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ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ECONOMIA Economia Clássica Clássica Prof. Paulo J. Körbes

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ESTADO DE MATO GROSSOSECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOCAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

Economia ClássicaClássica

Prof. Paulo J. Körbes

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Conteúdo Programático1. Pensamento Econômico

Transformações Mercantilistas

Mercantilismo

Fisiocracia

Os Clássicos: Adam Smith, David Ricardo, Thomas Malthus, John Stuart Mill, Jean Baptiste Say

2. A Corrente Socialista

Socialistas UtópicosSocialistas Utópicos

Socialismo Científico (Marx e o Marxismo)

3. Hobson e o Imperialismo

Internacionalização do capital a partir do Século XX

Pós-Guerra e o processo de Globalização

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Os precursores da Teoria Econômica

Gregos Romanos MercantilismoIdade Média Clássicos Keynes

800 a. C. 0 470 1300 1776 1936

Grécia Antiga: encontradas muitas referências à Economia. Destaquepara o trabalho de Xenofonte (440 – 335 a. C.) que, aparentemente, foi quemcunhou o termo ECONOMIA (Oikos Nomos), em seus trabalhos sobre aspectoscunhou o termo ECONOMIA (Oikos Nomos), em seus trabalhos sobre aspectosda administração privada e sobre finanças públicas. A moeda metálica jácirculava e a sociedade grega tinha preocupações políticas e morais muitodesenvolvidas. Os dois maiores legados da época são os escritos de Platão (427– 347 a. C.) e de seus discípulo Aristóteles (384 – 322 a. C), nos quais encontram-se escritos de ordem econômica. Outros legados: DEMOCRACIA, OLIMPÍADAS,DRAMA, COMÉDIA, ASTRONOMIA, MATEMÁTICA...

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Os precursores da Teoria Econômica

Gregos Romanos MercantilismoIdade Média Clássicos Keynes

800 a. C. 0 470 1300 1776 1936

Roma: Romanos eram excelentes estrategistas militares e engenheiros. Masnão deixaram nenhum escrito notável na área de Economia. Encontramospoucos trabalhos de destaque, mas que não apresentam um padrão homogêneo,e estão permeados de questões morais (ex. usura).e estão permeados de questões morais (ex. usura).

Idade Média: Milênio perdido (comentar...)

Mercantilismo: já apresentava preocupações explícitas sobre aacumulação de riquezas. Continha princípios de como fomentar o comércioexterior e entesourar riquezas. O acúmulo de metais adquire grande importância,e aparecem relatos mais elaborados sobre a moeda.

Mercantilismo: Importantes transformações marcaram o períodomercantilista, dentre as quais destaca-se:

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Transformações MercantilistasIntelectuais: Com o Renascimento e sua magnífica floração artística e literária(Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael, Ticiano...), a laicização (tornar laico – excluir o

componente religioso de) do pensamento, o retorno aos métodos de observação e deexperiência, a difusão de novas idéias por meio da imprensa (1450 – Gutemberg imprimiuo primeiro livro, a Bíblia)

Religiosas: Trazidas principalmente pelo Movimento da Reforma, em especial aimplantada por Calvino e Lutero, e pelos puritanos anglo-saxões, que exaltavam oindividualismo e a atividade econômica, condenavam a ociosidade, justificavam osindividualismo e a atividade econômica, condenavam a ociosidade, justificavam osempréstimos a juros, a busca do lucro, o sucesso nos negócios..

Do Padrão de Vida: marcadas pela reabilitação teológica da vidamaterial em relação ao ascetismo (exercício prático que leva à efetiva realização davirtude, à plenitude da vida moral) e, consequentemente, pelo desejo de bem-estar,de alimentação requintada (com o uso de especiarias, sal, açúcar, etc), dehabitações confortáveis e arejadas, de viagens inter-regionais, etc...

Políticas: Com o surgimento do Estado Moderno, coordenador dos recursosmateriais e humanos da nação, aglutinador das forças da Nobreza, do Clero, dosSenhores Feudais (tentando salvar os dedos, já perdidos os ricos anéis...), e daBurguesia Nascente.

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Transformações MercantilistasGeográficas: Decorrentes da ampliação dos “limites do mundo”, graças àsgrandes descobertas (bússola) e os esforços para desenvolver as navegações.

Econômicas: O fluxo à Europa de metais preciosos, provenientes do novomundo, provocou o deslocamento do eixo econômico mundial: os grandes centroscomerciais marítimos não mais se limitaram ao Mediterrâneo (Veneza, Barcelona...).Começam a despontar Londres, Amsterdam, Lisboa...

Críticas ao Mercantilismo: A política colonial mercantilista consistia emCríticas ao Mercantilismo: A política colonial mercantilista consistia emexplorar ao máximo a Colônia, bem como impedir que nela se desenvolvessequalquer atividade econômica que, mesmo remotamente, pudesse fazerconcorrência à Metrópole.

