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Page 1: 2º história

HistóriaExpansões burguesas ea reação operária

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Capítulo 1Europa do século XIX

Conexões 1. Abolição total da propriedade privada, do governo e do Estado; organização livre do povo de acordo com

as necessidades indicadas pela própria vida; derrubada de ídolos; fim de relações de dominação, simbolizada nas figuras dos “senhores e escravos”; liberdade individual.

2. Os princípios políticos presentes no texto pertencem à corrente teórica do anarquismo. 3. O primeiro trecho refere-se à Guerra Franco-Prussiana e está relacionado ao cerco das tropas prussianas

à cidade de Paris, por quatro meses, com a capitulação e o armistício francês decidido em janeiro de 1871. O segundo trecho está relacionado ao calor dos acontecimentos da época quando, sob a presença dos exércitos prussianos, o povo de Paris, espontaneamente, sem projeto prévio, tomou as ruas em manifestações de desagrado às medidas que tomava o governo provisório, como ceder as regiões da Alsácia-Lorena à Prússia e permitir a entrada triunfal das tropas prussianas em Paris. Com desprezo, Kropotkin refere-se à fuga vergonhosa do governo e de membros da administração para o Palácio de Versalhes.

4. Para marcar enfaticamente a forma como o governo — os “assassinos de Versalhes” — reprimiu a revolta, com massacres e extermínios em massa.

Exercícios complementares 5. a Em ambos, estava presente a influência do liberalismo político com ênfase em maior poder ao legislativo —

em oposição à centralização política. 6. F – V – F – F – V I. Os liberais conseguiram consolidar o Estado liberal burguês. III. A terceira afirmativa trata da Comuna de Paris, que ocorreu bem depois, em 1871. IV. O Estado burguês consolidado não se preocupou, em princípio, com programas sociais.11. a) O norte liderou a unificação a partir de uma monarquia liberal, industrializando-se com mão de obra

barata do sul. b) O êxodo rural, levando muitos desempregados a emigrar para as Américas.12. a A união aduaneira dos Estados germânicos foi fundamental para a posterior unificação alemã, concluída

em 1871.

Tarefa proposta

1. d O nacionalismo foi decorrência da Revolução Francesa e despontou como a grande ideologia do século XIX, substituindo a figura de súdito de um rei para o de cidadão de um Estado; o processo de industrialização europeia, por outro lado, criou condições para o desenvolvimento de reivindicações populares por direitos civis, políticos e sociais. 2. e A industrialização levou para as cidades levas de trabalhadores em busca de colocação nas novas fábricas, ocasionando falta de moradia e proximidade física entre as pessoas que podiam ampliar as doenças contagiosas. 3. c Segundo o autor do texto, o período de 1789-1848 caracterizou-se pelas revoluções Francesa, Industrial e liberais, que ocorreram paralelamente e alteraram profundamente as estruturas sociais, econômicas e políticas na Europa, levando à consolidação do capitalismo e do poder burguês. 4. b O reinado de Carlos X, a partir de 1824, foi o último da dinastia dos Bourbons, na França. Tentou retomar as práticas absolutistas, ao proibir a liberdade da imprensa e dissolver a Câmara, entre outras medidas, desencadeando grande mobilização popular de desagrado, que tendia a apoiar a instauração de um regime republicano. O rei viu-se obrigado a abdicar, em julho de 1830. Temerosa de um radicalismo popular, a grande burguesia colocou no trono Luís Filipe de Orléans, considerado o “rei burguês”, sob a influência do liberalismo.

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5. a Os ideais da Revolução de 1830 eram liberais, porque se opunham ao absolutismo da dinastia Bourbon, e nacionalistas, porque existia um forte sentimento popular contrário aos países-membros da Santa Aliança (Prússia, Áustria e Rússia). 6. c A classe trabalhadora operária (proletariado) já existia muito antes da Revolução de 1848; contudo, foi nesse momento histórico que os operários mostraram sua força política organizada. 7. d Os três elementos fazem parte da conjuntura política do século XIX: liberalismo político e econômico; nacionalismo, identificação de pertencimento a um país, substituindo a identidade de súdito de um rei; o socialismo, termo que engloba várias teorias que pressupõem mudanças sociais radicais na sociedade.

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28. c As revoltas que se estenderam por diversas

cidades da Europa, em 1848, refletiam realmente um duplo objetivo: por um lado, a luta liberal burguesa contra as tentativas de restauração do absolutismo monárquico e, por outro, a insatisfação popular por causa do processo de industrialização, aglutinada pelas teorias socialistas de reformas sociais.

