2010 - volume 1 - caderno do aluno - ensino médio - 2ª série - geografia

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Caderno do Professor com todas atividades e respostas para uso em dúvidas. Atenção: As respostas contidas aqui tem o objetivo de contribuir para um maior conhecimento e não apenas serem copiadas, já que se for pra copiar e não aprender nada, não perca seu tempo. Assim tire proveito das atividades.

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Caro Professor, Em 2009 os Cadernos do Aluno foram editados e distribudos a todos os estudantes da rede estadual de ensino. Eles serviram de apoio ao trabalho dos professores ao longo de todo o ano e foram usados, testados, analisados e revisados para a nova edio a partir de 2010. As alteraes foram apontadas pelos autores, que analisaram novamente o material, por leitores especializados nas disciplinas e, sobretudo, pelos prprios professores, que postaram suas sugestes e contriburam para o aperfeioamento dos Cadernos. Note tambm que alguns dados foram atualizados em funo do lanamento de publicaes mais recentes. Quando voc receber a nova edio do Caderno do Aluno, veja o que mudou e analise as diferenas, para estar sempre bem preparado para suas aulas. Na primeira parte deste documento, voc encontra as respostas das atividades propostas no Caderno do Aluno. Como os Cadernos do Professor no sero editados em 2010, utilize as informaes e os ajustes que esto na segunda parte deste documento. Bom trabalho! Equipe So Paulo faz escola.

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GABARITOCaderno do Aluno de Geografia 2 srie Volume 1

SITUAO DE APRENDIZAGEM 1 GNESE GEOECONMICA DO TERRITRIO BRASILEIRO

Pra comeo de conversaPgina 3

1. Resposta aberta, mas importante que voc auxilie os alunos no levantamento de aspectos da histria do municipio, principalmente das atividades econmicas que lhe deram origem. 2. Resposta aberta. Sugerimos que os alunos sejam estimulados a observarem a realidade local, em busca de marcas da atividade econmica citada na questo 1.

Pginas 4 - 8

1. Os assuntos relacionados nos ttulos so economia e territrio. As legendas exprimem essa relao tanto em funo das atividades econmicas indicadas como tambm por meio dos eixos de transportes (como pecuria e ferrovias). 2. As atividades que se destacam no mapa do sculo XVI so o pau-brasil, a cana-deacar e a pecuria. No mapa do sculo XVII nota-se uma diminuio significativa da atividade extrativa do pau-brasil e um aumento da rea ocupada com o cultivo da cana-de-acar e com a pecuria (que comeou a se expandir para o interior do territrio brasileiro), alm do surgimento de outras atividades econmicas, em especial, a ligada s drogas do serto. A atividade de explorao do ouro, bastante restrita no sculo XVII, muito ampliada no sculo XVIII, incluindo tambm a minerao de diamantes. Nesse sculo no houve expanso das atividades2

canavieiras e com as drogas do serto, ao contrrio do que se observa com a pecuria, que avana cada vez mais para o interior do pas, particularmente para a regio centro-sul do territrio. No sculo XIX as reas de plantio de cana-de-acar diminuem, a pecuria se expande para outras reas do interior do pas e a diversidade de culturas aumenta. 3. Os mapas retratam, respectivamente, a economia e o territrio brasileiro nos sculos XVII e XVIII. Nota-se, no intervalo de tempo em questo, um aumento do nmero de cidades e vilas, de modo geral, acompanhando o traado dos eixos de transporte e o avano da pecuria, alm da atividade mineradora na rea correspondente ao atual Estado de Minas Gerais. 4. Observa-se que a distribuio das atividades econmicas pelo territrio brasileiro descontnua. Os espaos vazios entre as regies econmicas sugerem a ideia de um arquiplago como padro de ocupao do Brasil. 5. Resposta aberta, mas se espera que os alunos identifiquem, no territrio brasileiro, as marcas das atividades econmicas do passado. As elevadas densidades demogrficas nas reas litorneas, por exemplo, resultam do padro de expanso territorial.

