hidratacao venosa e disturbios hidroeletroliticos

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I Curso Teórico de I Curso Teórico de Formação em Terapia Formação em Terapia Intensiva Intensiva Pediátrica Pediátrica Reinício: 27/05/2009 às Reinício: 27/05/2009 às 19:00h 19:00h Atenção novo local: “PROEX” Atenção novo local: “PROEX” Praça Marechal Floriano Praça Marechal Floriano Peixoto, 129 Centro (próximo Peixoto, 129 Centro (próximo à Catedral) à Catedral)

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Health & Medicine


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Aula inaugural do Curso de Terapia Intensiva Pediátrica, Ponta Grossa, 27 de maio de 2009.

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Page 1: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

I Curso Teórico de I Curso Teórico de Formação em Terapia Formação em Terapia Intensiva PediátricaIntensiva Pediátrica

Reinício: 27/05/2009 às 19:00hReinício: 27/05/2009 às 19:00h

Atenção novo local: “PROEX” Praça Atenção novo local: “PROEX” Praça Marechal Floriano Peixoto, 129 Marechal Floriano Peixoto, 129

Centro (próximo à Catedral)Centro (próximo à Catedral)

Page 2: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Hidratação Venosa e Hidratação Venosa e Distúrbios Distúrbios

Hidroeletrolíticos Hidroeletrolíticos

Dr. Renato van Wilpe BachDr. Renato van Wilpe BachUTI PediátricaUTI Pediátrica

Hospital da Criança Pref. João V. de OliveiraHospital da Criança Pref. João V. de Oliveira

Ponta Grossa - ParanáPonta Grossa - Paraná

Page 3: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Distúrbios Distúrbios Hidroeletrolíticos e Hidroeletrolíticos e Hidratação VenosaHidratação Venosa

Dr. Renato van Wilpe BachDr. Renato van Wilpe BachUTI PediátricaUTI PediátricaHospital da CriançaHospital da Criança

Pref. João V. de OliveiraPref. João V. de OliveiraPonta Grossa - ParanáPonta Grossa - Paraná

Page 4: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Metabolismo de água e Metabolismo de água e eletrólitos, fisiologia da eletrólitos, fisiologia da homeostase hídrica - e homeostase hídrica - e

seus distúrbiosseus distúrbios

Dr. Renato van Wilpe BachDr. Renato van Wilpe BachUTI PediátricaUTI PediátricaHospital da CriançaHospital da CriançaPref. João V. de OliveiraPref. João V. de OliveiraPonta Grossa - ParanáPonta Grossa - Paraná

Page 5: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Equilíbrio hidroeletrolítico: Equilíbrio hidroeletrolítico: biofísica, fisiologia, biofísica, fisiologia, farmacologia e semiologia.farmacologia e semiologia.

Dr. Renato van Wilpe BachDr. Renato van Wilpe BachUTI PediátricaUTI Pediátrica

Hospital da CriançaHospital da CriançaPref. João V. de OliveiraPref. João V. de OliveiraPonta Grossa - ParanáPonta Grossa - Paraná

Page 6: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Q & A (FAQ)Q & A (FAQ)

• Público-alvo?

• Assunto demais?

• Formação?

• Teoria?

• “Prática”?

• Limitações

Page 7: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Q & A (FAQ)Q & A (FAQ)

• Fontes:– Livros-texto– Artigos

• Lilacs• Pubmed• Medscape

– Google– Redes P2P

Page 8: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Shit HappensShit Happens

Page 9: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Shit HappensShit Happens

• Superlotação

• Ansiedade

• Desconhecimento do terreno

• Conteúdo extenso

• Falta de senso de noção

• Cansaço

• Solidão

Page 10: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

www.catracalivre.com.br

Page 11: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Balanço Hídrico Balanço Hídrico Perspectiva do CirurgiãoPerspectiva do Cirurgião

Dr. Renato van Wilpe BachDr. Renato van Wilpe BachUTI Pediátrica / Hospital da CriançaUTI Pediátrica / Hospital da Criança

Pref. João V. de OliveiraPref. João V. de Oliveira

Ponta Grossa - ParanáPonta Grossa - Paraná

Page 12: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos
Page 13: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

EpidemiologiaEpidemiologia

• Minha aula ‘tava um porre?

• É verdade que eu falava cada vez mais baixo?

• Eu falei mesmo que nem valia a pena explicar o equilíbrio de Gibbs-Donnan?

• Alguém poderia me dar um copo d’água?

• Aula de Balanço Hídrico dá sede?

• Vc daria nota para a estreia do curso?

• Água ou Gatorade?

• Confessa, vai: vc pensou: “inda bem que é de graça!”, não?

Page 14: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

EtiologiaEtiologia

• Não sabemos?

• Não aprendemos?

• Não memorizamos?

• Pra que’que serve mesmo?

• É que nem Biofísica?

• Por que esquecemos?

