d. administrativo ponto dos concursos aula 02
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D. ADMINISTRATIVO PONTO DOS CONCURSOS Aula 02.pdfTRANSCRIPT
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Profa. Patrcia Carla www.pontodosconcursos.com.br
Oi, Gente!
Mas vamos ao nosso encontro de hoje!!!
Legislao federal aplicvel aos agentes pblicos Lei n 8112/90.
Beijo carinhoso e bons estudos!
Patrcia Carla
REGIME JURDICO DOS SERVIDORES PBLICOS DA UNIO
(Lei n 8112/90)
Ao conjunto de regras que disciplinam determinado instituto d-se o nome
de regime jurdico. Assim, so estabelecidas normas para a nomeao,
aposentadoria, estabilidade, acumulao de cargos, enfim, seus deveres,
direitos e demais aspectos da vida funcional do servidor pblico.
Nesse contexto, essas normas podem ser estabelecidas por lei ou por
contrato. No primeiro caso, o regime ser legal, e estabelecido por meio do
Estatuto dos Servidores Pblicos. No ltimo, ser contratual, com as regras
dadas pela Consolidao das Leis do Trabalho (CLT, Decreto-lei n
5.452/1943 e Lei n 9.962/20001).
justamente a que se insere o referido Estatuto: trata-se da lei que
estabelece a inter-relao dos servidores pblicos com a Administrao,
especificando todos os detalhes dessa convivncia profissional.
A Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispe sobre o regime
jurdico dos servidores pblicos civis da Unio, das autarquias e das
fundaes pblicas federais.
E essa lei que vai nos interessar neste estudo, voltado fundamentalmente
para concursos federais.
AGENTES PBLICOS
1 Na ADI 2.135 (julgamento em 02/08/2007, DJ 14/08/2007) o STF suspendeu, cautelarmente e com efeito ex nunc, a alterao do caput do art. 39, CF/88, retornando sua redao original, onde se exige a existncia de um Regime Jurdico nico (RJU) dos Servidores Pblicos. Assim, a partir dessa deciso, tornou-se inaplicvel a Lei n 9.962/2000.
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O gnero agentes pblicos abrange todas as pessoas que, de uma forma ou
de outra, mesmo que transitoriamente e sem remunerao, prestam algum
tipo de servio ao Estado.
Entre os agentes, encontram-se trs espcies principais, quais sejam, os
agentes polticos, os agentes em delegao e os servidores pblicos.
Assim, agentes polticos so os que compem os altos escales do Governo,
como Presidente da Repblica, Governador, Prefeito, Senador, Deputado,
Vereador e Magistrado, com caractersticas, prerrogativas e privilgios
prprios, em geral estabelecidos pela Constituio Federal.
J os agentes em delegao so aqueles particulares que recebem do
Estado a competncia para executar determinada atividade pblica, ou
prestao de servio pblico ou, ainda, construo de obra pblica. Citem-
se os leiloeiros, peritos, tradutores, concessionrios, permissionrios e
autorizatrios.
Servidores pblicos, em sentido amplo, so todos os que prestam servios
ao Estado, incluindo a Administrao Pblica Indireta, tendo vnculo
empregatcio e pagos pelos cofres pblicos. So tambm chamados de
agentes administrativos. Nessa classificao esto tanto os servidores
estatutrios, sujeitos ao regime legal, quanto os empregados pblicos, do
regime contratual, alm dos temporrios, nos termos do art. 37, IX, da
CF/88.
Os servidores estatutrios, tambm chamados de funcionrios pblicos
(como na CF/67), so os titulares de cargos pblicos e esto sujeitos ao
regime legal, ou estatutrio, pois lei de cada ente da federao (Unio,
Estados-membros, Distrito Federal e Municpios) que estabelece as regras
de relacionamento entre os servidores e a Administrao Pblica.
Tais regras podem ser alteradas unilateralmente, mas com respeito aos
direitos j adquiridos. Esse regime destinado, preferencialmente, s
funes pblicas que exigem do agente poderes prprios de Estado (art.
247, CF/88), conferindo-lhe prerrogativas especiais, como a estabilidade.
No plano federal, o estatuto dos Servidores Civis da Unio, Autarquias e
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Fundaes Pblicas esta Lei n 8.112/90, com alteraes posteriores
determinadas especialmente pela Lei n 9.527/972.
Empregados pblicos so aqueles contratados, seguindo o regime
trabalhista, prprio da iniciativa privada. Assim, devem obedecer a
Consolidao das Leis do Trabalho (CLT e Lei n 9.962/20003), bem como
as regras impostas pela CF/88, como acesso mediante concurso pblico
(art. 37, II, CF/88), limitaes de remunerao (art. 37, XI, CF/88) e
acumulao remunerada de cargos e empregos pblicos (art. 37, XVI e
XVII, CF/88).
Por sua vez, os empregados das empresas pblicas ou sociedades de
economia mista, ainda que exploradoras de atividade econmica (art. 173,
CF/88), equiparam-se a servidores pblicos em diversos aspectos, como
limites acumulao (art. 37, XVII, CF/88), teto remuneratrio (art. 37,
9, CF/88) e regra do concurso pblico, conforme revela antiga deciso do
STF4:
CARGOS E EMPREGOS PUBLICOS. ADMINISTRAO PBLICA
DIRETA, INDIRETA E FUNDACIONAL. ACESSIBILIDADE.
CONCURSO PBLICO. A acessibilidade aos cargos pblicos a
todos os brasileiros, nos termos da Lei e mediante concurso
pblico princpio constitucional explcito, desde 1934, art. 168.
Embora cronicamente sofismado, merc de expedientes
destinados a iludir a regra, no s foi reafirmado pela
Constituio, como ampliado, para alcanar os empregos
pblicos, art. 37, I e II. Pela vigente ordem constitucional, em
regra, o acesso aos empregos pblicos opera-se mediante
concurso pblico, que pode no ser de igual contedo, mas h de
ser pblico. As autarquias, empresas publicas ou sociedades de
economia mista esto sujeitas regra, que envolve a
2 O Regime Jurdico dos Servidores do Servio Exterior Brasileiro est regrado na Lei n 11.440/2006. 3 Na ADI 2.135 (julgamento em 02/08/2007, DJ 14/08/2007) o STF suspendeu, cautelarmente e com efeito ex nunc, a alterao do caput do art. 39, CF/88, retornando sua redao original, onde se exige a existncia de um Regime Jurdico nico (RJU) dos Servidores Pblicos. Assim, a partir dessa deciso, tornou-se inaplicvel a Lei n 9.962/2000.
4 STF, MS 21.322/DF, relator Ministro Paulo Brossard, publicao DJ 23/04/1993.
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administrao direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos
poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municpios. Sociedade de economia mista destinada a explorar
atividade econmica est igualmente sujeita a esse princpio, que
no colide com o expresso no art. 173, 1. Excees ao
princpio, se existem, esto na prpria Constituio.
J os temporrios so aqueles contratados para atividades transitrias,
emergenciais, submetidos a um regime jurdico especial, como, na esfera
federal, disciplinado pela Lei no 8.745/935, com alteraes posteriores, em
especial pela Lei no 10.667/2003 e pelo Decreto no 4.748/2003, que a
regulamenta. A lei que trate desse tipo de situao no pode estabelecer
hipteses abrangentes e genricas de contratao temporria, sem a
especificao da contingncia ftica que evidencie tal situao excepcional,
sob pena de inconstitucionalidade6. Essa classe est prevista, como
mencionado, no art. 37, IX, da CF/88, e tambm tem seus litgios
submetidos Justia Federal, quando contratados por entidade dessa
esfera:
5 Lei no 8.745/93, art. 2 Considera-se necessidade temporria de excepcional interesse pblico: I - assistncia a situaes de calamidade pblica; II - combate a surtos endmicos; III - realizao de recenseamentos e outras pesquisas de natureza estatstica efetuadas pela Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE; IV - admisso de professor substituto e professor visitante; V - admisso de professor e pesquisador visitante estrangeiro; VI - atividades: a) especiais nas organizaes das Foras Armadas para atender rea industrial ou a encargos temporrios de obras e servios de engenharia; b) de identificao e demarcao desenvolvidas pela FUNAI; c) (Revogado) d) finalsticas do Hospital das Foras Armadas; e) de pesquisa e desenvolvimento de produtos destinados segurana de sistemas de informaes, sob responsabilidade do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurana das Comunicaes - CEPESC; f) de vigilncia e inspeo, relacionadas defesa agropecuria, no mbito do Ministrio da Agricultura e do Abastecimento, para atendimento de situaes emergenciais ligadas ao comrcio internacional de produtos de origem animal ou vegetal ou de iminente risco sade animal, vegetal ou humana; g) desenvolvidas no mbito dos projetos do Sistema de Vigilncia da Amaznia - SIVAM e do Sistema de Proteo da Amaznia - SIPAM. h) tcnicas especializadas, no mbito de projetos de cooperao com prazo determinado, implementados mediante acordos internacionais, desde que haja, em seu desempenho, subordinao do contratado ao rgo ou entidade pblica. 6 STF, ADI 3.210/PR, relator Ministro Carlos Velloso, publicao DJ 03/12/2004. Veja tambm: STF, ADI 890/DF, relator Ministro Maurcio Corra, publicao DJ 06/02/2004.
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CONFLITO DE COMPETNCIA. CONSTITUCIONAL.
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR FEDERAL. FUNASA. CONTRATO
TEMPORRIO. GUARDA DE ENDEMIAS. EXCEPCIONAL INTERESSE
PBLICO. RESCISO. LEI 8745/93. Compete Justia Comum
Federal processar e julgar pedido indenizatrio relativo
contratao efetuada pela Fundao Nacional da Sade para
atendimento de necessidade temporria de excepcional interesse
pblico. Conflito conhecido para declarar a competncia da Justia
Comum Federal.7
CONFLITO DE COMPETNCIA. CONSTITUCIONAL.