Pgina 9

1. Como em outros territrios da Amrica, frica e sia, no perodo colonial brasileiro ocorreu a implantao da colonizao de explorao. A organizao da produo, da economia ou do sistema produtivo foi realizada com base no abastecimento do mercado externo. A introduo da grande propriedade agrcola o latifndio ou plantation e da monocultura ocorreram com o objetivo de abastecer o mercado europeu de produtos tropicais e de matrias-primas. 2. A expresso espaos extrovertidos refere-se aos espaos geogrficos produzidos e organizados para atender o mercado externo. No perodo colonial brasileiro, os exemplos mais importantes so o espao da agroindstria da cana-de-acar (sculos XVI e XVII), o espao da minerao (sculo XVIII) e o espao do caf (sculos XIX e XX), entre outros. 3. O uso da expresso arquiplago econmico busca indicar a falta de integrao entre as economias regionais que se constituram como espaos relativamente autnomos de produo e consumo, guardando relaes mais estreitas com os mercados externos do3

que entre si. Aplica-se economia e configurao geoeconmica do territrio brasileiro no incio do sculo XX, marcadas pela fragmentao em ilhas regionais, resultantes em grande parte da economia colonial. 4. O povoamento do litoral, as redes de cidades, a concentrao fundiria e monopolizao do acesso terra, o poder poltico das elites locais etc.

Pginas 10 - 11

O objetivo do trabalho de pesquisa buscar as principais caractersticas dos ciclos econmicos, desenvolvendo a sntese das principais informaes e cartografando-as. As pesquisas dos alunos precisam apresentar, pelo menos, algumas das informaes do quadro abaixo:Cana-de-acar ciclo econmico Minerao Sculo XVIII Caf Segunda metade do sculo XIX at o incio do sculo XX

Perodo

Sculos XVI e XVII

Principais Litoral do Nordeste, nos reas de atuais estados de ocorrnciaPernambuco, Paraiba, sergipe e Bahia, alm de pequenas reas no litoral do estado do Rio de Janeiro e So Paulo.

Minas Gerais, Mato Grosso e Gois.

Rio de Janeiro, So Paulo, Sul de Minas Gerais e Esprito Santo, posteriormente se expandiu para o Norte do Paran e Mato Grosso.

Destino da Mercado europeu, produo comercializado viacolonial.

Portugal, mas como consequncia de acordos

Europa e Estados Unidos.

Portugal devido ao pacto comerciais, o ouro brasileiro teve, em grande parte, como destino final, a Inglaterra.

4

Pgina 12

1. A fragmentao do territrio em ilhas regionais, espaos relativamente autnomos de produo e consumo que guardam relaes mais estreitas com os mercados externos do que entre si, est relacionada noo de arquiplago econmico. 2. Alternativa a.

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SITUAO DE APRENDIZAGEM 2 A GNESE DAS FRONTEIRAS BRASILEIRAS

Pginas 14 - 15

1. Conflitos fronteirios entre pases da Amrica Latina e Gr-Bretanha. 2. Os alunos podem propor vrios ttulos, desde que estejam relacionados com a ideia de conflitos, fronteiras e/ou delimitao de territrios. 3. O objetivo dessa questo situar a gnese das fronteiras nacionais do Brasil em um contexto regional mais amplo. Espera-se que o aluno conclua que a delimitao territorial do pas resultado de um processo histrico que o diferencia dos pases vizinhos. Alguns alunos podero complementar essa ideia, lembrando que o Brasil o nico pas na Amrica que resultou da colonizao portuguesa e que no se fragmentou em vrios outros pases, como ocorreu com as antigas colnias espanholas. 4. Dever ser destacado que os conflitos fronteirios entre o Brasil e seus vizinhos ocorreram em outros momentos, como na Guerra do Paraguai e na formao do Estado do Acre, como tambm aconteceu com os litgios resolvidos pacificamente como o da fronteira com a Guiana Francesa, resolvido em 1897, com a arbitragem da Sua, sendo a defesa realizada pelo Baro de Rio Branco. Porm, desde a assinatura do Tratado de Petrpolis (1909), vive em uma situao relativamente estvel com relao s suas fronteiras terrestres.

