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Universidade Rua Bair Influên no Referên TELLES, E. O. ; BALIAN, S. C. Paula ; SILVA, P. H. F. da ; PA parameters in raw and proces SILVA, P. H. F. da . Leite UHT Juiz de Fora: Templo, 2004. v. SILVA, P. H. F. da ; ABREU, BRITO, José Renaldi Feitosa desnaturação de soroproteín Laticínios Cândido Tostes, v. 8 SILVA, P. H. F. da ; ABREU, L Antônio Moreira . Variações Instituto de Laticínios Cândido SILVA, P. H. F. da ; ABREU sedimentação e gelificação. MG, v. 58, n. 334, p. 19-25, 20 SILVA, P. H. F. da . Estabilid Tostes, v. 53, p. 157-163, 199 Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição e Federal de Juiz de Fora - ICB - Departamento de Nutrição 32 2102-3234 32 9908-2585 [email protected] José Lourenço Kelmer, s/n - Campus Universitário rro Martelos - CEP: 36036-330 - Juiz de Fora - MG ncia da Qualidade do Leite o Processamento UHT Prof. Dr. Paulo Henrique Universidade F ICB - Dep ncias bibliográficas selecionadas sobre o tema ; OLIVEIRA, C. A. ; PRATA, L. F. ; NADER FILHO ANETTA, José Cézar . UHT whole milk:evaluation ssed milk. Veterinária e Zootecnia, v. 14, p. 282-2 T fatores determinantes para sedimentação e g . 01. 124 p. Luiz Ronaldo de ; MAGALHÃES, Fernando Ant ; FURTADO, Marco Antônio Moreira . Leite U nas e do escurecimento não enzimático. Revist 81, p. 24-36, 2004. Luiz Ronaldo de ; BRITO, José Renaldi Feitosa ; s regionais e sazonais na composição salina do o Tostes, v. 59, p. 24-31, 2004. U, Luiz Ronaldo de . Leite UHT: fatores det Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tost 003. dade térmica do leite. Revista do Instituto de L 98 e e Fonseca da Silva Federal de Juiz de Fora partamento de Nutrição O, A. ; TAVOLARO, n of some quality 290, 2007. gelificação. 01. ed. tônio Resplande ; UHT: avaliação da ta do Instituto de FURTADO, Marco o leite. Revista do terminantes para tes, Juiz de Fora - Laticínios Cândido

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Universidade Federal de Juiz de Fora

Rua José Lourenço Kelmer, s/n Bairro Martelos

Influência da Qualidade do Leite

no Processamento UHT

Referências bibliográficas selecionadas sobre o tema

TELLES, E. O. ; BALIAN, S. C. ; OLIVEIRA, C. A. ; PRATA, L. F. ; NADER FILHO, A. ; TAVOLARO,

Paula ; SILVA, P. H. F. da ; PANETTA, José Cézar .

parameters in raw and processed milk.

SILVA, P. H. F. da . Leite UHT fatores determinantes para sedimentação e gelificação. 01. ed.

Juiz de Fora: Templo, 2004. v. 01. 124

SILVA, P. H. F. da ; ABREU, Luiz Ronaldo de ; MAGALHÃES, Fernando Antônio Resplande ;

BRITO, José Renaldi Feitosa ; FUR

desnaturação de soroproteínas e do escurecimento não e

Laticínios Cândido Tostes, v. 81, p. 24

SILVA, P. H. F. da ; ABREU, Luiz Ronaldo de ; BRITO, José Renaldi Feitosa ; FURTADO,

Antônio Moreira . Variações regionais

Instituto de Laticínios Cândido Tostes, v. 59, p. 24

SILVA, P. H. F. da ; ABREU, Luiz Ronaldo de . Leite UHT: fatores determinantes para

sedimentação e gelificação. Revista do Instituto de

MG, v. 58, n. 334, p. 19-25, 2003.

SILVA, P. H. F. da . Estabilidade

Tostes, v. 53, p. 157-163, 1998

Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição

Universidade Federal de Juiz de Fora - ICB - Departamento de Nutrição

32 2102-3234 32 9908-2585 [email protected]

Rua José Lourenço Kelmer, s/n - Campus Universitário Bairro Martelos - CEP: 36036-330 - Juiz de Fora - MG

Influência da Qualidade do Leite

no Processamento UHT

Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da SilvaUniversidade Federal de Juiz de Fora

ICB - Departamento de Nutrição

Referências bibliográficas selecionadas sobre o tema

TELLES, E. O. ; BALIAN, S. C. ; OLIVEIRA, C. A. ; PRATA, L. F. ; NADER FILHO, A. ; TAVOLARO,

PANETTA, José Cézar . UHT whole milk:evaluation of some quality

w and processed milk. Veterinária e Zootecnia, v. 14, p. 282-290, 2007.

SILVA, P. H. F. da . Leite UHT fatores determinantes para sedimentação e gelificação. 01. ed.

Juiz de Fora: Templo, 2004. v. 01. 124 p.

SILVA, P. H. F. da ; ABREU, Luiz Ronaldo de ; MAGALHÃES, Fernando Antônio Resplande ;

BRITO, José Renaldi Feitosa ; FURTADO, Marco Antônio Moreira . Leite UHT: avaliação da

desnaturação de soroproteínas e do escurecimento não enzimático. Revista do Instituto

Laticínios Cândido Tostes, v. 81, p. 24-36, 2004.

SILVA, P. H. F. da ; ABREU, Luiz Ronaldo de ; BRITO, José Renaldi Feitosa ; FURTADO,

es regionais e sazonais na composição salina do leite. Revista do

Instituto de Laticínios Cândido Tostes, v. 59, p. 24-31, 2004.

LVA, P. H. F. da ; ABREU, Luiz Ronaldo de . Leite UHT: fatores determinantes para

sedimentação e gelificação. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, Juiz de Fora

25, 2003.

SILVA, P. H. F. da . Estabilidade térmica do leite. Revista do Instituto de Laticínios Cândido

163, 1998

Influência da Qualidade do Leite

. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva Universidade Federal de Juiz de Fora

Departamento de Nutrição

TELLES, E. O. ; BALIAN, S. C. ; OLIVEIRA, C. A. ; PRATA, L. F. ; NADER FILHO, A. ; TAVOLARO,

UHT whole milk:evaluation of some quality

290, 2007.

SILVA, P. H. F. da . Leite UHT fatores determinantes para sedimentação e gelificação. 01. ed.