Page 15: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Água TotalÁgua Total

Page 16: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Água total do organismoÁgua total do organismo

Volume total (água tritiada )

Vários subcompartimentos

Concentração variável de íons

Page 17: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Água total do organismoÁgua total do organismo

Page 18: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Água total do organismoÁgua total do organismo

RNs: 75 a 80% na gestação a termo– Perda na 1ª semana de vida = 4 a 5%

– Risco de sobrecarga em prematuros:• Canal arterial patente• ICE• Síndrome de desconforto respiratório• Enterocolite necrosante

Page 19: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Água total do organismoÁgua total do organismo

Compartimentos:

– Intracelular - 40% do peso corpóreo,

– Extracelular - 20% do peso corpóreo

• Intersticial 5%

• Intravascular 15%

Page 20: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Composição Mineral dos Composição Mineral dos CompartimentosCompartimentos

Page 21: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos
Page 22: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

IntracelularIntracelular

Cátions:

– potássio (K+)

– cálcio (Ca2+)

– magnésio (Mg2+)

Ânions:

– fosfatos

– proteínas

Page 23: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

ExtracelularExtracelular

Cátions:

–sódio (Na+)

Ânions:

–cloretos (Cl-)

–bicarbonato

(HCO3-)

Page 24: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

• Intracelular:

– Cátions

• potássio (K+)

• cálcio (Ca2+)

• magnésio (Mg2+)

– Ânions

• fosfatos

• proteínas

Extracelular:

– Cátions

• sódio (Na+)

– Ânions

• cloretos (Cl-)

• bicarbonato

(HCO3-)

Page 25: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

• SÓDIO (Na+)requer energia para ser

eliminado para fora da célula através da

membrana

–Bomba Na-K ou Na-K-ATPase

Page 26: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Sódio exerce controle na

distribuição da água em todo o

organismo

– Controle da Osmolaridade

Page 27: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

A quantidade total de Na+ existente

no organismo é de +/- 4000 mEq

– maior parte dessa quantidade encontra-se no

esqueleto

Page 28: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

• Intracelular:

– Cátions

• potássio (K+)

• cálcio (Ca2+)

• magnésio (Mg2+)

– Ânions

• fosfatos

• proteínas

Extracelular:

– Cátions

• sódio (Na+)

– Ânions

• cloretos (Cl-)

• bicarbonato

(HCO3-)

Page 29: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Conceitos ImportantesConceitos Importantes

Page 30: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Homeostase é a manutenção

de condições estáveis e/ou

constantes e/ou equilibradas

no meio interno

Page 31: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

DifusãoDifusão

Movimento aleatório de partículas em um solvente

Page 32: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

OsmoseOsmose

• o soluto não pode atravessar a membrana

• as únicas partículas capazes de se mover livremente através da membrana são as moléculas de água– Da região de maior

para a de menor concentração

Page 33: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

• Osmolaridade refere-se ao número de partículas osmoticamente ativas de soluto contidas em 1 litro de solução.

• Osmolalidade refere-se ao número de partículas osmoticamente ativas de soluto presentes em 1 quilograma do solvente.

Page 34: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Osmolalidade é uma unidade de concentração relacionada com a molalidade– baseada não nos moles de soluto, mas nos moles de

partículas por quilograma de solvente, os quais são o fator determinante da osmose.

– um mol de cloreto de sódio produz aproximadamente dois moles de partículas (íons Na+ e íons Cl-) em solução.

Page 35: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Um baixo valor indica uma quantidade de água maior do que a usual em relação às partículas dissolvidas.

Um alto valor indica condição inversa, uma quantidade de água relativamente menor.

OsmolalidadeOsmolalidade

Page 36: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

• Composições iônicas - plasma e líquido

intersticial

– podem ser consideradas idênticas

– concentração desigual de proteína (ânions

orgânicos)

– Equilíbrio de Gibbs-DonnanEquilíbrio de Gibbs-Donnan

Page 37: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

• Intracelular:

– Cátions

• potássio (K+)

• cálcio (Ca2+)

• magnésio (Mg2+)

– Ânions

• fosfatos

• proteínas

Extracelular:

– Cátions

• sódio (Na+)

– Ânions

• cloretos (Cl-)

• bicarbonato

(HCO3-)

Page 38: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos
Page 39: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos
Page 40: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Composição Mineral dos Composição Mineral dos CompartimentosCompartimentos

Page 41: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

As diferenças na composição entre o líquido

intracelular (LIC) e o LEC são mantidas

ativamente pela membrana celular

–membrana semipermeável (totalmente permeável à água, seletivamente

permeável a outras substâncias)

Page 42: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

A água atravessa livremente todas as membranas celulares

O movimento da água através da membrana celular equalizará as pressões osmóticas intra e extracelulares

Page 43: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

A pressão osmótica efetiva é determinada por

substâncias que não podem passar através

da membrana semipermeável

Page 44: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Pressão oncótica ou coloidosmótica é a

resultante da passagem limitada das

proteínas plasmáticas na interface capilar

é uma pressão osmótica, eficaz, que

mantém a água dentro do vaso

Page 45: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Na interface LEC / membrana celular

há substâncias que não atravessam a

membrana semipermeável, como o

sódio, que contribuem para a pressão

osmótica eficaz do LEC

Page 46: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Alterações na pressão osmótica do

LEC redistribuição de água entre

os compartimentos

– Água intracelular: muito menos

afetada pelas alterações volumétricas

do LEC do que pela pressão osmótica

Page 47: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

• Intracelular:

– Cátions

• potássio (K+)

• cálcio (Ca2+)

• magnésio (Mg2+)

– Ânions

• fosfatos

• proteínas

Extracelular:

– Cátions

• sódio (Na+)

