessionário. Seria um ótimo item de prova!

Por fim, acrescentemos ao rol de formas de desfazimento (já vistas) a anulação e a falência.

A anulação é nossa (velha) conhecida, consistindo na invalidação (na retirada) do contrato de concessão por motivo de ilegalidade. A ilegalidade tanto pode estar presente supervenientemente à assinatura do contrato como ter sua origem na etapa da licitação, procedimento prévio à celebração do contrato de concessão.

Os amigos devem estar lembrados que os efeitos da decretação de nulidade são ex tunc, ou seja, efeitos retroativos ao momento da ocorrência do vício. A anulação da concessão encontra previsão no inc. V do art. 35 da Lei n. 8.987/1995 e terá por consequência a responsabilização de quem houver lhe dado causa.

Não se pode confundir a anulação com as formas de extinção já expostas, as quais pressupõem um contrato válido, mas mal executado (inadimplência) ou cuja execução pelo concessionário tenha se tornado inconveniente ao interesse público.

A falência, ao lado da extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual, é forma de desfazimento (de pleno direito) do contrato de concessão. Abrimos um parêntese para esclarecer que a empresa (ou firma) individual não é pessoa jurídica, mas sim o nome adotado pela pessoa física para uso em seu comércio. Em razão disso, o falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual, aplica-se só às permissões, haja vista somente pessoas jurídicas ou consórcios de empresas acharem-se aptas à celebração de concessão de serviço público. Ufa! Quanto às extinções, era isso!

16 - (2003/Cespe – TST – Analista Judiciário) Caso haja previsão no contrato de concessão de serviço público e autorização do poder concedente, é admitida a subconcessão, atentando-se para o fato de que o subconcessionário se sub-rogará em todos os direitos e obrigações da subconcedente dentro dos limites da subconcessão, que poderá ser outorgada de acordo com os critérios de oportunidade e conveniência estabelecidos pelo próprio subconcedente. (Certo/Errado)

16 - GABARITO: CERTO

COMENTARIOS Essa questão é mais antiguinha, mas tá valendo para tratarmos

desse assunto importante: subconcessão. Vejamos.

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A Lei n. 8.987/1995 (Lei de Concessões de Serviços Públicos) trata do instituto da subconcessão no art. 26:

Art. 26. É admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de concessão, desde que expressamente autorizada pelo poder concedente.

§ 1o A outorga de subconcessão será sempre precedida de concorrência.

§ 2o O subconcessionário se sub-rogará todos os direitos e obrigações da subconcedente dentro dos limites da subconcessão.

Em síntese, são os seguintes os requisitos a serem observados para a subconcessão:

Previsão contratual (contrato de concessão);

Autorização do poder concedente;

Deve ser precedida de licitação pública (modalidade concorrência); e

Transferência de todos os direitos e obrigações, dentro dos limites da subconcessão.

Que tal avançar em outras oportunas observações sobre o assunto?

A subconcessão não se confunde com a cessão (ou transferência da concessão), isso porque a concessionária originária, apesar da subconcessão, mantém-se vinculada ao Poder Concedente, não sendo afastado, portanto, seu dever de manter a prestação do serviço adequado.

Já na transferência (ou cessão), o contrato de concessão é entregue nas mãos de terceiros, havendo a substituição da empresa originalmente vencedora da licitação.

O art. 27 da Lei n. 8.987/1995 trata da transferência, a qual é antecedida, necessariamente, da anuência do Poder Concedente, sob pena de decretação de caducidade, observadas ainda as seguintes condições:

Atendimento às exigências de capacidade técnica;

Idoneidade financeira;

Regularidade jurídica e fiscal; e

Cumprir todas as cláusulas do contrato em vigor.

Há doutrinadores que defendem a inconstitucionalidade da transferência, afinal de contas, distintamente do que ocorre com a subconcessão, é promovida sem que haja o prévio procedimento de licitação.

O §2º do art. 27 autoriza também a assunção do controle da concessionária por seus financiadores (não é propriamente um caso de

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transferência), com o propósito de reestruturação financeira e assegurar a continuidade da prestação dos serviços, com uma particularidade: são indispensáveis as exigências de regularidade fiscal e jurídica, podendo, assim, o Poder Concedente alterar ou dispensar os demais. Apesar da transferência do controle, não haverá alteração das obrigações da concessionária e de seus controladores ante ao Poder Concedente.

Interessante notar que o item diz que a subconcessão depende de análise de acordo com os critérios de oportunidade e conveniência estabelecidos pelo próprio subconcedente. É isso mesmo. A subconcessão depende de “juízo de valor” por parte do concessionário. Enfim, por tudo, está CERTO o item.

17 - (2008/DFTRANS – Cargo 7) Mesmo sendo uma delegação a título precário, a rescisão de uma permissão de transporte coletivo está sujeita às regras estabelecidas pela Lei das Concessões de Serviços Públicos.

17 - GABARITO

COMENTARIOS Os amigos acreditam em sonhos? Então olha lá, fiquem de

olhos bem abertos na apresentação das formas de desfazimento dos contratos de prestação de serviços que expusemos na questão 15. Essa parte da matéria costuma ser uma questão certa em prova, quiçá na prova subjetiva (discursiva).

Vamos analisar a questão. As regras aplicadas para as concessões aplicam-se, no que couber, às permissões (parágrafo único do art. 40 da Lei 8.987/1995). Assim, as formas de extinção de concessões são extensíveis às permissões, logo, CERTO o quesito proposto pela Banca.

Pedimos que o amigo concursando releia as formas de desfazimento mais uma vez, antes de prosseguir na presente aula.

18 - (2010/CESPE/Analista/Saúde) É legal a constituição de um consórcio público cujos consorciados sejam, exclusivamente, a União e dois municípios distintos, por exemplo.

18 - GABARITO: ERRADO COMENTARIOS Mais uma questão de “desencargo de consciência”: consórcios

públicos.

De pronto, vejamos o que estabelece expressamente a CF/1988, em seu art. 241:

Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de

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cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. (Redação dada pela Emenda Constitucional 19, de 1998)

Sabemos que os examinadores são orientados a criarem 25% de questões facílimas, 50% de questões de nível médio, e 25% para os alunos-cão ☺. Bom, as questões sobre consórcios públicos têm sido para alunos não-cães... rsrsrs...

Vejamos alguns detalhes sobre os consórcios públicos. No entanto, prefiro, por amor ao pragmatismo, não tecer profundas considerações sobre o tema, por acreditar que não será exigido com elevado grau de dificuldade. Na dúvida, seguem brevíssimas considerações:

a) A Lei n. 11.107/2005, que regula a contratação de consórcio, é Lei Nacional, enfim, é editada pela União estendendo seus efeitos a todos os entes políticos, o que não afasta, sobremaneira, a competência de os entes legislarem sobre o tema. Os demais entes federativos, inclusive, deverão adaptar as legislações próprias, acaso já editadas, às regras gerais da referida Lei;

b) Tais ajustes são contratos administrativos celebrados por entes políticos, apenas (leia-se: federados – União, estados, DF, municípios). Quer dizer, não existem consórcios públicos celebrados entre entes administrativos (autarquias, fundações, e empresas governamentais);

c) São pessoas jurídicas, ou de direito público ou de direito privado. Quando de direito público, integram a Administração Indireta de todos os entes consorciados, de acordo com a Lei, na qualidade de ASSOCIAÇÃO PÚBLICA. Na última situação, consórcio público de Direito privado, são constituídos sob a legislação civil, não fazendo parte da Indireta;

d) A União só formará consórcio público com o município se o Estado deste município também estiver participando, logo, não pode participar isoladamente com municípios. Exemplo: União e município de BH, só se o Estado de MG estiver participando. AGORA: volta ao comando do item. Alguma dúvida? TÁ ERRADO MESMO, pois no consórcio em questão só estariam presentes a União e dois municípios. Não pode. Teria que ter a presença do Estado de localização dos municípios;

e) Tais consórcios podem ser contratados diretamente sem licitação pelos entes da Administração; e

f) O limite para a dispensa de licitação em razão do valor (art. 24, parágrafo único, da Lei de Licitações) é de 20% da modalidade convite, a exemplo do que ocorre com as Agências Executivas, Sociedades de Economia Mista, e Empresas Públicas.

Resta claro que os consórcios públicos tanto podem ser pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado. Quando de direito público,

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integram a Administração Indireta de todos os entes consorciados, de acordo com a Lei, isso na qualidade de ASSOCIAÇÃO PÚBLICA. Porém, tratando-se de consórcio público constituído nos termos da legislação civil, a personalidade será de direito privado.

19 - (2007/Cespe – TCM-GO/AUDITOR – com adaptações) Em 2006, três municípios vizinhos, situados no estado de Goiás, constituíram, na forma estabelecida na legislação civil, um consórcio público para a realização de objetivos e interesses comuns e para a prestação de serviços na área de saúde. Por disposição expressa da lei federal que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos, o mencionado consórcio integra a administração indireta dos três municípios consorciados.

19 - GABARITO: ERRADO COMENTARIOS

Na forma da legislação civil e integrante da administração indireta?! Opa, segundo a Lei de Consórcios, apenas as associações públicas (leia-se: os consórcios com personalidade jurídica de direito público) é que compõem a Administração Indireta, daí a incorreção da alternativa.

20 - (2007/Cespe – TJ-TO/JUIZ) Os consórcios públicos são acordos firmados por entidades públicas de qualquer espécie, ou entre estas e organizações particulares, para a realização de objetivos de interesse comum dos partícipes. (Certo/Errado)

20 - GABARITO: ERRADO COMENTARIOS

Os consórcios públicos são formados exclusivamente entre entes políticos, daí a incorreção da alternativa.

Bom, por hoje é só. Nos vemos na próxima aula, NA QUARTA QUE VEM, com o tema final: processos administrativos, na Lei 9.784/1999.

Abraço e bons estudos a todos, Cyonil (Sean), Elaine (Lan) e Sandro (Maranhão).

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PROCESSOS ADMINISTRATIVOS FEDERAIS – A LEI 9.784 DE 1999.

Bom, pessoal, chegamos à “última canção” de nosso curso. Será boa, temos certeza, mas vamos ficar com saudades. Trataremos da (linda!) Lei Geral do Processo administrativo federal, a conhecida por muitos 9.784, de 1999. De leitura fácil, praticamente um texto corrido, a 9.784 é bem tranquila, se comparada à (ensandecida!) 8.666. Então vamos lá para esse nosso último “encontro”.

