d. administrativo ponto dos concursos aula 02

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D. ADMINISTRATIVO PONTO DOS CONCURSOS Aula 02.pdf

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  • 1

    Profa. Patrcia Carla www.pontodosconcursos.com.br

    Oi, Gente!

    Mas vamos ao nosso encontro de hoje!!!

    Legislao federal aplicvel aos agentes pblicos Lei n 8112/90.

    Beijo carinhoso e bons estudos!

    Patrcia Carla

    REGIME JURDICO DOS SERVIDORES PBLICOS DA UNIO

    (Lei n 8112/90)

    Ao conjunto de regras que disciplinam determinado instituto d-se o nome

    de regime jurdico. Assim, so estabelecidas normas para a nomeao,

    aposentadoria, estabilidade, acumulao de cargos, enfim, seus deveres,

    direitos e demais aspectos da vida funcional do servidor pblico.

    Nesse contexto, essas normas podem ser estabelecidas por lei ou por

    contrato. No primeiro caso, o regime ser legal, e estabelecido por meio do

    Estatuto dos Servidores Pblicos. No ltimo, ser contratual, com as regras

    dadas pela Consolidao das Leis do Trabalho (CLT, Decreto-lei n

    5.452/1943 e Lei n 9.962/20001).

    justamente a que se insere o referido Estatuto: trata-se da lei que

    estabelece a inter-relao dos servidores pblicos com a Administrao,

    especificando todos os detalhes dessa convivncia profissional.

    A Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispe sobre o regime

    jurdico dos servidores pblicos civis da Unio, das autarquias e das

    fundaes pblicas federais.

    E essa lei que vai nos interessar neste estudo, voltado fundamentalmente

    para concursos federais.

    AGENTES PBLICOS

    1 Na ADI 2.135 (julgamento em 02/08/2007, DJ 14/08/2007) o STF suspendeu, cautelarmente e com efeito ex nunc, a alterao do caput do art. 39, CF/88, retornando sua redao original, onde se exige a existncia de um Regime Jurdico nico (RJU) dos Servidores Pblicos. Assim, a partir dessa deciso, tornou-se inaplicvel a Lei n 9.962/2000.

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    O gnero agentes pblicos abrange todas as pessoas que, de uma forma ou

    de outra, mesmo que transitoriamente e sem remunerao, prestam algum

    tipo de servio ao Estado.

    Entre os agentes, encontram-se trs espcies principais, quais sejam, os

    agentes polticos, os agentes em delegao e os servidores pblicos.

    Assim, agentes polticos so os que compem os altos escales do Governo,

    como Presidente da Repblica, Governador, Prefeito, Senador, Deputado,

    Vereador e Magistrado, com caractersticas, prerrogativas e privilgios

    prprios, em geral estabelecidos pela Constituio Federal.

    J os agentes em delegao so aqueles particulares que recebem do

    Estado a competncia para executar determinada atividade pblica, ou

    prestao de servio pblico ou, ainda, construo de obra pblica. Citem-

    se os leiloeiros, peritos, tradutores, concessionrios, permissionrios e

    autorizatrios.

    Servidores pblicos, em sentido amplo, so todos os que prestam servios

    ao Estado, incluindo a Administrao Pblica Indireta, tendo vnculo

    empregatcio e pagos pelos cofres pblicos. So tambm chamados de

    agentes administrativos. Nessa classificao esto tanto os servidores

    estatutrios, sujeitos ao regime legal, quanto os empregados pblicos, do

    regime contratual, alm dos temporrios, nos termos do art. 37, IX, da

    CF/88.

    Os servidores estatutrios, tambm chamados de funcionrios pblicos

    (como na CF/67), so os titulares de cargos pblicos e esto sujeitos ao

    regime legal, ou estatutrio, pois lei de cada ente da federao (Unio,

    Estados-membros, Distrito Federal e Municpios) que estabelece as regras

    de relacionamento entre os servidores e a Administrao Pblica.

    Tais regras podem ser alteradas unilateralmente, mas com respeito aos

    direitos j adquiridos. Esse regime destinado, preferencialmente, s

    funes pblicas que exigem do agente poderes prprios de Estado (art.

    247, CF/88), conferindo-lhe prerrogativas especiais, como a estabilidade.

    No plano federal, o estatuto dos Servidores Civis da Unio, Autarquias e

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    Fundaes Pblicas esta Lei n 8.112/90, com alteraes posteriores

    determinadas especialmente pela Lei n 9.527/972.

    Empregados pblicos so aqueles contratados, seguindo o regime

    trabalhista, prprio da iniciativa privada. Assim, devem obedecer a

    Consolidao das Leis do Trabalho (CLT e Lei n 9.962/20003), bem como

    as regras impostas pela CF/88, como acesso mediante concurso pblico

    (art. 37, II, CF/88), limitaes de remunerao (art. 37, XI, CF/88) e

    acumulao remunerada de cargos e empregos pblicos (art. 37, XVI e

    XVII, CF/88).

    Por sua vez, os empregados das empresas pblicas ou sociedades de

    economia mista, ainda que exploradoras de atividade econmica (art. 173,

    CF/88), equiparam-se a servidores pblicos em diversos aspectos, como

    limites acumulao (art. 37, XVII, CF/88), teto remuneratrio (art. 37,

    9, CF/88) e regra do concurso pblico, conforme revela antiga deciso do

    STF4:

    CARGOS E EMPREGOS PUBLICOS. ADMINISTRAO PBLICA

    DIRETA, INDIRETA E FUNDACIONAL. ACESSIBILIDADE.

    CONCURSO PBLICO. A acessibilidade aos cargos pblicos a

    todos os brasileiros, nos termos da Lei e mediante concurso

    pblico princpio constitucional explcito, desde 1934, art. 168.

    Embora cronicamente sofismado, merc de expedientes

    destinados a iludir a regra, no s foi reafirmado pela

    Constituio, como ampliado, para alcanar os empregos

    pblicos, art. 37, I e II. Pela vigente ordem constitucional, em

    regra, o acesso aos empregos pblicos opera-se mediante

    concurso pblico, que pode no ser de igual contedo, mas h de

    ser pblico. As autarquias, empresas publicas ou sociedades de

    economia mista esto sujeitas regra, que envolve a

    2 O Regime Jurdico dos Servidores do Servio Exterior Brasileiro est regrado na Lei n 11.440/2006. 3 Na ADI 2.135 (julgamento em 02/08/2007, DJ 14/08/2007) o STF suspendeu, cautelarmente e com efeito ex nunc, a alterao do caput do art. 39, CF/88, retornando sua redao original, onde se exige a existncia de um Regime Jurdico nico (RJU) dos Servidores Pblicos. Assim, a partir dessa deciso, tornou-se inaplicvel a Lei n 9.962/2000.

    4 STF, MS 21.322/DF, relator Ministro Paulo Brossard, publicao DJ 23/04/1993.

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    administrao direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos

    poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos

    Municpios. Sociedade de economia mista destinada a explorar

    atividade econmica est igualmente sujeita a esse princpio, que

    no colide com o expresso no art. 173, 1. Excees ao

    princpio, se existem, esto na prpria Constituio.

    J os temporrios so aqueles contratados para atividades transitrias,

    emergenciais, submetidos a um regime jurdico especial, como, na esfera

    federal, disciplinado pela Lei no 8.745/935, com alteraes posteriores, em

    especial pela Lei no 10.667/2003 e pelo Decreto no 4.748/2003, que a

    regulamenta. A lei que trate desse tipo de situao no pode estabelecer

    hipteses abrangentes e genricas de contratao temporria, sem a

    especificao da contingncia ftica que evidencie tal situao excepcional,

    sob pena de inconstitucionalidade6. Essa classe est prevista, como

    mencionado, no art. 37, IX, da CF/88, e tambm tem seus litgios

    submetidos Justia Federal, quando contratados por entidade dessa

    esfera:

    5 Lei no 8.745/93, art. 2 Considera-se necessidade temporria de excepcional interesse pblico: I - assistncia a situaes de calamidade pblica; II - combate a surtos endmicos; III - realizao de recenseamentos e outras pesquisas de natureza estatstica efetuadas pela Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE; IV - admisso de professor substituto e professor visitante; V - admisso de professor e pesquisador visitante estrangeiro; VI - atividades: a) especiais nas organizaes das Foras Armadas para atender rea industrial ou a encargos temporrios de obras e servios de engenharia; b) de identificao e demarcao desenvolvidas pela FUNAI; c) (Revogado) d) finalsticas do Hospital das Foras Armadas; e) de pesquisa e desenvolvimento de produtos destinados segurana de sistemas de informaes, sob responsabilidade do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurana das Comunicaes - CEPESC; f) de vigilncia e inspeo, relacionadas defesa agropecuria, no mbito do Ministrio da Agricultura e do Abastecimento, para atendimento de situaes emergenciais ligadas ao comrcio internacional de produtos de origem animal ou vegetal ou de iminente risco sade animal, vegetal ou humana; g) desenvolvidas no mbito dos projetos do Sistema de Vigilncia da Amaznia - SIVAM e do Sistema de Proteo da Amaznia - SIPAM. h) tcnicas especializadas, no mbito de projetos de cooperao com prazo determinado, implementados mediante acordos internacionais, desde que haja, em seu desempenho, subordinao do contratado ao rgo ou entidade pblica. 6 STF, ADI 3.210/PR, relator Ministro Carlos Velloso, publicao DJ 03/12/2004. Veja tambm: STF, ADI 890/DF, relator Ministro Maurcio Corra, publicao DJ 06/02/2004.

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    CONFLITO DE COMPETNCIA. CONSTITUCIONAL.

    ADMINISTRATIVO. SERVIDOR FEDERAL. FUNASA. CONTRATO

    TEMPORRIO. GUARDA DE ENDEMIAS. EXCEPCIONAL INTERESSE

    PBLICO. RESCISO. LEI 8745/93. Compete Justia Comum

    Federal processar e julgar pedido indenizatrio relativo

    contratao efetuada pela Fundao Nacional da Sade para

    atendimento de necessidade temporria de excepcional interesse

    pblico. Conflito conhecido para declarar a competncia da Justia

    Comum Federal.7

    CONFLITO DE COMPETNCIA. CONSTITUCIONAL.

