362 - laicado dominicano maio junho 2013

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    Maio/Junho 2013 Ano XLIII - n 362

    Directora:Isabel de Castro e Lemos ISSN: 1645-443X - Depsito Legal: 86929/95Praa D. Afonso V, n 86, 4150-024 Porto - PORTUGAL

    Fax: 226165769 -E-mail: [email protected]

    L A I C A D O D O M I N I C A N O

    Directora:Cristina Busto ISSN: 1645-443X - Depsito Legal: 86929/95Praa D. Afonso V, n 86, 4150-024 Porto - PORTUGAL

    FREI RUI DE ALMEIDA LOPES O.P NOVO PROMOTOR GERAL PARA O LAICADO DOMINICANO

    Felicitao e Agradecimento

    Frei Rui Lopes, ainda nosso promotor pro-

    vincial, foi nomeado pelo Mestre Geral da Or-dem dos Pregadores, promotor geral para oramo dos leigos dominicanos durante seisanos, visto o servio do promotor anterior,Frei David Kammler, ter chegado ao seu ter-mo.

    O jornal Laicado Dominicano e o conse-lho provincial leigo, em nome das fraternida-des da provncia portuguesa acolhem comgrande entusiasmo a notcia desta nomeao efelicitam-no com sentida e fraterna alegria,desejando-lhe as maiores bnos e xitos no

    desempenho das suas novas e exigentes fun-es e misses.

    Agradecemos, tambm, o seu servio delica-

    do e dedicado enquanto nosso promotor.DELICADO porque sempre tratou os lei-

    gos dominicanos das nossas fraternidades como maior respeito, deferncia, afabilidade e dig-nidade.

    DEDICADO porque nas variadas visitas sfraternidades, nas actividades provinciais e nas

    reunies do conselho provincial leigo foi ma-nifesto o empenho interessado, competente,prudente, interpelante e encorajador.

    Exerceu, pois, as suas competncias na fide-lidade s normas estabelecidas na nossa regra edirectrio. Por este seu testemunho reiteramosa nossa admirao e gratido.

    Aps este caminho percorrido ficou mais

    claro o perfil de um promotor das fraternida-des: estar imbudo de esprito de itinerncia edisponibilidade com vista a uma promoocontinuada, efectiva e disponvel.

    Bem haja por nos ter dito e demonstradoque acreditava e confiava nos membros desteramo da Ordem e da Famlia Dominicana epelo seu apelo a que vivamos sempre o carisma

    dominicano na nossa condio prpria de lei-gos pregadores no meio do mundo. Aguardamos com serena expectativa a no-

    meao do novo promotor, conscientes do seupapel imprescindvel na vida das nossas frater-nidades.

    Creia-nos unidos na orao e comunhofraterna em S. Domingos

    Pelo Conselho,Francisco Piarra, op

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    PALAVRA DO PROMOTOR

    A ANUNCIAO (III)Continuando a reflexo que vimos fazendo sobre o

    lugar de Nossa Senhora na nossa vida, particularmentena nossa vocao de dominicanos, gostava de proporum exerccio colocar lado a lado dois textos evanglicos

    em que aparece Nossa Senhora. O primeiro aqueleque temos vindo a comentar, o texto da Anunciaoque se encontra no Evangelho de S. Lucas (Lc 1, 26-38)e o segundo o do milagre de Can, o primeiro mila-gre de Jesus que nos apresentado por S. Joo no seuEvangelho (Jo 2, 1-12).

    Quem nos prope esta comparao o P. Schille-beeckx, telogo dominicano belga, falecido em 2009,no seu livro A me do Redentor. Pode parecer-nosestranha a comparao porque compara dois textos deevangelistas diferentes, com uma viso teolgica dife-rente, mas, mesmo assim, vale a pena laarmo-nos nacomparao dos dois textos.

    Na Anunciao o evangelista diz-nos que Maria fi-cou perturbada (Lc 1,29), interrogava-se sobre o senti-do das Palavras do Anjo e timidamente pergunta ao Anjo: como ser isto se eu no conheo homem?. Ao longo dos relatos que nos apresentam os factos rela-cionados com o nascimento e infncia de Jesus, perma-nece esta atitude interrogativa de Maria que S. Lucasapresenta nestas palavras: Maria guardava tudo istono seu corao (Lc 2,19; Lc 2,51). Maria tenta desco-brir o significado profundo de tudo aquilo que se refe-re a Jesus.