QUESTÕES EM SEQUÊNCIA 1 - Com a publicação da Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal, houve significativa melhoria na proteção dos direitos dos administrados e na execução dos fins da administração pública. Com relação aos agentes administrativos, aos direitos e deveres dos servidores públicos e ao processo administrativo, julgue os próximos itens. (2010/CESPE/DEFENORIA/Defensor) A lei mencionada estabelece normas básicas acerca do processo administrativo somente na administração federal e estadual direta. 2 - (2010/CESPE/Analista/Saúde) O processo administrativo estabelece uma relação bilateral, de um lado o administrado, que deduz uma pretensão, e de outro a administração, que, quando decide, não age como um terceiro, estranho à controvérsia, mas como parte. 3 - (2010/CESPE/DEFENORIA/Defensor) Carlos, servidor da Justiça Federal, responde a processo administrativo nesse órgão e requereu a aplicação da Lei n.º 9.784/1999 no âmbito desse processo. Nessa situação, é correto afirmar que tal aplicação é cabível. 4 - (2010/CESPE/Analista/Saúde) Aos processos administrativos disciplinares instaurados para apurar infração disciplinar praticada por servidor público civil da União serão aplicadas, de forma subsidiária, as normas insertas na Lei n.º 9.784/1999 (lei que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal). 5 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O denominado princípio da oficialidade não tem aplicação no âmbito do processo administrativo, pois a instauração do processo depende de provocação do administrado.

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6 - (2010/CESPE/ANEEL/Analista) A administração pública pode, independentemente de provocação do administrado, instaurar processo administrativo, como decorrência da aplicação do princípio da oficialidade.

7 - (2010/CESPE/MP-ES/Promotor/Questão adaptada) O processo administrativo, como o judicial, somente se instaura por provocação do administrado, ainda que a administração possa, de ofício, adotar as medidas necessárias à sua adequada instrução. 8 - (2010/CESPE/TRE-BA/Analista Jud.) A doutrina destaca a aplicação do princípio da pluralidade de instâncias ao processo administrativo como decorrência do poder de autotutela da administração pública. Sua aplicação, contudo, não autoriza o administrado a alegar em instância superior o que não foi arguido no início do processo. 9 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O princípio da gratuidade não se aplica ao processo administrativo, considerando-se a necessidade de cobertura das despesas decorrentes da tramitação. 10 - (2009/CESPE – TCU – AFCE – OBRAS) No âmbito do processo administrativo, não pode o administrador deixar de aplicar lei já em vigor, sob o argumento da existência de mudança de entendimento acerca da sua interpretação e aplicação. Nesse caso, a nova interpretação deve ser aplicada aos casos já analisados, sob pena de violação ao princípio constitucional da legalidade. 11 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O princípio da obediência à forma e aos procedimentos tem aplicação absoluta no processo administrativo, razão pela qual os atos do referido processo sempre dependem de forma determinada. 12 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) Os atos do processo administrativo dependem de forma determinada apenas quando a lei expressamente a exigir. 13 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo pode ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento. 14 - (2010/CESPE/MS/Técnico) É possível que um órgão administrativo e seu titular, se não houver impedimento legal, deleguem parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, desde que estes lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando

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for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. 15 - (2010/CESPE/MPS/ADMINISTRADOR) A delegação não transfere a competência, mas somente o exercício de parte das atribuições do delegante. 16 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) O ato de delegação não retira a atribuição da autoridade delegante, que continua competente cumulativamente com a autoridade delegada para o exercício da função. 17 - (2010/CESPE/MS/Técnico) No processo administrativo, pode ser arguido o impedimento de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau. 18 - (2010/CESPE/MP-ES/Promotor/Questão adaptada) Está impedido de atuar no processo administrativo o servidor ou autoridade que tenha interesse direto ou indireto na matéria ou que esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado; entretanto, não constitui suspeição a relação de amizade íntima com os cônjuges, companheiros, parentes e afins com algum dos interessados. 19 - (2010/CESPE/MS/Técnico) Quando do início do processo, se os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo preceito legal em contrário. 20 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) A lei que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal assegura ao administrado a possibilidade de fazer-se assistido por advogado. 21 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) O princípio da acessibilidade aos elementos do expediente significa que deve ser facultado à parte o exame de toda a documentação constante dos autos do processo administrativo. 22 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) A administração decai do direito de anular atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis aos destinatários após três anos, contados da data em que foram praticados.

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23 - (2010/CESPE/DEFENORIA/Defensor) Antônio José moveu, na justiça comum, ação para responsabilização civil contra o cônjuge de Sebastião. Nesse mesmo período, no órgão federal da administração direta em que trabalha, surgiu a necessidade de Antônio José presidir processo administrativo contra Sebastião. Nessa situação, Antônio José está impedido de atuar nesse processo administrativo. 24 - (2010/CESPE/DEFENORIA/Defensor) Pedro Luís, servidor público federal, verificou, no ambiente de trabalho, ilegalidade de ato administrativo e decidiu revogá-lo para não prejudicar administrados que sofreriam efeitos danosos em consequência da aplicação desse ato. Nessa situação, a conduta de Pedro Luís está de acordo com o previsto na Lei n.º 9.784/1999. 25 - (2010/CESPE/MPS/ADMINISTRADOR) Cabe convalidar o vício da forma, nos atos administrativos, ainda que a lei faça previsão expressa quanto à forma. 26 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) Interposto recurso administrativo, a autoridade julgadora federal, que não pode ter recebido essa competência por delegação, pode, desde que o faça de forma necessariamente fundamentada, agravar a situação do recorrente. 27 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) No processo administrativo, eventual recurso deve ser dirigido à própria autoridade que proferiu a decisão, podendo essa mesma autoridade exercer o juízo de retratação e reconsiderar a sua decisão. 28 - (2010/CESPE/INCA/Advogado) É constitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

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AGORA É HORA DE MARCAR O GABARITO

(C) (E) (SR) 13 (C) (E) (SR) 25 (C) (E) (SR)

2 (C) (E) (SR) 14 (C) (E) (SR) 26 (C) (E) (SR)

3 (C) (E) (SR) 15 (C) (E) (SR) 27 (C) (E) (SR)

4 (C) (E) (SR) 16 (C) (E) (SR) 28 (C) (E) (SR)

5 (C) (E) (SR) 17 (C) (E) (SR)

6 (C) (E) (SR) 18 (C) (E) (SR)

7 (C) (E) (SR) 19 (C) (E) (SR)

8 (C) (E) (SR) 20 (C) (E) (SR)

9 (C) (E) (SR) 21 (C) (E) (SR)

10 (C) (E) (SR) 22 (C) (E) (SR)

11 (C) (E) (SR) 23 (C) (E) (SR)

12 (C) (E) (SR) 24 (C) (E) (SR)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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ENTÃO, CONFIRA O (BOM) RESULTADO!

1 E 13 E 25 E

2 C 14 E 26 C

3 C 15 C 27 C

4 C 16 C 28 E

5 E 17 E

6 C 18 E

7 E 19 C

8 E 20 C

9 E 21 C

10 E 22 E

11 E 23 C

12 C 24 E

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QUESTÕES COMENTADAS 1 - Com a publicação da Lei n.º 9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal, houve significativa melhoria na proteção dos direitos dos administrados e na execução dos fins da administração pública. Com relação aos agentes administrativos, aos direitos e deveres dos servidores públicos e ao processo administrativo, julgue os próximos itens.

(2010/CESPE/DEFENORIA/Defensor) A lei mencionada estabelece normas básicas acerca do processo administrativo somente na administração federal e estadual direta.

1 - GABARITO: ERRADO

TEMA: PROCESSOS – APLICAÇÃO DA 9784

COMENTARIOS:

Nesse primeiro item vamos tratar do campo de aplicação da Lei 9.784, de 1999, a Lei Geral do Processo Administrativo Federal.

Por tudo que foi exposto no curso até agora, sabemos que os entes da federação possuem competência para se auto-organizar, ou seja, são autônomos nesse aspecto, nos termos da CF/1988 (art. 18).

Assim, cada um dos entes federativos tem competência para legislar sobre algumas matérias referentes ao seu próprio funcionamento, como servidores públicos e processos administrativos, por exemplo.

Em razão disso, a União, quando cria, por exemplo, sua própria norma a respeito de servidores, tal norma não se estenderá, automaticamente, aos estados e aos municípios da Federação. Estes (estados e municípios), bem como o DF, estabelecem suas próprias normas (leis) a respeito de servidores. É o que ocorre com a Lei 8.112/1990, por exemplo, que vale tão só para servidores FEDERAIS. Nessa mesma linha, a Lei 9.784/1999 vale só para a UNIÃO, não se estendendo aos demais integrantes da Federação. Logo, o item está ERRADO, pois diz ser a norma em referência aplicável aos estados-membros. Não é. Aplica-se a 9.784 às instituições FEDERAIS, ok?

BIZU: a Lei 9.784/99, chamada de “geral dos processos administrativos federais” vale para Administração Indireta também. Além disso, vale para todos os poderes, no desenrolar de processos administrativos. Vejamos o que diz o § 1º do art. 1º da citada norma:

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Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa.

Registra aí, então: a Lei 9.784/99 vale para a Administração Direta e Indireta, para todos os Poderes, no que diga respeito aos processos administrativos FEDERAIS que sejam desenvolvidos, MAS NÃO VALE PARA OS ESTADOS, MUNICÍPIOS E PARA O DISTRITO FEDERAL.

Etimologicamente, processo indica algo que caminha para adiante, voltado para objetivo certo.

Juridicamente, processo normalmente é visto como algo relacionado à função jurisdicional, ou seja, é instrumento da jurisdição, por intermédio do qual os magistrados (ou Tribunais) resolvem litígios entre os interessados. Todavia, na esfera administrativa, também temos processos, os quais, pelas suas peculiaridades, devem ser diferenciados com relação aos processos judiciais.

Os processos judiciais contêm o exercício da função jurisdicional, havendo, normalmente, um conflito de interesses a ser resolvido. Dizemos “normalmente” que há um conflito, pois há situações em que não há. Isso é raro, mas pode acontecer (na chamada jurisdição voluntária, por exemplo). Como a matéria não é nosso interesse aqui, deixaremos de aprofundá-la, ok?