SILVA, P. H. F. da ; ABREU, Luiz Ronaldo de ; MAGALHÃES, Fernando Antônio Resplande ;

Marco Antônio Moreira . Leite UHT: avaliação da

nzimático. Revista do Instituto de

SILVA, P. H. F. da ; ABREU, Luiz Ronaldo de ; BRITO, José Renaldi Feitosa ; FURTADO, Marco

e sazonais na composição salina do leite. Revista do

LVA, P. H. F. da ; ABREU, Luiz Ronaldo de . Leite UHT: fatores determinantes para

Laticínios Cândido Tostes, Juiz de Fora -

térmica do leite. Revista do Instituto de Laticínios Cândido

Universidade Federal de Juiz de Fora

Rua José Lourenço Kelmer, s/n Bairro Martelos

SILVA, P. H. F. da ; ABREU, Luiz Ronaldo de ; BRITO, José Renaldi Feitosa ; FURTADO,

Antônio Moreira . Variações regionais

Instituto de Laticínios Cândido Tostes, v. 59, p. 24

VARIAÇÕES REGIONAIS E SAZONAIS NA COMPOSIÇÃO

1 INTRODUÇÃO

O leite é submetido a tratamentos térmicos visando resguardar aspectos de saúde

pública (patógenos potenciais) e de cons

enzimas), ocasionando, entretanto, alterações químicas reversíveis e outras irreversíveis

que afetam o produto final.

Neste trabalho foram caracterizados os fatores determinantes para a estabilidade

ao etanol e ao calor em leite cru e leite UHT.

2 EQUILÍBRIO SALINO E ESTABILIDADE DO LEITE

A estabilidade térmica do leite pode diminuir devido a uma alta da atividade do

cálcio, uma baixa atividade de fosfatos e citratos e sucessivos tratamentos térmicos.

Pode ocorrer positividade no teste do álcool ou do alizarol, sem o leite estar ácido, como

resultado de desequilíbrio salino.

Rose (1961) estudou a estabilidade térmica do leite e encontrou correlação desta

com as relações cálcio iônico/fósforo inorgânico solúvel, cál

inorgânico solúvel e cálcio solúvel mais magnésio solúvel/fósforo inorgânico solúvel

mais citrato solúvel.

Fox & Hoynes (1975) concluíram que o papel do fosfato de cálcio coloidal nas

micelas de caseína parece ser, essencialmente, o de

serve para unir as subunidades micelares e também os componentes caseínicos dentro

das subunidades.

1 Extraído e adaptado da Tese de Doutoramento do primeiro autor junto à UFLA. Projeto apoiado pela

FAPEMIG por meio da concessão de bolsa.

Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição

Universidade Federal de Juiz de Fora - ICB - Departamento de Nutrição

32 2102-3234 32 9908-2585 [email protected]

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SILVA, P. H. F. da ; ABREU, Luiz Ronaldo de ; BRITO, José Renaldi Feitosa ; FURTADO,

es regionais e sazonais na composição salina do leite. Revista do

Instituto de Laticínios Cândido Tostes, v. 59, p. 24-31, 2004.

VARIAÇÕES REGIONAIS E SAZONAIS NA COMPOSIÇÃO

SALINA DO LEITE 1

O leite é submetido a tratamentos térmicos visando resguardar aspectos de saúde

pública (patógenos potenciais) e de conservação (microorganismos deteriorantes e

enzimas), ocasionando, entretanto, alterações químicas reversíveis e outras irreversíveis

que afetam o produto final.

Neste trabalho foram caracterizados os fatores determinantes para a estabilidade

calor em leite cru e leite UHT.

2 EQUILÍBRIO SALINO E ESTABILIDADE DO LEITE

A estabilidade térmica do leite pode diminuir devido a uma alta da atividade do

cálcio, uma baixa atividade de fosfatos e citratos e sucessivos tratamentos térmicos.

positividade no teste do álcool ou do alizarol, sem o leite estar ácido, como

resultado de desequilíbrio salino.

Rose (1961) estudou a estabilidade térmica do leite e encontrou correlação desta

com as relações cálcio iônico/fósforo inorgânico solúvel, cálcio solúvel/fósforo

inorgânico solúvel e cálcio solúvel mais magnésio solúvel/fósforo inorgânico solúvel

Fox & Hoynes (1975) concluíram que o papel do fosfato de cálcio coloidal nas

micelas de caseína parece ser, essencialmente, o de um agente de integração o qual

serve para unir as subunidades micelares e também os componentes caseínicos dentro

Extraído e adaptado da Tese de Doutoramento do primeiro autor junto à UFLA. Projeto apoiado pela

meio da concessão de bolsa.

SILVA, P. H. F. da ; ABREU, Luiz Ronaldo de ; BRITO, José Renaldi Feitosa ; FURTADO, Marco

e sazonais na composição salina do leite. Revista do

VARIAÇÕES REGIONAIS E SAZONAIS NA COMPOSIÇÃO

O leite é submetido a tratamentos térmicos visando resguardar aspectos de saúde

ervação (microorganismos deteriorantes e

enzimas), ocasionando, entretanto, alterações químicas reversíveis e outras irreversíveis

Neste trabalho foram caracterizados os fatores determinantes para a estabilidade

A estabilidade térmica do leite pode diminuir devido a uma alta da atividade do

cálcio, uma baixa atividade de fosfatos e citratos e sucessivos tratamentos térmicos.

positividade no teste do álcool ou do alizarol, sem o leite estar ácido, como

Rose (1961) estudou a estabilidade térmica do leite e encontrou correlação desta

cio solúvel/fósforo

inorgânico solúvel e cálcio solúvel mais magnésio solúvel/fósforo inorgânico solúvel

Fox & Hoynes (1975) concluíram que o papel do fosfato de cálcio coloidal nas

um agente de integração o qual

serve para unir as subunidades micelares e também os componentes caseínicos dentro

Extraído e adaptado da Tese de Doutoramento do primeiro autor junto à UFLA. Projeto apoiado pela

Universidade Federal de Juiz de Fora

Rua José Lourenço Kelmer, s/n Bairro Martelos

Rose (1962) mostrou que uma extensiva dissolução de fosfato de cálcio coloidal

pode romper a estrutura micelar da caseína nat

Morrissey (1969) concluiu que a mínima estabilidade térmica era observada em

conseqüência de uma deposição, provocada pelo calor, de fosfato de cálcio sobre o

complexo formado por caseinato e

precipitar-se na presença de íons cálcio.

Com a formação de mais fosfato de cálcio coloidal, eleva

H3O+ na fase aquosa, diminuindo o pH e fazendo com que se tenha a positividade no

teste do álcool. Com o aquecimento do leite, ocorre o deslocament

para a fase coloidal, com precipitação do fosfato tricálcico, pela pouca solubilidade a

altas temperaturas.

Quando ocorre desequilíbrio salino como, por exemplo, aumento da

concentração de íons Ca2+

, para que seja restaurado o equilíbr

dos íons Ca2+

da fase solúvel para a fase coloidal, afetando a estabilidade térmica do

leite.

A maior parte do citrato ocorre na fase solúvel, enquanto o fosfato e o cálcio se

encontram, praticamente, nas mesmas proporções na fase

TABELA 1 Concentração e distribuição de alguns sais no leite

Constituinte

Cloreto

Fosfato

Citrato

Cálcio

Fonte: Fox (1991)

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32 2102-3234 32 9908-2585 [email protected]

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Rose (1962) mostrou que uma extensiva dissolução de fosfato de cálcio coloidal

pode romper a estrutura micelar da caseína nativa.

Morrissey (1969) concluiu que a mínima estabilidade térmica era observada em

conseqüência de uma deposição, provocada pelo calor, de fosfato de cálcio sobre o

complexo formado por caseinato e β-lactoglobulina, sensibilizando o complexo a

na presença de íons cálcio.