Raciocínio: Conceito Mercantilista = conceito do indivíduoQuanto + acumula >>> mais rico é o indivíduo/nação

# Clássicos: Teoria Quantitativa da Moeda: “O entesouramento ou acúmulosem controle de metais, em vez de contribuir com a Riqueza da Nação>>> podecontribuir para o seu empobrecimento” A. Smith

q moeda em circulação >>>> c/produto constante = P (exemplo dog cantina)

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A FisiocraciaEm 1750 nem existiaDe 1760 a 1770 >>>> empolgou ParisEm 1780 á estava esquecidaConsiderada, por muitos autores, mais uma “seita” de filósofos-economistas do queuma escola econômica, surgiu e desapareceu como um meteoro, em torno do Dr.François Quesnay, médico da corte e protegido de Madame Pompadour, cujaposição assegurou, por algum tempo, uma situação privilegiada da Fisiocracia navida intelectual do “grand monde” francês.

Fisiocracia: impôs-se principalmente como Doutrina da Ordem Natural: “OFisiocracia: impôs-se principalmente como Doutrina da Ordem Natural: “O

universo é regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e universais, desejadas pelaProvidência Divina para a felicidade dos homens. Estes, por meio da razão, poderãodescobrir esta ordem”.

Os fisiocratas dividiram a sociedade em classes sociais, e tinham a preocupaçãode justificar os rendimentos da classe proprietária de terras.O “Tableau Economique”, de Quesnay, foi o trabalho de maior destaque domovimento, dividindo a economia em setores, e mostrando a inter-relação dosmesmos.Apesar de o trabalho dos fisiocratas estar permeado de considerações éticas,sua contribuição à análise econômica representou grande avanço:

Foram pioneiros em dividir a economia em setores em apontar a necessidade da constante busca pelo equilíbrio entre estes

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Os Clássicos

Adam Smith (1723 – 1790) – Publicou “ A Riqueza das Nações”, em 1776

Considerado o precursor (ou Pai) da Moderna Teoria Econômica, colocada como umconjunto científico sistematizado, com um corpo teórico próprio.

“Se se deixar atuar a livre concorrência, uma MÃO INVISÍVEL levaria a sociedade aodesenvolvimento, aumentando o BES da coletividade”

π

Era otimista com relação ao futuro do Klismo

A atuação isolada e egoísta de todos os agentes, em busca do π Máx, acabampromovendo o BES da sociedade como se uma MÃO INVISÍVEL orientassetodas as decisões dos agentes econômicos, sem a necessidade de intervenção doEstado (mão invisível = forças do mercado >>>> Estado out)

Seus argumentos baseavam-se na LIVRE INICIATIVA (Laisses-Faire)Causa da Riqueza das Nações TRABALHO HUMANODIVISÃO DO TRABALHO acelera o desenvolvimento (Ex. Fábr. Alfinetes)

� Divisão do Trabalho >> aumenta a destreza >> economia de tempo >> condições favoráveis para a invenção de novas máquinas >> INOVAÇÃO TECNOLÓGICA >> + Produtividade� Estado não deve interferir nas leis de mercado >> deve restringir sua ação à defesa da sociedade + manutenção de obras e instituições necessárias...

É O PRINCÍPIO DO LIBERALISMO

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Os ClássicosDavid Ricardo (1772 – 1823)

Seguidor de Smith, desenvolveu modelos que mostram como a acumulação de K +aumento da População, eleva a Y da terra, até que Rendimentos Decrescentesdiminuem de tal forma os lucros que a S se torna nula, atingindo uma economiaestacionária, com salários de subsistência e sem nenhum crescimento.

Sua análise de distribuição da Y da terra:Terra é limitada! Quando a menos fértil é ocupada, surge o aumento da Y da terra +

Era pessimista com relação ao futuro do Klismo

Terra é limitada! Quando a menos fértil é ocupada, surge o aumento da Y da terra +fértil. Logo, a Y da terra é determinada pela produtividade das terras menos férteis!

Klista 1Klista 1Terras + FérteisTerras + Férteis

Custo Prod = Custo Prod = -- 5.0005.000Y terra = Y terra = -- 500500

Receita = 10.000Receita = 10.000Lucro = 4.500Lucro = 4.500

Klista 2Klista 2Terras Terras -- FérteisFérteis

Custo Prod = Custo Prod = -- 7.8007.800Y terra = Y terra = -- 200200

Receita = 10.000Receita = 10.000Lucro = 2.000Lucro = 2.000A

um

enta

A

um

enta

P

op

ula

ção

Po

pu

laçã

o Klista 2Klista 2Terras + FérteisTerras + Férteis

Custo Prod = Custo Prod = -- 5.0005.000Y terra = Y terra = -- 1.0001.000Receita = 10.000Receita = 10.000

Lucro = 4.000Lucro = 4.000

Ano 2Ano 2Klista 2 Klista 2 propõepropõe

pagar mais pagar mais Y terra paraY terra paraproprietário proprietário da terra + da terra +

fértilfértil

Teoria dos Rendimentos Decrescentes

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Os ClássicosDavid Ricardo (1772 – 1823)

Devido à limitação das terras férteis e às previsões de aumento da população, terrasmenos férteis passam a ser ocupadas por novos Klistas. Estes logo se propõe a pagarmais pela Y da terra aos proprietários das mais férteis,... Diminuindo o lucro doscapitalistas das terras mais férteis e aumentando a Y dos proprietários destas.