    O texto do milagre de Can mostra Nossa Senhorade uma forma muito diferente. Maria que toma ainiciativa e vai ter com Jesus para lhe dizer: no tm vinho (Jo 2,3) e que apesar da resposta ambgua de Jesus, quase desalentadora: que queres de mim mu-lher? A minha hora ainda no chegou (Jo 2, 4), vaiconfiadamente ter com os serventes de mesa e lhes dizcom toda a autoridade e confiana: fazei tudo o queele vos disser (Jo 2,5).

    Parece que timidez da jovem de Nazar se transfor-ma numa corajosa certeza e numa iniciativa arrojada.Pelo meio ficam trinta longos anos de proximidade,feitos de proximidade e de ateno na discrio da casade Nazar. Maria vai seguir Jesus atentamente, conhece Jesus como ningum, do ponto de vista humano, mas vai percebendo, igualmente, e progressivamente quem este Jesus e qual a sua misso, vai percebendo o pro-jeto do Pai que passa por este Jesus que ela trouxe noseu ventre e fez crescer para a vida. Vai, por esta proxi-midade, descobrindo o alcance das palavras do Anjo,os acontecimentos da noite em que Ele nasceu e da

    adorao dos pastores e as palavras de mistrio e dra-matismo do velho Simeo. H todo um conjunto de verdades, h todo um penetrar no mistrio que a proxi-midade de Jesus no recato da humilde casa de Nazar vai oferecendo a Maria.

    Mas isto tem muito ver connosco. O crescimentona f de Maria talha-se numa proximidade muito gran-de com Jesus, no dia a dia, observando os seu gestos eouvindo a Palavra que, a partir de agora, ultrapassaros muros da sua casa e as ruelas de Nazar, mas ondefoi proclamada como primcias do anncio pblico doReino.

    De S. Domingos diz-se que foi crescendo de homemda regra, para se tornar homem apostlico. Foi a suaproximidade com Jesus, no silncio do claustro de Os-ma, numa escuta com os ouvidos do corao da suaPalavra e num sabore-la no sacramento do altar quelhe d essa audcia apostlica que o leva a fundar aOrdem.

    A audcia apostlica que somos chamados a ter,nasce desta proximidade com Jesus, proximidade quese vive na perseverana da orao, no treino da escutada Palavra e do discernimento da sua aplicao na nos-sa vida. S esta proximidade com Jesus nos permiteopes profundas no sentido do Evangelho e coragempara o propor como sentido de vida. S esta proximi-dade com Jesus nos permite o anncio destemido dasua palavra e a fora perante as dificuldades que nos vm da denncia do que se ope a este projeto.

    Como Maria cresceremos na f e no compromissoapostlico se houver esta intimidade com Jesus, j nona casa de Nazar mas na morada do nosso coraoonde podemos ouvir a Sua voz. A proximidade de Je-

    sus na orao e na escuta da sua Palavra ser sempre araiz slida do nosso anncio do Evangelho.

    Fr. Rui Carlos Lopes, O.P.

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    FAMLIA A MAIS IMPORTANTE DE TODAS AS REDES SOCIAIS

    Fala-se hoje muito sobre a importncia das redes soci-ais, com especial relevncia das que so suportadas e ali-mentadas pelas novas tecnologias de informao e comu-nicao. Um computador porttil, umtablet ou umsmartphone , uma rede de comunicao digital, e a temosns a internet, oe-mail, os sms, o skype, o facebook, e todoum mundo de possibilidades tecnolgicas que, se por umlado facilitam a nossa vida (por exemplo, pore-mail queenvio a minha colaborao para o Laicado Dominicano),por outro lado criam em ns uma iluso de poder, decontrolo e uma falsa segurana. Estas tecnologias so,evidentemente, instrumentos para alcanar objetivos, soum meio nossa disposio, mas no devem ser um fimem si mesmas, nem substituir a linguagem dos afetos e docorao, da proximidade, da relao pessoal que d senti-do e colorido vida. Sabem? vem-me cabea o delicio-so romance A Cidade e as Serras , de Ea de Queiroz (seno o leram, no percam a oportunidade), e aquele perso-nagem que no seu luxo parisiense, na manso dos Cam-pos Elsios, tinha tudo, at um telgrafo por onde lhechegavam as mais variadas notcias de todo o mundo;mas faltava-lhe um motivo para a verdadeira alegria e umsentido para a vida, que veio a encontrar na simplicidadede uma aldeia do Douro e nas suas gentes.

