2010 - caderno do aluno - ensino médio - 3º ano - geografia - vol. 4

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Caderno do Professor com todas atividades e respostas para uso em dúvidas.

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GABARITO

Caderno do Aluno

Geografia 3a srie Volume 4

SITUAO DE APRENDIZAGEM 1 OS FLUXOS MATERIAIS

Para comeo de conversaPgina 3

1. Nesta questo, os alunos devem apresentar como argumentos: a ampliao da capacidade de carga dos navios, responsvel por facilitar o transporte e baratear custos; a modernizao nas formas de armazenamento para transportes com o uso de contineres, o que evita perdas; e o aumento da velocidade, devido ao avano tecnolgico em avies e navios, o que diminui o tempo de distribuio das mercadorias. 2. a) Soja: 1-4-5. b) Ao para exportao: 1-4. c) Petrleo: 1-2-5. d) Peas de computador: 3-5. e) Alimentos industrializados: 5.

Pginas 4 - 5

1. Espera-se que os alunos percebam que: os fluxos materiais so aqueles representados por objetos que possuem materialidade e volume e, portanto, compem uma imensa variedade de sistemas de infraestrutura e de mercadorias por exemplo, produtos agrcolas, minerais e industrializados ; e os fluxos imateriais so aqueles disseminados pelos meios de comunicao e informao, como a internet por exemplo, redes sociais (Orkut, facebook etc.) e lojas virtuais , a comunicao via satlite e a telefonia, e que influem em nossas vidas e alteram a nossa economia, mas que no so palpveis e, portanto, no tm materialidade. 2. Como o prprio texto destaca, na atualidade, h uma relao de interdependncia entre os fluxos materiais e os imateriais. Se, por um lado, toda a infraestrutura dos setores de comunicao e informao compe-se de uma base material formada por satlites,1

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fiaes, cabos submarinos etc. , por outro, o que eles tornam disponvel resulta em fluxos imateriais que so utilizados pelas mesmas empresas responsveis por fabricar todas essas tecnologias. possvel destacar tambm que os fluxos imateriais so importantes meios de comercializao de fluxos materiais (comrcio online). 3. Alguns exemplos so: a rede bancria funciona interconectada e h uma infindvel diversidade de transaes econmicas realizadas por essa instituio. Alm disso, as bolsas de valores do mundo inteiro operam em conexo e influem na economia dos mais diferentes pases. Tambm todo o setor do e-commerce s existe porque est disponvel online. Esses so exemplos econmicos. Porm, h uma variedade de transaes que ocorrem pela via do fluxo imaterial que no podem ser consideradas econmicas, mas, sim, culturais. Esse o caso dos contatos por e-mails, das relaes que se estabelecem no Orkut e em diferentes redes sociais, das transaes de msicas em mp3, de filmes no YouTube etc.

Pginas 5 - 9

1. Espera-se que os alunos destaquem os seguintes pontos: Habilidades humanas: saber-fazer. Tcnica origem grega (tekhn): capacidade de atuar na vida social, nos seus Relaes sociais: atividades artsticas, culturais ou esportivas. So elementos Na histria (as tcnicas antecederam as cincias): constituem-se em objetos tudo

mais diferentes aspectos; sustentao material da vida; produo. componentes e constituintes das sociedades. o que concebido pelo ser humano para ter uma funo toda coisa material que pode ser apreendida pelos sentidos. Os objetos so tcnicos. Espao geogrfico: constitudo de objetos tcnicos (ex.: estrada, indstria etc.) Espao relativo (ope-se ideia de espao absoluto): espao relativo no um construdos sobre a base fsica. vazio ou extenso a ser preenchida, tido como concreto, onde a matria est sempre presente mesmo que s na forma de energia e em constante mutao. Ideia de que o espao est em expanso leis variam conforme a relao entre as coisas materiais que o constituem interao.

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Espao relativo (Geografia): objetos tcnicos introduzidos no espao geogrfico