� Ricardo levou em conta o crescimento da população com base em estatísticas dosEUA (população dobrava a cada 25 anos), influenciado por Malthus� Não contava com a inovação tecnológica na agricultura para aumentar oferta de� Não contava com a inovação tecnológica na agricultura para aumentar oferta dealimentos...

Teoria das Vantagens Comparativas

Também analisou o comércio entre as nações. Concluiu que:“O comércio entre as nações depende das dotações relativas dos fatores de produção”

PaísHoras trabalho por unidade de:

TECIDO VINHO

Portugal 90 80

Inglaterra 100 120

� Portugal deve se especializar na produção de VINHO, pois economiza 10h em relação à produção de tecido, aumentando o BES de sua população;� Inglaterra deve especializar-se em TECIDO, pois poupa 20h na produção de vinho >>> aumentando BES� Se Portugal competir com a Inglaterra em TECIDO, ambos perdem (não haverá comércio entre as nações)

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Os Clássicos

Thomas Malthus (1766 – 1834)

Teoria da População:A produção cresce em progressão ARITMÉTICAA população cresce em progressão GEOMÉTRICA

Aumento da POPULAÇÃO = PROBLEMASolução: advogouSolução: advogou

� Uso de anticoncepcionais� Adiar casamentos� Limitação voluntária de filhos em famílias POBRES� Aceitava guerras e pestes como úteis

� Base da pesquisa populacional = EUA (População dobrava a cada 25 anos)

�Não contava com o avanço da tecnologia na agricultura...

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Os Clássicos

John Stuart Mill (1806 – 1873)

Foi o grande sintetizador do Pensamento Clássico. Sua obra, a mais estudada da época,incorporou mais elementos institucionais;Definiu as restrições, vantagens e o funcionamento de uma Economia de Mercado.

� Também ficou conhecido como Precursor do Socialismo... por lançar a idéia de que é melhor ao mercado permitir, aos

trabalhadores, o acesso ao consumo, via aumento de salários.

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Os Clássicos

Jean Baptiste Say (1768 – 1832)

Francês, retomou a obra de Smith, ampliando-a;Subordinou o problema das trocas de mercadorias à sua produção, e popularizou achamada “Lei de Say”: “A oferta cria sua própria demanda”Aumento Prod >> aumento Y trab + Klista >> aumento C >>>> aumento Produção.

Outras Premissas:� O equilíbrio econômico será sempre preservado se as forças de mercado puderem agir livremente;� O mecanismo de sistema de preços é capaz de, sozinho, garantir o equilíbrio econômico;� Toda e qualquer oferta gera sua própria demanda;� Qualquer desemprego é voluntário;� O fato de a coletividade estar produzindo, significa que está se preparando para consumir.

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Versão Clássica da Demanda por Moeda

Para Say e os Clássicos:Motivos de Demanda por moeda:

� Não coincidência entre fluxos de pagamentos e recebimentos� Imprevisibilidade de despesas futuras

Função de Demanda por Moeda:

L = k . P . RN Premissas Clássicas:

Renda NacionalNíveis de PreçosMultiplicador (Proporção média dos encaixes)Demanda Agregada por Moeda

K e RN tendem a se manter constantes no CP

Política Monetária no Modelo Clássico

PP’

P’’

M’’ M’M

Conclusão dos Clássicos:

A Demanda por Moeda (L), no CP, varia diretamente com o Nível Geral de Preços (P)

Logo, uma Política de Oferta Monetária (M) é adequada para controlar P, mas inócua para promover o Desenvolvimento Econômico

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Versão Keynesiana da Demanda por Moeda

Para Keynes:1930 – Economia Mundial em grande Depressão (crash Nyse)1936 – Keynes publica “A TEORIA GERAL DO EMPREGO, DO JURO E DA MOEDA” >>Revolução Keynesiana

Para Keynes: O principal fator responsável pelo volume de emprego é... o NÍVEL DE PRODUÇÃO NACIONAL de uma Economia.... Que é determinado.... Pela DEMANDA AGREGADA (ou efetiva)DEMANDA AGREGADA (ou efetiva)... Ou seja, inverte o sentido da Lei de Say (oferta gera sua própria demanda)

� Não existem forças de auto-ajustamento no mercado (Mão Invisível);

� Torna necessária a intervenção do Estado (através de políticas de gastos públicos –contratar uma equipe para abrir valas.... Outra para fechar)....... O que significa o fim doLaissez-Faire da época classista....

� é o chamado Princípio da Demanda Efetiva

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Versão Keynesiana da Demanda por Moeda

Para Keynes:

Motivo Especulação (Consols – Títulos de Renda Fixa à época 1936)Aumenta Demanda Títulos Aumenta Oferta Títulos

Motivos de Demanda por moeda:� Motivo Transação� Motivo Precaução� Motivo ESPECULAÇÃO

Inelásticos em relação à taxa i

Elástico em relação à taxa i

Aumenta Demanda Títulos Aumenta Oferta Títulos

t1 t2 t3Tit Vlr Face = 100.000 Vlr Face = 105.000 Vlr Face = 95.000Renda Fixa/mês = 3.000 Renda Fixa/mês = 3.000 Renda Fixa/mês = 3.000Tx i = 3% a. m. Tx i = 2,85 % a. m. Tx i = 3,15% a. m.