    ADMINISTRATIVO. SERVIDOR FEDERAL. CONTRATO

    TEMPORRIO. EXCEPCIONAL INTERESSE PBLICO. RESCISO.

    Compete Justia Comum Federal processar e julgar pedido de

    verbas indenizatrias relativas a contratao efetuada pela Unio

    ou suas entidades para atendimento de necessidade temporria

    de excepcional interesse pblico. Conflito conhecido. Competncia

    da Justia Comum Federal.8

    Assim sendo, os comentrios aqui sero fixados nos servidores pblicos

    estatutrios, que so o objeto do Estatuto Federal.

    A LEI N 8.112/90 E A REFORMA ADMINISTRATIVA DA

    EC N 19/98

    Nossa Constituio Federal de 1988 dedicou um captulo prprio

    Administrao Pblica, traando seus contornos principais e tratando

    especificamente dos servidores pblicos, com normas gerais a serem

    observadas por todos os entes da federao (artigos 37 a 41, CF/88).

    A estabeleceu formas de acesso, aquisio de estabilidade, perda do cargo,

    acumulao legal de cargos, aposentadoria, princpios de observncia

    obrigatria e outras normas, que devem ser esmiuadas pela legislao

    ordinria.

    7 STJ, CC 40.114/RJ, relator Ministro Jos Delgado, publicao DJ 09/08/2004. 8 STJ, CC 33.491/RJ, relator Ministro Vicente Leal, publicao DJ 17/06/2002.

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    O contedo original do caput do art. 39 determinava que a Unio, os

    Estados, o Distrito Federal e os Municpios deveriam instituir, no mbito de

    sua competncia, regime jurdico nico (RJU) e planos de carreira para os

    servidores da administrao pblica direta, das autarquias e das fundaes

    pblicas.

    Ressalte-se que no se exigia, obrigatoriamente, o regime estatutrio.

    Havia, isso sim, que ser o mesmo regime para todos, independente de ser

    estatutrio (ou legal), celetista (ou contratual), ou outro qualquer que fosse

    criado. Tal previso tinha base no princpio da isonomia, segundo o qual

    todos deveriam ter o mesmo tratamento.

    A Unio saiu frente editando a Lei n 8.112, em 11 de dezembro de 1990,

    optando pelo regime estatutrio, ou seja, os servidores estariam

    submetidos lei, que regularia sua relao com a Administrao Pblica.

    Poderia tambm ter optado pelo regime contratual, seguindo as regras da

    Consolidao das Leis do Trabalho.

    Importante repetir: uma vez optado por um ou outro regime, todos os

    servidores daquele ente federativo deveriam estar vinculados a ele. Assim,

    o Estatuto atendeu ao comando constitucional, instituindo esse regime

    jurdico, poca nico, para seus servidores.

    Em 04 de junho de 1998 fez-se promulgar a Emenda Constitucional n 19,

    apelidada de Reforma Administrativa, que inaugurou uma nova fase para os

    servidores pblicos, com importantes alteraes no texto constitucional.

    Em especial, alterou-se o texto do artigo 39, deixando de ser necessria a

    fixao de um nico regime jurdico para todos os servidores, passando a

    ser possvel a convivncia, numa mesma esfera de governo, de mltiplos

    regimes jurdicos, cada qual estabelecendo regras de determinada carreira,

    com peculiaridades prprias de cada caso.

    Com isso, buscou-se a flexibilizao da Administrao Pblica, deixando de

    lado muitas regras rigorosas do Estatuto, em especial facilitando a dispensa

    de trabalhadores, que passariam a ser contratados pelas regras da CLT,

    sem direito estabilidade, como prevista no art. 41 da CF/88, aps a

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    alterao promovida por essa Emenda9. Embora no seja pacfica tal

    interpretao10, parece clara a inteno do constituinte derivado ao alterar a

    redao do caput do art. 41. Originalmente, a estabilidade era dirigida a

    todo aquele nomeado em virtude de concurso pblico, tanto titular de

    cargo quanto de emprego pblico11. Com a nova regra, limita-se a

    estabilidade aos nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de

    concurso pblico.

    Assim, deixou de fazer sentido referir-se a Regime Jurdico nico dos

    Servidores Pblicos, visto que tal sistema deixou de existir com essa EC n 9 Redao original: art. 41. So estveis, aps dois anos de efetivo exerccio, os servidores nomeados em virtude de concurso pblico. Redao dada pela Emenda Constitucional n 19/98: art. 41. So estveis aps trs anos de efetivo exerccio os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico. 10 Smula 390, TST: I O servidor pblico celetista da administrao direta, autrquica ou fundacional beneficirio da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. II Ao empregado de empresa pblica ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante aprovao em concurso pblico, no garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. TST, RR 3.572/2001-201-02-00.1, relator Ministro Joo Batista Brito Pereira, publicao DJ 29/06/2007: O servidor pblico celetista da administrao direta, autrquica ou fundacional beneficirio da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. Noutro sentido: TST, RR 616.054, relator Ministro Guedes de Amorim, publicao DJ 24/08/2001: Empregado pblico, ainda que admitido nos servios do Municpio, mediante concurso pblico de ingresso, nos termos do artigo 37, inciso II, da Constituio Federal, e sob o regime da legislao trabalhista, adotada pelo Reclamado em observncia do artigo 39 da Carta Magna, no se beneficia da estabilidade assegurada em seu artigo 41, pois destinado apenas aos servidores pblicos civis. TST, RR 459.515, relator Ministro Wagner Pimenta, DJ 02/02/2001: A estabilidade prevista no artigo 41 da Constituio Federal no alcana o empregado pblico celetista da administrao direta, admitido por concurso pblico, que, data da demisso, contava com mais de dois anos de efetivo exerccio. A concluso desse entendimento se encontra no artigo 37 da Constituio Federal, que distinguiu cargo de emprego pblico, embora para ambos a aprovao dependa de concurso pblico para a investidura na Administrao Pblica, Direta ou Indireta. O cargo pblico criado por lei, enquanto que, no emprego pblico, a natureza do vnculo contratual, regida pela CLT. STF, RE 159.005/PR, relator Ministro Sydney Sanches, publicao DJ 10/02/1995, e AI-AgR 88.486/PR, relator Ministro Aldir Passarinho, publicao DJ 29/06/1984: No se cumulam os dois regimes: o do FGTS e o da estabilidade. STF, AI-AgR 561.230/RS, relator Ministro Gilmar Mendes, publicao DJ 22/06/2007: Funcionrios de empresa pblica. Regime Celetista. Readmisso com fundamento no art. 37, da Constituio Federal. Impossibilidade. Estabilidade que se aplica somente a servidores pblicos. STF, AI-AgR 630.749/PR, relator Ministro Eros Grau, publicao DJ 18/05/2007: A estabilidade dos servidores pblicos no se aplica aos funcionrios de sociedade de economia mista. Estes so regidos por legislao especfica [Consolidao das Leis Trabalhistas], que contm normas prprias de proteo ao trabalhador no caso de dispensa imotivada. STF, RE-AgR 242.069/PE, relator Ministro Carlos Velloso, publicao DJ 22/11/2002: A norma do art. 41, C.F., conferidora de estabilidade, tem como destinatrio o servidor pblico estatutrio exercente de cargo pblico. 11 STF, AI-AgR 510.994/SP, relator Ministro Cezar Peluso, publicao DJ 24/03/2006: Faz jus estabilidade prevista no art. 41 da Constituio Federal, em sua redao original, o empregado pblico que foi aprovado em concurso pblico e cumpriu o perodo de estgio probatrio antes do advento da EC n 19/98. Veja tambm a seguinte deciso, anterior EC n 19/98: STF, MS 21.236/DF, relator Ministro Sydney Sanches, publicao DJ 25/08/95 - A garantia constitucional da disponibilidade remunerada decorre da estabilidade no servio publico, que assegurada, no apenas aos ocupantes de cargos, mas tambm aos de empregos pblicos, j que o art. 41 da C.F. se refere genericamente a servidores.

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    19/98. Correto tecnicamente seria cham-lo de Estatuto dos Servidores

    Pblicos ou Regime Jurdico Estatutrio.

    Com efeito, com essa alterao constitucional, passou a caber a cada ente

    da Federao a eleio da forma como seriam disciplinadas as regras entre

    ele e determinada carreira pblica. Essa liberdade, contudo, no ilimitada,

    tendo a prpria Constituio Federal deixado implcito que determinados

    cargos devem ser organizados em carreira, o que lhes exige a vinculao

    estatutria, no necessariamente Lei n 8.112/90. Citem-se a Polcia, a

    Defensoria, a Advocacia Pblicas e as carreiras das administraes

    tributrias. Alm destas, h ainda a previso de que determinadas

    atividades sero consideradas tpicas de Estado, e tambm devero estar

    vinculadas ao Estatuto, como se denota da redao do novo art. 247,

    acrescentado pelo art. 32 da EC no 19/98.

    Ademais, da Unio a competncia para legislar sobre Direito do Trabalho

    (art. 22, I, CF/88), o que retira a liberdade dos demais entes de legislar

    sobre regimes contratuais, sujeitos a esse ramo do direito.

    Ento, ao criar novo cargo ou abrir vagas para concurso pblico, a

    Administrao Pblica, pela via adequada, deveria estabelecer se esses

    novos integrantes seriam regidos pelo Estatuto, com regras rgidas,

    inalterveis por acordo entre as partes, ou pelo regime contratual, com

    clusulas discutidas entre empregado e empregador.

    Mas esse cenrio alterou-se profundamente com o julgamento pelo STF,

    ainda em sede cautelar, da ADI 2.13512, onde se discute a

    constitucionalidade da EC n 19/98, em especial no que concerne

    alterao do art. 39, caput, CF/88.

    Ocorre que, quando das votaes na Cmara dos Deputados, em primeiro

    turno, a proposta de alterao do caput do art. 39, CF/88, no foi aprovada

    pela maioria qualificada constitucionalmente exigida (art. 60, 2, CF/88).