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR FEDERAL. CONTRATO
TEMPORRIO. EXCEPCIONAL INTERESSE PBLICO. RESCISO.
Compete Justia Comum Federal processar e julgar pedido de
verbas indenizatrias relativas a contratao efetuada pela Unio
ou suas entidades para atendimento de necessidade temporria
de excepcional interesse pblico. Conflito conhecido. Competncia
da Justia Comum Federal.8
Assim sendo, os comentrios aqui sero fixados nos servidores pblicos
estatutrios, que so o objeto do Estatuto Federal.
A LEI N 8.112/90 E A REFORMA ADMINISTRATIVA DA
EC N 19/98
Nossa Constituio Federal de 1988 dedicou um captulo prprio
Administrao Pblica, traando seus contornos principais e tratando
especificamente dos servidores pblicos, com normas gerais a serem
observadas por todos os entes da federao (artigos 37 a 41, CF/88).
A estabeleceu formas de acesso, aquisio de estabilidade, perda do cargo,
acumulao legal de cargos, aposentadoria, princpios de observncia
obrigatria e outras normas, que devem ser esmiuadas pela legislao
ordinria.
7 STJ, CC 40.114/RJ, relator Ministro Jos Delgado, publicao DJ 09/08/2004. 8 STJ, CC 33.491/RJ, relator Ministro Vicente Leal, publicao DJ 17/06/2002.
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O contedo original do caput do art. 39 determinava que a Unio, os
Estados, o Distrito Federal e os Municpios deveriam instituir, no mbito de
sua competncia, regime jurdico nico (RJU) e planos de carreira para os
servidores da administrao pblica direta, das autarquias e das fundaes
pblicas.
Ressalte-se que no se exigia, obrigatoriamente, o regime estatutrio.
Havia, isso sim, que ser o mesmo regime para todos, independente de ser
estatutrio (ou legal), celetista (ou contratual), ou outro qualquer que fosse
criado. Tal previso tinha base no princpio da isonomia, segundo o qual
todos deveriam ter o mesmo tratamento.
A Unio saiu frente editando a Lei n 8.112, em 11 de dezembro de 1990,
optando pelo regime estatutrio, ou seja, os servidores estariam
submetidos lei, que regularia sua relao com a Administrao Pblica.
Poderia tambm ter optado pelo regime contratual, seguindo as regras da
Consolidao das Leis do Trabalho.
Importante repetir: uma vez optado por um ou outro regime, todos os
servidores daquele ente federativo deveriam estar vinculados a ele. Assim,
o Estatuto atendeu ao comando constitucional, instituindo esse regime
jurdico, poca nico, para seus servidores.
Em 04 de junho de 1998 fez-se promulgar a Emenda Constitucional n 19,
apelidada de Reforma Administrativa, que inaugurou uma nova fase para os
servidores pblicos, com importantes alteraes no texto constitucional.
Em especial, alterou-se o texto do artigo 39, deixando de ser necessria a
fixao de um nico regime jurdico para todos os servidores, passando a
ser possvel a convivncia, numa mesma esfera de governo, de mltiplos
regimes jurdicos, cada qual estabelecendo regras de determinada carreira,
com peculiaridades prprias de cada caso.
Com isso, buscou-se a flexibilizao da Administrao Pblica, deixando de
lado muitas regras rigorosas do Estatuto, em especial facilitando a dispensa
de trabalhadores, que passariam a ser contratados pelas regras da CLT,
sem direito estabilidade, como prevista no art. 41 da CF/88, aps a
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alterao promovida por essa Emenda9. Embora no seja pacfica tal
interpretao10, parece clara a inteno do constituinte derivado ao alterar a
redao do caput do art. 41. Originalmente, a estabilidade era dirigida a
todo aquele nomeado em virtude de concurso pblico, tanto titular de
cargo quanto de emprego pblico11. Com a nova regra, limita-se a
estabilidade aos nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de
concurso pblico.
Assim, deixou de fazer sentido referir-se a Regime Jurdico nico dos
Servidores Pblicos, visto que tal sistema deixou de existir com essa EC n 9 Redao original: art. 41. So estveis, aps dois anos de efetivo exerccio, os servidores nomeados em virtude de concurso pblico. Redao dada pela Emenda Constitucional n 19/98: art. 41. So estveis aps trs anos de efetivo exerccio os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico. 10 Smula 390, TST: I O servidor pblico celetista da administrao direta, autrquica ou fundacional beneficirio da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. II Ao empregado de empresa pblica ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovao em concurso pblico, no garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. TST, RR 3.572/2001-201-02-00.1, relator Ministro Joo Batista Brito Pereira, publicao DJ 29/06/2007: O servidor pblico celetista da administrao direta, autrquica ou fundacional beneficirio da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. Noutro sentido: TST, RR 616.054, relator Ministro Guedes de Amorim, publicao DJ 24/08/2001: Empregado pblico, ainda que admitido nos servios do Municpio, mediante concurso pblico de ingresso, nos termos do artigo 37, inciso II, da Constituio Federal, e sob o regime da legislao trabalhista, adotada pelo Reclamado em observncia do artigo 39 da Carta Magna, no se beneficia da estabilidade assegurada em seu artigo 41, pois destinado apenas aos servidores pblicos civis. TST, RR 459.515, relator Ministro Wagner Pimenta, DJ 02/02/2001: A estabilidade prevista no artigo 41 da Constituio Federal no alcana o empregado pblico celetista da administrao direta, admitido por concurso pblico, que, data da demisso, contava com mais de dois anos de efetivo exerccio. A concluso desse entendimento se encontra no artigo 37 da Constituio Federal, que distinguiu cargo de emprego pblico, embora para ambos a aprovao dependa de concurso pblico para a investidura na Administrao Pblica, Direta ou Indireta. O cargo pblico criado por lei, enquanto que, no emprego pblico, a natureza do vnculo contratual, regida pela CLT. STF, RE 159.005/PR, relator Ministro Sydney Sanches, publicao DJ 10/02/1995, e AI-AgR 88.486/PR, relator Ministro Aldir Passarinho, publicao DJ 29/06/1984: No se cumulam os dois regimes: o do FGTS e o da estabilidade. STF, AI-AgR 561.230/RS, relator Ministro Gilmar Mendes, publicao DJ 22/06/2007: Funcionrios de empresa pblica. Regime Celetista. Readmisso com fundamento no art. 37, da Constituio Federal. Impossibilidade. Estabilidade que se aplica somente a servidores pblicos. STF, AI-AgR 630.749/PR, relator Ministro Eros Grau, publicao DJ 18/05/2007: A estabilidade dos servidores pblicos no se aplica aos funcionrios de sociedade de economia mista. Estes so regidos por legislao especfica [Consolidao das Leis Trabalhistas], que contm normas prprias de proteo ao trabalhador no caso de dispensa imotivada. STF, RE-AgR 242.069/PE, relator Ministro Carlos Velloso, publicao DJ 22/11/2002: A norma do art. 41, C.F., conferidora de estabilidade, tem como destinatrio o servidor pblico estatutrio exercente de cargo pblico. 11 STF, AI-AgR 510.994/SP, relator Ministro Cezar Peluso, publicao DJ 24/03/2006: Faz jus estabilidade prevista no art. 41 da Constituio Federal, em sua redao original, o empregado pblico que foi aprovado em concurso pblico e cumpriu o perodo de estgio probatrio antes do advento da EC n 19/98. Veja tambm a seguinte deciso, anterior EC n 19/98: STF, MS 21.236/DF, relator Ministro Sydney Sanches, publicao DJ 25/08/95 - A garantia constitucional da disponibilidade remunerada decorre da estabilidade no servio publico, que assegurada, no apenas aos ocupantes de cargos, mas tambm aos de empregos pblicos, j que o art. 41 da C.F. se refere genericamente a servidores.
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19/98. Correto tecnicamente seria cham-lo de Estatuto dos Servidores
Pblicos ou Regime Jurdico Estatutrio.
Com efeito, com essa alterao constitucional, passou a caber a cada ente
da Federao a eleio da forma como seriam disciplinadas as regras entre
ele e determinada carreira pblica. Essa liberdade, contudo, no ilimitada,
tendo a prpria Constituio Federal deixado implcito que determinados
cargos devem ser organizados em carreira, o que lhes exige a vinculao
estatutria, no necessariamente Lei n 8.112/90. Citem-se a Polcia, a
Defensoria, a Advocacia Pblicas e as carreiras das administraes
tributrias. Alm destas, h ainda a previso de que determinadas
atividades sero consideradas tpicas de Estado, e tambm devero estar
vinculadas ao Estatuto, como se denota da redao do novo art. 247,
acrescentado pelo art. 32 da EC no 19/98.
Ademais, da Unio a competncia para legislar sobre Direito do Trabalho
(art. 22, I, CF/88), o que retira a liberdade dos demais entes de legislar
sobre regimes contratuais, sujeitos a esse ramo do direito.
Ento, ao criar novo cargo ou abrir vagas para concurso pblico, a
Administrao Pblica, pela via adequada, deveria estabelecer se esses
novos integrantes seriam regidos pelo Estatuto, com regras rgidas,
inalterveis por acordo entre as partes, ou pelo regime contratual, com
clusulas discutidas entre empregado e empregador.
Mas esse cenrio alterou-se profundamente com o julgamento pelo STF,
ainda em sede cautelar, da ADI 2.13512, onde se discute a
constitucionalidade da EC n 19/98, em especial no que concerne
alterao do art. 39, caput, CF/88.
Ocorre que, quando das votaes na Cmara dos Deputados, em primeiro
turno, a proposta de alterao do caput do art. 39, CF/88, no foi aprovada
pela maioria qualificada constitucionalmente exigida (art. 60, 2, CF/88).
