2010 - caderno do aluno - ensino médio - 3º ano - química - vol. 4
TRANSCRIPT
-
8/7/2019 2010 - Caderno do Aluno - Ensino Mdio - 3 Ano - Qumica - Vol. 4
1/21
GABARITO Caderno do Aluno Qumica 3a srie Volume 4
1
SITUAO DE APRENDIZAGEM 1
DESEQUILBRIOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA INTRODUODE MATERIAIS NA ATMOSFERA
Atividade 1 Os ciclos da matria e a existncia de vida no planeta
Pgina 3
Neste Caderno que encerra o Ensino Mdio o que se espera que os conhecimentos
qumicos aprendidos ao longo das trs sries do Ensino Mdio sejam utilizados pelos
alunos para entender melhor alguns problemas sobre poluio, causados pela interveno
do ser humano no meio ambiente ao extrair recursos, transform-los, utiliz-los edescartar os resduos. Essas aes afetam os equilbrios biogeoqumicos que sustentam a
vida no planeta.
Questes para a sala de aula
Pginas 3 - 7
1. A anlise da ilustrao mostra que:
so removidos da atmosfera: o vapor de gua, por condensao e precipitao naforma de chuva; o nitrognio, por fixao com o auxlio de bactrias fixadoras na
forma de nitratos, nitritos e amnia; e o CO2, pela fotossntese e pela formao e
dissoluo de rochas e sedimentos;
so introduzidos na atmosfera: o CO2, resultante da combusto de combustveis
fsseis, de emanaes vulcnicas e da respirao de animais e plantas; o N2, pela
desnitrificao da matria orgnica; e o vapor de gua, pela transpirao que ocorre
nas folhas dos vegetais e pela evaporao da gua dos diferentes corpos de gua doplaneta, formando nuvens.
Assim, a partir da anlise feita, foi possvel observar que os gases CO 2, N2 e O2 e o
vapor de H2O, formados pelos mesmos tomos que constituem a matria viva (C, H, N
e O), so continuamente reciclados.
2. O ciclo esboado a seguir refere-se a algumas das rotas do CO2 na atmosfera.
-
8/7/2019 2010 - Caderno do Aluno - Ensino Mdio - 3 Ano - Qumica - Vol. 4
2/21
GABARITO Caderno do Aluno Qumica 3a srie Volume 4
2
O dixido de carbono presente na atmosfera da removido por meio da fotossntese,
que envolve a sua interao com o vapor de gua atmosfrico e com a energia solarabsorvida pela clorofila, transformando-se em carboidratos, como, a glicose. Esta, no
decorrer da respirao de animais e plantas, transformada, liberando energia e CO2,
que reconduzido atmosfera.
3. Alm das queimadas, outros processos naturais tendem a aumentar a concentrao de
CO2 na atmosfera, tais como as erupes vulcnicas, que lanam na atmosfera gases
txicos e partculas de cinzas que podem ser transportadas pelo vento. Uma atividade
humana que est associada emisso de CO2 relaciona-se ao uso de veculosautomotivos. Um exemplo a queima da gasolina:
2 C8H18(g) + 25 O2(g) 16 CO2(g) + 18 H2O(g) + energia.
4. A eliminao de rvores reduz a fotossntese: menos CO2 ser removido da troposfera
e, como consequncia, sua concentrao na atmosfera tende a aumentar.
5. De acordo com a ilustrao, bactrias fixadoras e descargas eltricas fixam o
nitrognio atmosfrico, formando compostos nitrogenados. Aps sua formao, esses
compostos podem ser arrastados por correntes de ar, dissolver-se na gua presente naatmosfera e atingir solos e guas sob a forma de chuva cida.
N2(g) + O2(g) 2 NO(g)
2 NO(g) + O2(g) 2 NO2(g)
2 NO2(g) + H2O(l) HNO2(aq) + HNO3(aq)
-
8/7/2019 2010 - Caderno do Aluno - Ensino Mdio - 3 Ano - Qumica - Vol. 4
3/21
GABARITO Caderno do Aluno Qumica 3a srie Volume 4
3
6. Numa primeira etapa, o H2S proveniente da decomposio da matria orgnica ou de
alguma indstria sofre transformao com a formao de SO2(g), que reage com o
oxignio, formando SO3(g).
2 H2S(g) + 3 O2(g) 2 SO2(g) + 2 H2O(g) (1)
2 SO2(g) + O2(g) 2 SO3(g) (2)
Este, sendo muito solvel em gua, ao se dissolver, interage com o vapor de gua,
formando H2SO4 (equao 3), que, por sua vez, interagindo com a amnia,
proveniente da decomposio da ureia (de urina e excrementos animais), da queima de
biomassa e de perdas durante a produo de fertilizantes, forma o sulfato de amnio
(equao 4), que reconduzido ao solo pela gua da chuva.
