edição 362

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PUB 1 de março de 2012 N.º 362 ano 10 | 0,50 euros | Semanário Diretor Hermano Martins Economia pÆg. 7 Feira Anual com oramento reduzido MultimØdia pÆg. 10 Nenhuma freguesia deve ser extinta Veja a TrofaTv no Meo CAT em risco de nªo terminar campeonato Desporto pÆg. 28 Entrevista pÆg. 16 Nenhuma freguesia deve ser extinta Feira Anual com oramento reduzido Feira Anual com oramento reduzido

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Edição de 1 de março de 2012

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Page 1: Edição 362

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1 de março de 2012N.º 362 ano 10 | 0,50 euros | Semanário

DiretorHermano Martins

Economia pág. 7

FeiraAnualcomorçamento reduzidoMultimédia pág. 10

�Nenhumafreguesiadeveserextinta�

VejaaTrofaTvnoMeo

CATemriscodenãoterminarcampeonato

Desporto pág. 28

Entrevista pág. 16

�Nenhumafreguesiadeveserextinta�

FeiraAnualcomorçamento reduzidoFeiraAnualcomorçamento reduzido

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www.onoticiasdatrofa.pt 1 de março de 2012

Agenda

2Atualidade

Fundadora: Magda AraújoDiretor: Hermano Martins (T.E.774)Sub-diretora: Cátia Veloso (T.P. 1639)Editor: O Notícias da Trofa, PublicaçõesPeriódicas Lda.Publicidade : Maria dos Anjos AzevedoRedação: Patrícia Pereira (T.P. 1637),Cátia VelosoSetor desportivo: Diana Azevedo, MarcoMonteiro (C.O. 744), Miguel Mascarenhas(C.O. 741)Colaboradores: Afonso Paixão,Atanagildo Lobo, Jaime Toga, José

Moreira da Silva (C.O. 864), TiagoVasconcelos, Valdemar SilvaFotografia: A.Costa, Miguel Trofa Pereira(C.O. 865)Composição: Magda Araújo, CátiaVeloso, Ana Assunção (T.P.E 155)Impressão: Gráfica do Diário do Minho,Lda,Assinatura anual: Continente: 20 euros;Extra europa: 59,30 euros; Europa: 42,40euros; Assinatura em formato digitalPDF: 15 eurosNIB: 0007 0605 0039952000684

Os artigos publicados nesta edição dojornal “O Notícias da Trofa” são da inteiraresponsabilidade dos seus subscritores enão veiculam obrigatoriamente a opiniãoda direção. O Notícias da Trofa respeita aopinião dos seus leitores e não pretende demodo algum ferir suscetibilidades.

Todos os textos e anúncios publicadosneste jornal estão escritos ao abrigo donovo Acordo Ortográfico.

Nota de redaçãoFicha TécnicaAvulso: 0,50 EurosE-mail: [email protected] e Redação: Rua das Aldeias de Cima,280 r/c - 4785 - 699 TrofaTelf. e Fax: 252 414 714Propriedade: O Notícias da Trofa -Publicações Periódicas, Lda.NIF.: 506 529 002Registo ICS: 124105Nº Exemplares: 5000Depósito legal: 324719/11Detentores de 50 % do capital ou mais:Magda Araújo

Farmáciasde Serviço

Telefonesúteis

Bombeiros Voluntáriosda Trofa

252 400 700GNR da Trofa252 499 180

Polícia Municipal da Trofa 252 428 109/10

Patrícia [email protected]

Paulo António Maias deCarvalho é nome do pintortrofense que, durante o mêsde março, colocará à disposi-ção da comunidade trofensea sua exposição.

“O Público e o Privado: Obje-to de pintura”. Este é o nome danova exposição, que estará pa-tente entre os dias 3 e 31 de mar-ço, na sala de exposições tem-porárias da Casa da Cultura.

Com o objetivo de procurar di-fundir a oferta cultural, bem co-mo, possibilitar a todos os trofen-ses “darem a conhecer” os seustrabalhos, quer seja a nível depintura, desenho ou escultura, aCâmara Municipal da Trofa, atra-vés da Casa da Cultura, tem apre-sentado uma nova exposição emcada mês.

No mês de março, a mostra,que será inaugurada no dia 3 de

Dia 01Farmácia Barreto

Dia 02Farmácia Nova

Dia 03Farmácia Sanches

Dia 04Farmácia Moreira Padrão

Dia 05Farmácia Trofense

Dia 06Farmácia Barreto

Dia 07Farmácia Nova

Dia 110 horas: Comemoração doDia Mundial da Proteção Civil,no Salão Polivalente dos Bom-beiros Voluntários da Trofa

Dia 2Feira Anual da Trofa

Dia 3Feira Anual da Trofa

14 horas: Torneio de judo, noAquaplace15 horas: Inauguração da ex-posição “O Público e o Priva-do: Objeto de Pintura”, na Casada Cultura da Trofa17 horas: Abertura do Showroom“Alegria Noivos”, na Quintad’Alegria, em Ribeirão

Dia 4Feira Anual da Trofa

9 horas: 2ª Caminhada Solidá-ria, junto à Igreja de Guidões15 horas: Belenenses x Trofen-se, no Estádio do Restelo, emLisboaAliança Gandra x Bougadense,no Estádio Cidade Desportivade ParedesS. Romão x Os Lusitanos, noCampo Carlos Alves16 horas: Câmara de Lobos xCAT, no Ginásio de Câmara deLobos, na Madeira

Dia 821 horas: Tertúlia “Mulher nocentro do séc. XXI”, no novoauditório da Escola Secundáriada Trofa

Casa da Cultura inauguramais uma exposiçãode pintura

março, sábado, pelas 15 horasna sala de exposição temporá-ria da Casa da Cultura, estará acargo do pintor Paulo AntónioMaias de Carvalho, que retrata aforma como analisa e reinterpretao modo como “as dimensões pri-vada e pública do self humanointeragem e se posicionam nomundo em que as fronteiras en-tre estes domínios se encontramcada vez mais diluídas e são to-dos os dias questionadas”.

Paulo António Maias de Car-valho, que se encontra no segun-do ano do mestrado em Pinturapela Faculdade de Belas-Artes,já participou em várias exposi-ções e cursos de formação, ten-do lecionado Artes Visuais emvárias escolas básicas e secun-dárias.

A Câmara Municipal da Trofaconvida os trofenses a marcarempresença, ficando a conhecer umpouco mais sobre este artista, ea deslumbrarem-se com os tra-balhos expostos.

Patrícia Pereira

Hermano Martins

Homem, natural de S.Martinho de Bougado, foi de-tido na quinta-feira, por terfeito gesto obsceno aos mili-tares da Guarda Nacional Re-publicana da Trofa.

Um indivíduo circulava na es-

trada em S. Mamede do Corona-do, quando o improvável aconte-ceu.

Ao passar por um carro-patru-lha da Guarda Nacional Republi-

cana (GNR) da Trofa, o condu-

Homem detidopor gestoobsceno

tor, de 40 anos, colocou o braçode fora da viatura, fazendo um

gesto obsceno para os militares,que o mandaram parar. O condu-

tor, que não cumpriu a ordem dosmilitares, acabou por ser detido.

O homem, natural de S. Mar-

tinho de Bougado, foi notificadopara aparecer em tribunal no dia

24 de fevereiro, sexta-feira. Con-tudo, como não compareceu, o

processo baixou a inquérito.O indivíduo já estava referen-

ciado pela GNR, tendo a sua ca-

sa sido sujeita a buscas, porcausa de processos que estavam

em tribunal.

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www.onoticiasdatrofa.pt1 de março de 2012 Publicidade3

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www.onoticiasdatrofa.pt 1 de março de 20124Reportagem

LACANORTE

CLINICA GUIDOES

Cátia VelosoHermano Martins

O NT conheceu histórias dehomens e mulheres que lu-tam, diariamente, para se re-integrarem na sociedade,após um passado de toxico-dependência ou alcoolismo.Cerca de 30 pessoas estãoabrangidos pelo projeto daASAS, “Reinserir na Trofa”.

Muitos são os motivos que le-vam as pessoas a tornarem-sedependentes de drogas ou álco-ol. Mas apesar dos obstáculos,o caminho para a recuperaçãoexige a conjugação de dois fato-res: determinação e amor-pró-prio.

Domingos Claro contactoupela primeira vez com as drogasleves na tropa. Tinha 22 anos. Adependência manifestou-se maistarde, já casado e com negócioprofissional estável. Em poucotempo, o vício da droga quase lhearruinou a vida. No labirinto dassubstâncias psicotrópicas, Do-mingos perdeu-se dos filhos e daesposa…e quase os perdeu devez.

Projeto da ASAS devolve ex-dependentes à sociedade

Confessa que “enquanto setem dinheiro, ‘tá-se bem, mata-se a ressaca e volta-se a consu-mir”. O problema surge quandofalta o sustento: “Começa-se apedir e a enganar toda a gente.Primeiro a família, depois os ami-gos e terceiros”.

Apesar de ter consciênciaque as memórias ajudam a ultra-passar o problema, às vezes, pre-feria não ter que se lembrar dealgumas atitudes que tomou pa-ra alimentar o vício. Quanto aodinheiro que gastou em droga“dava para comprar um Ferrari”,assegura, perante o assentimen-

to da mulher.Apesar do desgosto, Natália

Claro nunca desistiu de apoiar omarido, mesmo quando não ti-nha ninguém do seu lado. Ultra-passou o obstáculo do preconcei-to, incluindo o da própria família.A filha mais velha do casal era“discriminada na escola” e nes-se ano “quase reprovava”. “Eunão tive coragem de ir lá falar coma professora, porque era muitodifícil falar daquilo”, admitiu. “Aluta foi muito difícil”, relembra Na-tália, que esteve a braços comuma depressão. Fez “das tripascoração” para ajudar o marido,

“(Re)Inserir na Trofa”

apesar da sua recaída nas dro-gas e, apesar de a ter sentidocomo “uma traição”, tem noçãoque se explica pelo facto de Do-mingos “não ter arranjado traba-lho”. A filha “foi uma das pesso-as que mais sofreu” neste pro-cesso e na recaída do pai, tam-bém deixou de acreditar. ApenasNatália continuou a alimentar aesperança. Porquê? “Porque gos-tava dele. Acho que o amor podetudo e este homem não mereciaque lhe virasse as costas”, desa-bafa.

Nas histórias de vida de pes-soas que entram no mundo da

droga, as motivações são diferen-tes, os contextos multiplicam-se. A de Alfredo Ferreira distan-cia-se da de Domingos Claro.Apesar de ter 32 anos, Alfredoconhece muito da vida. Vítima deviolência doméstica, começou aconsumir aos 17 anos. Os trilhossinuosos da dependência leva-ram-no a fazer loucuras e a per-der de vista dois filhos. Ao contrá-rio de Domingos, esteve sozinhona luta contra a droga. “Ainda háum tempo tive uma conversa como meu padrinho, em que questi-onei o porquê de não ter puxadode uma cadeira e de me ter per-guntado o porquê de me ter me-tido na droga”, atira. Alfredo sem-pre foi de drogas leves. Come-çou a fumar “haxixe e erva” comos colegas, mas, em meio ano,o vício fez com que a frequênciade consumir ao fim de semanapassasse para um hábito de to-dos os dias. Até que, um dia,Alfredo sentiu que se tinha quetratar. “Deu-me um flash na ca-beça e decidi de repente. Eu es-tava a afundar-me”, recorda.

Estes homens travaram lutasdiferentes, mas o destino tratoude os unir para a última etapa dasua recuperação. A Trofa foi umdos concelhos diagnosticadoscomo uma área lacunar da pre-venção na reinserção social. Pararesponder a esta necessidade,a Associação de Solidariedade

Reuniões de autoajuda é uma das atividades desenvolvidas na ASAS

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www.onoticiasdatrofa.pt1 de março de 2012 Reportagem5

e Ação Social lançou o projeto“Reinserir na Trofa”, no âmbito deuma candidatura ao Instituto dasDrogas e Toxicodependentes.

De acordo com Natércia Ro-drigues, educadora social, esteprojeto tem como principal obje-tivo “apoiar na reinserção e na re-integração pessoal e profissionaldos doentes que já estão numafase de tratamento e que preci-sam do apoio para dar o passoseguinte na sua efetiva reinserçãopessoal e profissional”.

O trabalho desta instituiçãopassa pela “dinamização de di-versas atividades lúdico-recreati-vas e ao nível da terapia, com oobjetivo de dotar os participan-tes de competências perdidasdevido aos consumos para quereaprendam, pois com elas émais fácil a integração social”.

De entre as atividades, aASAS possibilita todas as sema-nas aulas de hidroginástica, aoabrigo de um protocolo assina-do com a Academia MunicipalAquaplace. Estas aulas permi-tem “trabalhar competências pes-soais e sociais, trabalhar regras,trabalhar o espírito de grupo, aamizade e o convívio”. O grupoune-se também num dia da se-mana para almoçar em conjun-to. Aqui não há só a confraterni-zação, mas também o cumpri-mento de regras: “Há quem arru-me a cozinha, quem faça o al-

moço e as sobremesas”.Existe também as reuniões

de autoajuda do grupo, em queos ex-dependentes conversamentre si e partilham experiênci-as, dificuldades, frustrações. “Hádesafios que eles têm, diaria-mente, e este grupo é uma for-ma de se defenderem perante si-tuações adversas”, sublinhou Na-tércia Rodrigues.

Maria João Oliveira, assisten-te social, sublinha que “há ummomento importante para a equi-pa”, que é a “avaliação diagnós-tica”, que “define e negocia como utilizador o plano de interven-ção”. “Há uma discussão entreo psicólogo, a assistente e aeducadora social, em que se de-fine o contributo de cada um, pa-ra que o plano de inserção sejao mais sistémico possível”, expli-cou. Neste processo de reinser-ção, inicia-se também um pro-cesso de avaliação diagnósticano contexto domiciliar para “per-ceber o percurso do utilizador,em que redes se insere, para sedefinir as ações que melhorem asua qualidade de vida”.

Projeto termina em 2013A dependência manifesta-se

de várias formas e se a droga temsentença pesada na sociedade,já o álcool, apesar de banaliza-do, é um dos vícios mais difíceisde combater, ainda para mais es-

tando facilmente disponível. É achamada droga legal… No entan-to, há quem consiga levantar otroféu da batalha que travou con-tra este vício, como o José Antó-nio Sá. Começou a beber “paraesquecer” os “problemas emcasa”, que resultaram no divór-cio. Em casa da mãe, depois deajudar no quintal, lá ia ao café,fumar um cigarro e beber umcopo, que puxava sempre outroe outro. “Às vezes, perdia-mecom os meus colegas. Mesmoque não quisesse beber, acaba-va com o copo na mão”, conta.