passam a constitu-lo e no apenas a ocupar lugares (ex.: usina hidreltrica numa rea qualquer de um espao muda as relaes existentes entre todos os objetos que o compunham anteriormente; o espao geogrfico dessa rea contm uma usina hidreltrica e todas as modificaes ocasionadas por ela). Meio tcnico-cientfico-informacional tecnologia (juno das palavras gregas tekhn e logos): pensamento organizado sobre as tcnicas. Hoje a tecnologia remete a eletrnica, informtica, satlites, robs e outras coisas do gnero. Para Ruy Gama, a tecnologia a sistematizao cientfica dos conhecimentos relacionados s tcnicas = pesquisa cientfica sistematizada. Em sntese: tcnicas = saber-fazer aprendido na prtica e transmitido de gerao Espao geogrfico meio tcnico: objetos tcnicos, produtos da tcnica e das Sculo XXI o planeta pode ser apreendido de forma simultnea em gerao. Tecnologia = saber vinculado cincia moderna. tecnologias modernas. O predomnio de um sobre o outro explica as diferenas regionais. conhecimento do conjunto dos recursos naturais e das transformaes em todos os territrios = espao geogrfico recebe cada vez mais objetos tecnolgicos, organizados como sistemas articulados e dependentes entre si. Sistema tecnolgico de telecomunicaes: baseado num conjunto complexo de aparelhos e instalaes (satlites, cabos martimos e terrestres, torres de transmisso etc.) conhecimento global do planeta = chaves do fim do sculo. Globalizao: transnacionalizao de setores hegemnicos da economia e dos Meio tcnico-cientfico (generalizado aps a 2a Guerra Mundial): empresas territrios (espaos globalizados) + aumento da escala geogrfica das relaes humanas. transnacionais e pases valores macios de capital investidos na pesquisa cientfica (ex.: conhecimento das fontes de matrias-primas, controle das informaes, comunicaes e transportes etc.). Caracterstica bsica desses espaos: articulao de pontos territoriais das empresas localizadas em outros extremos do planeta. Emisso e recepo de informaes estratgicas de todos os tipos (cientficas, financeiras, polticas etc.). Milton Santos identificou esses espaos como o meio tcnico-cientfico informacional: espao transformado num grande sistema tcnico com alto teor de cincia e informao sensao de que o espao estaria diminuindo = velocidades para percorr-lo e travar relaes instantaneidade = tirania da rapidez = acessveis a poucos fonte de poder e dominao.3

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2. Espera-se que os alunos apresentem os objetos tcnicos como tudo o que foi produzido pelas sociedades com o intuito de produzir bens materiais e sociais (ferramentas simples, tcnicas de plantio repassadas de gerao em gerao ou ainda bens culturais e esportivos). Quanto aos objetos tecnolgicos, devem considerar todos os que resultam de uma sistematizao cientfica e que na atualidade so constitudos por redes de comunicao e informao, aparelhos de ressonncia magntica e tomografia; internet; transmisses televisivas; conjunto de aparatos de alta tecnologia ligados informtica etc. 3. Como argumento para essa questo os alunos devem apresentar a constante acelerao do tempo resultante da disseminao de objetos tecnolgicos e da instantaneidade dos sistemas de informao e comunicao. 4. Os alunos podem destacar que os meios para atuar com maior rapidez e velocidade nas relaes socioeconmicas so acessveis a poucos, sendo, portanto, fonte de poder e dominao.

Pginas 10 - 12

1. H uma gama de exemplos e, portanto, voc pode conduzir a discusso organizando os resultados, na lousa, os quais compem partes dos fluxos apresentados na tabela.

Sistemas Tcnicos e TecnolgicosFluxos materiaisEspera-se que novos exemplos de fluxos materiais sejam lembrados, tais como portos, aeroportos, estradas ou toda a variedade de sistemas modais responsveis por captao, transporte e distribuio das mercadorias. Alm disso, poder ser citada uma infinidade de produtos e objetos que formam o conjunto de bens comprados e vendidos pelos mais diferentes pases. Quanto aos fluxos imateriais, espera-se que sejam citadas todas as formas de transaes econmicas e sociais resultantes do uso da internet e que compem a base imaterial da vida social. Nesse sentido, podero ser relacionados o compartilhamento de arquivos digitalizados, as redes sociais informacionais, as transaes financeiras e a disseminao das informaes por meios televisivos.

Fluxos imateriais

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2. Em 1948, foram exportados apenas 59 bilhes de dlares em mercadorias, mas, em 1963, passamos a contar com 157 bilhes, representando um crescimento de quase trs vezes. O crescimento das exportaes continuou acelerado com o aumento das exportaes em cerca de trs vezes e meia em 1973, mantendo esse ndice de crescimento at 1983. A partir dos anos 1980, o crescimento das exportaes duplicou a cada dcada, chegando, em 2003, a 7,3 trilhes de dlares movimentados. As quantidades exportadas, em 1948, foram multiplicadas por cerca de 230 vezes no perodo (1948-2007). 3. a) De acordo com os dados, os alunos devem indicar que a maior participao no total mundial de exportaes de mercadorias da Europa (42,4%), sia e Oceania (27,9%) e Amrica do Norte (13,6%). A soma dessas regies corresponde a 83,9% do total das exportaes mundiais. b) De acordo com os dados da tabela, os alunos devem indicar que o maior aumento percentual das exportaes mundiais entre 1993 e 2007 ocorreu nas seguintes regies: Comunidade dos Estados Independentes (+2,2%); Oriente Mdio (+2,1%); sia e Oceania (1,8%); Amricas do Sul e Central (+0,7%); frica (+0,6%). Na Amrica do Norte houve decrscimo de 4,4% e na Europa o decrscimo foi de 3%; c) Os alunos podem estabelecer a correspondncia entre os dados apresentados na tabela e a superfcie dos crculos e a espessura das setas contidas no mapa, ou seja, as duas linguagens conduzem ao mesmo resultado ao expressarem de maneiras diferentes a maior participao de algumas regies do mundo no comrcio ou fluxo internacional de mercadorias. A expectativa a de que eles reconheam a correspondncia entre os dados apresentados no mapa e parte daqueles da tabela. Alm disso, com base nos dados da tabela e no mapa, os alunos devem chegar s seguintes concluses: A Europa apresenta maior participao no total mundial das exportaes porque rene o conjunto de pases da Unio Europeia (27 pases) com livre circulao de mercadorias. Como possvel observar no mapa, essa a regio com maior participao de comrcio intrarregional dentre as regies apresentadas. Dentre as regies com o maior aumento percentual das exportaes mundiais