Ao elaborar o texto enviado para votao, em segundo turno, a comisso
especial de redao da Cmara dos Deputados teria deslocado o 2 do
art. 39 que havia sido aprovado, para o lugar do caput do artigo 39, cuja
12 STF, ADI 2.135/MC, relator Ministro Nri da Silveira, publicao DJ 14/08/2007.
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proposta de alterao havia sido rejeitada no primeiro turno. Com essa
substituio, a redao original do caput do artigo 39 simplesmente
desapareceu. Naturalmente que essa transposio no pode ser tida por
mera emenda redacional13, exigindo-se, ento, nova votao, para
cumprimento da exigncia de aprovao por dois turnos em cada uma das
Casas legislativas do Congresso Nacional (art. 60, 2, CF/88).
Com isso, haveria inconstitucionalidade formal. Nesse julgamento afastou-
se, em sede cautelar, a nova redao do caput desse art. 39, retomando-se
a redao original do texto constitucional.
Para que fique claro, compare-se a redao original e a alterada pela EC n
19/98:
Texto original da CF/88:
Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios
instituiro, no mbito de sua competncia, regime jurdico nico e
planos de carreira para os servidores da administrao pblica
direta, das autarquias e das fundaes pblicas.
Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998:
Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios
instituiro conselho de poltica de administrao e remunerao
de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos
Poderes.
deciso foi dado efeito ex nunc, dizer, irretroativo, no atingindo as
situaes jurdicas havidas entre a promulgao da EC n 19/98 e a deciso
do STF.
A partir de ento, repise-se, retorna a regra da exigncia de um Regime
Jurdico nico, sendo incabvel, hoje, contratao pelo regime da CLT, no
mbito federal.
Como efeito imediato, tem-se a inaplicabilidade da Lei n 9.962/2000, que
disciplinou o regime de emprego pblico do pessoal da Administrao
federal direta, autrquica e fundacional. Como agora s cabe um regime,
nico, o estatutrio, no ser mais possvel a existncia de novos empregos 13 De acordo com o art. 118 do Regimento Interno da Cmara dos Deputados.
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pblicos no mbito da Administrao federal direta, autrquica e
fundacional. Aqueles contratados sob esse regime antes da deciso do STF
seguem em seus empregos, j que, como se disse, a deciso cautelar teve
efeito ex nunc.
Aguarde-se a deciso final de mrito.
O Estatuto no imutvel. Ao contrrio, no cabe argir violao ao direito
adquirido contra mudanas no regime jurdico.
Como j visto, regime jurdico o conjunto de normas que regem
determinado instituto. Ao tomar posse em um cargo pblico, sob as
determinaes do Estatuto, tem-se um determinado conjunto de regras
sobre os mais variados temas: frias, licenas, horrio de trabalho etc.
Segundo entende o Supremo Tribunal Federal, no h direito adquirido que
garanta imutabilidade do regime jurdico14. Esse tribunal, que est no pice
do nosso Poder Judicirio, reiteradamente tem entendido que no se pode
exigir a permanncia dessas regras por todo o tempo em que houver
vnculo com a Administrao Pblica, sendo possvel a alterao desses
institutos sem que seja ferido o direito adquirido.
Assim, a no existncia de direito adquirido a regime jurdico implica dizer
que pode a lei nova, ao criar direito novo para o servidor pblico,
estabelecer exigncia que no observe o regime jurdico anterior15.
Como se percebe nesse julgado, esse entendimento antigo e, acrescente-
se, pacfico e consolidado.
Dessa forma pode a Administrao alterar unilateralmente as regras. E
assim foi alterado o Estatuto em diversas ocasies, em especial com a
profunda reforma promovida pela Lei n 9.527, de 10 de dezembro de
1997, que retirou inmeros direitos dos servidores pblicos federais, como,
e a ttulo de exemplo, a possibilidade de incorporao de anunios e os
chamados quintos das gratificaes, licena prmio, venda de 1/3 das frias
etc.
14 STF, RMS 24.273 AgR-ED/DF, relatora Ministra Ellen Gracie, publicao DJ 10/12/2004 e ADI 2.555/DF, relatora Ministra Ellen Gracie, publicao DJ 02/05/2003. 15 STF, RE 99.522/PR, relator Ministro Moreira Alves, publicao DJ 20/05/1983.
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Percebe-se que as regras do jogo foram alteradas: o que antes era possvel
fazer, agora no mais; de outro lado, novas opes foram deferidas aos
servidores. Como o regime legal, lei cabe estabelecer as regras, e aos
servidores cabe cumpri-las. Se o regime contratual, no pode o
empregador alterar clusulas como bem entender, devendo haver
concordncia entre os contratantes. Destaque-se que, ainda que haja
concordncia do empregado, pelo princpio da proteo, algumas alteraes
prejudiciais a ele no so admitidas.
Quando da mudana unilateral da lei, as situaes j consolidadas devem
ser respeitadas.
Para que fique bem claro, citem-se exemplos ilustrativos. Aquele que
tivesse optado pela converso em pecnia de 1/3 das frias (popularmente
chamada de venda de 1/3 das frias) antes de dezembro de 1997, ainda
que o gozo das mesmas fosse em 1998, tinha o direito adquirido essa
converso, pois tinha cumprido todos os requisitos antes da extino dessa
possibilidade. Porm, aquele que ainda no tinha feito essa opo no pde
mais faz-la, assim como no pode exigir que continue tendo esse direito.
Outro exemplo do servidor que j havia cumprido cinco anos de exerccio
sem nenhuma falta, exigncia para ter direito licena prmio de trs
meses. Todo aquele que j tinha cumprido o requisito temporal poca da
edio da lei que extinguiu essa vantagem tem o direito adquirido ao gozo
desses trs meses de licena prmio. Porm, aquele que tinha quatro anos,
tinha mera expectativa de direito, no podendo gozar dessa licena, pois
no cumpria os requisitos de ento e, quando completou os cinco anos, j
no havia essa previso legal.
CARGOS, EMPREGOS E FUNES
A Constituio Federal distribui competncia entre as pessoas jurdicas
(Unio, Estados-membros, Distrito Federal e Municpios), rgos e
servidores pblicos. Por sua vez, estes ocupam cargos, empregos ou
exercem funes.
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Assim, cargo , seguindo o art. 3 do Estatuto, o conjunto de atribuies e
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser
cometidas a um servidor.
criado por lei, com denominao prpria e vencimento pago pelos cofres
pblicos, para provimento em carter efetivo ou em comisso (art. 3,
nico).
O cargo pblico pode ser de provimento efetivo ou em comisso, e essa
caracterstica quanto possibilidade de permanncia no cargo deve ser
prevista na lei que o cria. Assim, se o preenchimento pressupe
continuidade e permanncia no cargo, ser este efetivo; de outro modo,
temporrio o provimento do cargo em comisso, tambm chamado de
cargo em confiana, pois est atrelado confiana que determinada
autoridade tem em seu auxiliar, como no caso dos Diretores de Secretaria
na Justia Federal. Este cargo no comporta maiores regalias ao seu titular
momentneo, no gerando direito de permanncia nele, tampouco
aposentadoria pelo regime dos servidores pblicos (artigos 37, II, V e 40,
13, CF/88).
O cargo pblico exclusividade do servidor estatutrio. De outro lado, ao
celetista cabe o emprego pblico, que tambm um conjunto de
atribuies, mas que se diferencia exclusivamente pelo vnculo que une
seus titulares ao Estado. Assim, funcionrio (estatutrio) ser titular de um
cargo, empregado (celetista) ser titular de um emprego.
J a funo se refere a uma atribuio especfica, pelo Poder Pblico, a um
agente. Ou seja, o acrscimo de algumas atribuies quelas j
destinadas ao agente, no que concerne chefia, direo ou
assessoramento. Assim, exige-se que, para exerc-la, j seja concursado. O
agente tem suas atividades normais dentro do cargo que ocupa e adquire
mais algumas, como, por exemplo, para ser chefe de uma seo. Em
contrapartida, h acrscimo na remunerao (art. 61, I). Essa possibilidade
est prevista no art. 37, V, da CF/88, e chamada de funo de confiana.
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Maria Sylvia Zanella di Pietro16 ainda lembra outra situao quando fala em
funo, que aquela exercida por servidores contratados temporariamente
com base no art. 37, IX, para as quais no se exige, necessariamente
concurso pblico, porque, s vezes, a prpria urgncia da contratao
incompatvel com a demora do procedimento; a Lei n 8.112/90 definia, no
artigo 233, 3, as hipteses em que o concurso era dispensado; esse
dispositivo foi revogado pela Lei n 8.745, de 9-12-93, que agora disciplina
a matria, com as alteraes introduzidas pela Lei n 9.849, de 26-10-99.
Assim, quer seja em um caso, quer seja noutro, no h necessidade de
prvio concurso pblico, pois, naquele, exige-se que j seja servidor, neste,
exige-se urgncia na contratao. Bem por isso, o inciso II do art. 37 da
CF/88 o exige somente para investidura em cargo ou emprego, silenciando
quanto funo.
Por fim, reproduzo o art. 37, V, da CF/88:
As funes de confiana, exercidas exclusivamente por servidores
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comisso, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condies e
percentuais mnimos previstos em lei, destinam-se apenas s
atribuies de direo, chefia e assessoramento.
No qualquer pessoa, no entanto, que pode assumir um cargo em
comisso ou funo gratificada. Nessa linha, editou o STF, em 21/08/2008,
a Smula Vinculante n 13, com o seguinte teor:
A nomeao de cnjuge, companheiro ou parente em linha reta,
colateral ou por afinidade, at 3 grau, inclusive da autoridade
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurdica investido em
cargo de direo, chefia ou assessoramento, para o exerccio de
cargo em comisso ou de confiana ou ainda de funo
gratificada da administrao pblica direta, indireta em qualquer
dos poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos
municpios, compreendido o ajuste mediante designaes
recprocas, viola a Constituio Federal.
16 Direito Administrativo. Cit., p. 439.
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Acrescento outras decises do STF acerca da aplicao ou no da Smula
em anlise:
NEPOTISMO. SMULA VINCULANTE N 13. INAPLICABILIDADE AO
CASO. CARGO DE NATUREZA POLTICA. AGENTE POLTICO.