No processo judicial a relação é trilateral: há partes (interessados) diferentes envolvidas, além da presença do “Estado-Juiz”, ao qual incumbe a tutela jurisdicional (noutras palavras, resolver o problema). No processo administrativo nem sempre ocorrerá conflito a ser resolvido, e, por vezes, o processo administrativo implica mero desempenho de atividade administrativa, como nos processos administrativos licitatórios.

Diferentemente dos processos judiciais, os processos administrativos, quase sempre, são “bilaterais” (os judiciais são trilaterais), dado que, havendo conflito, de um lado estará o interessado e de outro o Estado, o qual será parte e “juiz”. De fato, lembrando os Processos Administrativos Disciplinares, que estudamos na aula referente aos agentes públicos, recordaremos que nestes (os PAD), a Administração Pública, a qual integra a relação como parte interessada, é que “dirá o direito”, ou seja, tomará a decisão quanto à responsabilidade do servidor potencialmente infrator.

Ressaltamos, ainda, que o processo judicial culmina em uma decisão que restará imodificável e definitiva, após o trâmite natural do assunto. Já no processo administrativo, as decisões decorrentes poderão ainda ser questionadas no Poder Judiciário, ante o princípio da inafastabilidade de jurisdição, estabelecido no inc. XXXV do art. 5º

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da CF/88 (a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito). Lembramos, por oportuno, que o Poder Judiciário não possui um “amplo e irrestrito” poder para adentrar no exame das decisões proferidas em processos administrativos. Apenas para relembrar: O Judiciário não pode invadir o mérito das decisões administrativas (qualquer coisa, recordem-se com mais detalhes na aula de atos administrativos), por mais que tenha legitimidade para apreciar os atos dessa natureza, quando demandado a tanto.

É útil destacarmos que, ADMINISTRATIVAMENTE, tanto faz utilizarmos os termos processos ou procedimentos administrativos. Dessa forma, podemos falar processo licitatório ou procedimento licitatório. Ambas as formas estão corretas.

Todavia, na esfera judicial, as expressões (processo e procedimento) guardam distinções. O procedimento, judicialmente, constitui um conjunto de formalidades e de medidas que devem ser observados para a prática de certos atos; equivale a rito, a forma de proceder. Os procedimentos, portanto, desenvolvem-se dentro dos processos, via de regra (há exceções, desnecessárias para o presente curso). Dessa forma, um processo, na via judicial, possui vários procedimentos. Processos é o “principal”, isto é, o meio para a solução da lide (litígio, problema), é meio para a tomada de decisão jurisdicional. Procedimentos são os “acessórios”, ou seja, são os instrumentos que constam de um processo, fazendo parte destes, e necessários para que, ao fim, um processo possa ter andamento.

Para fins de fixação, é possível conceituar processo (ou procedimento) administrativo como uma série de atos tendentes a um resultado final único pretendido pela Administração Pública, com vistas ao melhor atendimento do interesse público.

Interessante notar, antes de finalizarmos esse item, que a lei do processo administrativo estabelece, além de normas a respeito do assunto, proteção aos administrados, ou seja, particulares que sujeitem a processos administrativos federais. Vejamos o art. 1º da norma:

Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.

Mas não é só: a norma estabelece deveres desses mesmos administrados, os quais, em resumo, constam do art. 4º, transposto a seguir para facilitar a vida:

Art. 4o São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:

I - expor os fatos conforme a verdade;

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II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;

III - não agir de modo temerário;

IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.

Assim, finalizando, podemos dizer que A 9.784 ESTABELECE NORMAS GERAIS A RESPEITO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL, ALÉM DE DIREITOS E DEVERES DOS ADMINISTRADOS.

2 - (2010/CESPE/Analista/Saúde) O processo administrativo estabelece uma relação bilateral, de um lado o administrado, que deduz uma pretensão, e de outro a administração, que, quando decide, não age como um terceiro, estranho à controvérsia, mas como parte.

2 - GABARITO: CERTO

TEMA: PROCESSOS – CONCEITO INICIAL

COMENTARIOS:

Questão de fixação: no processo ADMINISTRATIVO, diferentemente do processo judicial, temos tão só DOIS PÓLOS, ou seja, dois pontos: a Administração, de um lado, que age como parte e como “julgadora” e o interessado, que seria a “parte” interessada. CERTO o item, portanto.

3 - (2010/CESPE/DEFENORIA/Defensor) Carlos, servidor da Justiça Federal, responde a processo administrativo nesse órgão e requereu a aplicação da Lei n.º 9.784/1999 no âmbito desse processo. Nessa situação, é correto afirmar que tal aplicação é cabível.

3 - GABARITO: CERTO

TEMA: PROCESSO – APLICAÇÃO DA 9784

COMENTARIOS:

Outra de fixação. Vejamos, novamente, o Vejamos o que diz o § 1º do art. 1º da citada norma:

Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa.

Então, nosso amigo Carlos, do item, tem aplicado a si, na situação, a 9.784, uma vez que se trata de processo ADMINISTRATIVO, tramitando no Judiciário. CERTO O ITEM.

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4 - (2010/CESPE/Analista/Saúde) Aos processos administrativos disciplinares instaurados para apurar infração disciplinar praticada por servidor público civil da União serão aplicadas, de forma subsidiária, as normas insertas na Lei n.º 9.784/1999 (lei que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal).

4 - GABARITO: CERTO

TEMA: PROCESSOS – CONCEITO INICIAL

COMENTARIOS:

Essa questão é mais de interpretação jurídica do que de Direito Administrativo, em si. Podemos falar de 3 critérios para solucionar eventuais “conflitos” entre normas.

O primeiro deles é o hierárquico. Entre normas de maior ou menor envergadura, prevalecem as primeiras. Exemplo: uma lei que não está conforme a CF. Prevalece a última, por ser “maior”.

O segundo é o critério material: entre o geral e o específico, se houver conflito, prevalecerá a norma que cuida especificamente da matéria, pois é mais própria para o assunto. Todavia, se não houver conflito, aplicam-se as duas normas “em jogo”, isto é, primeiro, a específica; depois, em caráter subsidiário, a GERAL. É disso que trata esse item. A 9.784 é GERAL para os processos administrativos. Logo, SUBSIDIÁRIA à 8.112, que estabelece normas ESPECÍFICAS quanto aos processos administrativos disciplinares instaurados para apurar infração praticada por servidor público civil da União. Logo, CORRETO, o item, claro.

O terceiro e último critério interpretativo diz respeito à temporaneidade: entre norma nova e “velha” que cuide do mesmo assunto, aplica-se, primordialmente, a primeira, por ser mais próxima do interesse público.

5 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O denominado princípio da oficialidade não tem aplicação no âmbito do processo administrativo, pois a instauração do processo depende de provocação do administrado.

5 - GABARITO: ERRADO.

TEMA: PROCESSOS – PRINCÍPIOS - OFICIALIDADE

COMENTARIOS:

Bom, vamos falar um pouco sobre os princípios que orientam os processos administrativos, de modo geral.

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Vamos percorrer, então, aquele looongo caminho da exposição teórica, e, depois resolver vários itens que cuidam desse assunto (princípios no processo administrativo).

Inicialmente, não custa nada ler a íntegra do artigo art. 2º da 9.784:

Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

Notaram o negrito no dispositivo? É nosso. É para realçar que o legislador resolveu apontar DENTRE OUTROS alguns princípios para os processos administrativos federais. Assim, essa lista aí não é exaustiva, mas meramente EXEMPLIFICATIVA dos princípios que valem para os processos administrativos federais, ok?

Outra coisa interessante é que o parágrafo único do artigo em referência estabelece vários “critérios” a serem observados nos processos administrativos federais. Na verdade, esses critérios são os princípios, desdobrados. Vamos fazer o seguinte: vejamos o artigo 2º, os critérios dos processos administrativos e associemos aos princípios, em um rápido comentário. De vez em quando, o melhor método de estudar a Lei é esse mesmo: lendo a Lei. Vamos lá para o nosso “exercício de associação”.

Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:

I - atuação conforme a lei e o Direito:

Princípio mais diretamente associado: LEGALIDADE.

Comentário: salta aos olhos que o critério em referência diz respeito à legalidade. A curiosidade é que o legislador, acertadamente, vai mais além do cumprimento da Lei. Nos processos administrativos é necessário se observar o DIREITO, com todos os seus preceitos e fundamentos, ou seja, a moralidade, a legitimidade, e outros, que vão além do cumprimento da Lei, em sentido formal;

II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei;

Princípio mais diretamente associado: INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO.

Comentário: desse trecho, interessante notar que as competências e os poderes para a Administração são irrenunciáveis. Noutras palavras – competência distribuída, competência a ser exercida. Já falamos um pouco sobre isso em atos administrativos,

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mas como nunca é demais, voltaremos ao assunto em itens mais á frente. Aguardem.

III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades;

Princípio mais diretamente associado: IMPESSOALIDADE/FINALIDADE.

Comentário: muito bom para relembrar que a divulgação das ações do Estado devem ser impessoais, para evitar essa confusão que muitas vezes se faz entre o público e privado.

IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;

Princípio mais diretamente associado: PROBIDADE.

Comentário: é o velho e bom princípio da probidade evidenciado neste dispositivo, claro. Vocês já perceberam como o legislador insiste em reforçar o dever de probidade? Pois é, essa coisa da repetição é boa. Quanto mais você repete, maior a tendência de a ideia ser fixada. É igual vida de concursando: repetir quantas vezes for necessário, até aprender o assunto. Esperemos que alguns agentes públicos, então, estejam atentos ao dever de probidade, já que tão repetido nas normas...

V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição;

Princípio mais diretamente associado: PUBLICIDADE.

Comentário: ei, atenção em prova! São possíveis atos sigilosos por parte de Administração, desde que se trate de uma das hipóteses de previsão constitucional, como cita o dispositivo em análise. Mas se o examinador disser que TODOS os atos da Administração têm que ser públicos, tá errado, claro.

VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;

Princípio mais diretamente associado: PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE.