    Mas a melhor e a mais eficaz rede social nos nossos

    dias continua, afinal, a ser a famlia. No encontro quoti-diano e na comunho em que se tece a vida, ou no reen-contro dos que esto longe e voltam nas frias e nas fes-tas, esta rede, ora real e tangvel, ora virtual por fora dascircunstncias, uma rede em que fazemos a experinciada comunho e da vida em famlia. Sabemo-lo, com certe-za por experincia prpria quer seja nas nossas famliasbiolgicas, nas nossas famlias comunitrias(fraternidades, comunidades religiosas, congregaes) ouna grande Famlia Dominicana que a famlia, seja qualfor a sua configurao, o lugar onde pertencemos e oafeto a garantia desse sentimento de pertena. E, comosabemos, so estes vnculos que nos ligam e do seguran-a, mas tambm que nos fazem ter vontade de partir efazermo-nos ao largo. A famlia isso: porto de abrigo eporto de partida.

    Nesta poca em que a palavra crise est to gasta etanto nos alarma (e no quero dizer que no haja razespara tal e situaes verdadeiramente aflitivas), no hnada como ouvir um av ou uma av contar as histriasda suas infncias para fazermos ideia do que era realmen-te uma crise. Agora os tempos so outros, habitumo-nosa outras formas de viver e esta transio revela-se crtica,dolorosa e desorientadora. Mas so as famlias, como re-de social, que esto a desempenhar um grande e funda-mental papel de suporte para o descalabro no ser maior. Aqui h tempos, na regio onde vivo (em Trs-os-Montese Alto Douro), diziam-me que ultimamente o consumo

    de po aumentou nas aldeias, porque os pais e avs queali vivem compram para dar aos filhos e netos que vivemnas cidades. De facto, no podemos ignorar que portados pais, e no raramente dos avs, que batem muitoscasais novos, em incio de vida, que planificaram as suas vidas e que se confrontam agora com dificuldades inespe-radas, ou jovens desempregados que, depois de uma expe-rincia de autonomia, voltam ao porto de abrigo enquan-to no passa a tempestade.

    Jos Carlos Gomes da Costa, o.p.

    EM VIDA, IRMO, EM VIDA Se queres fazer o bem a Algum a quem queiras muito,Diz-lhe, hoje, o teu querer.F-lo em vida, irmo, em vida Se desejas oferecer uma flor, no esperes que ela murcheManda-lha hoje, com amor.F-lo em vida, irmo, em vida Se desejas dizer com verdade gosto de ti gente da tuacasa, aos que te so queridos, Ao amigo perto ou longe, di-lo hoje.F-lo em vida, irmo, em vida No esperes pela sepultura das pessoas para as amar comlealdade

    E dar-lhes a sentir a tua ternuraF-lo em vida, irmo, em vida Se ser muito feliz mereces,Se aprenderes a fazer felizes a todos os que conhecesEm vida, irmo, em vida Nunca visites pantees nem enchas tumbas de floresEnche de amor os coraesEm vida, irmo, em vida faz o bem,Bem feito, a todos, a tempo e horasEm vida, irmo, em vida Significativa

    Frei Bernardo Domingues, o.p.

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    AGENDA FAMLIA DOMINICANA PEREGRINAO NACIONAL DO ROSRIO E

    DA FAMLIA DOMINICANA

    A Peregrinao Nacional do Apostolado do Ros-rio e da Famlia Dominicana ao Santurio de Ftimarealiza-se nos prximos dias 28 e 29 de Setembro.Por indicao do Santurio de Ftima a Peregrinaodo Rosrio insere-se no programa oficial do Santu-rio para esse Domingo. Assim, s 10h00, ter lugar arecitao do Tero na Capelinha das Aparies, sen-do a recitao de um dos mistrios orientado por umrepresentante do Apostolado do Rosrio. Pelas11h00, organizar-se- a procisso para o altar do Re-cinto, seguindo-se a celebrao da Eucaristia interna-cional, presidida pelo Sr. D. Jos Garcia Cordeiro,Bispo de Bragana Miranda.