    Ao elaborar o texto enviado para votao, em segundo turno, a comisso

    especial de redao da Cmara dos Deputados teria deslocado o 2 do

    art. 39 que havia sido aprovado, para o lugar do caput do artigo 39, cuja

    12 STF, ADI 2.135/MC, relator Ministro Nri da Silveira, publicao DJ 14/08/2007.

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    proposta de alterao havia sido rejeitada no primeiro turno. Com essa

    substituio, a redao original do caput do artigo 39 simplesmente

    desapareceu. Naturalmente que essa transposio no pode ser tida por

    mera emenda redacional13, exigindo-se, ento, nova votao, para

    cumprimento da exigncia de aprovao por dois turnos em cada uma das

    Casas legislativas do Congresso Nacional (art. 60, 2, CF/88).

    Com isso, haveria inconstitucionalidade formal. Nesse julgamento afastou-

    se, em sede cautelar, a nova redao do caput desse art. 39, retomando-se

    a redao original do texto constitucional.

    Para que fique claro, compare-se a redao original e a alterada pela EC n

    19/98:

    Texto original da CF/88:

    Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios

    instituiro, no mbito de sua competncia, regime jurdico nico e

    planos de carreira para os servidores da administrao pblica

    direta, das autarquias e das fundaes pblicas.

    Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998:

    Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios

    instituiro conselho de poltica de administrao e remunerao

    de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos

    Poderes.

    deciso foi dado efeito ex nunc, dizer, irretroativo, no atingindo as

    situaes jurdicas havidas entre a promulgao da EC n 19/98 e a deciso

    do STF.

    A partir de ento, repise-se, retorna a regra da exigncia de um Regime

    Jurdico nico, sendo incabvel, hoje, contratao pelo regime da CLT, no

    mbito federal.

    Como efeito imediato, tem-se a inaplicabilidade da Lei n 9.962/2000, que

    disciplinou o regime de emprego pblico do pessoal da Administrao

    federal direta, autrquica e fundacional. Como agora s cabe um regime,

    nico, o estatutrio, no ser mais possvel a existncia de novos empregos 13 De acordo com o art. 118 do Regimento Interno da Cmara dos Deputados.

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    pblicos no mbito da Administrao federal direta, autrquica e

    fundacional. Aqueles contratados sob esse regime antes da deciso do STF

    seguem em seus empregos, j que, como se disse, a deciso cautelar teve

    efeito ex nunc.

    Aguarde-se a deciso final de mrito.

    O Estatuto no imutvel. Ao contrrio, no cabe argir violao ao direito

    adquirido contra mudanas no regime jurdico.

    Como j visto, regime jurdico o conjunto de normas que regem

    determinado instituto. Ao tomar posse em um cargo pblico, sob as

    determinaes do Estatuto, tem-se um determinado conjunto de regras

    sobre os mais variados temas: frias, licenas, horrio de trabalho etc.

    Segundo entende o Supremo Tribunal Federal, no h direito adquirido que

    garanta imutabilidade do regime jurdico14. Esse tribunal, que est no pice

    do nosso Poder Judicirio, reiteradamente tem entendido que no se pode

    exigir a permanncia dessas regras por todo o tempo em que houver

    vnculo com a Administrao Pblica, sendo possvel a alterao desses

    institutos sem que seja ferido o direito adquirido.

    Assim, a no existncia de direito adquirido a regime jurdico implica dizer

    que pode a lei nova, ao criar direito novo para o servidor pblico,

    estabelecer exigncia que no observe o regime jurdico anterior15.

    Como se percebe nesse julgado, esse entendimento antigo e, acrescente-

    se, pacfico e consolidado.

    Dessa forma pode a Administrao alterar unilateralmente as regras. E

    assim foi alterado o Estatuto em diversas ocasies, em especial com a

    profunda reforma promovida pela Lei n 9.527, de 10 de dezembro de

    1997, que retirou inmeros direitos dos servidores pblicos federais, como,

    e a ttulo de exemplo, a possibilidade de incorporao de anunios e os

    chamados quintos das gratificaes, licena prmio, venda de 1/3 das frias

    etc.

    14 STF, RMS 24.273 AgR-ED/DF, relatora Ministra Ellen Gracie, publicao DJ 10/12/2004 e ADI 2.555/DF, relatora Ministra Ellen Gracie, publicao DJ 02/05/2003. 15 STF, RE 99.522/PR, relator Ministro Moreira Alves, publicao DJ 20/05/1983.

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    Percebe-se que as regras do jogo foram alteradas: o que antes era possvel

    fazer, agora no mais; de outro lado, novas opes foram deferidas aos

    servidores. Como o regime legal, lei cabe estabelecer as regras, e aos

    servidores cabe cumpri-las. Se o regime contratual, no pode o

    empregador alterar clusulas como bem entender, devendo haver

    concordncia entre os contratantes. Destaque-se que, ainda que haja

    concordncia do empregado, pelo princpio da proteo, algumas alteraes

    prejudiciais a ele no so admitidas.

    Quando da mudana unilateral da lei, as situaes j consolidadas devem

    ser respeitadas.

    Para que fique bem claro, citem-se exemplos ilustrativos. Aquele que

    tivesse optado pela converso em pecnia de 1/3 das frias (popularmente

    chamada de venda de 1/3 das frias) antes de dezembro de 1997, ainda

    que o gozo das mesmas fosse em 1998, tinha o direito adquirido essa

    converso, pois tinha cumprido todos os requisitos antes da extino dessa

    possibilidade. Porm, aquele que ainda no tinha feito essa opo no pde

    mais faz-la, assim como no pode exigir que continue tendo esse direito.

    Outro exemplo do servidor que j havia cumprido cinco anos de exerccio

    sem nenhuma falta, exigncia para ter direito licena prmio de trs

    meses. Todo aquele que j tinha cumprido o requisito temporal poca da

    edio da lei que extinguiu essa vantagem tem o direito adquirido ao gozo

    desses trs meses de licena prmio. Porm, aquele que tinha quatro anos,

    tinha mera expectativa de direito, no podendo gozar dessa licena, pois

    no cumpria os requisitos de ento e, quando completou os cinco anos, j

    no havia essa previso legal.

    CARGOS, EMPREGOS E FUNES

    A Constituio Federal distribui competncia entre as pessoas jurdicas

    (Unio, Estados-membros, Distrito Federal e Municpios), rgos e

    servidores pblicos. Por sua vez, estes ocupam cargos, empregos ou

    exercem funes.

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    Assim, cargo , seguindo o art. 3 do Estatuto, o conjunto de atribuies e

    responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser

    cometidas a um servidor.

    criado por lei, com denominao prpria e vencimento pago pelos cofres

    pblicos, para provimento em carter efetivo ou em comisso (art. 3,

    nico).

    O cargo pblico pode ser de provimento efetivo ou em comisso, e essa

    caracterstica quanto possibilidade de permanncia no cargo deve ser

    prevista na lei que o cria. Assim, se o preenchimento pressupe

    continuidade e permanncia no cargo, ser este efetivo; de outro modo,

    temporrio o provimento do cargo em comisso, tambm chamado de

    cargo em confiana, pois est atrelado confiana que determinada

    autoridade tem em seu auxiliar, como no caso dos Diretores de Secretaria

    na Justia Federal. Este cargo no comporta maiores regalias ao seu titular

    momentneo, no gerando direito de permanncia nele, tampouco

    aposentadoria pelo regime dos servidores pblicos (artigos 37, II, V e 40,

    13, CF/88).

    O cargo pblico exclusividade do servidor estatutrio. De outro lado, ao

    celetista cabe o emprego pblico, que tambm um conjunto de

    atribuies, mas que se diferencia exclusivamente pelo vnculo que une

    seus titulares ao Estado. Assim, funcionrio (estatutrio) ser titular de um

    cargo, empregado (celetista) ser titular de um emprego.

    J a funo se refere a uma atribuio especfica, pelo Poder Pblico, a um

    agente. Ou seja, o acrscimo de algumas atribuies quelas j

    destinadas ao agente, no que concerne chefia, direo ou

    assessoramento. Assim, exige-se que, para exerc-la, j seja concursado. O

    agente tem suas atividades normais dentro do cargo que ocupa e adquire

    mais algumas, como, por exemplo, para ser chefe de uma seo. Em

    contrapartida, h acrscimo na remunerao (art. 61, I). Essa possibilidade

    est prevista no art. 37, V, da CF/88, e chamada de funo de confiana.

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    Maria Sylvia Zanella di Pietro16 ainda lembra outra situao quando fala em

    funo, que aquela exercida por servidores contratados temporariamente

    com base no art. 37, IX, para as quais no se exige, necessariamente

    concurso pblico, porque, s vezes, a prpria urgncia da contratao

    incompatvel com a demora do procedimento; a Lei n 8.112/90 definia, no

    artigo 233, 3, as hipteses em que o concurso era dispensado; esse

    dispositivo foi revogado pela Lei n 8.745, de 9-12-93, que agora disciplina

    a matria, com as alteraes introduzidas pela Lei n 9.849, de 26-10-99.

    Assim, quer seja em um caso, quer seja noutro, no h necessidade de

    prvio concurso pblico, pois, naquele, exige-se que j seja servidor, neste,

    exige-se urgncia na contratao. Bem por isso, o inciso II do art. 37 da

    CF/88 o exige somente para investidura em cargo ou emprego, silenciando

    quanto funo.

    Por fim, reproduzo o art. 37, V, da CF/88:

    As funes de confiana, exercidas exclusivamente por servidores

    ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comisso, a serem

    preenchidos por servidores de carreira nos casos, condies e

    percentuais mnimos previstos em lei, destinam-se apenas s

    atribuies de direo, chefia e assessoramento.

    No qualquer pessoa, no entanto, que pode assumir um cargo em

    comisso ou funo gratificada. Nessa linha, editou o STF, em 21/08/2008,

    a Smula Vinculante n 13, com o seguinte teor:

    A nomeao de cnjuge, companheiro ou parente em linha reta,

    colateral ou por afinidade, at 3 grau, inclusive da autoridade

    nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurdica investido em

    cargo de direo, chefia ou assessoramento, para o exerccio de

    cargo em comisso ou de confiana ou ainda de funo

    gratificada da administrao pblica direta, indireta em qualquer

    dos poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos

    municpios, compreendido o ajuste mediante designaes

    recprocas, viola a Constituio Federal.

    16 Direito Administrativo. Cit., p. 439.

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    Acrescento outras decises do STF acerca da aplicao ou no da Smula

    em anlise:

    NEPOTISMO. SMULA VINCULANTE N 13. INAPLICABILIDADE AO

    CASO. CARGO DE NATUREZA POLTICA. AGENTE POLTICO.