Hoje sente-se feliz por inte-grar o grupo da ASAS, onde éconhecido por ser o elementomais extrovertido. “Sinto-me bem,ando com a cabeça mais alivia-da. Sou mais brincalhão, cantoaté para distrair os outros. Gos-to do convívio”, desabafa.

José não tem preferência de

qual a atividade que mais gostana ASAS, mas Domingos Claroelege as aulas de hidroginásticacomo predileta. Já Alfredo sen-te-se realizado na cozinha e en-tre as panelas não esquece aque-les que o ajudaram. “Quandoandava nas ruas do Porto, ia àscarrinhas e lá os voluntários da-vam-me sandes, leite, sopa.Hoje, é a minha vez de contribuirpara alguma coisa”, afiança.

O projeto termina em janeirode 2013 e ainda não há certezasquanto à possibilidade de reno-vação. Só a conjuntura económi-ca o dirá…no entanto, a psicólo-ga sublinha a importância destetrabalho: “Esta não é uma áreamuito fácil, porque estamos di-ante de pessoas adultas, comautonomia e responsabilidade, émuito difícil convencer as pesso-as de que este trabalho é impor-tante. Se formos avaliar o proces-

so individual de cada um, toda agente tem um motivo para estarnesta vida, nestas dificuldades ese as pessoas ou entidades quepossam apoiar este tipo deprojetos, se tentarem avaliar ahistória de cada um, já digo detrês ou quatro conseguem per-ceber que estas pessoas queprecisam de ajuda e são mere-cedoras dessa ajuda”.

Natália Claro confirma: “Senão fosse a ASAS, penso queele (Domingos) podia ter-se per-dido. Ele aqui continua a terapia,porque precisa de falar e de lidarcom a situação. Ainda para mais,esta instituição engloba os miú-dos, que já vieram cá e gosta-ram muito”.

O sentimento de que têm queconfrontar com o problema dadependência está bem presentenestes três homens. E com ele,também está a esperança de teruma vida melhor. Domingos Cla-ro não tem medo de viver comas memórias, que lhe dão “for-ça” para “lutar” por si, pelos fi-lhos e pela esposa.

Enquanto José António aindasonha por arranjar um “trabalhito”na área da serralharia, Alfredo láconfessa que “se morresse ago-ra, morria consolado”, porqueestá limpo. No entanto, lá admi-te que quer “viver muitos anos”,acompanhando o crescimentodo filho, “até ele ter asas e voar”.

Projeto também envolve aulas de hidroginástica no Aquaplace

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www.onoticiasdatrofa.pt 1 de março de 20126Atualidade

Patrícia [email protected]

Os 12 formandos, que frequenta-ram o curso “Novo Sentido” na CruzVermelha, terminaram a sua forma-ção. Na segunda-feira, realizou-seuma emocionada entrega de certifi-cados.

Língua Portuguesa, Cálculo, Socieda-de e Projetos de Vida, “Eu e o mundo dotrabalho”, Tecnologias da Informação,“Meu Passado e o Meu Presente”, entreoutros, foram os diversos módulos que os12 formandos, do curso “Novo Sentido”,frequentaram ao longo de cinco meses,desde dezembro até fevereiro, na CruzVermelha da Trofa, com o intuito de ad-quirir mais conhecimentos para ingressa-rem no mercado de trabalho.

Este curso, que tinha o objetivo deabordar “desde o básico até disciplinasmais focalizadas para as suas necessida-des”, também os preparava para entrevis-tas de emprego e como fazer um Cur-riculum Vitae.

Segundo Vera Campos, coordenado-ra pedagógica do “Novo Sentido”, este foi“essencial”, pois deu a formação neces-

Alunos do “Novo Sentido”recebem certificados

sária “para estarem preparados para in-gressarem no mercado de trabalho”.

Com um balanço positivo, a coorde-nadora afirma que o curso começou com“as expectativas um pouco reduzidas”,pois como as pessoas já se encontravamdesempregadas há muitos anos, além dejá não terem prática neste contexto, os“níveis de socialização eram muito bai-xos”.

“Com o avançar do projeto percebe-mos que estavam extremamente empe-nhadas e motivadas, o que foi a alavancade sucesso para elas. Ver os alunos emsetembro e ver os alunos em fevereiro,não são as mesmas pessoas a vários ní-veis”, asseverou, afirmando que agora“são melhores, diferentes, com outra pos-tura perante a vida, com mais conheci-mentos e mais dinâmicas”.

Relativamente ao curso de formação,Vera Campos explica que este foi dividi-do em duas partes, sendo que a primeiraação estava destinada a pessoas com o4º ano de escolaridade e a segunda ação,prevista de abril até julho ou agosto, des-tina-se a pessoas com o 6º ano. Como o“Novo Sentido” apenas se tratava de umaformação, não obtendo por isso nenhu-ma equivalência a um ano escolar, a Cruz

Vermelha fez uma parceria com o CentroNovas Oportunidades (CNO), para queconseguissem aulas extra, para que es-tes formandos tivessem equivalência ao6º ano. “Uma mais-valia” na opinião dacoordenadora, que pretende conseguirmanter esta parceria com o CNO para osalunos, que vão participar na segunda a-ção, consigam obter equivalência ao 9ºano. Para terem frequentado esta primei-ra ação, os formandos tinham que ter o4º ano de escolaridade, estarem desem-pregados, há muito tempo, ou então rece-berem o subsídio de desemprego ou se-rem beneficiários de Rendimento Socialde Inserção. A segunda ação já está aser preparada por Vera Campos que, nes-te momento, se encontra a “fazer o pro-cesso de recrutamento e seleção”, depoisde as associações do concelho terem en-caminhado vários candidatos. Os alunospodem ser os mesmos da primeira ação,desde que “demonstrem competência,motivação e capacidade de dar continui-dade”. Uma situação que está a ser ava-liada, pois a coordenadora sabe que deve“dar oportunidade a outras pessoas, comfaixas etárias mais reduzidas”.

Carla Lima, técnica da Cruz Vermelhada delegação da Trofa, acompanha vári-as famílias desfavorecidas e, como temconhecimento das suas situações, tam-bém é uma das responsáveis pelo enca-minhamento de pessoas para este cur-so. “Não estão habituadas a sair de casae precisam de adquirir outras competên-cias, porque se forem trabalhar vão ter queconviver com os outros”, afirmou CarlaLima.

Quando informou as pessoas sobreeste curso, a técnica da Cruz Vermelhateve duas reações distintas, garantiu.“Houve quem ficasse extremamente agra-dado, porque sempre teve um hábito detrabalho e ficou numa situação de desem-prego. Mas outros, que se calhar sãomais novos e até deveriam ficar mais con-tentes, não foram os que aceitaram com

mais agrado este encaminhamento, por-que ainda estão muito dependentes dasprestações que o Estado, pouco ou mui-to, vai dando”, afiançou.

Uma situação que ao longo do cursose vai alterando, pois ficam com vontadede “aumentar a escolaridade” e de fazeroutros cursos. “Viram como uma mais-valia, pois conseguem aprender coisasque achavam que não era possível e queseria uma forma de crescerem, enquantopessoas”, declarou.

Antónia Guedes, que já não frequen-tava a escola há cerca de 50 anos, clas-sificou esta sua participação, no curso,como uma “mais-valia”, porque desenvol-veu as suas capacidades e aprendeu coi-sas novas. Sente-se uma pessoa diferentee com vontade de frequentar o 9º ano.Neste momento, gostaria de “arranjar tra-balho”, pois, segundo a formanda, “semtrabalho não somos nada”.

Também Esperança Lages se senteuma “mulher diferente”, e a sua vontade étirar o 9º ano. Sempre foi uma pessoapouco comunicativa e, graças a esta for-mação, tornou-se mais divertida e desini-bida. “Depois de vir para aqui, aprendi afazer contas, melhorei a minha caligrafia,que não era muito boa, porque há muitosanos que não escrevia, e comecei a con-viver com as pessoas”, realçou, agrade-cendo aos professores a “paciência” quetiveram com os formandos e pela cora-gem que lhe deu “para ir mais além”.

O que é o curso “Novo sentido”?Financiado pelo Programa Operacional

Potencial Humano (POPH), com fundoscomunitários, este curso é um programapara a inclusão, ou seja, destina-se a pú-blicos mais desfavorecidos, desde pes-soas beneficiárias de Rendimento Socialde Inserção a pessoas desempregadasde longa duração, que pretendem adqui-rir mais conhecimentos. Este curso nãotem qualquer equivalência, apenas é umaformação.

Alunos, professores e responsáveis da Cruz Vermelha

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Cátia [email protected]

José Sá e toda a equipa daJunta de Freguesia de S.Martinho de Bougado ence-tam os últimos esforços paraque a Feira Anual da Trofaseja mais uma vez um suces-so.

Já passaram 66 anos desdea primeira edição da Feira Anu-al, também conhecida por FeiraGrande. Está quase tudo a pos-tos e a Junta de Freguesia de S.Martinho de Bougado desdobra-se nos últimos esforços para pre-parar uma iniciativa que é já re-ferência no País. Esta é a opi-nião de José Sá, presidente daJunta de Freguesia, que reconhe-ce que “esta é uma das melho-res feiras nacionais de agrope-cuária”.

O autarca quer manter o ca-rimbo de qualidade a que a FeiraAnual já habituou, por isso pro-mete a mesma qualidade commenos recursos. É que, esteano, o certame não conseguiufugir à crise e o orçamento equi-vale a “cerca de 50, 60 por centodo ano passado”. “Todos temos

Feira Anual da Trofa realiza-se a 2, 3 e 4 de março

A mesma qualidade com orçamento reduzidoque tomar medidas para poupar,para salvarmos a situação doPaís. No entanto, estou confian-te de que vamos ter uma feira aonível das anteriores”, salientou.

Na opinião do autarca, ape-sar de todas as dificuldades, arealização desta feira nunca podeestar em causa, por constituir já“uma tradição acérrima nestaterra”. “Como responsável pelasua organização, considero-aimprescindível”, afirmou, enquan-to explicava que o certame “nãodá só dores de cabeça e prejuí-zo”, mas também “receitas”, queajudam a custear o investimen-to.

Para além das restrições fi-nanceiras, a Junta de Freguesiatem que ultrapassar outros obs-táculos para manter a qualidadeda iniciativa, como “o espaço”que é “limitado” e “não permiteque a feira se torne mais amplae organizada”. E depois, o tem-po para a montagem dos espa-ços é reduzido, porque esta sópode ser feita depois da últimafeira semanal antes do certame.“Para além disso, há participan-tes que têm dificuldades em li-quidar os seus alugueres”, acres-centou.

O trabalho intenso nos diasque antecedem o certame nun-ca é dado como perdido, até por-que a Feira Anual ajuda o setorprimário, sendo “um estímulo euma oportunidade” para os agri-cultores mas também para asempresas que se dedicam àcomercialização de alfaias agrí-colas.

A Junta aguarda com expec-tativa os dias 2, 3 e 4 de marçoque, à boleia de boletins me-teorológicos favoráveis, prome-tem levar milhares de pessoasao recinto da Feira Anual da Tro-fa.

Praça da Alegriaem direto da Feira

O programa Praça da Alegriada RTP1 vai estar em direto napróxima sexta-feira do recinto daFeira e Mercado da Trofa. HélderReis apresenta a partir da Trofaa Feira Anual ao País e ao mun-do mostrando um dos cartazesturísticos do concelho da Trofa.

A partir das 10 horas da ma-nhã pode assistir à abertura ofi-cial da feira anual através do ca-nal 1 da RTP ou se preferir podedeslocar-se ao recinto da feira.José Sá e elementos da Junta ultimam os preparativos para a Feira

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www.onoticiasdatrofa.pt 1 de março de 20128Atualidade

Patrícia [email protected]

Uma das maiores feiraagropecuárias do País come-ça neste fim de semana. RuiNabeiro, “patrão” da DeltaCafés, António José Seguro,e presidente da Câmara daGolegã vão marcar presençano certame.

Considerada como uma dasmaiores feiras agropecuárias daregião Norte, a Feira Anual daTrofa, promovida pela Junta deFreguesia de S. Martinho deBougado, com o apoio da Câma-ra Municipal da Trofa, promove,entre os dias 2 e 4 de março, naFeira/ Mercado, os produtos doconcelho bem como de toda aregião.

António José Seguro, Secre-tário-geral do Partido Socialistatem visita marcada à feira nasexta-feira onde deverá ser rece-bido às 19 horas pelos organiza-dores do certame. Já na noite desábado é a vez do patrão da Del-ta, o Comendador Rui Nabeiro,visitar o certame e participar nojantar da Confraria do Cavalo, as-sim como o presidente da Câ-

Rui Nabeiro e António José Seguro na Feiramara Municipal da Golegã, Vei-ga Maltez.

Durante três dias, estarão emexposição máquinas e equipa-mentos agrícolas, havendo ain-da lugar para colóquios técnicosque permitam uma atualizaçãode conhecimentos sobre estastemáticas.

Estando já na sua 66ª edição,a organização promete uma vezmais um conjunto alargado deatividades que irão certamenteatrair milhares de visitantes,como já vem sendo tradição nosanos anteriores.

Como vem sendo habitual, oprimeiro dia, 2 de março, é dedi-cado às crianças do concelho daTrofa, que visitam esta exposi-ção para terem um maior con-tacto/ aprendizagem acerca dosanimais. Além dos colóquios, quedecorrerão ao longo deste dia,haverá o 3º Concurso de Prepa-radores e Manejadores da RaçaHolstein Frísia, as Cavalhadas eainda a Monumental Garraiada.

No sábado, dia 3 de março,pela 9 horas haverá um Concur-so de Modelo e Andamentos (fê-meas), já o concurso de machosserá pelas 13.30 horas. O Con-curso Pecuário da Raça Minhota

começa às 10 horas, seguido detrês colóquios. Às 14 horas, ha-verá o Concurso Pecuário daRaça Arouquesa, sendo que,meia hora depois, terá lugar o 10ºConcurso Raça Holstein Frísia deAnimais Jovens.

Pelas 15 horas terá início oFestival de Folclore que contarácom a presença do Rancho Fol-clórico da Trofa, Rancho Folcló-rico Santa Eulália Constance, deMarco de Canaveses, e ainda oRancho Folclórico S. Mamedede Seroa, de Paços de Ferreira.

O Campeonato Regional doNorte de Equitação de Trabalho,prova de ensino, será pelas 19horas. Já às 22 horas haverá o

Desfile da Confraria, seguido darespetiva Gala da Confraria doCavalo.

No domingo, pelas 9 horas,haverá o Campeonato Regionaldo Norte de Equitação de Traba-lho, prova de maneabilidade, sen-do que o 10º Concurso RaçaHolstein Frísia, de Animais Adul-tos, tem início pelas 10 horas.Depois da atuação da Banda deMúsica da Trofa, haverá, pelas10.15 horas, o Concurso Pecuá-rio da raça Barrosã, sendo que,15 minutos depois, terá início oHorse Paper. Às 13 horas have-rá a Atrelagem.