9. d O Risorgimento foi um movimento da burguesia

dos Estados italianos, de caráter liberal, em defesa da unificação italiana.

10. e Garibaldi é considerado um dos heróis da

unificação italiana, líder que foi do grupo intitulado “camisas vermelhas”.

11. a A unificação da Itália, ou seja, a criação do Estado

nacional italiano, foi anterior ao sentimento nacionalista de “pertencer à Itália”.

12. Soma = 27 (01 + 02 + 08 + 16) (04) Giuseppe Mazzini foi um dos principais

defensores da unificação dos Estados italianos com sistema republicano, mas a unificação se deu sob governo monárquico, concluído somente em 1871, com a anexação de Roma.

13. b As unificações dos Estados alemão e italiano

ocorreram dentro do quadro de predomínio dos movimentos liberais, com forte sentimento nacionalista, do século XIX.

14. d II. As unificações ocorreram por meio de várias

guerras. 15. a As unificações consideradas “tardias” da Itália e

da Alemanha produziram enormes desgastes, principalmente por causa de limites territoriais na Europa.

16. a) Prússia. b) União econômica de diferentes regiões a partir

da quebra das barreiras alfandegárias, padronização de pesos, medidas e tarifas.

17. No fim do século XIX, a Europa era palco de diversos movimentos nacionalistas, como os da unificação da Itália e da Alemanha, além das acirradas disputas colonialistas entre as nações industrializadas por territórios na África e na Ásia. Esse cenário tornava inviável qualquer possibilidade de integração das nações europeias. Por exemplo, Bismarck, na condução do processo de unificação da Alemanha, preconizava a política do “ferro e sangue”, uma política de desenvolvimento industrial e de guerras contra as demais potências, o que expressava o grau do espírito de concorrência da Alemanha com as demais nações europeias.

18. a) Trata-se de uma referência de Engels ao papel desempenhado pelo primeiro-

ministro prussiano, Otto von Bismarck, no processo de unificação da Alemanha. b) Constituíam a nobreza latifundiária prussiana, que desejava uma unificação alemã que preservasse a forma monárquica de governo, evitando a criação de uma república com participação popular.

Capítulo 2 Reações operárias: lutas políticas

Conexões 1. O operário das fábricas e seus modos de vida e de luta têm uma história, e ela está relacionada aos trabalhadores domésticos, tecelões que trabalhavam em suas próprias casas, por exemplo, que vendiam os tecidos aos empresários capitalistas. O movimento operário da primeira metade do século XIX teria sido liderado por trabalhadores que não eram da indústria, como os próprios tecelães, seleiros, livreiros, impressores, pedreiros etc. 2. O principal argumento é o de que os trabalhadores, fossem da indústria, do comércio ou de outros setores de serviços, não eram homogêneos em hierarquia, condição, salário e modos de vida. Dessa forma, seria mais certo adotar o termo no plural.

Exercícios complementares 5. a O Manifesto comunista, de Karl Marx e Friedrich Engels, foi publicado em 1848, justamente no ano dos maiores levantes populares europeus, batizado de “primavera dos povos”, em que pela primeira vez os governos e burguesias se deram conta de que teriam de ouvir as reivindicações das classes trabalhadoras. 6. c A mais-valia é a diferença entre o trabalho realizado — salário — para produzir uma mercadoria (mais os gastos com os meios de produção) e o valor que o produto recebe quando vai ao mercado. Ou seja, seria um trabalho não pago ao produtor direto — o trabalhador. 11. a O anarquismo pressupunha a ausência do Estado como regulador da relação entre os homens, pois eles saberiam que o bem dele próprio representava a conquista do bem comum. O limite do prazer individual estaria no limite do prazer do outro indivíduo. 12. d Comunistas e anarquistas consideravam a iniciativa de empresas de criar espaços esportivos como forma de alienar os operários de sua consciência de grupo e de seus interesses de classe. Defendiam, entretanto, clubes exclusivamente de proletários, de modo que a identidade classista se mantivesse.

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Tarefa proposta 1. e A expressão “socialista utópico” foi atribuída por Karl Marx não só a vários pensadores da época, como os

socialistas Louis Blanqui e o conde de Saint-Simon, como ao primeiro que se autointitulou anarquista, Pierre-Joseph Proudhon.

2. b Marx e Engels denominaram seus projetos na categoria de “socialismo científico”, em oposição ao

socialismo “utópico” ou “romântico” dos que previam apenas melhorias nas condições de vida dos trabalhadores, sem mudar radicalmente a sociedade, como seria o caso, para eles, do conde de Saint-Simon e de Robert Owen, além de outros.