SO3(g) + H2O(g) H2SO4(aq) (3)
H2SO4(aq) + 2 NH3(g) (NH4)2SO4(aq) (4)
sulfato de amnio
reconduzido ao solo
Desafio!
Pgina 7
Representando a transformao do H2S em SO2 pela sua equao, temos:2 H2S(g) + 3 O2(g) 2 H2O(g) + 2 SO2(g)
1% de 48 000 m3 = 480 m3 de H2S ou 480 000 L de H2S.
Considerando que a 25 C e 1 atm, 1 mol de qualquer gs ocupa o volume de 24 L, tem-
se 480 000/24 = 20 000 mol de H2S.
Pela leitura da equao, 1 mol de H2S produz 1 mol de SO2. Assim, ser lanada na
atmosfera uma quantidade de SO2 igual a 20 000 mol de SO2. Como o volume molar o
mesmo para todos os gases, nas mesmas condies de temperatura e presso, 20 000 mol
correspondem a 480 000 L de SO2 ou 480 m3 desse gs.
-
8/7/2019 2010 - Caderno do Aluno - Ensino Mdio - 3 Ano - Qumica - Vol. 4
4/21
GABARITO Caderno do Aluno Qumica 3a srie Volume 4
4
Atividade 2 Atmosfera terrestre: composio e regies
Pgina 8
1. O aluno poder completar a tabela como a que segue.
CCoommppoossiioo ddoo aarr aattmmoossffrriiccoo iisseennttoo ddee vvaappoorr ddee gguuaa ((sseeccoo))
SSuubbssttnncciiaass FFrrmmuullaass%% eemm
vvoolluummeeSSuubbssttnncciiaass FFrrmmuullaass
%% eemmvvoolluummee
Nitrognio N2 78,1
xido de
dinitrognio
(xido nitroso)
N2O 2 10-5
Oxignio O2 20,9 Hidrognio H2 5 10-5
Argnio Ar 9,34 10-1 Xennio Xe 8 10-6
Dixido de
carbonoCO2 3,14 10
-2 Oznio O3 7 10-6
Nenio Ne 1,80 10-3 Amnia NH3 ---
Hlio He 5,20 10-4Dixido de
enxofreSO2 ---
Metano CH4 1,5 10-4
Monxido de
carbonoCO ---
Criptnio Kr 1,00 10-4
2. O aluno dever elaborar um texto prprio. Assim, examinando a tabela, pode, por
exemplo, reconhecer que 99% do ar corresponde aos gases N2 e O2 (componentes em
maiores quantidades). O restante (1%) corresponde a outros gases, chamadoscomponentes-trao. Os alunos podem mencionar que as espcies H2S, SO2 e CO
provm de atividades vulcnicas e que CH4, H2S e NH3 provm da putrefao de
plantas e animais em condies anaerbias (ausncia de oxignio). Podem mencionar
tambm que os xidos de nitrognio (NO, NO2 e N2O) so produzidos por descargas
eltricas no decorrer das tempestades. Alguns podero saber que a porcentagem de
vapor de gua foi omitida da tabela porque ela depende da temperatura e da taxa de
-
8/7/2019 2010 - Caderno do Aluno - Ensino Mdio - 3 Ano - Qumica - Vol. 4
5/21
GABARITO Caderno do Aluno Qumica 3a srie Volume 4
5
evaporao. Os alunos podero ainda expor, resumidamente, outras ideias relevantes
sobre a composio da atmosfera.
Pginas 9 - 10
Os alunos escrevero textos prprios, resultantes de suas pesquisas. O importante
que apontem alguns aspectos, citados a seguir.
1. Descrio das caractersticas das diferentes regies da atmosfera (extenso,
temperatura, presso, densidade e outras) e, ainda, observao de que na estratosfera
que se forma a camada de oznio, que absorve a radiao ultravioleta (UV),
protegendo, assim, os seres vivos dos efeitos dessa radiao. Descrio sobre a
formao da camada de oznio (ver Caderno do Professor, pgina 19).
2.
a) Os alunos devem mencionar que materiais particulados so materiais slidos ou
lquidos, de origem antrpica ou natural, em suspenso no ar. Podem citar vrias
fontes, entre elas, as emanaes vulcnicas; o vento que levanta partculas do solo ou
transporta gotculas de gua (spray marinho); combustes incompletas em que ocorre
a formao de partculas de carbono; e as indstrias metalrgicas, que lanam metaispesados, como Fe, Mn e Pb.
b) Fenmenos meteorolgicos, como nuvens, ventos, chuvas, relmpagos,
tempestades, neblina, furaces etc., ocorrem na troposfera, a regio onde vivemos,
mais prxima do solo, com cerca de 18 km e que corresponde a aproximadamente
75% da massa total atmosfrica.