Já o concerto da AssociaçãoCultural da Trofa “Orquestra de

Ritmos Ligeiros”, que contarácom a participação especial de“Maria do Sameiro”, será pelas15 horas. Uma hora mais tarde,tem início o Concurso de Mode-lo e Andamentos, com a eleiçãodo Campeão Macho, CampeãoFêmea, Campeão dos Campe-ões, Melhor Criador e MelhorApresentador. Às 16.30 horashaverá a Prova de velocidade acontar para o Campeonato Regi-onal do Norte de Equitação deTrabalho.

Já no dia 29 de abril, domin-go, haverá a Grande Corrida deCavalos a Galope.

A Câmara Municipal da Trofae a Junta de Freguesia de S.Martinho de Bougado associam-se assim, na organização destafeira, que já representa um dosmaiores e mais relevantes even-tos do concelho e que, a cadaedição, atrai milhares de visitan-tes ao recinto da Feira Mercadoda Trofa, assumindo-se como“um espaço de discussão, de de-bate e de contactos comerciais,para a agricultura e pecuária, de-cisivo para a economia nacionaldeste setor de atividade”, comodefende Joana Lima, presidentedo município trofense.

Rui Nabeiro vai estar presente na Feira Anual da Trofa

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www.onoticiasdatrofa.pt1 de março de 2012 Atualidade9

korelaxCAVALOS

Cátia [email protected]

A Confraria do Cavalo está a pre-parar a vertente equina da Feira Anu-al da Trofa e espera mais de 300 ca-valos no certame.

A vertente equina da Feira Anual daTrofa tem evoluído a olhos vistos com apresença de cada vez mais cavalos nocertame. O aumento da qualidade coinci-diu com a participação da Confraria doCavalo na organização da iniciativa. Estaassociação da Trofa colabora com a Jun-ta de Freguesia de S. Martinho de Bouga-do desde 2010.

Este ano são esperados mais de 300animais, uma prova de que a Feira Anualse tem tornado numa referência também

Esperados mais de 300 cavalos na Trofana área dos equinos. Para Joana Matos,presidente da Confraria, a explicação está“na qualidade” do certame e no facto deser a primeira iniciativa do ano, em queos criadores podem “mostrar os primei-ros produtos”. “A divulgação também émuito boa. O número de pessoas a fazerprovas equestres tem aumentado e oscriadores gostam de vir à Trofa. Vêm cou-delarias de referência, como a melhor doPaís, a de Santa Margarida, do senhorPidwell”, explicou.

Toda a vertente dos equídeos é da res-ponsabilidade da Confraria do Cavalo, queorganiza todo o espaço dedicado aos ca-valos e as provas como a de Modelo eAndamentos, com cerca de cem inscri-ções, a Equitação de Trabalho (a contarpara o Campeonato Regional), HorsePaper, Cavalhadas e Derby de Atrelagem,

todos com mais de 30 inscrições.À parte da competição, também há

quem vá à Feira Anual da Trofa apenaspara “mostrar os cavalos ou passear”. “Àvolta da feira, já começa a haver o alu-guer de casas para colocar animais”, fri-sou Joana Matos. À semelhança da gran-de promotora da Feira Anual, tambémpara a Confraria o espaço exíguo é a prin-

cipal dificuldade para a evolução do cer-tame. Apesar deste obstáculo, a FeiraAnual tem sido uma das iniciativas porexcelência escolhida pelas coudelarias doNorte e outras de renome nacional. Asnovidades para este ano são o Campeo-nato Regional de Equitação de Trabalhoe um novo espetáculo na gala da Confra-ria, na noite de 3 de março.

Confraria do Cavalo é responsável pela vertente equídea

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www.onoticiasdatrofa.pt 1 de março de 201210Atualidade

A TrofaTv já pode ser vista no Meo. Se é cliente MeoADSL ou MeoFibra ,

pode ver a televisão da Trofa, carregandona tecla verde do comando e depois nosnúmeros 80 80 85. Depois de confirmarno “OK”, terá acesso, em alta definição(HD), a todos os conteúdos da TrofaTv,com as notícias e reportagens sobre oconcelho da Trofa e a região.

Esta é mais uma forma de chegar aosnossos espectadores depois de, em no-vembro de 2011, termos disponibilizadouma nova plataforma que permite ver a

TrofaTv no MeoTrofaTv através de tablets, como o iPad,de telemóveis e smartphones, como oiPhone ou os que utilizem a platafor-ma Android 2,3, ou superior, para alémdo computador com acesso à internet.

Com a entrada na oferta de canais daMeo, a TrofaTv fica assim também aces-sível para mais de 1 milhão de portugue-ses que já são clientes da meo, e delesdestacam-se os quase 10 mil trofenses.A partir de agora é possível ver a TrofaTvna televisão, nos telemóveis e na internet.

C.V.

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www.onoticiasdatrofa.pt1 de março de 2012 Atualidade11

Cátia [email protected]

Orquestra Ritmos Ligeirosé novidade na programaçãode espetáculos na Feira Anu-al da Trofa. Banda de Músicae Rancho Folclórico tambématuam no certame.

As velhas paredes de um dosedifícios junto à estação de com-boios desativada abafam as no-tas musicais produzidas pelosinstrumentos da Orquestra Rit-mos Ligeiros. Para muito contri-bui uma estrutura que à primeiravista parece ser o último grito dadecoração, mas de perto facil-mente se depreende a sua ori-gem: caixas de ovos amontoa-dos e coladas com silicone ser-vem de isolador do som.

Há um ano e meio neste es-paço, a Orquestra tenta sobrevi-ver, mantendo uma qualidade ím-par, graças ao talento de cercade 25 músicos, que têm entre os16 e os 50 anos. Cerca de 60por cento dos elementos são daTrofa, mas há outros de Vila Novade Famalicão, Maia, Póvoa deVarzim, Freamunde e Paços deFerreira.

O desaparecimento de uma

Ritmos Ligeiros são novidade na Feira Grandeorquestra em Famalicão, motivouo nascimento desta na Trofa. Tu-ba, trombone, clarinete, saxofo-ne e flauta eram os únicos instru-mentos dos quatro músicos fun-dadores do grupo, que decidiramentrar numa aventura. O “mais di-fícil”, conta o presidente VítorDias, foi “arranjar alguém que em-prestasse uma bateria” para co-meçar os ensaios. A primeiraatuação oficial foi numa iniciati-va solidária, “Um Dia Pela Vida”,em 2007, da Liga PortuguesaContra o Cancro.

Na luta por se manter vivo nopanorama associativo, o grupo te-ve de se adaptar às condiçõesque surgiram. Dos ensaios na se-de da Banda de Música da Trofapassaram para um espaço doAtlético Clube Bougadense. Ago-ra, estão numa casa da proprie-dade do comendador J. Serra, aquem Vítor Dias se sente “muitoagradecido” pela colaboração.

Em quase cinco anos deexistência, a Orquestra RitmosLigeiros já passou por Alcobaça,Oliveira de Azeméis, Porto, Valede Cambra, Aveiro e até já extra-vasou fronteiras, numa atuaçãono país vizinho. No entanto, noconcelho não passa de uma ilus-tre desconhecida e as dificulda-

des em manter-se viva multipli-cam-se a cada dia que passa.Os apoios da Câmara, “a nívelde transporte”, e da Junta de Fre-guesia de Santiago de Bougadosão os únicos que permitem aogrupo ir respirando. “Todo o di-nheirinho que amealhamos temdado, ao menos, para pagar otransporte aos músicos, que an-dam aqui de graça”, sublinhou.

Com boa disposição para dare vender, Vítor Sousa é o maes-tro da Orquestra. É ele o respon-sável pelo repertório vasto do gru-po, que tanto toca ABBA e Doors,como Amália Rodrigues e Queen.“A orquestra quando tenta fazerum espetáculo é para tentaragradar a todo o tipo de pesso-as”, explicou.

No dia 4 de março, a Orques-tra Ritmos Ligeiros tem oportu-nidade de mostrar o que vale naFeira Anual da Trofa. Vítor Sousa“levantou o véu” do que será oespetáculo, anunciando que ogrupo terá a colaboração de Ma-ria do Sameiro. De entre o reper-tório, o maestro destacou “FoiDeus”, que “cantado pela Mariado Sameiro, terá outro brilho”.“Tudo leva a crer que será umgrande espetáculo. Vamos ten-tar fazer o melhor possível, mas

o júri vai estar do outro lado aouvir”, frisou. O amor à músicafaz com que os responsáveis daOrquestra lutem pela sobrevivên-cia do grupo. No entanto, o pre-sidente da associação não dei-xou de fazer o apelo à CâmaraMunicipal e outras entidades paraapostar na prata da casa.

Já Vítor Sousa agradeceu “oempenho de todos os elemen-tos” do grupo e para quem gostade música garante que as por-tas da Orquestra “estão sempreabertas”.

Banda de Música e RanchoFolclórico atuam na Feira

À semelhança de outras edi-ções da “Feira Grande” também

a Banda de Música e o RanchoFolclórico da Trofa integram oprograma de espetáculos do cer-tame. A Banda de Música daTrofa, que dispensa apresenta-ções e é considerada “uma dasmelhores do país” pelos respon-sáveis, realiza o tradicional des-file até ao recinto da feira, seguin-do-se um concerto sob a batutado maestro Luís Campos.

Já o Rancho Folclórico daTrofa, que festejou as bodas deouro, em 2009, neste certame,“apadrinha” o festival de sábadoà tarde, com a presença dos ran-chos Santa Eulália Constance(Marco de Canaveses) e de S.Mamede de Seroa (Paços deFerreira).

Orquestra Ritmos Ligeiros nasceu em 2007

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www.onoticiasdatrofa.pt 1 de março de 201212Atualidade

Cátia [email protected]

Cooperativa dos Agricultores deSanto Tirso e Trofa é um dos parcei-ros mais importantes na organizaçãoda Feira Anual.

O setor primário continua a ter umpapel muito importante na economia deSanto Tirso e Trofa. Prova disso são os16 milhões de euros anuais faturados pelaCooperativa de Agricultores destes con-celhos.

Com 33 funcionários e mais de milsócios, a Cooperativa é um parceiro im-portante na realização da Feira Anual daTrofa, principalmente na área do leite, quemovimenta a parcela mais significativa novolume de negócios desta instituição.

Há mais de 13 anos a dirigir a Coope-rativa, Vítor Maia considera este certamemuito importante para os agricultores,pois, para além de ser “uma mostra da-quilo que eles fazem”, é também uma for-ma “de convívio de todo o setor”, juntandoprodutores, fornecedores e outras organi-zações.

A “Feira Grande” é “uma oportunidadepara as pessoas da cidade verem o quese faz de bom no setor, saber como setratam os animais e como se produz o

Cooperativa dos Agricultores de Santo Tirso e Trofa

Feira Anual é “a melhor do país”

leite, que é um produto de excelente qua-lidade”, considerando-o “um dos mais se-guros que o consumidor pode ter e queestá ao preço da água”.

O presidente da Cooperativa dos Agri-cultores salientou a evolução do certameao longo da última década: “Hoje em dia,somos a melhor feira do País, em termosprofissionais, com bovinos da raça leitei-ra, já para não falar das raças autócto-nes, exploração de máquinas agrícolas e

outros produtos como herbicidas, semen-tes e, claro está, os cavalos que vêm con-tribuir para melhorar a festa”.

Vítor Maia está convicto que o “segre-do do sucesso” foi incluir instituiçõescomo a “AGROS, ABLN, Associação daRaça Frísia e UCANORTE”, que contam“com um know how” que melhora o certa-me.

Nesta edição da Feira Anual, realizam-se alguns colóquios que mereceram o des-taque do presidente da Cooperativa, comoo que discutirá o tema “Política AgrícolaComum após 2013”, que marca a “primei-ra participação” da CONFAGRI (Confede-ração Nacional de Cooperativas dos Agri-cultores) e que terá como orador AdelinoCunha, ex-ministro da Agricultura. VítorMaia enunciou ainda os colóquios queabordarão a plataforma Bovinfor e a Pla-taforma de Acompanhamento das Rela-ções na Cadeia Alimentar.

Cooperativa é a 34ª maior do País

A funcionar com três instalações, duas

em Santo Tirso e outra na Trofa, a Coo-perativa dos Agricultores é um parceiroimportante dos produtores. No ranking de2010, a instituição surge no 34º lugar dasmaiores cooperativas de Portugal, com 16milhões de euros de volume de negócios,mas se forem apenas contabilizadas asdo ramo da agricultura, surge no 18º pos-to. Deste valor, seis milhões de euros sãoconseguidos na venda de leite provenien-te de explorações trofenses.

Para além da venda de fatores de pro-dução (onde também se inclui a explora-ção do gado de engorda, produtos hor-tícolas e vinha), a Cooperativa tem outrosserviços como o apoio às explorações lei-teiras (inseminação artificial e sanidadeanimal), a formação profissional e o servi-ço de contabilidade, com preços reduzi-dos para os associados.

A instituição tem ainda uma loja depequeno comércio na cidade tirsense eoutra de produtos láteos, que também es-tão abertas ao público em geral. Mas “amaior parte do negócio é feita através deentregas diretas”.

Sempre atentos à evolução dos tem-pos, os responsáveis da Cooperativa têmvários projetos em cima da mesa. Umdeles está na fase final de licenciamentoe consiste na construção de uma novabomba de combustível (já tem uma no ar-mazém central em Santo Tirso), onde ainstituição quer “distribuir gasóleo agríco-la ao domicílio”.

Vítor Maia pretende também ver a “luzverde” para uma pequena feira a realizarno grande armazém de Santo Tirso, ondeàs sextas-feiras, os produtores possamvender o seu produto. Também está emfase de licenciamento. Outra das novida-des que a Cooperativa vai apresentar bre-vemente é a plataforma Bovinfor, que per-mite ao produtor, a partir de casa, “cum-prir e regular as diversas exigências le-gais”, em termos de “registo de animaise aplicação de medicamentos”.

Vítor Maia é o presidente da Cooperativa de Agricultores de Santo Tirso e Trofa

Sede da Cooperativa, em Santo Tirso

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www.onoticiasdatrofa.pt1 de março de 2012 Publireportagem13

Parque de Exposições de Braga de 22 a 25 de Março: Quim Barreiros vai animar uma das noites

AGRO 2012 será uma feira ainda mais agrícolaO Parque de Exposições de Braga

(PEB) organiza, entre os dias 22 e 25de Março, a 45 a edição da AGRO -Feira Internacional de Agricultura,Pecuária e Alimentação de Braga.Apesar do contexto atual, a Agro 2012revela desde já um crescimento con-tra cíclico, com o aumento de exposi-tores, parceiros e sectores.