Motivo Especulação:Varia inversamente às expectativas sobre o comportamento futuro das Tx i Keynes observou:Quando aumenta Preço tít >> cai Tx i – agentes propensos a reter mais moeda (aumenta L por especulação)

Quando cai Preço tit >> aumenta Tx i – agentes diminuem saldos monetários para fins especulativos, comprando mais títulos

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Política Monetária no Modelo Keynesiano

i

I’

Região Clássica: Inelástica à tx de juros

Armadilha de Liquidez : Política monetáriaexpansionista inócua, porque agentes não acreditamque a taxa de juros vai cair ainda mais...

L

i

I’

M’M

• ocorrendo uma expansão da Oferta Monetária de M para M’, L não será afetada num primeiro momento, jáque não ocorreu qualquer expansão nos níveis de Y• O excesso de moeda será usado para especulação, provocando um deslocamento positivo na demandapor títulos no mercado financeiro, aumentando o P dos títulos disponíveis• Como Tx i e P títulos varia inversamente, a moeda deslocada para fins especulativos provocará umaredução na tx i• Com o tempo, aumenta M porque mais agentes estão dispostos a reter $, aumentando q M paraespeculação, fazendo a Tx i retornar aos patamares anteriores• Mas, a temporária redução da tx i viabilizou projetos de Investimento no mercado real, aumentando osníveis de emprego, Y, produção...

L

LM

Logo, no Modelo Keynesiano a PolíticaMonetária é eficaz na promoção doDesenvolvimento Econômico, além de serimportante ferramenta para controlar P

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FIM DA PRIMAIRA PARTE

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SOCIALISMO

Séc. XIX� consolidação do Modelo Klista >> Indústrias >> Transf. Mundo do trabalho� Precárias condições dos trabalhadores� Pré-condição para o surgimento da TEORIA SOCIALISTA >> uma reação aos:

� Princípio da Economia Política Clássica� Políticas de Liberalismo Econômico� Políticas de Liberalismo Econômico

Socialistas� A produção Klista é estabelecida a partir da Propriedade Privada, Meios de Produção e Exploração da Mão de Obra >> o que é incapaz de socializar a riqueza produzida....

�... Permitindo a Concentração da Renda (por se apropriar do excedente das riquezas produzidas pelos trabalhadores)

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SOCIALISMO10 Metade do Séc. XIX – Socialismo Utópico:

�Pregavam a necessidade de mudanças profundas >> para uma sociedade + justa, sociedade + justa, igualitária e fraternaigualitária e fraterna ( bandeira da Revolução Francesa)� Não apresentam os meios concretos pelos quais esta sociedade se estabeleceria...� Não fizeram uma análise crítica da evolução da sociedade Klista.

UTÓPICOS:UTÓPICOS:

Charles Fourier:� Defendia a organização da sociedade em “Falanstérios”, espécie de reunião de Klistas, proprietários e trabalhadores, cada qual recebendo o equivalente à sua produção...

� a criação de uma “comunidade modelo”, hotel de veraneio com oficinas de passatempo...

� Seus projetos não saíram do papel >>> Fourier não foi levado à série!

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SOCIALISMORobert Owen:Klista, dono de várias fábricas >> preocupado com problemas sociais, defendia:

� construção de casas p/ funcionários� participação no lucro das empresas (PLR)� menor jornada de trab de 10,5h diárias (era de 14h)� escolas p/ filhos de funcionários

� Implantou uma colônia em Indiana (EUA) p/ aplicar suas idéias. Não deu certo.

Atitudes que o incluem na lista dos Socialistas Utópicos

� Implantou uma colônia em Indiana (EUA) p/ aplicar suas idéias. Não deu certo.� Tbém ficou conhecido como PATRÃO ESCLARECIDO!

Louis Blanc:Defendia a interferência do Estado p/ modificar a economia e a sociedade.

Imaginava a criação de “ateliers” ou “oficinas nacionais”, que associariam trabalhadores da mesma profissão onde, com o apoio do Estado, poderiam enfrentar a concorrência de grandes empresas.

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SOCIALISMOSaint Simon:Desejava a planificação da Economia>>>> visando beneficiar a classe trabalhadora

� Para ele, a indústria deveria atender aos interesses da maioria = os + pobres� Defendia, também, a extinção do direito à herança

Proudhon:

Influenciou Marx ....

Combatia seus próprios colegas socialistas >>>> pois acreditava que dentro do próprio Klismo estava a solução para uma sociedade + justa. Acreditava no Klismo BOM:� As falhas do Klismo não estariam na produção >>>> mas na produção;� defendia crédito sem juros, via bancos populares;� defendia permitir aos trabalhadores acesso aos meios de produção (pequenas empresas)� defendia a libertação da classe trabalhadora.

Publicou “Filosofia da Miséria”

Marx, criticando, publicaria “A Miséria da Filosofia”

Socialismo Utópico (Características):� Conjunto de ideias que se caracteriza pela crítica ao Klismo, muitas vezes de forma ingênua e inconsistente;� Busca a igualdade entre os indivíduos;� em linhas gerais, combate a propriedade privada dos meios de produção;� Ausência de fundamentação científica.