Com a formação de mais fosfato de cálcio coloidal, eleva-se a concentração de

na fase aquosa, diminuindo o pH e fazendo com que se tenha a positividade no

teste do álcool. Com o aquecimento do leite, ocorre o deslocamento do cálcio solúvel

para a fase coloidal, com precipitação do fosfato tricálcico, pela pouca solubilidade a

Quando ocorre desequilíbrio salino como, por exemplo, aumento da

, para que seja restaurado o equilíbrio, ocorre deslocamento

da fase solúvel para a fase coloidal, afetando a estabilidade térmica do

A maior parte do citrato ocorre na fase solúvel, enquanto o fosfato e o cálcio se

encontram, praticamente, nas mesmas proporções na fase solúvel e coloidal (Tabela 1).

TABELA 1 Concentração e distribuição de alguns sais no leite

Concentração

(mg/L)

Solúvel (%) Coloidal (%)

1200 100 0

750 43 57

1750 94 6

1200 34 66

Rose (1962) mostrou que uma extensiva dissolução de fosfato de cálcio coloidal

Morrissey (1969) concluiu que a mínima estabilidade térmica era observada em

conseqüência de uma deposição, provocada pelo calor, de fosfato de cálcio sobre o

lactoglobulina, sensibilizando o complexo a

se a concentração de

na fase aquosa, diminuindo o pH e fazendo com que se tenha a positividade no

o do cálcio solúvel

para a fase coloidal, com precipitação do fosfato tricálcico, pela pouca solubilidade a

Quando ocorre desequilíbrio salino como, por exemplo, aumento da

io, ocorre deslocamento

da fase solúvel para a fase coloidal, afetando a estabilidade térmica do

A maior parte do citrato ocorre na fase solúvel, enquanto o fosfato e o cálcio se

solúvel e coloidal (Tabela 1).

Coloidal (%)

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3 MATERIAL E MÉTODOS

Para execução do projeto foi necessária a padronização de metodologias

analíticas, o que foi levado a efeito nos meses de abril a junho de 2001. As análises

laboratoriais foram executadas no período compreendido entre julho de 2001 e maio de

2002.

Foram conduzidas visitas técnicas em três fábricas de laticínios, situadas nos

estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Goiás, em dois períodos representativos das

estações seca e chuvosa em cada estado. Três coletas foram realizadas, em cada fábri

e em cada estação, totalizando seis amostragens por fábrica.

3.1 Amostragem

Em cada coleta, foi retirada uma amostra no silo de leite cru, com volume de um

litro cada amostra.

As amostras de leite cru foram divididas em duas partes, sendo a primeira

destinada a análises imediatas e a segunda transferida para um frasco contendo

conservante 2-bromo-2-nitropropano

emprego de conservante atenderam às recomendações da International Dairy Federation

(1985). As porções amostrais contendo conservante foram mantidas em refrigeração e

transportadas para o Laboratório de Pesquisas Físico

EPAMIG/CT/Instituto de Laticínios Cândido Tostes, Juiz de Fora, MG.

3.2 Análises realizadas

Para execução das análises,

laticínios, o Laboratório de Pesquisas Físico

Laticínios Cândido Tostes, o Laboratório de Análise de Alimentos da Embrapa/Gado de

Leite e o Laboratório de Qualidade do Lei

Juiz de Fora, MG.

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32 2102-3234 32 9908-2585 [email protected]

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AL E MÉTODOS

Para execução do projeto foi necessária a padronização de metodologias

analíticas, o que foi levado a efeito nos meses de abril a junho de 2001. As análises

laboratoriais foram executadas no período compreendido entre julho de 2001 e maio de

Foram conduzidas visitas técnicas em três fábricas de laticínios, situadas nos

estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Goiás, em dois períodos representativos das

estações seca e chuvosa em cada estado. Três coletas foram realizadas, em cada fábri

e em cada estação, totalizando seis amostragens por fábrica.

Em cada coleta, foi retirada uma amostra no silo de leite cru, com volume de um

As amostras de leite cru foram divididas em duas partes, sendo a primeira

destinada a análises imediatas e a segunda transferida para um frasco contendo

nitropropano-1,3-diol (Bronopol). O volume de amostra e o

emprego de conservante atenderam às recomendações da International Dairy Federation

rções amostrais contendo conservante foram mantidas em refrigeração e

transportadas para o Laboratório de Pesquisas Físico

EPAMIG/CT/Instituto de Laticínios Cândido Tostes, Juiz de Fora, MG.

Para execução das análises, foram utilizados os laboratórios das fábricas de

laticínios, o Laboratório de Pesquisas Físico-Químicas da EPAMIG/CT/Instituto de

Laticínios Cândido Tostes, o Laboratório de Análise de Alimentos da Embrapa/Gado de

Leite e o Laboratório de Qualidade do Leite da Embrapa/Gado de Leite, localizados em

Para execução do projeto foi necessária a padronização de metodologias

analíticas, o que foi levado a efeito nos meses de abril a junho de 2001. As análises

laboratoriais foram executadas no período compreendido entre julho de 2001 e maio de

Foram conduzidas visitas técnicas em três fábricas de laticínios, situadas nos

estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Goiás, em dois períodos representativos das

estações seca e chuvosa em cada estado. Três coletas foram realizadas, em cada fábrica

Em cada coleta, foi retirada uma amostra no silo de leite cru, com volume de um

As amostras de leite cru foram divididas em duas partes, sendo a primeira

destinada a análises imediatas e a segunda transferida para um frasco contendo

diol (Bronopol). O volume de amostra e o

emprego de conservante atenderam às recomendações da International Dairy Federation

rções amostrais contendo conservante foram mantidas em refrigeração e

transportadas para o Laboratório de Pesquisas Físico-Químicas da

foram utilizados os laboratórios das fábricas de

Químicas da EPAMIG/CT/Instituto de

Laticínios Cândido Tostes, o Laboratório de Análise de Alimentos da Embrapa/Gado de

te da Embrapa/Gado de Leite, localizados em

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2.3 Métodos analíticos empregados

Os métodos abaixo foram empregados para as análises laboratoriais:

� teor de cálcio (Moraes & Rabelo, 1986; Salinas & Garcia, 1985 e Bataglia et al.,

1983), empregando digestão nitro

de absorção atômica;

� teor de fósforo (Moraes & Rabelo, 1986; Salinas & Garcia, 1985 e Bataglia et al.,

1983), sendo a separação de fases solúvel e coloidal feita por meio de precipitaç

alcoólica e salina, seguida de digestão nitroperclórica e determinação por

espectrofotometria visível;

� teor de citrato (baseado em White & Davies, 1963), empregando método

espectrofotométrico com piridina acética;

� estabilidade ao etanol (baseada em Whit

etanol de concentração padronizada;

3.4 Análises estatísticas

Foram conduzidas análises de variância e testes de média a fim de testar as

diferenças nas variáveis estudadas entre os estados e as estações. Emprego

programa de análise estatística NTIA (EMBRAPA, 1996).

