2015-05-13 - jornal a voz de portugal

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GRELHADOS SOBRE CARVÃO 8261 BOUL. ST-LAURENT Prop.: Elvis Soares 514-389-0606 BRAS IRO 1851 Ontario E. 514.563.1211 ANO 55 | EDIÇÃO Nº03 | QUARTA-FEIRA, 13 DE MAIO DE 2015 WWW.AVOZDEPORTUGAL.COM | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA LE PLUS ANCIEN JOURNAL DE LANGUE PORTUGAISE AU CANADA - DEPUIS 1961 DIRECTEUR: MANUEL DE SEQUEIRA RODRIGUES A VOZ DE PORTUGAL 9 O F ADO C OIMBRA, O PRIMEIRO SUCESSO DE L USOBEC Mosti Mondiale 2000 Atenção: se não tem selo da Mosti Mondiale é porque não é Mosti Mondiale 5187 Jean-Talon Est, St-Léonard Para mais informações, contactar MARCO 514.728.6831 MOSTO CLASSICO Carrignane, Merlot, ruby Cabernet, grenaChe e Mais Cada 42 $ Servico de análise do seu vinho Cada 40 $ tinto e branCo 42 variedades de mosto à sua escolha A 13 DE MAIO CHEGA AO FIM TRANSIÇÃO PARA ACORDO ORTOGRÁFICO Na quarta-feira cumprem-se os seis anos do período de transição para a aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, tendo em conta a data de 13 de maio de 2009, que marca a entrada em vigor em Portugal. 15

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Jornal A Voz de Portugal, edição do 13 de maio de 2015

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  • grElhADOs sObrE cArvO

    8261 bOuL. st-LaurEntProp.: Elvis Soares 514-389-0606

    BraS iro

    1851 Ontario E. 514.563.1211

    ANO 55 | EDIO N03 | quArtA-fEIrA, 13 DE MAIO DE 2015 www.AvOzDEpOrtugAl.cOM | DIstrIbuIO grAtuItA

    Le pLus ancien journaL de Langue portugaise au canada - depuis 1961

    Directeur: Manuel De Sequeira roDrigueS

    A Voz de PortugAl

    9

    O FadO COimbra, OprimeirO suCessOde LusObeC

    5

    Mosti Mondiale 2000

    Ateno: se no tem selo da Mosti Mondiale porque no Mosti Mondiale

    5187 Jean-Talon Est, St-Lonard Para mais informaes, contactar MARCO 514.728.6831

    MOSTO CLASSICO

    Carrignane, Merlot, ruby Caber

    net,

    grenaChe e MaisCada42$Servico de anlise do se

    u vinho

    Cada40$tinto e branCo

    42 variedades de mosto sua escolha

    a 13 de maiO Chega aO FimtransiO para aCOrdO OrtOgrFiCONa quarta-feira cumprem-se os seis anos do perodo de transio para a

    aplicao do Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa, tendo em conta a data de 13 de maio de 2009, que marca a entrada em vigor em Portugal.

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  • A Voz de PortugAl | 13 de MAIo de 2015 | P. 2

    FOndatEurs | FundadOrEsElsio de Oliveira

    Jos simes silvestre

    HEbdOmadairE | sEmanriO25 avril 1961 | 25 de abril de 1961

    addrEssE | EndErEO4231-b, boul. st-Laurent, mtlQubec, Canada, H2W 1Z4

    tL.: 514.284.1813sans frais: 1-866-684-1813

    Fax: 514.284.6150

    [email protected]

    Membre officiel

    Le plus ancien journal de langue portugaise au CanadaA vOz DE pOrtugAl

    tous droits rservs. toute repro-duction totale ou partielle est stric-tement interdite sans notre autori-sation crite. Les auteurs darticles, photos et illustrations prennent la responsabilit de leurs crits.

    todos os direitos reservados. Os textos (e ilustraes) de Opinio pu-blicados nesta edio so da inteira responsabilidade dos seus autores, no vinculando, directa ou indirecta-mente, o cariz editorial e informativo deste jornal.

    quArtA-fEIrA13 DE MAIO 01:30 bom dia portugal05:00 agora ns08:00 Jornal da tarde09:11 surf report09:30 biosfera10:00 H tarde13:00 portugal em direto14:05 bem-vindos a beirais15:00 telejornal16:01 biosfera16:30 sabia Que?16:50 O preo Certo17:42 Os nossos dias18:12 telejornal madeira18:42 telejornal aores19:16 bem-vindos a beirais20:00 telejornal amrica20:34 ideias que brilham21:00 gua de mar21:31 sabia Que?21:53 poplusa22:46 5 para a meia-noite23:48 Literatura agora00:14 telejornal aores00:58 telejornal madeira

    quINtA-fEIrA14 DE MAIO 01:30 bom dia portugal05:00 agora ns08:00 Jornal da tarde09:30 sabores das ilhas10:00 H tarde13:00 portugal em direto14:01 bem-vindos a beirais15:00 telejornal15:50 a Opinio de nuno morais sarmento16:30 sabia Que?16:50 O preo Certo17:40 Os nossos dias18:15 telejornal madeira18:45 telejornal aores19:20 bem-vindos a beirais20:00 telejornal amrica20:30 Flash 7 dias21:02 gua de mar21:30 Fatura da sorte21:35 sabia Que?22:10 portugal de... boss aC23:10 5 para a meia-noite00:00 palcos agora00:22 telejornal aores00:57 telejornal madeira

    sExtA-fEIrA15 DE MAIO 01:30 bom dia portugal05:00 agora ns08:00 Jornal da tarde09:35 boarding madeira10:00 H tarde13:00 portugal em direto14:15 bem-vindos a beirais15:00 telejornal16:00 sexta s 916:30 sabia Que?16:50 O preo Certo17:40 Os nossos dias

    18:15 telejornal madeira18:45 telejornal aores19:15 bem-vindos a beirais20:00 telejornal amrica20:30 sexta s 921:05 gua de mar21:35 sabia Que?21:55 grande Entrevista22:50 5 para a meia-noite00:25 telejornal aores00:55 telejornal madeira

    sbADO16 DE MAIO 02:30 boarding madeira02:59 ainda bem Que vieste antnio mega Ferreira03:37 ideias que brilham04:00 bom dia portugal06:50 inesquecvel antnio Leal e susana Cacela08:32 palcos agora09:00 Jornal da tarde10:10 prs e Contras12:09 Consigo12:34 Correspondentes13:00 atlntida - madeira14:31 reprter madeira16:00 telejornal16:45 Linha da Frente17:15 poplusa roger plexico18:20 um dia, Cinco Estrias18:55 pit stop19:41 in & Out20:00 24 Horasdireto21:00 mudana Hora de vero21:02 Olhar o mundo22:40 Zona mista00:52 ainda bem Que vieste antnio mega Ferreira01:26 telejornal aores01:59 telejornal madeira

    DOMINgO17 DE MAIO 01:30 City Folk gente da Cidade dhaka01:55 frica 7 dias02:27 frica global03:00 bom dia portugal05:00 Eucaristia dominical06:05 podium07:00 nha terra nha Cretcheu basilio ramos/governo08:00 Jornal da tardedireto09:15 s visto!10:05 aqui portugalCasal de Cambra15:00 telejornal16:10 Olhar o mundo17:00 trio dataque19:00 24 Horasdireto20:02 voz do Cidado22:45 Olhar o mundo23:35 s visto!00:23 telejornal aores00:58 telejornal madeira

    ADMINIstrAO prsIDENt Et DItEurprEsIDENtE E EDItOrEduino martinsDIrEctEur ADMINIstrAtIfDIrEtOr ADMINIstrAtIvOtony saragoaDIrEctEur | DIrEtOrmanuel de sequeira rodriguessEcrtAIrE ADMINIstrAtIfsEcrEtrIO ADMINIstrAtIvOmiguel FlixrDActION rDActEur EN chEfchEf DE rEDAOmrio CarvalhoADjOINt | ADjuNtOantero brancoDEsIgN grAphIquEDEsIgN grfIcOsylvio martinscOllAbOrAtEurscOlAbOrADOrEs antnio pedro Costaaugusto machadodaniel Loureirodiamantino de sousadinora de sousaElisa rodriguesElizabeth martins CarreiroFrancisca reisHelder diasJ.J. marques da silvaHlio bernardo LopesHumberto CabralJoo arrudaJos da ConceioJos de sousaJorge CorreiaJorge matosmanuel Carvalhomanuel nevesmaria Helena martinsricardo arajo pereirasylvio martinstelmo barbosavitor gonalves

    DIstrIbutION | DIstrIbuIO nelson CoutopublIcIt | publIcIDADE canada: rpm imtv Ethnic Comm. Ethnique mdia.Portugal: portmundo Ld.

    dpts legaux la bibliothque nationale du Qubec et la

    bibliothque nationaledu Canada.

    Courrier de deuxime classenumro de contrat: 1001787.

    Programao Semanal

    agenda comunitriaexCursO a new bedFOrda associao da terra Quebequente organiza uma excurso a new bedford para ir Festa anual da associao Cultural saudades da terra amigos da ribeira Quente no Clube dos pescadores. a saida no 23 de maio s 5am e regresso 24 de maio s 12h. O conjunto starlight estar presente, assim como a convidada de honra, Liliana silva e o mestre da cerimnia Jorge morais. Para mais informaes ou reservas: 514-237-3994.

    Festividades dO dia de pOrtugaLO Festival Portugal organiza, 10 de junho, 2015 s 19h Cerimnia oficial com filarmni-cas e ranchos folclricos. Haver tambm s 20h a cantora micaela (vinda de portugal). no dia 12 de junho, iniciando a noite s 19h30, estaro presentes o cmico mike rita, o famoso Shawn Desman e o seu conjunto, e para finalizar a noite, o DJ Souza, vindo dos aores. no dia 13 de junho, as festividades vo se iniciar s 14h com atividades para as crianas, s 18h suzi silva, marta raposo, paulo Filipe, Z perdigo, todos eles estaro acompanhados pelos seus respetivos msicos. E para finalizar a noite, teremos Michele Madeira, finalista do programa Canadian Idol. No dia 14 de junho, as festividades tero incio s 12h com a parada anual. s 14h haver vrios espetculos de danas folclri-cas, seguidos pela prestao do finalista do concurso Karaoke pelas 16h, pelo espetculo da Lusofonia s 18h, e finalmente por Rui Bandeira s 21h.

