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  eBooksBrasil Distúrbios de Letras Vicente Martins Versão para eBook eBooksBrasil.com Fonte Digital Documento do Autor ©2002 — Vicente Martins [email protected]  ÍNDICE O Autor 1. Introdução 2. A Dislexia e a educação especial 3. A Dislexia e a delinqüência juvenil  4. A dislexia e o Projeto Genoma Humano  5. A dislexia e o ensino da lectoescrita  6. A dislexia e a formação dos docentes  7. Biblio rafia 

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eBooksBrasil

Distúrbios de LetrasVicente Martins

Versão para eBookeBooksBrasil.com

Fonte Digital

Documento do Autor©2002 — Vicente Martins

[email protected] 

ÍNDICE

O Autor 1. Introdução 2. A Dislexia e a educação especial3. A Dislexia e a delinqüência juvenil 4. A dislexia e o Projeto Genoma Humano 5. A dislexia e o ensino da lectoescrita 6. A dislexia e a formação dos docentes 7. Biblio rafia 

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DISTÚRBIOS DE LETRASVICENTE MARTINS

O AUTOR  

Vicente Martins é Professor de Lingüística daUniversidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) commestrado em educação pela UFC. Coordena, desde1995, o Núcleo de Estudos Lingüísticos e Sociais(NELSO/UVA).

1. IntroduçãoEstima-se que, no Brasil, cerca de 15 milhões de

pessoas têm algum tipo de necessidade especial. Asnecessidades especiais podem ser de diversos tipos:mental, auditiva, visual, físico, conduta ou deficiênciasmúltiplas. Deste universo, acredita-se que, pelomenos, noventa por cento das crianças, na educaçãobásica, sofram com algum tipo de dificuldade deaprendizagem relacionada à linguagem: dislexia,disgrafia e disortografia. Entre elas, a dislexia é a demaior incidência e merece toda atenção por parte dosgestores de política educacional, especialmente a de

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educação especial.A dislexia é a incapacidade parcial de a criança ler

compreendendo o que se lê, apesar da inteligêncianormal, audição ou visão normais e de serem oriundasde lares adequados, isto é, que não passem privaçãode ordem doméstica ou cultural. Encontramosdisléticos em famílias ricas e pobres.

Enquanto as famílias ricas podem levar o filho a umpsicólogo, neurologista ou psicopedagogo, umacriança, de família pobre, estudando em escola pública,tende a asseverar a dificuldade persistir com otranstornos de linguagem na fase adulta. Talvez, poressa razão, isto é, por uma questão de classe social, adislexia seja uma doença da classe média, exatamenteporque, temporão, os pais conseguem diagnosticar adificuldade e partir para intervenções médicas epsicopedagógicas.

2. A Dislexia e aeducação especial

No âmbito das instituições da Educação Básica, noBrasil, relatos de professores registram situações emque crianças, aparentemente brilhantes e muitointeligentes, não podem ler, escrever nem têm boaortografia para idade. Nos exames vestibulares, ascomissões executivas descrevem casos “bizarros” (àsvezes, motivo de chacotas) em que candidatosapresentam baixo nível de compreensão leitora ou aortografia ainda é fonética (baseada na fala) einconstante.

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Assim, urge a realização de testes de leitura nasescolas públicas e privadas, desde cedo, de modo adiagnosticar e avaliar a dificuldade de leitura.

Por trás do fracasso escolar ou da evasão escolar,sempre há fortes indícios de dificuldades deaprendizagem relacionadas à linguagem. Nos casos deabandono escolar, em geral, também, verificamoscrianças que deixam a escola por enfrentaremdificuldades de leitura e escrita.

A dispedagogia, isto é, o desconhecimento porparte dos professores, pais e gestores educacionais, doque é a dislexia e suas mazelas na vida das crianças edos adultos também só piora a aprendizagem daleitura de seus alunos. Infelizmente, a legislaçãoeducacional (CF, LDB, resoluções etc) não trata asdiversas necessidades especiais dos educandos deforma clara, objetiva, pragmática e programática. Suaomissão tem de certa forma dificultado açõesgovernamentais por parte dos gestores, do professorao secretário de educação. A Constituição Federal, por

exemplo, ao tratar sobre a educação especial diz: “Odever do estado com a educação será efetivadomediante a garantia de atendimento educacionalespecializada aos portadores de deficiência,preferencialmente na rede regular de ensino” (Artigo208, III, CF). E perguntaria ao leitor: uma criança,com dislexia, isto é, com dificuldade de ler bem, é umportador de deficiência? Claro que não. A Lei 9.394/96,

a de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,apresenta uma melhor redação sobre a matéria. Dizassim: “O dever do estado com a educação escolarpública será efetivado mediante a garantia deatendimento educacional especializado gratuito aoseducandos com necessidades especiais,

preferencialmente na rede regular de ensino” (Art. 4o,

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LDB). Melhorou e, em muito, porque faz referências àsnecessidades especiais.

Chegamos, por dedução ou exegese jurídica, àconclusão de que a dislexia é uma necessidadeespecial. Mas qual a natureza dessa necessidadeespecial? Por exclusão, diríamos que uma criança comdislexia não é portadora de deficiência nem mental,física, auditiva, visual ou múltipla. O disléxico,também, não é uma criança de alto risco. Uma criançanão é disléxica porque teve seu desenvolvimentocomprometido em decorrência de fatores comogestação inadequada, alimentação imprópria ounascimento prematuro. A dislexia tem um componentegenético, exceto em caso de acidente cérebro-vascular(AVC).