Para a análise de correlação, foram aceitos coeficientes com nível de

significância igual ou menor que 5%. Apenas os resultados de fatores significativos

serão discutidos neste trabalho.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Teor de cálcio

O cálcio está presente no leite distribuído em duas fases: solúvel e coloidal. Na

fase solúvel, encontram-se 34% do cálcio do leite, sob as formas de cálcio iônico (35%),

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2.3 Métodos analíticos empregados

Os métodos abaixo foram empregados para as análises laboratoriais:

teor de cálcio (Moraes & Rabelo, 1986; Salinas & Garcia, 1985 e Bataglia et al.,

regando digestão nitro-perclórica e determinação por espectrofotometria

teor de fósforo (Moraes & Rabelo, 1986; Salinas & Garcia, 1985 e Bataglia et al.,

1983), sendo a separação de fases solúvel e coloidal feita por meio de precipitaç

alcoólica e salina, seguida de digestão nitroperclórica e determinação por

espectrofotometria visível;

teor de citrato (baseado em White & Davies, 1963), empregando método

espectrofotométrico com piridina acética;

estabilidade ao etanol (baseada em White & Davies, 1958), empregando soluções de

etanol de concentração padronizada;

Foram conduzidas análises de variância e testes de média a fim de testar as

diferenças nas variáveis estudadas entre os estados e as estações. Emprego

programa de análise estatística NTIA (EMBRAPA, 1996).

Para a análise de correlação, foram aceitos coeficientes com nível de

significância igual ou menor que 5%. Apenas os resultados de fatores significativos

serão discutidos neste trabalho.

LTADOS E DISCUSSÃO

O cálcio está presente no leite distribuído em duas fases: solúvel e coloidal. Na

se 34% do cálcio do leite, sob as formas de cálcio iônico (35%),

Os métodos abaixo foram empregados para as análises laboratoriais:

teor de cálcio (Moraes & Rabelo, 1986; Salinas & Garcia, 1985 e Bataglia et al.,

perclórica e determinação por espectrofotometria

teor de fósforo (Moraes & Rabelo, 1986; Salinas & Garcia, 1985 e Bataglia et al.,

1983), sendo a separação de fases solúvel e coloidal feita por meio de precipitação

alcoólica e salina, seguida de digestão nitroperclórica e determinação por

teor de citrato (baseado em White & Davies, 1963), empregando método

e & Davies, 1958), empregando soluções de

Foram conduzidas análises de variância e testes de média a fim de testar as

diferenças nas variáveis estudadas entre os estados e as estações. Empregou-se o

Para a análise de correlação, foram aceitos coeficientes com nível de

significância igual ou menor que 5%. Apenas os resultados de fatores significativos

O cálcio está presente no leite distribuído em duas fases: solúvel e coloidal. Na

se 34% do cálcio do leite, sob as formas de cálcio iônico (35%),

Universidade Federal de Juiz de Fora

Rua José Lourenço Kelmer, s/n Bairro Martelos

ligado ao citrato (55%) e ligado ao fosfato (

representa 66% do cálcio total (Fox, 1991).

Na Figura 1 são mostrados os resultados para os teores médios de cálcio no leite

cru por estado e por estação.

FIGURA 1 Teores médios de cálcio no leite cru por es

Os leites analisados neste trabalho apresentaram teores de cálcio menores quando

comparados com os resultados de White & Davies (1962), que encontraram o valor

médio de 117,7 mg/100 mL para 20 amostras de leite e Walstra & Jenness (19

citam o valor de 117 mg/100 mL.

Estes valores mais baixos podem ser devido ao fato de serem provenientes de

leite de conjunto, enquanto os dados de literatura usualmente tratam de leites de animais

individuais. Ao mesmo tempo, mostram uma realida

amplamente notificados no Brasil com respeito a alterações de estabilidade do leite ao

etanol e ao aquecimento, com provável causa ligada ao desequilíbrio salino.

95,87

90,63

80,0

82,0

84,0

86,0

88,0

90,0

92,0

94,0

96,0

98,0

100,0

São Paulo

Teo

r d

e c

álc

io (

mg

/100m

L)

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32 2102-3234 32 9908-2585 [email protected]

Rua José Lourenço Kelmer, s/n - Campus Universitário Bairro Martelos - CEP: 36036-330 - Juiz de Fora - MG

ligado ao citrato (55%) e ligado ao fosfato (10%). O cálcio coloidal ligado às caseínas

representa 66% do cálcio total (Fox, 1991).

Na Figura 1 são mostrados os resultados para os teores médios de cálcio no leite

cru por estado e por estação.

FIGURA 1 Teores médios de cálcio no leite cru por estado e por estação

Os leites analisados neste trabalho apresentaram teores de cálcio menores quando

comparados com os resultados de White & Davies (1962), que encontraram o valor

médio de 117,7 mg/100 mL para 20 amostras de leite e Walstra & Jenness (19

citam o valor de 117 mg/100 mL.

Estes valores mais baixos podem ser devido ao fato de serem provenientes de

leite de conjunto, enquanto os dados de literatura usualmente tratam de leites de animais

individuais. Ao mesmo tempo, mostram uma realidade que remete aos problemas

amplamente notificados no Brasil com respeito a alterações de estabilidade do leite ao

etanol e ao aquecimento, com provável causa ligada ao desequilíbrio salino.

87,60

97,07

90,43

93,90

Rio Grande do Sul Goiás

Estado e estação

Seca

Chuva

10%). O cálcio coloidal ligado às caseínas

Na Figura 1 são mostrados os resultados para os teores médios de cálcio no leite

tado e por estação

Os leites analisados neste trabalho apresentaram teores de cálcio menores quando

comparados com os resultados de White & Davies (1962), que encontraram o valor

médio de 117,7 mg/100 mL para 20 amostras de leite e Walstra & Jenness (1984), que

Estes valores mais baixos podem ser devido ao fato de serem provenientes de

leite de conjunto, enquanto os dados de literatura usualmente tratam de leites de animais

de que remete aos problemas

amplamente notificados no Brasil com respeito a alterações de estabilidade do leite ao

etanol e ao aquecimento, com provável causa ligada ao desequilíbrio salino.

Universidade Federal de Juiz de Fora

Rua José Lourenço Kelmer, s/n Bairro Martelos

Pelos resultados da análise de variância, observou

(P<0,014) entre os teores de cálcio no leite cru entre os estados. Este comportamento

está de acordo com os fatores que influenciam o teor de cálcio no leite, como diferenças

entre raças, estágio de lactação e alimentação (Fox, 1991). Os esta

possuem, além de diferenças nas condições climáticas, diferenças nos manejos

alimentares nas raças.

As médias foram comparadas empregando

resultados expressos na Tabela 2. O teor de cálcio em Goiás teve maior mé

comparado ao teor no Rio Grande do Sul, sendo o teor em São Paulo intermediário

entre os outros dois estados, provavelmente refletindo condições de solo, alimentação e

de raças bovinas, que afetam a fração mineral do leite.