3. d A concentração de trabalhadores nas fábricas, operando máquinas, resultou no progressivo abandono da

produção artesanal, passando o tecelão a não mais dispor de tempo e condições práticas para se dedicar a outra atividade além do trabalho assalariado.

4. e O poeta destaca o fato de que os que produzem a riqueza não têm acesso a ela, na sociedade inglesa do

início do século XIX. 5. d A ascensão da burguesia ao poder político alijou os grupos mais empobrecidos da participação política,

resultando em expressivos movimentos populares por toda a Europa. Além da ascensão da burguesia ao poder político, a sociedade passou a ver com desprezo, e muitas vezes temor, os grupos populares, que os burgueses consideravam “sem classe” e sem os seus hábitos, de “civilização”, “higiene” etc.

6. a O marxismo, como ficou conhecido, pressupunha uma revolução que instauraria a ditadura do proletariado

e, posteriormente, o comunismo, que seria uma sociedade sem classes e sem a presença do Estado. Por ter buscado uma fórmula para se chegar ao comunismo, Marx e Engels denominaram seus projetos na categoria de “socialismo científico”, em oposição ao socialismo “utópico” ou “romântico” dos que previam só melhorias nas condições de vida dos trabalhadores, sem mudar radicalmente a sociedade.

7. b As teorias de Marx e Engels não eram anarquistas. Uma das diferenças entre eles é que os partidários do

chamado “socialismo científico” previam uma sociedade sem Estado, mas antes deveria se passar pela tomada do poder e ditadura do proletariado.

8. Soma = 13 (01 + 04 + 08) (02) David Ricardo não era a favor do fim das tarifas protecionistas. (16) Os economistas liberais não influenciaram o surgimento da doutrina socialista, durante o século XIX.

9. c A teoria marxista, tendo como uma de suas bases a dialética do filósofo alemão Hegel, considera que toda sociedade traz em si o seu contrário, que pode destruí-la — é o materialismo dialético. Toda sociedade é constituída de classes sociais, em resumo, de dominantes e dominados, e a luta entre elas gera mudanças sociais — surge outro tipo de sociedade. “A propriedade é um ‘roubo’” tornou-se um lema anarquista, pois, segundo seus princípios, a propriedade deveria ser coletivizada pela sociedade. 10. Soma = 28 (04 + 08 + 16)

(01) Os pensadores Karl Marx e Friedrich Engels não defenderam o liberalismo.(02) O anarquismo surgiu apenas no século XIX.

11. b Anarquismo: a doutrina prega o fim de qualquer tipo de poder, principalmente o poder do Estado. Os homens seriam livres para procurar sua própria felicidade, tendo como única barreira a felicidade do outro (afirmativas III e V); socialismo utópico: também considerado socialismo romântico ou reformista, pressupunha manter o sistema com melhorias sociais (afirmativas I e IV); comunismo: denominado pelos seus idealizadores como “socialismo científico”, pressupunha a divisão da sociedade em classes que se opunham e preconizava uma revolução, com a criação da ditadura do proletariado para posteriormente abolir o Estado (afirmativa II).12. b Os preceitos anarquistas consideravam que o Estado deveria ser extinto, claro na frase “Para nós, a autoridade não é necessária à organização social”.13. a O anarquismo prega a liberdade total, o fim de qualquer tipo de poder, principalmente o poder do Estado. Os homens seriam livres para procurar sua própria felicidade, tendo como único limite a liberdade do outro.14. d

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Os anarquistas estavam convictos de que só a liberdade de todos poderia construir uma sociedade mais justa. O homem saberia que o bem dele representava a conquista do bem comum, daí a harmonia ou solidariedade, sem a presença do Estado ou de qualquer poder, como o da Igreja. 15. Diferenças: os anarquistas contestavam as classes sociais, as tradições e principalmente o Estado, fossem de qualquer natureza. Semelhanças: são ideologias surgidas no século XIX em decorrência das condições sociais geradas pela Revolução Industrial, propondo o comunismo como alternativa ao capitalismo. Diferenças: enquanto os comunistas afirmavam a necessidade de um período de “ditadura do proletariado” para se chegar ao comunismo, os anarquistas argumentavam que todo Estado é, por natureza, opressor e acreditavam ser possível passar diretamente do capitalismo ao comunismo.