Comentário: praticamente desnecessários comentários aqui... Mas não custa reforçar: tudo o que a Administração Pública fizer deve encontrar conformidade no que diga respeito à proporcionalidade. É o velho ditado: os fins não justificam os meios...

VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão

Princípio mais diretamente associado: olha a MOTIVAÇÃO na prática aí, gente!

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Comentário: nesse ponto, cabe reforçar a mensagem dada na aula de atos – motivação é regra, um princípio, mas com exceções. Ou seja: há atos que não precisam ser motivados. Mas são poucos esses atos que não precisam de motivação, pois o rol do art. 50 da Lei 9.784 tem um número razoável de hipóteses em que a motivação é necessária. BIZU: leiam o art. 50 da Lei referenciada. Volta e meia tem caído em prova...

Motivar significa expor pressupostos de fato e de direito que suportaram a prática do ato. A Lei 9.784/99 aponta em seu art. 50 situações em que é obrigatória a motivação dos atos administrativos, tal como se vê:

Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;

IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;

V - decidam recursos administrativos;

VI - decorram de reexame de ofício;

VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;

VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

A Lei indica, ainda, que a motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato e que, na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados.

Observe-se, como já fizemos na aula de atos, que não são todos os atos que exigem motivação, ainda que seja desejável a realização desta. De fato, certos atos discricionários não necessitam de motivação. O mais clássico exemplo é a nomeação e exoneração ad nutum de servidor para cargos em comissão. Contudo, afirme-se que, a despeito de nem sempre exigirem motivação, todos os atos administrativos, vinculados ou discricionários, não dispensam a

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existência de motivo, que é diverso da motivação, também como já analisado no capítulo referente aos atos administrativos.

VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados

Princípio mais diretamente associado: INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS.

Comentário: formas são meios, não a própria razão de ser da Administração. Daí, sempre que possível, a Administração deve procurar “facilitar”, ou seja, adoção de formas simples, de maneira que as decisões sejam céleres, e voltadas ao melhor atendimento dos interesses públicos.

IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados;

Princípio mais diretamente associado: INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS.

Comentário: valem os comentários do inciso anterior.

X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio

Princípio mais diretamente associado: CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA;

Comentário: este é de índole constitucional também (vejam, se for o caso, art. 5º, inc. LV). Notem que este inciso é aplicável em situações que possam resultar em SANÇÕES e quando possa ocorrer LITÍGIO. Assim, não é em todo processo administrativo que é aplicável.

XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei

Princípio mais diretamente associado: GRATUIDADE.

Comentário: falaremos mais um pouco da gratuidade dos processos administrativos quando falarmos de recursos. Mas já fica o registro: em regra, os processos administrativos são gratuitos.

XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados;

Princípio mais diretamente associado: IMPULSO OFICIAL OU OFICIALIDADE.

Comentário: interessante perceber, de cara, que esse princípio não citado no caput do art. 2º. Mas é unânime na doutrina: nos

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processos administrativos, o impulso (andamento) do processo, ainda que provocado pelo particular, compete à Administração, uma vez que esta tem o dever de tutelar o interesse público, independente do interesse daquele particular responsável pela “provocação” que resultou na instauração do processo administrativo.

Já nos processos ocorridos no âmbito judicial, o impulso processual, via de regra, é de incumbência das partes, as quais devem tomar providências para a movimentação do processo, restando graves consequências para a parte que permaneça inerte. Diz-se, então, que Juiz se move em razão do “impulso das partes”, daí sua inércia: se não for provocado, nada fará. Agora, releiam o item (o comando). Dúvidas? Esperamos que não... Pois é! Claro que o princípio da oficialidade TEM APLICAÇÃO no processo administrativo, uma vez que a instauração deste (processo administrativo) independe de qualquer provocação por parte dos interessados. Logo, ERRADO o item.

XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

Princípio mais diretamente associado: SEGURANÇA JURÍDICA.

Comentário: muito bom esse dispositivo. Dá para brincar bem... Notem que a lei veda aplicação RETROATIVA de nova interpretação, MAS NÃO VEDA NOVA INTERPRETAÇÃO, ou seja, a interpretação muda, mas não para o passado. Isso, claro, proporciona segurança (em termos jurídicos) a todos – sabedores que somos de que o passado não muda por mera interpretação, podemos dormir tranquilos...

6 - (2010/CESPE/ANEEL/Analista) A administração pública pode, independentemente de provocação do administrado, instaurar processo administrativo, como decorrência da aplicação do princípio da oficialidade.

26 - CORRETO. TEMA: PROCESSOS – PRINCÍPIOS – OFICIALIDADE

COMENTARIOS:

Mais uma sobre o princípio da oficialidade. A Administração pode, sim, dar início ao processo, mesmo que não haja provocação por quem quer que seja. Logo, CORRETO o item.

7 - (2010/CESPE/MP-ES/Promotor/Questão adaptada) O processo administrativo, como o judicial, somente se instaura por

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provocação do administrado, ainda que a administração possa, de ofício, adotar as medidas necessárias à sua adequada instrução.

7 - GABARITO: ERRADO.

TEMA: PROCESSSO – PRINCÍPIOS - OFICIALIDADE

COMENTARIOS:

Fixação: o processo administrativo é diferente do processo judicial quanto a sua instauração. Os administrativos independem de provocação para serem instaurados. O mesmo não ocorre quanto ao judicial, que será instaurado quando tal poder for provocado, demandado, a se pronunciar. Logo, ERRADO o item, pois o processo administrativo pode ser instaurado de ofício.

8 - (2010/CESPE/TRE-BA/Analista Jud.) A doutrina destaca a aplicação do princípio da pluralidade de instâncias ao processo administrativo como decorrência do poder de autotutela da administração pública. Sua aplicação, contudo, não autoriza o administrado a alegar em instância superior o que não foi arguido no início do processo.

8 - GABARITO: ERRADO

TEMA: PROCESSOS ADMINISTRATIVO – PRINCÍPIOS - REVISIBILIDADE

COMENTARIOS:

Esse princípio, da pluralidade de instância, é similar ao do duplo grau de jurisdição, da esfera judicial. Só que não se pode falar de duplo grau na esfera administrativa, uma vez que nem jurisdição, em sentido estrito, existe na esfera administrativa, a qual, todavia, garante a “revisibilidade” das decisões administrativas, a partir das normas que cuidam do assunto. Interessante notar o que diz o art. 56 da 9.784:

Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.

O destaque negritado é nosso: o questionamento, em sede de recurso, discutirá a legalidade e o mérito da decisão inicial (ou anterior). Não há limites para o questionamento no recurso. Noutras palavras: não há impedimento para que se discuta no recurso o que não fora discutido anteriormente. Item ERRADO, portanto.

No que se refere ao processo administrativo e aos poderes da administração, assinale a opção correta.

9 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O princípio da gratuidade não se aplica ao processo administrativo,

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considerando-se a necessidade de cobertura das despesas decorrentes da tramitação.

9 - GABARITO: ERRADO.

TEMA: PROCESSOS – PRINCÍPIOS - GRATUIDADE

COMENTARIOS:

De modo geral, processos administrativos são gratuitos. Esse, aliás, é um dos critérios dos processos administrativos, colocados da seguinte forma no parágrafo único do art. 2º da 9.784:

XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;

Logo, ESTÁ ERRADO O ITEM, pois a gratuidade é um dos princípios aplicáveis aos processos administrativos. Interessante notar que tal princípio, o da gratuidade, não é chamado de princípio pela 9.784, ou seja, não é um princípio explícito, mas sim reconhecido doutrinariamente. Ah – voltaremos a falar de gratuidade mais adiante, quando falarmos de uma súmula recente editada pelo STF. Mas tudo tem seu tempo, não é verdade? Então, vamos deixar maiores detalhes para mais adiante.

10 - (2009/CESPE – TCU – AFCE – OBRAS) No âmbito do processo administrativo, não pode o administrador deixar de aplicar lei já em vigor, sob o argumento da existência de mudança de entendimento acerca da sua interpretação e aplicação. Nesse caso, a nova interpretação deve ser aplicada aos casos já analisados, sob pena de violação ao princípio constitucional da legalidade.

10 - GABARITO: ERRADO

TEMA: PROCESSOS – PRINCÍPIOS – INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS

COMENTARIOS

Fixação: vimos no inc. XIII do parágrafo único do art. 2º da 9.784 que deve ser garantida a interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação. O que a lei veda é a aplicação RETROATIVA de nova interpretação, MAS NÃO VEDA NOVA INTERPRETAÇÃO, ou seja, a interpretação muda, mas não para o passado. Assim, diferentemente do que diz o item, pode haver mudança de interpretação, MAS ISSO NÃO SE APLICARÁ AOS CASOS JÁ ANALISADOS. Item ERRADO, então.

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11 - (2010/CESPE/DPU/Analista/Questão adaptada) O princípio da obediência à forma e aos procedimentos tem aplicação absoluta no processo administrativo, razão pela qual os atos do referido processo sempre dependem de forma determinada.

11 - GABARITO: ERRADO.

TEMA: PROCESSOS – PRINCÍPIOS – INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS

COMENTARIOS:

A obediência à forma é algo que a professora Di Pietro chama, em linhas gerais, de tipicidade dos atos administrativos. Sinteticamente, para a referida autora, cada ato administrativo corresponde a uma forma específica, típica para o ato, algo próximo ao processo de “tipificação” do Direito Penal. Lá, no penal, cada crime tem um tipo específico. Noutras palavras, a conduta típica corresponderá a uma figura qualificada como crime no Direito Penal. Todavia, o art. 22 da Lei 9.784/99 indica que os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir. Há, portanto, um “formalismo moderado” para a Administração, o que significa dizer que a Administração não deve se apegar aos “detalhismos” exagerados, mas sim buscar as melhores soluções para o atendimento dos interesses públicos. Assim, o princípio da obediência de forma não é absoluto, uma vez que formas específicas só devem ser exigidas quando expressamente previstas em Lei. Logo, ERRADO o item.

12 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) Os atos do processo administrativo dependem de forma determinada apenas quando a lei expressamente a exigir.

12 - GABARITO: CERTO

TEMA: PROCESSOS - FORMALIDADES

COMENTARIOS:

Fixação: como dissemos no item anterior, o art. 22 da Lei 9.784/99 indica que os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, exatamente como diz o item.

13 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo pode ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento.