    ProdutoraroSa VeloSa

    linha aberta 514.483.2362contacto Publicitrio: 514.366.2888

    domingo das 15h s 18h | 35 York, Westmount

    1280 AM

    Rdio PoRtugalssimo

    Casa dOs aOres dO QuebeQuea Casa dos aores do Quebeque informa e convida a nossa comunidade, que promover, na sua sede no 229 rua Fleury oeste, no prximo dia 21 de maio, pelas 19H00, um se-ro informativo subordinado ao tema eutansia-morte assistida. Esta conferncia ser presidida pelo muito querido amigo da Casa dos aores, dr. Jos antnio morais, ilustre director do departamento de geriatria do muHC. O doutor morais ser assistido nesta conferncia, nos assuntos juridico-legais, pelo me. antnio Cabral, conhecido advogado da nossa praa.

    rOmeirOs na prOCissO dO s. santO CristOComunicado do mestre dos romeiros, duarte amaral. avisa todos os irmos dos romei-ros do Quebeque, interessados em participar na procisso do s. santo Cristo, domingo, dia 17 de maio 2015. por favor estar na igreja pelas 15h30 com o traje do romeiro menos a saca. Obrigado a todos. mestre dos romeiros duarte amaral.

    Festas dO divinO espritO santO em LavaLsbado, dia 30 de maio: 17h30-Hora santa; 18h30-missa solene; 19h30-abertura das festas com os imprios, grupo coral, folia e a mordoma - Filarmnica do divino Esprito santo de Laval. 20h00-arraial: bazar, bar, Filarmnica do divino Esprito santo de La-val, artista: Joey medeiros (Califrnia), Conjunto mexe mexe (Ontrio), Folclore ilhas do Encanto e dJ Entre ns. domingo, dia 31 de maio: 10h00-bodo de leite; 11h00-sada do cortejo; 12h30-missa solene; arraial: bazar, bar, sopas do d. E. santo, artista: Joey medeiros (Califrnia), Filarmnica portuguesa de montreal, Filarmnica do divino Espri-to Santo de Laval, DJ Entre-Ns, Folclore Estrelas do Atlntico e jogos insuflveis 12h30--tiragem do sorteio, sortes para domingas e mordomia 2016.

    Festas em hOnra dO divinO espritO santO: mordomo de santa Cruz sr. padre antnio arajoprOgramaO das FEstassbADO, DIA 16 DE MAIO - 9h00: bezerrada na farme Clment poissant, 182 rang st andr, st-philippe. Haver animao com a Fpm, comidas e bebidas tudo oferecido pelo mordomo em louvor do divino Esprito santo. DOMINgO, DIA 17 DE MAIO - 18h30: Entrega das coroas ao Mordomo acompanhada pelas duas filarmnicas. DE 18 DE MAIO AO 22 DE MAIO - 19h30: recitao do tero. sbADO, DIA 23 DE MAIO - 10h00: missa e distribuio das penses. 17h30: Haver, pela primeira vez, na igreja santa Cruz a viglia do Esprito santo a seguir missa. 19h30: mudana da coroa e bandeira para o subsolo da igreja santa Cruz acompanhada pela Filarmnica do Esprito santo de Laval. depois ser servida a tradicional carne guisada oferecida pelo mordomo em louvor do Esprito santo. Haver o espetculo com o cantor Jorge silva vindo dos Estados unidos, oferta da sra. Connie e viriato Freire. O sero ser animado pelo dJ new touch. DOMIN-gO, DIA 24 DE MAIO - 12h00: Haver cortejo pela ruas rachel, Clark, at marie-anne desce st-urbain at duluth e subindo pela Clark at rachel. Com a entrada do cortejo haver missa solene. aps a entrada da coroao no subsolo, ser servida a tradicional sopa e cozido do divino Esprito santo oferecidos pelo mordomo. durante a refeio haver atuao do cantor Jorge silva e um concerto organizado pela Fpm. 21h00: sada das domingas e novo mordomo para 2016.

  • A Voz de PortugAl | 13 de MAIo de 2015 | P. 3

    Manuel de Sequeira rodrigueS

    2-6 feira: 8h30-18h30sbado: 9h00-16h00

    domingo: 10h00-13h30

    editorial

    Frias de enCantO

    todos ns precisamos, em determinado momento da nossa vida, de algum tempo para relaxar, revitalizar os sentidos, repo-sicionarmo-nos na nossa forma de vida. de nos retirarmos para um lugar onde os espri-tos cansados podem ser renovados e o vigor restabelecido. um lugar que realmente nos faa sentir melhor, na nossa sade e no nosso bem-estar, pode fazer a diferena. e sobretu-do valer a pena.

    Agora que o Vero se aproxima a passos largos e os destinos de sol e praia voltam a estar na ordem do dia, existe um sem-nmero de locais paradisacos para desfrutar: tanto podem ser beira-mar, entre areias suaves e guas clidas e azuis, como entre montanhas e campos verde-jantes, ou podem ser em aldeias ou cidades to cosmopolitas como romnticas.

    Foi a pensar nesse fascinante mundo de aven-tura que lhe oferecemos algumas recomenda-es e que seguramente encontrar outras que mais se adequam ao que procura e sua verda-deira medida.

    Em famlia, o Minho e a Beira Alta enqua-

    drados pela beleza natural e tranquilidade que provoca a aproximao desejada ao bem-estar, onde o tempo corre a um ritmo lento que com-bina paisagem, a simpatia das gentes, histria, arquitectura e uma gastronomia cheia de sabo-res e aromas. As termas romanas de So Pedro do Sul num edifcio moderno oferecem trata-mentos executados por reputados especialistas e os tratamentos oferecidos inclui uma consulta de sade para quem deseja prevenir ou com-bater o stress. Pela sua excelente localizao e reputao invejvel um retiro nico para recu-perar de certos males, da presso e da azfama dos ambientes urbanos.

    Sintra, a serena integrao da vegetao e o ar fresco da montanha fazem a delcia dos turistas em grande estilo. O palcio instalado no topo da montanha com vista para o mar foi desenha-do em harmonia com a natureza e destinado a captar os elementos da natureza, terra, ar, gua e cultura.Parece cair num precipcio e que resulta num

    verdadeiro tratamento de repouso. Sintra um lugar romntico e oferece uma gastronomia nica.

    Arrbida um osis tranquilo com o fants-tico mar azul, o cu estrelado e a proximidade da vida noturna de Setbal, que oferece vrias opes para degustar a gastronomia local espe-cializada em sabores de peixe e mariscos.

    O Algarve tem o Sol, que por si s j um chamariz, est localizado bem de frente ao mar. A Quinta do Lago espera aqueles afortunados que optam pela seleo exclusiva de luxo. Toda a costa algarvia tem uma atmosfera mgica, in-teiramente dedicada beleza e bem-estar.

    Em Portugal tambm o Vinho Alentejano tem uma quota de mercado de quase 50%. Na Am-rica, em pases como o Brasil e Canad, o vinho Alentejano o preferido em nichos de mercado que consomem vinhos de mdia qualidade e so-bretudo as garrafeiras e reservas.

    agora o que h a fazer mostrar ainda mais e melhor a qualidade em crescendo de todos os nossos vinhos e do Sol de Portugal.

  • A Voz de PortugAl | 13 de MAIo de 2015 | P. 4

    Pe. antnio arajo

    beleza da Semana

    caSaiS da Semana

    O divinO Festa em mOvimentO

    a devoo e a festa ao divino, sendo profun-damente tradicionais, devem estar em con-tnuo movimento de atualizao aos novos tem-pos e aos costumes diferentes que vo surgindo entre ns. e no h, neste aspeto, qualquer con-tradio. Conservar os princpios fundadores no quer

    significar ficarmos parados no tempo. que o mundo mudou e muito. Os costumes so outros e o ambiente , hoje, completamente diferente dos tempos da fundao. Tudo vai mudando. Ns tambm. Aceitemos ou no, a vida social, polti-ca, econmica e religiosa vai sendo diferente, para o bem ou para o mal desta sociedade. Por isso, a renovao uma tarefa que a todos diz respeito. Com tempo e sensatez, ser ocasio para cami-nharmos e tentarmos ir mais alm. Uma festa em movimento aquela que se renova, se faz de hoje e procura falar s pessoas do presente. Pretender realiz-la com os mesmos ingredientes de h s-culos atrs, parece ser descabido, nada aconse-lhvel e nada eficaz. Nesta caminhada seria bom procurar substituir os aspetos que se afiguram ul-trapassados e sem grande sentido na atualidade. E todos ns sabemos, mais ou menos, quais so. O esprito de competio e a busca de protagonismo no cabem dentro do esprito da festa. Procuremos fazer as coisas com brio, simplicidade e arte, se possvel, e deixar os exibicionismos para os artis-tas em palco. Seria bom suprimir certos elementos da devoo que esto ainda muito ligados magia ou superstio. Dever-se-ia ensaiar novos cami-nhos que pudessem purificar a imagem de Deus, retirando-lhe toda a nuvem de vingana e dando--lhe brilhante aspeto de misericrdia e de ternura de Pai amoroso. A devoo ao Divino no dever viver-se apartada da vida real e concreta de todos os dias. Deve influenciar a vida pessoal e transmi-tir-lhe os verdadeiros valores humanos e cristos.

    Haver ainda um longo caminho a percorrer nes-sa perspetiva. O carter festivo destas celebraes ser de ter em conta e merecer muita ateno da parte de todos. Deve conservar-se e at promover--se, na medida do razovel e possvel. Seria bom valorizar a experincia de fraternidade, de amor e de verdade numa atitude de comunho na f e na prtica do cristianismo. A festa ao Divino deve constituir um momento privilegiado de encontro e de apostolado simples e humilde. Refazer teci-dos desfeitos e amizades perdidas, numa atitude de perdo, seria um dos principais objetivos de tal acontecimento. Assim, poderia surgir um novo es-tilo de compreendermos e vivermos a verdadeira fraternidade entre ns. E, nesse momento, passa-ramos a olhar o prximo de forma diferente e os pobres com mais ateno, justia e amor cristo. Em toda esta caminhada de renovao em ordem a uma verdadeira atualizao da festa e da devoo que lhe subjacente, ter que haver muito respeito pelo povo e muita verdade dialogante que possa conduzir a novas realidades. A pacincia e o saber dar tempo ao tempo ser de rigor. Ser necessrio ter presente que h razes que a razo no co-nhece. claro que dever existir um esprito de verdadeira abertura da parte de todos. Se cada um se acampar no seu terreno inviolvel, no chega-remos a lado nenhum. De notar que, o referido, diz respeito no s festa ao Divino mas a todas as outras. Aqui e noutras comunidades. Parece que novos tempos se anunciam com acomodaes de toda a espcie que, at ao momento, no con-seguiram ainda descobrir o melhor caminho. Mas, um dia, viro. Talvez mais depressa do que espe-ramos. Por isso, seria melhor e muito sbio, come-ar desde j. E no ser nada cedo. As respetivas comisses de festas, mordomias e pessoas mais diretamente responsveis, deveriam encontrar--se e, com o devido tempo e a necessria calma e tranquilidade, refletir sobre tal necessidade. Nes-se momento ter que reinar um objetivo comum que procure o bem do povo e no a realizao de tendncias ou caprichos pessoais. O que se procu-ra, nas festas civis ou religiosas, deve ser o bem de toda a comunidade. Com o esprito clubista mesmo que natural, nunca se poder ir muito lon-ge. A festa ao Divino, que vamos preparando, po-deria ser, at certo ponto, um pequeno ensaio para novos caminhos em horizontes renovados. Vivo a convico de que o Divino Esprito Santo ficaria contente com tal iniciativa de todos e cada um de ns. Esperemos que, com a colaborao de todos, assim possa vir a acontecer. Ser motivo de alegria para todos os de boa vontade e um passo dado em frente, rumo verdade.