– Ânions

• cloretos (Cl-)

• bicarbonato

(HCO3-)

Page 48: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Balanço HídricoBalanço Hídrico

Page 49: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Alterações agudas do peso

corporal refletem aumentos ou

diminuições na água total do

organismo

Page 50: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Balanço HídricoBalanço Hídrico

• Histórico: dificuldades de obtenção do peso diário

• Balanço Hídrico

– Diário

– Cumulativo

– Estimativa das perdas por evaporação

– Reflete as alterações da água total do organismo

Page 51: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos
Page 52: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

EQUILÍBRIO HÍDRICO EQUILÍBRIO HÍDRICO (no adulto)(no adulto)

• PERDAS

– Fecais – 100ml

– Cutâneas – 600

ml

– Pulmões – 400ml

– Diurese - 1500 ml

– TOTAL = 2600 ml

• INGESTA

DIÁRIA– Líquidos 1500 ml

– Sólidos - 800 ml

– Água de Oxidação -

300ml

– TOTAL – 2600 ml

Page 53: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos
Page 54: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Balanço HídricoBalanço Hídrico

Aplicação clínica limitada:

dificuldades em medir o conteúdo

hídrico de alimentos sólidos, fezes e

perdas pela evaporação

Page 55: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Balanço HídricoBalanço Hídrico

Simplificação na prática clínica,

pós-op e UTI

– quase todo o aporte de água é intravenoso

– menor ou nenhuma ingesta via oral

– o débito urinário pode ser medido com facilidade

Page 56: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Balanço HídricoBalanço Hídrico

• Perdas por Evaporação: – são inferiores a 1000 ml/dia nos pacientes afebris

– nos pacientes febris: cálculos que possibilitam

avaliar as perdas aproximadas

• ambiente com ar condicionado

• hiperventilação

– queimaduras graves

Page 57: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Balanço HídricoBalanço Hídrico

• O volume plasmático é a única medida

de volume clinicamente disponível

– valor limitado: valores normais variam

• Exame clínico do paciente é essencial

• Sinais e sintomas indicam a existência de

anormalidade no volume hídrico do organismo

Page 58: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Balanço HídricoBalanço Hídrico

Sistema Cardiovascular é o indicador

mais sensível

– Pressão Venosa Central (PVC)

– FC (Taquicardia)

– Pressão Arterial

– Congestão Pulmonar

– Edema

Page 59: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Balanço HídricoBalanço Hídrico

• Sistema Nervoso Central (SNC)

– Déficit na água total do organismo

• Excessos isotônicos

Page 60: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Balanço HídricoBalanço Hídrico

• Sinais teciduais são tradicionalmente

usados para avaliar a hidratação– turgor cutâneo diminuído, olhos encovados e

língua seca sinais tardios de déficit de líquido

– edema subcutâneo é um sinal tardio de sobrecarga, tem outras causas também

Page 61: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Balanço HídricoBalanço Hídrico

Conhecimento da composição das várias

secreções orgânicas grande valia

– Em pediatria: reposição do drenado gástrico

Page 62: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Balanço HídricoBalanço Hídrico

• Desidratação por seqüestro

interno de líquido (3º ESPAÇO)– Definição

– Às custas do LEC reduz volume efetivo

hemoconcentração e hipovolemia

Page 63: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Hidratação Venosa em PediatriaHidratação Venosa em Pediatria

Page 64: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Hidratação Venosa em Hidratação Venosa em PediatriaPediatria

Diferenças:

– RN x lactentes x crianças x

adolescentes/adultos

– Em Neonatologia, Cirurgia Pediátrica e

Cirurgia Plástica (queimados)

– Necessidades básicas diárias

Page 65: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Hidratação Venosa em Hidratação Venosa em PediatriaPediatria

Necessidades Diárias de Água

– RN dia 1: 50 a 80 (100) ml/kg/dia SG 10%

– RN dia 2: 100 ml/kg/dia

• ¾ SG 10%, ¼ SF 0,9%

– RN > 7 dias: 100-150 ml/kg/dia, idem

Page 66: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Hidratação Venosa em Hidratação Venosa em PediatriaPediatria

Necessidades Diárias de Água

– 0 a 10 kg = 100 ml/kg/dia

– 10 a 20 kg = 1000 ml + 50 ml/kg/dia para

cada kilograma acima de 10 kg

– > 20 kg = 1500 ml + 20 ml/kg/dia para cada

kilograma acima de 20 kg

Page 67: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Hidratação Venosa em Hidratação Venosa em PediatriaPediatria

Necessidades Diárias de Água

– Pós-op

– Resposta ao Trauma

– Sepse

– Febre

Page 68: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Hidratação Venosa em Hidratação Venosa em PediatriaPediatria

Necessidades Diárias de Eletrólitos

– Sódio:

• 1 a 5 mEq/kg/dia

• 1 ml NaCl 20% = 3,4 mEq de Na+

Page 69: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Hidratação Venosa em Hidratação Venosa em PediatriaPediatria

Necessidades Diárias de Eletrólitos

– Potássio:

• 1 a 4 mEq/kg/dia

– Respeitadas concentração e velocidade de infusão

• 1 ml KCl 10% = 1,3 mEq de K+

• 1 ml KCl 19,1% - 2,48 mEq (2,5mEq) de K+

Page 70: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Hidratação Venosa em Hidratação Venosa em PediatriaPediatria