Ser disléxico é condição humana. O disléxico pode,sim, ser um portador de alta habilidade. Daí, em geral,os disléticos, serem talentosos na arte, música, teatro,deportes, mecânica, vendas, comércio, desenho,construção e engenharia. Não se descarta ainda que

venha a ser um superdotado, com uma capacidadeintelectual singular, criativo, produtivo e líder. Odisléxico pode, também, ser um portador de condutatípica, com síndrome e quadro de ordem psicológica,neurológica e lingüística, de modo que sua síndromecompromete a aprendizagem eficaz e eficiente deleitura e escrita, mas não chega a comprometer seusideais, idéias, talentos e sonhos. Por isso, diagnosticar,

avaliar e tratar a dislexia, conhecer seu tipo, suanatureza, é um dever do Estado e da Sociedade e umdireito de todas as famílias com crianças disléxicas emidade escolar.

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3. A Dislexia e adelinqüência juvenil

Uma dificuldade de leitura pode levar uma criança àdelinqüência juvenil? Cremos que sim. Há uma relaçãomuito estreita entre leitura e pensamento, entre leiturae atitude e mais estreita ainda é a relação entrerechaço e maus leitores, de que modo que asinvestigações recentes, na psicopedagogia, apontampara um grau de contiguidade entre leitura edelinqüência juvenil.

O comportamento do delinqüente, no meio escolar,em geral está associado com alguma dificuldade deaprendizagem relacionada à linguagem. As criançascom dificuldade parcial de ler bem, quase sempre, sãoalunos isolados, mas alunos que procuram superarsuas limitações lingüísticas com comportamentos maisagressivos, rebeldes e violentos.

As notas baixas nas disciplinas escolares refletemmuito as limitações cognitivas e lingüísticas dos mausleitores, mas a destreza no esporte, na arte, muitasvezes podem, doutra sorte, revelar um sentimento derebeldia que pode perdurar na fase adulta. Não háaqui, intenção de estabelecer dicotomia oumaniqueísmo, todavia os maus leitores sãopotencialmente os alunos que mais oferecerãoproblemas de indisciplina ao setor psicopedagógico daescola.

Durante dois anos observamos e constatamos queas dificuldades de leitura e a delinqüência juvenil sãotipos de problemas que caminham juntos e, portanto,exigem uma intervenção por parte dos agentes e

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autoridades educacionais. Uma política de leitura nãoapenas compensaria o déficit cultural dos alunos comotambém iria engajá-los no discurso da sociedade dainformação.

Enquanto isso, sobra a difícil tarefa dedomesticação de atitudes dos alunos por parte dosabnegados professores, em particular, os da redepública de ensino, que se deparam hoje não apenascom dificuldades domésticas, materiais e pedagógicasnas salas de aula, mas têm, também, como tarefaárdua o enfrentamento da questão social a que aescola pública está inserta. Refiro-me à delinqüência juvenil revelada na gangs e nas brincadeiras violentase agressivas no meio escolar.

Muitos alunos cometem atos anti-sociais nãoporque são pobres ou por passarem privação cultural,e sim, porque, estando nas escolas (sejam públicas ounão), não têm rendimento escolar e padecem comtranstornos de linguagem como as dificuldades de ler eescrever bem e, conseqüentemente, têm baixo

rendimento na avaliação escolar. Quanto mais acriança é inculta, mais propensa à violência pormotivos frívolos e banais. Quanto mais a criança éarisca, mais tímida para os embates da vida.

Na minha rápida passagem pela rede estadual deensino, tomei algumas providências iniciais para otrabalho com os alunos agressivos e com problemas deconduta: a primeira, conhecer seus pais e conhecendo

sua família ter uma “etiologia” mais clara e definida daforma de intervenção pedagógica a tomar com relaçãoao educando; a segunda providência foi a de levar meualuno à consciência de suas limitações cognitivas, denatureza secundária, e mostrar-lhes, por exemplo,que, através de uma boa orientação ou reeducação daleitura, poderiam mudar as próprias atitudes, ideais

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aspirações pessoais e, finalmente, promover atravésda leitura aquisição de conhecimentos e a integraçãosocial. Quanto mais a criança compreendeideologicamente o mundo mais se envolve com umapráxis da concidadania e se inquieta com as questõesde ordem social.

Os alunos com dificuldades de leitura e, a cadatentativa, frustrados, são levados a gazear aulas e afreqüentar companhias indesejáveis. Um aluno quefracassa na leitura, fracassa também na hora de ler umproblema na matemática ou na hora de fazer umexercício de gramática. Um aluno que fracassa naleitura não encontra sentido algum em ler um Machadode Assis ou ler os versos de um Camões que estãoparafraseados na sua canção predileta de LegiãoUrbana. Um aluno que constantemente fracassa éempurrado de forma perversa para a delinqüência.

Uma última palavra: a privação da leitura interfereno desenvolvimento da personalidade dos alunos. Umaluno com deficiência de leitura é triste e deprimido,

agressivo e angustiado, potencialmente umdelinqüente.Numa sociedade de informação, ler ou escrever

bem é condição de superação da desigualdade social:se alguns duvidam da tese, eis a rede mundial decomputadores revelando um mundo de novasocupações fundadas na fluência verbal e nacomunicação eficaz. Se desejarem, voltaremos ao

assunto.A dislexia e a intervenção pedagógica 

Nos últimos sete anos, venho desenvolvendoestudos sobre a contribuição da lingüística para odiagnóstico da dislexia e intervenção pedagógica.