  • A Voz de PortugAl | 13 de MAIo de 2015 | P. 5

    dia das mes nO OrientaL

    as rosas, flores favoritas das mes, tm um significado pela cor: o branco, pureza, doura e eternidade do amor de me, mesmo se esse branco se tornou smbolo dos faleci-dos, enquanto o vermelho, para aquelas mes, ainda no seu dever de me.

    O Oriental para partilhar a mesma alegria, teve uma noite muito agradvel, abrilhantada com o DJ ELITE e para as bocas apreciadoras de uma boa refeio, as cozinheiras do Oriental, confe-cionaram uma verdadeira delcia: como entrada

    meia lagosta com salada fria, seguida de uma sopa de pur de cenoura e como prato principal um filet-mignon com arroz e legumes. Para a sobremesa um delicioso bolo, para ho-

    menagear as mes, das quais a mais jovem era a Jessica Botelho e a mais idosa e por conseguinte mais experiente na vida de me, a senhora Elisa Pinto.

    Mais uma vez, o Clube oriental, esteve al-tura deste grande dia, realando o nome da-quela que nos deu a vida, que sempre nos se-gue e protege e que se escreve com trs letras apenas, Me.

    telMo BarBoSa

  • A Voz de PortugAl | 13 de MAIo de 2015 | P. 6

    CaSa do alentejo de toronto, galeria alBerto de CaStro

    apresentaO dO LivrO de manueL CarvaLhOilda janurio

    Caros amigos, ofereci-me para fazer a apresenta-o do livro do nosso convidado porque, alm de gostar da escrita deste autor luso-quebequense, sem-pre achei que os contactos e o intercmbio cultural entre as duas maiores comunidades portuguesas no Canad Montreal e Toronto -, so demasiado es-cassos. Afinal, e em termos de distncia geogrfica, estamos relativamente perto, apesar de reconhecer que um fim de semana no seja suficiente para ma-tarmos saudades ou nos ficarmos a conhecer me-lhor. Morei em Montreal at 1982, e muitas vezes l regressei em visita, e numa delas, em 2005, conheci o Manuel com quem tomei um caf no boulevard St-Laurent, conhecida como a Main, altura em que ele me ofertou dois dos seus livros: Parc du Portu-gal e beira-Main. Recentemente, recebi, por inter-mdio de Joaquina Pires, co-autora com Manuel de dois livros, Rostos, Olhares e Memria e Rostos, Olhares e Identidade, que consistem de entrevistas com pessoas de primeira e segunda gerao, que ti-veram impacto na comunidade de Montreal. A ni-ca obra do Manuel que eu no tinha lido era Um Poeta no Paraso, publicada em 1994. Mas antes de 2005, j eu conhecia a revista on-

    -line Saturnia - Letras e Estudos Luso-Canadianos, em que Manuel enumera, por meio de curtas bio-grafias, todos os luso-canadianos que publicam no Canad, tarefa nada pequena atendendo s distn-cias e falta de uma editora luso-canadiana, que coordene todos estes esforos de publicao que se ficam, apenas, pelas vrias tipografias das comu-nidades portuguesas neste pas. O Manuel foi um grande pioneiro com a Saturnia. Atualmente, a Sa-turnia abrange muito mais do que escrita e passou a enumerar artistas e profissionais nas comunidades lusas, uma tarefa enorme e desgastante...Foi portanto com agrado que aceitei colaborar com

    a Carmen Carvalho nos preparativos para fazer o lanamento do novo livro do Manuel em Toronto, assim como a exposio dos trabalhos da Maria Joo, e partilhar a responsabilidade para que corres-se bem este evento, embora a Carmen tenha feito toda a organizao logstica. Tanto a Carmen como eu fazemos parte do Ncleo de Leitura da Casa do Alentejo e esta atividade insere-se dentro do mbi-to do Ncleo, aqui representado tambm pela nossa M. C., Felicidade Macedo Rodrigues. Desejosa de conhecer o ltimo livro do Manuel e de voltar a ler os anteriores, ofereci-me para fazer a apresentao. E como eu sempre digo, no sendo eu formada em Letras e Literatura, mas em Antropologia, as mi-nhas palavras so as da leitora interessada e da pes-quisadora que se debrua sobre questes de migra-o, gnero, etnicidade, origem regional, gerao e classe social. Tenho tambm um grande interesse por questes do foro psicolgico, lingustico e espi-ritual. E a obra do Manuel de alguma forma aborda todas estas dimenses, que no terei tempo de ana-lisar em pormenor nesta ocasio. No beira-Main, em que esto reunidos trs livros (incluindo Saga e Parc du Portugal), tomamos conhecimento com um grupo de amigos que tem o hbito de se encontrar na loja do canto do aoriano para tomar umas cer-vejas e conviver. Loja que eu conheci, situada, se bem lembro, na rua Marie-Anne com a St. Urbain. Os curtos captulos focam, cada um, um casal e uma dimenso da vida de imigrante de classe trabalhado-ra: desde o trabalho e a compra da casa integrao, ao plano de regresso a Portugal, vida de famlia, s tenses entre homem e mulher, entre pais e filhos,

    etc.. Ao invs, o enredo deste ltimo livro sustido por um s protagonista, Manuel, imigrante atpi-co, trasmontano de classe mdia, professor de mi-rands, que um dia emigrou por amor, no por ne-cessidade nem esprito de aventura, e transplantou, com a mulher Susana, umas florinhas selvagens da Serra de Montesinho, em Trs-os-Montes, para o seu quintal em Montreal. Estas florinhas, retratadas por Maria Joo na pintura que adorna a capa do li-vro, e cujo nome cientfico nos escapa, passam a ser designadas por montesinhos. Depois delas, ocupam espao importante neste romance, a Susana, a fale-cida e bela mirandesa e o sogro, o falante de miran-ds, que convence Manuel a tomar responsabilida-de pelo supermercado portugus na Main. Tambm o esprito do livro O Principezinho de St. Exupry

    se sente em algumas pginas. No importa tanto que seja o protagonista um al-

    ter ego do Manuel. Ele assume na primeira pessoa, de maneira romanceada e potica, o leme do bar-co das questes migratrias, desta feita formuladas pelo comportamento e as palavras das flores que ele, no seu desespero de ver medrar, aqui sinnimo de integrar, transplanta para o Parc Jarry ou Jarry Parc. Este parque um lugar emblemtico situado no centro-norte da ilha de Montreal, no arrondis-sement de VilleraySaint-MichelParc-Extension. Foi o parque da equipa de baseball dos Montreal Expos (1969-1976), onde o papa Joo Paulo II ce-lebrou missa para mais de 300.000 pessoas, e ainda onde se celebrou a festa da S. Jean-Baptiste (1964) com mais de 40.000. Tem sido, portanto, palco de desporto, religio e patriotismo, e de maneira silen-ciosa, de migrao. Parc Extension foi onde inicial-mente a minha famlia se estabeleceu chegada ao Canad e continua, que eu saiba, a ser uma rea de forte concentrao migratria. Ao transferir-se para o parque e tomar residncia temporria nas cerca-nias a fim de assegurar a sobrevivncia dos mon-tesinhos, o protagonista do livro abre o leque das suas constataes sobre as questes de transplante migratrio e de integrao para alm da comuni-dade portuguesa. Desfilam no parque imigrantes de outras etnias e no-imigrantes, e nem todos so figuras marginais e desequilibradas. Entre eles, al-guns sbios e pessoas reduzidas insignificncia social apenas por no serem apreciadas e com-preendidas. O protagonista consegue o seu objeti-vo de ver medrar as flores mas com resultados mistos, dado que elas continuam a comunicar-lhe o seu desagrado, aparentemente caprichosas la xu-pery; ou no fosse um imigrante residente h longos anos um ser hbrido e amide desagradado. Ao fa-zer contas vida, constata sempre que a soma das partes geogrficas e culturais que o constituem, sempre maior (e por vezes at menor) do que havia planeado, dependendo de como negoceia as suas duas, ou mais, identidades. Dois e dois no somam quatro, um desatino! Quantos de ns no vivemos a odisseia dos montesinhos e a do seu guardador? Com percia e profundidade, Manuel Carvalho des-creve-nos este processo ambivalente e tortuoso da transplantao migratria, em muitos casos nunca

    resolvido, e avana mesmo, para uma anlise meta-fsica da questo: 1) seremos ns donos dos nossos pensamentos e aes, 2) ou funcionaremos ns se-gundo o plano de um Ser superior cujos desgnios no conhecemos; ou ainda, 3) seremos apenas ns produtos do acaso? Umas setenta pginas mais tar-de (e o romance tem pouco mais de 100), na frase de um sbio idoso, imigrante italiano, que conheceu no Jarry Parc, vem a resposta, que primeira:- Tudo se passa dentro da nossa cabea. No dia em

    que deixares de precisar das tuas flores, elas deixa-ro de precisar de ti. ()- Mas como conseguirei libertar-me dessa depen-

    dncia?- Por vezes preciso regressar s origens para reen-

    contrar a parte de ns prprios que perdemos pelas escarpas da vida e voltar a reconciliar-nos com o mundo que nos rodeia. Essa mutilao a me de muita infelicidade. Fim de citao. O Manuel se-

    gue o conselho do idoso e volta serra de Mon-tesinho para se certificar da consequncia dos seus atos em relao s flores transplantadas. Recebe o resto da lio que tinha que aprender das flores re-sidentes, nunca transplantadas: - Os vossos irmos so muito infelizes [no Parc Jarry], acreditem em mim. - Enganas-te mais uma vez () no pode ser infeliz quem segue as leis da natureza. Ns, os seres vivos, somos portadores duma inquietude crnica que a chave da evoluo e do progresso. Leva--nos contigo aventura pelos caminhos do mun-do, e liberta-nos desta vida sem esperana de dias melhores. () - s um fraco, incapaz de assumir o protagonismo que te coube representar. Deixaste-te enlear nas tuas prprias dvidas. As vozes que ou-vias eram os teus prprios medos, as tuas angstias e incertezas. Os nossos irmos s poderiam mostrar gratido por tudo o que fizeste por eles. Naquele momento recordei as palavras sbias do Mestre: O mundo real o que existe dentro da nossa ca-bea, todo o resto fantasia. (pginas 89-90) Fim de citao. No pude deixar de pensar que esta me-tfora se pode tambm aplicar questo poltica e econmica, como das geraes, da interdependn-cia entre pais, filhos e netos, e isto independente-mente do contexto migratrio. Passmos da rigidez do protagonismo dos nossos pais na educao que recebemos, para a incapacidade de assumir o nosso prprio protagonismo de pais, com firmeza e cari-nho, em vez da rigidez que eles tinham e que nos impedia de seguirmos a nossa verdadeira vocao e criatividade. Vem mente o episdio do jovem Mrio no beira-Main, que era bom jogador de hquei e cujo pai lhe exigia o impossvel para ser ainda melhor, com resultados catastrficos: crescer mais cinco centmetros... Vou acabar dizendo que a profundidade do material apresentado por Manuel Carvalho, que se presta a vrias leituras, e onde no falta o humor e a vivacidade dos dilogos sempre bem conseguidos, tornaro a vossa leitura deste li-vro um prazer. Ele constitui tambm uma boa re-flexo sobre as nossas prprias experincias como seres hbridos transplantados. Somos todos, simul-taneamente, montesinhos e os seus guardadores! Parabns, Manuel, por mais um livro bem con-

    seguido!