Pginas 16 - 17

O primeiro item refora que o aluno deve desenvolver uma leitura metdica do texto, aproximando-se progressivamente dos contedos tratados pelo autor. Para isso, o professor deve estimular o uso de dicionrio para a ampliao do vocabulrio da turma,6

alm de provocar uma postura mais ativa dos alunos-leitores. por isso que sugerimos uma primeira leitura para buscar o sentido mais geral e, depois, uma segunda leitura, mais cuidadosa, na qual o aluno deve buscar detalhar o encadeamento das ideias do autor. Em relao ao segundo item, se o aluno seguir a orientao anterior, ele no ter dificuldade em encontrar argumentos, uma vez que o dilogo que o autor do texto estabelece com o pensamento do gegrafo Demtrio Magnoli decorrncia do encadeamento de sua prpria argumentao. O aluno deve exercitar a sua argumentao. No ltimo item, espera-se que o aluno identifique a importncia dos acordos diplomticos para definio das fronteiras internacionais do Brasil, destacando a importncia do trabalho desenvolvido por Rio Branco, no comeo do sculo XX.

LIO DE CASA

Pgina 18

1. Definio: operao conceitual na qual travado um acordo sobre os princpios

gerais para a produo dos limites; Delimitao: consiste na fixao dos limites por meio de tratados internacionais; Demarcao: corresponde implantao fsica dos limites, por meio da

construo de marcos em pontos determinados; Densificao ou caracterizao: etapa na qual se realiza o aperfeioamento

sistemtico da materializao da linha divisria, mediante intercalao de novos marcos, com o objetivo de torn-los mais facilmente perceptveis para os dois lados. 2. a) Jos Maria da Silva Paranhos, Baro do Rio Branco, considerado o patrono da moderna diplomacia brasileira. Ocupou o Ministrio das Relaes Exteriores entre 1902 e 1912, tendo definido as grandes linhas da poltica externa do Brasil no sculo XX. Durante o perodo colonial brasileiro, os segmentos de fronteira delimitados representavam apenas 17% da extenso total da divisria terrestre. A delimitao da maior parte das fronteiras e linhas de limites terrestres do Brasil foi realizada depois7

da independncia, durante o Imprio ou na Era Rio Branco. O Imprio foi responsvel pela fixao de pouco mais da metade da extenso total das fronteiras terrestres e, durante a poltica externa do incio do perodo republicano marcada pela figura do Baro do Rio Branco, quase um tero da extenso da divisria terrestre do Brasil foi delimitada. Assim, a obra de fronteiras da chamada Era Rio Branco ajuda a explicar a ausncia de conflitos fronteirios atuais entre o Brasil e outros pases da Amrica do Sul. b) Resposta aberta. O aluno deve argumentar, transportando o que aprendeu para o texto. importante que destaque questes como as perdas materiais e humanas em conflitos, o desgaste poltico etc.

Pgina 19

Espera-se que os alunos busquem a dinmica histrica que resultou na definio da maioria das reas de fronteira no Brasil, destacando a influncia do Baro de Rio Branco como mediador nos casos de litgio. As pesquisas podem apresentar aspectos da biografia do Baro de Rio Branco, mas devem contemplar a questo dos limites territoriais brasileiros e suas mudanas ao longo do tempo.

Pgina 20

Alternativa c.

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SITUAO DE APRENDIZAGEM 3 TERRITRIO BRASILEIRO: DO ARQUIPLAGO AO CONTINENTE

Pginas 22 - 23

1. A inaugurao de Braslia (21 abr. 1960) promoveu um avano dos espaos realmente integrados economia nacional, antes restritos s reas de influncia das capitais dos Estados do Nordeste e do Sul, de So Paulo e do Rio de Janeiro (antiga Capital Federal). Os grandes eixos rodovirios indicados no mapa relativo aos anos 1990 permitem no somente a visualizao desse processo como tambm a explicao de uma das razes fundamentais da integrao territorial ocorrida no Brasil nas ltimas quatro dcadas do sculo XX. 2. A importncia econmica e populacional das capitais dos Estados brasileiros acompanhou a expanso dos espaos realmente integrados economia nacional. A magnitude de So Paulo e Rio de Janeiro na dcada de 1990 (e, ainda, atualmente) diante de outras capitais explica-se em funo da importncia econmica que desfrutaram no passado como tambm centralidade poltica exercida pela segunda at a mudana da Capital Federal para Braslia na dcada de 1960. 3. No mapa relativo aos anos 1890, o sentido da principal corrente migratria parte dos estados do Nordeste brasileiro (em particular, Cear) para o Estado do Amazonas e outros da Grande Regio Norte. Comparando-se este mapa com o mapa Brasil: a economia e o territrio no sculo XIX (Situao de Aprendizagem 1), possvel compreender que a busca por drogas do serto e o surto da borracha consistiram nas principais atividades econmicas que impulsionaram esse fluxo migratrio. 4. So Paulo, Rio de Janeiro, Esprito Santo, Minas Gerais e, parcialmente, Paran, Mato Grosso do Sul, Gois e reas prximas ao litoral de Estados do Nordeste (com exceo do Cear, do Piau e do Maranho).