13 - GABARITO: ERRADO

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TEMA: PROCESSOS - FORMALIDADES

COMENTARIOS:

Com relação à produção de pareceres, que podem ser produzidos na instrução do processo por órgãos consultivos, o art. 42 da Lei 9.784/99 indica que:

I) É de 15 dias o prazo para emissão de parecer, salvo norma especial ou necessidade comprovada de maior prazo;

II) Caso o parecer não seja emitido no prazo fixado, poderão ser havidas as seguintes consequências:

a) Parecer obrigatório e vinculante: se não emitido no prazo correto, o processo deverá ser paralisado, com a decorrente responsabilização de quem der causa ao atraso. Logo, diferentemente do que diz o item, o processo administrativo não pode ter prosseguimento sem que um parecer obrigatório e vinculante tenha sido emitido. Além disso, deve-se responsabilizar o omisso com relação a tal parecer. O item está ERRADO, então, claro;

b) Parecer obrigatório e não vinculante: se não emitido no prazo certo, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento.

c) Parecer não obrigatório: a lei não trata especificamente dessa situação, mas neste caso o processo segue, podendo ser proferida a decisão. Aquele que der causa ao descumprimento da emissão do parecer, claro, deverá ser responsabilizado.

14 - (2010/CESPE/MS/Técnico) É possível que um órgão administrativo e seu titular, se não houver impedimento legal, deleguem parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, desde que estes lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.

14 - GABARITO: ERRADO

TEMA: PROCESSO ADMINISTRATIVO – DELEGAÇÃO

COMENTARIOS:

Muito bem, neste item trataremos de um dos temas mais comuns nas provas que tratam da Lei 9.784: a delegação de competências. Vamos lá para o nosso tradicional passeio a respeito

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do assunto essencial: competência, que é tratado na Lei 9.784, no essencial, do art. 11 ao 17, a qual estabelece, de pronto (art. 11), a irrenunciabilidade da competência. Portanto, a competência deve ser exercida a quem foi atribuída, ressalvas feitas às possibilidades de delegação e avocação. Olha só o que diz o dito art. 11º:

A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.

A leitura do dispositivo reconstruído fica assim: a competência para a prática de atos em processos administrativos deve ser exercida pelos órgãos a que foi atribuída como própria, permitindo-se a delegação e a avocação nos casos juridicamente admissíveis. Todavia, não se permite a renúncia de competência, uma vez que isso seria como renunciar ao interesse público.

Esse esclarecimento tem que ser feito, pois, pela redação do dispositivo, muitos têm impressão que seria possível a renúncia de competências. JAMAIS (para efeito de prova de concurso, ao menos)! O que a Lei admite é a delegação e avocação de competência. Mas prossigamos.

Já o artigo 12 da Lei 9.784 estabelece:

Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.

Façamos a leitura do dispositivo, do nosso modo: um órgão administrativo e quem o titulariza podem, desde que não haja proibição legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica, ou territorial (não é política e sequer moral!).

Duas observações adicionais:

I) não pode haver delegação de toda competência. Vejam que o primeiro trecho negritado fala em delegação de parte. Só não diz qual o tamanho dessa “parte”, o que pode levar a problemas no cotidiano do mundo real.

Se houver delegação de 99% da competência, teremos delegação de parte? Mas deixa pra lá. Isso é procurar “chifre em cabeça de cavalo” e o examinador, normalmente, não faz isso...

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II) pode haver delegação, mesmo que não haja subordinação direta entre aqueles envolvidos (é o segundo trecho negritado).

O ato delegatório, quando for possível, deverá especificar os poderes transferidos, podendo ser revogado a qualquer tempo pelo delegante (é a qualquer tempo mesmo!). Um exemplinho básico, para entender: Sean Oneal é diretor de uma área do TCU, e deve realizar determinada tarefa administrativa. Lan Laine é Diretora de outra área, no mesmo nível hierárquico de Sean, que está muito ocupado e não tem tempo para promover as diligências e outros atos necessários para resolver a tarefa administrativa que tem que fazer. Zás, trás! Sean delega os atos para Lan, e não há nenhuma irregularidade nisso, dado que a Lei permite a delegação, mesmo que não haja hierarquia direta entre Sean e Lan. Então, gente, o item está ERRADO, pois diz que tem de haver hierarquia, para que permita a delegação. Não precisa não, pelo que demonstramos. Mas vamos continuar com as análises.

Pergunta interessante: Lan pratica o ato em razão da delegação de Sean. Afinal, quem será responsabilizado, se for o caso, pelas consequências do ato?

O ato praticado sob o manto da delegação reputa-se praticado pelo delegado, é dizer, por quem efetivamente o praticou, e quem, inclusive, responderá por eventuais irregularidades no exercício da competência delegada. É isso o que diz o art. 14. Vejamos:

§ 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.

Todavia, não são todos os atos administrativos que podem ser delegados. O art. 13 da Lei n. 9.784/1999 é o que estabelece a indelegabilidade de competência para alguns atos.

O primeiro desses atos indelegáveis é a apreciação de recursos administrativos. Aliás, essa é uma das boas passagens da Lei, pela seguinte razão: imaginemos que uma autoridade qualquer tome uma decisão que tenha sido potencialmente prejudicial a um particular. Este então recorre (há uma nuance interessante no andamento do recurso administrativo que veremos mais para frente). O recurso administrativo é encaminhado, então, pela via hierárquica para a autoridade. Suponhamos que essa autoridade superior pudesse delegar a competência para a apreciação do recurso.

Resultado: a autoridade hierárquica superior poderia delegar para a autoridade que adotou a decisão administrativa inicial, decisão esta que o potencial prejudicado quer ver reformulada. Daí, uma grande chance de “não valer nada” o recurso, pois este seria apreciado pelo mesmo responsável pela apreciação inicial.

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Em síntese: permitir a delegação da apreciação de recursos administrativos poderia simplesmente “fulminar” o “duplo grau administrativo”. Preferimos outra construção: duas cabeças pensam melhor do que uma. É preciso que mais de uma autoridade tenha possibilidade de se pronunciar quanto a situações que tenham de ser decididas pela Administração.

Outras vedações de delegação são, igualmente, extraídas do art. 13 da Lei n. 9.784/1999:

- a edição de atos de caráter normativo; e

- as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

No que se refere à necessidade de divulgação do ato de delegação, diz a 9.784:

Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.

§ 1o O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada.

§ 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.

Os negritados são nossos destaques. Vamos lá para esclarecimentos adicionais.

I) tanto o ato inicial de delegação como sua revogação devem ser publicados em meio oficial (leia-se: não é, necessariamente, Diário Oficial, pode ser um Boletim Interno do órgão/entidade).

E qual a utilidade desta publicação? Principalmente para efeito de controle por outras autoridades e órgãos, isso porque as decisões adotadas serão consideradas editadas pelo delegado.

Ponto de interesse: é possível a delegação com reserva de poderes? A resposta é positiva, segundo previsto no §1º do art. 14 da Lei n. 9.784/1999. Leiam de novo, se for o caso. Mas a delegação com reserva de poderes garante que a autoridade (delegante) conjuntamente com delegado exerça a competência. Em havendo reserva de poderes, é desnecessário que a autoridade delegante primeiro revogue a delegação para depois exercer a competência. E notem que a revogação pode ser feita a qualquer tempo, em razão do que diz o § 2º do art. 14.

Finalmente, para fecharmos esse trecho, a avocação, que é abordada no art. 15 da Lei n. 9.784/1999. O dispositivo será reproduzido para ser explorado um pouco mais:

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Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.

Os destaques que fazemos desse dispositivo referente à avocação são os seguintes:

I) caráter excepcional: a avocação não deve ser prática, mas exceção. Não é desejável que a norma atribua competência a um órgão/agente e o superior hierárquico, então, retire tal competência. Além disso, imagina a situação do sujeito que tem sua competência avocada. Acabaria sendo marcado em seu local de trabalho. Mais ou menos assim: olha, lá vai ele. O sujeito que teve sua competência avocada...

II) motivos relevantes, justificados: não poderia ser diferente. Se a avocação é excepcional, tem de ser explicada quando de sua ocorrência. Daí, sua necessária motivação;

III) temporária: o tempo certo é necessário. Caso contrário, é melhor que a competência passe a ser do avocante; e

IV) com relação a órgão inferior: imagine diferente – avocar competência de quem é hierarquicamente superior. Não há sentido nisso, não é?

15 - (2010/CESPE/MPS/ADMINISTRADOR) A delegação não transfere a competência, mas somente o exercício de parte das atribuições do delegante.

15 - GABARITO: CERTO

TEMA: PROCESSOS – DELEGAÇÃO

COMENTARIOS

Questão de fixação de conteúdo, mas é útil reforçarmos: é desnecessário que a autoridade delegante primeiro revogue a delegação para depois exercer a competência. Como dissemos, a revogação pode ser feita a qualquer tempo, em razão do que diz o § 2º do art. 14. Assim, o titular da competência quando delega transfere a EXECUÇÃO do ato, mas não a titularidade da competência, pois esta continua sendo sua. O que “muda de mãos” é o exercício das atribuições.

16 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) O ato de delegação não retira a atribuição da autoridade delegante, que continua competente cumulativamente com a autoridade delegada para o exercício da função.

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16 - GABARITO: CERTO

TEMA: ATOS x PROCESSOS - COMPETÊNCIA

COMENTARIOS

Reforço: delega-se a EXECUÇÃO, mas não a titularidade da competência. Logo, o delegante permanece competente para a prática do ato, junto com a autoridade delegada. CORRETO o item, então.

17 - (2010/CESPE/MS/Técnico) No processo administrativo, pode ser arguido o impedimento de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.

17 - GABARITO: ERRADO

TEMA: PROCESSO ADMINISTRATIVO – SUSPEIÇÃO

COMENTARIOS

Neste item vamos tratar de duas figuras “clássicas” quanto aos processos de modo geral e que constituem aplicação direta do princípio da impessoalidade. – impedimentos e suspeições.

Como já sabemos a essa altura do curso, os atos da Administração devem ser fundamentados, motivados, livres de imoralidades, de subjetivismos, cercados da imparcialidade.