Necessidades Diárias de Eletrólitos

– Cálcio:

• 100 a 500 mg/kg/dia

• 1 ml Gluconato de Cálcio10% = 100 mg

Ca++

Page 71: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Distúrbios do Equilíbrio HidroeletrolíticoDistúrbios do Equilíbrio Hidroeletrolítico

Page 72: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

DesidrataçãoDesidratação

Page 73: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

DesidrataçãoDesidratação

Definição

– É uma diminuição na quantidade total de

água corpórea com hiper, iso ou

hipotonicidade dos fluidos orgânicos

Page 74: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

DesidrataçãoDesidratação

Sinais e Sintomas– Sede: com perda de 2% do peso corpóreo)

– Precoces: mucosas secas, pele intertriginosa seca,

perda da elasticidade da pele, oligúria

– Tardios: taquicardia,hipotensão postural, pulso fraco,

obnubilação, febre,coma

– Morte: com perda de 15% a 20% do peso corpóreo

Page 75: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

DesidrataçãoDesidratação

Conduta– Corrigir o problema primário

– Estimar o volume a ser reposto• Não se considera mais tão importante quantificar o

grau de desidratação, importante é o grau de gravidade/repercussão clínica (choque) e laboratorial (distúrbios associados)

• Na desidratação grave, inicie imediatamente a repleção hídrica - não espere pelos resultados das determinações eletrolíticas

Page 76: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Desidratação IsotônicaDesidratação Isotônica

• No esquema de Darrow o eixo horizontal representa o volume e o vertical representa a tonicidade dos espaços hídricos.

Page 77: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Desidratação IsotônicaDesidratação Isotônica

Causas– perda não compensada de líqüidos

isotônicos• perdas digestivas agudas (vômitos, diarréia,

fístulas digestivas)

• seqüestro no terceiro espaço (íleo adinâmico, peritonite, grandes áreas de dissecção cirúrgica)

• paracentese

Page 78: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Desidratação IsotônicaDesidratação Isotônica

Sintomas e sinais:

– sobretudo os relacionados à

diminuição do espaço extracelular

(oligúria e em casos graves choque

hipovolêmico)

Page 79: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Desidratação IsotônicaDesidratação Isotônica

•Tratamento:

–Soluções isotônicas

Page 80: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Desidratação HipotônicaDesidratação Hipotônica

• No esquema de Darrow o eixo horizontal representa o volume e o vertical representa a tonicidade dos espaços hídricos.

Page 81: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Desidratação HipotônicaDesidratação Hipotônica

Causas:– Administração insuficiente de água

– Administração insuficiente de sais

– Perda não compensada maior de sais que de

água• Perdas digestivas crônicas isotônicas (vômitos, diarréia,

fístulas) tratadas com soluções hipotônicas,

hipoaldosteronismo primário, perda salina em

nefropatas, etc.

Page 82: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Desidratação HipotônicaDesidratação Hipotônica

Sintomas dependem

– da redução do espaço extracelular (choque

hipovolêmico, oligúria)

– da expansão do intracelular (sialorréia, diarréia,

vômitos)

– redução das taxas de Na+ e de CI- (astenia,

tremores, íleo adinâmico, choque).

Page 83: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Desidratação HipotônicaDesidratação Hipotônica

A escolha da solução a ser ministrada depende do

grau de hipotonicidade do líqüido extracelular.

– Se a hiponatremia é leve a correção é feita apenas com

solução isotônica;

– Se a hipotonicidade é acentuada com Na+ plasmático

abaixo de 120 mEq/l + repercussão clínica importante

solução hipertônica de NaCI (300 ou 500 ml de NaCI 5% ou

3% no adulto) solução salina isotônica.

Page 84: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Desidratação HipertônicaDesidratação Hipertônica

• No esquema de Darrow o eixo horizontal representa o volume e o vertical representa a tonicidade dos espaços hídricos.

Page 85: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Desidratação HipertônicaDesidratação Hipertônica

Causas– Perda de líqüido hipotônico na taquipneia– Sudorese– Diabete insípido– Diurese osmótica por hiperglicemia– Oferta insuficiente de liquido durante nutrição

enteral/parenteral

Page 86: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Desidratação HipertônicaDesidratação Hipertônica

Aumento tonicidade LEC água do intracelular para o

extracelular redução do volume e aumento da tonicidade também do intracelular

Page 87: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Desidratação HipertônicaDesidratação Hipertônica

Sinais/Sintomas– sede intensa– oligúria acentuada– Febre– agitação psicomotora– confusão mental – coma

Page 88: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Desidratação HipertônicaDesidratação Hipertônica

Tratamento

– supressão da entrada de sais

– infusão de solução hipotônica

(glicosada 5%) até que a tonicidade

seja corrigida

– solução isotônica

Page 89: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

• Quanto de água repor?

– Estimar pelo desaparecimento dos

sintomas e sinais de desidratação

– 30< DU < 60 mEq/l no adulto

– DU > 2 ml/kg/hora

Page 90: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

•Quando iniciar o K+?–Se há diurese mínima + densidade > ou = 1018 K+

Page 91: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Super(-)(h)idrataçãoSuper(-)(h)idratação

Page 92: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Super(-)(h)idratação IsotônicaSuper(-)(h)idratação Isotônica

• No esquema de Darrow o eixo horizontal representa o volume e o vertical representa a tonicidade dos espaços hídricos.