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Pginas 24 - 25

1. De acordo com a tipologia indicada, o meio natural compreendido como o momento em que a natureza ainda comandava a maioria das aes humanas, no qual as tcnicas e o trabalho eram totalmente pautados pelos ritmos da natureza. caracterizado como o perodo do tempo lento, que se estendeu do surgimento do ser humano em sociedade ao advento das mquinas. 2. Na coleo de mapas, percebe-se o povoamento concentrado no litoral e ao longo dos rios, dada a importncia dessas reas para o transporte e dos recursos naturais nelas existentes para a subsistncia das populaes (nas reas mais distantes da costa o serto uma populao dispersa se ocupava da criao extensiva de gado e culturas de subsistncia, sendo que as comunicaes eram difceis). No mapa referente aos anos 1890, a ausncia de integrao outra caracterstica que pode ser associada ao meio natural: nota-se que as reas econmicas mais ativas e densamente povoadas estavam isoladas umas das outras, comunicando-se apenas por via martima (influncia do meio natural). O meio tcnico surge quando o ser humano comea a se sobrepor sobre o imprio da natureza, por intermdio da construo de sistemas tcnicos. Os mapas Brasil: do arquiplago ao continente (Anos 1890 e 1940) correspondem a perodos nos quais os sistemas tcnicos foram adensados territrio brasileiro por meio da incorporao das mquinas (telgrafos, ferrovias, portos etc.), de forma seletiva. Esse meio esteve na origem das desigualdades regionais. No sculo XIX, por exemplo, com o desenvolvimento da economia cafeeira no Sudeste, verifica-se uma nova inflexo no processo de valorizao do territrio brasileiro (o que tambm coincide com a transio entre o meio natural e o meio tcnico). Suas principais caractersticas foram: a construo de sistemas tcnicos com o surgimento de setores comerciais e

bancrios, associados s novas condies de transportes e comunicaes (estrada de ferro, telgrafo e cabo submarino); a relativa integrao do territrio que, no incio do sculo XX, era constatada

em torno do Rio de Janeiro e de So Paulo, mas que, no entanto, no era efetiva nas demais regies do pas, que mantinham com aqueles centros relaes tnues e espordicas;10

a industrializao, cujo desenvolvimento ocorreu intensamente em So Paulo e

arredores, permitindo que a cidade e o Estado adquirissem papel central na vida econmica do pas; a ocupao econmica que, na dcada de 1950, foi favorecida em virtude da

ampliao dos esforos para equipar o espao nacional com vias de circulao e infraestrutura, fortalecendo as relaes entre o Sudeste e as demais regies; a construo de Braslia, a nova capital do pas, durante o governo de Juscelino

Kubitschek (1956-1961), marco representativo do processo de interiorizao, expandindo-o em direo ao Centro-Oeste e Amaznia; e, por ltimo, esse conjunto de processos ajudou a consolidar uma configurao

territorial que favoreceu o Estado de So Paulo, cuja capital firmou-se como a metrpole econmica do pas (aspecto claramente representado nos mapas relativos aos anos 1940 e 1990). O conceito de meio tcnico-cientfico-informacional refere-se ao meio geogrfico atual, cujo surgimento ocorreu a partir da dcada de 1970, no qual a informao passou a ser varivel fundamental no perodo de globalizao, de constituio de um mercado global e de uma unicidade tcnica planetria. Seu funcionamento tem como base tcnica a fuso das tecnologias da informao com as telecomunicaes, gerando as novas tecnologias da informao. No que diz respeito s transformaes no territrio brasileiro decorrentes do meio tcnico-cientfico-informacional, podemos destacar: aspectos relacionados infraestrutura e integrao nacional, como:

aproveitamento das principais bacias hidrogrficas para a produo de eletricidade; modernizao dos portos; construo de ferrovias orientadas para produtos especializados; desenvolvimento da rede rodoviria com a construo de autopistas nos principais eixos de circulao e de estradas vicinais (principalmente nas reas de maior densidade econmica); instalao de rede de telecomunicaes com alcance em todos os municpios, viabilizando maior contato dos lugares com o restante do mundo. aspectos associados diversificao econmica e desconcentrao