Nos processos administrativos, como conjunto de atos interligados logicamente para um resultado final, a história não pode (deve) ser diferente, por contarmos, inclusive, com o agravante de que a Administração funciona (a um só tempo) como julgadora e parte. Assim, se houver tendência de se prejudicar ou de se favorecer o administrado, é dever da Administração afastar seus servidores da condução do processo.

Logo, com a tentativa de se evitar o desvio de finalidade, a ofensa ao princípio da impessoalidade, a Lei n. 9.784/1999 trouxe regras sobre os impedimentos e as suspeições.

O art. 18 lista os casos de impedimento, vejamos:

I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;

II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;

III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro.

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Percebam que as hipóteses de impedimentos são de natureza bem objetivas, aferíveis (medidas, detectadas) pelas circunstâncias apresentadas. Por exemplo: Ministro da Fazenda recebe pedido de servidores sobre concessão de determinada gratificação, a qual, igualmente, lhe será favorável. Nesse caso, em razão do interesse na matéria, deve comunicar (não é facultativa a comunicação) o fato ao Presidente da República, abstendo-se de atuar.

Vamos acrescentar mais um detalhe sobre a regra de impedimento: o grau de parentesco.

O grau de parentesco gerador do impedimento é consangüíneo e por afinidade até o 3º grau, por exemplo:

- Consangüíneo: pais, filhos, netos, avós, irmãos, tios, e sobrinhos;

- Por afinidade: sogros, genros, sobrinhos, tios do cônjuge, cunhados.

E os primos? Esses podem participar de um processo administrativo, sem impedimento, porque são parentes colaterais de 4º grau.

Relativamente à suspeição, vale, mais uma vez, a transcrição da norma:

Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.

Diferentemente do impedimento – o qual deve ser informado pelo servidor, sob pena de incidir em falta grave–, a suspeição não será, necessariamente, declarada pelo próprio servidor, podendo, inclusive, ser arguida pelas partes interessadas, ocasião que indeferida a alegação, poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo.

Os fundamentos para a aplicação da suspeição são: a amizade íntima ou a inimizade notória.

Bom, antes que alguém pergunte o que é amizade íntima... já registramos que não vem ao caso, sinceramente. O examinador, claro, é cuidadoso com as afirmativas em prova.

Quanto ao item: o que deve ser arguido, neste caso, é SUSPEIÇÃO, pois envolve amizade/inimizade.

BIZU FINAL: nós vimos que as situações de IMPEDIMENTO são OBJETIVAS. Já as de suspeição são SUBJETIVAS, noutras palavras, importam certo juízo de valor quanto à amizade ou inimizade.

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18 - (2010/CESPE/MP-ES/Promotor/Questão adaptada) Está impedido de atuar no processo administrativo o servidor ou autoridade que tenha interesse direto ou indireto na matéria ou que esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado; entretanto, não constitui suspeição a relação de amizade íntima com os cônjuges, companheiros, parentes e afins com algum dos interessados.

18 - GABARITO: ERRADO

TEMA: PROCESSO – IMPEDIMENTO

COMENTARIOS

Fixação: bom, a primeira parte do item está certo, pois, de fato, uma autoridade que tenha interesse direto ou indireto na matéria ou que esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado encontra-se em IMPEDIMENTO. O erro é a parte final: a suspeição se estende aos cônjuges, parentes, consaguíneos ou por afinidade, etc.

Nunca é demais reler a 9.784. Lá vai:

Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.

Assim, sem dúvida, o item está ERRADO.

19 - (2010/CESPE/MS/Técnico) Quando do início do processo, se os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo preceito legal em contrário.

19 - GABARITO: CERTO

TEMA: PROCESS ADMINISTRATIVO - TRÂMITE

COMENTARIOS

Vejamos o art. 9º da 9.784:

Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo preceito legal em contrário.

Alguma dúvida quanto ao item? TÁ CERTO mesmo, pois repete a literalidade da Lei. Detalhe: se os pedidos são realmente iguais, é até útil para a Administração que venham em um único

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requerimento, pois isso poupará tempo ao Estado, na análise dos argumentos.

20 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) A lei que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal assegura ao administrado a possibilidade de fazer-se assistido por advogado.

20 - GABARITO: CERTO

TEMA: PROCESSO– TRÂMITE x DEFESA TÉCNICA

COMENTARIOS

Teve gente que errou esse item, temos certeza...

Seguinte: a 9.784, que a Lei que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal, assegura ao administrado, realmente, o DIREITO de ser assistido por um advogado nos processos administrativos. Só não há a OBRIGATORIEDADE dessa assistência. Lembrem-se que a Administração não é o Judiciário. Lá, sim, de modo geral, o interessado DEVE ser assistido por advogado (mas há exceções que não vem ao caso agora). Para fechar, vejamos os direitos garantidos ao administrado nos processos administrativos:

Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:

I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;

II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;

III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;

IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.

Os negritos são para evidenciar a correção do item.

21 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) O princípio da acessibilidade aos elementos do expediente significa que deve ser

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facultado à parte o exame de toda a documentação constante dos autos do processo administrativo.

21 - GABARITO: CERTO

TEMA: PROCESSO - PRINCÍPIOS

COMENTARIOS

Novo nome, para coisa velha. A doutrina é assim mesmo, vive “rebatizando” as coisas... rsrsrs...

Pois é. Em razão do “sagrado” direito à defesa, claro que deve ser assegurado ao interessado o acesso aos autos, para que possa se informar, e, consequentemente, se defender. Aliás, oportuno repetir um trechinho do art. 3º da 9.784, que transcrevemos acima:

Art. 3o O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:

(...)

II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;

Assim, é direito do interessado ter acesso aos autos. Ah – detalhe: muito ruim o item quando fala de “parte” no processo administrativo. A 9.784 quase não lança mão dessa expressão (parte). A norma fala muito mais em “interessado” do que em parte, pois esta expressão traz, quase sempre, a ideia de litígio, problemas. E isso nem sempre acontece em processos administrativos. Mas, deixa pra lá... o examinador não é divino (apesar de ser às vezes...), e erra também...

22 - (2010/CESPE/MS/ANALISTA) A administração decai do direito de anular atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis aos destinatários após três anos, contados da data em que foram praticados.

22 - GABARITO: ERRADO

TEMA: PROCESSO - DECADÊNCIA

COMENTARIOS

Bom, vamos falar de um dos institutos mais debatidos do Direito, de modo geral, a decadência.

Sinteticamente, pode-se dizer que a decadência é a perda de um direito. Muitos confundem decadência com a prescrição. Essa última é mais “fraquinha”, pois significa a perda do direito de agir. Um exemplinho mostra mais fácil o que se quer dizer. Sean O’neal foi

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multado por uma instituição pública. Passado um bom período, a multa prescreveu. Daí, o heroico (e incauto) Sean vai ao órgão e paga o valor da multa (que já estava prescrita). Certo dia, conversando com um amigo, Sean descobre que a multa já estava prescrita. Retorna ao órgão e reclama a um servidor: quero meu dinheiro de volta! Paguei uma multa prescrita! O servidor, carioca como Sean, responde: Perdeu, Mané! A multa prescrita poderia ser RECEBIDA, pois com a prescrição a Administração perdeu o direito de cobrar de você a multa (perda do direito de agir), mas não o direito de receber o valor, o que só ocorreria com a decadência (perda do próprio direito). Tristonho, nosso heroico Sean retorna para casa e vai afagar suas mágoas em seu passatempo predileto: ver os jogos do flamengo... (lamentável essa preferência! Rsrsrsrs...).

Pois bem. Contada a historinha, vamos voltar ao conteúdo do item: diz que a Administração decai do direito do anular seus atos administrativos dos quais decorram efeitos favoráveis aos administrados após três anos. Não são três, mas cinco anos o prazo decadencial na 9.784. É só conferir o que diz o art. 54 da 9.784. Transcorrido tal prazo (cinco anos) sem manifestação da Administração, o ato administrativo restará convalidado e definitivos serão os efeitos dele decorrentes, salvo no caso de má-fé comprovada. Exemplo de má-fé, para ficar mais fácil – particular apresenta certidão falsa, para usufruir de um direito. 10, 15, tanto faz, anos depois, a Administração Pública descobre isso. Nesse caso, em razão da má-fé do particular, não corre o prazo decadencial de 5 anos. É isso que a Lei quer dizer. Enfim, guardem a informação: o prazo decadencial na 9.784 é de cinco anos, ok?

23 - (2010/CESPE/DEFENORIA/Defensor) Antônio José moveu, na justiça comum, ação para responsabilização civil contra o cônjuge de Sebastião. Nesse mesmo período, no órgão federal da administração direta em que trabalha, surgiu a necessidade de Antônio José presidir processo administrativo contra Sebastião. Nessa situação, Antônio José está impedido de atuar nesse processo administrativo.

23 - GABARITO: CERTO

TEMA: PROCESSO - IMPEDIMENTO

COMENTARIOS

Fixação do conteúdo tratado na questão 17. Estará impedido de atuar nos processos administrativos, conforme previsão expressa do art. 18 da 9.784, aquele que:

I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;

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II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;

III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro.

No nosso item: Antônio moveu a ação contra o cônjuge de Sebastião. Logo, Antônio estará IMPEDIDO, em razão da restrição imposta no inc. III do art. 18. CORRETO o item, portanto.

24 - (2010/CESPE/DEFENORIA/Defensor) Pedro Luís, servidor público federal, verificou, no ambiente de trabalho, ilegalidade de ato administrativo e decidiu revogá-lo para não prejudicar administrados que sofreriam efeitos danosos em consequência da aplicação desse ato. Nessa situação, a conduta de Pedro Luís está de acordo com o previsto na Lei n.º 9.784/1999.

24 - GABARITO: ERRADO

TEMA: PROCESSO – REVOGAÇÃO

COMENTARIOS

Já falamos um bocado sobre anulação e revogação na aula de atos. Mas como recordar é viver, vamos repassar alguns pontos importantes do conteúdo, ok?

A anulação do ato, conforme já apontado em momento anterior (aula de atos), decorre de ilegalidade, podendo ser realizada pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário. Aqui, vale a regra geral: ato nulo não gera efeitos, ou seja, o efeito da anulação é ex-tunc, retroagindo ao momento de edição do ato, resguardando-se, contudo, terceiros de boa-fé, alcançados pelo efeito do ato produzido. Ressalte-se que a anulação é dever da Administração, tal como se extrai do art. 53 da 9.784, que diz:

a Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos (grifo nosso).