    Impossibilidade de submisso do reclamante, Secretrio Estadual

    de Transporte, agente poltico, s hipteses expressamente

    elencadas na Smula Vinculante n 13, por se tratar de cargo de

    natureza poltica.17

    A vedao do nepotismo no exige a edio de lei formal para

    coibir a prtica, uma vez que decorre diretamente dos princpios

    contidos no art. 37, caput, da Constituio Federal. O cargo de

    Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paran reveste-

    se, primeira vista, de natureza administrativa, uma vez que

    exerce a funo de auxiliar do Legislativo no controle da

    Administrao Pblica.18

    Ateno para no confundir: funes de confiana servidores ocupantes

    de cargo efetivo; cargos em comisso (=cargo em confiana) servidores

    de carreira ou no.

    Nomeao x Posse x Exerccio

    Nomeao: a nica forma de provimento originrio prevista no atual

    ordenamento jurdico brasileiro; a atribuio de um cargo a um servidor

    independentemente de qualquer relao jurdica anterior com a

    Administrao. O pressuposto para a sua realizao a prvia aprovao

    em concurso pblico, devendo ser formalizada durante o seu prazo de

    validade e respeitada a sua ordem de classificao.

    17 STF, Rcl 6.650 MC-AgR/PR, DJ 21/11/2008, Informativos 524 e 529. Excertos do Informativo 524, Rcl 6.650 MC-AgR/PR: A nomeao de parentes para cargos polticos no implica ofensa aos princpios que regem a Administrao Pblica, em face de sua natureza eminentemente poltica, e que, nos termos da Smula Vinculante 13, as nomeaes para cargos polticos no esto compreendidas nas hipteses nela elencadas. 18 STF, Agr. na Med. Caut. em Rcl. 6.702/PR, Informativo 537 e 544. Veja tambm a Rcl 7.952/PI, onde foi concedida liminar permitindo o afastamento de um assessor de controle interno do Tribunal de Contas (TC) estadual, sobrinho do esposo de uma conselheira do prprio TC (deciso liminar de 06/04/2009).

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    Smula n 16, STF: Funcionrio nomeado por concurso tem direito

    posse.

    Posse: a aceitao, pelo servidor, das atribuies do cargo, momento em

    que esse assume o compromisso de bem servir. Nesse momento forma-se a

    relao jurdica: a Administrao atribui o cargo e o servidor aceita-o,

    formando-se, assim, o vnculo estatutrio, o que se denomina investidura.

    Portanto, com a nomeao tem-se provimento e com a posse faz-se a

    investidura.

    A posse deve ser feita com a assinatura do respectivo termo, no qual

    devero constar as atribuies, os deveres, as responsabilidades e os

    direitos inerentes ao cargo ocupado, que no podero ser alterados

    unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofcio

    previstos em lei. Esse ato s ocorre no provimento originrio e nada impede

    que seja realizado por meio de procurao especfica.

    O servidor tem o prazo de at 30 dias, contados da publicao do ato de

    nomeao, para tomar posse, sob pena de a nomeao ficar sem efeito.

    Caso o administrador d posse fora desse prazo, o ato invlido e no ter

    efeito. Em caso de impedimento, esse prazo ser contado do seu trmino.

    Na oportunidade da posse, o servidor deve apresentar a sua declarao de

    bens e valores. O objetivo dessa declarao acompanhar a sua evoluo

    patrimonial que, em caso de desproporcionalidade, pode caracterizar

    Improbidade Administrativa (Lei n 8429/92). Exige-se tambm a

    declarao quanto ao exerccio ou no de outro cargo, emprego ou funo

    pblica, para evitar acumulaes ilegais, alm da prvia inspeo mdica

    para atestar sua capacidade fsica e mental para o exerccio do cargo.

    Exerccio: o efetivo desempenho das atribuies do cargo pblico ou da

    funo de confiana (art. 13, Lei n 8112/90). Efetivada a posse, o servidor

    tem o prazo de 15 dias pra entrar em exerccio a contar daquele ato, sob

    pena de ser exonerado de ofcio.

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    Tratando-se de funo de confiana, o servidor deve entrar em exerccio na

    data da publicao do ato de designao, sob pena de o ato ficar sem

    efeito. Estando o servidor impedido em razo de licena ou afastamento, a

    entrada em exerccio deve ocorrer no primeiro dia aps o trmino do

    impedimento, que no pode exceder a 30 dias.

    Nas hipteses em que o servidor tenha exerccio em outro municpio em

    razo de ter sido removido, redistribudo, requisitado, cedido ou posto em

    exerccio provisrio, ter, no mnimo, dez e, no mximo, trinta dias de

    prazo, contados da publicao do ato, para a retomada do efetivo

    desempenho das atribuies do cargo, includo nesse prazo o tempo

    necessrio para o deslocamento para a nova sede.

    A jornada semanal de trabalho do servidor ter durao mxima de 40h,

    +enquanto a jornada diria ter o limite mnimo de 6h e o mximo de 8h.

    Para os ocupantes de cargo em comisso, o regime de dedicao integral

    ao servio, podendo ser convocado sempre que houver interesse da

    Administrao.

    Formas de deslocamento

    Nessa oportunidade, importante tomar cuidado para no confundir formas

    de provimento com formas de deslocamento, no havendo nesse ltimo

    atribuio de um novo cargo a um servidor, mas, somente o seu

    deslocamento. O Estatuto definiu duas formas de deslocamento: a remoo

    e a redistribuio.

    Remoo: um instituto utilizado pela Administrao com o intuito de

    aprimorar a prestao do servio pblico, podendo ser usado, tambm, no

    interesse do servidor, diante da ocorrncia dos casos especificados na lei.

    Trata-se de uma forma de deslocamento do servidor no mbito do mesmo

    quadro, com ou sem mudana de sede (art. 36). A lei admite trs formas de

    deslocamento: realizada de ofcio pela Administrao para atender aos seus

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    interesses; a pedido do servidor e deferida de acordo com a convenincia e

    oportunidade da Administrao; e as hipteses em que o servidor pede e

    tem direito subjetivo ao seu deferimento, isto , independe do interesse da

    Administrao, o que ocorre nas seguintes circunstncias:

    a) Quando o pedido for para acompanhar cnjuge ou companheiro,

    tambm servidor pblico civil ou militar, de qualquer dos poderes e

    de qualquer ordem poltica, que foi deslocado no interesse da

    Administrao. Essa regra no pode ser utilizada para os servidores

    que se deslocaram a pedido e que passaram no concurso quando o

    cnjuge j era servidor em outra localidade;

    b) Por motivo de sade do servidor, cnjuge, companheiro ou

    dependente, desde que viva s suas expensas e que essa informao

    conste do seu assentamento funcional, condicionada comprovao

    por junta mdica oficial;

    c) Em virtude de processo seletivo promovido, na hipteses em que o

    nmero de interessados for superior ao nmero de vagas, de acordo

    com normas preestabelecidas pelo rgo ou entidade em que eles

    estejam lotados.

    Redistribuio: o deslocamento de cargo de provimento efetivo,

    ocupado ou vago no mbito do quadro geral de pessoal, para outro rgo

    ou entidade do mesmo Poder; com prvia apreciao do rgo competente

    (art. 37). Esse deslocamento possvel dede que preenchidos os seguintes

    requisitos: interesse da Administrao, equivalncia de vencimentos;

    manuteno da essncia das atribuies do cargo; vinculao entre os

    graus de responsabilidade e complexidade das atividades; mesmo nvel de

    escolaridade, especialidade ou habilitao profissional, compatibilidade

    entre as atribuies do cargo e as finalidades do rgo ou entidade.

    A redistribuio ocorrer ex officio para ajustamento de lotao e da fora

    de trabalho s necessidades dos servios, inclusive nos casos de

    reorganizao, extino ou criao de rgo ou entidade. Nessa hiptese,

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    caso o servidor no seja redistribudo, este ser colocado em

    disponibilidade.

    Vacncia

    Vacncia a terminologia tcnica para descrever que o cargo pblico est

    vago, um fato administrativo que indica que determinado cargo pblico

    no est provido, isto , est sem titular. O rol de hiptese que geram a

    vacncia est previsto no art. 33, da Lei n 8112/90:

    1 Exonerao: ocorre quando a dissoluo do vnculo entre o servidor e

    a administrao se d sem carter punitivo, podendo, de acordo com os

    arts. 35 e 35 da Lei, ocorrer em duas situaes: em cargo efetivo a pedido

    do servidor ou de ofcio, ou de cargo em comisso a juzo da autoridade

    competente ou a pedido do prprio servidor;

    2 Demisso: forma de penalidade disciplinar, cabvel s hipteses

    descritas no art. 132, a qual seguida da indisponibilidade dos bens e

    ressarcimento ao errio nas circunstncias onde a conduta motivadora do

    agente importar em leso aos cofres pblicos, aplicao irregular de

    dinheiro pblico, corrupo ou improbidade administrativa;

    3 Promoo: constitui tambm uma das formas de provimento derivado

    de cargo pblico, que se constitui de forma vertical, com ascenso

    funcional. No mbito federal, caber lei que fixar as diretrizes do sistema

    de carreira na Administrao Pblica Federal, tambm estabelecer os

    requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira,

    mediante promoo, uma vez promovido o servidor, abre-se vaga pra o

    cargo anteriormente ocupado;

    4 Readaptao: a investidura do servidor em cargo de atribuies e

    responsabilidades compatveis com a limitao que tenha sofrido em sua

    capacidade fsica ou mental verificada em inspeo mdica. ao mesmo

    tempo forma de investidura e vacncia de cargo pblico. O servidor

    readaptado passar a ocupar um cargo semelhante, respeitando suas novas

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    limitaes, deixando o anterior vago para ser ocupado por outro servidor

    que preencha os requisitos de capacidade fsica ou mental;

    5 Aposentadoria: d-se quando o servidor passa para a inatividade.

    Trata-se de direito do servidor e ocorrer de formas especficas: voluntria,

    compulsria, por invalidez permanente e especial;

    6 Posse em outro cargo inacumulvel: pode se dar como uma das

    hipteses previstas em lei autorizadora da demisso do servidor. Como

    prev o art. 133, detectada a qualquer tempo a acumulao ilegal de

    cargos, emprego ou funes pblicas, a autoridade competente notificar o

    servidor para que opte por um dos cargos, emprego ou funo no prazo de

    10 dias. Este ter at o ltimo dia do prazo da defesa do processo

    administrativo disciplinar para efetivar sua escolha. Caso contrrio,

    configurar-se- m-f, aplicando-lhe a pena de demisso. Se, porm,

    houver a escolha em tempo hbil do cargo, emprego ou funo, sua

    conduta converter automaticamente em pedido de exonerao do outro

    cargo. Em ambas as hipteses haver vacncia;

    7 Falecimento: como o prprio nome j sugere, a hiptese gerada pelo

    bito do servidor.