  • A Voz de PortugAl | 13 de MAIo de 2015 | P. 7

    Jantar em beneFCiO das marChas da apC

    a associao portuguesa do Canad organi-zou no passado sbado dia 9 de maio um jan-tar em benefcio da sua Marcha joanina com o objetivo de angariar fundos para pagar os trajes e as alfaias das marchantes. A festa comeou cerca das 19:30 com queijinho

    fresco e po. Seguiu-se uma sopa de legumes e uma entrada de salada de bacalhau com feijo frade e ovos cozidos.O prato principal foi um su-culento lombo de vaca com batatinhas assadas no forno, grelos salteados, arroz e molho trs pimentas. A sobremesa um gelado de baunilha com pssego, um coulis de morangos e amn-

    doas. A jantar foi muito farto e saboroso graas qualidade dos ingredientes e equipa que os confeccionou: Jos Fernandes, Conceio Cor-reia, Margarida Martins, Laura Fernandes e J-lia Ferreira. Mais tarde ainda houve uma mesa com: bolos, frutas, pudins e outros doces em abundncia.A noite foi abrilhantada pelo conjunto Reality

    que voltou ao palco pela primeira vez depois de onzes anos sabticos. Este grupo foi muito conhecido de 1974 at 1994 pela dispora por-

    tuguesa de Montreal como os Reality e depois como os Sparkles. Os msicos: Jos de Melo na bateria, Librio Lopes no baixo, Antnio Moniz na guitarra eltrica, Joo Benevides no teclado e Antonio Sousa na voz surpreenderam pela posi-tiva. Perguntei ao baterista o que tinha motivado o conjunto a reunir-se e voltar ao ativo depois de mais duma dcada longe do palco. Queramos voltar para recordar o passado e matar saudades da boa msica portuguesa dos anos 60, 70 e 80. O conjunto quer continuar a animar a cena musi-cal dos nossos portugueses. Quem quiser infor-maes pode contactar o Jos no 450-462-9561 ou Antonio no 450-670-9385. A responsvel da marcha Suzete Nbrega fez

    questo de agradecer a presena e participao

    de todos mas de modo especial das marchantes que ainda se vestiram para apresentar uma mar-cha de anos passados.

    Fiquem atentos este ano festa de So Joo no adro da igreja Santa Cruz pois a Marcha da APC tem sangue novo, madrinha nova e um novo en-saiador.

    elizaBethMartinS Carreiro

  • A Voz de PortugAl | 13 de MAIo de 2015 | P. 8

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    uma expOsiO de memria

    na tera-feira passada, o 5 de maio de 2015, a Sra. natrcia rodrigues organi-zou uma envernizamento em memria da sua me falecida, a Sra. Cipriana Moita e do seu

    marido falecido, o Sr. jos rodrigues. o en-vernizamento teve lugar na grande sala do restaurante Chez le Portugais.Esta exposio, onde familiares e amigos pu-

    deram assistir, era constituda de vrias obras de

    arte da Natrcia Rodrigues, que estavam tambm espalhadas atravs do restaurante. Na grande sala, uma pintura da sua me faleci-

    da e do seu marido estava exposta, acompanhada por uma grande variedade de fotografias de Jos Rodrigues, que foi um dos melhores fotgrafos do jornal A Voz de Portugal. As fotografias re-presentavam a famlia e a vida comunitria. O Sr. Rodrigues era muito orgulhoso das suas ra-zes aorianas. Poesias e artigos artesanais esta-vam presentes nesta exposio multidisciplinar.

    A Sra. Cipriana Moita, me de Natrcia, nasceu no Alentejo, a 15 de abril de 1924, e faleceu em Montreal, o 4 Julho de 2012. O Sr. Jos Rodri-gues nasceu em Lagoa, So Miguel, o 5 de de-zembro de 1948, e, faleceu em Montreal, no dia 23 de maio de 2012. Por ter conhecido a ambos, no foi uma surpresa de ver esses dois amigos nos deixarem no mesmo ano.Parabns a natrcia rodrigues por nos dar

    uma pequena janela dos seus talentos. nun-ca esqueceremos deles, no nosso corao e no nosso pensamento.

    Miguel Flix

  • A Voz de PortugAl | 13 de MAIo de 2015 | P. 9

    O FadO COimbra, O primeirO suCessO de LusObeC

    Foi no 9 de maio, que o organismo luso-bec apresentou a sua primeira actividade cultural, na igreja Saint-jean-Baptiste. igreja cheia, um evento excepcional, com o grupo lu-sitaniae Musica e guitarristas de Portugal do grupo razes de Coimbra O espectculo comeou com um pequeno atraso

    com os discursos do Dr. Leonardo Soares, (presi-dente fundador de Lusobec) e do Dr. Jos Guedes, cnsul geral de Portugal em Montreal. Os dois sublinharam a inmera presena dos espectado-res, como riqueza da cultura de Portugal. A igreja

    estava lindssima, com um jogo de luzes divino, apresentando imagens antigas a preto e branco da cidade de Coimbra, tema do concerto, com 24 msicas numa noite hmida. O grupo Lusitaniae Musica composto por Mario Giroux, violinis-ta diplomado da universidade de McGill, Ingrid Hollerbach, pianista brasileira, Filipe Batista, fun-dador do grupo e a jovem fadista convidada Cathy Pimentel, fadista desde 2012. Vindo de Portugal,

    e em particular da cidade de Coimbra, os guitar-ristas Rui Pato (mdico pneumologista da Univer-sidade de Coimbra, toca a guitarra clssica e j acompanhou os grandes nomes como Jos Afon-so e Luiz Goes), Octvio Srgio ( diplomado em cincias fsico-qumicas pela universidade de Coimbra, toca guitarra portuguesa, e actuou com o fadista Jos Afonso) e Paulo Alexandre (forma-

    do em economia na universidade de Coimbra e toca guitarra portuguesa).Na primeira parte escutmos 13 temas, e 11 na

    segunda parte, que teve lugar depois de 10 mi-nutos de intervalo. Os espectadores tiveram a oportunidade de descobrir o fado de Coimbra com a voz feminina de Cathy Pimentel, e a voz masculina de Filipe Batista. Tambm tivemos a oportunidade de descobrir o fado em 9 msicas instrumentais. A diversificao dos temas foram

    uma fora, como a Cano aoriana ou os Con-tos velhinhos. Devemos sublinhar o profissiona-lismo de Cathy Pimentel, que soube falar com o pblico, mas tambm soube controlar a situao, quando uma das guitarras portuguesas teve um problema tcnico.O fado de Coimbra tem as suas origens nos estu-

    dantes de todo o pas que levavam as suas guitar-ras para Coimbra. Canta-se noite, quase s es-curas, em praas ou ruas da cidade. O local mais tpico na praa junto ao Mosteiro da S Velha.

    O Fado de Coimbra acompanhado igualmente por uma guitarra portuguesa e uma guitarra cls-sica (tambm aqui chamada viola). No entanto,

    a afinao e a sonoridade da guitarra portuguesa so, em Coimbra, diferentes das do fado de Lis-boa na medida em que as cordas so afinadas um tom abaixo, e a tcnica de execuo diferente por forma a projetar o som do instrumento nos espaos exteriores, que so o palco privilegiado desta cano. Tambm a guitarra clssica se deve afinar um tom abaixo. Esta afinao pretende transmitir msica uma sonoridade mais soturna, relativamente ao Fado de Lisboa.A fundao Lusobec uma organizao que tem

    por objetivo de manter a importncia da histria, da cultura, da educao e do desenvolvimento social das pessoas da comunidade Luso quebe-quenses. Com a finalidade de dar uma melhor projeo coletiva da comunidade para uma me-lhor participao, integrao e contribuio para o

    desenvolvimento e enriquecimento da sociedade de acolhimento. Tambm, quer desempenhar um papel de liderana no financiamento de projetos sem fins lucrativos em cultura, educao, assis-tncia social e progresso da comunidade. Suportar a implementao e divulgao de ideias novas e promissoras. Muitos parabns Lusobec, Lusitaniae Musica,

    Razes de Coimbra, aos patrocinadores do evento que foram muitos, e ao excelente pblico. J esta-mos espera do prximo evento da Lusobec.

    Miguel FlixFotoS de joo arrudae de Manuel riBeiro

  • A Voz de PortugAl | 13 de MAIo de 2015 | P. 10

    Quinta-feira 14 de maio- procisso de velas, 12 de maio- consul de portugal recomenda as pessoas a recensear-se

    sbado 16 de maio- dominga do divino esprito santo na famlia rocha

    programa da semana

    [email protected]

    exCeLente COnCertO nO pLaCe-des-arts

    quarta-feira, dia 6 de maio s 20h00 na grande sala de Wilfrid-Pelletier do Place-des--arts teve um acontecimento mui-to raro, pela primeira vez, duas formas musicais marcaram a sua presena no mais alto nvel em Montreal.Flamenco e Fado de Coimbra, uma

    combinao maravilhosa dos dois pases, Espanha e Portugal. Entre todas as coisas que partilhamos, a msica foi uma delas. A Primeira

    parte do concerto Luisitaniae Musi-ca - sob a direo de Filipe Batista, Mario Giroux, Ingrid Hollreback e a cantora Cathy Pimentel, e, vin-do de Portugal, Raizes de Coimbra com Rui Pato, Octavio Sergio, e Paulo Alexandre. O Fado de Coim-bra marcou presena pela voz femi-nina da Cathy Pimentel e de Filipe Batista no Place-des-Arts.A segunda parte do concerto foi

    Diego El Cigala e os seus msicos. Diego El Cigala, O PRINCE DO FLAMENCO, natural de Madrid, considerado o MAIOR CANTOR de Flamenco, conhecido no mundo inteiro, trs (3) vezes vencedor do mais alto Prmio Grammy. Conti-nua a encantar plateias de concertos o seu famoso CD Lgrimas Negras com mais de 1 milho de CD vendi-dos foi sem dvida um concerto es-petacular. Todos os presentes nesta grande sale repleta de pessoas tive-ram o privilgio de o ouvir.