Questes para a sala de aula
Pginas 11 - 13
1. O tempo de residncia pode ser entendido como o tempo mdio em que uma espcie
permanece na atmosfera at ser removida. expresso pela relao entre a
concentrao de uma dada espcie qumica na atmosfera e a velocidade com que
removida. importante conhecer o tempo de residncia de um poluente porque esse
tempo permite o conhecimento do raio de ao desse poluente, tomando-se por base o
-
8/7/2019 2010 - Caderno do Aluno - Ensino Mdio - 3 Ano - Qumica - Vol. 4
6/21
GABARITO Caderno do Aluno Qumica 3a srie Volume 4
6
local onde ocorreu a sua emisso. Deve ser considerado que o tempo de residncia
um valor mdio de referncia que pode mudar de acordo com as condies ambientais.
2. O exame das tabelas mostra uma regularidade: os poluentes mais solveis em gua so
os que apresentam menor tempo de residncia na atmosfera e, portanto, menor raio de
ao. Assim, por exemplo, o NO2, cujo tempo de residncia de 1 dia, quando
emitido, pode atuar somente nas regies em que o vento conseguir transport-lo no
perodo de 24 horas, ou seja, a alguns quilmetros de distncia. O CO2, cujo tempo de
residncia de aproximadamente 4 anos, poder, em funo desse longo tempo,
espalhar-se por toda a atmosfera do planeta, seja qual for o local onde ocorreu a sua
emisso. Por outro lado, o CO, embora tambm pouco solvel em gua (3,5 cm3/100
cm3 de gua), mais solvel do que o CO2. Em vista disso, seu tempo de residncia
menor (1 a 4 meses) e, portanto, seu raio de ao tambm ser menor do que o do
CO2. Os clorofluorcarbonos so praticamente insolveis em gua e pouco reativos,
com tempo de residncia muito alto.
3. Os materiais podem:
dissolver-se nas guas das chuvas, como os xidos de enxofre e de nitrognio, ou
simplesmente ser arrastados por elas, retornando superfcie terrestre, como os
materiais particulados;
participar de interaes na atmosfera que levam formao de poluentes
secundrios, como o oznio;
permanecer na troposfera, sem participar de interaes, ou subir estratosfera.
4.
A emisso de gases (SO2, NO2, CO e CO2) provenientes da queima de combustveis
na indstria e no transporte.
B retorno dos poluentes superfcie terrestre em forma de cidos dissolvidos na
gua de chuva.C e D acidificao de guas de lagos e reservatrios, podendo causar a morte de
seres aquticos e comprometer a qualidade da gua para abastecimento.
E corroso de esttuas e monumentos.
F morte de rvores e plantaes em decorrncia da acidez das chuvas.
-
8/7/2019 2010 - Caderno do Aluno - Ensino Mdio - 3 Ano - Qumica - Vol. 4
7/21
GABARITO Caderno do Aluno Qumica 3a srie Volume 4
7
Pgina 14
Os alunos produziro textos prprios. Algumas informaes importantes so
apresentadas a seguir.
O oznio e o PAN (nitrato de peroxiacetila) so considerados poluentes secundrios
porque resultam de interaes de poluentes primrios na atmosfera. Essas interaes
envolvem a participao de radicais livres agrupamentos de tomos com eltrons
livres (no compartilhados). Devido a isso, essas espcies qumicas so altamente
reativas.
A formao do oznio pode ser descrita pelas equaes:
NO2(g) + luz NO(g) + O(g) O = radical oxignio
O(g) + O2(g) O3(g)
NO(g) + O3(g) NO2(g) + O2(g)
Em centros urbanos e zonas industrializadas, a queima de combustveis fsseis pode
causar o smog fotoqumico. Esse termo provm do ingls, da contrao das palavras
smoke (fumaa) + fog (neblina). Nesse smog, encontra-se o oznio. Esses perxidos
podem ser formados por meio de reaes entre compostos orgnicos volteis (conhecidos
como COV) e oxidantes.
Hidrocarbonetos olefnicos reagem com o radical oxignio (O) e com o NO2 por meio
de uma srie de transformaes, acontecendo a formao do nitrato de peroxiacetila
(PAN).