Page 93: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Super(-)(h)idratação IsotônicaSuper(-)(h)idratação Isotônica

• É sempre por perda insuficiente– O rim normal sempre dá conta da superoferta

• As causas mais comuns são: cardíaca, renal e hepática

• O quadro clínico corresponde a sintomas e sinais de retenção hídrica e da doença básica, insuficiência cardíaca, renal ou hepática

Page 94: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Super(-)(h)idratação IsotônicaSuper(-)(h)idratação Isotônica

Tratamento

– medidas restritivas

– pode incluir, na medida da gravidade e da

etiologia da super-hidratação

• dieta hipossódica, diuréticos, cardiotônicos, diálise

peritoneal ou hemodiálise

Page 95: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Super-Hidratação HipotônicaSuper-Hidratação Hipotônica

Page 96: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Super-Hidratação HipotônicaSuper-Hidratação Hipotônica

• A causa é a excessiva oferta de água na

presença de baixa diurese

• Fonte de água ingestão oral OU

excessiva administração parenteral de

água com glicose

Page 97: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Controle Endócrino do Controle Endócrino do Equilíbrio HidroeletrolíticoEquilíbrio Hidroeletrolítico

Page 98: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos
Page 99: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Distúrbios do SódioDistúrbios do Sódio

Page 100: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Distúrbios do SódioDistúrbios do Sódio• O sódio = cátion + comum no LEC

• Os íons de sódio participam da manutenção do EH, da transmissão dos impulsos nervosos e da contração muscular

• A sua concentração normal no LEC varia entre 136 e 144mEq/l. O EHE é regido por um princípio fisiológico importante: a água vai para onde for o sódio.

Page 101: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HiponatremiaHiponatremia

Page 102: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HiponatremiaHiponatremia

Deficiência corpórea do sódio e/ou diluição

por excesso de água

– excreção ineficiente de água frente ao

excesso de administração

Page 103: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos
Page 104: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos
Page 105: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HiponatremiaHiponatremia

Etiologia• Depleção de sódio: perdas de fluidos que contêm

Na+ com continuada ingestão de água– perdas gastrintestinais (diarréia, vômito)

– perdas pela pele (lesões exsudativas da pele, queimaduras, sudorese)

– perdas para o 3º espaço (p. ex. obstrução intestinal)

– perda renal (primária ou secundária a estados de depleção, incluindo as perdas por diuréticos e na doença de Addison)

Page 106: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HiponatremiaHiponatremia

Sinais e sintomas

• dificuldades de concentração, alterações

da personalidade, confusão mental,

delírio, coma, oligúria

Page 107: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HiponatremiaHiponatremia

Conduta• Controle do peso/BH

• Tratar a doença de base–determinar se a hiponatremia é

secundária à perda de sal ou à sobrecarga de água

Page 108: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HiponatremiaHiponatremia

Conduta• Hiponatremia por depleção salina:

– Repor o sódio, calculando o seu déficit com base

no volume da água total

– Riscos na reposição rápida

Page 109: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HiponatremiaHiponatremia

Conduta

• A hiponatremia por excesso de água é

tratada como intoxicação hídrica

Page 110: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HiponatremiaHiponatremia

Variação diária não deve

exceder 10mEq

Page 111: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipernatremiaHipernatremia

Page 112: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipernatremiaHipernatremia

Geralmente associada a

desidratação, com dosagem

sérica de Na+ > 150 mEq/l

Page 113: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipernatremiaHipernatremia

Etiologia– Perda de água superior à de sódio: diarreia e vômitos,

insuficiência renal, diabetes insipidus, diabetes mellitus, febre, insolação, hiperventilação

– Reposição insuficiente das perdas hídricas: diminuição da ingestão hídrica por náuseas, vômitos ou incapacidade física

– Administração de sobrecarga de soluto: suplementação de proteínas e sal, na alimentação, por sonda, envenenamento acidental por sal de cozinha, diuréticos osmóticos, diálise; excesso de esteróides.

Page 114: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipernatremiaHipernatremia

Sinais e Sintomas

– sede, oligúria, mucosas secas, febre,

taquipnéia e alterações neurológicas que

podem ser variadas, incluindo tremor,

hiperreflexia profunda, confusão mental,

alucinações e coma agitado

Page 115: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipernatremiaHipernatremia

Conduta

• Controle de peso/BH

• Tratar a doença primária

• Estimar a porcentagem de perdas em

termos de peso corpóreo

• Repleção hídrica deve ser lentalenta risco de

edema cerebral

Page 116: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipernatremiaHipernatremia

Tratamento:– Da doença base

– Supressão temporaria de Na+

– Reposição hídrica com SG 5%, administrando se metade do volume nas primeiras 8-12 horas

– Reposição lenta

Page 117: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Distúrbios do PotássioDistúrbios do Potássio

Page 118: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Distúrbios do PotássioDistúrbios do Potássio

• O potássio é o principal cátion intracelular – Papel regulador da excitabilidade neuromuscular e da

contratilidade muscular

– Essencial para a síntese de glicogênio

– Essencial para a síntese protéica

– Essencial para a manutenção do equilíbrio acido-básico

• os íons K+ competem com os íons H+

• Na acidose, ocorre eliminação de um H+ para cada K+ retido

• Na alcalose, dá-se o contrário

Page 119: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Distúrbios do PotássioDistúrbios do Potássio