    O dia das mes

    FranCiSCa reiS

    Para saber se uma pea de tea-tro ou um filme bom, tem que se esperar o fim, para se co-nhecer a concluso ou perceber a ideia do espetculo. o que lhes vou dizer, pode parecer vaidade ou publicidade, esperem a cena final... colada ao genrico.Vou-vos falar de mim, mas... no

    por vaidade ou para publicidade. Quero que saibam que no sou ve-deta de cartaz, porque no quis.Nasci povo, e quero morrer povo.

    Tive uma vida excecional. Tive uma vida cheia de sorte. Ultrapassei o que a vida esperava de mim.Aqui vo muitas coisas que vivi,

    entre muitas outras. Fui laureado como mmico no Teatro das Naes em Paris. Recebi vrios outros pr-mios: de encenao, de produo, mesmo de poesia em lngua portu-guesa... Representei em todos os ca-sinos, da Costa Azul Franesa. Fui criador do departamento, diretor e professor de teatro na Universida-de de Moncton. Representei vrios primeiros personagens clebres, de teatro clssico, frans, espanhol e portugus. Conheci pessoalmente pessoas de alto nvel, e grandes ar-tistas. Como Jacques Brel, Gilbert Becaud, Gilles Vigneault, Gerard Philipe, Paul Taylor, Bernard Lan-dry, Lus Francisco Rebelo, Florbe-la Queirs, Nicolau Breyner, etc.Conheci, uma mulher excecional,

    a minha esposa, Lusa, escritora e colaboradora preciosa dos meus trabalhos profissionais, e me das minhas duas filhas, que so um or-gulho das mulheres do Quebeque.Fui amado, por mais de um milho

    e quinhentas mil crianas nas esco-las do Quebeque, Ontrio e Novo Brunswick.Sou um pionieiro na integrao do

    teatro no quadro das escolas, prim-

    rias, secundrias e universitrias do pas, (44 anos de trabalho).Participei a muitas e variadas emis-

    ses de televiso, anncios e filmes, muitas vezes com papel principal. Criei uma escola de teatro, que faz este ano 30 anos de atividades.Fui ator, encenador, cineasta,

    marionetista, mestre em teatro de sombras, e fui palhao, um dos per-sonagens, que mais me emocionou e que me deu maior prazer a fazer, durante toda a minha vida artstica.Escrevi e publiquei, mais de 200

    peas de teatro, etc. H dois anos, voltei minha lngua

    de origem, com um prazer desmesu-rado. Atualmente estou apaixonado por vocs emigrantes portugueses, como eu sou, e que sofri, como vo-cs, todo o tipo de problemas, mes-mo de racismo.H dois anos que descubro uma

    nova vida. Estou apaixonado por vocs, gentes do continente, do Brasil, de Angola, e especialmente, dos Aores. Escrevi para vocs, pa-lavras que o meu corao me dizia de vos dizer. Tudo isto, porque tive uma me, pobre, mulher do povo, que se sacrificou por mim. Aben-oada sejas me, que te ocupaste de mim. Abenoada seja me, que sofreste com a minha sade. Aben-oada sejas me que fizeste de mim um homem educado. Abenoada seja me que fizeste de mim um tra-balhador. Abenoada seja me que me ensinaste o respeito dos outros.Abenoada seja me que sempre estiveste presente em todos os bons ou maus momentos da minha vida. Abenoada seja me que fizeste de mim o que eu sou. Espero que l em cima estejas orgulhosa do filho que fui e que sou. Abenoado o ventre que me deu a vida.

    luiz Saraiva um amigo se quizerem.

    luiz Saraiva

    A Cathy Pimentel abriu o espeta-culo elogiada pela sua linda voz, conquistadora de uma ligao caris-mtica com o pblico. Cathy canta desde da idade de 16 anos e o fado desde 2012, a sua paixo o Fado. Raul Cuza, o manager da Cathy,

    tem o prazer de levar Cathy ao mais alto nvel de carreira, aos maiores

    boleros da histria da msica. Os prximos meses vo ser certa-

    mente muito ocupados, com muitos projetos. A comecar com dois no-vos albums. Paul Cuza homem de respeito e muita saboderia j traba-lhou com vrias artistas desde 1997.Bem haja e continuao de mais

    sucesso.

  • A Voz de PortugAl | 13 de MAIo de 2015 | P. 11

    domingo dia 10 de maio, dia das Mes, dia para celebrar e agradecer a todas as mes que o

    qual deve ser todos os dias. comemorado em outras datas em

    vrios pases que vo desde maro at dezembro. Na nossa comunida-de houve muitas celebraes, almo-os e jantares familiares nos clubes, associaes, restaurantes. Tivemos a oportunidade de comemorar este

    dia no Hotel Le Mirage Blainville que, todos os anos, o nosso amigo Manuel Puga e a sua equipa prepa-raram um BRUNCH, foi um am-biente maravilhoso, muita comida para todos os gostos, e boa msica.Deus escolheu a Mulher para ser

    as Mes do mundo por isso Deus

    quando criou a Mulher, soube mui-to bem o que estava a fazer.Me capaz de dar sua vida pe-

    los seus filhos, isto a fora de ser Me. No tem nada que uma Me no possa enfrentar para o bem dos seus filhos, no se encontra palavras suficientes para descrever o que

    dia das mesFranCiSCa reiS

    com muito orgulho que vou representar o Canad, meu pas de origem, nas Sanjoaninas de 2015. Ter sido escolhida para dama

    de honor da Rainha das Festas, um privilgio. Por coincidncia ainda tenho laos familiares com a Rai-nha das Sanjoaninas 2015.Tenho 21 anos e nasci em Mon-

    sentimos pelos nossos filhos, amor incondicional, amor sem fronteiras dar e no receber nada em troca.A Me emigrante uma Me guer-

    reira, batalhadora, pois lutamos dia--a-dia pelas nossas razes, pela nos-sa cultura e tradies. Como Me emigrante tenho uma misso a cum-

    prir e nunca desisto de semear jun-to dos meus filhos a minha cultura e as minhas tradies com amor e

    esperana que um dia, eles passem as nossas memrias e costumes para os seus filhos.Por detrs de um homem h sem-

    pre uma grande mulher A SUA ME.que deus guarde e proteja todas

    as Mes do Mundo so os votos

    do jornal a voz de Portugal. haja sade.

    treal. Minha me natural do Ra-minho e meu pai da Agualva. Dei-xaram a sua Terceira em 1991, para se instalarem nesta provncia do Quebeque. Tenho um irmo com 14 anos que se chama Alex.

    Frequento a Faculdade de Edu-cao da Universidade do Que-beque em Montreal; o meu sonho ser professora.Gosto de cinema, de ler, de via-

    jar e de estar entre amigos e fa-miliares.Tenho visitado com alguma fre-

    quncia a terra de meus pais. Isso fez com que aprendesse muito sobre as minhas origens.Participo nas actividades socio-

    culturais da minha comunidade, muito em particular na Associa-o Portuguesa do Esprito San-to, mais conhecida pela Associa-

    o Portuguesa de Hochelaga.

    Com amizadeBetty Cardoso-Correia

    Betty CardoSo-Correia

    betty CardOsO-COrreia, ranhadas Festas nas sanJOaninas

  • A Voz de PortugAl | 13 de MAIo de 2015 | P. 12

    Primeiro graas a

    deus e logo a jos

    porque tenho o

    meu filho vivo

    em meus braos...

    Porque com uma bru

    xaria esteve perto de

    morrer...

    jos curou-o, proteje

    u-o e mostrou me a c

    ara do inimigo que er

    a a

    minha propria Me q

    ue cometeu esse acto t

    ao selvagem por odi

    ar a

    Minha esposa ... qu

    e deus a perdo-e. Fr

    ancisco Cunha

    depois de tentar tan

    ta vez e de tanto tem

    po e dinheiro

    perdido em BruxoS

    e videntes que tanto

    me engaa-

    rao eu achava impos

    sivel ter a Minha f

    amilia comigo

    outra vez s jos ret

    irou os inimigos da n

    ossa relaao e

    nos trouce felicidade

    ... recomendamos os

    trabalhos de

    amor de jos.

    Familia raposo

    a doena de meu espo

    so nao tinha esplicaa

    o , vesitamos vrios

    hospitais e fizemo

    s varios tipos de

    tratamentos e nen

    hum lhe

    resultou . ninguem co

    rou-o apenas controla

    vam as suas dores.

    at que jos aparece

    u e tirou lhe a bruxar

    ia que era a raz da

    doena e mostrou nos

    a cara do inimigo... o

    brigado jos

    loudes e rubn Mota

    testemunhOs

  • A Voz de PortugAl | 13 de MAIo de 2015 | P. 13

  • A Voz de PortugAl | 13 de MAIo de 2015 | P. 14

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    Festa em LOuvOr dOdivinO espritO santO...FotoS de huMBerto CaBral

    a associao Portuguesa do esprito Santo, situada no 6024 da rua hochelaga, cele-brou do 2 ao 10 de Maio a festa em louvor do divino esprito Santo.

    Sbado, 2 de maio de manh, teve lugar no far-me Clement Poissant a seleo dos bezerros. E, noite teve lugar uma cantoria.Durante a semana, do 3 ao 9 de maio havia o

    tero na Associao Portuguesa do Esprito San-to. Na sexta-feira 8 de maio, aps a recitao do tero, houve a carne guizada que foi servida a

    todos os presentes.No sbado, houve a festa popular com o grupo

    Evolution que fizeram um grande espetculo.Domingo foi um dia muito ocupado. O Dia das

    Mes um dia importante para todas as famlias portuguesas.Aqui a lista das pessoas que vo ter as domin-

    gas para o ano 2016: 1 Dominga Brian Costa; 2 Dominga Francisca Dias; 3 Dominga Grupo de amigos; 4 Dominga Dcio Cardoso; 5 Domin-ga Associao do Esprito Santo; 6 Dominga Mario Godinho; 7 Dominga Carlos Rosa.Parabns a toda a equipa e direo, que fi-

    zeram desta festa um acontecimento bem su-cedido.