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A dislexia é uma síndrome pouco conhecida e poucodiagnosticada por pais e educadores, especialmente ospedagogos e médicos, que se voltam aodesenvolvimento cognitivo das crianças na educaçãobásica (educação infantil, ensino fundamental e ensinomédio)

A dislexia é uma perturbação ou transtorno ao nívelde leitura. A criança disléxica é um mau leitor: é capazde ler, mas não é capaz de entender eficientemente oque lê.

O que nos chama atenção, à primeira vista, é queuma criança disléxica é inteligente, habilidosa emtarefas manuais, mas persiste um quadro dedificuldade de leitura da educação infantil à educaçãosuperior.

Minha estimativa, por baixo, é a de que, no Brasil,pelo menos, 15 milhões crianças e jovens sofram comdistúrbios de letras. Creio que a dislexia é a maiorcausa do baixo rendimento escolar.

A linguagem é fundamental para o sucesso escolar.

Ela está presente em todas as disciplinas e todos osprofessores são potencialmente professores delinguagem, porque utilizam a língua materna comoinstrumento de transmissão de informações.

Muitas vezes uma dificuldade no ensino damatemática está relacionada à compreensão doenunciado do que ao processo operatório da solução doproblema.

Os disléxicos, em geral, sofrem com a discalculia(dificuldade de calcular) porque encontram dificuldadede compreender os enunciados das questões.

É necessário que diagnóstico da dislexia sejaprecoce, isto é, os pais e educadores se preocupem emencontrar indícios de dislexia em criançasaparentemente normais, já nos primeiros anos de

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educação infantil, envolvendo as crianças de 4 a 5anos de idade.

Quando não se diagnostica a dislexia, ainda naeducação infantil, os distúrbios de letras podem levarcrianças de 8 a 9, no ensino fundamental, a apresentarperturbações de ordem emocional, efetiva e lingüística.

Uma criança disléxica encontra dificuldade de ler eas frustrações acumuladas podem conduzir acomportamentos anti-sociais, à agressividade e a umasituação de marginalização progressiva.

Os pais, professores e educadores devem estaratentos a dois importantes indicadores para odiagnóstico precoce da dislexia: a história pessoal doaluno e as suas manifestações lingüísticas nas aulas deleitura eescrita.

Quando os professores se depararem com criançasinteligentes, saudáveis, mas com dificuldade de ler eentender o que lê, devem investigar imediatamente sehá existência de casos de dislexia na família. A históriapessoal de um disléxico, geralmente, traz traços

comuns como o atraso na aquisição da linguagem,atrasos na locomoção e problemas de dominâncialateral.

Os dados históricos de dificuldades na família e naescola poderão ser de grande utilidade paraprofissionais como psicólogos, psicopedagogos eneuropsicólogos que atuam no processo de reeducaçãolingüística das crianças disléxicas.

No plano da linguagem, os disléxicos fazemconfusão entre letras, sílabas ou palavras comdiferenças sutis de grafia como “a-o”, “e-d”, “h-n” e “e-d”, por exemplo.

As crianças disléxicas apresentam uma caligrafiamuito defeituosa, verificando-se irregularidade dodesenho das letras, denotando, assim, perda de

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concentração e de fluidez de raciocínio.As crianças disléxicas apresentam confusão com

letras com grafia similar, mas com diferente orientaçãono espaço como “b-d”, “d-p”, “b-q”, “d-b”, “d-p”, “d-q”, “n-u” e “a-e”. A dificuldade pode ser ainda paraletras que possuem um ponto de articulação comum ecujos sons são acusticamente próximos: “d-t” e “c-q”,por exemplo.

Na lista de dificuldades dos disléxicos, para odiagnóstico precoce dos distúrbios de letras,educadores, professores e pais devem ter atenção paraas inversões de sílabas ou palavras como “sol-los”,  “som-mos” bem como a adição ou omissão de sonscomo “casa-casaco”, repetição de sílabas, salto delinhas e soletração defeituosa de palavras.

Por fim, com os novos recursos da sociedadeinformática, pais e educadores devem redobrar oscuidados. O mau uso do computador, por exemplo,pode levar a criança a ter algum distúrbio de letras.Até agora, não há estudos científicos sobre o assunto,

mas, pelo relato de pais e professores, dirigidos aomeu site [http: // sites.uol.com.br / vicente.martins],na Internet, revelam que posições pouco ergonômicasperante a um computador, pode comprometer osistema perceptivo da criança, levando à dificuldade deleitura e escrita.

Acredito também que o transporte inadequado demochilas pode também comprometer o sistema

perceptivo da crianças, de modo a embaraçar suavisão na hora de ler ou escrever

4. A dislexia e o ProjetoGenoma Humano

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A dislexia é um problema que se detecta emcrianças que sofrem dificuldades de leitura. Os testespsicopedagógicos, com uma relativa precisão,

diagnosticam as dificuldades de aprendizagemrelacionadas à linguagem. Todavia, qual a origem dadislexia ou das dislexias? Os maus leitores sãoconseqüências de maus métodos do ensino da leitura?A dislexia é hereditária?