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SOCIALISMO CIENTÍFICO (MARXISTA)

Reagindo contra idéias românticas, superficiais e ingênuas dos utópicos, Karl Mar e Friedrich Engels desenvolveram a TEORIA SOCIALISTA, partindo da análise crítica e científica do próprio Klismo.

Não se preocuparam em pensar como seria uma sociedade ideal. Sua atenção voltou-se em compreender a própria dinâmica do Klismo:

� as origens do Klismo� a acumulação prévia de K� a consolidação da produção Klista� a consolidação da produção Klista� e (o mais importante) suas contratições

� Perceberam que o Klismo seria inevitavelmente superado e substituído� Isto ocorreria na medida em que, na sua dinâmica evolutiva, o Klismo necessariamente geraria os elementos que acabariam por destruí-lo� a classe trabalhadora, ao desenvolver sua consciência histórica, teria papel decisivo na destruição da ordem Klista e burguesa;

� O Socialismo seria uma etapa intermediária, porém necessária, para uma SOCIEDADE COMUNISTA!

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SOCIALISMO CIENTÍFICO (MARXISTA)

Marx e Engels acreditavam numa Sociedade Comunista:

� o maior estágio da evolução humana� Inexistência de classes sociais� “ de propriedade privada� “ do Estado (instrumento da classe dominante)� Existiria completa igualdade entre os homens

NÃO É UM SONHO IMPOSSÍVEL >>>> mas realidade concreta e inevitável!

10 Passo: Organização da Classe Trabalhadora1848 – Manifesto Comunista 1867 – O Capital (10 volume, os outros 2 seriam publicados postumamente por Engels)

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Princípios Básicos do Socialismo Marxista

Teoria da Mais-Valia: Onde se demonstra a maneira pela qual o trabalhador é explorado na produção Klista.

Teoria do Materialismo Histórico: Onde se evidencia que os acontecimentos históricos são determinados pelas condições materiais da sociedade.

Teoria da Luta de Classes: Onde se afirma que a história da sociedade Teoria da Luta de Classes: Onde se afirma que a história da sociedade humana é a história da luta de classes, ou o conflito permanente entre exploradores e explorados.

Teoria do Materialismo Dialético: Onde se percebe o método usado por Marx para compreender a dinâmica das transformações históricas.Por exemplo, assim como a morte é a negação da vida, toda forma social encerra em si os germes de sua própria destruição. LULU SANTOS: Como uma onda no mar “nada do que foi será, do jeito que já foi um dia... Tudo passa, tudo sempre passará...

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Princípios Básicos do Socialismo Marxista

“O que Marx determinou como sua finalidade foi descobrir asintrínsecas tendências do sistema Klista, suas leis internas demovimento e, assim fazendo, ele esquivou-se do fácil, porémmenos convincente, método de se alongar sobre suas evidentesimperfeições.

Em vez disso, erigiu o mais rigoroso, o mais puro Klismoimaginável e dentro deste rarefeito e abstrato sistema, com umKlismo imaginário no qual todos os defeitos óbvios da vida realtinham sido removidos, ELE INICIOU SUA LUTA.

Pois, se pudesse provar que o melhor possível de todos os Klismostambém estava fadado ao desastre, com certeza seria fácildemonstrar que o Klismo real seguiria o mesmo caminho, só quemais depressa”.

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A Trajetória de Marx

Karl Heinrich Marx (Trier, 05/05/1818 – Londres 14/03/1883)

� Cientista social, historiador e revolucionário� Desenvolveu um conjunto de idéias sociais, econômicas epolíticas� Suas idéias originais foram, com frequência, obscurecidas pelas tentativas deadaptar seu significado a circunstâncias políticas as mais variadas.adaptar seu significado a circunstâncias políticas as mais variadas.

� Aos 17 anos >>> noivo de Jenny von Westphalen, que despertou em Marx ointeresse pela literatura romântica e pelo pensamento político de Saint Simon;

�Fazia direito em Bonn >>> aos 18 anos seu pai mandou-o para a Universidadede Berlin >>> onde abandonou o romantismo pelo Hegelianismo

�HEGEL “A produção e a troca de produtos é a base de toda ordem social. Em cada sociedade queapareceu na história, a distribuição de produtos (e com ela a divisão da sociedade em classes) édeterminada pelo que é produzido >>> como é produzido >>> e como o produto é trocado. Originador ouresponsável pelas mudanças sociais e revoluções políticas, não é o impulso à justiça e eterna verdade dohomem >>> mas a mudança nos modos de produção e troca. Mudanças sociais não devem ser vistaspela FILOSOFIA, mas pela ECONOMIA de sua época concernente”.

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A Trajetória de Marx� Participou do grupo “Jovens Hegelianos”, que tinha como bandeira:

�Crítica radical ao Cristianismo� implicitamente, oposição liberal à autocracia prussiana

� 1842 – Com a carreira acadêmica vetada pelo governo prussiano >>> redatordo influente Rheinische Zeitung, em Colônia, jornal liberal apoiado porempresários renanos;� Seus insistentes artigos sobre questões econômicas, bombardeando o governo>>> levaram à intervenção do jornal (fchto) >>>> Marx emigrou p/ França.>>> levaram à intervenção do jornal (fchto) >>>> Marx emigrou p/ França.