    FOtOs das COrOaes dasdOmingas de santa CruzFotoS de Manuel neveS

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  • A Voz de PortugAl | 13 de MAIo de 2015 | P. 15

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    a 13 de maiO Chega aO FimtransiO para aCOrdO OrtOgrFiCOna quarta-feira cumprem-se os seis anos do perodo de transio para a aplicao do Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa, tendo em conta a data de 13 de maio de 2009, que marca a entrada em vigor em Portugal.Acordo Ortogrfico (AO) uma conveno in-

    ternacional, que em Portugal foi aprovada por re-soluo da Assembleia da Repblica em 2008. A nova grafia usada desde 01 de janeiro de 2012 nos documentos do Estado, em todos os servios, organismos e entidades na tutela do Governo, bem como no Dirio da Repblica, embora ainda sujam, com alguma frequncia, palavras escritas com a antiga ortografia. Quando aprovou esta me-

    dida, em 2008, o Conselho de Ministros adotou tambm o Vocabulrio Ortogrfico do Portugus e o conversor Lince como ferramentas de suporte nova grafia, disponibilizados em www.portal-dalinguaportuguesa.org. e sujeitos a alteraes pontuais at 2015. O Vocabulrio Ortogrfico Comum da Lngua Portuguesa (VOC) a plata-forma que alberga os instrumentos que determi-nam legalmente a ortografia da lngua portugue-sa, tendo sido reconhecido oficialmente pelos estados membros da Comunidade dos Pases de Lngua Portuguesa (CPLP). A assinatura do acor-do baseou-se em objetivos de reforo do papel da lngua portuguesa como idioma de comunicao internacional e de uma maior uniformizao or-togrfica entre os pases da CPLP. A nova grafia chegou s escolas portuguesas faseadamente, co-meando no ano letivo 2011-2012 e completando--se no presente ano letivo, com a obrigatoriedade de aplicao em todas as provas e exames. Vrios autores manifestaram-se contra o acordo, conti-nuando a escrever at hoje pela grafia anterior, o mesmo acontecendo em jornais e outras publica-es, o que levou associaes de professores a de-fender mais alguma tolerncia com os alunos por o AO ainda no estar consolidado na sociedade portuguesa. Face a iniciativas destinadas a sus-pender a aplicao do acordo, nomeadamente nos exames escolares, o Ministrio da Educao fez saber recentemente que no sua inteno acei-tar essa pretenso. Importa equacionar os cons-trangimentos que uma eventual suspenso do AO provocaria, pois desde 01 de setembro de 2011 que o mesmo est implementado e em uso em

    todos os organismos da Administrao Pblica e nas escolas, justificou. O acordo foi assinado em Lisboa em 1990, resultando o texto da discusso ento realizada em Portugal, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guin-Bissau, Moambique e So Tom e Prncipe. A resoluo da Assembleia da Rep-blica n. 35/2008 aprovou o acordo do Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortogrfico da Lngua Portuguesa, adotado na V Conferncia dos Chefes de Estado e de Governo da CPLP, realiza-da em So Tom em 26 e 27 de julho de 2004. O depsito do respetivo instrumento de ratifica-o foi efetuado em 13 de maio de 2009, tendo o referido acordo entrado em vigor para Portugal

    nesta data, de acordo com aviso do Ministrio dos Negcios Estrangeiros publicado em Dirio da Repblica. O Acordo Ortogrfico foi ratificado pela maioria dos pases lusfonos, exceo de Angola e Moambique. Em Angola ainda no foi ratificado por qualquer rgo poltico, enquanto em Moambique j foi aprovado em Conselho de Ministros, faltando ainda a ratificao pelo parla-mento. no Brasil, pas que, tal como Portugal, esta-

    beleceu uma moratria para a aplicao plena, o Acordo Ortogrfico entra em prtica em ja-neiro de 2016.

    MONArquIA pODE rEgrEssAr?AcrEDItO quE pOssvElduque de bragana elogiou regimes monrquicos

    europeus apontando-os como os maiores defenso-res do modelo republicano. Em entrevista ao jornal i, d. duarte falou sobre

    o modelo republicano portugus e de outros pases europeus, considerando que o pas ainda pode aco-lher a famlia real. Quando questionado sobre se h realmente a hiptese de portugal voltar a ter monar-quia, d. duarte disse que sim, que possvel. preciso que a Constituio seja alterada porque pela atual proibido fazer-se um referendo em que os portugueses possam escolher, notou o duque de bragana.a bem da democracia, esse assunto de-veria ser abertamente abordado at porque muitos republicanos referem que no haveria mal nenhum que Portugal tivesse um rei na chefia do Estado, co-mentou d. duarte. Foi ainda referido que, se pudes-se escolher, d. duarte adotaria o modelo atualmente existente no Luxemburgo, o pas com mais sucesso econmico da Europa.

    cONgrEssIstAs AMErIcANOsvIsItAM bAsE DAs lAjEsuma comitiva do Congresso dos Estados unidos

    da amrica chega hoje base das Lajes, na ilha terceira, e ser recebida pelo ministro dos negcios Estrangeiros e pelo presidente do governo regio-nal dos aores. no encontro com os congressistas norte-americanos, que sero acompanhados pelo embaixador dos Estados unidos em Lisboa, robert sherman, estaro presentes, alm do ministro de

    Estado e dos negcios Estrangeiros, rui machete, e do presidente do governo regional dos aores, vasco Cordeiro, a secretria de Estado adjunta e da defesa nacional, berta Cabral, lderes parlamenta-res regionais e outras entidades. Os Estados unidos da amrica anunciaram em janeiro que vo reduzir o seu efetivo militar na base das Lajes, o que leva-r ao despedimento de cerca de 420 trabalhadores portugueses.a Comisso bilateral permanente entre portugal e Estados unidos dever reunir-se a 16 de junho, em Washington, para debater esta questo.

  • A Voz de PortugAl | 13 de MAIo de 2015 | P. 16

    hlio Bernardo loPeS

    madre teresa da anunCiada - aCasO da ribeira seCaantnio Pedro CoSta

    Madre teresa da anunciada, a chamada freira do Senhor Santo Cristo, foi bati-zada na igreja de S. Pedro da ribeira Seca, no dia 25 de novembro do 1658, dia dedicado a Santa Catarina.Agora que o Ouvidor da Ribeira Grande se dis-

    ps a levar por diante o processo de beatificao daquela freira que faleceu com o odor de santi-dade, importa conhecer um pouco do ambiente familiar em que nasceu.Teresa de Jesus Quintanilha era a mais nova dos

    treze filhos de Jernimo Ledo Paiva e de Maria do Rego Quintanilha. Foi em Rabo de Peixe que os pais realizaram o seu casamento e onde nasceram os seus dez irmos mais velhos.A ligao a Rabo de Peixe adveio do facto de

    Maria do Rego Quintanilha, me de Madre Teresa ter perdido os pais ainda muito nova e foi viver para casa do seu tio materno, o Pe. Francisco de Torres Quintanilha, que era o Vigrio da Igreja do Senhor Bom Jesus, a partir de 1622, preenchendo a vaga pela morte do seu predecessor, Pe. Heitor da Cunha Vasconcelos, que falecera em 5 de No-vembro de 1621.

    Era um Padre muito culto e respeitado e esteve frente da Parquia durante 21 anos, ao que parece no intuito de no se afastar da sobrinha Maria do Rego Quintanilha. A todos dava proteo do que necessitavam e todas as suas atitudes recomen-dam-no como sacerdote de elevado sentimento humano, religioso e de muita dignidade.Quando os avs de Madre Teresa faleceram, sua

    me foi recebida em Rabo de Peixe por seu tio que a trataram com todo o carinho e lhe impri-miram uma educao muito ao gosto da poca, impregnada de moral religiosa.O Pe. Francisco de Torres Quintanilha esteve

    presente nas cerimnias de batismo dos dez pri-meiros filhos de Maria do Rego Quintanilha e de Jernimo Ledo Paiva, nascidos em Rabo de Pei-xe. No assento de casamento da Me de Madre Teresa exarado a folha 22 do Livro do Tombo da Parquia do Senhor Bom Jesus de Rabo de Pei-xe, referentes aos anos de 1622 a 1673, consta os dados relativos ao casamento ali realizado, tendo sido padrinhos Jernimo Quintanilha e sua mu-lher Francisca Antunes e Melchior Afonso Paiva e a mulher Maria Gomes, tendo assinado o livro Mateus Nunes.Daquele casamento nasceram em Rabo de Peixe

    os seguintes filhos: Francisco do Rego Quintani-lha, batizado em 10 de Outubro de 1632 e casou com Leoa Ricardes do Continente Portugus; Ma-riana do Rego Quintanilha; Maria do Rego Quin-tanilha ou Maria de Torres, a 29 de Janeiro de 1635, casou com Loureno Furado; Ana do Rego Quintanilha, a 12 de Fevereiro de 1637, casou com Manuel Fernandes Teixeira; Braz do Rego Quintanilha ou do Rego e S, a 9 de Fevereiro 1639 e casou trs vezes; Simo do Rosrio, a 13 de Janeiro de 1640; Manuel do Rego Quintanilha, a 18 de Maro de 1643, escrivo dos rfos: Isa-

    bel do Rego Quintanilha, a 7 de Agosto de 1645; Antnio do rego Quintanilha, 22 de Novembro de 1947 foi alferes; Isabel de Torres Rego Quintani-lha, 14 de Fevereiro de 1650. Todos os registos encontram-se no livro do Tombo da Parquia do Bom Jesus de Rabo de Peixe, arquivado na Bi-blioteca Pblica.A famlia mudou-se para a Ribeira seca, aps o

    falecimento do Pe. Francisco de Torres Quintani-lha, tendo nascido os restantes 3 filhos, a saber: Joana de Santo Antnio, batizada a 2 de Janeiro de 1653; Jernimo do Rego Quintanilha, a 4 de dezembro de 1655 e por ltimo Teresa de Jesus, a 25 de novembro de 1657.Do livro de assentos consta: margem Teresia,

    Teve licena para noviciar em 19 de novembro de 1681, no Convento de Nossa Senhora da Es-perana da cidade de Ponta Delgada. Entrou para o noviciado em 20 de junho de 1682, professou a 23 de julho de 1683, tomando o nome de Te-resa da Anunciada. Veio a falecer a 16 de maio de 1738, depois de ter exercido vrios cargos na vida conventual. No sentido de se incrementar o culto a Madre Teresa da Anunciada, como forma de se avanar com a sua subida aos altares e ser venerada como Beata, realizou-se pelo segundo ano consecutivo na cidade da Ribeira Grande a festividade do Senhor Santo Cristo dos Terceiros. Imagem que aquela freira ainda criana costuma venerar na Igreja dos Frades ou Igreja de Nossas Senhora do Guadalupe. Como se sabe, o Postu-lador da beatificao daquela Clarissa faleceu, o que vem atrasar o processo junto da Cria Roma-na da Causa dos Santos, pelo que se espera que D. Antnio, Bispo de Angra, se apresse a nomear outro, para que este processo no fique na gave-ta e apenas seja lembrado por ocasio das festas maiores dos Aores.