Há uma lista interminável de causas atribuídas àdislexia. Psicólogos, oftalmologistas, neurologistas,neuropsicólogos, pediatras, pedagogos,

psicopedagogos, lingüistas, neurolingüistas epsicolingüistas, todos têm uma explicação ou umaetiologia da dislexia, apontando, entre outros fatores,problemas sócio-efetivos, visuais, auditivos, motores,neurológicos, fonológicos e, agora, com o ProjetoGenoma Humano, geneticistas europeus acreditam queas alterações cromossômicas estão associadas aotranstorno da leitura.

Como lingüista, tenho uma forte inclinação paraconsiderar que as dificuldades de leitura são problemasde consciência fonológica das crianças, na educaçãoinfantil e no processo de alfabetização escolar,indicando o déficit lingüístico como a principal causa dadislexia.

Minha investigação sobre o assunto, nos últimossete anos, revela que a incapacidade doreconhecimento dos fonemas e letras é umcomponente que pesa muito na hora de a criança ler ecompreender o que lê ou no simples ato lingüístico desoletrar palavras. Sem embargo, confesso que merendo às recentes descobertas dos quatro genesligados à dislexia.

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Chega-nos, através da revista britânica   Journal Of Medical Genetics, a informação de que são quatro osgenes de suscetibilidade à dislexia: o DYX1, o DYX2, oDYX3 e o DYX4. Observem que determino cada gene,antepondo o artigo definido em todos os símbolosgenéticos, o que significa que já foram localizados emapeados pelos pesquisadores. São genes emdiferentes posições, o que nos leva a suspeitar docaráter heterogêneo dos transtornos de leitura.

O gene de descoberta mais recente é o DYX3, docromossomo 2, que vem merecendo especial atençãodos estudiosos na área de Linguagem, especialmenteos neurolingüistas e psicolingüistas, por ser resultadode uma pesquisa levada a cabo pelo doutor TorilFagerheim, do Hospital Universitário de Tromsoe, naNoruega. O doutor Fagerheim coordenou uma equipemultinacional de médicos e descobriu o gene DYX3após estudar 36 membros de uma família noruega comantecedentes de dislexia.

O segundo passo agora é clonagem dos genes.

Clonando o gene DYX3, os geneticistas poderãodemonstrar a natureza e a freqüência dos genesenvolvidos nas alterações de leitura e linguagem.

A descoberta do gene e de seu funcionamento é deextrema importância para a pedagogia da leitura. Umavez sendo identificado um gene ligado à dislexia, nacriança em idade escolar, provavelmente nãopoderemos, ainda, oferecer uma cura, não obstante,

para a pediatria ou neurologia a intervenção médicaserá reorientada e os professores, por sua vez,poderão intervir pedagogicamente, isto é, de formamais individual, precisa e eficaz, no processo deaprendizagem da leitura.

Certo é que os pesquisadores do Projeto GenomaHumano descobrem, a cada momento, que não

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existem mais dúvidas de que componentes genéticosestão envolvidos com os transtornos de leitura eescrita. Os médicos e os profissionais da educaçãoescolar se rendem também à biotecnologia.

Uma outra pesquisa, não menos importante do quea de Toril Fagerheim, está sendo feita peloneuropsicólogo Frank Wood, da Universidade de ForestWake, e revela que outros cromossomos (6, 1, 2 e 15)têm relações com a inabilidade de algumas crianças noprocessamento do texto.

Estas descobertas genômicas, no momento, levam-nos a especulações de diversas ordens. Uma delas é aimplicação ética do fazer pedagógico. É bem provávelque, no futuro, a identificação dos leitores será feitaatravés de um microchip, que descreverá nossosdefeitos e qualidades nas habilidades lingüísticas(leitura, escrita, fala e escuta).

Estamos aqui a esperar que a lingüística setransforme em uma biotecnolingüística (o neologismo émeu) em que a dificuldade de leitura não será mais

chamada de dislexia e sim , simplesmente, desordemgenética.

A dislexia e o método de ensino 

A intervenção na reeducação das crianças disléxicaspassa necessariamente no ensino eficaz da línguamaterna. No caso do Brasil, no ensino eficiente da

língua portuguesa.É sempre útil começar um texto com perguntar. É aforço da ontologia que orienta a prática dos docentes.Eis, assim, as três questões básicas para nossareflexão sobre a temática do ensino do português noâmbito da educação básica:

— Por que a língua portuguesa deve ser ensinada

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na escola, se as pessoas, independentemente deescola, já falam o “Português” na rua, em casa, nosestádios de futebol?

— Se é papel da escola o ensino do português, queportuguês deve ser ministrado nos bancos escolares?

— Que diz a LDB sobre o valor da língua maternano processo de formação escolar?

Comecemos, então, pela última indagação.A Lei Federal 9.394/96 (a LDB), de 20 de dezembro

de 1996, estabelece a seguinte composição dos níveisescolares: I - Educação Básica, formada pela educaçãoinfantil, ensino fundamental e ensino médio e II -

Educação Superior. Não devemos, pois, falar em 1o

 grau, mas em ensino fundamental, ou 2

ograus, mas

ensino médio. É uma atualização terminológica que sefaz necessária.