    Para o dia de sbado o programa ser o seguinte:14h30, chegada ao Centro Pastoral Paulo VI15h00 apresentao das dioceses 15h30 Festa da Famlia Dominicana: Maria:

    Contemplao e Pregao da Palavra 17h00 Procisso para a Capelinha das Apari-

    es e Saudao a Nossa Senhora21h30 Celebrao do Rosrio (na Capelinhadas Aparies)

    22h45 Viglia de Orao (no Centro PastoralPaulo VI)Como na peregrinao de 2012, pedimos aos

    Associados do Rosrio o maior empenho na partici-pao nesta peregrinao, momento nico, para tes-temunharmos, em conjunto, a nossa vivncia da es-

    piritualidade do Apostolado do Rosrio, dentro daFamlia Dominicana. Todos aqueles que puderem,levem os estandartes ou bandeiras dos Centros do

    Rosrio para se identificarem e darem maior desta-que nossa presena no Santurio de Ftima.

    Fr. Jos C. Vaz Lucas, o.p.

    JORNADAS NACIONAIS DA FAMLIA DO-MINICANA

    Vo ter lugar, no fim de semana de 8 a 10 de No- vembro, em Ftima, as prximas jornadas da famliaDominicana, sob o tema Laicado Dominicano e apregao.

    Como j habitual, haver espao para confern-cias, painis e debate, sem esquecer os momentoscelebrativos e de convvio.

    Cristina Busto, o.p.

    CAPTULO PROVINCIAL - 2013

    O P. Provincial da Provncia Portuguesa da Or-dem de So Domingos, fr. Jos Manuel Valente daSilva Nunes, op, convocou hoje, dia 30 de Maro, oprximo Captulo Provincial, que comear no pr- ximo dia 2 de Setembro, no Convento de So Do-mingos de Lisboa.

    De acordo com as Constituies da Ordem dosPregadores, compete ao Captulo eleger o prior pro- vincial (cf. LCO 353), tratar de tudo aquilo que diga

    respeito vida fraterna e apostlica, bem como boaadministrao da Provncia, e proceder eleio dosdefinidores, dos conselheiros e dos delegados aosprximos Captulos Gerais (cf. LCO 351 I).

    Na mesma carta convocatria, o P. Provinci-al recomendou a todos os membros da Provncia eda Famlia Dominicana que rezem pelo bom xito ebons frutos do Captulo.

    Notcia retirada do site da Provncia Portuguesa da Ordem de S.Domingos

    (www.dominicanos.com.pt)

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    ASSEMBLEIA INTERCALAR DAS FRATERNIDADES LEIGAS DE S. DOMING Algumas Notas e Apontamentos

    Esta Assembleia realizou-se em Ftima, no passadodia 1 e 2 de Junho. Compareceram 15 elementos dasFraternidades do Porto, Ftima, Parede, Elvas e Estre-moz, incluindo os membros do Conselho Provincial,o Promotor Provincial, a Conferencista, irm Deolin-da Rodrigues e Camila Caimoto, convidada.

    Aps o acolhimento dos participantes, foi apresen-tado pela irm Deolinda o tema da palestra Comoelaborar um projecto apostlico. Depois de ter men-cionado as vantagens de ser elaborado um plano paraaco que se quer realizar, deu como exemplo a sua

    prpria experincia na Congregao Missionria doRosrio, de que faz parte. Assim, explicou como, apartir de um plano geral da congregao, a 5 anos, seelabora um plano provincial, a 3 anos e a partir des-se, a comunidade elabora o seu plano anual.

    Em seguida, apresentou um esquema a seguir napreparao desse plano, que transcrevemos.

    1. Conhecimento- Grupo/Fraternidade: identidade, comunho e

    vivncia de fraternidade do grupo; idade dosmembros; formao; disponibilidade; iniciati- va; motivao( necessrio que todos se envol- vam e se comprometam na elaborao e avalia-o do Projecto. Todos devem assin-lo). Ou-tros

    - Realidade do meio e mbito geogrfico: habitatdisperso ou concentrado; deslocaes, outros