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    fIcOu tuDO quE cONsOlA A vErjOEl NEtOTerra Ch, 19 de Fevereiro de 2015Na quarta-feira nasceu a Charlotte, filha de Bailey

    e de ben. por razes que brad nunca explicou, mas que talvez tenham a ver com ben ser militar da ma-rinha americana, o casal mudou-se h algum tempo para gricignano di aversa, perto de npoles, e foi l que quis que a mida nascesse.Bailey a mais nova dos cinco filhos de Brad e Ka-

    ren, mas apenas a segunda a dar-lhes um neto. por isso, os avs anunciaram h meses que, chegada a altura, estariam fora quinze dias. na semana passa-da, Karen deixou a chave da sua loja de velharias, em Los angeles, com a empregada. brad pediu mais algumas horas de trabalho dirio a mother miriam, a velha colaboradora, e sugeriu aos ouvintes que en-viassem mensagens gravadas, para o computador editar e passar entre canes.Charlotte nasceu com oito libras e algumas onas.

    um beb grande e bonito. vi-a porque brad publi-cou uma foto no Facebook, e tenho pena. preferia t-la imaginado, como imaginei que ben fosse militar da marinha. na verdade, os ouvintes da martini in the morning nem a visitam no Facebook. uma r-dio de um pequeno pas como portugal chega a ter um milho e meio de seguidores. na martini in the morning, os ouvintes podem vir do mundo inteiro e menos de 14 mil subscreveram a pgina. a martini in the morning um pequeno negcio

    familiar. Foi fundada por brad, quando a Fabulous 690 Xetra o despediu para se tornar uma rdio his-pnica, e passa billie Holiday, sarah vaughn, dinah Washington aquilo que brad e mother miriam te-nham na estante. Existe apenas na internet e ns ouvimo-la no nosso roberts, aqui na terra Ch, noitinha, inclusive quando brad nos fala da mulher, dos filhos e dos netos, Charlotte agora includa.Fazemos parte da famlia e temos imensos planos

    para a garota.

    um exempLO FabuLOsO

    a vida de cada dia traz-nos novidades ver-dadeiramente fabulosas. Coisas que at tm o condo de se nos mostrar como autn-

    ticas anedotas. aquele tipo de situaes que, uma vez tendo lugar, no mais se esquecem. e foi isto, precisamente, que pude observar na passada sexta-feira, j pelo final da tarde, num dos noticirios televisivos, ao redor da recente prova dos professores e correspon-dentes classificaes.

    A certa altura, surgiu um quadro informativo desta realidade, indicando como fonte o IAVE, estrutura do ministrio dirigido por Nuno Crato, que foi um histrico membro do Partido Comu-nista Reconstrudo. Portanto, o verdadeiro, o le-gtimo, o tal... Nesta tabela, na rea da Biologia e Geologia, indicava-se terem sido presentes a exame cinquenta e trs professores, sendo que

    trinta e trs no tinham sido aprovados. E ento, frente deste ltimo dado, indicava--se que o mesmo correspondia a...42,3 %! Podendo ser um erro o verdadeiro valor

    62,3 % , a verdade que se o engano ti-vesse sido praticado por um dos candidatos, a resposta seria dada como errada. Simples-mente, esta resposta a do IAVE... O es-tranho, neste caso, que quem preencheu a referida tabela nem pensou um segundo no que estava a escrever. Nem quem fez a ta-bela, nem quem a viu posteriormente, antes de ser dada a conhecer pela grande comuni-cao social. E mesmo neste ambiente tam-bm ningum se deu conta de que trinta e trs em cinquenta e trs no podem ser 42,3

    %. caso para que digamos: bem prega Frei To-ms... Para j no se referir os mil e um erros, de

    todo o tipo, debitados, quase diariamente, pe-los jornalistas e comentadores das nossas tele-vises. Bem prega Frei toms

  • A Voz de PortugAl | 13 de MAIo de 2015 | P. 17

    partiCipaO demOCrtiCa

    nesta minha missiva, fao apelo a certas potncias intelectuais portuguesas espa-lhadas pelo estrangeiro, e, no me digam que no as h!Porque eu sei que elas existem!... S aqui no Quebeque temos vrias, tais como:

    o ministro das finanas, em ocorrncia o senhor Carlos Leito, j no falando de alguns deputa-dos do governo etc. como tambm outros perso-nagens mais eloquentes espalhados pelo resto do Universo. A minha missiva, a seguinte: sejam quais foram as razes que vos levaram a sair de Portugal, que sem dvida foram muito legtimas, peo-vos que tenham um pouco de clemncia, dignidade e de patriotismo. Tentem fazer alguma coisa pelo vosso pas. O nosso Portugal est em decadncia, estamos

    a perder a nossa identidade, e segundo parece, Portugal j comeou a ser vendido em parcelas aos estrangeiros, nas ltimas notcias j falavam que a Vila Moura no Algarve tinha sido vendida aos Estados Unidos.Enfim eu sei que isso no passa de simples deta-

    lhes, mas assim que as coisas comeam. Se ns como portugueses, no nos preocuparmos com a sorte e o destino do nosso pas, quem que se vai preocupar?

    na semana passada assistimos ao ato elei-toral no reino unido que decidiu ma-nuteno de david Cameron e os conserva-dores no executivo Britnico, desta vez com maioria.Acompanhmos com mais ou menos profun-

    didade diversos episdios da campanha eleito-ral, entre os quais destaco o total falhano das previses. A discusso ps eleies gira, entre os vrios assuntos que David Cameron ter que enfrentar e com os quais se comprometeu, com o papel que essas previses e o impacto que tive-ram no ato eleitoral. Assisti a diversas entrevis-tas de rua, e com as devidas reservas notei uma particularidade: a extrema importncia que os Ingleses em geral davam manuteno da es-tabilidade poltica, que entre outros fatores foi um dos aspetos que os ajudou a recuperar desta crise financeira que varreu diversos pases pelo mundo fora.Os favorveis indicadores econmicos e fi-

    nanceiros tiveram sem dvida peso no cidado Britnico na tomada da deciso nas urnas. Julgo que aqui as previses no falharam, apenas no consideraram que muitos eleitores iriam decidir mais no coletivo do que nas convices particu-lares, fato comprovado pelas opinies colhidas na rua de que o voto seria a pensar na estabilida-de e no nas convices.Entre as diversas entrevistas que vi na RTP es-

    tavam includas algumas na comunidade Portu-guesa radicada no Reino Unido. E foi aqui que fiquei mais atento pela curiosidade que natural-

    mente eu tinha em saber de impresses Portu-guesas sobre esse ato eleitoral. Das diversas pessoas contactadas verifiquei que aqueles com mais antiguidade no Reino Unido pareciam ter uma maior noo do que se passava, contudo a atitude geral era de despreocupao, eu diria mesmo, de desinteresse, que se acentuava mais nos recm chegados. Alguns chegavam mesmo a dizer que se em Portugal a poltica no lhes interessava, ali muito menos...!Ora, se reconheo dolorosamente que entre as

    camadas mais jovens existe uma atitude de afas-tamento dos assuntos polticos, custa-me reco-nhecer esse afastamento nos menos jovens, ou nos mais maduros. Naturalmente no espero que as pessoas tenham um curso de cincias polti-cas, contudo a caracterstica Portuguesa de no querer participar na conduo ou pelo menos na influncia dos destinos pblicos predomina amide em qualquer comunidade emigrada. Ser-mos bem comportados, no darmos nas vistas nem darmos chatices comunidade de acolhi-mento, por si s, no chega!Alguns anos atrs, e perdoem-me os leitores

    pela impreciso em dizer qual a fonte pois j no me recordo, li que povos desinteressados abriam as portas aos oportunistas, ditadores e dominado-res com interesses particulares. Ser que assim que o povo Portugus pretende ser reconhecido? Ser que este o futuro pretendido? Fui e conti-nuo da opinio que o Portugus tem muito a dar em qualquer parte do mundo, s lamento que o excessivo orgulho de se manter isolado para no ferir a sua extrema sensibilidade, que raia muitas vezes o sentimentalismo, impea a extroverso dos seus melhores valores na participao cvi-ca, na participao democrtica pela qual tanto lutou algumas dcadas atrs.

    jorge Correia

    tap: uma greve egOstaauguSto MaChado

    Ser, dizem os entendidos, o princpio do fim da TAP? Em pleno processo de venda da com-panhia, esta greve pode vir a ser absolutamente suicida. Primeiro, por no serem justificveis nem compreensveis as razes que a motivam. Sabe-se que os pilotos no so contra a privatizao, antes exigem ser parte acionista na mesma. Uma greve com um impacto sobre milhares de passageiros e com gravssimas consequncias econmicas e sociais. Sabe-se que a TAP raramente lucrativa, pelo menos em dimenso que se veja, e a greve vem, por si s, arruinar qualquer perspetiva de lu-cros futuros. uma greve egosta, de uma pequena parte de uma grande empresa, na dimenso do qua-dro de pessoal e no valor dos ordenados que paga. Um segmento de uma classe profissional quase consegue destruir uma empresa. A isto, chama-se irresponsabilidade de arruinar a imagem da TAP perante os seus clientes e a sua credibilidade diante de eventuais investidores. A irresponsabilidade de colocar em causa o setor com maior crescimento da economia nacional, o turismo. A irresponsabilida-de de transtornar a vida de milhares de emigrantes, com custos sociais evidentes. Por mais legtimo que seja o direito greve, numa empresa privada, em qualquer setor, estes trabalhadores, dizem os lesados, no teriam outro destino reservado que no fosse a porta da rua. Muitos turistas perderam o emprego por no terem conseguido regressar na data de comear a trabalhar. Esta greve lament-vel para o pas e vergonhoso para quem nos visi-ta. Ora, acontece que os pilotos da transportadora nacional, j foram ouvidos. Em dezembro, ignora-ram o regresso a casa dos emigrantes e convoca-ram uma greve para o Natal e o Ano Novo. Agora, cinco meses depois, voltaram carga, ignorando a dvida ainda maior da empresa e fazendo nova tbua rasa dos interesses e necessidades dos mais de nove mil trabalhadores do Grupo TAP que no ganham mais de oito mil euros por ms como eles (e no tm um fundo de greve que lhes paga parte do salrio desses dias) e que certamente tero mais dificuldade em encontrar emprego, caso a transpor-tadora desaparea. E, de acordo com as sondagens mais recentes, o mais certo que isso acontea. Se continuarem a fazer greve, os prejuzos sero astronmicos. E a TAP ficar bem menos atrativa para um comprador. Se a privatizao for avante, os pilotos, como diz o povo, ficam a chupar no dedo e ao Estado no lhe restar que outra solu-o que no seja avanar com uma profunda rees-truturao. E todos sabemos o que isso significa: despedimentos... Veremos de que lado estaro os pilotos nessa altura: se vo para a rua em protesto, ou se transferem a sua indignao para uma outra companhia area que premeie como deve ser o seu elevado profissionalismo. No Aeroporto do Porto e dadas as escassas ligaes diretas que a TAP ga-rante, a situao ainda mais crtica. Com a neces-sidade de tomar ligaes para o famoso hub de Lisboa, a probabilidade de um passageiro do Por-to ver um voo cancelado multiplica-se por dois. Ou fica em terra no Porto, ou fica em terra na capital, ou obrigado a voltar a casa de comboio. Sendo certo, como sabemos, que no Porto h alternativas e que h muito tempo nos habituamos a no confiar na TAP. A destruio de valor, apesar de tudo, no deixa de ser chocante para a economia, lamentvel para o pas e vergonhosa para os clientes. Uma das realidades do nosso tempo, que tanto nos entriste-ce e nos preocupa, constatar que o precioso dom chamado Bom Senso ou Senso Comum cada vez menos comum.