    Desinvestitura: exonerao x demisso

    Desinvestidura o ato administrativo atravs do qual o servidor

    destitudo do cargo, representa o fim da relao jurdica funcional, gerando

    a vacncia do mesmo. As duas principais formas so: exonerao e a

    demisso.

    Exonerao: o desligamento sem carter sancionador, podendo ocorrer a

    pedido do servidor que no deseja mais trabalhar naquele cargo da

    Administrao, ou por iniciativa e deliberao espontnea da Administrao,

    denominada por parte da doutrina de exonerao de oficio. Assim, a

    exonerao por iniciativa da Administrao pode ocorrer nas seguintes

    hipteses:

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    1 Quando se tratar de cargo em comisso: essa hiptese tambm

    denominada exonerao ad nutum, independe de qualquer motivao.

    Tratando-se de cargo de livre nomeao e livre exonerao, em que a

    escolha e a manuteno so baseadas na confiana;

    2 Quando o servidor, nomeado e empossado, no entrar em exerccio no

    prazo legal, o qual, para os servidores pblicos federais, de 15 dias a

    contar da data da posse (art. 15, 1, RJU);

    3 Quando, em cargo efetivo e antes da estabilidade, o servidor no for

    habilitado no estgio probatrio ou no aprovado na avaliao especial de

    desempenho, prevista no art. 14, 4, da CF/88 e realizada por uma

    comisso instituda pra essa finalidade, com garantia do contraditrio e da

    ampla defesa;

    4 Quando, aps a aquisio da estabilidade, o servidor considerado

    insatisfatrio na avaliao peridica de desempenho, disposio do art. 41,

    1, inciso III, da CF, que representa uma hiptese de perda da

    estabilidade com a conseqente exonerao do servidor, garantidos sempre

    o contraditrio e a ampla defesa. Essa avaliao depende de

    regulamentao atravs de lei complementar, que deve definir critrios e

    garantias para o procedimento, inclusive com regras especiais para os

    servidores estveis que desenvolvem atividades exclusivas de Estado (art.

    247, CF);

    5 Para se adequar aos limites previstos no art. 169, CF, quanto s

    despesas com pessoal. Esses limites devem ser definidos por lei

    complementar, hoje LC n 101/00, e os entes que estiverem fora da regra

    devem reduzir os seus gastos inclusive exonerando servidores, se

    necessrio, conforme critrios definidos na prpria Constituio;

    6 Quando o servidor estiver de boa-f, em acumulao proibida, a

    hiptese prevista no art. 133, 5, do RJU que garante ao servidor que

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    estiver acumulando ilegalmente a opo de escolher, no prazo de 10 dias,

    com qual cargo deseja continuar. No ocorrendo a escolha, ser instaurado

    o respectivo processo administrativo disciplinar para investigar a prtica da

    infrao funcional de acumulao ilegal. Durante o processo, o servidor

    ainda ter a chance de fazer opo at o prazo da defesa (5 dias),

    oportunidade em que se reconhece a boa-f do servidor e converte a sua

    escolha em pedido de exonerao do cargo que no desejar mais. Caso a

    opo no ocorra, comprovadas a infrao funcional e a m-f do servidor,

    aplica-se a pena de demisso;

    7 A EC 51/06, introduziu o 6, do art. 198, da CF, que estabeleceu mais

    uma hiptese de exonerao, disponde que o servidor que exera funes

    equivalentes s de agente comunitrio de sade ou de agente de combate

    s endemias poder perder o cargo em caso de descumprimento dos

    requisitos especficos, fixados em lei, para o seu exerccio, requisitos esses

    hoje definidos na Lei n 11.350/06.

    A segunda hiptese de desinvestidura a demisso, que tem a natureza de

    sano. Trata-se do desligamento do servidor do cargo que ocupa em razo

    da prtica de uma infrao funcional grave; pena.

    A Lei n 8112/90, em seu art. 132, enumera quais so as infraes

    funcionais punveis com a pena de demisso, exigindo sempre o respectivo

    processo administrativo disciplinar, garantindo o contraditrio e a ampla

    defesa.

    A pena de demisso pode ser transformada em pena de cassao ou

    destituio, seguindo a Lei n 8112/90. Prev o estatuto que, quando o

    servidor ocupante de um cargo efetivo pratica uma infrao grave e est

    em atividade, se comprovada em processo disciplinar, este ser demitido.

    Todavia, caso o servidor tenha praticado a mesma infrao grave enquanto

    esteve em atividade e, em data posterior, se aposentou ou entrou em

    disponibilidade, a pena de demisso ser convertida em cassao de

    aposentadoria ou disponibilidade.

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    E mais, caso o citado servidor ocupe um cargo em comisso ou funo de

    confiana e pratique a mesma infrao grave, a pena de demisso ser

    convertida em destituio de cargo em comisso ou funo de confiana.

    Por fim, em razo da confiana exigida para esses cargos, caso o servidor

    pratique uma infrao mdia que para os demais servidores seria punvel

    com uma simples pena de suspenso, nesses cargos aplica-se a pena mais

    grave de destituio. Portanto, servidor de cargo em comisso ou funo de

    confiana que pratique infrao mdia ou grave ser penalizado com a pena

    de destituio e perder o cargo.

    O legislador, preocupado com a efetiva aplicao das diversas sanes

    previstas pela lei, estabeleceu que, se o servidor estiver respondendo por

    processo administrativo disciplinar, no poder, enquanto no for julgado o

    processo e cumprida a pena, exonerar-se a pedido ou aposentar-se de

    forma voluntria (art. 172, RJU).

    Ressalvada a restrio acima, ocorrendo a exonerao, seja porque

    desconhecia a infrao ou nas hipteses praticadas de ofcio pela

    Administrao, o ato de exonerao poder ser convertido em pena de

    demisso se comprovado, por meio de processo administrativo disciplinar,

    que o servidor, enquanto em atividade praticou uma infrao funcional

    grave (art. 132). Da mesma forma, caso ele obtenha aposentadoria, essa

    ser cassada.

    A situao inversa tambm possvel. Na hiptese em que o servidor foi

    processado e ao final condenado, sofrendo a pena de demisso, se ficar

    provada a sua inocncia em processo de reviso julgado procedente, a

    penalidade ficar sem efeito e o servidor ter direito de retornar para o seu

    cargo com todos os seus direitos (art. 182). Contudo, quando tratar-se de

    cargo em comisso, a demisso ficar sem efeito e ser convertida em

    exonerao, mas, nesse caso, o servidor no ter direito de retornar para o

    cargo, porque a confiana ficou abalada.

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    Quadro esquemtico dos direitos e vantagens dos servidores

    Remunerao

    Modalidades: vencimentos e subsdio;

    No se admite remunerao inferior ao salrio mnimo;

    Fixao por meio de lei, ressalvadas algumas hipteses expressas na CF, como o Presidente da Repblica, Ministros de Estado, Senadores e Deputados Federais, alm dos vereadores;

    Sujeita ao teto remuneratrio e aos princpios da irredutibilidade;

    Vedada a vinculao ou equiparao;

    Descontos: so possveis em caso de falta sem motivo justificado; faltas justificadas, a depender da chefia, possvel compens-las no sendo assim descontadas; e atrasos sendo estes proporcionais;

    Consignao em folha: possvel a critrio do administrador, quando autorizado pelo servidor;

    Dbito com o errio: servidor com dbito superior a cinco vezes a remunerao e que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada ter 60 doas para quitar o dbito, sob pena de inscrio na dvida ativa;

    Penhora: o vencimento no pode ser objeto de penhora, arresto ou seqestro, salvo por dbito alimentar.

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    Indenizaes

    No se incorporam ao vencimento/provento para qualquer efeito

    Valores que so estabelecidos em regulamento

    Ajuda de custo

    - para compensar as despesas de instalao do servidor que, no interesse do servio, passar a ter exerccio em nova sede, com mudana de domiclio em carter permanente;

    - calculada sobre a remunerao do servidor, conforme se dispuser em regulamento, no podendo exceder importncia correspondente a 3 meses

    Dirias

    - para compensar afastamento da sede em carter eventual ou transitrio para outro ponto do territrio nacional ou para o exterior;

    - servem para indenizar despesas extraordinrias com pousada, alimentao, locomoo etc;

    - dependem de regulamento

    Transporte

    - para compensar despesas com a utilizao de meio prprio de locomoo para a execuo de servios externos, por fora das atribuies prprias do cargo;

    - depende de regulamento

    - para compensar despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem

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    Auxlio-moradia

    administrado por empresa hoteleira, no prazo de um ms, aps a comprovao da despesa pelo servidor;

    - tem que atender aos requisitos da lei (art. 60 B);

    - no ser concedido por prazo superior a 8 anos dentro de cada perodo de 12 anos;

    - o valor limitado a 25% do valor do cargo em comisso, funo comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado;

    - ocorrendo falecimento, exonerao, colocao de imvel funcional disposio do servidor ou aquisio de imvel, o auxlio-moradia continuar sendo pago por mais um ms.

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    Gratificaes e Adicionais

    - as gratificaes e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condies indicados em lei.

    Funo de direo, chefia e assessoramento

    - lei especfica estabelecer a remunerao

    Gratificao natalina

    - corresponde a 1/12 da remunerao mensal do servidor, por ms de exerccio no respectivo ano ser paga at o dia 20.12

    Adicional de atividades insalubres, perigosas ou penosas

    - servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substncias txicas, radioativas ou com risco de vida (definido em lei especfica)

    Adicional de servio extraordinrio

    - remunerado com acrscimo de 50% em relao hora normal, respeitado o limite mximo de 2h por jornada

    Adicional noturno

    - prestado em horrio compreendido entre 22h e 5h do dia seguinte, ter o valor-hora acrescido de 25%, computando-se cada hora como 52,30.