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16. a) A negação do poder do Estado, a crítica ao poder coercitivo do Estado e a ideia do internacionalismo.

b) Tanto os marxistas (socialistas científicos) quanto os anarquistas propunham a solução da exploração da classe trabalhadora por meio da passagem do capitalismo ao comunismo.17. a) Várias ideias podem ser associadas aos anarquistas na Europa do século XIX, dentre elas, a de que a educação deve ser um agente revolucionário e ter como objetivo destruir tudo que oprime e explora o ser humano. Outra ideia central do movimento anarquista é a da primazia do indivíduo sobre a sociedade, da qual decorre a noção de que o indivíduo é único e que possui, por sua natureza, direitos que não podem ser discutidos por nenhuma forma de organização social.O movimento também se posiciona contra o sistema de representação característico das democracias liberais, afir-mando a ação direta do indivíduo na sociedade. As ideias anarquistas também contemplam a crítica a todas as formas de preconceitos morais e ideológicos, com isso pretendiam fazer do indivíduo um ser sem condicionamentos mentais, garantindo a sua total liberdade. Desse modo, podemos sintetizar assim essas ideias: defesa de uma sociedade baseada na liberdade dos indivíduos, solidariedade, coexistência harmoniosa, propriedade coletiva, autodisciplina, responsabilidade (individual e coletiva) e forma de governo baseada na autogestão.

b) Os anarquistas defendem a tese de que, em vez de se apoderarem do Estado, os trabalhadores devem lutar pela sua abolição radical e imediata. Da mesma forma, acreditam que deve ser abolido todo tipo de autoridade política opressora da liberdade humana. Preconizam a autogestão. E também concordam com a organização dos indivíduos. Essa organização deve levar em conta a ação consciente e voluntária de seus membros, promovendo a total igualdade, de modo a limitar as formas tradicionais de domínio político. Os anarquistas defendem desde o século XIX a criação de sociedades mutualistas, cooperativas, associações de trabalhadores (sindicatos e confederações), escolas, colônias e experiências de autogestão.

18. b Nitidamente, dirigia-se aos ideais socialistas

divulgados no século XIX, em particular o anarquismo e o comunismo.

Capítulo 3América na era do capitalismo

Conexões 1. A pesquisa pode ser realizada em parceria com

o professor de geografia, pois, nesta matéria, há um estudo mais detalhado do tema.

2. Espera-se que seja desenvolvida uma discussão sobre as causas do embargo estadunidense a Cuba e seus reflexos políticos e econômicos na atualidade.

Exercícios complementares 5. a) Em 1824, ao comparar os Estados Unidos com a França, Lafayette opunha uma república federativa a uma monarquia constitucional restaurada. Os ideais liberais da Revolução Francesa — a descentralização dos poderes, a igualdade jurídica, o princípio de representação, a garantia das liberdades individuais — estavam mais vivos nos Estados Unidos do que na própria França, onde, com a restauração dos Bourbons (desde 1815) e a ascensão ao trono de Carlos X (1824), monarquistas e conservadores tentavam restabelecer os privilégios do antigo regime: foram decretadas leis que permitiam à Igreja controlar a educação, nobres que sofreram prejuízos durante a revolução estavam sendo indenizados e a imprensa sofria censura. b) A história dos Estados Unidos, na primeira metade do século XIX, foi marcada pelo início da expansão territorial em direção ao oeste e pela crescente oposição política, social e econômica entre os estados do norte e os do sul. As questões mais controversas às quais se opunham esses estados eram a política econômica e o trabalho escravo. Foi o desenvolvimento econômico da União que fez divergirem o norte e o sul. O nordeste industrializava-se, e o sul permanecia agrícola e voltado para fornecer matérias-primas ao mercado externo. Politicamente, isso significava que os representantes do norte (e do oeste) passavam a defender no Congresso uma política alfandegária protecionista. O inte-resse dos latifundiários sulistas era exatamente o contrário: desde o fim do século XVIII, a produção de algodão havia se tornado uma monocultura para exportação, tornando seus produtores dependentes da venda de suas safras aos industriais têxteis ingleses. Defendiam no Congresso o livre- -comércio e baixas tarifas alfandegárias. 6. a) A economia estadunidense na segunda metade do século XIX passou a sofrer a ação de trustes, holdings e cartéis, que inviabilizavam a livre concorrência, dando início ao capitalismo monopolista. b) Os governos de vários presidentes ao longo do século XIX criaram créditos para a indústria, expandiram o território do país para atender a interesses econômicos e intervieram em vários países para ampliar o mercado consumidor e garantir suprimentos de matérias-primas para a indústria.

11. e A política oligárquica dos países latino-americanos não foi apoiada pela burguesia industrial; em alguns casos, praticamente inexistente (a); a exploração de prata em Potosí é apenas um

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elemento da história política e econômica da América Latina e não explica o funcionamento de todos os países latino-americanos (b);os caudilhos não empreenderam políticas desenvolvimentistas (c); a política oligárquica não promoveu a diversificação da economia e a dinamização do mercado interno (d).