    Eu sei que a poltica interna do pas anda de rastos, e que precisa de mudanas drsticas ime-diatas.Por isso aqui, fao apelo queles que ainda lhes

    possa restar mais que no seja, uma pequena ponta de sentimento pela Ptria, que regressem e que lutem com coragem por aquilo que vos pertence. Antes que os bandidos engravatados tomem conta do nosso pas, e que deixem tudo a saque!eu infelizmente no posso fazer nada, sou

    um gro de gente sem cursos acadmicos es-palhado na multido, mas se tivesse capacida-de instrutiva como muitos de vs, garanto-vos que a minha luta era l, nem que para isso tivesse que deixar a prpria vida.

    nesta minha missiva

    joS da ConCeio

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  • A Voz de PortugAl | 13 de MAIo de 2015 | P. 18

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  • A Voz de PortugAl | 13 de MAIo de 2015 | P. 19

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    jOs ANtNIO sIMEs1932 2015Faleceu em montreal no dia 11 de maio de 2015, com 82 anos de idade, Jos antnio pessoa simes, natural de Cantanhede, distrito de Coimbra, esposo de Fernanda de Lemos pereira bar-reto.

    deixa na dor a sua esposa, o seu filho Jos Simes (Darlene), a sua filha Maria Fernanda Simes, o/a neto/a philip e michelle, a irm Fernanda simes (anbal), a cunhada ilda (falecido Joaquim simes), o sobrinho alberto simes, assim como res-tantes familiares e amigos.

    Os servios fnebres esto a cargo deMAGNUS POIRIER Inc 7388 Boul. Viau, MontralTel.: 514-727-2847 www.magnuspoirier.comAntnio Rodrigues Cel. 514-918-1848

    a missa de corpo presente, ser celebrada amanh quinta-feira dia 14 de maio de 2015, s 10h na igreja santa Cruz, 60 rua rachel Ouest, em montreal.ser sepultado, em cripta, no mausolu Frre andr no cemitrio Le repos st-Franois dassise.a famlia vem por este meio agradecer a todas as pes-soas que, de qualquer forma, se lhes associam neste momento de dor. a todos o nosso obrigado pelo vosso conforto. bem Hajam.

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    OlvIA pINhEIrO sOusA1926-2015

    Faleceu em Lasalle, no dia 10 de maio de 2015, a sra. Olvia pinheiro sousa, natural de Horta, Faial, aores, com a idade de 88 anos.

    deixa na dor, seu esposo o sr. artur Sousa, seu filho George (Sharmila), seus netos alexander, nicholas, brandon e ashlie, seu irmo Jos pinheiro da rosa (nazar), sobrinhos e sobrinhas, assim como outros familiares e amigos.

    Os servios fnebres esto a cargo deGrupo Yves Legar7200, boul. Newsman, em Lasalle.514 595-1500Vitor Marques

    O seu corpo encontra-se exposto, hoje, dia 13 de maio das 16h s 21h e o funeral ter lugar, amanh, dia 14 de maio, aps missa de corpo presente ser s 12h, na igreja sainte-Catherine Labour, 9370, rua Clment, em Lasalle. seguindo depois para o mausolu saint-pierre e saint-paul do cemitrio notre-dame-des-neiges, onde ser sepultada em cripta.

    a famlia vem por este meio agradecer a todas as pes-soas que, de qualquer forma, se lhes associam neste momento de dor. a todos o nosso obrigado pelo vosso conforto. bem Hajam.

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    insCries at: 27 de maiO de 2015.

  • A Voz de PortugAl | 13 de MAIo de 2015 | P. 20

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    AnedotAS

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    super veLOzes, mega FuriOsOsCom a inteno de pegar onda no mega sucesso velozes e Furiosos 7, que traz a ltima apario de Paul Walker na franquia antes do acidente de carro que o vitimou, Su-per velozes, Mega Furiosos tenta, assim como toda pardia, ridicularizar esteretipos dos personagens usando como recurso o exagero.A trama segue a mesma linha da srie de ao,

    at os personagens tem o mesmo nome dos atores

    do filme original: Vin, Paul, Jordana e Michelle. Uma jogada inteligente, no ? Seria, se as tira-das bvias no tirassem do espectador qualquer remoto prazer de dar umas boas risadas.Na trama, o atrapalhado (para no dizer tapado)

    policial Paul White (Alex Ashbaugh, tem como misso se infiltrar na gangue de praticantes de

    racha liderada por Vin Serento (Dale Pavinski), mas acaba se apegando ao grupo. Aps matar acidentalmente um investigador, ele resolve se juntar de vez aos novos amigos e roubar a for-tuna que o perigoso traficante Juan Carlos de la Sol (Omar Chaparro esconde no cofre de um res-taurante mexicano. Mas antes, eles precisam es-capar do narcisista detetive Rock Johnson, uma verso, at engraada, de Dwayne Johnson que

    passa a metade do filme aplicando leo para beb nos braos musculosos, simulando o efeito suado que persegue o ator durante todo o filme.O gnero Spoof termo usado para descre-

    ver produes do tipo tem como represen-tantes nomes de peso como o clssico Aper-tem Os Cintos, O Piloto Sumiu!, e o sucesso de bilheteria Todo Mundo Em Pnico, cujo primeiro filme arrecadou cerca de $278 mi-lhes ao redor do mundo. O xito do ltimo a provvel razo pela qual o filme ganhou espao nas salas brasileiras, nos Estados Unidos, foi lanado diretamente em DVD. Alis, Super Velozes, Mega Furiosos teve o roteiro escrito pelos mesmos roteiristas da srie Todo Mundo em Pnico, Friedberg e Seltzer. Mesmo assim, o humor morno da comdia no teve sequer o carisma suficien-te para prender o interesse dos amantes des-se tipo de produo, que tendem a aceitar (quase) tudo.Com o propsito de satirizar de um campo

    frtil para piadas, ou seja, a figura do exa-gero usado nos longas de ao, com suas exploses banais e valentes clichs, Super Velozes, Mega Furiosos consegue a faanha de se tornar uma caricatura de si mesmo, uma espcie de pardia de um filme de co-

    mdia. Quase acerta no momento em que tenta brincar com chaves como o asitico descola-do, o rapper que faz cameo e a modelo que virou atriz, mas a repetio constante das pia-das, fazem as mesmas perderem o apelo. Uma verdadeira lio do que no se deve fazer em filmes do gnero.

    nOite sem FimPodemos especular diversos motivos para isso, mas fato que atualmente os astros de ao so homens mais maduros. entre eles, um dos maiores cones liam neeson, protagonista de noite Sem Fim em uma terceira parceria com o diretor jaume Collet-Serra (Sem escalas).

    Dessa vez, Neeson interpreta um homem mais vulnervel do que o personagem da franquia Bus-ca Implacvel (2008-2014), por exemplo. O so-litrio Jimmy um dos capangas do empresrio Shawn (Ed Harris), mas ter de se virar contra seu empregador para proteger seu filho Mike (Joel Kinnaman, de Robocop). Tudo isso por culpa de

    Danny (Boyd Holbrook), filho de Shawn. Para conseguir mais lucros, Danny quer que seu pai ceda seus depsitos para o trfico de drogas. O empresrio sabe dos riscos que esse tipo de ati-vidade traz e recusa a oferta. A confuso criada a partir do desentendimento coloca Danny a caa de Mike. Para salvar o filho, Jimmy mata Danny em legtima defesa e transforma Shawn em seu inimigo. assim que comea a tal noite sem fim do ttulo, com uma perseguio interminvel que obriga pai e filho a deixarem suas diferenas de lado para sobreviver. na faceta dramtica que o filme tem seu ponto fraco. As motivaes dos personagens so por vezes irritantes, tanto de Shawn quanto de Gabriela (Genesis Rodriguez), esposa de Mike. Ela cria obstculos sentimentais para o marido perseguido, o que testa a pacincia do pblico. Por outro lado, as cenas de ao so intensas, algo essencial para manter a premissa de Noite sem Fim. Portanto, o que temos um longa com sequn-

    cias de ao empolgantes e conflitos dramti-cos deficientes. Para o espectador do gnero, a fora do filme ser suficiente para perdoar seus defeitos.

    4

    futurO DO vErbO bEbErAo balco de uma tasca, um bbado pergunta a outro:- Sabeshicqual ohic o futuro do ver-bo hic beber?O outro:- Sei poishic hic vomitar

    DINhEIrO pOr uM INstANtEPede um ao amigo:- Empresta-me a dez euros, por um instante.O amigo: - Tens a certeza que ser s por um instante?O outro: - Tenho sim!Depois de esperar um pouco, diz novamente o amigo:- Olha, parece-me que esse instante j passou e, afinal, no precisas-te dos dez euros

    uM cOpO DE vINhO pOr DIAUm tipo entra na tasca habitual para beber um copo e encontra, barriga encostada no balco, um amigo que j no via h uns dias. Pergunta ele: - Ento p, o que feito de ti?! Mas, agora reparo! O mdico no te tinha dito para beberes s um copo de vinho por dia?!Responde o amigo: - Tinha. E ento?!Diz o outro: - Ento?! O que eu vejo agora tua frente so quatro copos j vazios e outro menos de meioExplica o amigo: - Eh p, eu estou a adiantar servio! O copo que falta acabar de beber j o do dia 26 de agosto de 2014!

  • A Voz de PortugAl | 13 de MAIo de 2015 | P. 21

    cArNEIrO: Carta dominante: o impe-rador, que significa Concretizao. Amor: poder despertar a ateno daquela pes-soa que tem debaixo de olho h muito tempo. nunca desista dos seus sonhos!

    sade: pode sofrer algumas dores musculares. dinheiro: poder ter alguns gastos extra, previna--se. nmeros da sorte: 2, 4, 8, 12, 51, 53

    tOurO: Carta dominante: os Enamora-dos, que significa Escolha. Amor: Expri-ma os seus sentimentos sem medo de no ser correspondido. aprenda a trazer

    para a luz o melhor do seu ser! sade: Cuidado com o calor, proteja a sua pele. dinheiro: modere a possvel tendncia para gastar desenfreada-mente. nmeros da sorte: 3, 6, 21, 38, 44, 70

    gMEOs: Carta dominante: o Eremita, que significa Procura, Solido. Amor: Se se sentir sozinho saia e distraia-se mais. a vida uma surpresa, divirta-se! sade:

    poder ter problemas de estmago. dinheiro: tudo estar a correr pelo lado mais favorvel. nmeros da sorte: 5, 9, 17, 28, 51, 67

    cArANguEjO: Carta dominante: o Louco, que significa Excentricidade.amor: aproveite muito bem esta onda de romantismo que o est a invadir. Que a

    aleg