entre 1993 e 2007, a Comunidade dos Estados Independentes (+2,2%), o Oriente5

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Mdio (+2,1%), as Amricas do Sul e Central (+0,7%) e a frica (+0,6%) tm em suas pautas de exportaes produtos primrios tanto agrcolas quanto minerais. Sugerimos tambm que seja analisado o modelo de plataformas de exportao implementado em alguns pases da sia, conhecidos como Tigres Asiticos, e tambm na China, e que tem como fundamento a produo de bens de consumo para a exportao, o que explica a intensidade das relaes comerciais da sia com o resto do mundo conforme se verifica no mapa.

Pgina 13

Espera-se que os alunos percebam que a maior parte de produtos agrcolas com baixo valor agregado transportada a granel, o que em muitos casos tem como consequncia grande perda de parte da carga. J produtos com maior valor agregado so acondicionados em contineres, o que permite colocar e transportar o material em caixas metlicas, resultando em vrios benefcios, como: impedir que no haja rupturas no processo de transporte; facilitar e agilizar o embarque, o desembarque e o transbordo dos produtos; e diminuir as possibilidades de acidentes e de perda das mercadorias desde as fbricas onde so produzidas at os estabelecimentos comerciais onde sero vendidas.

Pgina 14

a) Vistos em conjunto, os dois enunciados requerem dos alunos a articulao dos contedos desenvolvidos, para a qual eles podem estruturar a argumentao com o objetivo de destacar as cidades globais. Desse modo, atendendo ao primeiro enunciado, espera-se que ressaltem como a rede mundial de computadores, a internet, facilita a integrao econmica global. Isso porque permite a conectividade entre bolsas de valores e mercados financeiros, empresas de diversos setores econmicos, organizaes governamentais multilaterais e no governamentais, alm de pessoas de diferentes lugares. Podero ainda salientar que os computadores viabilizam no apenas a acelerao do fluxo de informaes, mas tambm facilitam o controle distncia dos negcios, tornando a rede mundial de telecomunicaes uma ferramenta essencial na integrao dos vrios lugares do mundo.6

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b) Como em outras ocasies deste Caderno, para responder ao segundo enunciado os alunos podero salientar que os lugares mais integrados s redes mundiais de fluxos so aqueles mais densos em termos de objetos tcnicos, que apresentam melhores infraestruturas de produo, transportes e telecomunicaes. Espera-se, portanto, que eles destaquem o caso das cidades globais, em contraste com outros lugares do mundo, onde h muita dificuldade quanto a serem integrados aos fluxos materiais e imateriais que acompanham o atual perodo tcnico-cientfico-informacional. A expectativa que identifiquem como as cidades globais esto localizadas principalmente nos pases desenvolvidos, o que reflete a afirmao do enunciado.

Pginas 14 - 15

1. Alternativa a. Pode ser afirmado que, sem dvida, os novos aportes tecnolgicos que adentram os espaos provocam uma acelerao das relaes de ordem econmica e tambm da mobilidade das pessoas. Mas isso no permite ainda todas as integraes e regularizaes nos mercados de trabalho. 2. a) Em virtude da liderana na atual revoluo tcnico-cientfica, o Japo e, principalmente, os Estados Unidos devem ser indicados como os dois centros hegemnicos da atual economia informacional. Os alunos podero justificar essa escolha diante do mapa sobre os fluxos do comrcio internacional analisado na Situao de Aprendizagem, como tambm considerando que esses dois pases so os que mais investem em pesquisa e desenvolvimento, alm de se apresentarem como sede de grande parte das maiores corporaes transnacionais. b) Levando-se na devida conta que os alunos estudaram a frica e, em particular, a frica Subsaariana, no volume 3 da 3a srie do Ensino Mdio, o enunciado da questo permite resgatar conhecimentos desenvolvidos. Ademais, diante dos novos contedos estudados neste 4o bimestre, podero redimensionar entendimento e aprendizagem anteriores, considerando, por exemplo, que a frica Subsaariana a poro mais marginalizada do espao geogrfico mundial, mantida praticamente excluda das redes por meio das quais circulam crescentes fluxos de capitais, mercadorias, pessoas e informaes. Numa palavra, a expectativa que apliquem os7