TABELA 2. Teor médio

localizadas nos três estados brasileiros em estudo

Estado

Rio Grande do Sul

São Paulo

Goiás

Médias seguidas da mesma letra

Tukey, a 5% de probabilidade

Nas amostras de leite coletadas no Rio Grande do Sul e em São Paulo houve

correlações negativas (P<0,05) entre os teores de cálcio e a estabilidade do leite cru ao

etanol, com coeficientes iguais a

relevância do efeito do cálcio sobre a resistência alcoólica do leite.

Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição

Universidade Federal de Juiz de Fora - ICB - Departamento de Nutrição

32 2102-3234 32 9908-2585 [email protected]

Rua José Lourenço Kelmer, s/n - Campus Universitário Bairro Martelos - CEP: 36036-330 - Juiz de Fora - MG

Pelos resultados da análise de variância, observou-se diferença

(P<0,014) entre os teores de cálcio no leite cru entre os estados. Este comportamento

está de acordo com os fatores que influenciam o teor de cálcio no leite, como diferenças

entre raças, estágio de lactação e alimentação (Fox, 1991). Os esta

possuem, além de diferenças nas condições climáticas, diferenças nos manejos

As médias foram comparadas empregando-se o teste de Tukey, sendo os

resultados expressos na Tabela 2. O teor de cálcio em Goiás teve maior mé

comparado ao teor no Rio Grande do Sul, sendo o teor em São Paulo intermediário

entre os outros dois estados, provavelmente refletindo condições de solo, alimentação e

de raças bovinas, que afetam a fração mineral do leite.

de cálcio (mg/100 mL) do leite cru coletado nas fábricas

localizadas nos três estados brasileiros em estudo

Teor de cálcio do leite cru (mg/100 mL)

89,017 b

93,400 a b

95,483 a

Médias seguidas da mesma letra não diferem significativamente entre si, pelo teste de

Tukey, a 5% de probabilidade

Nas amostras de leite coletadas no Rio Grande do Sul e em São Paulo houve

correlações negativas (P<0,05) entre os teores de cálcio e a estabilidade do leite cru ao

, com coeficientes iguais a – 0,8870 e –0,8963, respectivamente, comprovando a

relevância do efeito do cálcio sobre a resistência alcoólica do leite.

se diferença significativa

(P<0,014) entre os teores de cálcio no leite cru entre os estados. Este comportamento

está de acordo com os fatores que influenciam o teor de cálcio no leite, como diferenças

entre raças, estágio de lactação e alimentação (Fox, 1991). Os estados estudados

possuem, além de diferenças nas condições climáticas, diferenças nos manejos

se o teste de Tukey, sendo os

resultados expressos na Tabela 2. O teor de cálcio em Goiás teve maior média quando

comparado ao teor no Rio Grande do Sul, sendo o teor em São Paulo intermediário

entre os outros dois estados, provavelmente refletindo condições de solo, alimentação e

de cálcio (mg/100 mL) do leite cru coletado nas fábricas

Teor de cálcio do leite cru (mg/100 mL)

não diferem significativamente entre si, pelo teste de

Nas amostras de leite coletadas no Rio Grande do Sul e em São Paulo houve

correlações negativas (P<0,05) entre os teores de cálcio e a estabilidade do leite cru ao

0,8963, respectivamente, comprovando a

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4.2 Teor de fósforo

O fósforo está presente no leite distribuído em duas fases: solúvel e coloidal. Na

fase solúvel, encontram-se 43% do fósforo do leite, sob as formas de fosfato diácido

(54%), fosfato monoácido (36%) e ligado ao cálcio e ao magnésio (10%). O fósforo

coloidal ligado às caseínas representa 57% do fósforo total (Fox, 1991).

Na Figura 2 são mostrados os teores médios de fósforo no leite cru por estado e

por estação.

FIGURA 2 Teores médios de fósforo no leite cru por estado e por estação

Os leites analisados neste trabalho apresentaram teores de fósforo próximos ao

citado por Fox (1991), igual a 84,8 mg/100 mL. Entretanto, White & Davies (1958)

encontraram 95,1 mg/100 mL e a compilação de dados de Walstra & Jenness (1984)

mostra o valor de 98,1 mg/100 mL, pouco superiores aos aqui relatados.

Estes valores, com razoável aproximação com os

encerram a questão relacionada ao equilíbrio salino do leite. Mesmo que o teor de

fósforo encontrado seja considerado normal, não se pode descartar a ocorrência de

desequilíbrio salino entre as frações que compõem o fósforo tota

91,32

88,39

75,0

77,0

79,0

81,0

83,0

85,0

87,0

89,0

91,0

93,0

95,0

São Paulo

Teo

r d

e f

ósfo

ro (

mg

/100m

L)

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32 2102-3234 32 9908-2585 [email protected]

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O fósforo está presente no leite distribuído em duas fases: solúvel e coloidal. Na

se 43% do fósforo do leite, sob as formas de fosfato diácido

(54%), fosfato monoácido (36%) e ligado ao cálcio e ao magnésio (10%). O fósforo

coloidal ligado às caseínas representa 57% do fósforo total (Fox, 1991).

ostrados os teores médios de fósforo no leite cru por estado e

FIGURA 2 Teores médios de fósforo no leite cru por estado e por estação

Os leites analisados neste trabalho apresentaram teores de fósforo próximos ao

igual a 84,8 mg/100 mL. Entretanto, White & Davies (1958)

encontraram 95,1 mg/100 mL e a compilação de dados de Walstra & Jenness (1984)

mostra o valor de 98,1 mg/100 mL, pouco superiores aos aqui relatados.

Estes valores, com razoável aproximação com os dados de literatura, ainda

encerram a questão relacionada ao equilíbrio salino do leite. Mesmo que o teor de

fósforo encontrado seja considerado normal, não se pode descartar a ocorrência de

desequilíbrio salino entre as frações que compõem o fósforo total no leite. A partição do

81,71

89,38

79,07

89,34

Rio Grande do Sul Goiás

Estado e estação

Seca

Chuva

O fósforo está presente no leite distribuído em duas fases: solúvel e coloidal. Na

se 43% do fósforo do leite, sob as formas de fosfato diácido

(54%), fosfato monoácido (36%) e ligado ao cálcio e ao magnésio (10%). O fósforo

ostrados os teores médios de fósforo no leite cru por estado e

FIGURA 2 Teores médios de fósforo no leite cru por estado e por estação

Os leites analisados neste trabalho apresentaram teores de fósforo próximos ao

igual a 84,8 mg/100 mL. Entretanto, White & Davies (1958)

encontraram 95,1 mg/100 mL e a compilação de dados de Walstra & Jenness (1984)

mostra o valor de 98,1 mg/100 mL, pouco superiores aos aqui relatados.

dados de literatura, ainda

encerram a questão relacionada ao equilíbrio salino do leite. Mesmo que o teor de

fósforo encontrado seja considerado normal, não se pode descartar a ocorrência de

l no leite. A partição do

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Rua José Lourenço Kelmer, s/n Bairro Martelos

fósforo entre as fases solúvel (inorgânico) e coloidal (orgânico e inorgânico) pode afetar

a estabilidade do leite, ainda que o somatório de seus teores seja aceitável.