12. d A política do big stick é posterior ao processo de

independência política dos Estados Unidos (a) e à Guerra de Secessão (b) e anterior à Guerra Fria (c/e).

Tarefa proposta 1. b Após a Guerra de Secessão, os Estados Unidos,

unificados e com mão de obra livre, entraram definitivamente no mundo industrial, con-correndo com outras potências europeias na partilha do mundo.

2. a Os Estados Unidos, após a guerra entre o norte

(vencedor) e o sul (derrotado), investiram na industrialização, na expansão territorial e na tentativa, bem-sucedida, de domínio político e econômico no continente americano.

3. d Após consolidar-se como nação independente, os

Estados Unidos passaram a atuar, durante o século XIX, como potência imperialista em sua zona de influência: a América Latina.

4. b A disputa política e econômica existente entre os

estados do sul e do norte dos Estados Unidos foi agravada pela disputa do modelo a ser adotado nos novos estados, criados em decorrência da expansão territorial para o oeste.

5. c Os conflitos por terras envolvendo Estados Unidos

e México foram os mais expressivos, pois garantiram ao governo estadunidense os territórios dos atuais estados da Califórnia, Novo México, Arizona, Utah, Nevada, Wyoming e parte do Colorado.

6. a) O avanço estadunidense para o oeste, no século XIX, decorreu de uma série de fatores: a imigração europeia era extremamente volumosa; os comerciantes nortistas desejavam aumentar seus mercados em direção ao oeste; o surgimento do ouro na Califórnia, o que causou uma grande corrida pela riqueza fácil; as ferrovias expandiram-se para todos os lados, mas desejavam, em especial, atingir a costa oeste; os criadores de gado sempre buscando novos pastos; com o crescimento da população e das exportações, os produtores necessitavam de novas terras, e as terras do oeste eram a melhor solução. Nesse contexto, as tribos indígenas eram consideradas um obstáculo às intenções dos colonizadores. A ideologia do Destino Manifesto justificava a famosa frase da época: “Îndio bom é índio morto”.

Dessa forma, os nativos passaram a ser massacrados e dizimados pelos colonizadores. b) O oeste do território dos Estados Unidos representa a identificação nacional do povo: lá morava o homem livre, explorador, corajoso, democrático, religioso. Representa a preservação de um passado “glorioso” para os estadunidenses. Muitos historiadores fazem a seguinte comparação: o far west está para o povo estadunidense assim como a Idade Média está para o povo europeu. A literatura, o cinema a mídia em geral exaltam esse passado. Mesmo com a matança dos nativos da terra, os meios de comunicação e entretenimento destacam a figura mítica do herói livre, forte e destemido (cowboy).

7. A imigração europeia para a América, a partir da segunda metade do século XIX, está vinculada principalmente às guerras de unificação da Itália e da Alemanha. Além disso, a carência de mão de obra para as lavouras agroexportadoras americanas pode ser relacionada ao incentivo dado pelas elites locais à vinda dos imigrantes europeus. 8. a O populismo é um fenômeno político-social surgido na América Latina no século XX. 9. e O México tornou-se monarquia em 1821 sob o comando de Itúrbide, ao passo que o Brasil adotou a monarquia em 1822, mantendo-a até 1889, sob a autoridade de Pedro I.10. b O objetivo principal da Doutrina Monroe era impedir a expansão da influência política e econômica europeia na América Latina.

11. a) A doutrina do Destino Manifesto justificou as intervenções militaristas no Pacífico e no Caribe ao afirmar que Deus havia dado aos Estados Unidos o direito de se expandirem pelo mundo e intervirem em qualquer país com o pretexto de civilizá-lo. b) Econômica: a presença de empresas estadunidenses nas atividades primárias e a construção do canal do Panamá para facilitar e baratear o transporte de mercadorias entre o oceano Atlântico e o Pacífico.

12. A Emenda Platt resultou do apoio dado pelos Estados Unidos à independência de Cuba em relação à Espanha (guerra entre Espanha e Estados Unidos em 1898). Os estadunidenses tinham investimentos nas produções de açúcar e tabaco de Cuba. O final foi favorável aos Estados Unidos, e o Tratado de Paris, de 1898, acabou com o domínio espanhol sobre Cuba e Porto Rico, este último anexado aos Estados Unidos. Cuba manteve-se independente, mas foi obrigada a incluir em sua Constituição a Emenda Platt, que permitia aos estadunidenses interferir militarmente no país caso sentissem seus interesses ameaçados. A expansão mais radical dos Estados Unidos ocorreu a partir do início do século XX, no governo de Theodore Roosevelt (1901--1909), começando por interferir na independência do Panamá, que pertencia à Colômbia, e tomou a frente da construção do

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canal do Panamá, rota importantíssima de ligação do oceano Atlântico ao Pacífico, concluída em 1914.