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contedos desenvolvidos nesta Situao de Aprendizagem, para ampliar o entendimento sobre assunto estudado. Desse modo, tambm podero explicar que o aspecto identificado mantm relaes com o baixo grau de desenvolvimento dos pases e com o tambm baixo poder aquisitivo das populaes dessa extensa regio, alm da carncia de infraestrutura ou de objetos tcnicos (terminologia do gegrafo Milton Santos). De maneira complementar, podero apontar as guerras civis e os conflitos tnicos que agravam a situao dos pases e das populaes dessa poro do globo, o que tambm contribui para a destruio da precria infraestrutura e para afugentar ainda mais possveis investimentos estrangeiros.

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SITUAO DE APRENDIZAGEM 2 FLUXOS DE IDEIAS E INFORMAO

Para comeo de conversaPgina 16

Espera-se que os alunos definam sociedade da informao como aquela que exprime as diferentes formas de acesso dos grupos sociais, atravs da tecnologia, s mais variadas informaes e produtos. Como impactos representativos de sua influncia na cultura e na economia podem ser citadas as transmisses via satlite de eventos culturais e esportivos, que em tempo real mostram de forma simultnea a todas as partes do mundo eventos que ocorrem em determinada regio do planeta, alm da facilidade de acesso a bens e servios das mais diferentes partes do mundo, formando um mercado global. interessante destacar com os alunos que essa sociedade da informao produz uma nova modalidade de lixo, o lixo tecnolgico, representado na ilustrao pelo lixo espacial.

Leitura e Anlise de Texto e GrficoPginas 17 - 19

1. a) Esta questo tem como objetivo levar os alunos a perceber a influncia dos fluxos imateriais em suas vidas. Assim como as alteraes resultantes dos avanos tecnolgicos nos setores da eletrnica provocaram grandes mudanas, espera-se que os exemplos sejam vinculados s modificaes acarretadas pela telefonia mvel e pelas diferentes transaes por meio da internet. b) Alternativa a. Esta a nica alternativa que ressalta a desigual distribuio dos objetos tcnicos no mundo expressa na frase do ex-presidente sul-africano. 2. Alternativa d. Embora corresponda a um avano extraordinrio para a humanidade, h uma distribuio desigual no desenvolvimento e no acesso s inovaes tecnolgicas ligadas informtica, por exemplo. Isso acrescenta um elemento a mais de desigualdades entre os povos.

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3. Espera-se que os alunos ratifiquem a situao de excluso vivida pela populao da frica em relao s diferentes formas de acessibilidade tecnolgica. Nesse sentido, a frica encontra-se margem dos processos de incluso telefnica e digital, exemplificando de forma contundente a expresso tirania da rapidez, ou seja, os meios para atuar com maior rapidez e velocidade nas relaes socioeconmicas da atualidade so acessveis a poucos, sendo, portanto, fonte de poder e dominao.

Pginas 20 - 21

1. A leitura do texto permite aos alunos destacar a grande abrangncia das lan houses, pois elas so responsveis por 49% dos acessos internet no Brasil, substituindo dessa forma o poder pblico e tornando-se as principais responsveis pela incluso digital no Brasil. Eles tambm podem abordar um dado importante, o fato de que os acessos se encontram associados ao envio de e-mails, currculos, atividades escolares. Quanto ao uso das redes sociais, elas prestam um servio importante, ao contribuir para o encontro de pessoas e parentes distantes, assim como para facilitar, a um custo mais acessvel, a aproximao daqueles que vivem afastados por residirem em regies distantes umas das outras. 2. Aqui vo ser discutidas pelos alunos as diferentes formas de integrao criadas pelas tecnologias informacionais, mas eles tambm devem apresentar algumas distores resultantes do uso dessas mesmas tecnologias. Uma das grandes preocupaes sociais da atualidade saber quais consequncias a difuso do ciberespao provoca na vida das pessoas. Se, por um lado, as formas de contato e comunicao se ampliam, por outro, a possibilidade que um indivduo tem de se manter incgnito faz com que deixemos de ser pessoas para nos tornarmos mensagens eletrnicas que invadem computadores alheios, sem que haja o consentimento de quem nos recebe. Nesse sentido, quando se analisam questes relativas a processos de interao social, opinies divergentes aparecem de imediato. H os que enxergam o ciberespao como mais uma oportunidade para o surgimento de novas formas de relacionamento, pois comunidades de mltiplos interesses so montadas (como as do Orkut) e multiplicam-se as salas de bate-papo que permitem s pessoas interagir distncia, criando laos importantes que podem at mesmo transformar-se em amizades ou manifestar-se em outras formas de comunicao e ainda como um modo de10