� Em Paris, fins de 1843 – contato com várias seitas socialistas francesas� Dirigiu Deutsch-Französiche jahrbücher, anuário franco-germânico quepretendia ser uma ponte entre o nascente socialismo francês e as idéias dosHegelianos.

� Durante seus 10s meses em Paris >>> tornou-se COMUNISTA CONVICTO!Passou a registrar suas idéias e novas concepções em uma série de escritos quemais tarde ficariam conhecidos como Oekonomisch-Philosophischen Manuskripte

(inéditos até 1930).

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A Trajetória de Marx� Esboça concepção humanista do comunismo, baseada num contraste entre:

� A natureza alienada do trabalho no Klismo� uma sociedade comunista na qual os humanos desenvolveriam livrementesua natureza em produção comunista.

� Também em Paris, iniciou parceria c/ Friedrich Engels, p/ toda a vida.

� Fins de 1844 >>> expulso de Paris >>> transferiu-se p/ Bruxelas por 3 anos.� Fins de 1844 >>> expulso de Paris >>> transferiu-se p/ Bruxelas por 3 anos.Dedicou-se ao estudo intensivo da história >>> Teoria do Materialismo Histórico>>> na qual prevê o colapso do modo de produção Klista, e sua substituição peloComunismo.

�Ingressou na Liga Comunista Internacional.

� Na conferência da Liga, em Londres (fins de 1847), recebeu a incumbência deescrever o Kommunistische Manifest, publicado em 1848.

�O Manifesto é a expressão mais sucinta das concepções da Organização... Eapelo à REVOLUÇÃO >>>> uma onda de revoltas varreu a Europa!

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O MANIFESTO COMUNISTA� O Manifesto Comunista (1848) - Estrutura simples:

� Uma breve Introdução� 3 Capítulos� Uma rápida Conclusão

A Introdução:

� Fala, com um certo orgulho, do medo que o Comunismo causa nos� Fala, com um certo orgulho, do medo que o Comunismo causa nosconservadores;� o “fantasma” do comunismo assusta os poderosos e une, em uma “SantaAliança”, todas as potências da época� revela um lado positivo: o reconhecimento da força do Comunismo. “Se assusta

tanto, é porque tem alguma presença. Daí a necessidade de expor o modo

comunista de ver o mundo e explicar suas finalidades, tão deturpadas por aqueles

que o “demonizam””.

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O MANIFESTO COMUNISTA

Parte I: “Burgueses e Proletários”

� Faz um resumo da história da humanidade até os dias de então, quando 2classes sociais antagônicas dominam o cenário

� A grande contribuição deste capítulo é a descrição das enormes transformaçõesque a burguesia industrial provoca no mundo: mundializando o comércio, anavegação, os sistemas de comunicações...navegação, os sistemas de comunicações...

�“O desenvolvimento capitalista libera forças produtivas nunca antes vistas, mais

colossais e variadas que todas as gerações passadas em conjunto”

�De fato, nos últimos 40 anos do Séc XIX, foram produzidos mais objetos do queem toda a produção econômica anterior, desde os primórdios da humanidade.

� A produção em si não é ruim.... Ruim é a forma como ela é distribuída!

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O MANIFESTO COMUNISTA

Parte II: “Proletários e Comunistas”

� Faz uma espécie de relativização do papel dos comunistas junto ao proletariado:

“Os comunistas não formam um partido à parte, oposto a outros partidos

operários, e não têm interesses que os separam do proletário em geral”

� Você não precisa abrir mão de sua preferência partidária, crença religiosa, time� Você não precisa abrir mão de sua preferência partidária, crença religiosa, timede futebol preferido... para se tornar um comunista....Objetivo: unir todos os proletários, independentemente de suas preferências

pessoais!

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O MANIFESTO COMUNISTA

Parte III: “Literatura Socialista e Comunista”

� Faz fortes críticas às diferentes correntes socialistas da época.

� O Manifesto corta com a afiada faca da ironia 3 tipos de socialismo da época:

-o Socialismo Reacionário (socialismo feudal, pequeno burguês e soc. Alemão)

- o Socialismo Conservador e Burguês (da burguesia que tenta salvar os dedos, jásem os seus ricos anéis – “fui à falência, então vou virar comunista...”)

- o Socialismo e Comunismo Utópico

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O MANIFESTO COMUNISTA

Conclusão: “Posição dos Comunistas diante dos diferentes Partidos deOposição”

� Termina triunfalista e animado, conclamando: “PROLETÁRIOS DE TODOS OSPAÍSES, UNI-VOS!”

� Curiosamente, retoma a idéia do “fantasma” ao desejar que “as classesdominantes tremam diante de uma Revolução Comunista”dominantes tremam diante de uma Revolução Comunista”

- O “fantasma” do comunismo assombrava a Europa, e o Manifesto procuracontestar todos os estigmas que a classe dominante jogava sobre ele:- os comunistas querem acabar com toda a propriedade, inclusive com a pessoal;- os comunistas querem acabar com a família e a educação;- os comunistas querem socializar as mulheres.

Se o sujeito ficasse em dúvida no primeiro estigma, balançasse no segundo, após

o terceiro fugiria do comunismo como o diabo de água benta...