Nesta edição, aproveitando os 50 anosda PAC e com o apoio da Representaçãoda Comissão Europeia em Portugal, daDireção Regional de Agricultura e Pescasdo Norte (DRAPN) e do Centro EuropeDirect Entre Douro-e-Minho, o programada Agro conta com um dia dedicado à Eu-ropa. Assim, no dia 23, realiza-se o Coló-quio Dia Europa – 50 Anos PAC, organi-zado pela CONFAGRI. Este colóquio irádebater a Política Agrícola Comum Pós-2013 e as perspetivas para a Região Nor-te, contando com a presença de João Pa-checo, Diretor-geral Adjunto da Direção-Geral da Agricultura da Comissão Euro-peia, do Eurodeputado Capoulas Santose de Arlindo Cunha, professor da Univer-sidade Católica do Porto.

A AGRO vai continuar a apostar nasprincipais fileiras do sector agrário. De-pois do sucesso da edição anterior, a or-ganização irá manter a aposta no sectordo leite, com a realização do 2º Concur-

so de Raça Frísia e com o programa deformação e discussão: “AGRO INFORMA,DIVULGA E DISCUTE”.

Em 2012, a Agro conta com o reforçode novos sectores: Florestal, Pecuário eHortofrutícola. A Forestis é uma das enti-dades que se associa ao certame para apromoção das florestas. Para além da suapresença ao longo dos quatro dias doevento, a Forestis realiza o seminário “Flo-

resta - As oportunidades do uso múltiplo”,com o objetivo de dar a conhecer o traba-lho das associações florestais e debateras diferentes possibilidades de rentabilizaras propriedades e produtos florestais. Nosector pecuário, a presença de animaisda Raça Garrana e da Raça Cachena pro-metem dar uma nova atração ao evento,possibilitando aos visitantes fazerem umroteiro a cavalo pela feira. Do sectorHortofrutícola, destaque para a presençada Horpozim, Associação de Horticultoresda Póvoa de Varzim.

Os Concursos de Raças Autóctones,que se realizam entre sexta-feira e do-mingo, são outro prato forte do certame.Com o apoio das associações das raçasautóctones, estarão ao todo cerca de trêscentenas de animais das raças Barrosã,Arouquesa, Minhota, Maronesa e Mari-nhoa, esta última apenas em exposição.

Para os interessados na área da Ma-quinaria Agrícola, na AGRO 2012 pode-rão encontrar tudo aquilo que procuram.Ao todo serão mais de 400 MáquinasAgrícolas, mais de 50 fabricantes, 100 ex-positores e 250 marcas representadas,num espaço exterior de mais de 20000m2.

Para além dos já referidos, Agricultu-ra Biológica, a Floricultura e os Vinhos eSabores são outros dos sectores que fa-zem parte deste certame. Um programabastante completo, muito graças às par-cerias com a Comissão Europeia, aDRAPN, o Centro Europe Direct, aAGROS, a Confederação Nacional dasCooperativas Agrícolas e do Crédito Agrí-cola de Portugal (CONFAGRI), o CréditoAgrícola, a Associação para o Apoio à Bo-vinicultura Leiteira do Norte (ABLN), a Coo-perativa Agrícola do Alto Cávado(CAVAGRI), a APCRF, o Regimento deCavalaria de Braga, a Forestis, a Horpo-zim e a Associação Portuguesa de Flori-cultores.

Capital Europeia da Juventudemarca presença na Agro

Inserido no programa de Braga – Ca-pital Europeia da Juventude, a Agro 2012irá receber, na manhã do dia 23, as Jor-nadas do Empreendedorismo. Com o tí-tulo “Jovens empreendedores no sectorAgroalimentar”, estas jornadas irão incidirsobre a importância que as novas gera-ções têm para que haja um “regresso aoscampos” e à produção agrícola. O debateconta com o apoio e organização daUTAD, da Associação de Eng. Zootécni-cos, da Associação Internacional de Es-tudantes Agrícolas e da Escola SuperiorAgrária de Ponte de Lima.

Quim Barreiros atua no dia 23

Depois do sucesso obtido na ediçãoanterior, a organização volta a apostarnuma animação durante os dias do even-to. Quim Barreiros, no dia 23, AugustoCanário, no dia 24, e Jorge Loureiro, nodia 25, são os artistas que prometemanimar a feira, fazendo da Agro 2012 averdadeira festa da agricultura.

É neste ambiente característico e bempopular que a AGRO 2012 se desenrola-rá, sendo certo que este certame tem nasua longevidade, uma das garantias dasua relevância enquanto montra da agri-cultura portuguesa.

Parque de Exposições de Braga recebe a 45ª edição da AGRO

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www.onoticiasdatrofa.pt 1 de março de 201214Atualidade

A frase “os poemas são pássarosque chegam não se sabe de onde epousam no livro que lês”, foi o “pon-tapé de saída” desta atividade, queencantou dezenas de covelenses.

De forma a promover a descentraliza-ção da oferta cultural, a Câmara Munici-pal da Trofa promove, todos os meses, aatividade “um café e um poema” pelas fre-guesias do concelho. A sede da Junta deCovelas recebeu, no dia 24 de fevereiro,sexta-feira, esta iniciativa, onde foram re-cordados poemas de autores como Antó-nio Gedeão, Miguel Torga, Florbela Es-panca, Almeida Garrett, Sophia de MelloBreyner Andresen, José Carlos Ary dos

Poesia declamadaem Covelas

Santos, Luís de Camões, Bocage, Fer-nando Pessoa, Cesário Verde, Mário Ce-sariny de Vasconcelos, António RamosRosa, Sebastião da Gama, Eugénio deAndrade, Irondino Teixeira Aguiar, MariaAlberta Menéres. Alexandre O’Neill, en-tre tantos outros.

Nesta sessão participaram José Ma-galhães Moreira, vice-presidente da Câ-mara Municipal da Trofa, João Fernandes,presidente da Assembleia Municipal, eFernando Moreira, presidente da Junta deFeguesia de Covelas.

Devido ao grande sucesso, no mês demarço, os poemas e a declamação vo-luntária estarão de regresso numa outrafreguesia do concelho. P.P.

Veja a TrofaTv no Meo: Tecla verde + 808085

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www.onoticiasdatrofa.pt1 de março de 2012 Reportagem15

Patrícia [email protected]

Alfredo da Costa Ferreira, um dosproprietários da empresa, recordou osmomentos em que laborava naPaulino e Filhos. A oficina faz parteda Rota do Património Industrial doVale do Ave.

O caminho-de-ferro foi um meio impor-tante para o desenvolvimento de váriasindústrias da Trofa. A oficina Paulino eFilhos é um exemplo. Fundada em 1900,na Rua Américo da Camila, pelo avô deManuel Paulino e Alfredo da Costa Fer-reira, esta oficina familiar dedicava-se àconstrução de peças e máquinas relacio-nadas com a agricultura. Volvidos 25 anos,a empresa mudou-se para a Rua CostaFerreira, local onde ainda a pode visitar.Aí começou a dedicar-se, também, àspeças de indústria têxtil, fazendo máqui-nas para padaria e lanifícios, acessóriostêxteis e prensas para espremer uvas, porexemplo.

Uma fábrica, com um máximo de 15funcionários, que era conhecida por serum local familiar, pois lá chegaram a tra-balhar primos e sobrinhos de Alfredo daCosta Ferreira, um dos proprietários da

Empresas da Trofa que fazem história

Oficina Paulino e Filhos

Oficina.Em 2007, a Paulino e Filhos deixou

de laborar. As razões foram várias, nome-

adamente a morte do seu irmão, ManuelPaulino, que estava encarregado pela fá-brica. Como não havia ninguém da famí-lia que quisesse continuar com o bom tra-balho, a área têxtil não andava bem e serianecessário investimento, “foi melhor en-cerrar”. Mas antes disso, os proprietáriosesperaram que todos os funcionários che-gassem à reforma, às vezes com prejuí-zo, para depois fecharem.

Na opinião de Alfredo da CostaFerreira, esta oficina foi importante parao desenvolvimento da Trofa, tendo sidodas primeiras, deste género, no conce-lho. Além disso, “levou o nome da Trofa amuitos lados”, como por exemplo atravésdos engenhos, que serviam para tirarágua. Já para não falar dos lanifícios queeram feitos para a zona de Covilhã,Fundão, Gouveia, Guarda, entre outros.

“Esta firma, dentro da sua dimensão,foi boa para a economia local, porqueempregou pessoal, dinamizou e levou onome da terra a muitos lados”, afirmou.

Foi através das empresas, desde ser-ração, metalúrgica, fundições, que a Trofase tornou num meio industrial “muito bom”.Os transbordos de mercadorias e de com-boios eram feitos na estação de caminho-de-ferro, sendo esse o principal motivo docrescimento da Trofa, que se desenvol-veu “à sua volta”. Outro aspeto importan-te era o facto de o concelho estar bemposicionado geograficamente, tendo duasestradas nacionais. “A Trofa chegou a atin-gir um nível muito bom. A indústria têxtil ea agricultura, que era muito rica, ajuda-ram a projetar a Trofa”, declarou.

À medida que ia destapando as má-

quinas, que estão protegidas com plásti-cos, Alfredo da Costa Ferreira explicavaas suas funcionalidades, relembrando asvárias histórias do tempo, em que a ofici-na laborava.

“Quando nós carregávamos as máqui-nas de lanifícios para a Covilhã, que ti-nham três a quatro metros de comprimen-to, eram transportadas daqui para a esta-ção, em carros de bois, que era o trans-porte daquela altura. O carro de bois vi-nha aqui, fazíamos uma caixa na máqui-na, daquele comprimento, ela ia para aestação e lá havia um guindaste, que le-vantava a máquina e a punha no vagão”,relembrou, afirmando que, naquela altu-ra, a estação tinha “muito movimento”.

Outras das suas memórias era da suaavó a tocar um fole, enquanto as pesso-as trabalhavam até às 22 e 23 horas, sen-do tudo feito manualmente, existindo “umgrande esforço”, ou quando iam às serra-ções comprar cascas de pinheiros paraaquecer as peças, que eram mais bara-tas que o carvão. “Tempos difíceis”, re-corda.

A Paulino e Filhos é uma das 50 in-dústrias do Vale do Ave que fazem parteda Rota do Património Industrial. Alfredoda Costa Ferreira conta que os respon-sáveis pela Rota apareceram na oficinapara recolher umas fotografias, não ha-vendo qualquer tipo de compromisso ouautorização, salientando que achava im-portante que as empresas que fizessemparte da Rota deveriam receber umas ver-bas para que conseguissem “abrir portas”ao público.

Trofa “merece”Museu industrial e agrícola

Na altura em que a oficina “fechou por-tas”, os proprietários chegaram a falar coma Câmara Municipal da Trofa, para queaproveitasse as máquinas para fazer ummuseu industrial. A agricultura não podiaser esquecida, pois, na sua opinião, ou-trora “foi muito rica”.

Alfredo da Costa Ferreira garante quenão vendeu as máquinas, para que os vin-douros tenham alguma coisa do passa-do, além de fotografias. “Convinha real-mente preservar, pois isto mais os moi-nhos e azenhas são coisas muito valio-sas, mas infelizmente ninguém liga e estáa destruir-se um passado”, afirmou.

Além disso, num museu seria maisfácil as pessoas terem uma perceção decomo as máquinas funcionavam antiga-mente.

No final, o proprietário expressou o seudesejo: “Espero só que a Trofa esteja vi-rada, para que um dia, pudesse fazer ummuseu industrial e outro sobre a agricul-tura. Há tanta coisa que se podia fazer,até conseguir as peças gratuitamente”.

Alfredo da Costa Ferreira contou a história da Paulino e Filhos

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www.onoticiasdatrofa.pt 1 de março de 201216Entrevista

Joana Lima está há poucomais de 2 anos a liderar oExecutivo Municipal da Trofa.Os Paços do Concelho conti-nuam a ser a obra de eleiçãoe para a autarca a mais ur-gente. A presidente explicouna primeira pessoa as dificul-dades, os constrangimentos eos projetos que estão a serexecutados e garante que vaicontinuar a apoiar as associ-ações e as juntas de fregue-sia pois “precisamos de todosos presidentes de Junta detodas as freguesias” rejeitan-do a necessidade de fusõesno concelho da Trofa.

O Notícias da Trofa (NT) - Aoposição acusou este executi-vo de estar a arrastar o proje-to do Parque das Azenhas.Em que ponto se encontraatualmente?

Joana Lima (JL) - Quandotomamos posse foram-nos entre-gues alguns dossiês e o do Par-que das Azenhas era um deles.No entanto, e para espanto nos-so, o que havia era efetivamenteum estudo prévio e não um proje-to de execução como, aliás, játive oportunidade de afirmar.

Faltava assinar contratoscom os proprietários dos terre-

nos, faltava elaborar os projetospara que, aí sim, pudéssemoslançar o concurso para dar inícioà obra. A negociação com os pro-prietários foi muito difícil, algunsdeles acabaram por não assinaros contratos que nos legitimama entrar nos terrenos e fomosobrigados a seguir pela via da ex-propriação. Entretanto, o proces-so de expropriação já seguiu paraa Direção Geral das AutarquiasLocais (DGAL) e a empreitada,se tudo correr como o previsto,vai ser adjudicada nas próximassemanas. Esta obra tem um pra-zo de execução de 120 dias eprevê a construção de um percur-so pedonal e ciclável, que vaidesde a Esprela à zona do Pi-nheiral, em Bairros, em Santia-go de Bougado.

NT- Considera que este pro-jeto é um dos mais importan-tes para o concelho? É umprojeto prioritário?

JL- Não posso dizer que, paramim e para o meu executivo, fos-se um projeto prioritário mas,como estava já iniciado e tinhafundos comunitários aprovadosnão poderíamos deixar de o de-senvolver. O Parque das Azenhasé um projeto para o presente efuturo do nosso concelho. Consi-

dero que são inúmeras as mais-valias que uma infraestrutura co-mo esta trará para a nossa popu-lação. É um local onde pode pra-ticar desporto, caminhar junto aorio. Para mim, o projeto prioritárioé sem dúvida a construção dosPaços do Concelho.

NT- Qual o ponto de situa-ção relativo à obra da Requa-lificação dos Parques?

JL- Quando chegamos à Câ-mara, encontramos este dossiêapenas com um estudo prévio emais uma vez sem projeto deexecução. Tivemos de executaros projetos e muitos deles tive-mos de os mandar fazer fora. De-pois da assinatura do contrato definanciamento, no âmbito da can-didatura PRU - Requalificação dosParques, em agosto de 2011, foiaprovada em reunião de Câmara,a abertura do concurso público in-ternacional, tendo sido lançado a16 de janeiro. Esperamos que oprocesso avance sem sobressal-tos para que possamos a curtoprazo adjudicar e dar início àsobras que esperamos decorramno prazo previsto (210 dias).