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conseguir um emprego. Por outro lado, os cibercontatos podem tambm trazer problemas; inmeras situaes de constrangimento individual e coletivo, como pginas ofensivas criadas com o intuito de denegrir a imagem de algum, muito comuns em ambientes escolares, vdeos lanados na rede sem a permisso dos envolvidos, assim como o uso da internet por redes criminosas, tm-se proliferado e exigido inclusive mudanas nas legislaes dos diferentes pases. Alm de todos esses problemas, existe a preocupao quanto aos isolamentos sociais decorrentes do intenso envolvimento de jovens com jogos eletrnicos, ou mesmo em razo da prevalncia dessas formas de comunicao em detrimento da convivncia social mais ampla. Certamente, h que se considerar como vlidos todos os argumentos que envolvem esse debate. 3. Espera-se que os alunos apresentem como distino o fato de que a comunicao se faz com informaes, mas nem todas as relaes comandadas pela informao realizam plenamente a comunicao. A diferena sutil, mas importantssima. O telefone quase sempre um meio de comunicao: nele os participantes tm papel comum. Ambos podem falar e ouvir. Por sua vez, a televiso um meio de informao que no realiza a comunicao por inteiro. No h posio comum entre o emissor e o telespectador. O emissor fala, enquanto o receptor assiste e ouve. Para a Geografia, de grande valor a separao entre os meios de comunicao e os meios de informao. A comunicao seria mais afeita ao plano das horizontalidades, enquanto os meios de informao seriam parte dos suportes das verticalidades.

Desafio!Pgina 22

1. Espera-se que os alunos argumentem que a ampliao do alcance das grandes redes mundiais de televiso pode, por um lado, facilitar o acesso informao, que antes demoraria muito a ser veiculada. Por outro, espera-se que eles considerem que, ao mesmo tempo, essas redes vo transmitir apenas o seu olhar sobre os acontecimentos, fazendo com que o telespectador tenha apenas uma viso dos fatos. Muitas vezes, isso impossibilita que opinies divergentes sejam explicitadas, o que resulta em uma homogeneizao da informao. 2. Espera-se que os alunos percebam que, se, por um lado, ser informado sobre o que est ocorrendo em outras partes do mundo fundamental para que o nosso prprio conhecimento ou a nossa cultura sejam ampliados (ou mesmo modificados), por11

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outro, frequentemente, a informao que nos chega j foi manipulada por redes de comunicao, de pases cujos governos muitas vezes so protagonistas diretos de conflitos e de presses hegemnicas sobre povos e pases excludos desse mesmo sistema.

Desafio!Pgina 23

1. Especular neste caso significa fazer operaes financeiras ou comerciais com bens negociveis, com a finalidade de tirar proveito da variao de preos a partir de informaes sobre esses bens que podem aumentar ou diminuir o seu valor. 2. Espera-se que os alunos identifiquem que o aprofundamento da economia especulativa tornou-se possvel, em grande parte, graas a dois conjuntos de fatores: a) a liberalizao e a desregulamentao das economias nacionais, estimuladas pelo neoliberalismo; e b) o avano nos ltimos 20 anos das redes de fluxos imateriais que permitiram a movimentao instantnea de dinheiro entre as bolsas de valores de todo o mundo por intermdio das redes de computadores integradas em escala global. 3. As economias emergentes so as mais suscetveis fuga de capitais. Isso se explica porque os papis negociados nestas bolsas, aliados aos ttulos emitidos por seus governos, despertam interesse por ofertar altas taxas de rendimentos como um atrativo aos investidores. Porm, quando apresentam fatores de risco econmico, normalmente vinculados fragilidade de suas contas pblicas ou vulnerabilidade de suas economias, os grandes investidores debandam de forma uniforme, o que abala o mercado e consequentemente afeta diretamente as reservas cambiais. Tal fato se explica porque, ao chegarem, os investidores internacionais necessitam trocar suas moedas estrangeiras (em geral, dlar) pela moeda local para aplicarem no pas. Ao fugirem, ocorre um descompasso das reservas cambiais, o que diminui ainda mais o nvel de estabilidade das frgeis economias emergentes.

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1. a) Para atender o que solicitado no enunciado, os alunos devero ler, interpretar e comparar os dois mapas fornecidos. A expectativa que o exerccio dessa habilidade12