Impossibilidade de submisso do reclamante, Secretrio Estadual
de Transporte, agente poltico, s hipteses expressamente
elencadas na Smula Vinculante n 13, por se tratar de cargo de
natureza poltica.17
A vedao do nepotismo no exige a edio de lei formal para
coibir a prtica, uma vez que decorre diretamente dos princpios
contidos no art. 37, caput, da Constituio Federal. O cargo de
Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paran reveste-
se, primeira vista, de natureza administrativa, uma vez que
exerce a funo de auxiliar do Legislativo no controle da
Administrao Pblica.18
Ateno para no confundir: funes de confiana servidores ocupantes
de cargo efetivo; cargos em comisso (=cargo em confiana) servidores
de carreira ou no.
Nomeao x Posse x Exerccio
Nomeao: a nica forma de provimento originrio prevista no atual
ordenamento jurdico brasileiro; a atribuio de um cargo a um servidor
independentemente de qualquer relao jurdica anterior com a
Administrao. O pressuposto para a sua realizao a prvia aprovao
em concurso pblico, devendo ser formalizada durante o seu prazo de
validade e respeitada a sua ordem de classificao.
17 STF, Rcl 6.650 MC-AgR/PR, DJ 21/11/2008, Informativos 524 e 529. Excertos do Informativo 524, Rcl 6.650 MC-AgR/PR: A nomeao de parentes para cargos polticos no implica ofensa aos princpios que regem a Administrao Pblica, em face de sua natureza eminentemente poltica, e que, nos termos da Smula Vinculante 13, as nomeaes para cargos polticos no esto compreendidas nas hipteses nela elencadas. 18 STF, Agr. na Med. Caut. em Rcl. 6.702/PR, Informativo 537 e 544. Veja tambm a Rcl 7.952/PI, onde foi concedida liminar permitindo o afastamento de um assessor de controle interno do Tribunal de Contas (TC) estadual, sobrinho do esposo de uma conselheira do prprio TC (deciso liminar de 06/04/2009).
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Smula n 16, STF: Funcionrio nomeado por concurso tem direito
posse.
Posse: a aceitao, pelo servidor, das atribuies do cargo, momento em
que esse assume o compromisso de bem servir. Nesse momento forma-se a
relao jurdica: a Administrao atribui o cargo e o servidor aceita-o,
formando-se, assim, o vnculo estatutrio, o que se denomina investidura.
Portanto, com a nomeao tem-se provimento e com a posse faz-se a
investidura.
A posse deve ser feita com a assinatura do respectivo termo, no qual
devero constar as atribuies, os deveres, as responsabilidades e os
direitos inerentes ao cargo ocupado, que no podero ser alterados
unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofcio
previstos em lei. Esse ato s ocorre no provimento originrio e nada impede
que seja realizado por meio de procurao especfica.
O servidor tem o prazo de at 30 dias, contados da publicao do ato de
nomeao, para tomar posse, sob pena de a nomeao ficar sem efeito.
Caso o administrador d posse fora desse prazo, o ato invlido e no ter
efeito. Em caso de impedimento, esse prazo ser contado do seu trmino.
Na oportunidade da posse, o servidor deve apresentar a sua declarao de
bens e valores. O objetivo dessa declarao acompanhar a sua evoluo
patrimonial que, em caso de desproporcionalidade, pode caracterizar
Improbidade Administrativa (Lei n 8429/92). Exige-se tambm a
declarao quanto ao exerccio ou no de outro cargo, emprego ou funo
pblica, para evitar acumulaes ilegais, alm da prvia inspeo mdica
para atestar sua capacidade fsica e mental para o exerccio do cargo.
Exerccio: o efetivo desempenho das atribuies do cargo pblico ou da
funo de confiana (art. 13, Lei n 8112/90). Efetivada a posse, o servidor
tem o prazo de 15 dias pra entrar em exerccio a contar daquele ato, sob
pena de ser exonerado de ofcio.
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Tratando-se de funo de confiana, o servidor deve entrar em exerccio na
data da publicao do ato de designao, sob pena de o ato ficar sem
efeito. Estando o servidor impedido em razo de licena ou afastamento, a
entrada em exerccio deve ocorrer no primeiro dia aps o trmino do
impedimento, que no pode exceder a 30 dias.
Nas hipteses em que o servidor tenha exerccio em outro municpio em
razo de ter sido removido, redistribudo, requisitado, cedido ou posto em
exerccio provisrio, ter, no mnimo, dez e, no mximo, trinta dias de
prazo, contados da publicao do ato, para a retomada do efetivo
desempenho das atribuies do cargo, includo nesse prazo o tempo
necessrio para o deslocamento para a nova sede.
A jornada semanal de trabalho do servidor ter durao mxima de 40h,
+enquanto a jornada diria ter o limite mnimo de 6h e o mximo de 8h.
Para os ocupantes de cargo em comisso, o regime de dedicao integral
ao servio, podendo ser convocado sempre que houver interesse da
Administrao.
Formas de deslocamento
Nessa oportunidade, importante tomar cuidado para no confundir formas
de provimento com formas de deslocamento, no havendo nesse ltimo
atribuio de um novo cargo a um servidor, mas, somente o seu
deslocamento. O Estatuto definiu duas formas de deslocamento: a remoo
e a redistribuio.
Remoo: um instituto utilizado pela Administrao com o intuito de
aprimorar a prestao do servio pblico, podendo ser usado, tambm, no
interesse do servidor, diante da ocorrncia dos casos especificados na lei.
Trata-se de uma forma de deslocamento do servidor no mbito do mesmo
quadro, com ou sem mudana de sede (art. 36). A lei admite trs formas de
deslocamento: realizada de ofcio pela Administrao para atender aos seus
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interesses; a pedido do servidor e deferida de acordo com a convenincia e
oportunidade da Administrao; e as hipteses em que o servidor pede e
tem direito subjetivo ao seu deferimento, isto , independe do interesse da
Administrao, o que ocorre nas seguintes circunstncias:
a) Quando o pedido for para acompanhar cnjuge ou companheiro,
tambm servidor pblico civil ou militar, de qualquer dos poderes e
de qualquer ordem poltica, que foi deslocado no interesse da
Administrao. Essa regra no pode ser utilizada para os servidores
que se deslocaram a pedido e que passaram no concurso quando o
cnjuge j era servidor em outra localidade;
b) Por motivo de sade do servidor, cnjuge, companheiro ou
dependente, desde que viva s suas expensas e que essa informao
conste do seu assentamento funcional, condicionada comprovao
por junta mdica oficial;
c) Em virtude de processo seletivo promovido, na hipteses em que o
nmero de interessados for superior ao nmero de vagas, de acordo
com normas preestabelecidas pelo rgo ou entidade em que eles
estejam lotados.
Redistribuio: o deslocamento de cargo de provimento efetivo,
ocupado ou vago no mbito do quadro geral de pessoal, para outro rgo
ou entidade do mesmo Poder; com prvia apreciao do rgo competente
(art. 37). Esse deslocamento possvel dede que preenchidos os seguintes
requisitos: interesse da Administrao, equivalncia de vencimentos;
manuteno da essncia das atribuies do cargo; vinculao entre os
graus de responsabilidade e complexidade das atividades; mesmo nvel de
escolaridade, especialidade ou habilitao profissional, compatibilidade
entre as atribuies do cargo e as finalidades do rgo ou entidade.
A redistribuio ocorrer ex officio para ajustamento de lotao e da fora
de trabalho s necessidades dos servios, inclusive nos casos de
reorganizao, extino ou criao de rgo ou entidade. Nessa hiptese,
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caso o servidor no seja redistribudo, este ser colocado em
disponibilidade.
Vacncia
Vacncia a terminologia tcnica para descrever que o cargo pblico est
vago, um fato administrativo que indica que determinado cargo pblico
no est provido, isto , est sem titular. O rol de hiptese que geram a
vacncia est previsto no art. 33, da Lei n 8112/90:
1 Exonerao: ocorre quando a dissoluo do vnculo entre o servidor e
a administrao se d sem carter punitivo, podendo, de acordo com os
arts. 35 e 35 da Lei, ocorrer em duas situaes: em cargo efetivo a pedido
do servidor ou de ofcio, ou de cargo em comisso a juzo da autoridade
competente ou a pedido do prprio servidor;
2 Demisso: forma de penalidade disciplinar, cabvel s hipteses
descritas no art. 132, a qual seguida da indisponibilidade dos bens e
ressarcimento ao errio nas circunstncias onde a conduta motivadora do
agente importar em leso aos cofres pblicos, aplicao irregular de
dinheiro pblico, corrupo ou improbidade administrativa;
3 Promoo: constitui tambm uma das formas de provimento derivado
de cargo pblico, que se constitui de forma vertical, com ascenso
funcional. No mbito federal, caber lei que fixar as diretrizes do sistema
de carreira na Administrao Pblica Federal, tambm estabelecer os
requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira,
mediante promoo, uma vez promovido o servidor, abre-se vaga pra o
cargo anteriormente ocupado;
4 Readaptao: a investidura do servidor em cargo de atribuies e
responsabilidades compatveis com a limitao que tenha sofrido em sua
capacidade fsica ou mental verificada em inspeo mdica. ao mesmo
tempo forma de investidura e vacncia de cargo pblico. O servidor
readaptado passar a ocupar um cargo semelhante, respeitando suas novas
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limitaes, deixando o anterior vago para ser ocupado por outro servidor
que preencha os requisitos de capacidade fsica ou mental;
5 Aposentadoria: d-se quando o servidor passa para a inatividade.
Trata-se de direito do servidor e ocorrer de formas especficas: voluntria,
compulsria, por invalidez permanente e especial;
6 Posse em outro cargo inacumulvel: pode se dar como uma das
hipteses previstas em lei autorizadora da demisso do servidor. Como
prev o art. 133, detectada a qualquer tempo a acumulao ilegal de
cargos, emprego ou funes pblicas, a autoridade competente notificar o
servidor para que opte por um dos cargos, emprego ou funo no prazo de
10 dias. Este ter at o ltimo dia do prazo da defesa do processo
administrativo disciplinar para efetivar sua escolha. Caso contrrio,
configurar-se- m-f, aplicando-lhe a pena de demisso. Se, porm,
houver a escolha em tempo hbil do cargo, emprego ou funo, sua
conduta converter automaticamente em pedido de exonerao do outro
cargo. Em ambas as hipteses haver vacncia;
7 Falecimento: como o prprio nome j sugere, a hiptese gerada pelo
bito do servidor.