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A Trajetória de Marx� 1848 – Após o Manifesto, Marx muda-se novamente para Paris, onde arevolução eclodira primeiro >>> e em seguida para a Alemanha, onde fundou, denovo em Colônia, o NOVA GAZETA RENANA.

� Com a onda revolucionária, seu jornal foi proibido >>> e Marx buscou asilo emLondres, em maio de 1849 (iniciou a longa e insone noite de exílio, que durou todaa sua vida)

� Em Londres, mostrou-se otimista em relação à iminência de uma nova ondarevolucionária na Europa. Voltou a participar de uma Liga Comunista Renovada.

� Durante a primeira metade da década de 1850 >>> a família de Marx moravanum pequeno apartamento em Londres, em condições de extrema pobreza.

� Dos 6 filhos, só 3 meninas sobreviveram

� Principal fonte de renda: Engels (que tinha bons rendimentos com negócios dealgodão de seu pai, em Manchester)

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A Trajetória de Marx� Fonte de renda suplementar: artigos semanais que escrevia para o New York

Daily Tribune

� Início de 1860 >>> herança recebida melhora a vida, um pouco.

� 1869 >>> passa a dispor de uma renda suficiente e constante, assegurada porEngelsProdução teóricaProdução teórica

� Entre 1857-1858 redige um manuscrito de 800 páginas, um esboço inicial quepretendia ocupar-se de capital, propriedade agrária, trabalho assalariado, Estado,comércio exterior e o mercado mundial... (manuscrito publicado em 1941, como “Esboços daCrítica da Economia Política”)

� Em 1860 >>> escreve 3 grossos volumes intitulados “Teoria da Mais-Valia”

� Só em 1867 publica os primeiros resultados de seu trabalho no primeiro livro deO CAPITAL, dedicado ao estudo do processo Klista de produção (os outros 2 volumesestavam inacabados. Marx trabalhou neles pelo resto de sua vida. Engels os publica, postumamente)

� Morreu em 1883

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3 Parte – Internacionalização do K

“Tudo o que consideramos até agora é, afinal de contas, apenas História.A evolução do mundo regulado e codificado do Séc. XVII para o atomísticoKlismo de mercado descrito por Smith; o iminente escape do Klismo daeconomia dominada pelos donos de terras previsto por Ricardo; ou asuper populosa sociedade de subsistência duvidosa temida por Malthus; apresumida autodestruição prenunciada por Marx; a crônica tendênciadepressiva dissecada por Keynes – todas estas aventuras e desventurasdo Klismo, por mais interessantes que sejam, sofrem a falta de um certodo Klismo, por mais interessantes que sejam, sofrem a falta de um certoelemento de suspense, pois sabemos a cada momento da história qualserá a consequência. Ficamos, então, colocados em uma posiçãodesconfortável. No momento em que nos voltamos para a economiamoderna, não estamos mais discutindo as idéias que ajudaram a darforma ao nosso passado: é nossa própria sociedade, nosso própriodestino, a herança de nossos filhos que está na balança”.

Heilbroner, Robert

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3 Parte – Internacionalização do K

John Atkinson Hobson (1858 – 1940)

1902 publicou “Imperialism” >>> Devastador, a mais contundente crítica contra osistema de lucros que jamais fora escrita!!!

E Marx? O pior que Marx dissera era que o sistema destruiria a si mesmo.

O que Hobson sugeria era que o sistema Klista poderia destruir o mundo (emO que Hobson sugeria era que o sistema Klista poderia destruir o mundo (em1902)!!!!!!!!!!!

Hobson: � precursor de Schumpeter e Keynes� “Imperialism” inspirou Lênin (Rev. Russa – 1917)

� era um homenzinho frágil, preocupado com problemas de saúde, e atormentado por um problema de fala que o deixava nervoso quando fazia palestras. Nasceu em 1858, tímido e retraído, fez carreira em Oxford, Inglaterra.

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3 Parte – Internacionalização do KHobson via o processo do “imperialismo” como uma inexorável e incansável

tendência do Klismo de resgatar a si mesmo de um dilema auto-imposto(concentração Y e acumulação K), uma tendência que necessariamente envolvia aconquista do comércio estrangeiro e que, portanto, envolvia de forma inevitável orisco constante de guerra.

Nunca antes fora proposta uma acusação moral tão profunda ao Klismo!

Qual a substância da acusação de Hobson????????

Dizia que o Klismo encarava uma dificuldade interna insolúvel, e que era forçado avirar “imperialismo”, não por desejo de conquistar territórios, mas para assegurarsua própria sobrevivência econômica!

Esta dificuldade interna do Klismo era um aspecto do sistema que recebera,surpreendentemente, pouca atenção no passado: a desequilibrada distribuição dariqueza!

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3 Parte – Internacionalização do KA desigualdade de ganhos levava ao mais estranho dos dilemas:

“Uma situação paradoxal na qual nem ricos e nem pobres podem consumir suficientemente

os produtos”

� Os pobres não podem consumir o bastante porque seus ganhos são pequenos demais� Os ricos não conseguem consumir o suficiente em função de sua restrição física...