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seja realizado por meio dos conceitos desenvolvidos no Caderno do Aluno e, em particular, nesta Situao de Aprendizagem. Desse modo, a primeira semelhana que podero apontar refere-se repetio dos principais centros de interligao entre as grandes rotas martimas e areas, que, na maior parte, correspondem s reas de maior expresso econmica do mundo, entre as quais existem os maiores fluxos. Outra semelhana diz respeito concentrao de fluxos na regio do Atlntico Norte, principalmente interligando os Estados Unidos Europa Ocidental. No que tange s diferenas, podero considerar que as rotas martimas so mais longas e lentas e transportam principalmente mercadorias, enquanto as areas so mais rpidas e abrangentes, porque, alm do transporte de mercadorias, so voltadas, em larga escala, para o transporte de passageiros. De maneira complementar, as grandes rotas areas apresentam uma rede de fluxo mais densa e concentrada do que as rotas martimas. b) O enunciado permite que os alunos relacionem seus conhecimentos sobre os fluxos materiais e imateriais da globalizao, estabelecendo inter-relaes entre os contedos abordados nas Situaes de Aprendizagem 1 e 2 deste Caderno. Nesse sentido, podero resgatar conhecimentos a respeito do predomnio de ocorrncias de fluxos financeiros entre os pases e regies da trade do capitalismo mundial, que respondem tambm pelo maior fluxo de passageiros areos, em virtude do custo desse transporte. Numa viso de detalhe, podero identificar que os principais polos econmicos de relaes e circulao de fluxos concentram-se na Califrnia e no Nordeste dos Estados Unidos, nos principais centros financeiros da Europa Ocidental e no Japo, articulados com as principais cidades do mundo em todos os continentes, o que expressa semelhana com a rede de comunicao area. No desejvel excluir a possibilidade de identificarem que as economias emergentes tambm esto presentes na trajetria desses fluxos, como tambm podero ressaltar que a frica, apesar da sua incluso nas rotas areas, no participa de maneira relevante nas financeiras.

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2. Alternativa b. A alternativa e no corresponde aos dados apresentados na Situao de Aprendizagem, particularmente com os exemplificados e referentes dcada de 1990; a alternativa d equivocada, pois desconsidera, por exemplo, o fato de o territrio brasileiro estar sob a rea de cobertura de redes televisivas estrangeiras; a c negligencia as eventuais reprodues de preconceitos e desconsidera a parcialidade das notcias, como tambm os interesses polticos que concorrem na sua elaborao e difuso (neste ltimo caso, o mesmo se pode dizer para a alternativa a). Desse modo, conforme o contedo estudado na Situao de Aprendizagem, a alternativa b a que melhor expressa os problemas hoje colocados pela abrangncia global de grandes redes televisivas mundiais.

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SITUAO DE APRENDIZAGEM 3 AS CIDADES GLOBAIS

Para comeo de conversaPgina 26

Espera-se que os alunos destaquem So Paulo como a grande metrpole do Brasil e, portanto, possuidora de todo um aparato tecnolgico responsvel por sua conexo com os demais centros mundiais.

Leitura e Anlise de Texto, Mapa e QuadroPginas 27 - 31

1. Espera-se que os alunos apontem os setores bancrios e as bolsas de valores, as empresas de publicidade/marketing, as firmas de consultoria e de seguros e os centros de pesquisa. 2. a) e b)

Cidades Globais do Tipo AlphaCidade 1998Nova Iorque Chicago Los Angeles Londres Paris Milo Frankfurt Tquio Hong Kong Cingapura Chicago Los Angeles Londres Paris Milo Frankfurt Tquio Hong Kong Cingapura Toronto Cidade do Mxico Madri Moscou

2008Nova Iorque

PasEstados Unidos Estados Unidos Estados Unidos Inglaterra Frana Itlia Alemanha Japo China Cingapura Canad Mxico Espanha Rssia

ContinenteAmrica do Norte Amrica do Norte Amrica do Norte Europa Europa Europa Europa sia sia sia Amrica do Norte Amrica do Norte Europa Europa 15

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Bruxelas Varsvia Zurique Amsterd Dublin Istambul Roma Lisboa Estocolmo Praga Viena Budapeste Atenas Shangai Pequim Seul Mumbai Kuala Lumpur Jacarta Bangcoc Taip Buenos Aires So Paulo Caracas Santiago Sydney Auckland

Blgica Polnia Sua Holanda Irlanda Turquia Itlia Portugal Sucia Repblica Tcheca ustria Hungria Grcia China China Coreia do Sul ndia Malsia Indonsia Tailndia China Argentina Brasil Venezuela Chile Austrlia Nova Zelndia

Europa Europa Europa Europa Europa Europa Europa Europa Europa Europa Europa Europa Europa sia sia sia sia sia sia sia sia Amrica do Sul Amrica do Sul Amrica do Sul Amrica do Sul Oceania Oceania

c) De acordo com a tabela anterior as cidades tipo Alpha predominam na Europa (19), seguida da sia (11); Amrica do Norte (5); Amrica do Sul (4) e Oceania (2). Como possvel perceber ainda, as principais atividades sobre as quais cada cidade global mostra sua fora: bancos e bolsas de valores, empresas de publicidade/marketing, firmas de consultoria e de seguros e centros de pesquisa concentram-se em cidades dos pases ricos. Porm, deve-se registrar o grande crescimento de cidades do tipo Alpha no

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continente asitico, principalmente na China e na ndia, o que demonstra o desenvolvimento dessas economias na escala mundial. d) No h nenhuma cidade africana considerada Alpha e, na Amrica do Sul, destacam-se apenas as cidades de Buenos Aires, So Paulo e Caracas. Esse fato demonstra a menor insero da frica e de grande parte da Amrica do Sul no contexto da globalizao. 3. Espera-se que os alunos reflitam acerca da forma como essa classificao foi elaborada e possam concluir que realizada a partir de dados disponibilizados por escritrios de empresas transnacionais. Nesse sentido, essa classificao pode influir muito mais para auxiliar na escolha de locais favorveis a futuros empreendimentos e projetos de expanso dessas mesmas empresas, e no propriamente em funo de interesses coletivos voltados para a melhoria das condies de vida das populaes urbanas.