-
8/7/2019 2010 - Caderno do Aluno - Ensino Mdio - 3 Ano - Qumica - Vol. 4
8/21
GABARITO Caderno do Aluno Qumica 3a srie Volume 4
8
Pgina 14
Trabalho realizado pelo aluno para avaliar a qualidade do ar de uma regio de sua
cidade. Tabela no Caderno do Aluno, pgina 14, e Caderno do Professor, pgina 21.
Desafio!
Pginas 14 - 17
1. A hemoglobina, representada por Hb, forma com o oxignio um complexo, a oxi-
hemoglobina, representada por HbO2.
Hb + O2 HbO2 (equilbrio 1)
hemoglobina oxi-hemoglobina(vermelho arroxeado) (vermelho)Considerando-se o equilbrio representado em (1), se a concentrao de O2 tornar-se
muito baixa, a reao inversa ser favorecida, o que causar aumento na quantidade de
O2 livre e diminuio da concentrao de HbO2, desfavorecendo a funo da
hemoglobina como transportadora de oxignio no processo respiratrio.
2. Se no ar existir CO em elevada concentrao (700 a 800 ppm), haver no sangue uma
competio entre o CO e o O2 pelas molculas de hemoglobina.
Hb + CO HbCO (equilbrio 2)
Sendo maior a tendncia da hemoglobina reagir com o CO do que com o O2, o
equilbrio (2) ser favorecido, e a hemoglobina perder a sua funo de transportadora
do O2. Devido a essa interferncia na concentrao de O2, as clulas ficaro com
menos oxignio do que o necessrio e o indivduo poder ser levado morte.
3. Com a presena do azul de metileno, haver competio entre essa substncia e a
hemoglobina pela interao com as molculas de CO. Como o azul de metileno tem
mais tendncia a interagir com o CO do que a hemoglobina, a formao de HbCO serdesfavorecida, deixando a hemoglobina livre para formar HbO2 e transportar o
oxignio s clulas, impedindo, dessa forma, a morte do indivduo.
4. Correlacionando a quantidade de CO com a porcentagem de hemoglobina desativada,
o aluno, utilizando os dados da tabela, poder concluir que, quando a concentrao de
CO for de 250 ppm, a de hemoglobina desativada ser 33%. Nessa situao, o
indivduo que respirar esse ar poder apresentar sintomas como inconscincia.
-
8/7/2019 2010 - Caderno do Aluno - Ensino Mdio - 3 Ano - Qumica - Vol. 4
9/21
GABARITO Caderno do Aluno Qumica 3a srie Volume 4
9
Observao: considerando as informaes apresentadas no grfico, espera-se que os
alunos correlacionem a quantidade de CO com a porcentagem de hemoglobina
desativada e, assim, possam prever os sintomas usando os dados da tabela. Espera-se
tambm que respondam que quando a concentrao de CO for de 250 ppm, a de
hemoglobina desativada dever ser de cerca de 33%. O professor pode, tambm,
advertir os alunos a respeito dos efeitos txicos do azul de metileno (pea para
consultarem o site:
, acesso em:
20 maio 2010).
-
8/7/2019 2010 - Caderno do Aluno - Ensino Mdio - 3 Ano - Qumica - Vol. 4
10/21
GABARITO Caderno do Aluno Qumica 3a srie Volume 4
10
SITUAO DE APRENDIZAGEM 2
POLUIO DAS GUAS: CONHECENDO PARA SABERANALISAR E AGIR
Questes para a sala de aula
Pgina 18
1. Os alunos podero apontar diferentes materiais. Alguns exemplos foram citados no
Caderno do Professor, pgina 31,e reproduzidos a seguir.
MMaatteerriiaaiiss iinnttrroodduuzziiddooss nnoo aammbbiieennttee PPoossssvveeiiss pprroobblleemmaass
Dissoluo na gua de SO2 e de xidos
de nitrognio, provenientes da queima de
combustveis fsseis.
Formao de chuva cida.
Aumento da acidez de lagos e reservatrios.
Aumento da acidez do solo (da gua contida).
Despejo no solo de materiais no
solveis em gua e que podem ser por ela
transportados.
Alagamentos por entupimentos.
Contaminao do solo e da gua.
Acmulo de certos materiais que apresentamtempo longo de degradao (plsticos, metais,inseticidas).
Dissoluo de materiais solveis
(detergentes, gua sanitria, bebidas, ons
metlicos etc.) na gua de abastecimento.
Aumento da DBO (demanda bioqumica deoxignio)* da gua de rios e de reservatriosnaturais.
Variao de pH da gua de rios.
Aumento da concentrao dessas espcies,podendo ultrapassar o limite permitido por lei.Isso pode ocasionar problemas de sade edesequilbrios ecolgicos.