• Controle homeostático do potássio rins– Quando a aldosterona aumenta, a urina

elimina maior quantidade de potássio– Permuta com o Na+ nos túbulos renais: a

retenção de sódio é acompanhada pela eliminação de potássio

Page 120: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Distúrbios do PotássioDistúrbios do Potássio

• Níveis séricos normais: entre 3,5 a 5 mEq/l

– Os valores plasmáticos representam os valores

extracelulares

– Normalidade ou aumento não significam alterações

globais dos seus valores• Na+ predomina no LIC

– Valor plasmático é importante: parada cardíaca

irreversível em alterações amplas

Page 121: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HiperpotassemiaHiperpotassemia(Hipercalemia)(Hipercalemia)

Page 122: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HiperpotassemiaHiperpotassemia

Etiologia

– Insuficiência renal aguda, doença de Addison,

acidose, transfusões e hemólise, lesões por

esmagamento de membros e outras causas

de degradação de proteínas, grande ingestão

de K+ frente à insuficiência renal

Page 123: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HiperpotassemiaHiperpotassemia

Sinais e Sintomas– Fraqueza muscular, paralisia flácida, diminuição de

ruídos hidroaéreos, parestesias (face, língua, pés,

mãos), hiperxcitabilidade muscular

– Arritmias cardíacas e outras alterações

eletrocardiográficas (onda T “em campânula”,

complexos QRS alargados), parada cardíaca em

diástole

Page 124: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HiperpotassemiaHiperpotassemia

Conduta – gluconato ou cloreto de cálcio

– bicarbonato de sódio

– solução polarizante sem K (glico-insulina)

– resinas de troca iônica (Kayexalate,Sorcal)

– diálise

Page 125: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipopotassemiaHipopotassemia(Hipocalemia)(Hipocalemia)

Page 126: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipocalemiaHipocalemia

• Causas– hidratação parenteral inadequada

– perdas excessivas por poliúria (período poliúrico da

insuficiência renal aguda ou por ação de diuréticos)

– diarréia e fístulas digestivas

– Doença de Cushing, síndrome de Conn e desvio

iônico (alcalose)

– Hipo K+ hipotonia da musculatura lisa e estriada

Page 127: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipocalemiaHipocalemia

Quadro Clínico• astenia, fraqueza muscular, parestesias, paralisias, íleo

adinâmico, irritabilidade, letargia

• arritmias cardíacas tipo bigeminismo e/ou trigeminismo

• parada cardíaca em sístole

• alterações de repolarização miocárdica – prolongamento e depressão do espaço QT e diminuição da

amplitude da onda T - que se achata com base mais ampla,

chegando eventualmente a se inverter

Page 128: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipocalemiaHipocalemia

Tratamento– Reposição lenta de KCl

• distribuição > no LIC --

– variações do K+ no LEC sujeitas a limites muito

estreitos

Page 129: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Reposição de PotássioReposição de Potássio

• É empírica

– Soluções a 40 a 60 mEq/l

– Velocidade de infusão: 30-40 mEq/h

– Na criança: 0,1 a 0,3 mEq / kg / h em

seis horas nova dosagem

Page 130: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Reposição de PotássioReposição de Potássio

Recomenda se não ultrapassar: –0,5 mEq/min

–40 mEq/h

–100 mEq/dia

Page 131: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Reposição de PotássioReposição de Potássio

Casos especiais

– Cirróticos

– Digitalizados

– Após tratamento da acidose em geral

• Cetoacidose diabética

Page 132: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Distúrbios do CálcioDistúrbios do Cálcio

Page 133: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Distúrbios do CálcioDistúrbios do Cálcio

• Cálcio = quinto elemento mais abundante no corpo humano

• Essencial para:– a integridade e estrutura das membranas

celulares– condução adequada dos estímulos

cardíacos– coagulação sangüínea– formação e crescimento ósseo

Page 134: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Distúrbios do CálcioDistúrbios do Cálcio

• O cálcio se encontra nos líquidos orgânicos

sob três formas:

– Cálcio ionizadoCálcio ionizado (4,5 mg/100ml)

– Cálcio não difusívelCálcio não difusível, formando complexos com

ânions protéicos (5mg/100ml)

– Sais de cálcioSais de cálcio, p ex citrato e fosfato de cálcio(q

mg/100ml)

Page 135: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Distúrbios do CálcioDistúrbios do Cálcio

• Cálcio dos líquidos orgânicos

= pequena porcentagem do

cálcio total

–maior parte nos ossos e dentes

Page 136: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Distúrbios do CálcioDistúrbios do Cálcio

• Cálcio do LEC: regulado por hormônios– PTH: regula o equilíbrio entre o cálcio contido

nos ossos, a absorção de cálcio pelo trato gastrintestinal e a eliminação do cálcio pelos rins

– Tireocalcitonina: inibe a reabsorção do cálcio dos ossos papel na determinação dos níveis séricos do cálcio

Page 137: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipocalcemiaHipocalcemia

Page 138: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipocalcemiaHipocalcemia

• Etiologia

–Paratireoidectomia (total ou parcial

e/ou acidental (tireoidectomia)

–Hipoparatireoidismo idiopático

– Insuficiência renal

Page 139: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipocalcemiaHipocalcemia

• Sinais e Sintomas

– parestesias (perorais, mãos e pés)

– labilidade emocional

– miastenia, cãibras

– diarréia, poliúria, disfagia

Page 140: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipocalcemiaHipocalcemia

• Sinais e Sintomas

– estridor laríngeo, broncoespasmo

– convulsões

– arritmias cardíacas, alterações

eletrocardiográficas (intervalo Q-T aumentado)

– opistótono

Page 141: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipocalcemiaHipocalcemia

• Espasmo carpopedal (espontâneo ou

com uso de manguito de pressão durante

três minutos, inflado acima da pressão

sistólica) - Sinal de Trousseau

• main d'accoucheur

Page 142: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipocalcemiaHipocalcemia

Contração da musculatura facial

após leve golpe na frente da orelha -

Sinal de Chvostek

• Também na alcalose respiratória

Page 143: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipocalcemiaHipocalcemia

Conduta– Reposição empírica

• tantas ampolas de gluconato de cálcio quantas forem necessárias para o desaparecimento dos sinais clínicos

– A infusão venosa deve ser lenta

Page 144: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipocalcemiaHipocalcemia

• Hipoparatireoidismo: extrato de

paratireóide (100 a 200 unidades USP)

intravenoso

– Após a fase aguda, deve-se

acrescentar cálcio oral e vitamina

Page 145: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipocalcemiaHipocalcemia

Se não houver resposta ao

tratamento com cálcio,

considerar a possibilidade de

hipomagnesemia

Page 146: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipercalcemiaHipercalcemia

Page 147: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipercalcemiaHipercalcemia

Etiologia– Hiperparatireoidismo, neoplasias (carcinoma,

leucemia, linfoma, mieloma múltiplo),

sarcoidose, intoxicação por vitamina D, hipo e

hipertireoidismo, síndrome do “milk-alkali”,

insuficiência adrenal

Page 148: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipercalcemiaHipercalcemia

• Sinais e Sintomas

– fraqueza, anorexia e vômitos,

constipação, sonolência, estupor, coma,

cefaléia occipital, alterações

eletrocardiográficas (intervalo Q-T e

segmento ST supranivelados), arritmias

Page 149: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipercalcemiaHipercalcemia

Conduta

– Objetivo do tratamento eliminar a

causa, se possível

Page 150: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipercalcemiaHipercalcemia

Tratamento de urgência das crises

hipercalcêmicas:

– Hidratação com SF 0,9%

– Diuréticos (pode ser suficiente nos casos

leves)

Page 151: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipercalcemiaHipercalcemia

Tratamento de urgência das crises hipercalcêmicas:– Sulfato de sódio: 1000 ml em 4-6 h

infusão adicional de 3000 ml em 24h• O sulfato de sódio é mais eficiente que o SF• Efeitos colaterais: hipernatremia,

hipopotassemia e hipomagnesemia• Curta duração

Page 152: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipercalcemiaHipercalcemia

Tratamento– Fosfatos (K2HPO4 - 1,5 g IV em 7h)

• Efeitos colaterais: letalidade cardíaca

• Administração via oral é mais segura

• Insuficiência renal por depósito de cálcio

• Perigo nos pacientes urêmicos

Page 153: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipercalcemiaHipercalcemia

Tratamento– Glicocorticóides podem ser úteis

nos casos de metástases ósseas

• Não são efetivos na hipercalcemia

causada por excesso de PTH

Page 154: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Distúrbios do MagnésioDistúrbios do Magnésio

Page 155: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Distúrbios do MagnésioDistúrbios do Magnésio

• Magnésio = segundo lugar entre os

cátions do LIC

• Indispensável para:

– atividades enzimáticas e neuroquímicas

– excitabilidade muscular

• Níveis plasmáticos: 1,5 e 2,5 mEq/l

Page 156: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Distúrbios do MagnésioDistúrbios do Magnésio

• Regulagem dos níveis de magnésio sérico é indireta– eliminação renal– PTH

• Alterações dos níveis de magnésio: – freqüentemente associadas a doenças graves– sinais sugestivos de alterações das funções

neuromusculares

Page 157: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipermagnesemiaHipermagnesemia

Page 158: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipermagnesemiaHipermagnesemia

• Etiologia– Quase sempre: resultado de insuficiência

renal (inabilidade de excreção)

– Sulfato de magnésio (catártico) pode ser

absorvido o bastante para produzir uma

intoxicação, particularmente se a função renal

estiver comprometida

Page 159: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipermagnesemiaHipermagnesemia

• Sinais e Sintomas– Fraqueza muscular, hipotensão, sedação,

confusão mental– Alterações eletrocardiográficas: aumento do

intervalo P-R, alargamento dos complexos QRS e elevação das ondas T

– Morte: geralmente resulta da paralisia dos músculos respiratórios

Page 160: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipermagnesemiaHipermagnesemia

• Conduta

– Objetivo do tratamento melhorar a insuficiência renal

– Cálcio = antagonista do Magnésio• pode ser empregado por via parenteral

• indicado na diálise peritoneal ou extracorpórea

Page 161: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipomagnesemiaHipomagnesemia

Page 162: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipomagnesemiaHipomagnesemia

Etiologia– Alcoolismo crônico

– Associado a “delirium tremens”, cirrose, pancreatite

– Acidose diabética

– Jejum prolongado, diarréia, má absorção, aspiração gastrintestinal prolongada

– Poliúria

– Hiperaldosteronismo primário

– Hiperparatireoidismo

– Ingesta excessiva de Vitamina D e cálcio

Page 163: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipomagnesemiaHipomagnesemia

Sinais e Sintomas

– Hiperexcitabilidade neuromuscular e do SNC:

• movimentos atetóticos, balismos, tremores amplos

(“flapping”), sinal de Babinski, nistagmo

– Taquicardia e arritmias ventriculares,

hipertensão e distúrbios vasomotores

– Confusão mental, desorientação e ansiedade

Page 164: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

HipomagnesemiaHipomagnesemia

Conduta– Reposição parenteral de soluções eletrolíticas

contendo magnésio • 10 a 40 mEq/l/dia, durante o período de maior

gravidade• 10 mEq/dia na manutenção

– por via IM• 4 a 8 g / 66 a 133mEq diários

– divididos em quatro doses– monitorizar níveis séricos prevenir concentração superior a

5 - 5,5 mEq/l

Page 165: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Interrelações entre Equilíbrio Interrelações entre Equilíbrio Hidroeletrolítico e Ácido-Hidroeletrolítico e Ácido-

BásicoBásico

Page 166: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

REGULAÇÃOREGULAÇÃO

HH220+CO0+CO22 H H22COCO33

COCO22

METABOLISMOMETABOLISMO

H+ HCO3-

H+

HH+ + URINAURINA

HH22OO

Page 167: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Interrelações entre Equilíbrio Interrelações entre Equilíbrio Hidroeletrolítico e Ácido-BásicoHidroeletrolítico e Ácido-Básico

Lei da eletroneutralidade

– A soma das cargas negativas dos

ânions deve ser igual à soma das

cargas positivas dos cátions

Page 168: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Interrelações entre Equilíbrio Interrelações entre Equilíbrio Hidroeletrolítico e Ácido-BásicoHidroeletrolítico e Ácido-Básico

No plasma: 154 mEq/L

de cátions e 154 mEq

de ânions

Page 169: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Interrelações entre Equilíbrio Interrelações entre Equilíbrio Hidroeletrolítico e Ácido-BásicoHidroeletrolítico e Ácido-Básico

O Sódio corresponde à maior parte dos equivalentes catiônicos

Bicarbonato = elo entre o EAB e o EHE

• Bicarbonato x Cloreto

• Interação entre prótons e ânions + componentes

normais do soro padrões de eletrólitos

classificação de todas as acidoses metabólicas

Page 170: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Interrelações entre Equilíbrio Interrelações entre Equilíbrio Hidroeletrolítico e Ácido-BásicoHidroeletrolítico e Ácido-Básico

Bicarbonato = elo entre o EAB e o EHE– Prótons consomem reservas de álcali

hipobicarbonatemia– O álcali perdido é substituído por ânions

ácidos (fosfato, acetoacetato, cloreto, etc.)– Qualquer ácido (exceto o HCl), substitui o

ânion HCO3- por ânions que não são mensuráveis rotineiramente

Page 171: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Interrelações entre Equilíbrio Interrelações entre Equilíbrio Hidroeletrolítico e Ácido-BásicoHidroeletrolítico e Ácido-Básico

Bicarbonato = elo entre o EAB e o EHE– “Diferença de ânions” (“ânion gap”):

reflete o balanço entre o cátion rotineiramente medido (Na+) e os ânions rotineiramente medidos (Cl- + HCO3-)

DA = (“anion gap”) = (Na+) - (Cl- + HCO3-)

Page 172: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Interrelações entre Equilíbrio Interrelações entre Equilíbrio Hidroeletrolítico e Ácido-BásicoHidroeletrolítico e Ácido-Básico

Lei da isosmolaridade– A osmolaridade é = nos sistemas de

líquidos entre os quais a água passa

livremente

– Seu valor normal é em torno de 285 mOsm/l

Page 173: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Lei da IsosmolaridadeLei da Isosmolaridade

SOLUÇÃOSOLUÇÃO ÁGUAÁGUA

FLUXO RESULTANTEFLUXO RESULTANTE

MM

Page 174: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Interrelações entre Equilíbrio Interrelações entre Equilíbrio Hidroeletrolítico e Ácido-BásicoHidroeletrolítico e Ácido-Básico

Lei fisiológica do equilíbrio acido-básico

– Afirma que o organismo tende a manter o pH do

sangue em torno de um valor normal

– Interação entre o K+ e o H+ em relação ao intra e

extracelular

• Na acidose, sai K+ e entra H+ na célula

• Na alcalose sai H+ e entra K +

Page 175: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Próxima aula:Próxima aula:

Balanço HídricoBalanço HídricoEnfº José CarlosEnfº José Carlos

Page 176: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

Obrigado!Obrigado!

Page 177: Hidratacao Venosa e Disturbios Hidroeletroliticos

I Curso Teórico de Formação I Curso Teórico de Formação em Terapia Intensiva em Terapia Intensiva

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