NT - Teme que a alteraçãoverificada na liderança daCCDRN possa afetar a normal

prossecução do projeto?JL- Não, de maneira nenhu-

ma. Independentemente das pes-soas que estejam na liderançada CCDRN, o que está em cau-sa é o respeito pelos procedi-mentos legais e pela normalprossecução dos diferentes pro-jetos. Como presidente da Câ-mara Municipal da Trofa tenho asmelhores relações e o maior res-peito pela CCDRN, tenho as me-lhores referências do novo presi-dente, o Dr. Duarte Vieira, e te-nho a certeza que a boa relaçãoinstitucional é recíproca. Aliás,devo referir e congratular-me como facto de o gestor do ON2, o Sr.Engenheiro Carlos Duarte semanter na CCDRN e realçar aqui

o apoio unânime de todos os mu-nicípios do norte para que o En-genheiro Carlos Duarte se manti-vesse como responsável pelagestão do QREN.

Tem desenvolvido um traba-lho notável de ajuda na resolu-ção dos problemas das candida-turas dos municípios.

NT - A Câmara tem toma-do alguma medida em defe-sa do Metro à Trofa? A autar-quia recebeu algum feedbackdo poder central acerca do as-sunto?

JL – O Metro da Trofa não es-tá esquecido, nem para mim, en-quanto Presidente da CâmaraMunicipal da Trofa, nem para to-

“Nenhuma freguesia deve ser extinta”Presidente da Câmara da Trofa em entrevista

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www.onoticiasdatrofa.pt1 de março de 2012 Entrevista 17

dos os Trofenses, que continu-am à espera que a justiça sejareposta, e que depois de nos te-rem retirado o comboio (via es-treita), há mais de uma década,nos possibilitem o acesso ao Me-tro, como meio de transporte rá-pido, não poluente e moderno.

Relativamente ao feedbackdo poder central acerca deste as-sunto, o que nos foi comunicadofoi que a grave crise financeira eeconómica que o País enfrentamotivou o Governo a suspendera concretização das novas fasesdo Metro. No entanto temos ain-da da parte da Metro do Porto,nomeadamente através do Se-nhor Presidente do conselho deAdministração, o Dr. RicardoFonseca, e do Secretário de Es-tado das Obras Públicas, o com-promisso de que estas entidadesirão cumprir na integra, a parteque lhes corresponde na emprei-tada de Requalificação e Rege-neração dos Parques, designa-damente a obra de união dosdois parques, através da constru-ção de uma grande praça emfrente à Capela Nossa Senhoradas Dores.

Ainda há poucos dias estivena Secretaria de Estado dosTransportes e fui recebida peloChefe de Gabinete, que megarantiu que a obra da união dosParques está autorizada e que aMetro do Porto pode lançar o con-curso público.

NT – Quando a petição doMetro para a Trofa for discuti-do na Assembleia da Repúbli-ca vai lá estar?

JL – Espero estar, só se al-gum motivo de força maior meimpedir. Esta é uma petição mui-to importante para a Trofa e fazsentido que a Presidente da Câ-mara lá esteja para ver qual ocomportamento dos partidos po-líticos.

NT - Durante uma Assem-bleia Municipal, afirmou quea opção de construir os Paçosdo Concelho na zona da Esta-ção teria de ser repensada de-vido às condições financeirasdo município. Já há alternati-va?

JL - Em fevereiro de 2010anunciamos a decisão desteexecutivo de construir os Paçosdo Concelho da Trofa na zona daEstação pelas característicasque são já conhecidas. Apesardas tentativas de negociaçãocom os proprietários dos terre-nos, em frente à EB 2/3, não che-gamos a acordo. A Câmara Mu-nicipal não tem património e nãopode aumentar o endividamentojá que excedeu em 125 por cen-to o nível permitido, ou seja, temum endividamento de 252 porcento e não se pode financiar.Equacionamos a hipótese deconstruir uma nova EB2/3 em ter-reno que será cedido à Câmara,

gratuitamente, para utilizar o ter-reno da escola para construir osPaços do Concelho. Mas, é umasolução mesmo assim difícil,mas não vamos baixar os bra-ços, vamos continuar a lutar paratentar conseguir construir os Pa-ços do Concelho.

NT - Com a possível fusãodas freguesias, a autarquiapoderá equacionar o aprovei-tamento de alguma sede deJunta para a instalação dosPaços do Concelho?

JL - A Câmara Municipal po-derá equacionar a utilização de

alguma sede de junta de fregue-sia para instalar algum serviçomunicipal, mas nunca para aíinstalar os Paços do Concelho.

NT - Qual a sua opinião so-bre a proposta de lei apresen-tada cujos critérios reduzemo concelho da Trofa a duas outrês freguesias?

JL - Já fui questionada numaAssembleia Municipal sobre estamatéria. O que disse na altura éque a procissão ainda ia no adro,ainda muito se ia discutir, o LivroVerde não estava fechado e tan-to não estava fechado que te-

mos, neste momento uma pro-posta de lei que está na Assem-bleia da República para ser de-batida e que também não corres-ponde a nada do que dizia o Li-vro Verde. Mesmo assim, aindatenho algumas dúvidas se real-mente essa proposta vai ser fe-chada conforme está.

Quanto a nós, essa questãonem se devia colocar. Não deve-mos extinguir nem fundir nenhu-ma freguesia. O nosso municí-pio tem apenas 13 anos, foi rees-truturado, temos apenas oito fre-guesias e o momento não é opor-tuno para mexer em nenhuma de-

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las. Acho que o Governo deve pen-sar numa reforma Administrativado ponto de vista das autarquias,mas deve pensá-la em concre-to. A Trofa precisa dos seus presi-dentes de junta e precisa das fre-guesias todas.

NT - Em que ponto está oprojeto da variante à EN 14?Com as várias suspensões deobras que têm sido noticia-das, teme que este projetotambém seja suspenso?

JL - Este processo foi acom-panhado por mim muito de per-to, quer a nível técnico atravésdas Estradas de Portugal, quera nível político, no anterior Gover-no da República e decorria nor-malmente. Neste momento deveestar concluído e falta agora avontade política deste Governode lançar a variante à EN14 omais rapidamente possível. Euentendo que o País enfrenta difi-culdades muito grandes, eu com-preendo e também apoio o Go-verno no momento em que tomadecisões importantes para inver-termos o estado de coisas, mastambém não podemos esquecerque temos uma estrada caótica,onde circulam, diariamente, cer-ca de 30 mil veículos.

NT - No concelho são pou-cas as ruas em bom estado. Aautarquia vai tomar algumamedida para o melhoramentodas artérias, além da EN 318?

JL - Temos duas situações,as estradas nacionais e as estra-das municipais. No que diz res-peito às estradas municipais, ti-vemos no tempo do anterior exe-cutivo, intervenções no âmbito doabastecimento de água e do sa-neamento e que, infelizmente,deterioraram-se as vias, de tal for-ma que, hoje, nos debatemos

com problemas sérios. Para inter-virmos nessas estradas temosque ter em conta o período legalde garantia da obra, pois se fi-zermos alguma intervenção du-rante esse período, perdêmo-la.Não podemos intervir quandoqueremos. Estamos em contac-to com os empreiteiros para pro-cederem à reparação dos pavi-mentos. Se tal não acontecer, te-mos uma caução e, obviamente,iremos usá-la nessas reparações.

No que diz respeito aos bu-racos da EN318, a situação écrónica. Já vivemos momentosnesta Câmara Municipal de algu-ma abundância financeira, emtempos áureos, e não vi resolve-rem o problema. Hoje, debatemo-nos com problemas seríssimose francamente difíceis, aliás co-mo foi dito pelo Sr. Ministro Mi-guel Relvas quando veio à Trofaabrir uma convenção da JSD.Disse que o município da Trofaenfrentava dificuldades muitosérias. Neste momento, esta-mos a fazer um remedeio e espe-ro que todos os trofenses e to-das as pessoas que usam aquelaestrada nos compreendam, poisnão é um projeto definitivo, é opossível. Assim que pudermos,vamos colocar o tapete confor-me os utentes merecem e têmdireito.

Em relação à EN 14 e 104 háuns anos, o anterior executivo op-tou por fazer um Protocolo comas Estradas de Portugal e pas-sar para a nossa jurisdição asduas estradas, assegurando asua manutenção. O dinheiro (doprotocolo) não sei onde está. Oque é certo é que um dia des-tes, vamos ter que gastar muitodinheiro, que devia ser gasto pe-las Estradas de Portugal, comofizeram na Maia que se recusoua assinar esse Protocolo.

NT- Foi apresentado emconjunto com a Deloitte o es-tado financeiro do Municípioe foram propostos alguns cor-tes. Vai seguir as indicaçõesdeixadas pela consultora?

JL- Eu tenho que reduzir 5milhões de euros de despesa du-rante este ano. Houve uma pro-posta por parte da Deloitte pararealizar cortes em várias áreas eestes não vão ter que ser, rigoro-samente, cumpridos, mas temosque, no mínimo, respeitar estes5 milhões, porque depois a pro-posta, vai à Assembleia Munici-pal, à DGAL, ao Governo e sóentão podemos entrar em reequi-líbrio. Mas, também quero dizerque a dívida do Município ascen-de aos 65 milhões de euros e sefizermos as contas ao tempo queo anterior executivo cá esteve, adívida média acumulada é de 5milhões de euros por ano. O exe-cutivo que eu lidero, nos primei-ros dois anos de mandato, des-ceu o endividamento de 5 mi-lhões para 3 milhões por ano.Temos as escolas todas emobra, cujas primeiras pedras fo-ram lançadas pelo anterior exe-cutivo e não temos um auto demedição de pagamento em atra-so aos construtores.

Temos feito um esforço mui-to grande na gestão corrente nosmais variados setores, por exem-plo, no setor de pessoal, a Câ-mara Municipal poupa cerca de500 mil euros por ano desde2011. Reduzimos o pessoal emcerca de 7%, reduzimos o paga-mento de horas extraordinárias,de ajudas de custos aos funcio-nários em cerca de 64%, em rela-ção ao anterior executivo. Redu-zimos o número de quilómetrosque os nossos trabalhadores fa-ziam nos seus carros própriosem cerca de 93% e reduzimos oconsumo de combustível nosautomóveis. Há um empenho porparte dos funcionários, pois commenos pessoal e menos condi-ções têm o mesmo trabalho parafazer.

NT - Há cortes sugeridospela Delloite no valor dos sub-sídios para as Juntas. Como éque os Presidentes se manifes-taram perante o anúncio?

JL - Como é óbvio ninguémgosta de ver reduzida a sua ver-ba para poder desenvolver o seutrabalho e com certeza os Srs.Presidentes de Junta tambémgostariam muito de manter es-ses valores. A proposta da De-loitte era na base dos 40% e onosso corte vai ser os 20%, masos outros que não cortamos va-mos ter que cortar noutro lado,para atingir os 5 milhões de pou-pança. Os autarcas vão entenderisso, se não compreenderem não

sabem o que é ser gestor. Todosnós vamos ser chamados a con-tribuir, as instituições, as associ-ações, a população em geral.

Eu não tenho dúvida que hácada vez mais constrangimentose dificuldades acrescidas paradesenvolvermos o nosso traba-lho. Por exemplo, foi publicadaa Lei 8/2012 de 21 de fevereiroque vem impor regras muito aper-tadas de execução orçamental,o que vai fazer com que a Câma-ra tenha grandes dificuldades atépara cumprir os protocolos esta-belecidos com as freguesias.

NT: Foi anunciado umapoio aos municípios que es-tejam endividados. Já teveconhecimento a que corres-ponde esse apoio?

JL: Em concreto não. Sei,através da Associação Nacionalde Municípios Portugueses quetêm existido reuniões, acordose entendimentos, tendo já che-gado a um ponto de partida mui-to importante para os 38 municí-pios que estão com excesso deendividamento. Tenho a certezaque a muito curto prazo iremoster uma ajuda do Governo nosentido de ajudar estes municí-pios. Bem sei que iremos ter quepagar um juro alto por esta aju-da, mas tenho a certeza que va-mos ter uma garantia.

NT: Não teme que a dimi-nuição dos subsídios faça comque as associações decidamcongelar as atividades?

JL: O movimento associativoé muito importante para qualquerconcelho, mas na Trofa nós te-mos cerca de cem e muitas de-las podiam unir esforços paragastar menos dinheiro.Tambémquero dizer que fomos justos aoatribuir verbas a todas as asso-

ciações. Temos um contrato como Colégio da Trofa para que al-gumas delas possam lá praticardesporto. A Câmara continua dis-posta a ajudar, mas dentro dassuas possibilidades e as asso-ciações têm que compreender.

NT - Estes cortes tambémse aplicam à iluminação pú-blica?

JL - Estamos a diminuir adespesa com a iluminação pú-blica desligando um em cadadois pontos de iluminação. Emcada um dos postes apagadoexiste uma informação que ex-plica o porquê. Esta medida de-veria possibilitar a uma reduçãode cerca de 40% nas despesascom a energia elétrica no con-celho. Contudo, face aos aumen-tos de IVA e ao aumento do pre-ço da eletricidade, este projetojá não nos vai possibilitar essaredução de 40%. Quero deixar

aqui o meu desagrado para o fac-to de um bem de consumo deprimeira necessidade tenha umaumento de IVA de 17%. Isto vaiacarretar problemas financeirosgraves às autarquias e a nós quepagámos de energia cerca de200 mil euros mensais.

NT - Pode avançar algumpormenor sobre o desenvol-vimento da investigação quea Polícia Judiciária (PJ) rea-lizou na Câmara Municipal?

JL- Confirmo que a CâmaraMunicipal da Trofa foi alvo debuscas e que, como é público,colaborei com as autoridades emtudo o que me foi solicitado, paraque toda esta situação seja es-clarecida com celeridade. É issoque mais desejo.

Estou muito tranquila no quediz respeito a todo este proces-so, tenho plena confiança no quefiz e na justiça, e os trofensespodem estar cientes que nadatenho a esconder. Posso referirque o meu único desejo é queeste e outros processos sejamesclarecidos pela PJ o mais ra-pidamente possível. Para nossobem e para bem de todos os tro-fenses.

NT - Mas quer dizer que hámais processos que estão aser investigados pela PJ?

JL - Sim, há outros proces-sos a ser investigados pela Polí-cia Judiciária que envolvem a Câ-mara Municipal da Trofa e o exe-cutivo anterior. São processosantigos, referentes à gestão doanterior executivo, mas não gos-taria de me pronunciar neste mo-mento. Como não me pronuncieisobre o meu processo tambémnão me quero pronunciar pelosdos outros. Apenas posso confir-mar as investigações no âmbitodesses processos antigos.