Desinvestitura: exonerao x demisso
Desinvestidura o ato administrativo atravs do qual o servidor
destitudo do cargo, representa o fim da relao jurdica funcional, gerando
a vacncia do mesmo. As duas principais formas so: exonerao e a
demisso.
Exonerao: o desligamento sem carter sancionador, podendo ocorrer a
pedido do servidor que no deseja mais trabalhar naquele cargo da
Administrao, ou por iniciativa e deliberao espontnea da Administrao,
denominada por parte da doutrina de exonerao de oficio. Assim, a
exonerao por iniciativa da Administrao pode ocorrer nas seguintes
hipteses:
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1 Quando se tratar de cargo em comisso: essa hiptese tambm
denominada exonerao ad nutum, independe de qualquer motivao.
Tratando-se de cargo de livre nomeao e livre exonerao, em que a
escolha e a manuteno so baseadas na confiana;
2 Quando o servidor, nomeado e empossado, no entrar em exerccio no
prazo legal, o qual, para os servidores pblicos federais, de 15 dias a
contar da data da posse (art. 15, 1, RJU);
3 Quando, em cargo efetivo e antes da estabilidade, o servidor no for
habilitado no estgio probatrio ou no aprovado na avaliao especial de
desempenho, prevista no art. 14, 4, da CF/88 e realizada por uma
comisso instituda pra essa finalidade, com garantia do contraditrio e da
ampla defesa;
4 Quando, aps a aquisio da estabilidade, o servidor considerado
insatisfatrio na avaliao peridica de desempenho, disposio do art. 41,
1, inciso III, da CF, que representa uma hiptese de perda da
estabilidade com a conseqente exonerao do servidor, garantidos sempre
o contraditrio e a ampla defesa. Essa avaliao depende de
regulamentao atravs de lei complementar, que deve definir critrios e
garantias para o procedimento, inclusive com regras especiais para os
servidores estveis que desenvolvem atividades exclusivas de Estado (art.
247, CF);
5 Para se adequar aos limites previstos no art. 169, CF, quanto s
despesas com pessoal. Esses limites devem ser definidos por lei
complementar, hoje LC n 101/00, e os entes que estiverem fora da regra
devem reduzir os seus gastos inclusive exonerando servidores, se
necessrio, conforme critrios definidos na prpria Constituio;
6 Quando o servidor estiver de boa-f, em acumulao proibida, a
hiptese prevista no art. 133, 5, do RJU que garante ao servidor que
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estiver acumulando ilegalmente a opo de escolher, no prazo de 10 dias,
com qual cargo deseja continuar. No ocorrendo a escolha, ser instaurado
o respectivo processo administrativo disciplinar para investigar a prtica da
infrao funcional de acumulao ilegal. Durante o processo, o servidor
ainda ter a chance de fazer opo at o prazo da defesa (5 dias),
oportunidade em que se reconhece a boa-f do servidor e converte a sua
escolha em pedido de exonerao do cargo que no desejar mais. Caso a
opo no ocorra, comprovadas a infrao funcional e a m-f do servidor,
aplica-se a pena de demisso;
7 A EC 51/06, introduziu o 6, do art. 198, da CF, que estabeleceu mais
uma hiptese de exonerao, disponde que o servidor que exera funes
equivalentes s de agente comunitrio de sade ou de agente de combate
s endemias poder perder o cargo em caso de descumprimento dos
requisitos especficos, fixados em lei, para o seu exerccio, requisitos esses
hoje definidos na Lei n 11.350/06.
A segunda hiptese de desinvestidura a demisso, que tem a natureza de
sano. Trata-se do desligamento do servidor do cargo que ocupa em razo
da prtica de uma infrao funcional grave; pena.
A Lei n 8112/90, em seu art. 132, enumera quais so as infraes
funcionais punveis com a pena de demisso, exigindo sempre o respectivo
processo administrativo disciplinar, garantindo o contraditrio e a ampla
defesa.
A pena de demisso pode ser transformada em pena de cassao ou
destituio, seguindo a Lei n 8112/90. Prev o estatuto que, quando o
servidor ocupante de um cargo efetivo pratica uma infrao grave e est
em atividade, se comprovada em processo disciplinar, este ser demitido.
Todavia, caso o servidor tenha praticado a mesma infrao grave enquanto
esteve em atividade e, em data posterior, se aposentou ou entrou em
disponibilidade, a pena de demisso ser convertida em cassao de
aposentadoria ou disponibilidade.
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E mais, caso o citado servidor ocupe um cargo em comisso ou funo de
confiana e pratique a mesma infrao grave, a pena de demisso ser
convertida em destituio de cargo em comisso ou funo de confiana.
Por fim, em razo da confiana exigida para esses cargos, caso o servidor
pratique uma infrao mdia que para os demais servidores seria punvel
com uma simples pena de suspenso, nesses cargos aplica-se a pena mais
grave de destituio. Portanto, servidor de cargo em comisso ou funo de
confiana que pratique infrao mdia ou grave ser penalizado com a pena
de destituio e perder o cargo.
O legislador, preocupado com a efetiva aplicao das diversas sanes
previstas pela lei, estabeleceu que, se o servidor estiver respondendo por
processo administrativo disciplinar, no poder, enquanto no for julgado o
processo e cumprida a pena, exonerar-se a pedido ou aposentar-se de
forma voluntria (art. 172, RJU).
Ressalvada a restrio acima, ocorrendo a exonerao, seja porque
desconhecia a infrao ou nas hipteses praticadas de ofcio pela
Administrao, o ato de exonerao poder ser convertido em pena de
demisso se comprovado, por meio de processo administrativo disciplinar,
que o servidor, enquanto em atividade praticou uma infrao funcional
grave (art. 132). Da mesma forma, caso ele obtenha aposentadoria, essa
ser cassada.
A situao inversa tambm possvel. Na hiptese em que o servidor foi
processado e ao final condenado, sofrendo a pena de demisso, se ficar
provada a sua inocncia em processo de reviso julgado procedente, a
penalidade ficar sem efeito e o servidor ter direito de retornar para o seu
cargo com todos os seus direitos (art. 182). Contudo, quando tratar-se de
cargo em comisso, a demisso ficar sem efeito e ser convertida em
exonerao, mas, nesse caso, o servidor no ter direito de retornar para o
cargo, porque a confiana ficou abalada.
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Quadro esquemtico dos direitos e vantagens dos servidores
Remunerao
Modalidades: vencimentos e subsdio;
No se admite remunerao inferior ao salrio mnimo;
Fixao por meio de lei, ressalvadas algumas hipteses expressas na CF, como o Presidente da Repblica, Ministros de Estado, Senadores e Deputados Federais, alm dos vereadores;
Sujeita ao teto remuneratrio e aos princpios da irredutibilidade;
Vedada a vinculao ou equiparao;
Descontos: so possveis em caso de falta sem motivo justificado; faltas justificadas, a depender da chefia, possvel compens-las no sendo assim descontadas; e atrasos sendo estes proporcionais;
Consignao em folha: possvel a critrio do administrador, quando autorizado pelo servidor;
Dbito com o errio: servidor com dbito superior a cinco vezes a remunerao e que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada ter 60 doas para quitar o dbito, sob pena de inscrio na dvida ativa;
Penhora: o vencimento no pode ser objeto de penhora, arresto ou seqestro, salvo por dbito alimentar.
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Indenizaes
No se incorporam ao vencimento/provento para qualquer efeito
Valores que so estabelecidos em regulamento
Ajuda de custo
- para compensar as despesas de instalao do servidor que, no interesse do servio, passar a ter exerccio em nova sede, com mudana de domiclio em carter permanente;
- calculada sobre a remunerao do servidor, conforme se dispuser em regulamento, no podendo exceder importncia correspondente a 3 meses
Dirias
- para compensar afastamento da sede em carter eventual ou transitrio para outro ponto do territrio nacional ou para o exterior;
- servem para indenizar despesas extraordinrias com pousada, alimentao, locomoo etc;
- dependem de regulamento
Transporte
- para compensar despesas com a utilizao de meio prprio de locomoo para a execuo de servios externos, por fora das atribuies prprias do cargo;
- depende de regulamento
- para compensar despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem
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Auxlio-moradia
administrado por empresa hoteleira, no prazo de um ms, aps a comprovao da despesa pelo servidor;
- tem que atender aos requisitos da lei (art. 60 B);
- no ser concedido por prazo superior a 8 anos dentro de cada perodo de 12 anos;
- o valor limitado a 25% do valor do cargo em comisso, funo comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado;
- ocorrendo falecimento, exonerao, colocao de imvel funcional disposio do servidor ou aquisio de imvel, o auxlio-moradia continuar sendo pago por mais um ms.
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Gratificaes e Adicionais
- as gratificaes e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condies indicados em lei.
Funo de direo, chefia e assessoramento
- lei especfica estabelecer a remunerao
Gratificao natalina
- corresponde a 1/12 da remunerao mensal do servidor, por ms de exerccio no respectivo ano ser paga at o dia 20.12
Adicional de atividades insalubres, perigosas ou penosas
- servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substncias txicas, radioativas ou com risco de vida (definido em lei especfica)
Adicional de servio extraordinrio
- remunerado com acrscimo de 50% em relao hora normal, respeitado o limite mximo de 2h por jornada
Adicional noturno
- prestado em horrio compreendido entre 22h e 5h do dia seguinte, ter o valor-hora acrescido de 25%, computando-se cada hora como 52,30.