    - Destinatrios: interesses, necessidades e moti- vaes; idade; nvel de formao; relao entre

    vizinhos; descoberta de lderes. Outros 2. Mensagem a transmitir e seus fundamentosOpo da mensagem a transmitir; espirituali-

    dade marcante (no nosso caso tem de ser do-minicana); a pregao e a dimenso apostlica

    b e m p a t e n t e ; f u n d a m e n -tos/pilares/princpios slidos e estudo(exemplos: personalidade comunitria, Msti-ca, Reestruturao). Outros

    3. Justificao do projecto As causas que o motiva

    4. ObjectivosGlobal/Geral e especficos. Para todo o projec-to, ou para cada captulo do mesmo.Outros.

    5. Mtodo/Estratgia: Ou voc tem uma estrat-gia prpria, ou ento parte da estratgia dealgum(Alvin Tofler). Estratgia o conjuntode passos mentais e comportamentais usadospara realizar um objectivo.Perguntar-se : que pedagogia (que poltica )utilizar? (o amor)

    6. Meios: actividades, aces concretas e avali- veis.

    7. Cronograma: marcar tempos. Tambm se po-dia acrescentar o item do Oramento.

    8. Avaliao: ver se os resultados previstos foramconseguidos; aspectos positivos e menos posi-tivos; propostas de melhoramento.

    No final da palestra foram lidas as respostas aoquestionrio enviado pelo Conselho Provincial sFraternidades. Responderam as Fraternidades da Pa-rede, Elvas, Idanha-a-Nova, Ftima, Estremoz e Porto.

    Aps a eucaristia e o almoo, retomaram-se os tra-balhos. A assembleia debateu questes levantadas

    quer pela palestra da irm Deolinda, quer pelas res-postas das Fraternidades. Em seguida houve trabalhode grupo por Fraternidades, onde se debateu a possi-bilidade de elaborao de um projecto apostlicoadaptado realidade de cada fraternidade e onde seelaboraram moes a apresentar Assembleia.

    No domingo de manh, procedeu-se discusso e votao das moes apresentadas pelos delegados,concluindo-se os trabalhos com a Eucaristia e o almo-o.

    Maria do Carmo Ramos, o.p.Cristina Busto, o.p.

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    NOTCIAS DAS FRATERNIDADES

    PROMESSAS NA FRATERNIDADE LEIGA DE S. DOMINGOS DE ELVAS

    No passado dia 15 de Junho de 2013 na Igreja deSo Domingos de Elvas, emitiram Promessa Definiti- va dezasseis irmos que completaram o perodo de 3anos de formao, so eles: Jos Manuel Martins, Tia-go Antnio Santos, Henrique Jos Gordo, RicardoMiguel Escardua, Joo Fernando Coelho, Isabel Ale- xandra Coelho, Helena Isabel Crisstomo, Maria deFtima Crisstomo, Jos Antnio Crisstomo, NatliaFerreira Miguns, Idalina da Conceio Penetra, An-glica Maria Raimundo, Joaquim Jos Rosado, Mariada Conceio Rosado, Maria de Lurdes Neves e Fer-

    nanda Maria Carlos. Entrou tambm um simpatizan-te, o Joo Miguel Miranda.

    A Eucaristia foi presidida pelo Promotor Provincialdas Fraternidades Leigas de So Domingos, Frei Rui

    Carlos Lopes OP e concelebrada pelo Proco da Par-quia do Santssimo Salvador, Rev. Padre JernimoFernandes.

    Toda a celebrao foi preparada pelo Seminaristado ano propedutico que est em Faro, Tiago Carlos,ajudado pelos Seminaristas do Seminrio Menor deSo Jos de Vila Viosa; os cnticos estiveram a cargode alguns elementos do coro paroquial e acompanha-dos ao rgo pelo Dr. Lus Simes, Director do Corodo santurio Nacional da Padroeira de Portugal de Vila Viosa.

    No final houve um convvio no quintal da igrejapara os irmos e familiares.

    Neste momento a Fraternidade conta com 31 ele-mentos com Promessa Definitiva,1 com PromessaTemporria, 4 que pediram adiamento para fazer aPromessa definitiva no ano que vem e 1 simpatizante,fazendo um total de 37 elementos com idades entre os95 e os 26 anos.

    Agradecemos a Deus Nosso Senhor que pela inter-cesso de So Domingos as vocaes que tem dado nossa Fraternidade.

    Toz Brito Carlos, o.p.