Pelos resultados da análise de variância, observou

(P<0,001) entre os teores de fósforo no leite cru entre os estados. Este comportamento

está de acordo com os fatores que influenciam o teor de fósforo no leite, como

diferenças entre raças, estágio de lactação e alimentação (Fox, 1991).

As médias foram comparadas empregando

resultados expressos na Tabela 3. Os teores de fósforo em São Paulo e Goiás foram

equivalentes e ambos tiveram maiores médias quando comparados ao teor no Rio

Grande do Sul, provavelmente

bovinas, que afetam a fração mineral do leite.

TABELA 3. Teor médio de fósforo (mg/100 mL) do leite cru coletado nas fábricas

localizadas nos três estados brasileiros em estudo

Estado

Rio Grande do Sul

São Paulo

Goiás

Médias seguidas da mesma letra não diferem significativamente entre si, pelo teste de

Tukey, a 5% de probabilidade

O teor de fósforo associou

(P<0,05), com coeficiente igual a 0,8240 no Rio Grande do Sul. Na estação chuvosa,

também se constatou correlação positiva (P<0,05) do teste do álcool com o teor de

fósforo, com coeficiente igual a 0,7064. Estes resultados ev

concentração de fosfatos leva ao aumento da estabilidade.

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fósforo entre as fases solúvel (inorgânico) e coloidal (orgânico e inorgânico) pode afetar

a estabilidade do leite, ainda que o somatório de seus teores seja aceitável.

Pelos resultados da análise de variância, observou-se diferença significativa

(P<0,001) entre os teores de fósforo no leite cru entre os estados. Este comportamento

está de acordo com os fatores que influenciam o teor de fósforo no leite, como

diferenças entre raças, estágio de lactação e alimentação (Fox, 1991).

As médias foram comparadas empregando-se o teste de Tukey, sendo os

resultados expressos na Tabela 3. Os teores de fósforo em São Paulo e Goiás foram

equivalentes e ambos tiveram maiores médias quando comparados ao teor no Rio

Grande do Sul, provavelmente refletindo condições de solo, alimentação e de raças

bovinas, que afetam a fração mineral do leite.

TABELA 3. Teor médio de fósforo (mg/100 mL) do leite cru coletado nas fábricas

localizadas nos três estados brasileiros em estudo

Teor de fósforo do leite cru (mg/100 mL)

80,387 b

89,853 a

89,362 a

Médias seguidas da mesma letra não diferem significativamente entre si, pelo teste de

Tukey, a 5% de probabilidade

O teor de fósforo associou-se positivamente com o resultado do teste do álcool

(P<0,05), com coeficiente igual a 0,8240 no Rio Grande do Sul. Na estação chuvosa,

também se constatou correlação positiva (P<0,05) do teste do álcool com o teor de

fósforo, com coeficiente igual a 0,7064. Estes resultados evidenciam que a maior

concentração de fosfatos leva ao aumento da estabilidade.

fósforo entre as fases solúvel (inorgânico) e coloidal (orgânico e inorgânico) pode afetar

a estabilidade do leite, ainda que o somatório de seus teores seja aceitável.

nça significativa

(P<0,001) entre os teores de fósforo no leite cru entre os estados. Este comportamento

está de acordo com os fatores que influenciam o teor de fósforo no leite, como

se o teste de Tukey, sendo os

resultados expressos na Tabela 3. Os teores de fósforo em São Paulo e Goiás foram

equivalentes e ambos tiveram maiores médias quando comparados ao teor no Rio

refletindo condições de solo, alimentação e de raças

TABELA 3. Teor médio de fósforo (mg/100 mL) do leite cru coletado nas fábricas

o leite cru (mg/100 mL)

Médias seguidas da mesma letra não diferem significativamente entre si, pelo teste de

o resultado do teste do álcool

(P<0,05), com coeficiente igual a 0,8240 no Rio Grande do Sul. Na estação chuvosa,

também se constatou correlação positiva (P<0,05) do teste do álcool com o teor de

idenciam que a maior

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4.3 Relação entre os teores de cálcio e fósforo

O trabalho de Rose (1962) indicou que uma extensiva dissolução de fosfato de

cálcio coloidal causa uma desintegração da estrut

A desagregação das micelas pela remoção de fosfato de cálcio coloidal resulta no

aumento da área superficial das micelas, com redução na concentração de

unidade de área e diminuição na estabilidade do sistema (

Na Figura 3 são mostrados os resultados para as relações cálcio/fósforo no leite

cru por estado e por estação.

FIGURA 3 Relações cálcio/fósforo por estado e por estação

Os leites analisados neste trabalho apresentaram relações c

inferiores à relação obtida a partir dos dados de White & Davies (1958), que foi igual a

1,24 e também à encontrada pela compilação de dados de Walstra & Jenness (1984) que

mostrou o valor de 1,19. Este comportamento confirma que os leites an

Brasil apresentam teores mais baixos de cálcio do que aqueles citados na literatura.

A análise de variância para as relações cálcio/fósforo mostrou não haver

diferenças estatisticamente significativas (P>0,05) entre os estados nem entre as

estações.

1,12

1,07

1,00

1,02

1,04

1,06

1,08

1,10

1,12

1,14

1,16

1,18

1,20

São Paulo

Re

laç

ão

lcio

/fó

sfo

ro

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4.3 Relação entre os teores de cálcio e fósforo

O trabalho de Rose (1962) indicou que uma extensiva dissolução de fosfato de

cálcio coloidal causa uma desintegração da estrutura micelar da caseína nativa.

A desagregação das micelas pela remoção de fosfato de cálcio coloidal resulta no

aumento da área superficial das micelas, com redução na concentração de

unidade de área e diminuição na estabilidade do sistema (Fox & Hoynes, 1975).

Na Figura 3 são mostrados os resultados para as relações cálcio/fósforo no leite

cru por estado e por estação.

FIGURA 3 Relações cálcio/fósforo por estado e por estação

Os leites analisados neste trabalho apresentaram relações c

inferiores à relação obtida a partir dos dados de White & Davies (1958), que foi igual a

1,24 e também à encontrada pela compilação de dados de Walstra & Jenness (1984) que

mostrou o valor de 1,19. Este comportamento confirma que os leites an

Brasil apresentam teores mais baixos de cálcio do que aqueles citados na literatura.

A análise de variância para as relações cálcio/fósforo mostrou não haver

diferenças estatisticamente significativas (P>0,05) entre os estados nem entre as

1,07

1,09

1,14

1,06

Rio Grande do Sul Goiás

Estado e estação

Seca

Chuva

O trabalho de Rose (1962) indicou que uma extensiva dissolução de fosfato de

ura micelar da caseína nativa.

A desagregação das micelas pela remoção de fosfato de cálcio coloidal resulta no

aumento da área superficial das micelas, com redução na concentração de κ-caseína por

Fox & Hoynes, 1975).

Na Figura 3 são mostrados os resultados para as relações cálcio/fósforo no leite

Os leites analisados neste trabalho apresentaram relações cálcio/fósforo

inferiores à relação obtida a partir dos dados de White & Davies (1958), que foi igual a

1,24 e também à encontrada pela compilação de dados de Walstra & Jenness (1984) que

mostrou o valor de 1,19. Este comportamento confirma que os leites analisados no

Brasil apresentam teores mais baixos de cálcio do que aqueles citados na literatura.