“Para equilibrar seu próprio mercado, uma economia precisa consumir tudo o que produz:“Para equilibrar seu próprio mercado, uma economia precisa consumir tudo o que produz:cada produto deve ter um comprador. Mas, se o pobre não tem $ o bastante para consumirnada além do mínimo essencial, quem vai comprar o resto? Obviamente, o Rico! Masenquanto o rico tem $, não possui a capacidade física para tanto consumo”. Hobson

Logo: RICOS são FORÇADOS A POUPAR (Provar: sujeito tem $ 100 milhões aplicados...)

E, esta POUPANÇA = PROBLEMA >>>>>> Como empregar tais poupanças?????

Resposta Clássica: “Investir em mais fábricas >> mais produção >> mais Y >> mais C.....

... Mas, Hobson via uma dificuldade no caminho:

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3 Parte – Internacionalização do K“Pois se a massa de pessoas já tinha problemas para comprar todos os produtos

lançados no mercado, como (perguntava Hobson) poderia um Klista sensato

investir em equipamentos que iriam lançar ainda mais produtos em um mercado já

saturado?” (fábricas de coca-cola nos EUA >>> abrir filiais no exterior >>> K perdeidentidade nacional...)

O que fazer?????????? (a resposta de Hobson foi engenhosa:)

“As poupanças automáticas dos ricos poderiam ser investidas (“As poupanças automáticas dos ricos poderiam ser investidas (de modo que os faria

lucrar mais, sem o problemático incômodo de mais produtos no mercado local) ... no EXTERIOR!

ESTA É A GÊNESE DO IMPERIALISMO!

“A empreitada dos grandes controladores da indústria, no sentido de alargar o

canal para o fluxo de seus lucros, procurando mercados estrangeiros e

investimentos no estrangeiro, que consumirão os produtos e o K que não podem

ser investidos e consumidos internamente”

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3 Parte – Internacionalização do KO resultado é DESASTROSO:

Pois não é apenas uma nação que está mandando seus lucros para as “colônias”>>> todas as nações Klistas estão no mesmo barco >>> instala-se uma corridapara repartir o mundo, com cada nação tentando conseguir para seus investidoresos mais ricos e lucrativos mercados

• África: se torna um mercado (e fonte de matéria prima barata) a ser dividida entre osKlistas da Inglaterra, Alemanha, Itália e BélgicaKlistas da Inglaterra, Alemanha, Itália e Bélgica

• Ásia: tornou-se um rico bolo a ser dividido entre Japão, Rússia e Holanda

• Índia: tornou-se o fundo de quintal da indústria inglesa

• China: torna-se uma Índia para o Japão

O “IMPERIALISMO” pavimenta a estrada para a guerra (estamos em 1902), através de um processosórdido no qual as nações Klistas competem para o escoamento de sua riqueza ociosa!

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PÓS-GUERRAAs MULTINACIONAIS provocam 2 mudanças na internacionalização geral do K:

1. Mudaram o seu curso geográfico >> no “Imperialismo” clássico, seus objetivoseram focalizados em ganhar acesso às matérias primas ou aos mercados paraseus produtos básicos >>>

Agora, no Pós-Guerra, as multinacionais voltam-se para bens de alta tecnologia,nas quais são líderes mundiais (Informática, produtos químicos...)nas quais são líderes mundiais (Informática, produtos químicos...)

• 1897 >> 50% K dos EUA investido em plantações, ferrovias, mineração...

• 1995 >> +50% investido em manufaturas.... ¾ do K dos EUA é destinado aoCanadá, Japão e Europa

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PÓS-GUERRA2. Surgimento da incrível habilidade de combinar High Tech c/ trabalho barato e

sem treinamento

Os espantosamente complicados mecanismos que estão na base da vidaeconômica moderna (chips, placas, memórias...) podem ser produzidos (naÁsia principalmente), por meio de uso de máquinas operadas por homens quemal saíram das plantações...

CONSEQUÊNCIAS?????

Ao mesmo tempo, o novo “imperialismo” intensificou muito a competição dosistema em suas terras natais...”

... Isto porque os postos avançados de manufaturas das multinacionais nas regiõessubdesenvolvidas podem disparar produtos de baixo preço (e igual ou melhorqualidade) de volta às nações de origem!!!

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PÓS-GUERRAParece, então, que nos movemos na direção de uma ECONOMIA GLOBAL na

qual novas empreitadas de âmbito mundial coexistem de forma instável com asantigas fronteiras e prerrogativas nacionais (em amarelo = CRISES)

É um final irônico para nossa consideração do “Imperialismo” que, o movimentocujas origens estavam ligadas à idéia de aliviar as pressões sobre o K, terminepor torná-las ainda piores....

.... Processo conhecido por GLOBALIZAÇÃO

O Klismo: do começo mercantilista para um período pré industrial (de Smith paraRicardo); depois, para uma época de Klismo industrial (o que se estendeu deMill e Marx até Veblen); em seguida para um estágio de Klismo guiado ousustentado (que começou com Keynes, passou por Milton Friedman, até aprimeira década do Sec. XXI)... uma Economia Globalizada... até os dias dehoje.... um KLISMO FINANCEIRAMENTE GLOBALIZADO... e em crise!

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THE END

FIMFIMPaulo J. Körbes

[email protected]