NT - Considera que essasinvestigações e o estado fi-nanceiro do município podemprejudicar a sua possível ree-leição na autarquia?

JL - Primeiro preciso sercandidata. É necessário que oprocesso se desenrole e termi-ne no momento oportuno paraque os trofenses sejam esclare-cidos atempadamente. Se a jus-tiça não for célere a esse pontotenho certeza que os trofensesconfiam em mim. Se eu for can-didata, se os trofenses e o Parti-do Socialista me quiserem comocandidata eu serei, pois não viroas costas à luta. Entendo quese o assunto não estiver resolvi-do até esse momento, os trofen-ses sabem bem que podem con-tar com a minha seriedade e omeu empenho.

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www.onoticiasdatrofa.pt1 de março de 2012 Atualidade19

O Lions Clube da Trofa, em parceriacom a Associação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários da Trofa (BVT), párocoda freguesia de S. Martinho de Bougado,Aclave e Leo Clube da Trofa, vai promovermais uma colheita de sangue para osdoentes do Hospital S. João, do Porto.

A iniciativa, que decorre no dia 10 demarço, sábado, entre as 9 e as 12.30horas no salão polivalente dos BVT, des-

Lions promove“Colheita de Sangue”

tina-se a dadores da freguesia de S.Martinho de Bougado.

Dar sangue não afeta o dador e traz-lhe algumas vantagens, pois fica a conhe-cer, periodicamente, o seu estado de saú-de, sendo que a colheita é sempre prece-dida de um exame médico. Podem darsangue todas as pessoas saudáveis en-tre os 18 e os 65 anos de idade, ou dos18 aos 60 caso seja a primeira vez.

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www.onoticiasdatrofa.pt 1 de março de 201220Atualidade

Patrícia [email protected]

Dois anos depois de tersido Campeão do Mundo,João Pedro Costa, criador de

Ave campeã do Mundo é de criador trofenseaves, venceu o 60º Campeo-nato do Mundo, com o Dia-mante Papagaio Verde Mar,filho do campeão do mundo,de há dois anos.

O Campeonato do Mundocom 26 mil aves participantes, omaior de sempre, onde o Cam-peão foi o Diamante PapagaioVerde Mar, de um criadortrofense, João Pedro Costa.

O 60º Campeonato do Mun-do, que decorreu em Almería,Espanha, entre os dias 13 e 22de janeiro, contou com a partici-pação de João Pedro Costa, queenviou várias aves a concurso,sendo que da classe DiamantePapagaio Verde Mar, só partici-pou com a campeã Nacional dedezembro de 2011. Há dois anosatrás o pai do Campeão tambémfoi Campeão do Mundo, tendo naaltura o criador afirmado que assuas crias teriam potencialidadepara, mais tarde, também seremcampeões, facto que se veio ago-ra a confirmar.

A decisão de enviar o pássa-ro a concurso aconteceu porque,além de ter sido campeão naci-onal, o criador viu que era “bome que tinha uma grandepotencialidade”. Mesmo assimnão contava que conseguissevencer pois, por norma, os juízesda prova acabam por optar poraves com cores menos diluídas,enquanto que as aves do criadortrofense têm cores mais oxida-das. “Isto não é uma ciênciaexata, depende do gosto pesso-al de cada um”, asseverou.

Um concurso, que na suaopinião, foi “muito bem organi-

zado”, estando o local divididoem duas secções: o piso decima era destinado às aves aconcurso, enquanto o piso debaixo, era a secção de vendade produtos.

Uma paixão que já vem dostempos de criança e que vemdesenvolvendo ao longo da suavida. Apesar dos compromis-sos pessoais e profissionais,João Pedro Costa tenta arran-jar sempre um tempo para estehobby que, segundo o mesmo,“acaba por ser um escapemuito grande à pressão” do tra-balho. “Ali esqueço-me com-pletamente do que faço cáfora, estou completamenteabstraído. É um hobby muitosaudável também nesseaspeto, porque ajuda a libertara mente, pois há sempre mui-

tos pequenos pormenores que sãoimportantes”, declarou.

Um gosto que pode ficar bas-tante dispendioso, pois todos oscustos envolventes ficam a cargodo criador, que não conta com ne-nhum tipo de apoio, sendo que tam-bém os prémios não têm qualquervalor monetário. Porém, João PedroCosta garante que não necessitade ajuda pois com a venda dospássaros consegue suportar estapaixão.

“O nosso nome de criador nofundo é a nossa marca. Aquele quetem mais prémios, normalmente éaquele que chama mais a atençãoe é aquele que tem mais facilidadede escoar e vender os pássarosque tem e que cria”, exemplificou.

Do 60º Campeonato do Mundoo criador recebeu diploma e arespetiva medalha de ouro.

João Pedro Costa venceu o 60º campeonato do mundo

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www.onoticiasdatrofa.pt1 de março de 2012 Atualidade21

Com mais de 20 serviços alu-sivos ao casamento, a Quinta D’Alegria vai organizar no fim desemana, 3 e 4 de março, umshowroom referente ao casa-mento.Nestes dois dias decorre-rão várias exibições, de diferen-tes serviços alusivos ao casa-mento, onde os noivos, ou atémesmo público em geral, pode-rão visualizar várias ideias dife-rentes e inovadoras, que pode-

Patrícia [email protected]

O Hotel Cidnay tem promo-vido vários programas. “Espe-cial reuniões 2012” é o idealpara quem esteja a pensar emorganizar reuniões.

Caso seja uma empresa denegócios, o Hotel Cidnay tem oprograma perfeito para si.

Com o espaço ideal para assuas reuniões, desde salas pre-paradas para reuniões de traba-lho, apresentações, formações,workshops e com material au-diovisual, desde ecrã, flip-chart,microfone, data-show, entre ou-tros, o Hotel Cidnay oferece, atéao dia 30 de dezembro, um lotede vantagens.

Além de ter wireless LAN gra-tuito, em todo o hotel, e estacio-namento grátis, com garagemcoberta ou parque exterior, as

Com o intuito de ajudar ascrianças que acolhe, a Associa-ção de Solidariedade e AcçãoSocial de Santo Tirso criou umalinha de apoio. Para ajudar bas-ta ligar o 760 450 042, com ocusto de 60 cêntimos, acresci-

No âmbito da visita pastoralà comunidade paroquial de Ca-lendário, o Bispo D. Manuel Lin-da, Bispo Auxiliar de Braga,acompanhado pelos padres VítorRibeiro e Adelino Costa, tambémvisitou, no dia 15 de fevereiro, aEscola Profissional CIOR.

Os membros da direção des-ta escola informaram o Bispoacerca do projeto educativo,formativo e sócio-cultural que“esta instituição tem desenvolvi-do, assente numa missão e vi-são, baseadas em princípios evalores centrados no primado dapessoa”.

“A par de uma análise à situ-ação do ensino profissional e dasescolas profissionais do país, em

Hotel Cidnay promove iniciativassalas dispõem de sistema desom e climatização, água, blo-cos, lápis e rebuçados, poden-do ainda utilizar, gratuitamente,o office center.

Tendo como máxima “à mesarealizam-se grandes negócios”,no restaurante e bar tem dispo-nível o pequeno-almoço bufete,composto por variedade de chã,leite, café, sumos, seleção depães, cereais, iogurtes, fruta fres-ca, quentes, desde ovos mexi-dos, croissants, bacon, cogume-los frescos, entre outros, doçariavariada, caviar de lampreia e es-pumante. No bar e esplanadapanorâmica são ainda servidasrefeições ligeiras, sendo que asespecialidades da gastronomiaportuguesa podem ser encontra-das no restaurante “DONAUNISCO”. Há ainda menuseconómicos para grupos.

Caso queira oferecer um pre-sente com as iguarias tirsenses,

como jesuítas, limonetes, licorde singeverga ou bolachas sorti-das conventuais, basta pedir noHotel Cidnay.

Para consultas e reservasdeve enviar um email [email protected].

Por cada evento realizado, oHotel Cidnay oferece um vale dedez por cento de desconto parautilizar num próximo evento.

Hotel prepara“Noite dos 5 sentidos”

Desperte a dois os cinco sen-tidos, tato, olfato, visão, paladare audição, em clima de roman-ce.

O Hotel Cidnay tem ao dis-por do casal um programa, comuma noite de alojamento emquarto duplo com direito a peque-no almoço especial.

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programa da suite presidencial,além de conter o standard, con-ta ainda com o banho de imersãocom óleos afrodisíacos, maischeck-out até às 16 horas.

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Quinta D’Alegria promoveShowroom para noivos

rão usar no dia mais importantenas suas vidas: o casamento.

O programa conta com a par-ticipação de vários comercian-tes/ serviços dos concelhos daTrofa, Barcelos, Póvoa deVarzim, Santo Tirso, Vila Novade Famalicão e Vila do Conde.

No sábado, dia 3 de março,será ainda inaugurado o SalãoAlegria, que recentemente sofreugrandes alterações. P.P.

CIOR recebe visitado Bispo D. Manuel

termos da sua importância e de-safios futuros na formação dosjovens, na qualificação dos recur-sos humanos, deu-se relevo àintegração e ligação da escola àcomunidade local através de ini-

ASAS cria linha de apoiodo de IVA (Imposto sobre o ValorAcrescentado). “Com a sua cha-mada está a dar asas à vida decada criança que acolhemos”,referiu fonte da associação, agra-decendo a contribuição de todaa comunidade. P.P.

ciativas e projetos promotores desolidariedade e da coesão soci-al”, asseverou fonte ligada à es-cola profissional, acrescentandoque a CIOR “continua a ser umaescola de pessoas com valores”

Escola Cior tem “pessoas com valor”

Hotel Cidnay tem programa perfeito para reuniões

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www.onoticiasdatrofa.pt 1 de março de 201222 Desporto

Diana Azevedo

Uma equipa muito motiva-da rumou a Paredes no pas-sado domingo, convicta queia “roubar” os três pontos aoCristelo. Paulinho foi o carras-co, marcando os dois golos datarde.

O S. Romão começou a par-tida a dominar o jogo e, logo nosprimeiros minutos, as redes deLuís foram estreadas. Contudo,o árbitro da partida, Cipriano Cu-nha, considerou que Bicheiroestava em posição irregular eanulou o lance.

A primeira parte mostrou umjogo muito concentrado, impos-to pelas reduzidas dimensões docampo, pelo que se tornava fácilpara as equipas defenderem. Ogolo é que ficava ainda mais difí-cil nestas circunstâncias e sósurgiu no segundo tempo.

Paulinho esteve presente nasprimeiras jogadas de perigo apósintervalo, primeiro ao tentar umaassistência para o aglomeradode jogadores em frente à balizado Cristelo e depois ao concreti-zar um forte remate de frentepara a baliza, mas mesmo semguarda-redes o pontapé não foieficaz.

Os juvenis A do Trofense so-mam e seguem. Na 25ª jornada,a equipa venceu o Rebordosa por1-5, mantendo a liderança, com61 pontos. A formação B termi-nou o campeonato no 3º lugar,com 36 pontos, depois do desai-re diante do Castêlo da Maia por1-0.

Em iniciados, a equipa A

Visita a Paredes rendeu três pontosAos 48 minutos Paulinho pro-

grediu até à bandeira do lado di-reito e rematou, esperando quealgum colega fizesse o toque fi-nal. No entanto, o remate foi per-feito e acabou por entrar na bali-za, para surpresa de todos e in-satisfação do Cristelo.

Cerca de cinco minutos volvi-dos, o Cristelo ficou a contestarfora de jogo, mas os Romanen-ses continuaram a jogada. Emfrente à baliza, enquanto Dário ePaulinho decidiam quem rema-tava, a defesa do Cristelo pare-ce ter parado, e sem que tentas-sem o desarme aos visitantes,Paulinho acabou por fazer bis.

Aos 56 minutos, foi a vez doCristelo chegar mais perto dasredes dos visitantes, na marca-ção de um livre, mas a atentadefesa de Marafona impediu aconcretização.

Aos 74 minutos toda a claquese levantou com a ameaça dehattrick: Esquerdinha marcou olivre e enviou para Paulinho, quepor sua vez finalizou contra oposte.

Pouco tempo depois, Márioviu o segundo cartão amarelo,tendo que abandonar o campo.Apesar da desvantagem numéri-ca, a vantagem de golos dava àequipa de Pedro Ribeiro, treina-

dor do S. Romão, segurança, eesta, tranquilamente, aguentouos minutos finais.

Para o treinador romanense,esta vitória “veio na sequência davitória de terça-feira (21 de feve-reiro)”, pois a equipa mostrava-se motivada. Apesar disso, nasua opinião, falharam muito nafinalização, desperdiçando vári-as oportunidades.

“Depois da expulsão do Má-rio parece que desacreditamos

Iniciados vencem no primeiro jogoda fase dos primeiros

goleou o Folgosa da Maia por 9-0, segurando o 2º lugar, com 66pontos. A formação B começoua fase dos primeiros da 2ª Divi-são distrital com uma vitória di-ante do Sobreirense por 3-4.

No escalão de infantis 11, oTrofense A bateu o Desportivo dasAves por 1-3, segurando o 4º lu-gar, com 44 pontos. Menos sor-

te teve a equipa B, que perdeucom o Pedrouços por 2-0, noentanto, manteve o 8º posto, com25 pontos.

Em escolas, a formação A foigoleada pelo FC Porto por 7-0 ecom 11 pontos está na 11ª posi-ção.

O embate entre as equipasB e C acabou com o triunfo doprimeiro por 3-1, que segurou o4º posto, com 31 pontos. A for-mação C está no 10º lugar, comsete pontos.

O grupo D perdeu com o RioAve por 6-2, descendo ao 8º lu-gar, com 12 pontos.

C.V.

um pouco e o Cristelo tentousubir novamente. Mas a equipavoltou a focar-se e assim conse-guimos a vitória. Está de para-béns a equipa”, referiu o treina-dor do S. Romão.

Sousa Martins, treinador doCristelo, elogiou a “boa equipa”de S. Romão, que “defenderambem”, no “pequeno campo”.

“Cometemos vários erros, ti-vemos poucas oportunidadespara marcar e, também, houve

muito mérito por parte do adver-sário e, por isso, não ganhamoso jogo”, confessou SousaMartins.

Com esta vitória o S. Romãomantem o 9º lugar da tabelaclassificativa, da 2ª Divisão daAssociação de Futebol do Por-to, com 29 pontos. No domingo,dia 4 de março, a equiparomanense recebe os LusitanosSanta Cruz, numa partida a con-tar para a 25ª jornada.

Romanenses venceram Cristelo por duas bolas

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www.onoticiasdatrofa.pt 1 de março de 201224 Desporto

Patrícia PereiraCátia Veloso

A zona industrial do Soeiro, emS.Mamede do Coronado recebeu,durante dois dias, uma prova de drift,que atraiu mais de duas mil pessoas.