Como componente do Currículo da EducaçãoBásica, a língua portuguesa é uma disciplinaobrigatória. A Lei determina que o estudo da línguaportuguesa (e matemática também) deva abranger,obrigatoriamente, o currículo do ensino fundamental emédio (Art. 26). Este português é o erudito, histórico,oficial, e de raízes européias.

Especificamente para o ensino fundamental, odomínio da leitura e da escrita são meios básicos parao desenvolvimento da capacidade de aprender nos oitoanos de ensino obrigatório.

O currículo do ensino médio, por sua vez, aponta alíngua portuguesa como: a) instrumento decomunicação; b) acesso ao conhecimento e c) exercíciode cidadania. Vejam, então, a grande missão da escolaapós onze anos de formação escolar: deve deixar seusalunos prontos para a plena comunicação e expressãoverbal, hábeis para acessar os novos meios de

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comunicação, particularmente, a linguageminformática, e desenvolver consciência critica paraenfrentar o mundo do trabalho e os desafios das novasformas de ocupação da sociedade pós-industrial.

Agora, vocês poderão me colocar os limites daescola: os limitados recursos materiais e humanos.Entre os materiais, a carência de bom materialdidático-pedagógico para alunos e professores, oespaço físico das salas de aula, a questão da merendaescolar nas escolas públicas, entre outras dificuldades.Do outro lado, a má formação de nossos professores eprofessoras, uns sem uma educação superior, outrossem ter passado por uma pós-graduação, a questãosalarial, enfim.

Muitos problemas na escola não são da escola, masda sociedade e, sendo assim, eis um desafio para acomunidade escolar: o equilíbrio, a solidariedade detodos que fazem a comunidade escolar, isto é,professores, alunos, diretores, pais, governos e todosque direta e indiretamente estão ligados à escola.

Mas, em todo caso, imaginemos uma situaçãomínima para começar (e enquanto a mobilização nasinstâncias reivindicatórias) e, seja como for, devemosdar o primeiro passo.

A escola também, não deve esquecer que paraalguns desafios pode contar como outros parceiros,como as universidades públicas, que, em muito podeajudar, por exemplos, no processo de formação dos

docentes e na abertura de entrosamente entre escola,universidade e governo. A universidade é, quasesempre, uma excelente parceira na intermediaçãoentre escola e governo.

Do ponto de vista didático, os primeiros passospara o trabalho com a língua portuguesa estão bemtraçados hoje nos Parâmetros Curriculares Nacionais

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(PCNs), do MEC. É possível, mesmo em condiçõesmateriais e humanas mínimas, se fazer um trabalhorazoável com a língua portuguesa. Nesse caso,trabalharemos com o uso e a reflexão da línguamaterna.

Para um sistema que tende a ser organizado emciclos, o uso deverá ser trabalhado no primeiro ciclo

(1a

e 2a

séries) e a reflexão no 2o

ciclo (3a

e 4a 

séries).O uso da língua como objeto de estudo do

português pressupõe respeito à fala que a criança trazà escola, isto é, papel da escola ensinar a língua

portuguesa respeito o português familiar que o alunoda interação no meio em que vive.A reflexão também leva em conta o que a criança

traz de sua família e de sua vida fora da escola e seuestudo leva a uma consciência dos processos deaquisição de linguagem como leitura e escrita. Uso ereflexão lingüística andam sempre juntos no processoensino e aprendizagem da língua portuguesa.

Para o trabalho com o uso e a reflexão da línguaportuguesa, reconhecê-la como língua histórica éfundamental. Situá-la no nosso tempo e em outrosestilos de época é salutar para que as criançaspercebam os porquês das diferenças do nossoportuguês comparados ao francês, italiano, espanhol,das semelhanças e desemelhanças lingüísticas e,sendo todas línguas-irmãs e filhas e do Latim, língua

falada na idade medieval.Além da visão histórica da língua materna, o

professor deve ter uma visão científica de sua línguaportuguesa. Assim, Ter informação científica, com basena ciência da linguagem, a Lingüística, se fazimperiosa, especialmente na educação infantil e noprocesso de alfabetização escolar, ou para colocar uma

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palavrinha mais hodierna, a leituralização escolar.Inciar o aluno no processo deleituriz\ação ou

letramento sob a égide da Lingüística é importantepara o professor porque lhe dá segurança natransmissão dos saberes e para o aluno garante umaaquisição menos arbitária e mais consciente. Aí, muitascoisas vão acontecer se o professor (ou professora)passar a ter uma postura lingüística em sala.

5. A dislexia e o ensino

da lectoescritaCumpre-nos, agora, provocar algumas reflexões

pertinentes a este momento muito especial de início deséculo. Qual o papel do professores, pedagogos,psicopedagogos, lingüistas, psicolingüistas no ensinoda leitura, na perspectiva de trabalho com os bons emaus leitores?

Surge, agora, no meio universitário, uma atmosferaacadêmica de especulações sobre a atuação dos demagistério no novo milênio. Assim, gostaria de, nesseclima, especular um pouco sobre a atuação dosprofissionais de Letras na sociedade pós-industrial.

De logo, levanto algumas questões fundamentospara nossa reflexão: teremos nós, educadores eletrados, espaço profissional na sociedade informática?O ensino de línguas sobreviverá ao desenvolvimentotecnológico persistindo o modelo trabalhado hoje emnossas salas de aula? E como fica a situação dosprofessores da rede pública de ensino, enquantoservidores estaduais, portanto, participante da

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estrutura do poder público, na nova organização docapitalismo pós-industrial?