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Adicional de frias
- corresponde a 1/3 da remunerao do perodo de frias.
Gratificao por encargo de curso ou concurso
- devida ao servidor que, em carter eventual:
a) atuar como instrutor em curso de formao, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente institudo no mbito da administrao pblica federal;
b) participar de banca examinadora ou de comisso para exames orais, anlise curricular, correo de provas discursivas, elaborao de questes de provas ou julgamento de recursos intentados por candidatos;
c) participar da logstica de preparao e de realizao de concurso pblico envolvendo atividades de planejamento, coordenao, superviso, execuo e avaliao de resultado, quando tais atividades no estiverem includas entre as suas atribuies permanentes;
d) participar ou supervisionar a aplicao de provas de exame vestibular ou de concurso pblico.
- os critrios de concesso e os limites da gratificao por regulamento, observados os parmetros legais;
- no se incorpora ao vencimento ou salrio do servidor para qualquer efeito e no poder ser utilizada como base de clculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de clculo dos proventos da aposentadoria e das penses.
- Podem ser institudos outros, relativos ao local ou natureza do trabalho
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Frias
- 30 dias podendo ser acumuladas at no mximo 2 perodos, salvo casos previstos em lei especfica;
- raio x ou substncias radioativas 20 dias por semestre, vedada acumulao;
- primeiro perodo aquisitivo de frias sero exigidos 12 meses de exerccio;
- pagamento ser efetuado 2 dias antes do incio do perodo;
- parcelamento at 3 etapas dede que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administrao pblica;
- indenizao na exonerao de cargo efetivo, ou em comisso, h indenizao relativa ao perodo das frias a que tiver direito e ao incompleto, na proporo de um doze avos por ms do efetivo exerccio;
- interrupo por motivo de calamidade pblica, comoo interna, convocao para jri, servio militar ou eleitoral, ou por necessidade do servio declarada pela autoridade mxima do rgo ou entidade.
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Licenas - A licena concedida dentro de 60 dias do trmino de outra da mesma espcie ser considerada prorrogao.
Doena em pessoa da famlia
- doena do cnjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva s suas expensas;
- exige comprovao por junta mdica, quando a assistncia for indispensvel e no puder ser prestada simultaneamente;
- prazo: 30 dias + 30 dias com remunerao e, ultrapassando, at 90 dias sem remunerao;
- no ser concedida nova licena em perodo inferior a 12 meses do trmino da ltima licena concedida.
Afastamento do cnjuge ou companheiro
- para acompanhar cnjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do territrio nacional, para o exterior ou para o exerccio de mandato eletivo, podendo haver exerccio provisrio em rgo ou entidade da Administrao Federal, desde que para o exerccio de atividade compatvel.
Servio militar
- ser concedida por lei especfica mas, concludo o servio militar, o servidor ter ainda at 30 dias sem remunerao para reassumir o exerccio do cargo.
Atividade poltica
- sem remunerao, durante o perodo que mediar entre a sua escolha em conveno partidria, como candidato a cargo eletivo, e a vspera do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral e ser afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral, at o dcimo dia seguinte ao do pleito (licena com vencimentos pelo perodo de 3 meses)
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Capacitao
- a cada 5 anos poder afastar-se do exerccio do cargo efetivo, com a respectiva remunerao, por at 3 meses, para participar de curso de capacitao profissional.
Interesses particulares
- podero ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que no esteja em estgio probatrio, licenas para o trato de assuntos particulares pelo prazo de at 3 anos consecutivos, sem remunerao.
Mandato classista
- sem remunerao para o desempenho de mandato em confederao, federao, associao de classe de mbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profisso, ou, ainda, para participar de gerncia ou administrao em sociedade cooperativa constituda por servidores pblicos para prestar servios a seus membros, ter durao igual a do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleio, e por uma nica vez.
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Afastamentos
Servir a outro rgo ou entidade
- pode ser utilizado para servir em cargo em comisso ou funo de confiana ou em casos previstos em leis especficas;
- para rgos ou entidades dos Estados, DF ou dos Municpios, o nus da remunerao ser do rgo ou entidade cessionria, mantido o nus para o cedente nos demais casos;
- se EP ou SEM e o servidor optar pela remunerao do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuio do cargo em comisso, a entidade cessionria efetuar o reembolso das despesas realizadas pelo rgo ou entidade de origem.
Mandato eletivo - quando vedada a acumulao: art. 38, CF e art. 94, RJU.
Participao em programa de ps-graduao stricto sensu no
pas
- ser concedida desde que a participao no possa ocorrer simultaneamente com o exerccio do cargo ou mediante compensao de horrio;
- mantm a remunerao;
- os beneficiados tero que permanecer no exerccio de suas funes aps o seu retorno por um perodo igual ao do afastamento concedido, devendo, caso contrrio, ressarcir o rgo ou entidade dos gastos com seu aperfeioamento; isso tambm ocorrer caso o servidor no obtenha o ttulo ou grau que justificou seu afastamento, salvo na hiptese comprovada de fora maior ou de caso fortuito.
Estudo ou misso no Exterior
- a ausncia no exceder a 4 anos e, finda a misso ou estudo, somente decorrido igual perodo, ser permitida nova ausncia;
-
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- no ser concedida exonerao ou licena para tratar de interesse particular antes de decorrido perodo igual ao do afastamento, ressalvada a hiptese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.
Concesses
Doao de sangue
- 1 dia
Alistamento eleitoral
- 2 dias
Casamento
- 8 dias
Falecimento do cnjuge, companheiro, pais, madrasta ou
padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e
irmos
- 8 dias
Horrio especial
- utilizado nas seguintes hipteses:
a) para estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horrio escolar e o da repartio, sem prejuzo do exerccio do cargo, com compensao de horrio;
b) para portador de deficincia, quando comprovada a necessidade por junta mdica oficial, independentemente de compensao de horrio;
-
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c) para servidor que tenha cnjuge, filho ou dependente portador de deficincia fsica, exigindo-se, porm, compensao de horrio;
d) para servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I e II do art. 76-A, quais sejam:
I atuar como instrutor em curso de formao, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente institudo no mbito da administrao pblica federal;
II participar de banca examinadora ou de comisso de anlise de currculos, fiscalizar ou avaliar provas de exames vestibular ou de concurso pblico, ou supervisionar essas atividades.
PARA GUARDAR!
Agentes Pblicos
Conceito
todo aquele que exerce algum tipo de servio para o Estado, ainda que transitoriamente ou sem remunerao, por eleio, nomeao, designao, contratao ou qualquer outra forma de investidura ou vnculo, mandato, cargo, emprego ou funo.
Espcies
Agentes polticos: So os que compem os altos escales do Governo, como Presidente da Repblica, Governador, Prefeito, Senador, Deputado, Vereador e Magistrado, com caractersticas, prerrogativas e privilgios prprios, em geral estabelecidos pela Constituio Federal;
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Agentes em delegao: So aqueles particulares que recebem do Estado a competncia para executar determinada atividade pblica, ou prestao de servio pblico ou, ainda, construo de obra pblica. Citem-se os leiloeiros, peritos, tradutores, concessionrios, permissionrios e autorizatrios.
Servidores pblicos em sentido amplo: so todos os que prestam servios ao Estado, incluindo a Administrao Pblica Indireta, tendo vnculo empregatcio e pagos pelos cofres pblicos. So tambm chamados de agentes administrativos. Nessa classificao esto tanto os servidores estatutrios, sujeitos ao regime legal (Lei n 8.112/90), quanto os empregados pblicos, do regime contratual, alm dos temporrios, nos termos do art. 37, IX, da CF/88.
Servidor estatutrio
So os titulares de cargos pblicos e esto sujeitos ao regime legal, ou estatutrio, pois lei de cada ente da federao (Unio, Estados-membros, Distrito Federal e Municpios) que estabelece as regras de relacionamento entre os servidores e a Administrao Pblica.
Empregados pblicos
So aqueles contratados, seguindo o regime trabalhista, prprio da iniciativa privada. Assim, devem obedecer a Consolidao das Leis do Trabalho (CLT), bem como as regras impostas pela CF/88, como acesso mediante concurso pblico (art. 37, II, CF/88), limitaes de remunerao (art. 37, XI, CF/88) e acumulao remunerada de cargos e empregos pblicos (art. 37, XVI e XVII, CF/88).
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Temporrios
So aqueles contratados para atividades transitrias, emergenciais, submetidos a um regime jurdico especial, como, na esfera federal, disciplinado pela Lei n 8.745/93. A lei que trate desse tipo de situao no pode estabelecer hipteses abrangentes e genricas de contratao temporria, sem a especificao da contingncia ftica que evidencie tal situao excepcional, sob pena de inconstitucionalidade. Essa classe est prevista, como mencionado, no art. 37, IX, da CF/88, e tambm tem seus litgios submetidos Justia Federal, quando contratados por entidade dessa esfera
PARA GUARDAR!
Os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei (art. 37, I, da CF/88).
Cargo:
Lei n 8112/90, art. 3o Cargo pblico o conjunto de atribuies e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
Pargrafo nico. Os cargos pblicos, acessveis a todos os brasileiros, so criados por lei, com denominao prpria e vencimento pago pelos cofres pblicos, para provimento em carter efetivo ou em comisso.
Requisitos bsicos para investidura em cargo pblico:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos polticos;
III - a quitao com as obrigaes militares e eleitorais;
IV - o nvel de escolaridade exigido para o exerccio do cargo;
V - a idade mnima de dezoito anos;
VI - aptido fsica e mental.
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A relao dos requisitos meramente exemplificativa, podendo a lei exigir outros, de acordo com as atribuies do cargo. Incabvel restringir, no Edital do Concurso, o que a lei no limitou.
Smula 686, do STF: S por lei se pode sujeitar a exame psicotcnico a habilitao de candidato a cargo pblico.