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13. Cuba tornou-se independente com a intervenção americana; contudo, foi submetida à Constituição americana (Emenda Platt).

14. d A teoria do Destino Manifesto justificou

biblicamente a expansão territorial para o oeste e as intervenções políticas protagonizadas nos países da América Latina. A Doutrina Monroe, com o ideal da “América para os americanos”, buscou coibir a influência política e econômica de países europeus na América Latina. A política do big stick justificava as intervenções militares dos Estados Unidos na América Latina.A Emenda Platt instituía o direito de intervenção militar dos Estados Unidos em Cuba.

15. e O mapa mostra as ocupações, guerras e

anexações estadunidenses na América Central.16. b A política intervencionista dos Estados Unidos não

se relacionou com o Canadá (a), com os países europeus (b), asiáticos (c) e com o Brasil (d).

17. c O canal do Panamá foi um ato de imposição da

vontade dos Estados Unidos. Nas Antilhas e na América Central brotaram governos ditatoriais, logo após as independências locais. Por fim, o big stick era uma política externa agressiva do governo do presidente Theodore Roosevelt. Dessa forma, estão erradas as alternativas a, b e d.

18. a) Foi um agressivo modelo de política externa praticado pelos EUA no governo do presidente Theodore Roosevelt, espe-cialmente contra países hispano-americanos. Tal política se baseava na imposição da vontade do governo dos Estados Unidos pela força militar.

b) As regiões do Caribe e das Filipinas eram estratégicas porque poderiam fornecer importantes bases militares estadunidenses, que garantiriam a defesa dos interesses dos EUA na América Central e no oceano Pacífico, além de sua posição privilegiada em relação às rotas comerciais marítimas.

Capítulo 4Oimperialismo

Conexões 1. Quando os historiadores se referem à Índia, nos

séculos XVIII e XIX, na verdade estão se referindo ao sul da Ásia, que não era unificado nem tinha um soberano comum a todas as sociedades dessa vasta região. Nas entrelinhas, o autor quer dizer que o nome “Índia” é assim indicado pelos historiadores ocidentais porque foi a Companhia Inglesa das Índias Orientais que mais se destacou na conquista do comércio da região, que provavelmente assim se referiu ao vasto território por não conhecer realmente suas especificidades internas. 2. Os historiadores britânicos consideram que a conquista da — por eles denominada — Índia foi involuntária, ou seja, não tinha propósitos

definidos anteriormente, como projeto de Estado. Esse propósito só ocorreu a partir da segunda metade do século XIX, com o imperialismo. 3. O principal argumento dos historiadores nacionalistas indianos identificava, desde o século XVIII, uma colonização deliberada, projetada, pensada pelos ingleses para submeter, pela força, vários povos do sul da Ásia, de modo a transformar para os moldes ocidentais suas estruturas políticas, sociais e culturais. 4. Baseado em pesquisas de historiadores atuais, o autor considera que, no período em questão (entre meados do século XVIII e meados do XIX), o expansionismo inglês tentava obter o maior lucro possível ao menor custo, dentro da estrutura preexistente daquelas sociedades. Não havia uma política clara de subjugar os denominados indianos à cultura britânica ocidental.

Exercícios complementares 5. d O imperialismo exercido pelas principais potências industriais europeias na segunda metade do século XIX se deu sobre a África e partes da Ásia, ao mesmo tempo que os Estados Unidos se lançaram sobre a América Central, e o Japão sobre áreas asiáticas. Estados Unidos e Japão também disputariam o controle de ilhas no oceano Pacífico norte. 6. e A Inglaterra não tinha motivos para proteger sua economia por ser a única a ter mercadorias industrializadas, não havendo concorrente que lhe fizesse frente. A defesa do livre-comércio e da livre concorrência, portanto, fazia com que a população inglesa comprasse alimentos mais baratos. 11. b A partilha da África entre as potências industrializadas não considerou as diferenças étnicas e culturais anteriormente existentes.12. b O ópio era quase o único produto comprado pelos chineses, e os ingleses lhes impuseram, pela guerra, a manutenção do seu consumo, que havia sido proibido pelo governo chinês.

Tarefa proposta 1. a Estão contidos aí os três principais interesses imperialistas por colônias.

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2. e A Argélia foi um território colonizado pela França.