A análise de variância para as relações cálcio/fósforo mostrou não haver

diferenças estatisticamente significativas (P>0,05) entre os estados nem entre as

Universidade Federal de Juiz de Fora

Rua José Lourenço Kelmer, s/n Bairro Martelos

Nas amostras de leite coletadas no Rio Grande do Sul houve correlação negativa

(P<0,05) entre a relação cálcio/fósforo e a estabilidade do leite cru ao etanol, com

coeficiente igual a – 0,8574, atestando que quanto maior for o teor de cálcio em rel

ao teor de fósforo, menor será a estabilidade protéica do leite frente ao etanol. Tal

afirmativa permite comprovar a citação de Davies & White (1958) de que a alta

concentração de íons cálcio é a principal causa da instabilidade do leite ao etanol.

4.4 Teor de citrato

O citrato está presente no leite distribuído em duas fases: solúvel e coloidal. Na

fase solúvel, encontram-se 94% do citrato do leite, estando ligado ao cálcio e ao

magnésio (85%), como citrato trivalente (14%) e citrato divalente (1%).

coloidal ligado às caseínas representa 6% do citrato total (Fox, 1991).

Na Figura 4 são mostrados os resultados para os teores médios de citrato no leite

cru por estado e por estação.

FIGURA 4 Teores médios de citrato no leite cru por estad

163

157

120,0

130,0

140,0

150,0

160,0

170,0

180,0

190,0

200,0

São Paulo

Teo

r d

e c

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to (

mg

/100m

L)

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Nas amostras de leite coletadas no Rio Grande do Sul houve correlação negativa

(P<0,05) entre a relação cálcio/fósforo e a estabilidade do leite cru ao etanol, com

0,8574, atestando que quanto maior for o teor de cálcio em rel

ao teor de fósforo, menor será a estabilidade protéica do leite frente ao etanol. Tal

afirmativa permite comprovar a citação de Davies & White (1958) de que a alta

concentração de íons cálcio é a principal causa da instabilidade do leite ao etanol.

O citrato está presente no leite distribuído em duas fases: solúvel e coloidal. Na

se 94% do citrato do leite, estando ligado ao cálcio e ao

magnésio (85%), como citrato trivalente (14%) e citrato divalente (1%).

coloidal ligado às caseínas representa 6% do citrato total (Fox, 1991).

Na Figura 4 são mostrados os resultados para os teores médios de citrato no leite

cru por estado e por estação.

FIGURA 4 Teores médios de citrato no leite cru por estado e por estação

160

193

154

168

Rio Grande do Sul Goiás

Estado e estação

Seca

Chuva

Nas amostras de leite coletadas no Rio Grande do Sul houve correlação negativa

(P<0,05) entre a relação cálcio/fósforo e a estabilidade do leite cru ao etanol, com

0,8574, atestando que quanto maior for o teor de cálcio em relação

ao teor de fósforo, menor será a estabilidade protéica do leite frente ao etanol. Tal

afirmativa permite comprovar a citação de Davies & White (1958) de que a alta

concentração de íons cálcio é a principal causa da instabilidade do leite ao etanol.

O citrato está presente no leite distribuído em duas fases: solúvel e coloidal. Na

se 94% do citrato do leite, estando ligado ao cálcio e ao

magnésio (85%), como citrato trivalente (14%) e citrato divalente (1%). O citrato

Na Figura 4 são mostrados os resultados para os teores médios de citrato no leite

o e por estação

Universidade Federal de Juiz de Fora

Rua José Lourenço Kelmer, s/n Bairro Martelos

Os leites analisados neste trabalho, com exceção da estação seca em Goiás,

apresentaram teores de citrato menores quando comparados com os resultados de

Walstra & Jenness (1984), que citam o valor de 175 mg/100 mL.

White & Davies (1958

de variação de 166 a 192 mg/100 mL, dentro da qual apenas se enquadram os leites de

Goiás, nas duas estações. Os leites de São Paulo e do Rio Grande do Sul mostraram

teores médios abaixo do limite infe

Fox (1991) afirmou que as adições de citrato e fosfato ao leite promovem

aumento da estabilidade térmica do leite, pelo efeito seqüestrador sobre o cálcio iônico

e, principalmente no caso do citrato, pel

da conversão a citrato solúvel não

reconhecidos no aumento da estabilidade térmica do leite (Harwalkar, 1997).

No Brasil, a ocorrência de

aquecimento tem sido objeto de preocupação para os laticínios.

citrato encontrados neste trabalho contribuem para elucidar a questão, demonstrando

que a causa provável está ligada ao desequilíbrio

A análise de variância dos dados mostrou haver diferenças significativas entre os

teores de citrato no leite cru entre os estados (P<0,003) e entre as estações (P<0,022).

Este comportamento está de acordo com os fatores que influenciam os teores d

leite, como diferenças entre raças, estágio de lactação e alimentação, sendo a

alimentação o fator que desempenha papel preponderante na variação do teor de citrato

(Fox, 1991).

Ao compararem-se as médias obtidas empregando

4), verificou-se que o teor de citrato em Goiás superou os outros dois estados. Ao

mesmo tempo, a estação seca superou a chuvosa, com médias 172,04 mg/100 mL (n=9)

e 159,81 mg/100 mL (n=9), respectivamente. Tais aspectos revelam as diferentes

condições de solo, de alimentação e de raças bovinas que afetam composição salina do

leite.

Prof. Dr. Paulo Henrique Fonseca da Silva UFJF - ICB - Depto. de Nutrição

Universidade Federal de Juiz de Fora - ICB - Departamento de Nutrição

32 2102-3234 32 9908-2585 [email protected]

Rua José Lourenço Kelmer, s/n - Campus Universitário Bairro Martelos - CEP: 36036-330 - Juiz de Fora - MG

Os leites analisados neste trabalho, com exceção da estação seca em Goiás,

apresentaram teores de citrato menores quando comparados com os resultados de

Walstra & Jenness (1984), que citam o valor de 175 mg/100 mL.

White & Davies (1958) reportaram o valor médio de 176 mg/100 mL, com faixa

de variação de 166 a 192 mg/100 mL, dentro da qual apenas se enquadram os leites de

Goiás, nas duas estações. Os leites de São Paulo e do Rio Grande do Sul mostraram

teores médios abaixo do limite inferior da faixa de variação observada pelos autores.

Fox (1991) afirmou que as adições de citrato e fosfato ao leite promovem

aumento da estabilidade térmica do leite, pelo efeito seqüestrador sobre o cálcio iônico

e, principalmente no caso do citrato, pela redução do fosfato de cálcio coloidal por meio

da conversão a citrato solúvel não-ionizado. Fosfato de sódio e citrato têm seus efeitos

reconhecidos no aumento da estabilidade térmica do leite (Harwalkar, 1997).

a ocorrência de alterações de estabilidade do leite ao etanol e ao

aquecimento tem sido objeto de preocupação para os laticínios. Os baixos teores de

citrato encontrados neste trabalho contribuem para elucidar a questão, demonstrando

causa provável está ligada ao desequilíbrio salino.