A exigncia de habilitao para o exerccio do cargo objeto do certame dar-se- no ato da posse e no da inscrio do concurso (STF, RE 392.976/MG, DJ 08/10/2004).
Os cargos em comisso so os de livre nomeao e exonerao, no necessitam de concurso pblico e no oferecem qualquer garantia de permanncia ao seu titular, posto que transitrios. Essa caracterstica dada pela lei que cria o cargo, nos casos em que necessrio um liame de confiana entre determinada autoridade e o titular de cargo de direo, chefia ou assessoria. A lei tambm indica a autoridade competente para fazer a nomeao.
o caso dos assessores ou diretores, onde fundamental o envolvimento entre estes e a autoridade que os nomeia.
Apesar de ser livre a nomeao, a lei pode estabelecer certas regras, o que no desvirtua essa caracterstica do cargo. Assim, pode determinar idade mnima de vinte e um anos, como no citado caso dos Ministros de Estado (art. 87, CF/88), exigir diploma de bacharel em Direito, para os Diretores de Secretaria na Justia Federal, proibir nomeaes de determinados parentes etc.
A exonerao no precisa ser motivada, sendo ato puramente discricionrio da autoridade competente para nomear; diz-se, por isso, que a exonerao ad nutum.
Emprego:
Emprego pblico um conjunto de atribuies, mas que se diferencia do cargo pelo vnculo que une seus titulares ao Estado. Assim, o estatutrio (regido por um estatuto que no mbito federal a Lei n 8112/90) ser titular de um cargo (ex. servidor do INSS, TRE), j o empregado (regido pela CLT) ser titular de um emprego (ex. empregado dos Correios, Banco do Brasil, Petrobras).
Funo:
J a funo refere-se a uma atribuio especfica, pelo poder Pblico, a um agente. o acrscimo de algumas atribuies quelas j destinadas ao agente, no que concerne chefia, direo ou assessoramento. Assim, exige-se que, para exerc-la, j seja concursado.
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Art. 37, V, da CF/88: As funes de confiana, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comisso, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condies e percentuais mnimos previstos em lei, destinam-se apenas s atribuies de direo, chefia e assessoramento
PATTYDICAS!
1. O gnero agentes pblicos abrange todas as pessoas que, de uma forma ou de outra, mesmo que transitoriamente e sem remunerao, prestam algum tipo de servio ao Estado;
2. Entre os agentes, encontram-se trs espcies principais, quais sejam, os agentes polticos, os agentes em delegao e os servidores pblicos.
3. A estabilidade uma garantia de ordem constitucional deferida aos ocupantes de cargos pblicos de provimento efetivo, com o intuito de assegurar sua permanncia no cargo, enquanto atendidos os requisitos legais.
4. So quatro as possibilidades de perda do cargo do servidor estvel: I em virtude de sentena judicial transitada em julgado; II mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III mediante procedimento de avaliao peridica de desempenho; IV para o cumprimento dos limites com a despesa com pessoal ativo e inativo.
5. Todo servidor responsvel por suas aes e omisses, envolvendo as esferas civil, penal e administrativa, e por elas responde quando do exerccio irregular de suas atribuies;
6. A responsabilidade civil decorre tanto de ato omissivo quanto de comissivo, seja ele doloso ou culposo, desde que resulte em prejuzo ao errio ou a terceiros;
7. A responsabilidade do Estado por danos que seus agentes causarem a terceiros objetiva, ou seja, independe de dolo ou culpa;
8. A responsabilidade do servidor subjetiva, depende de comprovao de culpa lato sensu para que venha a responder pelo prejuzo;
9. Se falecer o servidor devedor, a obrigao de reparar o dano estende-se aos sucessores e, contra eles, ser executados, at o limite do valor da herana recebida;
10.Em havendo necessidade de deslocamento do servidor da sede, em carter eventual ou transitrio, para outro ponto do territrio nacional ou para o exterior, por razes do servio, receber indenizao relativa a todos os custos do afastamento, ou seja, passagens e dirias destinadas a fazer face s parcelas de despesas extraordinrias com pousadas, alimentao e locomoo urbana, conforme se dispuser em regulamento;
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11.Se o servidor receber dirias e no se afastar da sede, por qualquer motivo, ficar obrigado a restitu-las integralmente, no prazo de 5 dias;
12.Havendo deslocamento, porm retornando sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituir as dirias recebidas em excesso, no mesmo prazo (Lei n 8112/90, art. 59);
13.Se no houver devoluo, poder haver desconto na remunerao do servidor (Lei n 8112/90, art. 49).
H duas formas de retorno do servidor aposentado ativa por meio da reverso:
1. A primeira refere-se ao aposentado por invalidez que deixou de ser invlido (Lei n 8.112/90, art. 25, I): neste caso, como do interesse da Administrao Pblica, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercer as suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga (art. 25, 3);
2. A segunda hiptese de reverso ocorre no interesse da
Administrao, desde que sejam atendidos, pelo aposentado, os seguintes requisitos:
a) Tenha solicitado a reverso; b) A aposentadoria tenha sido voluntria; c) Estvel quando na atividade; d) A aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores
solicitao; e) Haja cargo vago.
Os cinco requisitos so cumulativos, na falta de um deles, no ser possvel a reverso a pedido. No caso do invlido que sofre a reverso, no havendo cargo vago, exercer as atribuies como excedente. Na segunda hiptese, no havendo vaga, no poder ser deferido o pedido. Em ambas as hipteses, a reverso far-se- no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformao (art. 25, 1) e no poder ser efetivada no caso de aposentado que j tenha completado 70 anos de idade (art. 25). No que diz respeito remunerao, o servidor que retornar atividade por interesse da Administrao perceber, em substituio aos proventos da aposentadoria, a remunerao do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente aposentadoria, revertendo os prejuzos financeiros que eventualmente teve com a mesma (art. 25, 4).
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A gratificao por encargo de curso ou concurso devida ao servidor que, em carter eventual:
1. Atuar como instrutor em curso de formao, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente institudo no mbito da administrao pblica federal;
2. Participar de banca examinadora ou de comisso para exames orais, anlise curricular, correo de provas discursivas, elaborao de questes de provas ou julgamento de recursos intentados por candidatos;
3. Participar da logstica de preparao e de realizao de concurso pblico envolvendo atividades de planejamento, coordenao, superviso, execuo e avaliao de resultado, quando tais atividades no estiverem includas entre as suas atribuies permanentes;
4. Participar ou supervisionar a aplicao de provas de exame vestibular ou de concurso pblico.
A referida gratificao no se incorpora ao vencimento ou salrio do servidor para qualquer efeito e no poder ser utilizada como base de clculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de clculo dos proventos da aposentadoria e das penses.
Art. 104. assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Pblicos, em defesa de direito ou interesse legtimo.
O direito de petio o direito que todo servidor tem de pedir, requerer aos Poderes Pblicos, em defesa de direitos ou interesse legtimo, seja frias, licena, reintegrao, reverso, horrio especial de estudante, cpias de um processo administrativo, promoo etc.
Art. 105. O requerimento ser dirigido autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermdio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.
Art. 106. Cabe pedido de reconsiderao autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira deciso, no podendo ser renovado. (Vide Lei n 12.300, de 2010)
Pargrafo nico. O requerimento e o pedido de reconsiderao de que tratam os artigos anteriores devero ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias.
Art. 107. Caber recurso: (Vide Lei n 12.300, de 2010)
I - do indeferimento do pedido de reconsiderao;
II - das decises sobre os recursos sucessivamente interpostos.
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1o O recurso ser dirigido autoridade imediatamente superior que tiver expedido o ato ou proferido a deciso, e, sucessivamente, em escala ascendente, s demais autoridades.
2o O recurso ser encaminhado por intermdio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente.
Art. 108. O prazo para interposio de pedido de reconsiderao ou de recurso de 30 (trinta) dias, a contar da publicao ou da cincia, pelo interessado, da deciso recorrida. (Vide Lei n 12.300, de 2010)
Art. 109. O recurso poder ser recebido com efeito suspensivo, a juzo da autoridade competente.
Pargrafo nico. Em caso de provimento do pedido de reconsiderao ou do recurso, os efeitos da deciso retroagiro data do ato impugnado.
Art. 110. O direito de requerer prescreve:
I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demisso e de cassao de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e crditos resultantes das relaes de trabalho;
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.
Pargrafo nico. O prazo de prescrio ser contado da data da publicao do ato impugnado ou da data da cincia pelo interessado, quando o ato no for publicado.
Art. 111. O pedido de reconsiderao e o recurso, quando cabveis, interrompem a prescrio.
Art. 112. A prescrio de ordem pblica, no podendo ser relevada pela administrao.
Ser a prescrio de ordem pblica significa que o interesse do Estado em manter a ordem pblica prevalece, no podendo abrir mo dos prazos, recebendo recurso a destempo. Por isso, so fatais e improrrogveis os prazos aqui estabelecidos, salvo motivo de fora maior, que so acontecimentos imprevisveis e esto fora do alcance das partes.
Art. 113. Para o exerccio do direito de petio, assegurada vista do processo ou documento, na repartio, ao servidor ou a procurador por ele constitudo.
Art. 114. A administrao dever rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.
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Art. 115. So fatais e improrrogveis os prazos estabelecidos neste Captulo, salvo motivo de fora maior.
Nos termos da Lei no 8.112/90, assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Pblicos, em defesa de direito ou interesse legtimo. Muito bem! Depois da aula terica, vamos aos exerccios! Eu sei que muitos
de vocs no so da rea jurdica e isso pode fazer com que encontrem
alguma dificuldade com os termos. Mas no se preocupem, com muita
leitura e muitos exerccios esse problema ser resolvido. Nada de tristeza
ou desnimo, saibam que muitos aprovados tambm passaram por essa
mesma situao e hoje esto no servio pblico!
Encontro vocs no frum do curso ou nas redes sociais, ok?