A Índia é historicamente reconhecida como um centro comercial de especiarias. A Inglaterra, ao dominar a Índia, impôs medidas restritivas, diminuiu as tarifas alfandegárias para facilitar as exportações de seus produtos para essas regiões e destruiu as indústrias têxteis e os costumes locais.

3. b Nas últimas décadas do século XIX, os países

industrializados tinham interesse nas riquezas minerais de territórios da Ásia e da África, onde existiam povos com culturas bem diferentes da cultura ocidental. Consideravam essas sociedades “selvagens” e “bárbaras”. Convenceram-se de que a civilização era a única forma de salvar essas regiões, sendo esse um poderoso argumento ideológico.

4. a) Neocolonialismo ou imperialismo. b) A colonização do século XIX atendia às

necessidades decorrentes da industrialização, sobretudo da Segunda Revolução Industrial, tais como a expansão de mercados e de capitais excedentes e a obtenção de fontes de matérias-primas. No século XVI, a colonização europeia restringiu-se basicamente à América, orientada pelas necessidades do mercantilismo.

5. Os dois estados não europeus são: Estados Unidos e Japão. Ambos participaram do jogo de poder no Extremo Oriente.

6. a) A base do argumento racista era incoerente porque, embora os britânicos se considerassem superiores aos indianos, ambos possuíam a mesma origem étnica. Além disso, o racismo era incapaz de explicar por que a miscigenação só havia enfraquecido as raças superiores e não fortalecido as inferiores.

b) Imperialismo pode ser entendido como a dominação dos países europeus sobre o resto do mundo por meio da política colonialista, levando à partilha da África e da Ásia, o endividamento dos países da América Latina e do Caribe por meio de empréstimos feitos pelos países industrializados e a busca de fontes de matéria-prima para as indústrias da Europa.

7. d Os ingleses desenvolveram ensaios científicos na

Índia, que procuravam comprovar a superioridade dos ingleses sobre os demais povos. As principais justificativas ideológicas para o imperialismo foram baseadas na teoria da eugenia e na pretensa tese da superioridade do branco. Segundo essa tese, os brancos devem impor a civilização aos países e raças em que ela não pode nascer espontaneamente.

8. a) A partir da leitura do enunciado, vemos que o desenvolvimento da genética, no início do século XX, deu um estatuto científico à eugenia. A partir de então, segundo o texto citado, pareceu ser possível o cruzamento seletivo dos seres humanos segundo o processo mendeliano. Pode-se dizer, então,

que naquele momento o desenvolvimento da genética favoreceu o desenvolvimento do racismo, sob uma aparência científica. b) Um dos traços marcantes da política externa europeia do fim do século XIX é o imperialismo, a expansão colonial rumo à África e à Ásia. Ao favorecer o desenvolvimento do racismo, a ciência do fim do século XIX forneceu uma justificativa pretensamente científica para o domínio europeu sobre os povos colonizados, baseada na superioridade dos brancos europeus em relação a africanos e asiáticos.

9. d Na década de 1880, muitos países europeus estavam convencidos de que a civilização era a única forma de salvar a África do que eles consideravam como “selvageria” e “barbárie”. Obviamente esse era o argumento ideológico; havia também interesses econômicos poderosos, principalmente relacionados a riquezas minerais, como ferro, fundamentais para a indústria europeia. Para dividir o território, organizou-se uma conferência, em Berlim, capital da Alemanha, entre 1884 e 1885, da qual participaram 13 países europeus e mais os Estados Unidos e a Turquia, cabeça do Império Otomano.

10. a) Uma razão para o início da Guerra dos Bôeres, considerando--se os seguintes elementos: a disputa entre ingleses e bôeres pelo controle das áreas de mineração de ouro e de diamantes; o interesse inglês em dominar as rotas de comércio que vinham da Índia e passavam pela região; o objetivo britânico de afirmar o domínio sobre determinadas áreas em face do crescimento da influência de outros grupos europeus na África — em especial os alemães, que se expandiam na região meridional do continente e haviam financiado os bôeres na construção de ferrovias em fins do século XIX. b) Embora militarmente derrotados, os bôeres obtiveram o controle político de diversas províncias no pós-guerra, pois eram majoritários entre a população branca de várias dessas províncias, e os negros não tinham o direito de votar.

11. São características que definem o imperialismo: concentração de capitais, formando grandes monopólios que interferem decisivamente na vida econômica mundial; fusão do capital industrial com o capital bancário, criando o capital financeiro; exportação de capitais (que substitui, em importância, a expor-tação de mercadorias); partilha do mundo entre as grandes nações europeias capitalistas; disputas por pontos estratégicos do mercado mundial; impulso de ideologias que justificam a dominação do mundo, como o racismo e a crença na missão civilizatória do europeu; divisão internacional do trabalho.