Para responder a estas questões, permitam-me queme aproprie de três referências teóricas para estareflexão, a saber: Capitalismo desorganizado, de ClausOffe (Brasiliense), A sociedade de informática, deAdam Schaff (Brasiliense) e O Culto da Informação, deTheodore Roszak (Brasiliense).

Com certeza, na sociedade informática, nós,profissionais de Letras, não vamos desaparecerenquanto especialistas do ensino de línguas materna eestrangeira. Perderemos, sim, a natureza do nossotrabalho que vai transcender os limites escolares echegará ao novo mercado de trabalho, isto é, omercado de serviços. Claus Offe diz que nesseprocesso passaremos a participar de uma espécie de “classe de serviços”.

É possível, porém, que haja uma perda deidentidade histórica de “professor” e com ela todas asprerrogativas inerentes à tradição do magistério

(aposentadoria especial, por exemplo) e passaremos aser instrutores de português, inglês, etc. atendendo auma clientela muito variada que vai da formação deum profissional de instrução de escolar ao guia deturismo.

No que toca ao mercado de trabalho, o queeqüivale a dizer espaço de atuação profissional deLetras, no século XXI, as expectativas são otimistas,

melhor dizendo, são predominantemente otimistas,pelas seguintes razões:A sociedade informática carecerá cada vez mais de

instrutores (ou professores) de símbolos e signoslingüísticos e que lidem com pessoas na perspectiva deatenuar o trabalho individual, pesado, da produção dematerial; será intensificado o treinamento das

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habilidades associadas à Escrita e à Leitura(lamentavelmente, em detrimento da Fala e da Escuta,duas habilidades fundamentais na comunicação social)e os profissionais de Letras atuarão na formação detrabalho (na área de turismo, em particular, uma vezque na sociedade informática as pessoas terão maistempo para o lazer) resultante da política socialprovocada pelo Estado de Bem-Estar Social que vaiprocurar evitar a crise do desempenho estrutural. Emresumo, ganharemos muito com a chamada expansãodo setor de serviços.

A demanda por serviços na área de Letrascontinuará a crescer como, por exemplo, o deretreinamento ocupacional através de cursos porcorrespondência de leitura e escrita e cursos delínguas. É uma realidade que, nós, professores ealunos, já no início deste século, já nos comuniquemosmais intensamente em nossas próprias casas atravésde nossas webmails.

É possível imaginarmos ainda a seguinte situação

virtual para o futuro dos letrados, já com indícios depráxis bastante reais nos nossos dias: o professor dePortuguês, em particular de Redação escrita, não sódando notas aos alunos eletronicamente mas tambémse comunicando com eles a qualquer hora do dia ou danoite e, talvez, observando, via on-line, se um textoestá sendo bem estruturado, obedecendo uma planilhapreviamente negociada entre professor e aluno e

processado tudo na tela do vídeo, fazendo sugestõesque possam auxiliar à distância.A escrita, na perspectiva de um Theodore Roszak,

exigirá a intervenção docente uma vez que qualquertentativa randômica, isto é, de produção textualaleatória, comunicará palavras, informações, menosidéias e significados que levem em conta as intenções

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do emissor. E nós, sabemos que, por trás de um textobem escrito, exige muito suor, muito ziguezague, ida evolta e um olhar, uma leitura preliminar do professor eseu jeito de acompanhar o sucesso ou o insucesso doaluno tem muito a ver com a aprendizagem.

O ensino de línguas, da escrita, em particular, exigeda escola do futuro o professor nos moldes modernosde hoje: observador, leitor das intenções dos alunos eseu maior interlocutor. Enfim: a escrita e a leitura sãoduas habilidades escolares que trazem consigo umaespontaneidade biológica, dependem de um fluxonatural, numa palavra: dependem do diálogo humanolivre.

Se analisarmos o contexto da sociedade informáticasob a ótica capitalista, ou melhor, dos fabricantes doscomputadores, a situação do ensino da Escrita e daLeitura, no século XXI, será avassaladora: oscomputadores farão tudo, inclusive ajudar na produçãosignificativa de um texto escolar. No entanto, há nessaespeculação mais folclore do que verdade.

De qualquer maneira, sua propaganda no meioescolar poderá trazer conseqüências funestas, entre asquais a de fazer que um profissional, por exemplo,letrado, creia que a escrita pode ser realmente, umaquestão de processamento de informação e não deidéias e mais uma vez reafirmo: um texto vai além deinformações.

A sintaxe de um texto não é apenas uma relação

sintagmática de, substantivos e adjetivos, verbos esujeitos, mecânica; daí, dificilmente os computadoresesgotarem, no futuro, todas as possibilidades derelações de interdependência da frase (concordância,regência e colocação) porque mais do que coerência deregras ou de imposição de normas ou coerçõesgramaticais há intenção, estilo, de natureza

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imaginativa, criativa, subjetiva e que surpreende todasas determinações da realidade objetiva ou descritiva.

Para não demorar mais sobre essas especulações,diria que está claro que, no Século XXI, profissionaisque hoje estão se formando em Filosofia, História eLetras terão grande espaço no mercado de trabalho.