LIO DE CASAPgina 31

Alternativa b. Essa alternativa define e diferencia corretamente os dois conceitos em questo, o que no ocorre nas demais.

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SITUAO DE APRENDIZAGEM 4 O TERROR E A GUERRA GLOBAL

Para comeo de conversaPginas 32 - 33

As imagens A e B foram atentados comandados pela rede terrorista Al-Qaeda, do saudita Osama bin Laden. A imagem C corresponde ao atentado liderado por jovens islmicos adeptos da Al-Qaeda e antiocidentais. A imagem D corresponde ao atentado coordenado pelo movimento separatista checheno.

Desafio!Pgina 34

A expectativa de aprendizagem que os alunos articulem ideias e informaes coletadas nos textos consultados e trabalhados por eles diante da proposta da Situao de Aprendizagem 4. O propsito lev-los a exercitar a coeso textual e o encadeamento de argumentos diante de um tema especfico. Eles podero defender diferentes pontos de vista, desde que resgatem informaes, fatos e conceitos obtidos durante a leitura e a elaborao das snteses dos textos. Trata-se, portanto, de conceder total liberdade para a defesa de uma opinio sobre o assunto, avaliando-se, acima de tudo, a pertinncia e a adequao dos argumentos e a capacidade de mobilizarem o que leram para o exerccio da habilidade da escrita e da oralidade.

Pginas 34 - 35

1. Alternativa c. A questo alia preciso conceitual com relao definio poltica de terrorismo e eventos histricos distintos com os quais os alunos travaram conhecimento anteriormente, durante a escolarizao em particular e no caso das aulas de Geografia, na 8a srie/9o ano do Ensino Fundamental. Nessa perspectiva, a afirmao III equivocada, pois no leva em considerao a preciso conceitual apresentada no texto oferecido para leitura e interpretao dos alunos, alm de18

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associar eventos histricos distintos. No caso das afirmaes I e II, os movimentos de independncia armados citados e que lutaram em prol da emancipao poltica (descolonizao) possuam, entre outras finalidades, a inteno de romper os laos polticos com as metrpoles e fundar um novo Estado. Por outro lado, como largamente difundido, os atentados terroristas recentes, entre os quais o episdio de 11 de setembro de 2001, no podem ser atribudos especificamente a um Estado e, de maneira geral, buscam chamar a ateno para determinada causa que pode ser de cunho religioso ou poltico-ideolgico. 2. Alternativa c. A eleio do democrata Barack Obama para a Presidncia dos EUA em 2008 mudou os fundamentos da poltica externa norte-americana, que busca aproximar-se do mundo islmico rompendo com a poltica unilateral e militar de seu antecessor.

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SITUAO DE APRENDIZAGEM 5 A GLOBALIZAO DO CRIME

Para comeo de conversaPginas 36 - 38

1. De acordo com a Conveno de Palermo e outros acordos internacionais, os departamentos de polcia devem agir em consonncia, de modo a coibir a extenso dessas redes. Dessa forma, firmaram acordos para extraditar traficantes e agentes do crime internacional; desenvolver aes conjuntas para prevenir, suprimir e punir o trfico de pessoas, especialmente mulheres e crianas; coibir de modo eficaz o contrabando de imigrantes por terra, ar e mar; agir em conjunto com vistas a controlar e impedir a fabricao ilegal e o trfico de armas de fogo, incluindo peas, acessrios e munies. 2. Ao abordar este tema, preciso que voc analise com os alunos como as redes ilegais se interligam e de que forma atuam na desestruturao da sociedade. Vale lembrar que essa uma discusso necessria e pertinente tanto com relao ao funcionamento dos fluxos da ilegalidade que atuam nas diferentes escalas geogrficas quanto ao se considerar como o narcotrfico afeta a vida em sociedade disseminando outras formas de violncia. Dada a relevncia do assunto, tambm importante destacar os efeitos perversos ligados ao narcotrfico, como, entre outros, o fato de que os usurios de drogas acabam tendo menos tempo de vida por terem a sade debilitada em consequncia do consumo e a relao entre as atividades do narcotrfico e os altos ndices de violncia e de criminalidade. Valeria ponderar com os alunos que quem acaba pagando o preo mais alto pelo envolvimento com os fluxos de droga so os pequenos passadores, que tm uma mdia de vida baixssima, j que esto na ponta mais perigosa do circuito.