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    Adicional de frias

    - corresponde a 1/3 da remunerao do perodo de frias.

    Gratificao por encargo de curso ou concurso

    - devida ao servidor que, em carter eventual:

    a) atuar como instrutor em curso de formao, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente institudo no mbito da administrao pblica federal;

    b) participar de banca examinadora ou de comisso para exames orais, anlise curricular, correo de provas discursivas, elaborao de questes de provas ou julgamento de recursos intentados por candidatos;

    c) participar da logstica de preparao e de realizao de concurso pblico envolvendo atividades de planejamento, coordenao, superviso, execuo e avaliao de resultado, quando tais atividades no estiverem includas entre as suas atribuies permanentes;

    d) participar ou supervisionar a aplicao de provas de exame vestibular ou de concurso pblico.

    - os critrios de concesso e os limites da gratificao por regulamento, observados os parmetros legais;

    - no se incorpora ao vencimento ou salrio do servidor para qualquer efeito e no poder ser utilizada como base de clculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de clculo dos proventos da aposentadoria e das penses.

    - Podem ser institudos outros, relativos ao local ou natureza do trabalho

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    Frias

    - 30 dias podendo ser acumuladas at no mximo 2 perodos, salvo casos previstos em lei especfica;

    - raio x ou substncias radioativas 20 dias por semestre, vedada acumulao;

    - primeiro perodo aquisitivo de frias sero exigidos 12 meses de exerccio;

    - pagamento ser efetuado 2 dias antes do incio do perodo;

    - parcelamento at 3 etapas dede que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administrao pblica;

    - indenizao na exonerao de cargo efetivo, ou em comisso, h indenizao relativa ao perodo das frias a que tiver direito e ao incompleto, na proporo de um doze avos por ms do efetivo exerccio;

    - interrupo por motivo de calamidade pblica, comoo interna, convocao para jri, servio militar ou eleitoral, ou por necessidade do servio declarada pela autoridade mxima do rgo ou entidade.

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    Licenas - A licena concedida dentro de 60 dias do trmino de outra da mesma espcie ser considerada prorrogao.

    Doena em pessoa da famlia

    - doena do cnjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva s suas expensas;

    - exige comprovao por junta mdica, quando a assistncia for indispensvel e no puder ser prestada simultaneamente;

    - prazo: 30 dias + 30 dias com remunerao e, ultrapassando, at 90 dias sem remunerao;

    - no ser concedida nova licena em perodo inferior a 12 meses do trmino da ltima licena concedida.

    Afastamento do cnjuge ou companheiro

    - para acompanhar cnjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do territrio nacional, para o exterior ou para o exerccio de mandato eletivo, podendo haver exerccio provisrio em rgo ou entidade da Administrao Federal, desde que para o exerccio de atividade compatvel.

    Servio militar

    - ser concedida por lei especfica mas, concludo o servio militar, o servidor ter ainda at 30 dias sem remunerao para reassumir o exerccio do cargo.

    Atividade poltica

    - sem remunerao, durante o perodo que mediar entre a sua escolha em conveno partidria, como candidato a cargo eletivo, e a vspera do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral e ser afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral, at o dcimo dia seguinte ao do pleito (licena com vencimentos pelo perodo de 3 meses)

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    Capacitao

    - a cada 5 anos poder afastar-se do exerccio do cargo efetivo, com a respectiva remunerao, por at 3 meses, para participar de curso de capacitao profissional.

    Interesses particulares

    - podero ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que no esteja em estgio probatrio, licenas para o trato de assuntos particulares pelo prazo de at 3 anos consecutivos, sem remunerao.

    Mandato classista

    - sem remunerao para o desempenho de mandato em confederao, federao, associao de classe de mbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profisso, ou, ainda, para participar de gerncia ou administrao em sociedade cooperativa constituda por servidores pblicos para prestar servios a seus membros, ter durao igual a do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleio, e por uma nica vez.

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    Afastamentos

    Servir a outro rgo ou entidade

    - pode ser utilizado para servir em cargo em comisso ou funo de confiana ou em casos previstos em leis especficas;

    - para rgos ou entidades dos Estados, DF ou dos Municpios, o nus da remunerao ser do rgo ou entidade cessionria, mantido o nus para o cedente nos demais casos;

    - se EP ou SEM e o servidor optar pela remunerao do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuio do cargo em comisso, a entidade cessionria efetuar o reembolso das despesas realizadas pelo rgo ou entidade de origem.

    Mandato eletivo - quando vedada a acumulao: art. 38, CF e art. 94, RJU.

    Participao em programa de ps-graduao stricto sensu no

    pas

    - ser concedida desde que a participao no possa ocorrer simultaneamente com o exerccio do cargo ou mediante compensao de horrio;

    - mantm a remunerao;

    - os beneficiados tero que permanecer no exerccio de suas funes aps o seu retorno por um perodo igual ao do afastamento concedido, devendo, caso contrrio, ressarcir o rgo ou entidade dos gastos com seu aperfeioamento; isso tambm ocorrer caso o servidor no obtenha o ttulo ou grau que justificou seu afastamento, salvo na hiptese comprovada de fora maior ou de caso fortuito.

    Estudo ou misso no Exterior

    - a ausncia no exceder a 4 anos e, finda a misso ou estudo, somente decorrido igual perodo, ser permitida nova ausncia;

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    - no ser concedida exonerao ou licena para tratar de interesse particular antes de decorrido perodo igual ao do afastamento, ressalvada a hiptese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.

    Concesses

    Doao de sangue

    - 1 dia

    Alistamento eleitoral

    - 2 dias

    Casamento

    - 8 dias

    Falecimento do cnjuge, companheiro, pais, madrasta ou

    padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e

    irmos

    - 8 dias

    Horrio especial

    - utilizado nas seguintes hipteses:

    a) para estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horrio escolar e o da repartio, sem prejuzo do exerccio do cargo, com compensao de horrio;

    b) para portador de deficincia, quando comprovada a necessidade por junta mdica oficial, independentemente de compensao de horrio;

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    c) para servidor que tenha cnjuge, filho ou dependente portador de deficincia fsica, exigindo-se, porm, compensao de horrio;

    d) para servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I e II do art. 76-A, quais sejam:

    I atuar como instrutor em curso de formao, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente institudo no mbito da administrao pblica federal;

    II participar de banca examinadora ou de comisso de anlise de currculos, fiscalizar ou avaliar provas de exames vestibular ou de concurso pblico, ou supervisionar essas atividades.

    PARA GUARDAR!

    Agentes Pblicos

    Conceito

    todo aquele que exerce algum tipo de servio para o Estado, ainda que transitoriamente ou sem remunerao, por eleio, nomeao, designao, contratao ou qualquer outra forma de investidura ou vnculo, mandato, cargo, emprego ou funo.

    Espcies

    Agentes polticos: So os que compem os altos escales do Governo, como Presidente da Repblica, Governador, Prefeito, Senador, Deputado, Vereador e Magistrado, com caractersticas, prerrogativas e privilgios prprios, em geral estabelecidos pela Constituio Federal;

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    Agentes em delegao: So aqueles particulares que recebem do Estado a competncia para executar determinada atividade pblica, ou prestao de servio pblico ou, ainda, construo de obra pblica. Citem-se os leiloeiros, peritos, tradutores, concessionrios, permissionrios e autorizatrios.

    Servidores pblicos em sentido amplo: so todos os que prestam servios ao Estado, incluindo a Administrao Pblica Indireta, tendo vnculo empregatcio e pagos pelos cofres pblicos. So tambm chamados de agentes administrativos. Nessa classificao esto tanto os servidores estatutrios, sujeitos ao regime legal (Lei n 8.112/90), quanto os empregados pblicos, do regime contratual, alm dos temporrios, nos termos do art. 37, IX, da CF/88.

    Servidor estatutrio

    So os titulares de cargos pblicos e esto sujeitos ao regime legal, ou estatutrio, pois lei de cada ente da federao (Unio, Estados-membros, Distrito Federal e Municpios) que estabelece as regras de relacionamento entre os servidores e a Administrao Pblica.

    Empregados pblicos

    So aqueles contratados, seguindo o regime trabalhista, prprio da iniciativa privada. Assim, devem obedecer a Consolidao das Leis do Trabalho (CLT), bem como as regras impostas pela CF/88, como acesso mediante concurso pblico (art. 37, II, CF/88), limitaes de remunerao (art. 37, XI, CF/88) e acumulao remunerada de cargos e empregos pblicos (art. 37, XVI e XVII, CF/88).

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    Temporrios

    So aqueles contratados para atividades transitrias, emergenciais, submetidos a um regime jurdico especial, como, na esfera federal, disciplinado pela Lei n 8.745/93. A lei que trate desse tipo de situao no pode estabelecer hipteses abrangentes e genricas de contratao temporria, sem a especificao da contingncia ftica que evidencie tal situao excepcional, sob pena de inconstitucionalidade. Essa classe est prevista, como mencionado, no art. 37, IX, da CF/88, e tambm tem seus litgios submetidos Justia Federal, quando contratados por entidade dessa esfera

    PARA GUARDAR!

    Os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei (art. 37, I, da CF/88).

    Cargo:

    Lei n 8112/90, art. 3o Cargo pblico o conjunto de atribuies e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

    Pargrafo nico. Os cargos pblicos, acessveis a todos os brasileiros, so criados por lei, com denominao prpria e vencimento pago pelos cofres pblicos, para provimento em carter efetivo ou em comisso.

    Requisitos bsicos para investidura em cargo pblico:

    I - a nacionalidade brasileira;

    II - o gozo dos direitos polticos;

    III - a quitao com as obrigaes militares e eleitorais;

    IV - o nvel de escolaridade exigido para o exerccio do cargo;

    V - a idade mnima de dezoito anos;

    VI - aptido fsica e mental.

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    A relao dos requisitos meramente exemplificativa, podendo a lei exigir outros, de acordo com as atribuies do cargo. Incabvel restringir, no Edital do Concurso, o que a lei no limitou.