industrial: ou seja, a partir das bases do desenvolvimento criadas anteriormente (sucessivos meios tcnicos), a indstria tornou-se diversificada, inclusive iniciando sua desconcentrao; a agricultura, por sua vez, se modernizou no Sul e no Sudeste e11

em outras regies onde se destacam os Estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Gois e Bahia (no caso do Nordeste, a difuso da irrigao permitiu o aproveitamento agrcola intensivo em parte de suas terras). aspectos relacionados nova fase de urbanizao: se, por um lado, nos

primeiros 450 anos da histria do Brasil, o povoamento e a urbanizao foram praticamente litorneos, atualmente constata-se um pas urbanizado, com uma taxa de urbanizao superior a 75% e diversos nveis e tipos de cidades. Fatos semelhantes expressam que o pas passa por uma nova fase da organizao do espao e da urbanizao, fundada numa vida de relaes mais extensa e mais intensa. Desde a dcada de 1970, constata-se a difuso do fenmeno urbano em todas as regies (urbanizao do territrio), com a multiplicao do nmero de cidades locais, a criao de numerosas cidades mdias em todos os Estados. Ao mesmo tempo, h o surgimento de novas grandes cidades e o processo de metropolizao no limitado apenas ao Sudeste. aspectos relacionados regio concentrada que representa a expresso mais

intensa do meio tcnico-cientfico-informacional, pois essa a rea onde se verificam de modo contnuo os acrscimos de cincia e tecnologia ao territrio. Embora sinais de modernizao sejam constatados em todo o territrio, essa regio formada pelos Estados do Sul e do Sudeste e por parcelas do Centro-Oeste. Rene o essencial da atividade econmica do pas, com So Paulo mantendo o papel de metrpole nacional, baseado em sua condio de centro informacional e de servios, e no mais como centro industrial. 3. Espera-se que os alunos apresentem, em sua resposta, pelo menos dois dos aspectos citados acima, indicando produtos industrializados relacionados aos meios de comunicao e de informao (telefones celulares, TV, internet), alm da facilidade de obter informaes sobre fatos de outras regies ou pases pelo acesso s redes de informao.

Pgina 25

1. O objetivo da discusso estimular a participao ativa dos alunos, na busca de relaes entre a letra da msica e os mapas apresentados na Situao de12

Aprendizagem 1. O importante no chegar a uma resposta conclusiva, rapidamente, mas provocar novas interpretaes, que devem ser argumentadas pelos alunos. 2. Neste caso, o objetivo criar o hbito de registro e sistematizao dos debates, incentivando o estudo metdico da disciplina. Espera-se que os alunos concluam que a letra da msica, escrita em 1979, uma espcie de prenncio da nova configurao do Brasil, cada vez mais integrado pela rede urbana e pelos circuitos produtivos, cujo centro de gravidade econmica gira em torno do eixo Rio de Janeiro-So Paulo. Desta forma, Bye Bye Brasil pode ser considerada, ao mesmo tempo, um adeus ao pas que tinha como base o padro espacial do ps-guerra e boas-vindas nova configurao territorial.

Pgina 26

A pesquisa deve destacar os principais movimentos migratrios que formaram o povo brasileiro, buscando compreender as causas dessas migraes e as consequncias para a dinmica social do pas. importante que o trabalho cite as mudanas ocorridas no espao brasileiro a partir das principais atividades econmicas.

Pgina 27

O objetivo deste trabalho organizar as informaes sobre o Programa de Acelerao do Crescimento (PAC) e sobre suas principais obras, bem como discutir as vantagens e desvantagens do programa a partir da argumentao baseada em opinies diversas. importante que os alunos percebam que no existe uma nica opinio sobre o tema e saibam argumentar sobre isso.