    FRATERNIDADE DO PORTOUma flor nos jardins do alm

    Partiu no dia 28 de Maio, aps um longo e sofrido calvrio, a nossa amiga Rosa Azevedo e Silva, de 9anos de idade.

    Foi uma mulher notvel, de trabalho e dedicao aos outros. Ficou viva cedoe aps ter tido vrias maternidades no concretizadas, o seu sentido maternale abertura aos outros, permitiram que adoptasse aos 79 anos uma raparigui-nha de 12 a quem a me havia morrido.Pertenceu s conferncias vicentinas de Santa Rita na parquia de Aldoaronde fazia parte da equipa de acolhimento.Entrou para a Fraternidade Leiga Dominicana de Cristo Rei em 1982. fez apromessa temporria em 1983 e a definitiva em 1986. A sua doura e trato afvel e delicado ficaro sempre na memria de quem aconheceu e privou com ela.

    Maria do Carmo Ramos, O.P.

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    1. No passado dia 7 de Junho foi celebrada a festado Sagrado Corao de Jesus. A origem desta devoodeve-se a Santa Margarida Maria de Alacoque, religiosada Ordem da Visitao, que manifestou ter recebido

    extraordinrias revelaes pessoais de Jesus Cristo, en-tre 1673 e 1675.Depois, a partir de Portugal, a Beata Maria do Divi-

    no Corao, condessa de Droste zu Vischering, obtevedo Papa Leo XIII, em 1899, a consagrao do mundoa esta invocao. Vrias congregaes religiosas, femini-nas e masculinas, assim como igrejas, parquias, basli-cas e outros monumentos passaram a ser designadoscomo do Sagrado Corao de Jesus. A devoo das no- ve primeiras sextas-feiras de cada ms, acompanhada dedoze promessas de garantia, teve um grande xito, em

    vrios pases.Em Lisboa, existe uma igreja paroquial dedicada aoSagrado Corao de Jesus, obra dos arquitectos NunoTeotnio Pereira e Nuno Portas, que recebeu o prmio Valmor em 1975 e monumento nacional, desde 2010. Apesar de todas as diligncias, o Sagrado Corao de Jesus no conseguiu, na altura, encontrar nenhum gran-de artista que o quisesse pintar ou esculpir. Fui ao Goo-gle verificar se teria havido algum esquecimento. Entreas mais de quatrocentas imagens visitadas no encontreiuma que l pudesse figurar, sem atentar contra a quali-

    dade daquela arquitectura. Alis, a reproduo de taisimagens sempre a multiplicao da fealdade. No apenas um defeito portugus, uma importao. A revista L rt Sacr,dos padres dominicanos Marie- Alain Couturier e Pie Rgamey, na seco campo con-tra campo, as imagens do Sagrado Corao de Jesuseram sempre apresentadas como a desfigurao da au-tntica arte sacra. Eles apostaram no gnio, em artistascomo Matisse, Rouault, Lger, Bonnard, Chagall, Bra-que, Corbusier, entre outros, mas o Corao de Jesuscontinuou como est no Google.

    Porque ser que algumas das expresses mais belasdo Antigo e do Novo Testamento tenham sido transfor-madas em insuportveis figuras que apresentam entre asmos, sobre o peito, a extraco de um corao ensan-guentado, num realismo que a prpria negao docaminho simblico, caminho da transcendncia? Queter isso a ver com a promessa bblica evocada no bap-tismo, dar-vosei um corao novo e infundirei em vsum esprito novo. Arrancarei do vosso peito o coraode pedra e dar-vos-ei um corao de carne? Ser a trocade uma pedra da calada por um naco de carne huma-

    na?Como encontrar nas ditas imagens do sagrado cora-o de Jesus a beleza deste apelo? Vinde a mim todos

    os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos darei descanso. Tomai sobre vs o meu jugo eaprendei de mim, porque sou manso e humilde de co-rao, e encontrareis descanso para as vossas almas, pois

    o meu jugo suave e o meu fardo leve. Sem sensibilidade para a linguagem simblica, opseudo-realismo torna-se grotesco.

    2. Os textos desta solenidade so, precisamente, aorquestrao literria deste apelo. Ezequiel era um pro-feta, testemunha da situao do povo a que pertencia,um povo no exlio, que se julgava abandonado.Ezequiel era tambm um grande poeta, algum que sal-ta para fora das evidncias empricas de uma culturapastoril. Tem mo uma realidade partilhada: a dosrebanhos e a dos pastores. No vai fazer comparaes.