A exceção a essa regra é a convalidação. Neste caso, um ato que contém um vício será mantido. O “aproveitamento” de tal ato, claro, só será legítimo se não se referir a algo insanável, ou seja, um vício “menor”, que permita que o ato seja mantido. Em algumas situações, portanto, não é permitida a convalidação.

A revogação é a retirada do mundo jurídico de atos válidos, legítimos, que se tornaram inconvenientes, inoportunos, em resumo, desnecessários ao Poder Público.

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Dentre muitos conceitos, a revogação pode ser entendida como o instrumento jurídico através do qual a Administração Pública promove a retirada de um ato administrativo por razões de conveniência e oportunidade. Como fica fácil de ver, a revogação tem íntima correlação com atos produzidos no exercício do Poder Discricionário. De fato, são, sem dúvida, revogáveis os atos discricionários. Agora, volta e lê o comando do item. O servidor viu ILEGALIDADE no ato. Pergunta-se: revoga-se ou anula-se? ANULA-SE, e não se revoga, como diz o item, que está ERRADO.

Aproveitando, pode-se afirmar que existem atos que são irrevogáveis. Vejamos:

Atos que se exauriram seus efeitos (ato que concedeu férias, por exemplo, não podem ser revogados)

Atos vinculados: posto que, com relação a estes, o administrador não goza de liberdade de atuação. IMPORTANTE: pelo menos um ato vinculado pode ser revogado, conforme a jurisprudência dos Tribunais Judiciais: a licença para a construção de obras, quando esta ainda não tenha sido iniciada. Aliás, este item até caiu em uma prova recente realizada pela FUNIVERSA, que é uma instituição que faz concursos e tem sede no DF. Um monte de gente errou, pois não conhecia essa ligeira exceção. Mas, de modo geral, o examinador pode, com razão, afirmar que atos vinculados não se revogam, que tá certo mesmo;

Atos que geram direitos adquiridos garantidos constitucionalmente;

Atos que integram procedimento administrativo, à medida que ocorre o ato posterior. Exemplo clássico é o dado por Celso Antônio Bandeira de Mello, ao apontar que o ato de adjudicação da licitação não pode ser revogado, após a firmatura do contrato; e,

Meros atos administrativos, como certidões, pareceres e atestados.

25 - (2010/CESPE/MPS/ADMINISTRADOR) Cabe convalidar o vício da forma, nos atos administrativos, ainda que a lei faça previsão expressa quanto à forma.

25 - GABARITO: ERRADO

TEMA: PROCESSOS – CONVALIDAÇÃO

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Convalidação... Figurinha boa!

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A Lei 9.784/99 estabelece importantes regras a respeito da convalidação, que inclusive vimos na aula de atos administrativos.

Autores de grande importância para o Direito Administrativo Brasileiro anteriormente à vigência da 9.784 defendiam a impossibilidade de correção (convalidação, para ser mais técnico) dos atos administrativos. Não existiriam, assim, atos anuláveis, mas tão só atos administrativos válidos ou nulos, estes últimos impassíveis de correção ou de produção de efeitos, resguardando-se, obviamente, efeitos produzidos quanto a terceiros de boa-fé. A partir da vigência da Lei 9.784/99 passou a ser possível o aproveitamento de atos administrativos com vícios ditos superáveis (sanáveis). Desse modo, hoje não há dúvida: é possível a convalidação dos atos administrativos, a qual produz efeitos, é bom que se relembre, ex tunc, isto é, os efeitos da correção retroagem ao momento da edição do ato.

Destaque-se que nem todos os vícios são sanáveis, como também já visto no capítulo referente aos atos administrativos. Só o são vícios quanto à competência e forma. Mas há restrições.

De fato, pois, primeiro, atos de competência exclusiva que tenham sido praticados por outras autoridades não podem ser convalidados. Se a norma jurídica atribuiu, DE FORMA EXCLUSIVA, competência a alguém somente aquele que detém tal autorização poderá praticar o ato. Segundo: O vício de forma pode ser objeto de convalidação, desde que ela não seja essencial à validade do ato. Por forma essencial entenda-se forma necessária à validade do ato e determinada pela norma. Nos termos do art. 22 da 9.784:

Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir.

Muito bem. O item diz que pode ser convalidado o vício de forma, ainda que a Lei faça previsão expressa quanto a esta. Não pode não. Se a Lei fizer previsão expressa quanto à forma, esta é ESSENCIAL, e não pode ser “desdenhada”. Assim, ERRADO o item, pois se a norma faz previsão expressa quanto à forma, esta deve ser observada necessariamente.

26 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) Interposto recurso administrativo, a autoridade julgadora federal, que não pode ter recebido essa competência por delegação, pode, desde que o faça de forma necessariamente fundamentada, agravar a situação do recorrente.

26 - GABARITO: CERTO

TEMA: PROCESSO – RECURSOS ADMINSTRATIVOS – REFORMA EM PREJUÍZO

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Lá vem o passeio...

O recurso em um processo, qualquer um, diz respeito a nossa própria natureza inconformista de homens (em sentido amplo, seres humanos). Um exemplo ilustra melhor: uma pessoa que nos é querida está doente. Na consulta com o médico, o profissional nos diz que a situação é muito grave. O que fazemos, então? RECORREMOS a uma segunda opinião, pois temos uma tendência natural de não acreditarmos naquilo que não é o “melhor dos mundos”. Com o direito não é diferente.

A Lei 9.784 cuida, nos arts. 56 ao 65, dos recursos e da revisão. Os recursos podem ser interpostos por razões de legalidade e de mérito. Regra geral, o prazo a interposição de recursos administrativos é de dez dias, salvo disposição legal específica em sentido diverso. O prazo é contado a partir da ciência ou da divulgação oficial do ato. Agora, PRESTEM ATENÇÃO: vejam que são possíveis recursos administrativos com outros prazos, DESDE QUE LEI ESPECÍFICA ASSIM ESTABELEÇA. Exemplo disso: os prazos recursais contidos no art. 109 da Lei 8.666/1993, que cuida especificamente de recursos em processos licitatórios. Então, ficamos assim quanto aos prazos para recursos administrativos: É DE DEZ DIAS, SALVO SE LEI ESPECÍFICA ESTABELECER PRAZO DIVERSO.

Cabe à autoridade decidir o recurso no prazo de trinta dias, a partir do recebimento da peça recursal, prazo o qual pode ser prorrogado por igual período, desde que justificado pela autoridade. Exponha-se que o descumprimento pela Administração do prazo para decidir (julgamento a destempo) não implicará nulidade da decisão, mas poderá resultar na responsabilidade funcional de quem houver, de maneira injustificada, dado vazão ao atraso.

Também por regra, o recurso não tem efeito suspensivo, isto é, não suspende a executoriedade da decisão recorrida. Costuma-se dizer, então, que, em regra, os recursos administrativos possuem efeito devolutivo, mas não suspensivo. Ah – como funcionam um e outro? Vejamos.

O efeito suspensivo é como se fosse um efeito “para tudo”, o que deve ser entendido como exceção para os recursos administrativos. De fato, a Administração Pública deve empreender, dentro do possível, celeridade à sua atuação. Daí, fato raro o efeito suspensivo aos recursos administrativos, uma vez que tal situação acabaria obstando dita celeridade. Todavia, a autoridade competente (ou aquela imediatamente superior) para apreciação do recurso administrativo poderá, de ofício ou a pedido, de modo excepcional, conceder efeito suspensivo ao expediente recursal, se houver justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da

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decisão recorrida. Por oportuno, citamos que, em alguns casos, a Legislação reconhece a necessidade de efeito suspensivo para alguns recursos administrativos, em razão do potencial prejuízo que poderia ser resultante da não atribuição de tal efeito. É o que ocorre, por exemplo, quanto aos recursos administrativos quanto às fases de habilitação e julgamento, os quais têm efeitos suspensivos por determinação expressa da Lei 8.666/93 nesse sentido (§ 2º do art. 109 da Lei 8.666/93).

Destaque-se que, de modo preliminar à apreciação do recurso pela autoridade superior, a Lei estatui a possibilidade de reconsideração, no prazo de 5 dias, por parte da autoridade que tenha proferido a decisão recorrida (art. 61).

Em alguns casos, o recurso administrativo não deve ser conhecido. É o que acontece quando os recursos são interpostos:

I - fora do prazo;

II - perante órgão incompetente;

III - por quem não seja legitimado;

IV - após exaurida a esfera administrativa.

No caso do item II acima, a autoridade responsável pelo recebimento do recurso deverá indicar ao interessado a autoridade competente, devolvendo o prazo ao interessado, para que não sofra prejuízo na sua pretensão de recorrer.

Interessante regra está contida no art. 64, que estabelece o órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência. O §1° do mesmo artigo estabelece a possibilidade de agravamento da situação inicial, no caso de RECURSO intentado. Admite-se, assim, a reforma em prejuízo (reformatio in pejus) do recorrente, o que não é permitido na revisão. Esta, possível a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, ocorre quando há fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada, não podendo resultar em agravamento da sanção inicial. Veda-se na revisão, portanto, a reformatio in pejus.

Agora, volte ao item. Veja que ele diz, CORRETAMENTE, que o recurso pode agravar a situação do recorrente, e tá CERTO isso, de acordo com a Lei! Ah – essa possibilidade de agravamento decorre, basicamente, do princípio da verdade real, material, dos processos administrativos, ok? E já que estamos resolvendo o item, vamos “matar” logo tudo: decisão de recursos administrativos é mesmo indelegável, como vimos no item 14, em razão do art. 13 da 9.784. logo, o item que estamos analisando está CORRETO mesmo. Mas

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vamos continuar a tratar dos recursos administrativos aqui, para depois fazermos nossas duas últimas questões do curso.

O art. 57 estabelece o limite máximo de três instâncias administrativas, salvo se a lei dispuser de forma contrária. Ou seja, caso não haja nenhuma outra disposição de lei, o recurso caminhará por, no máximo, três instâncias administrativas. Passadas estas três instâncias, a matéria não poderá mais ser discutida NA VIA ADMINISTRATIVA. O destaque é para lembrar que nada impede o inconformado com a decisão de recorrer à via judicial, claro. Na VIA ADMINISTRATIVA É QUE, SUPERADAS AS 3 INSTÂNCIAS, NÃO CABE DISCUSSÃO NA VIA DE RECURSO.