Variao da tenso superficial da gua.
Despejo de materiais pouco solveis em
gua (leo comestvel, gorduras, restos
de alimentos, dejetos etc.) na gua de
abastecimento.
Aumento da DBO da gua de rios.
Variao de pH da gua de rios.
Presena de microrganismos na gua.
* Quantidade de oxignio requerida por uma populao mista de microrganismos para a
oxidao dos compostos orgnicos contidos em uma amostra de gua.
-
8/7/2019 2010 - Caderno do Aluno - Ensino Mdio - 3 Ano - Qumica - Vol. 4
11/21
GABARITO Caderno do Aluno Qumica 3a srie Volume 4
11
2. Texto prprio do aluno ou de um grupo. A elaborao desta resposta uma atividade
importante de reflexo, podendo levar a questionamentos das aes individuais e
coletivas em relao ao ambiente.
Pgina 19
Das aes apresentadas, a I e a III podem contribuir para a reduo da poluio dos
rios, uma vez que esta causada por resduos industriais e domsticos.
Questo para a sala de aulaPgina 19
As substncias orgnicas presentes nos esgotos lanados nos rios interagem com o
oxignio dissolvido na gua, causando, por exemplo, a diminuio da quantidade de O2
disponvel para a respirao de peixes e de outros seres aquticos.
Questes para a sala de aula
Pginas 20 - 21
1. Espera-se que os alunos apontem que o tratamento preliminar do esgoto tem a
finalidade de remover materiais slidos grosseiros, areia e materiais que se encontram
em sua superfcie com a utilizao de uma grade e de uma caixa que retm a areia.
2. Com relao ao tratamento primrio, os alunos devem apontar que sua finalidade a
remoo de slidos de menores dimenses do que os retirados no tratamento
preliminar, presentes na gua. So utilizados tanques de decantao, nos quais parte
desses slidos se deposita no fundo dos tanques (lodo primrio) e o lquido
decantado, seguindo o tratamento. Podem mencionar tambm outros processos
empregados no tratamento primrio, como a floculao, utilizada para a remoo de
slidos de menores dimenses. Para que esse processo ocorra, so adicionados ao
tanque de decantao sais de alumnio ou de ferro (mesmo princpio da floculao no
tratamento da gua de abastecimento).
-
8/7/2019 2010 - Caderno do Aluno - Ensino Mdio - 3 Ano - Qumica - Vol. 4
12/21
GABARITO Caderno do Aluno Qumica 3a srie Volume 4
12
3. Os alunos devero apresentar uma sntese das aulas e de suas pesquisas. O principal
que percebam que esta etapa (tratamento secundrio) tem a funo de remover, por
meio de transformaes qumicas, a matria orgnica em suspenso na gua que no
foi removida nos tratamentos anteriores. Essas transformaes necessitam da presena
de microrganismos para acontecer. A degradao das substncias orgnicas pode se
dar por um processo aerbio ou anaerbio. Caso o professor tenha apresentado as
equaes qumicas em sala de aula, os alunos podem escrev-las.
4. As respostas dependero das informaes obtidas nas pesquisas realizadas. Espera-se
que os alunos mencionem que o tratamento tercirio tem por objetivo a remoo de
poluentes especficos e, principalmente, de substncias que contm nitrognio e
fsforo.
Pginas 22 - 23
1. O aluno completar o quadro com suas prprias palavras. Um exemplo apresentado a
seguir.
2.
a) Sequncia: (3), (2), (4), (5) e (1). Com o lanamento de grande quantidade de
esgoto com resduos orgnicos, ocorre aumento da matria orgnica disponvel (3) e
proliferao intensa de microrganismos (2). A destruio desse material orgnico
consome oxignio, o que causa reduo na quantidade de oxignio disponvel (4),
morte de seres aquticos (5) e proliferao de seres anaerbicos (1), que no
necessitam de oxignio para se manter vivos.
3. Alternativa c.
Remoo de materiaisslidos em suspenso
por sedimentao efloculao.
Remoo deareia e slidosgrosseiros.
Degradao desubstnciasorgnicas por
processos aerbiosou anaerbios.
Remoo defosfato, desubstnciasorgnicasdissolvidas e demetais.
Tratamento
preliminar
Tratamento
primrio
Tratamento
secundrio
Tratamento
tercirio
-
8/7/2019 2010 - Caderno do Aluno - Ensino Mdio - 3 Ano - Qumica - Vol. 4
13/21
GABARITO Caderno do Aluno Qumica 3a srie Volume 4
13
Questes para anlise do texto
Pginas 24 - 25
1. As principais fontes de compostos de fsforo nos rios brasileiros so os agrotxicos e
as fezes despejadas nos rios, sem tratamento, pelos esgotos domsticos. Os detergentes
tambm contribuem para o aumento da quantidade de fsforo nas guas.