Seremos nós, que dentro ou fora da escola,auxiliaremos as pessoas a perguntarem sobre as suasperspectivas de vida e nós, de Letras, seremos aindamais significativos, porque todas as profissões dofuturo são baseadas no literacy  (capacidade de ler eescrever).

Por fim, diria que somente com a lectoescrita, istoé, com as habilidades de leitura e escrita, as pessoasserão capazes de superar as dificuldades deaprendizagem relacionadas à linguagem (dislexia,disgrafia e disortografia), de acessar os livros, as idéiasdos livros contidas ou não nos computadores, insights éticos e visão social do mundo que a lógica dainteligência artificial não conseguirá decifrar a partir de

um rubor, de uma piscadela ou de um gaguejar querevelem a natureza do problema do estudante e sejamponto de partida para o magistério do professor-aluno.

A dislexia e a formaçãodos docentes

Os docentes das crianças disléxicas são aquelesque, além da competência, habilidade interpessoal,equilíbrio emocional, têm a consciência de que maisimportante do que o desenvolvimento cognitivo é o

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desenvolvimento humano e que o respeito àsdiferenças está acima de toda pedagogia..

Eis então os dez passos na direção de umapedagogia do desenvolvimento das crianças disléxicas

1o

- Aprimorar o educando como pessoa humana -A nossa grande tarefa como professor ou educador nãoé a de instruir, mas a de educar nosso aluno comopessoa humana, como pessoa que vai trabalhar nomundo tecnológico, mas povoado de corações, dedores, incertezas e inquietações humanas.

A escola não pode se limitar a educar peloconhecimento destituído da compreensão do homem

real, de carne e osso, de corpo e alma.De nada adianta o conhecimento bem ministradoem sala de aula, se fora da escola, o aluno se torna umhomem brutalizado, desumano e patrocinador dabarbárie.

Educamos pela vida como perspectiva de favorecera felicidade e a paz entre os homens.

2o

- Preparar o educando para o exercício dacidadania - Se de um lado, primordialmente, devemoster como grande finalidade do nosso magistério oministério de fazer o bem às pessoas, fazer o bem épreparar nosso para o exercício exemplar e pleno dacidadania.

O cidadão não começa quando os pais registramseus filhos no cartório nem quando os filhos, aosdezoito anos, tiram suas carteira de identidade civil, acidadania começa na escola, desde os primeiros anosda educação infantil e se estende à educação superior,nas universidades; começa com o fim do medo deperguntar, de inquirir o professor, de cogitar outraspossibilidades do fazer, enfim, quando o aluno aprendea fazer fazer, a construir espaço de sua utopia e criar

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um clima de paz e bem-estar social, política eeconômico no meio social.

3o

- Construir uma escola democrática - A gestãodemocrática é a palavra de ordem na administração

das escolas. Os educadores que atuarão no novomilênio devem ter na gestão democrática um princípioem que não arredam pé, não abrem mão.

Quanto mais a escola for democrática, maistransparente. Quanto mais a escola é democrática,menos erra, tem mais acerto e possibilidade deatender com eqüidade as demandas sociais. Quantomais exercitamos a gestão democrática nas escolas,

mais no preparamos para a gestão da sociedadepolítica e civil organizada.Aqui, pois, reside uma possibilidade concreta:

chegar à universidade e concluir um curso de educaçãosuperior e estar preparado para tarefas de gestão nagoverno do Estado, nas prefeituras municipais e nosórgãos governamentais.

Quem exercita a democracia em pequenas

unidades escolares, constrói um espaço próprio ecompetente para assumir responsabilidades maiores naestrutura do Estado. Portanto, quem chega àuniversidade não deve nunca descartar a possibilidadede inserção no meio político e poder exercitar a melhorpolítica do mundo, a democracia.

4o

- Qualificar o educando para progredir no mundodo trabalho - Por mais que a escola qualifique seusrecursos humanos, por mais que adquira o melhor domundo tecnológico, por mais que atualize suas açõespedagógicas, era sempre estará marcando passo frenteàs novas transformações cibernéticas, mas a escola,através de seus professores, poderá qualificar oeducando para aprender a progredir no mundo do

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trabalho, o que eqüivale a dizer a oferecerinstrumentos para dar respostas, não acabadas(porque a vida é processo inacabado) às novasdemandas sociais, sem medo de perdas, sem medo demudar, sem medo de se qualificar, sem medo do novo,principalmente o novo que vem nas novas ocupações eempregabilidade.

5o

- Fortalecer a solidariedade humana - É papel daescola favorecer a solidariedade, mas não asolidariedade de ocasião, que nasce de uma catástrofe,mas do laço recíproco e cotidiano e de amor entre aspessoas. A solidariedade que cabe à escola ensinar é a

solidariedade que não nasce apenas das perdasmateriais, mas que chega como adesão às causasmaiores da vida, principalmente às referentes àexistência humana.

Enfim, é na solidariedade que a escola podedesenvolver, no aluno-cidadão, o sentido de suaadesão às causas do ser e apego à vida de todos osseres vivos, aos interesses da coletividade e às

responsabilidades de uma sociedade a todo instantetransformada e desafiada pela modernidade.

6o

- Fortalecer a tolerância recíproca - Um dos maisimportantes princípios de quem ensina e trabalha comcrianças, jovens e adultos é o da tolerância, sem o qualtodo magistério perde o sentido de ministério, deadesão aos processos de formação do educando.