Pginas 28 - 29

Alternativa d.13

SITUAO DE APRENDIZAGEM 4 O BRASIL E A ECONOMIA GLOBAL: MERCADOS INTERNACIONAIS

Leitura e Anlise de Mapa e GrficoPginas 30 - 33

1. Sim, h correspondncia entre o ttulo e a legenda do mapa. Os clientes correspondem aos principais mercados para os quais o Brasil exporta seus produtos, enquanto os fornecedores correspondem aos principais mercados dos quais o Brasil importa produtos. 2. Estados Unidos, Argentina, Mxico, pases europeus, Japo e China. 3. Os Estados Unidos e o Japo tm grande participao no comrcio exterior brasileiro, com destaque s exportaes para o Japo. 4. Balana comercial o termo utilizado para representar as importaes e exportaes de um pas. Quando o saldo da balana comercial positivo, significa que as exportaes so maiores que as importaes e, portanto, h supervit; quando o saldo da balana comercial negativo, h dficit. 5. importante que voc identifique os elementos de argumentao dos alunos. Alguns podem dizer que, analisando o volume de exportaes, o comrcio externo vantajoso. Porm, ao identificar os principais produtos exportados e o seu valor correspondente, verifica-se que essa relao torna-se desvantajosa. 6. importante que o aluno identifique, pelo menos, a dinmica do comrcio exterior brasileiro.

14

Pginas 34 - 35

A atividade de leitura e anlise de texto uma oportunidade de desenvolvimento da competncia leitora. O aluno ter mais uma oportunidade de desenvolvimento de atitude metdica no procedimento de leitura, ampliando o vocabulrio e exercitando o registro das informaes no prprio texto lido. Espera-se que eles montem um glossrio, apresentando o significado dos seguintes em destaque: Barreiras comerciais: barreiras impostas livre circulao de mercadorias entre os pases. Subsdios: ajuda financeira que os governos concedem aos produtores com o objetivo de ampliar a competitividade de determinados setores da economia nacional. Pases emergentes: pases que apresentam grande crescimento no cenrio econmico e poltico mundial, tais como o Brasil, a China e a ndia. Unio Europeia: bloco econmico formado por 27 pases da Europa. Salvaguardas: ressalvas em um acordo comercial que permitem que os pases protejam o mercado para determinados produtos. PIB global Produto Interno Bruto global: soma de todas as riquezas produzidas no mundo. 1. uma tentativa de diminuir as barreiras comerciais e alavancar o comrcio internacional, especialmente no que diz respeito participao dos pases emergentes. 2. A manuteno dos subsdios agrcolas e divergncia com relao aos mecanismos de salvaguarda.

Pginas 35 - 36

1. O Frum de Dilogo ndia-Brasil-frica do Sul (Ibas) foi estabelecido em 6 de junho de 2003, mediante a Declarao de Braslia. Suas metas principais so aproximar as posies dos trs pases em instncias multilaterais, desenvolver a cooperao comercial, cientfica e cultural no mbito Sul-Sul e democratizar a tomada de deciso internacional no mbito de fruns e organismos internacionais. Os pases do Ibas15

buscam interesses convergentes, como reformar o Conselho de Segurana das Naes Unidas e mudar a poltica de subsdios agrcolas praticada pelos pases desenvolvidos. Em funo desses objetivos comuns, defendem uma ordem internacional multipolar, estruturada com maior ateno aos pases em

desenvolvimento. 2. A rea de Livre Comrcio das Amricas (Alca) foi um acordo proposto pelos Estados Unidos para 34 naes americanas com o objetivo de criar uma zona de comrcio sem barreiras alfandegrias. Em funo de divergncias ideolgicas com os Estados Unidos, Cuba no participaria dessa proposta. O principal interesse da Alca era promover o aumento da entrada dos produtos e servios norte-americanos no continente, fato que aps longas negociaes provocou desconfiana entre os movimentos sindicais e sociais latino-americanos, que ao temerem a perda de empregos, se opuseram Alca. Alm das articulaes em torno do acordo terem esbarrado nessas dificuldades, o mesmo foi interrompido em funo de divergncias entre os pases. Em novembro de 2005, foi realizada a ltima Cpula das Amricas, que reuniu os governantes do continente, marcando o fracasso do acordo. 3. O G-20 foi criado em Cancn, no Mxico, em 2003, sob a liderana do Brasil. O G-20 consiste em um grupo formado por mais de 20 pases, tanto desenvolvidos como tambm, e principalmente, emergentes e em desenvolvimento que lutam por uma maior liberalizao do comrcio global. 4. Junto OMC, o G-20 busca a reduo dos subsdios agrcolas que os pases desenvolvidos concedem aos seus produtores rurais, de forma a ampliar a participao dos pases emergentes no comrcio mundial de alimentos.