Pgina 39

O objetivo desta atividade levar os alunos a articularem ideias e informaes coletadas nos textos consultados e trabalhados por eles diante da proposta da Situao de Aprendizagem 5. Sugerimos ao professor ateno especial com relao aos procedimentos

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de coeso textual e encadeamento de argumentos diante do tema a ser pesquisado. O convvio com diferentes pontos de vista, e o resgate de informaes, fatos e conceitos obtidos durante a leitura e a elaborao das snteses dos textos, tarefa fundamental para a fixao e ampliao da capacidade argumentativa. Trata-se, portanto, de conceder total liberdade para a defesa de uma opinio sobre o assunto, avaliando-se, acima de tudo, a pertinncia e a adequao dos argumentos e a capacidade de mobilizarem o que leram para o exerccio da habilidade da escrita e da oralidade.

Pginas 40 - 42

1. a) Cocana: Amrica do Sul; pio e herona: sia; maconha: frica, Amrica Central, Mxico e Oriente Mdio. b) Europa, frica do Sul, Rssia, Austrlia, Nova Zelndia, Peru e Canad. c) Estados Unidos, Canad, Europa, Japo, Austrlia e Nova Zelndia. 2. Espera-se que os alunos identifiquem a pobreza generalizada desses pases, resultado da posio que eles ocupam na diviso internacional do trabalho, e percebam o papel que tal situao exerce, pois ela acaba forando parte da populao ao cultivo e ao beneficiamento das matrias-primas que daro origem s drogas (papoula, coca, maconha etc.), j que os empregos lcitos so escassos e de baixo rendimento. s vezes, as ocupaes ligadas s drogas apresentam-se como nica opo de renda para muitas pessoas em pases desse grupo. Alm disso, nos pases mais pobres, de escassos recursos financeiros, os grandes controladores do trfico encontram terreno frtil para influenciar os rgos de represso dessas atividades (a polcia, o exrcito, entre outras autoridades do Estado) a fazer vistas grossas para essas prticas ilegais. 3. De acordo com os dados apresentados no mapa, o fabrico de drogas de origem qumica encontra-se mais disseminado pelo mundo, em virtude de elas serem produzidas em laboratrios, o que facilita a sua instalao e a proteo contra aparatos repressivos.

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Pginas 43 - 45

1. Lavagem de dinheiro um processo pelo qual o dinheiro obtido por meios ilegais, como o proveniente do narcotrfico, passa a ser legal. Para legalizar o dinheiro, os traficantes contratam intermedirios, que, por sua vez, subcontratam outras pessoas para que realizem depsitos em suas contas de pequenas quantidades do dinheiro sujo, proveniente do narcotrfico (at 10 000 dlares). Aps investirem esses recursos em outras aplicaes (em aes, letras de cmbio), as pessoas subcontratadas devolvem as tais aplicaes para os intermedirios, que, por sua vez, depositaro os montantes numa conta de banco nacional ou num paraso fiscal, lugar onde os controles sobre os depsitos no so rigorosos. J o termo paraso fiscal designa os lugares (muitas vezes so pequenas ilhas) em que enormes quantias de capital financeiro so depositadas. As altas taxas de juros pagas e a falta de controle sobre pessoas e empresas que depositam essas grandes quantias, permitindo que recursos obtidos em atividades criminosas sejam depositados, so algumas das vantagens oferecidas. As Ilhas Cayman, pertencentes ao Reino Unido, e outras, situadas no Mar do Caribe, so exemplos de parasos fiscais. 2. a) Na Amrica Central, distribuindo-se principalmente em sua poro insular, ou seja, nas Antilhas. b) Organizao criminosa Cosa Nostra Cartis bolivianos do narcotrfico Mfia siciliana, Camorra, Ndrangheta, Nuova Sacra Corona Unita Mfia russa Yakuzas Mfias de Hong Kong Extenso da rea de atuaoEUA, Canad e Mxico Colmbia e outros pases da Amrica do Sul Itlia

Rssia e poro leste da Europa Junto com a mfia de Hong Kong, atua no Sudeste Asitico e no Japo Juntamente com a Yakuza, atua no Sudeste Asitico e no Japo

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Pginas 46 - 47

1. Alternativa e. Com base nos contedos estudados na Situao de Aprendizagem 5 e na proposta de trabalho sobre o texto de Paula Laboissire, intitulado Diretor da PF avalia que globalizao intensifica trfico internacional de drogas, espera-se que os alunos identifiquem a alternativa e como a incorreta, enquanto as demais so pertinentes ao tema do enunciado da questo. 2. Alternativa d. As alternativas a, b e c no correspondem ao contedo do texto fornecido para leitura e interpretao, e a alternativa e contraria a tendncia atual explicada na Situao de Aprendizagem 5. A alternativa d, por sua vez, aponta uma das consequncias da lavagem de dinheiro.

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