A tolerância começa na aceitação, sem reserva, dasdiferenças humanas, expressas na cor, no cheiro, nofalar e no jeito de ser de cada educando.

Só a tolerância é capaz de fazer o educador admitirmodos de pensar, de agir e de sentir que diferente dosde um indivíduo ou de grupos determinados, políticosou religiosos.

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7o

- Zelar pela aprendizagem dos alunos - Muitosde nós professores, principalmente os do magistério daeducação escolar, acreditam que o importante, em salade aula, é o instruir bem, o que pode ser traduzido, ter

domínio de conhecimento da matéria que ministraaula.No entanto, o domínio de conhecimento não deve

estar dissociado da capacidade de ensinar, de fazeraprender. De que adiante e conhecimento e não saber,de forma autônoma e crítica, aplicar as informações?

O conhecimento não se faz apenas commetalinguagem, com conceitos a, b ou c, e sim, com

didática, com pedagogia do desenvolvimento do serhumano, sua mediação fundamental.O zelo pela aprendizagem passa pela recuperação

daqueles que têm dificuldade de assimilar informações,sejam por limitações pessoais ou sociais. Daí, anecessidade de uma educação dialógica, marcada pelatroca de idéias e opiniões, de uma conversacolaborativa em que não se cogita o insucesso do

aluno.Se o aluno fracassa, a escola também fracassou. Aescola deve riscar do dicionário a palavra FRACASSO.Quando o aluno sofre com o insucesso, tambémfracassa o professor. A ordem, pois, é fazer sempreprogredir, dedicar-se mais do que as horasoficialmente destinadas ao trabalho e reconhecer quenosso magistério é missão, às vezes árdua, mas

prazerosa, às vezes sem recompensa financeiracondigna que merecemos, mas que pouco a poucovamos construindo a consciência na sociedade,principalmente a política, de que a educação, se não épanacéia, é o caminho mais seguro para reverter assituações mais inquietantes e vexatórias da vida social.

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8o- Colaborar com a articulação da escola com a

família - O professor do novo milênio deve ter emmente que o profissional de ensino não é maispedestal, dono da verdade, representante de todos os

saberes, capaz de dar respostas para tudo. Articular-secom as famílias é a primeira missão dos docentes,inclusive para contornar situações desafiadoras emsala de aula.

Quanto mais conhecemos a família dos nossosalunos, mais os entendemos e mais os amamos. Umacriança amada é disciplinada. Os pais, são, portanto,coadjuvantes do processo ensino-aprendizagem, sem

os quais nossa ensinança fica coxa, não vai adiante,não educa.A sala de aula não é sala-de-estar do nosso lar,

mas nada impede que os pais possam ajudar nosdesafios da pedagogia dos docentes nem inoportuno éque os professores se aproximam dos lares paraconhecerem de perto a realidade dos alunos e possam  juntos, pais e professores, fazer a aliança de uma

pedagogia de conhecimento mútuo, compartilhado emais solidário.

9o

- Participar ativamente da proposta pedagógicada escola - A proposta pedagógica não deve serexclusividade dos diretores da escola. Cabe aoprofessor participar do processo de elaboração daproposta pedagógica da escola até mesmo para definirde forma clara os grandes objetivos da escola paraseus educandos.

Um professor que não participa, se trumbica, seperde na solidão de suas aulas e não tem comopensar-se como ser participante de um processomaior, holístico e globalizado. O mundo globalizadopara o professor começa por sentir-se parte no seu

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chão das decisões da escola, da sua organizaçãoadministrativa e pedagógica.

10o

- Respeitar as diferenças - Se de um lado,devemos levantar a bandeira da tolerância, como um

dos princípios do ensino, o respeito às diferençasconjuga-se com esse princípio, de modo a favorecer aunidade na diversidade, a semelhança nadessemelhança. Decerto, o respeito às diferenças delinguagem, às variedades lingüísticas e culturais, é agrande tarefa dos educadores do novo milênio.

O respeito às diferenças não tem sido uma práticano nosso cotidiano, mas, depois de cinco séculos de

civilização tropical, descobrimos que a igualdade passapelo respeito às diferenças ideológicas, às concepçõesplurais de vida, de pedagogia, às formas de agir e deser feliz dos gêneros humanos.

O educador, pois, deve ter a preocupação éreeducar-se de forma contínua uma vez que nossasociedade ainda traz no seu tecido social as teorias dahomogeneidade para as realizações humanas, teoria

que, depois de 500 anos, conseguiu apenas reforçar asdesigualdades sociais. Nossa missão, é dizer quepodemos amar, viver e ser felizes com as diferenças,pois, nelas, encontraremos nossas semelhançashistóricas e ancestrais: é, dessa maneira, a nossaforma de dizer ao mundo que as diferenças nuncadiminuem, e sim, somam valores e multiplicam osgestos de fraternidade e paz entre os homens.

7. Bibliografia

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Cláudia Schilling. Porto Alegre: Artmed.Este trabalho resulta dos trabalhos de investigação doprofessor Vicente Martins sobre as Dificuldades deAprendizagem relacionadas à Linguagem.A informação aqui apresentada não substitui a consultade um médico ou profissional especializado. Para obterinformações mais precisas e indicadas para o seu casoespecífico, consulte o seu médico de família ou umespecialista na área de Distúrbios de Linguagem./p>

©2002 — Vicente [email protected]

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 __________________Junho 2002