12. a) Em meados do século XIX, mais especificamente por volta da década de 1870, a Europa passou pela Segunda Revolução Industrial. Esse novo impulso tecnológico,

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caracterizado pelo desenvolvimento de novas fontes de energia (hidrocarbonetos e eletricidade) e novos materiais (aço, alumínio e

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polímeros sintéticos), acarretou um impressionante aumento produtivo, que levou à busca por mercados consumidores, matérias-primas, mão de obra barata, além do investimento de capital excedente por parte das economias industriais europeias. Sendo assim, continentes como África, Ásia e Oceania foram alvo do chamado colonialismo do século XIX ou imperialismo, que se acelerou nas décadas finais do século XIX e teve seu apogeu durante o período entreguerras (1918-1939). Não podemos negligenciar, todavia, outros interesses europeus no continente africano, nesse mesmo contexto. A África foi lugar que, para além das ambições econômicas europeias, serviu de palco para a atuação de missionários religiosos, exploradores, cientistas, cartógrafos, aventureiros, e ainda território para o despejo de milhares de degredados.

b) A Conferência de Berlim, ao estabelecer as regras para a partilha da África, ignorou por completo as múltiplas culturas e etnias presentes naquele continente, constituindo unidades políticas com fronteiras arbitrárias e artificiais, que, somadas às expropriações territoriais inerentes a um processo violento de conquista, acabaram por separar tribos aliadas e aglutinar grupos historicamente rivais. Após os processos de descolonização, iniciados com o colapso das economias europeias no pós-Segunda Guerra Mundial, a formação dos Estados nacionais africanos tendeu a copiar as antigas fronteiras estabelecidas pelos europeus e a reproduzir as antigas formas de dominação estruturadas pelas autoridades metropolitanas. Sendo assim, os problemas étnicos e nacionais que a África enfrenta atualmente remontam indiscutivelmente ao seu passado colonial, de modo que os conflitos tribais, que há muitas décadas vêm sangrando o continente, agravaram-se pela disputa entre grupos rivais pelo butim político-administrativo construído pelas potências europeias. Em outras palavras, ascender ao status de elite política dominante significa controlar os valiosos recursos naturais presentes em seus países, ainda muito valorizados pelas atuais potências industriais.

13. a) A questão refere-se ao pan-africanismo como resposta à Conferência de Berlim, que realizou a partilha do continente africano pelas nações europeias, no século XIX. Este item aborda os supostos valores comuns empregados pelo pan-africanismo, como os sugeridos pelo enunciado: a ideia de nação continental e de pátria comum; a unidade entre os diferentes povos, superando as diferenças e reivindicando a autonomia para os africanos. b) Podem ser caracterizados dois processos distintos: o colonialismo do século XVI e o imperialismo do século XIX. Quanto ao primeiro, podem-se citar, entre outros aspectos, a liderança espanhola e portuguesa, a escravidão, o estabelecimento das rotas comerciais em direção ao Oriente e a fundação de colônias na costa africana. Quanto ao imperialismo do século XIX, podem-se citar a liderança de britânicos e franceses, o discurso da superioridade europeia e a busca de novas áreas de exploração de matérias-primas, de exportação de capitais e de mercados consumidores.

14. d Os ingleses citados trabalhavam nas possessões coloniais inglesas do século XIX. Assim, foi mediante experiências de dominação e controle que o método de impressão digital é, até hoje, um dos mais eficazes e simples para identificar uma pessoa.15. d A Guerra da Coreia ocorreu em outro contexto e em outra época: na década de 1950, durante a Guerra Fria.16. b Os chineses foram especialmente críticos e lúcidos em relação à entrada dos ocidentais em seu território, pois viam somente como curiosidade seus costumes. Um dos únicos produtos que aceitavam era o ópio, produzido nas Índias.17. e O colonialismo europeu do fim do século XIX e início do XX teve como característica a cooptação de grupos locais para controlar o resto da população. Muitas vezes, entretanto, a guerra foi a única forma de executar a dominação, como no caso da China, pois as elites chinesas não aceitaram os acordos propostos pelos europeus.

18. a) Às culturas africanas e asiáticas, diferentes dos padrões ocidentais à época da colonização europeia na África e na Ásia a partir do fim do século XIX. b) Os princípios do “fardo do homem branco” e da “missão civilizadora”, fundamentados na superioridade racial e cultural europeia. Tais princípios tiveram embasamento na teoria da evolução das espécies, decorrendo daí o “darwinismo social”.

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