2. 64 toneladas/dia 365 dias = 23 360 toneladas.
3. Reduo da concentrao de fsforo em 1,5% na frmula dos sabes e detergentes em
p.
4. Reduo de 64 toneladas para 46 toneladas/dia. Em um ano, reduo de 23 360
toneladas para 16 790 toneladas.
5. Conforme o texto, o fsforo em excesso pode levar eutrofizao, ou seja, pode
enriquecer a gua com nutrientes que favorecem a proliferao de algas txicas. Alm
de servir de criadouros para vetores de doenas, dar gosto ruim e mudar a colorao da
gua, essas plantas podem afetar turbinas e hlices de motores e atrapalhar a
navegao.
6. Agrotxicos e fezes.
7. Est respondida no incio da resposta questo 5.
8. Tripolifosfato de sdio.
-
8/7/2019 2010 - Caderno do Aluno - Ensino Mdio - 3 Ano - Qumica - Vol. 4
14/21
GABARITO Caderno do Aluno Qumica 3a srie Volume 4
14
SITUAO DE APRENDIZAGEM 3
PERTURBAES NA BIOSFERA
Questes para a sala de aula
Pginas 26 - 27
1. As plantas, ao absorverem nutrientes do meio, absorvem DDT, que bioacumulativo.
Os animais que se alimentam dessas plantas ingerem o DDT nelas acumulado. Quanto
mais plantas forem ingeridas, mais DDT esses animais estaro ingerindo e
acumulando. Um animal carnvoro, ao se alimentar de animais herbvoros
contaminados com DDT, ingerir quantidades ainda maiores de DDT e o acumular.
Dessa maneira, a concentrao de DDT aumenta a cada nvel.
2 e 3. Alguns alunos podem achar que sim, por analogia com o nome. Aps a leitura do
texto, os alunos devero responder que o DDT no usado, j que foi proibido. Como
o DDT foi um pesticida muito difundido e utilizado, este nome ficou sendo usado
como sinnimo de pesticida.
Pgina 28
A substncia DDT bastante solvel em gordura e pouco solvel em gua. Devido a
isso, animais que se alimentam de plantas contaminadas com o DDT o bioacumulam em
sua gordura. Um carnvoro, ao se alimentar de animais herbvoros contaminados com
DDT, ingerir o DDT neles acumulado e tambm o bioacumular. Dessa maneira, pode-
se explicar por que as concentraes de DDT encontradas em animais que ocupam as
posies mais altas da cadeia alimentar so maiores.
Desafio!
Pginas 28 - 30
Sendo um sistema em equilbrio qumico, coexistem nesse sistema clorobenzeno,
cloral e DDT. Os dados da tabela mostram que, ao se adicionar gua ao sistema em
equilbrio e resfri-lo at a temperatura ambiente (25 C), o DDT ir se precipitar por ser
-
8/7/2019 2010 - Caderno do Aluno - Ensino Mdio - 3 Ano - Qumica - Vol. 4
15/21
GABARITO Caderno do Aluno Qumica 3a srie Volume 4
15
praticamente insolvel em gua e por apresentar uma TF de 106,5 C. O cloral hidratado
bastante solvel em gua e o clorobenzeno estar no estado lquido a esta temperatura.
Assim, o DDT poder ser decantado e separado das outras substncias.
1 e 2. Os alunos podero apresentar diferentes pontos de vista com base nas informaes
relativas ao DDT. Esta atividade permite que os alunos debatam os prs e os contras
do uso do DDT e que tomem uma posio. (Professor, caso voc ache adequado, os
alunos podem pesquisar mais sobre o assunto, procurando conhecer possveis
alternativas para o combate malria.)
Questes para anlise do texto
Pgina 31
1. Para calcular o volume mnimo que o plstico pode representar, usa-se o maior valor
da densidade, ou seja, 1,4 g/cm3. Como a massa de plstico de 2 340 toneladas e a
densidade dada em g/cm3, pode-se transformar tonelada em grama:
1 t = 106 g
1 tonelada equivale a 106 g
1 m3 = 106 cm3
O volume correspondente a essa massa :
3363
6
6711106711/4,1
103402mcm
cmg
gVmnimo
Poucos alunos tero uma ideia do volume contido em 1 671 m3, mas todos,
certamente, j viram uma caixa-dgua com capacidade de 1 000 L, que corresponde a
1 m3. Logo, 1 671 m3 correspondero a 1 671 caixas-dgua com capacidade de
1 000 L cheias de plsticos que levaro mais de 100 anos para ser degradados.