A análise de variância dos dados mostrou haver diferenças significativas entre os

teores de citrato no leite cru entre os estados (P<0,003) e entre as estações (P<0,022).

Este comportamento está de acordo com os fatores que influenciam os teores d

leite, como diferenças entre raças, estágio de lactação e alimentação, sendo a

alimentação o fator que desempenha papel preponderante na variação do teor de citrato

se as médias obtidas empregando-se o teste de Tukey

se que o teor de citrato em Goiás superou os outros dois estados. Ao

mesmo tempo, a estação seca superou a chuvosa, com médias 172,04 mg/100 mL (n=9)

e 159,81 mg/100 mL (n=9), respectivamente. Tais aspectos revelam as diferentes

ções de solo, de alimentação e de raças bovinas que afetam composição salina do

Os leites analisados neste trabalho, com exceção da estação seca em Goiás,

apresentaram teores de citrato menores quando comparados com os resultados de

) reportaram o valor médio de 176 mg/100 mL, com faixa

de variação de 166 a 192 mg/100 mL, dentro da qual apenas se enquadram os leites de

Goiás, nas duas estações. Os leites de São Paulo e do Rio Grande do Sul mostraram

rior da faixa de variação observada pelos autores.

Fox (1991) afirmou que as adições de citrato e fosfato ao leite promovem

aumento da estabilidade térmica do leite, pelo efeito seqüestrador sobre o cálcio iônico

a redução do fosfato de cálcio coloidal por meio

ionizado. Fosfato de sódio e citrato têm seus efeitos

reconhecidos no aumento da estabilidade térmica do leite (Harwalkar, 1997).

e estabilidade do leite ao etanol e ao

Os baixos teores de

citrato encontrados neste trabalho contribuem para elucidar a questão, demonstrando

A análise de variância dos dados mostrou haver diferenças significativas entre os

teores de citrato no leite cru entre os estados (P<0,003) e entre as estações (P<0,022).

Este comportamento está de acordo com os fatores que influenciam os teores de sais no

leite, como diferenças entre raças, estágio de lactação e alimentação, sendo a

alimentação o fator que desempenha papel preponderante na variação do teor de citrato

se o teste de Tukey (Tabela

se que o teor de citrato em Goiás superou os outros dois estados. Ao

mesmo tempo, a estação seca superou a chuvosa, com médias 172,04 mg/100 mL (n=9)

e 159,81 mg/100 mL (n=9), respectivamente. Tais aspectos revelam as diferentes

ções de solo, de alimentação e de raças bovinas que afetam composição salina do

Universidade Federal de Juiz de Fora

Rua José Lourenço Kelmer, s/n Bairro Martelos

TABELA 4. Teor médio de citrato (mg/100 mL) do leite cru coletado nas fábricas

localizadas nos três estados brasileiros em estudo

Estado

Rio Grande do Sul

São Paulo

Goiás

Médias seguidas da mesma letra não diferem significativamente entre si, pelo teste de

Tukey, a 5% de probabilidade.

O citrato de sódio teve sua inclusão aprovada no Regulamento

Fixação de Identidade e Qualidade do Leite UHT por meio da Portaria 370/97 do

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Brasil, 1997).

Fox (1991) afirmou que as adições de citrato e fosfato promovem aumento da

estabilidade térmica do leite. Este fundamento serve como justificador do emprego

disseminado do citrato para a estabilização do leite destinado ao processamento UHT no

Brasil.

Em que pese o efeito favorável da adição do citrato, neste trabalho tornou

claro que os teores naturais de citrato variam entre regiões do Brasil e estações do ano, o

que repercute no teor final de citrato no leite UHT, quando se emprega um percentual

fixo de adição.

Esta constatação permite a proposição que não é adequado uniformizar a adição

de citrato, pelo contrário, ajustes devem ser conduzidos nos percentuais empregados a

cada estação e em cada fábrica.

5 CONCLUSÕES

Com base nas condições empregadas neste trabalho e nos resultados obtidos,

pode-se concluir que:

• os teores de cálcio e fós

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TABELA 4. Teor médio de citrato (mg/100 mL) do leite cru coletado nas fábricas

localizadas nos três estados brasileiros em estudo

Teor de citrato do leite cru (mg/100mL)

157,40 b

160,19 b

180,20 a

Médias seguidas da mesma letra não diferem significativamente entre si, pelo teste de

Tukey, a 5% de probabilidade.

O citrato de sódio teve sua inclusão aprovada no Regulamento

Fixação de Identidade e Qualidade do Leite UHT por meio da Portaria 370/97 do

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Brasil, 1997).

Fox (1991) afirmou que as adições de citrato e fosfato promovem aumento da

do leite. Este fundamento serve como justificador do emprego

disseminado do citrato para a estabilização do leite destinado ao processamento UHT no

Em que pese o efeito favorável da adição do citrato, neste trabalho tornou

naturais de citrato variam entre regiões do Brasil e estações do ano, o

que repercute no teor final de citrato no leite UHT, quando se emprega um percentual

Esta constatação permite a proposição que não é adequado uniformizar a adição

citrato, pelo contrário, ajustes devem ser conduzidos nos percentuais empregados a

cada estação e em cada fábrica.

Com base nas condições empregadas neste trabalho e nos resultados obtidos,

os teores de cálcio e fósforo variaram entre os estados;

TABELA 4. Teor médio de citrato (mg/100 mL) do leite cru coletado nas fábricas

g/100mL)

Médias seguidas da mesma letra não diferem significativamente entre si, pelo teste de

O citrato de sódio teve sua inclusão aprovada no Regulamento Técnico para

Fixação de Identidade e Qualidade do Leite UHT por meio da Portaria 370/97 do

Fox (1991) afirmou que as adições de citrato e fosfato promovem aumento da

do leite. Este fundamento serve como justificador do emprego

disseminado do citrato para a estabilização do leite destinado ao processamento UHT no

Em que pese o efeito favorável da adição do citrato, neste trabalho tornou-se

naturais de citrato variam entre regiões do Brasil e estações do ano, o

que repercute no teor final de citrato no leite UHT, quando se emprega um percentual

Esta constatação permite a proposição que não é adequado uniformizar a adição

citrato, pelo contrário, ajustes devem ser conduzidos nos percentuais empregados a

Com base nas condições empregadas neste trabalho e nos resultados obtidos,

Universidade Federal de Juiz de Fora

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• os teores de citrato variaram entre os estados e as estações;

• a estabilidade do leite cru ao etanol reduziu com o aumento no teor de cálcio e na

relação cálcio/fósforo; e

• a estabilidade do leite cru ao etanol aumentou com o

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os teores de citrato variaram entre os estados e as estações;

a estabilidade do leite cru ao etanol reduziu com o aumento no teor de cálcio e na

relação cálcio/fósforo; e

a estabilidade do leite cru ao etanol aumentou com o aumento no teor de fósforo.

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a estabilidade do leite cru ao etanol reduziu com o aumento no teor de cálcio e na

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