FB: Profa Patrcia Carla
Twitter: @profapatricia
Instagram: @profapatricia
Beijos e bons estudos!
Profa Patrcia Carla
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Lista de questes da aula 2 (FCC)
1 (FCC/TRT-20/Analista/2011) A licena por motivo de doena em pessoa da famlia, includas as prorrogaes, poder ser concedida a cada perodo de doze meses, dentre outras, na seguinte condio, por at
a) 120 dias, consecutivos ou no, sem remunerao.
b) 100 dias, consecutivos ou no, sem remunerao.
c) 120 dias, consecutivos, mantida a remunerao do servidor.
d) 60 dias, consecutivos ou no, mantida a remunerao do servidor.
e) 90 dias, consecutivos, mantida a remunerao do servidor.
2 (FCC/TRT-20/Analista/2011) O incio do exerccio de funo de confiana coincidir com a data de publicao do ato de designao, salvo quando o servidor estiver em licena ou afastado por qualquer outro motivo legal, hiptese em que recair no
a) primeiro dia til aps o trmino do impedimento, que no poder exceder a trinta dias da publicao.
b) primeiro dia til aps o trmino do impedimento, que no poder exceder a sessenta dias da publicao.
c) trigsimo dia til aps o trmino do impedimento, que poder exceder a noventa dias da publicao.
d) quinto dia til aps o trmino do impedimento, que poder exceder a trinta dias da publicao.
e) quinto dia til aps o trmino do impedimento, que no poder exceder a sessenta dias da publicao.
3 (FCC/TRT-20/Tcnico/2011) No que se refere ao provimento de cargo pblico, a posse e o exerccio do cargo pblico, devero observar, respectivamente, os prazos de
a) 15 dias contados da publicao do ato de provimento e 05 dias contados da data da posse.
b) 15 dias contados da publicao do ato de provimento e 15 dias contados da data da posse.
c) 30 dias contados da publicao do ato de provimento e 30 dias contados da data da posse.
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d) 30 dias contados da publicao do ato de provimento e 15 dias contados da data da posse.
e) 60 dias contados da publicao do ato de provimento e 30 dias contados da data da posse.
4 (FCC/TRT-20/Tcnico/2011) Detectada a qualquer tempo a acumulao ilegal de cargos, empregos ou funes pblicas, a autoridade notificar o servidor para apresentar opo, e, na hiptese de omisso, adotar procedimento sumrio para a sua apurao e regularizao imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolver de acordo com a Lei no 8.112/1990 que dispe sobre o Regime Jurdico dos Servidores Pblicos Civis da Unio, das autarquias e das fundaes pblicas federais. Desta forma, podemos afirmar que
a) o prazo para a concluso do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumrio no exceder trinta dias, admitida sua prorrogao por igual perodo, quando as circunstncias o exigirem.
b) a primeira fase do processo administrativo disciplinar corresponde instaurao, com a publicao do ato que constituir a comisso, a ser composta por cinco servidores estveis.
c) o prazo para o servidor apresentar a opo improrrogvel.
d) o prazo para o servidor apresentar a opo de quinze dias.
e) a opo pelo servidor at o ltimo dia de prazo para defesa configurar sua boa-f, hiptese em que se converter automaticamente em demisso do outro cargo.
5 (FCC/MPE-CE/Promotor/2011) Dentre as formas de provimento derivado de cargos pblicos, tradicionalmente praticadas na Administrao brasileira, NO foi recepcionada pela Constituio Brasileira de 1988 a
a) ascenso.
b) promoo.
c) readaptao.
d) reconduo.
e) reintegrao.
6 (FCC/TRT-19/Tcnico/2011) O servidor, ocupante de cargo em comisso, poder ser nomeado para ter exerccio, interinamente, em outro cargo de confiana, sem prejuzo das atribuies do que atualmente ocupa. Durante o perodo da interinidade, esse servidor
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a) receber obrigatoriamente a remunerao proveniente do cargo de confiana que assumiu interinamente.
b) receber obrigatoriamente a remunerao do cargo em comisso originrio.
c) ter direito a receber duas remuneraes.
d) dever optar pela remunerao de um dos cargos.
e) receber duas remuneraes, acrescidas de percentual legal, por exercer, durante o mesmo perodo, atribuies decorrentes de dois cargos diversos.
7 (FCC/TRT-19/Tcnico/2011) Considere as seguintes assertivas acerca da acumulao prevista na Lei n 8.112/1990:
I. Considera-se acumulao proibida a percepo de vencimento de cargo pblico efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remuneraes forem acumulveis na atividade.
II. A acumulao de cargos pblicos, se lcita, no est condicionada comprovao da compatibilidade de horrios.
III. O servidor vinculado ao regime da referida Lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo em comisso, ficar sempre afastado de ambos os cargos efetivos, pois dever exercer as atribuies do cargo em comisso.
Est correto o que consta APENAS em:
a) II.
b) I.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
8 (FCC/TRT-19/Tcnico/2011) O substituto far jus retribuio pelo exerccio do cargo ou funo de direo ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, quando o afastamento ou impedimento legal do titular for
a) de vinte e cinco dias consecutivos, paga na proporo dos dias de efetiva substituio que atingirem o referido perodo.
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b) de vinte dias consecutivos, paga na proporo dos dias de efetiva substituio que atingirem o referido perodo.
c) superior a trinta dias consecutivos, paga na proporo dos dias de efetiva substituio que excederem o referido perodo.
d) superior a quinze dias consecutivos, ou seja, a partir do dcimo sexto dia far jus retribuio, paga na proporo dos dias de efetiva substituio que excederem o referido perodo.
e) de vinte dias, ainda que no consecutivos, paga na proporo dos dias de efetiva substituio que atingirem o referido perodo.
9 (FCC/TRT-19/Analista/2011) Analise as seguintes assertivas concernentes s responsabilidades dos servidores pblicos:
I. A responsabilidade administrativa do servidor ser obrigatoriamente afastada no caso de absolvio criminal que entenda pela inexistncia de prova suficiente para a condenao.
II. Tratando-se de dano causado a terceiros, responder o servidor perante a Fazenda Pblica, em ao regressiva.
III. A responsabilidade civil decorre de ato apenas comissivo e doloso, do qual resulte em prejuzo.
Est correto o que consta em
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II, apenas.
d) III, apenas.
e) I e III, apenas.
10 (FCC/TRT-19/Analista/2011) No que concerne prescrio para a ao disciplinar, correto afirmar:
a) A abertura de sindicncia ou a instaurao de processo disciplinar interrompe a prescrio, at a primeira deciso proferida no processo.
b) A ao disciplinar prescrever em cento e vinte dias quanto s infraes punveis com advertncia.
c) A ao disciplinar prescrever em dois anos quanto s infraes punveis com destituio de cargo em comisso.
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d) O prazo de prescrio comea a correr da data em que o fato foi praticado, no importando a data em que se tornou conhecido.
e) Os prazos de prescrio previstos na lei penal aplicam-se s infraes disciplinares capituladas tambm como crime.
11 (FCC/TRE-TO/Tcnico/2011) Ao servidor permitido, dentre outras hipteses,
a) participar de gerncia de sociedade privada, exceto na qualidade de acionista.
b) ausentar-se do servio, durante o expediente, com ou sem prvia autorizao do chefe imediato.
c) praticar usura sob qualquer de suas formas.
d) dar f a documentos pblicos.
e) promover manifestao de apreo ou desapreo no recinto da repartio.
12 (FCC/TRE-TO/Tcnico/2011) No que diz respeito ao tema cargo, emprego e funo pblica, correto afirmar:
a) As funes de confiana, exercidas por servidores ocupantes de cargos efetivos ou no, destinam-se apenas s atribuies de direo, chefia e assessoramento.
b) A expresso emprego pblico designa uma unidade de atribuies e distingue-se do cargo pblico pelo tipo de vnculo que liga o servidor ao Estado; portanto, o ocupante de emprego pblico tem vnculo estatutrio.
c) A funo exercida por servidores contratados temporariamente para atendimento de situaes de excepcional interesse pblico exige, necessariamente, concurso pblico.
d) As vrias competncias previstas na Constituio para os entes federativos so distribudas entre os respectivos rgos, os quais dispem de determinado nmero de cargos criados por lei, que lhes confere denominao prpria, atribuies e o padro de vencimento ou remunerao.
e) Exige-se concurso pblico no s para a investidura em cargo ou emprego, como em todos os casos de funo, ou seja, as exercidas temporariamente para atender necessidade de excepcional interesse pblico e as ocupadas para o exerccio de funes de confiana.
13 (FCC/TRT-19/Analista/2011) Sobre a redistribuio, INCORRETO afirmar:
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a) necessrio mesmo nvel de escolaridade, especialidade ou habilitao profissional.
b) Exige vinculao entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades.
c) Deve haver manuteno da essncia das atribuies do cargo.
d) No se faz necessrio que os vencimentos sejam equivalentes.
e) Exige compatibilidade entre as atribuies do cargo e as finalidades institucionais do rgo ou entidade.
14 (FCC/TRT-23/Analista/2011) Considere as assertivas abaixo sobre o Provimento, Vacncia, Remoo, Redistribuio e Substituio, nos termos da Lei no 8112/1990.
I. As universidades e instituies de pesquisa cientfica e tecnolgica federais podero prover seus cargos com professores, tcnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos estabelecidos em lei.
II. O concurso pblico ter validade de at trs anos, podendo ser prorrogado uma nica vez, por igual perodo.
III. A promoo consiste em forma de provimento de cargo pblico.
IV. possvel a abertura de novo concurso, ainda que houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade no expirado.
Est correto o que se afirma APENAS em:
a) I e III.
b) I e II.
c) I, III e IV.
d) II e IV.
e) III e IV.
15 (FCC/TRT-23/Analista/2011) Maria, servidora pblica estvel, retornar ao cargo anteriormente ocupado tendo em vista sua inabilitao em estgio probatrio relativo a outro cargo. Jos, tambm servidor pblico estvel, retornar ao car