    Vai colocar Deus a falar e a agir como nunca nenhumpastor o tinha feito. As metforas so indispensveis,mas podem ser perigosas. Ao servir-se de uma relaode pastor com as suas ovelhas, aplicada aos seres huma-nos, pode incorrer num equvoco. Ningum gosta deser ovelha, seja qual for o senhor. Tomada letra, essaexpresso degradante, no de cidados. Para noofender as ovelhas, quando encontramos seres huma-nos servis, chamamos-lhes carneiros.

    A parbola do Bom Pastor (Lc 15,3-7) faz a ponteentre o Antigo e o Novo Testamento, pois a metfora

    s vale para o pastor, para aquele que cuida das ovelhas,sem pensar no lucro que lhe do, mas pelo amor quelhes tem. Usa, por isso, de uma irracionalidade: deixarem perigo noventa e nove, o rebanho todo, para ir atrsde uma desgarrada. Ao extremar as atitudes, at ao ab-surdo, indica que est a falar de outra coisa que nocabe no registo do razovel, que est fora da lgica dosnmeros. Para Deus cada pessoa insubstituvel. Emtodo o lado, noventa e nove so noventa e nove e umaapenas uma. Na lei dos grandes nmeros mais um oumenos um no relevante.

    3. Paulo, na segunda leitura (Rom 5,5b- 11), no falaem parbolas, nem constri grandes teorias psicolgicasou filosficas sobre o amor. S lhe interessa mostrarque a lgica do comportamento de Deus em relao ans, salta para fora do amor razovel. Segue a loucurada sua prpria gratuidade. No tem porqus. a respi-rao do seu modo de ser. No olha para quem mereceou no merece ser amado. o amor que nos tem quenos pode tornar amveis, se nele consentirmos. Mas oseu amor anterior a tudo. Neste ponto coincide comS. Joo:Deus amor, o amor que nos amou primeiro.

    Frei Bento Domingues, o.p.In jornal Pblico, 9 de Junho de 2013

    O SAGRADO CORAO DE JESUS MAL PINTADO

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    F i c h a T c n i c a Jornal bimensal Publicao Peridica n 119112 ISSN: 1645-443X Propriedade: Fraternidade Leigas de So Domingos Contribuinte:502 294 833Depsito legal: 86929/95Direco e RedacoCristina Busto (933286355)Maria do Carmo Silva Ramos (966403075)

    Administrao:Maria do Cu Silva (919506161)Rua Comendador Oliveira e Carmo, 26 2 Dt2800 476 Cova da PiedadeEndereo: Praa D. Afonso V, n 86,

    4150-024 PORTO

    E-mail: [email protected]: 435 exemplares

    O s a r t i g o s p u b l i c a d o s e x p r e s s a m a p e n a sa o p i n i o d o s s e u s a u t o r e s .

    Laicado Dominicano Maio/Junho 2013

    NOVO CONSELHO DA FAMLIA DOMINICANA

    Realizou-se no passado dia 16 de Junho, na casa das Irms Dominicanas do Rosrio, a reunio de encemento de mais um trinio de actividades.

    Aps a partilha habitual de notcias dos vrios ramos da Famlia Dominicana e da avaliao dos trabaldo Conselho durante o trinio findo, procedeu-se eleio dos diferentes cargos existentes no Conselho.Ficaram assim distribudos os cargos:Presidente irm Rosarinho (IDSCS)

    Vice-Presidente frei Jos Carlos Lucas (frades)Secretria irm Adelaide Varanda (MDR) Coordenadora do secretariado - Lurdes Santos (FLD).Tesoureiro frei Geraldes (frades).

    Cristina Busto, o.p.

    NOTCIAS DA FAMLIA DOMINICANA

    PASSEIO DA FAMLIA DOMINICANA

    Uma vez mais a Famlia Dominicana foi de passeio, desta feita cidade bero da nao, a GuimarFoi uma oportunidade para nos encontrarmos uns com os outros e tambm com um patrimnio que a histriali nos legou, pois encontramos no s o que resta do antigo convento, mas igualmente o que resta do antig

    mosteiro e do hospital da Ordem Terceira.

    Notcia e fotos retiradas do blogue vitaefratrumordinispraedicatorum.blogspot.pt

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