Em razão de decisões recentes do STF, vejamos que o dispõe o § 2º do art. 56 da Lei 9.784/1999:

§ 2o Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução.

De acordo com o dispositivo em referência, caso houvesse disposição legal específica, poderia ser exigida caução para que recorresse administrativamente.

Ocorre que o STF tratou da gratuidade em processos administrativos em duas Adin’s apreciadas em conjunto, a 1.976 e a 1.922. A questão essencial tratava da possibilidade (ou necessidade) de depósito de valores (ou arrolamento de bens) para que um interessado pudesse recorrer administrativamente.

Na oportunidade, o STF entendeu que tal providência (exigência de bens arrolados ou de depósito de recursos) criaria um obstáculo injustificável para a impetração do recurso administrativo, mudando, totalmente, a posição do STF. O entendimento foi se consolidando e culminou na súmula vinculante nº 21, recém editada, que diz:

é inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

Dessa forma, devemos levar para a prova que, DE ACORDO COM O STF (atualmente): É INCONSTITUCIONAL A EXIGÊNCIA DE DEPÓSITO DE RECURSOS FINANCEIROS OU ARROLAMENTO DE BENS PARA QUE ALGUÉM POSSA APRESENTAR UM RECURSO ADMINISTRATIVO.

PERGUNTA: há despesas processuais cuja cobrança é permitida? SIM. Exemplo: as referentes a cópias do processo e outras assemelhadas, por exemplo. Mas não a cobrança de depósito de recursos financeiros ou a necessidade de arrolamento de bens. É isso.

Outro dispositivo importante é o § 1º do art. 56 da Lei 9.784/1999. Vejamos:

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§ 1o O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.

Então, os recursos administrativos são dirigidos à autoridade que proferiu a decisão inicial, a qual, SENÃO A RECONSIDERAR, ou seja, se não se retratar, encaminhará para a autoridade imediatamente superior. Então, imaginemos a seguinte situação: uma autoridade administrativa do TCU aplica, administrativamente, uma punição administrativa a servidor do Tribunal, o qual (o servidor), inconformado, intenta um “recurso” perante a dita autoridade, a qual deve conhecer do pedido como PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO. A autoridade, então, denega o pedido. Daí, agora sim, a autoridade encaminhará o pedido, EM GRAU DE RECURSO, a uma autoridade hierarquicamente superior. Assim, ERRADA a questão, pois o pedido de reconsideração é apresentado A MESMA AUTORIDADE QUE PROFERIU A DECISÃO ADMINISTRATIVA INICIAL. Em síntese: sempre há possibilidade de o próprio órgão prolator da decisão administrativa reavaliar a decisão que fora tomada anteriormente, sob o manto do recurso, do pedido de reconsideração, da revisão, ou de outros. Isso se dá em razão do princípio da autotutela, consagrado na súmula 473 do STF e que já estudamos na aula de atos.

Informamos, ainda, que há possibilidade do acesso à via judicial, da qual não tratamos aqui por não ser interesse específico dessa aula.

Pois bem, falemos um pouco mais da revisão.

A revisão é possível a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, ocorrendo quando há fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada, não podendo resultar em agravamento da sanção inicial. Veda-se na revisão, portanto, a reformatio in pejus.

Interessante observar que o fundamento da revisão é o FATO NOVO, AS CIRCUNSTÂNCIAS RELEVANTES, que justifiquem a inadequação da penalidade aplicada. Não cabe revisão, portanto, por conta de alegação de injustiça, ou à luz das provas que já foram produzidas e constam do processo. NOTEM: em sede de recurso cabe a reforma em prejuízo do interessado (reformatio in pejus), o que não ocorre na revisão.

Última forma: novidade!!!!

Vimos, nas aulas iniciais, que o Brasil adota o sistema inglês ou de jurisdição una ou única, para controle judicial de atos jurídicos, no sentido de que todos os atos administrativos, guardados certos limites, podem ser apreciados judicialmente.

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No entanto, a adoção da jurisdição una não impede que a Administração Pública instaure processos administrativos visando à tomada de decisões dessa natureza (administrativas), as quais, contudo, não serão dotadas da definitividade típica das decisões judiciais, em razão da unicidade (ou inafastabilidade) da jurisdição do Poder Judiciário.

Também foi destacado que a qualquer instante uma matéria pode ser levada à apreciação judicial, ainda que já instaurado, ou já decidido, um processo administrativo. Isso se dá em razão da unicidade de jurisdição, própria do Poder Judiciário. Todavia, há situações em que, primeiro, a via administrativa deve ser exaurida, para que se possa levar a matéria para a via judicial.

O primeiro caso é a justiça desportiva. Esse já tá sem graça. Já vimos. O outro é mais interessante. Vamos ver.

No contexto da reforma do judiciário, deflagrada a partir da Emenda Constitucional n. 45/2004, foi aprovada a Lei n. 11.417/2006, para a regulamentação das (já famosas) Súmulas Vinculantes. No art. 7º da norma assim está estabelecido:

Art. 7º Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros meios admissíveis de impugnação.

§ 1o Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias administrativas.

§ 2o Ao julgar procedente a reclamação, o Supremo Tribunal Federal anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial impugnada, determinando que outra seja proferida com ou sem aplicação da súmula, conforme o caso.

Para esclarecimento: a reclamação é o instrumento de previsão constitucional (alínea “l” do inc. I do art. 102 da CF) utilizado para preservação da competência e garantia da autoridade das decisões do STF.

Assim, mais um caso de necessidade de esgotamento da instância administrativa para acrescentarmos a nossa vida “concursística”: para impetração de Reclamação junto ao STF em razão de uma ação/omissão da Administração Pública só após o exaurimento da via administrativa.

Ah! Em pesquisa ao sítio eletrônico do STF, encontramos outra forma de necessidade de exaurimento das vias administrativas. Na visão do STF, para que se receba a acusação penal pelo ilícito tributário capitulado no art. 1º da Lei n. 8.137/90, é de se aplicar o

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entendimento no HC 81.611, no sentido de se aguardar o esgotamento da via administrativa.

Para finalizar, lembrem-se das três situações colocadas à disposição para “brigar” por seus direitos:

I) Partir direto para uma ação judicial;

II) Provocar a instauração de um processo administrativo e aguardar a solução do feito para, se for o caso, ir ao judiciário;

III) Provocar a instauração de um processo administrativo e, no curso deste, ir ao Judiciário, provocando também lá uma discussão.

27 - (2010/CESPE/PGFN/Procurador) No processo administrativo, eventual recurso deve ser dirigido à própria autoridade que proferiu a decisão, podendo essa mesma autoridade exercer o juízo de retratação e reconsiderar a sua decisão.

27 - GABARITO: CERTO

TEMA: PROCESSOS – RECURSOS

COMENTARIOS

Ai, ai, ai, ai... tá chegando a hora... tá acabando... penúltimo item! É de fixação: o recurso deverá ser encaminhado à própria autoridade que proferiu a decisão inicial, como vimos no item anterior. Se esta não reconsiderar, se não se retratar, como diz o item, encaminhará os argumentos, agora em grau de recurso, a uma autoridade superior, para que profira decisão. CERTO, portanto.

28 - (2010/CESPE/INCA/Advogado) É constitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

28 – GABARITO: ERRADO

TEMA: PROCESSOS – RECURSOS – DEPÓSITO EM DINHEIRO.

COMENTARIOS:

Releiamos a súmula vinculante 21, do STF:

é inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

Direto e reto: ERRADO, portanto, o item, pois é INCONSTITUCIONAL a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

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Pois é, pessoal, acabamos. Dever cumprido. Fim de jornada; começo de outra: se tudo der certo, em breve, muitos de vocês estarão aqui conosco no Tribunal. Outros, em outros órgãos. Mas, sinceramente, esperamos que todos felizes. No mais, eu, Sandro, gostaria de deixar um texto que gosto muito, a respeito da individualidade. Perdi um amigo um dia desses e refleti muito sobre isso. Muitos me consolaram. Estou confortado. Mas este texto diz muito para mim. E, espero, seja uma mensagem boa para todos.

Bons estudos,

Cyonil + Elaine + Sandro (trio parada dura!)

Ninguém é Insubstituível – Celia Spangher Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um, ameaça: "ninguém é insubstituível". A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido: - Alguma pergunta? - Tenho sim. E Beethoven ? - Como? - encara o gestor confuso. - O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven? Silêncio..... O funcionário fala então: - Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo, continuam achando que os profissionais são peças dentro

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da "máquina" (organização) e que, quando sai um, é só encontrar outro para pôr no lugar. Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? etc... Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis. Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora de os líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus "erros/deficiências". Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico. O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos. Cabe aos líderes de uma organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto. Se o gerente/coordenador, ainda está focado em "melhorar as fraquezas" de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de líder/técnico que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo. E, na gestão dele, o mundo teria perdido todos esses talentos. Seguindo esse raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos, não haveria montanhas, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados . . . apenas peças. Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões "foi pra outra morada". Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com

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a "partida" de nosso irmão Zacarias, e hoje, para substituí-lo, chamamos:... . Ninguém ... pois nosso Zaca é insubstituível". Portanto, nunca esqueça: Você é um talento único. Com toda certeza ninguém substituirá você! Sou um só, mas, ainda assim, sou um. Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso. No mundo sempre existirão pessoas que vão amar você pelo que você é, e outras que vão odiá-lo pelo mesmo motivo. Acostume-se a isso e viva sempre de cabeça erguida e com muita paz de espírito. Todo ser humano deveria olhar o lado bom das pessoas, deixar que suas qualidade se aflorem para que os talentos apareçam. Olhar o outro com um olhar sincero, buscar qualidades, fazer elogios sinceros e com fundamentos parece algo bobo e banal, mas que faz milagres, muda em 100% os relacionamentos Texto Original escrito por Celia Spangher - Diretora de Gestão do Talento da Maxim Consultores http://celiaspangher.wordpress.com/2010/06/21/ninguem-e-insubstituivel

QUE ESSA EQUIPE QUE PREPARAMOS BRILHE!!! MUITO!!!! BOA PROVA A TODOS!!!!