Pginas 36 - 37

Espera-se que os alunos discutam a importncia da participao brasileira em questes de carter internacional e o seu papel de influncia na Amrica Latina e tambm entre outros pases do Hemisfrio Sul. importante que os alunos identifiquem as iniciativas de cooperao nas reas de educao, sade e tecnologia, entre outras. Novamente, o mais importante nesta atividade a avaliao da capacidade de argumentao dos alunos frente temtica proposta. 16

Pgina 38

a) Estados Unidos e os pases da Unio Europeia podem ser citados como os que utilizam subsdios agrcolas. Entre outros produtos, os EUA subsidiam milho, trigo, soja e suco de laranja. A UE, por sua vez, subsidia principalmente cereais, como o trigo, milho, alm de carne e leite, erguendo barreiras fitossanitrias para impedir a importao, comprometendo inclusive as exportaes de carne brasileira. Na UE, desde a dcada de 1960, a existncia da Poltica Agrcola Comum (PAC) garante subsdios agropecurios para todos os pases membros. No interior da UE, a Frana se destaca como um dos pases que mais defende a manuteno dos subsdios. b) Existem vrios exemplos dos resultados alcanados pela ao brasileira contra os subsdios, como a vitria do Brasil junto Organizao Mundial de Comrcio (OMC) contra os subsdios norte-americanos para o ao e algodo. Apesar de os EUA serem o maior parceiro comercial do Brasil, nos ltimos anos o governo brasileiro fortalece seu compromisso com a defesa de um comrcio mais igualitrio entre pases desenvolvidos e subdesenvolvidos.

AJUSTESCaderno do Professor de Geografia 2 srie Volume 1

Professor, a seguir voc poder conferir alguns ajustes. Eles esto sinalizados a cada pgina.

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Geografia 2a srie, 1o bimestre

Etapa prvia Sondagem inicial e sensibilizaoInicialmente, apresente as imagens e solicite aos alunos que compararem os mapas das Figuras 1, 2, 3 e 4. Estimulando-os a trocar ideias com os colegas sobre o que conhecem a respeito dos aspectos retratados, solicite que identifiquem, de forma aproximada, as localidades em que vivem e, na sequncia, indague se sua construo iniciou-se ou no durante o Brasil: a economia e o territrio no sculo XVI

perodo da economia colonial. Se a resposta for afirmativa, pea que registrem em seus cadernos e respondam as questes a seguir: f Qual atividade econmica impulsionou a produo inicial da localidade em que vive? f Nos dias atuais, nas paisagens do lugar ou regio em que vive, possvel observar aspectos relacionados com a atividade econmica identificada?

Figura 1 Brasil: a economia e o territrio no sculo XVI. Fonte: THRY, Herv; MELLO, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil: disparidades e dinmicas do territrio. So Paulo: Edusp, 2005. p. 35.

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Brasil: a economia e o territrio no sculo XVII

Figura 2 Brasil: a economia e o territrio no sculo XVII. Fonte: THRY, Herv; MELLO, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil: disparidades e dinmicas do territrio. So Paulo: Edusp, 2005. p. 37.

Brasil: a economia e o territrio no sculo XVIII

Figura 3 Brasil: a economia e o territrio no sculo XVIII. Fonte: THRY, Herv; MELLO, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil: disparidades e dinmicas do territrio. So Paulo: Edusp, 2005. p. 39.

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Geografia 2a srie, 1o bimestre

A economia e o territrio no sculo XIXBrasil: a economia e o territrio no sculo XIX

Belm Manaus

So Luis Fortaleza Natal Paraba Recife Macei Aracaju Salvador

Cuiab Gois

Caf Mate Cacau Fumo Algodo Ouro e diamantes Drogas do serto e borracha Cana de acar Pecuria Ferrovia Limite dos Estados atuais Cidades e vilasFonte: baseado em Manoel Mauricio de Albuquerque, Atlas histrico.

Ouro Preto

Vitria

So Paulo Curitiba

Santos

Rio de Janeiro

Florianpolis

Porto Alegre 0 500 km

HT-2003 MGM-Libergo

Figura 4 Brasil: a economia e o territrio no sculo XIX. Fonte: THRY, Herv; MELLO, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil: disparidades e dinmicas do territrio. So Paulo: Edusp, 2005. p. 41.

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