    Smula 686, do STF: S por lei se pode sujeitar a exame psicotcnico a habilitao de candidato a cargo pblico.

    A exigncia de habilitao para o exerccio do cargo objeto do certame dar-se- no ato da posse e no da inscrio do concurso (STF, RE 392.976/MG, DJ 08/10/2004).

    Os cargos em comisso so os de livre nomeao e exonerao, no necessitam de concurso pblico e no oferecem qualquer garantia de permanncia ao seu titular, posto que transitrios. Essa caracterstica dada pela lei que cria o cargo, nos casos em que necessrio um liame de confiana entre determinada autoridade e o titular de cargo de direo, chefia ou assessoria. A lei tambm indica a autoridade competente para fazer a nomeao.

    o caso dos assessores ou diretores, onde fundamental o envolvimento entre estes e a autoridade que os nomeia.

    Apesar de ser livre a nomeao, a lei pode estabelecer certas regras, o que no desvirtua essa caracterstica do cargo. Assim, pode determinar idade mnima de vinte e um anos, como no citado caso dos Ministros de Estado (art. 87, CF/88), exigir diploma de bacharel em Direito, para os Diretores de Secretaria na Justia Federal, proibir nomeaes de determinados parentes etc.

    A exonerao no precisa ser motivada, sendo ato puramente discricionrio da autoridade competente para nomear; diz-se, por isso, que a exonerao ad nutum.

    Emprego:

    Emprego pblico um conjunto de atribuies, mas que se diferencia do cargo pelo vnculo que une seus titulares ao Estado. Assim, o estatutrio (regido por um estatuto que no mbito federal a Lei n 8112/90) ser titular de um cargo (ex. servidor do INSS, TRE), j o empregado (regido pela CLT) ser titular de um emprego (ex. empregado dos Correios, Banco do Brasil, Petrobras).

    Funo:

    J a funo refere-se a uma atribuio especfica, pelo poder Pblico, a um agente. o acrscimo de algumas atribuies quelas j destinadas ao agente, no que concerne chefia, direo ou assessoramento. Assim, exige-se que, para exerc-la, j seja concursado.

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    Art. 37, V, da CF/88: As funes de confiana, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comisso, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condies e percentuais mnimos previstos em lei, destinam-se apenas s atribuies de direo, chefia e assessoramento

    PATTYDICAS!

    1. O gnero agentes pblicos abrange todas as pessoas que, de uma forma ou de outra, mesmo que transitoriamente e sem remunerao, prestam algum tipo de servio ao Estado;

    2. Entre os agentes, encontram-se trs espcies principais, quais sejam, os agentes polticos, os agentes em delegao e os servidores pblicos.

    3. A estabilidade uma garantia de ordem constitucional deferida aos ocupantes de cargos pblicos de provimento efetivo, com o intuito de assegurar sua permanncia no cargo, enquanto atendidos os requisitos legais.

    4. So quatro as possibilidades de perda do cargo do servidor estvel: I em virtude de sentena judicial transitada em julgado; II mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III mediante procedimento de avaliao peridica de desempenho; IV para o cumprimento dos limites com a despesa com pessoal ativo e inativo.

    5. Todo servidor responsvel por suas aes e omisses, envolvendo as esferas civil, penal e administrativa, e por elas responde quando do exerccio irregular de suas atribuies;

    6. A responsabilidade civil decorre tanto de ato omissivo quanto de comissivo, seja ele doloso ou culposo, desde que resulte em prejuzo ao errio ou a terceiros;

    7. A responsabilidade do Estado por danos que seus agentes causarem a terceiros objetiva, ou seja, independe de dolo ou culpa;

    8. A responsabilidade do servidor subjetiva, depende de comprovao de culpa lato sensu para que venha a responder pelo prejuzo;

    9. Se falecer o servidor devedor, a obrigao de reparar o dano estende-se aos sucessores e, contra eles, ser executados, at o limite do valor da herana recebida;

    10.Em havendo necessidade de deslocamento do servidor da sede, em carter eventual ou transitrio, para outro ponto do territrio nacional ou para o exterior, por razes do servio, receber indenizao relativa a todos os custos do afastamento, ou seja, passagens e dirias destinadas a fazer face s parcelas de despesas extraordinrias com pousadas, alimentao e locomoo urbana, conforme se dispuser em regulamento;

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    11.Se o servidor receber dirias e no se afastar da sede, por qualquer motivo, ficar obrigado a restitu-las integralmente, no prazo de 5 dias;

    12.Havendo deslocamento, porm retornando sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituir as dirias recebidas em excesso, no mesmo prazo (Lei n 8112/90, art. 59);

    13.Se no houver devoluo, poder haver desconto na remunerao do servidor (Lei n 8112/90, art. 49).

    H duas formas de retorno do servidor aposentado ativa por meio da reverso:

    1. A primeira refere-se ao aposentado por invalidez que deixou de ser invlido (Lei n 8.112/90, art. 25, I): neste caso, como do interesse da Administrao Pblica, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercer as suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga (art. 25, 3);

    2. A segunda hiptese de reverso ocorre no interesse da

    Administrao, desde que sejam atendidos, pelo aposentado, os seguintes requisitos:

    a) Tenha solicitado a reverso; b) A aposentadoria tenha sido voluntria; c) Estvel quando na atividade; d) A aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores

    solicitao; e) Haja cargo vago.

    Os cinco requisitos so cumulativos, na falta de um deles, no ser possvel a reverso a pedido. No caso do invlido que sofre a reverso, no havendo cargo vago, exercer as atribuies como excedente. Na segunda hiptese, no havendo vaga, no poder ser deferido o pedido. Em ambas as hipteses, a reverso far-se- no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformao (art. 25, 1) e no poder ser efetivada no caso de aposentado que j tenha completado 70 anos de idade (art. 25). No que diz respeito remunerao, o servidor que retornar atividade por interesse da Administrao perceber, em substituio aos proventos da aposentadoria, a remunerao do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente aposentadoria, revertendo os prejuzos financeiros que eventualmente teve com a mesma (art. 25, 4).

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    A gratificao por encargo de curso ou concurso devida ao servidor que, em carter eventual:

    1. Atuar como instrutor em curso de formao, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente institudo no mbito da administrao pblica federal;

    2. Participar de banca examinadora ou de comisso para exames orais, anlise curricular, correo de provas discursivas, elaborao de questes de provas ou julgamento de recursos intentados por candidatos;

    3. Participar da logstica de preparao e de realizao de concurso pblico envolvendo atividades de planejamento, coordenao, superviso, execuo e avaliao de resultado, quando tais atividades no estiverem includas entre as suas atribuies permanentes;

    4. Participar ou supervisionar a aplicao de provas de exame vestibular ou de concurso pblico.

    A referida gratificao no se incorpora ao vencimento ou salrio do servidor para qualquer efeito e no poder ser utilizada como base de clculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de clculo dos proventos da aposentadoria e das penses.

    Art. 104. assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Pblicos, em defesa de direito ou interesse legtimo.

    O direito de petio o direito que todo servidor tem de pedir, requerer aos Poderes Pblicos, em defesa de direitos ou interesse legtimo, seja frias, licena, reintegrao, reverso, horrio especial de estudante, cpias de um processo administrativo, promoo etc.

    Art. 105. O requerimento ser dirigido autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermdio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

    Art. 106. Cabe pedido de reconsiderao autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira deciso, no podendo ser renovado. (Vide Lei n 12.300, de 2010)

    Pargrafo nico. O requerimento e o pedido de reconsiderao de que tratam os artigos anteriores devero ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias.

    Art. 107. Caber recurso: (Vide Lei n 12.300, de 2010)

    I - do indeferimento do pedido de reconsiderao;

    II - das decises sobre os recursos sucessivamente interpostos.

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    1o O recurso ser dirigido autoridade imediatamente superior que tiver expedido o ato ou proferido a deciso, e, sucessivamente, em escala ascendente, s demais autoridades.

    2o O recurso ser encaminhado por intermdio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

    Art. 108. O prazo para interposio de pedido de reconsiderao ou de recurso de 30 (trinta) dias, a contar da publicao ou da cincia, pelo interessado, da deciso recorrida. (Vide Lei n 12.300, de 2010)

    Art. 109. O recurso poder ser recebido com efeito suspensivo, a juzo da autoridade competente.

    Pargrafo nico. Em caso de provimento do pedido de reconsiderao ou do recurso, os efeitos da deciso retroagiro data do ato impugnado.

    Art. 110. O direito de requerer prescreve:

    I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demisso e de cassao de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e crditos resultantes das relaes de trabalho;

    II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

    Pargrafo nico. O prazo de prescrio ser contado da data da publicao do ato impugnado ou da data da cincia pelo interessado, quando o ato no for publicado.

    Art. 111. O pedido de reconsiderao e o recurso, quando cabveis, interrompem a prescrio.

    Art. 112. A prescrio de ordem pblica, no podendo ser relevada pela administrao.

    Ser a prescrio de ordem pblica significa que o interesse do Estado em manter a ordem pblica prevalece, no podendo abrir mo dos prazos, recebendo recurso a destempo. Por isso, so fatais e improrrogveis os prazos aqui estabelecidos, salvo motivo de fora maior, que so acontecimentos imprevisveis e esto fora do alcance das partes.

    Art. 113. Para o exerccio do direito de petio, assegurada vista do processo ou documento, na repartio, ao servidor ou a procurador por ele constitudo.

    Art. 114. A administrao dever rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.

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    Art. 115. So fatais e improrrogveis os prazos estabelecidos neste Captulo, salvo motivo de fora maior.

    Nos termos da Lei no 8.112/90, assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Pblicos, em defesa de direito ou interesse legtimo. Muito bem! Depois da aula terica, vamos aos exerccios! Eu sei que muitos

    de vocs no so da rea jurdica e isso pode fazer com que encontrem

    alguma dificuldade com os termos. Mas no se preocupem, com muita

    leitura e muitos exerccios esse problema ser resolvido. Nada de tristeza

    ou desnimo, saibam que muitos aprovados tambm passaram por essa

    mesma situao e hoje esto no servio pblico!

    Encontro vocs no frum do curso ou nas redes sociais, ok?

    FB: Profa Patrcia Carla

    Twitter: @profapatricia

    Instagram: @profapatricia

    Beijos e bons estudos!