Com o objetivo de angariar fundos, oRancho Divino Espírito Santo, de S.Mamede do Coronado, promoveu duranteo fim de semana, nos dias 25 e 26 defevereiro, uma prova de drift na zona in-dustrial do Soeiro.

A iniciativa, que englobou “uma provade perícia noturna”, no sábado, e, no do-mingo, duas provas de drift, em que asegunda era disputada por quatro carros“que se picavam”, e um desfile de carrose motas antigas, atraiu mais de duas milpessoas.

S. Mamede recebeu prova de driftPara Ricardo Oliveira, presidente e

ensaiador da associação, a atividade “cor-reu muito bem”, tendo existido “bastan-tes evoluções relativamente à primeiraprova”, conseguindo superar a adesão doano passado.

Com um “balanço extremamente po-sitivo”, Ricardo Oliveira garante que a ideiade fazer estas atividades, que “visam an-gariar fundos, para que o rancho possafazer o seu pé de meia”, surgiu porquetanto na freguesia de S. Mamede comonas freguesias vizinhas, não existem ini-ciativas deste género. Além disso “é algoque cativa muito a população e que, emmuito, contribuiu para refundar o rancho”.

“Num ano já conseguimos vestir o ran-cho todo, agora estamos com os horizon-tes mais altos e, em breve, se calhar te-remos novidades para dar à comunidadeem geral”, asseverou.

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www.onoticiasdatrofa.pt1 de março de 2012 Desporto 25

Aquaplace promoveu Maratona de Spinning

Aquaplace promove modalidade

Patrícia PereiraCátia Veloso

Pela primeira vez, a Academia Mu-nicipal da Trofa organizou a Marato-na de Spinning, no domingo, dia 26de fevereiro. Diretor do espaçodesportivo fez um balanço bastantepositivo.

Desde instrutores, participantes e es-tagiários, num total de cerca de 65 pes-soas, juntaram-se na Aquaplace, Acade-mia Municipal da Trofa, para usufruíremde um domingo de manhã diferente.

A partir das 8 horas, cinco instrutoresda Aquaplace ministraram cerca de 10equipas, em cinco raids distintos.

Artur Costa, diretor deste espaço

desportivo, fez um “balanço muito positi-vo” desta primeira iniciativa, que atraimuitos utentes a esta Academia, frisan-do que já estão a pensar em organizar asegunda edição, nos próximos tempos.

Com o objetivo de promover o spinning,os seus utentes e instrutores, o diretorgarante que estes foram “completamentecumpridos”, pois esta modalidade tem

cativado cada vez mais pessoas.“Foi o reconhecer do trabalho dos

instrutores da Aquaplace, que têm cati-vado muita gente, sobretudo, o setor fe-minino, que teve em grande peso no do-mingo”, realçou.

Depois de pedalarem toda a manhã,seguiu-se um almoço no Aquabar, ondeos participantes puderam confraternizare, ainda elogiarem a “boa iniciativa”.

Torneio de Judoserá realizado na Academia

Clube Judo “82”, Clube Judo da Trofa,Colégio da Paz, Infantário “ O Sorriso”,Externato das Escravas, Colégio Luso-Francês, Colégio Sta. Teresa de Jesus,Maiafit, Escola do Paranho, Escola deFinzes, AERGóis – Judo, AcademiaWorkout, Imaginarium e Onda D’Ideias.Estas são as escolas dos atletas queparticiparão no Torneio de Judo, que aAcademia Municipal da Trofa está a or-ganizar, no dia 3 de março, sábado.

Com o objetivo de fomentar o despor-to junto dos mais pequenos, bem comodivulgar a modalidade de judo, aAquaplace abre as suas portas para estetorneio, que decorrerá entre as 14 e as17 horas. Durante este horário será pos-sível assistir à demonstração desta mo-dalidade, entre todos os participantes. Osatletas com quatro e cinco anos (infantil)inaugurarão esta demonstração, pelas 14horas. Uma hora depois é a vez dos par-ticipantes com seis e sete anos (1º e 2ºano) demonstrarem aquilo que são capa-zes de fazer, sendo que, pelas 16 horasé a vez dos alunos com oito e nove anos(3º e 4º ano). Os atletas com mais dedez anos (2º e 3º ciclo) têm a seu cargoo encerramento do Torneio, onde a entra-da e a participação são gratuitas.

A Academia Aquaplace e a CâmaraMunicipal da Trofa contam com o apoiodo Clube de Judo da Trofa e do Clube Judo“82” na organização deste Torneio.

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www.onoticiasdatrofa.pt 1 de março de 201226Atualidade

Soja de Portugalapoia Raríssimas

Grupo Soja de Portugal marca oDia Europeu das Doenças Raras comapoio à Associação Raríssimas

O Grupo Soja de Portugal, compostopelas empresas Savinor, Sorgal eAvicasal, marcou o Dia Europeu das Do-enças Raras, comemorado a dia 29 deFevereiro, com a comunicação à Associ-ação Raríssimas da intenção de continu-ar a apoiar a mesma.

Tendo iniciado este apoio no ano de2011, altura em que foi assinado o Proto-colo de ajuda à Raríssimas, foi possívelao Grupo verificar a abrangência dasações desenvolvidas por esta, e a formapersonalizada e competente com que aju-dam estas crianças tão Especiais e tãoRaras.

É assim, e fruto deste conhecimentodo trabalho empenhado e imprescindívelà qualidade de vida das crianças e famíli-as que enfrentam estas situações, que oGrupo Soja de Portugal manterá o apoiofinanceiro que tem vindo a prestar à As-sociação Raríssimas, renovando o ante-rior protocolo, estando em crer que estese revelará de grande utilidade na melhoriadas condições destas crianças. Para alémdeste apoio, desenvolverá algumas açõesdurante o ano de 2012, que permitirão a

angariação de fundos para a Associação,bem como dar a conhecer as suasatividades a toda a comunidade.

Apesar da conjuntura económica queo país atravessa não ser favorável, quan-do foram definidos os Orçamentos doGrupo Soja de Portugal para 2012 o apoioà Raríssimas foi considerado “intocável”sacrificando outras atividades, uma vezque a Administração do Grupo acreditaque causas como esta dão respostasmuito válidas a pessoas que de outromodo perderiam toda a esperança e emtempo de crise a palavra de ordem deveser esperança”, realçou fonte do grupo.

Esta é a mascote da Raríssimas

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www.onoticiasdatrofa.pt1 de março de 2012 Desporto 27

Cátia [email protected]

Bougadense perdeu com oErmesinde por 0-2 e está adois pontos da zona de des-promoção. Seguem-se, ago-ra, dez “finais” rumo à per-manência.

O Bougadense somou o quar-to desaire consecutivo na série1 da 1ª Divisão da Associaçãode Futebol do Porto. O “carras-co” da formação liderada por Pe-dro Pontes, desta vez, foi o Er-mesinde, que venceu por 0-2, jus-tificando o 2º lugar que ocupamno campeonato.

Já o Bougadense, com ape-nas 13 jogadores disponíveis,conseguiu aguentar a pressão deum adversário que pratica umfutebol atrativo e pouco visto nes-te escalão.

O primeiro momento merece-dor de destaque aconteceu foradas quatro linhas. Alarmada pelo

A equipa de iniciados A doAtlético Cube Bougadense re-gressou à competição para dis-putar a fase dos segundos da 2ªDivisão da Associação de Fute-bol do Porto. Na 1ª jornada, a for-mação de Santiago venceu o S.Lourenço do Douro por 2-3.

A equipa sénior masculina daAssociação Recreativa Juventu-de do Muro venceu a ADR Araú-jo por 6-2 e segurou o 6º lugardo campeonato da série 1 da 1ªDivisão da Associação de Fute-bol do Porto.

Já os juniores, na série 1 da2ª Divisão distrital, empataram auma bola com o Guifonense,mantendo o 14º posto, com 15

Em mais uma jornada doscampeonatos distritais de bas-quetebol, a equipa feminina desub-14 da Associação Cultural eRecreativa Vigorosa venceu oMaia B por 50-36. Do mesmoescalão, mas em masculinos, ostrofenses não evitaram o desairediante do FC Porto B por 33-44.

Bougadense perdecom Ermesinde

ruído da claque do Ermesinde, adireção do Bougadense chamoumais elementos da GNR que, emmarcha de emergência, chegouao Parque de Jogos da Ribeira,com vários militares que, peran-te o ambiente pacífico, abando-naram o recinto poucos minutosdepois.

No que ao jogo diz respeito,Pedro Pontes conseguiu formarum “onze” – mesmo com “cincolesionados e quatro jogadoresgripados” – que resistiu ao po-derio do adversário. Aos 35 mi-nutos, na sequência de uma fal-ta do guardião Gabriel sobreNando, o Ermesinde falhou umagrande penalidade. Na jogadaseguinte, e após lance individu-al, Tó Maia, rematou para boadefesa do guarda redes adversá-rio. A última oportunidade da pri-meira parte teve cunho do Er-mesinde: após boa jogada deSérgio, Paulo apareceu isolado,mas permitiu a defesa a Gabriel.

Na etapa complementar, o

Bougadense, desgastado, nãoconseguiu segurar mais o empa-te. O Ermesinde construiu umavitória por 0-2 com “grandes go-los” de Flávio (65 minutos) e Ar-mando (75).

Pedro Pontes afirmou que asua equipa “jogou de igual paraigual” com uma “equipa superi-or”, mas “não aguentou a pres-são” nem o “cansaço”. Alexan-dre teve de sair antes do apito fi-nal do árbitro, sem ser substitu-ído, por problemas musculares.

“Não tinha armas para usar,mas há que dar mérito aoErmesinde, que é uma boa equi-pa”, salientou o técnico.

Com esta derrota terminaaquela que Pedro Pontes apeli-dou “fase complicada”. Agora,seguem-se dez jogos, ou melhor,“dez finais” em que a formaçãobougadense tem que dar tudopara manter-se neste campeona-to. A equipa ocupa o 16º lugar,com 21 pontos, a dois da zonade despromoção.

Iniciados A do Bougadensecomeçam 2ª fase com triunfo

Seniores da ARJ Muro vencem

Em juniores, o Bougadenseperdeu com o Sobrosa por 1-3,descendo ao 9º posto, com 31pontos. Já os juvenis não evita-ram o desaire diante do Alfenensepor 1-5, mantendo o 8º lugar, com19 pontos.

C.V.

pontos.Nos seniores femininos, na 1ª

Divisão distrital, o GD Covelasgoleou o Penamaior por 0-5, se-gurando a 8ª posição, com 24pontos, enquanto o S. Romãonão evitou a derrota diante doMindelo A por 1-2, mas conse-guiu manter o 6º posto, com 32pontos.

C.V.

Basquetebol

Três equipas da Vigorosa vencemA formação de sub-16 femini-

na perdeu com o Vasco da Gamapor uns esclarecedores 25-68,enquanto os atletas masculinosforam mais fortes que oAlfenense, vencendo por 59-52.

Os sub-18 masculinos da Vi-gorosa bateram o Alfenense por50-38. C.V.

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www.onoticiasdatrofa.pt 1 de março de 201228 Desporto

Cátia [email protected]

Equipa do CAT continuasem apoios e ameaça não vi-ajar à Madeira, faltando pelasegunda vez a um jogo estaépoca. Em caso de castigo, aFederação Portuguesa deVoleibol pode também sanci-onar o departamento de for-mação do clube.

A situação do Clube Acadé-mico da Trofa (CAT) é como umabomba prestes a explodir. Hámuito que as dificuldades asso-laram o CAT e, com as restriçõesfinanceiras, os maus resultadospioraram o cenário. Mas este ain-da pode ficar mais negro. Depoisde mais uma derrota, desta vezna primeira jornada da fase dedespromoção frente ao Castêloda Maia (0-3), o treinador alertoupara a possibilidade de a equipaabandonar o campeonato antesde a época terminar.

A possibilidade de fazer a

CAT em risco de não terminar campeonatosegunda falta de comparência,desta feita no jogo com o Câma-ra de Lobos, na Madeira, no do-mingo, está em cima da mesa.“Aquilo que tínhamos estruturadopara em dezembro fazermos nãofoi possível, por falta de apoios.O clube reduziu o orçamento,não tem conseguido respondera nível desportivo e financeiro”,afirmou o técnico.

Manuel Barbosa critica a fal-ta de apoios que terão sido pro-metidos, sublinhando que “asjogadoras e os treinadores me-reciam outra atenção” de dire-tores que “fugiram”. E alertou pa-ra o facto de que a possível ex-tinção do clube poder “sair caro”aos mesmos, devido a responsa-bilidades junto da banca.

“Havia empresas conhecidasna Trofa, que o ano passado ga-rantiram que davam e não deram.Se esta semana, isto não se al-terar, claro que os treinadores,jogadoras, e penso que tambémo presidente, vão divulgar o nomedas empresas e das pessoasque não têm aparecido”, subli-nhou.

O técnico considera “uma ver-gonha” a falta de apoio para com

o plantel e equipa técnica, quetêm feito o seu trabalho apesarde não verem nenhuma retribui-ção financeira: “O clube não temsó responsabilidades com as fi-nanças e a banca. Também astem com pessoas que deram edão muito ao clube todos os diase que gastam o seu dinheiro sem

ver nada retribuído a nível finan-ceiro, nem com a presença dosdiretores. Só o presidente e umou outro elemento da direção éque aparecem”.

Ao azar de ver a época des-portiva quase arruinada, o presi-dente do CAT lamenta ainda odesinteresse dos patrocinado-

res. Mário Moreira garantiu que“há empresas a recusar cemeuros” ao clube, mas rejeita fa-lar em extinção, salvaguardandoque essa decisão carece de umadecisão em assembleia.

No entanto, nesse cenário,alguns diretores “serão chama-dos” para assumir responsabili-dades junto da banca, confirmouo presidente. De acordo comMário Moreira, o passivo do CATé de “cerca de 200 mil euros”.

O plantel também tem senti-do dificuldades e lamenta a au-sência de responsáveis paramotivar a equipa. Joana, acapitã, afirmou que “não tem sidofácil”. “Está tudo contra nós, nempara treinar temos gente sufici-ente. Nós precisamos de apoio,mas a nível de direção só o pre-sidente é que aparece”, afiançou.

Em caso de castigo da Fe-deração Portuguesa do Voleibol,o CAT pode ver também extintoo departamento de formação devoleibol. Durante esta semana,a equipa e presidente esperamcom expectativa o aparecimen-to de um patrocinador que asse-gure o resto do campeonato e apróxima viagem à Madeira.