No final de um ano, esse nmero chega a 609 915 caixas-dgua (de 1 000 L) cheias
de plsticos (1 671 caixas-dgua de 1 000 L 365 dias). Considerando agora que uma
piscina olmpica (de 50 m de comprimento) tem capacidade de 2 500 m3 de gua, a
quantidade de plsticos jogados no lixo por ano, somente na cidade de So Paulo,
corresponde a cerca de 244 piscinas olmpicas cheias de plsticos.
2. A incinerao diminui o volume de lixo e pode ser usada como fonte de energia. Por
outro lado, a incinerao lana CO2 na atmosfera, alm de fuligem e outros gases.
Muitos materiais, inclusive alguns tipos de plstico, produzem vapores e gases txicos
ao ser incinerados.
-
8/7/2019 2010 - Caderno do Aluno - Ensino Mdio - 3 Ano - Qumica - Vol. 4
16/21
GABARITO Caderno do Aluno Qumica 3a srie Volume 4
16
Pginas 32 - 33
Os alunos podem propor vrios procedimentos. O importante que eles percebam quetm de utilizar a diferena de densidade que os plsticos apresentam, colocando-os em
lquidos de diferentes densidades em que no sejam solveis. Como h dois materiais que
apresentam densidade menor do que a da gua (PP e PEAD), pode-se separ-los
utilizando esse lquido. Para diferenci-los, deve-se escolher um lquido que tenha uma
densidade intermediria entre as deles, como uma mistura de etanol e gua. Para separar
PET e PS, deve-se utilizar um lquido cuja densidade seja um valor intermedirio entre a
desses dois plsticos, como uma soluo de NaCl.
Os alunos podem colocar as amostras de plstico em trs recipientes, contendo
lquidos de diferentes densidades. Esses recipientes podem conter:
Recipiente 1: colocar 100 mL de gua (d = 1g/cm3); adicionar as amostras dos quatro
plsticos a ser identificados. Devero flutuar somente aqueles que apresentarem
densidades menores do que a da gua, ou seja, o polipropileno (PP) e o polietileno de alta
densidade (PEAD).
Recipiente 2: colocar uma soluo de gua e lcool, contendo uma quantidade de
aproximadamente 38 a 48 g de lcool e gua suficiente para que a massa total seja de
100 g. A soluo preparada apresentar uma densidade entre 0,92 g/cm3 e 0,94 g/cm3.
Dever flutuar somente o plstico cuja densidade menor do que 0,92 g/cm3, ou seja, o
polipropileno (PP).
Recipiente 3: colocar uma soluo aquosa de cloreto de sdio, contendo entre 16 e
20 g de sal e gua suficiente para se obter uma massa de 100 g. A soluo apresentar
densidade entre 1,11 e 1,15 g/cm3. Colocar nessa soluo os dois plsticos que afundaram
na soluo do recipiente 1. Dever afundar somente o polietilenotereftalato (PET).
Caso no se tenha uma balana, sugere-se ao professor que v colocando lcool no
recipiente 1, deixando os alunos perceberem que em determinado momento o polietileno
de alta densidade afundar. Nesse momento, pode-se apontar para os alunos que a
densidade da soluo deve ser menor do que a densidade do PEAD. Pode-se fazer o
mesmo com o sal. Sugere-se preparar pelo menos 200 g de cada soluo para que se
-
8/7/2019 2010 - Caderno do Aluno - Ensino Mdio - 3 Ano - Qumica - Vol. 4
17/21
GABARITO Caderno do Aluno Qumica 3a srie Volume 4
17
possa observar melhor a flutuao. Os pedaos de plstico devem ser pequenos, porm,
bem visveis.
Pgina 33
1.
PEAD (polietileno de alta densidade) e PEBD (polietileno de baixa densidade)
PP (polipropileno)
PS (poliestireno)
PVC (policloreto de vinila)
-
8/7/2019 2010 - Caderno do Aluno - Ensino Mdio - 3 Ano - Qumica - Vol. 4
18/21
GABARITO Caderno do Aluno Qumica 3a srie Volume 4
18
PET (polietilenotereftalato)
2. Algumas propriedades podem auxiliar na identificao de plsticos, sua estrutura e
suas aplicaes. Analisando o comportamento do plstico, os alunos podero verificar
que a queima uma alternativa para sua identificao, porm, se a inteno for areciclagem, a queima est fora de questo. Informaes sobre os diferentes plsticos
esto organizadas a seguir para subsidiar o trabalho do professor.