    Profa Patrcia Carla

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    Lista de questes da aula 2 (FCC)

    1 (FCC/TRT-20/Analista/2011) A licena por motivo de doena em pessoa da famlia, includas as prorrogaes, poder ser concedida a cada perodo de doze meses, dentre outras, na seguinte condio, por at

    a) 120 dias, consecutivos ou no, sem remunerao.

    b) 100 dias, consecutivos ou no, sem remunerao.

    c) 120 dias, consecutivos, mantida a remunerao do servidor.

    d) 60 dias, consecutivos ou no, mantida a remunerao do servidor.

    e) 90 dias, consecutivos, mantida a remunerao do servidor.

    2 (FCC/TRT-20/Analista/2011) O incio do exerccio de funo de confiana coincidir com a data de publicao do ato de designao, salvo quando o servidor estiver em licena ou afastado por qualquer outro motivo legal, hiptese em que recair no

    a) primeiro dia til aps o trmino do impedimento, que no poder exceder a trinta dias da publicao.

    b) primeiro dia til aps o trmino do impedimento, que no poder exceder a sessenta dias da publicao.

    c) trigsimo dia til aps o trmino do impedimento, que poder exceder a noventa dias da publicao.

    d) quinto dia til aps o trmino do impedimento, que poder exceder a trinta dias da publicao.

    e) quinto dia til aps o trmino do impedimento, que no poder exceder a sessenta dias da publicao.

    3 (FCC/TRT-20/Tcnico/2011) No que se refere ao provimento de cargo pblico, a posse e o exerccio do cargo pblico, devero observar, respectivamente, os prazos de

    a) 15 dias contados da publicao do ato de provimento e 05 dias contados da data da posse.

    b) 15 dias contados da publicao do ato de provimento e 15 dias contados da data da posse.

    c) 30 dias contados da publicao do ato de provimento e 30 dias contados da data da posse.

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    d) 30 dias contados da publicao do ato de provimento e 15 dias contados da data da posse.

    e) 60 dias contados da publicao do ato de provimento e 30 dias contados da data da posse.

    4 (FCC/TRT-20/Tcnico/2011) Detectada a qualquer tempo a acumulao ilegal de cargos, empregos ou funes pblicas, a autoridade notificar o servidor para apresentar opo, e, na hiptese de omisso, adotar procedimento sumrio para a sua apurao e regularizao imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolver de acordo com a Lei no 8.112/1990 que dispe sobre o Regime Jurdico dos Servidores Pblicos Civis da Unio, das autarquias e das fundaes pblicas federais. Desta forma, podemos afirmar que

    a) o prazo para a concluso do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumrio no exceder trinta dias, admitida sua prorrogao por igual perodo, quando as circunstncias o exigirem.

    b) a primeira fase do processo administrativo disciplinar corresponde instaurao, com a publicao do ato que constituir a comisso, a ser composta por cinco servidores estveis.

    c) o prazo para o servidor apresentar a opo improrrogvel.

    d) o prazo para o servidor apresentar a opo de quinze dias.

    e) a opo pelo servidor at o ltimo dia de prazo para defesa configurar sua boa-f, hiptese em que se converter automaticamente em demisso do outro cargo.

    5 (FCC/MPE-CE/Promotor/2011) Dentre as formas de provimento derivado de cargos pblicos, tradicionalmente praticadas na Administrao brasileira, NO foi recepcionada pela Constituio Brasileira de 1988 a

    a) ascenso.

    b) promoo.

    c) readaptao.

    d) reconduo.

    e) reintegrao.

    6 (FCC/TRT-19/Tcnico/2011) O servidor, ocupante de cargo em comisso, poder ser nomeado para ter exerccio, interinamente, em outro cargo de confiana, sem prejuzo das atribuies do que atualmente ocupa. Durante o perodo da interinidade, esse servidor

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    a) receber obrigatoriamente a remunerao proveniente do cargo de confiana que assumiu interinamente.

    b) receber obrigatoriamente a remunerao do cargo em comisso originrio.

    c) ter direito a receber duas remuneraes.

    d) dever optar pela remunerao de um dos cargos.

    e) receber duas remuneraes, acrescidas de percentual legal, por exercer, durante o mesmo perodo, atribuies decorrentes de dois cargos diversos.

    7 (FCC/TRT-19/Tcnico/2011) Considere as seguintes assertivas acerca da acumulao prevista na Lei n 8.112/1990:

    I. Considera-se acumulao proibida a percepo de vencimento de cargo pblico efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remuneraes forem acumulveis na atividade.

    II. A acumulao de cargos pblicos, se lcita, no est condicionada comprovao da compatibilidade de horrios.

    III. O servidor vinculado ao regime da referida Lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo em comisso, ficar sempre afastado de ambos os cargos efetivos, pois dever exercer as atribuies do cargo em comisso.

    Est correto o que consta APENAS em:

    a) II.

    b) I.

    c) III.

    d) I e II.

    e) II e III.

    8 (FCC/TRT-19/Tcnico/2011) O substituto far jus retribuio pelo exerccio do cargo ou funo de direo ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, quando o afastamento ou impedimento legal do titular for

    a) de vinte e cinco dias consecutivos, paga na proporo dos dias de efetiva substituio que atingirem o referido perodo.

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    b) de vinte dias consecutivos, paga na proporo dos dias de efetiva substituio que atingirem o referido perodo.

    c) superior a trinta dias consecutivos, paga na proporo dos dias de efetiva substituio que excederem o referido perodo.

    d) superior a quinze dias consecutivos, ou seja, a partir do dcimo sexto dia far jus retribuio, paga na proporo dos dias de efetiva substituio que excederem o referido perodo.

    e) de vinte dias, ainda que no consecutivos, paga na proporo dos dias de efetiva substituio que atingirem o referido perodo.

    9 (FCC/TRT-19/Analista/2011) Analise as seguintes assertivas concernentes s responsabilidades dos servidores pblicos:

    I. A responsabilidade administrativa do servidor ser obrigatoriamente afastada no caso de absolvio criminal que entenda pela inexistncia de prova suficiente para a condenao.

    II. Tratando-se de dano causado a terceiros, responder o servidor perante a Fazenda Pblica, em ao regressiva.

    III. A responsabilidade civil decorre de ato apenas comissivo e doloso, do qual resulte em prejuzo.

    Est correto o que consta em

    a) I, II e III.

    b) I e II, apenas.

    c) II, apenas.

    d) III, apenas.

    e) I e III, apenas.

    10 (FCC/TRT-19/Analista/2011) No que concerne prescrio para a ao disciplinar, correto afirmar:

    a) A abertura de sindicncia ou a instaurao de processo disciplinar interrompe a prescrio, at a primeira deciso proferida no processo.

    b) A ao disciplinar prescrever em cento e vinte dias quanto s infraes punveis com advertncia.

    c) A ao disciplinar prescrever em dois anos quanto s infraes punveis com destituio de cargo em comisso.

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    d) O prazo de prescrio comea a correr da data em que o fato foi praticado, no importando a data em que se tornou conhecido.

    e) Os prazos de prescrio previstos na lei penal aplicam-se s infraes disciplinares capituladas tambm como crime.

    11 (FCC/TRE-TO/Tcnico/2011) Ao servidor permitido, dentre outras hipteses,

    a) participar de gerncia de sociedade privada, exceto na qualidade de acionista.

    b) ausentar-se do servio, durante o expediente, com ou sem prvia autorizao do chefe imediato.

    c) praticar usura sob qualquer de suas formas.

    d) dar f a documentos pblicos.

    e) promover manifestao de apreo ou desapreo no recinto da repartio.

    12 (FCC/TRE-TO/Tcnico/2011) No que diz respeito ao tema cargo, emprego e funo pblica, correto afirmar:

    a) As funes de confiana, exercidas por servidores ocupantes de cargos efetivos ou no, destinam-se apenas s atribuies de direo, chefia e assessoramento.

    b) A expresso emprego pblico designa uma unidade de atribuies e distingue-se do cargo pblico pelo tipo de vnculo que liga o servidor ao Estado; portanto, o ocupante de emprego pblico tem vnculo estatutrio.

    c) A funo exercida por servidores contratados temporariamente para atendimento de situaes de excepcional interesse pblico exige, necessariamente, concurso pblico.

    d) As vrias competncias previstas na Constituio para os entes federativos so distribudas entre os respectivos rgos, os quais dispem de determinado nmero de cargos criados por lei, que lhes confere denominao prpria, atribuies e o padro de vencimento ou remunerao.

    e) Exige-se concurso pblico no s para a investidura em cargo ou emprego, como em todos os casos de funo, ou seja, as exercidas temporariamente para atender necessidade de excepcional interesse pblico e as ocupadas para o exerccio de funes de confiana.

    13 (FCC/TRT-19/Analista/2011) Sobre a redistribuio, INCORRETO afirmar:

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    a) necessrio mesmo nvel de escolaridade, especialidade ou habilitao profissional.

    b) Exige vinculao entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades.

    c) Deve haver manuteno da essncia das atribuies do cargo.

    d) No se faz necessrio que os vencimentos sejam equivalentes.

    e) Exige compatibilidade entre as atribuies do cargo e as finalidades institucionais do rgo ou entidade.

    14 (FCC/TRT-23/Analista/2011) Considere as assertivas abaixo sobre o Provimento, Vacncia, Remoo, Redistribuio e Substituio, nos termos da Lei no 8112/1990.

    I. As universidades e instituies de pesquisa cientfica e tecnolgica federais podero prover seus cargos com professores, tcnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos estabelecidos em lei.

    II. O concurso pblico ter validade de at trs anos, podendo ser prorrogado uma nica vez, por igual perodo.

    III. A promoo consiste em forma de provimento de cargo pblico.

    IV. possvel a abertura de novo concurso, ainda que houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade no expirado.

    Est correto o que se afirma APENAS em:

    a) I e III.

    b) I e II.

    c) I, III e IV.

    d) II e IV.

    e) III e IV.

    15 (FCC/TRT-23/Analista/2011) Maria, servidora pblica estvel, retornar ao cargo anteriormente ocupado tendo em vista sua inabilitao em estgio probatrio relativo a outro cargo. Jos, tambm servidor pblico estvel, retornar ao car