Equipa também não tem tido apoio do público

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www.onoticiasdatrofa.pt1 de março de 2012

Patrícia PereiraHermano Martins

40 anos de partilha debons momentos, foram assi-nalados por um almoço deconfraternização em que sejuntaram ex-futebolistas doCD Trofense.

Toninho Cerejo, Domingos,Cardoso, Santos do “Castêlo”,Santos, Vasco Pereira e Vilaça.Estes nomes dizem-lhe algo? Éque pertencem a alguns dos jo-gadores e treinador (Vilaça), quena época de 71/72, jogavam peloClube Desportivo Trofense, na 2ªDivisão da Associação de Fute-bol do Porto (AFP). Uma épocaque os marcou a todos, peloambiente criado entre a equipa,pois, além de jogarem futebolpelo prazer, eram todos amigos.

Este ano, Vasco Pereira de-cidiu que estava na altura de re-alizar um sonho que tinham: vol-tarem a juntar-se para conversarsobre as suas vidas. Depois dealguns contactos, a ideia ganhouforma. O almoço-convívio decor-reu no sábado, dia 25 de feverei-ro, no restaurante Cantinho daFeira.

40 anos depois voltam a encontrar-seUm momento que além de ter

sido de convívio, serviu para re-cordar os tempos passados.

Na época de 71/72, a equipatrofense fez parte da série dedespromoção da 2ª divisão daAFP, pois empatou com o Pe-dras Rubras a 2 bolas. Se tives-se ganho teria feito parte da sé-rie das equipas que disputarama subida de divisão.

“Tivemos muitas dificuldadespara nos aguentarmos para nãodescer, porque tínhamos umaequipa bastante jovem. Apesarde jogarmos muito bom futebol,modéstia à parte, tivemos mui-tas dificuldades com as equipasmais fracas”, relembrou VascoPereira.

Não é a primeira vez que oclube atravessa problemas. Em1971, o Trofense teve que apos-tar na “prata da casa”, para con-seguir sobreviver. Depois de umaépoca de grande investimento, ascoisas não acabaram por correrbem à equipa, chegando a nãohaver pessoas que quisessem“pegar na direção”. “Um grupo dediretores, na altura e muito bem,decidiram arranjar uma direçãoe jogar com a prata da casa,mais os rapazes que vieram dos

juniores e os que queriam jogarcom as seguintes condições: deborla, praticamente, recebendoapenas prémios e valores poucosignificativos”, confidenciou.

E foi desta forma que conse-guiram formar um plantel, cons-tituído por meia equipa de joga-dores consagrados, como casode Toninho Cerejo, Domingos,Cardoso, Santos do “Castêlo” eSantos, e outra metade por jo-vens com 18 anos, por exemploVasco Pereira. “Na altura nós nãotínhamos praticamente nada, ti-vemos anos onde nem treinado-res tínhamos, o que sabíamos erao que aprendíamos na rua”, re-corda. Com o passar dos anos,o Clube Desportivo Trofense ficoudotado de “condições excepcio-nais”. O que, na sua opinião,devia ser aproveitado para fomen-tar a prática de futebol, junto dosjovens trofenses.

Vasco Pereira sente orgulhopelo seu clube ter estado na 1ªDivisão e, agora, continuar na 2ª.Porém, para ele, o clube “vive umpouco acima das suas possibili-dades”, sendo da opinião que oTrofense devia investir nos joga-dores da terra, como outros clu-bes o fazem.

“Nós temos condições fabu-losas para os miúdos, para a prá-tica de futebol em todos osaspetos, e penso que seria umasolução dar-lhes uma oportuni-dade. Estando numa segundadivisão, não se pode dizer queos jogadores vão jogar pelosprémios, mas podemos fazeruma gestão equilibrada e viverconforme as nossas possibilida-des”, realçou Vasco Pereira, as-segurando que certamente have-rá jovens com grande talento asair das Camadas Jovens.

Vilaça, o treinador da equipaCDT daquela época, relembraque os atletas, que constituíama equipa, eram “gente da terra”.Um grupo “muito unido”, onde oimportante era “sentirem-se sa-tisfeitos e realizados por jogar erepresentar o clube”.

Vilaça partilha da opinião deVasco Pereira quanto aosjuniores: “É uma estupidez, hoje,termos juniores e não se dar con-tinuidade do seu trabalho, o queleva a um ddesperdício de dinhei-ro”.

Desporto 29

Equipa de há 40 anos reencontrou-se

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www.onoticiasdatrofa.pt 1 de março de 2012

Calendário- José Martinho VieiraFaleceu no dia 17 de fevereiro, com72 anos. Marido de Maria deLurdes da Silva Oliveira VieiraRibeirão-Maria Amélia da Costa PinheiroFaleceu no dia 18 de fevereiro, com87 anos. Viúva de Manuel AzevedoCosta- Maria Manuela Azevedo FerreiraFaleceu no dia 19 de fevereiro, com74 anos. Solteira- Laurentino Alves de Araújo Cam-pos. Faleceu no dia 25 de feverei-ro, com 70 anos. Viúva de IreneDias Couto Campos

Cabeçudos- Rosa Carneiro MendesFaleceu no dia 25 de fevereiro, com53 anos. Esposa de José FerreiraMachadoSantiago de Bougado- António Dias de SáFaleceu no dia 27 de fevereiro, com74 anos. Marido de Maria JúliaAlves do Vale

Funerais realizados porFunerária Ribeirense, Paiva &

Irmão, Lda.S. Martinho de BougadoDiamantino Costa Dias e SilvaFaleceu no dia 25 de fevereiro, com88 anos. Viúvo de Maria Gonçal-

Necrologia

A Associação Cultural e Re-creativa Vigorosa participou no13º Grande Prémio de AtletismoEirapedrense, em Fátima, e con-seguiu vencer nalgumas catego-rias. Por exemplo, em infantisfemininos, em que Alice Oliveiraarrecadou o 1º lugar, logo segui-da de Ana Lopes. PatríciaMoreira (8ª classificada) eJéssica Faria (11ª) completaramo grupo que conseguiu o 1º lu-gar coletivo.

No mesmo escalão, mas emmasculinos, participaram TiagoSá (4º lugar), Paulo Ferreira (5º),

Simão Correia (10º) e Marco Sá(11º), que também conseguiramo 1º lugar por grupos.

Em iniciados, Ana Oliveira eSara Faria classificaram-se no 4ºe 7º postos, respetivamente. Emmasculinos, André Barbosa con-seguiu o 6º lugar, enquanto Ale-xandre Sá foi 11º classificado.

Joaquim Figueiredo conse-guiu o 1º lugar em juniores mas-culinos, enquanto Deolinda Oli-veira foi 3ª classificada em vete-ranos femininos. José Rodriguesterminou no 29º lugar, em vete-ranos masculinos. C.V.

ves da Silva- Aurora da Costa SilvaFaleceu no dia 27 de fevereiro, com87 anos. Casada com ManuelGonçalves da Silva- Raúl dos Santos DiasFaleceu no dia 28 de fevereiro, com73 anos. Viúvo de Rosa AméliaAzevedo OliveiraS. Martinho (Trofa)/ MatosinhosÁurea de JesusFaleceu no dia 25 de fevereiro, com95 anos. Viúva de António Gonçal-vesFunerais realizados por Agência

Funerária Trofense, Lda.Gerência de João Silva

Vigorosa “corre” em Fátima

30Atualidade

Atletas exibem prémios

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www.onoticiasdatrofa.pt1 de março de 2012

“É Carnaval, ninguém leva a mal”. Passos deu um tiro mas apenas acertou numcoelho. Tiro desnecessário. O carnaval fez-se na mesma, com mais sucesso e, in-clusive, com agradecimentos pela mentalidade do governo que, metamorfoseado deTroika, ultrapassando-a, não conseguiu escapar às “matrafonas” de Torres Vedras,que levantando o carnaval como uma bandeira o usaram como arma de luta contraesta política, constituindo a vanguarda daquele que foi o lema comum deste carnaval.O Governo, a Troika, os Mercados, os seus seguidores e propaladores mascaram-sede bonzinhos, espalham aos sete ventos a tese da inevitabilidade, enquanto seentulham de poder e se anafam em dinheiro. Entretanto o povo, os trabalhadores, osreformados, os jovens, os pequenos e médios empresários vão empobrecendo,empobrecendo…aqui não há máscaras, é empobrecimento mesmo. O número dedesempregados registados já vai a caminho dos 15%. Só em janeiro, foram maistrinta mil para o desemprego. Estamos a falar de pessoas…não de coisas. Comopode o dinheiro ser mais importante?! Não escasseando os bens fundamentais, exis-tindo esses bens até em abundância: alimentos, medicamentos, vestuário, educa-ção, comunicações…, como se pode aceitar esta crise? A crise, entre muitas, temuma explicação, um motivo. Quando sabemos que pelos 78 mil milhões de euros da“ajuda” do FMI/EU teremos de pagar mais de 35 mil milhões de euros de juros,facilmente entendemos para onde vai o dinheiro e porque é que as políticas que vêmsendo seguidas pelos governos europeus, pela UE, pelos mercados e pelas troikastêm apenas como único objetivo o empobrecimento do povo. É que o dinheiro não éum elástico, não dá para os dois lados. Para engordar alguns, adelgaça a grandemaioria.

Há uma saída. Ela passará necessariamente pela subordinação do sector econó-mico-financeiro ao poder político. Um poder político sério, de esquerda e a favor dostrabalhadores, que beneficie o pequeno e médio empreendorismo privado, sem descuraro sector estratégico do estado e o sector cooperativo. Essa política assegurará obri-gatoriamente uma melhor e mais equilibrada distribuição da riqueza. Só assim sedesenvolverá a economia, incentivará a produção e o consumo, fomentará o empregoe haverá melhor qualidade de vida para todos.

Com o Carnaval destituímos o inverno e louvamos a primavera. O Carnaval é umritual entre o pagão e o religioso, tão natural como a passagem do tempo e a renova-ção das estações. Destacamos a quentura e os dias grandes que regressam. A frasepopular “é Carnaval, ninguém leva a mal” descobre a sua razão nos ritos libertinospróprios destes festejos, uma devassidão permitida que, a par de outros rituaisexpurgatórios, constitui ainda hoje a sua principal característica. A destruição pelofogo de figuras alusivas ao passado (tudo o que é velho), o julgamento e queima, emcerimónia pública, do Entrudo, do Velho e de outras figuras míticas, a serra da velhae a crítica social são rituais expurgatórios deste período de passagem que é o fim doinverno e a entrada na primavera, ainda atuais, um pouco por todo o lado.

Como o Carnaval, contribuiria para o bem de todos dizermos adeus a esta políticae a estes políticos das troikas e louvarmos uma nova política, um outro rumo. Acabarcom este “Entrudo”, já velho e gasto que, sempre à custa dos sacrifícios dos mes-mos, apenas quer enriquecer ainda mais e até já quer acabar com o Carnaval, seriauma coisa bela de se fazer. Julgando-o e queimando-o, chegaríamos a uma primaveraautêntica para todos e, para o ano, o Carnaval regressaria por completo ao seu dono:o povo, que não mais poderia ser alvo de assalto por um qualquer “ mascarado”.

“É Carnaval, ninguém leva a mal”.Guidões, 21 de fevereiro de 2012.

É Carnaval, ninguém leva a mal

EDITAL Nº 14/2012

Maria Teresa Martins Fernandes Coelho, Vereadora da Câmara Munici-pal da Trofa, com competência delegada por despacho nº 21/P/2009, de 10de Novembro, da Senhora Presidente da Câmara:

Nos termos do disposto na alínea d) do n.º 1 do artigo 70º do Código de Proce-dimento Administrativo, procede-se à notificação a todos os proprietários dos lotesdo loteamento sito em Trinaterra – S.M.Coronado, com alvará nº 9/93, de quedispõem do prazo de 10 dias , para se pronunciarem relativamente à alteração dolote nº 22, em nome de Fernando João Rodrigues Ferreira Alves, processo nº 319/11.

A alteração consiste na alteração das áreas de implantação, de constru-ção, cérceas e volumetria .

Todos os interessados poderão pronunciar-se, apresentando para o efeito su-gestão ou reclamação, no sector de Obras Particulares desta Câmara Municipal,sita na Rua das Industrias, n.º 393 – Apartado 65 – 4786-909 Trofa, dentro dashoras de expediente.

Para constar mandei passar o presente Edital e outros de igual teor que vai serafixado no edifício desta Câmara Municipal, na Sede da Junta de Freguesia epublicitado em Jornal local.

E eu, MARIA MANUELA DE RIBEIRO DIAS LIMA, (gestor de procedimento), osubscrevo.

Sede do Município, 7 de Fevereiro de 2012.A Vereadora,

(Maria Teresa Fernandes Coelho, Dr.ª)

Patrícia [email protected]

A Juventude Socialista da Trofaconta agora com mais seis elemen-tos na Comissão Política Federativada JS do Porto.

Depois de terminados os processoseleitorais, que decorriam desde novem-bro, a Juventude Socialista (JS) da Trofasoube na primeira reunião da ComissãoPolítica Federativa da JS do Porto, quedecorreu no dia 26 de fevereiro, que seiselementos tinham sido eleitos para refor-çar os órgãos distritais da juventude par-tidária.

Desta forma, no secretariado distritalserão dois os jovens trofenses represen-tados, sendo que um foi também eleitopara representar a lista de inerentes paraa Comissão Política Distrital do PS doPorto, o que representa “um aumentosubstancial na representação dos jovenstrofenses nos órgãos”.

Sendo que em 2006, não tinha nenhumrepresentante trofense, e agora em 2012já conta com nove representantes, “o re-forço da JS Trofa no panorama distrital foi

Câmara Municipal da Trofa

JS da Trofa aumentarepresentatividadenos órgãos distritais

bastante significativo, sendo hoje uma dasjuventudes partidárias mais representadasno cômputo geral”.

Os jovens socialistas trofenses, comesta representação significativa, preten-dem continuar a colocar as grandes ques-tões da Trofa e da região do Ave na agen-da da distrital da JS. Na agenda do deba-te do órgão distrital, os representantes daJS concelhia garantem que as “questõesregionais, com grande influência no futu-ro da Trofa, como o Metro, as variantesrodoviárias, as obras de requalificação dasescolas e os apoios comunitários”, serãotemas obrigatórios.

Para Marco Ferreira, presidente da JSTrofa, esta representatividade é a“consequência lógica do trabalho que vemsendo realizado”, referindo contudo que“estes votos de confiança atribuem-nosparticular responsabilidade na defesa dosinteresses da Trofa, mas também numpapel de solidariedade com todos os con-celhos do distrito, nomeadamente, do Valedo Ave”. Como resultado desta interaçãoentre Federação Distrital e concelhiatrofense, estão previstas atividades deâmbito regional na Trofa, a serem realiza-das durante o primeiro semestre de 2012.

Atualidade 31

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