TTiippoo ddeeppllssttiiccoo
AAssppeeccttoo vviissuuaall AApplliiccaaeesspprriinncciippaaiiss
CCoommppoorrttaammeennttooqquuaannttoo
iinnffllaammaabbiilliiddaaddee
EEssttrruuttuurraa
PEAD
(polietileno de
alta densidade)
Incolor, opaco Tampas,vasilhames,
utilidades
domsticas e
frascos para
produtos de
limpeza
Queima lenta, chamaamarela com odor de vela
PEBD
(polietileno de
baixa
densidade)
Incolor, de translcido
a opaco
Sacos de lixo e
embalagens
flexveis
Queima lenta, chama
amarela com odor forte de
vela
PP
(polipropileno)
Incolor, opaco Autopeas
(para-choques)
e potes
Queima lenta, chama
amarela com odor forte de
vela
-
8/7/2019 2010 - Caderno do Aluno - Ensino Mdio - 3 Ano - Qumica - Vol. 4
19/21
GABARITO Caderno do Aluno Qumica 3a srie Volume 4
19
PS
(poliestireno)
Incolor, transparente Embalagens duras,
brinquedos e
indstria
eletroeletrnica*
Queima rpida, chama
amarela alaranjada com
odor de estireno
PVC
(policloreto de
vinila)
Incolor, transparente Tubos e conexes e
frascos de gua
mineral
Queima difcil, com
carbonizao e chama
amarelada com toques
verdes
PET
(polietileno
tereftalato)
Incolor, transparente a
opaco
Fibras txteis,
frascos de
refrigerantes e
mantas de
impermeabilizao
Queima razoavelmente
rpida, com chama amarela
fuliginosa
* O poliestireno expandido, conhecido mundialmente pela marca Isopor, obtido pela
polimerizao do poliestireno por meio do emprego de um gs de expanso.
Pginas 34 - 35
Os assuntos tratados nas propostas sugeridas para pesquisa foram discutidos ao longo
do Caderno.
1 Poluio atmosfrica: causas, efeitos e intervenes sociais
Os termos sugeridos so facilmente encontrados em livros didticos e na internet. Assolues ou aes para tentar resolver ou minimizar os problemas nem sempre
constam nos livros didticos, mas sempre possvel encontrar material na internet. As
solues que os alunos apresentarem podero ser discutidas em sala de aula.
2 Pesticidas
Informaes sobre pesticidas podem ser obtidas tambm mediante entrevistas com
especialistas nos referidos assuntos. Os livros didticos de Biologia podem conter
informaes teis aos alunos. O objetivo dessa pesquisa que os alunos percebam que
-
8/7/2019 2010 - Caderno do Aluno - Ensino Mdio - 3 Ano - Qumica - Vol. 4
20/21
GABARITO Caderno do Aluno Qumica 3a srie Volume 4
20
h vantagens e desvantagens nas solues propostas para os problemas ambientais, s
vezes de natureza tecnocientfica, s vezes decorrentes de interesses de grupos.
3 Lixo e poluio: o que se pode fazer?
Ter informaes sobre a quantidade de lixo do municpio e sobre sua destinao pode
ser um importante instrumento de cidadania, pois a situao do municpio ou da regio
e as aes individuais e coletivas que buscam solucionar os possveis problemas
podem ser discutidas em sala de aula.
4 Poluio do Rio Tiet: analisando a situao atual e propondo solues
Informaes podem ser obtidas na internet, em rgos responsveis pelo tratamento de
gua, como a Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental do Estado de So
Paulo (Cetesb), e nas Secretarias de Estado do Meio Ambiente.
-
8/7/2019 2010 - Caderno do Aluno - Ensino Mdio - 3 Ano - Qumica - Vol. 4
21/21
GABARITO Caderno do Aluno Qumica 3a srie Volume 4
21
SITUAO DE APRENDIZAGEM 4
CONTRIBUIES PARA A DIMINUIO DA POLUIO NOPLANETA
Pginas 36 - 39
1. As concentraes de fsforo nas amostras 1 e 3 so iguais (0,014 mg/L). A
concentrao de fsforo na amostra 2 de 0,125 mg/L e est fora do limite previsto pela
legislao.
2. Alternativa a.3. Alternativa b.
4.
a) No instante zero e bem prximo a ele.
b) A atividade anaerbica prevalece no intervalo de 1,2 a 10,5 porque a produo de
CO2 e CH4 diminui bruscamente e a produo de O2 e N2 recomea.
c) O melhor intervalo de tempo seria entre 5 e 10, quando ocorre a maior produo
de gs metano. A equao : CH4 + 2 O2 CO2 + 2 H2O + energia.
5. Alternativa a.